Fundação Instituto de Administração - Fia Mestrado Profissional em Gestão de Negócios
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São Paulo
2017
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São Paulo
2017
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FOLHA DE APROVAÇÃO
Aprovado em:
Banca Examinadora
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTO
Aos colegas da Turma II do MPGN, que foram companheiros nas horas de risos e
congraçamento, mas também nas horas em que a dúvida e o desânimo bateram à porta.
Aos respondentes do questionário de pesquisa, por terem dedicado parte de seu tempo
para compartilhar suas experiências e opiniões, auxiliando na elaboração dessa pesquisa e a
todos que leram as versões preliminares desse trabalho, contribuindo com sugestões para a
melhoria e aprimoramento dessa versão final, meu mais sincero agradecimento por essa
imensurável ajuda.
Por fim, aos meus familiares e amigos, por terem me apoiado e compreendido minha
presença cada vez menos constante em eventos festivos, durante os dois anos de dedicação ao
MPGN.
7
Peter Drucker
8
RESUMO
Os dados como Tempo de empresa, Cargo, Porte da Empresa e Tipo de Atividade dos
respondentes permitiram a identificação de diferenças interessantes quanto percepção de
importância e utilização os indicadores estudados. Embora não seja possível a total
generalização dos resultados, sinaliza-se que existe diferenças entre a percepção de
importância e utilização dos indicadores de acordo com o cargo e o tipo de atividades das
empresas. (Ex.: gerente de projetos dão maior importância e utilização mais os indicadores em
seus projetos).
ABSTRACT
This study aims to identify the managers perception regarding the degree of
importance of the project performance evaluation indicators and to describe the use of these
indicators as a complementary tool in the management of current projects. As a theoretical
basis, it presents a survey about the concepts of projects, success in projects, indicators in
projects and evaluation of projects.
Data such as Company Time, Cargo, Company Size and Type of Activity of the
respondents allowed the identification of interesting differences regarding perception of
importance and use of the indicators studied. Although it is not possible to fully generalize the
results, it is pointed out that there are differences between the perception of importance and
use of the indicators according to the position and the type of activities of the companies.
(E.g. project manager give more importance and use more indicators in their projects).
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE QUADROS
LISTA DE TABELA
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 15
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO ............................................................................................. 15
1.2 PROBLEMA DE PESQUISA ....................................................................................... 17
1.3 DELIMITAÇÃO DO ESCOPO DO ESTUDO ............................................................. 18
1.4 JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO ESTUDO ..................................................... 19
1.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO............................................................................. 20
1 INTRODUÇÃO
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Assim como a gestão de projetos está cada vez mais relacionada ao negócio e não
apenas a uma atividade operacional isolada, a definição do que é sucesso em projetos também
se ampliou, partindo da simples utilização de critérios de atendimento a escopo, custo, prazo e
qualidade para incorporar múltiplos critérios. As pesquisas que vêm sendo feitas ao longo dos
anos têm possibilitado reescrever a fórmula tradicional e, atualmente, verifica-se que o
conceito de sucesso em projetos é considerado multidimensional e temporal, ou seja,
diferentes pessoas medem o sucesso de projetos de diferentes maneiras de acordo com a
época em que ocorre a avaliação (PINTO E SLEVIN, 1988; PRABBAKAR, 2008;
16
Objetivos Específicos
Descrever os indicadores utilizados na gestão dos projetos por meio da análise
bibliográfica.
Identificar e analisar os indicadores utilizados pelos gestores de projetos para
avaliação do desempenho de seus projetos;
Identificar e comparar a importância e o grau de utilização dos indicadores como
ferramenta de gestão de projetos;
Apresentar um conjunto de indicadores que possa contribuir de forma efetiva para
a avaliação do sucesso dos projetos.
Este trabalho tem como foco entender a percepção de gestores e membros de equipes
de projetos com relação ao grau de importância e utilização de indicadores de desempenho
para avaliação de sucesso em projetos. A palavra percepção aparece em destaque, pois as
informações não foram coletadas diretamente nas empresas, mas a partir do ponto de vista dos
respondentes. É, portanto, um estudo que contribuiu com informações provenientes dos
próprios gestores e membros de equipe de projetos, podendo fornecer dados relevantes sobre
o tema, mas com algum grau de subjetividade.
Nesse estudo, não foi abordada a percepção do cliente final (usuário do resultado do
projeto). A maturidade da empresa em gerenciamento de projetos pode estar relacionada ao
uso mais intensivo de indicadores de desempenho. Entretanto, nesse estudo, o grau de
maturidade das empresas, tampouco o grau de maturidade profissional dos respondentes,
foram considerados.
19
O cenário global exige cada vez mais agilidade das empresas para que sejam
garantidos níveis de competitividade. Sendo assim, a gestão do sucesso de um projeto pode
fazer com que novos produtos sejam lançados com maior agilidade no mercado global,
ultrapassando, dessa feita, os devidos concorrentes e garantindo seu lugar no mercado
competitivo (CARVALHO; HINÇA apud FITZSINNONS, 2000, p. 132).
Possuir um sistema para avaliar se os projetos estão tendo ou não sucesso é de grande
importância para os gestores. Por meio de informações de qualidade, os gestores podem fazer
ajustes de rumos e retroalimentar seus processos de planejamento e melhorar o processo
decisório, a fim de que o projeto alcance seus objetivos. Mas essas informações não são úteis
apenas para os gestores envolvidos no dia-a-dia do projeto, mas também para toda a
organização, a partir da geração de conhecimento e aprendizagem organizacional.
Além disso, essa pesquisa procura entender qual a realidade dos profissionais
estudados, no que tange a importância e utilizados dos indicadores de projetos.
Capítulo 2 consta a revisão da literatura no que se refere aos principais conceitos a serem
estudados, (1) Conceituação de Projetos que segundo o PMBOK® (2012) é “um esforço
temporário para a obtenção de um objetivo particular e sobre o qual a gerência de projetos
pode ser aplicada independentemente de seu tamanho, orçamento ou cronograma de
execução”; (2) Sucesso em Projetos que para Kerzner (2006, p. 41) passou a ser definido
como “a conclusão da programação no prazo, no custo e no nível de qualidade pré-
estabelecidos, sendo a qualidade definida pelo cliente, não mais pelo fornecedor”; (3)
Avaliação de Projetos que para Young (2009, p. 299) é o “processo usado para rever o
projeto e identificar o que foi bem e o que foi mal”; (4) Indicadores de Desempenho que são
usados como confirmação de que o fator crítico de sucesso definido no início do projeto serão
alcançados.
A apresentação dos resultados, para posterior análise, interpretação e discussão dos dados
levantados na pesquisa de campo, acerca da utilização e importância da utilização dos indicadores
21
nos projetos, é tratada no Capítulo 4. Espera-se aqui, discutir de maneira clara e detalhada, os
objetivos de pesquisa citados no Capítulo 1.
Por fim, no Capítulo 5, apresentam-se as considerações finais do estudo, tais como: contribuições
acadêmicas, sociais e de mercado obtidas por esta pesquisa, as limitações observadas no estudo e
as recomendações para pesquisas futuras, visando à abertura para novos pontos de vista e
contextos para a discussão do tema.
22
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Este capítulo apresenta os pilares da teoria que dão sustentação para este estudo. A
pesquisa bibliográfica revisa os seguintes conceitos: definição de projetos, avaliação de
projetos, indicadores de performance em projetos e o conceito de sucesso em projetos. Este
capítulo apresenta também uma pesquisa bibliográfica de tópicos auxiliares que dão
sustentação ao estudo como a definição de escritório de projetos, maturidade organizacional
em projetos e maturidade de equipe do projeto.
O Quadro 1 lista quais autores e os anos das publicações que foram utilizados para a
compreensão de todos os tópicos listados nesse estudo:
23
As negociações da modernidade tornam os projetos algo que vem ganhando cada vez
mais complexidade dentro das organizações. Muitas vezes a gestão por projetos é considerada
de cunho estratégico para essas organizações.
Alguns entendem que um projeto deve ser definido como uma atividade
multifuncional, pois o papel de gerente de projetos tem-se tornado mais o de integrador do
que o de um especialista técnico. Assim, a gestão de projetos pode ser definida como “o
planejamento, a programação e o controle de uma série de tarefas integradas de forma a
atingir seus objetivos com êxito, para benefício dos participantes”, conforme descreve
Kerzner (2006, p. 15).
Projeto pode ser assim definido por Lima (2010, p. 46) “empreendimento único e não
repetitivo, que tem como objetivo um novo produto”.
De acordo com Oliveira (2007, p. 32) os projetos se diferenciam uns em relação aos
outros dependendo do tipo de mão de obra, grau de incerteza em relação ao que se deseja
produzir, pressão por prazos, nível de tecnologia, estabilidade do escopo (possibilidades de
haver mudanças), importância do fator custo, dentre outros.
Para este trabalho utilizou-se a definição de projeto de Vargas (2014) por se tratar de
uma evolução da definição do PMBOK® 2012 que considera a alocação de recursos (pessoas)
e a qualidade.
Para Dinsmore (2014), projetos são orientados para metas definidas pelos objetivos
operacionais ou técnicos que se pretende atingir. São tarefas especificas, singulares,
complexas e com recursos limitados, que se compõe de inúmeras tarefas inter-relacionadas.
Equipe capaz.
De acordo com Lima (2010), a formação de uma equipe capaz é de suma importância
para o bom andamento do projeto. Tal equipe deve assumir a responsabilidade, gostar de seu
trabalho, compreender os novos desafios e realizar com afinco o que foi proposto. A
confiança é um quesito de suma importância entre todos os envolvidos no projeto, para que
todas as tarefas sejam executadas com eficácia e eficiência.
O conjunto das fases de um projeto é conhecido como ciclo de vida do projeto. Cada
fase do projeto é marcada pela conclusão de um ou mais produtos da fase (deliverables). Um
subproduto é um resultado do trabalho (work product), tangível e verificável, tal como um
estudo de viabilidade, um design detalhado ou um protótipo. Os subprodutos do projeto e
também as fases, compõem uma sequência lógica, criada para assegurar uma adequada
definição do produto do projeto (PMBOK®, 2012).
É definido por fases, para que se obtenha um controle melhor criando uma
interdependência entre as atividades. Define quais técnicas de trabalho serão utilizadas em
cada fase e quais pessoas estarão envolvidas em cada uma dessas fases (LIMA, 2010).
Estas técnicas são caracterizadas por determinar um ponto do trabalho que pode ser
verificado e medido ao longo da execução das fases. Quando uma fase for concluída, ocorrerá
a revisão dos trabalhos e a avaliação dos padrões de desempenho entregues (LIMA, 2010).
Grau de planejamento.
De acordo com Lima (2010, p. 58) pode-se destacar diretrizes de dois tipos:
operacional e de desenvolvimento:
A diretriz operacional define e estabelece aquilo que se quer como resultado dos
processos rotineiros da empresa. São exemplos de diretrizes do tipo operacional as metas de
vendas, de mercado, os resultados de custos esperados e o giro de estoque.
28
Um bom planejamento guia e detalha o trabalho que precisa ser feito e assegura que o
projeto fique pronto no prazo, dentro do orçamento programado e que alcance os resultados
almejados (LIMA, 2010).
Interdependência.
É uma realidade cada vez mais presente nas relações e é também um grande desafio,
pois ensina a ser independente e não depender de ninguém. Trata-se de algo que todos devem
aprender; é o desafio da sociedade do conhecimento, do network, da comunidade planetária,
do tempo real. É uma característica importante do trabalho participativo (LIMA, 2010).
Singularidade.
É uma característica muito forte presente nos projetos. Um projeto nunca é igual a
outro, e cada um tem sua particularidade.
Para Lima (2010) mesmo sendo cada projeto único, a gestão do conhecimento ainda se
torna imprescindível, pois é necessário que, pela singularidade do projeto, haja o espírito de
parcerias estratégicas entre as pessoas, com motivação para melhorar o desempenho
organizacional, aprender e manter a identidade profissional para atuar em outros projetos.
Os projetos envolvem o desenvolvimento de algo que nunca foi feito antes, e que é,
portanto, único. Um produto ou serviço pode ser único, mesmo considerando que já tenha
sido desenvolvida uma infinidade de produtos/serviços em sua categoria (PMBOK®, 2012).
Incerteza.
Administração específica.
De acordo com Maximiano (1997 apud LIMA, 2010, p. 58), existe um quadrante para
classificar projetos, sendo ele dividido por categorias:
O grande desafio para quem não quer ser apenas mais uma empresa no mercado está
em gerenciar atividades nunca realizadas no passado e que podem jamais vir a se repetir no
futuro (KERZNER, 2006).
Para Barcaui (2012, p. 7) “as empresas vêm passando por um processo de projetização
contínuo, onde a realidade não comporta mais projetos conduzidos de forma amadora”. A
partir de então, todo o ciclo de vida do projeto passou a ser observado com mais cuidado, a
fim de garantir o sucesso do empreendimento.
É a partir de meados dos anos 90, segundo Barcaui (2012) que surge a necessidade de
estruturas organizacionais responsáveis pela garantia dos processos de gerência de projetos
dentro das organizações, precisando de um centro gerenciador de projetos que ganha força e
aplicabilidade.
Para Dinsmore (2014, p. 134) “um indicador de resultados, por exemplo, mensura o
processo em termos de satisfação dos requisitos do cliente, baseado nos itens que são
importantes para o cliente, não o que é conveniente para ser medido”.
Valle (2014, p. 65) afirma que “o gerenciamento de projetos, assim como uma parcela
significativa das atividades humanas, ocorre por meio de processos que se sobrepõem e
interagem de diferentes maneiras e garantem o fluxo eficaz do projeto ao longo de sua
existência”.
Processos de iniciação.
Processos de planejamento.
Definem o que deve ser feito e como deve ser feito, por meio da declaração de
escopo e do plano de gerenciamento de projeto, respectivamente, visando ao
alcance dos objetivos previamente definidos para os quais o projeto foi criado
(VALLE, 2014).
Processos de execução.
Processos de encerramento.
De acordo com Vargas (2014, p. 3) “os projetos podem ser aplicados em praticamente
todas as áreas do conhecimento humano, incluindo os trabalhados administrativos,
estratégicos e operacionais bem como a vida pessoal de cada um”.
35
Esta parte do gerenciamento tem como função garantir que o projeto seja concluído do
prazo determinado. Trata-se do planejamento e monitoramento das ações a serem realizados
ao longo do tempo.
36
Esta área deve promover a finalização do projeto dentro dos critérios de qualidade
especificados no projeto e garantir a satisfação do cliente.
Gerenciamento de riscos
Ele consiste nos processos de gerenciamento de projetos: Planejamento do
gerenciamento de riscos, Identificação de riscos, Análise qualitativa de riscos, Análise
quantitativa de riscos, Planejamento de respostas a riscos e Monitoramento e controle de
riscos (PMBOK®2012; VARGAS, 2014).
Gerenciamento de aquisições
Descreve os processos que compram ou adquirem produtos, serviços ou resultados,
além dos processos de gerenciamento de contratos. Ele consiste nos processos de
gerenciamento de projetos: Planejar compras e aquisições, planejar contratações, solicitar
respostas de fornecedores, selecionar fornecedores, Administração de contrato e
Encerramento do contrato (VARGAS, 2014).
38
O sucesso, conforme afirma Vargas (2005) é colher o que se plantou. Nem mais nem
menos. Muitas vezes a organização avalia como sucesso o fato de um determinado projeto
superar o plano, ou seja, consumir menos recursos que o previsto. Isso é um erro de
percepção, uma vez que, sob a ótica de gerenciamento de projetos, houve uma falha no
planejamento que permitiu que os recursos fossem superestimados, e não uma vitória ou
economia.
Para Vargas (2005, p. 16), descrever o conceito de projeto consiste em destacar que
Para Kerzner (2006, p. 41) o sucesso passou a ser definido como “a conclusão da
programação no prazo, no custo e no nível de qualidade pré-estabelecidos, sendo a qualidade
definida pelo cliente, não mais pelo fornecedor”.
não pode ser julgado apenas pela restrição tripla. Tempo, orçamento e
desempenho são dimensões de curto prazo que não refletem o sucesso a
longo prazo. Ele é um conceito multidimensional e estratégico que deve
considerar o sucesso a curto e a longo prazo, e seu produto. Ele deve focar
39
Ainda era uma definição incompleta afirma Kerzner (2006), pois o que ocorria era que
as empresas passaram a basear suas projeções de sucesso de acordo com os modelos
publicados, acreditando, de forma equivocada, que o que dera certo em outra empresa poderia
da mesma forma ocorrer com as suas.
Para se definir sucesso em projetos é importante ter clara a distinção entre os seguintes
termos: sucesso do gerenciamento de projetos e sucesso do projeto. Segundo De Wit (1988) e
PMBOK® (2012), o sucesso do gerenciamento de projetos é medido por meio da avaliação de
critérios que envolvem medidas tradicionais como custo, prazo e qualidade.
Já com relação ao sucesso do projeto, tanto Barclay (2008) quanto De Wit (1988)
mencionam a importância da consideração dos objetivos dos stakeholders, sendo que o último
reforça a consideração dos objetivos de todos os stakeholders envolvidos no ciclo de vida do
projeto, em todos os níveis da hierarquia gerencial.
indicadores constituem uma definição interna de sucesso. Já o cliente final precisa ter algum
grau de participação nesta definição (KERZNER, 2006, p, 41). Atualmente, a melhor
explicação do sucesso é aquela que o mensura em termos de fatores primários e secundários,
como:
Cumprimento da programação;
Atendimento do orçamento;
Concretização da qualidade;
Conveniência e oportunidade da assinatura do contrato;
Cumprimento do processo de controle da mudança;
Aditivos ao contrato.
Kerzner (2006, p. 53) listou os fatores críticos para se alcançar com sucesso um
sistema de gestão de projetos plenamente desenvolvido:
De acordo com Morais (2011) não somente o tamanho, mas também o valor do projeto
pode ser considerado fatores críticos. O projeto busca seguir uma estrutura organizacional
matricial, mas, se for subordinado a uma estrutura funcional, a urgência é seu fator crítico
preponderante. Caso o tempo seja considerado como medida de sucesso do projeto, as
habilidades do gerente de projeto e a comunicação entre os membros da equipe do projeto se
tornam críticas.
Atkinson (1999) propõe uma divisão para esclarecimento dos diversos critérios para
medida de sucesso de projetos, separados de acordo com a tabela 1:
Shenhar e Dvir (2007) afirmam que a maioria dos projetos das organizações faz parte
de sua gestão estratégica e, por esse motivo, devem ser avaliados com base na sua
contribuição no resultado final da empresa, não ficando restrito à sua capacidade de atingir
prazo, custo e desempenho.
43
O quadro 2 ilustra a evolução do conceito dos critérios de sucesso aos longos dos
anos:
De acordo com Shenhar e Dvir (2009, p. 24) os novos critérios para o sucesso
envolvem cinco dimensões:
44
Algumas questões comuns não necessariamente descrevem o que faz um projeto ser
bem-sucedido, como as que se tem a seguir (VARGAS, 2005, p. 15): O projeto ficou abaixo
do orçamento previsto? O projeto terminou mais rápido? O projeto consumiu menos materiais
e pessoas? O cliente foi surpreendido pela qualidade do resultado do projeto?
Os quesitos para considerar um projeto como bem-sucedido, são, para Vargas (2005,
p. 16):
O sucesso dos projetos também está diretamente relacionado com a capacidade que a
organização tem de favorecer o ambiente para que os projetos sejam desenvolvidos, uma vez
que muitas vezes o gerente/coordenador do projeto não dispõe de autoridade suficiente para
influenciar o sucesso dos resultados (VARGAS, 2005).
É preciso compreender que o sucesso de um projeto não implica que uma organização
esteja completamente bem-sucedida em relação às fronteiras do gerenciamento de projetos.
De acordo com Oliveira (2007, p. 64) “e pela excelência na execução que uma
metodologia de nível médio se torna uma metodologia de expressão mundial”.
2.3 AVALIAÇÃO
Avaliar, para Young (2009, p. 299) é o “processo usado para rever o projeto e
identificar o que foi bem e o que foi mal”. A avaliação de projetos consiste em dois modos:
Os estudos de Shenhar e Dvir (2009, p. 38) revelam que para que ocorra uma
avaliação abrangente do sucesso do projeto a curto e a longo tempo, pode ser definida por
cinco grupos de medidas: Eficiência do projeto;. Impacto no cliente; Impacto na equipe;
Sucesso comercial e direto; e, Preparação para o futuro.
De acordo com Kerzner (2002, apud OLIVEIRA, 2007) ao tratar da avaliação, ressalta
que as empresas encaram seus próprios processos de maturidade e precede a excelência em
Gestão de Projetos.
As expectativas dos clientes podem constituir uma segunda forma de força motriz. O
cliente, hoje, não tem somente o desejo de que o fornecedor entregue produtos ou serviços de
47
qualidade, ele quer que o mesmo administre suas atividades com práticas eficientes de gestão
de projetos (KERZNER, 2006).
Segundo Gray (2010, p. 405) “os gerentes de projetos precisam cultivar relações de
trabalho positivas com os clientes para assegurar sucesso e preservar sua reputação”.
A alta satisfação do cliente é de fato o objetivo da maior parte dos projetos, mas os
mesmos não deixam de lado a questão da lucratividade, que também é alvo de preocupação.
Exceder expectativas implica em custos adicionais (GRAY, 2010).
O impacto no cliente é uma das dimensões para o sucesso do projeto, descrita por
Shenhar e Dvir (2009). Representa os principais interessados (stakeholders), cujas percepções
são críticas para a avaliação do sucesso do projeto. Essa dimensão deve mostrar claramente
como o resultado do projeto melhorou a vida ou o negócio do cliente e como ele abordou as
necessidades dos clientes.
A globalização e o natural aumento da concorrência cada vez mais acirrada faz com
que as empresas enfrentem grandes dificuldades.
48
A eficiência é uma das cinco dimensões citadas por Shenhar e Dvir (2009) para o
sucesso dos projetos e normalmente, são suficientes para planejar e avaliar o sucesso do
projeto em conjunto com o impacto no cliente, impacto na equipe, sucesso comercial e direto,
e preparação para o futuro. Cada uma dessas dimensões é então refletida em medidas
detalhadas para cada projeto. Pode haver a necessidade de dimensões adicionais em casos
específicos.
Para Shenhar e Dvir (2009) cada projeto representa uma nova experiência, propõe
novos problemas com uma grande porção de desafios administrativos e o processo de
gerenciamento nunca é uma questão de repetir as etapas e os procedimentos conhecidos.
Considerando-se que os projetos individuais são únicos, gerentes e executivos precisam
51
Não entender essas diferenças poderá, de fato, comprometer um projeto e até mesmo
levá-lo ao fracasso, conforme destacam Shenhar e Dvir (2009).
O modelo diamante não é a única maneira de fazer os projetos, mas proporciona uma
solução útil e um ponto de partida para a maioria dos projetos.
Cada projeto tem uma meta, tempo limitado e recursos escassos e um gerente de
projeto ou líder, e os projetos normalmente desenvolvem orçamentos, programações e
organizações para determinar quem faz o que dentro do escopo definido no planejamento
inicial.
Com base na teoria clássica de contingência Shenhar e Dvir (2009, p. 53) definem três
dimensões que caracterizam cada projeto:
Os autores acharam prático e útil expandir este modelo, reconhecendo que existem, de
fato, duas grandes fontes de incerteza: incerteza de mercado (ou meta) e incerteza tecnológica
(ou tarefa). Assim surgiu o modelo diamante NTCR (novidade, tecnologia, complexidade e
ritmo). A dimensão de incerteza agora está dividida em duas partes: a novidade é determinada
pela incerteza da meta ou mercado e a tecnologia pela incerteza tecnológica (SHENHAR E
DVIR, 2009).
De acordo com Glória Junior e Chaves (2013, p. 4) os eixos do NTCR são assim
descritos:
É definido no eixo do Ritmo o tempo de resposta que o projeto irá requerer, mas não
necessariamente se será a mais adequada. O não cumprimento das datas indica o fracasso do
projeto.
O diamante, segundo Shenhar e Dvir (2009, p. 25) foi elaborado para proporcionar
uma ferramenta disciplinada e organizada para analisar tanto os benefícios quanto os riscos
esperados do projeto e desenvolver um conjunto de regras e comportamentos para cada tipo
de projeto.
53
A título de informação, durante os anos 1920, a Harvard Business Review relatou que
o ROI era a ferramenta emergente para descobrir o valor dos resultados de investimento de
capital, tendo o seu conceito expandido a todos os tipos de investimentos (PROJECT
MANAGMENT, 2016).
Meira (2009) aponta que uma característica fundamental da Metodologia Phillips ROI
se encontra
Princípios da Metodologia Phillips ROI, descritas por Phillips e Phillips (2005, apud
MEIRA, 2009, p. 53):
1. Quando uma avaliação em um nível mais elevado for realizada, os dados devem
ser coletados em todos os níveis inferiores.
2. Quando for planejada uma avaliação em um nível superior, as avaliações dos
níveis anteriores não necessitam ser tão abrangentes.
3. Para a coleta e análise dos dados use apenas as fontes de credibilidade assegurada.
4. Para a análise dos dados, opte pela alternativa mais conservadora para o cálculo
dos resultados.
5. Deve ser utilizado no mínimo um método para isolar os efeitos da solução.
6. Se dados de melhoria relativos a uma população ou a uma fonte específica não
estiverem disponíveis, assume-se que pouca ou nenhuma melhoria tenha ocorrido
(se não há dados, não há melhoria).
7. Estimativas de melhoria devem ser ajustadas para possíveis erros.
8. Itens de dados extremados e afirmações sem respaldo não devem ser usados para
cálculos de ROI.
55
9. Apenas o primeiro ano de benefícios deve ser usado na análise do ROI para
soluções de curto prazo.
10. Os custos da solução devem ser considerados de forma plena para análises de ROI.
11. Medidas de intangíveis são definidas como medidas propositalmente não
convertidas em valores monetários.
12. Os resultados da Metodologia Phillips ROI devem ser comunicados a todos os
patrocinadores chaves (stakeholders).
Pode-se dizer, conforme destaca Souza (2004) que o Comportamento Humano nas
empresas é mais saudável quando há consonância dos objetivos, metas e finalidade
organizacional com os valores e normas grupais. O equilíbrio organizacional depende do
equilíbrio dos indivíduos e das relações estabelecidas entre estes e as organizações. É preciso
repensar o paradigma de causa e efeito (cartesiano) que valoriza partes em detrimento do
todo. É preciso aprender a visão sistêmica.
Segundo Lucas (2012), a criatividade é definida por Tereza Amabile como a produção
daquilo que é novo, útil e valioso para solucionar determinado problema (AMABILE, 1993
apud LUCAS, 2012, p. 15). Essa geração de ideias deve preencher duas condições
importantíssimas: originalidade e adaptação.
57
O BSC foi proposto por Kaplan e Norton, em 1992, num artigo com o título “The
Balanced Scorecard – measures that drive performance”, na sequência de uma pesquisa que
envolveu 12 empresas.
Os autores definem o BSC como: “(…) um conjunto de medidas que dão aos gestores
uma visão mais abrangente do negócio” (KAPLAN E NORTON, 1992, p71); e mais adiante
“(…) O BSC coloca a estratégia e a visão, e não o controle, no centro. Estabelece metas, mas
assume que as pessoas tomem tomar medidas diferentes para atingirem as metas” (KAPLAN
E NORTON, 1992, p79).
O BSC focaliza a atenção dos gestores porque, para uma dada estratégia, dá
visibilidade sobre o posicionamento da empresa em cada uma das perspectivas e, em cada
uma destas, que medidas e indicadores são críticos para a performance organizacional. Alguns
autores argumentam que o BSC supera algumas das deficiências associadas aos sistemas de
avaliação de performance clássicos suportados em indicadores de natureza financeira. Por
58
c) À medida que o tempo passa, o BSC vai produzindo feedback e as hipóteses iniciais
são testadas;
As quatro perspectivas do BSC descrevem como uma unidade cria valor para o
investidor, através do estabelecimento de relações duradouras com os clientes, suportadas pela
excelência no desenvolvimento dos processos internos. O alinhamento dos colaboradores,
sistemas e cultura suporta o desempenho dos processos internos (Kaplan e Norton: 2001).
Os objetivos definidos para cada uma das perspectivas devem ser consistentes com a
estratégia da entidade ou da unidade e negócios e devem responder às questões seguintes:
Perspectiva dos processos internos – em que processos temos que ser excelentes para
satisfazer os nossos clientes e investidores? Como podemos gerir os processos para obter
economias e integrar a cadeia de valor? Para a perspectiva dos processos internos, os gestores
identificam os processos críticos para a realização dos objetivos dos investidores e dos
clientes. A identificação dos objetivos e indicadores para a perspectiva dos processos é
realizada após a definição dos objetivos das perspectivas financeiras e de mercado. Esta
sequência focaliza a atenção dos gestores nos processos críticos para o sucesso atual e futuro
da Organização, na perspectiva dos stakeholders considerados nas outras duas perspectivas. À
semelhança de outros sistemas de medição da performance, a perspectiva dos processos do
BSC contempla indicadores relacionados com os aspectos custo, qualidade e tempo. Mas
enquanto que os outros sistemas de medição de performance focalizam a atenção na melhoria
da performance dos departamentos, o BSC orienta os gestores para a performance dos
processos, definindo objetivos numa lógica de processos (Kaplan e Norton, 1996).
A partir de uma análise da bibliografia apresentada, pode –se afirmar que não existe
uma metodologia universal que forneça diretrizes sobre a melhor maneira de acompanhar o
desempenho de cada projeto e atestar o seu sucesso. Para a avaliação de sucesso, serão
consideradas e adaptadas a proposta de Shenhar e Dvir (2007) utilizando a abordagem
diamante. Essa abordagem foi escolhida pela sua multidimensionalidade e dinamicidade.
63
3 METODOLOGIA DE PESQUISA
De maneira mais ampla Hair Jr et ali. (2005) aborda a pesquisa como “uma busca com
o objetivo de discernir a verdade. Aqueles que realmente pesquisam estão procurando as
respostas”.
Rabequini Jr (2005) coloca que “o objetivo de uma pesquisa é fornecer subsídios para
o entendimento de um fenômeno e assim contribuir com o conhecimento cientifico”.
64
Cooper e Schindler (2011) afirmam que a pesquisa é um processo composto por etapas
bem definidas. Esta sequência tem o objetivo de criar condições para que o projeto tenha uma
ordem ao longo do seu desenvolvimento.
A pesquisa conduzida seguiu uma linha exploratória, focada na realidade das empresas
brasileiras e que optaram pela utilização da metodologia de gestão de projetos em seus
negócios.
Quanto à análise, por se tratar de uma amostra não probabilística, não foi possível
utilizar técnicas inferenciais. A análise foi mais baseada em estatística descritiva.
Gil (2002) apresenta o encadeamento das etapas necessárias para se realizar uma
pesquisa. O planejamento deste trabalho considerará tal encadeamento, mostrado na figura 11:
O objetivo, portanto, é utilizar essa técnica de pesquisa para ter uma melhor
compreensão dos fatores que favorecer e dificultam a utilização dos indicadores de
desempenho dentro dos projetos.
projeto.
do cliente, beneficiando seu negócio. Sugere a inclusão de medidas de qualidade e escopo
Aborda o ponto de vista do principal stakeholder do projeto. Nessa dimensão, busca-se
Atendimento ao prazo planejado do projeto ou acordado - A equiepe do Projeto cumpre os prazos estabelecidos
definir de forma clara como os resultados do projeto corresponderão às necessidades
8.Satisfação da equipe Alta motivação da equipe do projeto. - Há um bom relacionamento entre os membros da equipe de
um ambiente de projeto motivador, que incentiva sua equipe e
projeto.
- Os membros da equipe tem oportunidades de usar
criativamente suas habilidades e competências no trabalho.
9.Desenvolvimento da capacidades e habilidades - Os membros da equipe de projeto são treinados e
Promover treinamento para que a equipe se qualifique capacitados quando não possuem conhecimento técnico
Impacto para a Equipe
Ter acrescimo de vendas de um determinado produto após - Minha empresa será preocupada com o incremento das
13.Vendas
a finalização do projeto. vendas após a entrega do projeto.
Reflete o impacto direto e imediato que o projeto exerce na organização que busca seus resultados. Essa dimensão está Ter acrescimo de lucro em um determinado produto ou - Minha empresa será preocupada com o resultado comercial
14.Lucros
serviço após a finalização do projeto que o originou. após a conclusão do projeto.
Ter aumento ou diminuição de participação no mercado - Minha empresa procura gerenciar a participação do mercado
15.Participação de Mercado
após a finalização do projeto. após a entrega do projeto.
- O Retorno sobre o Investimento é utilizado pela minha
empresa para análise do retorno do investimento dos projeto.
Relação entre o dinheiro ganho ou perdido que foi - O Retorno sobre o Investimento é utilizado pela minha
ligada à participação do projeto no desempenho financeiro da empresa.
16.Retorno sobre o investimento - ROI investido no projeto. empresa para análise dos projetos a longo prazo.
- Além de usar o ROI para calcular o retorno do investimento
dos projetos, minha empresa utiliza o ROI como ferramenta
de planejamento estratégico (Phillips ROI).
- Minha empresa utiliza o fluxo de caixa para planejamento
dos projetos que serão utilizados.
Apuração dos custos e das receitas despendido no projeto - Minha empresa utiliza o fluxo de caixa durante a execução
Negócio e sucesso direto
17.Fluxo de Caixa
de acordo com o avanço do cronograma. dos projetos para controle dos custos.
- Minha empresa utiliza o fluxo de caixa para análise e
cálculo de indicadores economicos dos projeto.
Garantia de atendimendo dos requisitos propostos no - A equipe do projeto presta o serviço com qualidade
18.Qualidade do Serviço
escopo do projeto. destacada do ponto de vista do cliente.
- O Payback Simples é utilizado na minha empresas para
Calculo para obtenção do tempo do retorno do dinheiro análise do prazo de retorno do investimento dos projeto.
19.Payback
investido no projeto. - O Payback Descontado é utilizado na minha empresas
para análise do prazo de retorno do investimento dos projeto.
- O valor agredado é uma referencia de alta consideração
no gerenciamentos de seus projetos.
- Ainda dentro da gestão por valor agredado, o indice de
Medição para obtenção da real lucratividade no projeto desempenho de prazo (IDP) é considerado no
20.Gestão por Valor Agregado
em qualquer fase da implantação gerenciamento de seus projetos.
- Ainda dentro da gestão por valor agredado, o indice de
desempenho de custo (IDC) é considerado no
gerenciamento de seus projetos.
- A equipe do projeto se preocupa em dividir o projeto em fases
para realização das entregas.
Divisão do projeto em fases em ordem cronológica para - A equipe do projeto envolve o cliente em cada uma das fases
21.Ciclo de vida do projeto a execução. para realização das entregas.
- Após a conclusão do projeto, a equipe do projeto continua a
monitorar a entrega para corrigir erros que impactam na
performance
- Minha empresa leva em conta o desenvolvimento de novas
em termos de processos, melhorias, novas oportunidades.
proporcionará benefícios para a estrutura da organização,
Representa os benefícios de longo prazo do projeto.
22.Tecnologia Nova Possibilidade de aprendizado de novas tecnologias para - Minha empresa participar de projetos que demandam
execução de projetos. alta tecnologia para viabilização do projeto.
- Minha empresa preocupada em expandir o aprendizado da
Preparação Futuro
3.3 AMOSTRA
Segundo Hair (ET ali., 2005), este tipo de amostragem, denominada intencional por
julgamento, é definida como não probabilística, já que atenderá a critérios pré-estabelecidos.
Apesar das limitações deste tipo de amostra, relacionadas principalmente à possibilidade de
generalizações para a população, os autores afirmam que ela pode trazer resultados aceitáveis
para a proposta do estudo.
Hair (et ali., 2005) cita que questionários auto administrados vêm sendo usados de
forma crescente. Trata-se de questionários que são respondidos pelo pesquisado sem a
presença de um pesquisador.
Correio;
3.5 QUESTIONÁRIO
Para este trabalho, o questionário anexo foi encaminhado para as pessoas que
atendessem o perfil definido na amostra para participação na pesquisa. O questionário possui
61 questões, divididos em 6 etapas distribuídas da seguinte forma:
71
Para cada uma das técnicas há restrições e cuidados que precisarão ser tomados para
que os resultados possam ser validados. Apesar dos pacotes estatísticos a serem utilizados (a
ser definido) executarem a maioria dos cálculos, há necessidade de se verificar previamente as
condições de cada análise, e para isso, serão consideradas as recomendações de HAIR (1998).
Como este estudo será baseado em pesquisa quantitativa, porém com a utilização de
amostras intencionais, pode tornar-se limitada a possibilidade de generalizações na etapa de
conclusão do trabalho. Contudo, mesmo que as amostras fossem aleatórias, também ficaria
comprometida uma eventual generalização dos resultados, dado que as questões a serem
analisadas nesta pesquisa não permitirá determinar relação de causa e efeito, e sim relações de
influência, as quais se restringem ao contexto do estudo.
Para obter os dados para este estudo, a pesquisa foi enviada para 400 pessoas (gerente
de projetos, líderes e coordenadores de projetos ou pessoas que trabalhem com projetos) que
potencialmente poderiam atender aos requisitos da amostra.
Questionários Respondidos
Online (Survey Monkey) 61,95% 127
Impresso 38,05% 78
100,00% 205
Questionários Invalidados
Online (Survey Monkey) 92,21% 71
Impresso 7,79% 6
100,00% 77
A seguir são apresentadas a composição válida dos questionários finais que forma
analisados nessa pesquisa:
Questionários Validos
Online (Survey Monkey) 43,75% 56
Impresso 56,25% 72
100,00% 128
Tabela 6 – Número de questionários validos
Fonte: elaborado pelo autor
Porte da Empresa
Menos de 100 funcionários 9,38% 12
Entre 101 e 1000 funcionários 21,88% 28
Mais de 1001 funcionários 68,75% 88
100,00% 128
Tempo de Empresa
Menos de 1 ano 3,13% 4
Entre 1 e 5 anos 28,13% 36
Mais de 5 anos 68,75% 88
100,00% 128
Cargo
Gerente de Projetos 40,63% 52
Líder de Projetos 6,25% 8
Coordenador de Projetos 3,13% 4
Assistentes de Projetos 22,66% 29
Diretores 2,34% 3
Compradores 3,13% 4
Outros 21,88% 28
100,00% 128
Tabela 9 – Cargo
Fonte: elaborado pelo autor
Para finalizar o perfil da amostra escolhida para o estudo, a Tabela 10, a seguir, mostra
o tipo de atividades das empresas dos respondentes. Neste quesito tivemos uma participação
expressiva dos respondentes que trabalham no setor da indústria e serviços (mais de 60% dos
respondentes).
76
Nesta etapa da pesquisa, serão apresentados os resultados obtidos nos indicadores que
avaliam o resultado de acordo com o impacto para o cliente. A fim de facilitar a organização
dos dados, as questões foram agrupadas em quatro partes distintas, de acordo com os pilares
dados no estudo.
Gray (2010) coloca a alta satisfação do cliente como sendo o objetivo da maior parte
dos projetos, explicando dessa forma a preocupação com a imagem institucional pela
percepção do cliente final.
Ainda dentro da análise dos indicadores de impacto para o cliente, serão apresentados
os resultados apenas dos respondentes com o cargo de gerente de projetos, conforme tabela
12, a seguir:
79
Pressupõem-se que o resultado encontrado nessa etapa da pesquisa possa ser atribuído
ao grau de maturidade dos gestores dos projetos, tanto com relação a execução dos projetos,
tanto com relação a formação da equipe do projeto.
Esse resultado pode ser apoiado na teoria com a definição de Shtub, Bard e Globerson
(1994), que citam que “criar um ambiente para atingir os objetivos do projeto e ao mesmo
tempo oferecer satisfação própria relacionada com que as pessoas mais valorizam”.
Pressupõe-se com isso que a equipe de projeto valoriza mais o ambiente de trabalho,
as relações interpessoais e a possibilidade de adquirir conhecimento e colocam a renumeração
e os benefícios inerentes ao cargo em segundo patamar. Esses indicadores também estão entre
os menos utilizados.
Esse resultado pode ser apoiado na teoria com a definição de Porter (2003), que
defende que a estratégia é vista como a construção de defesas contra as forças competitivas ou
como a descoberta de posições no setor onde as forças são mais fracas. ”
relação a média obtida tanto na importância quando na utilização dos indicadores para o
quarto pilar analisado. Foi a média mais baixa dos quatro grupos analisados.
Pressupõem-se dessa forma que as empresas ainda não possuem um processo robusto
de coleta das informações para preparação de estratégias de médio e longo prazo.
Embora não tenha sido objetivo desse estudo, pressupõem-se com essa grande
variação que o grau de maturidade empresarial ainda é uma barreira para utilização de
indicadores de preparação da empresa para o futuro a médio e longo prazo.
91
O objetivo inicial do estudo era tão somente descrever e analisar o grau de importância
e de utilização dos indicadores de sucesso em projetos. Entretanto, a título de uma maior
compreensão do problema, optou-se por aplicar a técnica do teste qui-quadrado para avaliar se
há ou não alguma associação entre a utilização e a importância dos indicadores estudados na
pesquisa de campo.
Karl Pearson propôs a seguinte fórmula para medir as possíveis discrepâncias entre
proporções observadas e esperadas:
Onde:
Note-se que (o - e) = desvio (d), portanto a fórmula também pode ser escrita como:
X² = ∑ (d²/e)
Percebe-se que as frequências observadas são obtidas diretamente dos dados das
amostras, enquanto que as frequências esperadas são calculadas a partir destas.
As frequências observadas são obtidas diretamente dos dados das amostras, enquanto
que as frequências esperadas são calculadas a partir destas. Assim, o x² calculado é obtido a
partir dos dados experimentais, levando-se em consideração os valores observados e os
esperados, tendo em vista a hipótese.
Abaixo segue tabela qui-quadrado com o valor x² tabelado que será utilizado na
pesquisa (com 95% de confiança):
Nesta etapa da pesquisa foi utilizado o software EXCEL para realização do teste qui-
quadrado, aplicando no software a formula desenvolvida anteriormente.
Podemos concluir dessa forma que existe relação entre a utilização e o impacto desse
indicador para os respondentes da pesquisa. Essa relação pode ser justificada pelo tipo de
indicador (planejamento) e pela facilidade de utilização.
Já a questão “Dividir o projeto em fases para realização das entregas” trata a divisão
do projeto em fases para realização das entregas ao cliente final. Nessa questão também
possui relação entre a utilização e o impacto do indicador para os respondentes da pesquisa e
essa relação também pode ser justificada pelo tipo de indicador (planejamento) e pela
facilidade de utilização.
Conforme apresentado anteriormente nas tabelas 20, 21, 22 e 23, com a realização do
teste qui-quadrado, foi possível encontrar apenas 3 indicadores que possuem relação entre a
utilização e a importância em um universo de 52 indicadores estudados.
Pressupõem-se com essa nova amostra formada por gestores de projeto, os seguintes
itens:
101
Pressupõem-se com essa nova amostra formada por gestores de projeto que:
Pressupõem-se com essa nova amostra formada por gestores de projeto que:
Segundo Pinto (2002), as razões mais importantes para as empresas buscarem gerentes
de projetos com perfis adequados são:
Pressupõem-se com essa nova amostra formada por gestores de projeto que:
2,51843318
equipe de projeto. IMPORTÂNCIA 0 0 7 14 31 52 4,46154 5
Equipe ter oportunidade de usar criativamente UTILIZAÇÃO 0 2 12 18 20 52 4,07692 5
3,88571429
suas habilidades e competências no trabalho. IMPORTÂNCIA 0 0 9 15 28 52 4,36538 5
Receber treinamento e capacitação na ausência UTILIZAÇÃO 0 2 6 18 26 52 4,30769 5
1,28966862
de conhecimento técnico. IMPORTÂNCIA 0 1 5 19 27 52 4,38462 5
Satisfação com relação aos benefícios oferecidos UTILIZAÇÃO 0 9 18 20 5 52 3,40385 4
8,19264069
pela empresa. IMPORTÂNCIA 0 7 11 24 10 52 3,71154 4
Gerenciamento da participação no mercado UTILIZAÇÃO 3 3 12 22 12 52 3,71154 4
3,36985646
após a entrega do projeto. IMPORTÂNCIA 2 0 19 20 11 52 3,73077 4
O ROI é utilizado pela minha empresa para UTILIZAÇÃO 2 4 10 10 26 52 4,03846 5
3,1038961
análise do retorno do investimento dos projeto. IMPORTÂNCIA 0 0 12 7 33 52 4,40385 5
UTILIZAÇÃO
Negócio e sucesso direto
5,01512605
tecnologia. IMPORTÂNCIA 1 0 14 17 20 52 4,057692308 5
Realização de projetos que viabilizem a entrada UTILIZAÇÃO 0 2 9 13 28 52 4,288461538 5
8,80282555
em novos negócios. IMPORTÂNCIA 0 0 4 11 37 52 4,634615385 5
Documentação dos principais problemas UTILIZAÇÃO 0 7 9 14 22 52 3,980769231 5
5,24358974
encontrados ao longo dos projetos. IMPORTÂNCIA 0 0 6 13 33 52 4,519230769 5
Registrar recomendações de melhorias futuras UTILIZAÇÃO 0 4 17 11 20 52 3,903846154 5
5,73039923
para os projetos desenvolvidos. IMPORTÂNCIA 0 0 11 14 27 52 4,307692308 5
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho procurou abordar o tema dos indicadores sob o aspecto dos quatro
pilares propostos na revisão teórica deste estudo a fim de analisar a importância e a utilização
de cada um dos indicadores aplicadas aos projetos da organização.
O objetivo geral desta pesquisa foi de identificar a percepção dos gestores a respeito
do grau de importância dos indicadores de avaliação de desempenho dos projetos e entender a
utilização desses indicadores como ferramenta complementar na gestão dos projetos atuais,
dessa forma, contribuindo com um gerenciamento cada vez mais efetivo, melhorando os
resultados de uma forma geral e atingindo a expectativa de todos os envolvidos.
Avaliação: É o “processo usado para rever o projeto e identificar o que foi bem
e o que foi mal”. YOUNG (2009).
Uma vez realizada a revisão da literatura, este estudo seguiu para a efetiva realização
de pesquisa de campo, para a obtenção de dados que serviram de base para as análises acerca
do grau de utilização e importância dos indicadores dentro dos projetos das organizações.
Os resultados mais relevantes obtidos por esta pesquisa, em termos da amostra geral
foram:
Este estudo trouxe contribuições acadêmicas em três esferas: (1) o tema de avaliação
de sucesso dos projetos, ampliando, assim, o ainda limitado número de estudos e pesquisas
ligados a essa área do conhecimento, em especial, no Brasil e (2) o modelo conceitual
proposto para avaliação dos indicadores de projeto utilizando quatro dimensões de sucesso
conforme apresentado neste estudo e (3) a realização de pesquisa com o uso do método
quantitativo, por meio do uso de ferramentas e testes estatísticos não-paramétricos (teste qui-
quadrado), que são ainda pouco utilizados e não triviais.
Análises dos resultados: toda a pesquisa foi conduzida para buscar identificar a
importância e utilização dos indicadores de projetos e os gaps entre a utilização e
importância sem o aprofundamento nos motivos que levam às discrepâncias
observadas entre a importância dada aos indicadores e sua efetiva utilização.
Ficam como proposta para pesquisas futuras relacionadas a esta pesquisa e seus
resultados:
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MURPHY, D., Baker, N. and Fisher, D. Determinants of Project Success, Boston College,
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PINTO, J.K. and Slevin, D.P. Critical success factors across the project life cycle, Project
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VERMA, VIJAY K. Managing the Project Team, PMI Project Management Institute,
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YOUNG, Trevor L. Manual de Gerenciamento de Projetos. São Paulo: Ed. Clio, 2009.
119
Apêndices
O objetivo geral desta pesquisa é identificar a percepção dos gestores a respeito do grau de importância dos indicadores de avaliação
de desempenho dos projetos e entender a utilização desses indicadores como ferramenta complementar na gestão dos projetos atuais,
dessa forma, contribuindo com um gerenciamento cada vez mais efetivo, melhorando os resultados de uma forma geral e atingindo a
expectativa de todos os envolvidos.
Por favor, responda a cada questão no contexto de suas próprias experiências. Os dados coletados serão utilizados exclusivamente
para estudo. Todos os dados para fins de publicação serão tratados anonimamente.
O questionário a seguir sobre indicadores em projeto, foi desenvolvido sob a ótica de 4 pilares: (1) IMPACTO PARA O
CLIENTE, (2) IMPACTO PARA A EQUIPE, (3) NEGÓCIOS E SUCESSO DIRETO e (4) PREPARAÇÃO FUTURO. O
questionário proposto avalia o grau de importância e a intensidade de uso de alguns indicadores dentro desses 4 pilares analisando
neste trabalho.
ETAPA 2 – IMPACTO PARA O CLIENTE: nesta etapa, gostaríamos de ter sua opinião sobre alguns aspectos relacionados ao
impacto para o cliente na gestão dos projetos. Classifique o Grau de Importância e o Grau de Utilização de cada um dos indicadores
listados abaixo. Coloque X no campo correspondente:
ETAPA 3 – IMPACTO PARA A EQUIPE: nesta etapa, gostaríamos de ter sua opinião sobre alguns aspectos relacionados a
equipe do projeto. Classifique o Grau de Importância e o Grau de Utilização de cada um dos indicadores listados abaixo.
Coloque X no campo correspondente:
ETAPA 4 – NEGÓCIOS E SUCESSO DIRETO: nesta etapa, gostaríamos de ter sua opinião sobre alguns aspectos relacionados
aos negócios e ao sucesso do projeto. Classifique o Grau de Importância e o Grau de Utilização de cada um dos indicadores listados
abaixo. Coloque X no campo correspondente:
ETAPA 5 – PREPARAÇÃO PARA O FUTURO: nesta etapa, gostaríamos de ter sua opinião sobre alguns aspectos relacionados
ao futuro dos projetos dentro da organização. Classifique o Grau de Importância e o Grau de Utilização de cada um dos indicadores
listados abaixo. Coloque X no campo correspondente:
Muito Importante
Utilização Intensa
Sem Importancia
Conjunto de Indicadores de Desempenho Definição Operacional Questão
Sem Utilização
(2) ( 3) ( 4) (2) ( 3) (4 )
projeto.
do cliente, beneficiando seu negócio. Sugere a inclusão de medidas de qualidade e escopo
Aborda o ponto de vista do principal stakeholder do projeto. Nessa dimensão, busca-se
Atendimento ao prazo planejado do projeto ou acordado - A equiepe do Projeto cumpre os prazos estabelecidos
definir de forma clara como os resultados do projeto corresponderão às necessidades
8.Satisfação da equipe Alta motivação da equipe do projeto. - Há um bom relacionamento entre os membros da equipe de
um ambiente de projeto motivador, que incentiva sua equipe e
projeto.
- Os membros da equipe tem oportunidades de usar
criativamente suas habilidades e competências no trabalho.
9.Desenvolvimento da capacidades e habilidades - Os membros da equipe de projeto são treinados e
Promover treinamento para que a equipe se qualifique capacitados quando não possuem conhecimento técnico
Impacto para a Equipe
Ter acrescimo de lucro em um determinado produto ou - Minha empresa será preocupada com o resultado comercial
14.Lucros
serviço após a finalização do projeto que o originou. após a conclusão do projeto.
Ter aumento ou diminuição de participação no mercado - Minha empresa procura gerenciar a participação do mercado
15.Participação de Mercado
após a finalização do projeto. após a entrega do projeto.
- O Retorno sobre o Investimento é utilizado pela minha
empresa para análise do retorno do investimento dos projeto.
Relação entre o dinheiro ganho ou perdido que foi - O Retorno sobre o Investimento é utilizado pela minha
16.Retorno sobre o investimento - ROI investido no projeto. empresa para análise dos projetos a longo prazo.
ligada à participação do projeto no desempenho financeiro da empresa.
17.Fluxo de Caixa
de acordo com o avanço do cronograma. dos projetos para controle dos custos.
- Minha empresa utiliza o fluxo de caixa para análise e
cálculo de indicadores economicos dos projeto.
Garantia de atendimendo dos requisitos propostos no - A equipe do projeto presta o serviço com qualidade
18.Qualidade do Serviço
escopo do projeto. destacada do ponto de vista do cliente.
- O Payback Simples é utilizado na minha empresas para
Calculo para obtenção do tempo do retorno do dinheiro análise do prazo de retorno do investimento dos projeto.
19.Payback
investido no projeto. - O Payback Descontado é utilizado na minha empresas
para análise do prazo de retorno do investimento dos projeto.
- O valor agredado é uma referencia de alta consideração
no gerenciamentos de seus projetos.
- Ainda dentro da gestão por valor agredado, o indice de
Medição para obtenção da real lucratividade no projeto desempenho de prazo (IDP) é considerado no
20.Gestão por Valor Agregado
em qualquer fase da implantação gerenciamento de seus projetos.
- Ainda dentro da gestão por valor agredado, o indice de
desempenho de custo (IDC) é considerado no
gerenciamento de seus projetos.
- A equipe do projeto se preocupa em dividir o projeto em fases
para realização das entregas.
Divisão do projeto em fases em ordem cronológica para - A equipe do projeto envolve o cliente em cada uma das fases
21.Ciclo de vida do projeto a execução. para realização das entregas.
- Após a conclusão do projeto, a equipe do projeto continua a
monitorar a entrega para corrigir erros que impactam na
performance
- Minha empresa leva em conta o desenvolvimento de novas
em termos de processos, melhorias, novas oportunidades.
proporcionará benefícios para a estrutura da organização,
Representa os benefícios de longo prazo do projeto.
22.Tecnologia Nova Possibilidade de aprendizado de novas tecnologias para - Minha empresa participar de projetos que demandam
execução de projetos. alta tecnologia para viabilização do projeto.
- Minha empresa preocupada em expandir o aprendizado da
Preparação Futuro
INDICADORES - GERAL
Importância Utilização IXU
Indicadores Tipo de Indicador Pilar Pesquisa
Média Moda Média Moda %
Entregar os resultados de forma a satisfazer as necessidades do cliente. 4,8125 5 4,46875 5 7% Planejamento 1
Dividir o projeto em fases para realização das entregas. 4,5 5 4,375 5 3% Planejamento 3
Elaboração do cronograma no inicio do projeto. 4,59375 5 4,3125 5 6% Planejamento 1
Entregar os resultados finais do projeto dentro do escopo estipulado. 4,65625 5 4,28125 4 8% Planejamento 1
Prestar um serviço com qualidade do ponto de vista do cliente. 4,65625 5 4,28125 5 8% Estratégico 3
Preocupação com a imagem institucional passada para os clientes e futuros clientes. 4,78125 5 4,1875 5 12% Estratégico 1
Respeito os custos estimados no orçamento do projeto. 4,59375 5 4,15625 5 10% Planejamento 1
Comprometimento com todas as entregas do projeto. 4,6875 5 4,125 5 12% Planejamento 1
Cumprimento dos prazos estabelecidos no cronograma. 4,625 5 4,09375 5 11% Planejamento 1
Entregar uma solução técnica passível de ser implementada. 4,40625 5 4,0625 5 8% Planejamento 1
Entregar os resultados finais do projeto até mesmo quando ocorre alteração no escopo. 4,25 5 4,03125 4 5% Planejamento 1
Envolver o cliente em cada uma das fases para realização das entregas. 4,34375 5 4 5 8% Planejamento 3
Realização de projetos que viabilizem a entrada em novos negócios. 4,40625 5 4 5 9% Estratégico 4
Compressão ou paralelismo de atividades no cronograma. 4,28125 4 3,875 4 9% Estratégico 1
Revisão do planejamento na ocorrência de estouro de tempo e/ou custo. 4,28125 5 3,875 4 9% Planejamento 1
Identificar benefícios econômicos ou de outra natureza 4,3125 4 3,875 5 10% Estratégico 1
Equipe ter oportunidade de usar criativamente suas habilidades e competências no trabalho. 4,28125 5 3,875 4 9% Planejamento 2
Os custos reais do projeto estão aderentes às estimativas realizadas. 4,375 5 3,78125 4 14% Planejamento 1
Analisar o Retorno sobre o Investimento (ROI). 4,5 5 3,78125 5 16% Estratégico 3
Documentação dos principais problemas encontrados ao longo dos projetos. 4,34375 5 3,78125 5 13% Planejamento 4
Bom relacionamento entre membros da equipe de projeto. 4,1875 5 3,75 4 10% Planejamento 2
O ROI é utilizado pela minha empresa para análise do retorno do investimento dos projeto. 4,34375 5 3,75 5 14% Planejamento 3
Permanência no projeto desde o planejamento até o encerramento. 4,1875 5 3,71875 4 11% Planejamento 2
Utilização de informações de projetos anteriores similares. 4,28125 5 3,71875 4 13% Planejamento 4
Receber treinamento e capacitação na ausência de conhecimento técnico. 4,21875 5 3,6875 5 13% Planejamento 2
Bom relacionamento com o gestor do projeto. 4,21875 4 3,6875 3 13% Planejamento 2
Realização de projetos que viabilizem o desenvolvimento e/ou a criação de novos produtos. 4,09375 5 3,6875 4 10% Estratégico 4
Ser incentivado a submeter idéias novas para aprimorar o trabalho 4,15625 4 3,65625 4 12% Planejamento 2
Preocupação com o resultado comercial após a conclusão do projeto. 4,25 4e5 3,65625 3 14% Estratégico 3
Utilizar o fluxo de caixa no planejamento dos projetos. 4,09375 5 3,65625 4 11% Planejamento 3
Utilizar o fluxo de caixa para controle dos custos. 4,09375 4 3,65625 3 11% Planejamento 3
Participação em projetos que demandem alta tecnologia. 3,96875 5 3,65625 5 8% Estratégico 4
Registrar recomendações de melhorias futuras para os projetos desenvolvidos. 4,1875 5 3,65625 3 13% Planejamento 4
Bom relacionamento entre os membros da equipe. 4,15625 4 3,625 3 13% Planejamento 2
Equipe ter oportunidade de crescer profissionalmente. 4,28125 5 3,59375 3 16% Planejamento 2
Utilizar o ROI como ferramenta de planejamento estratégico (Phillips ROI). 4,03125 5 3,59375 5 11% Estratégico 3
Participação em projetos que demandem o desenvolvimento de novas competências. 4,125 4 3,59375 4 13% Estratégico 4
Monitorar o projeto após a finalização para corrigir erros que impactem a performance. 4,09375 5 3,5625 4 13% Planejamento 3
Desenvolvimento de novas tecnologias na gestão de projetos. 4,0625 4 3,5625 4 12% Estratégico 4
Ser reconhecido por contribuição criativa ao trabalho. 4,03125 4 3,5 3 13% Planejamento 2
Utilizar o fluxo de caixa para análise e cálculo de indicadores econômicos dos projetos. 3,875 4 3,5 4 10% Planejamento 3
Fluxo de caixa para controle da execução dos projeto. 3,90625 4 3,375 4 14% Planejamento 1
Equipe do projeto satisfeita com sua remuneração. 4 4 3,34375 3 16% Estratégico 2
Gerenciamento da participação no mercado após a entrega do projeto. 3,6875 4 3,3125 4 10% Estratégico 3
Expansão do aprendizado da equipe na aplicação de novas tecnologias. 3,96875 5 3,3125 3 17% Estratégico 4
Preocupação com o incremento das vendas após a entrega do projeto. 4 5 3,28125 3 18% Estratégico 3
Utilizar o índice de desempenho de prazo (IDP) para gestão dos projetos. 3,6875 4 3,28125 4 11% Planejamento 3
Utilizar o índice de desempenho de custo (IDC) para gestão dos projetos. 3,6875 4 3,28125 4 11% Planejamento 3
Remuneração satisfatória. 3,9375 4 3,25 3 17% Planejamento 2
Utilizar o valor agredado (VA) para gestão dos projetos. 3,625 4 3,1875 4 12% Planejamento 3
Satisfação com relação aos benefícios oferecidos pela empresa. 3,625 4 3,15625 3 13% Planejamento 2
Utilizar o Payback Simples para análise do prazo de retorno do investimento do projeto. 3,34375 3 3,15625 3 6% Planejamento 3
Utilizar o Payback Descontado para análise do prazo de retorno do investimento dos projetos. 3,40625 3 3,0625 3 10% Planejamento 3
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