22 - Saúde e Segurança No Trabalho Agroindustrial PDF
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Sumário
Palavra do professor-autor 9
Apresentação da disciplina 11
Projeto instrucional 13
e-Tec Brasil
Aula 6 – Boas Práticas de Fabricação 81
6.1 Introdução 81
6.2 Local para instalação 83
6.3 Prédio (indústria) 84
6.4 Equipamentos e utensílios 89
6.5 Manipuladores 90
6.6 Higienizações (limpeza e sanitização) 97
6.7 Qualidade da água de abastecimento 98
6.8 Controle de pragas e vetores 98
6.9 Armazenamento e transporte 102
Referências 129
e-Tec Brasil
Palavra do professor-autor
Prezado(a) aluno(a),
9 e-Tec Brasil
Apresentação da disciplina
11 e-Tec Brasil
Na Aula 8, nossa última aula, você conhecerá o programa de Procedimentos
Padrões de Higiene Operacional (PPHO). Além disso, concluiremos nossa dis-
ciplina estudando o papel do setor de Segurança no Trabalho e da CIPA na
agroindústria.
Lembre-se: Há uma equipe que trabalha com a finalidade de que você supere
suas dúvidas e dificuldades. Entre em contato sempre que necessário.
Conte conosco!
e-Tec Brasil 12
Projeto instrucional
CARGA
AULA OBJETIVOS E APRENDIZAGEM MATERIAIS HORÁRIA
(Horas)
Conceituar higienização, limpeza e sanitização.
Conhecer a importância do pH no processo, na
1.Higienização:
escolha dos produtos e do plano de higienização Exercícios de
definições, objetivos 10
ideal. aprendizagem
e etapas
Definir as principais etapas do processo de
higienização.
Compreender a importância da água no processo
produtivo.
2.Qualidade da água
Conhecer e identificar os principais parâmetros de Exercícios de
utilizada para 5
qualidade da água. aprendizagem
higienização
Relacionar as consequências geradas pelo uso de
água fora dos padrões ideais de qualidade.
Compreender o conceito e função de detergentes.
Identificar os diferentes tipos de detergentes
Estudar os principais mecanismos de ação dos
3.Detergentes e Exercícios de
detergentes. 5
métodos de limpeza aprendizagem
Reconhecer os diferentes métodos de limpeza
na agroindústria e relacionar com os diferentes
processos e produtos.
Compreender o conceito e função de sanitizantes.
4.Sanitizantes Identificar os diferentes tipos de sanitizantes.
Exercícios de
e métodos de Estudar os principais mecanismos de ação dos 5
aprendizagem
sanitização sanitizantes.
Reconhecer os diferentes métodos de sanitização.
Conhecer a estrutura dos documentos de
higienização. Exercícios de
5.Planos de Reconhecer os passos necessários para a elaboração aprendizagem
5
higienização do plano de higienização. Desenvolvimento de
Identificar a importância da manutenção desse plano plano de higienização
para o sucesso do processo de higienização.
13 e-Tec Brasil
Conhecer o programa de BPF.
Estudar os mecanismos de implantação e de Exercícios de
6.Boas Práticas de
implementação. aprendizagem 5
Fabricação (BPF)
Reconhecer a importância do programa na produção
de alimentos.
Conhecer o programa de HACCP.
7.Análise de Perigos Estudar os mecanismos de implantação e de Exercícios de
e Pontos Críticos de implementação. aprendizagem 5
Controle (APPCC) Reconhecer a importância do programa na produção Estudo de caso
de alimentos.
8.Procedimentos
Conhecer o programa de PPHO.
Padrões de Higiene Exercícios de
Compreender a importância da segurança no
Operacional (PPHO), aprendizagem 5
trabalho.
segurança no trabalho
Identificar a função da CIPA na indústria.
e CIPA
e-Tec Brasil 14
Aula 1 – Higienização: definições,
objetivos e etapas
Objetivos
a) Limpeza
b) Sanitização
Bom, agora que nós definimos esses conceitos, fica entendido, então, que uma
superfície somente é considerada higienizada quando, obrigatoriamente, é
realizado um processo de limpeza seguido de um processo de sanitização.
1. O que é higienização?
Metodologia:
Dessa forma, é muito importante conhecermos todas as suas etapas para que
possamos empregá-las de forma adequada. A higienização agroindustrial é
formada por 4 etapas, conforme mostrado na Figura 4.
PRÉ-LAVAGEM
LIMPEZA
ENXÁGUE
SANITIZAÇÃO
a) Pré-lavagem
b) Limpeza
Você já deve ter percebido que para ter-se uma limpeza efetiva deve-se es-
colher o tipo de detergente ideal e também atentar-se ao tipo de resíduo
ou sujidade a ser removida. De maneira geral, as substâncias que se deseja
eliminar são carboidratos, lipídeos, proteínas e minerais. A Tabela 1.1 mostra
algumas características dessas substâncias.
Fonte: Autor
c) Enxágue
d) Sanitização
Resumo
Atividade de Aprendizagem
( 1 ) Pré-Lavagem
( 2 ) Limpeza
( 3 ) Enxágue
( 4 ) Sanitização
Objetivos
a) Cor
b) Turbidez
Através do Quadro 2.1 foi possível visualizar a influência que diferentes subs-
tâncias conferem ao sabor e odor da água e, consequentemente, no alimento
em que essa água, por ventura, for adicionada.
a) Dureza
A água que chega até nossas casas, ou às indústrias, e até a água captada di-
retamente de uma nascente é uma solução de vários minerais que se dissolvem
na água pela sua passagem pelo solo e encanamentos.
Esses minerais, quase que em sua totalidade sais, não comprometem o uso
doméstico da água, mas, em algumas situações, podem formar alguns sais
insolúveis e provocar incrustações e entupimentos das tubulações.
Através da Figura 2.4, observamos que no frasco à direita, o qual contém sais
de cálcio e magnésio dissolvidos, o detergente não consegue formar espuma.
b) Acidez e alcalinidade
c) Sílica
d) Gases
Além dos gêneros que foram antes mencionados, é possível também encontrar
bactérias dos gêneros Bacillus e Clostridium, e de outras espécies esporuladas ori-
ginárias basicamente do solo e que são patogênicas ou alteradoras de alimentos.
Notas:
(a) Valor máximo permitido.
(b) Água para consumo humano em toda e qualquer situação, incluido fontes individuais como poços, minas, nascentes, entre outras.
(c) A detecção de escherichia coli deve ser preferencialmente adotada.
Turbidez UT(d) 5
Zinco mg/L 5
Notas:
(a) Valor máximo permitido
(b) Unidade Hazen
(c) Critério de referência
(d) Unidade de turbidez
Resumo
Atividade de aprendizagem
Para cada uma das quatro sentenças a seguir, marque a única alternativa correta.
a) Gases
b) Sais minerais
c) Compostos orgânicos
d) Todas as alternativas anteriores
a) Turbidez
b) Cor
c) Dureza
d) Alcalinidade
a) Ferro e magnésio
b) Magnésio e cálcio
c) Cobre e magnésio
d) Cálcio e Ferro
5. Qual a influência que águas com acidez alterada podem ter sobre deter-
gentes e sanitizantes utilizadas na higienização?
Objetivos
Conceituar detergente.
ONa
Observe na Figura 3.2 que a parte apolar do detergente interage com a gordu-
ra (ou outra sujidade) ao mesmo tempo em que a parte polar interage com a
água. Nesse momento são formadas partículas ou micelas de detergente que
ficam espalhadas na água e são então arrastadas, fazendo assim o processo
de limpeza.
Água
Óleo
Bom, agora que você já sabe o que são detergentes e como eles atuam no
processo de limpeza, vamos aprender a escolhê-los.
a) Ação dissolvente
b) Ação saponificante
c) Ação peptizante
e) Ação penetrante
f) Ação de dispersão
g) Ação de enxaguamento
h) Ação sequestrante
j) Ação umectante
( 1 ) Ação umectante
( 2 ) Ação saponificante
( 3 ) Ação de enxaguamento
( 4 ) Ação penetrante
( 5 ) Ação emulsificante
( 6 ) Ação de dispersão
( 7 ) Ação peptizante
( 8 ) Ação de redução da tensão superficial
( 9 ) Ação sequestrante
( 10 ) Ação dissolvente
a) Detergentes alcalinos
• Hidróxido de sódio
• Metassililicato de sódio
• Ortossilicato de sódio
• Sesquissilicato de sódio
Os álcalis fortes têm efeito corrosivo sobre vidro, alumínio, zinco, incluindo ferro
galvanizado e estanho, e são extremamente perigosos para manipulação. Em
geral, eles têm poder dissolvente elevado e são relativamente bons dispersantes.
• Carbonato de sódio
• Bicarbonato de sódio
• Pirofosfato tetrassódico
Os álcalis suaves são adequados para limpeza manual por serem menos peri-
gosos, porém não são tão efetivos quanto os compostos alcalinos fortes. Assim
como os álcalis fortes, esses materiais são usados como fonte de oxigênio para
remoção de resíduos orgânicos. Com exceção dos polifosfatos, podem reagir
com cálcio e/ou magnésio, formando depósitos.
b) Detergentes ácidos
• Ácido sulfúrico
• Ácido clorídrico
• Ácido sulfâmico
• Ácido fosfórico
• Ácido nitríco
• Ácido lático
• Ácido glucônico
• Ácido cítrico
• Ácido tartárico
• Ácido hidroxiacético
• Ácido acético
c) Detergentes tensoativos
• Hexametafosfato de sódio
• Polifosfato tetrassódico
• Tetrafosfato de sódio
• Tripolifosfato de sódio
• Gluconato de sódio
Método em que se utilizam jatos de água (lava a jato tipo túnel ou jateadoras)
de alta pressão (Figura 3.4).
• Por não haver o contato da solução com o manipulador, pode ser empre-
gado detergente alcalino forte ou ácido. Quando esses produtos forem
utilizados deve-se utilizar EPI: máscaras, óculos, luvas, aventais e botas.
EPI
Equipamento de Proteção
• Podem ser utilizadas temperaturas altas para a água ou solução. Individual
d) Máquinas lavadoras
• Desmontagem do equipamento.
a b
Cite em que consiste e onde podem ser aplicados os seguintes métodos de limpeza:
d) Clean in place.
e) Limpeza a seco.
Atividades de aprendizagem
1. O que é detergente?
Objetivos
4.1 Sanitização
Você já aprendeu os principais conceitos e etapas de higienização na agroin-
dústria. Além disso, você também já estudou a primeira etapa desse processo:
a limpeza. Vimos através do texto e reforçamos pelas atividades, que limpeza
é a etapa da higienização que busca a remoção de sujidades (orgânicas ou mi-
nerais) através do uso de detergentes e de método adequado conforme o tipo
de processo ou de alimento a ser processado. Então, agora, nós começamos
a estudar a segunda etapa da higienização: a sanitização.
Mas afinal, o que é sanitizar? Por que devemos realizar essa etapa ao invés de
realizar somente a limpeza?
Pra responder essas perguntas, nós precisamos diferenciar dois conceitos, que à
primeira vista parecem iguais, porém possuem objetivos bem diferentes. Estou
me referindo a desinfecção e a sanitização.
DESINFECÇÃO ≠ SANITIZAÇÃO
Você verá nas seções a seguir as principais características de alguns dos prin-
cipais sanitizantes utilizados nas indústrias de alimentos.
Através do Quadro 4.1, a seguir, você poderá avaliar o uso do iodo na saniti-
zação conhecendo suas vantagens e desvantagens.
• O iodo livre tem coloração indicativa de seu poder • Perde sua ação germicida quando empregado a
germicida. temperaturas elevadas.
• Não corrosivo e não irritante à pele. • Libera vapor de iodo a temperatura acima de
• Têm atividade contra inúmeras bactérias não 43°C.
esporogênicas e alguns tipos de vírus. • Perde ação com pH elevado.
• Não é afetado por águas duras. • Tem pouca ação contra fungos e sobre esporos
• Menos sensível que o cloro em presença de bacterianos.
matéria orgânica. • Pode provocar manchas em plásticos, borrachas
• De baixa toxicidade. e tecidos.
• Boa estabilidade durante seu armazenamento. • Pode favorecer corrosão em alumínio, cobre e
• Elimina células de leveduras mais rápido do que os ferro.
compostos clorados.
• Previne formação de incrustações minerais por ser
de natureza ácida.
• Sua concentração é facilmente determinada.
Através do Quadro 4.2, a seguir, você poderá avaliar o uso dos compostos de
amônia na sanitização, conhecendo suas vantagens e desvantagens.
Devido ao seu alto poder oxidante, o ácido peracético promove a oxidação dos
componentes celulares, agindo sobre a membrana citoplasmática e desativan-
do as funções fisiológicas dos microrganismos.
• Ideais para higienização do tipo CIP, imersão e aspersão (que nós estuda-
mos na Aula 3 – Detergentes e métodos de limpeza).
Através do Quadro 4.4, a seguir, você poderá avaliar o uso do ácido peracético
na sanitização, conhecendo suas vantagens e desvantagens.
Através do Quadro 4.5, a seguir, você poderá avaliar o uso do cloro na saniti-
zação, conhecendo suas vantagens e desvantagens.
• Ação sobre um vasto número de bactérias. • É corrosivo (ataca borracha removendo seu carbono).
• Efetivo contra esporos e fungos. • Tem pouca ação sobre pH elevado. Só atua em pH
• Sua ação não é anulada pelo uso de água dura. menor que 5,0.
• Relativamente barato. • É de pouca ação na presença de matéria orgânica.
• Produz irritação na pele e nos olhos.
• Pode promover odores indesejáveis.
• Precipita em água contendo ferro.
• Instável ao armazenamento.
Vamos lá!
Você já deve ter aprendido o que significa ppm, mas vamos relembrar:
X → 500.000 mL
500.000 × 1
X= = 0,5 mL de CA
1.000.000
a) Tempo de contato
b) Temperatura
c) Concentração
d) pH
Cada sanitizante tem a sua faixa de pH ideal para atuação, conforme você
pode ver, de forma resumida no Quadro 4.6.
e) LIMPEZA PRÉVIA
f) DUREZA DA ÁGUA
Com base no que você estudou até aqui, analise e responda as seguintes questões:
• Calor.
• Radiação.
• Agentes químicos.
O uso de calor por via úmida é muito aplicado nas indústrias de processamento
de carnes para realizar a sanitização de superfícies que podem ter gorduras.
Esse método atua de forma mais rigorosa nas estruturas morfológicas das
células das bactérias.
A sanitização por radiação é classificada como um método físico que não deixa
residual, o que o torna ideal para aplicação em processos que não possam ter
residual químico.
a) Calor.
b) Radiação.
c) Agentes químicos.
Resumo
Atividades de aprendizagem
Objetivos
• O que é limpo?
• Como é limpo?
• Quando é limpo?
• Quem limpa?
Esta definição tem de ser feita para cada área ou equipamento e para cada
funcionário de higienização. O plano de higienização, geralmente, é apresen-
tado sob a forma de tabelas e deve especificar:
Frequência: Diária
Fonte: <https://docs.google.com/viewer?a=v&q=cache:DD3skblAd0QJ:www.esac.pt/noronha/manuais/Manual_higie-
nizao_aesbuc.pdf+plano+de+higieniza%C3%A7ao&hl=pt-BR&gl=br&pid=bl&srcid=ADGEESiPzMU-aO00VmWjN-
qx5UwOR9zstjrG5uNaS8cifvtG13OIXZ9smcBDCXikGkviU4sYrFDh4F0Yt_Fqb3PxQ7Np7FJddvFk-gzQag20m2sJUgYy2jnr4h
B_78LlFXd8ff-T4U-Hh&sig=AHIEtbSZ28JNxwwxJSvGKguEjsgEy2R6Hw>. Acesso em: 17 dez. 2012.
5.3 A Implementação
Depois de elaborada a versão teórica do plano de higienização, a empresa
deve passar à fase de implementação, isto é, a aplicar os procedimentos
elaborados às áreas e equipamentos envolvidos. Os funcionários deverão,
sempre, preencher uma folha de registo que evidencie que os procedimen-
Folha de registro
Após a realização de cada tos foram aplicados.
etapa presente no plano de
higienização, o funcionário
responsável pela operação a) A validação
deve deixar registrado, através
de sua assinatura e data de
realização da tarefa, em um Uma vez implementado o plano de higienização, devemos comprovar que as
documento de registro, o qual
poderá estar anexado ao plano metodologias identificadas produzem os resultados esperados na prática, isto
de higienização. é, é necessário garantir a eficácia do plano. Para tanto, é frequente recorrermos
às análises laboratoriais. Como forma de avaliar a eficácia dos métodos de
higienização que estão sendo empregados para cada uma das etapas de um
processo, deve-se constantemente uma avaliação química e microbiologica-
mente das instalações, dos equipamentos e dos utensílios. A coleta de amostra
para análises microbiológicas é feita, geralmente, através da técnica do esfre-
gaço. Nessa técnica, esfrega-se um cotonete estéril, comumente chamado
de swab (ver Figura 5.1), na superfície a ser analisada, depois esse material é
encaminhado para o laboratório, onde é novamente esfregado no meio de
cultura, e, após determinado tempo de incubação, é possível saber o tipo de
bactérias e a concentração possivelmente presente nas superfícies avaliadas.
b) A verificação
c) A revisão
Aconselho vocês a se basearem nos Quadros 5.1 e 5.2 que vimos nesta nossa Aula.
Resumo
VERSÃO DO PROFESSOR
a importância de termos esse documento na indústria a fim de que haja um
controle efetivo do processo, ou seja, a importância de termos registrado o
“como fazer”, “quem pode fazer” e “quando fazer” cada uma das etapas
da higienização.
Atividade de aprendizagem
Objetivos
Revisão
6.1 Introdução
Ao longo das nossas aulas, você pôde perceber que a condução do processo
de higienização é feita, geralmente, pela equipe de controle de qualidade.
Na realidade, o processo de higienização faz parte de um processo maior que
tem como principal objetivo obter a qualidade e segurança do produto final.
Os campos de aplicação das Boas Práticas são os mais variados e não se res-
tringem apenas à área de alimentos. O desenvolvimento de programas de Boas
Práticas começou no século XIX, na indústria farmacêutica dos EUA. Somente
na década de 1960, a partir de uma iniciativa conjunta entre a Aeronáutica e
a NASA, é que os laboratórios do Exército dos Estados Unidos e a companhia
de alimentos Pillsbury iniciaram sua aplicação na produção de alimentos com
requerimento de “zero defeito”, destinados aos programas espaciais da NASA.
A partir dos resultados obtidos, a OMS (Organização Mundial de Saúde) e o
Para saber mais a respeito
do botulismo, acesse o site FDA (órgão americano regulador da comercialização de alimentos), preocupa-
<http://www.youtube.com/ dos principalmente com os casos de botulismo em conservas ácidas, passaram
watch?v=qVn1CXleIFE>.
VERSÃO DO PROFESSOR
a recomendar a adoção das Boas Práticas nas indústrias de alimentos.
• Agricultura e pecuária
• Indústria
• Fornecedores de insumos
• Distribuição e comercialização
• Prédio (indústria)
• Equipamentos e utensílios
Revisão
• Manipuladores (pessoal)
• Armazenamento e transporte
VERSÃO DO PROFESSOR
Figura 6.1: Vista aérea de indústria em local ideal para instalação
Fonte: <http://www.opresenterural.com.br/files/1234793596frigorifico_de_suinos_(2).jpg>. Acesso em: 26 nov. 2012.
Através da Figura 6.1 é possível visualizar uma área e localização ideal para
indústria de alimentos.
Estamos dando uma atenção especial a esse ponto, pois um prédio, quando
não é bem dimensionado, pode se constituir em um fator de risco de conta-
minação dos alimentos.
Revisão
Uma estrutura ideal para processamento de alimentos deve conter, no mínimo,
4 áreas bem definidas: a plataforma de recepção da matéria-prima, a sala de
processamento, a sala de envase e a sala de armazenagem.
Caro aluno, atente para essa informação, pois a indústria de alimentos, além
de necessariamente ter esses 4 setores, devem estar na ordem que foi men-
cionada, ou seja:
Mas por que os funcionários de uma área não podem ir para outra?
VERSÃO DO PROFESSOR
as matérias-primas sofrem transformações, passando por processos como
descasque, fracionamento e outros, deixando-as sem nenhuma proteção e
expostas a qualquer tipo de contato por manipuladores ou equipamentos.
Além dessa setorização que acabamos de estudar, alguns outros pontos devem
ser levados em consideração, facilitando assim a higienização do ambiente, e
consequentemente, favorecendo a qualidade final do alimento processado. Esses
pontos estão a seguir descritos, e ilustrados na Figura 6.3. Vejamos alguns deles:
• O teto deverá ser em laje rebocada, nivelada com massa corrida e pinta-
da com tinta lavável ou com forro PVC claro. Dessa forma, ele apresenta-
Revisão
rá uma superfície lisa e lavável, atendendo, assim, uma das exigências da
legislação sanitária vigente.
Além disso, a disposição dos equipamentos não pode permitir fluxo cruzado ou
contrafluxo. Um exemplo é o produto acabado e/ou aquele em processamento,
cruzando pela matéria-prima.
É necessário também que haja ventilação suficiente nesse espaço para que
seja garantida a renovação periódica do ar interno das salas, deixando-as livres
de gases, fumaças e vapores de condensação. Outro fator de destaque para
a ventilação de ambientes é assegurar que ela promova o conforto térmico.
VERSÃO DO PROFESSOR
Através dessa Figura 6.3, podemos visualizar um ambiente totalmente dentro
das normas estabelecidas pelas Boas Práticas de Fabricação e que estudamos
ao longo da nossa aula. Ou seja, o piso em cerâmica, permite uma fácil e cor-
reta sanitização, além de ser antiderrapante e impermeável. As lâmpadas estão
com proteção contra quebra e as paredes são lisas e de cor clara. Além disso,
todos os equipamentos e materiais são em aço inoxidável, o que permite uma
ótima higienização dos mesmos, e ainda evita qualquer risco de contaminação
cruzada dos alimentos manipulados.
a) Teto:
Revisão
b) Piso:
c) Paredes:
d) Portas:
e) Janelas:
VERSÃO DO PROFESSOR
Figura 6.5: Utensílio poroso não aconselhável em indústrias de alimentos
Fonte: <http://1.bp.blogspot.com/-D-BPgzYfZGE/TqWODgFzF4I/AAAAAAAAAeg/ tg0HuedUKFU/s1600/o-reino-da-colher-
-de-pau.jpg>. Acesso em: 26 nov. 2012.
6.5 Manipuladores
Como você viu os equipamentos e utensílios oferecem perigos químicos, físicos
e microbiológicos aos alimentos, quando não forem produzidos com material
adequado a linha de produção ou até mesmo quando não forem bem higieni-
zados após a sua utilização. Porém, devemos considerar que de nada adianta
termos equipamentos e utensílios bem higienizados e construídos com materiais
corretos, se os manipuladores que os utilizam não tiverem certos cuidados.
Revisão
Os manipuladores são o principal ponto de controle quando se deseja evitar a
contaminação dos alimentos.
• Comportamento
a) Higiene pessoal
A higiene pessoal não deve ser entendida como obrigação, e sim um hábito
indispensável não só para preservar a inocuidade dos alimentos, mas também
para garantir uma condição essencial à qualidade de vida. Um bom exemplo
é o hábito de tomar banho e escovar os dentes diariamente. Essa prática não
é apenas uma rotina pela qual os manipuladores de alimentos devem passar,
mas, sim, uma necessidade de o homem manter condições mínimas de higiene
que lhe propiciem qualidade de vida (FAO, 1997).
VERSÃO DO PROFESSOR
Revisão
Figura 6.6: Hábitos de higiene pessoal indispensáveis a manipuladores de alimentos.
VERSÃO DO PROFESSOR
Figura 6.8: Lavagem de luvas em bom estado de conservação
Fonte: <jararaca.ufsm.br/websites/departamen/download/.../BPF_UFSM.pdf>. Acesso em: 6 ago. 2012.
Revisão
Figura 6.9: Sanitização de luvas
Fonte: <jararaca.ufsm.br/websites/departamen/download/.../BPF_UFSM.pdf>. Acesso em: 6 ago. 2012.
O cuidado com a higienização das mãos (ver Figura 6.11) merece uma atenção
especial, já que são elas a parte do corpo que mais entram em contato com
os alimentos, ou seja, representam maior potencial de contaminação química
e microbiológica durante a manipulação dos alimentos.
• Treinamento
• Higiene no trabalho.
• Melhor produtividade.
2. Quais os cuidados que devem ser tomados com as luvas utilizadas pelos
manipuladores de alimentos?
VERSÃO DO PROFESSOR
Uma limpeza bem realizada é responsável pela remoção de até 99% das su-
jidades, sendo os microrganismos, o 1% restante. São exatamente eles os
grandes responsáveis pelas alterações nos alimentos e causadores de doen-
ças, merecendo, assim, uma atenção especial. Como vimos na nossa Aula 3
(Detergentes e métodos de limpeza), a operação realizada com o objetivo
de eliminar sujidades orgânicas é a limpeza e como vimos na nossa Aula 4
(Sanitizantes e métodos de sanitização) a operação com o objetivo de
eliminar os microrganismos presentes é a sanitização.
VERSÃO DO PROFESSOR
Figura 6.12: Higienização manual com uso de aspersores
Fonte: <http://cleanlinehigieneprof.blogspot.com.br/2011_05_01_archive.html>. Acesso em: 26 nov. 2012.
a) Baratas
b) Moscas
As moscas (Figura 6.14) são um dos vetores mais presentes nas indústrias
de alimentos, sendo responsáveis pela transmissão de várias doenças, como
salmonelose, febre tifoide, poliomielite, cólera e outras.
c) Roedores
VERSÃO DO PROFESSOR
Os roedores participam comprovadamente na transmissão de 32 doenças ao
homem, entre as quais a peste bubônica, tuberculose, tifo, raiva, leptospirose,
sarnas, piolho, entre outras.
d) Pássaros
Como você viu, estudamos algumas das principais pragas que devem ser com-
batidas na agroindústria e nos arredores desta. Mas como podemos prevenir
a presença dessas pragas?
Na Figura 6.15, você pode ver alguns exemplos de condições ideais para o
desenvolvimento de pragas e vetores.
Revisão
VERSÃO DO PROFESSOR
VERSÃO DO PROFESSOR
6.9 Armazenamento e transporte
A agroindústria deve ter bem claro que a marca do produto é sua e não de um
distribuidor. Por isso, deve-se ter controle das condições higiênico-sanitárias
de todos os locais e veículos envolvidos com transporte e armazenamento dos
alimentos.
d) Adotar o Programa PEPS (Primeiro que Entra é o Primeiro que Sai). Isso
significa que a ordem de saída dos produtos no armazenamento deverá
obedecer à ordem de entrada, levando em consideração que o produto
esteja disponível no mercado com o maior tempo de validade possível.
Revisão
Com relação aos veículos que os alimentos serão distribuídos, eles devem ater
às seguintes normas:
VERSÃO DO PROFESSOR
f) Produtos alimentares não devem ser transportados com produtos tóxicos.
Revisão
Figura 6.17: Carregamento incorreto de produtos alimentícios
Fonte: <http://www.jornalnh.com.br/policia/294168/caminhao-e-flagrado-transportando-produtos-quimicos-e-alimentos-
-na-br-116.html>. Acesso em: 17 dez. 2012.
1. Cite cinco exemplos de medidas que podem ser tomadas para evitar a
presença de pragas e vetores na agroindústria.
Resumo
VERSÃO DO PROFESSOR
VERSÃO DO PROFESSOR
Revisão
Objetivos
Revisão
Aula 7 – Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) 107 e-Tec Brasil
Os agricultores e as pessoas encarregadas do manuseio e distribuição, inclusive
o consumidor, devem possuir toda a informação necessária sobre o alimento
e os procedimentos relacionados com o mesmo, pois somente assim poderão
identificar o lugar onde a contaminação pode ocorrer e a maneira pela qual
seria possível evitá-la.
VERSÃO DO PROFESSOR
todas as etapas de processamento e desenvolvimento de alimentos, desde o
campo até o consumidor final.
Ponto de Controle (PC) = São pontos ou etapas que afetam a segurança, mas
controlados prioritariamente por programas de pré-requisitos (BPF e PPHO).
Aula 7 – Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) 109 e-Tec Brasil
Os perigos alimentares são classificados, conforme sua natureza, em biológico,
químico e físico.
O critério para inclusão de perigos na lista dos PCC exige que os mesmos sejam
de tal natureza que sua prevenção, eliminação ou redução em níveis aceitáveis
seja essencial para a produção de alimentos seguros.
VERSÃO DO PROFESSOR
o diagrama representado na Figura 7.1.
Não Sim
Figura 7.1: Diagrama empregado na análise de inclusão de perigos na lista de críticos (PC)
Para auxiliar essa análise, deve ser empregada a Árvore Decisória para Identi-
Árvore Decisória
ficação Lógica do PCC, representada na Figura 7.2. Trata-se de uma sequência A árvore decisória deve ser
lógica de questões que auxiliam na identificação de um PCC. usada como orientação para
determinar os PCC e sua
aplicação deve ser flexível,
considerando se a operação
O perigo é controlado pelo está relacionada à produção,
programa de pré-requisitos? ao abate, ao processamento, ao
armazenamento, à distribuição
Não ou outro fim.
Sim
Sim
Sim
Não
O controle destas etapas é
Esta etapa elimina ou reduz
necessário para a
o perigo a níveis aceitáveis?
segurança?
Sim
*Avaliar e considerar se vale a pena incluir seu controle no resumo do plano, como um PC
Aula 7 – Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) 111 e-Tec Brasil
Se nós formos avaliar qualquer linha de produção de alimentos, veremos que
todas as etapas são passíveis de apresentar perigo de contaminação física,
química ou biológica e, é justamente por isso que a implantação das “Boas
Práticas de Fabricação” é pré-requisito para alcançar a eficiência no controle
de qualidade dos produtos elaborados em qualquer linha de processamento,
independentemente do tamanho da agroindústria.
Quando o perigo existe, mas o risco de ocorrer é improvável, ele pode ser
considerado como um Ponto de Controle e não um Ponto Crítico de Controle.
VERSÃO DO PROFESSOR
Cada medida preventiva deve estar associada a limites críticos de controle.
Limites críticos podem ser considerados fronteiras de segurança para que cada
PCC possa variar sem ser perdido o controle sob a segurança do alimento.
Quando se fala em variação, entende-se uma faixa com a qual o processo está
em conformidade.
76,5
Não Conformidade
76 Limite
Superior
75,5
Conformidade
75 Média
74,5
Limite
74
Inferior
VERSÃO DO PROFESSOR
73,5
Não Conformidade
73
72,5
1 2 3 4 5 6 7 8
hora
Aula 7 – Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) 113 e-Tec Brasil
7.2.6 Estabelecer um sistema de verificação
A indústria deve verificar periodicamente seu plano de APPCC, seja através de
processo técnico-científico ou por validações de seus documentos.
VERSÃO DO PROFESSOR
2. O que é carta de controle?
Resumo
Atividade de aprendizagem
Revisão
1. Explique em que consiste o APPCC.
Objetivos
Revisão
VERSÃO DO PROFESSOR
rações tecnológicas dos processos industriais.
• PPHO 9 – Registros.
BPF PPHO
APPCC
1. O que é PPHO?
VERSÃO DO PROFESSOR
segurança do trabalho constituem duas atividades intimamente relacionadas,
buscando garantir condições pessoais e materiais de trabalho capazes de
manter certo nível de saúde dos empregados.
• Revisão de extintores
• Chaves de segurança
a) Risco de acidente
b) Risco ergonômico
c) Risco físico
d) Risco biológico
VERSÃO DO PROFESSOR
Consideram-se agentes de risco biológico as bactérias, vírus, fungos, parasitas,
entre outros.
e) Risco químico
• Proteção auditiva
VERSÃO DO PROFESSOR
Figuras 8.4: Protetores auriculares
Fonte: <http://www.superepi.com.br/protetor-auditivo-3m-1436-tipo-abafador-18db-p278/>; <http://elastobor.com.br/
imagens/produto/alta/16034_P.Oricular_c.jpg>. Acesso em: 17 abr. 2013.
Luvas e/ou mangas de proteção nas atividades em que haja perigo de lesões
provocadas por:
VERSÃO DO PROFESSOR
VERSÃO DO PROFESSOR
a) botas impermeáveis e com estrias no solado para trabalhos em terrenos
úmidos, lamacentos, encharcados ou com dejetos de animais;
b) botas com biqueira reforçada para trabalhos em que haja perigo de que-
da de materiais, objetos pesados e pisões de animais;
Revisão
4. Pesquise quais os EPIs devem ser utilizados numa indústria abatedoura de frango.
VERSÃO DO PROFESSOR
6. Extensão do Programa de Segurança fora da companhia.
1. O que é CIPA?