Gestão e Elaboração de Projetos Sociais 2
Gestão e Elaboração de Projetos Sociais 2
Gestão e Elaboração de Projetos Sociais 2
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................... 3
5 PROJETOS SOCIAIS........................................................................... 15
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1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
Bons estudos!
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2 CONSTRUÇÃO DA DEFINIÇÃO DE GESTÃO SOCIAL
Fonte: eseag.pt
A expressão “Gestão Social” foi criada para designar variadas práticas sociais,
entre organizações de origem governamental, na sociedade civil, em movimentos sociais
e empresariais – relacionada às noções de cidadania corporativa ou de responsabilidade
social.
Tenório (1998) entende a gestão social enquanto um processo gerencial que se
dá de maneira dialógica, em que a autoridade para a tomada de decisões é partilhada
por todos (as) aqueles (as) que participam da ação, aonde quer que esta ocorra, seja
em organizações públicas, privadas ou organizações não- governamentais.
De acordo com o mesmo autor, a construção do conceito acontece, inicialmente,
pela análise dos pares de palavras Estado-sociedade e capital-trabalho, que são
invertidas na sua ordem para sociedade-Estado e trabalho-capital, ressaltando a
importância da sociedade e do trabalho como protagonistas destas relações. Ampliando
a discussão, insere-se o par de palavras sociedade-mercado, que representa o processo
de interação da sociedade civil organizada com o mercado, onde também a sociedade
deve ser protagonista.
4
No Brasil, o termo Gestão Social encontra-se ainda em fase de construção. Por
outro lado, a Gestão Social tem se consolidado enquanto prática, sem ainda o consenso
sobre o conceito (PINHO, 2010).
Fonte: cafealtoburitis
Nota-se que a gestão social tem o condão de buscar uma aproximação entre a
administração pública e a comunidade, inserindo, interesses uníssonos aprimorados e
aprofundados através de avanços democráticos significativos, contribuindo para a
consolidação dos princípios constitucionais estabelecidos pela constituição cidadã de
1988, garantidora e protetora dos direitos do povo.
[...] pensar em gestão social, é pensar além da gestão de políticas públicas, mas
sim estabelecer as articulações entre ações de intervenção e de transformação
do campo social, que é uma noção mais ampla, e que não se restringe à esfera
público-governamental, como vemos a exemplos das ações de responsabilidade
social e do crescimento do terceiro setor. (Gomes 2008, apud, Pereira 2011,
p.03)
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Para tanto urge que a administração pública possa avançar na direção de políticas
e práticas de gestão mais congruentes com os novos paradigmas de prestação do
serviço público, atendendo às demandas e movimentos sociais para a construção da
democracia. Assim, temos como objetivo: examinar a Gestão Social como uma
possibilidade de inovação no campo da gestão pública.
3 INSTRUMENTOS DE GESTÃO
Fonte: bridgeconsulting.com.br
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3.2 Orçamento de assistência social
8
3.3 Gestão da informação, monitoramento e avaliação
Fonte:brazip.com.br
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Fonte: sapodavez.blogspot.com.br
Fonte: agenciar8.com.br
4 PLANEJAMENTO SOCIAL
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Esse processo está presente em todas as Políticas Públicas que reconhecemos
no contexto social. Todas elas estão organizadas com objetivos determinados e metas
a serem cumpridas, evidenciando a transformação social.
Um elemento importante no planejamento social é a operacionalização, onde são
relacionadas as atividades necessárias para efetuar as decisões tomadas. Nessa fase, o
planejador social (o assistente social) deve acompanhar a implantação, o controle e a
avaliação do planejamento do projeto social que o mesmo for implantar em determinada
instituição pública ou privada.
O planejamento social é sempre vinculado a uma política que, por sua vez, é
constituída das tensões entre forças sociais presentes numa dada realidade concreta. É
sustentado pelos eixos, prioridades, estratégias e direcionado para atenção/superação
das demandas próprias àquela política, sem prescindir das suas inelimináveis interfaces.
Tem como matéria prima a questão social, em particular aquelas expressões que
manifestam uma necessidade coletiva não atendida, constituindo-se em objeto da
política, a qual precisa ser reconhecida e incluída.
O planejamento é um processo intelectual que envolve análise reflexiva,
participação, previsão e decisão. Devendo ser encarado como um processo, que possui
várias fases e que permanece em constante transformação, tendo resumidamente na
fase inicial a preparação do que se pretende fazer e alcançar; seguido da observação e
correção da ação durante o curso e por último a análise dos resultados após o término
da ação.
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melhores decisões no caminho para a concretização dos objetivos e metas
organizacionais previamente determinados.
O planejamento ideal deve contar com o envolvimento da comunidade, com seus
sujeitos pensantes participando da sua elaboração e acompanhando a execução e
avaliação dos projetos, não como espectadores, mas como integrantes de um processo
que visa não só o desenvolvimento individual, mas principalmente o coletivo. Sendo este,
uma forma de trabalho que valoriza a contribuição individual e o trabalho em grupo, onde
cada pessoa propõe ações e sistematiza os princípios de suas atuações com o objetivo
de construir um bem coletivo para o grupo social envolvido.
5 PROJETOS SOCIAIS
Fonte: empresasvalesjc.com.br
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esquema de planejamento como a própria execução das ações planejadas. Assim, se
você consultar mais de uma publicação sobre o assunto, encontrará diversas definições,
na verdade semelhantes e de certa forma complementares, nas quais os projetos sociais
são tratados como meios, empreendimentos, atividades. Ficam, portanto, bem claros
alguns pontos relativos a projetos:
Têm a intenção de provocar mudanças; têm limites de tempo e recursos;
Visam a melhorar as condições de vida dos beneficiários; são ações
planejadas e coerentes entre si.
A escola continua tendo o papel central no processo educativo, mas pode partilhar
responsabilidade criando um espaço de corresponsabilidade em ações que visem a
aprofundar o que já está sendo ensinado. Mas por que trabalhar com projetos?
Quando um grupo de voluntários decide aliar-se à escola para estabelecer uma
parceria, nada mais justo e conveniente do que partir dos desafios existentes e, numa
atuação solidária e cooperativa, colocar mãos à obra. Aí entra o projeto que é o
planejamento das ações a serem desenvolvidas para fazer frente às necessidades
detectadas – num levantamento prévio – pela comunidade escolar e pelos próprios
voluntários.
Fonte: girasp.com.br
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O projeto tem, então, o propósito de costurar ações e participações, direcionando-
as para um objetivo comum que se pretende alcançar. Somam-se forças e maximizam-se
resultados sempre que se tem um horizonte único, tarefas integradas e definição clara do
papel a ser desempenhado por cada uma das partes envolvidas. E, até que se
estabeleça uma relação de confiança e de cooperação entre escola e voluntários é
prudente ir se aproximando aos poucos.
Transparência e compromisso dos voluntários com a proposta são fatores que
reforçam a credibilidade e abrem portas. Por outro lado, uma reunião, uma oficina,
atividades recreativas, entre tantas outras possibilidades, são ações pontuais que abrem
espaço para se pensar e realizar um projeto coletivo.
Por esse caminho é possível saber mais a respeito da realidade e das
necessidades das crianças e jovens brasileiros e definir metas e passos do projeto. É por
aí, também, que se consegue maior envolvimento e, com isso, maior probabilidade de
sucesso.
Fonte: stakeholdernews.com.br
Com o objetivo de dar uma resposta à questão social, políticas sociais são criadas
em todo mundo a fim de provocar mudanças sociais, mas a questão social não é inerte
e tão pouco se apresenta de maneira comum a todas as sociedades. Em cada sociedade
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ela se determina de um modo, de uma maneira que cada qual deve ser tratada de acordo
com suas particularidades. Dessa forma,
A questão pode ser entendida como tudo aquilo que põe em risco a integração
da sociedade: a pobreza, a estratificação social, o desemprego, a concentração
de poder e renda, entre outros. A determinação do que será tratado como
questão social, dependerá das convenções formadas socialmente. A cada
diagnóstico e a cada forma 8 de concepção e enfrentamento dos riscos sociais
estará manifestada determinada maneira pela qual a sociedade busca entender
e enfrentar a questão da sua coesão (MOREIRA, 2011, apud DAMASIO, 2015,
p.7).
[...] é necessário lembrar que os projetos só podem ser ferramentas úteis para a
ação social na medida em que não se tornem ‘camisas-de-força’, que não
enrijeçam as práticas, pois os projetos sociais são como a vida: nunca podem ser
totalmente organizados. Eles devem ser conduzidos de forma maleável, ser
constantemente monitorados e avaliados e estar abertos para a incorporação de
atualizações e modificações que sejam propostas a qualquer momento pelos
atores envolvidos (CARVALHO, apud DAMASIO 2015 p. 09).
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Além de ser um instrumento do Serviço social e de várias outras profissões, que
contribuem para a redução das desigualdades sociais, os projetos sociais são um
exercício de cidadania, no qual vários atores sociais estão envolvidos. Eles são uma
forma de estimular também uma maior conscientização do indivíduo para o papel que
desempenha na sociedade.
Se um projeto social contribuir de forma relevante para fazer brilhar a luz interior
de cada indivíduo no processo de constituição de novos sujeitos coletivos, então
ele terá promovido o resgate da dignidade humana, em suma, terá sido exitoso
(ARMANI, 2001 apud CARVALHO, 2003 p. 6).
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ainda ocuparão o espaço de mediação e diálogo com as políticas públicas nacionais no
campo do desenvolvimento social. Em outras palavras, eles também são públicos.
Fonte: valormercado.com.br
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conjunto de organizações sociais alcança uma melhor articulação e com o estado no
desenvolvimento de cronogramas de ação conjunta.
Fonte: escolaobedeedom.com.br
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Busca adequada de fontes de financiamento.
Deve dar uma ideia clara e concisa do (s) objetivo (s) do projeto.
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A formulação do objetivo de um projeto pode considerar de alguma maneira a
reformulação futura, positiva das atuais condições negativas do problema.
Os objetivos devem ser formulados sempre como a solução de um problema e o
aproveitamento de uma oportunidade. Estes objetivos são mais genéricos e não podem
ser assegurados somente pelo sucesso do projeto, dependem de outras condicionantes.
Importante distinguir dois tipos de objetivos:
Objetivo Geral: Corresponde ao produto final que o projeto quer alcançar. Deve-
se expressar o que deseja alcançar na região de longo prazo para exceder a duração
do projeto. O projeto não pode ser considerado um fim a si mesmo, mas como uma
maneira de atingir uma parte maior.
Objetivos específicos: Corresponde às ações que você propõe para executar
dentro de um determinado período de tempo. Eles também podem ser chamados de
resultados esperados e devem ser implementados até o final do projeto.
D. Metas
São os resultados parciais que podem ser alcançados e neste caso podem e
devem ser bastante concretos expressando quantidades e qualidades dos objetivos,
ou quando será feito. Definir metas elementos quantitativos e qualitativos é
consentâneo para avaliar os avanços.
Ao estabelecermos uma meta, devemos nos fazer três perguntas: o que
queremos? Para que o queremos? Quando o queremos?
Quando o objetivo refere-se a um determinado setor da população ou um
determinado tipo de organização, devemos descrevê-los corretamente. Por exemplo,
devemos informar o número de pessoas que queremos alcançar, sexo, idade e outras
informações que esclarecem aqueles que se referem. Cada objetivo específico deve
ter um ou mais objetivos. Quanto melhor mensurada estiver uma meta, mais fácil será
definir os parâmetros que viabilizarão pôr em evidência seu alcance.
E. Metodologia
A metodologia deve descrever os formulários e técnicas que serão usadas para
executar o projeto.
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A especificação da metodologia do projeto é aquela que abrange o número de
artigos, pois eles respondem, ao mesmo tempo, perguntas como: Como? Onde?
Quanto?
O tipo de atuação a ser desenvolvida tais como: pesquisa, diagnóstico, intervenção
ou outras; que procedimentos (métodos, técnicas e instrumentos, etc.) serão adotados
e como será sua avaliação e divulgação, deve ser descrito.
É importante pesquisar metodologias que foram empregadas em projetos
semelhantes, verificando sua aplicabilidade e deficiências, e convém sempre citar as
referências bibliográficas.
Um projeto pode ser considerado bem elaborado quando tem metodologia bem
definida e clara. É a metodologia que vai dar aos avaliadores, a certeza de que o objetivo
do projeto realmente tem condições de serem alcançados. Portanto este item deve
merecer atenção especial por parte das instituições que elaborarem projetos.
Para ter eficácia uma metodologia deve incluir três pontos fundamentais: a gestão
participativa, o acompanhamento técnico sistemático e continuado e o desenvolvimento
de ações de disseminação de informações e de conhecimentos entre a população
envolvida.
F. Cronograma
Conforme já dito, os projetos são temporalmente bem definidos quando possuem
datas de início e término preestabelecidas. As atividades que serão desenvolvidas
devem se inserir neste período de tempo.
O cronograma é o arranjo gráfico das épocas em que as atividades vão acontecer
e permite uma rápida visualização da sequência em que devem acontecer.
G. Orçamento
O orçamento é uma síntese ou cronograma financeiro do projeto, através do qual
pode-se mensurar como o que e quando serão gastos os recursos e de que fontes virão.
Facilmente pode-se observar que existem diferentes tipos de despesas que podem ser
agrupadas de forma uniforme como, por exemplo: material de consumo; custos
administrativos, equipe permanente; serviços de terceiros; diárias e hospedagem;
veículos, máquinas e equipamentos; obras e instalações.
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No orçamento as despesas devem ser expostas de maneira conjunta, no entanto,
as organizações financeiras exigem que seja feita um relato detalhado de todos os
custos, chamado memória de cálculo.
H. Revisão Bibliográfica
Referências bibliográficas, que podem conceber o problema ou servir como base
para a ação, podem e devem ser enviadas. Eles certamente darão a noção financeira
sobre o quanto o autor tem o direito ao assunto, pelo menos no nível conceitual/teórico.
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O estado não pode oferecer uma resposta tão inteligente e rápida aos problemas
populacionais, como as empresas que em alta concorrência estão geralmente agindo de
forma mais eficaz em suas vidas diárias.
Portanto, o setor privado tem consciente de que deve ter uma participação maciça
no ambiente social e comunitário, uma vez que é parte integrante e, portanto, depende
de sua operação correta.
Fonte: nutriceler.com
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No final do ano passado já eram 60 fundos que movimentavam US$ 15 bilhões de
dólares.
Fonte: msarh.com.br
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É a postura de uma empresa que por livre e espontânea vontade, decide praticar
comportamentos e ações que gerem o benefício coletivo, seja e esse para o seu público
interno (funcionários, acionistas etc), assim como para o público externo (clientes,
fornecedores, sociedade em geral). Ações estas tomadas voluntariamente e que não
estão ligadas a benefícios ou obrigações promovidas pela legislação ou a sociedade a
qual está inserida.
A responsabilidade social empresarial pode ser percebida em dois âmbitos
distintos: interno e externo. No âmbito interno são considerados parceiros nas atividades
empresariais: acionistas, investidores, administradores e funcionários. Já no âmbito
externo estão incluídas todas as relações com terceiros, tais como credores,
fornecedores, consumidores, concorrentes, comunidade, governo e meio ambiente.
Assim, a conduta na administração dos negócios deve ser permeada pelo
comprometimento, integração e colaboração com a comunidade. As responsabilidades
sociais são as obrigações da entidade para com a sociedade em que opera. Ou, de
acordo com a Comissão das Comunidades Europeias (2001),
Dessa forma a responsabilidade social nas empresas na forma pela qual está
sendo estudada apresenta três definições distintas, mas que em uma visão generalista
acabam por serem sinônimas, Responsabilidade Social Corporativa (RSC),
Responsabilidade Social Empresarial (RSE) e Responsabilidade Social Ambiental
(RSA). A Responsabilidade Social Corporativa (RSC) é o conceito mais utilizado pelos
estudiosos para definir a responsabilidade social das grandes empresas, empresas que
geralmente praticam ações sociais observando o seu público interno ou ambiente de
negócio. Entre os principais princípios que norteiam a RSC destacam-se o de ação social,
auditoria social, código de conduta, código de bom governo, desenvolvimento
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sustentável empresa cidadã, ética empresarial, gestão ambiental e sustentabilidade. A
Responsabilidade Social Empresarial (RSE) é o conceito mais popular de
responsabilidade social praticada pelas empresas, considerada por muitos um sinônimo
de RSC, ela tem um diferencial facilmente perceptível, foca em ações destinadas aos
diversos envolvidos. A Responsabilidade Social Ambiental (RSA) é o conceito mais atual
de responsabilidade social e talvez o mais abrangente, foca em ações socioambientais
além das questões comumente tratadas em relação às pessoas (internas e externas)
As transformações socioeconômicas dos últimos 20 anos têm afetado
profundamente o comportamento de empresas até então acostumadas à pura e
exclusiva maximização do lucro. Se por um lado o setor privado tem cada vez mais lugar
de destaque na criação de riqueza; por outro lado, é bem sabido que com grande poder,
vem grande responsabilidade.
Em função da capacidade criativa já existente, e dos recursos financeiros e
humanos já disponíveis, empresas têm uma intrínseca responsabilidade social. A ideia de
responsabilidade social incorporada aos negócios é, portanto, relativamente recente.
Com o surgimento de novas demandas e maior pressão por transparência nos
negócios, empresas se veem forçadas a adotar uma postura mais responsável em suas
ações.
Infelizmente, muitos ainda confundem o conceito com filantropia, mas as razões
por trás desse paradigma não interessam somente ao bem-estar social, mas também
envolvem melhor performance nos negócios e, consequentemente, maior lucratividade.
Fonte: repositorio.ual.pt
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A busca da responsabilidade social corporativa tem, grosso modo, as seguintes
características:
É plural. Empresas não devem satisfações apenas aos seus acionistas.
Muito pelo contrário. O mercado deve agora prestar contas aos
funcionários, à mídia, ao governo, ao setor não governamental e ambiental
e, por fim, às comunidades com que opera. Empresas só têm a ganhar na
inclusão de novos parceiros sociais em seus processos decisórios. Um
diálogo mais participativo não apenas representa uma mudança de
comportamento da empresa, mas também significa maior legitimidade
social.
É distributiva. A responsabilidade social nos negócios é um conceito que
se aplica a toda a cadeia produtiva. Não somente o produto final deve ser
avaliado por fatores ambientais ou sociais, mas o conceito é de interesse
comum e, portanto, deve ser difundido ao longo de todo e qualquer
processo produtivo. Assim como consumidores, empresas também são
responsáveis por seus fornecedores e devem fazer valer seus códigos de
ética aos produtos e serviços usados ao longo de seus processos
produtivos.
É sustentável. Responsabilidade social anda de mãos dadas com o
conceito de desenvolvimento sustentável. Uma atitude responsável em
relação ao ambiente e à sociedade, não só garante a não escassez de
recursos, mas também amplia o conceito a uma escala mais ampla. O
desenvolvimento sustentável não só se refere ao ambiente, mas por via do
fortalecimento de parcerias duráveis, promove a imagem da empresa
como um todo e por fim leva ao crescimento orientado. Uma postura
sustentável é por natureza preventiva e possibilita a prevenção de riscos
futuros, como impactos ambientais ou processos judiciais.
É transparente. A globalização traz consigo demandas por transparência.
Não mais nos bastam mais os livros contábeis. Empresas são
gradualmente obrigadas a divulgar sua performance social e ambiental, os
impactos de suas atividades e as medidas tomadas para prevenção ou
compensação de acidentes.
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Nesse sentido, empresas serão obrigadas a publicar relatórios anuais,
onde seu desempenho é aferido nas mais diferentes modalidades
possíveis. Muitas empresas já o fazem em caráter voluntário, mas muitos
preveem que relatórios socioambientais serão compulsórios num futuro
próximo. Muito do debate sobre a responsabilidade social empresarial já
foi desenvolvido mundo afora, mas o Brasil tem dado passos largos no
sentido da profissionalização do setor e da busca por estratégias de
inclusão social através do setor privado.
Sendo contra ou a favor, achando certo ou errado, responsabilidade social
corporativa é um tema cada vez popular e para o qual devemos dar a devida importância.
As empresas precisam se conscientizar que a comunidade espera delas mais do que
apenas seguir as normas da legislação. Cidadãos buscam nas organizações privadas o
apoio que não encontram em seus governantes.
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“responde por atos próprios ou de outrem”, que “deve satisfazer os seus compromissos
ou de outrem.
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10 DIAGNÓSTICO DE REALIDADES SOCIAIS DENTRO DA PERSPECTIVA DO
SERVIÇO SOCIAL
Fonte: camara.leg.br
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na explicação de uma determinada situação entendida como problema. Parte do
processo de planejamento se caracteriza pela investigação e reflexão, tendo fins
operativos e sentido programático. O diagnóstico, pode ser definido como:
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Deve-se ir fazendo e aprendendo, com um espírito aberto e não possessivo, até
que as habilidades dos grupos sociais se aprimorem para o autodiagnostico, a
capacitação técnica, o conhecimento partilhado, o respeito entre as organizações
e pessoas e o resgate da autoestima dos grupos sociais. (GOMES, 2001, apud,
MACIEL, 2014, p.65).
35
11.1 Objetivos do diagnóstico social
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12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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de Janeiro, 2002.
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SELLTIZ, C. et al. Métodos de Pesquisa nas Relações Sociais, São Paulo, EPU,
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40
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J. SCHOMMER, P C; CANÇADO, CARDOSO.A Gestão Social e Políticas Públicas de
Desenvolvimento: Ações, Articulações e Agenda. Recife: UNIVASF, 2010.
42