O documento descreve os principais conceitos e princípios do Direito Penal brasileiro, como a legalidade, a presunção de inocência, a individualização da pena e as "velocidades" do Direito Penal, que abrangem a evolução histórica dos direitos e garantias dos réus.
O documento descreve os principais conceitos e princípios do Direito Penal brasileiro, como a legalidade, a presunção de inocência, a individualização da pena e as "velocidades" do Direito Penal, que abrangem a evolução histórica dos direitos e garantias dos réus.
O documento descreve os principais conceitos e princípios do Direito Penal brasileiro, como a legalidade, a presunção de inocência, a individualização da pena e as "velocidades" do Direito Penal, que abrangem a evolução histórica dos direitos e garantias dos réus.
O documento descreve os principais conceitos e princípios do Direito Penal brasileiro, como a legalidade, a presunção de inocência, a individualização da pena e as "velocidades" do Direito Penal, que abrangem a evolução histórica dos direitos e garantias dos réus.
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Direito Penal
Definição: XL – a lei penal não retroagirá, salvo
para beneficiar o réu; É um sistema de normas Jurídicas que regulam o poder de punir do Estado, O crime precisa estar previsto em lei e estabelecendo por pressupostos o crime previsto na legislação antes do ato. como fato e uma pena consequência. Sendo assim, um limitador às punições e Seleciona e julga condutas individuais preserva os direitos individuais. ou coletivas que são consideradas Princípio da Intervenção indesejadas, graves para o convívio social e capazes de colocar em risco Mínima: todos os componentes da sociedade. Todos os meios administrativos e legais possíveis devem ser utilizados Princípios: antes da aplicação dos tipos penais sobre Servem de amparo e sustentação um ato específico, deixando a punição para a construção legal do exercício e do Estado como último recurso de elaboração de novas normas. intervenção.
Princípio da Legalidade: Princípio da Individualização
Também conhecido como princípio da da pena: Reserva Legal. Está previsto no art. 5° É necessário analisar cada crime da CF e no art 1º do CP, os quais de forma individual para entender sua estabelecem que não há crime sem lei aplicação ou regime de cumprimento, anterior que o define, tampouco pena além de considerar aspectos sociais e sem prévia cominação legal. intencionalidade. Art. 1º – Não há crime sem lei anterior Individualizar é aplicar corretamente o que o método de imputação, que é o critério defina. Não há pena sem prévia trifásico do art. 59 do Código Penal: cominação legal. pena base + agravantes e atenuantes + causas de aumento e diminuição da E na Constituição Federal: pena. Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, Princípio da Insignificância ou garantindo-se aos brasileiros e aos bagatela: estrangeiros residentes no País a Uma pessoa não deve ser punida inviolabilidade do direito à vida, à se realizar um ato ilícito cujo resultado liberdade, à igualdade, à segurança e à implique em dano insignificante ao bem propriedade, nos termos seguintes: jurídico afetado. Tem como objetivo XXXIX – não há crime sem lei anterior garantir que a pena seja proporcional ao que o defina, nem pena sem prévia ato cometido. cominação legal; Principio de presunção de O Código Penal garante que ninguém pode continuar pagando por inocência: uma pena de um crime que, por algum Ninguém é culpado até a decisão motivo, deixa de ser visto como crime condenatória se tornar irrecorrível. É pela lei, como aponta o artigo 2º do CP: necessário de todas as provas Art. 2º - Ninguém pode ser punido por necessárias para a comprovação da fato que lei posgerior deixa de materialidade do crime. Está prevista no considerar crime, cessando em virtude art. 5º CF: dela a execução e os efeitos penais da Art. 5º - Ninguém será sentença condenatória. considerado culpado até o trânsito Princípio do contraditório e da em julgado de sentença penal ampla defesa: condenatória. São tratados em conjunto. De Princípio da Humanidade da acordo com a Constituição, eles são: Pena: Contraditório Repreende a conduta do Estado para que seja um instrumento de Esse Direito corresponde à vingança e preserve a dignidade oportunidade de resposta às acusações humana. Têm influência da Declaração verificada pelo respeito a três direitos dos Direitos Humanos e é um dos subjetivos: Princípios do Direito Penal. Direito à informação: é preciso ter Princípio da Pessoalidade: ciência do que ocorre no processo e acesso aos documentos; Nenhuma pessoa deve ser punida Direito à reação: o réu tem o pelo crime de outra pessoa, sendo a Direito de poder responder às suas única responsável pelo crime a pessoa acusações; que o cometeu. Direito à influência: ter as alegações consideradas pelo Art. 5º, inciso XLV – nenhuma pena magistrado da causa, que, em caso passará de ´pessoa do condenado, de rejeição, deve fazê-lo de forma podendo a obrigação de reparar o dano e fundamentada. a decretação de perdimento de bens ser, Ampla defesa nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até Nesse caso, a ampla defesa consiste o limite do valor do patrimônio em ter meios à disposição para oferecer transferido. uma resposta juridicamente fundamentada às acusações. Por Princípio da Retroatividade: exemplo, há cerceamento de defesa quando o acusado não tem advogado e a defensoria pública não atua. Princípio da Culpabilidade: O princípio da culpabilidade Princípio da isonomia: aponta que só é passível de penalização a pessoa que comete o crime com dolo O princípio da isonomia diz que todos ou culpa, ou seja, que de alguma forma são iguais perante a lei, sem distinção de possui consciência ou tem capacidade de qualquer natureza. Sendo assim, as ter consciência de que o ato realizado é situações e ocorrências iguais devem ser ilícito. tratadas de modo igual, e circunstâncias desiguais devem ser vistas É por esse motivo, por exemplo, que a desigualmente. excludente de culpabilidade também existe dentro do direito penal.
Velocidades do Direito Penal
Velocidades I e II: direitos, garantias e Nesta, experimenta-se uma forma
novas formas de penalização do réu. diferente de penalização do ilícito. Não Velocidades III e IV: o Direito Penal há necessidade e aplicabilidade de do Inimigo e o Tribunal Penal liberdade do agente, apenas a aplicação Internacional. de medidas alternativas.
Primeira Velocidade do Direito Na “Segunda Velocidade do
Direito Penal” é possível falar de uma Penal flexibilização do sistema penal, marcada Ligada diretamente aos direitos e pelo afastamento de penas que garantias constitucionais como a ampla restrinjam o bem jurídico da liberdade defesa, o contraditório, entre outros. humana, mas também pela maior celeridade do processo e relativização Tem-se que o estado é mais lento das regras processuais. em disciplinar a condenação de crimes, com uma maior extensão do julgamento Terceira Velocidade do Direito e aplicação da pena, que resulta na Penal restrição da liberdade do réu. O Direito do Inimigo é um direito Ou seja, a “Primeira Velocidade do de emergência. O “inimigo” seria aquele Direito Penal” é marcada pela aplicação que, cognitivamente, não aceita se da pena privativa de liberdade, ao submeter às regras do convívio social. mesmo tempo que garante ao indivíduo seus direitos e garantias fundamentais Dessa forma, nasce uma divisão do direito penal. Ao “Cidadão” aplica- Segunda Velocidade do Direito se as normas penais respeitando direitos Penal e garantias constitucionais. Ao “Inimigo” haveria a flexibilização das No Brasil, o Tratado de Adesão ao garantias presentes na Carta Magna. TPI iniciou sua vigência em 2002, com a assinatura do Decreto 4388/02, sendo posteriormente incorporação na Quarta Velocidade do Direito Constituição Federal pela Emenda 45/2004. Penal Por ser de âmbito Penal Tal velocidade está ligada Internacional, encontra-se muito ligado a ao Direito Penal Internacional e à política e a movimentos de seletividade, resolução mundial de conflitos. Ou seja, desrespeitando certas regras, deixando aqui tem-se a figura do Tribunal Penal de lado, inclusive, garantias materiais e Internacional (TPI). processuais dos acusados. Formado por 18 juízes, com 9 anos de mandato. O TPI julga os crimes de lesa à humanidade, como o genocídio, o crime de guerra, entre outros.
Finalidades do Direito Penal
As finalidades da pena não finalidade preventiva geral e a ocorrem ao mesmo tempo, ou seja, cada preventiva especial ocorrem em finalidade tem o seu momento momentos diversos. Se assim não fosse, específico. restaria violado o princípio da individualização da pena. Finalidade preventiva No momento da execução penal, geral: concretiza-se as finalidades de Ocorre no momento da cominação retribuição, prevenção especial e da pena em abstrato pelo legislador e ressocialização, que significa reingressar visa a sociedade. Na sentença o delinquente ao convívio social, (cominação da pena em concreto), o juiz conforme dispõe o artigo 1º da Lei de aplica a pena buscando a Execução Penal: Art. 1º, Lei 7210/84 A execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de sentença ou decisão Finalidade retributiva e criminal e proporcionar condições para a harmônica integração social do a preventiva especial: condenado e do internado. Esta acontece depois do crime visando evitar a reincidência do delinquente. Importante ressalvar que a