Davi

.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por EVERSON RICOTTA e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 10/03/2023 às 18:53 , sob o número WSJC23700955855
fls. 148
EXCELENTÍSSIMO JUÍZO DE DIREITO DA 3ª VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DA

COMARCA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1030504-21.2022.8.26.0577 e código F29B334.
Processo nº 1030504-21.2022.8.26.0577
THÉO RIBEIRO PORTES, já qualificado nos autos da ação de

alimentos, processo supra, movida contra Davidson França Portes, por seu
procurador ao final assinado, vem, mui respeitosamente à presença de Vossa
Excelência, em atenção ao r. despacho de fls., apresentar
RÉPLICA
à contestação e documentos de fls. 102/127, o que faz com fulcro nas razões de
fato e direito adiante articulados.
01 – IMPUGNAÇÃO À JUSTIÇA GRATUITA REQUERIDA PELO RÉU
O réu requereu os benefícios da justiça gratuita por ser,

supostamente, pobre na acepção jurídica do termo, alegando ter rendimentos
mensais de R$ 1.675,87.
1
.
fls. 149
Ocorre que, como se verá no decorrer da presente réplica, as

alegações do réu não passam de um roteiro ficcional, pois o mesmo é
empresário e não assalariado, como quer fazer crer.
O registro do réu em sua CTPS não passa simulação para

esconder de seus credores seus rendimentos, bens e direitos.
O autor, por sua vez, vem sofrendo por parte do réu o mesmo
infortúnio dos credores daquele: o uso dissimulado do registro em CTPS para
esconder sua real renda.
O réu, portanto, ao invés de assumir uma paternidade responsável,

prefere gastar dinheiro com sua casa, sua companheira, seus filhos mais velhos,
relegando ao menor, indefeso e cuja necessidade é presumida, apenas as
migalhas, utilizando, para tanto, de subterfúgio criado para fingir ser
(assalariado) quem não é.
Assim, no decorrer da presente réplica restará evidenciado que o

réu possui renda muito superior à alegada e, portanto, não faz jus aos
benefícios da justiça gratuita, a qual, desde já, se REQUER o indeferimento
ou sua revogação, caso já concedida.
02 – DAS ALEGAÇÕES DE MÉRITO
No mérito, sustenta o réu, em resumo, não ser empresário,

alegando ser funcionário da empresa OPUS TEC Usinagem, com rendimentos
brutos de R$ 1.675,87.
2
.
fls. 150
Trata-se de verdadeira peça ficcional do réu que, sem nem corar de

vergonha, tenta impor ao autor, seu filho, míseros R$ 250,00 mensais (em
valores aproximados).
A paternidade responsável passa pelo cuidado, carinho e atenção

(inclusive material) destinada aos filhos, coisa que o réu deveria cumprir
fielmente, POIS SABE SER CAPAZ DE PAGAR VALOR MUITO SUPERIOR AO
OFERTADO EM CONTESTAÇÃO, mas prefere vir a juízo mentir sua real
capacidade, tentando relegar ao autor a miséria que o réu não nega aos seus
outros filhos.
Primeiro, vejamos que o réu tenta fazer crer ser “funcionário” da

empresa Opus Tec Usinagem e Manutenção Industrial.
Segundo a ficha cadastral de referida empresa (doc. 01), seu

objeto social é (respectivamente: constituição, alteração registrada em
30/04/2019 e alteração registrada em 11/12/2019)
3
.
fls. 151
Anteriormente, o réu foi sócio de duas sociedades: Prescisiontech

Usinagem Ltda (fls. 22/30) e Lift Working Manutenção Industrial Ltda (fls.
31/58).
O objeto social da sociedade Prescisiontech é (fls. 22)
Já o objeto da sociedade Lift Working é (fls. 31)
Veja, Excelências, que apesar de algumas diferenças, as atividades

sociais de todas essas empresas se assemelham.
O penúltimo registro de emprego do réu foi em 01/09/2008 do

qual foi demitido em 30/06/2011 (fls. 119), enquanto a sociedade
Prescisiontech foi constituída em 15/08/2011 (fls. 22), menos de 2 meses
após a demissão (ou pedido, não se tem essa informação precisa nos
documentos juntados)
Isso demonstra que o réu, após aquisição de experiência no

mercado de ferramentaria, usinagem, manutenção de máquinas e equipamentos,
decidiu empreender, constituindo uma sociedade (ano de 2011) e depois outra
(ano de 2013).
4
empregado.
sócios dessa sociedade:
Figura 1 - Constituição da Sociedade

Segundo a defesa, o réu teria “falido” e por esse motivo, hoje, é
do réu) foi constituída em 04/04/2019 (doc. 01), e vejamos quem são os

Ocorre que a atual sociedade (Opus Tech, suposta empregadora
5
fls. 152
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por EVERSON RICOTTA e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 10/03/2023 às 18:53 , sob o número WSJC23700955855 .
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fls. 153
Desde a constituição, é preciso atentar para os nomes grifados,

quais sejam: Erik Davidson Tatekawa Portes e Henry Grigor Tatekawa Portes.
Conforme certidões de nascimento em anexo (doc. 02), essas
pessoas são filhos do réu: Erik conta atualmente com 23 anos e Henry conta
atualmente com 21 anos.
Ou seja, o réu, que conta atualmente com 39 anos de idade,

que adquiriu experiência na área de usinagem, tornearia mecânica,
ferramentaria, manutenção, depois empreendeu, QUER QUE ACREDITEMOS
QUE ELE SE TORNOU FUNCIONÁRIO DE SEUS PRÓPRIOS FILHOS, OS QUAIS
SEQUER POSSUEM EXPERIÊNCIA SUFICIENTE (SEJA NA ÁREA, SEJA
ADMINISTRATIVA OU MESMO EXPERIÊNCIA DE VIDA) PARA SEREM
EMPREGADORES DE SEU PRÓPRIO PAI.
Parece que o réu – tentando ludibriar a todos – quer que

acreditemos em papai noel, coelho da páscoa, fada do dente.
A própria movimentação societária corrobora que a sociedade

Opus Tech pertence ao réu, sendo seu registro em CTPS mera simulação.
A sociedade foi constituída em 04/04/2019 e o sócio constituinte

(Erik, filho do réu) possuía apenas 19 anos. Ou seja, um jovem de 19 anos
tornou-se sócio de uma sociedade empresária cujo ramo de atuação demanda
conhecimento técnico, que é possuído por seu pai, ora réu.
Menos de 30 dias após a constituição, o sócio Erik deixou a

sociedade (alteração em 30/04/2019), restando apenas o sócio Douglas, que é
irmão do réu.
6
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fls. 154
Apenas 8 meses após a saída de Erik do quadro societário, em

11/12/2019 passa integrar o quadro societário outro filho do réu, Henry
(doc. 02).
Sem qualquer aquisição de quotas, sem pagamento, sem nada que

justifique a transferência de cotas, o único sócio naquele momento, Douglas
(irmão do réu), decidiu transferir exatamente 50% das cotas sociais para
outro filho do réu.
Veja, Excelência, que Henry nasceu em 04/10/2001, ou seja,

tornou-se maior apenas em outubro de 2019 e por esse motivo o lapso
temporal entre a saída de Erik e o ingresso de Henry no quadro societário,
mantendo, assim, as cotas sociais sob a esfera patrimonial do réu, que se utiliza
de seu filhos como pessoas interpostas para não figurar seu nome do quadro
societário.
E Henry, filho do réu, permaneceu no quadro societário até

18/11/2022, quando então saiu, restando apenas o irmão do réu.
Curiosamente, a ação foi proposta em 14/10/2022 (antes da

saída do filho do réu do quadro societário), e o mandado de citação do réu foi
juntado aos autos exatamente em 05/12/2022 (fls. 83), cuja certidão foi
elaborada em 30/11/2022, exatamente 12 dias após a alteração societária.
Inobstante, outras curiosidades também são relevantes.
O menor nasceu em 11/09/2020; a sociedade Opus Tec foi

constituída em 04/04/2019, sendo sócios o irmão e o filho do réu.
7
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fls. 155
Curiosamente, o registro na CTPS do réu (fls. 119) surgiu apenas

em 14/07/2021, quando já se desenrolava as necessidades do autor com
pedidos de sua genitora para que o réu auxiliasse no custeio.
Em outras palavras, o filho do réu (Erik e posteriormente Henry)

já era “empresário” desde abril de 2019, mas o réu, seu pai, foi tornar-se seu
empregado somente em julho de 2021, mais de 2 (dois anos após a constituição
da empresa), mas convenientemente 10 (dez) meses após o nascimento do
autor, exato momento em que começava a ser pressionado a auxiliar a genitora
do autor no custeio das necessidades, que aumentavam a cada mês.
Vejamos a conversa abaixo, pelo aplicativo whatsapp; em março

de 2021 a genitora do autor cobra mais ajuda, pois está custeando as despesas
do autor quase sozinha, e em julho de 2021 o réu, milagrosamente, é
“contratado pela empresa de seu próprio filho”.
8
.
fls. 156
E então o réu responde se prontificando a ajudar (mesmo já

enrolando a genitora do autor desde o nascimento)
Tudo é evidente que o registro em CTPS do réu somente surgiu
para que o mesmo pudesse, agora, mentir que é funcionário do próprio
filho, o que é ilógico, conforme todos os argumentos supracitados.
Em uma das conversas com a genitora do autor, o réu confirma

que é o “dono” da empresa, pois menciona que passa em frente à casa do autor
frequentemente por ser o “caminho de sua empresa”.
9
confessa ser o sócio da empresa, vejamos:
Em outra passagem, o réu, conversando com a genitora do autor,
10
fls. 157
11
fls. 158
.
fls. 159
Engraçado que, na conversa acima, o suposto empregado (réu)

dá ordens e advertências aos “sócios” (donos da empresa), que são seus
filhos do réu.
Agora quer dizer que o empregado manda e o dono da empresa

obedece?
Agora é o “rabo correndo atrás do cachorro”: o suposto empregado

(réu), dá advertência e determina afastamento sem salário para os sócios (seus
filhos).
12
.
fls. 160
E como dito anteriormente, justamente quando a presente

demanda é proposta, o filho do réu deixa a sociedade: ora, se o réu fosse
realmente apenas um simples empregado, por qual motivo seu filho deixaria a
sociedade no exato momento em que a ação de alimentos é proposta?
O filho do réu (Henry) não é devedor de alimentos e tampouco é

parte nesta ação, então por qual motivo o mesmo deixou o quadro societário
no momento da propositura da demanda?
A única resposta é que sua saída foi na tentativa de tentar

esconder a real participação do réu na sociedade por meio de pessoa interposta.
A realidade é que o réu, agora, tem suas cotas em nome de seu irmão, POIS
AINDA PERMANECE COMO SÓCIO DA OPUS TEC USINAGEM.
Em outro ponto, a realidade também se impõe contra a versão do

réu: segundo ele, sua renda é de R$ 1.675,87.
Ocorre que o réu vem pagando alimentos voluntariamente em

valores próximos de R$ 1.000,00 (mil reais), em alguns meses mais, outros
menos, conforme extratos da conta bancária do autor1 (doc. 03).
Os documentos juntados são evidentes a comprovar que o réu

paga valores aproximados de R$ 1.000,00, mas como o dito popular “a mentira
tem perna curta”, o próprio réu confirma em sua contestação que paga esse
valor, vejamos (fls. 107).
1Dos extratos juntados foram omitidas as demais movimentações em razão de sigilo e por não
ter influência nos autos. Foram deixados apenas as transferências realizadas pelo réu à conta do
autor. Em algumas delas consta o nome do réu e em outras, o número da conta de origem dos
valores. Neste caso, foi feita uma simulação de transferência para a referida conta para obter os
dados do titular, demonstrando tratar-se de conta do réu.
13
.
fls. 161
A ordem emanada por este MM. Juízo é para pagamento de 15%
(quinze por cento) dos rendimentos líquidos do réu, o que significa algo próximo
de R$ 250,00 (duzentos e cinquenta reais), mas o réu, em ato falho, reconhece
que paga cerca de R$ 1.000,00 (mil reais).
Além disso, vejamos que o réu, às fls. 115/116, juntou seu

comprovante de endereço, o qual reside à Rua Maria Augusta Pereira dos
Santos, 721, Cidade Morumbi, São José dos Campos – SP.
De acordo com a ficha cadastral de sua suposta empregadora (doc.

01), o sócio Erik (filho do réu), reside no mesmo endereço do réu.
Curiosamente o réu reside na mesma casa que o sócio de sua

“empregadora”.
Além disso, vejamos que a conta de energia (fls. 115/116) indica

um valor de R$ 328,38 (trezentos e vinte e oito reais e trinta e oito centavos)
(fls. 115). O histórico de consumo (fls. 116) indica que o gasto mensal com
energia é elevado.
14
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fls. 162
Veja, Excelência, que chegou a haver gasto de energia que

superou R$ 500,00 em um mês.
Diante disso, o réu quer que acreditemos que ganhando apenas
R$ 1.675,87 brutos, ele paga R$ 1.000,00 de pensão ao autor e custeia cerca
de R$ 300,00 de energia (em média)?
Há ainda outros elementos que não harmonizam com a suposta

renda do réu; em outras palavras, são elementos que demonstra que o
mesmo possui renda muito superior à simulação apresentada (R$ 1.675,87)
para custear todas as despesas que se apresentam.
Já restou evidente que o réu paga o valor médio de R$ 1.000,00

mensais ao autor (houve pagamentos superiores a este).
Além desse valor, a genitora do autor requereu auxílio ao réu para

custear outras despesas, notadamente a necessidade de escolinha infantil.
15
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fls. 163
Essa conversa acima ocorreu em 14/11/2020 e o

réu não questionou a despesas, mas achou justo o pedido. Ora, se o ré é
assalariado, por qual motivou não negou o pedido? Alguém que não possui
renda simplesmente nega o pedido, já que impossível seria o custeio.
Apenas para salientar, veja que a data supra (14/11/2020) é um

pouco anterior ao “registro da CTPS” do réu por sua suposta empregadora (que
se deu em julho de 2021), corroborando que o registro na CTPS surgiu quando
a genitora do autor começou a pedir mais auxílio ao réu reconhecendo que
o mesmo possui condições financeiras para tanto, e o mesmo, querendo se
furtar, simulou o registro.
O réu solicitou a conta bancária do autor para realizar o

pagamento da pensão
16
.
fls. 164
E quando solicitada ajuda pela genitora do autor, o réu sequer

questionava o valor (para quem ganha “somente” R$ 1.675,87 é até uma pessoa
que consegue a proeza de “multiplicar” dinheiro pelo jeito).
Em outro momento, a genitora do autor requereu auxílio com

despesas, principalmente vacinas, e o réu, sem pestanejar, transferiu R$
761,00 (quase metade de sua suposta renda bruta).
17
babá, cujo custo seria de R$ 1.000,00.
Em outro momento o réu tenta oferecer auxílio com a busca de
18
fls. 165
.
fls. 166
Diante da negativa da genitora do autor, que prefere a contratação

de uma escola de educação infantil (privada), o réu então se prontifica a realizar
a busca (para quem ganha apenas R$ 1.675,87, novamente a multiplicação do
dinheiro se mostra em grande escala, pois as escolinhas custam mais de R$
1.000,00).
Em outra conversa com a genitora do autor, o réu se gaba de ter

emprestado R$ 1.000,00 a um de seus filhos (o sócio da empresa que o mesmo
supostamente é empregado), vejamos
19
1.000,00 em conta para emprestar.
que o mesmo é empresário, e realizou muitas despesas, vejamos.
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Para quem ganha “apenas” R$ 1.675,87, o mesmo sequer teria R$
A irmão do réu, em conversa com a genitora do autor, confirma

fls. 167
21
fls. 168
o mesmo é, supostamente, empregado.
corroborando que seus filhos são pessoas interpostas na sociedade da qual
A irmão do réu, confirma que ele não tem nada no nome dele,
22
fls. 169
.
fls. 170
Além das conversas escritas, há ainda diversos áudios que
comprova que o réu é empresário, possui alta renda e maior capacidade de
contribuição de alimentos.
Abaixo seguem os links de acesso aos áudios, com suas respectivas

transcrições abaixo
https://drive.google.com/file/d/196SsMxaC-IglvLUU1R77kPRWktVPjTZr/view?usp=share_link
Ehhh digamos que a volta, eu decidi voltar.

Foi um acordo que fizemos a respeito da volta digamos
assim, foi justamente por causa do meus dois filhos.
23
.
fls. 171
Ehhh estava em uma situação muito pesada com droga,

armamento que diz né diz, diz que estava com arma até
dentro da casa.
E isso aí me deixou muito preocupante de acontecer algum
tipo de merda né digamos assim, ehhh isso foi um dos fatores
forte de eu ter voltado sendo sincero com você.
Agora gostar, perguntando por mim é um assunto muito
complicado de dizer.
Ehhhh querendo, querendo eu tenho uma vida, tive uma vida
né com ela ehhh no começo uma vida boa.
Depois se tornou um pesadelo né, então digamos que eu não,
não, não sei como descrever esse gostar porque a minha
convivência com ela não foi uma das melhores né.
Ihhh hoje, não está sendo a mesma coisa tipo assim diferente.
Sendo sincero tá, então é não sei te explicar direito a respeito
disso.
Tamo tentando, não sei até aonde vai mais é mais por
causa dos meus filhos mesmo.
Justamente por isso, já são grande, já são adultos né. Um
tem 21 o outro 19 mais ainda não sabem oque fazem.
Então ainda eu não sei se foi minha culpa assim né, enfim
né um monte de não sei te dizer a respeito de disso tudo
educação desses dois eu enquanto eu vivi lá eu fui firme
com eles.
Depois que nós separamos que aconteceu oque aconteceu
com eles, então a volta foi justamente pra tentar trazer
esses dois de volta pro mundo terra, pra pra vida boa não
está sendo fácil mais é de passo a passo.
Eu tô sendo sincero com você com às palavras certa, não tem
mais oque dizer, não tem mais oque dizer.
24
.
fls. 172
No áudio acima, o réu confessa que voltou para sua família

anterior porque seus filhos estavam “dando trabalho”.
Tal situação corrobora que os mesmos não possuem condições
de serem sócios da sociedade, sendo apenas pessoas interpostas do próprio
réu.
No áudio a seguir, o réu reconhece ter pagado valores

superiores a R$ 1.000,00 (foram R$ 1.700,00 em um mês e R$ 1.400,00),
justificando que estaria contribuindo com R$ 1.400,00 mensais.
Trata-se de uma grande surpresa, vez que R$ 1.400,00 é

praticamente 100% do suposto salário líquido do réu.
https://drive.google.com/file/d/1-izX9V7vu_quT2LDI6RW5Mxo43bQCdy_/view?usp=share_link
Boa tarde Vanda, tudo bem?

Ehhh no começo do mês passado eu te depositei mil,
certo?
Ihh aí no meio do mês você falou pra gente ter um valor certo
porque está ruim pra você.
Concordei com você tudo, que não está dando está dando
os mil reais que eu estava te depositando.
Aí eu falei o Vanda, vamos fazer o seguinte eu vou te
depositar uma parte agora no caso que era no dia seguinte
que você falou que tava, que nem tinha pagado aooo os
remédios do nosso filho o Théo, vou depositar uma parte
agora e no começo do mês eu te deposito a outra parte.
Então no mês passado eu te depositei R$1000,00 no
começo e R$700,00 no final do mês.
25
.
fls. 173
Agora no começo do mês eu tô te depositando mais

R$700,00 que aí no caso fica R$1400,00 agora no começo
do mês.
Entendeu, é isso que eram os R$1000,00 que eu te deposito
todo mês e os R$400,00 que eu depositei a mais é os
remédios que está tendo um gasto pro Théo.
Então estou te depositando R$1000,00 e esse mês que passou
te depositei mais R$400,00.
Esse mês que está entrando agora, porque o começo do mês
passado depositei R$1000,00.
No meio do mês te depositei R$700,00, agora tô depositando
R$700,00 então esse mês é o equivalente a te depositando
R$1400,00, referente a R$1000,00 + R$400,00 pra ajudar nos
gastos do The.
Entendeu?
Tal áudio, do próprio réu, corrobora que o mesmo não possui

somente os rendimentos que alega, pois é empresário, sendo sua renda muito
superior.
A irmão do réu, além dos textos escritos já expostos acima, em

áudio (abaixo), confirma que os filhos do réu não são os sócios da empresa,
mas sim o próprio réu. Vejamos
https://drive.google.com/file/d/1saKQIH0GarqYO3AJZuBGjSzVm8_seosO/view?usp=share_link
Drogas eles usam há muito tempo sabe.

O Deive fala que hoje em dia é normal, deu uma surra no
Erick isso não faz muito tempo não já tinha até voltado pra
casa dele já.
26
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fls. 174
Então assim é normal eles bebem pra caramba, acho que uns
três amigos dele já morreu de misturar bebida com drogas.
Aquelas bebidinhas que eles ponha em balada né, eu não sei
porque eu não entendo muito dessas coisas.
Mais eles curtem muita balada né, negócio de carro eles
fazem muito rolo de carro e ferra agência o povo sabe,
porque nunca compra nada no nome deles.
Nossa menina de Deus é uma confusão aqueles dois lá, que
só que o Deive livra todas né, então o Douglas mesmo fala.
O Douglas pega e fala assim, que o Deive não ajuda os
moleques a viram homem.
Que serão sempre moleques, e o Douglas só não manda os
meninos embora da firma. Porque não pode né, porque o
Deive também é chefe né é sócio dele, mais a vontade dele
é sumir com aqueles dois que não presta pra nada. Aqueles
dois moleques lá.
Como resta muito claro, Excelência, o réu não é empregado, mas

sim sócio da sociedade Opus Tec Usinagem, possuindo alta capacidade
econômica, tendo mentido em juízo com o registro de sua CTPS simulada, o
que deve ser rechaçado pelo Poder Judiciário por meio da condenação do
mesmo nas penas de litigante de má-fé.
Por fim, quanto aos danos morais, o réu confessou não conviver
com o autor, seu filho, sendo o caso de sua condenação, não tendo infirmado
a pretensão autoral.
Segundo o réu, a genitora do autor estaria impedindo o contato.

Ocorre que, no áudio a seguir, o réu diz que está tentando se adaptar, o que
27
.
fls. 175
é mais uma mentira, porque o réu se utiliza se subterfúgios para ficar

enrolando a genitora do autor e não cumprir nenhuma de suas obrigações.
Em resumo, o réu confessa que não convive com o filho, mentindo
sobre a “tentativa” de convivência que nunca se realiza.
https://drive.google.com/file/d/1OKOA-fYp6suVBgB1gp1CtUlBPFQk-4la/view?usp=share_link
Não Vanda, tudo bem.

Eu só perguntei pra você porque é que a questão é o seguinte,
realmente ah intimação que chegou pra mim foi um valor de
R$50.000,00 mil reais.
Dizendo que eu não pago pensão alimenticia, você está me
processando por danos morais tá.
Ihhh tá dizendo que eu não convivo com o Théo, tudo
bem. Isso aí tá certo, mais a respeito dos outros valores tá
totalmente errado.
Porque eu sempre ajudei sim tá, tanto é que quando agente
acertou valor de ar$1000,00 foi em cima doque você tinha me
falado.
Em cima da escola, em cima do convênio médico do Théo, em
cima das cosias que são feitas pra ele.
Entendeu? Que quando precisasse comprar alguma coisa há
parte pro Théo, você avisaria pra mim.
Entendeu, foi tudo falado isso ehhh agora hoje o Théo não
paga uma escola, o Théo não paga mais convênio e ajuda eu
continuar depositando o valor que foi acordado, entendeu?
Ihhh mais tudo bem, entendeu? Mas tufo bem, ahhh respeito
que eu fale em adaptar ao Theo não é eu me adaptar há
ele tá.
28
.
fls. 176
É aonde ele precisa de adaptar pra eu poder pegar ele tá,

pra eu não poder afetar mais a criança.
Tabom, agora se vocês está indo pra esse lado tudo bem.
Quer exigir, quer me obrigar há conviver com a criança,
sendo que eu falei que eu ia resolver. Mais quer me
obrigar há conviver com a criança, sendo que eu te falei
pra você esperar que eu ia resolver. Tudo bem, não tem
problema nenhum agente pode resolver isso aí sim.
Maus eu fiquei assustado sim, doque você fez não doque você
fez...
Ehhh está pedindo umas coisas que falou pra mim que jamais
pensaria nisso, ah respeito de uns valores absurdos que está
na intimação.
Mais tudo bem é... eu só perguntei pra você pq eu preciso me
preparar porque não tenho o valor pra dar, entendeu? Ihhh
eu preciso ver como vai ficar. Eu já sofri um processo de
separação né i, eu acabei deixando de lado esse processo e
puta me lasquei bonito. Agora não posso deixar esse também
né. Porque já me ferrei uma vez me ferrar mais uma vai ficar
mais complicado pra mim...
A falta de convivência e a negativa do réu em conviver com o

filho são evidentes, devendo o mesmo ser condenado pelo abandono afetivo.
03 – DOS PEDIDOS
Ante o exposto, REQUER o prosseguimento do feito para, ao final,

ser a demanda julgada totalmente procedente, nos termos da inicial.
29
.
fls. 177
Requer, ainda, seja o réu condenado nas penas de litigante de

má-fé pela alteração da verdade dos fatos, notadamente por se passar por
funcionário de sua própria empresa, simulando registro em CTPS para induzir
o Poder Judiciário em erro.
Nestes termos.
P. deferimento.
São José dos Campos, data do protocolo.
_____________________________
HENRIQUE FERRO
OAB/SP 41.262
_____________________________
EVERSON RICOTTA
OAB/SP 345.425
30
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por FERNANDO ALVAREZ BELAZ e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 13/03/2023 às 14:41 , sob o número WSJC23700972750
fls. 210
6ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA
DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
3ª Vara de Família e Sucessões de São José dos Campos

Autos 1030504-21.2022.8.26.0577
MM. Juiz
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1030504-21.2022.8.26.0577 e código F2C5C64.
PARECER DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Trata-se de ação de alimentos, guarda e

regulamentação de visitas.
Constam dos autos:

a) parte autora: VANDA RIBEIRO DE FARIA por si e representando o filho menor
THÉO RIBEIRO PORTES;
b) parte ré: DAVIDSON FRANÇA PORTES;
c) documento pessoal do(a) filho(a) comum das partes, nascido(a) em 11.09.2020, a
fls. 18;
d) decisão fixando alimentos provisórios, a fls. 64-67;
e) citação da parte ré, a fls. 83;
f) pesquisa CNIS, a fls. 84-95;
g) contestação, a fls. 102-111;
h) réplica, a fls. 148-177.
É o relatório.
O feito comporta julgamento imediato.
ALIMENTOS
O dever alimentar é incontroverso, porquanto

provado o vínculo de paternidade entre o genitor e o filho, e porque recém-nascido, sem
condições de prover seu próprio sustento. Sob o cotejo do artigo 1.694, § 1º, do CC, os
Avenida Salmão, 678, Aquarius | São José dos Campos/SP | CEP: 12246-260
.
fls. 211
alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos

recursos da pessoa obrigada.
O réu tem outros dois filhos, porém, já maiores.
E quanto à capacidade econômica do réu,
destacam-se os sólidos argumentos deduzidos em réplica. Conforme brilhantemente
exposto pelo Defensor do autor, restou demonstrado que o requerido é o efetivo
proprietário da empresa OPUS TEC USINAGEM E MANUTENCAO MECANICA
LTDA. e não seu funcionário, dali recebendo vultosos recursos que lhe permitem a
fruição de bom padrão de vida e o custeio de altas despesas. Assim, a alegação que
funcionário não convence e se trata de medida para enganar o juízo.
Importante atentar-se para a inconveniência da

fixação de alimentos em porcentagem de salário, visto que o réu é empresário e tem o
hábito de utilizar de falsos vínculos de emprego para ocultar sua renda.
Também demonstrado no feito que o requerido,

regularmente, já vinha contribuindo com alimentos, ora no valor de R$1.000,00, ora
R$1.400,00.
Assim, a pretensão alimentar merece parcial

procedência, para que os alimentos sejam fixados no valor de 02 salários-mínimos,
quantia razoável para satisfação das necessidades do autor, ante os valores das despesas
do menor demonstrados na inicial.
DA GUARDA E VISITAS
A guarda merece ser fixada conforme a regra

geral, compartilhada, conforme expressamente dispõe art. 1584, §2º, do CC.
Não constam dos autos elementos aptos a alijar a

parte ré da guarda de seu filho.
.
fls. 212
Nesse sentido:
CIVIL. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. DIVÓRCIO. ADOÇÃO.

VALIDADE. GUARDA COMPARTILHADA. DECRETAÇÃO.
POSSIBILIDADES. Diploma legal incidente: Código Civil de 2002 (art. 1.584,
com a redação dada pela Lei 13.058/2014). Controvérsia: dizer da validade da
adoção deferida na origem e da fixação de guarda compartilhada. Inviável o
recurso especial se as conclusões do Tribunal de origem foram calcadas no
exame das provas postas à sua disposição, na origem. A nova redação do art.
1.584 do Código Civil irradia, com força vinculante, a peremptoriedade da
guarda compartilhada. O termo "será" não deixa margem a debates
periféricos, fixando a presunção - jure tantum - de que se houver interesse
na guarda compartilhada por um dos ascendentes, será esse o sistema eleito,
salvo se um dos genitores [ascendentes] declarar ao magistrado que não
deseja a guarda do menor (art. 1.584, § 2º, in fine, do CC). V. Recurso não
provido (STJ - REsp: 1642311 RJ 2016/0261914-5, Relator: Ministra NANCY
ANDRIGHI, Data de Julgamento: 02/02/2017, T3 - TERCEIRA TURMA,
Data de Publicação: DJe 10/02/2017).
Mesmo eventual animosidade entre os genitores

não justifica a supressão da guarda compartilhada:
APELAÇAO. GUARDA COMPARTILHADA. ANIMOSIDADE ENTRE PAI E

MÃE. VISITA E PERNOITE.GUARDA COMPARTILHADA. A animosidade
entre os pais não importa, “ipso fato” na inviabilidade da guarda
compartilhada. Interessa investigar em que parte do relacionamento do casal
separado, reside a animosidade. Considerando, que no caso, naquilo que o
casal apresenta animosidade não toca nos elementos que compõem a
autoridade parental, não há obstáculo à guarda compartilhada. (...) (TJ-RS -
AC: 70082886581 RS, Relator: Rui Portanova, Data de Julgamento:
10/07/2020, Oitava Câmara Cível, Data de Publicação: 25/09/2020);
Fixada a guarda compartilhada, mister que a

residência base da prole seja a casa materna.
.
fls. 213
Quanto às visitas, inexistem óbices à fixação.

Nesse ponto, o réu não se opôs ao regime requerido na inicial, ao que deve ele ser
fixado em sentença.
DO DANO MORAL
Quanto ao dano moral, requer-se o julgamento

improcedente.
Não há prova de sua ocorrência nem de sua

extensão. Eventual falta de visitação do genitor ao filho não resulta àquele o dever
objetivo de indenizar o filho.
Subsidiariamente, possível considerar que a falta

da visitação paterna não resulta em obrigação de ressarcimento monetário. Não cabe a
monetização das relações de afeto. Nesse sentido:
APELAÇÃO CÍVEL. FAMÍLIA. ACORDO DE ALIMENTOS E

GUARDA. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. VISITAS NÃO
REALIZADAS PELO GENITOR. IMPOSSIBILIDADE DE
OBRIGAR. Consoante entendimento deste Tribunal, o direito de visitas
decorre do interesse daquele que não detém a guarda, ou seja, é
estabelecido para quem não possui a guarda do filho puder exigir a
visitação em relação a quem a detenha. Assim, apesar da criança ser
beneficiada, não é a titular do direito. Outrossim, não se pode obrigar
que o genitor dê carinho, afeto e amparo ao infante se esse não é o
seu desejo, até porque tal ato poderia até prejudicar a criança, já que
seria obrigada a conviver com alguém que não deseja lhe ter por
perto. Manutenção da sentença de improcedência do cumprimento de
sentença. NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO DE
APELAÇÃO. UNÂNIME. (Apelação Cível Nº 70071152649, Oitava
Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Alexandre Kreutz,
Julgado em 19/10/2017). (TJ-RS - AC: 70071152649 RS, Relator:
Alexandre Kreutz, Data de Julgamento: 19/10/2017, Oitava Câmara
Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 23/10/2017) (g.n.);
.
fls. 214
EXECUÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER. DIREITO DE VISITAS.

DESCUMPRIMENTO PELO PAI. DESCABIMENTO. 1. A
regulamentação de visitas materializa o direito do filho de conviver com
o genitor não guardião, e também o deste em dirigir e participar da
educação do filho, sendo o espaço próprio para o desenvolvimento de
vínculos afetivos. 2. O acordo de visita ao filho, que foi entabulado entre
os genitores, assegurou o direito do pai de exigir a visitação
regulamentada em relação à genitora e não o direito desta de exigir a
visitação do pai ao filho. 3. Se o pai mostra desinteresse em conviver
com o filho, dar-lhe carinho e amor, não pode o Poder Judiciário obrigá-
lo a cumprir com essa obrigação natural, sob pena de prejudicar o próprio
filho, pois a visitação forçada terminaria por estabelecer uma convivência
de má qualidade e até traumática, pois não é possível forçar alguém a ser
bom, gentil e afetuoso. 4. A visitação do pai ao filho deve ser um
momento destinado à celebração da amizade e do afeto, na sua dimensão
mais nobre, é momento para a consolidação da confiança e da
solidariedade recíproca, tendo natureza personalíssima, sendo
juridicamente impossível a sua execução como obrigação de fazer e,
mais ainda, a sua conversão em pecúnia, pois o valor do vínculo
paterno-filial não é mensurável economicamente. Recurso
desprovido. (Apelação Cível Nº 70056591282, Sétima Câmara Cível,
Tribunal de Justiça do RS, Relator: Sérgio Fernando de Vasconcellos
Chaves, Julgado em 23/10/2013)
AGRAVO DE INSTRUMENTO. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA.

VISITAS NÃO CUMPRIDAS PELO GENITOR. DESCABIMENTO. 1.
A regulamentação de visitas materializa o direito dos filhos de conviver
com o genitor não guardião. E as visitas estabelecidas assegura o direito
do pai de exigir a visitação regulamentada em relação à genitora e não o
direito desta de exigir a visitação do pai aos filhos. 2. Se o pai mostra
desinteresse em conviver com os filhos, dar-lhes carinho e amor, não
pode o Poder Judiciário obrigá-lo a cumprir com essa obrigação natural,
sob pena de prejudicar os próprios filhos, pois a visitação forçada
terminaria por estabelecer uma convivência de má qualidade e até
.
fls. 215
traumática, pois não é possível forçar alguém a ser bom, gentil e

afetuoso. 3. A visitação do pai aos filhos deve ser um momento
destinado à celebração da amizade e do amor, tendo natureza
personalíssima, sendo juridicamente impossível a sua execução como
obrigação de fazer e, mais ainda, a sua conversão em pecúnia, pois
não é possível mensurar economicamente o valor do vínculo paterno-
filial. RECURSO DESPROVIDO. (Agravo de Instrumento Nº
70075346817, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator:
Liselena Schifino Robles Ribeiro, Julgado em 27/09/2017). (TJ-RS - AI:
70075346817 RS, Relator: Liselena Schifino Robles Ribeiro, Data de
Julgamento: 27/09/2017, Oitava Câmara Cível, Data de Publicação:
Diário da Justiça do dia 29/09/2017) (g.n.)
Requer-se o julgamento nos termos acima.
São José dos Campos, 13 de março de 2023.
FERNANDO ALVAREZ BELAZ

Promotor de Justiça

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EXCELENTÍSSIMO JUÍZO DE DIREITO DA 3ª VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DA

THÉO RIBEIRO PORTES, já qualificado nos autos da ação de

01 – IMPUGNAÇÃO À JUSTIÇA GRATUITA REQUERIDA PELO RÉU

O réu requereu os benefícios da justiça gratuita por ser,

Ocorre que, como se verá no decorrer da presente réplica, as

O registro do réu em sua CTPS não passa simulação para

O réu, portanto, ao invés de assumir uma paternidade responsável,

Assim, no decorrer da presente réplica restará evidenciado que o

02 – DAS ALEGAÇÕES DE MÉRITO

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Trata-se de verdadeira peça ficcional do réu que, sem nem corar de

A paternidade responsável passa pelo cuidado, carinho e atenção

Primeiro, vejamos que o réu tenta fazer crer ser “funcionário” da

Segundo a ficha cadastral de referida empresa (doc. 01), seu

Anteriormente, o réu foi sócio de duas sociedades: Prescisiontech

O objeto social da sociedade Prescisiontech é (fls. 22)

Já o objeto da sociedade Lift Working é (fls. 31)

Veja, Excelências, que apesar de algumas diferenças, as atividades

O penúltimo registro de emprego do réu foi em 01/09/2008 do

Isso demonstra que o réu, após aquisição de experiência no

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Figura 1 - Constituição da Sociedade

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Desde a constituição, é preciso atentar para os nomes grifados,

Ou seja, o réu, que conta atualmente com 39 anos de idade,

Parece que o réu – tentando ludibriar a todos – quer que

A própria movimentação societária corrobora que a sociedade

A sociedade foi constituída em 04/04/2019 e o sócio constituinte

Menos de 30 dias após a constituição, o sócio Erik deixou a

Apenas 8 meses após a saída de Erik do quadro societário, em

Sem qualquer aquisição de quotas, sem pagamento, sem nada que

Veja, Excelência, que Henry nasceu em 04/10/2001, ou seja,

E Henry, filho do réu, permaneceu no quadro societário até

Curiosamente, a ação foi proposta em 14/10/2022 (antes da

Inobstante, outras curiosidades também são relevantes.

O menor nasceu em 11/09/2020; a sociedade Opus Tec foi

Curiosamente, o registro na CTPS do réu (fls. 119) surgiu apenas

Em outras palavras, o filho do réu (Erik e posteriormente Henry)

Vejamos a conversa abaixo, pelo aplicativo whatsapp; em março

E então o réu responde se prontificando a ajudar (mesmo já

Em uma das conversas com a genitora do autor, o réu confirma

Engraçado que, na conversa acima, o suposto empregado (réu)

Agora quer dizer que o empregado manda e o dono da empresa

Agora é o “rabo correndo atrás do cachorro”: o suposto empregado

E como dito anteriormente, justamente quando a presente

O filho do réu (Henry) não é devedor de alimentos e tampouco é

A única resposta é que sua saída foi na tentativa de tentar

Em outro ponto, a realidade também se impõe contra a versão do

Ocorre que o réu vem pagando alimentos voluntariamente em

Os documentos juntados são evidentes a comprovar que o réu

Além disso, vejamos que o réu, às fls. 115/116, juntou seu

De acordo com a ficha cadastral de sua suposta empregadora (doc.

Curiosamente o réu reside na mesma casa que o sócio de sua

Além disso, vejamos que a conta de energia (fls. 115/116) indica

Veja, Excelência, que chegou a haver gasto de energia que

Há ainda outros elementos que não harmonizam com a suposta

Já restou evidente que o réu paga o valor médio de R$ 1.000,00