Resumo Filosofia PDF

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METAÉTICA

Os juízos morais têm valor de verdade?

Não- Não cognitivismo: os juízos morais não podem ser conhecidos, servem apenas para exprimir
a nossa aprovação ou desaprovação em relação à realidade. Teoria do emotivismo- a forma
como usamos a nossa linguagem é determinante, pois expressa as nossas emoções sobre um
determinado assunto e pode influenciar as emoções dos nossos interlocutores.

Sim- Cognitivismo: os juízos morais podem ser conhecidos, têm conteúdo proposicional,
exprimem crenças acerca do mundo que podem ser classificadas como verdadeiras ou falsas.

Se sim, esse valor é subjetivo ou objetivo?

-Se é Subjetivo (relativo)

1. Subjetivismo moral

O valor de verdade dos juízos depende das características e estados mentais do sujeito que ele
avalia; Não existe um critério valorativo universal; Os juízos de valor que cada indivíduo emite não
são verdadeiros nem falsos, mas apenas a expressão da sua interpretação da realidade.

Argumento do desacordo- Se há desacordo em questões éticas fundamentais – e é um facto que


há –, então não existem verdades objetivas e universais em ética. Tudo o que há são opiniões
diversas.

Argumento da ausência de prova- impossibilidade de provar que um juízo moral é verdadeiro e


a ideia de que, se houvesse verdades objetivas em ética, seria possível provar a verdade das
opiniões morais.

Objeções: Qualquer posição valorativa poderia ser aceitável; O ensino dos valores não faria
sentido; O debate em torno dos valores não seria viável; O facto de pessoas diferentes terem
convicções distintas sobre um mesmo problema moral e de a prova ser difícil de alcançar em
assuntos éticos (falácia do apelo à ignorância) não são, só por si, evidências contra a verdade
universal e objetiva.

2. Relativismo moral

Está associada ao subjetivismo mas está ligado ao multiculturalismo, ou seja, os juízos morais são
relativos às diferentes culturas em que estamos inseridos e aos seus códigos morais. Assim, a
coisa certa a fazer é o que a nossa cultura diz que deve ser feito e não o que cada pessoa acha.

Argumento da diversidade cultural: Se os juízos sobre o certo e o errado partem dos códigos
morais de uma determinada cultura e se culturas diferentes têm conceções distintas de bem e
mal, então não existem verdades universais ou códigos morais mais verdadeiros ou justificados
do que outros. Não há valores perenes e absolutos.
Argumento do apelo à tolerância: Devemos adotar uma atitude de tolerância perante as práticas
das outras culturas, não emitindo juízos sobre elas que as condenem ou inferiorizem.

Objeções:

-Ficamos impedidos de avaliar criticamente os costumes da nossa cultura e de outras


comunidades;

-Deixamos de poder falar de progressos da humanidade.

-O facto de culturas terem convicções diferentes não prova que não há verdades universais.
Podemos cair no conformismo- ex não devemos apoiar a condenação à morte.

-a defesa da tolerância já está a pressupor a existência de pelo menos um valor absoluto – a


tolerância.

Qual a melhor solução face à diversidade cultural:

Etnocentrismo- Baseia-se na convicção de que o povo a que se pertence, com as suas crenças e
tradições são o modelo absoluto e o melhor. Rejeita tudo aquilo que é estranho a essa cultura.
Consequências: Racismo, Xenofonia, guerras e fundamentalismo. Ex (Hitler).

Relativismo cultural- As diversas culturas têm de se respeitar umas às outras.

Interculturalismo- É a atitude mais correta. Todas as culturas devem comunicar e dialogar entre
si, pois há problemas comuns (ex. covid). Assim, nascem consensos e a criação de valores
transculturais absolutos. Logo, tudo o que for um obstáculo ao bem da humanidade é mau e há
que eliminar. Criação dos direitos humanos.

-Se é objetivo (absoluto)


3. Objetivismo moral

A verdade dos juízos morais é absoluta; Cada objeto tem um determinado valor, que é objetivo
e independente do valor que cada sujeito lhe atribua. Defendido por James Rachels que defende
que um juízo moral é verdadeiro se for sustentado por boas e melhores razões que outros juízos
sobre o mesmo problema. Três requisitos essenciais- Boas razões, imparcialidade (os juízos
morais devem ter em consideração os interesses de todas as pessoas que por eles são afetadas)
e universalidade (devem poder de ser aplicados a todas as situações similares).

Argumento da imparcialidade: Se os nossos juízos morais não fossem verdades objetivas, ser-
nos-ia impossível justificá-los de um ponto de vista imparcial. Mas a verdade podemos fazê-lo,
recorrendo a boas razões e a um critério neutro. Assim sendo, ainda que a verdade dos juízos
morais possa ser difícil de provar, não deixa de ser objetiva.

Objeções: Subjetivistas e relativistas morais contestam: abdicar, em nome da imparcialidade,


dos nossos interesses e relações de proximidade pessoais e comunitárias pode ser-nos não só
impossível como indesejável.

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