MZ Government Gazette Series I Dated 2018 12 04 No 236
MZ Government Gazette Series I Dated 2018 12 04 No 236
MZ Government Gazette Series I Dated 2018 12 04 No 236
Número 236
BOLETIM DA REPÚBLICA
PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
(Sistema Electrónico de Registo Civil e Estatísticas Vitais) 1. Todos os livros, documentos ou formas de documentação e
registo físico devem ser devidamente conservados pela respectiva
1. É criado o Sistema de Registo Civil e Estatísticas Vitais,
abreviadamente, e - SIRCEV. Conservatória, de modo a permitir que os cidadãos possam,
2. O e - SIRCEV é o conjunto de processos através dos quais querendo, consultar os mesmos para aferir a sua consentaneidade
é efectuado o registo de todos os factos sujeitos a registo civil, com o registo electrónico.
visando a criação da base de dados do cidadão que permita a 2. Os livros, documentos ou formas de documentação e registo
eficaz recolha de informação estatística e a interoperabilidade físico devem manter-se inalterados, servindo de meio de prova
com outros sistemas, com recurso às tecnologias de informação em caso de contradição do registo electrónico.
e comunicação.
ARTIGO 2 ARTIGO 6
1. O e - SIRCEV aplica-se a todos os factos sujeitos a registo São alterados os artigos 1, 18, 19, 24, 25, 42, 48, 67, 73,
civil. 76, 117, 127, 162, 242, 244, 273, 278, 280, 288, 371 e 372 do
3294 I SÉRIE — NÚMERO 236
Código de Registo Civil, aprovado pela Lei n.º 12/2004, de 8 3. O livro previsto na alínea d) do número 1 do presente
de Dezembro, que passam a ter a seguinte redacção: artigo é desdobrado segundo a espécie dos assentos a que
respeite.
“ARTIGO 1 4. Os demais livros podem ser desdobrados de harmonia
(Objecto e obrigatoriedade do registo)
com as necessidades do serviço, mediante autorização
do respectivo Conservador.
1. O registo civil tem por objecto os seguintes factos:
a) […] ARTIGO 24
b) […] (Índice alfabético e verbetes onomásticos)
c) […]
d) […] 1. […]
e) […] 2. […]
f) […] 3. A organização em volumes separados do índice dos
g) […] livros de assentos de nascimento é obrigatória, enquanto não
h) […] forem introduzidos no Sistema.
i) […] 4. […]
j) […]
k) […] ARTIGO 25
l) […]
(Livros de extractos)
1A. O registo civil é obrigatório.
1. [Revogado]
ARTIGO 18 2. […]
(Livros de assentos das conservatórias) 3. […]
1. […] ARTIGO 42
a) [Revogado]
(Processos e documentos)
b) […]
c) [Revogado] 1. Os processos e documentos que servem de base à
d) […] realização de registos ou que lhes respeitem são arquivados
e) […] em maços anuais, segundo a respectiva espécie ou por via
f) […] electrónica, por forma a evitar a sua deterioração e a facilitar
g) […] as buscas, depois de neles serem anotados o número e a data
h) […] do correspondente registo.
i) […] 2. […]
j) […] 3. […]
k) […] 4. […]
2. Os livros de nascimento e óbito são substituídos por
assentos electrónicos. ARTIGO 48
3. Sempre que o movimento da conservatória o justifique, (Identificação do declarante)
o Conservador pode autorizar o desdobramento, em dois
volumes, dos livros referidos nas alíneas b) e d) do número 1. Os declarantes são identificados, no texto dos assentos
1, do presente artigo. em que intervierem, mediante a menção do seu nome
4. Os livros previstos no número 1, do presente artigo completo, estado civil e residência habitual.
e demais actos sujeitos a registo são gradualmente 2. […]
substituídos por assentos electrónicos, sem prejuízo da
necessidade da conservação dos mesmos para efeito de ARTIGO 67
consulta e contraprova em caso de contradição com o registo (Requisitos gerais)
electrónico.
5. Para efeitos do disposto no número 3, do presente 1. […]
artigo, compete a cada Conservatória proceder ao registo a) o número de ordem, o dia, mês e ano em que são
electrónico, devendo, posteriormente, remeter para os lavrados, a designação da repartição bem como
Serviços de Registo Central para os devidos efeitos. o NUIC, caso tenha;
b) […]
ARTIGO 19
c) o nome e categoria do funcionário que os lavra
(Livros da Conservatória dos Registos Centrais) e ou os subscreve;
1. […] d) […]
a) [Revogado] 2. […]
b) […] ARTIGO 73
c) [Revogado]
d) […] (Ordem de prioridade e numeração)
e) […] 1. Os assentos, exceptuando os de casamento
f) […] e os electrónicos são elaborados segundo a ordem de
g) […] anotação no Diário.
2. Os livros de nascimento, óbito, casamento e demais 2. Enquanto não forem lavrados em formato electrónico,
actos sujeitos à registo são substituídos por assentos cuja numeração é sequencial, os assentos de cada espécie
electrónicos ou registos electrónicos. têm número de ordem anual, a partir do dia 1 de Janeiro.
4 DE DEZEMBRO DE 2018 3295
1. […] ARTIGO 7
2. Quando o registo tenha sido efectuado no sistema
electrónico pode ser solicitada em qualquer conservatória (Aditamentos)
em território nacional ou qualquer representação diplomática São aditados os artigos, 18 - A e 18 - B no Código de Registo
ou consular moçambicana.
Civil com a seguinte redacção:
3. O requerente de certidão de nascimento deve apresentar,
sempre que possível, o boletim de nascimento da pessoa ou “ ARTIGO 18 - A
outros documentos de identificação respeitantes ao registo.
4. Sempre que lhe seja exigido pelo funcionário, (Registo electrónico)
o requerente deposita, como preparo, o custo provável
Os actos e processos de registo civil bem como
da certidão requerida.
5. A requisição de certidões pode ser feita por intermédio dos restantes procedimentos que corram termos nas
de correio ou outro meio electrónico oficial, remetendo Conservatórias podem ser lavrados em suporte electrónico.
o interessado o preparo correspondente.
ARTIGO 18 - B
ARTIGO 280 (Notificação)
(Republicação) ARTIGO 3
É republicada, em anexo, o presente Código de Registo Civil, (Prova dos factos sujeitos a registo)
que faz parte integrante da presente Lei.
1. A prova dos factos referidos no artigo 1, qualquer que seja
ARTIGO 11 a data em que tenham ocorrido, só pode ser feita pelos meios
previstos no presente Código.
(Entrada em vigor)
2. O casamento tradicional ou religioso não polígamo realizado
A presente Lei entra em vigor na data da sua publicação. na República de Moçambique, pode ser transcrito na conservatória
Aprovada pela Assembleia da República, aos 24 de Maio do registo civil com base em documento emitido pelos dignatários
de 2018. — A Presidente da Assembleia da República, Verónica religiosos ou autoridades comunitárias, nos termos previstos no
Nataniel Macamo Dlhovo. presente Código.
Promulgada, aos 7 de Novembro de 2018. ARTIGO 4
Publique-se. (Valor probatório do registo)
O Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi. 1. O registo elaborado de acordo com as disposições do
presente Código tem valor pleno e constitui prova suficiente da
existência dos factos referidos no artigo 1, o qual só pode ser
contrariado por sentença transitada em julgado, proferida em
Código do Registo Civil acções de estado ou de registo.
2. Os registos constituem ainda presunção da existência
TÍTULO I dos factos que deles constam obrigatoriamente nos termos das
disposições que regulam os requisitos gerais e os privativos de
DISPOSIÇÕES GERAIS cada espécie, presunção que pode ser contrariada pelos meios
CAPÍTULO I probatórios gerais, em qualquer processo judicial em que tais
factos sejam relevantes.
Objecto, obrigatoriedade e valor do registo 3. A sentença que em relação a um facto dos referidos no
ARTIGO 1 número 2, do presente artigo julgue em contrário à menção que
consta no registo só tem valor de decisão definitiva para a situação
(Objecto e obrigatoriedade do registo) a que respeita, devendo, porém, ser enviada uma cópia à repartição
1. O registo civil tem por objecto os seguintes factos: do registo civil competente, acompanhada de certidão das provas
a) o nascimento; tomadas em conta, a fim de o Conservador do registo civil tomar
as providências permitidas pelo presente Código para rectificação
b) a filiação;
oficiosa do registo, se for caso disso.
c) a adopção; 4. Os factos registados não podem ser impugnados em juízo,
d) o casamento; sem que seja pedido o cancelamento ou a rectificação dos registos
e) as convenções antenupciais e as alterações, na constância correspondentes.
do casamento, do regime de bens convencionado ARTIGO 5
ou legalmente fixado;
f) o óbito; (Actos lavrados fora dos órgãos normais)
g) a emancipação; 1. Os actos de registo lavrados pelas entidades aludidas no
h) a regulação do exercício do poder parental, sua alteração número 2, do artigo 9 do presente Código, são obrigatoriamente
e cessação; integrados nos livros do registo da conservatória competente
i) a inibição ou suspensão do poder parental e as providências e só podem provar-se mediante certidão extraída desses livros
limitativas desse poder; ou dos consequentes averbamentos.
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2. As entidades mencionadas no número 1, do presente artigo, 2. Excepcionalmente podem desempenhar funções de registo
enviam no prazo de trinta dias, à conservatória competente, cópias civil:
autênticas ou duplicados dos assentos. a) os agentes diplomáticos e consulares moçambicanos em
países estrangeiros;
ARTIGO 6
b) os comissários de marinha dos navios do Estado,
(Actos lavrados pelas autoridades estrangeiras) os capitães, mestres ou patrões nas embarcações
particulares moçambicanas e os comandantes das
1. Os actos de registo lavrados no estrangeiro pelas entidades
aeronaves nacionais;
estrangeiras competentes podem ingressar no registo civil
c) as entidades especialmente designadas para o efeito nos
nacional em face dos documentos que os comprovem, de acordo
regulamentos militares;
com a respectiva lei e mediante a prova de que não contrariam
d) ainda quaisquer outros indivíduos, nos casos designados
os princípios fundamentais da ordem pública internacional do
por lei.
Estado moçambicano.
2. Os actos relativos ao estado civil lavrados no estrangeiro 3. Os actos de registo civil praticados pelos órgãos especiais
perante as autoridades locais, que devem ser averbados aos devem obedecer ao preceituado no presente Código, na parte
assentos das conservatórias são previamente registados, por meio aplicável.
de assento, na conservatória dos registos centrais. ARTIGO 10
3. Se os actos respeitarem a estrangeiros, o seu ingresso no
registo apenas é permitido quando o requerente mostre legítimo (Organização, competência e funcionamento das repartições
interesse na transcrição. de registo civil)
4. A transcrição deve ser feita por meio de reprodução do A organização, a competência e o funcionamento das
conteúdo do título mas pode também efectuar-se mediante repartições de registo civil, bem como as atribuições dos
autorização do Ministro que superintende a área da justiça, através funcionários que nelas prestam serviço, são reguladas pela
da colheita dos elementos constantes do título. legislação aplicável aos registos e notariado.
5. Se do título não constarem as menções previstas no
presente Código, pode ser completada, por meio de averbamento, ARTIGO 11
sempre que necessário, em face das declarações prestadas pelos (Conservatórias do registo civil)
interessados e dos documentos comprovativos, se as menções
omissas não interessarem à substância do acto. Compete às conservatórias o registo dos factos previstos no
presente Código, quando ocorridos na República de Moçambique,
ARTIGO 7 qualquer que seja a nacionalidade dos indivíduos a quem
respeitem, com as limitações impostas por lei.
(Decisões dos tribunais estrangeiros)
referentes a indivíduos cujo nascimento não esteja nem tenha de 2. O Conservador do registo civil deve requisitar ainda, cópia
ser lavrado em nenhuma conservatória, exceptuados os previstos dos registos, assentos, certidões ou notas existentes nas repartições
no artigo 250 são extractados em folhas soltas. públicas, arquivos paroquiais, administrações de cemitérios,
3. As folhas soltas são anualmente incorporadas no final do hospitais, asilos ou estabelecimentos análogos, que possam
livro de extractos, depois de agrupadas e numeradas segundo auxiliar a reconstituição dos assentos.
a espécie e a ordem cronológica dos registos a que se referem. 3. Os editais para a convocação dos interessados são afixados
nos lugares a esse fim destinados, à porta da conservatória e dos
ARTIGO 26 postos do registo civil existentes na área da respectiva jurisdição;
(Livros de transcrição de assentos) a publicação dos anúncios faz-se em dois números seguidos de
um dos jornais mais lidos da sede da conservatória ou, na sua
O livro de transcrição de assentos é destinado às transcrições
falta, da sede do correspondente distrito administrativo, ou, se
previstas nos artigos 102, 246, 247 e 256 do presente Código,
ainda aí não houver jornal, em dois números de um dos jornais
e assentos dos casamentos religiosos e tradicionais ainda, a
mais lidos na província.
quaisquer outras designadas na lei.
4. Findo o prazo da convocação, procede-se à reforma com
ARTIGO 27 base nos elementos oficiosamente obtidos ou fornecidos pelos
interessados.
(Livro de inventário)
ARTIGO 45 ARTIGO 50
(Extractos) (Nomeação de intérprete aos que não conhecerem a língua oficial)
Os livros de extractos devem ser remetidos, anualmente, por Quando alguma das partes não conhecer a língua oficial e o
via postal ou entregues directamente, até 31 de Março do ano funcionário não dominar o idioma em que a parte se exprime,
seguinte aquele a que se referem, à conservatória designada pela deve aquele nomear-lhe um intérprete, nos termos e para os fins
Direcção Nacional de Registos e Notariado. previstos na alínea b), do número 1, do artigo 49, do presente
Código.
ARTIGO 46
(Livros com mais de sessenta anos) ARTIGO 51
1. Os livros de registo que tenham mais de sessenta anos, (Competência dos intérpretes)
contados da data do último assento, são remetidos, de cinco em O Conservador do registo civil pode notificar, pessoalmente
cinco anos, ao Arquivo Histórico de Moçambique. ou por carta registada com aviso de recepção, os intérpretes por
2. O disposto no número 1 do presente artigo, é aplicável aos eles designados para comparecerem, sob pena de desobediência,
processos e documentos que tenham servido de base a registos. no dia, hora e local em que o acto de registo deva ser realizado.
3. Os livros previstos no artigo 20, do presente Código, são
remetidos, de cinco em cinco anos, ao mesmo arquivo, passados ARTIGO 52
quinze anos sobre a data da última anotação.
(Representação por procurador)
TÍTULO II
1. É lícito às pessoas que hajam de intervir num acto de
ACTOS DE REGISTO registo, na qualidade de parte, fazer-se representar por meio de
CAPÍTULO I procurador, contanto que lhe confiram poderes especiais para o
acto.
Actos de Registo em Geral
2. A procuração pode ser outorgada por instrumento público, ou
SECÇÃO I por documento assinado pelo representado, com reconhecimento
Partes e outros intervenientes em actos de registo presencial da assinatura.
3. A procuração não pode respeitar a mais de uma pessoa,
ARTIGO 47
como representado ou representante, excepto quando se trate de
(Quem é parte) marido e mulher.
São partes, em relação a cada registo, o declarante e as pessoas ARTIGO 53
a quem o facto registado directamente respeite, bem como as
pessoas de cujo consentimento dependa a plena eficácia deste. (Procuração para casamento)
ARTIGO 56 ARTIGO 62
1. O Conservador não pode realizar actos em que intervenham Os assentos são lavrados por inscrição ou por transcrição.
como partes ou como seus procuradores ou representantes, ele ARTIGO 63
próprio, o seu cônjuge ou qualquer parente ou afim, na linha recta
ou em segundo grau de linha colateral. (Assentos lavrados por inscrição)
2. O impedimento a que se refere o número 1, do presente São lavrados por inscrição:
artigo, é extensivo aos demais técnicos da conservatória a que
a) os assentos de nascimento ou óbito ocorrido na República
pertence o Conservador impedido.
de Moçambique, quando declarados directamente na
3. Ao Conservador que exerça a advocacia é vedado
repartição competente;
o patrocínio nos processos previstos no presente Código. b) os assentos de nascimento ou óbito ocorrido em viagem
ARTIGO 57 a bordo de navio ou aeronave, quando as autoridades
de bordo não tenham lavrado o respectivo registo
(Quem pode ser testemunha) e o facto só venha a ser declarado nas condições
Além das pessoas autorizadas pela lei geral, podem intervir da alínea a) do presente artigo;
como testemunhas nos actos de registo os parentes ou afins c) os assentos de casamentos civis não urgentes, celebrados
das partes e dos próprios funcionários. na República de Moçambique;
d) os assentos de perfilhação, feita perante o funcionário
SECÇÃO II do registo civil, quando não conste dos registos
de casamento ou de nascimento;
Documentos para actos de registo
e) os assentos de emancipação outorgada pelos pais.
ARTIGO 58
ARTIGO 64
(Seu destino)
(Actos lavrados por transcrição)
1. Antes de arquivados, os processos que tenham servido
de base a actos de registo são anotados com o número de 1. São lavrados por transcrição:
documento e do respectivo maço, com o número e data do registo a) os assentos de nascimento e óbito, com base em auto de
correspondente e rubricados pelo funcionário. declaração prestada em conservatória intermediária
2. Os demais documentos destinados a servir de base a actos ou com base nos autos ou nas comunicações, a que
de registo são incorporados no processo a que respeitam, ou se referem os artigos 134 e 245 do presente Código ;
arquivados, depois de neles se proceder às anotações referidas b) os assentos de casamentos tradicionais, religiosos ou
urgentes não polígamos realizados na República de
no número 1, do presente artigo.
Moçambique;
ARTIGO 59 c) os assentos de casamento civil celebrado no estrangeiro
perante as autoridades locais competentes, por
(Documentos passados no estrangeiro) moçambicanos ou por estrangeiros que adquiram
Os documentos passados em país estrangeiro, em conformidade nacionalidade moçambicana;
com a lei local, podem instruir processos destinados a actos de d) os assentos de tutela, administração de bens de menores,
curatela, curadoria ou de emancipação concedida pelo
registo, desde que devidamente legalizados nos termos da lei
conselho da família ou pelo tribunal de menores;
processual.
e) os assentos de factos cujo registo tenha sido realizado
ARTIGO 60 pelas entidades a que se refere o número 2, do artigo
9, do presente Código, ou de factos que devam passar
(Documentos escritos em língua estrangeira) a constar dos livros de conservatória diversa daquela
onde os assentos originais foram lavrados;
Os documentos escritos em língua estrangeira devem
f) os assentos ordenados por decisão judicial;
ser acompanhados de tradução feita ou certificada pelo
g) os assentos de factos ocorridos e lavrados no estrangeiro,
Conservador ou Notário, com observância, em qualquer dos casos,
perante as autoridades locais, relativos ao estado civil
das formalidades previstas na lei notarial. que hajam de ser averbados em assentos existentes em
SECÇÃO III livros das conservatórias do registo civil.
Modalidade do registo
2. Podem ainda, excepcionalmente ser transcritos os
casamentos não polígamos, celebrados segundo os usos locais
ARTIGO 61 antes da entrada em vigor da Lei da Família.
(Forma de lavrar o registo) 3. A transcrição dos factos referidos no número 2, do presente
artigo, deve ser feita por meio de reprodução do conteúdo do título
1. O registo dos factos a ele sujeitos é lavrado, nos termos ou por colheita dos seus elementos. Se deste não constarem as
do presente código, por meio de assento ou de averbamento. menções previstas no presente Código, pode ser completada por
2. Os averbamentos são havidos como parte integrante averbamento, se necessário, em face das declarações prestadas
do assento a que respeitam. pelos interessados ou de documentos comprovativos.
4 DE DEZEMBRO DE 2018 3305
ARTIGO 65 ARTIGO 69
(Transcrição de assento) (Lugar em que podem ser lavrados)
1. Os assentos existentes em conservatória de área diferente 1. Os assentos são lavrados na repartição competente, podendo
daquela em que os interessados residem, podem ser transcritos sê-lo também em qualquer outra casa, a requerimento dos
na conservatória da área de residência dos interessados, a interessados, desde que a entrada esteja franqueada ao público.
requerimento destes ou dos seus representantes legais. 2. Se o acto for secreto, por sua natureza, não se aplica esta
norma.
2. A petição é sempre instruída com certidão de cópia integral
3. O disposto no número 2, do presente artigo, é aplicável aos
do registo a transcrever. autos de consentimento para casamento e aos autos de declaração,
ARTIGO 66 destinados a servir de base ao acto de registo ou à instauração do
respectivo processo.
(Assentos consulares) 4. No assento lavrado fora da conservatória é mencionado no
texto o respectivo local, cuja especificação é omitida se se tratar
1. Os assentos referentes a moçambicanos, realizados no de estabelecimento prisional.
estrangeiro pelos agentes diplomáticos ou consulares, são lavrados
em duplicado. ARTIGO 70
2. O exemplar destinado à Conservatória dos Registos Centrais, (Composição)
para fins de integração prevista no artigo 5, do presente Código,
é lavrado em impresso, isento de selo, dos modelos aprovados. 1. Para a composição dos assentos é permitido o uso de
3. O exemplar destinado à Conservatória dos Registos Centrais qualquer processo gráfico ou informático, contanto que os
respectivos caracteres sejam bem nítidos.
pode ser substituído, no caso de falta ou extravio, por cópia
2. Os materiais utilizados na composição dos assentos devem
autêntica do assento original. ser de cor preta, boa qualidade e capazes de dar à escrita as
4. A integração a que se refere o número 2, do presente artigo, necessárias garantias de inalterabilidade e duração.
é feita a simples incorporação do respectivo duplicado ou cópia 3. A Direcção Nacional dos Registos e Notariado pode ordenar
autêntica, depois de numerada e rubricada pelo Conservador, no ou proibir o uso de determinados materiais na escrita dos assentos.
livro previsto na alínea d), do número 1, do artigo 19 do presente
Código. ARTIGO 71
(Regras a observar na escrita dos assentos)
ARTIGO 67
1. Os assentos devem ser escritos por extenso, em face
(Requisitos gerais)
das declarações das partes ou das próprias observações do
1. Além dos requisitos privativos de cada espécie, os assentos funcionário, e na presença daquelas e das testemunhas que os
devem conter os seguintes elementos: hajam de assinar, ou com base nos documentos apresentados.
2. É proibido o uso de abreviaturas ou de algarismos no texto
a) o número de ordem, o dia, mês e ano em que são lavrados,
dos assentos, mas pode repetir-se por algarismos os números ou
a designação da repartição, bem como o NUIC, caso datas já uma vez escritos por extenso.
tenha; 3. Os espaços em branco, no texto, e depois das assinaturas,
b) a identificação das partes e das testemunhas, quando bem como os dizeres impressos que sejam desnecessários, são
as haja; inutilizados por meio de traços horizontais, com a mesma tinta
c) o nome e categoria do funcionário que os lavra e ou os que serviu para lavrar o assento.
subscreve; 4. As emendas, rasuras, entrelinhas ou outras alterações feitas
d) a assinatura das partes, ou a menção de que não sabem no texto dos assentos, à excepção das previstas no número 3, do
ou não podem assinar, e assinatura das testemunhas presente artigo, deve ser expressamente ressalvadas, antes das
e do funcionário. assinaturas, pelo funcionário que lavrar ou assinar o assento.
2. Quando haja intervenção de intérprete, faz-se constar 5. Consideram-se como não escritas as palavras que, devendo
do texto do assento, além da identificação dele, a menção do ser ressalvadas, o não forem, sem prejuízo do disposto no número
cumprimento do disposto nos artigos 49 e 50, do presente Código 2, do artigo 371 do Código Civil.
conforme ao caso couber. ARTIGO 72
ARTIGO 68 (Declarações ou menções indevidas)
(Menções especiais dos assentos por transcrição) As declarações ou menções constantes dos assentos, além das
previstas na lei, são havidas como não escritas.
1. Nos assentos lavrados por transcrição, além das menções
legais privativas da sua espécie, extraídas do respectivo título, faz-
ARTIGO 73
se constar a proveniência, a natureza e a data da emissão do título.
2. Se o assento respeitar a acto lavrado no estrangeiro por (Ordem de prioridade e numeração)
autoridade local, a transcrição é feita mediante reprodução 1. Os assentos, exceptuando os de casamento e os electrónicos
das menções constantes do título relativas ao modelo legal do são elaborados segundo a ordem de anotação no Diário.
assento ou, quando não haja modelo legal de assento, por simples 2. Enquanto não forem lavrados em formato electrónico, cuja
recolha dos elementos necessários à realização dos averbamentos numeração é sequencial, os assentos de cada espécie têm número
previstos na lei. de ordem anual, a partir do dia 1 de Janeiro.
3. Se o título for omisso quanto a menções que não interessem 3. Exceptuam-se do disposto no número 2 do presente artigo, os
à substância do acto, a transcrição pode ser completada, por assentos de perfilhação, emancipação, tutela, curatela, curadoria,
averbamento, com base nas declarações dos interessados, administração de bens e de bodas, em que a numeração, por ordem
provadas documentalmente. cronológica, se faz até ao final de cada livro.
3306 I SÉRIE — NÚMERO 236
ARTIGO 78 ARTIGO 82
(Cotas de referência) (Data)
1. À margem do texto de cada assento, além das cotas especiais As declarações prestadas nas conservatórias intermediárias,
previstas no presente Código, são anotados: dentro dos prazos estipulados na lei, consideram-se feitas em
tempo oportuno, ainda que depois deles tenham de ser rectificadas
a) o número de ordem do assento; ou repetidas.
b) o nome completo dos indivíduos a quem o assento diz
respeito; ARTIGO 83
c) o número do registo da conta de emolumentos, (Repetição)
ou a menção da gratuitidade do assento, quando isento;
d) o número dos documentos que lhe serviram de base 1. Se o auto de declarações se houver extraviado ou não for
e do maço em que foram arquivados, ou o número oportunamente enviado, podem as declarações ser repetidas na
do processo. conservatória competente.
2. Os assentos lavrados com base em nova declaração são
2. À margem dos assentos respeitantes a factos que devam isentos de selo e emolumentos, desde que o nascimento ou óbito
ser averbados a outros registos são ainda lançadas cotas de tenha sido declarado em tempo oportuno, sem prejuízo do ulterior
referência à realização dos averbamentos devidos ou à remessa pagamento dos selos e emolumentos pelo funcionário que tenha
dos respectivos boletins. dado causa ao extravio ou à falta de remessa da declaração inicial.
4 DE DEZEMBRO DE 2018 3307
4. Aos averbamentos é aplicável o disposto nos números 4 e 2. A certidão é de narrativa e dela consta a indicação do
5 do artigo 71 e no artigo 72, do presente Código. tribunal e da secção em que correu o processo, a identificação
das partes, o objecto da acção e da reconvenção, se a houver,
ARTIGO 93 os fundamentos do pedido, e bem assim a transcrição da parte
(Assinatura) dispositiva da sentença, além da data desta e da menção de haver
passado em julgado.
1. Os averbamentos são assinados pelo Conservador ou
3. O disposto nos números anteriores é aplicável, com as
pelos técnicos do registo civil, podendo usar-se uma assinatura
necessárias adaptações, às decisões judiciais que decretem a
abreviada.
2. Os averbamentos a que falte a assinatura devem ser assinados inibição, a suspensão do poder paternal, a adopção, a revisão da
por qualquer dos funcionários mencionados no número 1, do respectiva sentença, a conversão da adopção restrita em adopção
presente artigo que notar a omissão, se verificar, em face dos plena ou a sua revogação, a emancipação ou sua revogação, bem
assentos correspondentes ou dos documentos arquivados, que o como às decisões que hajam declarado a morte presumida de
averbamento estava em condições de ser efectuado. ausentes.
3. No averbamento é anotada a omissão e a data em que foi 4. Os emolumentos devidos pelos registos correspondentes
suprida. são contados no próprio processo e entram em regra de custas.
ARTIGO 94 ARTIGO 98
(Averbamento em conservatória distinta de que lavrou o registo)
(Conservatórias a que devem ser remetidas as certidões)
1. Quando o livro de assentos em que deva realizar-se o 1. A certidão das decisões proferidas nas acções a que se
averbamento se não encontre em poder da conservatória em
referem os números 1 e 3 do artigo 97, do presente Código,
que foi lavrado o registo do facto a averbar, estas enviam à
é remetida, conforme os casos, à conservatória detentora dos
conservatória ou entidade competente, dentro do prazo de cinco
dias, o boletim do modelo aprovado com as indicações necessárias assentos de casamento ou de nascimento, a qual a decisão tenha
à realização do averbamento. de ser averbada.
2. Se o registo for de óbito de indivíduo que faleceu no 2. A certidão da decisão que tenha de ser averbada a assento
estado de casado, o Conservador do registo civil que o tiver de casamento e de nascimento é remetida apenas à conservatória
efectuado envia o boletim à conservatória detentora do assento detentora do assento de casamento.
de casamento, a esta competindo, por sua vez, comunicar o facto 3. A certidão de decisões que decretem a inibição ou suspensão
a averbar, por meio de boletim análogo, à conservatória detentora do poder parental deve ser remetida apenas à conservatória
do assento de nascimento do falecido e do cônjuge sobrevivo. detentora do assento de nascimento do inibido com a indicação
3. Compete à Conservatória dos Registos Centrais dar do número e ano do assento.
cumprimento ao disposto nos números 1 e 2, do presente
artigo, relativamente ao averbamento dos factos que constituam ARTIGO 99
objecto dos duplicados de assentos consulares, e bem assim aos (Averbamento da dissolução, declaração de nulidade ou anulação
averbamentos que devam ser lançados simultaneamente a estes do casamento e da interrupção da sociedade conjugal)
duplicados e aos originais correspondentes.
1. Depois de receber a certidão comprovativa do divórcio,
ARTIGO 95 declaração de nulidade ou anulação do casamento, separação
judicial de pessoas e bens e de lavrar o devido averbamento, o
(Formalidades posteriores)
Conservador detentor do assento de casamento que não tenha
1. Efectuado o averbamento, a conservatória devolve o talão em seu poder os assentos de nascimento das pessoas a quem
anexo ao boletim correspondente, depois de o ter preenchido. as certidões respeitem, comunica, por meio de boletim, ao
2. A conservatória expedidora conserva, devidamente Conservador do registo civil que detenha estes assentos o facto
numeradas e ordenadas, as matrizes dos boletins expedidos e que deve ser averbado.
nelas anotam a recepção dos respectivos talões. 2. O disposto no número 1, do presente artigo deve ser
observado pelo Conservador do registo civil que receber a
ARTIGO 96 certidão comprovativa da inibição ou suspensão do poder parental,
(Dúvidas sobre o assento) decretada pelo tribunal de menores, em relação aos assentos de
nascimento dos filhos do inibido.
1. O Conservador do registo civil que receber um boletim para
averbamento e não encontrar nos livros o assento correspondente ARTIGO 100
ou não conseguir identificá-lo com suficiente segurança, comunica
(Averbamento de actos registados na própria conservatória)
o facto à conservatória expedidora, por meio de ofício, para que
estas promovam as diligências necessárias ao esclarecimento da Quando o acto que deve ser averbado conste de livro da própria
omissão ou das dúvidas suscitadas. conservatória, não são necessárias certidões ou boletins para a
2. Se houver omissão do assento ou erro na elaboração do realização do averbamento, bastando que o funcionário, ao exará-
registo, que obste à realização do averbamento, o Conservador do lo, lance as necessárias cotas de referências.
registo civil providencia, nos termos e para o efeito do disposto
no artigo 302 do presente Código. ARTIGO 101
(Averbamentos omissos)
ARTIGO 97
1. Sempre que, por qualquer circunstância, tome conhecimento
(Averbamento de sentença)
da omissão de algum averbamento, independentemente da data
1. A certidão da sentença proferida nas acções de estado é da verificação do facto que há-de ser averbado, o Conservador
enviada pelo escrivão do processo à conservatória competente, do registo civil deve suprir oficiosamente a omissão, solicitando
dentro de quarenta e oito horas após o trânsito em julgado da a remessa dos boletins ou dos documentos necessários ao
decisão, para que sejam feitos os averbamentos devidos. averbamento.
4 DE DEZEMBRO DE 2018 3309
SECÇÃO II
ARTIGO 102
Vícios e irregularidades do registo
(Falta ou total preenchimento da coluna destinada
aos averbamentos) ARTIGO 106
1. Se os sucessivos averbamentos houverem preenchido (Princípio geral)
a coluna a esse fim destinada, ou os livros de assentos a não 1. O valor jurídico do registo pode ser prejudicado pela
possuírem, o Conservador do registo civil deve proceder, existência de vícios ou de irregularidades.
oficiosa e gratuitamente, à transcrição do assento, com todos os 2. Os primeiros implicam o cancelamento do registo, nos
seus averbamentos e cotas de referência, fazendo à margem da termos regulados no presente Código, e os segundos, a mera
transcrição os novos lançamentos. rectificação.
2. O assento transcrito não é cancelado, mas à margem dele e da
transcrição devem ser exaradas as necessárias cotas de referência. ARTIGO 107
(Enumeração)
CAPÍTULO II
1. São vícios do registo a inexistência jurídica e a nulidade
Disposições Comuns
absoluta.
SECÇÃO I 2. São consideradas irregularidades as deficiências, inexactidões
Omissão e perda do registo ou meros erros materiais.
ARTIGO 103 SUBSECÇÃO I
(Suprimento da omissão) Inexistência jurídica do registo
1. No caso de, por qualquer circunstância, não haver sido ARTIGO 108
lavrado um registo e não ser possível o suprimento da omissão
(Fundamentos)
nos termos especialmente previstos no presente Código, observa-
se o seguinte: 1. O registo é considerado juridicamente inexistente nos
a) tratando-se de registo que deva ser lavrado por inscrição, seguintes casos:
o registo omitido só é efectuado mediante decisão a) quando respeitar a facto juridicamente inexistente;
judicial passada em julgado; b) quando tiver sido assinado por quem não tenha
b) se o registo tiver de ser feito por transcrição, o funcionário competência funcional para o fazer, sem prejuízo do
requisita à entidade competente, logo que tiver disposto no número 2 do artigo 369 do Código Civil;
conhecimento da omissão, o título necessário para c) quando não contiver a assinatura do funcionário, se
o lavrar; a falta não for sanável nos termos do número 4, do
c) se, na hipótese anterior, também não houver sido presente artigo;
lavrado o original, o funcionário providencia para que d) quando não contiver a assinatura das partes;
a entidade competente faça suprir a omissão pelos e) quando, tratando-se de assento de casamento, não
meios próprios em conformidade com as leis contiver a expressa menção de terem os nubentes
aplicáveis, e remeta à conservatória o respectivo título; manifestado a vontade de contrair matrimónio.
d) se não for possível obter o título destinado à transcrição, 2. O registo lavrado por averbamento só é considerado
observa-se o disposto na alínea a), do número 1, do inexistente por falta da assinatura do funcionário, se a falta não
presente artigo. for sanável nos termos do artigo 93.
2. Os funcionários do registo civil, bem como os agentes do 3. A falta de assinatura das testemunhas não é causa de
Ministério Público, são obrigados, logo que tenham conhecimento inexistência do registo se do contexto constar a sua intervenção
da omissão, a promover as diligências previstas no número ou, tratando-se do assento de casamento, se a anulabilidade do
1, do presente artigo, por si ou por intermédio das entidades acto celebrado, resultante da falta de intervenção das testemunhas,
competentes, como no caso couber. tiver sido sanada.
4. Os actos de registo civil a que faltar unicamente a assinatura
ARTIGO 104 do funcionário competente são convalidados de pleno direito,
(Elementos a inscrever)
mediante a assinatura do funcionário em exercício no acto da
convalidação, desde que se não conheça ou não tenha sido
1. O juiz fixa na decisão que determina a realização do registo deduzida qualquer oposição, sem prejuízo da responsabilidade
omitido os elementos que devem constar dele, tendo em vista os em que tenha incorrido o respectivo funcionário.
requisitos estabelecidos no presente Código. 5. A requerimento dos interessados que, quando verbal, é
2. O Conservador pode, porém, socorrer-se de outros reduzido a auto, podem ser convalidados, por averbamento,
elementos constantes do processo sempre que haja omissão de os assentos de nascimento lavrados sem a intervenção de
alguma menção que, devendo constar do registo, não interesse à testemunhas quando esta tivesse carácter obrigatório, se verificado
substância dos factos registados. o pressuposto constante do número 4, do presente artigo.
3310 I SÉRIE — NÚMERO 236
6. Fica sempre salvo aos interessados e ao Ministério Público b) quando o próprio facto registado for declarado
o direito de recorrer aos meios ordinários a fim de se provar juridicamente inexistente, nulo ou anulado, nas
que a falta de assinatura do funcionário ou de intervenção das condições previstas na alínea a), do presente artigo,
testemunhas não foi devida a mera negligência do funcionário. salvo tratando-se de casamento nulo ou anulado;
c) quando corresponder à duplicação de outro registo
ARTIGO 109 regularmente lavrado;
(Regime) d) quando for lavrado em conservatória diversa da
competente;
A inexistência jurídica do registo pode ser invocada a todo e) quando ficar incompleto, por não terem sido prestadas
o tempo por quem nela tiver interesse independentemente de as declarações necessárias ou por não chegar a ser
declaração judicial, mas esta deve ser promovida imediatamente registado o facto correspondente;
pelo funcionário que dela tiver conhecimento. f) nos demais casos especificados na lei.
SUBSECÇÃO II ARTIGO 115
Nulidade do registo (Regime)
ARTIGO 110
1. O registo cancelado não produz nenhum efeito como título
(Fundamentos) do facto registado, apenas pode ser invocado como prova na acção
O registo é nulo nos seguintes casos: destinada a suprir judicialmente a omissão de registo.
2. Quando o registo for cancelado com fundamento na
a) quando for falso ou resultar da transcrição de título falso; alínea a), do artigo 114, mas o facto registado for juridicamente
b) quando os serviços de registo da República de existente, observa-se o disposto no artigo 103 do presente Código.
Moçambique forem incompetentes para o lavrar. 3. O cancelamento fundado nas alíneas c) e d) do 114,
ARTIGO 111 do presente Código, pode ser ordenado oficiosamente pelo
Conservador que, no segundo caso, providencia pela transcrição
(Falsidade) do registo nos livros da conservatória competente.
A falsidade do registo só pode consistir numa das seguintes 4. O cancelamento nos termos da alínea e), do artigo 114,
circunstâncias: do presente Código, pode ser efectuado pelo Conservador, que
previamente deve mencionar no assento a razão por que ficou
a) constituir a inscrição de um facto que nunca se verificou; incompleto.
b) apresentar-se como transcrição de um título inexistente; 5. O cancelamento dos registos juridicamente inexistentes,
c) não serem das pessoas a quem são atribuídas as assinaturas por falta de assinatura das partes ou do funcionário, pode
das partes, das testemunhas ou dos funcionários que ser efectuado, nos termos do número 4, do presente artigo,
nele intervieram; independentemente da declaração judicial de inexistência, se
d) ter sido alterado por forma a induzir em erro acerca da
a omissão do registo causada pela inexistência já tiver sido
parte registada ou da identidade das partes.
devidamente suprida.
ARTIGO 112 SUBSECÇÃO II
(Falsidade do título transcrito) Rectificação
A falsidade do título transcrito só pode consistir numa das ARTIGO 116
seguintes circunstâncias:
(Fundamento)
a) em a assinatura do seu autor, bem como a de alguma das
partes ou testemunhas, quando deva constar do título, 1. O registo que enferme de alguma irregularidade, deficiência
não ser da autoria da pessoa a quem é atribuída; ou inexactidão, que o não torne juridicamente inexistente ou nulo,
b) em ter sido alterado nas condições previstas na alínea d), deve ser rectificado.
do artigo 111, do presente Código; 2. Se o registo houver sido lavrado por inscrição, é rectificado,
c) em respeitar o facto ou decisão judicial que nunca existiu. por averbamento, em virtude de decisão judicial, salvo se
a rectificação se mostrar necessária logo após a assinatura
ARTIGO 113 do registo, neste caso, é feita em acto contínuo, por meio de
(Regime) declaração lavrada pelo funcionário em seguimento do registo e
assinada por ele e pelos demais intervenientes no acto.
A nulidade do registo não pode ser invocada para qualquer 3. Se a irregularidade, deficiência ou inexactidão se reportar
efeito, enquanto não for reconhecida por decisão judicial apenas a indicação de algum ou alguns dos elementos de
transitada em julgado. identificação das pessoas a quem o registo respeite, ou que
SECÇÃO III nele hajam sido mencionadas, a rectificação pode ser feita, por
averbamento, oficiosamente ou a requerimento dos interessados,
Cancelamento e rectificação dos registos mediante despacho do Conservador detentor do registo irregular,
SUBSECÇÃO I desde que não se suscitem quaisquer dúvidas acerca da identidade
dessas pessoas nem esteja em causa a filiação constante do assento
Cancelamento
de nascimento a rectificar.
ARTIGO 114 4. A rectificação de assentos arquivados nos postos e que se
(Fundamentos) encontrem nas condições do número 3, do presente artigo pode
ser autorizada pelo Conservador competente.
O registo é cancelado nos casos seguintes: 5. Quando o registo tiver sido lavrado por transcrição, a
a) quando for declarado juridicamente inexistente ou nulo; irregularidade, deficiência ou inexactidão provier do título que
4 DE DEZEMBRO DE 2018 3311
lhe serviu de base, o funcionário providencia para que a entidade ARTIGO 119
competente a faça corrigir, procedendo depois nos termos nos
(A quem compete)
números 2 e 3 do presente artigo.
6. Se não for possível obter o título correcto, o registo é 1. A declaração de nascimento compete, obrigatória
rectificado mediante justificação judicial. e sucessivamente, às seguintes pessoas:
7. Exceptuam-se do disposto no número 5, do presente artigo, a) aos pais;
os assentos lavrados com base em acto de registo civil lavrado na b) ao parente capaz mais próximo que se encontre no lugar
República de Moçambique ou no estrangeiro, cujas rectificações do nascimento;
são directamente aplicáveis o regime estabelecido nos números c) ao director do estabelecimento onde o parto ocorrer;
anteriores. d) ao chefe de família residente na casa onde o nascimento
8. Tratando-se de registo lavrado por transcrição ou por se verificar;
averbamento e a irregularidade, deficiência ou inexactidão resultar e) ao médico ou à parteira assistente e, na sua falta, a quem
apenas da desconformidade do registo com o título ou assento que tiver assistido ao nascimento;
lhe serviu de base, ou se, em qualquer caso, consistir em simples f) a qualquer pessoa incumbida de prestar a declaração
erro de grafia, a rectificação é feita, nos termos do número 3 do pelo pai ou mãe do registando, ou por quem o tenha
presente artigo, pelo Conservador detentor do assento ou do a seu cargo;
averbamento, devendo, sempre que possível, ouvir-se, em auto, g) à autoridade comunitária ou dignatário religioso que se
os interessados. encontre no lugar do nascimento.
9. É obrigatória a promoção oficiosa do processo de rectificação 2. O cumprimento da obrigação por alguma das pessoas ou
de registo sempre que a irregularidade, deficiência ou inexactidão entidades mencionadas desonera todas as demais.
a sanar seja da responsabilidade dos serviços. 3. As pessoas indicadas nas alíneas d) e e) do número 1,
10. As menções levadas ao assento de óbito, estranhas à do presente artigo, não respondem pelos emolumentos e selos
identificação do falecido, podem ser rectificadas oficiosamente, do registo, os quais podem ser exigidos, sem dependência de
quaisquer formalidades prévias, ao legítimo representante do
por averbamento, em face do documento que comprove a sua
registado.
inexactidão.
4. A prova de que o declarante tem o registando a seu cargo
ARTIGO 117 pode ser feita por testemunhas ouvidas em auto.
d) a alteração resultante da renúncia do cônjuge casado ao lugar em que foi encontrado, a idade aparente, os sinais que o
uso do nome do outro e, em geral, da perda do direito individualizem, a descrição das roupas e objectos de que seja
ao nome por parte do registado; portador e quaisquer outras referências que possam concorrer
e) a alteração requerida com o fundamento previsto no para a sua identificação.
número 4, do artigo 129 do presente Código, quando
comprovado. ARTIGO 135
3. O averbamento de alteração não dependente de autorização (Menções especiais)
da Direcção Nacional dos Registos e Notariado é efectuado
1. O assento de nascimento deve conter as seguintes menções
a requerimento do interessado que, quando verbal, deve ser
especiais:
reduzido a auto e, no caso previsto na parte final da alínea d)
do número 2, do presente artigo, o averbamento é realizado a) data, hora e lugar em que o registando foi encontrado;
oficiosamente. b) idade aparente;
4. A alteração em face do casamento não está subordinado c) sinais ou defeitos que o individualizem;
às limitações previstas no número 1, do artigo 129, do presente d) descrição dos vestidos, roupas e objectos de que seja
Código. portador;
e) quaisquer outras referências que possam concorrer para
ARTIGO 131 a identificação do registando.
(Assento de gémeos) 2. Os objectos encontrados em poder do abandonado que
1. No caso de nascimento de gémeos lavra-se o assento em sejam de fácil conservação ficam guardados na conservatória,
separado para cada um deles, segundo a ordem de prioridade do depois de encerrados em recipiente apropriado, devidamente
nascimento, a qual é mencionada no texto do assento, mediante a lacrado e selado.
indicação, o mais aproximada que for possível, da hora e minuto
ARTIGO 136
dos respectivos nascimentos.
2. Quando os registandos forem do mesmo sexo, o funcionário (Nome do registando)
que receber a declaração deve indagar da existência de qualquer
1. Pode o funcionário que lavrar o assento atribuir ao registando
particularidade física, de carácter permanente, que individualize
algum deles, ou cada um deles, e descrevê-la no assento. um nome completo, constituído no máximo por três vocábulos,
3. Aos registandos não pode ser dado o mesmo nome próprio. devendo escolhê-los de preferência entre os nomes de uso mais
vulgar, ou derivá-los de alguma característica particular do
SUBSECÇÃO III registando ou do lugar em que foi encontrado, mas sempre de
modo a evitar denominações equívocas ou capazes de recordarem
Registo de abandonados
a sua condição de abandonado.
ARTIGO 132 2. Na escolha do nome deve, porém, respeitar-se qualquer
(Conceito de abandonado) indicação escrita encontrada em poder do abandonado ou junto
dele, ou por ele próprio fornecido.
Para efeito de registo de nascimento consideram-se abandonados
3. Observa-se sempre o disposto no número 4 do artigo 129,
os recém-nascidos de pais desconhecidos que forem encontrados
ao abandono em qualquer lugar e, bem assim, os indivíduos do presente Código.
menores, de idade aparente inferior a 14 anos, ou dementes, cujos SUBSECÇÃO IV
pais, conhecidos ou desconhecidos, se hajam ausentado para lugar
não sabido, deixando-os ao desamparo. Nascimentos ocorridos em viagem
ARTIGO 137
ARTIGO 133
(Viagem por mar ou por ar)
(Conservatória competente)
1. Quando em viagem por mar ou por ar, nascer algum
O nascimento de abandonados, sempre que não seja possível indivíduo em navio ou aeronave moçambicanos, a autoridade de
determinar a existência de registo anterior, é obrigatoriamente
bordo, dentro de vinte e quatro horas posteriores à verificação do
registado na conservatória da área do lugar em que o abandonado
facto, deve lavrar o registo de nascimento com as formalidades e
for encontrado.
requisitos previstos neste código, acrescentando a indicação da
ARTIGO 134 latitude e longitude em que o nascimento tenha ocorrido.
2. Não havendo livro próprio a bordo, o registo é lavrado em
(Apresentação do abandonado)
papel avulso, em duplicado.
1. Aquele que tiver encontrado o abandonado deve apresentá-
lo, no prazo de vinte e quatro horas, com todos os objectos e ARTIGO 138
roupas de que ele seja portador, à autoridade administrativa ou (Remessa do duplicado)
policial, a quem compete promover, se for caso disso, o assento
de nascimento. 1. Se o primeiro porto ou país em que o navio entrar, ou a
2. O registo de nascimento é lavrado mediante a apresentação aeronave aterrar, for estrangeiro e nele houver representação
do registando e em face do auto levantado pela autoridade a quem diplomática ou consular moçambicana, a autoridade que houver
o abandonado haja sido entregue e ainda das observações pessoais lavrado o registo deve enviar ao agente diplomático ou consular
do conservador do registo civil, de harmonia com o disposto no cópia autêntica ou o duplicado do registo, competindo a este
artigo seguinte. remetê-lo, dentro do prazo de vinte dias, à conservatória dos
3. A autoridade a quem o abandonado tiver sido entregue registos centrais por intermédio do Ministério dos Negócios
deve levantar auto de ocorrência, do qual conste a data, hora e Estrangeiros.
3314 I SÉRIE — NÚMERO 236
O assento de perfilhação pode respeitar a mais de um A organização do processo preliminar de publicações para
perfilhado, desde que se trate de irmãos. casamento compete à conservatória do registo civil da área em que
qualquer dos nubentes tiver domicílio ou residência estabelecida
ARTIGO 159 durante, pelo menos, os últimos trinta dias anteriores à data da
declaração ou da apresentação do requerimento a que se referem
(Registo de declaração de maternidade em viagem
os artigos seguintes.
ou em campanha)
ARTIGO 164
1. Em viagem por mar ou por ar, a bordo de navio ou aeronave
moçambicanos, no caso de perigo iminente de morte, a autoridade (Declaração para casamento)
de bordo pode lavrar registo de declaração de maternidade, Aqueles que pretenderem contrair casamento deve declará-
relativamente ao qual se deve observar, na parte aplicável, o lo, pessoalmente ou por intermédio de procurador bastante, na
disposto no artigo 137 e seguintes, do presente Código. conservatória do registo civil e requerer a instauração do processo
2. Em campanha, a entidade especialmente designada para preliminar de publicações.
o efeito nos regulamentos militares pode lavrar registo de
declaração de maternidade, nos termos do número 1, do presente ARTIGO 165
artigo, prestada por elementos das forças armadas. (Forma e conteúdo da declaração)
c) certidão do registo de óbito do pai ou da mãe dos nubentes 4. Se os interessados preferirem não aguardar o resultado
menores não emancipados, quando algum deles for das diligências previstas no número anterior, podem provar a
falecido, ou do registo de tutela instituída, no caso de dissolução, declaração de nulidade ou anulação do casamento,
falecimento ou interdição de ambos; mediante a apresentação das certidões de óbito ou de sentença,
d) certidões ou atestados comprovativos da situação conforme os casos.
económica dos nubentes, quando pretendem beneficiar
da isenção ou redução emolumentar prevista no ARTIGO 169
presente Código;
(Prazo internupcial)
e) auto de convenção antenupcial ou certidão da respectiva
escritura, se a houver; 1. O impedimento do prazo internupcial obsta ao casamento
f) os bilhetes de identidade dos nubentes ou, na sua falta, a daquele cujo casamento anterior foi dissolvido ou anulado,
cédula pessoal, o passaporte ou outro documento de enquanto não decorrer seis meses sobre a dissolução ou anulação
identificação previsto na lei. desse matrimónio.
2. Os documentos a que se referem as alíneas a), b), c) e d) do 2. Em caso de divórcio ou anulação do casamento, o prazo
número 1, do presente artigo, devem ser apresentados no acto da conta-se a partir do trânsito em julgado da respectiva sentença.
declaração; os restantes podem ser apresentados posteriormente, 3. Cessa o impedimento do prazo internupcial se o casamento
mas antes da celebração do casamento. se tiver dissolvido por divórcio não litigioso, por conversão da
3. As certidões de nascimento dos nubentes, bem como as separação judicial de pessoas e bens em divórcio e, tratando-se de
certidões de óbito necessárias à instrução do processo, podem divórcio litigioso, quando judicialmente comprovada a separação
ser substituídas por certificados de notoriedade, passados nos de facto, salvo se não tiver decorrido a prazo referido no número
termos previstos no presente Código, por fotocópias autenticadas 1, do presente artigo.
ou públicas-formas.
4. Os bilhetes de identidade ou os documentos de identificação ARTIGO 170
apresentados são restituídos aos apresentantes depois de anotada
(Afixação de editais)
no processo a sua apresentação.
5. Na impossibilidade de apresentação de certidão dos registos 1. À pretensão dos nubentes é dada publicidade por meio
referidos na alínea c), do número 1, do presente artigo, a mesma de edital, no qual são convidadas as pessoas que conheçam
pode ser substituída por uma declaração de consentimento impedimentos à celebração do casamento a virem declará-los
passada por quem tiver o menor a seu cargo, confirmada pela na conservatória.
entidade administrativa do local da residência, na qual se refere 2. O edital, escrito em impresso de modelo aprovado, é afixado,
a situação precisa do menor e se especificam os motivos daquela pelo conservador, à porta da conservatória, por forma bem visível,
impossibilidade. durante oito dias consecutivos.
3. Se algum dos nubentes residir, ou tiver residido nos últimos
ARTIGO 167 doze meses, fora da área da conservatória organizadora do
(Requisitos e dispensa de certidões) processo, o Conservador remete cópia do edital à conservatória
dessa residência, para aí ser afixada nas condições do número 2,
1. A certidão do registo de nascimento dos nubentes deve ser do presente artigo, salvo se o nubente for estrangeiro.
de narrativa completa e ter sido passada há menos de um ano. 4. A cópia do edital, quando tenha de ser afixada no estrangeiro,
2. A certidão de registo de nascimento passada por autoridade é remetida ao competente agente diplomático ou consular
estrangeira tem apenas de satisfazer a forma exigida para o mesmo moçambicano.
fim pela lei do país de origem.
3. É dispensada a apresentação de certidões de actos cujos ARTIGO 171
assentos constem dos livros da conservatória organizadora do
(Certificado de afixação de editais)
processo, substituindo-se por nota lançada no auto ou documento
inicial, da qual conste a data do facto registado, o número e ano 1. No dia imediato ao termo do prazo dos editais, o Conservador
do respectivo registo e assinatura do funcionário. lavra um certificado do qual conste que foram cumpridas as
formalidades legais e que foi ou não declarada, ou é do seu
ARTIGO 168 conhecimento a existência de algum impedimento matrimonial.
(Novas núpcias) 2. Em seguida, junta o certificado ao processo, ou remete-o à
repartição competente, com os documentos oferecidos para prova
1. No caso de novas núpcias de algum dos nubentes, a prova dos impedimentos que hajam sido declarados.
de dissolução, declaração de nulidade ou anulação do casamento
anterior faz-se pelos correspondentes averbamentos mencionados ARTIGO 172
nas certidões de nascimento ou, quando estas tenham sido
(Substituição da afixação do edital no local de residência)
substituídas por certificados de notoriedade, pelas certidões de
óbito ou da sentença. 1. Se algum dos nubentes residir, ou houver residido durante
2. Se das certidões de nascimento não constarem os os últimos doze meses, fora da área da conservatória organizadora
averbamentos devidos, o Conservador do registo civil suste o do processo, o Conservador, quando tal lhe seja requerido e sejam
andamento do processo e observa o disposto no artigo 101, do alegados os motivos justificativos, em substituição da afixação do
presente Código. edital na conservatória do local dessa residência pode ouvir, em
3. Efectuados os averbamentos em falta, as conservatórias auto de inquirição, duas testemunhas idóneas acerca da identidade
detentoras dos assentos de nascimento dos nubentes enviam e capacidade desse nubente para contrair casamento.
imediata e oficiosamente à conservatória organizadora do 2. Se as testemunhas oferecidas não residirem na área da
processo de casamento, a fim de serem juntos a este, certidões conservatória organizadora do processo, podem ser ouvidas, por
actualizadas dos respectivos registos. meio de ofício precatório, na conservatória da residência.
3318 I SÉRIE — NÚMERO 236
A conservatória que tiver emitido o certificado deve Se não for possível tornar efectiva a notificação, o processo
comunicar ao respectivo Conservador ou dignatário religioso os segue os seus termos, mas os pais ou o tutor que não tiverem
impedimentos de que posteriormente tenha conhecimento a fim sido notificados e não tiverem dado o seu consentimento podem
de que seja sustada a celebração do casamento. deduzir oposição até à celebração do casamento.
(Forma de prestar o consentimento) 1. O menor não emancipado que casar sem pedir o
1. O consentimento dos pais ou do tutor para casamento de consentimento dos pais ou do tutor, podendo fazê-lo, ou sem
menores pode ser prestado pelos seguintes meios: aguardar a decisão favorável do tribunal de menores, no caso de
oposição, fica sujeito às sanções prescritas na lei civil.
a) por auto lavrado pelo conservador e assinado por todos
2. A aprovação posterior do casamento pelos pais ou pelo
os intervenientes;
tutor pode ser concedida por qualquer das formas previstas no
b) por documento notarial autêntico ou autenticado;
artigo 181, do presente Código, e faz cessar os efeitos da falta
c) por documento autêntico ou autenticado, lavrado no
do consentimento, uma vez averbada ao assento de casamento.
estrangeiro pelas entidades locais competentes ou pelos
agentes consulares ou diplomáticos moçambicanos. SUBSECÇÃO IV
2. Os documentos referidos nas alíneas anteriores podem ser
Celebração do casamento religioso
supridos pela declaração a que se reporta o número 5, do artigo
166, do presente Código, quando verificada a impossibilidade ARTIGO 186
referida naquele preceito legal. (Necessidade do certificado)
3. No documento comprovativo do consentimento é sempre
identificado o outro nubente e indicada a modalidade de 1. O casamento religioso não pode ser celebrado sem que ao
casamento. respectivo dignatário religioso seja apresentado o certificado a
4. O consentimento pode ainda ser prestado no acto da que se refere o artigo 177, do presente Código.
celebração de casamento, caso em que apenas deve ser 2. Exceptuam-se os casamentos em caso de morte iminente ou
mencionado no assento. de grave motivo de ordem moral, se for expressamente autorizado
pelo dignatário religioso competente.
ARTIGO 182
ARTIGO 187
(Notificação dos pais ou tutor)
(Casamentos religiosos de moçambicanos no estrangeiro)
1. Quando os nubentes declararem ter cumprido o disposto
no número 1, do artigo 180, mas não juntarem documento 1. Ao casamento religioso celebrado no estrangeiro entre
comprovativo, ou quando alegarem a impossibilidade de nubentes moçambicanos ou entre moçambicano e estrangeiro é
comunicar com os pais ou o tutor, o Conservador do registo civil aplicável o disposto no artigo 186, do presente Código.
diligência averiguar a veracidade da declaração ou alegação, 2. Para organização do processo de publicações são competentes
observando o disposto no artigo 174, do presente Código. os agentes diplomáticos ou consulares moçambicanos da
2. Se o Conservador não conseguir certificar-se da veracidade residência dos nubentes ou, se algum dos nubentes residir em
das afirmações feitas pelos nubentes, ou as considerar infundadas, Moçambique, a conservatória do registo civil da área da respectiva
são notificados, sempre que possível, os pais ou o tutor para residência.
deduzirem oposição, no prazo de quinze dias, sob a cominação SUBSECÇÃO V
de o consentimento ser havido como prestado.
3. A notificação é feita pessoalmente, podendo ser por carta Celebração do casamento civil
registada com aviso de recepção e nela se faz referência expressa ARTIGO 188
ao nome do outro nubente.
(Dia e hora)
4. Se a notificação for realizada por carta registada, o prazo
para a oposição conta-se da data em que o aviso de recepção for O dia e a hora da celebração do casamento devem ser acordados
junto ao processo. entre os nubentes e o Conservador.
3320 I SÉRIE — NÚMERO 236
5. O prazo para a elaboração do despacho a que se referem os 3. O moçambicano residente no estrangeiro que pretenda casar
números 1, 2, 3 e 4 do presente artigo conta-se desde a data da perante as autoridades locais pode requerer a verificação da sua
recepção do processo. capacidade matrimonial à conservatória dos registos centrais
6. O processo deve estar concluído no prazo de trinta ou aos agentes diplomáticos ou consulares competentes para a
dias a contar do registo provisório, salvo caso de absoluta organização do processo de publicações para casamento, devendo
impossibilidade, que o funcionário deve justificar no despacho o duplicado do certificado ser remetido à conservatória a que se
final. refere o número 2, do presente artigo.
7. O casamento urgente fica sujeito à homologação do
Conservador que, no despacho final, deve fixar expressamente ARTIGO 199
todos os elementos que devam constar do assento definitivo. (Casamento de moçambicanos com estrangeiro)
f) referência ao facto de o casamento se ter celebrado com ou 3. O disposto no número 2, do presente artigo, é igualmente
sem convenção antenupcial e a menção do respectivo aplicável no caso do casamento ser celebrado na República
auto ou escritura, com indicação do regime de bens de Moçambique, com base em certificado passado por agente
estipulado se for um dos regimes tipo; diplomático ou consular moçambicano.
g) declaração prestada pelos nubentes, de que realizam o
casamento por sua livre vontade; ARTIGO 206
h) apelidos adoptados por qualquer dos nubentes; (Prazo para a transcrição)
i) apresentação do certificado exigido pelo artigo 186,
do presente Código, com a indicação da data e 1. O Conservador deve efectuar a transcrição do duplicado ou
conservatória em que foi passado; da certidão do assento de casamento religioso dentro do prazo
j) nome completo e residência habitual de duas testemunhas. de dois dias e comunicá-la ao dignatário religioso por meio de
boletim do modelo aprovado.
2. A menção da existência de convenção antenupcial só é
2. O prazo para a transcrição conta-se a partir do recebimento
feita se, até ao acto da celebração do casamento, for apresentado
do duplicado ou da certidão completada ou esclarecida, nos
o respectivo documento, devendo referir-se no assento a data do
casos a que se refere o artigo 208, a partir do despacho final, no
auto ou escritura e a indicação da conservatória ou do cartório
caso previsto no artigo 207, do presente Código, e a partir do
em que o documento foi lavrado.
recebimento do duplicado ou da certidão nos restantes casos.
3. Tratando-se de casamento celebrado com dispensa do
3. Na falta de remessa do duplicado ou da certidão do assento
processo de publicações mediante autorização do dignatário
pelo dignatário religioso, a transcrição pode ser feita a todo tempo
religioso, deve mencionar-se no assento esta circunstância
em face de qualquer desses documentos, a requerimento de algum
e a data da autorização.
interessado ou do Ministério Público.
ARTIGO 203
ARTIGO 207
(Assinatura)
(Transcrição não havendo processo de publicações)
1. O assento e o duplicado são assinados pelos cônjuges,
1. Se o casamento não tiver precedido do processo preliminar
quando saibam e possam fazê-lo, pelas testemunhas e pelo
de publicações, a transcrição só se efectua depois de organizado
dignatário religioso que os houver lavrado.
o processo, nos termos do artigo 163 e seguintes, do presente
2. Devem, ainda, assinar o assento e o duplicado os pais ou tutor
Código, substituindo-se a declaração dos nubentes pelo duplicado
dos nubentes menores, se souberem e puderem fazê-lo, quando
ou pela certidão do assento do casamento religioso.
no acto da celebração hajam prestado o consentimento para o
2. No edital que se afixa são mencionados o facto da celebração
casamento, o procurador e o intérprete, se os houver.
do casamento, a data, o local e o dignatário religioso perante o
ARTIGO 204 qual o matrimónio foi celebrado.
3. O Conservador pode notificar os cônjuges pessoalmente
(Remessa do duplicado)
ou por carta registada para comparecerem na conservatória, sob
1. O dignatário religioso do local da celebração do casamento pena de desobediência, a fim de prestarem os esclarecimentos
é obrigado a enviar à conservatória competente, dentro do prazo necessários à organização do processo.
de três dias, o duplicado do assento de casamento, a fim de ser 4. Os nubentes podem ser ouvidos, por ofício precatório, na
transcrito no livro de assentos de casamento. conservatória do registo civil da área da residência.
2. Nos casamentos, cuja imediata celebração haja sido 5. Se os nubentes não apresentarem os documentos necessários,
autorizada pelo dignatário religioso deve ser remetida, com o observa-se o disposto no número 2, do artigo 194 do presente
duplicado, cópia da autorização autenticada com a assinatura do Código.
dignatário religioso. 6. Se não houver lugar à isenção dos emolumentos
3. Com o duplicado são igualmente remetidos os documentos correspondentes ao processo, os cônjuges devem ser avisados
a que se refere o artigo 202, do presente Código, quando se para, no prazo de dez dias, pagarem as importâncias em dívida,
verifiquem as hipóteses nele previstas. sob pena de se proceder à sua cobrança coerciva.
4. O duplicado e os demais documentos são remetidos pelo 7. Havendo processo de publicações pendente à data do
correio, sob o registo ou entregues directamente na conservatória recebimento do duplicado, são aplicáveis com as necessárias
cobrando-se, neste caso, recibo em protocolo especial. adaptações os números 3 e 4 do artigo 194 do presente Código.
5. Se o duplicado se extraviar, o dignatário religioso deve
enviar à conservatória logo que tenha conhecimento do facto, ARTIGO 208
certidão de cópia integral do assento a fim de servir de título (Recusa da transcrição)
para a transcrição.
1. A transcrição do casamento religioso pode ser recusada nos
ARTIGO 205 seguintes casos:
(Conservatória competente para a transcrição) a) se a conservatória à qual o duplicado é enviado for
incompetente;
1. É competente para a transcrição de casamento religioso a b) se o duplicado ou certidão do assento de casamento
conservatória que houver passado o certificado. religioso não contiver as indicações exigidas no artigo
2. Se o casamento se celebrar em área diversa daquela em que 202 do presente Código ou as assinaturas devidas;
correu o processo preliminar de publicações, a transcrição é feita c) se o Conservador tiver fundadas dúvidas acerca da
na conservatória da área onde tiver lugar a celebração, devendo identidade dos contraentes;
o duplicado ser acompanhado de uma cópia de certificado d) se no momento da celebração for oponível ao casamento
autenticada e com a assinatura do dignatário religioso. algum impedimento dirimente;
4 DE DEZEMBRO DE 2018 3323
a) documento comprovativo da celebração do casamento A autoridade comunitária será obrigada a enviar à conservatória
remetido através do Ministério dos Negócios competente, dentro do prazo de três dias, o duplicado da acta.
Estrangeiros, pela autoridade estrangeira perante a
ARTIGO 226
qual o casamento tenha sido celebrado;
b) documento comprovativo do casamento apresentado (Recusa da transcrição)
por qualquer dos cônjuges, seus herdeiros ou outros 1. A transcrição do casamento tradicional é recusada nos
interessados. seguintes casos:
2. A transcrição é recusada se o conservador verificar que o a) se a conservatória à qual o duplicado da acta foi enviada
casamento foi celebrado com algum impedimento que o torne for incompetente;
anulável. b) se o duplicado da acta não contiver as indicações exigidas
no artigo 223 do presente Código;
SUBSECÇÃO VI
c) se no momento da celebração for oponível ao casamento
Casamento tradicional algum impedimento dirimente previsto na lei civil.
ARTIGO 221 2. A morte de um ou de ambos nubentes não obsta à transcrição.
3. A recusa da transcrição é notificada aos nubentes,
(Pessoas cuja presença é indispensável) pessoalmente ou por meio de carta registada e dela cabe recurso
Para celebração do casamento tradicional é indispensável a hierárquico.
presença dos contraentes, da autoridade comunitária e de duas
ARTIGO 227
testemunhas maiores ou plenamente emancipadas.
(Transcrição do casamento tradicional)
ARTIGO 222
A transcrição do casamento tradicional só se efectiva depois
(Celebração) de organizado o processo de publicações, nos termos dos artigos
A celebração do casamento tradicional é feita pela seguinte 163 e seguintes do presente Código.
forma: ARTIGO 228
a) proclamação oral de que vai celebrar-se o casamento
feita pela autoridade comunitária; (Efectivação da transcrição depois de recusada)
b) declaração expressa do consentimento de cada um dos A transcrição recusada com base em impedimento dirimente
nubentes; deve ser efectuada oficiosamente, ou por iniciativa de qualquer
c) redacção da acta do casamento em papel comum e sem interessado ou do Ministério Público, logo que cesse o
formalidades especiais. impedimento que deu causa à recusa.
4 DE DEZEMBRO DE 2018 3325
3. O boletim de óbito deve individualizar o falecido pelo nome aqueles que tiverem interesse directo no pedido ou na oposição,
completo, sexo, idade, filiação, naturalidade e última residência bem como o Ministério Público.
habitual e indicar a data e o lugar do óbito e o cemitério onde vai 2. É dispensada a constituição de advogado, excepto na fase
ser ou foi sepultado. de recurso.
4. Ao boletim de morte fetal aplica-se o disposto no número
3, do presente artigo, com as necessárias adaptações. ARTIGO 295
5. Cada boletim deve ainda conter a menção do número, (Exposição do pedido e da oposição)
ano e conservatória ou consulado emitente ou, sendo passado
em conservatória intermediária, a indicação desta e do número 1. Na petição destinada a servir de base ao processo, os
e data da declaração. requerentes devem expor, sem dependência de artigos, os
6. No boletim emitido pelo consulado deve ser lançada, pelo fundamentos da sua pretensão e indicar concretamente as
consulado emitente ou pela conservatória competente, cota de providências requeridas, sendo a assinatura do requerente
referência à integração ulterior do assento. reconhecida, nos termos legais.
7. Os boletins são assinados pelo Conservador ou por 2. A petição pode ser formulada verbalmente perante o
funcionário consular. Conservador do registo civil, que a reduz a auto, e é apresentada
no Diário, sendo o auto subscrito pelo Conservador do registo
SECÇÃO III
civil e pelo requerente, se souber e puder assinar.
Cédula pessoal 3. É aplicável à oposição o disposto no número 1, do presente
ARTIGO 289 artigo, relativamente à petição do requerente.
1. Verificada a existência, no contexto do assento, de alguma 1. Se ao declarante não for possível a apresentação imediata
das deficiências ou irregularidades previstas nas alíneas c) e d), dos meios de prova de que disponha, é-lhe concedido o prazo
do artigo 114 e nos números 3 e 5 do artigo 116, do presente de cinco dias.
Código, o Conservador manda lavrar um auto de notícia. 2. Se, findo o prazo, o declarante não houver junto as provas
2. O auto deve referir a natureza da deficiência ou irregularidade oferecidas fica a declaração sem efeito e o declarante sujeito à
e expor as circunstâncias que a determinaram, identificando o penalidades prescritas na lei.
registo irregular e os títulos e registos arquivados ou existentes 3. Quando os impedimentos declarados forem dirimentes,
o Conservador do registo civil deve, em qualquer caso, indagar
na conservatória, que lhe tenham servido de base.
pelos meios ao seu alcance da veracidade da declaração.
3. Exceptuam-se do disposto nos números 1 e 2, do presente
artigo os casos a que se refere o número 6, do artigo 116 ARTIGO 320
do presente Código. (Efeitos da declaração)
Processo de divórcio e de separação de pessoas e bens por Processo para afastamento da presunção de paternidade
mútuo consentimento
ARTIGO 354
ARTIGO 349
(Petição)
(Requerimento)
1. A declaração de inexistência de posse de estado por parte de
1. O processo de divórcio não litigioso ou de separação de filho de mulher casada relativamente a ambos os cônjuges deve
pessoas e bens deve ser instaurado mediante requerimento ser requerida em petição dirigida ao Conservador e apresentada
assinado pelos cônjuges, ou seus procuradores, desde que se na conservatória detentora do assento de nascimento.
encontrem casados há mais de três anos e separados de facto há 2. Na petição, a requerente deve expor os factos concretos que
pelo menos um ano consecutivo. fundamentam a acção, concluindo por pedir que o Conservador
2. No requerimento, os cônjuges não necessitam de mencionar declare que o registado, na ocasião do seu nascimento, não
as causas do divórcio. beneficiou da posse de estado relativamente a ambos cônjuges.
3. É competente, para tratar dos processos previstos na presente 3. Com a petição devem ser apresentadas certidões de cópia
subsecção, a conservatória do registo civil da área da residência
integral do assento de nascimento do registado, certidão de
de qualquer dos cônjuges.
narrativa completa do assento de casamento da requerente e
ARTIGO 350 oferecidas todas as provas.
d) para trocas internacionais ou fins estatísticos do estado c) declaração do estabelecimento de assistência relativamente
civil; aos indivíduos que estejam sob a sua protecção.
e) para instrução de processos por acidentes de trabalho, 2. Para efeitos de inscrição de nascimento de indivíduos nas
quando requisitadas pelos tribunais, pelos sinistrados condições referidas na alínea d), do artigo 383, os documentos
ou seus familiares;
referidos nas alíneas a), b) e c) do presente artigo são dispensados,
f) para quaisquer outros fins, quando, por lei especial, sejam
por manifestação verbal dos respectivos declarantes, desde que ao
declaradas isentas.
funcionário do registo civil não se levantem justificadas dúvidas
ARTIGO 383 sobre a sua veracidade.
(Redução de emolumentos) ARTIGO 385
Gozam da redução emolumentar constante da respectiva tabela, (Responsabilidade pela falsidade)
os indivíduos que se encontrem nas seguintes condições:
a) funcionários ou empregados por conta de outrem, com Em caso de falsidade das certidões, atestados ou declarações,
remunerações inferiores ao salário mínimo; os signatários ou declarantes e os que delas usarem ou
b) todos os que, não trabalhando por conta de outrem, aproveitarem, além da responsabilidade criminal em que incorrem
aufiram rendimentos estritamente indispensáveis à sua são solidariamente responsáveis pelos emolumentos, taxas
subsistência e do seu agregado familiar; e selos correspondentes ao acto de registo efectuado e pelas
c) indivíduos vivendo em economia familiar com seus multas devidas.
pais ou outros parentes, desde que uns e outros
se encontrem nas condições referidas na alínea b) ARTIGO 386
do presente artigo; (Selo correspondente ao registo de emancipação)
d) menores de 14 anos, filhos de indivíduos nas condições
referidas nas alíneas a), b) e c), do presente artigo. Os registos de emancipação ficam sujeitos ao imposto do selo
fixado pela respectiva tabela para o alvará de emancipação, o qual
ARTIGO 384 é pago na guia mensal.
(Prova da situação económica)
CAPÍTULO V
1. As situações abrangidas pelo artigo 383, do presente Código
devem ser comprovadas por alguns dos seguintes documentos: Disposições Finais
Preço — 240,00 MT