Resumo de Farmacologia Cardiovascular
Resumo de Farmacologia Cardiovascular
Resumo de Farmacologia Cardiovascular
Paula Mendes
Sumário
Sistema Cardiovascular ............................................................................................................. 2
Digitálicos..................................................................................................................................... 4
Diuréticos Osmóticos ................................................................................................................. 7
Diuréticos de Alça....................................................................................................................... 9
Diuréticos Tiazídicos ................................................................................................................ 10
Diuréticos Poupadores de Potássio ...................................................................................... 11
Drogas que inibem a ação da ANG II - SRAA ..................................................................... 12
Inibidores de conversão da angiotensina (IECA) ............................................................ 14
Bloqueadores dos Receptores AT1 da ANG II (BRAS) ................................................. 15
Bloqueadores da renina ...................................................................................................... 15
Drogas antiadrenérgicas ......................................................................................................... 16
Agonista α2 adrenérgicos ....................................................................................................... 18
Bloqueadores dos Canais de Cálcio ..................................................................................... 19
Nitratos Orgânicos .................................................................................................................... 22
Farmacologia das Hiperlipoproteinemias ............................................................................. 25
Estatinas .................................................................................................................................... 27
Fibratos ...................................................................................................................................... 28
Anti-agregantes plaquetários .................................................................................................. 29
Aspirina (ácido acetilsalicílico)............................................................................................ 29
Inibidores da ADP................................................................................................................. 30
Inibidores dos receptores das glicoproteínas IIb/IIIa ...................................................... 31
Heparina..................................................................................................................................... 33
Heparinas de baixo peso molecular ...................................................................................... 34
Anti coagulantes orais ............................................................................................................. 35
Inibidores da vitamina K ...................................................................................................... 35
Novos anti-coagulantes orais ................................................................................................. 36
Fibrinolíticos .............................................................................................................................. 37
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Doença: disfunção da fisiologia (hiper ou hipoatividade)
Sistema Cardiovascular
Sistema Cardiovascular (circulatório): fechado, com bomba (coração) com
artérias que levam sangue rico em oxigênio para tecidos (responsável: VE); veias
levam sangue pouco oxigenado para lado direito do coração, que será levado ao
pulmão para ser oxigenado.
Fisiologia está normal? Avaliar pela PA: tensão exercida pelo sangue na parede das
arteríolas
Entrada: DC
Saída: RVP
PA = DC x RVP
DC = VS x FC
Durante o dia o organismo sofre várias influências – variáveis mudam a cada segundo,
adaptando ao ambiente (quente x frio) e às circunstâncias (repouso x atividade).
A variação fisiológica é dentro de uma faixa normal (140/90 – 90/60)
Existem sistemas de controle para interferir no DC e RVP para adaptação, que atuam
o tempo todo. Se tornam hipo ou hiperativos dependendo das informações que
chegam.
1. Sistema Nervoso Simpático: barorreceptores no seio carotídeo e arco aórtico.
Informação é processada no SNC. Resposta: NOR; a maior ou menor
ocupação dos receptores beta 1 no coração determina o grau de contratilidade
e a força (DC) e dos receptores alfa 1 nas arteríolas determina o RVP.
A queda da PA ocasiona a maior liberação de NOR e o aumento da PA leva à
redução de NOR, mantendo o controle da pressão.
2. Sistema Renina Angiotensina Aldosterona (SRAA): as células
justaglomerulares (mácula densa) no rim funcionam como sensor de pressão.
Resposta: produção de renina.
A ANG II produz resposta imediata, pela vasodilatação direta das arteríolas e
resposta a médio/longo prazo pela atuação da aldosterona no volume.
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Os dois sistemas possuem atuação basal para manter funcionamento adequado e
harmônico frente aos estímulos.
Alterações fisiológicas:
Coração não consegue mobilizar completamente o volume que chega nele (miocárdio
comprometido por diversas causas).
Fisiologicamente, o volume que entra deve ser igual o que sai. Se não consegue ejetar
tudo, sempre sobra volume residual ao final da diástole. Lei de Frank Starling:
mecanismo de compensação por hipertrofia e dilatação.
Sistema se esgota: VDF crescente no VE pressão aumenta AE precisa fazer
mais força aumenta pressão no AE aumenta pressão no pulmão
extravasamento de líquido para espaço intersticial dificuldade de troca gasosa.
Clinicamente: falta de ar = dispneia aos esforços; inicialmente, aos grandes esforços.
Se não corrigido: médio/poucos esforços, levando a edema pulmonar agudo.
Aparecimento da 4ª bulha.
Passa aumento de pressão para artéria pulmonar AD veias (turgência da
jugular). Pressão aumentada também no lado direito: insuficiência cardíaca
congestiva. Extravasamento de líquido das veias: edema.
O aumento da pressão nas cavidades ocasiona sintomas e sinais da insuficiência
cardíaca gera queda da qualidade de vida do paciente.
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Digitálicos
Efeitos farmacológicos:
Inotrópico positivo (força)
Aumento do débito cardíaco
Redução das pressões cavitárias (diminui volume no VE)
Aumento do DC
Aumenta PA redução da hiperatividade do SRAA e SNS (diminui
mortalidade), mas logo retorna a aumentar o SNS – sem redução da
mortalidade só em paciente com FA
Redução das pressões intra-cavitárias
Melhora dos sintomas
(mais para miocardia dilatada)
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Apresentações
Não pode ser usado em IAM!!! Aumenta consumo do miocárdio (usar diurético
mais vasodilatador).
Intoxicação digitálica
Usos clínicos
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Quem tem a maior velocidade de despolarização comanda; vários focos chegada
de muitos estímulos no NAV, bloqueando o nó sinusal. Mesmo o NAV bloqueando
alguns estímulos, muitos passam – ritmo desregulado.
Fibrilação atrial: onda P some (sem contração atrial organizada). QRS e onda T
desregulados. Aumenta frequência cardíaca: reduz diástole – enchimento ventricular
prejudicado – maior acúmulo de líquido, congestão pulmonar.
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Diuréticos Osmóticos
Primeiro grupo de diuréticos
Filtração
Reabsorção
Secreção
Excreção: eliminação de substâncias pela urina
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Drogas
Manitol: terapeuticamente somente IV, não é absorvido pelo TGI – puxa água
causando diarreia, usado em preparo para colonoscopia; sem efeito celular:
não interfere na função dos órgãos.
Efeitos adversos
Hipervolemia inicial: aumenta pré-carga aumenta VDF
Hipocalemia
Contra-indicações
Insuficiência Cardíaca descompensada (edema pulmonar agudo)
Insuficiência Renal Crônica: doença progressiva, destruição dos néfrons
filtração pequena, hipervolemia mantida. Mesmo com funcionamento
cardíaco normal, uma hora descompensa (diferente de insuf. Renal aguda)
Efeito terapêutico
Edema cerebral (maior uso): extravasamento de líquido no espaço intersticial:
aumenta volume aumenta pressão intracraniana.
Indicações quando causado por: tumor, AVC isquêmico (obstrução; puxa
edema)
NÃO indicado em AVC hemorrágico: puxa de um lado, mas mais sangue
pode vazar.
Trauma: talvez pode ser usado depois da coagulação, para tratar edema
remanescente.
Insuficiência Renal Aguda: causado por falta de volume chegando. Diurético
aumenta volume circulante para ser filtrado – retomar função.
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Diuréticos de Alça
Quanto mais próximo do glomérulo atuar, maior volume deixa de ser reabsorvido.
Atuação no TCP: muito efeito colateral. Então, diurético de alça possui a maior
potência para reduzir volume e edema, gerando efeito maior do que a compensação
dos sistemas SRAA e SNS
Droga:
Furosemida: boa absorção VO e parenteral; maior utilidade para reduzir volume.
Produz rápido efeito, emergência urinária. Efeito intenso em 2h. Usado IV: 10-15
min. Boa queda da PA. Meia-vida curta: após 4h não tem muito efeito.
Bumetanida
Ácido etacrínico
Efeitos adversos:
Hipocalemia: mesmo em doses terapêuticas. Diminui diferença de potencial – risco
de arritmias. Cuidado ao associar com diurético.
Solução: aumentar ingesta de K ou utilizar droga que retém.
Em grandes doses: hipotensão e hiponatremia.
Em dose terapêutica, a hiponatremia é compensada, pois estimula ADH.
Usos terapêuticos:
Tratamento dos edemas
Insuficiência cardíaca: melhora sintoma, não reduz mortalidade
Insuficiência renal
Edema agudo do pulmão
Cirrose hepática complicada com ascite: fase final, paliativo
Síndrome nefrótica: proteinúria, diminui osmolaridade gerando edema
generalizado; tratamento do sintoma, normalmente a causa é auto-imune.
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Diuréticos Tiazídicos
Ações farmacológicas:
Diminuição da volemia: diminui pressão
Diminui Na: aumento de ADH (compensação) – dependendo da dose, em duas
semanas reverte a queda da pressão.
Utilizado por reduzir RVP em 2-4 semanas
Queda da RVP: HA
PA = DC x RVP
Drogas:
Hidroclorotiazida (maior utilização – custo e disponibilidade)
Clortalidona
Indapamida
Xipamida: bem menos utilizado
Doses mais baixas: não perde efeito terapêutico e reduz muito os efeitos adversos
(12,5 – 25 mg)
Usos terapêuticos:
Hipertensão Arterial
Meia-vida longa (1x ao dia) – comodidade posológica, maior aderência
Sinergismo: associação com outros anti-hipertensivos muito boa – efeito maior
que dobrar dose de um e não aumenta custo do tratamento
Edema resistente (potencializar diuréticos de alça: local de ação diferente)
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Diuréticos Poupadores de Potássio
Drogas:
Usos clínicos:
Hipertensão Arterial
Resistente, sem controle com 3 antihipertensivos, sendo um deles um tiazídico
– espironolactona como 4º
Efeitos adversos:
Hipercalemia
Ginecomastia
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Drogas que inibem a ação da ANG II - SRAA
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Ação da ANG II nos receptores AT1:
Proteína G IP3 (fosfatidil inositol) mobilização de Ca efeitos imediatos
Vasoconstrição
Síntese de aldosterona
Facilita neurotransmissão
Efeitos sobre o SNC
Efeitos renais
Efeitos cardíacos
Ações da ANG II
Alteração da RVP
o Vasoconstrição direta (músculo liso vascular)
o Aumento da neurotransmissão noradrenérgica periférica
Aumento da liberação de NE
Diminuição da recaptação de NE
Aumento da resposta vascular
o Aumento da descarga simpática (SNC)
o Liberação de catecolaminas da medula suprarrenal
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Aumento da tensão da parede
Efeitos farmacológicos
Vasos: vasodilatação (reduz RVP), previne, reduz ou reverte a hipertrofia e
fibrose da parede vascular evitar progressão da HÁ vasoproteção
Coração: previne ou reverte o remodelamento miocárdico (secundário a
hipertensão, insuficiência cardíaca e infarto) cardioproteção
(remodelamento é causado pela hiperatividade do SNS)
Rins: diminuem significativamente a pressão glomerular ao bloquear AT1 da
arteríola eferente nefroproteção
Dose dependente: quanto mais bloquear, maior a proteção.
Marcador de insuficiência: creatinina; mas quando se altera, já está com
progressão significativa. Marcador mais precoce: proteinúria (microalbuminúria)
– já iniciar bloqueio do SRAA
Drogas:
Captopril (3x dia, meia-vida curta)
Enalapril (2x dia, meia-vida curta)
Lisinopril
Ramipril padrão-ouro, meia-vida mais longa, comodidade posológica
maior custo
Cilazapril
Benazepril
Trandalopril
Perindopril
Quinapril
Fosinopril
Efeitos adversos:
Tosse seca (maior concentração de bradicinina na traqueia não melhora)
Edema angioneurótico
Erupções cutâneas
Efeitos teratogênicos
Usos terapêuticos:
Hipertensão arterial
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Associado a comorbidades: insuficiência cardíaca (cardioprotetor, diminui
mortalidade), insuficiência renal (preserva o rim, reduz progressão), diabético
(nefroprotetor, vasoprotetor, sem efeito no metabolismo da glicose)
Insuficiência cardíaca
Droga obrigatória: reduz remodelamento (hiperatividade do SRAA), abaixa débito, mas
reduz RVP (compensa)
Começar com dose baixa, aumentando progressivamente até ter sinais de baixo
débito atingiu dose máxima
Proteção renal
Hipertrofia ventricular esquerda
IAM
Isquemia da musculatura, que evolui para necrose. Transformação para fibrose ocorre
nos primeiros 30 dias. Usar IECA para reduzir pressão sobre parede do VE.
Se perde parede significativa, pode modificar estrutura interna do coração, gerando
aneurisma.
Mecanismo de ação: bloqueio a nível de receptor. Acumula ANG II para efeito em AT2.
Drogas:
Losartan – farmácia popular; meia-vida curta: 2x
Valsartan
Irbesartan
Candesartan
Temisartan
Olmesartana
Bloqueadores da renina
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Droga: alisquireno
Efeitos adversos:
Erupções cutâneas
Efeitos teratogênicos
Diarreia
Desconforto abdominal
Drogas antiadrenérgicas
β bloqueadores
Ações farmacológicas:
Redução da FC e da força de contração do miocárdio
Em casos de placa de ateroma em coronárias, oferta de oxigênio é reduzida (desequilíbrio
oferta x consumo) causando angina.
o Redução do débito cardíaco
o Redução do consumo de oxigênio do miocárdio
Vasoconstrição (bloqueio β2) – vasos musculares
Vasodilatação (redução da produção de ANG II)
Efeito final queda da RVP
Redução da velocidade de condução de estímulo ao nível do nó sinusal – diminui
FC
Propriedades farmacológicas
Cardiosseletividade – afinidade maior (não exclusividade) com β1 em relação a
β2.
Atenolol, bisoprolol e metoprolol
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Bloqueio alfa 1 associado: potencializa redução da RVP
Carvedilol
Atividade simpaticomimética intrínseca (agonista parcial) – estimula com efeito
menor, menor ação; vantagem: reduz efeitos adversos.
Pindolol (pouco uso)
Atividade estabilizadora da membrana (anti-arritmica)
Propranolol – em dose alta, pouco utilizado substituído ultimamente por
atenolol
Produtores de óxido nítrico
Nebivolol – reduzir RVP
Efeitos indesejáveis
Bradicardia intensa (baixo débito) – indesejável quando apresenta sinais
Efeito inotrópico negativo: reduz força – desencadeia ou agrava insuficiência
cardíaca – mas é droga obrigatória em insuficiência cardíaca
Redução da condução átrio-ventricular (bloqueio AV): risco significativo se já
tem
Broncoconstrição – bloqueio β2: restrição se é asmático. Dose mais baixa de
cardiosseletivo.
Fadiga: vasoconstrição muscular
Disfunção sexual em homens (agonista alfa 2 também)
Nebivolol reduziu – vasodilatação por NO.
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Agonista α2 adrenérgicos
Diminui liberação de NOR na fenda sináptica; reduz ação do SNS, mais no SNC
(impede efluxo de NOR).
Ações farmacológicas
Queda do débito cardíaco
Queda da RVP (maior: bloqueia tanto alfa quanto beta)
Não são drogas de primeira linha por efeitos adversos
Drogas
Clonidina
Metildopa
Efeitos adversos
Hipotensão
Sonolência (SNC) dificulta aderência ao tratamento
Boca seca
Disfunção sexual
Hepatotoxicidade (doses elevadas)
Efeito “rebote” – exacerbação do efeito fisiológico após retirada abrupta da
droga
Ativa α2, impede liberação de NOR, não síntese – portanto, ela é acumulada
A redução de NOR provoca aumento do número de receptores para tentar
aumentar efeito.
Não pode suspender abruptamente – se tiver efeito colateral tem que reduzir
aos poucos
Usos terapêuticos
Hipertensão Arterial
o Gestação - alfa metildopa possui segurança materno-fetal; só não é
droga de escolha se tiver muito efeito adverso
o Mulheres – em que não consegue controlar com drogas de primeira
escolha, ou possui intolerância
o Severa (clonidina)- já usou drogas de primeira escolha, resistente a
associações.
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Bloqueadores dos Canais de Cálcio
Os efeitos dos bloqueadores de Ca nas veias é bem menor. Elas dependem mais de
óxido nítrico para dilatar.
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Nas células da musculatura lisa vascular: (estado de semi-contração permanente)
Vasodilatação: redução da RVP.
Usos terapêuticos
Hipertensão Arterial: usa-se mais os dihidropiridínicos – muito bom em negros
e idosos (vasodilatação na vasculatura cerebral). Os negros brasileiros são
retentores de sódio (sobreviventes nos navios negreiros – não respondem bem
ao bloqueio do SRAA). Usa-se muito tiazídicos neles também, e menos IECA e
BRA. Nifedipina foi desaconselhada na crise hipertensiva por causa de casos
de isquemia miocárdica. Usa-se mais captopril.
Insuficiência coronariana: os centrais reduzem o consumo de oxigênio do
miocárdio. Tratamento da angina. O mais utilizado é o de ação balanceada,
pois aumenta a oferta de sangue também ao dilatar as coronárias. Não pode
usar em infarto nos primeiros 30 dias (cálcio é importante na recuperação de
células isquêmicas).
Arritmias cardíacas: centrais; ação no nó AV.
Efeitos adversos
Hipotensão arterial: vasodilatação exagerada em doses elevadas ou nifedipina
de absorção muito rápida. BCC: anti-hipertensivos muito potentes.
HA: - tiazídicos
- BRA
- IECA
- beta bloqueador
- BCC (idoso e negro)
Diabético: não usa tiazídico e beta bloqueador. IECA e BRA por nefroproteção.
“Flushing”: calor e rubor no rosto e tórax (às vezes membros), por causa da
vasodilatação. Menos com amlodipina. Muito visto com nifedipina de rápida
absorção. Diminuiu com uso de retar e oros (cápsula sai nas fezes).
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Cefaleia: vasodilatação de vasos de médio calibre
Edema maleolar: maior problema do uso, mas não tão frequente (15%),
problema estético e incômodo. Dificuldade de retorno venoso e maior facilidade
de chegada – vasodilatação das artérias. O uso junto com IECA ou BRA ajuda
a diminuir.
Taquicardia reflexa (dihidropiridinicos): gerada pela queda muito significativa de
pressão.
Insuficiência cardíaca: redução da força de contração, em pacientes que já
possuem deficiência contrátil. Bloqueadores central. Cuidado na associação
com beta bloqueador: potencializa efeito inotrópico negativo.
Bradicardia intensa: efeito no nó sinusal.
Bloqueios átrio ventriculares: pela redução da condução no nó AV. Cuidado
naqueles que já possuem bloqueio prévio.
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Nitratos Orgânicos
Mecanismo de ação:
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NO transforma GTP em GMPc, que ativa cinase dependente de GMPc,
desfosforilando cadeia leve da miosina – relaxamento da musculatura lisa vascular.
Vaso em semi-contração permanente: tônus vascular.
Ações farmacológicas
Concentrações baixas venodilatação
o Redução do retorno venoso (pré-carga) – redução do volume
ventricular esquerdo – redução da pressão ventricular esquerda –
redução do consumo de oxigênio do miocárdio (diminui PD2VE)
Prevenção de crises anginosas
Vias de administração
Oral e transdérmica (não usa mais): prevenção – concentração estável em 24h
– tempo de ação prolongado
Sub-lingual e intra venosa: tratamento – concentração elevada em pouco
tempo
Drogas
Dinitrato de isossorbitol – isordil - VO (10 mg 4x, 20 mg 2x e 40 mg 1x) e SL
(absorve em 1 a 2 min – dose alta: 5 mg) – mais barato e mais antigo. sofre
metabolismo de primeira passagem
Mononitrato de isossorbitol – VO (20 mg 2x ou 40 mg 1x) e IV. mais eficaz:
transformação direta em NO.
Propatilnitrato – VO (4x dia – meia-vida menor)/SL (absorção demora mais
que dinitrato – diminui concentração sérica, menos efeito colateral)
Nitroglicerina (importado) – IV e transdérmica
Usos terapêuticos
Insuficiência coronariana: todas as formas
Insuficiência cardíaca congestiva: vasodilatação arterial (diminui pós-carga) e
venodilatação (diminui pré-carga). Só se totalmente refratária. Problema: dose
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alta VO de 3 em 3 h, precisa internar para IV. Não reduz mortalidade: não
diminui ação do SNS ou SRAA e sim aumenta SNS por taquicardia reflexa.
Efeitos adversos:
Hipotensão arterial (postural): diminui retorno venoso em dose alta ou baixa,
mas principalmente alta (diminui RVP e retorno venoso). Usar nitrato SL
deitado ou sentado não usar em pé.
Cefaleia: vasodilatação cerebral. Diminui após 1-2 semanas. Perde efeito em
uso constante: esgota alvo. Tem que aumentar dose para ter efeito.
Taquicardia reflexa: queda de PA – tenta compensar em dose alta. Evita ao
associar beta bloqueador (mais eficiente) ou BCC.
Mecanismo de ação: igual dos nitratos orgânicos, porém muito mais potente. Produz
NO. Sempre tem dupla dilatação (venosa e arterial), mesmo em dose baixa. Só utiliza
IV – não tem como usar concentração baixa.
Usos terapêuticos
Emergências hipertensivas (crise hipertensiva com lesão de órgão-alvo e risco
iminente de vida, com sintomas - captopril)
o Edema Agudo de Pulmão (eleva RVP abruptamente, aumentando
pressão intracavitária – angústia respiratória) associado a diurético: em
15 min eupneico
o Aneurisma dissecante de aorta (secundária a HA) – falso trajeto de
sangue. Dor no peito muito forte que irradia para as costas, ECG
normal – vê aumento no RX, pode evoluir para choque. Abaixar PA
para não arrebentar aorta. Trocar toda região que dissecou por tubo
valvar. Diagnóstico de certeza: ECO transesofágico, TC, RM.
o Acidente vascular cerebral hemorrágico – o aumento da PA lesa vasos
cerebrais. Reduzir PA – melhor prognóstico. No AVC isquêmico pode
estar hipertenso para tentar circulação colateral.
Insuficiência cardíaca refratária – não controlada com digital, diurético, beta
bloqueador.
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Farmacologia das Hiperlipoproteinemias
Problema: ruptura da placa, que gera agregação plaquetária – obstrução do vaso por
coágulo plaquetário, que não é tão forte: fluxo pode reverter, eventos transitórios.
Porém, quando fluxo diminui pode formar coágulo vermelho, mais estável, sem
reversão.
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Níveis normais de lipoproteínas
Ideal Limítrofe Elevado
Colesterol total < 200 200-240 >240
LDL <130 130-160 >160
HDL > 35 homem
> 55 mulher
TG < 200
Tratamento farmacológico
LDL e CT:
o Estatina
o Ezetimiba
o Resertinas sequestradoras de sais biliares se não puder estatina
TG:
o Fibratos
o Ácido nicotínico: muitos efeitos colaterais – desconforto pela
vasodilatação
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Estatinas
Ações farmacológicas
Redução de CT: 15-30% *
Redução de LDL: 20-40% *
Redução de TG: 10-20%
Elevação de HDL: 5-10%
Estabilização da placa (mobilização de células musculares lisas) – placa dura,
menor risco de ruptura estatina é droga obrigatória na prevenção
secundária (já teve IAM, AVC)
Anti-inflamatório
Anti-agregante plaquetária
Efeitos adversos:
Sintomas gastrointestinais (náuseas, flatulência, obstrução intestinal, diarreia)
Cefaleia
Prurido
Dores musculares generalizadas, sem melhora no repouso (CPK) –
rabdomiólise em associação com fibrato, miosite (3%). Se aumentar CPK três
vezes, não toma.
Elevação das transaminases (hepatotoxicidade): raro
Usos terapêuticos
Hipercolesterolemia
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Dislipidemia mista
Coronariopatia
Insuficiência vascular cerebral aterosclerótica independente de hiperlipidemia
Insuficiência vascular periférica
Drogas:
Sinvastatina: farmácia popular; menos potência, precisa de dose maior, mais
efeito colateral
Atorvastatina
Rosuvastatina
Pitavastatina
Pivastatina = rosuvastatina = 2x atorvastatina = 2x sinvastatina
Fibratos
Mecanismo de ação:
Redução da produção hepática de TG
Aumento da atividade da lipase lipoproteica
Ações farmacológicas
Redução dos TG: 35-55%
Aumento do HDL: 10-25%
Drogas:
Genfibrozil: mais eficaz
Bezafibrato
Fenofibrato
Etofibrato
Ciprofibrato: mais barato
Pouca diferença entre eles.
Efeitos colaterais:
Intolerância gástrica, diarreia
Dores musculares
Prurido
Cefaleia
Leucopenia
Tendência a litíase biliar
Interações medicamentosas com estatinas – miosite; e anti-convulsivante e
anti-coagulante: aumentam toxicidade.
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Lançamento próximo de medicamento via injetável que inibe enzima que destrói
receptores de LDL – opção para hipercolesterolemia principalmente de origem familiar,
de difícil controle e intolerantes a estatina.
Anti-agregantes plaquetários
Efeitos colaterais:
Gastrointestinais
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Sangramento digestivo – reduz muco (produzido por prostaglandina: diminui
ativação/produção da bomba de prótons – inibe produção de HCl)
Portanto: aspirina aumenta HCl
Alergia: pouco frequente
Doses mais elevadas: aumento da PA (pode dificultar tratamento de hipertenso –
aumenta RVP) e toxicidade renal.
Cuidado: manejo cirúrgico (até dentário); ideal suspender AAS de 7-10 dias. Bloqueio
é irreversível: renovar todas as plaquetas.
Em emergências: suturar muito bem, sem ponto frouxo; bolsas de sangue com
plaqueta.
Usos terapêuticos:
Prevenção AVC
Prevenção IAM
Claudicação intermitente – doença aterosclerótica
Insuficiência coronariana
Insuficiência vascular cerebral
Insuficiência vascular periférica
Inibidores da ADP
Para os pacientes que não toleram AAS – alergia, doença renal, estômago,
sangramento digestivo prévio.
Drogas:
Ticlopidina: era primeira opção, mas possui muito efeito colateral.
Clopidogrel: efeito muito bom, menos efeito colateral, menor custo. Interação
medicamentosa com inibidor de bomba de prótons (omeprazol), diminuindo
efeito. Algumas pessoas possuem resistência genética.
Prasugrel
Ticagrelor
Prasugrel e ticagrelor: custo de mais de 100 reais mensais.
Efeito rápido (início de ação) do prasugrel e ticagrelor em relação ao clopidogrel. Mas
usar clopidogrel em substituição ao AAS não há grande prejuízo.
Efeitos colaterais:
Neutropenia (frequente com ticlopidina, por isso parou de usar: toxicidade
hematogênica)
Diarreia
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Dispepsia (azia), náuseas, vômitos
Erupção cutânea
Sangramento maior problema
Dispneia
Uso terapêutico
Conta-indicação do AAS
Paciente que chega com angina: cateterismo mostra obstrução de 80% - angioplastia
(pouco invasivo) passa cateter e coloca balão.
Para reduzir risco de obstruir novamente, coloca stent. – resolver problema do fluxo.
Do ponto de vista fisiopatológico, stent é um corpo estranho.
Ao abrir balão pode gerar ruptura de placa muito significativa do que poderia ser uma
placa estável. 3 a 4 dias antes do procedimento fazer anti-agregação muito
significativa: AAS + clopidogrel (dupla), deve ser mantida até re-epitelização (3 meses
se for stent convencional e 1 ano em farmacológico)
Qual stent: depende de tamanho/localização da artéria e comorbidades associadas.
Usar farmacológico em pequenas artérias.
Se usar prasugrel/ticagrelol: pode ser menos tempo (preferência).
Melhor tratamento para IAM: abrir artéria para salvar maior área.
Reperfusão mecânica (fura coágulo com cateter – se tiver laboratório de
hemodinâmica) + angioplastia
OU fibrinolítico (desfazer coágulo vermelho)
Re-oclusão: coagulação ou reepitelização (necessária, mas enquanto está ocorrendo
é perigosa)
Drogas:
Tirofiban
Abiciximab
Eptifibatide
Usados somente IV (urgências, IAM) – quando não tem prasugrel e ticagrelor.
Risco de sangramento muito maior.
Usos terapêuticos:
Angina instável
IAM
Efeitos colaterais:
Sangramentos
Nunca utiliza em processos neurológicos risco de sangramento muito grande.
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1º: AAS – obrigatório quando tem placa
Clopidogrel: para substituição ou anti-agregação dupla (angioplastia)
Quadro agudo: prasugrel (mais risco de sangramento) e ticagrelor (dispneia)
Fibrina: forma coágulo firme, que oclui vaso. Tamponamento da região lesada,
proteção de hemorragia.
Ativação da via intrínseca: modificação do endotélio da veia, forma coágulo branco
friável. Ativação da via extrínseca: lesão em vasos sanguíneos.
Não morre de coagulação disseminada por causa da ativação do sistema
anticoagulante endógeno após fibrina ser formada, para não perpetuar coagulação.
Anti-trombina III: inativa IXa, Xa e trombina (IIa).
Também tem a proteína C e S.
Trombo não fica para sempre no vaso – é degradado pela ativação do sistema
fibrinolítico.
Fibrinólise: plasmina desfaz o coágulo quando não há mais necessidade de tamponar
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Anti-agregante plaquetário: impede coágulo branco
Anti-coagulante: impede coágulo vermelho
Fibrinolítico: quebra malha de fibrina
Formação de trombos/Êmbolos:
- artéria: placa de ateroma
- veia: modificação do endotélio, doença venosa (varize, refluxo das valvas)
- crescimento cavitário
Heparina
Liga-se a anti-trombina III formando complexo inativador
Inativa também fatores XIIa, XIa, IXa
Inibição da função plaquetária
Interação com células endoteliais e aumento da permeabilidade vascular
Efeitos anti-proliferativos nas células endoteliais vasculares
Farmacocinética
Não apresenta absorção oral
Parenteral: endovenosa, subcutânea. Intra muscular não é viável –
hematomas.
Afinidade com proteínas plasmáticas e células endoteliais (biodisponibilidade
menor)
Monitorização laboratorial
Tempo de tromboplastina ativado – TTPa
Avalia os efeitos inibitórios na trombina e fatores Xa, XIa e XIIa
Índice de TTPa – TTPa obtido/TTPa controle
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Efeito terapêutico (efeito anticoagulante, risco de sangramento relativamente
baixo): 1,5-2,5
o Abaixo de 1,5: sem efeito anticoagulante adequado
o Maior que 2,5: hemorragia
Aplicações terapêuticas
Tratamento do tromboembolismo venoso (impedir aumento da área afetada)
Profilaxia do tromboembolismo venoso (impedir novos episódios)
Angina instável: impedir formação de trombo vermelho e evolução para infarto.
IAM: já formou trombo, muito fator ativado (anti-coagulante);
Reperfusão mecânica (abrir artéria): anti-coagulante, vasodilatador, beta
bloqueador.
Situação aguda de IAM e angina instável: nistatina
Profilaxia em acamados de longo prazo – circulação dos MMII não está ativada (IV pós
cirúrgia principalmente); doença vascular (varize); fibrilação atrial; controverso em
insuficiência cardíaca.
Efeitos colaterais
Hemorragia – antídoto: sulfato de protamina
Trombocitopenia
Lesões cutâneas: aplicações inadequadas
Mecanismo de ação
Complexo inativador com a antitrombina III
Inibição predominante do fator Xa em relação ao IIa (HP 1:1 – HBPM entre 4:1
e 2:1)
Efeitos anti-plaquetários e na inibição da permeabilidade vascular muito menos
evidentes
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Farmacocinética
Melhor absorção por via sub-cutânea
Menos afinidade com proteínas plasmáticas e células endoteliais
(biodisponibilidade)
Resposta anticoagulante mais previsível em doses fixas
Meia vida mais longa (ação por 24h ou mais)
Mantem efeito anti-coagulante com menos risco e meia-vida mais longa: a cada 12 ou
24h
Tipos
Nadroparina
Flaxparina ®: ampolas de 0,3 e 0,6 mL (SC ou endovenosa)
Enoxiparina
Clexane ®: ampolas com 20, 40, 60 e 80 mg (SC)
Inibidores da vitamina K
Drogas
Warfarina (marevan ®)
Fenprocumon
Acenocumanol
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Aplicações terapêuticas
Prevenção do tromboembolismo venoso (varize, incompetência de valvas)
Fibrilação atrial – idoso: prevenção de AVC isquêmicos embólicos
Próteses valvares metálicas: controle; hoje utiliza-se mais a valva biológica.
Antes de cardioversão elétrica ou farmacológica (amiodarona, propofenona):
FA aguda, reverter para ritmo sinusal)
Cardiomiopatia dilatada
Reações adversas
Hemorragias
Antídoto – vitamina K: demora 24h para ter efeito.
Plasma fresco: concentração de fator de coagulação (pode dar efeito
pro-coagulante) – difícil ter em hospital
Problema: cirurgia/punções de urgência; maior risco de sangramento.
Alto risco: usar antídoto; mas demora a fazer efeito.
Distúrbios gastrointestinais
Púrpuras
Dermatite urticariforme
Alopecia
Vantagens
Não necessitam controle de coagulação
Não tem interação com alimentos
Dabigatrana e apixabana demonstraram menos incidência de sangramento
Doses previsíveis, estáveis: não precisam de controle. Pouca interação com drogas.
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Desvantagens
Não tem antídoto no BR; no EUA e UE possuem. Normaliza coagulação em
poucos minutos. Sem efeito pró-coagulante
Preço R$150-200 mensal – tendência: cair preço e popularizar.
Fibrinolíticos
Critérios para avaliar perfusão (evidências de que artéria abriu: não tem certeza)
Melhora da dor
Redução do supradesnivelamento do segmento ST (48-72 horas para voltar)
Arritmias de reperfusão – chega sangue em área de isquemia – instabilidade
elétrica gera arritmia.
Mudança da curva enzimática – enzimas sobem nas primeiras 24/48h pós
infarto (CPK, CKMP, troponina). Volta ao normal após 72h. Com a reperfusão,
há um pico de enzima e depois cai rapidamente.
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IAM com SST – 12h (controverso)
TEP: 24h – maioria não evolui para infarto pulmonar; maior problema:
hipoxemia aguda.
Diferença: circulação colateral
Se faz mais fibrinolítico no IAM porque diagnóstico do AVE é difícil, precisa ter certeza
de que é isquêmico – não pode dar no hemorrágico. Precisa de tomografia feita
rapidamente, neurologista de plantão, fazer fibrinólise assim que sair imagem para
estar dentro do tempo adequado. Poucos serviços possuem essa capacidade.
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Complicações
Hemorragias
Alergia – diretriz recomenda usar corticoide junto streptoquinase
Hipotensão arterial – venodilatação. Corrigir com volume
Indicações
IAM – maior uso
o Até 12h: quando tempo porta-agulha for menor que tempo porta-balão,
as chances de melhora superam o risco de sangramento.
o 12-24h: avaliar o paciente; vale a pena / é necessário intervir? Muito
músculo acometido? Repercussão do IAM é grande?
o Após 24h: benefícios muito pequenos
AVE isquêmico – certeza que não é hemorrágico
TEP (pouco uso)
Trombose arterial periférica
Morfina
Oxigênio
Nitrato
IECA
Clopidogrel
AAS
Beta bloqueador
Heparina
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