Aula 5.4 IPv6 PDF
Aula 5.4 IPv6 PDF
Aula 5.4 IPv6 PDF
TEMA: IPv6
Grupo Docente:
Engº. Felizardo Munguambe
Engº. Délcio Chadreca
Tópicos da Aula
► Introdução ao IPv6;
► Endereçamento IPv6;
► Estrutura do pacote IPv6;
► Interoperabilidade entre IPv4 e IPv6;
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Introdução ao IPv6
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Limitantes do protocolo IPv4
O protocolo IPv4 revelou-se um protocolo robusto e de fácil
manuseamento, não tendo sofrido grandes alterações desde a sua
introdução em 1981. No entanto, não levou em consideração alguns
aspectos que mais tarde ou mais cedo irão limitar, senão inviabilizar a
sua utilização. De entre estes aspectos, destacam-se os seguintes:
• Espaço de endereçamento esgotado
• Simplificação de configuração
• Segurança
• Qualidade de serviço
• Formato do Cabeçalho
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Espaço de endereçamento esgotado – O IPv4 considera 32 bits de
endereço, o que permite gerar até 232 endereços distintos. Pouco mais do
que 4x109 endereços. Tendo em conta o rápido crescimento da Internet e o
consequente esgotamento causado pelo desperdício de endereços IP
decorrente do esquema de endereçamento hierárquico adoptado no IPv4. A
solução adoptada para viabilizar o uso do protocolo IPv4 foi a utilização de
NAT, que permite usar um único endereço público para vários endereços
privados. Entretanto o serviço NAT possui constrangimentos.
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• Simplificação de configuração – A configuração de um endereço
IPv4 numa máquina pode ser feita manualmente ou através de um
servidor DHCP existente na rede da máquina. Em ambos casos
torna-se necessária a intervenção de uma administrador de sistemas,
cuja tarefa torna-se mais complexa e trabalhosa com o aumento do
números de dispositivos.
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Introdução ao protocolo IPv6
Para superar as limitações do IPv4, no inico da década de 90 começaram
os trabalhos de criação do novo protocolo IP. Surgiu desta forma, o IP
da próxima geração (IPng – IP next generation), hoje conhecido por
IPv6. Principais características do IPv6:
• Maior espaço de endereçamento
• Configuração Simplificada
• Segurança
• Melhores Mecanismos de QoS
• Cabeçalho novo
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Maior espaço de endereçamento
Os endereços IPv6 têm 128 bits, que permitem gerar 2128 endereços,
aproximadamente 3,4x1038, o que corresponde a um espaço de
endereçamento que é 296 vezes do IPv4. Considerando a população total do
planeta que é aproximadamente 6,5x109, podemos dizer que cada um de nós
tem ao seu dispor cerca de 5x1028 endereços (com IPv4 temos um endereço
para cada 2 habitantes)! Por causa de questões de estruturação de endereços,
não teremos tantos endereços assim disponíveis, mas o número continua a ser
tão elevado que não iremos pensar em limitações de endereçamento nos
próximos séculos.
Adicionalmente, com a introdução do IPv6, haverá uma distribuição global de
endereços pelos usuários da Internet, uma resução das tabelas de
encaminhamento, como também vai facilitar a distribuição de endereços
pelos fornecedores de serviços. E com o IPv6 o NAT deixa de ser necessário.
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Configuração Simplificada
No IPv6 é possível haver autoconfiguração automática e dinâmica dos
dispositivos ligados a rede. Com a ploriferação do tipo de equipamentos
com necessidades de comunicação, quer fixos, quer móveis, a
autoconfiguração assume um papel fundamental. No caso do IPv6, a
autoconfiguração pode ser feita de duas formas:
• Sem registo de estado (statelesss configuration) – possibilita que um
equipamento IPv6 “construa” um conjunto de endereços válidos e
únicos para acesso a internet, sem necessidade de conectar qualquer
servidor.
• Com registo de estado (stateful configuration) – recorre ao serviço
DHCPv6, que é semelhante ao serviço equivalente em IPv4
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Segurança
As questões de segurança assumem um papel crucial na concepção da
nova versão do protovolo IP. Assim, o recurso ao IPSec passou a ser
standard integrado no IPv6, integrado como extensão, com os
cabeçalhos Authentication Haeder e Encapsulation Security Payload, o
que permite soluções de comunicação mais seguras, logo a partir das
camadas mãos baixas do TCP/IP. A segurança com o IPSec não é
obrigatória nos pacotes IPv6, daí surgir como cabeçalho de extensão;
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Melhores Mecanismos de QoS
O IPv6 inclui um campo que identifica o tipo de tráfego e um campo de
identificação de fluxo, que permite aos equipamentos de
encaminhamento identificar o fluxo a que pertence um pacote e, desta
forma processar os pacotes de um determinado fluxo da mesma
maneira. Uma vez que esta informação surge toda no cabeçalho, é
possível realizar qualidade de serviço (Quality of Service, QoS) mesmo
em pacotes encriptados.
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Cabeçalho novo
O IPv6 procura minimizar o tamanho do cabeçalho, para tal, todos os
ampos opcionais são retirados do cabeçalho principal e passam para o
cabeçalho de extensão, que surge após o principal quando escolhidos. O
número de cabeçalhos adicionais é apenas limitado pelo tamanho
máximo de um pacote IPv6. Devemos ter em conta que o cabeçalho do
IPv6 não é uma extensão do IPv4, pelo que os equipamentos deverão ter
alguma forma de lidar com ambos simultaneamente, como veremos
mais a seguir.
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Endereçamento IPv6
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Representação de Endereços
Existem 3 (três) convecções para a representação textual de endereços
IPv6, para compactar a representação dos 128 bits, o endereço é escrito
em Hexadecimal. A conversão entre binário e hexadecimal é imediata,
bastando agrupar 4 dígitos binários para obter um dígito hexadecimal
correspondente. Para representação dos endereços, existem as seguintes
conveções:
• Forma predefinida (ou padrão):
• Forma comprimida (ou reduzida);
• Forma Mista;
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Forma predefinida
Nesta forma, o endereço IPv6 é representado por 32 números
hexadecimais, em grupos de 4 dígitos separados por dois pontos “:”.
X:X:X:X:X:X:X:X
Representa 16 bits, ou seja, 4 dígitos hexadecimais
Cada X designa-se campo, ou bloco, ou grupo
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Forma predefinida
Nota: No Exemplo 02, houve uma simplificação na escrita, usou-se a 1º
Regra de simplificação (consiste em ocultar os zeros a esquerda de cada
campo).
Exemplo-02 A30C:9C:0:0:500:200C:34D:AC
Exemplo-02 A30C:009C:0000:0000:500:200C:34D:00AC
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Forma comprimida ou reduzida
Escrever um endereço de 32 dígitos é sempre trabalhoso e mais difícil
de ler. Como tal, sempre que possível, podemos optar pela forma
reduzida, aplicando as regras de simplificação.
Regras de simplificação
Regra 01: Podem omitir-se os zeros iniciais de um determinado grupo.
A omissão consiste em eliminar os zeros a esquerda de cada campo.
Regra 02: Podem representar-se grupos de zeros consecutivos por
duplo dois pontos “::”.
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Forma comprimida - Regra 01
Regra 01: Podem omitir-se os zeros iniciais de um determinado grupo.
A omissão consiste em eliminar os zeros a esquerda de cada campo.
Exemplo: Considere o seguinte endereço IPv6:
4300:00AE:092B:38BB:0000:0000:BCD1:1221.
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Forma comprimida - Regra 02
Regra 02: Podem representar-se grupos de zeros consecutivos por
duplo dois pontos “::”.
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Forma comprimida
A forma comprimida pode ser usada para a escrita de endereços com
longas cadeias de zeros. Por exemplo:
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Forma mista
Em ambientes mistos, isto é, ambientes com nós IPv4 e IPv6, pode ser
conveniente a utilização da forma mista de representação. Nesta forma os
endereços são expressos como X:X:X:X:X:X.D.D.D.D, na qual os ‘X’ são
valores hexadecimais dos 6 blocos de 16 bits mas significativos que
compõem um endereço IPv6 e os ‘D’ são valores decimais dos 4 grupos de de
8 bits menos significtivos do endereço, representados usando o dotted
decimal notation do IPv4.
Existem duas formas de referir aos endereços IPv6 com endereços IPv4
embutidos, que são:
• Endereço IPv6 compatíel com IPv4 (utilizados em hosts e routers com
ligação de redes IPv4 e IPv6 simultaneamente, normalmente para efeitos
de tunnelling)
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Forma mista
• Endereço IPv4 mapeado em IPv6 (endereços de nós que apenas
entendem IPv4, escritos na forma de IPv6). São exemplos deste tipos
de endereços:
→ 0:0:0:0:0:0.193.169.239.163 (endereço IPv6 compatível com IPv4)
→ 0:0:0:0.0:FFFF:129.145.34.10 (endereço IPv4 mapeado em IPv6)
Ou, na forma comprimida,
→ ::193.169.239.163 (endereço IPv6 compatível com IPv4)
→ ::FFFF:129.145.34.10 (endereço IPv4 mapeado em IPv6)
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Conversão de Binário para Hexadecimal
• Verificação da direita para esquerda
• Separar os valores binários em grupo de 4 dígitos ou bits
• Se necessário adicionar zeros a esquerda se algum grupo de bits não
completar 4 dígitos
• Converter o valor de grupo de bits para decimal
• Converter o valor decimal para hexadecimal
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Exemplo
(1101000111100)
0001.1010.0011.1100
1 10 3 12
1 A 3 C
(1101000111100) = (1A3C)
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Endereço IPv6
Um endereço IPv6 subdivide-se em duas partes:
Prefixo Utilizador
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Cont.
Exemplo: 2100:00AE:091B:38CC:0000:0000:BCD1:1001/64
Neste exemplo, o prefixo é formado pela primeira metade do endereço,
ou seja:
2100:00AE:091B:38CC 0000:0000:BCD1:1001
Prefixo Utilizador
Sempre que se pretende apenas indicar o prefixo, os dígitos do
utilizador assumem valor zero. Assim o prefixo do endereço será:
2100:00AE:091B:38CC::/64
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Cont.
O exemplo usado até agora considera um prefixo com tamanho múltiplo
de 16. Caso isso não se verifique, a representação do prefixo deve
completar o grupo com zeros. Por exemplo:
2100:00AE:091B:3000::/52
No exemplo, os últimos três zeros a direita (12 bits) já não fazem parte
do prefixo, existindo apenas para completar o grupo de quatro.
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Tipos de Endereço IPv6
Existem 3 tipos de endereço IPv6: unicast, multicast e anycast. Lidar com
endereços IPv6 obriga a identificar o tipo de endereço através do próprio
endereço, pois não existe qualquer informação adicional ao endereço que
identifique o seu tipo.
Em IPv6 não existem endereços de Broadcast, dado que esta função pode ser
desempenhada pelos endereços multicast.
Endereços Unicast – identificam uma única interface de uma máquina. Um
pacote enviado para um endereço unicast será entregue à interface
identificada pelo endereço. Existem várias formas de endereços unicast:
Endereços globais, Endereços locais únicos (unique local), Endereços de
ligação local (link-local), Endereços de zona local (site-local), Endereços
especiais, Endereços de transição.
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Endereços Unicast
☺ Endereços Globais
Um endereço é equivalente a um endereço público usado no IPv4. Os
endereços globais são atribuídos por entidades próprias por forma a
garantir a unicidade dos endereços IP de todos os utilizadores e para
garantir uma hierarquia de endereços que possam ser sumarizados.
Eles são identificados pelo prefixo 2000::/3, ou seja, todos os endereços
começados por 2 ou 3 em hexadecimal
FD (8 bits) ID Global (40 bits) Sub-rede (16 bits) Endereço de dispositivos (64 bits)
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Endereços Unicast
☺ Endereços de ligação local (link-local)
Um endereço de ligação local é usado em comunicações que não necessitam
sair da sua sub-rede e são configurados automaticamente, descoberta de nós
vizinhos ou quando não há routers presentes; nunca serão encaminhados para
outros ‘links’ pelos routers; Semelhante ao que acontece com as classes
anteriores, um endereço local de ligação é identificado por um prefixo
constante – FE80::/10, que identifica todos os endereços começado por FE80,
FE90, FEA0 e FEB0, seguido de 54 bits a zero.
10 bits 64 bits
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Endereços Unicast
☺ Endereços de zona locais (site-local)
Um endereço de zona local também é uma forma de endereço privado
que pode ser atribuído a sub-redes locais. Ao contrário de um endereço
local único que é exclusivo dento de uma organização, um endereço de
zona local pode ser duplicado dentro de uma organização em locais
diferentes.
Os endereços de zona local tem como prefixo FEC0::/10
Prefixo ID de Interface (64 bits)
10 bits 64 bits
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Endereços Unicast
☺ Endereços Especiais
Existem dois endereços especias, que também são encontrados na versão IPv4.
O endereço não especificado é representado com todos os dígitos a 0 -
0:0:0:0:0:0:0:0 ou ‘::’, equivalente a 0.0.0.0 no IPv4. Um endereço não
especificado é apenas usado como endereço de origem, caso em que indica que
ainda não foi atribuído um endereço.
O endereço de retorno (de loopback) é representado com todos os bits a zero,
excepto o último – 0:0:0:0:0:0:0:1, que no IPv4 é representado por 127.0.0.1.
☺ Endereços de Transição
Este endereço é usado apelas no processo de transição entre as duas versões de IP.
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Endereços Multicast
Os endereços multicast (prefixo ‘1111 1111’) identificam um conjunto
de interfaces tipicamente pertencentes a diferentes nós. Um pacote
enviado para um endereço multicast é entregue a todas as intefaces
identificadas pelo endereço.
A RFC 4291 define endereços multicast permanentes (atribuídos pela
autoridade global de numeração da Internet) e transitórios, cada um com
um espaço de endereçamento próprio.
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Endereços Multicast
Seguem-se três campos específicos deste tipo de endereços:Flags, Scope
e Group ID.
FF (8 bits) Flags (4 bits) Scope (4 bits) Group ID (112 bits)
☻ Flags – campo formado por três flags: T, P e R. A flag T (Transient)
a 0 indica que se trata de um endereço multicast predefinido, e o
contrário trata-se de um endereço transitório. A flag P (Prefix) indica
se o endereço se baseia ou não num endereço unicast. A flag R
(Rendevouz Point Address) indica se o endereço contem um
Rendevouz Point Address.
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Cont.
☻ Scope – indica até onde o pacote multicat pode ser encaminhado.
Exemplos de valores de scope são: 2 – link-local; 4 – admin-local; 5
site-local; E – global;
☻ Group ID – identifica grupos multicast dentro de um determinado
scope. Os endereços multicast reservados para fins bem
determinados.
Todos as formas de Broadcast do IPv4 são substituídos pelo endereço
multicast FF02::1 com scope igual a link-local e determinado a todos os
nós.
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Endereços Anycast
Um endereço anycast corresponde a um endereço atribuído a múltiplas
interfaces. Pacotes que tenham como destino um endereço anycast são
entregues a interface mais “próxima”, de acordo com a métrica usada
pelos protocolos de encaminhamento em vigor.
Os endereços anycast utilizam o mesmo espaço de endereçamento que
os endereços unicast, sendo sintacticamente indistiguíveis destes. O que
torna um endereço unicast num endereço anycast é o facto de ser
atribuído a mais de uma interface. Por sua vez, os nós que têm interfaces
com endereços anycast têm que ser explicitamente configuradas para
saber se esses endereços são endereços anycast e não unicast.
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Endereços Anycast
Os endereços anycast podem ser utilizados, por exemplo, para
identificar um conjunto de routers pertencentes a uma dada organização
ou ligados a uma dada sub-rede. Esta configuração também permite o
balanceamento de carga controlado pelos routers. Não devem ser usados
como endereço de origem de qualquer pacote.
Existe um endereço anycast predefinido, designado subnet-router
anycast adderess.
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Resumo da atribuição de prefixos
USO PREFIXO BINÁRIO PREFIXO HEXADECIMAL
Reservado 00000000 ::0/128
Reservado para NSAP 0000001
Reservado para IPX 0000010
Unicast global 001
Unicast de ligação local 1111111010 FE80::/10
Unicast de zona local 1111111011 FEC0::/10
Multicast 11111111 FF00::/8
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Endereços presentes em todas as máquinas
Qualquer máquina tem, obrigatoriamente, que reconhecer os seguintes
endereços:
→ Endereço de ligação local;
→ Endereços unicast e anycast que foram configurados para cada uma
das suas interfaces.
→ Endereços de loopback;
→ Endereços multicast do tipo all-nodes. Que designam todos os nós,
nomeadamente: FF01::1 e FF02::1;
→ Endereços de nós solicited;
→ Endereços de multicast a que o dispositivo pertença.
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Cont.
No caso específico de um router, deve ainda incluir:
→ Os endereços subner-router anycast;
→ Todos os endereços anycast configurados;
→ Todos os endereços multicast do tipo all-routers;
→ O endereço multicast do tipo all-routers;
→ Endereços de multicast a que o dispositivo pertença.
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Criação de Sub-redes com IPv6
Conforme foi explicado anteriormente, um endereço IPv6 subdivide-se
em duas partes, conforme ilustra da figura abaixo:
Prefixo Utilizador
Diferentemente do IPv4 onde são usados bits inicialmente destinados a
identificação do dispositivo para a criação de sub-redes, no caso dos
endereços IPv6 (unucast)o tamanho do IP da interface é sempre de 64
bits, ou seja, os bits usados na identificação da sub-rede são os que
fazem parte do prefixo.
Confira a ilustração na figura a seguir:
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Subendereçamento
Prefixo Utilizador
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Cont.
A geração de endereços de sub-rede é feita a partir de 16 bits disponíveis. O número
de bits usados para identificação das sub-redes depende do número de sub-redes
necessárias.
Com 16 bits de sub-rede conseguem criar-se 65536 sub-redes, cada uma com a
possibilidade de ter 264 utilizadores. Com este número, é pouco provável que
tenhamos de nos preocupar com o projecto de sub-redes de tamanho variável.
No seguinte exemplo, os endereços de sub-rede seriam:
2100:1001:1234:0001:/64
2100:1001:1234:0002:/64
….
2100:1001:1234:F000:/64
….
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Estrutura do Pacote IPv6
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Formato do cabeçalho IPv6
Versão Classe de tráfego Flow label
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O cabeçalho Ipv6 é mais simplificado, pois possui somente sete campos, ao contrário do
IPv4 que contem treze. Com isso, os routers conseguem processar pacotes de um modo
mãos rápido, reduzindo assim o atraso de processamento.
Campos do cabeçalho:
☺ Versão – 4 bits. Esse campo é sempre seis para IPv6 e quatro para o IPv4. Serve para a
identificação do protocolo do pacote.
☺ Classe de tráfego – 8 bits. Serve para identificar o tipo de dado no pacote, ou seja, se é
mídia contínua como vídeo, som, ou de outros tipos.
☺ Identificação do fluxo (Flow label) – 20 bits. Permite a criação de um “pseudo canal
de comunicação” entre a fonte e o destino, que possui requerimentos e propriedades
particulares.
☺ Comprimento do campo de dados – 16 bits. Tamanho total do pacote excluindo o
cabeçalho principal. O campo tem 16 bits, pelo que é possível ter tamanhos até 216
bytes. Para tamenhos maiores é necessário usar o cabeçalho de extensão.
☺ Proximo cabeçalho – 8 bits. O campo identifica o tipo do primeiro cabeçalho de
extensão ou o protocolo de nível seguinte.
☺ Limite de saltos – 8 bits. Indica o número máximo de ligações que podem ser
percorridas pelo pacote antes de ser descartado.
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Cabeçalho de extensão IPv6
A especificação actual do IPv6 define seis cabeçalhos de extensão que
devem ser suportados por todos os dispositivos que interferem na
comunicação. São eles:
☻ Cabeçalho de opções de salto-a-Salto (hop-bu-hop);
☻ Cabeçalho de opções de destino;
☻ Cabeçalho de encaminhamento;
☻ Cabeçalho de fragmentação;
☻ Cabeçalho de autenticação;
☻ Cabeçalho de encapsulamento de segurança.
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Interoperabilidade entre IPv4 e IPv6
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Interoperabilidade entre IPv4 e IPv6
A migração de IPv4 para IPv6, se bem que necessária, não pode ser realizada de um
dia para o outro, não só pelo grande número de dispositivos configurados com IPv4,
mas também por questões ligadas a compatibilidade de software.
Tendo em consciência de que é um processo lento que implica a coexistência de
ambos os protocolos durante um longo período, a especificação RFC 1752
determinou um conjunto de critérios de transição:
☻ Qualquer dispositivo já existente pode passar a IPv6 independentemente do
protocolo usado pelos outros dispositivos;
☻ Qualquer dispositivo novo com IPv6 pode ser adicionado a rede à qualquer
momento;
☻ Os dispositivos a funcionar com IPv4 e que tenham IPV6 instalado podem optar
por continuar a usar IPV4;
☻ A passagem a IPv6 pode ser um processo relativamente simples.
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Classificação dos Dispositivos
De acordo com a(s) versão(ões) de IP suportada(s) (RFC 2893). Os dispositivos
podem ser:
☺ Unicamente IPv4: Apenas funcionam com IPv4 e, consequentemente, não
percebem IPv6. Este tipo de dispositivos irá diminuir gradualmente ao longo do
período de transição;
☺ Unicamente IPv6: Apenas funcionam com IPv6 e, consequentemente, não
percebem IPv4. Este tipo de dispositivos irá aumentar gradualmente ao longo do
período de transição;
☺ IPv6/IPv4: As suas interfaces estão configuradas com endereços IPv4 e IPv6,
pelo que funcionam simultaneamente com ambos os protocolos;
☺ IPv4: Inclui todos os dispositivos que conseguem pacotes com IPv4. Podem ser
do tipo unicamente IPv4 ou IPv6/IPv4;
☺ IPv6: Inclui todos os dispositivos que conseguem pacotes com IPv6. Podem ser
do tipo unicamente IPv4 ou IPv6/IPv4;
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Métodos de Interoperabilidade
Tendo várias técnicas de interoperabilidade entre IPv4 e o IPv6, o
administrador da rede terá de optar por uma das técnicas.
• Dual-Stack
• Tunneling
• Tradução entre IPv6 e IPv4 com NAT-PT
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Dual-Stack
É uma forma de coexistir ambas versões e configurar em todos os
dispositivos endereços IPv4 e IPv6. Assim, um dispositivo consegue
enviar ou receber pacotes IPv4 e IPv6. Este método é designado dual-
stack devido a existência de informação de encaminhamento duplicada.
Os routers também suportam este tipo de solução através da
configuração simultânea dos protocolos e endereços IPv4 e IPv6.
É bastante simples de utilizar e permite que após a migração completa
da rede para IPv6 se retire facilmente o IPv4. A grande desvantagem é
que temos dois protocolos a funcionar em simultâneo, com a
consequente utilização aumentada do processador e de memória. Por
exemplo: o servidor DNS tem de ser capaz de lidar com ambos tipos de
endereço.
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Tunneling
O tunneling consiste em encapsular um pacote IPv6 num pacote IPv4
para atravessar numa rede configurada com IPv4.
Grupo 1 57
Network Address Translation – Protocol Translation
Neste método, o router é configurado de modo a fazer a tradução,
estática ou dinamicamente, entre as duas versões de IP, similar ao
método NAT de tradução de endereços e portos.
A utilização de NAT permite comunicação directa entre dispositivos
IPv4 e IPv6. No entanto, é a técnica menos aconselhada, pois não
suporta algumas das características do IPv6, como a de segurança. Além
disso, o ponto de entrada e saída de pacotes tem de ser o mesmo,
criando um ponto único de falha.
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Exercícios
1. Um endereço unicast pode ser atribuído a mais de uma interface?
Justifique.
2. Os endereços de rede local podem ser encaminhados?
3. Os endereços multicast podem ter como destino apenas um dispositivo?
4. Qual é a menor abreviatura para o endereço IPv6:
2001:0001:0000:0000:ABC1:0000:0000:0013?
5. Qualquer endereço pode ser usado para ulticast, desde que as interfaces
sejam configuradas para identificar os endereços como multicast?
6. Se pretende ligar um dispositivo unicamente IPv4 com um outro IPv6
qual método de interoperabilidade usaria?
12/01/2022 59
Bibliografia consultada
→Barrett, D., & King, T. (2010). Redes de Computadores. Rio de
Janeiro: LTC Livros Técnicos e Científicos Editora.
→Boavida, F., Bernardes, M., & Vapi, P. (2011). Administração de
Redes de Informáticas. Lisboa: FCA - Editora de Informática, LDA.
→Leon-Garcia, A., & Widjaja, I. (2001). Communication Networkd -
Fundamental Concepts and Key Architectures. The McGraw-Hill
Campanies.
→Véstias, M. (2009). Redes Cisco - Para profissionais. Lisboa: FCA -
Editora de Informática, LDA.
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OBRIGADO !!!
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