Lei N 13 303 2016 Lei Das Estatais E1658846440 PDF
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303/2016
Lei n. 13.303/2016 – Lei das Estatais
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
LEI N. 13.303/2016
Lei n. 13.303/2016 – Lei das Estatais
Diogo Surdi
Sumário
Apresentação. . .................................................................................................................................. 3
Lei n. 13.303/2016 – Lei das Estatais.. ......................................................................................... 4
1. Licitações Públicas.. ..................................................................................................................... 4
1.1. Introdução................................................................................................................................... 4
1.2. Abrangência............................................................................................................................... 6
1.3. Definições................................................................................................................................... 8
1.4. Princípios e Objetivos............................................................................................................ 10
1.6. Procedimento Licitatório. . ..................................................................................................... 24
2. Contratos Administrativos...................................................................................................... 33
2.1. Formalização. . .......................................................................................................................... 33
2.2. Duração Contratual. . .............................................................................................................. 35
2.3. Exigência de Garantias. . ........................................................................................................ 35
2.4. Alterações Contratuais......................................................................................................... 36
2.5. Sanções Administrativas...................................................................................................... 37
3. Fiscalização e Controle............................................................................................................ 38
3.1. Classificação do Controle.. .................................................................................................... 39
3.2. Controle das Empresas Estatais......................................................................................... 42
4. Disposições Societárias...........................................................................................................44
Questões de Concursos................................................................................................................ 47
Gabarito............................................................................................................................................ 77
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Apresentação
Olá, tudo bem? Espero que sim!
Na aula de hoje, estudaremos a Lei n. 13.303/2016, norma que instituiu o estatuto jurídico
das empresas públicas e das sociedades de economia mista, sendo conhecida, popularmente,
como “Lei das Estatais”.
Grande abraço e boa aula!
Diogo
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Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade eco-
nômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou
a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e
de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens
ou de prestação de serviços, dispondo sobre:
I – sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade;
II – a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e
obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários;
III – licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da
administração pública;
IV – a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a participação
de acionistas minoritários;
V – os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores
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Art. 28. Os contratos com terceiros destinados à prestação de serviços às empresas públicas e às
sociedades de economia mista, inclusive de engenharia e de publicidade, à aquisição e à locação de
bens, à alienação de bens e ativos integrantes do respectivo patrimônio ou à execução de obras a
serem integradas a esse patrimônio, bem como à implementação de ônus real sobre tais bens, serão
precedidos de licitação nos termos desta Lei, ressalvadas as hipóteses previstas nos arts. 29 e 30.
Como exemplo, podemos citar a situação onde uma determinada empresa estatal deseja con-
tratar uma instituição brasileira incumbida regimental ou estatutariamente da pesquisa, do
ensino ou do desenvolvimento institucional.
Nesta hipótese, poderá a entidade escolher entre a realização da licitação e a contratação
direta com a instituição.
A contratação direta, por sua vez, ocorre nas situações em que há inviabilidade de compe-
tição, de forma que a realização de licitação encontra-se seriamente prejudicada. As hipóteses
de contratação direta expressas na Lei n. 13.303 em muito se assemelham com o instituto da
inexigibilidade de licitação, previsto na Lei n. 8.666.
Seria o caso da Caixa Econômica Federal (empresa pública) necessitar de uma máquina que
só seja fabricada por uma determinada empresa. Neste caso, não há a menor possibilidade de
ocorrer a licitação, uma vez que apenas uma empresa dispõe de objeto para ofertar à entidade.
Assim, a administração negocia diretamente com tal empresa, uma vez que há inviolabilidade
de competição.
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Por fim, temos as situações de vedação à realização da licitação, que, de acordo com a lei
das estatais, são situações em que a realização da licitação não pode ocorrer.
Podemos citar a situação em que uma sociedade de economia mista exploradora de atividade
econômica (o Banco do Brasil, por exemplo), tem o interesse em comercializar a abertura de
novas contas correntes.
Como a abertura de contas correntes é considerada uma atividade-fim do Banco do Brasil, não
faz nenhum sentido que seja realizado o procedimento licitatório.
1.2. Abrangência
De fundamental importância é sabermos quais as entidades que estão abrangidas pelas
disposições da Lei das Estatais. Inicialmente, vejamos o teor do artigo 1º da norma em análise:
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mis-
ta e de suas subsidiárias, abrangendo toda e qualquer empresa pública e sociedade de economia
mista da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios que explore atividade econômica
de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, ainda que a atividade eco-
nômica esteja sujeita ao regime de monopólio da União ou seja de prestação de serviços públicos.
Importante salientar que a Lei das Estatais trata-se de uma norma que possui caráter na-
cional. As leis nacionais, ao contrário do que ocorre com as normas de um determinado ente
federativo (como as leis federais), possuem regras e mandamentos que devem ser observados
por todos os entes federativos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios).
Ainda que a Lei n. 13.303 seja uma lei nacional, podem os demais entes federativos editar,
de acordo com as suas peculiaridades, leis e regulamentos relacionados com a licitação das
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Art. 91. A empresa pública e a sociedade de economia mista constituídas anteriormente à vigência
desta Lei deverão, no prazo de 24 (vinte e quatro) meses, promover as adaptações necessárias à
adequação ao disposto nesta Lei.
Até que este prazo finde, as entidades poderão optar entre aplicar as disposições da Lei n.
8.666 ou, caso entendam que estão aptas para o novo regramento, passar a aplicar as regras
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da Lei das Estatais. Após o prazo de 24 meses, todas as estatais, sem distinções, devem, obri-
gatoriamente, seguir as disposições da Lei n. 13.303.
1.3. Definições
A Lei n. 13.303 apresenta, em seus artigos 3º e 4º, os conceitos de empresa pública e de
sociedade de econômica mista. Trata-se de novidade legislativa, ainda que a doutrina já apon-
tasse uma série de diferenças entre as duas entidades.
Art. 3º Empresa pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com cria-
ção autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente detido pela
União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios.
Parágrafo único. Desde que a maioria do capital votante permaneça em propriedade da União, do
Estado, do Distrito Federal ou do Município, será admitida, no capital da empresa pública, a partici-
pação de outras pessoas jurídicas de direito público interno, bem como de entidades da administra-
ção indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Art. 4º Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito pri-
vado, com criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito
a voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou a
entidade da administração indireta.
§ 1º A pessoa jurídica que controla a sociedade de economia mista tem os deveres e as respon-
sabilidades do acionista controlador, estabelecidos na Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e
deverá exercer o poder de controle no interesse da companhia, respeitado o interesse público que
justificou sua criação.
§ 2º Além das normas previstas nesta Lei, a sociedade de economia mista com registro na Comis-
são de Valores Mobiliários sujeita-se às disposições da Lei n. 6.385, de 7 de dezembro de 1976.
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Se ela for exploradora de atividade econômica, e como forma de evitar assim que o
princípio da livre concorrência seja prejudicado, tais atividades serão reguladas pelo di-
reito privado.
Como exemplo de empresas estatais exploradoras de atividade econômica temos a Caixa Eco-
nômica Federal (empresa pública) e o Banco do Brasil (sociedade de economia mista). Como
tais entidades disputam o mercado com as demais empresas privadas, e em plena sintonia
com o princípio da livre concorrência, devem ser regidas pelo direito privado.
Como exemplo de empresas estatais prestadoras de serviços públicos temos os Correios
(empresa pública) e a Sabesp (sociedade de economia mista). Em ambas as entidades, nota-
-se que o objetivo primordial não é auferir lucros, mas sim prestar um serviço à coletividade.
Logo, nada mais natural do que tais entidades estarem regidas pelo direito público.
Do conceito apresentado pela Lei das Estatais, conseguimos observar uma série de dife-
renças entre as empresas estatais e as sociedades de economia mista. Vejamos...
As empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado, criadas por autorização
legislativa, com a totalidade do capital público e regime organizacional livre.
As sociedades de economia mista, por sua vez, são pessoas jurídicas de direito privado,
criadas por autorização legislativa, com a maioria do capital público e organizadas, obrigato-
riamente, sob a forma de sociedades anônimas (S/A).
Da análise dos dois conceitos apresentados, consegue-se perceber uma série de caracte-
rísticas que diferenciam as duas entidades da administração indireta. Duas destas diferenças
estão em sintonia com a Lei das Estatais, sendo elas a forma de constituição e o modo como
ocorre a formação de seu capital social.
Com relação à forma de constituição, as empresa públicas podem se organizar adotando
qualquer uma das formas admitidas em nosso ordenamento jurídico. Podem ainda, caso seja
necessário, serem criadas com a utilização de uma forma jurídica até então não utilizada para
as demais empresas, oportunidade em que teremos a adoção de uma forma “sui generis”, ou
seja, sem precedentes anteriores.
Como consequência, as empresas públicas podem adotar qualquer tipo societário admi-
tido, tal como as de sociedade limitada (LTDA) ou sociedade anônima (S/A). A depender da
forma utilizada, a entidade deverá registrar seus documentos na junta comercial ou no cartório
de registro de pessoas jurídicas.
As sociedades de economia mista, por outro lado, apenas podem ser constituídas sob a
forma de sociedade anônima (S/A). Consequentemente, sempre serão registradas na junta co-
mercial, possuindo caráter mercantil e sendo regidas pelas disposições da Lei 6.404. Quando
a SEM for registrada na Comissão de Valores Mobiliários, deverá, ainda, sujeita-se às disposi-
ções da Lei n. 6.385, de 7 de dezembro de 1976.
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As empresas públicas possuem todo o seu capital formado por recursos públicos, que po-
dem ser de apenas um ente público (unipessoal) ou de mais de um ente público (pluripessoal).
Temos um exemplo de empresa pública de caráter unipessoal quando esta é constituída por
meio de recursos de apenas um ente federativo (a União, por exemplo).
Temos um exemplo de empresa pública de caráter pluripessoal quando esta é constituída por
meio de recursos de mais de um ente federativo ou das respectivas entidades da adminis-
tração indireta dotadas de personalidade jurídica de direito público (autarquias e fundações
públicas).
As sociedades de economia mista, por sua vez, são constituídas obrigatoriamente com
capital formado por recursos públicos e privados (daí a existência da expressão “mista” de
seus nomes). Ressalta-se, no entanto, que a maioria do capital social deverá, necessariamente,
ser constituído de recursos públicos, garantindo ao Poder Público, desta forma, o controle da
sociedade.
Art. 31. As licitações realizadas e os contratos celebrados por empresas públicas e sociedades de
economia mista destinam-se a assegurar a seleção da proposta mais vantajosa, inclusive no que
se refere ao ciclo de vida do objeto, e a evitar operações em que se caracterize sobrepreço ou su-
perfaturamento, devendo observar os princípios da impessoalidade, da moralidade, da igualdade,
da publicidade, da eficiência, da probidade administrativa, da economicidade, do desenvolvimento
nacional sustentável, da vinculação ao instrumento convocatório, da obtenção de competitividade
e do julgamento objetivo.
Dois são os objetivos a serem alcançados com a realização da licitação, sendo eles:
a) a seleção da proposta mais vantajosa, inclusive no que se refere ao ciclo de vida
do objeto;
b) evitar operações em que se caracterize sobrepreço ou superfaturamento;
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Com relação aos princípios que regem às licitações das empresas estatais, veremos, em
breve síntese, aqueles que estão expressos nas disposições do estatuto jurídico em estudo.
1.4.1. Impessoalidade
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1.4.2. Moralidade
Segundo a moralidade, a atuação da administração não deve apenas ser pautada pela
legalidade, mas também em conceitos mais amplos, que permitam ao particular fiscalizar e
analisar se todos os atos foram realizados com observância da probidade, do decoro, da boa-
-fé e da honestidade.
Se a administração estivesse, no âmbito do processo licitatório, apenas pautada pela lega-
lidade, bastaria que cumprisse todas as normas legais para que sua atuação fosse conside-
rada correta.
Para conferir um maior controle, a moralidade deve acompanhar todo o processo licitató-
rio. Assim, não basta ser legal, tem que ser probo, reto, leal e honesto para que a atuação dos
agentes públicos possa ser considerada adequada às finalidades propostas.
O princípio da moralidade adquiriu tamanha importância, atualmente, que diversos Tribu-
nais Superiores têm admitido a desconsideração da personalidade jurídica de empresas ante-
riormente inabilitadas em processos licitatórios, evitando-se assim o abuso das formas, como
a constituição de uma nova sociedade comercial com a finalidade de burlar a penalidade im-
posta pela administração.
No julgamento do Recurso Ordinário n. 15.166/BA, o Superior Tribunal de Justiça proferiu o
seguinte entendimento (ainda que o julgado faça menção às disposições da Lei n. 8.666, trata-
-se de regra a ser observada no procedimento licitatório das empresas estatais).
A constituição de nova sociedade, com o mesmo objeto social, com os mesmos sócios
e com o mesmo endereço, em substituição a outra declarada inidônea para licitar com
a Administração Pública Estadual, com o objetivo de burlar à aplicação da sanção admi-
nistrativa, constitui abuso de forma e fraude à Lei de Licitações (Lei n. 8.666/93), de
modo a possibilitar a aplicação da teoria da desconsideração da personalidade jurídica
para estenderem-se os efeitos da sanção administrativa à nova sociedade constituída. A
Administração Pública pode, em observância ao princípio da moralidade administrativa
e da indisponibilidade dos interesses públicos tutelados, desconsiderar a personalidade
jurídica de sociedade constituída com abuso de forma e fraude à lei, desde que facultado
ao administrado o contraditório e a ampla defesa em processo administrativo regular.
Uma empresa pública realiza licitação com o objetivo de contratar particular. Na execução do
contrato, constata-se que o particular não cumpriu com as determinações inicialmente pre-
vistas, dando ensejo à aplicação da penalidade de suspensão temporária de participação em
licitação e impedimento de contratar com a entidade sancionadora, por prazo não superior a
2 (dois) anos.
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A Lei n. 13.303, em plena sintonia com o princípio da moralidade, apresenta uma lista de
pessoas que estão impedidas de participar do procedimento licitatório:
Art. 38. Estará impedida de participar de licitações e de ser contratada pela empresa pública ou
sociedade de economia mista a empresa:
I – cujo administrador ou sócio detentor de mais de 5% (cinco por cento) do capital social seja dire-
tor ou empregado da empresa pública ou sociedade de economia mista contratante;
II – suspensa pela empresa pública ou sociedade de economia mista;
III – declarada inidônea pela União, por Estado, pelo Distrito Federal ou pela unidade federativa a que
está vinculada a empresa pública ou sociedade de economia mista, enquanto perdurarem os efeitos
da sanção;
IV – constituída por sócio de empresa que estiver suspensa, impedida ou declarada inidônea;
V – cujo administrador seja sócio de empresa suspensa, impedida ou declarada inidônea;
VI – constituída por sócio que tenha sido sócio ou administrador de empresa suspensa, impedida
ou declarada inidônea, no período dos fatos que deram ensejo à sanção;
VII – cujo administrador tenha sido sócio ou administrador de empresa suspensa, impedida ou de-
clarada inidônea, no período dos fatos que deram ensejo à sanção;
VIII – que tiver, nos seus quadros de diretoria, pessoa que participou, em razão de vínculo de mesma
natureza, de empresa declarada inidônea.
Parágrafo único. Aplica-se a vedação prevista no caput:
I – à contratação do próprio empregado ou dirigente, como pessoa física, bem como à participação
dele em procedimentos licitatórios, na condição de licitante;
II – a quem tenha relação de parentesco, até o terceiro grau civil, com:
a) dirigente de empresa pública ou sociedade de economia mista;
b) empregado de empresa pública ou sociedade de economia mista cujas atribuições envolvam a
atuação na área responsável pela licitação ou contratação;
c) autoridade do ente público a que a empresa pública ou sociedade de economia mista esteja vin-
culada.
III – cujo proprietário, mesmo na condição de sócio, tenha terminado seu prazo de gestão ou rom-
pido seu vínculo com a respectiva empresa pública ou sociedade de economia mista promotora da
licitação ou contratante há menos de 6 (seis) meses.
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1.4.3. Igualdade
1.4.4. Publicidade
Art. 8º, § 2º Quaisquer obrigações e responsabilidades que a empresa pública e a sociedade de eco-
nomia mista que explorem atividade econômica assumam em condições distintas às de qualquer
outra empresa do setor privado em que atuam deverão:
I – estar claramente definidas em lei ou regulamento, bem como previstas em contrato, convênio ou
ajuste celebrado com o ente público competente para estabelecê-las, observada a ampla publicida-
de desses instrumentos;
II – ter seu custo e suas receitas discriminados e divulgados de forma transparente, inclusive no
plano contábil.
Art. 48. Será dada publicidade, com periodicidade mínima semestral, em sítio eletrônico oficial na
internet de acesso irrestrito, à relação das aquisições de bens efetivadas pelas empresas públicas
e pelas sociedades de economia mista, compreendidas as seguintes informações:
I – identificação do bem comprado, de seu preço unitário e da quantidade adquirida;
II – nome do fornecedor;
III – valor total de cada aquisição.
1.4.5. Eficiência
Basicamente, a eficiência pode ser entendida como “fazer mais com menos”. É, de acordo
com esta análise, a obrigatoriedade dos agentes públicos pautarem suas atuações de acordo
com padrões de economicidade.
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No âmbito das licitações, o princípio da eficiência determina que as ações das empresas
estatais busquem, sempre que possível, a melhor relação possível entre os custos x benefícios
com a realização do procedimento.
1.4.7. Economicidade
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1.4.10. Competitividade
Art. 30. A contratação direta será feita quando houver inviabilidade de competição, em especial na
hipótese de (...)
Todas as licitações que são promovidas pelas empresas estatais devem possuir, no res-
pectivo edital, um critério que possibilita às entidades verificar, após a apresentação de todas
as propostas, àquela que melhor atendeu aos requisitos solicitados pela administração.
Assim, os critérios utilizados pela administração para conseguir mensurar com confiabili-
dade devem ser claros e objetivos, não havendo a possibilidade, por isso mesmo, da escolha
do objeto da licitação dar-se de por interesses subjetivos.
A Lei n. 13.303 elenca os critérios de julgamento que poderão ser utilizados para as licita-
ções das empresas estatais:
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Art. 54. Poderão ser utilizados os seguintes critérios de julgamento:
I – menor preço;
II – maior desconto;
III – melhor combinação de técnica e preço;
IV – melhor técnica;
V – melhor conteúdo artístico;
VI – maior oferta de preço;
VII – maior retorno econômico;
VIII – melhor destinação de bens alienados.
Como anteriormente afirmado, a regra, com a entrada em vigor do estatuto das empresas esta-
tais, passou a ser a obrigatoriedade de realização de licitação. As exceções, conforme o texto da Lei
n. 13.303, ficam por conta das hipóteses de licitação dispensável, de contratação direta (conceito
que se assemelha com a inexigibilidade da Lei n. 8.666) e de vedação à realização de licitação.
Em todas estas situações, ou seja, quando a licitação não for realizada, caso seja compro-
vado, pelo órgão de controle externo, sobrepreço ou superfaturamento, responderão solidaria-
mente pelo dano causado quem houver decidido pela contratação direta e o fornecedor ou o
prestador de serviços.
De acordo com a norma, o processo de contratação, quando a licitação não for realizada,
será instruído com os seguintes elementos:
I – caracterização da situação emergencial ou calamitosa que justifique a dispensa, quan-
do for o caso;
II – razão da escolha do fornecedor ou do executante;
III – justificativa do preço.
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Art. 28, § 3º São as empresas públicas e as sociedades de economia mista dispensadas da obser-
vância dos dispositivos deste Capítulo nas seguintes situações:
I – comercialização, prestação ou execução, de forma direta, pelas empresas mencionadas no caput,
de produtos, serviços ou obras especificamente relacionados com seus respectivos objetos sociais;
II – nos casos em que a escolha do parceiro esteja associada a suas características particulares,
vinculada a oportunidades de negócio definidas e específicas, justificada a inviabilidade de procedi-
mento competitivo.
Tal como ocorre com o texto da Lei n. 8.666, a Lei das Estatais apresenta uma lista taxativa
de situações onde a realização da licitação poderá ser dispensável. A realização do procedi-
mento, desta forma, trata-se de uma faculdade para as estatais, que podem escolher entre
realizar a licitação ou contratar diretamente com os particulares.
Art. 29. É dispensável a realização de licitação por empresas públicas e sociedades de economia
mista:
I – para obras e serviços de engenharia de valor até R$ 100.000,00 (cem mil reais), desde que não se
refiram a parcelas de uma mesma obra ou serviço ou ainda a obras e serviços de mesma natureza
e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente;
II – para outros serviços e compras de valor até R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) e para alienações,
nos casos previstos nesta Lei, desde que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço, compra
ou alienação de maior vulto que possa ser realizado de uma só vez;
Nestes dois incisos, estamos diante da licitações dispensável em razão dos pequenos
valores. Os valores serão considerados “pequenos” a depender do objeto que está sendo
contratado.
Assim, se estivermos diante de obras e serviços de engenharia, a licitação será dispensável
para contratações até o valor de R$ 100 mil. Se estivermos diante de compras ou de outros
serviços, o limite para a dispensa é de R$ 50 mil.
Nas hipóteses de licitação dispensável em razão dos pequenos valores, o limite informado pela
norma deve ser o valor global da contratação, não sendo possível a utilização de tais valores
quando estes se tratarem de parcelas de uma mesma obra ou serviço, ou então de obra ou ser-
viço de mesma natureza e que poderia ser realizada conjuntamente ou concomitantemente.
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LEI N. 13.303/2016
Lei n. 13.303/2016 – Lei das Estatais
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Importante salientar, ainda, que os valores informados podem ser alterados, por delibera-
ção do Conselho de Administração das empresas estatais, para refletir a variação de custos,
sendo admitido, ainda, a existência de valores diferenciados para cada sociedade.
III – quando não acudirem interessados à licitação anterior e essa, justificadamente, não puder ser
repetida sem prejuízo para a empresa pública ou a sociedade de economia mista, bem como para
suas respectivas subsidiárias, desde que mantidas as condições preestabelecidas;
A licitação deserta, como próprio nome sugere, ocorre nas situações em que não apare-
cem interessados em participar da licitação. A administração publica o edital e cumpre todas
as formalidades exigidas pela lei, mas não aparecem licitantes com interesse em contratar
com a respectiva repartição.
Nesta situação, poderá a administração considerar a licitação dispensável e contratar dire-
tamente com o fornecedor, motivando o respectivo ato de dispensa com a informação de que
não apareceram interessados na licitação anteriormente realizada.
Uma empresa estatal publica edital de licitação que possui como objeto a contratação de equi-
pamentos de informática. Cumpridas todas as formalidades, nenhum particular apresentou
proposta junto à repartição.
Neste caso, caso a estatal verifique que a realização de uma nova licitação poderá trazer pre-
juízos à entidade, deverá motivar o ato administrativo e dispensar a realização de um novo pro-
cedimento, podendo, desta forma, contratar diretamente com outro fornecedor.
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Uma sociedade de economia mista divulga edital de licitação com a finalidade de contratar
diversos materiais de expediente. No edital que regula o certame, a entidade estabelece um
valor máximo a ser pago aos particulares pelo fornecimento dos materiais.
Cinco são os licitantes que apresentam propostas. Contudo, todas as propostas apresentadas
estão acima do valor máximo previsto no edital.
Nesta situação, estaremos diante de uma licitação fracassada, ou seja, que mesmo tendo inte-
ressados em contratar com a empresa estatal, a contratação não pode ser concretizada.
Observem que a situação de dispensa do inciso V apenas será possível quando as neces-
sidades de instalação e localização condicionem a escolha do imóvel. Ainda assim, o preço
deverá ser compatível com os valores de mercado, segundo avaliação prévia.
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XIV – nas contratações visando ao cumprimento do disposto nos arts. 3º, 4º, 5º e 20 da Lei n.
10.973, de 2 de dezembro de 2004, observados os princípios gerais de contratação dela constantes;
XV – em situações de emergência, quando caracterizada urgência de atendimento de situação que
possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos
e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os bens necessários ao atendimento da
situação emergencial e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo
máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contado da ocorrência da emer-
gência, vedada a prorrogação dos respectivos contratos, observado o disposto no § 2º;
A contratação direta com base neste inciso não dispensará a responsabilização de quem,
por ação ou omissão, tenha dado causa ao motivo ali descrito, inclusive com relação aos even-
tuais atos de improbidade administrativa, que estarão sujeitos às disposições da Lei 8.429.
Casos de inexigibilidade são situações onde não há a viabilidade para a competição, não
restando alternativa para a administração que não seja a contratação direta.
A lista de situações de licitação inexigível é exemplificativa, de forma que sempre que esti-
vermos diante da impossibilidade jurídica de competição, deverão as empresas estatais con-
tratar diretamente com os particulares.
Ainda assim, a Lei n. 13.303 apresenta duas situações de “contratação direta” (termo utili-
zado, na norma, para se referir à inexigibilidade):
a) aquisição de materiais ou equipamentos exclusivos;
b) contratação de serviços técnicos especializados.
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Art. 30. A contratação direta será feita quando houver inviabilidade de competição, em especial na
hipótese de:
I – aquisição de materiais, equipamentos ou gêneros que só possam ser fornecidos por produtor,
empresa ou representante comercial exclusivo;
Nesta situação, estamos diante de equipamentos ou materiais que apenas pode ser for-
necido produtor, empresa ou representante exclusivo. Consequentemente, não faz nenhum
sentido a realização do procedimento licitatório, uma vez que não há concorrentes no mercado
em condições de atender, da mesma forma que o particular declarado exclusivo, a demanda
das entidades estatais.
Para a contratação dos serviços em questão, devem ser atendidas, simultaneamente, outras
duas características: a natureza singular do serviço e a notória especialização do contratado.
De acordo com a norma, considera-se de notória especialização o profissional ou a empre-
sa cujo conceito no campo de sua especialidade, decorrente de desempenho anterior, estudos,
experiência, publicações, organização, aparelhamento, equipe técnica ou outros requisitos re-
lacionados com suas atividades, permita inferir que o seu trabalho é essencial e indiscutivel-
mente o mais adequado à plena satisfação do objeto do contrato.
Contratação Direta
Licitação dispensável
(Licitação inexigível)
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Ao contrário do que acontece com as licitações regidas pela Lei n. 8.666, onde a adjudicação
compulsória é a última fase do procedimento, nas licitações das empresas estatais a última
fase será, sempre, a homologação.
Diferentemente das disposições da Lei n. 8.666, em que temos uma série de modalidades
licitatórias, a Lei n. 13.303 não apresenta nenhuma modalidade a ser utilizada, apenas fazendo
uma recomendação para que, sempre que possível, seja feito uso do pregão.
No entanto, como é sabido, o pregão apenas pode ser utilizada para a contratação de bens
e serviços comuns. Logo, em todas as demais situações (em que não estivermos diante de
bens e serviços comuns) deve ser adotado o procedimento expresso na Lei n. 13.303, sem
menção a uma modalidade específica.
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Além disso, a Lei das Estatais apresenta uma série de diretrizes que devem ser observadas
quando da realização de qualquer tipo de licitação:
Art. 32. Nas licitações e contratos de que trata esta Lei serão observadas as seguintes diretrizes:
I – padronização do objeto da contratação, dos instrumentos convocatórios e das minutas de con-
tratos, de acordo com normas internas específicas;
II – busca da maior vantagem competitiva para a empresa pública ou sociedade de economia mista,
considerando custos e benefícios, diretos e indiretos, de natureza econômica, social ou ambiental,
inclusive os relativos à manutenção, ao desfazimento de bens e resíduos, ao índice de depreciação
econômica e a outros fatores de igual relevância;
III – parcelamento do objeto, visando a ampliar a participação de licitantes, sem perda de economia
de escala, e desde que não atinja valores inferiores aos limites estabelecidos no art. 29, incisos I e II;
IV – adoção preferencial da modalidade de licitação denominada pregão, instituída pela Lei n.
10.520, de 17 de julho de 2002, para a aquisição de bens e serviços comuns, assim considerados
aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital,
por meio de especificações usuais no mercado;
V – observação da política de integridade nas transações com partes interessadas.
§ 1º As licitações e os contratos disciplinados por esta Lei devem respeitar, especialmente, as nor-
mas relativas à:
I – disposição final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos gerados pelas obras con-
tratadas;
II – mitigação dos danos ambientais por meio de medidas condicionantes e de compensação am-
biental, que serão definidas no procedimento de licenciamento ambiental;
III – utilização de produtos, equipamentos e serviços que, comprovadamente, reduzam o consumo
de energia e de recursos naturais;
IV – avaliação de impactos de vizinhança, na forma da legislação urbanística;
V – proteção do patrimônio cultural, histórico, arqueológico e imaterial, inclusive por meio da ava-
liação do impacto direto ou indireto causado por investimentos realizados por empresas públicas e
sociedades de economia mista;
VI – acessibilidade para pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida.
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Art. 39. Os procedimentos licitatórios, a pré-qualificação e os contratos disciplinados por esta Lei
serão divulgados em portal específico mantido pela empresa pública ou sociedade de economia
mista na internet, devendo ser adotados os seguintes prazos mínimos para apresentação de propos-
tas ou lances, contados a partir da divulgação do instrumento convocatório:
I – para aquisição de bens:
a) 5 (cinco) dias úteis, quando adotado como critério de julgamento o menor preço ou o maior des-
conto;
b) 10 (dez) dias úteis, nas demais hipóteses;
II – para contratação de obras e serviços:
a) 15 (quinze) dias úteis, quando adotado como critério de julgamento o menor preço ou o maior
desconto;
b) 30 (trinta) dias úteis, nas demais hipóteses;
III – no mínimo 45 (quarenta e cinco) dias úteis para licitação em que se adote como critério de jul-
gamento a melhor técnica ou a melhor combinação de técnica e preço, bem como para licitação em
que haja contratação semi-integrada ou integrada.
Prazo (antecedência
Situação Critério de julgamento
mínima)
Contratação de obras
15 dias úteis Menor preço ou Maior desconto
e serviços
Contratação de obras
30 dias úteis Demais casos
e serviços
Melhor técnica
Melhor combinação de
técnica e preço
Situações específicas 45 dias úteis Quando houver contratação
semi-integrada
Quando houver contratação
integrada.
1.6.1. Preparação
A fase da preparação pode ser conceituada como todas as medidas e atos praticados pe-
las empresas estatais antes da publicação do edital. Pode-se dizer que a fase da preparação
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da Lei n. 13.303 se assemelha à fase interna da Lei n. 8.666, sendo que ambas terminam com
a divulgação do instrumento convocatório.
Como exemplos de atos que compõem a preparação da licitação, temos a verificação orça-
mentária dos recursos necessários para a contratação, a elaboração do edital, a descrição do
objeto a ser licitado, dos prazos e condições de pagamento e dos requisitos necessários para
que os particulares interessados possam vir a apresentar propostas.
Observa-se, assim, que todos os atos possuem em comum a característica de serem prati-
cados em momento anterior à publicação do edital.
1.6.2. Divulgação
Art. 51, § 2º Os atos e procedimentos decorrentes das fases enumeradas no caput praticados por
empresas públicas, por sociedades de economia mista e por licitantes serão efetivados preferen-
cialmente por meio eletrônico, nos termos definidos pelo instrumento convocatório, devendo os
avisos contendo os resumos dos editais das licitações e contratos abrangidos por esta Lei ser pre-
viamente publicados no Diário Oficial da União, do Estado ou do Município e na internet.
Art. 52. Poderão ser adotados os modos de disputa aberto ou fechado, ou, quando o objeto da li-
citação puder ser parcelado, a combinação de ambos, observado o disposto no inciso III do art. 32
desta Lei.
§ 1º No modo de disputa aberto, os licitantes apresentarão lances públicos e sucessivos, crescen-
tes ou decrescentes, conforme o critério de julgamento adotado.
§ 2º No modo de disputa fechado, as propostas apresentadas pelos licitantes serão sigilosas até a
data e a hora designadas para que sejam divulgadas.
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A norma elenca, ainda, um pequeno regramento que deve ser observado quando o modo de
disputa utilizado for o aberto:
Art. 53. Quando for adotado o modo de disputa aberto, poderão ser admitidos:
I – a apresentação de lances intermediários;
II – o reinício da disputa aberta, após a definição do melhor lance, para definição das demais colocações,
quando existir diferença de pelo menos 10% (dez por cento) entre o melhor lance e o subsequente.
Parágrafo único. Consideram-se intermediários os lances:
I – iguais ou inferiores ao maior já ofertado, quando adotado o julgamento pelo critério da maior oferta;
II – iguais ou superiores ao menor já ofertado, quando adotados os demais critérios de julgamento.
1.6.4. Julgamento
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Importante questão refere-se aos critérios que serão utilizados em caso de empate entre
duas ou mais propostas apresentadas.
Art. 55. Em caso de empate entre 2 (duas) propostas, serão utilizados, na ordem em que se encon-
tram enumerados, os seguintes critérios de desempate:
I – disputa final, em que os licitantes empatados poderão apresentar nova proposta fechada, em ato
contínuo ao encerramento da etapa de julgamento;
II – avaliação do desempenho contratual prévio dos licitantes, desde que exista sistema objetivo de
avaliação instituído;
III – os critérios estabelecidos no art. 3º da Lei n. 8.248, de 23 de outubro de 1991, e no § 2º do art.
3º da Lei n. 8.666, de 21 de junho de 1993;
IV – sorteio.
Obs.: Os critérios mencionados no inciso III, relacionados com as leis 8.248 e 8.666, são os
seguintes:
a) bens e serviços com tecnologia desenvolvida no País;
b) bens e serviços produzidos de acordo com processo produtivo básico, na forma a ser
definida pelo Poder Executivo.
c) produzidos no País;
d) produzidos ou prestados por empresas brasileiras.
e) produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvi-
mento de tecnologia no País;
f) produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva de
cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência
Social e que atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação.
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A verificação da efetividade das propostas trata-se da fase onde as propostas serão analisa-
das, procedendo-se à desclassificação daquelas que apresentem as seguintes irregularidades:
I – contenham vícios insanáveis;
II – descumpram especificações técnicas constantes do instrumento convocatório;
III – apresentem preços manifestamente inexequíveis;
IV – se encontrem acima do orçamento estimado para a contratação, ressalvadas as ex-
ceções legais;
V – não tenham sua exequibilidade demonstrada, quando exigido pela empresa pública
ou pela sociedade de economia mista;
VI – apresentem desconformidade com outras exigências do instrumento convocatório,
salvo se for possível a acomodação a seus termos antes da adjudicação do objeto e sem que
se prejudique a atribuição de tratamento isonômico entre os licitantes.
Importante salientar que a verificação da efetividade poderá ser feita exclusivamente em
relação aos lances e propostas mais bem classificados, podendo, para o cumprimento da ve-
rificação, ser realizadas diligências para aferir a exequibilidade das propostas ou, quando esti-
vermos diante de propostas inexequíveis, exigir dos licitantes que ela seja demonstrada.
1.6.6. Negociação
A fase da negociação ocorre após o julgamento das propostas, possibilitando que as empresas
estatais negociem com o licitante que apresentou a melhor proposta condições mais vantajosas.
Caso, no entanto, o preço do primeiro colocado, após a realização de negociação, esteja aci-
ma do orçamento prévio das estatais, a negociação será feita, também, com os demais licitantes.
Art. 57. Confirmada a efetividade do lance ou proposta que obteve a primeira colocação na etapa
de julgamento, ou que passe a ocupar essa posição em decorrência da desclassificação de outra
que tenha obtido colocação superior, a empresa pública e a sociedade de economia mista deverão
negociar condições mais vantajosas com quem o apresentou.
§ 1º A negociação deverá ser feita com os demais licitantes, segundo a ordem inicialmente esta-
belecida, quando o preço do primeiro colocado, mesmo após a negociação, permanecer acima do
orçamento estimado.
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1.6.7. Habilitação
De acordo com a Lei n. 13.303, são os seguintes os documentos de habilitação que devem
ser exigidos dos licitantes:
Art. 58. A habilitação será apreciada exclusivamente a partir dos seguintes parâmetros:
I – exigência da apresentação de documentos aptos a comprovar a possibilidade da aquisição de
direitos e da contração de obrigações por parte do licitante;
II – qualificação técnica, restrita a parcelas do objeto técnica ou economicamente relevantes, de
acordo com parâmetros estabelecidos de forma expressa no instrumento convocatório;
III – capacidade econômica e financeira;
IV – recolhimento de quantia a título de adiantamento, tratando-se de licitações em que se utilize
como critério de julgamento a maior oferta de preço.
Em sentido amplo, são considerados recursos todas as medidas possíveis para que os
particulares possam solicitar o reexame de uma matéria.
Em sentido estrito, o recursos é um dos instrumentos cabíveis para que os particulares
solicitem a apreciação da matéria por autoridade de hierarquia superior.
No âmbito da Lei das Estatais, poderemos ter a fase recursal de duas formas:
a) Quando o procedimento seguir a ordem de fases prevista no texto da norma, a fase re-
cursal será única, ocorrendo após a fase da habilitação.
b) Quando ocorrer a inversão das fases da licitação (com a habilitação ocorrendo antes da apre-
sentação dos lances ou propostas), teremos a possibilidade de apresentação de recursos em dois
momentos distintos: após a habilitação e após a verificação da efetividade dos lances ou propostas.
Em ambos os casos, os recursos deverão ser apresentados no prazo de 5 dias úteis, con-
forme disposição expressa da lei em análise:
Art. 59. Salvo no caso de inversão de fases, o procedimento licitatório terá fase recursal única.
§ 1º Os recursos serão apresentados no prazo de 5 (cinco) dias úteis após a habilitação e contem-
plarão, além dos atos praticados nessa fase, aqueles praticados em decorrência do disposto nos
incisos IV e V do caput do art. 51 desta Lei.
§ 2º Na hipótese de inversão de fases, o prazo referido no § 1º será aberto após a habilitação e após
o encerramento da fase prevista no inciso V do caput do art. 51, abrangendo o segundo prazo tam-
bém atos decorrentes da fase referida no inciso IV do caput do art. 51 desta Lei.
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1.6.10. Homologação
Art. 60. A homologação do resultado implica a constituição de direito relativo à celebração do con-
trato em favor do licitante vencedor.
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2. Contratos Administrativos
2.1. Formalização
Os contratos administrativos, em regra, precisam ser escritos, pois tal característica asse-
gura que toda a sociedade possa compreender e fiscalizar as suas cláusulas, exigindo, quando
do seu descumprimento, a adoção das medidas cabíveis.
Neste sentido, o artigo 69 da Lei das Estatais elenca as cláusulas necessárias de todos os
contratos celebrados com as empresas estatais.
Art. 69. São cláusulas necessárias nos contratos disciplinados por esta Lei:
I – o objeto e seus elementos característicos;
II – o regime de execução ou a forma de fornecimento;
III – o preço e as condições de pagamento, os critérios, a data-base e a periodicidade do reajusta-
mento de preços e os critérios de atualização monetária entre a data do adimplemento das obriga-
ções e a do efetivo pagamento;
IV – os prazos de início de cada etapa de execução, de conclusão, de entrega, de observação, quan-
do for o caso, e de recebimento;
V – as garantias oferecidas para assegurar a plena execução do objeto contratual, quando exigidas,
observado o disposto no art. 68;
VI – os direitos e as responsabilidades das partes, as tipificações das infrações e as respectivas
penalidades e valores das multas;
VII – os casos de rescisão do contrato e os mecanismos para alteração de seus termos;
VIII – a vinculação ao instrumento convocatório da respectiva licitação ou ao termo que a dispensou
ou a inexigiu, bem como ao lance ou proposta do licitante vencedor;
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IX – a obrigação do contratado de manter, durante a execução do contrato, em compatibilidade com
as obrigações por ele assumidas, as condições de habilitação e qualificação exigidas no curso do
procedimento licitatório;
X – matriz de riscos.
É importante mencionar que a norma apenas faz menção à observância dos preceitos de
direito privado, e não, tal como ocorre com os contratos regidos pela Lei n. 8.666, às disposi-
ções do direito público.
Assim, o melhor entendimento que deve ser dado é no sentido de que os contratos celebra-
dos com as estatais não possuem, tal como os contratos da Lei das Licitações, a totalidade
das cláusulas exorbitantes.
Art. 68. Os contratos de que trata esta Lei regulam-se pelas suas cláusulas, pelo disposto nesta Lei
e pelos preceitos de direito privado.
Ainda assim, como veremos adiante, temos, no âmbito da contratação com as empresas
estatais, a exigência de garantias e a possibilidade de aplicação de sanções administrativas,
institutos tipicamente ligados ao direito público.
Durante a execução contratual, o contratado possui uma série de obrigações e respon-
sabilidades.
Com relação às obrigações, a Lei n. 13.303 determina, em seu artigo 76, que a reparação,
correção e demais ajustes devem ser providenciados pelo contratado sempre que forem verifi-
cados vícios, defeitos ou incorreções resultantes da execução contratual.
Nesta situação, responderá ele, ainda, pelos eventuais danos causados à terceiros ou às
entidades contratantes independente da comprovação de dolo ou culpa.
Art. 76. O contratado é obrigado a reparar, corrigir, remover, reconstruir ou substituir, às suas expen-
sas, no total ou em parte, o objeto do contrato em que se verificarem vícios, defeitos ou incorreções
resultantes da execução ou de materiais empregados, e responderá por danos causados direta-
mente a terceiros ou à empresa pública ou sociedade de economia mista, independentemente da
comprovação de sua culpa ou dolo na execução do contrato.
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LEI N. 13.303/2016
Lei n. 13.303/2016 – Lei das Estatais
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Art. 78. O contratado, na execução do contrato, sem prejuízo das responsabilidades contratuais e
legais, poderá subcontratar partes da obra, serviço ou fornecimento, até o limite admitido, em cada
caso, pela empresa pública ou pela sociedade de economia mista, conforme previsto no edital do
certame.
§ 1º A empresa subcontratada deverá atender, em relação ao objeto da subcontratação, as exigên-
cias de qualificação técnica impostas ao licitante vencedor.
§ 2º É vedada a subcontratação de empresa ou consórcio que tenha participado:
I – do procedimento licitatório do qual se originou a contratação;
II – direta ou indiretamente, da elaboração de projeto básico ou executivo.
Art. 71. A duração dos contratos regidos por esta Lei não excederá a 5 (cinco) anos, contados a
partir de sua celebração, exceto:
I – para projetos contemplados no plano de negócios e investimentos da empresa pública ou da
sociedade de economia mista;
II – nos casos em que a pactuação por prazo superior a 5 (cinco) anos seja prática rotineira de
mercado e a imposição desse prazo inviabilize ou onere excessivamente a realização do negócio.
Parágrafo único. É vedado o contrato por prazo indeterminado.
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Caso opte por exigir, além de obrigatoriamente ter que estar prevista no edital, o valor da
garantia oferecida pelo contratado não poderá exceder a 5% do valor do contrato. Em caso de
licitações de grande vulto ou que envolvem grandes riscos, tal percentual poderá ser elevado
para até 10%.
Em todos os casos, no entanto, caberá ao contratado a escolha da garantia a ser ofertada,
que poderá recair em uma das hipóteses a seguir listadas:
I – caução em dinheiro;
II – seguro-garantia;
III – fiança bancária.
A garantia prestada pelo contratado será liberada ou restituída após a execução do contrato.
Art. 72. Os contratos regidos por esta Lei somente poderão ser alterados por acordo entre as partes,
vedando-se ajuste que resulte em violação da obrigação de licitar.
Em seu artigo 81, a norma elenca as situações que poderão dar ensejo à alteração contratual.
Art. 81. Os contratos celebrados nos regimes previstos nos incisos I a V do art. 43 contarão com
cláusula que estabeleça a possibilidade de alteração, por acordo entre as partes, nos seguintes
casos:
I – quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica
aos seus objetivos;
II – quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminui-
ção quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei;
III – quando conveniente a substituição da garantia de execução;
IV – quando necessária a modificação do regime de execução da obra ou serviço, bem como do modo
de fornecimento, em face de verificação técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais originários;
V – quando necessária a modificação da forma de pagamento, por imposição de circunstâncias su-
pervenientes, mantido o valor inicial atualizado, vedada a antecipação do pagamento, com relação
ao cronograma financeiro fixado, sem a correspondente contraprestação de fornecimento de bens
ou execução de obra ou serviço;
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VI – para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre os encargos do contra-
tado e a retribuição da administração para a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento,
objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, na hipótese de
sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis porém de consequências incalculáveis, retardadores
ou impeditivos da execução do ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou fato do
príncipe, configurando álea econômica extraordinária e extracontratual.
Art. 81, § 1º O contratado poderá aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou su-
pressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor
inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o
limite de 50% (cinquenta por cento) para os seus acréscimos.
Art. 83. Pela inexecução total ou parcial do contrato a empresa pública ou a sociedade de economia
mista poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintes sanções:
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I – advertência;
II – multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato;
III – suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a entidade
sancionadora, por prazo não superior a 2 (dois) anos.
§ 1º Se a multa aplicada for superior ao valor da garantia prestada, além da perda desta, responderá
o contratado pela sua diferença, que será descontada dos pagamentos eventualmente devidos pela
empresa pública ou pela sociedade de economia mista ou cobrada judicialmente.
§ 2º As sanções previstas nos incisos I e III do caput poderão ser aplicadas juntamente com a do
inciso II, devendo a defesa prévia do interessado, no respectivo processo, ser apresentada no prazo
de 10 (dez) dias úteis.
Tais sanções, em plena consonância com o princípio da autotutela, não precisam de auto-
rização do judiciário para a sua aplicação, transitando exclusivamente na órbita administrativa.
O único requisito que deve ser observado é que antes da aplicação da sanção a adminis-
tração deve assegurar ao contratado as garantias do contraditório e da ampla defesa. Neste
sentido, a defesa, por parte do particular, deve ser apresentada no prazo de 10 dias úteis.
Dentre as penalidades elencadas pela norma, apenas a multa poderá ser aplicada de for-
ma conjunta com as demais sanções.
Ainda de acordo com o texto da Lei n. 13.303, as sanções de suspensão temporária de
participação em licitação e impedimento de contratar com a entidade sancionadora poderão
ser aplicadas, também, a certas empresas e profissionais, conforme disposição do artigo 84:
Art. 84. As sanções previstas no inciso III do art. 83 poderão também ser aplicadas às empresas ou
aos profissionais que, em razão dos contratos regidos por esta Lei:
I – tenham sofrido condenação definitiva por praticarem, por meios dolosos, fraude fiscal no reco-
lhimento de quaisquer tributos;
II – tenham praticado atos ilícitos visando a frustrar os objetivos da licitação;
III – demonstrem não possuir idoneidade para contratar com a empresa pública ou a sociedade de
economia mista em virtude de atos ilícitos praticados.
3. Fiscalização e Controle
O controle da administração pública pode ser entendido como a soma de todas as ativi-
dades, internas e externas, que possuem como objetivo garantir a preservação do interesse
público e assegurar que as funções administrativas estão sendo desempenhadas de acordo
com a lei.
Merece destaque, neste sentido, o conceito de controle da administração pública extraído
da obra de José dos Santos Carvalho Filho:
Os mecanismos de controle da Administração Pública podem ser entendidos como ações que têm
como objetivos fundamentais garantir o respeito aos direitos subjetivos dos usuários e assegurar a
observância das diretrizes constitucionais da Administração.
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Assim sendo, teremos controle quando houver o desempenho de qualquer atividade, por
parte dos três poderes ou da população, que tenha o objetivo de proteger o patrimônio público
e o bem-estar coletivo ante a atuação da administração pública.
Salienta-se que o controle da administração pública não pode ser confundido com o con-
trole administrativo. Em nosso ordenamento jurídico, três são as grandes espécies de controle,
sendo elas o controle administrativo, o controle legislativo e o controle judiciário. Tais formas,
em conjunto, representam o controle da administração pública.
Desta forma, o controle da administração pública é um gênero do qual fazem parte as es-
pécies controle administrativo, controle legislativo e controle judicial, conforme se observa, de
maneira mais didática, por meio do gráfico a seguir:
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Desta forma, o critério que define se o controle é interno ou externo não é, necessariamen-
te, o fato da hierarquia estar ou não presente. O que deve ser levado em consideração para tal
determinação é se o órgão que está controlando integra ou não o mesmo poder.
Além disso, termos controle interno quando a administração direta supervisiona as entida-
des que compõe a administração indireta. Como é sabido, não há hierarquia entre a administra-
ção indireta e os órgãos da administração direta, mas sim mera tutela administrativa, também
chamada, pela doutrina, de supervisão ministerial ou controle.
Logo, quando ocorre a criação de uma autarquia, de uma fundação ou de alguma das em-
presas estatais, não terão tais entidades subordinação em relação à administração direta. Em
sentido oposto, referidas entidades apenas estarão obrigadas a cumprir com as finalidades
para as quais foram instituídas.
Em consonância com a obrigação de cada um dos três poderes em manter um sistema de
controle interno destinado a verificar aspectos relacionados com bom uso dos recursos públi-
cos, é o teor do artigo 74 da Constituição Federal:
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de
controle interno com a finalidade de:
I – avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de
governo e dos orçamentos da União;
II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orça-
mentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da
aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres
da União;
IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
Podemos sintetizar as três formas distintas de manifestação do controle interno por meio
do seguinte gráfico:
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O controle externo, por sua vez, é aquele que é exercido por um poder sobre os atos admi-
nistrativos praticados pelos demais poderes. O fundamento para a sua realização, conforme
anteriormente afirmado, é a possibilidade de todos os Poderes da República fazerem uso da
função administrativa.
Assim, toda e qualquer medida adotada por um órgão ou entidade integrante de um dos
Poderes estranhos àquele que praticou o ato será considerado controle da administração pú-
blica exercido de forma externa.
Teremos controle externo quando o Poder Judiciário anula o procedimento licitatório realiza-
do por um órgão do Poder Legislativo. Em tal situação, o Poder Judiciário está exercendo sua
função típica, que é a de julgar, ao passo que o Poder Legislativo, quando da realização da lici-
tação, fazia uso da sua função atípica.
Da mesma forma, teremos controle externo quando o Congresso Nacional, no exercício de sua
função atípica, julga as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República.
Por fim, temos o controle popular, classificação doutrinária que leva em conta o princípio
da indisponibilidade do interesse público.
Como a administração pública atua como mera gestora da coisa alheia (daí o nome in-
disponibilidade), e considerando que a população é quem detém a titularidade do patrimônio
público, nada mais justo que existam diversos mecanismos de controle, possibilitando assim
que os titulares controlem a maneira como seus bens estão sendo geridos.
Neste sentido, são exemplos do controle exercido de forma popular, de acordo com a Cons-
tituição Federal, as seguintes situações:
• O artigo 31, § 3º, determina que as contas dos municípios fiquem disponíveis, anual-
mente, pelo prazo de 60 dias, a todos os administrados, possibilitando assim que os
mesmos questionem a sua legitimidade.
• O § 2º do artigo 74 faculta a qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato
a denúncia ao tribunal de contas da união de quaisquer irregularidades verificadas no
âmbito da gestão pública. Considerado o princípio da simetria, temos que tal possibili-
dade é estendida aos legitimados no âmbito dos tribunais de contas estaduais ou, onde
houver, nos tribunais municipais.
• O artigo 5º, LXXIII, da Constituição estabelece a possibilidade dos cidadãos postularem
ação popular, remédio constitucional através do qual todos os que estiverem no gozo
dos direitos políticos poderão fazer uso.
Nas situações elencadas, tal como em todas aquelas em que o controle é exercido por
meio de iniciativa popular, temos a utilização de uma das principais características da forma
republicana de governo, ou seja, a necessidade de prestação de contas, por parte dos gestores
públicos, dos bens que a eles são conferidos para o alcance da finalidade pública.
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Art. 85, § 1º Para a realização da atividade fiscalizatória de que trata o caput, os órgãos de controle
deverão ter acesso irrestrito aos documentos e às informações necessários à realização dos tra-
balhos, inclusive aqueles classificados como sigilosos pela empresa pública ou pela sociedade de
economia mista, nos termos da Lei n. 12.527, de 18 de novembro de 2011.
§ 2º O grau de confidencialidade será atribuído pelas empresas públicas e sociedades de economia
mista no ato de entrega dos documentos e informações solicitados, tornando-se o órgão de controle
com o qual foi compartilhada a informação sigilosa corresponsável pela manutenção do seu sigilo.
§ 3º Os atos de fiscalização e controle dispostos neste Capítulo aplicar-se-ão, também, às empre-
sas públicas e às sociedades de economia mista de caráter e constituição transnacional no que se
refere aos atos de gestão e aplicação do capital nacional, independentemente de estarem incluídos
ou não em seus respectivos atos e acordos constitutivos.
No artigo 86, encontramos regras relacionadas com a forma como as informações das
empresas estatais devem ser armazenadas para fins de controle:
Art. 86. As informações das empresas públicas e das sociedades de economia mista relativas a li-
citações e contratos, inclusive aqueles referentes a bases de preços, constarão de bancos de dados
eletrônicos atualizados e com acesso em tempo real aos órgãos de controle competentes.
§ 1º As demonstrações contábeis auditadas da empresa pública e da sociedade de economia mis-
ta serão disponibilizadas no sítio eletrônico da empresa ou da sociedade na internet, inclusive em
formato eletrônico editável.
§ 2º As atas e demais expedientes oriundos de reuniões, ordinárias ou extraordinárias, dos conse-
lhos de administração ou fiscal das empresas públicas e das sociedades de economia mista, inclu-
sive gravações e filmagens, quando houver, deverão ser disponibilizados para os órgãos de controle
sempre que solicitados, no âmbito dos trabalhos de auditoria.
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§ 3º O acesso dos órgãos de controle às informações referidas no caput e no § 2º será restrito e
individualizado.
§ 4º As informações que sejam revestidas de sigilo bancário, estratégico, comercial ou industrial
serão assim identificadas, respondendo o servidor administrativa, civil e penalmente pelos danos
causados à empresa pública ou à sociedade de economia mista e a seus acionistas em razão de
eventual divulgação indevida.
§ 5º Os critérios para a definição do que deve ser considerado sigilo estratégico, comercial ou indus-
trial serão estabelecidos em regulamento.
Como não poderia ser diferente, o controle das despesas decorrentes dos contratos e de-
mais instrumentos será feito pelos órgãos do sistema de controle interno e pelo tribunal de
contas competente, na forma da legislação pertinente, ficando as empresas públicas e as so-
ciedades de economia mista responsáveis pela demonstração da legalidade e da regularidade
da despesa e da execução.
Destaca-se que qualquer cidadão é parte legítima para impugnar edital de licitação por irre-
gularidade na aplicação da Lei das Estatais, devendo protocolar o pedido até 5 dias úteis antes
da data fixada para a ocorrência do certame. Após a apresentação, deverá a entidade julgar e
responder à impugnação em até 3 dias úteis.
Além disso, qualquer licitante, contratado ou pessoa física ou jurídica poderá representar
ao tribunal de contas ou aos órgãos integrantes do sistema de controle interno contra irregu-
laridades na aplicação da lei.
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Ainda com relação à fiscalização e controle das empresas estatais, merece ser destacada
a previsão dos artigos 89 e 90, de seguinte redação:
Art. 89. O exercício da supervisão por vinculação da empresa pública ou da sociedade de economia
mista, pelo órgão a que se vincula, não pode ensejar a redução ou a supressão da autonomia confe-
rida pela lei específica que autorizou a criação da entidade supervisionada ou da autonomia inerente
a sua natureza, nem autoriza a ingerência do supervisor em sua administração e funcionamento,
devendo a supervisão ser exercida nos limites da legislação aplicável.
Art. 90. As ações e deliberações do órgão ou ente de controle não podem implicar interferência na
gestão das empresas públicas e das sociedades de economia mista a ele submetidas nem ingerên-
cia no exercício de suas competências ou na definição de políticas públicas.
4. Disposições Societárias
Além de regras relacionadas com as licitações e os contratos administrativos, a Lei n.
13.303 apresenta uma série de informações relacionadas com as disposições societárias.
Vejamos, de acordo com a norma em estudo, as mais relevantes e passíveis de exigência
em provas de Direito Administrativo:
Art. 5º A sociedade de economia mista será constituída sob a forma de sociedade anônima e, res-
salvado o disposto nesta Lei, estará sujeita ao regime previsto na Lei n. 6.404, de 15 de dezembro
de 1976.
Art. 6º O estatuto da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias de-
verá observar regras de governança corporativa, de transparência e de estruturas, práticas de gestão
de riscos e de controle interno, composição da administração e, havendo acionistas, mecanismos
para sua proteção, todos constantes desta Lei.
Art. 7º Aplicam-se a todas as empresas públicas, as sociedades de economia mista de capital fe-
chado e as suas subsidiárias as disposições da Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e as
normas da Comissão de Valores Mobiliários sobre escrituração e elaboração de demonstrações fi-
nanceiras, inclusive a obrigatoriedade de auditoria independente por auditor registrado nesse órgão.
Outra peculiaridade da Lei n. 13.303 foi a obrigatoriedade das empresas estatais obser-
varem requisitos mínimos de transparência, possibilitando assim uma maior fiscalização por
parte da sociedade e do próprio Poder Público.
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tivas criações, com definição clara dos recursos a serem empregados para esse fim, bem como
dos impactos econômico-financeiros da consecução desses objetivos, mensuráveis por meio de
indicadores objetivos;
II – adequação de seu estatuto social à autorização legislativa de sua criação;
III – divulgação tempestiva e atualizada de informações relevantes, em especial as relativas a
atividades desenvolvidas, estrutura de controle, fatores de risco, dados econômico-financei-
ros, comentários dos administradores sobre o desempenho, políticas e práticas de governan-
ça corporativa e descrição da composição e da remuneração da administração;
IV – elaboração e divulgação de política de divulgação de informações, em conformidade com
a legislação em vigor e com as melhores práticas;
V – elaboração de política de distribuição de dividendos, à luz do interesse público que justi-
ficou a criação da empresa pública ou da sociedade de economia mista;
VI – divulgação, em nota explicativa às demonstrações financeiras, dos dados operacionais
e financeiros das atividades relacionadas à consecução dos fins de interesse coletivo ou de
segurança nacional;
VII – elaboração e divulgação da política de transações com partes relacionadas, em con-
formidade com os requisitos de competitividade, conformidade, transparência, equidade e
comutatividade, que deverá ser revista, no mínimo, anualmente e aprovada pelo Conselho de
Administração;
VIII – ampla divulgação, ao público em geral, de carta anual de governança corporativa, que
consolide em um único documento escrito, em linguagem clara e direta, as informações de
que trata o inciso III;
IX – divulgação anual de relatório integrado ou de sustentabilidade.
É importante frisar que, tal como ocorre com as entidades estatais, os administradores
destas pessoas jurídicas são submetidos, igualmente, às disposições da Lei 6.404. Neste sen-
tido, são considerados administradores os membros do Conselho de Administração e da Dire-
toria da entidade.
Art. 16. Sem prejuízo do disposto nesta Lei, o administrador de empresa pública e de socie-
dade de economia mista é submetido às normas previstas na Lei n. 6.404, de 15 de dezembro
de 1976.
Parágrafo único. Consideram-se administradores da empresa pública e da sociedade de eco-
nomia mista os membros do Conselho de Administração e da diretoria.
Para fazer parte do Conselho de Administração, bem como de cargos da Diretoria das
entidades estatais, os membros deverão, obrigatoriamente, atender a uma série de requisitos.
Das exigências da norma, os dos incisos II e III devem, em todas as situações, ser atendi-
dos. Com relação aos requisitos do inciso I, um deles, pelo menos, deve ser cumprido.
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Art. 17. Os membros do Conselho de Administração e os indicados para os cargos de diretor, in-
clusive presidente, diretor-geral e diretor-presidente, serão escolhidos entre cidadãos de reputação
ilibada e de notório conhecimento, devendo ser atendidos, alternativamente, um dos requisitos das
alíneas “a”, “b” e “c” do inciso I e, cumulativamente, os requisitos dos incisos II e III:
I – ter experiência profissional de, no mínimo:
a) 10 (dez) anos, no setor público ou privado, na área de atuação da empresa pública ou da socieda-
de de economia mista ou em área conexa àquela para a qual forem indicados em função de direção
superior; ou
b) 4 (quatro) anos ocupando pelo menos um dos seguintes cargos:
1. cargo de direção ou de chefia superior em empresa de porte ou objeto social semelhante ao da
empresa pública ou da sociedade de economia mista, entendendo-se como cargo de chefia superior
aquele situado nos 2 (dois) níveis hierárquicos não estatutários mais altos da empresa;
2. cargo em comissão ou função de confiança equivalente a DAS-4 ou superior, no setor público;
3. cargo de docente ou de pesquisador em áreas de atuação da empresa pública ou da sociedade
de economia mista;
c) 4 (quatro) anos de experiência como profissional liberal em atividade direta ou indiretamente vin-
culada à área de atuação da empresa pública ou sociedade de economia mista;
II – ter formação acadêmica compatível com o cargo para o qual foi indicado; e
III – não se enquadrar nas hipóteses de inelegibilidade previstas nas alíneas do inciso I do caput do
art. 1º da Lei Complementar no 64, de 18 de maio de 1990, com as alterações introduzidas pela Lei
Complementar no 135, de 4 de junho de 2010.
Importante destacar, ainda, que o Conselho de Administração das empresas estatais de-
verá contar, obrigatoriamente, com uma parte de membros independentes.
Como regra, o percentual a ser exigido é de 25% dos membros. Quando, contudo, haja de-
cisão pelo exercício da faculdade do voto múltiplo pelos acionistas minoritários, pelo menos 1
membro deverá ser independente.
Art. 22. O Conselho de Administração deve ser composto, no mínimo, por 25% (vinte e cinco por
cento) de membros independentes ou por pelo menos 1 (um), caso haja decisão pelo exercício da
faculdade do voto múltiplo pelos acionistas minoritários, nos termos do art. 141 da Lei n. 6.404, de
15 de dezembro de 1976.
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QUESTÕES DE CONCURSOS
001. (FGV/AMCI/PREF. NITERÓI/AUDITORIA GOVERNAMENTAL/2018) A Le Federal
XX dispôs:
Art. 1º. As empresas públicas que exploram atividade econômica seriam amparadas por cláu-
sulas exorbitantes nas obrigações comerciais que viessem a assumir;
Art. 2º. As empresas públicas que exploram atividade econômica teriam privilégios fiscais não
extensivos às do setor privado;
Art. 3º. As empresas públicas que exploram atividade econômica estariam sujeitas ao regime
jurídico próprio das empresas privadas quanto às obrigações trabalhistas.
À luz da sistemática constitucional afeta à ordem econômica e financeira,
a) apenas o Art. 1º é constitucional.
b) apenas o Art. 2º é constitucional.
c) apenas o Art. 3º é constitucional.
d) apenas o Art. 1º e o Art. 2º são constitucionais.
e) apenas o Art. 1º e o Art. 3º são constitucionais.
I: Errado. De acordo com o texto constitucional, as empresas públicas que explorem ativida-
de econômica devem se sujeitar ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive
quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários. Logo, o artigo do
enunciado é inconstitucional.
Art. 173, § 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia
mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de
bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre:
II – a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e
obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários;
II: Errado. Outro artigo inconstitucional, haja vista que, nos termos da Constituição Federal (§
2º do artigo 173), “As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão
gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado”.
III: Certo. Conforme visto no Item I, as empresas públicas exploradoras de atividade econô-
mica estão sujeitas ao mesmo regime jurídico das empresas privadas quanto às obrigações
trabalhistas.
Letra c.
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LEI N. 13.303/2016
Lei n. 13.303/2016 – Lei das Estatais
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A questão deve ser respondida com base nas disposições do artigo 12 da Lei das Estatais, que
apresenta a seguinte redação:
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LEI N. 13.303/2016
Lei n. 13.303/2016 – Lei das Estatais
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Item I: Verdadeiro. Temos aqui uma obrigação legalmente estabelecida para as empre-
sas estatais:
Item II: Falso. As sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de direito privado, e não de di-
reito público. Tais entidades apenas podem adotar a forma societária de sociedade anônima (S/A).
Item III: Falso. As empresas públicas e as sociedades de economia mista devem, como regra
geral, realizar licitação pública para as suas aquisições, haja vista que, ao contrário do que in-
forma o item, integram a Administração Pública Indireta.
Letra a.
O gabarito da questão é a Letra E, conforme previsão do artigo 4º, § 1º da Lei das Estatais.
Art. 4º Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito pri-
vado, com criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito
a voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou a
entidade da administração indireta.
§ 1º A pessoa jurídica que controla a sociedade de economia mista tem os deveres e as respon-
sabilidades do acionista controlador, estabelecidos na Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e
deverá exercer o poder de controle no interesse da companhia, respeitado o interesse público que
justificou sua criação.
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LEI N. 13.303/2016
Lei n. 13.303/2016 – Lei das Estatais
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Art. 1º, § 6º Submete-se ao regime previsto nesta Lei a sociedade, inclusive a de propósito específi-
co, que seja controlada por empresa pública ou sociedade de economia mista abrangidas no caput.
Para responder à questão, devemos fazer uso das disposições do artigo 8º da Lei das Estatais,
de seguinte redação:
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II – adequação de seu estatuto social à autorização legislativa de sua criação;
III – divulgação tempestiva e atualizada de informações relevantes, em especial as relativas a ativi-
dades desenvolvidas, estrutura de controle, fatores de risco, dados econômico-financeiros, comen-
tários dos administradores sobre o desempenho, políticas e práticas de governança corporativa e
descrição da composição e da remuneração da administração; (Item II)
IV – elaboração e divulgação de política de divulgação de informações, em conformidade com a
legislação em vigor e com as melhores práticas;
V – elaboração de política de distribuição de dividendos, à luz do interesse público que justificou a
criação da empresa pública ou da sociedade de economia mista; (Item III)
VI – divulgação, em nota explicativa às demonstrações financeiras, dos dados operacionais e finan-
ceiros das atividades relacionadas à consecução dos fins de interesse coletivo ou de segurança
nacional;
VII – elaboração e divulgação da política de transações com partes relacionadas, em conformidade
com os requisitos de competitividade, conformidade, transparência, equidade e comutatividade, que
deverá ser revista, no mínimo, anualmente e aprovada pelo Conselho de Administração;
VIII – ampla divulgação, ao público em geral, de carta anual de governança corporativa, que conso-
lide em um único documento escrito, em linguagem clara e direta, as informações de que trata o
inciso III;
IX – divulgação anual de relatório integrado ou de sustentabilidade. (Erro do Item I)
Letra e.
006. (FGV/OAB UNI NAC/OAB/EXAME ANUAL 3/2019) Determinada empresa pública esta-
dual, com vistas a realizar a aquisição de bens necessários para o adequado funcionamento
de seus serviços de informática, divulgou, após a devida fase de preparação, o respectivo ins-
trumento convocatório, no qual indicou certa marca, que é comercializada por diversos forne-
cedores, por considerá-la a única capaz de atender ao objeto do contrato, e adotou a sequência
de fases previstas na lei de regência.
No curso da licitação, a proposta apresentada pela sociedade empresária Beta foi considerada
a melhor, mas a sociedade empresária Alfa considerou que houve um equívoco no julgamento
e apresentou recurso administrativo para impugnar tal fato, antes da habilitação, que não foi
aceito. Foi dado prosseguimento ao certame, com a inabilitação da sociedade Beta, de modo
que a vencedora foi a sociedade empresária Sigma, consoante resultado homologado.
Considerando o regime licitatório aplicável às empresas estatais e as circunstâncias do caso
concreto, assinale a afirmativa correta.
a) Existe vício insanável no instrumento convocatório, pois é vedada a indicação de marca,
mesmo nas circunstâncias apontadas.
b) A homologação foi equivocada, na medida em que a empresa pública não observou a sequ-
ência das fases previstas em lei ao efetuar o julgamento das propostas antes da habilitação.
c) O recurso da sociedade Alfa foi apresentado em momento oportuno e a ele deveria ter sido
conferido efeito suspensivo com a postergação da fase da habilitação.
d) A homologação do resultado implica a constituição de direito relativo à celebração do con-
trato em favor da sociedade empresária Sigma.
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a) Errada. Não há vício no instrumento convocatório, uma vez que a alternativa elenca uma das
situações em que é possível a indicação da marca ou modelo.
Art. 47. A empresa pública e a sociedade de economia mista, na licitação para aquisição de bens,
poderão:
I – indicar marca ou modelo, nas seguintes hipóteses:
b) quando determinada marca ou modelo comercializado por mais de um fornecedor constituir o
único capaz de atender o objeto do contrato;
b) Errada. Na lei das estatais, a etapa do julgamento realmente ocorre antes da fase da
habilitação.
Art. 51. As licitações de que trata esta Lei observarão a seguinte sequência de fases:
I – preparação;
II – divulgação;
III – apresentação de lances ou propostas, conforme o modo de disputa adotado;
IV – julgamento;
V – verificação de efetividade dos lances ou propostas;
VI – negociação;
VII – habilitação;
VIII – interposição de recursos;
IX – adjudicação do objeto;
X – homologação do resultado ou revogação do procedimento.
c) Errada. O recurso foi apresentado fora do prazo. De acordo com a Lei n. 13.303, a medida
deve ser tomada após a fase da habilitação, e não antes.
Art. 59. Salvo no caso de inversão de fases, o procedimento licitatório terá fase recursal única.
§ 1º Os recursos serão apresentados no prazo de 5 (cinco) dias úteis após a habilitação e contem-
plarão, além dos atos praticados nessa fase, aqueles praticados em decorrência do disposto nos
incisos IV e V do caput do art. 51 desta Lei.
Art. 60. A homologação do resultado implica a constituição de direito relativo à celebração do con-
trato em favor do licitante vencedor.
Letra d.
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Art. 29. É dispensável a realização de licitação por empresas públicas e sociedades de economia
mista:
II – para outros serviços e compras de valor até R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) e para aliena-
ções, nos casos previstos nesta Lei, desde que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço,
compra ou alienação de maior vulto que possa ser realizado de uma só vez;
Letra a.
Como regra geral, a duração dos contratos não excederá a 5 anos. Uma das exceções é justa-
mente a elencada pela Letra D, conforme previsão do artigo 71:
Art. 71. A duração dos contratos regidos por esta Lei não excederá a 5 (cinco) anos, contados a
partir de sua celebração, exceto:
I – para projetos contemplados no plano de negócios e investimentos da empresa pública ou da
sociedade de economia mista;
II – nos casos em que a pactuação por prazo superior a 5 (cinco) anos seja prática rotineira de
mercado e a imposição desse prazo inviabilize ou onere excessivamente a realização do negócio.
Letra d.
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O sorteio é, assim como afirmado pela questão, um dos critérios de desempate previstos na
Lei das Estatais.
Art. 55. Em caso de empate entre 2 (duas) propostas, serão utilizados, na ordem em que se encon-
tram enumerados, os seguintes critérios de desempate:
I – disputa final, em que os licitantes empatados poderão apresentar nova proposta fechada, em ato
contínuo ao encerramento da etapa de julgamento;
II – avaliação do desempenho contratual prévio dos licitantes, desde que exista sistema objetivo de
avaliação instituído;
III – os critérios estabelecidos no art. 3º da Lei n. 8.248, de 23 de outubro de 1991, e no § 2º do art.
3º da Lei n. 8.666, de 21 de junho de 1993;
IV – sorteio.
Certo.
João não agiu de acordo com a lei, uma vez que a fiança bancária pode perfeitamente ser es-
colhida como modalidade de garantia pelo particular.
Art. 70. Poderá ser exigida prestação de garantia nas contratações de obras, serviços e compras.
§ 1º Caberá ao contratado optar por uma das seguintes modalidades de garantia:
I – caução em dinheiro;
II – seguro-garantia;
III – fiança bancária.
Errado.
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a) Errada. O critério da melhor técnica é um dos que podem ser utilizados no julgamento das
licitações das empresas estatais.
b) Errada. Quando for utilizado o critério da melhor técnica e preço, o percentual de ponderação
mais relevantes está limitado a 70%, e não 80%, conforme informado.
c) Certa. O melhor conteúdo artístico é um dos critérios de julgamento utilizados. Neste caso,
será feito uso de parâmetros específicos, definidos no instrumento convocatório, destinados a
limitar a subjetividade do julgamento.
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d) Errada. No caso do maior desconto, o critério terá como referência o preço global (e não uni-
tário) fixado no instrumento convocatório, estendendo-se o desconto oferecido nas propostas
ou lances vencedores a eventuais termos aditivos.
e) Errada. O critério do maior retorno econômico não é adotado exclusivamente para arrenda-
mento de bens de capital das empresas estatais. A ideia, com este critério de julgamento, é
justamente proporcionar economia à empresa pública ou à sociedade de economia mista.
Diferentemente do que afirma a questão, as empresas estatais devem divulgar toda e qualquer
forma de remuneração dos administradores.
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Com relação à garantia contratual, temos que fazer uso, para encontrarmos a resposta da
questão, do artigo 70 da Lei n. 13.303:
Art. 70. Poderá ser exigida prestação de garantia nas contratações de obras, serviços e compras.
§ 1º Caberá ao contratado optar por uma das seguintes modalidades de garantia:
I – caução em dinheiro;
II – seguro-garantia;
III – fiança bancária. (Letra D)
§ 2º A garantia a que se refere o caput não excederá a 5% (cinco por cento) do valor do contrato
e terá seu valor atualizado nas mesmas condições nele estabelecidas, ressalvado o previsto no §
3ºdeste artigo. (Letra A)
§ 3º Para obras, serviços e fornecimentos de grande vulto envolvendo complexidade técnica e ris-
cos financeiros elevados, o limite de garantia previsto no § 2º poderá ser elevado para até 10% (dez
por cento) do valor do contrato. (Letra B)
§ 4º A garantia prestada pelo contratado será liberada ou restituída após a execução do contrato,
devendo ser atualizada monetariamente na hipótese do inciso I do § 1º deste artigo. (Letra C)
A Letra E, por sua vez, está INCORRETA, haja vista que a garantia, nos termos do § 4º do men-
cionado artigo 70, será liberada ou restituída após a execução do contrato, e não, conforme
afirmado pela questão, executada após o término da vigência do contrato, quando do recebi-
mento definitivo do seu objeto.
Letra e.
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Com relação à duração contratual, a Lei n. 13.303 estabelece, como regra geral, que os contra-
tos não poderão ter duração superior a 5 anos.
Em caráter de exceção, a norma elenca algumas situações em que os contratos poderão ter
duração superior ao mencionado prazo, sendo elas:
Art. 71. A duração dos contratos regidos por esta Lei não excederá a 5 (cinco) anos, contados a
partir de sua celebração, exceto:
I – para projetos contemplados no plano de negócios e investimentos da empresa pública ou da
sociedade de economia mista;
II – nos casos em que a pactuação por prazo superior a 5 (cinco) anos seja prática rotineira de
mercado e a imposição desse prazo inviabilize ou onere excessivamente a realização do negócio.
Letra d.
Para responder a presente questão, temos que fazer uso das disposições do artigo 32, § 1º, da
Lei n. 13.303, de seguinte redação:
Art. 32, § 1º As licitações e os contratos disciplinados por esta Lei devem respeitar, especialmente,
as normas relativas à:
I – disposição final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos gerados pelas obras contrata-
das; (Item I)
II – mitigação dos danos ambientais por meio de medidas condicionantes e de compensação am-
biental, que serão definidas no procedimento de licenciamento ambiental;
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III – utilização de produtos, equipamentos e serviços que, comprovadamente, reduzam o consumo
de energia e de recursos naturais; (Item II)
IV – avaliação de impactos de vizinhança, na forma da legislação urbanística; (Item III)
V – proteção do patrimônio cultural, histórico, arqueológico e imaterial, inclusive por meio da ava-
liação do impacto direto ou indireto causado por investimentos realizados por empresas públicas e
sociedades de economia mista;
VI – acessibilidade para pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida.
Letra c.
Dentre as alternativas apresentadas, apenas a Letra D trata-se de um serviço que pode ser
objeto de contratação direta.
Art. 30. A contratação direta será feita quando houver inviabilidade de competição, em especial na
hipótese de:
II – contratação dos seguintes serviços técnicos especializados, com profissionais ou empresas de
notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação:
a) estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou executivos;
b) pareceres, perícias e avaliações em geral;
c) assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias;
d) fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços;
e) patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas;
f) treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;
g) restauração de obras de arte e bens de valor histórico.
Letra d.
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Nos termos da Lei, a manutenção das mesmas condições acima mencionadas inclui o
a) período
b) objetivo
c) termo
d) preço
e) final
Devemos responder à questão com base em uma das situações elencadas pela Lei n. 13.303
como de licitação dispensável.
Art. 29. É dispensável a realização de licitação por empresas públicas e sociedades de economia
mista:
VI – na contratação de remanescente de obra, de serviço ou de fornecimento, em consequência de
rescisão contratual, desde que atendida a ordem de classificação da licitação anterior e aceitas as
mesmas condições do contrato encerrado por rescisão ou distrato, inclusive quanto ao preço, devi-
damente corrigido;
Letra d.
A situação narrada trata-se de um caso de licitação dispensável. Para isso, o imóvel em ques-
tão deverá ser destinado à compra ou à locação, conforme previsão da Lei n. 13.303:
Art. 29. É dispensável a realização de licitação por empresas públicas e sociedades de economia
mista:
V – para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento de suas finalidades precípuas,
quando as necessidades de instalação e localização condicionarem a escolha do imóvel, desde que
o preço seja compatível com o valor de mercado, segundo avaliação prévia;
Letra c.
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Para responder à questão, façamos uso do artigo 31 da Lei n. 13.303, de seguinte redação:
Art. 31. As licitações realizadas e os contratos celebrados por empresas públicas e sociedades
de economia mista destinam-se a assegurar a seleção da proposta mais vantajosa, inclusive no
que se refere ao ciclo de vida do objeto, e a evitar operações em que se caracterize sobrepreço ou
superfaturamento, devendo observar os princípios da impessoalidade, da moralidade, da igualdade,
da publicidade, da eficiência, da probidade administrativa, da economicidade, do desenvolvimento
nacional sustentável, da vinculação ao instrumento convocatório, da obtenção de competitividade
e do julgamento objetivo.
Sendo assim, as licitações realizadas e os contratos celebrados por empresas públicas e so-
ciedades de economia mista destinam-se a assegurar a seleção da proposta mais vantajosa,
inclusive no que se refere ao ciclo de vida do objeto.
Letra d.
Temos aqui um exemplo de questão que, infelizmente, aparece, vez por outra, nos concursos
públicos. A meu ver, questões como esta não servem para mensurar se o candidato está ou
não preparado, uma vez que exigem a literalidade de uma seção de uma lei.
Ainda assim, o gabarito é a Letra B, sendo que a mencionada Seção se refere às Normas Espe-
cíficas para Alienação de Bens.
Letra b.
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Art. 30. A contratação direta será feita quando houver inviabilidade de competição, em especial na
hipótese de:
II – contratação dos seguintes serviços técnicos especializados, com profissionais ou empresas de
notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação:
a) estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou executivos;
b) pareceres, perícias e avaliações em geral;
c) assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias;
d) fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços;
e) patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas;
f) treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;
g) restauração de obras de arte e bens de valor histórico.
Letra d.
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No caso de obras e serviços de engenharia, a licitação será dispensável sempre que o valor
total for de até R$ 100 mil.
Art. 29. É dispensável a realização de licitação por empresas públicas e sociedades de economia
mista:
I – para obras e serviços de engenharia de valor até R$ 100.000,00 (cem mil reais), desde que não se
refiram a parcelas de uma mesma obra ou serviço ou ainda a obras e serviços de mesma natureza
e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente;
Letra e.
Nos termos da Lei n. 13.303 (artigo 30, § 1º), considera-se de notória especialização o profis-
sional ou a empresa cujo conceito no campo de sua especialidade, decorrente de desempenho
anterior, estudos, experiência, publicações, organização, aparelhamento, equipe técnica ou ou-
tros requisitos relacionados com suas atividades, permita inferir que o seu trabalho é essencial
e indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação do objeto do contrato.
Letra e.
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De acordo com o artigo 86, § 1º, da Lei n. 13.303, as demonstrações contábeis auditadas da
empresa pública e da sociedade de economia mista serão disponibilizadas no sítio eletrônico
da empresa ou da sociedade na internet, inclusive em formato eletrônico editável.
Art. 86. As informações das empresas públicas e das sociedades de economia mista relativas a li-
citações e contratos, inclusive aqueles referentes a bases de preços, constarão de bancos de dados
eletrônicos atualizados e com acesso em tempo real aos órgãos de controle competentes.
§ 1º As demonstrações contábeis auditadas da empresa pública e da sociedade de economia mis-
ta serão disponibilizadas no sítio eletrônico da empresa ou da sociedade na internet, inclusive em
formato eletrônico editável.
Letra e.
Para responder à questão, façamos uso das regras previstas no artigo 37 da Lei n. 13.303, de
seguinte redação:
Art. 37. A empresa pública e a sociedade de economia mista deverão informar os dados relativos
às sanções por elas aplicadas aos contratados, nos termos definidos no art. 83, de forma a manter
atualizado o cadastro de empresas inidôneas de que trata o art. 23 da Lei n. 12.846, de 1º de agosto
de 2013.
Letra c.
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c) Formais (ABNF)
d) Técnicas (ABNT)
e) Metrológicas (ABNM)
Art. 47, Parágrafo único. O edital poderá exigir, como condição de aceitabilidade da proposta, a ade-
quação às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) ou a certificação da quali-
dade do produto por instituição credenciada pelo Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e
Qualidade Industrial (Sinmetro).
Letra d.
Nos termos da lei em estudo (art. 28, § 4º), consideram-se oportunidades de negócio a for-
mação e a extinção de parcerias e outras formas associativas, societárias ou contratuais, a
aquisição e a alienação de participação em sociedades e outras formas associativas, societá-
rias ou contratuais e as operações realizadas no âmbito do mercado de capitais, respeitada a
regulação pelo respectivo órgão competente.
Letra c.
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Art. 29. É dispensável a realização de licitação por empresas públicas e sociedades de economia
mista:
V – para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento de suas finalidades precípuas,
quando as necessidades de instalação e localização condicionarem a escolha do imóvel, desde que
o preço seja compatível com o valor de mercado, segundo avaliação prévia;
Letra d.
De acordo com o artigo 32 da Lei das Estatais, tanto as licitações quanto os contratos adminis-
trativos deverão respeitar as normas relacionadas com a avaliação de impactos de vizinhança,
na forma da legislação urbanística.
Art. 32. § 1º As licitações e os contratos disciplinados por esta Lei devem respeitar, especialmente,
as normas relativas à:
IV – avaliação de impactos de vizinhança, na forma da legislação urbanística;
Letra b.
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LEI N. 13.303/2016
Lei n. 13.303/2016 – Lei das Estatais
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Lei n. 13.303/2016 – Lei das Estatais
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De acordo com o § 1º do artigo 81, “O contratado poderá aceitar, nas mesmas condições
contratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até
25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de
reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% (cinquenta por cento) para os seus
acréscimos”.
Assim, ainda que a alteração esteja dentro do limite de 25%, a contratada tem o direito de re-
cursar o mencionado aditivo, haja vista que, conforme verificado, não há obrigatoriedade de
aceitação da alteração.
Letra a.
032. (FUNDEP/DP MG/DPE MG/2019) Analise as afirmações a seguir acerca do regime licita-
tório das empresas públicas e sociedades de economia mista.
I – As empresas públicas prestadoras de serviços públicos são regidas pela Lei Federal n.
8.666/93 no que diz respeito às suas contratações de bens e serviços.
II – A contratação direta de serviços técnicos especializados por empresas públicas e socieda-
des de economia mista não prescinde da natureza singular do objeto contratado.
III – As licitações promovidas pelas empresas públicas e sociedades de economia mista des-
tinam-se a assegurar a seleção da proposta mais vantajosa e evitar operações em que se ca-
racteriza sobrepreço ou superfaturamento.
IV – Como regra geral, o valor estimado do contrato a ser celebrado pela empresa pública ou
pela sociedade de economia mista será sigiloso.
Estão corretas as afirmações
a) I e II, apenas.
b) II e IV, apenas.
c) I e III, apenas.
d) III e IV, apenas.
I: Errado. As empresas estatais devem seguir as disposições da Lei n. 13.303 no que se refere
às contratações de bens e serviços, e não, conforme informado, as regras da Lei das Licitações.
II: Errado. Ao contrário do que informado, a contratação direta de serviços técnicos exige a
natureza singular do objeto contratado.
Art. 30. A contratação direta será feita quando houver inviabilidade de competição, em especial na
hipótese de:
II – contratação dos seguintes serviços técnicos especializados, com profissionais ou empresas de
notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação (...)
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III: Certo. Trata-se da definição do artigo 31 da Lei das Estatais, de seguinte redação:
Art. 31. As licitações realizadas e os contratos celebrados por empresas públicas e sociedades
de economia mista destinam-se a assegurar a seleção da proposta mais vantajosa, inclusive no
que se refere ao ciclo de vida do objeto, e a evitar operações em que se caracterize sobrepreço ou
superfaturamento, devendo observar os princípios da impessoalidade, da moralidade, da igualdade,
da publicidade, da eficiência, da probidade administrativa, da economicidade, do desenvolvimento
nacional sustentável, da vinculação ao instrumento convocatório, da obtenção de competitividade
e do julgamento objetivo.
Item IV: Certo. Como regra geral, os contratos serão, conforme informado, sigilosos.
Art. 34. O valor estimado do contrato a ser celebrado pela empresa pública ou pela sociedade de
economia mista será sigiloso, facultando-se à contratante, mediante justificação na fase de prepa-
ração prevista no inciso I do art. 51 desta Lei, conferir publicidade ao valor estimado do objeto da
licitação, sem prejuízo da divulgação do detalhamento dos quantitativos e das demais informações
necessárias para a elaboração das propostas.
Letra d.
a) Certa. Temos aqui a previsão do § 1º do artigo 2º da Lei das Estatais, de seguinte redação:
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Art. 1º, § 6º Submete-se ao regime previsto nesta Lei a sociedade, inclusive a de propósito específi-
co, que seja controlada por empresa pública ou sociedade de economia mista abrangidas no caput.
d) Errada. Como estamos diante de uma lei nacional, a norma é aplicada às estatais de todos
os entes federativos.
e) Errada. Diferente do que afirmado, depende de autorização legislativa a criação de subsidi-
árias de empresa pública e de sociedade de economia mista, assim como a participação de
qualquer delas em empresa privada.
A forma jurídica é uma das diferenças existentes entre as empresas públicas e as sociedades
de economia mista. Assim, ao passo que as empresas públicas podem adotar todas as formas
admitidas em direito, as sociedades de economia mista apenas podem ser constituídas sob a
forma de sociedades anônimas (S/A).
Letra e.
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b) 80%.
c) 90%.
d) 70%.
e) 30%.
No caso, a SANASA está fazendo uso do critério de julgamento da melhor combinação de téc-
nica e preço. Logo, a avaliação das propostas técnicas e de preço considerará o percentual de
ponderação mais relevante, limitado a 70%.
Letra d.
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I: Errado. Ao contrário do que informa a questão, a multa não impede que a empresa pública ou
a sociedade de economia mista rescinda o contrato.
Art. 82. Os contratos devem conter cláusulas com sanções administrativas a serem aplicadas em
decorrência de atraso injustificado na execução do contrato, sujeitando o contratado a multa de
mora, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato.
§ 1º A multa a que alude este artigo não impede que a empresa pública ou a sociedade de economia
mista rescinda o contrato e aplique as outras sanções previstas nesta Lei.
II: Certo. Uma das sanções que podem ser aplicadas às empresas estatais é a suspensão tem-
porária de participação em licitação e impedimento de contratar com a entidade sancionadora,
por prazo não superior a 2 anos.
Art. 83. Pela inexecução total ou parcial do contrato a empresa pública ou a sociedade de economia
mista poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintes sanções:
III – suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a entidade
sancionadora, por prazo não superior a 2 (dois) anos.
E de acordo com a norma, tal penalidade poderá ser aplicada, também, às empresas ou aos
profissionais que, em razão dos contratos, tenham sofrido condenação definitiva por pratica-
rem, por meios dolosos, fraude fiscal no recolhimento de quaisquer tributos.
Art. 84. As sanções previstas no inciso III do art. 83 poderão também ser aplicadas às empresas ou
aos profissionais que, em razão dos contratos regidos por esta Lei:
I – tenham sofrido condenação definitiva por praticarem, por meios dolosos, fraude fiscal no reco-
lhimento de quaisquer tributos;
II – tenham praticado atos ilícitos visando a frustrar os objetivos da licitação;
III – demonstrem não possuir idoneidade para contratar com a empresa pública ou a sociedade de
economia mista em virtude de atos ilícitos praticados.
III: Errado. O prazo para a defesa é de 10 dias úteis, diferente do que informado.
Art. 83, § 2º As sanções previstas nos incisos I e III do caput poderão ser aplicadas juntamente com
a do inciso II, devendo a defesa prévia do interessado, no respectivo processo, ser apresentada no
prazo de 10 (dez) dias úteis.
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IV: Errado. De acordo com o § 1º do artigo 83, “Se a multa aplicada for superior ao valor da
garantia prestada, além da perda desta, responderá o contratado pela sua diferença, que será
descontada dos pagamentos eventualmente devidos pela empresa pública ou pela sociedade
de economia mista ou cobrada judicialmente”.
Letra a.
a) Errada. As sociedades de economia mista, ao contrário do que afirmado, são pessoas jurídi-
cas de direito privado, e não de direito público.
b) Errada. As empresas públicas, assim como ocorre com as sociedades de economia mista,
são pessoas jurídica de direito privado, e não público.
c) Errada. A possibilidade de utilização de arbitragem, por parte das sociedades de economia
mista, encontra fundamento nas disposições da Lei n. 13.303:
Art. 12, Parágrafo único. A sociedade de economia mista poderá solucionar, mediante arbitragem,
as divergências entre acionistas e a sociedade, ou entre acionistas controladores e acionistas mino-
ritários, nos termos previstos em seu estatuto social.
d) Errada. As sociedades de economia mista serão constituídas sob a forma de sociedades
anônimas (S/A), e não sociedades limitadas (LTDA).
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Art. 5º A sociedade de economia mista será constituída sob a forma de sociedade anônima e, ressalva-
do o disposto nesta Lei, estará sujeita ao regime previsto na Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976.
Art. 6º O estatuto da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias de-
verá observar regras de governança corporativa, de transparência e de estruturas, práticas de gestão
de riscos e de controle interno, composição da administração e, havendo acionistas, mecanismos
para sua proteção, todos constantes desta Lei.
Art. 24. A empresa pública e a sociedade de economia mista deverão possuir em sua estrutura so-
cietária Comitê de Auditoria Estatutário como órgão auxiliar do Conselho de Administração, ao qual
se reportará diretamente.
Letra e.
A empreitada por preço global, nos termos da Lei das Estatais, possui outra definição:
Art. 42. Na licitação e na contratação de obras e serviços por empresas públicas e sociedades de
economia mista, serão observadas as seguintes definições:
II – empreitada por preço global: contratação por preço certo e total;
A definição apresentada pela questão não encontra qualquer tipo de correspondência na nor-
ma em estudo.
Errado.
Art. 42. Na licitação e na contratação de obras e serviços por empresas públicas e sociedades de
economia mista, serão observadas as seguintes definições:
II – empreitada por preço global: contratação por preço certo e total;
Errado.
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Trata-se da definição de empreitada por preço unitário, nos termos da Lei n. 13.303:
Art. 42. Na licitação e na contratação de obras e serviços por empresas públicas e sociedades de
economia mista, serão observadas as seguintes definições:
I – empreitada por preço unitário: contratação por preço certo de unidades determinadas;
Certo.
Ao contrário do que afirma a questão, a sociedade de economia mista apenas poderá ser cons-
tituída sob a forma de sociedade anônima.
Art. 5º A sociedade de economia mista será constituída sob a forma de sociedade anônima e, ressalva-
do o disposto nesta Lei, estará sujeita ao regime previsto na Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976.
Errado.
Todas as sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de direito privado, e não, con-
forme informado, de direito público.
Art. 4º Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito pri-
vado, com criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito
a voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou a
entidade da administração indireta.
Errado.
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A divulgação do relatório em questão, ao contrário do que afirmado, deve ser feita de forma
anual, e não mensalmente.
Art. 3º Empresa pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com criação
autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente detido pela União,
pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios.
Certo.
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GABARITO
1. c 16. d 31. a
2. e 17. d 32. d
3. a 18. c 33. a
4. e 19. d 34. e
5. e 20. b 35. d
6. d 21. d 36. a
7. a 22. e 37. e
8. d 23. e 38. E
9. C 24. e 39. E
10. E 25. c 40. C
11. c 26. d 41. E
12. E 27. c 42. E
13. e 28. d 43. E
14. d 29. b 44. C
15. c 30. E
Diogo Surdi
Diogo Surdi é formado em Administração Pública e é professor de Direito Administrativo em concursos
públicos, tendo sido aprovado para vários cargos, dentre os quais se destacam: Auditor-Fiscal da Receita
Federal do Brasil (2014), Analista Judiciário do TRT-SC (2013), Analista Tributário da Receita Federal do
Brasil (2012) e Técnico Judiciário dos seguintes órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT-MS e MPU.
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