Resumo Sobre Poder Constituinte e Poder de Reforma

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Poder político

Poder constituinte
O poder constituinte sempre existiu em todas as sociedades organizadas.
No entanto, a sua formulação teórica e vinculação com a noção moderna
de uma constituição é obra di PENSAMENTO ILUMINISTA.
DEFINIÇÃO:
• O poder constituinte é uma força pré-constitucional, capaz de, por
força de seu poder e de sua autoridade, elaborar uma nova
constituição;
• A NATUREZA do poder constituinte não se trata de um poder,
propriamente, jurídico, se trata de um PODER POLÍTICO, pré-
juridico e extrajurídico;
• O poder constituinte é uma potência, uma força em virtude da qual
determinada sociedade se dá uma nova constituição e, com isso
(re)cria e/ou modifica a estrutura jurídica e política da sociedade;
• É uma manifestação soberana, sendo um poder histórico, um poder
de fato, que, embora tenha uma relevância jurídica, NÃO pode ser
definido como um poder jurídico;
Inicial e anterior/ autônomo e exclusivo/ ilimitado,
Características do poder constituinte: incondicionado e superior/ permanente e inalienável
1. É inicial e anterior – por ser o marco inicial de uma nova ordem
jurídica;
2. É autônomo e exclusivo – pois não se concebe a existência de
dois poderes constituintes no âmbito de uma mesma comunidade;
3. É superior, judicialmente ilimitado e incondicionado – pois a
ordem jurídica anterior não pode interferir;
4. É permanente e inalienável;

PERMANENTE INALIENÁVEL
Pois NÃO desaparece após a Pode se manifestar a
entrada da nova qualquer momento, uma
constituição em vigor; vez que o POVO sempre
ademais, diferentemente da decide sobre a
Assembleia Constituinte, sua MANUTENÇÃO, ALTERAÇÃO
atuação não se exaure com E SUBSTITUIÇÃO de
a promulgação da determinada ordem
constituição, seu poder constitucional
segue presente, EM ESTADO
LATENTE – não tem caráter
provisório e eventual.

Os titulares do poder constituinte: O povo é o titular do poder constituinte- soberania popular.


O titular do poder constituinte é o povo, devido a concepção vinculada à
soberania popular, que passa a operar como FUNDAMENTO DE
LEGITIMIDADE DO PRÓPRIO EXERCÍCIO DO PODER CONSTITUINTE.
ATENÇÃO
IDENTIFICAÇÃO, DO POVO, POLÍTICA E JURÍDICA DEPENDE
DO MOMENTO HISTÓRICO.

A identificação do povo, contudo, DEPENDE da concepção jurídica e


política predominante em determinado momento histórico.
AS FORMAS DEMOCRÁTICAS DE EXERCÍCIO DO PODER
CONSTITUINTE
1. Assembleia constituinte SOBERANA E EXCLUSIVA: Sem o povo
É um órgão eleito com a finalidade de elaborar e aprovar a constituição Elabora e
aprova a
Não possui a participação do povo constituição
Se desfaz após a promulgação da constituição Se dissolve
2. Congresso Constituinte:
É um órgão eleito com a finalidade de elaborar e aprovar a constituição Nao se
Acumula as atribuições do Poder Legislativo dissolve
Continua operando as atribuições legislativas mesmo após o término dos Elabora
aprova a
e

trabalhos constituintes como Congresso constituição


AS FORMAS DE MANIFESTAÇÃO DO PODER CONSTITUINTE:
No Brasil a tradição se inicia com a instauração de Congressos
Constituintes Tradição nos Congressos Constituintes
As Assembleias Constituintes Soberanas – prescinde(dispensa) a
ratificação popular do texto elaborado pela Assembleia. ATENÇÃO
AS FORMAS NÃO DEMOCRÁTICAS DE EXERCÍCIO DE PODER
CONSTITUCIONAL: Ditaduras
Outorga da constituição por parte de um DITADOR, determinado grupo
assume o poder político.
Exemplos: Constituições de 1824/1937/ 1967.
A REVOLUÇÃO COMO FORMA DE MANIFESTAÇÃO DO PODER
CONSTITUINTE: Revoluções
A Revolução Francesa e a Revolução Russa
As decisões pré-constituintes: decisões políticas no sentido da elaboração
Leis
de uma nova Constituição, COMO a edição de leis constitucionais de constitucionais
CARÁTER PROVISÓRIO, que, além de REGULAREM em caráter precário a de caráter
provisório
organização do exercício de poder, BUSCAM ESTABELECER OS
CONTORNOS DO REGRAMENTO JURÍDICO do processo constituinte.
LIMITES E CONDICIONAMENTOS DO PODER CONSTITUINTE
Emmanuel Sieyès
O poder constituinte seria condicionado APENAS pelo direito natural e,
portanto, seria um poder ONIPOTENTE. Concepção antiga
ENTRETANTO, ATUALMENTE ESSA COMPREENSÃO NÃO É MAIS
VÁLIDA. Concepção atual CONDICIONANTES
Realidade
Atualmente o exercício do poder constituinte é visto cimo CONDICIONADO fática +
TANTO PELA REALIDADE FÁTICA QUANTO POR DETERMINADOS valores
VALORES CIVILIZATÓRIOS. O PODER CONSTITUINTE NÃO É,POR INTERIRO, ILIMITADO civilizatorios
O poder constituinte não é, por inteiro, um poder ILIMITADO, é possível
falar de CONDICIONAMENTOS de caráter pré constituinte e pós
constituinte:
Condicionamentos PRÉ-CONSTITUINTES: ato convocativo da Assembleia Constituinte, o processo
de escolha dos membros constituintes e o próprio procedimento de deliberação. Se trata de
normas que DISCIPLINAMOI PROCEDIMENTO E A PARTICIPAÇÃO DO TEXTO CONSTITUCIONAL, MAS
que são resultados da própria atuação do poder constituinte no plano de sua AUTORREGULAÇÃO

Condicionamentos PÓS CONSTITUINTE: a eventual ratificação popular da constituição.

O poder constituinte não necessariamente se encontra vinculado a


uma tradição constituição

Atenção!!!
A partir do estabelecimento de uma primeira constituição formal,
determinado Estado costuma ter MAIS DE UMA CONSTITUIÇÃO, de modo
que se justifica a indagação em torno da circunstância de que O NOVO
CONSTITUINTE ENCONTRA-SE VINCULADO A DETERMINADA
TRADIÇÃO CONSTITUCIONAL?
NÃO, segundoVirgilio, mas CASO a nova constituição QUEIRA ser
vinculada, tradicionalmente, a anterior, não há problemas.

Poder de reforma da constituição PODER JURÍDICO

O poder reformador é UM PODER JURÍDICO, isso porque assume uma


feição de uma COMPETÊNCIA, estando assim, juridicamente vinculado às
normas de competência, organização e procedimento ditados pelo poder
constituinte
SEGUNDO A POSIÇÃO MAJORITÁRIA DA DOUTRINA: “Reforma da
constituição” designa o GÊNERO, enquanto que “revisão” e “emenda” se
referem a MANIFESTAÇÕES particulares à reforma.
Revisão Constitucional:constitui MODIFICAÇÃO relativamente AMPLA do
texto constitucional. Revisão- modificação relativamente AMPLA

Emenda Constitucional: destina-se, em regra, a AJUSTES E ALTERAÇÕES


de natureza MAIS ESPECÍFICA. Emenda- AJUSTES E ALTERAÇÕES ESPECÍFICAS

OS LIMITES DA REFORMA CONSTITUCIONAL DA CONSTITUIÇÃO DE


1988: Limites: formais/ circunstanciais/ temporais/ materiais EXPLÍCITOS E IMPLÍCITOS
1. Limites formais
2. Limites circunstâncias – tais como estado de sítio e estado de defesa
3. Limites temporais Cláusulas pétreas e princípios fundamentais

4. Limites materiais explícitos – tais comi as cláusulas pétreas


5. Limites materiais implícitos – os princípios fundamentais – o poder
de reforma NÃO pode alterar as normas que definem o limite de sua
competência ( uma vez que os princípios fundamentais, que constam
no preâmbulo da constituição, delimitam a própria.).
A controvérsia em torno dos direitos fundamentais como limites materiais
ao poder de reforma:
Tais direitos são contemplados com a proteção inerente às cláusulas
pétreas? Direitos fundamentais
Segundo Virgilio, eles NÃO PODEM SER ABOLIDOS, MAS PODEM SER
RESTRINGIDOS EM PROL DOS DIREITOS COLETIVOS.
Assim, podem ser alterados desde que se mantenha o instituto. Não pode,
portanto, desfigurar a Federação.
Inicialmente, convém registrar que NÃO apenas os direitos e garantias
fundamentais, mas também os direitos dispersos no texto constitucional
ENCONTRAM-SE BLINDADOS ( em face di poder de reforma).
Interpretação restritiva: sustenta que APENAS OS DIREITOS E DEVERES
INDIVIDUAIS E COLETIVOS se encontram no rol das cláusulas pétreas.
Interpretação sistemática: um vez que no preâmbulo da CF encontra-se
Bem como no
preâmbulo da explícita a garantia dos direitos individuais e sociais, da igualdade e da
CF justiça CONSTITUI objetivo PERMANENTE do Estado brasileiro cumpri-
los.
Ademais, a CF CONSAGRA a ideia de que constituímos um Estado
Democrático e Social de direito, que transparece em boa parte dos
princípios fundamentais.
ATENÇÃO: Todos os direitos fundamentais presentes na CF, são, em
última instância, direitos de titularidade individual, ainda que alguns sejam
de expressão coletiva d sem prejuízo de uma correlata dimensão
transindividual.
Interpretação intermediária: SOMENTE os direitos materialmente
fundamentais (aqueles vinculados aos princípios da dignidade humana, da
igualdade, da liberdade e da democracia) SERIAM CLÁUSULAS PÉTREAS.
Entretanto, faz-se necessário questionar a possibilidade de qualquer um
dos poderes constituídos decidir qual direito é ou não formal ou
materialmente fundamental. ISSO PODERIA IMPORTAR em afronte à
vontade do poder constituinte, que detém o privilégio de deliberar sobre
tal matéria e que expressamente incluiu todas as categorias de direitos no
título II da CF.
O problema dos direitos fundamentais inseridos mediante emenda
Conflito constitucional: Distingue-se os direitos fundamentais originários de
Originários x direitos fundamentais criados por emendas constitucionais. O que permite
emendas
o questionamento sobre a DIVISÃO DOS DIREITOS EM DUAS CLASSES:
1. Sujeita a um REGIME DE PROTEÇÃO REFORÇADA; Seriam os originários
2. Disponível ao poder de reforma constitucional; Seriam os de emendas
Direitos fundamentais consagrados em tratados internacionais integram os
limites materiais de reforma? Se nao estiverem integrados ao texto constitucional eles são supralegais
Enquanto NÃO incorporado ao texto constitucional os direitos consagrados
em tratados internacionais,EMBORA INTEGREM A ORDEM JURÍDICA
INTERNA, NÃO CONSTITUEM DIREITO CONSTITUCIONAL EM
SENTIDO FORMAL. SENDO DIREITOS SUPRALEGAIS, SEGUNDO O STF.
Se o tratado for APROVADO CONFORME O DISPOSTO NO ART. 5º,§3º,
CF, ENTÃO IS DIREITOS NELE CONTIDOS PASSAM A SER PROTEGIDOS
COMO CLÁUSULAS PÉTREAS. Se aprovado pelo art 5 §3, sao protegidos como cláusulas pétreas
Alcance de proteção com base nas cláusulas pétreas: proibição de abolição
e de afetação do núcleo essencial, mas não vedação de toda e qualquer
restrição.
No direito constitucional brasileiro as CLÁUSULAS PÉTREAS NÃO
IMPLICAM EM ABSOLUTA IMUTABILIDADE DOS CONTEÚDOS POR
ELES ASSEGURADOS.

Cláusulas pétreas NÃO almejam a proteção dos DISPOSITIVOS, E SIM DOS PRINCIPIOS E
REGRAS NELES PLASMADOS

De acordo com a DOUTRINA MAJORITÁRIA as cláusulas pétreas NÃO


OBJETIVAM A PROTEÇÃO DOS DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS, em
si, MAS SIM DOS PRINCÍPIOS E REGRAS NELES PLASMADOS, não
podendo eles serem esvaziados por uma reforma constitucional. (As
Modificação no cláusulas pétreas protegem os princípios não os dispositivos).
DISPOSITIVO ATENÇÃO As modificações no enunciado
NÃO É
INCONSTITUCI Uma mera modificação no enunciado do dispositivo NÃO conduz, portanto,
ONALIDADE necessariamente em uma INCONSTITUCIONALIDADE, desde que SE
DESDE QUE O
PRINCÍPIO PRESERVE O SENTIDO DO PRECEITO E NÃO AFETE A ESSÊNCIA DO
NAO SE PRINCÍPIO, objeto da proteção.
ALTERE
OBS: SE UM DIREITO FUNDAMENTAL PODE SER OBJETO DE
RESTRIÇÕES POR LEI, RESULTA DIFÍCIL ACEITAR A TESE DE QUE O
LEGISLADOR REFORMADOR NÃO POSSA, MEDIANTE EMENDA À
CONSTITUIÇÃO, IMPOR ALGUMA RESTRIÇÃO AOS CONTEÚDOS
PROTEGIDOS MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL
Mutação constitucional e suas formas de manifestação:
DEFINIÇÃO : Consiste na modificação do conteúdo das normas
Modifica o constitucionais SEM A ALTERAÇÃO DO TEXTO CONSTITUCIONAL.
conteúdo
não modifica MODOS DE MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL
o texto 1. A mutação por meio da INTERPRETAÇÃO
Altera o SIGNIFICADO constitucional, mas NÃO ALTERA A
ESTRUTURA TEXTUAL. Muda o SIGNIFICADO não a ESTRUTURA DO TEXTO
Mutação de
interpretação Exemplos: a jurisprudência decorrente do New Deal – passa a admitir
um conjunto de leis trabalhistas e sociais.
A reconstrução do princípio da igualdade – antes havia o princípio
“iguais, mas separados”, que foi substituído pela inconstitucionalidade
da segregação racial.
NO BRASIL: Exegese realizada pelo STF do dispositivo constitucional
que trata da união estável entre homens e mulheres foi estendido às
Mutação devido pessoas de mesmo sexo.
COSTUME 2. Mutação mediante o costume constitucional
CONSTITUCIONAL
Aprovação se projeto de lei mediante ACORDO DE LIDERANÇAS
PARTIDÁRIAS no congresso. Isso porque há a possibilidade de o Chefe do
Executivo NEGAR aplicação à lei manifestadamente inconstitucional.
ATENÇÃO! NÃO ENTENDI BEM ESSE TÓPICO
Interpretação
3. Mutação constitucional por interpretação da constituição conforme à
conforme a lei Lei. O próprio legislador interpreta a lei, e ganha força mediante ressonância no judiciário
Ao regular as situações da vida, o legislador poderá estar fluindo no
próprio sentido do texto constitucional por ele regulamentado,
especialmente quando a nova interpretação legislativa encontra
ressonância no judiciário.
LIMITE DA MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL
Mutação inconstitucional: VIOLA O SENTIDO LITERAL DA CONSTITUIÇÃO ESCRITA
A mutação constitucional poderá eventualmente ocorrer de modo a
VIOLAR O SENTIDO LITERAL DA CONSTITUIÇÃO ESCRITA. Por meio
de: Mutações ilegítimas ou inconstitucionais.
Tanto pela interpretação judicial, quanto pela atuação do legislador
infraconstitucional e por meio de costume
❖ MUTAÇÃO INCONSTITUCIONAL
A MUTAÇÃO É LEGÍTIMA quando É CONSTITUCIONAL, ou seja, quando
há o respeito ao texto constitucional.
A MUTAÇÃO POR MEIO DA INTERPRETAÇÃO JUDICIAL: os limites da
interpretação são também os limites da própria mutação. Uma vez que,
como o poder constituído, o Poder Judiciário NÃO está autorizado a julgar
CONTRA disposição constitucional expressa.
OBS: O poder judiciário não pode julgar contra as disposições constitucionais expressas
Quando tais diretrizes, que buscam conciliar a mudança, portanto, uma
possível e mesmo desejável interpretação evolutiva, com necessária
estabilidade da constituição, tem sido observadas na prática da
jurisprudência constitucional com destaque no STF.

Das normas constitucionais


ASPECTOS TERMINOLÓGICOS:
1. PLANO DA EXISTÊNCIA OU VIGÊNCIA: Tem que ter AGENTE FORMA E OBJETO
Verifica-se a presença dos ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO ATO
NORMATIVO (agente, forma e objeto).
2. PLANO DA VALIDADE:O agente deve ser competente, a forma deve ser a prescrita em lei e o objeto
deve ser lícito
Verifica-se a conformação do ato normativo aos requisitos estabelecidos
pelo ordenamento jurídico (agente competente, forma prescrita em lei e
objeto lícito).
3. PLANO DA EFICÁCIA JURÍDICA E DA EFICÁCIA SOCIAL
(EFETIVIDADE):
A eficácia jurídica consiste na possibilidade ou aptidão da norma vigente
de ser aplicada e gerar efeitos jurídicos. Deve gerar efeitos jurídicos
EFICÁCIA A eficácia social significa aplicação da norma, a realização do direito no
mundo dos fatos, representando a aproximação entre o dever ser (da
norma) e o ser ( da realidade social ). O dever ser da norma deve se aproximar ao ser da realidade
social
CLASSIFICAÇÕES DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS À SUA
EFICÁCIA ADOTADA PELO BRASIL:
1. A posição clássica e sua gradual superação:
De 1891 à 1960 prevaleceu o entendimento de Ruy Barbosa sobre a
classificação das normas constitucionais.
a) NORMAS CONSTITUCIONAIS AUTOAPLICÁVEIS ( OU
AUTOEXECUTÁVEIS)
Seriam aquelas que ESTARIAM APTAS A GERAR SEUS EFEITOS
INDEPENDENTEMENTE DO LEGISLADOR, já que seu conteúdo se
encontra devidamente determinado.
Independente do legislador geram efeitos
b) NORMAS CONSTITUCIONAIS NÃO AUTOAPLICÁVEIS (OU NÃO
AUTOEXECUTÁVEIS): O legislador tem que atuar para que as normas produzam efeitos
São aquelas que REQUEREM UMA AÇÃO DO LEGISLADOR PARA
TORNAR EFETIVOS OS SEUS PRECEITOS.
CRÍTICA A ESSA POSIÇÃO CLÁSSICA DE RUY BARBOSA
Na verdade, NÃO HÁ, NUMA CONSTITUIÇÃO, NORMAS QUE TENHAM
CRÍTICA O VALOR DE MEROS CONSELHOS OU AVISOS, POIS TODAS TEM FORÇA
IMPERATIVA, LOGO SÃO TODAS AUTOAPLICÁVEIS.
2. CLASSIFICAÇÃO TRICOTÔMICA DA EFICÁCIA DAS NORMAS
CONSTITUCIONAIS.
Classificação que possui s maior adesão doutrinária, feita por José Afonso
da Silva.
a) NORMA CONSTITUCIONAL DE EFICÁCIA PLENA:
São dotadas de aplicabilidade DIRETA, IMEDIATA E INTEGRAL. Direta imediata e integral
NÃO dependem da atuação do legislador ordinário para que alcance sua
plena operabilidade.
b) NORMAS CONSTITUCIONAIS DE EFICÁCIA CONTIDA: São restringidas
Direta e imediata
São dotadas de aplicabilidade DIRETA E IMEDIATA.
MAS, o legislador pode RESTRINGIR SUA APLICAÇÃO.
c) NORMAS CONSTITUCIONAIS DE EFICÁCIA LIMITADA: Indireta e reduzida
Sem
Caracterizam-se pela sua aplicabilidade INDIRETA E REDUZIDA.
normatividad
NÃO recebeu do constituinte a NORMATIVIDADE SUFICIENTE PARA e suficiente
DESDE LOGO SEREM APLICÁVEIS E, POIS, CARECEM DE
INTERVENÇÃO LEGISLATIVA.
A NORMA CONSTITUCIONAL NO TEMPO
1. CONSTITUIÇÃO NOVA E O DIREITO CONSTITUCIONAL
ANTERIOR: Revogação global da constituição anterior
A entrada em vigor de uma nova constituição tem por efeito a revogação
global da constituição anterior, pois, uma ordem constitucional substitui
integralmente a precedente.
Nao sei
Exceção: CF DE 1988, ART. 34 DO ADCT.
2. A CONSTITUIÇÃO NOVA E O DIREITO INFRACONSTITUCIONAL
ANTERIOR:
As normas infraconstitucionais anteriores e conforme a constituição nova
seguem em vigor e as normas infraconstitucionais anteriores e contrárias
à constituição nova são revogadas.
OBS: As normas infraconstitucionais anteriores recepcionadas sujeitam-
se a um NOVO FUNDAMENTO DE VALIDADE, o que implica, as vezes, a
UMA RECRIAÇÃO DE SENTIDO.
A CONSTITUIÇÃO E AS RELAÇÕES COM O DIREITO ESTRANGEIRO E
INTERNACIONAL
1. RELAÇÃO ENTRE O DIREITO ESTRANGEIRO E A CONSTITUIÇÃO
a) QUANDO FOR O CASO DE APLICAÇÃO DE LEI ESTRANGEIRA:
O juiz de tribunal brasileiro deverá aplicá-la como fariam as autoridades
judiciarias do país de origem.
ATENÇÃO!
Se o ordenamento jurídico-constitucional estrangeiro admite a pronúncia
de INCONSTITUCIONALIDADE DE UMA LEI, o juiz brasileiro poderá fazê-
lo, deixando de aplicar, no caso concreto, a norma estrangeira
incompatível com a constituição estrangeira.
b) JUIZES E TRIBUNAIS DEVEM NEGAR APLICAÇÃO À NORMA
ESTRANGEIRA QUE ESTEJA EM DESACORDO COM A CF 88:
Isso ocorre devido ao fato de que as normas constitucionais SÃO TIDAS
COMO DE ORDEM PÚBLICA. Normas constitucionais como de ordem pública
2. O DIREITO INTERNACIONAL E A CF DE 88
a) TEORIA DO DUALISMO JURÍDICO
NÃO se pode falar propriamente em CONFLITO INTERNACIONAL, pois
SÃO ESFERAS QUE NÃO SE TOCAM, de tal sorte que o ato internacional
só OPERA EFEITOS SE INCORPORADOS EM ORDEM INTERNA.
b) TEORIA DO MONISMO JURÍDICO:
Sustenta que O DIREITO É UNITÁRIO, forma um todo sistêmico, de tal
sorte que TANTO O TEXTO DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
QUANTO O DIREITO INTERNO INTEGRAM O SISTEMA JURÍDICO.
OBS:A DOUTRINA BRASILEIRA MAJORITÁRIA SUSTENTA A TESE DO
MONISMO JURÍDICO, COM PRIMAZIA DO DIREITO INTERNACIONAL, OU
SEJA, DE QUE O TRATADO INTERNACIONAL PREVALECERIA SOBRE O
DIREITO INTERNO.
NO ENTANTO, A POSIÇÃO ADOTADA PELO STF, SITUA-SE NA LINHA
Dualismo DO QUE SE PODE DETERMINAR DE DUALISMO MODERADO, NO
moderado SENTIDO DE QUE EXISTE PARIDADE HIERÁRQUICA ENTRE OS
Paridade
infraconstitucio
TRATADOS INTERNACIONAIS REGULARMENTE RATIFICADOS PELO
nal BRASIL E A LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL.
EM 2004, COM A EMENDA CONSTITUCIONAL, O STF ALTEROU O SEU
POSICIONAMENTO E PASSOU A RECONHECER QUE O TRATADO DE
A hierarquia
supralegal dos
DIREITOS HUMANOS REGULARMENTE RATIFICADOS PELO BRASIL
direitos TÊM HIERARQUIA SUPRALEGAL, PREVALECENDO, PORTANTO, SOBRE
humanos QUALQUER ATO NORMATIVO INTERNO, MAS CEDENDO EM FACE DE
DISPOSIÇÃO CONSTITUCIONAL.
Questão de prova

NO QUE DIZ RESPEITO Á HIERARQUIA DOS TRATADOS EM RELAÇÃO


AO DIREITO INTERNO, OBEDECEM AS SEGUINTES DIRETRIZES:
Tratados em A. OS TRATADOS EM GERAL POSSUEM HIERARQUIA DE LEI
geral: paridade ORDINÁRIA, PREVALECENDO A TESE DA PARIDADE ENTRE
entre tratado e lei
TRATADO E LEI.
B. TODAVIA, HÁ HIPÓTESES NAS QUAIS NÃO SE APLICA A REGRA
GERAL DA PARIDADE:
1. OS TRATADOS INTERNACIONAIS EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA
PREVALECEM SOBRE AS LEIS art 98 CTN
2. OS TRATADOS EM MATÉRIA DE DIREITOS HUMANOS,
RATIFICADOS ANTES DA EC 45 E/OU NÃO APROVADOS PELO
RITO DO ART. 5º, §3º da CF, POSSUEM DE ACORDO COM A
Atenção ATUAL ORIENTAÇÃO DO STF, HIERARQUIA SUPRALEGAL.
3. OS TRATADOS EM MATÉRIA DE DIREITOS HUMANOS
APROVADOS PELO RITO QUALIFICATIVO ESTABELECIDO NO
ART. 5º, §3º da CF, SERÃO EQUIVALENTES AS EMENDAS
CONSTITUCIONAIS, DE TAL SORTE QUE TERÃO HIERARQUIA DE
DIREITO CONSTITUCIONAL DERIVADO.
Hierarquia de direito Questão de prova
constitucional derivado

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