Curso 52953 Aula 00 78b8 Completo PDF
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Aula 00
AULA 00
Aula Demonstrativa.
Sumário
Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos
da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras
providências.
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- Introdução
- Desenvolvimento (parte teórica)
- Questões comentadas
- Lista das questões comentadas (para o aluno poder praticar sem
olhar as respostas)
- Gabaritos das questões
- Resumo
- Conclusão, com destaque para aspectos mais relevantes
- Lista de artigos da legislação e Súmulas do TST (relacionados ao
tema da aula)
1.1 - Cronograma
O cronograma de nosso curso será o seguinte:
Apresentação do curso.
Aula 00
Trecho teórico demonstrativo sobre Relação de trabalho e relação
(20/03)
de emprego.
Aula 01
[Princípios, Fontes e Direitos Constitucionais dos Trabalhadores]
(25/03)
Direito do Trabalho:
Aula 02
Relação de trabalho e relação de emprego.
(06/04)
Empregado e empregador;
Aula 03
Terceirização. Responsabilidade do ente tomador;
(15/04)
Contrato de trabalho.
Aula 04
Elementos constitutivos.
(29/04)
Suspensão e interrupção.
Aula 05 Término;
(04/05) Aviso Prévio;
Aula 06 Salário e remuneração;
(10/05) Gratificação de natal;
Aula 07
Férias;
(05/05)
Aula 08
FGTS;
(20/05)
Aula 09 Competência da Justiça do Trabalho. – Prof. Bruno Klippel (no BO
(24/05) do Prof. Klippel)
Relações de Trabalho
Relações de emprego
Trabalhador avulso
Trabalhador autônomo
Trabalhador eventual
Empregado urbano
Estagiário
Empregado rural
etc.
Empregado doméstico
Aprendiz
etc.
Subordinação
jurídica
1
DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 13 ed. São Paulo: LTr, 2013, p. 283.
dias, mas como o público frequentador é muito maior aos sábados e domingos,
uma parte dos empregados não labora em todos os dias da semana.
Apesar de não trabalharem todos os dias, existe a prestação laboral em caráter
permanente, ao longo do tempo, para o mesmo empregador. Assim, não
podemos dizer que este trabalho seja esporádico; ele tem caráter de
permanência.
Atentem para o fato de que a permanência (aludida no parágrafo anterior) não
é sinônima de continuidade.
A continuidade está expressa na LC 150/15 (que dispõe sobre a profissão do
empregado doméstico, objeto de estudo em tópico específico desta aula):
CLT, art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços
de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e
mediante salário.
≠
LC 150/2015, art. 1º Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que
presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de
finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas,
por mais de 2 (dois) dias por semana, aplica-se o disposto nesta Lei.
FCC/TRT9 – 2013
Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços a
empregador com as características de
(A) impessoalidade, continuidade, onerosidade e independência jurídica.
(B) pessoalidade, continuidade, exclusividade e subordinação.
(C) pessoalidade, continuidade, onerosidade e subordinação.
(D) pessoalidade, continuidade, confidencialidade e subordinação.
(E) pessoalidade, continuidade, onerosidade e independência jurídica.
2
CARRION, Valentin. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. 37 ed. Atualizada por
Eduardo Carrion. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 44.
Para finalizar este tópico vamos retomar então este aspecto relevante: o
trabalho em jornada menor que a legal, ou então em poucos dias na semana
não desconstitui a permanência, que é a prestação laboral permanente ao longo
do tempo, com ânimo definitivo.
➢ Alteridade
A alteridade, também chamada de princípio da alteridade, é um requisito
existente nas relações de emprego.
É pouco explorado em provas, mas pode vir a surgir em alguma questão.
A alteridade se relaciona ao risco do negócio, que deve ser assumido pelo
empregador. Nesta linha, não se admite que sejam transferidos ao empregado
os riscos do empreendimento, pois estes devem ser suportados pelo
empregador.
A alteridade encontra-se presente no seguinte dispositivo da CLT:
CLT, art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva,
que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e
dirige a prestação pessoal de serviço.
Relações de Trabalho
Relações de emprego
Trabalhador avulso
Trabalhador
autônomo
Empregado urbano
Trabalhador eventual
Empregado rural
Estagiário
Empregado doméstico
etc.
Aprendiz
etc.
2.2.1 - Estágio
O estágio é regulado pela Lei 11.788/08, que define estágio como “ato
educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que
visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam
frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de
educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais
do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e
adultos”.
Atendidos os requisitos formais e materiais da Lei 11.788/08, o estagiário não
será considerado empregado. Assim, para que de fato não haja vínculo
empregatício entre o estagiário e a parte concedente do estágio deve-se seguir
todos os preceitos da lei supracitada.
Segue o trecho mais importante (para fins de concurso) da lei supracitada:
Lei 11.788/08, art. 3º O estágio (...) não cria vínculo empregatício de
qualquer natureza, observados os seguintes requisitos:
I – matrícula e freqüência regular do educando em curso de educação
superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial
e nos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da
educação de jovens e adultos e atestados pela instituição de ensino;
II – celebração de termo de compromisso entre o educando, a parte
concedente do estágio e a instituição de ensino;
III – compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estágio e
aquelas previstas no termo de compromisso.
Percebam então que o estágio subentende uma relação trilateral, com a
participação do estagiário, do concedente do estágio e de instituição de ensino.
Estagiário
Instituição de Concedente do
ensino
Estágio estágio
Por fim, sabemos que o estágio pode ser remunerado ou não. Entretanto, caso
o estágio seja não obrigatório, a concessão da bolsa de estágio (e do auxílio-
transporte) será obrigatória:
Lei 11.788/2008, art. 12. O estagiário poderá receber bolsa ou outra
forma de contraprestação que venha a ser acordada, sendo compulsória
a sua concessão, bem como a do auxílio-transporte, na hipótese de
estágio não obrigatório.
3
DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 13 ed. São Paulo: LTr, 2013, p. 340.
Caracterizaçã
» Curta duração do trabalho prestado.
o do trabalho
de natureza
eventual
Natureza do trabalho tende a ser concernente a
evento certo, determinado e episódico no tocante
»
à regular dinâmica do empreendimento tomador de
serviços.
4
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 288.
5
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Iniciação ao Direito do Trabalho. 37 ed. São Paulo: LTr, 2012, p.
178.
2.2.4 – Cooperados
O cooperativismo surgiu para que pessoas que desenvolvem atividades
semelhantes possam ter melhores condições de oferecer seus produtos e
serviços (ganhando em escala, unindo esforços para obter acesso a
empréstimos, utilizando espaços comuns no processo produtivo, etc.).
Assim, produtores de hortifrutigranjeiros, por exemplo, podem se estruturar em
cooperativa para negociar em condição mais vantajosa com os revendedores de
seus produtos, podem construir espaço de uso comum para estocar e produzir,
podem comprar insumos de forma centralizada com preços mais baixos, entre
outros benefícios.
O problema que ocorre na prática é a tentativa de mascarar relação de
emprego sob a roupagem de cooperados. Assim, caso estejam presentes os
elementos fático-jurídicos da relação de emprego estará descaracterizada a
situação de cooperado.
O verdadeiro cooperado é um trabalhador autônomo, pois não é subordinado à
cooperativa.
Segue abaixo um dispositivo da CLT sobre cooperativas:
CLT, art. 442, parágrafo único6 - Qualquer que seja o ramo de atividade
da sociedade cooperativa, não existe vínculo empregatício entre ela e
seus associados, nem entre estes e os tomadores de serviços daquela.
A CLT fala em “qualquer que seja o ramo de atividade” porque podem existir
cooperativas de produtores, de médicos, artesãos, taxistas, etc.
Conforme ensina Mauricio Godinho Delgado7, a verdadeira relação
cooperativista, para se configurar, deve atender aos princípios da dupla
qualidade e da retribuição pessoal diferenciada.
6
O dispositivo continua vigente, mesmo havendo uma nova lei que regula especificamente as
Cooperativas de Trabalho – Lei 12.690/2012.
7
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 331.
8
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 331.
Por fim, apesar de não se tratar de emprego, a própria lei prevê a aplicação da
CLT no que diz respeito à fiscalização e imposição de multas aos salões de
beleza:
Lei nº 12.592/2012, art. 1º-D O processo de fiscalização, de autuação e de
imposição de multas reger-se-á pelo disposto no Título VII da
Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no
5.452, de 1º de maio de 1943.
3 – Questões comentadas
3.1 – Relação de trabalho e relação de emprego
1. Daud/2018
Segundo a legislação trabalhista, é vedada a previsão contratual de
exclusividade para a prestação de serviços do trabalhador autônomo.
Comentários
Gabarito (C)
A Lei 13.467/2017 chegou a prever a figura do trabalhador autônomo
exclusivo, que poderia prestar serviços a um único empregador de forma
contínua, tendo afastada a caracterização do vínculo empregatício.
A MP 808, por sua vez, vedou a cláusula de exclusividade em um contrato
de autônomo:
CLT, art. 442-B, § 1º É vedada a celebração de cláusula de exclusividade
no contrato previsto no caput.
Por outro lado, deixa claro que não caracteriza a qualidade de empregado
prevista no art. 3º o fato de o autônomo prestar serviços a apenas um tomador
de serviços.
Portanto, veda-se a exclusividade “contratual”, que é aquela prevista como
cláusula do contrato de prestação de serviços do autônomo, mas permite-se a
exclusividade “fática”, observada quando um trabalhador presta serviços a um
único tomador.
2. Daud/2018
De acordo com a CLT, caso obedecidas todas as formalidades legais na
contratação de autônomo, fica afastada a condição de empregado, situação
que persiste diante da continuidade da prestação e da caracterização de
subordinação em relação ao tomador dos serviços.
Comentários
Gabarito (E)
Para que a contratação do autônomo se dê regularmente, é necessário que
efetivamente inexista subordinação em relação ao tomador dos serviços:
CLT, art. 442-B. A contratação do autônomo, cumpridas por este todas as
formalidades legais, de forma contínua ou não, afasta a qualidade de
empregado prevista no art. 3º desta Consolidação.
Reparem que pode haver continuidade, desde que inexista subordinação,
conforme se depreende inclusive do seguinte trecho legal:
3. Daud/2018
Até mesmo trabalhadores pertencentes a categorias profissionais reguladas
por leis específicas, como motoristas e corretores de imóveis, podem ser
contratados mediante autônomos, para exercer atividades compatíveis com
tal vínculo.
Comentários
Gabarito (C)
O fato de o trabalhador pertencer a categorias com profissões regulamentadas
não lhe retira a possibilidade de ser contratado como autônomo, caso as
formalidades legais sejam obedecidas e as atividades desempenhadas sejam
compatíveis com o contrato de autônomo:
CLT, art. 442-B, § 5º Motoristas, representantes comerciais,
corretores de imóveis, parceiros, e trabalhadores de outras categorias
profissionais reguladas por leis específicas relacionadas a atividades
compatíveis com o contrato autônomo, desde que cumpridos os requisitos
do caput, não possuirão a qualidade de empregado prevista o art.
3º.
4. Daud/2018
De acordo com a CLT, fica garantida ao autônomo a possibilidade de recusa
de realizar atividade demandada pelo contratante, obstando aplicação de
qualquer penalidade ao trabalhador, em razão dos princípios da liberdade
de trabalho e da dignidade da pessoa humana.
Comentários
Gabarito (E)
De fato, a CLT, com redação dada pela MP 808, deixa claro que o autônomo
poderá recusar a realização de atividades demandadas pelo contratante.
Todavia, o tomador dos serviços está autorizado a aplicar penalidade ao
trabalhador, desde que esta esteja prevista contratualmente:
CLT, art. 442-B, § 4º Fica garantida ao autônomo a possibilidade de
recusa de realizar atividade demandada pelo contratante, garantida
a aplicação de cláusula de penalidade prevista em contrato.
Comentários
Gabarito (C), pois é a única opção que não representa um requisito da relação
de EMPREGO.
Na verdade, o requisito para a relação de emprego é o contrário, ou seja, a
“não eventualidade”.
2. Daud/2018
De acordo com a CLT, caso obedecidas todas as formalidades legais na
contratação de autônomo, fica afastada a condição de empregado, situação
que persiste diante da continuidade da prestação e da caracterização de
subordinação em relação ao tomador dos serviços.
3. Daud/2018
Até mesmo trabalhadores pertencentes a categorias profissionais reguladas
por leis específicas, como motoristas e corretores de imóveis, podem ser
contratados mediante autônomos, para exercer atividades compatíveis com
tal vínculo.
4. Daud/2018
De acordo com a CLT, fica garantida ao autônomo a possibilidade de recusa
de realizar atividade demandada pelo contratante, obstando aplicação de
qualquer penalidade ao trabalhador, em razão dos princípios da liberdade
de trabalho e da dignidade da pessoa humana.
5 – Gabarito
1. C 9. C 17. E 25. C 33. B
6 – Resumo da aula
Relações de trabalho, emprego e empregador
7 – Conclusão
Pessoal,
@prof.antoniodaudjr
www.facebook.com/adaudjr
– CLT
Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva,
que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e
dirige a prestação pessoal de serviço.
CLT, art. 2º, § 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora,
cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção,
controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando
cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis
solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego.
I - a empresa devedora;
II - os sócios atuais; e
– Legislação específica
– TST
SUM-129 CONTRATO DE TRABALHO. GRUPO ECONÔMICO
A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo
econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a
coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em
contrário.
SUM-269 DIRETOR ELEITO. CÔMPUTO DO PERÍODO COMO TEMPO DE
SERVIÇO
O empregado eleito para ocupar cargo de diretor tem o respectivo
contrato de trabalho suspenso, não se computando o tempo de serviço
desse período, salvo se permanecer a subordinação jurídica inerente à
relação de emprego.
SUM-386 POLICIAL MILITAR. RECONHECIMENTO DE VÍNCULO
EMPREGATÍCIO COM EMPRESA PRIVADA
Preenchidos os requisitos do art. 3º da CLT, é legítimo o reconhecimento
de relação de emprego entre policial militar e empresa privada,
independentemente do eventual cabimento de penalidade disciplinar
prevista no Estatuto do Policial Militar.
SUM-430 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA. CONTRATAÇÃO.
AUSÊNCIA DE CONCURSO PÚBLICO. NULIDADE. ULTERIOR
PRIVATIZAÇÃO. CONVALIDAÇÃO. INSUBSISTÊNCIA DO VÍCIO
Convalidam-se os efeitos do contrato de trabalho que, considerado nulo
por ausência de concurso público, quando celebrado originalmente com
ente da Administração Pública Indireta, continua a existir após a sua
privatização.
OJ-SDI1-38 EMPREGADO QUE EXERCE ATIVIDADE RURAL. EMPRESA DE
REFLORESTAMENTO. PRESCRIÇÃO PRÓPRIA DO RURÍCOLA.
O empregado que trabalha em empresa de reflorestamento, cuja
atividade está diretamente ligada ao manuseio da terra e de matéria-
prima, é rurícola e não industriário, (...) pouco importando que o fruto de
seu trabalho seja destinado à indústria (...)
OJ-SDI1-261 BANCOS. SUCESSÃO TRABALHISTA