Cangaço e Banditismo Social
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BREVES CONSIDERAÇÕES
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quando seria orientada por Frédéric Mauro. Mas não teve tempo.
Deixou uma obra pequena, mas importante para a época. O fato
de ter sua trajetória cortada tão abruptamente, porém, impediu
que desse prosseguimento e desenvolvesse sua ouvre, que
permaneceu num estágio ainda não amadurecido. Se tivesse tido
a oportunidade, poderia ter ampliado suas fontes e aprimorado
sua metodologia... e ter ou não mantido suas opiniões daquele
momento. Seu trabalho, portanto, resultou incompleto e repleto
de lacunas. Mesmo tendo feito pesquisas de campo com apoio da
Fapesp durante quatro anos na caatinga agreste, “no rastro dos
cangaceiros” (percorrendo quase uma centena de localidades) e,
sem dúvida, ter tentado, na medida do possível, manter o rigor
acadêmico, acabou produzindo um texto que soa bastante similar
ao de Facó nas conclusões.
Figuram entre os autores utilizados por Machado (que
aparentemente possuía um dos maiores arquivos do gênero),
nomes como os de Florestan Fernandes, Caio Prado Júnior,
Oliveira Viana, Nelson Werneck Sodré, Victor Nunes Leal,
Marcos Vilaça e Edgard Carone, entre vários outros. E diversas
entrevistas. Mas a linguagem é muitas vezes panfletária; o uso
de clichês, intermitente; o método de análise estatística, frágil;
os argumentos, simplistas; e as resoluções, aparentemente
direcionadas a uma opinião definida de antemão, chancelando o
que já havia sido decidido em termos teóricos.
Isso pode ser dito, em grande medida, tanto de Aspectos do
fenômeno do cangaço no Nordeste brasileiro, como também de As
táticas de guerra dos cangaceiros, que veio à luz pela Laemmert
junto com obras de Karl Kautsky, Leon Trotsky, Ho Chi Minh,
Alexandra Kollontay, Max Beer e Nikolai Bukhárin, e pouco
depois do AI-5, o que é algo significativo. A guerrilha e a repressão
se intensificavam no Brasil, e o livro de Machado entrava na
lista dos trabalhos “revolucionários” e “subversivos” do período.
Frederico Pernambucano de Mello, contudo, comentou de forma
ácida, que aquele texto (mais tarde publicado pela Brasiliense)
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BIBLIOGRaFIA
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LUIZ BERNARDO PERICÁS – Doutor em História Econômica pela USP. É professor
de História Contemporânea da USP. <[email protected]>
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