Parte Teórica

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Slide 1 [Apresentação, formalidades]

Slide 2 Índice [explicar brevemente o que vai abordar com suporte do


smartart]

Slide 3 Introdução
[Apresentação, formalidades]
A cirrose hepática, também conhecida apenas por cirrose, é o estágio final
da doença hepática crónica (DHC), definida histologicamente por fibrose
hepática difusa, que é caracterizada pela substituição da estrutura normal
do parênquima hepático por nódulos de regeneração.
A cirrose pode ser causada por inúmeros fatores, apesar dos vírus das
hepatites B e C e o alcoolismo tomarem o protagonismo na sua origem. É
ainda uma doença que merece a sua devida atenção por parte da população
dado que afeta funções essências do fígado como processamento de
nutrientes, a produção de proteínas e da bile, desempenhando um papel
essencial na digestão. Destaca-se que a cirrose pode inclusive levar à
falência completa do órgão.
Esta doença advém precisamente da inflamação persistente do fígado por
um longo período de tempo, sendo esta inflamação designada hepatite
crónica. Devido a esta mesma inflamação vai haver uma substituição
progressiva do tecido normal do fígado por fibroses que se originam pela
formação de tecido conjuntivo como parte de um processo cicatrização.

Slide 4 [Diagnóstico]
Apesar da palavra cirrose por si só ser um termo histológico, a combinação
de fatores clínicos, laboratoriais e imagiológicos (como por exemplo,
exames de sangue ou ecografias) permite, na
maioria dos casos, alcançar o diagnóstico da cirrose em conjunto com a
avaliação do médico, sem que haja a
necessidade de efetuar biopsia hepática no utente, visto que é um processo
mais invasivo.
Por isso mesmo, só se recorre à biópsia hepática quando há dúvidas no
diagnóstico da doença.

Slide 5 [Células do Fígado Saudável]


As células do fígado saudável são células epiteliais que têm forma
cuboidal e designam-se hepatócitos. Os hepatócitos arrumam-se em
estruturas hexagonais, sendo que cada uma destas estruturas é envolvida
por tecido conjuntivo, dado que os tecidos epiteliais têm que ter sempre
tecido conjuntivo associado.
A degradação das células cuboidais faz com que o tecido conjuntivo
inflame, pois, as células cuboidais começam a morrer e o tecido conjuntivo
ocupa o espaço das mesmas, crescendo muito.
[explicar estruturas numeradas- imagem muito boa do fígado saudável
observar-se sinusoides, estruturas que aparecem no aspeto normal do
fígado.
[explicação hepatócitos] Os hepatócitos, dispõem-se em fila, como placas
orientadas radialmente e organizadas no lóbulo hepático, entre as placas
de hepatócitos situam-se capilares, designados por sinusoide.
A regeneração do fígado é possível até um certo ponto, pois este é um
órgão com muita atividade em que apenas uma pequena porção é
suficiente para a sua regeneração.
Quando se realiza uma biopsia e quando se retira uma amostra normal de
fígado, esta tem que ter a estrutura hexagonal com pouco tecido
conjuntivo; quando se começa a ver muito tecido conjuntivo perde-se o
arranjo muito organizado (hexagonal), havendo assim um grande
crescimento do tecido conjuntivo. Isto significa que o fígado não está a
funcionar corretamente.
Slide 6
Progressão da DHC para CH: é variável, desde semanas (em
doentes com obstrução biliar completa) a décadas (em doen-
tes com hepatite C crónica)
A esteatose é o acúmulo de gordura no fígado ("fígado gorduroso"). A
estetaohepatite é a evolução da esteatose, o organismo desencadeia uma
inflamação nos hepatócitos (células do fígado). Dependendo da intensidade
desta inflamação a doença pode evoluir para fibrose (formação de cicatrizes
no fígado) e ao longo do tempo desenvolver cirrose e cancer de fígado.
Já na fase cirrótico podemos observar um aumento de tecido conjuntivo
relativamente às fases anteriores, porém explicaremos melhor a cirrose
adiante.
É importante relembra que nem sempre o fígado gordo evolui até à
cirrose, pode haver fase regressiva na esteatose e estetaohepatite (quando
está em cirrose já não pode haver fase regressiva).

Slide 7
Os hepatócitos duram cerca de 150 dias, mas, em caso de lesão, proliferam
intensamente, regenerando o órgão.
Há uma necrose hepatocelular de longa duração, e o processo inflamatório
estimula a secreção de fatores de crescimento pelas células recrutadas na
resposta inflamatória, neste caso, pelos hepatócitos. Esses fatores induzem
a diferenciação as células estreladas hepáticas em miofibroblastos, os quais
produzem colágeno do tipo I, o que leva ao aumento de tecido conjuntivo.
O fígado exibe nódulos de hepatócitos regenerados separados por feixes de
fibras colágenas ou fibroses. Essa fibrose desorganiza a arquitetura
hepática e pode obstruir o fluxo sanguíneo no sistema portal, gerando
hipertensão portal.
Slide 8:
Na figura 5 visualiza-se a disformidade das placas dos hepatócitos como a
estrutura da veia central.

Slide 9
Por fim, vamos comparar o fígado saudável e um cirrótico.
No fígado saudável o seu tecido hepático apresenta estruturas como lóbulo
hepático, a veia hepática e (espaço porta?)
Já no fígado cirrótico as estruturas anteriores já não se verificam, pelo
contrário analisa-se a tomada de espaço pelo tecido conjuntivo e os
nódulos regenerativos deformando todo o tecido hepático.

Conclusão:
Concluindo, a cirrose representa um estágio terminal da doença hepática,
onde a utilização da histologia na deteção é importante, pois apesar dos
avanços tecnológicos e o surgimento de técnicas avançadas de imagem e
biologia molecular, muitas vezes análise morfológica do tecido hepático
ainda é fundamental e pertinente ao tratamento de doenças do fígado.
A decisão pertinente ao tratamento de doenças do fígado ainda depende
da análise morfológica do tecido hepático.
Ao longo da nossa apresentação foi referido através da biopsia do fígado,
em que a histologia é aplicada, são obtidas informações sobre a integridade
estrutural, o tipo e grau de injúria e a resposta do organismo á injúria, sendo
necessário para isso além da morfologia convencional, técnicas especiais de
coloração.
Com isso, a avaliação da histologia faculta informações que dão a base à
extensão da doença e à monitorização do tratamento, incluindo
transplante, onde o tratamento da cirrose pode ajudar a retardar o
aparecimento das complicações da doença e proporcionar maior tempo de
sobrevida, que é o tempo que o paciente sobrevive após o diagnóstico da
doença.
No caso de surgirem dúvidas, apresentam-nas um esclarecimento.
(fazer perguntas a turma)
1. Ao longo da apresentação referiram que o fígado tem capacidade de
regenerar, porque o fígado consegue regenerar tendo 1/4 da sua parte e
não consegue estando na fase da cirrose ?
R: Isso acontece porque o tempo de regeneração não é compensado pelas
agressões causadas, ou seja, não há tempo de se regenerar das agressões
antigas antes que sofra as novas.
O que não acontece depois do transplante, pois este regenera-se sem
agressões.
Damos assim a nossa apresentação por terminada, grata pela vossa
atenção.

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