Mecânica Dos Fluidos ARAÚJO 2022 PDF
Mecânica Dos Fluidos ARAÚJO 2022 PDF
Mecânica Dos Fluidos ARAÚJO 2022 PDF
Editoração
Helton Rubiano de Macedo (Editor)
Kamyla Álvares (Editora)
)Bruno Oliveira (Colaborador
Revisão
Wildson Confessor (Coordenador)
Vitor Matheus (Colaborador)
Design editorial
Rafael Campos (Coordenador)
Marcos Paulo do Nascimento Pereira (Projeto gráfico)
Fotografias
Max Kleinen
Camila Pacelly Brandão de Araújo
Natal, 2022
Fundada em 1962, a Editora da UFRN
(EDUFRN) permanece até hoje dedicada à sua
principal missão: produzir livros com o fim
de divulgar o conhecimento técnico-científico
produzido na Universidade, além de promover
expressões culturais do Rio Grande do Norte.
Com esse objetivo, a EDUFRN demonstra o
desafio de aliar uma tradição de seis décadas
ao espírito renovador que guia suas ações
rumo ao futuro.
CDD 532
RN/UF/BCZM 2021/22 CDU 532
A Deus;
A TODOS os meus colegas de trabalho, em especial ao Prof.
Dr. Carlson Pereira de Souza, pelo aprendizado ao longo de toda
a minha jornada discente e docente, e ao Prof. Dr. Douglas do
Nascimento Silva, pelo apoio durante o desenvolvimento dessa obra;
À minha família, em especial aos meus pais e meus irmãos,
meu esposo, Breno, e ao nosso maravilhoso filho, Davi, pelo apoio,
pelo carinho, pela compreensão e pela paciência durante essa jornada;
Aos meus professores, que me trouxeram até aqui com suas
orientações.
Aos meus amigos, que me acompanham de perto ou à dis-
tância. Sou muito feliz por tê-los na minha vida.
A todos que contribuíram para que essa experiência literária
se concretizasse.
Apresentação
2 Estática 61
13
1 Introdução à Mecânica dos Fluidos e conceitos fundamentais
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Camila Pacelly Brandão de Araújo
15
1 Introdução à Mecânica dos Fluidos e conceitos fundamentais
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Camila Pacelly Brandão de Araújo
U Q W
17
1 Introdução à Mecânica dos Fluidos e conceitos fundamentais
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19
1 Introdução à Mecânica dos Fluidos e conceitos fundamentais
20
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21
1 Introdução à Mecânica dos Fluidos e conceitos fundamentais
m
x, y , z , t
23
1 Introdução à Mecânica dos Fluidos e conceitos fundamentais
P
RT
24
Camila Pacelly Brandão de Araújo
FLUIDO
DR
H 20 4C
W
Ou
mg
Ou
g
1
v
m
25
1 Introdução à Mecânica dos Fluidos e conceitos fundamentais
1.6.2 Viscosidade
26
Camila Pacelly Brandão de Araújo
27
1 Introdução à Mecânica dos Fluidos e conceitos fundamentais
^
(perpendicular) é representada pelo vetor unitário n. Se decompu-
sermos essa força resultante em duas direções, normal e tangencial
à área δ A , teremos duas componentes da força, que poderemos
denominar de δ FN com relação à componente na direção normal
e δ Ft com respeito à componente na direção tangencial.
Ftangencial
cisalhante �
A
Fnormal
normal �
A
Assim, tensões cisalhantes correspondem à ação de forças
cisalhantes sobre um elemento fluido, enquanto tensões normais
correspondem à ação de forças normais sobre um elemento fluido.
Ainda de acordo com a Figura 8, poderíamos notar que a ten-
são cisalhante discriminada está relacionada com a força cisalhante,
28
Camila Pacelly Brandão de Araújo
e que não foi feita qualquer menção sobre o fato de este componente
estar orientado de acordo com qualquer dos eixos coordenados.
Se fizermos isso (orientarmos o elemento fluido com respeito
aos eixos coordenados x, y, z) conforme a Figura 9, veremos que
podemos ter mais de uma componente para a tensão cisalhante
(τ): uma orientada segundo o eixo y, uma orientada segundo o
eixo z e uma única tensão normal (σ).
Além disso, convém destacar, na Figura 9, a indicação da
direção normal (em vermelho). O vetor unitário normal represen-
tante da área sempre aponta na direção para fora da superfície de
controle a qual se refere.
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1 Introdução à Mecânica dos Fluidos e conceitos fundamentais
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31
1 Introdução à Mecânica dos Fluidos e conceitos fundamentais
Fx dFx
yx � �
Ay dAy
transferida pela placa superior para cada uma das camadas de fluido.
.
A cada intervalo dt, o fluido deforma-se de um ângulo dα
pelo fato de cada camada de fluido ser puxada na direção da força
aplicada para movê-lo. A razão entre o quanto o fluido se deformou
angularmente e o intervalo de tempo considerado é o que chama-
mos de taxa de deformação angular. Obviamente, a velocidade de
deformação verificada depende das características constitutivas do
fluido entre as placas. Matematicamente, podemos expressá-la como:
d
�
t dt
Pela geometria podemos também afirmar que, para ângulos
pequenos:
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l
tg d d
y
l
du
dt
Podemos obter a taxa de deformação angular para ser:
d du
dt dy
Esse resultado nos informa que, para determinar a taxa
instantânea de deformação angular em qualquer ponto entre as
duas placas, basta conhecer a maneira pela qual a velocidade varia
ao longo da distância entre as placas, ou seja, a derivada do perfil
de velocidades com respeito à espessura y.
Quer tentar uma outra forma de visualizar esse conteúdo?
Assista ao vídeo deste link.
Formuladas a tensão e a deformação sofrida pelo fluido, resta
conhecer qual a relação que existe entre elas.
A reologia é o estudo de como se dá o comportamento viscoso
de materiais e tem como objetivo estabelecer suas relações consti-
tutivas onde as deformações angulares sofridas são associadas às
tensões aplicadas.
Fluidos newtonianos
A relação mais simples entre a tensão cisalhante e a taxa de
deformação é a que se verifica para os chamados fluidos newto-
nianos, que são aqueles cuja relação é proporcional, ou seja:
33
1 Introdução à Mecânica dos Fluidos e conceitos fundamentais
du
yx
dy
E a constante de proporcionalidade é a viscosidade absoluta
do fluido.
du
yx
dy
xy
du
dy
A viscosidade absoluta, no S.I., tem unidades de Pa.s,
enquanto no CGS, a unidade é P (Poise). Usualmente, sua subdi-
visão, o centipoise, é a unidade mais utilizada para representação
da viscosidade absoluta.
Para converter esses valores, basta atentar-se que:
Ou
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n
du
yx k
dy
Para que essa equação fique expressa de maneira semelhante
àquela dos fluidos newtonianos, podemos definir a viscosidade
aparente para ser:
n 1
du
k
dy
tal que:
du
yx
dy
35
1 Introdução à Mecânica dos Fluidos e conceitos fundamentais
du
0
dy
36
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n 1
du
k n 1
dy
n 1
du
k n 1
dy
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1 Introdução à Mecânica dos Fluidos e conceitos fundamentais
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Camila Pacelly Brandão de Araújo
Essa dependência surge na medida em que a massa específica
de uma massa gasosa depende da pressão à qual ela está sujeita.
Podemos nos recordar na equação dos gases ideais para
verificarmos isso:
P
RT
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1 Introdução à Mecânica dos Fluidos e conceitos fundamentais
F
superficial
l
40
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1 Introdução à Mecânica dos Fluidos e conceitos fundamentais
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1 Introdução à Mecânica dos Fluidos e conceitos fundamentais
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v j + wk → u = u ( x, y, z , t ) v = v ( x, y, z , t ) w = w ( x, y, z , t )
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1 Introdução à Mecânica dos Fluidos e conceitos fundamentais
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Camila Pacelly Brandão de Araújo
Observação!
Coordenada espacial ≠ Componente do campo de velocidade
Coordenadas espaciais → x, y, z, r, θ, α...
Componente do campo de velocidade → u, v, w...
2. Dependência temporal
Escoamento em regime permanente: caracteriza-se pelo
fato de todas as propriedades do fluido e do escoamento perma-
necerem constantes com relação ao tempo:
0
t
Onde ø pode representar qualquer propriedade (ρ, V , T, P
etc.) Essas propriedades podem, no entanto, apresentar variação
no domínio espacial do problema, ou seja, podem permanecer
funções espaciais.
x, y , z
3. Efeitos viscosos
Escoamento invíscido ou de fluido perfeito ou ideal:
Apesar de não existir fluido sem viscosidade, admite-se a hipótese
de fluido invíscido ou de viscosidade nula nesse tipo de escoamento.
Apesar de não corresponder fielmente à realidade, esse tipo de
análise permitiu importantes conclusões a respeito da natureza
dos escoamentos fluidos.
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1 Introdução à Mecânica dos Fluidos e conceitos fundamentais
VD
Re
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Camila Pacelly Brandão de Araújo
5. Efeitos de compressibilidade
Escoamento compressível: Escoamentos compressíveis se
caracterizam pelas alterações na massa específica do fluido, seja
ele um líquido ou um gás. Um parâmetro usado para avaliar se
um escoamento é ou não incompressível é o número adimensional
de Mach.
v
Ma =
s
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1 Introdução à Mecânica dos Fluidos e conceitos fundamentais
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1 Introdução à Mecânica dos Fluidos e conceitos fundamentais
É melhor ver para crer, não é mesmo? Essa última seção está
voltada simplesmente para a visualização do escoamento. Às vezes,
observar as equações que descrevem um campo de velocidades
pode não ser suficiente para compreendermos completamente a
forma pela qual as variáveis se relacionam.
Então, diversas formas de se observar o escoamento de
fluidos foram desenvolvidas. Cada uma delas dá origem a uma linha
de visualização que caracteriza a forma pela qual o experimento
foi conduzido.
Modelos de escoamentos podem ser visualizados usando
linhas de tempo, trajetórias, linhas de emissão ou linhas de corrente.
Se, em um campo de escoamento, várias partículas fluidas
adjacentes forem marcadas em um dado instante, formarão uma
linha no fluido naquele instante; esta linha é chamada linha de
tempo. Observações subsequentes da linha podem fornecer infor-
mações a respeito do campo de escoamento. A Figura 24 ilustra
linhas de tempo para visualização de um escoamento.
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Camila Pacelly Brandão de Araújo
Figura 25 – Linhas de trajetória
Fonte: Pixabay
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1 Introdução à Mecânica dos Fluidos e conceitos fundamentais
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1 Introdução à Mecânica dos Fluidos e conceitos fundamentais
Resumo
Neste capítulo, respondemos a quatro perguntas funda-
mentais: qual o escopo do estudo da mecânica dos fluidos, o que
é um fluido, como podemos analisá-los e que propriedades os
caracterizam. Desse modo, descrevemos os fluidos por meio de
algumas de suas principais propriedades, relacionadas à sua massa
específica (densidade relativa, volume específico, peso específico), à
velocidade e às tensões atuantes. Para tanto, descrevemos o campo
de velocidades e classificamos o escoamento e, além disso, des-
crevemos as forças que atuam em meios fluidos, as características
reológicas e como visualizar um escoamento.
✓ Definição de fluidos e
propriedades fundamentais;
Exercícios
1. A massa específica de um fluido é uma relação que depende
de sua massa e do volume ocupado pelo fluido. Sabendo que
a massa específica do mercúrio é 26,3 slug/ft³, determine
seu volume específico em m³/kg e estime seu peso específico
em lbf/ft³ na Terra e na Lua. Considere que a aceleração da
gravidade na Lua seja de 5,47 ft/s².
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1 Introdução à Mecânica dos Fluidos e conceitos fundamentais
u 2y
2
1
umax h
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u 3 y 1 y
3
U 2 2
59
1 Introdução à Mecânica dos Fluidos e conceitos fundamentais
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2
Estática
61
2 Estática
63
2 Estática
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F 0
Na direção x, temos:
Px y z PSX z s 0
Pela geometria do problema, podemos inferir que:
y
sen
s
E que:
x
cos
s
Assim,
Px y z PS sen z z 0
Px y z PS y z 0
Px = PS
Na direção y, temos:
1
Py x z PSy z s g x y z 0
2
1
Onde o termo g x y z corresponde ao produto do peso
2
específico do fluido pelo volume ( ∀ ) do elemento:
x y
Atriangulo z z
2
65
2 Estática
1
Py x z PS z scos g x y z 0
2
1
Py x z PS z x g x y z 0
2
1
Py PS g y 0
2
Tomando o limite em que o elemento se torna um ponto, ou seja,
quando y tende a zero, temos:
Py = PS
Desse modo, podemos verificar que
P=
y P=
x PS
Isso nos comprova que o valor da pressão em um ponto é
único e independe da direção. Essa relação é conhecida como o
Princípio de Pascal, e pode ser enunciada como:
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67
2 Estática
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Camila Pacelly Brandão de Araújo
1 2
f A x a f A x a
f x f A
1! 2!
p y ^
p y x z j
y 2
69
2 Estática
p y ^
p x z j
y 2
O mesmo pode ser feito para a face esquerda, resultando em:
p y ^
p x z j
y 2
p y
p x z j^
y 2
Para essa direção, portanto, a força líquida, devido à pressão,
pode ser calculada como o somatório dessas duas para ser:
p y p y
sy x z x z j
y 2 dy 2
p
Fsy y x z j^
y
p x p x
s z y z y i
x 2 x 2
p y p y
p x z x z j
y 2 y 2
p z p z
p x y x y k
z 2 z 2
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Camila Pacelly Brandão de Araújo
Assim:
p p p
Fs z x y i x y z j x z y k
x y z
P
gx 0
x
P
gy 0
y
71
2 Estática
P
gz 0
z
Ufa! Ainda bem que acabou!
Essas três formas representam a Equação Geral da Estática, a
qual nos fornece justamente essa relação entre o campo de pressão
e o campo gravitacional ao qual uma massa fluida está sujeita. A
depender da forma pela qual o sistema esteja arranjado espacial-
mente, uma ou mais dessas componentes podem ser nulas.
Analisando esse conjunto de equações, podemos verificar que:
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Camila Pacelly Brandão de Araújo
73
2 Estática
Assim:
P2 P1 g z2 z1
P2 P1 gh
Como sabemos que a pressão aumenta com a profundidade,
a quantidade P2 − P1 produz um resultado negativo, indicando
que, no nível mais profundo, a pressão é maior. Assim, podemos
reescrever para obtermos:
P1 P2 gh
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Camila Pacelly Brandão de Araújo
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2 Estática
P
R*T
onde ρ é a pressão absoluta (Pa), a massa específica é medida
em kg/m³, T é a temperatura absoluta (K) e R*, a constante de cada
gás. Para o ar, R*=287 J/kg. K. Não confundir R* com a constante
universal dos gases, R, pois R* corresponde à relação da constante
universal R pela massa molar do gás considerado.
76
Camila Pacelly Brandão de Araújo
E:
P2 z2 P
P1
dP
z1 R*T
gdz
Tal que:
P2 dP z2 gdz
P1 P
z1 R*T
P2 g
ln ln z2 z1
P1 R*T
Se, por outro lado, não for possível considerar que haja um
valor único de temperatura para o intervalo de elevação conside-
rado, há de se inserir uma relação funcional dessa variável com
respeito à elevação. A Figura 36 mostra o comportamento da
temperatura a diferentes níveis de elevação na atmosfera terrestre.
É possível observar que existem intervalos de valor constante de
temperatura, bem como intervalos em que o comportamento é
linear, seja com incremento ou com diminuição da temperatura
no trecho considerado.
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2 Estática
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Camila Pacelly Brandão de Araújo
79
2 Estática
Figura 38 – Barômetro
Fonte: autoria própria
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Camila Pacelly Brandão de Araújo
Patm gh Pvapor
Patm ghHg
81
2 Estática
PA P0 gh
iii. Manômetro em U
Claramente, alguns pontos precisavam ser contornados
na configuração dos tubos piezométricos para que sua aplicação
fosse aumentada.
82
Camila Pacelly Brandão de Araújo
Figura 40 – Tubo em U
Fonte: elaborado a partir de Vilanova (2011)
83
2 Estática
P2 P0 2 gh2
Pelo Princípio de Pascal enunciado anteriormente, sabemos
que as pressões em um mesmo plano horizontal não variam em
um fluido em repouso. Assim:
P1 = P2
Estando o ponto A acima do ponto 1, a pressão deverá ser
menor naquele do que neste, tal que:
PA P1 1 gh1
Combinando as equações, temos, portanto:
PA P0 2 gh2 1 gh1
Alternativamente, o manômetro em tubo em U pode ser
conectado a um vaso pressurizado em dois pontos, ou entre dois
reservatórios, ou ser anexado a uma tubulação em que um fluido
escoa, permitindo a medição da diferença de pressão entre eles.
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Camila Pacelly Brandão de Araújo
PB = P5
P4 P5 3 gh3
P3 P4 2 gh2
P2 = P3
PA P1 P2 A gh1
As quais, combinadas, resultam em:
85
2 Estática
PA PB man gh
Assim, para pequenas variações de pressão, as variações na
altura da coluna h também seriam pequenas.
No intuito de contornar esse tipo de situação, foram desen-
volvidos os manômetros de tubo inclinado, ilustrados na Figura
42. Uma perna do manômetro é inclinada, formando um ângulo
86
Camila Pacelly Brandão de Araújo
87
2 Estática
v. Manômetro de Bourdon
O funcionamento desse tipo de manômetros é baseado
na alteração da curvatura originada num tubo de seção elíptica
pela pressão exercida no seu interior. A seção elíptica tende para
uma seção circular com o aumento da pressão no interior do
tubo levando a que o tubo se desenrole. Você já deve ter visto o
funcionamento do brinquedo de criança conhecido por língua de
sogra; se não viu, ele está indicado na Figura 43, juntamente com
um manômetro de Bourdon e com o seu mecanismo interno de
funcionamento.
88
Camila Pacelly Brandão de Araújo
89
2 Estática
P P0 gh
90
Camila Pacelly Brandão de Araújo
91
2 Estática
dF = pdA
Em um ponto a uma altura qualquer, a pressão poderá ser
calculada para ser:
pi p0 ghi
E a força resultante deverá ser:
92
Camila Pacelly Brandão de Araújo
FR p0 dA gsen ydA
A A
93
2 Estática
A
ydA yc dA
De tal maneira que:
FR p0 dA gsen yc dA
A A
FR p0 A gsen yc A
Reconhecendo que o termo p0 gsen yc Pc cor-
responde à pressão que atua no centro geométrico da superfície,
podemos reescrever a equação acima para ser:
FR = Pc A
Não é ótimo isso?
94
Camila Pacelly Brandão de Araújo
yFR ypdA
A
A
ydA yc dA
Assim, temos:
yFR p0 yC A gsen y ² dA
A
95
2 Estática
Ix I CG Ayc 2
Ao final dessa dedução, você vai encontrar uma tabela
com os momentos de inércia (ICG) de várias figuras geométricas
comuns (Figura 49).
yFR p0 yC A gsen I CG Ayc2
Evidenciando os termos repetentes:
96
Camila Pacelly Brandão de Araújo
yFR yc FR gsen I CG
gsen I CG
y yc
FR
I CG
y yc
yc A
A qual é obtida quando se considera a ação de uma pressão
externa de igual magnitude sobre ambos os lados da superfície.
97
2 Estática
98
Camila Pacelly Brandão de Araújo
FH = FX
Para a vertical, podemos dizer que:
A componente vertical da força (FV) é igual à força Fy na
parede imaginária horizontal mais (ou menos) o peso do bloco
de fluido. Dizemos “mais (ou menos)” o peso do fluido, pois a
configuração espacial da superfície não necessariamente é a apre-
sentada na Figura 50, e pode apresentar configurações como a da
Figura 51, por exemplo.
99
2 Estática
Onde:
W gdV
Somando-se as duas componentes vetorialmente, temos:
FR FH FV
Cujo módulo pode ser calculado para ser:
FR FH FV
a. Empuxo
Nosso próximo tema é bastante presente na vida de quem
mora no litoral ou nas proximidades de rios e lagoas. A Figura 52
ilustra várias situações em que o empuxo está presente.
100
Camila Pacelly Brandão de Araújo
Fr Finf Fsup
Reconhecendo que a força na face inferior da superfície
submersa a pressão se refere à de uma coluna de líquido de pro-
fundidade (h+s) e que, na superfície superior, a coluna é de pro-
fundidade (h), temos:
Fr f g s h A f gs
Fr f ghA
Assim, podemos obter a expressão para o empuxo para ser:
FB f gV
101
2 Estática
FB = W
FB f g sub
W corpo g total
102
Camila Pacelly Brandão de Araújo
Assim,
sub corpo
total f
sub
Portanto, a fração de volume submersa total de um
corpo flutuante é igual à razão entre as massas específicas do
fluido e do corpo.
103
2 Estática
Resumo
104
Camila Pacelly Brandão de Araújo
Exercícios
105
2 Estática
106
Camila Pacelly Brandão de Araújo
107
2 Estática
a) 2 atm
b) 5 atm
c) 6 atm
d) 8 atm
e) 9 atm
108
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109
3
Análise integral do
escoamento de fluidos
3 Análise integral do escoamento de fluidos
112
Camila Pacelly Brandão de Araújo
P � EXTENSIVA
P � INTENSIVA� =
TAMANHO � DO� SISTEMA
Assim, podemos representar propriedades intensivas, como
energia interna específica, massa específica e entalpia específica,
para serem razões dos valores de energia interna total (U), de
entalpia total (H) ou de Volume total ( ∀ ).
U
u=
M
H
h=
M
M
113
3 Análise integral do escoamento de fluidos
114
Camila Pacelly Brandão de Araújo
115
3 Análise integral do escoamento de fluidos
116
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dM
|Sistema = 0
dt
117
3 Análise integral do escoamento de fluidos
dP dV Vdm
m
dt dt dt
Onde o termo dm/dt representaria a taxa de variação da
massa do sistema, que já vimos ser nulo no item acima. Assim,
dP
= ma
dt
De tal maneira que podemos dizer que a taxa de variação
do momento linear de um sistema é igual ao somatório de forças
atuantes sobre ele, de acordo com a Segunda Lei de Newton:
dP
= FR
dt
Dessa forma, podemos escrever (mantendo a formatação
usada para a conservação da massa):
dP
| F
dt Sistema
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Camila Pacelly Brandão de Araújo
Etotal EC EP U
mV 2
Etotal mgz U
2
E V2
e gz u
m 2
Dessa maneira, podemos escrever esse princípio de con-
servação para ser:
dE
| Q W
dt Sistema
119
3 Análise integral do escoamento de fluidos
Sistema dm e d
M sistema sistema
120
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121
3 Análise integral do escoamento de fluidos
dS Q
|
dt Sistema T
Onde
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Propriedade Propriedade
Extensiva Intensiva
M 1
E e
S s
Tabela 1 – Propriedades extensivas e suas correspondentes
propriedades intensivas
Fonte: autoria própria
dN dN
⌋
Sistema
⌋
volume de controle
dt dt
123
3 Análise integral do escoamento de fluidos
124
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dN ⌋ ⌋ ∆
⌋
dt ∆t
⌋ ⌋
125
3 Análise integral do escoamento de fluidos
126
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dNIII ⌋ ∆
d
∆
0 0
dV ∆ l . dA
isso se o relacionarmos com o caminho percorrido pelo
fluido desde a superfície de controle aos limites da região III. Ou
seja:
∆ ∆t
Teremos:
∆ ∆
Assim,
⌋ ∆
0 ∆
127
3 Análise integral do escoamento de fluidos
⌋
V dA
0 ∆
∆ SCI
128
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129
3 Análise integral do escoamento de fluidos
130
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131
3 Análise integral do escoamento de fluidos
132
Camila Pacelly Brandão de Araújo
133
3 Análise integral do escoamento de fluidos
b) Regime permanente
Para os escoamentos em regime permanente, não há variação
temporal de qualquer propriedade do fluido. Assim:
134
Camila Pacelly Brandão de Araújo
onde FS e FB representam as forças resultantes que atuam
sobre a superfície e sobre a massa do volume de controle, res-
pectivamente. As forças de superfície representam o somatório
da ação de tensões (normais e tangenciais) sobre a superfície de
controle, enquanto a força de campo geralmente é a força do campo
gravitacional atuando sobre a massa de fluido.
135
3 Análise integral do escoamento de fluidos
FB Bdm B d
vc
136
Camila Pacelly Brandão de Araújo
137
3 Análise integral do escoamento de fluidos
onde a única alteração foi o uso das velocidades relativas Vxyz .
138
Camila Pacelly Brandão de Araújo
Podemos escrever:
139
3 Análise integral do escoamento de fluidos
a) Trabalho de eixo
Todo o trabalho é realizado por equipamentos como tur-
binas, bombas ou compressores que operam pelo movimento de
um eixo. Nas turbinas, ocorre a produção de trabalho (+) pela
desaceleração de um fluido que provoca o movimento de suas
140
Camila Pacelly Brandão de Araújo
141
3 Análise integral do escoamento de fluidos
Assim,
Ou
142
Camila Pacelly Brandão de Araújo
Podemos escrever:
143
3 Análise integral do escoamento de fluidos
Assim:
144
Camila Pacelly Brandão de Araújo
temos:
145
3 Análise integral do escoamento de fluidos
Tal que:
146
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3.6.1 Interpretações
147
3 Análise integral do escoamento de fluidos
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3.6.2 Aplicações
149
3 Análise integral do escoamento de fluidos
150
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151
3 Análise integral do escoamento de fluidos
Resumo
Exercícios
152
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153
3 Análise integral do escoamento de fluidos
154
Camila Pacelly Brandão de Araújo
155
3 Análise integral do escoamento de fluidos
156
Camila Pacelly Brandão de Araújo
4
Análise diferencial do
escoamento de fluidos
157
4 Análise diferencial doescoamento de fluidos
159
4 Análise diferencial doescoamento de fluidos
dM
⎦ Sistema 1 d 1 V. dA
dt t VC SC
d m m
t VC entradas saídas
160
Camila Pacelly Brandão de Araújo
d dx.dy.dz
Cujas propriedades tenham um valor definido no seu centro
geométrico, sejam elas velocidade, massa específica ou qualquer
outra, conforme ilustrado na Figura 70:
161
4 Análise diferencial doescoamento de fluidos
u dx 1 u dx
2 2
u direita u
x 2 2 ! x 2 2
Desprezando termos de segunda ordem, temos:
u dx
u direita u
x 2
162
Camila Pacelly Brandão de Araújo
d m m
t VC entradas saídas
163
4 Análise diferencial doescoamento de fluidos
t VC
d
t
dx.dy.dz
164
Camila Pacelly Brandão de Araújo
Resultando em:
u v w
dxdydz dxdydz � dxdydz dxdydz
t x y z
Cancelando os termos referentes ao volume do volume de
controle infinitesimal, temos:
u v w
0
t x y z
Essa equação representa a equação da conservação da massa,
ou também chamada de equação da continuidade, em coordenadas
cartesianas.
Utilizando o operador del para esse sistema de coordenadas:
i j k
x y z
Podemos também expressar essa equação como sendo:
t
. V 0
165
4 Análise diferencial doescoamento de fluidos
u v w
0
x y z
Ou
. V 0
u v w
x
y
z
. V 0
Similarmente ao realizado em coordenadas cartesianas,
podemos avaliar a conservação da massa em qualquer sistema de
coordenadas geométricas, cilíndricas ou polares, por exemplo.
No caso das coordenadas cilíndricas, usando o volume de
controle infinitesimal apresentado na Figura 73, podemos obter
a equação da continuidade de duas maneiras: ou realizando o
mesmo procedimento descrito anteriormente, o qual está compilado
na Tabela 2, ou simplesmente mudando o operador del para as
coordenadas adequadas, obtendo a equação:
166
Camila Pacelly Brandão de Araújo
167
4 Análise diferencial doescoamento de fluidos
168
Camila Pacelly Brandão de Araújo
4.3.1 Translação
No instante t inicial, a partícula fluida na posição r está
sujeita ao campo de velocidades naquele ponto, com velocidade
VP t V x, y, z , t . Num instante posterior (t+dt), ela deverá ter se
r + dr , na qual o campo de veloci-
movimentado para uma posição
dade pode ser expresso por VP|t dt V x dx, y dy, z dz , t dt .
Desse modo, podemos avaliar a variação infinitesimal da
velocidade da partícula fluida para ser:
V V V V
dVP dt dx p dy p dz p
t x y z
169
4 Análise diferencial doescoamento de fluidos
dVP V dt V dx V dy V dz p
dt t dt x dt y dt z dt
dx p dy p dz p
Compreendendo que os termos dt ,� dt ,� dt correspondem
às taxas de deslocamento da partícula fluida em cada uma das
direções, podemos escrever:
V V V V
ap u v w
t x y z
ou
DV
ap =
Dt
Percebam que essa forma de derivação é um tanto diferente
da que usualmente estamos habituados a usar. Diz-se que a derivada
material (também chamada de derivada substancial) é uma derivada
tomada ao longo de um caminho movendo-se com velocidade
v. Ela é descrita como a taxa de variação em relação ao tempo
do valor de alguma propriedade (tal como calor ou momento)
de matéria/substância que está sendo transportada – ou seja, de
alguma matéria que está sujeita a um campo de velocidade que
varia no espaço e no tempo.
Podemos interpretar a aceleração de uma partícula fluida
desmembrando-a em dois grandes termos: aceleração convectiva
e aceleração local. A Figura 77 apresenta esquematicamente esses
termos de aceleração da partícula fluida.
170
Camila Pacelly Brandão de Araújo
V
O termo de aceleração local contabiliza, como o próprio
t
nome indica, as variações do campo de velocidades em um mesmo
local (em uma mesma posição) ao longo do tempo. Em escoamentos
em regime permanente, esse termo é nulo, e não existem variações
temporais no campo de velocidade que promovem o surgimento
de aceleração local.
Já o termo referente à aceleração convectiva contabiliza
as variações de velocidade devido às mudanças de posição da
partícula fluida. Em determinado local, o campo lhe atribui uma
velocidade mais baixa, porém, em um local mais adiante (por
qualquer mudança na geometria do escoamento, por exemplo), a
velocidade pode ser maior.
u u u u
a px u v w
t x y z
v v v v
a py u v w
t x y z
w w w w
a pz u v w
t x y z
172
Camila Pacelly Brandão de Araújo
173
4 Análise diferencial doescoamento de fluidos
t t t
x
xt xt
Tomando a taxa de elongação, temos:
x
x
lim
t t 0 . t
174
Camila Pacelly Brandão de Araújo
u xt u0 t
Na qual podemos entender a velocidade no ponto ∆xt como
dada pela expansão em série de Taylor do valor conhecido na
origem u0 . Assim:
u u
u ∆ ∆t ∆ ∆
x x
Substituindo:
u
∆ t ∆
x
x lim
∆t 0 ∆ t. ∆ xt
Verificamos que:
u
x
x
A taxa segundo esta se deforma é contabilizada consideran-
do-se a taxa de deformação relativa sofrida por cada um destes
lados, assim:
v
y
y
w
z
z
175
4 Análise diferencial doescoamento de fluidos
4.3.3 Rotação
176
Camila Pacelly Brandão de Araújo
1
z oa ob
2
Assim, devemos obter expressões para cada uma das retas
ωoa e ωob .
177
4 Análise diferencial doescoamento de fluidos
∆
oa
∆t
Para ângulos pequenos
∆
tan
∆x
Assim,
∆
∆x
oa
∆t
Perceba que a rotação do eixo o-a e a deflexão Δη são conse-
quências da diferença de valores da componente v observada entre os
pontos extremos deste eixo (o e a). A Figura 83 ilustra essa situação.
Pode-se observar que, caso exista uma diferença de velocidades entre
esses pontos, ela produzirá um momento resultante.
178
Camila Pacelly Brandão de Araújo
∆ va vo ∆t
Sendo
v
va vo ∆x
x
Logo:
v
∆x
x ∆t
∆ ∆x
∆x v
oa
∆t ∆t x
O mesmo raciocínio pode ser aplicado para a reta o-b e, de
maneira análoga, podemos calcular:
∆
ob
∆t
∆
tan
∆y
179
4 Análise diferencial doescoamento de fluidos
∆ ub u0 ∆t
Sendo
u
ub u0 ∆y
y
Portanto,
u
Δy
y
Δt
Δ Δy
Δy u
ob
Δt Δt y
De posse dessas duas informações, podemos substituir na
definição de velocidade angular:
1
z oa ob
2
Para obter
1 v u
z
2 x y
O mesmo procedimento pode ser realizado para avaliar a
velocidade angular com respeito à rotação em torno do eixo x e
y, para ser:
1 w v
x
2 y z
180
Camila Pacelly Brandão de Araújo
1 u w
y
2 z x
Logo, podemos descrever o vetor velocidade angular de
uma partícula fluida para ser:
1 w v ^ u w ^ v u ^
i j k
2 y z z x x y
Essa equação estabelece a relação entre a intensidade de rota-
ção de uma partícula e o rotacional do vetor velocidade. Podemos
escrever que o vetor velocidade angular resulta do produto vetorial
do operador del sobre o campo de velocidade, produzindo um vetor:
1
xV
2
Nessa perspectiva, podemos entendê-lo como sendo calcu-
lado a partir do determinante da seguinte matriz:
1 1 ^^^
xV i jk uvw
2 2 x y z
A existência do fenômeno de rotação das partículas é con-
sequência da ação de esforços tangenciais.
Desse modo, na condição de escoamento irrotacional, não
se verificam tensões tangenciais que, por sua vez, implicam na
ausência de deformação angular. A condição de escoamento não
rotacional somente é verificada quando se trata de escoamento
de fluido ideal ou não viscoso. Matematicamente, essa condição
resume-se simplesmente à expressão:
181
4 Análise diferencial doescoamento de fluidos
xV 0
Observe que a característica viscosa de um escoamento induz,
necessariamente, a ocorrência de rotação das partículas fluidas.
d d d
dt dt dt
182
Camila Pacelly Brandão de Araújo
∆
d ∆ ∆x
dt ∆t ∆t
O qual pode ser expresso por:
v
∆x
x ∆t
∆x
d v
dt ∆t x
Para o ângulo β, realizando o mesmo desenvolvimento,
podemos chegar em:
∆
d ∆ ∆y
dt ∆t ∆t
Porém, diferentemente do caso da rotação, para que haja a
deformação linear, a componente u da velocidade deve apontar
para a direção do x positivo.
Assim,
∆ ub u0 ∆t
u
ub u0 ∆y
y
183
4 Análise diferencial doescoamento de fluidos
E,
u
∆y
y
∆t
∆ ∆y
d ∆y u
dt ∆t ∆t y
Logo:
d v u
dt xy x y
d u w
dt xz z x
E
d w v
dt yz y z
184
Camila Pacelly Brandão de Araújo
V V V V
dF dm u v w
x y z t
185
4 Análise diferencial doescoamento de fluidos
186
Camila Pacelly Brandão de Araújo
FBx g x . .dx.dy.dz
FBy g y . .dx.dy.dz
FBz g z . .dx.dy.dz
xx � � xy xz � � yx yy � � yz zx � � zy zz �
187
4 Análise diferencial doescoamento de fluidos
Figura 86 – Tensões em cada uma das faces da partícula fluida para a direção X
Fonte: adaptado de Çengel (2008)
(formula)
188
Camila Pacelly Brandão de Araújo
yx
dFsx xx zx
dxdydz
x y z
Para as direções y e z, temos, realizando o mesmo procedimento:
xy yy zy
dFsy dxdydz
x y z
yz
dFsz xz zz
dxdydz
x y z
A Figura 87 ilustra a composição da equação da Segunda
Lei de Newton, contabilizando todas essas parcelas para as três
componentes.
189
4 Análise diferencial doescoamento de fluidos
du
xy
dy
190
Camila Pacelly Brandão de Araújo
v u
yx xy
x y
w v
yz zy
y z
u w
zx xz
z z
Para as tensões normais, a seguinte relação pode ser usada
para relacioná-las com as componentes da velocidade:
2 u
xx p .V 2
3 x
2 v
yy p .V 2
3 y
2 w
zz p .V 2
3 z
191
4 Análise diferencial doescoamento de fluidos
p u v u u w Du
gx 2
x x x y x y z z x Dt
u v w
0
x y z
E nos resta:
2 2 2
p u u u Du
gx
x x2 y2 z2 Dt
192
Camila Pacelly Brandão de Araújo
ou
2 2 2
p u u u u u u u
gx u v w
x x2 y2 z2 t x y z
O mesmo pode ser feito para as direções y e z para obtermos:
(formula)
2 2 2
p w w w w w w w
gz u v w
z x2 y2 z2 t x y z
p u u u u
g x . u v w
x t x y z
p v v v v
gy u v w
y t x y z
p w w w w
gz u v w
z t x y z
193
4 Análise diferencial doescoamento de fluidos
Resumo
Exercícios
194
Camila Pacelly Brandão de Araújo
Vr Ucos
2 2
a a
Vr Ucos V Usen
r r
195
4 Análise diferencial doescoamento de fluidos
196
Camila Pacelly Brandão de Araújo
197
5
5
Análise dimensional
198
5 Análise dimensional
5.1 Introdução
200
Camila Pacelly Brandão de Araújo
F m.a
Na qual podemos observar que há uma relação entre as
dimensões M, L e t conforme:
L
F M. 2
t
Já no sistema inglês, que tem como grandezas de base força,
comprimento e tempo (F, L e t), podemos observar que a Segunda Lei
de Newton nos proporciona a massa como uma grandeza secundária:
201
5 Análise dimensional
F
m
L
2
t
É importante, também, lembrar que, em uma dada equação
física, ambos os lados da igualdade devem apresentar a mesma
dimensão física e que todo termo aditivo de uma equação deve
apresentar as mesmas dimensões, para que ela seja homogênea
dimensionalmente.
Além disso, quando utilizamos uma equação qualquer, é fun-
damental verificar se todos os termos também apresentam as mesmas
unidades. Isso porque, se na Equação de Bernoulli apresentada a
seguir, um termo estiver expresso em unidades de comprimento,
como o metro, e outro resulte uma quantidade em centímetros,
obviamente a adição desses termos resultará em um valor incorreto.
Afinal, não podemos somar maçãs e melancias e achar que vai estar
tudo certo no final. A Figura 91 ilustra essa situação.
v1² p1 v2² p2
z1 z2
2g 2g
202
Camila Pacelly Brandão de Araújo
F f D, , , V
Um experimentador, então, poderia supor que o caminho
para avaliar esse processo passaria por realizar um número de
ensaios com o escoamento de diferentes fluidos (mudando a massa
específica do fluido e mantendo a viscosidade, e vice-versa) ao
redor da esfera (de diferentes diâmetros), conforme as Figuras 92
e 93 apresentam.
203
5 Análise dimensional
204
Camila Pacelly Brandão de Araújo
205
5 Análise dimensional
x f x1 , x2 , x3 , .xn
Como
f x, x1 , x 2 x 3 ..xn
206
Camila Pacelly Brandão de Araújo
, ,
Sendo essa quantidade k de parâmetros adimensionais
menor que o número inicialmente considerado n.
A diferença entre o número necessário de parâmetros adi-
mensionais П (k) e o número de variáveis original (n) é igual a j,
sendo j o número mínimo de dimensões de referência utilizado
para descrever todas as variáveis originais da equação.
Tipicamente j = 3 = MLT ou FLT, mas essa não é uma regra!
Algoritmo:
a) Listar os parâmetros do problema e contar seu
número total n
Nessa etapa, deve-se incluir qualquer quantidade (incluindo
constantes dimensionais e adimensionais) que se considere impor-
tante para o fenômeno investigado. Geralmente, nos problemas
de mecânica dos fluidos, devemos incluir variáveis:
• Geométricas
• De propriedades dos fluidos
• Efeitos externos
207
5 Análise dimensional
f) Determinar os k Пs e manipulá-los
208
Camila Pacelly Brandão de Araújo
209
5 Análise dimensional
210
Camila Pacelly Brandão de Araújo
211
5 Análise dimensional
212
Camila Pacelly Brandão de Araújo
213
5 Análise dimensional
VL
Fviscosa /Finércia 2 2
L V LV 2
pL2 p
Fpressão /Finércia
L2V 2 V2
gL3 gL
Fgravidade /Finércia
L2V 2 V 2
L
Ftensão superficial /Finércia
L2V 2 LV 2
Ev L2 E
Fcompressibilidade /Finércia 2 2
v2
L V V
Tabela 2 – Relações entre forças importantes da Mecânica dos Fluidos
Fonte: autoria própria
214
Camila Pacelly Brandão de Araújo
V Inércia/
Escoamentos com
Froude, Fr Gravitacional
gL superfície livre
VD ,
Re
215
5 Análise dimensional
V V V
M
c dp Ev
d
ou
V 2
M2
Ev
O qual pode ser interpretado como uma razão entre forças
de inércia e forças de compressibilidade. Para um escoamento
verdadeiramente incompressível (e note que, sob algumas con-
dições, mesmo os líquidos são bastante compressíveis), c = ∞, de
modo que M = 0.
Número de Euler: O número de Euler é a razão entre forças
de pressão e de inércia.
∆p
Eu
1
V2
2
Em testes de modelos aerodinâmicos e outros, é conveniente
modificar o segundo parâmetro, Δp/ρV2, inserindo um fator de
1/2 para fazer o denominador representar a pressão dinâmica (o
fator, evidentemente, não afeta as dimensões e atribui um valor
físico ao denominador).
216
Camila Pacelly Brandão de Araújo
P Pv
Ca
1
V 2
2
No estudo dos fenômenos de cavitação, a diferença de
pressão, Δp, é tomada como Δp = p − pυ, em que p é a pressão na
corrente líquida e pυ é a pressão de vapor do líquido na tempe-
ratura de teste. Mediante esse uso, se obtém o número ou índice
de cavitação, que é um fenômeno físico que conheceremos mais
à fundo nas próximas aulas.
Resumo
Exercícios
217
5 Análise dimensional
BC 4 D
A DGH
EF
2) Um aluno de ensino médio sabe que a pressão representa
a atuação de uma força em uma dada área. Você aprendeu no
segundo capítulo que a medida da variação de pressão de um fluido
hidrostático depende da massa específica dele, da aceleração local
da gravidade e da profundidade em questão. Ambas as pressões
são representadas pela mesma dimensão? Explique justificando
seu raciocínio.
A BCD 3 DEF
4) Os critérios de semelhança são fundamentais para que o
engenheiro tenha segurança durante a realização de uma proposta
de condições de experimentação referentes a um problema físico
qualquer. Descreva os critérios de semelhança principais. Os fatores
que relacionam as características de protótipo e de modelo devem
ser iguais em todos os critérios? Explique e justifique.
218
Camila Pacelly Brandão de Araújo
219
5 Análise dimensional
220
Camila Pacelly Brandão de Araújo
221
6
6
Escoamento viscoso
222
6 Escoamento viscoso
6.1 Introdução
du
xy � �
dy
Nesse sentido, podíamos idealizar o escoamento do fluido
entre duas placas ocorrendo de modo que a tensão cisalhante fosse
transferida camada por camada do fluido, como ilustrado na Figura 98:
224
Camila Pacelly Brandão de Araújo
Fviscosa
Finércia LV
VD
Re
225
6 Escoamento viscoso
6.3 Camada-limite
226
Camila Pacelly Brandão de Araújo
227
6 Escoamento viscoso
228
Camila Pacelly Brandão de Araújo
229
6 Escoamento viscoso
u u r, x
A extensão de tubulação na qual se verifica essa situação
denomina-se região de entrada. Na medida em que avança para
o interior do tubo, a camada-limite cresce, restando, a cada nova
seção posterior na direção do escoamento, uma porção cada vez
menor de fluido não perturbado pela presença da tubulação.
Em determinada posição x, a porção do fluido atingida pelos
efeitos viscosos corresponde à totalidade da seção transversal. Em
outras palavras, em determinada posição x da tubulação, a camada
-limite cresce ao ponto de atingir a linha central da tubulação. A
230
Camila Pacelly Brandão de Araújo
u u r somente
Chamamos de comprimento de entrada (Le) a distância
da seção de entrada até o local no qual a camada-limite atinge a
linha central (de simetria) do tubo. A partir deste ponto, o perfil
de velocidade é plenamente desenvolvido, significando que seu
formato não varia mais na direção de x.
Evidentemente, o comprimento de entrada para um dado
escoamento depende do regime de escoamento, uma vez que esse
parâmetro terá influência direta no crescimento da camada-limite.
Como, no regime turbulento, se tem mistura entre as camadas de
fluido, a camada-limite se desenvolve mais rapidamente que no
caso laminar. Logo, modelos empíricos estimam o comprimento
de entrada em função do regime de escoamento para ser:
Le
0 06 Re escoamento laminar
D
Le 1
4 4 Re 6 escoamentoturbulento
D
Substituindo os limites de cada regime de escoamento,
podemos ver que, para o escoamento laminar, o comprimento
de entrada ocorre a aproximadamente 140D, enquanto que, para
o escoamento em regime turbulento, esse comprimento está na
ordem de 40D.
231
6 Escoamento viscoso
dN
d V dA
dt Sistema t VC sc
dP
dA FSx FBx
dt Sistema t VC sc
232
Camila Pacelly Brandão de Araújo
Considerando:
1) Escoamento completamente desenvolvido u u r somente
2) Em regime permanente 0
t
3) De um fluido incompressível cte
4) Em um tubo horizontal FBx 0
Assim, vemos que:
FSx = 0
Por análise das forças atuantes sobre o volume de controle,
conforme indicado na Figura 103, podemos avaliar que:
p dx
p
x 2
p dx
p
x 2
233
6 Escoamento viscoso
p dx p dx
p r rx .2 rdx 0
x 2 x 2
p
r rx .2
x
Se os efeitos gravitacionais são desprezados, a pressão é
constante em qualquer seção transversal do tubo, mas varia de
uma seção para outra:
p r
rx
x 2
234
Camila Pacelly Brandão de Araújo
p p p ∆p
cte
x 2 1 L
235
6 Escoamento viscoso
∆p R
w
L 2
Perceba que, nesse nosso desenvolvimento, não estabe-
lecemos qualquer dependência com o regime de escoamento.
Veremos que a consideração acerca do regime de escoamento
impõe várias condicionantes na modelagem do processo e que,
no regime laminar, podemos chegar a uma solução puramente
analítica, enquanto no escoamento turbulento, teremos que nos
apoiar na ferramenta de análise dimensional e em dados empíricos
para formular uma modelagem.
a) Perfil de velocidades
Conforme dissemos, o fato de um escoamento ocorrer em
regime laminar não é o mais representativo da realidade: a maioria
dos escoamentos é turbulento. O escoamento laminar, porém, nos
permite relacionar as quantidades analiticamente.
Usando a relação funcional entre a tensão cisalhante e a
variação de pressão obtida anteriormente:
p
r rx .2
x
E admitindo que o fluido que escoa é newtoniano:
du
dr
236
Camila Pacelly Brandão de Araújo
Podemos escrever:
p du
r 2
x dr
p
Sabendo que cte em uma dada seção do escoamento,
temos: x
du
2
p dr
x r
Rearranjando:
p 1
du rdr
x 2
Realizando a integração mediante as condições de contorno:
r r � u u r
Temos:
u u r r p 1
du rdr
u 0 R x 2
O que nos fornece:
p 1 2
u r 0
x 4
r R2
237
6 Escoamento viscoso
∆p 1
u r R2 r 2
L 4
2
∆p 2
u r 1
L 4 R
d u r
umáx 0
dr
2
∆ pR 2 r
d 1
4 l R
0
dr
∆p
2r 0
4 l
Desse modo, podemos verificar que o ponto de máximo
ocorre quando a coordenada radial tiver valor zero, ou seja, na
linha central da tubulação:
238
Camila Pacelly Brandão de Araújo
umáx r 0
Substituindo essa condição na equação do perfil de velo-
cidades para determinar o valor da velocidade máxima, temos:
∆p 2
umáx R
4 l
c) Vazão volumétrica
Definimos vazão volumétrica durante nosso estudo de
conservação da massa na perspectiva integral para ser:
Q u r dA
dA 2 rdr
Assim,
Q u r 2 rdr
R ∆p 2
Q R r ² 2 rdr
0 4 l
∆p R
Q R 2 r rdr
2 l 0
239
6 Escoamento viscoso
∆p 2 2 4
Q R .
2 l 2 4
R4 p D4 p
Q
8 l 128 l
Essa equação recebe o nome de Equação de Hagen-Poiseuille
e permite a estimativa da vazão de escoamento do fluido mediante
informações da queda de pressão por unidade de comprimento da
tubulação e do diâmetro dela, sendo de grande importância prática.
d) Velocidade média
Também durante nossos estudos de conservação da massa
na perspectiva integral, estipulamos que a velocidade média de um
dado escoamento era fornecida pela razão entre a vazão volumétrica
e a área disponível para que o fluido escoasse:
Q
Vmédia
A
Dessa maneira,
R4 p
8 l
Vmédia
R2
R2 p
Vmédia
8 l
240
Camila Pacelly Brandão de Araújo
1
Vmédia umáx
2
241
6 Escoamento viscoso
242
Camila Pacelly Brandão de Araújo
laminar turbulenta
du
u ' v '
dy
É interessante notar que podemos chegar a esse resultado a
partir da definição de momento e da informação de que as flutuações
de velocidade o transferem. De maneira simplificada, teríamos:
.
P = mV
dP dV
.
= m= F
dt dt
F dV 1
A dt A
dL
.V
dt
u ' v '
243
6 Escoamento viscoso
du
w
dy y 0
244
Camila Pacelly Brandão de Araújo
245
6 Escoamento viscoso
246
Camila Pacelly Brandão de Araújo
V2
Q Weixo Wcis Woutros e d u gz pv A
t VC sc 2
E considerarmos:
1) Escoamento em regime permanente;
2) De um fluido incompressível;
3) Na ausência de qualquer outra forma de trabalho que
não seja o de escoamento;
4) Uniformidade dos valores de pressão e energia interna
em cada seção.
247
6 Escoamento viscoso
Podemos escrever:
p p V22 V12
Q m u2 u1 m mg
z2 z1 V2 dA2 V1dA1
A2 2 a1 2
V 3 dA
Fator de correção da energia cinética
mV
²
248
Camila Pacelly Brandão de Araújo
p p V2 V 1 2
Q m u2 u1 m 2 1 mg
z2 z1 2 m 2 1m
2 2
Se o escoamento estiver plenamente desenvolvido, o perfil de
velocidades será o mesmo entre duas seções quaisquer e 2 1
Rearranjando:
Q p2 p1 V22 V2
u2 u1 g z2 z1 2
m 2 2
Q p1 V12 p2 2
u2 u1 gz1 1
gz2
m 2 2
O termo da esquerda da igualdade representa a diferença
em energia mecânica entre as duas seções e contabiliza, portanto,
as perdas de energia mecânica sob a forma de calor e energia
interna do fluido:
2 2
p1
gz1 2
gz2 hlT
2 2
Quando escrita dessa maneira, a conservação da energia para
o escoamento viscoso tem dimensões de (L²/t²), que representa uma
quantidade de energia por unidade de massa. Nessa configuração:
2 2
p1 p2 hlT
z1 z2 H lT
g 2g g 2g g
249
6 Escoamento viscoso
hLT hL hac
A nomenclatura maior ou menor não é a mais adequada,
pois as perdas secundárias podem, por vezes, causar maior perda
de energia mecânica entre duas seções do que as perdas principais.
Dese modo, usaremos os termos principal e secundária na maioria
dos casos.
250
Camila Pacelly Brandão de Araújo
( p1 p2 ) p
HL
g g
( p1 p2 ) p
hL
251
6 Escoamento viscoso
R2 p
V
8 l
A qual poderia ser expressa em termos do diâmetro da
tubulação para ser:
D2 p
V
32 l
Isolando a variação de pressão:
32 VL
p
D2
Dividindo por:
p 32 VL
HL
g gD 2
Retomando a definição do número de Reynolds, podemos
escrever:
VD
Re
VD
32 VL
Re V 2 32 L 1
HL
gD 2 Re D g
64 L V 2
Ou HL
Re D 2 g
Similarmente,
64 L V 2
hL
Re D 2
252
Camila Pacelly Brandão de Araújo
p p D, , , L V e
Pelo procedimento de análise dimensional, podemos verifi-
car que são sete (n = 7) as variáveis de importância para o processo,
e que elas podem ser descritas por um conjunto de três dimensões
fundamentais (M, L e t), tal que j = 3, de tal forma que 4 grupos
adimensionais podem ser formados pelo algoritmo de Buckingham.
Escolhendo como variáveis repetidas ρ, V e D, podemos
escrever a seguinte relação entre os adimensionais:
∆p e L
f , ,
V2 VD D D
253
6 Escoamento viscoso
Ou
∆p e L
e, ,
V2 D D
Os experimentos mostram que a perda de carga é diretamente
proporcional a L/D. Assim, podemos representar o processo por:
hL L e
f Re,
V 2
D D
Como f permanece indeterminada, é permitido introduzir
uma constante no lado direito da relação. A constante ½ é adi-
cionada para que o termo do lado esquerdo represente a razão
entre a perda de carga principal e a energia cinética por unidade
de massa do escoamento.
hL L e
f Re,
1 2 D D
V
2
Essa função denominamos de fator de atrito de Darcy (f),
e podemos escrever:
L V2
hL = f
D 2
Ou
L V2
HL = f .
D 2g
Dedicaremos o próximo tópico para a avaliação do com-
portamento do fator de atrito.
254
Camila Pacelly Brandão de Araújo
b) Fator de atrito
O fator de atrito, conforme indicado, é expresso por uma
relação funcional do regime de escoamento e das características
da tubulação.
e
f f Re,
D
Para determinar o fator de atrito, utiliza-se o Diagrama de
Moody. Para tal, deve-se ter o valor do número de Reynolds e a
rugosidade relativa e = ε/D. A rugosidade absoluta depende do tipo
de material da tubulação e do seu acabamento e representa o valor
médio das alturas da rugosidade da parede interna da tubulação.
A Figura 111 ilustra esse fenômeno.
255
6 Escoamento viscoso
64
f =
Re
256
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257
6 Escoamento viscoso
V2
hac = K
2
Onde K é o coeficiente de perda de carga e V a velocidade média.
O coeficiente de perda de carga será maior quanto mais abrupto for o
elemento originando zonas de recirculação de fluxo e altos níveis de
turbulência, aumentando, dessa forma, a energia dissipada. A tabela
4 mostra o coeficiente de perda e carga de diversos elementos.
258
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Acessório K
Ampliação gradual 0,20
Bocais 2,75
Comporta aberta 1,00
Controlador de vazão 2,50
Cotovelo 90º 0,90
Cotovelo 45º 0,40
Crivo 0,75
Curva 90 0,40
Curva 0,20
Curva 22,5 0,10
Entrada normal 0,50
Entrada de borda 1,00
Existência de derivação 0,03
Junção 0,40
Medidor Venturi 2,50
Redução gradual 0,15
Registro de ângulo aberto 5,0
Registro de gaveta aberto 0,20
Registro de globo aberto 10,00
Saída de canalização 1,00
Tê passagem direta 0,60
Tê saída de lado 1,30
Tê saída bilateral 1,80
Válvula de pé 1,75
Válvula de retenção 2,05
Velocidade 1,00
Tabela 4 – Coeficiente de perda de carga para alguns acessórios comuns
Fonte: adaptado de Alé (2011)
259
6 Escoamento viscoso
Acessório Leq/D
Válvula de globo aberta 340
Válvula de gaveta aberta 8
Válvula de gaveta 3/4 aberta 35
Válvula gaveta 1/2 aberta 160
Válvula gaveta 1/4 aberta 900
Válvula borboleta aberta 45
Válvula esfera aberta 3
Válvula retenção globo 660
Válvula retenção em ângulo 55
260
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Acessório Leq/D
Válvula de pé com crivo, 75
de disco móvel
Cotovelo padronizado 90º 30
Cotovelo padronizado 45º 16
Tê padronizado fluxo direto 20
Tê padronizado fluxo ramal 60
Tabela 5 – Coeficiente de perda de carga para alguns acessórios comuns
Fonte: adaptado de Alé (2011)
6.7 Bombas
261
6 Escoamento viscoso
Produzindo:
bomba
saída entrada
∆ pbomba
bomba
Wbomba
.
∆ pbomba
∆ hbomba .
m
E verificar que o bombeamento proporciona um ganho de
energia do fluido na forma de pressão (e não de energia cinética do
fluido). Essa constatação advém do fato de a carga cinética, repre-
sentada pela velocidade média na seção, permanecer inalterada,
em virtude de a seção da tubulação não mudar desde a entrada
até a saída da bomba.
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6.7.1 Cavitação
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267
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269
6 Escoamento viscoso
FD FR cos
E
FL FR �
dFL PdA � da
� cos
270
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FD FD ,� atrito FD ,� pressão
271
6 Escoamento viscoso
Resumo
Exercícios
272
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273
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274
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275
6 Escoamento viscoso
276
Lista de figuras