Remedios Constitucionais 1º Trabalho D. Const.
Remedios Constitucionais 1º Trabalho D. Const.
Remedios Constitucionais 1º Trabalho D. Const.
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
INTRODUÇÃO
HABEAS CORPUS
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fundamentais, concedida na Magna Carta, em 1215, por “João Sem Terra”, monarca
inglês, e formalizada, em 1679 pelo Habeas Corpus Act, uma lei para melhor garantir
a liberdade do súdito e para prevenção das pressões no ultramar.
No Brasil, a primeira mostra do instituto deu-se em 1821, essa terminologia
“habeas corpus” só apareceria em 1830, no Código Criminal e passou a ser
positivada na constituição de 1891 e posteriormente na constituição de 1988, no art.
5º, inciso LXVIII.
Esse remédio constitucional, cujo ajuizamento é gratuito, tem por objetivo
cessar a ameaça ou coação à liberdade de ir, vir e permanecer do indivíduo,
podendo ser repressivo ou liberatório (alvará de soltura), preventivo (salvo conduto),
ou suspensivo.
O autor da ação constitucional de habeas corpus recebe o nome de
impetrante, podendo ser qualquer pessoa física nacional ou estrangeira, em favor de
terceiro podendo ser o Ministério público ou até mesmo uma pessoa jurídica; o
indivíduo em favor do qual se impetra, recebe o nome de paciente (podendo ser o
próprio impetrante), e a autoridade que pratica a ilegalidade ou abuso de poder,
autoridade coatora ou impetrado.
Quem poderá conceder de ofício serão Juízes de Direito, Turma Recursal e o
Tribunal, em exceção ao princípio da inércia do órgão jurisdicional, quando no curso
do processo verificarem que alguém sofre ou está na iminência de sofrer coação
ilegal (art. 654, § 2°, do CPP).
O habeas corpus será preventivo, também chamado de salvo conduto,
quando alguém se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade
de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder (a restrição à locomoção ainda
não se consumou).
O habeas corpus repressivo pode ser chamado de habeas corpus liberatório e
ocorre diante da efetiva violação do direito de locomoção, dessa forma vem para
cessar a violência ou coação. Interessante notar que pode existir habeas corpus
coletivo, como vimos o HC 143.641, por votação unânime, o STF entendeu cabível a
impetração coletiva de habeas corpus, onde “todas as mulheres submetidas a prisão
cautelar no sistema penitenciário nacional que ostentem a condição de gestantes, de
puérperas ou de mães com crianças com até 12 anos de idade sob sua
responsabilidade e das próprias crianças” e teve a mudança de prisão cautelar em
prisão domiciliar.
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Observando a jurisprudência, não cabe Habeas Corpus para questionar pena
de multa, quando aplicada de forma isolada; ou trancar de processo de
impeachment; ou questionar perda de patente militar; ou discutir a perda de função
pública, quando aplicada de forma acessória na condenação; ou em substituição ao
Recurso Ordinário segundo os art. 102 e 105 da Constituição Federal/88 e também,
não cabe habeas corpus direcionado ao Supremo Tribunal Federal contra decisão
do relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere liminar,
como vemos na Súmula 691 do STF.
HABEAS DATA
MANDADO DE SEGURANÇA
Sobre essa perspectiva, Pedro Lenza afirma que o direito líquido e certo é
aquele que pode ser demonstrado de plano mediante prova pré-constituída, sem a
necessidade de dilação probatória. Trata-se de direito “manifesto na sua existência,
delimitado na sua extensão e apto a ser exercitado no momento da impetração”.
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Em 1936 foi regulamentado pela Lei n. 191, na Constituição de 1946 no
art.141, § 24, Constituição de 1967 (art. 150, § 21) e na Emenda constitucional
n.1/69 (art. 153, § 21) apresenta uma redação idêntica:
“Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito individual
líquido e certo não amparado por habeas corpus, seja qual for a autoridade
responsável pela ilegalidade ou abuso de poder.”
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Os processos de mandado de segurança e os respectivos recursos terão
prioridade sobre todos os atos judiciais, salvo habeas corpus e não será concedida
medida liminar que tenha por objeto a compensação de créditos tributários, a
entrega de mercadorias e bens provenientes do exterior, a reclassificação ou
equiparação de servidores públicos e a concessão de aumento ou a extensão de
vantagens ou pagamento de qualquer natureza (§ 2º do art. 7º da Lei nº
12.016/2009).
É importante destacar, que o requerente pode desistir de mandado de
segurança a qualquer tempo, mesmo que proferida decisão de mérito a ele
favorável, e sem anuência da parte contrária”, mas desde que não tenha havido
trânsito em julgado da decisão.
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Entende o Tribunal, também, que não se aplica, ao mandado de segurança
coletivo, a exigência da Lei n. 9.494/97, art. 2 A, segundo o qual, "nas ações
coletivas propostas contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e
suas autarquias e fundações, a petição inicial deverá obrigatoriamente estar
instruída com a ata da assembleia da entidade associativa que a autorizou,
acompanhada da relação nominal dos seus associados e indicação dos respectivos
endereços".
No entendimento de Michel Temer, os dois objetivos buscados com a criação
do mandado de segurança coletivo, são: o fortalecimento das organizações
classistas e pacificar as relações sociais pela solução que o Judiciário dará a
situações controvertidas que poderiam gerar milhares de litígios com a consequente
desestabilização da ordem social.
Podemos concluir então, que o mandado de segurança coletivo é uma ação
extremamente relevante no que diz respeito à tutela de direitos coletivos em sentido
amplo, evitando o ajuizamento de inúmeras ações individuais acerca do mesmo
assunto.
AÇÃO POPULAR
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Destarte, que na Constituição de 1937, essa ação foi suprimida, ressurgindo
no texto constitucional de 1946 e permanece até os dias atuais, prevista no art. 5.º,
LXXIII, da CF/88:
“qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a
anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado
participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio
histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de
custas judiciais e do ônus de sucumbência”.
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O sujeito ativo da ação popular é isento de custas judiciais e do ônus de
sucumbência, salvo comprovada má-fé.
MANDADO DE INJUNÇÃO
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A petição inicial pode ser indeferida quando a impetração for manifestamente
incabível ou manifestamente improcedente. Da decisão de relator que indeferir a
petição inicial, prescreve a lei, caberá agravo, em 5 dias, para o órgão colegiado
competente para o julgamento da impetração.
Findo o prazo para apresentação das informações, será ouvido o Ministério
Público, que dará sua opinião em até 10 dias, e após esse prazo, com ou sem
parecer, os autos serão conclusos para decisão.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Referências Bibliográficas
ANDRADE, A.; MASSON, C. Interesses difusos e coletivos esquematizado I. 6. ed. ver. e atual.- Rio
de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2016.
BRANCO, P. G. G.; COELHO, I.M.; MENDES, G. F. Curso de Direito Constitucional.4. ed. rev. e
atual. - São Paulo: Saraiva, 2009.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 25. ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2021.
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