Anexo VI - PTRF (Iapp e Individuos Isolados)
Anexo VI - PTRF (Iapp e Individuos Isolados)
Anexo VI - PTRF (Iapp e Individuos Isolados)
1
EQUIPE TÉCNICA DO ESTUDO:
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SUMÁRIO
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8.8.3. CONSERVAÇÃO DE CERCAS E LIMPEZA DO ACEIRO ............ 42
8.8.4. ADUBAÇÃO DE COBERTURA ..................................................... 43
8.8.5. MANEJO DE FORMIGAS CORTADEIRAS................................... 43
8.8.6. CAPINA/COROAMENTO .............................................................. 43
9. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO .................................................... 45
10. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS ............. 46
11. PLANILHA ORÇAMENTÁRIA ......................................................... 47
12. BIBLIOGRAFIA ................................................................................ 49
13. ANEXOS........................................................................................... 54
ANEXO I – Planta TOPOGRÁFICA PLANIMÉTRICA .............................. 54
ANEXO II – ANOTAÇÕES DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA –
ARTS 55
ÍNDICE DE FIGURAS
4
Figura 9: Área de APP de 3,168 ha onde ocorreu/ocorrerá a intervenção
(em vermelho). ......................................................................................... 21
Figura 10: Área de APP de 0,361 ha onde ocorreu/ocorrerá a intervenção
(em amarelo)............................................................................................ 21
Figura 11 : Área na qual houveram as supressões de árvores isoladas. 25
Figura 12: Esquema da distribuição das mudas. .................................... 40
ÍNDICE DE QUADROS
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1. INFORMAÇÕES GERAIS
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2. OBJETIVO DO PROJETO
7
Destaca-se que existe ligeira divergência entre as áreas
desapropriadas e as áreas das plantas dos dois imóveis, somando-se um
total de 71.775,67m² (7,177 ha).
A Estação de Tratamento de Esgoto, está situada no extremo oeste
do município próximo da área central urbana, e tratará os esgotos da
cidade, reduzindo a carga orgânica com uma eficiência de no mínimo 85%.
O esgoto efluente da ETE será novamente lançado no Ribeirão Maracanã,
mas com uma carga orgânica que o curso d’água consiga realizar a
autodepuração.
A região abrangida pelos interceptores, pela ETE e pela supressão
de árvores isoladas está distribuída ao longo do município nas principais
vias urbanas, conforme é apresentado nas figuras a seguir.
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Figura 2: Localização da área de intervenção em APP na ETE (em vermelho) e da área
de supressão de árvores isoladas.
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serviços definidos por comércio e prestação de serviços e administração
são o ponto forte da cidade que movimentam mais de 50% da economia da
cidade. Na zona rural tem-se o desenvolvimento da pecuária leiteira e
cultivo cafeeiro.
A sede do empreendimento está situado na porção oeste da cidade,
próximo ao eixo principal da rodovia BR-369 a partir das coordenadas:
Latitude: 20°41'40.1"S e Longitude: 44°52'07.6"W. A seguir encontra-se a
Figura 3 - Roteiro de Acesso à área, juntamente com a descrição da rota
partindo do centro de Oliveira até o destino final, a unidade Estação de
Tratamento de Esgoto de Oliveira.
10
Partindo de Belo Horizonte para o município de Oliveira, a via de
acesso constitui a BR 381, a 163 km de Belo Horizonte encontra-se o trevo
de Oliveira, onde percorre-se mais 6 Km até o trevo de entrada da cidade.
A partir deste trevo, considera-se o início da bacia do Córrego
Maracanã que é margeado pela Av. Nossa Senhora de Fátima, até a
rodoviária, onde toma-se a Av. Maracanã até a Rua Benjamim Guimarães
cuja continuidade é a rodovia Oliveira – Campo Belo cuja primeira cidade
após Oliveira é São Francisco de Paula. Na estrada que liga Oliveira a
Campo Belo, em aproximadamente 10 Km do centro da cidade de Oliveira,
existe uma estrada de terra a direita, que é o 1º acesso a área da futura
Estação de Tratamento de Esgoto sanitário.
11
3. CARACTERIZAÇÃO DO QUADRO NATURAL
12
endêmicas (GALINDRO-LEAL & CAMARA 2003), condições que
colocaram este bioma entre os 25 hotspots de biodiversidade do mundo
(MYE RS et al. 2000).
O Decreto Federal n° 6660 de 21 de novembro de 2008 dispõe sobre
a utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica. Neste
contexto, a Mata Atlântica em Minas Gerais inclui as principais fisionomias
florestais brasileiras, definidas pelo IBGE (VELOSO et al. 1991): Florestas
Ombrófila Densa, Ombrófila Mista, Ombrófila Aberta, Estacional Decidual e
Estacional Semidecidual, sendo esta última a fisionomia predominante no
estado (SCOLFORO & CARVALHO 2006).
13
A variedade de relevos e os regimes pluviométricos propiciaram a
formação de vários ecossistemas e formações vegetais, que incluem as
faixas litorâneas do Atlântico, as florestas de baixada e de encosta da Serra
do Mar, as florestas interioranas e as matas de Araucária. Portanto, a Mata
Atlântica pode ser caracterizada como um mosaico de vegetação,
chegando ao posto de segundo maior bloco de floresta tropical do país,
ficando somente atrás da Floresta Amazônica. Possuindo mais 20.000
espécies de plantas vasculares e 2.300 espécies de vertebrados, a Floresta
Atlântica é um dos biomas que abriga maior biodiversidade do mundo.
Estima-se que 740 espécies de vertebrados e 8.000 espécies de plantas
sejam endêmicas deste bioma (FONSECA et al., 2004).
Entretanto, esta exuberante floresta encontra-se em estado de alerta,
devido a sua alta exploração que se iniciou desde os tempos históricos com
a exploração do pau-brasil e mais atualmente ligados essencialmente às
pressões agrícolas, ao desenvolvimento industrial acelerado e não
sustentável e à ocupação humana não planejada, abrigando mais de 60%
da população brasileira.
Originalmente, este bioma abrangia uma área de 1.350.000 km²,
contemplando 17 Estados (PI, CE, RN, PE, PB, SE, AL, BA, ES, MG, GO,
RJ, MS, SP, PR, SC e RS), correspondendo a 15% da área do Brasil.
Apenas no Estado de Minas Gerais a Mata Atlântica ocupava uma área de
27.623.397 ha, que compreende 47% do Estado (FUNDAÇÃO SOS MATA
ATLÂNTICA & INPE, 2002).
Hoje este bioma foi reduzido a menos de 10,4% de sua cobertura
original no estado de Minas Gerais e restam apenas 15% desta vegetação
nativa em todo o Brasil, incluindo-se todas as formações florestais em seus
diversos estágios sucessionais (KRONKA et al., 2005).
Mesmo com toda esta devastação, a Mata Atlântica ainda conserva
parcelas significativas da diversidade biológica brasileira e mundial,
apresentando riqueza extraordinária de espécies de fauna e flora e elevado
grau de endemismo. Em virtude desta riqueza biológica e dos níveis de
ameaça a qual está submetida, a Mata Atlântica foi considerada um dos
biomas mais ameaçados do mundo.
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A região de Oliveira ocupa uma posição geográfica muito peculiar no
estado de Minas Gerais, estando enquadrada na região fitoecológica
denominada Floresta Estacional Semidecidual (VELOSO & GÓES FILHO,
1982), típica de climas com duas estações bem definidas. Essas
peculiaridades são responsáveis pela estacionalidade foliar dos principais
elementos arbóreos, adaptados às baixas temperaturas e à carência
hídrica em mais de 60 dias por ano. A floresta possui, no conjunto, um
percentual de espécies que não permanecem verdes e perdem folhas
durante o inverno (caducifólias), que oscilam entre 20% e 50%. A mata
original ocupava, principalmente, as áreas mais férteis e coexistia com
campos naturais que apresentavam plantas lenhosas arbóreas, de
pequeno a médio porte, intercaladas. Os terraços aluvionares dos
principais cursos d’água, como o do Ribeirão Maracanã, eram cobertos
predominantemente por estas formações campestres.
Na propriedade Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), constatou-
se uma intensa descaracterização da cobertura vegetal nativa da região,
substituída, em grande parte, pela cultura do café e pastagens. Os
remanescentes de floresta semidecidual encontram-se em diversos
estágios de desenvolvimento secundário, predominando as capoeirinhas e
capoeiras.
As capoeirinhas surgem logo após o abandono de uma área agrícola
ou de uma pastagem, e é caracterizada como estágio inicial de
regeneração da Mata Atlântica. São formadas por capins e samambaias de
chão, e por arbustos competidores heliófilos como o Raccharis spp,
Vernonia polyanthes, Solanum lycocarpum, Solanum ferax, Sida sp,
Achyrocline sp, Melinis minutiflora, Andropogon sp e outros.
As capoeiras, já consideradas em estágio médio de regeneração,
possuem um estrato dominado por trepadeiras e cipós de várias espécies,
ocupando as ravinas e rochas próximas, em terrenos mais úmidos,
favorecendo o aparecimento de samambaias, e ciperáceas. Nos terrenos
encharcados encontramos o Inga sp, Rapanea umbellata e Hedychium
coronarium, entre outras espécies que suportam solos saturados.
As pastagens são caracterizadas pela dominância do estrato
herbáceo predominantemente por gramíneas exóticas, no caso local o
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Brachiária e outras espécies vegetais, de baixo suporte alimentar. Em
alguns casos, onde a ação do homem foi reduzida, aparecem espécies
invasoras herbáceas como o capim meloso (Melinis minutiflora) e Jaraguá
(Hyparrhenia rufa), e espécies arbustivas como o assa-peixe (Vermonia
polyanthes) e a lobeira (Solanum lycocarpum).
A vegetação natural sobre as depressões alagadiças é geralmente
herbácea, desenvolvendo-se sobre uma camada orgânica pouco espessa
(0,30 m). Nas áreas permanentemente úmidas, predomina o junco
(Eleocharis elegans), que ocorre associado a populações menos densas
de espeta nariz (Xyris sp.), cruz de malta (Ludwigia sp.), tiriricas (Cyperus
sp.) e relativamente poucas macrófitas aquáticas, como ninféias (Nynphaea
sp.) e aguapés (Pontederia sp.). Nas bordas das depressões ocorrem
gramíneas invasoras típicas de ambientes com solo permanente ou
temporariamente úmido, como o capim rabo-de-burro (Andropogon bicornis
e A. leucostachyus), associadas a espécies herbáceas como carrapicho
(Aeschynomene sp.) e a quaresminha do brejo (Tibouchina sp.) e, em
menor densidade, arbustos como a cruz de malta. Estes ambientes
encontram-se distribuídos de forma aleatória em paisagens com domínio
de pastagens o que tem descaracterizado de forma expressiva a sua
vegetação natural.
Em alguns pontos das margens do Córrego Maracanã aparece uma
estreita faixa de mata ciliar com composição florística própria e que se
destaca pela fisionomia verde que contrasta com a paisagem local durante
o período seco do ano. Possui espécies típicas como Copaífera langsdorfii,
Inga sp, Ficus gameleira e outros.
3.2.1. CLIMA
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Outono e primavera são estações de transição. O índice pluviométrico é de
aproximadamente 1400 milímetros/ano (mm), sendo agosto o mês mais
seco e dezembro o mais chuvoso, conforme é apresentado na Figura 6.
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As rampas das colinas se caracterizam por vertentes amplas, com
comprimento de rampa acima dos 500 metros, com declividades variando
de 10 a 25%, sobreposta com o mesmo colúvio, podendo apresentar
profundidades variáveis, inclusive ocorrendo presença de material eluvial
onde ocorre a associação dos Latossolos Vermelho Escuro distróficos A
moderado textura argilosa, com os Cambissolos distróficos A moderado
textura argilosa (HELMAR, 2004).
Nas planícies aluvionares verifica-se a presença da associação dos
solos Aluviais distróficos A húmico associado aos solos hidromórficos.
Estes, são solos pouco desenvolvidos, originários de deposições fluviais e
que sofrem influência do lençol freático. Esses solos ocorrem com maior
frequência nas margens do Ribeirão Maracanã e em pequenas extensões
do terreno, próximo ao córrego e da área de vegetação de várzea. A seguir,
é apresentada configuração desses solos na paisagem (HELMAR, op. cit.).
Figura 7: Área de colinas amplas com declividade suaves, caracterizada por Latossolos,
e na porção central, o córrego Maracanã com deposições alúvio-coluvionares, formando
solos hidromórficos. Fonte: Helmar Consultoria e Projetos LTDA.
18
A área diretamente afetada pelo empreendimento no tocante as
lagoas de decantação e aeração, situam-se no terço médio e inferior destas
rampas de colinas, com presença de colúvio e na parte baixa já se pode
verificar o alúvio presente.
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Figura 8: Unidade de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos do Rio das Mortes
(Bacia Hidrográfica Vertentes do Rio Grande (GD2)), pertencente à Bacia Hidrográfica do
Rio Grande. Fonte: IGAM, 2016.
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4. INTERVENÇÃO EM ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE
(APP)
Figura 10: Área de APP de 0,361 ha onde ocorreu/ocorrerá a intervenção (em amarelo).
21
A área total Estação de Tratamento de Esgoto do SAAE de Oliveira-
MG é de 67.710.41m² (6,771 ha), inserida em dois imóveis, conforme
apresentado no item 2.1. DESCRIÇÃO DO EMPREENDIMENTO. A área
na qual foi/será realizada a intervenção em APP no presente imóvel, é de
3.610,00m² (0,361 ha). A outra área de intervenção em APP, de 31.680,00
m² (3,168 ha), está distribuída ao longo de vias públicas no Município de
Oliveira-MG, conforme apresentado no anexo I.
Portanto, de acordo com a política florestal e de proteção à
Biodiversidade do Estado de Minas Gerais (Lei Estadual nº 20.922 de 16
de outubro de 2013), as Áreas de Preservação Permanente são áreas
protegidas, cobertas ou não por vegetação nativa, que têm como função
preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a
biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar
o bem-estar das populações humanas.
Assim, considerando o Art 9º da lei supracitada, e o enquadramento
da área onde se localiza a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) e os
Interceptores da ETE, as APP são:
22
(...) III - as áreas no entorno dos reservatórios d’água
artificiais, decorrentes de barramento ou represamento de
cursos d’água naturais, na faixa de proteção definida na
licença ambiental do empreendimento;
IV - as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água
perenes, no raio mínimo de 50m (cinquenta metros);
V - as encostas ou partes destas com declividade superior
a 45º (quarenta e cinco graus), equivalente a 100% (cem
por cento), na linha de maior declive; (...)
(...) VII - no topo de morros, montes, montanhas e serras,
com altura mínima de 100m (cem metros) e inclinação
média maior que 25º (vinte e cinco graus), as áreas
delimitadas a partir da curva de nível correspondente a 2/3
(dois terços) da altura mínima da elevação em relação à
base, sendo esta definida pelo plano horizontal
determinado por planície ou espelho d’água adjacente ou,
nos relevos ondulados, pela cota do ponto de sela mais
próximo da elevação; (...)
23
Portanto, é apresentado no item 6 as MEDIDAS MITIGADORAS E
COMPENSATÓRIAS as a serem realizadas baseadas no artigo 5º e § 2º da
Resolução CONAMA nº369/2006.
24
5. SUPRESSÃO DE ARVORES ISOLADAS
25
De modo geral, as espécies encontradas na área foram: Croton
urucurana (sangra d’água), Casearia sylvestris (guaçatonga), Copaifera
langsdorffi (copaíba), Stryphnodendron adstringens (barbatimão), Lithraea
molleoides (aroreira), Cedrela fissilis (cedro), Siparuna guianensis
(negramina), Myrcia splendens (guamirim), Tabebuia ochracea (ipê-
amarelo-do-cerrado), Solanum lycocarpum (lobeira), Campomanesia
guaviroba (gabiroba) dentre outras (HELMAR, 2004).
Segundo a DN COPAM 114/2008: “árvores isoladas são árvores que
quando maduras apresentam mais de 5m de altura cujas copas em cada
hectare não ultrapassem 10% de cobertura da área. Para efeito desta
definição não será passível de supressão agrupamentos de árvores com
copas superpostas ou contíguas que ultrapasse 0,2 hectares”.
A DN COPAM N°114/2008 diz o seguinte a respeito sobre o corte de
indivíduos arbóreos isolados protegidos:
26
espécies suprimidas, e será calculada de acordo com o
número de exemplares arbóreos, cujo corte for autorizado,
conforme projeto apresentado e aprovado pelo IEF/MG, na
seguinte proporção:
a) Plantio de 25 mudas para cada exemplar autorizado,
quando o total de árvores com corte autorizado na
propriedade for inferior ou igual a 500”;
(...)
27
6. MEDIDAS MITIGADORAS E COMPENSATÓRIAS
28
O imóvel no qual haverá a implantação do presente PTRF é a
Fazenda Córrego Mandassaia, localizado no município de Oliveira-MG.
Possui área de 117.450,00m² (117,45 ha), conforme consta em sua
matrícula nº 26336 de 02/10/2009 no Serviço Registral de Imóveis da
Comarca de Oliveira – Minas Gerais. A área a ser realizado o PTRF está
inserida em uma Área de Preservação Permanente (APP) de beira de
córrego/nascente e em uma área de Reserva Legal. Neste sentido, a
planta do Anexo I apresenta a disposição das áreas a serem intervindas e
compensadas, respectivamente. Ressalta-se que a Fazenda do
Mandassaia dista cerca de 600 m da área da ETE onde ocorreu a
intervenção, estando ainda às margens do Ribeirão Maracanã, e
apresentando o mesmo tipo de vegetação característica da área de
intervenção.
A medida compensatória para a Intervenção em Área de
Preservação Permanente (IAPP) e supressão de árvores isoladas, terá a
função de preservar e/ou desenvolver a flora local, propiciando também
ambientes para o desenvolvimento da fauna. Além disso, a recuperação de
APP e áreas de Reserva Legal promove a manutenção e recuperação da
qualidade dos corpos d’água.
29
7. PROJETO TÉCNICO DE RECONSTITUIÇÃO DA FLORA
30
das formações naturais e para a manutenção da biodiversidade nos
ecossistemas.
Em decorrência disso, espécies frutíferas nativas atrativas da fauna
devem impreterivelmente estar presentes em plantios florestais destinados
à restauração de matas ciliares e recuperação de áreas degradadas, tanto
em ambientes rurais quanto urbanos.
31
Em relação à supressão das dez árvores isoladas, se adotou o
padrão de compensação definido pela DN 114/2008: 25:1 para nove
árvores suprimidas, ou seja, 225 mudas; e 50:1 para o único ipê-amarelo
suprimido, ou seja, 50 mudas. Tal compensação irá permitir, portanto, um
replantio total de 275 mudas, além de um acréscimo de 10% para reposição
(28 mudas), totalizando uma aquisição de 303 indivíduos arbóreos.
A proposta da área compensação da APP e das árvores isoladas
dentro da propriedade alinha-se com a perspectiva de conservação dos
corpos hídricos, uma vez que os plantios propostos serão realizados,
sobretudo, no setor de recarga do nível freático, diretamente vinculado ao
sistema hidrográfico do curso d’água. No mesmo sentido, inscreve-se a
proposta de plantio na porção jusante que permitirá a recomposição
florestal de uma parcela da APP e de uma área na qual não se realizará
intervenções na mesma.
O mapa da Planta no Anexo I, apresenta as delimitações das áreas
de implantação do PTRF, sugerindo que seja feito o plantio de espécies
nativas na área de 3,529 hectares e 0,11 hectares. O plantio das mudas
referente ao PTRF será realizado no próximo período de chuva após
aprovação desse projeto e será feito no local delimitado.
32
Quadro 2 – Espécies pioneiras nativas a serem utilizadas para a recomposição florestal.
Nome Comum Nome Científico Porte Características
Alecrim do campo Lantana microphylla pequeno Crescimento rápido
Vernonia polyanthes,
Assa-peixe pequeno Crescimento rápido
glabrata
Embaúba Cecropia peltata pequeno Crescimento rápido
Guaximba Urena lobata pequeno Crescimento rápido
Juá Ziziphus juazeiro pequeno Crescimento rápido
Jurubeba Solanum paniculatum pequeno Crescimento rápido
Sapê Anetherum Bicorne pequeno Crescimento rápido
Pata de vaca Bauhinia forficata pequeno Crescimento rápido
Sangra-d’água Croton urucurana médio Crescimento rápido
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Primeiro Grupo: são as espécies Pioneiras (P) heliófilas, de rápido
desenvolvimento, de ciclo de vida curto, de porte pequeno à médio-
baixo, com dispersão por intermédio de pássaros e insetos. Em
nossa região, são representadas pelo pau-pólvora, embaúbas,
capixingui entre outras;
Segundo Grupo: nestes grupos encontramos as espécies
Secundárias Primárias (SP), com dispersão anemófila. São de
porte maior, com ciclo de vida pouco mais longo que as pioneiras
iniciais, preferindo ambientes de meia sombra. Nesta região,
encontramos entre outras espécies o ipê-roxo, genipapo, cedro-do-
brejo, guariroba e canelinha.
34
8. IMPLANTAÇÃO DO PROJETO TECNICO DE RESTITUIÇÃO
FLORESTAL
35
O aceiro deverá ser construído no perímetro da área no início da
estação seca objetivando a proteção desta área contra queimadas. No
limite que marca o PTRF o aceiro deverá ser disposto com pelo menos 3
metros de largura por toda a extensão da área reflorestada exceto nas
margens proximais do curso d’água, devendo ser retirado da área todo o
material oriundo desta atividade. A manutenção deste aceiro deverá ser
realizada sempre que verificado a necessidade no momento das vistorias.
As dimensões do aceiro serão de aproximadamente 11.346,00m²
para a área de compensação da IAPP tomando por base os 3 metros de
largura, sendo o custo do m² de aproximadamente R$ 1,40 o custo total
para o aceiro seria de R$ 15.884,00.
Para a área de compensação da supressão de árvores isoladas, as
dimensões do aceiro serão de aproximadamente 642,00m² tomando por
base os 3 metros de largura, sendo o custo do m² de aproximadamente R$
1,40 o custo total para o aceiro seria de R$ 898,80.
36
se trabalha com produtos, obedecendo-se os dispositivos legais que
impõem o uso do receituário agronômico.
Caso seja constada a presença de formigas na área de plantio, a
dosagem recomendada é de 10 g de isca granulada por m² de terra solta
do formigueiro. É sabido a baixa toxicidade da isca granulada, entretanto,
é imprescindível que a manipulação da isca seja feita por pessoas
utilizando equipamentos de proteção individual (EPI’s), devendo ser
evitado a aplicação da mesma nos horários mais quentes do dia, dias de
chuva ou nublados.
A forma de aplicação deve seguir o seguinte processo:
- Controle inicial no pré-plantio: deve ser realizado 30 dias antes do
plantio e de qualquer intervenção na área, realizando a aplicação de forma
sistemática (10 gramas a cada 3 m x 10 m) pela área e diretamente junto
aos olheiros quando encontrados (20 gramas por olheiro e 10 gramas por
m² de terra solta em volta dos formigueiros).
- Controle no plantio: será realizado 5 a 7 dias antes do plantio e com
um repasse logo após a implantação das mudas, sendo realizado da
mesma forma que o combate anterior.
- Repasses de manutenção (pós-plantio): devem ser realizados até
o segundo ano pós-plantio periodicamente para se evitar a reinfestação. A
cada 15 dias, nos primeiros 2 meses, e depois a cada 2 meses. Nessa fase,
o controle deve ser realizado de forma sistemática, na quantidade de 10
gramas/10m³, somente nas vizinhanças das mudas cortadas e próximo aos
olheiros (10 gramas/olheiro).
37
Será feito o plantio direto, dispensando a aração e a gradagem,
abrindo apenas as covas de plantio, previamente marcadas no
espaçamento (2,0 m x 2,0 m) definido como referência.
Deverá inicialmente preceder uma roçada em toda a área a ser
recomposta para facilitar o controle de formigas e bem como a marcação
de covas. Não haverá rendimento lenhoso.
O preparo da área deverá ser feito, preferencialmente, antes do início
da estação chuvosa, para que o plantio aconteça juntamente às primeiras
chuvas, aumentando as chances de sobrevivência das mudas e
proporcionando um maior ritmo de crescimento inicial.
O preparo do solo compreenderá também as ações de coveamento,
coroamento e adubação.
38
Caso na área sejam verificados setores, nos quais o processo de
regeneração natural já tenha se iniciado, as mudas mais desenvolvidas
devem ser aproveitadas, sendo realizado o coroamento em um raio de 1 m
ao redor destas e aplicação de 250 gramas do adubo químico NPK (08-28-
16) /planta, em duas covetas laterais, devendo ser aplicado metade da
dose em cada coveta, a cerca de aproximadamente 15 cm da base da
muda e 10 cm de profundidade.
8.5. COROAMENTO
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Figura 12: Esquema da distribuição das mudas.
8.7. PLANTIO
40
A muda deverá ser colocada no centro da cova, que será completada
com terra, evitando-se a exposição do solo ou o seu “afogamento”. A terra
ao redor da muda deverá ser compactada adequadamente.
No momento do plantio, retirar com cuidado a embalagem da muda
(saco plástico, lata ou outro material de difícil decomposição) e cortar as
raízes defeituosas. É importante mencionar que no momento do plantio
deve-se evitar o soterramento do coleto, evitando assim o “afogamento” da
muda. Em casos de mudas velhas, será realizado o corte de cerca de 2 cm
do fundo do saquinho, para retirar as raízes enoveladas.
O PTRF terá uma área de 36.490,00m² (3,649 ha), 3,529 ha
referente às intervenções em APP e 0,11 hectares referentes à
compensação da supressão de indivíduos arbóreos isoladas, com
espaçamento de 2,0 m x 2,0 m, sendo necessário o plantio em linha de
8823 e 275 indivíduos, para as respectivas compensações, totalizando
9098 mudas.
Após o plantio, a muda deve ser regada abundantemente até o
encharcamento total da cova. Colocar uma cobertura morta ao redor, para
conservar melhor a umidade e reduzir o crescimento de plantas daninhas,
na ausência de chuvas recomenda-se irrigar pelo menos duas vezes por
semana.
8.8. MANUTENÇÃO
41
8.8.1. REPLANTIO
42
8.8.4. ADUBAÇÃO DE COBERTURA
8.8.6. CAPINA/COROAMENTO
43
por luz, água, nutrientes e gás carbônico, e ainda podem liberar compostos
alelopáticos que interferem no crescimento das árvores.
Para eliminar essa vegetação indesejada deve-se realizar a capina
semestralmente, eliminando as espécies invasoras e daninhas que
surgirem em um raio de 50 centímetros em torno do núcleo formado pelas
mudas. O material gerado pela capina deve permanecer no solo como
cobertura morta, pois esta cobertura auxilia na redução da temperatura do
solo, mantém a umidade, reduz o escoamento superficial da água e
contribui para o aumento do teor de matéria orgânica do solo e da atividade
microbiana.
44
9. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
ANO 01
ATIVIDADES J F M A M J J A S O N D
Plantio x x x
Monitoramento, controle e/ou combate
a formigas, pragas e doenças e x x x x x x
práticas conservacionistas
Isolamento e cercamento da área x
Aquisição de mudas florestais x x
Coveamento e Adubação x x
Vistoria e Replantio x x
Coroamento x x x x
Adubação de cobertura x x
Relatório de monitoramento x x
ANO 02
ATIVIDADES J F M A M J J A S O N D
Plantio x
Monitoramento, controle e/ou combate
a formigas, pragas e doenças e x x x x x x
práticas conservacionistas
Vistoria e replantio x
Coroamento x x x x
Adubação de cobertura x x
Relatório de monitoramento x x
ANO 03 ao ANO 10
ATIVIDADES J F M A M J J A S O N D
Coroamento x x x x
Adubação de cobertura x
Monitoramento, controle e/ou combate
x x
a formigas, pragas e doenças
Relatório de monitoramento x x
45
10. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS
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11. PLANILHA ORÇAMENTÁRIA
Combate à
m² 35.290,00 0,50 17.625,00
formiga
Construção de
aceiros m² 11346,00 1,40 15.884,00
Isolamento da
m 3782,00 21,62 81.766,84
área
Plantio (marcação,
coveamento,
plantio,
un 8.823 25,00 220.575,00
coroamento,
adubação,
irrigação parcial)
Monitoramento
ha 3,529 10.910,00 39.166,90
(10 meses)
TOTAL R$392.657,74
47
Quadro 6: Quadro orçamentário do PTRF para supressão árvores isoladas.
UNIDADE TOTAL
ATIVIDADE UNIDADE QUANTIDADE
(R$) (R$)
Construção de
m² 642,00 1,40 898,80
aceiros
Plantio (marcação,
coveamento,
plantio,
un 275 25,00 6.875,00
coroamento,
adubação, irrigação
parcial)
Monitoramento
ha 0,11 10.910,00 1.200,10
(10 meses)
TOTAL R$14.710,58
48
12. BIBLIOGRAFIA
49
COMITE DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO GRANDE (CBH GRANDE).
A Bacia: Bacia do Rio Grande. Disponível em:
https://www.cbhgrande.org.br/bacia. Acesso em: 25/06/2018
50
FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA & INPE. 2002. Atlas dos
remanescentes florestais da Mata Atlântica e ecossistemas
associados no período de 1995-2000. Relatório final. São Paulo
51
PEDROSA-SOARES, A. C.; NOCE, C. M.; TROUW, R. A. J.; HEILBRON,
M. (coordenadores). GEOLOGIA E RECURSOS MINERAIS DO SUDESTE
MINEIRO. Projeto Sul de Minas-Etapa I (COMIG-UFMG-UFRJ-UERJ),
relatório final, CD-ROM, Companhia Mineradora de Minas Gerais, 2003.
52
VELOSO, H. P.; RANGEL FILHO, A. L. R.; LIMA, J. C. A. Classificação da
vegetação brasileira, adaptada a um sistema universal. Rio de Janeiro:
IBGE, 1991. 123p.
53
13. ANEXOS
54
ANEXO II – ANOTAÇÕES DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA – ARTS
55