Tecido Epitelial

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Tecido Epitelial

O tecido epitelial é um dos quatro tipos básicos dos tecidos animais. Formado
por células justapostas, entre as quais se encontra pouca substância
extracelular. Como suas células não possuem vasos sanguíneos, os nutrientes
são recebidos através do tecido conjuntivo subjacente.

Entre o tecido epitelial e o conjuntivo existe uma estrutura denominada  lâmina


basal, ou membrana basal visível. A lâmina basal separa e prende o epitélio ao
tecido conjuntivo subjacente. É formada principalmente por colágeno tipo IV,
laminina e proteoglicanas. A membrana basal é formada pela lâmina basal
juntamente com fibras reticulares e complexos de proteoglicanas e
glicoproteínas, sendo, visível ao microscópio óptico quando utilizamos técnicas
específicas, como o PAS (ácido periódico de Schiff ).

As células epiteliais de revestimento estão unidas umas com as outras através


de estruturas denominadas de junções celulares. Os vários tipos de junções
servem não só como locais de adesão, mas eventualmente também como
vedantes prevenindo o fluxo de materiais pelo espaço intercelular, e ainda
podem oferecer canais para a comunicação entre células adjacentes. Portanto
do ponto de vista juncional as junções podem ser classificadas como junções
de adesão, junções de oclusão (tight junctions) e junções de comunicação 
(junções gap). Em muitos epitélios várias junções estão presentes em uma
seqüência constante do ápice para a célula.
Junções de adesão/ ancoragem
São junções especializadas em que proteínas transmembranas, as caderinas,
se ligam a filamentos de actina existentes no citoesqueleto, atravessam o
espaço intercelular, se fundem e auxiliam as células adjacentes a aderirem
umas às outras.

Junções de oclusão, zônula de oclusão / tight junctions


Costumam ser a zona mais apical desta seqüência. O termo “zônula” indica
que a junção forma uma faixa ou cinturão que circunda a célula completamente
e “oclusão” se refere à fusão das membranas que ocorre nessas membranas
vedando o espaço intercelular.

Junções comunicantes ou gap junctions


É um conjunto de pequenos canais que permitem que pequenas moléculas
entrem para o interior de células adjacentes. São estruturas dinâmicas, abrindo
e fechando em resposta a estímulos.
Tipos de junções celulares

Polaridade das células epiteliais


Em muitas células epiteliais a distribuição das organelas na porção apoiada na
membrana basal da célula, pólo basal, é diferente das organelas presentes no
citoplasma da porção livre da célula, pólo apical; a esta diferente distribuição
que é constante nos vários tipos de epitélio, dá-se o nome de polaridade das
células epiteliais. Isto significa que diferentes partes dessas células podem ter
diferentes funções.

Classificação do tecido epitelial de revestimento


A classificação dos diferentes tipos de epitélio baseia-se nos seguintes
parâmetros:
a) Forma da célula: pavimentosa ou achatada, cúbica e cilíndrica ou prismática.
b) Número de camadas: simples (1 camada de células) e estratificada (mais de
uma camada de células)
Há três tipos básicos de células, cuja nomenclatura se relaciona com a forma
celular: células pavimentosas, cúbicas e cilíndricas. As células do epitélio
pavimentoso são achatadas e têm forma poligonal. As do epitélio prismático(ou
colunar, ou cilíndrico) são altas, com forma de prismas e as células cúbicas têm
formato cúbico.

As células epiteliais podem se dispor em uma única camada: epitélio simples,


onde todas as células do epitélio se prendem à membrana basal, ou organizar-
se em várias camadas, onde a camada mais inferior entra em contato com a
membrana basal: epitélio estratificado, de forma que as demais células vão se
sobrepondo umas às outras, formando vários estrato. Normalmente, as células
do epitélio cilíndrico simples atingem a mesma altura, assim como os seus
núcleos também costumam ter a mesma posição dentro da célula, formando,
ao microscópio, uma linha contínua ao longo do epitélio.
Existe também o epitélio pseudo-estratificado, no qual todas as células se
prendem à membrana basal, mas não atingem a mesma altura, dando a
impressão, ao microscópio, de ser estratificado. Os núcleos das células
também não atingem a mesma altura e, portanto, não formam uma linha
contínua, como acontece no epitélio estratificado.

O epitélio de transição é um tipo especial de epitélio restrito ao revestimento


das vias urinárias, e suas células variam sua morfologia dependendo do grau
de estiramento. Quando a bexiga está em repouso, as células epiteliais
encontram-se na forma cúbica, no entanto quando a bexiga encontra-se
distendida, as células epiteliais encontram-se na forma pavimentosa
(achatada).

Além da análise que leva em consideração o número de camadas e o formato


celular, os epitélios ainda podem ser classificados observando-se a presença
de especializações membrana plasmática, como microvilosidades, cílios e os
estereocílios.
As microvilosidades São pequenas projeções do citoplasma curtas ou longas
em forma de dedos, observadas no microscópio eletrônico. Encontradas em
células que exercem intensa absorção, como as do epitélio de revestimento do
intestino delgado e dos túbulos proximais dos rins. Nestas células o glicocálix é
mais espesso que na maioria das células e o conjunto de glicocálix e microvilos
é visto facilmente ao microscópio de luz, sendo chamado de borda em
escova ou borda estriada.

Corte histológico de intestino delgado. Setas evidenciam a borda estriada ou


borda em escova, formada pelas microvilosidades e o glicocálix da membrana
da célula. Maior aumento. HE.

Alguns tipos de epitélio podem ainda apresentar células epiteliais secretoras de


muco. As mucinas (misturas de glicoproteínas e proteoglicanos) têm
importantes funções nas cavidades corporais, por exemplo, atua como
lubrificante bucal, como lubrificante vaginal e como barreira estomacal. As
células caliciformes presentes nos epitélios que revestem o intestino e no trato
respiratório são exemplos de células secretoras de muco.

Os cílios são prolongamentos longos dotados de motilidade, presente na


superfície de algumas células epiteliais. O movimento ciliar de um conjunto de
células de um epitélio é freqüentemente coordenado para permitir que uma
corrente de fluído ou de partículas seja impelida em uma direção ao longo da
superfície do epitélio.

Os estereocílios são prolongamentos longos e imóveis de células do


epidídimo e do ducto deferente que na verdade são microvilos longos e
ramificados e que portanto, não devem ser confundidos com os verdadeiros
cílios. Os estereocílios aumentam a área de superfície da célula, facilitando o
movimento de molécula para dentro e para fora da célula.

Corte histológico de epidídimo. As setas evidênciam os estereocílios. Maior


aumento. HE.
Combinando as duas classificações, obtemos uma grande variedade de
epitélios:

 Epitélio pavimentoso simples: encontrado nos vasos sanguíneos e


linfáticos, cápsula de Bowman (rins), mesotélio e pulmão.
 Epitélio cúbico simples: encontrado nos túbulos contorcidos do rim e na
parede dos folículos da tireóide.
 Epitélio cilíndrico simples: encontrado em quase todo o tubo digestório,
revestindo o estômago, o piloro, o intestino delgado e o grosso e a vesícula
biliar.
 Epitélio cilíndrico simples ciliado: tubas uterinas.
 Epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado: encontrado no
esôfago, vagina, língua, cavidade oral.
 Epitélio pavimentoso estratificado queratinizado: encontrado na pele
fina e pele grossa.
 Epitélio cúbico estratificado: encontrado nos ductos de algumas
glândulas.
 Epitélio cilíndrico estratificado: é raro, só está presente em poucas
áreas do corpo, como na conjuntiva ocular e nos grandes ductos
excretores de glândulas salivares.
 Epitélio de transição: na bexiga e ureter.
 Epitélio pseudo-estratificado cilíndrico ciliado: encontrado na traquéia
e brônquios.
 Epitélio pseudo-estratificado cilíndrico com estereocílios: encontrado
no epidídimo.
No epitélio pseudo-estratificado cilíndrico ciliado observado nas vias
respiratórias (traquéia e brônquios), os cílios têm a função de remoção de
partículas estranhas vindas juntamente com o ar inalado. No fumante, devido a
agressão constante dos componentes do cigarro, este epitélio pode ser
substituído por um epitélio mais resistente, o epitélio pavimentoso estratificado.
Esse processo é chamado de metaplasia.
Renovação das células epiteliais
Os tecidos epiteliais são estruturas dinâmicas cujas células são continuamente
renováveis por atividade mitótica. A taxa de renovação é variável; pode ser
rápida em tecidos como o epitélio intestinal, que é totalmente substituído a
cada semana, ou lenta, como no fígado e pâncreas. Em tecidos epiteliais
estratificados e pseudo-estratificados as mitoses ocorrem na camada basal do
epitélio, a camada mais interna próxima à lâmina basal, onde se encontram as
células –tronco desses epitélios.

Resumo das principais características dos epitélios:


1. São derivados do ectoderma, do mesoderma e do endoderma.
2. Recobrem e revestem todas as superfícies corporais, exceto as cartilagens
articulares, o esmalte do dente e a superfície anterior da íris.
3. As funções básicas dos epitélios são proteção (pele), absorção (intestinos
delgado e grosso), transporte de substâncias sobre a superfície (mediado por
cílios), secreção (glândulas), excreção (túbulos do rim), trocas gasosas
(alvéolos pulmonares) e deslizamento entre superfícies (mesotélio de serosas).
4. A maioria das células epiteliais se renovam continuamente por mitose.
5. Os epitélios são avasculares, os nutrientes e oxigênio chegam por difusão
através de vasos do tecido conjuntivo adjacente.
6. As células epiteliais quase não apresentam substâncias intercelulares livres
entre si (em contraste com o tecido conjuntivo)
7. A natureza coesiva de um epitélio é mantida por junções celulares.
8. Os epitélios estão ancorados a uma lâmina basal. A lâmina basal e os
componentes do tecido conjuntivo cooperam entre si para formar a membrana
basal.
9. Os epitélios apresentam polaridade estrutural e funcional.

Tecido Conjuntivo é um tecido de conexão, composto de grande quantidade


de matriz extracelular, células e fibras.

Suas principais funções são fornecer sustentação e preencher espaços entre


os tecidos, além de nutri-los.

Existem tipos especiais de tecido conjuntivo, cada um com função específica.


Isso varia, principalmente, de acordo com a composição da matriz e do tipo de
células presentes.

Tipos de Tecido Conjuntivo

A classificação dos diferentes tecidos conjuntivos pode ser feita de acordo


com o material e o tipo de células que o compõem.

A matriz extracelular, que é a substância entre as células, tem consistência


variável. Ela pode ser: gelatinosa (tecido conjuntivo frouxo e denso), líquida
(sanguíneo), flexível (cartilaginoso) ou rígida (ósseo).
Desse modo, pode ser dividido em tecido conjuntivo propriamente dito e em
tecidos conjuntivos de propriedades especiais, a saber: adiposo, cartilaginoso,
ósseo e sanguíneo.

Tecido Conjuntivo Propriamente Dito

Teci
do Conjuntivo Propriamente Dito
Esse tecido, como o nome indica, é o típico tecido de ligação. Ele atua na
sustentação e preenchimento dos tecidos e, dessa forma, contribui para que
fiquem juntos, estruturando os órgãos.

Sua matriz extracelular é abundante, composta de uma parte gelatinosa


(polissacarídeo hialuronato) e três tipos de fibras proteicas: colágenas,
elásticas e reticulares.

Existem dois subtipos de tecido conjuntivo propriamente dito, classificados de


acordo com a quantidade de matriz presente, são eles:

Tecido Conjuntivo Frouxo


É constituído de pouca matriz extracelular, com muitas células e poucas
fibras.

Isso torna o tecido flexível e pouco resistente às pressões mecânicas. Algumas


células são residentes, como os fibroblastos e macrófagos e e outras são
transitórias, como: linfócitos, neutrófilos, eosinófilos.

É encontrado pelo corpo todo, envolvendo órgãos. Além disso serve de


passagem a vasos sanguíneos, sendo assim importante na nutrição dos
tecidos.
Tecido Conjuntivo Denso
Possui grande quantidade de matriz extracelular, com predominância das
fibras colágenas, dispostas sem grande organização. Há poucas células
presentes, entre elas os fibroblastos.

É encontrado abaixo do epitélio, na derme, conferindo resistência às pressões


mecânicas, graças às suas muitas fibras. Também é muito encontrado
nos tendões.

Leia também sobre Tecido epitelial

Tecido Conjuntivo Adiposo


É um tipo de tecido conjuntivo de propriedades especiais. Sua função é de
reserva energética e também proteção contra o frio e impactos.

É constituído de pouca matriz extracelular, com quantidade considerável de


fibras reticulares e muitas células especiais, os adipócitos, que acumulam
gordura.

Veja também: Tecido Adiposo


Tecido Conjuntivo Cartilaginoso

Cartilagem
Elástica
É composto por grande quantidade de matriz extracelular, no entanto, ela é
mais rígida nesse tecido do que no conjuntivo propriamente dito. Isso ocorre
devido à presença de glicosaminoglicanas associadas às proteínas, além de
finas fibras colágenas.
Nas cartilagens, constituídas desse tecido, estão presentes os condrócitos,
células que ficam alojadas dentro de lacunas na matriz.

Devido à sua consistência especial, o tecido cartilaginoso faz a sustentação de


diversas regiões do corpo, mas com certa flexibilidade.

Veja também: Cartilagem
Tecido Conjuntivo Ósseo

Tecido
Ósseo onde estão presentes células jovens (osteoblastos) e maduras
(osteócitos)
É um tecido mais rígido, presente nos ossos e responsável pela sustentação e
movimentação.

É composto de abundante matriz extracelular, rica em fibras colágenas e


moléculas especiais (proteoglicanas e glicoproteínas). A matriz é calcificada
pela deposição de cristais (formados de fosfato de cálcio) sobre as fibras.

A célula especial do tecido, o osteócito, fica no interior de lacunas na matriz


rígida. É uma célula madura originada dos osteoblastos, células ósseas
jovens.

Veja também: Tecido Ósseo


Tecido Conjuntivo Sanguíneo

Células
sanguíneas. A célula diferente é um eosinófilo, um tipo de leucócito entre
hemácias
É um tecido especial cuja matriz se encontra no estado líquido. Essa
substância se chama plasma, nele estão as células sanguíneas: glóbulos
vermelhos (hemácias) e glóbulos brancos (leucócitos) e
as plaquetas (fragmentos celulares).

O tecido hematopoiético ou hemocitopoiético é responsável pela formação das


células sanguíneas e componentes do sangue. Ele está presente na medula
óssea, localizada no interior de alguns ossos.

Veja também: Sangue
Funções

Cada tipo de tecido conjuntivo possui tipos específicos de células e sua matriz
extracelular contém diferentes moléculas e fibras que determinam sua função.

 Preenche espaços entre os diferentes tecidos e estruturas;


 Participa na nutrição de células de outros tecidos que não possuem
vascularização, uma vez que facilita a difusão dos nutrientes, além de gases,
entre o sangue e os tecidos;
 Reserva energética nas células adiposas;
 Atua na defesa do organismo através das suas células;
 Produz células sanguíneas na medula óssea.

Tecido muscular

O tecido muscular, um dos quatro tipos de tecidos animais, caracteriza-se por


sua capacidade de contração. Ao contrair-se, ele garante não só a
movimentação do corpo, como também, por exemplo, o batimento cardíaco e o
transporte de alimentos pelo sistema digestório. Sua contração é conseguida
pela quantidade de filamentos de proteínas contráteis existentes em suas
células.

O tecido muscular pode ser classificado em três tipos, utilizando-se como


critérios as características morfológicas e também funcionais das células que o
constituem.

Leia também: Tecidos humanos - epitelial, conjuntivo, muscular e nervoso

Características do tecido muscular

O tecido muscular é formado por células alongadas com capacidade de


contração que recebem a denominação de fibras musculares. Essas fibras
apresentam vários filamentos de proteínas contráteis, ou seja, com capacidade
de contração. Entre eles estão os filamentos de actina e miosina.

As fibras musculares são células eucarióticas típicas, com uma série de


estruturas encontradas também em outros tipos celulares. Entretanto, nas
fibras musculares, algumas dessas estruturas recebem denominações
específicas, sendo esse o caso da membrana celular, do citosol e
do retículo endoplasmático liso. A membrana celular das células musculares é
chamada de sarcolema, enquanto o citosol é chamado de sarcoplasma, e o
retículo endoplasmático liso, de retículo sarcoplasmático.

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Classificação do tecido muscular

O tecido muscular é classificado em três tipos distintos, utilizando como base


as diferenças existentes em suas células musculares, são eles: tecido
muscular estriado cardíaco, tecido muscular estriado esquelético e tecido
muscular não estriado.
O tecido muscular é classificado em três tipos: tecido muscular estriado
esquelético, tecido muscular não estriado e tecido muscular estriado cardíaco.

 Tecido muscular estriado cardíaco

Apresenta estriações e é encontrado na parede do coração. A contração desse


tecido é vigorosa, rítmica e involuntária, portanto, não somos capazes de
controlá-la. Possui fibras alongadas, com um ou dois núcleos, os quais estão
localizados mais próximos à região central. Sua fibras musculares apresentam
ramificações unidas por discos intercalares.

Esses discos garantem que sinais passem de uma célula para outra, permitem
que a contração cardíaca seja sincronizada e evitam que uma célula separe-se
da outra no momento do batimento cardíaco. Vale destacar, ainda, que as
células desse tecido apresentam elevado número de mitocôndrias, uma vez
que o gasto de energia para a contração é elevado.

Leia também: Junções celulares nos tecidos animais – formas de


comunicação das células

 Tecido muscular estriado esquelético

É rico em estriações e está conectado aos nossos ossos, sendo os casos do


bíceps e do tríceps. Apresenta fibras musculares longas, que podem atingir
até 30 cm, cilíndricas e com vários núcleos na periferia das células. A
contração desse tipo de tecido muscular é rápida e vigorosa e ocorre,
geralmente, de maneira voluntária.

Nas fibras musculares, observa-se as miofibrilas, que são feixes de


filamentos. Elas são formadas por quatro tipos de proteínas: a miosina, a
actina, a tropomiosina e a troponina. Entre essas proteínas, a actina e a
miosina são encontradas em maior quantidade.
As fibras musculares esqueléticas possuem um padrão de estriações
transversais, conseguidas graças à alternância de faixas claras e
escuras. Aquelas são formadas por filamentos finos (actina), enquanto estas
são formadas tanto por filamentos finos quanto por filamentos grossos
(miosina). A faixa escura é conhecida como banda A, e a clara, como banda
I. No centro da banda I, observa-se uma linha escura transversal chamada
de linha Z. Na banda A, no centro, observa-se uma região mais clara,
chamada de banda H.

Observe um esquema do sarcômero, as unidades contráteis básicas do tecido


muscular.
A contração do tecido muscular esquelético ocorre devido ao encurtamento
dos sarcômeros, as unidades contráteis básicas desse tipo de tecido. Cada
sarcômero (unidades repetidas das miofibrilas) é formado por duas metades de
banda I e uma banda A ao centro, sendo ele, portanto, uma porção que fica
entre duas linhas Z. Para saber mais sobre esse tecido tão importante para
nossos ossos, leia o texto: Tecido muscular estriado esquelético.

 Tecido muscular não estriado ou liso

Não possui estriações, diferentemente dos demais. Suas células são longas,


com um núcleo central, e apresentam formato fusiforme, ou seja, suas
extremidades são mais estreitas que o seu centro. A contração desse tecido
é involuntária e lenta. Ele pode ser encontrado na parede de vários órgãos,
tais como bexiga, esôfago e artérias. Caso tenha maior interesse nesse tópico,
leia nosso texto: Tecido muscular liso.
Funções do tecido muscular

Nossa movimentação é conseguida graça à ação dos nossos músculos, que


são formados pelo tecido muscular.
O tecido muscular está relacionado com uma série de funções em nosso
organismo, algumas delas vitais para nossa sobrevivência, sendo esse o caso
do batimento cardíaco, conseguido pela contração do tecido muscular
estriado cardíaco. Além disso, o tecido muscular promove, acompanhado de
nossos ossos, a nossa movimentação. É também uma função sua
a manutenção da postura.

Leia também: Contração muscular esquelética – resposável por nossa


movimentação

O tecido muscular garante ainda a mudança do volume de vários órgãos e o


posterior retorno deles ao tamanho original, sendo esse o caso da bexiga. Ele
também permite que substâncias sejam transportadas pelo nosso corpo.
Sem os músculos, nosso sistema digestório, por exemplo, não seria capaz
de movimentar o alimento pelo tubo digestório (movimentos peristálticos) e
permitir a digestão. 

Tecido Nervoso
O sistema nervoso é o principal regulador de nossas funções, exercendo
controle sobre quase todas as atividades ou eventos que ocorrem a cada
momento no nosso corpo. Tal controle é feito através da transmissão de
impulsos que percorrem os diversos circuitos neuronais e liberação de
mediadores químicos através das numerosas terminações encontradas nas
células.
O tecido nervoso é sensível a vários estímulos que se origina de fora ou do
interior do organismo. Ao ser estimulado, esse tecido torna-se capaz de
conduzir os impulsos nervosos de maneira rápida e, às vezes, por distâncias
relativamente grandes.

Trata-se de um dos tecidos mais especializados do organismo animal.

O sistema nervoso é anatomicamente dividido em Sistema Nervoso Central


(SNC), formado pelo encéfalo e pela medula espinhal e Sistema Nervoso
Periférico (SNP), formado pelos nervos e gânglios nervosos. Tais tecidos são
compostos pelos neurônios e células da glia.

Células do tecido nervoso


As células do sistema nervoso dividem-se em:

 Neurônios – os quais são responsáveis pelas funções receptivas.


 Células da Glia ou Neuróglia – as quais são responsáveis pela
sustentação e pela proteção dos neurónios.
Os Neurônios
Os neurônios são as células responsáveis pela recepção e transmissão dos
estímulos do meio (interno e externo), possibilitando ao organismo a execução
de respostas adequadas para a manutenção da homeostase. Para exercerem
tais funções, contam com duas propriedades fundamentais: a excitabilidade e a
condutibilidade. Excitabilidade é a capacidade que permite a uma célula
responder a estímulos, sejam eles internos ou externos. Portanto,
excitabilidade não é uma resposta, mas a propriedade que torna a célula apta a
responder. Essa propriedade é inerente aos vários tipos celulares do
organismo. No entanto, as respostas emitidas pelos tipos celulares distintos
também diferem umas das outras. A resposta emitida pelos neurônios
assemelha-se a uma corrente elétrica transmitida ao longo de um fio condutor:
uma vez excitados pelos estímulos, os neurônios transmitem essa onda de
excitação – chamada de impulso nervoso – por toda a sua extensão em grande
velocidade e em um curto espaço de tempo. Esse fenômeno deve-se à
propriedade de condutibilidade.

Para compreendermos melhor as funções de coordenação e regulação


exercidas pelo sistema nervoso, precisamos primeiro conhecer a estrutura
básica de um neurônio e como a mensagem nervosa é transmitida.

Os neurônios são considerados a unidade básica do sistema nervoso. Estas


são as verdadeiras células condutoras do tecido nervoso, as responsáveis pela
recepção e pela transmissão dos impulsos nervosos sob a forma de sinais
eléctricos. Estas células não têm a capacidade de se regenerar.

Os neurônios são compostos pelo corpo celular ou pericário, dendritos e


axônios.

 Pericário ou corpo celular: é nesta estrutura que se dá a sintese proteica,


sendo também nesta aqui que ocorre a convergencia das correntes
eléctricas geradas na árvore dendrítica. Cada corpo celular neuronal
contém apenas um núcleo que se encontra no centro da célula. É também
nesta estrutura que estão alojadas todas as funções celulares em geral.
 Dendritos: São prolongamentos especializados em receber e transportar
os estimulos das células sensoriais, dos axônios, e de outros neurônios.
Possuem múltiplas ramificações e extremidades arborizadas, o que lhes dá
a capacidade de receber multiplos estimulos de vários neurônios de
maneira simultânea.
 Axônios: são prolongamentos únicos especializado na condução de
impulsos, que transmitem informações do neurônio para outras células
(nervosas, musculares, glandulares). Normalmente existe apenas um único
axônio em cada neurônio.

Classificação dos neurônios:


Os neurônios podem ser divididos e classificados segundo algumas
caracteristicas particulares como a forma e a função.

Quanto à forma:
 Multipolares: possuem vários dendritos e um axônio
 Bipolares: possuem um dendrito e um axônio.
 Pseudo-unipolares: apresentam próximo ao corpo celular, prolongamente
único, mas este se divide em dois, dirigindo-se um ramo para a periferia e
outro para o sistema nervoso central.

Quanto à função:
 Motores (eferentes): controlam órgãos efetores, como glândulas e fibras
musculares.
 Sensoriais (aferentes): recebem estímulos do organismo ou do ambiente.
 Interneurônios: estabelecem conexões entre outros neurônios, formando
circuitos complexos.
As células da glia
As células da glia possuem a função de envolver e nutrir os neurônios,
mantendo-os unidos. Os principais tipos de células desta natureza são
os astrócitos, oligodendrócitos, micróglias e células de Schwann.
 Astrócitos: têm a forma de estrela, com inúmeros prolongamentos; em
grande quantidade, apresentam-se sob duas formas: astrócitos
protoplasmáticos, localizados na substância cinzenta; e astrócitos fibrosos
localizados na substância branca. Têm como funções sustentação,
participam da composição iônica e molecular do ambiente extracelular dos
neurônios. Alguns astrócitos apresentam prolongamentos chamados pés
vasculares, que se expandem sobre os capilares sanguíneos. Admite-se
que esses prolongamentos transferem moléculas e íons do sangue para os
neurônios.
 Oligodendrócitos: produzem as bainhas de mielina que servem de
isolantes elétricos para os neurônios do SNC. Os oligodendrócitos têm
prolongamentos que se enrolam em volta dos axônios, produzindo a
bainha de mielina.
 Micróglia: células pequenas com poucos prolongamentos, presentes tanto
na substância branca, como na substância cinzenta. São células
fagocitárias e derivam de precursores trazidos da medula óssea pelo
sangue, representando o sistema mononuclear fagocitário no sistema
nervoso central.
 Células de Schwann: as células de Schwann têm a mesma função dos
oligodendrócitos, porém se localizam em volta do sistema nervoso
periférico. Cada célula de Schwann forma uma bainha de mielina em torno
de um segmento de um único axônio. Ao contrário, os oligodendrócitos têm
prolongamentos por intermédio dos quais envolvem diversos axônio. Essa
bainha de mielina atua como isolante elétrico e contribui para o aumento
da velocidade de propagação do impulso nervoso ao longo do axônio,
porém, não é contínua, entre uma célula de Schwann e outra existe uma
região de descontinuidade da bainha, o quacarreta a existência de uma
constrição (estrangulamento) denominada nódulo de Ranvier.
Existem axônios em que as células de Schwann não formam a bainha de
mielina. Por isso, há duas variedades de axônios: os mielínicos e os
amielínicos. Em uma fibra mielinizada, temos três bainhas envolvendo o
axônio: bainha de mielina (de natureza lipídica), bainha de Schwann e o
endoneuro.

Sistema Nervoso Central


O sistema nervoso central é constituído pelo cérebro, cerebelo e medula
espinhal. Como não contém um estroma de tecido conjuntivo, o sistema
nervoso central tem a consistência de uma massa mole.

Quando corados, o cérebro, o cerebelo e a medula espinhal mostram regiões


brancas (substância branca) e regiões acizentadas (substância cinzenta). A
distribuição da mielina é responsável por essa diferença de cor, que é visível a
fresco. Os principais constituintes da substância branca são axônio
mielinizados, oligodendrócitos produtores de mielina. Ela possui também outras
células da glia. A substância branca não contém corpos de neurônios.

A substância cinzenta é formada de corpos de neurônios, dendritos, a porção


inicial não mielinizada dos axônios e células da glia. Na substância cinzenta
têm lugar as sinapses do sistema nervoso central. A substância cinzenta
predomina na superfície do cerebro e do cerebelo, constituindo o córtex
cerebral e o córtex cerebelar, enquanto que a substância branca predomina
nas partes mais centrais.

Em cortes transversais da medula espinhal, a substância branca se localiza


externamente e a cinzenta internamente, com forma de letra H.
Proteção do Sistema Nervoso Central
O sistema nervoso central é protegido por três envoltórios formados por tecido
conjuntivo denso, denominados, como meninges sendo estas, na ordem do
interior para o exterior:

 Piamáter: localizada mais intimamente ao sistema nervoso, é impossível


de ser totalmente removida sem remover consigo o próprio tecido nervoso,
essa camada é altamente vascularizada.
 Aracnóide: situada entre a Piamáter e Duramáter, é provida de trabéculas
que permite a circulação do líquido cefalorraquidiano.
 Duramáter: trata-se do envoltório mais externo e mais forte, constituída de
tecido conjuntivo denso, continuo com o periósteo dos ossos da caixa
craniana. A duramáter que envolve a medula espinhal é separada do
periósteo das vértebras, formando-se entre os dois, o espaço peridural.

 Sistema nervoso periférico


Os componentes do SNP são os nervos, gânglios e terminações nervosas. Os
nervos são feixes de fibras nervosas envolvidas por tecido conjuntivo.

Fibras nervosas
As fibras nervosas são constituídas por um axônio e suas bainhas envoltórias.
O tecido conjuntivo que reveste um axônio e suas bainhas envoltórias é
chamado de endoneuro. Um grupo de fibras nervosas formam os feixes ou
tratos do SNC e os nervos do SNP.
As fibras nervosas organizam-se em feixes. Cada feixe, por sua vez, é
envolvido por uma bainha conjuntiva denominada perineuro. Vários feixes
agrupados paralelamente formam um nervo. O nervo também é envolvido por
uma bainha de tecido conjuntivo, chamada epineuro.

Os nervos não contêm os corpos celulares dos neurônios; esses corpos


celulares localizam-se no sistema nervoso central ou nos gânglios nervosos,
que podem ser observados próximos à medula espinhal.

Quando partem do encéfalo, são chamados de cranianos; quando partem da


medula espinhal, denominam raquidianos.

Os nervos permitem a comunicação dos centros nervosos com os órgãos


receptores (sensoriais) ou, ainda, com os órgãos efetores (músculos e
glândulas). De acordo com o sentido da transmissão do impulso nervoso, os
nervos podem ser:

 Sensitivos ou aferentes: quando transmitem os impulsos nervosos dos


órgãos receptores até o sistema nervoso central;
 Motores ou eferentes: quando transmitem os impulsos nervosos do
sistema nervoso central para os órgãos efetores;
 Misto: quando possuem tanto fibras sensitivas quanto fibras motoras. São
os mais comuns no organismo.
Os gânglios
São acúmulos de neurônios localizados fora do SNC. Em sua maior parte são
órgãos esféricos, protegidos por cápsulas de tecido conjuntivo e associados a
nervos.
Conforme a direção do impulso nervoso, os gânglios podem ser sensoriais
(aferentes) ou gânglios do sistema nervoso autônomo (eferentes).

O Sistema Nervoso Autônomo


É a parte do sistema nervoso que está relacionada ao controle da vida
vegetativa, ou seja, controla funções como a respiração, circulação do sangue,
controle de temperatura e digestão. No entanto, ele não se restringe a isso. É
também o principal responsável pelo controle automático do corpo frente às
modificações do ambiente. Por exemplo, quando o indivíduo entra em uma sala
com um ar-condicionado que lhe dá frio, o sistema nervoso autônomo começa
a agir, tentando impedir uma queda de temperatura corporal. Dessa maneira,
seus pêlos se arrepiam (devido à contração do músculo pilo-eretor) e ele
começa a tremer para gerar calor. Ao mesmo tempo ocorre vasoconstrição nas
extremidades para impedir a dissipação do calor para o meio. Essas medidas,
aliadas à sensação desagradável de frio, foram as principais responsáveis pela
sobrevivência de espécies em condições que deveriam impedir o
funcionamento de um organismo. Dessa maneira, pode-se perceber que o
organismo possui um mecanismo que permite ajustes corporais, mantendo
assim o equilíbrio do corpo: a homeostasia.

O SNA é dividido em duas partes:

 Sistema nervoso simpático (toracolombar)


 Sistema nervoso parassimpático (craniossacral)
Trata-se de uma divisão baseada nas características anatômicas de cada
divisão e nas funções que cada uma delas desempenha.

Normalmente as fibras nervosas dos sistemas simpáticos e parassimpáticos


secretam dois neurotransmissores principais: noradrenalina e acetilcolina. As
fibras que secretam noradrenalina ativam receptores adrenérgicos, e as que
secretam acetilcolina ativam receptores colinérgicos.
Organização do Sistema Nervoso Autônomo

Sistema Endócrino: definição, funcionamento e mais!

Índice
1. Sistema Endócrino: Glândulas
2. Definição e funcionamento do Sistema Endócrino
3. Sistema Neuroendócrino
4. Eixo Hipotálamo – Hipófise

O sistema endócrino tem como função coordenar e integrar a atividade das


células em todo o organismo por meio da regulação das funções celular e
orgânica e pela manutenção da homeostasia (manutenção de um meio interno
constante) durante toda a vida.

1. Sistema Endócrino: Glândulas

As glândulas se originam a partir de brotamentos e invaginações de células


epiteliais, os quais abandonam a superfície onde se desenvolvem e penetram
no tecido conjuntivo subjacente, produzindo uma lâmina basal ao seu redor. As
unidades secretoras, juntamente com seus ductos, formam o parênquima das
glândulas, enquanto o estroma é representado pelos elementos do tecido
conjuntivo que invadem e sustentam o parênquima.

As glândulas são classificadas em dois grandes grupos de acordo com o


método de distribuição de seus produtos de secreção:

Exócrinas

As Exócrinas secretam seus produtos através de ductos para a superfície


epitelial interna ou externa das quais foram originadas. Os ductos podem
transportar o material secretado em sua forma inalterada, ou podem modificar a
secreção concentrando-a, adicionando ou reabsorvendo substâncias
constituintes.

Endócrinas

As Endócrinas são apresentam ductos, pois perdem suas conexões com o


epitélio de origem e assim secretam seus produtos para os vasos sanguíneos
ou linfáticos para distribuição. De acordo com a organização de suas células,
podem ser diferenciados dois tipos de glândulas endócrinas, sendo:

 Cordonal: as células formam cordões anastomosados, entremeados por


capilares sanguíneos, como por exemplo, paratireoide, suprarrenal e
hipófise anterior.

 Vesicular: as células formam vesículas ou folículos preenchidos de


material secretado.

Alguns órgãos têm funções tanto endócrinas como exócrinas, as glândulas


mistas, e um só tipo de célula pode funcionar de ambas as maneiras – por
exemplo, no fígado, no qual células secretam bile através de um sistema de
ductos e também secretam produtos na circulação sanguínea. Em alguns
órgãos, certas células são especializadas em secreção exócrinas e outras em
secreção endócrina, como é o caso do pâncreas.

As unidades secretoras de algumas glândulas – glândulas mamárias,


sudoríparas e salivares – são envolvidas por células mioepiteliais. São células
ramificadas que contêm miosina e muitos filamentos de actina. Elas são
capazes de contração, agindo na expulsão da secreção dessas glândulas.

SAIBA MAIS: De acordo com o modo pelo qual os produtos de secreção


deixam a célula, as glândulas podem ser classificadas em merócrinas,
holócrinas ou apócrinas. Nas glândulas merócrinas (ex.: pâncreas), a
secreção acumulada em grânulos de secreção é liberada por meio de
exocitose. Nas holócrinas (ex.: glândulas sebáceas), o produto de secreção é
eliminado juntamente com toda a célula, processo que envolve a destruição de
células repletas de secreção. Por fim, as glândulas apócrinas, como a
glândula mamária, tem seu produto de secreção descarregado junto com
pequenas porções do citoplasma apical.

2. Definição e funcionamento do Sistema Endócrino

O sistema endócrino é definido como uma rede integrada de múltiplos órgãos,


de diferentes origens embriológicas, que liberam hormônios que exercem seus
efeitos em células-alvo próximas ou distantes – as glândulas endócrinas. Elas
não atuam de maneira isolada e estão estreitamente integradas com os
sistemas nervosos central e periférico (interação neuroendócrina), além do
sistema imune.
SE LIGA! Um exemplo de integração neuroendócrina é a glândula suprarrenal
que age tanto como glândula quanto como gânglio pós-ganglionar ao mesmo
tempo.

Para secretar seus hormônios, elas utilizam o sistema intersticial, a partir do


qual passam para a circulação. Diferentemente da maioria dos sistemas, as
glândulas endócrinas não apresentam conexão anatômica e estão distribuídas
por todo o corpo, se comunicando pela liberação de hormônios ou
neurotransmissores.

Um mesmo órgão pode apresentar diferentes tipos celulares que, na maioria


das vezes, cada um é responsável pela síntese e secreção de um hormônio
específico. Além disso, um mesmo tipo celular pode secretar mais de um
hormônio.

As principais glândulas
endócrinas são:

 Gônadas (ovários e testículos)

 Pâncreas (ilhotas pancreáticas)

 Suprarrenal

 Tireoide

 Paratireoide

 Hipófise
SE LIGA! Além das glândulas endócrinas clássicas, devemos considerar a
presença de células secretoras dispersas em um determinado local, sem
formar um tecido especializado. Por exemplo, o coração libera o peptídeo
natriurético atrial e o intestino libera os hormônios colecistocinina e incretinas.
Um terceiro componente do sistema endócrino é representado por numerosos
tipos celulares que expressam enzimas que modificam precursores inativos ou
hormônios menos ativos em hormônios altamente ativos. Um exemplo é a
geração de angiotensina II do polipeptídeo angiotensinogênio inativo por duas
clivagens proteolíticas subsequentes.

3. Sistema Neuroendócrino

O sistema neuroendócrino engloba múltiplas interações recíprocas entre o


sistema nervoso central, o sistema nervoso autônomo, o sistema endócrino e o
sistema imune na regulação da homeostasia e das respostas comportamentais
aos estímulos ambientais. Os hormônios neuroendócrinos são secretados por
neurônios no sangue circulante e influenciam a função de células-alvo em
outros locais do corpo. 

Esse sistema é caracterizado por exercer um controle sobre o ritmo de


secreção hormonal. A secreção de qualquer hormônio apresenta ritmicidade
circadiana, de modo que a secreção dos hormônios ao longo das 24 horas do
dia não seja constante. A liberação dos hormônios ocorre de forma flutuante e
regular como forma de preparar o organismo antecipadamente às alterações
previsíveis da alternância entre dia e noite.

SE LIGA! Os hormônios LH e o GnRH obedecem aos ciclos estrais e não ao


ritmo circadiano, além de apresentaram secreção pulsátil, caracterizado um
ritmo ultradiano que, no ser humano, tem um período de aproximadamente
2,3h.

O conjunto de unidades de células endócrinas presentes em diversos órgãos


constitui o sistema neuroendócrino difuso (SNED). Além de sua função
endócrina, as células do SNED exercem controle autócrino e parácrino sobre a
atividade de suas próprias células epiteliais adjacentes por meio de difusão das
secreções peptídicas.

A principal ação do sistema neuroendócrino é protagonizada pelo controle da


secreção dos hormônios hipofisários pelo hipotálamo.

4. Eixo Hipotálamo – Hipófise

Neste eixo endócrino, encontramos três níveis: o primeiro nível é representado


pelos neurônios neuroendócrinos hipotalâmicos que secretam hormônios de
liberação que estimulam ou inibem a produção e secreção de hormônios
tróficos da glândula hipófise, que representa o segundo nível. Os hormônios
tróficos estimulam a produção e a secreção de hormônios das glândulas
endócrinas periféricas (terceiro nível).

É importante observar que esses níveis influenciam a secreção uns dos outros
por alças de retroalimentação negativa (ou feedback negativo), de modo que o
aumento da liberação de hormônios de um nível determina a redução de
estímulo aos níveis anteriores.

A função hipotalâmica é regulada por meio de sinais hormônio-mediados (ex.:


feedback negativo) e de impulsos neurais originados de várias fontes. Esses
sinais nervosos são mediados por neurotransmissores. O hipotálamo pode ser
considerado a via final comum por meio da qual os sinais de múltiplos sistemas
atingem a adeno-hipófise. O hipotálamo também emite sinais para outras
partes do sistema nervoso.

Assim, este sistema de interações imuno-neuroendócrinas é importante na


resposta do organismo a diversos estresses.

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