ANANINDEUA PDiretor

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 64

Lei nº 2.

237/06, de 06 de outubro de 2006

Institui o Plano Diretor do Município de


Ananindeua e dá outras providências

A Câmara Municipal de Ananindeua, Estado do Pará, aprovou e eu, Prefeito do


Município, sanciono e promulgo a seguinte Lei:

TÍTULO I
DO PLANO DIRETOR
CAPÍTULO I
Da definição
Art. 1° - O plano diretor de Ananindeua – PDA é o instrumento básico da política de
desenvolvimento e expansão urbana, considerando a totalidade do território municipal, e tem
como objetivos fundamentais o cumprimento das funções sociais da cidade e da propriedade
urbana e a garantia do bem-estar de seus habitantes.

CAPÍTULO II
Dos objetivos

Art. 2° - O plano diretor de Ananindeua tem por objetivo estruturar o meio urbano e rural
com um desenvolvimento econômico sustentável integrado ao meio ambiente, compatível com
as peculiaridades e necessidades da região e de seus habitantes, visando a moradia
adequada, infra-estrutura e equipamentos urbanos suficientes para a promoção da qualidade
de vida.
Art. 3°- São objetivos específicos do plano diretor
I - valorizar o município de Ananindeua como parte integrante da região metropolitana
de Belém e consolidar a sua articulação regional;
II - proteger o meio ambiente natural e cultural;
III - orientar e controlar o parcelamento, o uso e a ocupação do solo urbano;
IV - estruturar a rede viária e hidroviária;

1
V - estruturar a mobilidade sustentável e o sistema de transporte;
VI - orientar e assegurar o desenvolvimento socioeconômico local;
VII - promover as atividades agrícolas e de pesca;
VIII - promover o ecoturismo;
IX - fortalecer os Poderes Legislativo e Executivo municipais e o papel deste como
condutor do processo permanente de planejamento participativo;
X- implementar a gestão democrática do Município, através do fortalecimento dos
instrumentos de participação social e da permanente articulação entre as diversas esferas de
governo e os agentes econômicos e comunitários.

TÍTULO II

DA FUNÇÃO SOCIAL DA CIDADE E DA PROPRIEDADE URBANA


Art. 4° - As funções sociais da cidade são compreendidas como direito de todo cidadão
do acesso à moradia, ao transporte público, mobilidade, saneamento básico, energia elétrica,
iluminação pública, saúde, educação, cultura, creche, lazer, segurança, acesso aos espaços e
equipamentos públicos, preservação do meio ambiente e do patrimônio cultural.
Art. 5° - As funções sociais da propriedade estão condicionadas às funções sociais da
cidade, às diretrizes do desenvolvimento municipal e às exigências deste plano diretor.

TÍTULO III
DA POLÍTICA URBANA

CAPÍTULO I
Dos objetivos e das diretrizes
Art. 6° - É objetivo da política urbana ordenar o pleno desenvolvimento das funções
sociais da cidade e da propriedade urbana, assim como, o uso sustentável de todo o município.

Art. 7° - As seguintes diretrizes da política urbana compreendem todas as metas e


prioridades da administração pública para garantir o objetivo desta política, a saber:
I - ordenação do crescimento da cidade;
II - contenção de excessiva concentração urbana;
III - adensamento condicionado e adequado à disponibilidade de infra-estrutura e
equipamentos urbanos e comunitários;
IV - promoção da urbanização, regularização e titulação das áreas irregulares;
V - garantia do acesso adequado da pessoa com deficiência e com mobilidade reduzida
aos bens e serviços coletivos, logradouros e edifícios públicos, bem como às edificações
destinadas ao uso industrial, comercial, de serviço e residencial.

2
CAPÍTULO II
Da ordenação do território

Seção l
Do objetivo
Art. 8° – A ordenação da totalidade do território do município de Ananindeua tem como
referência o macrozoneamento ambiental que objetiva a permanente elevação da qualidade de
vida da sua população e da preservação ambiental, por meio da articulação e da
potencialização das atividades socioculturais e econômicas desenvolvidas nas suas
macrozonas urbanas e rurais.
Parágrafo único - O macrozoneamento do município tem por objetivo definir as grandes
áreas estratégicas do uso do solo municipal, levando em consideração a preservação
ambiental e o controle da ocupação do território municipal.
Art. 9° – Para a gestão, planejamento e implantação das diretrizes da política urbana,
levando-se em consideração a estrutura urbana e a sua inserção no contexto regional
metropolitano, seu território será dividido em:
I - macrozonas urbanas diferenciadas por seus aspectos locacionais, naturais, culturais e
de ocupação urbana;
V. Mapa 23

II - macrozonas rurais caracterizadas pelo uso agropecuário e por atividades rurais


complementares, pontuada por alguns núcleos urbanos isolados que caracterizam a sede das
comunidades existentes nestas regiões;
V Mapa 23

III - unidades de planejamento diferenciadas por seus aspectos físicos, urbanísticos,


econômicos e sociais;
V. Mapa 36

IV - bairros diferenciados por seus aspectos sociais, culturais e urbanísticos.


V. Mapa 34
§ 1° A delimitação das macrozonas urbanas e rurais assim como as unidades de
planejamento encontram-se especificadas nos Mapas 23 e 36.
§ 2° – Os bairros caracterizados como subdivisões das unidades de planejamento
deverão ser instituídos por Lei Complementar.

Seção Il
Das macrozonas urbanas
Art. 10 - As macrozonas urbanas são as ocupadas ou já comprometidas com a ocupação
urbana pela existência de parcelamentos implantados ou em execução e a sua caracterização
deverá levar em consideração o seu adensamento.

3
Art.11 - As macrozonas urbanas adensadas terão por base a área de influência do centro
da cidade e dos subcentros comerciais e de prestação de serviços. O macrozoneamento
urbano deverá ser subdividido em:
I - macrozonas de urbanização preferencial;
II - macrozonas de reurbanização;

III - macrozonas de urbanização restrita;


§ 1º - As macrozonas de urbanização preferencial são as destinadas:
I - ao aproveitamento adequado de terrenos não edificados, subutilizados ou não
utilizados, observando o disposto no art. 182, § 4º, I, II, e III, da Constituição Federal;
II - à implantação prioritária de equipamentos urbanos e comunitários;
III - ao ordenamento e direcionamento da urbanização.
§ 2º - As macrozonas de reurbanização são as que para a melhoria das condições
urbanas exigem um projeto urbanístico para recuperação ou substituição da situação existente.
§ 3º - As macrozonas de urbanização restrita são aquelas destinadas a preservação
ambiental, em que a ocupação deve ser desestimulada ou contida, em decorrência de:

I - necessidade de preservação de seus elementos naturais;


II - vulnerabilidade a intempéries, calamidades e outras condições adversas;
III - necessidade de proteção ambiental e de preservação do patrimônio;
IV - proteção aos mananciais, margem de rios, igarapés e furos.

Seção IIl
Das macrozonas rurais
Art. 12 - As macrozonas rurais ficam subdivididas em duas categorias: a insular e a
continental sul.
Art. 13 – A macrozona rural insular compreende toda a porção insular do Município de

Ananindeua.
V. Mapa 23.

Parágrafo único – Deverá ser elaborado um plano diretor setorial para a macrozona rural
insular, definindo e regulamentando os procedimentos aplicáveis à exploração mineral, a
pesca, a agricultura e outras atividades econômicas.
Art. 14 – A macrozona rural continental sul compreende a porção sul do continente,
incluindo o Abacatal até as margens do Rio Guamá.
V. Mapa 23.

4
TÍTULO IV
DAS DIRETRIZES E PROPOSTAS POR UNIDADES DE PLANEJAMENTO
Art. 15 – Para o planejamento e controle do desenvolvimento urbano e rural, o território
municipal fica dividido em 12 (doze) unidades de planejamento, correspondendo às áreas
objeto das diretrizes e propostas de intervenção urbana, constituídas por um ou mais bairros

em continuidade geográfica e formadas em função de fatores sócio-econômicos e de relativa


homogeneidade da ocupação, definida por analogias físicas ou urbanísticas, segundo
indicadores de integração e compartimentação.

CAPÍTULO I
Das unidades de planejamento urbano

Seção I
Da unidade urbana 01
Art. 16 - Na unidade urbana 01 deverão ser adotadas as seguintes diretrizes e
propostas:
I – do meio ambiente natural:
a) implantar a faixa marginal protetora – FMP ao longo do Igarapé Itabira e seus
afluentes;
b) criar a unidade de conservação da nascente do Igarapé Itabira;
II - da habitação:
a) controlar a verticalização do bairro do centro.
III - do saneamento:
a) promover a implantação da rede de esgotamento sanitário e de drenagem nos
logradouros coletores desta unidade.
IV - do transporte e mobilidade sustentável:
a) promover a transposição do Igarapé Itabira para interligar a Avenida Arterial 18 da
Cidade Nova ao Centro, através da Avenida Leopoldo Teixeira;
b) Teixeira,
Leopoldo buscar estudar
a Rua um sistema
COHASP e atécnico adequado a resolver os conflitos entre a Avenida
BR-316;
c) buscar estudar um novo perfil transversal da BR-316, no trecho compreendido entre o
limite municipal com Marituba até o entroncamento da Avenida Leopoldo Teixeira,
transformando este trecho num corredor de comércio e serviços;
d) implantar o projeto de alinhamento dos logradouros: Avenida Leopoldo Teixeira,
Estrada do Maguari, Rua Marcelino de Oliveira e do trecho inicial da Avenida Zacarias de
Assunção (antiga Estrada Mocajatuba).
e) implantar o terminal rodoviário intermunicipal.
f) implantar o binário das Avenidas Zacarias de Assunção e Marcelino de Oliveira, com
implantação de ciclovias ou ciclofaixas.
V - da educação:
a) estimular nas escolas locais a discussão sobre educação ambiental e educação
urbana, começando pela história e desenvolvimento da cidade de Ananindeua.

5
VI - da cultura:
a) resgatar o valor histórico da área e entorno e entorno do curtume Maguary e tombar
as ruínas do mesmo.
VII - do desenvolvimento econômico:
a) implantar a estrutura da central municipal de abastecimento alimentar e
comercialização na altura do Km 07 da BR316;
b) transformar o mercado municipal num pólo de abastecimento da unidade de
planejamento do Centro;
Seção II
Da unidade urbana 02
Art 17 - Na unidade urbana 02 deverão ser adotadas as seguintes diretrizes e
propostas:
I - do meio ambiente natural:
a) criar a unidade de conservação das nascentes do Igarapé 40 Horas e do Igarapé Zé
Borges;
b) implantar a faixa marginal protetora - FMP ao longo do Igarapé Itabira e seus
afluentes;
II - da habitação:
a) controlar a verticalização das unidades residenciais, observando a infra-estrutura
existente.
III - do saneamento:
a) promover a implantação da rede de esgotamento sanitário e de drenagem nos
logradouros coletores desta unidade.
IV - do transporte e mobilidade sustentável:
a) implantar o projeto de alinhamento dos logradouros: Avenida Arterial 18, Avenida
Arterial 5, Travessas SN 21,23 e 24, Travessa WE 72, Estrada da Providência, Estrada do
Maguari, Avenidas Três Corações, SN 03 e 17;
b ) implantar o binário a ser formado pelas Travessas WE 30 e 29, assim como seus
novos alinhamentos;
d) implantar o sistema de rotatória no cruzamento da Avenida Três Corações na
Rodovia Mário Covas, com interligação ao bairro do Jaderlândia.
V - da educação:
a) estimular nas escolas locais a discussão sobre educação ambiental e educação
urbana, começando pela história e desenvolvimento da cidade de Ananindeua.
VI - do desenvolvimento econômico:
a) transformar a feira/mercado da Cidade Nova 6 e a Feira da Cidade num pólo de
abastecimento da unidade de planejamento da Cidade Nova
b) transformar a feira/mercado da Cidade Nova 2 num pólo de abastecimento de bairro;
c) transformar a feira/mercado da Cidade Nova 8 num pólo de abastecimento de bairro;
d) restringir a implantação de terminais de carga e de centro de distribuição na Rodovia
Mário Covas (antiga Estrada do Coqueiro), estabelecendo prazos para adequação dos
existentes.

6
Seção III
Da unidade urbana 03
Art. 18 - Na unidade urbana 03 deverão ser adotadas as seguintes diretrizes e
propostas:
I - do meio ambiente natural:
a) criar a unidade de conservação da nascente do Igarapé Ariri.
II - da habitação:
a) promover a regularização urbanística e fundiária das comunidades de baixa renda
desta unidade.
III - do saneamento:
a) promover a implantação da rede de esgotamento sanitário e de drenagem nos
logradouros coletores desta unidade.
IV - do transporte e mobilidade sustentável:
a) implantar o projeto de alinhamento dos logradouros: Passagem São Jorge,
Passagem São Pedro, Passagem São Benedito, Passagem Jarbas Passarinho e Rodovia
Transcoqueiro (a partir da Passagem Jarbas Passarinho);
b) buscar estudar um novo perfil transversal da BR-316, no trecho compreendido entre o
limite municipal com Belém até o entroncamento da Rodovia Mario Covas, transformando este
trecho num corredor de comércio e serviços.

V -implantar,
a) do esporteequipar
e lazer:e manter as praças desta unidade.
VI - da educação:
a) estimular nas escolas locais a discussão sobre educação ambiental e educação
urbana, começando pela história e desenvolvimento da cidade de Ananindeua.
VII - do desenvolvimento econômico:
a) transformar a feira/mercado de Jaderlândia num pólo de abastecimento de bairro;
b) transformar a feira/mercado da Nova República num pólo de abastecimento de bairro;

Seção IV
Da unidade urbana 04
Art. 19 - Na unidade urbana 04 deverão ser adotadas as seguintes diretrizes e
propostas:
I - do meio ambiente natural:
a) criar a unidade de conservação da nascente do Igarapé Água Preta;
b) implantar a faixa marginal de proteção - FMP do Igarapé Água Preta;
c) estabelecer índices urbanísticos diferenciados de uso e ocupação urbana para esta
unidade tendo em vista pertencer à área de proteção ambiental - APA de Belém.
II - da habitação:
a) promover a regularização urbanística e fundiária das comunidades de baixa renda
desta unidade
III - do saneamento:
a) promover a implantação da rede de esgotamento sanitário e de drenagem nos
logradouros coletores desta unidade.
IV - do transporte e mobilidade sustentável:
a) implantar o projeto de alinhamento da Estrada da Pedreirinha e Rua do Fio;

7
b) implantar a segunda fase da Av. João Paulo II.
V - do esporte e lazer:
a) implantar praças nesta unidade.
VI - da educação:
b) estimular nas escolas locais a discussão sobre educação ambiental e educação
urbana, começando pela história e desenvolvimento da cidade de Ananindeua.

VII transformar
a) - do desenvolvimento econômico:
a feira/mercado da Guanabara, localizada na Rua do Fio num pólo de
abastecimento de bairro.

Seção V
Da unidade urbana 05
Art 20 - Na unidade urbana 05 deverão ser adotadas as seguintes diretrizes e
propostas:
I - do meio ambiente natural:
a) criar a unidade de conservação das nascentes do Igarapé das Toras, Igarapé Aurá,
Igarapé do Pato Macho e Rio Aurá;
b) implantar a faixa marginal protetora – FMP ao longo do Rio Ananindeua e seus
afluentes: Igarapé das Toras, Igarapé Aurá e Igarapé do Pato Macho;
c) estabelecer
desta unidade, índicesà área
pertencente urbanísticos diferenciados
de proteção ambientalde uso de
- APA e ocupação
Belém. urbana na área
II - da habitação:
a ) promover a regularização urbanística e fundiária das comunidades de baixa renda.
III - do saneamento:
a) promover a implantação da rede de esgotamento sanitário e de drenagem nos
logradouros coletores.
IV - do transporte e mobilidade sustentável:
a) implantar o projeto de alinhamento dos logradouros: Estrada Águas Lindas, Rua da
COHASP (e seu prolongamento pela Travessa Rio Negro), Rua 02 de Junho e Estrada
Santana do Aurá, interligando-as à Avenida João Paulo II;
b) implantar o projeto de alinhamento e reestruturar a continuidade dos logradouros:
Rua das Orquídeas, Rua 02 de Junho e Rua Dezessete, do Loteamento Julia Seffer, a fim de
que estes interliguem adequadamente os logradouros: Estrada Santana do Aurá, Rua
COHASP e Rua 02 de Julho;
V - do esporte e lazer:
a) implantar um complexo esportivo.
VI - da cultura:
a) incentivar e promover a feira cultural da comunidade do Abacatal.
VII - do desenvolvimento econômico:
a) transformar a feira/mercado do Aurá num pólo de abastecimento de bairro;
b) planejar a implantação de um novo pólo de bairro de abastecimento alimentar e
comercialização no Conjunto Julia Seffer ao final da linha de ônibus Julia Seffer – Pte Vargas.
VIII - do desenvolvimento rural:
a) incentivar a produção hortifrutigranjeira existente no bairro do Aurá;
b) implantar, em parceria com órgãos públicos competentes, cursos técnicos voltados
para o desenvolvimento agropecuário.

8
IX – da educação.
a) estimular nas escolas locais a discussão sobre educação ambiental e educação
urbana, começando pela história e desenvolvimento da cidade de Ananindeua.
Seção VI
Da unidade urbana 06
Art. 21 - Na unidade urbana 06 deverão ser adotadas as seguintes diretrizes e
propostas:
I - do meio ambiente natural:
a) implantar a Faixa Marginal de Proteção - FMP do Rio Maguariaçu, Rios Ananindeua e
Mocajatuba, a fim de implantar unidades de conservação ambiental, intercaladas por áreas de
esporte e lazer adequadamente implantadas no eixo do término dos principais logradouros
coletores que lhe permitem acesso.
II - da habitação:
a) promover a regularização urbanística e fundiária das comunidades de baixa renda.
III - do saneamento:
a) promover a implantação da rede de esgotamento sanitário e de drenagem nos
logradouros coletores desta unidade.
IV - do transporte e mobilidade sustentável:
a) implantar o projeto de alinhamento da Avenida Zacarias de Assunção;
b) implantar
Mocajatuba uma onova
para permitir via, adequado
acesso delimitadora da faixaIndustrial
ao Distrito marginale de proteção - àFMP
interligando-o alçado Rio
viária,
através da interligação do anel rodoviário norte formado pela Avenida Independência e seu
prolongamento sob os linhãos da Eletronorte;
c) implementar o trecho leste do anel rodoviário norte sobo linhão da Eletronorte;
d) estruturar adequadamente o cruzamento do anel rodoviário norte com a Avenida
Zacarias de Assunção, preservando a necessidade de implantação de rotatória;
e) implantar e equipar o porto hidroviário, tipo roll – on/ roll - off na foz do Rio
Maguariaçu no eixo da Travessa do Setor G, do Distrito Industrial a fim de facilitar e promover
um transporte alternativo para a chegada de matéria prima e o escoamento da produção deste
Distrito Industrial e interligando-o a nova via (paralela à FMP do Rio Mocajatuba) de acesso à
alça viária do Rio Guamá.
V - do esporte e lazer:
a) implantar na faixa marginal de proteção - FMP do Rio Ananindeua, Rio Mocajatuba e
do Rio Maguariaçu, áreas de esporte e lazer no eixo do término dos logradouros coletores que
lhe dão acesso.
VI - da educação:
a) estimular nas escolas locais a discussão sobre educação ambiental e educação
urbana, começando pela história e desenvolvimento da cidade de Ananindeua.
VII - da cultura:
a) implantar o prolongamento da área de especial interesse histórico cultural, vinculada
à Quinta Carmita para o lado/margem sul do Rio Maguariaçu.
VIII - do desenvolvimento econômico:
a) transformar a feira/mercado do Distrito Industrial num pólo de abastecimento de
bairro;
b) transformar a feira/mercado do Elo Perdido num pólo de abastecimento de bairro;
c) planejar a implantação de um novo pólo de bairro de abastecimento alimentar e
comercialização na confluência da Avenida Brasil com a Rua das Assuscenas, no Sarê –
Heliolândia.

9
Seção VII
Da unidade urbana 07
Art. 22 - Na unidade urbana 07 deverão ser adotadas as seguintes diretrizes e
propostas:
I - do meio ambiente natural:
a) implantar a faixa marginal de proteção – FMP do Furo do Cotovelo, interligando-a às
faixas
Borges;do Rio Maguariaçu e do Igarapé Curuçambá, Iguarapé Icui-Guajará e do Igarapé Zé do
b) criar a unidade de conservação da nascente do Igarapé Curuçambá.
II - da habitação:
a) promover a regularização urbanística e fundiária das comunidades de baixa renda.
III - do saneamento:
a) promover a implantação da rede de esgotamento sanitário e de drenagem nos
logradouros coletores.
IV - do transporte e mobilidade sustentável:
a) implantar o projeto de alinhamento dos logradouros: Estrada do Curuçambá-Leste,
prolongando-a através da Rua Boaventura até a faixa marginal de proteção - FMP do Furo do
Cotovelo, a Avenida Rio Solimões, Estrada Curuçambá-Oeste, Rua da Castanheira e Rua
Juscelino Kubitschek;
b) implantar o porto fluvial do Curuçambá, as margens do Igarapé Curuçambá na sua
confluência com o Furo do Cotovelo a fim de promover uma atividade portuária que independa
das mudanças de maré e facilitem o ir e vir das embarcações pesqueiras;
c) implantar a conexão rodoviária adequada deste porto com o anel rodoviário norte,
através da Estrada Curuçambá-Leste ou Oeste.
V - do esporte e lazer:
a) implantar áreas de esporte e lazer na faixa marginal de proteção - FMP do furo do
Cotovelo, localizadas no eixo do término dos logradouros coletores desta unidade.
VI - da educação:
a) estimular nas escolas locais a discussão sobre educação ambiental e educação
urbana, começando pela história e desenvolvimento da cidade de Ananindeua.
VII - da cultura:
a) criar a área de especial interesse histórico cultural da Quinta Carmita, tombando e
preservando o local.
VIII - do desenvolvimento
a) transformar econômico:
a feira/mercado do PAAR num pólo de abastecimento desta unidade de
planejamento;
b) transformar o feira/mercado do PAAR num pólo de abastecimento de bairro
c) planejar a implantação de um novo pólo de bairro de abastecimento alimentar e
comercialização no Conjunto Roraima no ponto final da linha de ônibus Curuçambá - UFPA, na
confluência da Travessa Baraúna com a Rua Nova Cintra;
IX - do desenvolvimento rural:
a) incentivar a produção hortifrutigranjeira existente no bairro do Curuçambá;

10
Seção VIII
Da unidade urbana 08
Art. 23 - Na unidade urbana 08 deverão ser adotadas as seguintes diretrizes e
propostas:
I - do meio ambiente natural:
a) implantar a faixa marginal de proteção – FMP do Furo do Cotovelo e Maguari,
interligando-a
b) criaràsa faixas
unidadedode
Igarapé Icuí-Guajará,
conservação IgarapédoMaguari
da nascente IgarapéeIcuí-Guajará.
Igarapé 40 Horas;
II - da habitação:
a) promover a regularização urbanística e fundiária das comunidades de baixa renda.
III - do saneamento:
a) promover a implantação da rede de esgotamento sanitário e de drenagem nos
logradouros coletores.
IV - do transporte e mobilidade sustentável:
a) implantar o projeto de alinhamento dos logradouros: Estrada Icuí-Guajará Norte e
Sul, Estrada Santa Fé, Avenida Independência e Avenida Arterial 5.
b) implantar o anel rodoviário norte, interligando a Avenida Independência à Avenida do
Contorno Oeste (Rua do Fio) sob o linhão da Eletronorte;
c) reestruturar todas as pontes do Igarapé 40 horas;
d) pavimentar as vias coletoras desta unidade com a implantação adequado de pontos
de ônibus ao longo destas vias;
e) buscar viabilizar a interconexão da Estrada Icuí-Guajará Sul com a Rua Alacid Nunes
(em Belém) através de uma ponte sobre o Igarapé Maguari.
V - do esporte e lazer:
a) implantar áreas de esporte e lazer nas faixas marginais de proteção - FMP do Furo
do Cotovelo, Igarapé Icuí-Guajará, Igarapé Maguari e Igarapé 40 horas, localizadas no eixo do
término dos logradouros coletores que lhe dão acesso.
VI - da educação:
a) estimular nas escolas locais a discussão sobre educação ambiental e educação
urbana, começando pela história e desenvolvimento da cidade de Ananindeua.
VII - do desenvolvimento econômico:
a) planejar a implantação de um novo pólo de bairro de abastecimento alimentar e
comercialização na confluência da Estrada Icuí-Guajará com a Rua Amélio Tavares;
b) transformar a feira/mercado da Samambaia no pólo de abastecimento.
VIII - do desenvolvimento rural:
a) incentivar a produção hortifrutigranjeira existente no bairro do Icuí-Laranjeiras;
IX - da exploração sustentável dos recursos naturais:
a) normatizar e regulamentar a exploração de recursos naturais nesta unidade.

Seção IX
Da unidade urbana 09
Art. 24 - Na unidade urbana 12 deverão ser adotadas as seguintes diretrizes e
propostas:
I - do meio ambiente natural:
a) implantar a faixa marginal de proteção – FMP do Furo do Maguari, interligando-a à
faixas do Igarapé 40 Horas, Igarapé Maguari e Igarapé Ariri;

11
II - da habitação:
b) promover a regularização urbanística e fundiária das comunidades de baixa renda.
III - do saneamento:
a) promover a implantação da rede de esgotamento sanitário e de drenagem nos
logradouros coletores.
IV - do transporte e mobilidade sustentável:
a) implantar o projeto de alinhamento dos logradouros: Avenida Independência, Estrada
do 40 Horas e Av. Arterial 18.
b) implantar o anel rodoviário norte, interligando a Avenida Independência à Avenida do
Contorno Oeste (Rua do Fio) sob o linhão da Eletronorte;
c) reestruturar todas as pontes do Igarapé 40 horas;
d) pavimentar as vias coletoras desta unidade com a implantação adequado de pontos
de ônibus ao longo destas vias;
e) buscar viabilizar a interconexão da Estrada do 40 Horas com a Av. Secundária do
Conjunto Maguari (em Belém) através de uma ponte sobre o Igarapé Maguari, como importante
diretriz metropolitana.
V - do esporte e lazer:
a) implantar áreas de esporte e lazer nas faixas marginais de proteção - FMP do Furo
do Maguari, Igarapé Maguari, Igarapé 40 horas e Igarapé Ariri, localizadas no eixo do término
dos logradouros coletores que lhe dão acesso.
VI - da educação:
urbana,a)começando
estimular pela
nas história
escolas elocais a discussãodasobre
desenvolvimento cidadeeducação ambiental e educação
de Ananindeua.
VII - do desenvolvimento econômico:
a) transformar a feira do 40 Horas num pólo de abastecimento de bairro;
b) regulamentar a zona portuária da Estrada do 40 Horas (reestruturar o porto pluvial
do), interligando-o aos demais portos e à estrutura rodoviária existente.
VIII - da exploração sustentável dos recursos naturais:
a) regular e normalizar as empresas que exploram recursos naturais nesta unidade.

Seção X
Da unidade urbana 10
Art. 25 - Na unidade urbana 10 deverão ser adotadas as seguintes diretrizes e
propostas:
I – do meio ambiente natural:
a) implantar a faixa marginal de proteção – FMP do Rio Mocajatuba, Rio Ananindeua,
Igarapé do Pato Macho e Igarapé Pau Grande;
b) criar a unidade de conservação da nascente do Igarapé do Pato Macho.
II - da habitação:
a) promover a regularização urbanística e fundiária das comunidades de baixa renda.
III - do saneamento:
a) promover a implantação da rede de esgotamento sanitário e de drenagem nos
logradouros coletores desta unidade.
IV - do transporte e mobilidade sustentável:
a) implantar o entroncamento da Avenida João Paulo II com a PA 150 (alça viária);
b) implantar o sistema rodoviário decorrente do cruzamento do anel rodoviário norte
com a Br 316 e com a PA 150 (alça viária).

12
V - do esporte e lazer:
a) implantar, sempre que possível área de esporte e lazer nas faixas marginais de
proteção - FMP.
VI - da educação:
a) estimular nas escolas locais a discussão sobre educação ambiental e educação
urbana, começando pela história e desenvolvimento da cidade de Ananindeua.
VII - do desenvolvimento econômico:
a) implantar um pólo de distribuição e indústria municipal às proximidades da alça
rodoviária.
VIII - da exploração sustentável dos recursos naturais:
a) regular e normalizar as empresas que exploram recursos naturais nesta unidade.

CAPÍTULO II
Das unidades de planejamento rural
Seção I
Da unidade rural 01
Art. 26 - Na unidade rural insular deverá ser adotado as seguintes diretrizes e
propostas:
I - do meio ambiente natural:
a) transformar esta macrozona numa unidade de conservação.
II - da habitação:
a) estruturar as comunidades residentes desta unidade.
III - do saneamento:
a) orientar as comunidades residentes meios alternativos de saneamento básico.
IV - do transporte e mobilidade sustentável:
a) transformar os caminhos entre as comunidades existentes em trilhas ecológicas,
melhorando estes acessos;
b) implantar portos fluviais para facilitar o acesso às ilhas.
V - da educação:
a) promover uma educação às crianças residentes nas ilhas;
b) ampliar e qualificar o transporte escolar dos estudantes.
c) estimular nas escolas locais a discussão sobre educação ambiental e educação
urbana, começando pela história e desenvolvimento da cidade de Ananindeua.
VI - da cultura:
a) incentivar, criar e preparar guias ecológicos locais para acompanhar grupos de
turistas nas trilhas das ilhas.
b) incentivar o festival anual do Açaí.
VII - da saúde:
a) estender o programa de agente comunitários de saúde e programa saúde da família
(PACS/PAS) às comunidades das ilhas.
VIII - do desenvolvimento econômico:
a) incentivar a implantação do ecoturismo.
b) incentivar a implantação de eletrificação rural
IX - da exploração sustentável dos recursos naturais:
a) regular e normatizar as empresas que exploram recursos naturais.

13
Seção II
Da unidade rural 02
Art. 27 - Na macrozona rural continental sul deverá ser adotado as seguintes diretrizes e
propostas:
I - do meio ambiente natural:
a) controlar o uso e a ocupação desta unidade;
Igarapéb)doimplantar
Abacatal ae Igarapé
faixa marginal de proteção – FMP do Rio Aurá, Igarapé Oriboquinha,
Pau Grande;
c) criar a unidade de conservação das nascentes do Rio Aurá, do Igarapé do Abacatal e
do Igarapé do Pato Macho.
II - da habitação:
a) em parceria com a União, estruturar a comunidade quilombola do Abacatal;
b) coibir a ocupação urbana destas áreas tendo em vista se tratar da área deproteção
ambiental - APA de Belém.
III - do saneamento:
a) orientar os residentes desta unidade meios alternativos de saneamento básico.
IV - do transporte e mobilidade sustentável:
a) promover o acesso através da Estrada do Aurá ao Rio Guamá e facilitar o transporte
hidroviário para Belém a partir deste ponto;
b) consolidar a estrada de acesso da Br 316 à comunidade do Abacatal.
V - da educação:
a) promover uma educação às crianças residentes desta unidade.
b) ampliar e qualificar o transporte escolar dos estudantes.
c) estimular nas escolas locais a discussão sobre educação ambiental e educação
urbana, começando pela história e desenvolvimento da cidade de Ananindeua.
VI - da cultura:
a) tombar e preservar a área da comunidade quilombola doAbacatal.
VII - da saúde:
a) em parceria com a União, promover programas de saúde para esta comunidade.
VIII - do desenvolvimento econômico:
a) procurar reaproveitar economicamente as cavidades no solo remanescentes das
explorações minerais existentes, assim denominadas “covões”;
b) incentivar a implantação de eletrificação rural.
IX - do desenvolvimento rural:
a) apoiar e incentivar as atividades agrícolas da comunidade do Abacatal.
X - da exploração sustentável dos recursos naturais:
a) regulamentar e normatizar as explorações de recursos nesta unidade.

14
TÍTULO V
DAS POLÍTICAS PÚBLICAS SETORIAIS

CAPÍTULO I
Da política do meio ambiente natural

DoSeção I
objetivo
Art. 28 – As políticas do Poder Público Municipal tem por objetivo garantir o direito ao
ambiente natural ecologicamente equilibrado, obrigando-se a protegê-lo e conservá-lo para as
gerações presentes e futuras, além de promover a educação ambiental em todos os níveis.
Parágrafo único - A proteção e melhoria do meio ambiente serão prioritariamente
consideradas na definição de qualquer outra política, programa ou projeto público ou privado
na área do Município.

Seção II
Das diretrizes

Art. 29 – A fim de cumprir com o objetivo desta política, as seguintes diretrizes devem
ser implementadas:
I - implantar a faixa marginal permanente ao longo da margem sul do Furo do Cotovelo
e Maguary, como uma unidade de conservação, onde fica terminantemente proibida, a
extração de recursos do solo, respeitado o direito adquirido, assim como o corte ou retirada de
vegetação nativa, a caça ou captura de qualquer espécie, assim como a destruição de ovos e
ninhos;
II - implantar a Faixa Marginal Permanente - FMP dos rios e igarapés;
III - criar e implantar as unidades de conservação das nascentes dos rios e igarapés;
V - criar mecanismos e programas específicos para recuperação e recomposição da
mata ciliar e reflorestamento das nascentes, bacias, rios, furos e igarapés;
V - criar a unidade de conservação da macrozona rural insular;
VI - só permitir a implantação de indústrias com potencial poluidor, se respeitada a Lei
de uso e ocupação do solo e adotadas técnicas eficazes que evitem a contaminação ambiental,
nos termos da legislação ambiental;
VII - estabelecer prazos não maiores de que dois anos para as atividades
potencialmente poluidoras transferirem-se para zonas apropriadas;
VIII - só permitir a implantação de empresas que exerçam atividades de exploração,
armazenamento, comercialização e transporte de substâncias minerais, relativas a material
básico, como: terra preta, piçarra, barro, aterro, argila entre outras, se respeitada a Lei de uso e
ocupação do solo e adotadas técnicas eficazes que evitem a contaminação ambiental;

IX - fiscalizar a circulação e o transporte de produtos perecíveis, perigosos ou nocivos,


15
exigindo tratamento e acondicionamento adequado, na forma da lei, sendo obrigatória a
estipulação de seguros contra danos ambientais, pelo transportador ou produtos de cargas;
X - zelar pelas áreas de preservação dos portos fluviais, principalmente as nascentes e
os olhos d’água, cuja ocupação se fará na forma da lei, mediante estudos de impactos
ambientais;
XI - só permitir a exploração ou aproveitamento de jazidas e a lavra de recursos
minerais, mediante autorização do poder público municipal e dos órgãos estadual e federal
competentes;
XII – proibir, no território municipal, o armazenamento e a eliminação inadequada de
resíduos tóxicos;
XIII - proibir, no território municipal, a caça profissional, amadora e esportiva;
XIV - proibir a contratação, concessão de privilégios fiscais e a renovação da concessão
ou permissão de funcionamento às concessionárias ou permissionárias de serviços públicos
municipais, que estiverem em situação irregular, face às normas de proteção ambiental;
XV - vedar as empresas prestadoras de serviços e/ou concessionárias de serviços
públicos ou a qualquer outro Município do Estado ou à União, depositar na área de
abrangência do Município, lixo orgânico, hospitalar ou atômico, ficando desde logo revogado
todos os acordos, convênios e disposições em contrário, salvo aquele cujo prazo estiver em
vigor;
XVI - proibir a instalação de reatores nucleares, com exceção daqueles destinados à
pequena pesquisa científica e uso terapêutico, cuja localização e especificação será definida
em lei;
XVII - proibir o despejo, de qualquer resíduo industrial produzido no Município, nos
cursos d’água, ou exposto no meio ambiente sem receber um prévio tratamento, de acordo
com os padrões exigidos por lei, pelas normas técnicas concernentes e utilizando sempre
tecnologia adequada;
XVIII - assegurar a qualidade do meio ambiente urbano por meio do controle da
poluição da água, do ar, do solo;
XIX - implantar e manter hortos florestais destinados à recomposição de flora nativa e à
produção de espécies diversas, destinadas à arborização dos logradouros públicos;
XX - promover ampla arborização dos logradouros públicos de áreas urbanas, bem
como a reposição dos espécimes e processo de deterioração ou morte;
XXI - promover a gestão das áreas verdes, das margens dos cursos d´água e das redes
que compõem o saneamento ambiental.
Art. 30 - São áreas de proteção permanentes:
I - os manguezais;
II - as áreas que abrigam exemplares raros da fauna e flora, como aqueles que servem
de local de pouso ou reprodução de espécies migratórias;

16
III - as áreas de proteção das nascentes dos rios, igarapés e furos;
IV - os mananciais;
V - os açaizais;
VI - os ananins.

CAPÍTULO
Da política II
habitacional
Art. 31- A política habitacional tem por objetivo reduzir o déficit de moradias, melhorar as
condições de vida e habitabilidade, inibir a ocupação desordenada do solo, coibir a ocupação
de áreas de risco ambiental e/ou social, oferecer alternativas habitacionais e garantir o
atendimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana.
Art. 32 – Para que o objetivo desta política possa se efetivar, as seguintes diretrizes
devem ser implementadas:
I - elaborar o plano diretor setorial de habitação de interesse social para o Município;
II - integrar na medida do possível os lotes urbanizados à malha urbana existente;

III - implantar programas para redução de custo de materiais de construção;


IV - desenvolver e promover técnicas que garantam a melhoria da qualidade construtiva
e redução dos custos da produção habitacional;
V - incentivar as cooperativas habitacionais;
VI - promover a regularização fundiária com urbanização das áreas ocupadas e dos
loteamentos;
VII - objetivar o estabelecimento de uma estratégia comum de atendimento a demanda
habitacional local e regional, bem como à viabilização de formas consorciadas de investimento
no setor, em conjunto com os Municípios da região metropolitana de Belém e com os órgãos
estaduais e federais.
VIII - implantar um sistema mais atuante e mais assíduo de fiscalização na construção de
imóveis residenciais;
IX - implementar atividades produtivas em áreas residenciais apropriadas a absorção da
mão-de-obra local, minimizando o deslocamento intra-municipal e mesmo extra municipal;
X - desenvolver ações setoriais conjuntas com outras esferas de governo;
XI - proibir qualquer construção ou ocupação localizada nas faixas de proteção das
margens dos cursos de água e nas faixas de proteção estradas federais, estaduais e
municipais e nas das linhas de alta tensão;
XII - democratizar a informação sobre a legislação urbana e edilícia;
XIII - adequar proporcionalmente os equipamentos urbanos básicos necessários à
qualificação de áreas residências existentes e de novas áreas a serem implantadas;

XIV – vinculação da política habitacional com as políticas sociais;


17
XV – atualizar os instrumentos de obras e posturas e implementar a Código de
Edificações.
Art. 33 - A lei orçamentária destinará ao Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano e
Habitação recursos necessários à implantação da política municipal de habitação.

Seção I
Dos programas habitacionais
Subseção l
Do programa de regularização urbanística e fundiária

Art. 34 - O Poder Executivo municipal implementará o programa de regularização


urbanística e fundiária destinado a atender as populações de baixa renda familiar assentadas
em áreas urbanizadas ou passíveis de urbanização, articulado com o programa de assistência
técnica e jurídica gratuita.
Parágrafo único - São considerados beneficiários potenciais deste programa aqueles
que residem nas áreas urbanizadas ou com possibilidade técnico-ambientais de reurbanização
e que não estejam sob condições de risco social e/ou ambiental.

Subseção ll
Do programa de assistência técnica e jurídica gratuita

Art. 35 - O Poder Executivo municipal manterá, por meios próprios, bem como por meio
de parcerias com os demais entes federados e com entidades de representação de categorias
profissionais e organizações não-governamentais, o programa de assistência técnica e jurídica
gratuita às pessoas, famílias e comunidades de baixo poder aquisitivo nas áreas de arquitetura,
engenharia e direito, visando a promoção de melhorias nas condições de habitabilidade e
segurança das suas moradias e imóveis destinados ao comércio e prestação de serviços e
apoio jurídico nos processos de regularização fundiárias.
Parágrafo único - São considerados beneficiários potenciais deste programa aqueles
que residentes nas áreas urbanizadas ou com possibilidade técnico-ambientais de
reurbanização e que não estejam sob condições de risco social e/ou ambiental.

Subseção IIl
Do programa de oferta de material de construção

Art. 36 – O Poder Executivo Municipal poderá criar mecanismos de oferta, por doação
ou comercialização a baixo custo, de material de construção às famílias de baixa renda
beneficiárias do programa de regularização urbanística e fundiária e do programa de
assistência técnica e jurídica gratuita.
Parágrafo único - O acesso a este programa está subordinado à rigorosa observância
das normas urbanísticas e edilícias vigentes no Município.

18
CAPÍTULO III
Da política do saneamento ambiental

Seção I
Do objetivo
Art. 37 – A política de saneamento ambiental tem por objetivo solucionar de forma
integrada as deficiências do abastecimento d’água, da captação e tratamento do esgotamento
sanitário, da macro e micro drenagem, da coleta e destinação final dos resíduos sólidos e do
controle de vetores.
Art. 38 - As ações de saneamento ambiental serão precedidas de planejamento que
leve em consideração os critérios de avaliação do quadro sanitário da área a ser beneficiada,
objetivando a reversão e a melhoria do perfil epidemiológico.
Art. 39 – As ações de saneamento ambiental devem compatibilizar e articular as ações
de saneamento básico, de política urbana, de política de habitação e de política do meio
ambiente, buscando interagir e, na medida do possível, integrar com os outros Municípios da
região metropolitana, nos casos em que se exigir ações conjuntas.
Seção II
Do programa de abastecimento de água
Subseção I
Do objetivo

Art. 40 – O programa de abastecimento de água objetiva promover o abastecimento de


água potável para todo o Município, de modo a garantir a sua qualidade, conforme os padrões
definidos em lei.
Subseção II
Das diretrizes

Art. 41 – Para que o objetivo deste programa possa se efetivar as seguintes diretrizes

devem ser implementadas:


I - elaborar o plano diretor setorial de abastecimento de água;
II - controlar a ocupação nas áreas de proteção dos mananciais;
III - garantir a universalidade do atendimento;
IV - garantir por contrato, a implantação e manutenção adequada do processo de
tratamento de água em todos os sistemas de distribuição de água do Município, objetivando a
eliminação de doenças transmitidas pela inadequabilidade ou inexistência de tratamento;
V - promover o cadastro do sistema de abastecimento d’água e mantê-lo atualizado;
VI - condicionar os pedidos de ligação de água à aprovação do órgão municipal
competente;

19
VII - observar a disponibilidade hídrica das respectivas bacias hidrográficas como
condicionante para a determinação do potencial de ocupação e adensamento do solo nas
macrozonas urbanas
VIII - desenvolver programas e ações que estimulem a adoção de tecnologia de reuso
de águas servidas e de aproveitamento das águas pluviais, de acordo com as normas técnicas
e sanitárias vigentes.

Seção IIl
Do programa de esgotamento sanitário
Art. 42 – O programa de esgotamento sanitário tem por objetivo implantar gradualmente
o sistema de captação e tratamento de esgotos sanitários nas áreas urbanas consolidadas do
Município.
Parágrafo único – Serão desenvolvidos programas específicos de tratamento de
esgoto sanitário em assentamentos de baixa densidade demográfica, compatíveis com os
padrões técnicos e sanitários vigentes e adequados às características sócio-ambientais da
localidade.
Subseção I

Dos objetivos
Art. 43 – O programa de esgotamento sanitário tem como objetivo estender o
atendimento deste serviço essencial a toda população, de modo a garantir a qualidade de vida
e as condições básicas de salubridade urbanística e edilícia compatíveis com o equilíbrio dos
ecossistemas locais.

Subseção II
Das diretrizes

Art. 44 – Para que o objetivo deste programa possa se efetivar, as seguintes diretrizes
devem ser implementadas:
I - elaborar o plano diretor setorial de esgotamento sanitário;
II - executar o diagnóstico da capacidade dos serviços públicos relativos ao
esgotamento sanitário;
III - definir as competências no âmbito do Município para a gestão do esgotamento
sanitário;
IV - indicar técnicas alternativas para implementação do esgotamento sanitário em
áreas de especial interesse social, disponibilizando a essa população, por meio do órgão
público competente, materiais e equipamentos a baixo custo para a instalação de sistemas
individuais e coletivos de tratamento;
V - estabelecer prioridades na implantação da rede de esgotamento sanitário
considerando o tipo de ocupação, a densidade demográfica e osserviços existentes;

VI - adequação do tratamento dos efluentes domésticos e industriais às normas do


20
CONAMA;
VII - orientar os novos projetos de loteamentos, condomínios, quanto às alternativas de
esgotamento sanitário nos locais desprovidos de rede pública.

Seção IV
Do programa de drenagem

Subseção l
Do objetivo

Art. 45 – O programa de drenagem tem por objetivo solucionar os problemas de


escoamento das águas superficiais no Município, compatibilizando as necessidades da
população às características ambientais do local, com vistas à garantia da qualidade de vida e
da proteção e equilíbrio dos sistemas e ciclos hidrológicos.

Subseção ll
Das diretrizes

Art. 46 – Para que o objetivo deste programa possa se efetivar as seguintes diretrizes
devem ser implementadas:
I - elaborar o plano diretor setorial de drenagem;
II - elaborar programas de manutenção e limpeza da rede de drenagem;
III - orientar os novos projetos de loteamentos, condomínios, quanto as alternativas de
drenagem nos locais desprovidos de rede pública;
IV - incluir na legislação urbanística e edilícia municipal o índice de permeabilidade do
solo de acordo com as características ambientais e urbanísticas de cada região do Município;
V - incentivar a adoção de técnicas construtivas e a utilização de materiais que
garantam o adequado grau de permeabilidade do solo.
Parágrafo único – Prioritariamente deverá ser promovida a macrodrenagem do Igarapé

Itabira da sua
pertencente nascente
à Bacia na BR-316 até o Rio Maguariaçu, bem como do Igarapé Ariri,
do Una.

Seção V
Do programa de coleta e destinação final de resíduos sólidos

Subseção l
Do objetivo

Art. 47 – O programa de coleta e destinação final de resíduos sólidos tem por objetivo
desenvolver um ciclo sustentável, que inclui a coleta seletiva, o seu aproveitamento,
reaproveitamento ou reciclagem, quando for o caso e o tratamento de sua destinação final.

21
Subseção ll
Das diretrizes

Art. 48 – A fim de implementar o objetivo deste programa, as diretrizes são as


seguintes:
I - elaborar o plano diretor setorial de resíduos sólidos;

II - implantar a coleta seletiva de resíduos sólidos nas unidades de planejamento;


III - acondicionar os resíduos recicláveis de modo a serem reintroduzidos no ciclo do
sistema ecológico;
IV - acondicionar os resíduos não recicláveis de maneira a minimizar o impacto
ambiental;
V - destinar as áreas resultantes de aterro sanitário a parques e áreas verdes;
VI - estimular a comercialização dos materiais recicláveis por meio de cooperativas de
trabalho;
VII - desenvolver junto aos estabelecimentos de ensino sediados no Município, no
âmbito de um programa de educação ambiental, ações educativas relacionadas aos hábitos de
consumo e à produção de resíduos sólidos.

Seção Vl
Do programa de controle de vetores, animais peçonhentos e pragas urbanas

Subseção l
Do objetivo

Art. 49 – O programa de controle de vetores, animais peçonhentos e pragas urbanas,


que abrange as áreas urbanas e rurais do Município tem por objetivo desenvolver e articular
ações voltadas à proteção da saúde da população e do meio ambiente.

Subseção ll
Das diretrizes

Art. 50 – A fim de implementar o objetivo deste programa, as diretrizes são as


seguintes:
I - elaborar o plano diretor setorial de controle de vetores, animais peçonhentos e
pragas urbanas;
II - controlar e fiscalizar, de acordo com a legislação vigente, as empresas prestadoras
de serviços no setor.

22
Seção VIl
Do programa de eficiência energética
Subseção I
Objetivo

Art. 51 - O programa municipal de eficiência energética tem como objetivo


instrumentalizar
energia elétrica eearticular as ações
de fontes públicasalternativas,
energéticas voltadas à geração, distribuição
nas áreas e consumo
de iluminação de
pública,
saneamento básico e ambiental e de projeto, construção e manutenção de edificações públicas
e particulares e equipamentos comunitários.

Subseção II
Das diretrizes

Art. 52 - O programa municipal de eficiência energética terá como diretrizes:


I - elaborar o plano diretor setorial de distribuição de energia elétrica;
II - incentivar um uso adequado das áreas dos linhãos, realocando, dento do possível,
os assentamentos irregulares destas áreas.

Seção VIlI
Do programa municipal de microcrédito e exploração sustentável dos recursos
naturais

Subseção I
Objetivo

Art. 53 – Dotar o município de Ananindeua de uma política pública de geração de


emprego e renda, através da aplicação de microcrédito assistido com recursos de instituições
financeiras públicas ou privadas e recursos municipais, oriundos de dotação orçamentária
vinculada à criação de um Fundo Municipal de Microcrédito.

Subseção II
Das diretrizes

Art. 54 - O programa municipal de microcrédito e exploração sustentável dos recursos


naturais terão como diretrizes:
I – geração de emprego e renda;
II – formação e capacitação de mão de obra para o mercado de trabalho;
III – potencialização da vocação empreendedora do município;
IV – inclusão sócio-econômica;
V – fomento a atividade produtiva existente;
VI – estruturação administrativa.

23
CAPÍTULO IV
Da política de transporte, acessibilidade e da mobilidade sustentável

Seção I
Do objetivo
Art. 55 - A política municipal de transporte e da mobilidade sustentável deverá se
referenciar no caráter estruturante da rede rodoviária e hidroviária, articulando-se aos
processos de parcelamento, uso e ocupação do solo e implementação de sistema de
mobilidade urbana apropriados às pessoas com deficiência e mobilidade reduzida.
Art. 56 - O sistema municipal de transporte e mobilidade sustentável, correspondente
aos sistemas rodoviário e hidroviário compreende:
I - a infra-estrutura viária, que abrange as redes correspondentes às modalidades de
transportes citadas, inclusive suas instalações acessórias e complementares;
II - a estrutura operacional, compreendendo o conjunto de meios e atividades estatais,
diretamente exercidos em cada modalidade de transporte e que são necessários e suficientes
ao uso adequado da infra-estrutura mencionada na alínea anterior; e
III - os mecanismos de regulamentação e de concessão referentes à construção e
operação das referidas infra-estrutura e estrutura operacional.

Seção II
Das diretrizes
Art. 57 - A política municipal de transporte e da mobilidade sustentável terá como
diretrizes:
I - elaborar o plano diretor setorial de transportes e da mobilidade sustentável;
II - interligar os sistemas rodoviário e hidroviário priorizando os modos de transporte
coletivos em relação ao transporte individual, bem como o não-motorizado sobre o motorizado
e o pedestre sobre o veículo;

III –por
Município, promover a integração
intermédio da criação viária terrestre e aquaviária
e da consolidação entre
dos sistemas os diversos bairros do
viários;
IV – promover a hierarquização viária, definindo os corredores de transporte, de
comércio e serviços;
V - aperfeiçoar e consolidar o processo de municipalização do trânsito;
VI - implantar ciclovias e ciclofaixas;
VII - garantir o acesso e utilização adequada das pessoas com deficiência e com
mobilidade reduzida nos sistemas de transportes coletivos rodoviários e hidroviários, bem
como em todo o logradouro urbano de uso público;
VIII - padronizar todos os pontos de táxis;
IX – implantar terminais de integração.

24
Art. 58 - O serviço de transporte público, de caráter essencial, poderá ser efetuado de
forma direta, por concessão ou por permissão, após regular processo licitatório e aprovação da
Câmara Municipal, na forma da lei que disporá sobre:
I - o regime das empresas autorizadas, concessionária ou permissionária, o caráter
especial de seu contrato e de sua prorrogação, as penalidades a elas aplicáveis, bem como as
condições de fiscalização, suspensão, intervenção, caducidade e rescisão;
II - os direitos dos usuários;
III - política tarifária;
IV - obrigação de manter serviço adequado;
V - padrão de segurança e manutenção;
VI - normas de proteção ambiental relativa à poluição sonora e atmosférica,
VII - normas atinentes ao conforto e saúde dos passageiros e operadores de veículos;
VIII - obrigatoriedade de adequação ou adaptação nos transportes coletivos às
necessidades das pessoas com deficiência e mobilidade reduzida.
Art. 59 - As concessionárias de serviços de transporte coletivo devem observar
legislação sobre saúde, meio ambiente, na forma da lei.
Art. 60 - As vias integrantes dos itinerários das linhas de transporte coletivo de
passageiros terão prioridades para pavimentação e conservação.
Parágrafo único - O alargamento das Ruas principais dos bairros necessários à
viabilização da oferta de transporte coletivo, será compatível com a de desenvolvimento
urbano, tecnicamente exeqüível e condizentes com a política municipal de habitação.
Art. 61 - O mobiliário urbano será disposto de forma a facilitar o trânsito eventual de
veículos, especialmente em situação de emergência.

Seção lll
Do programa municipal de acessibilidade

Art. 62 - Ode
gradativamente, programa
acordo municipal de acessibilidade
com as prioridades objetiva prover
e características no território municipal,
das populações das áreas
urbanas e rurais, de condições de acessibilidade aos usuários de ambientes naturais e
construídos de uso público, visando garantir as condições básicas de acesso, circulação e uso
dos mesmos.
Parágrafo único – Implantar estudos para a viabilização, visando à implantação de
rotas acessíveis a equipamentos comunitários.

25
CAPÍTULO V
Da política de esportes e lazer

Seção I
Do objetivo
Art. 63 - Garantir a promoção, o estímulo, a orientação, o apoio, a prática e a difusão da
educação física e do desporto formal e não formal, do lazer e do turismo.
Art. 64 – Para que o objetivo desta política possa se efetivar as seguintes diretrizes
devem ser implementadas:
I - incentivar as manifestações esportivas e de lazer;
II - promover no tratamento diferenciado para o desporto profissional e não profissional;
III - garantir as pessoas com deficiência atendimento especializado no que se refere à
educação física e a atividades desportivas, sobretudo no âmbito escolar e facilitar o acesso às
áreas de lazer;
IV - reservar espaços livres, em forma de parques, bosques, jardins e assemelhados
como base física da recreação urbana;

V - aproveitamento e adaptações de rios, fontes, lagos, matas e outros recursos


naturais, como locais de passeio e diversão;
VI - incentivar a prática de atividades esportivas em áreas públicas, provendo, sempre
que possível, o aporte técnico e profissional adequado.
Art. 65 - O desporto escolar se desenvolverá a partir da educação física curricular, com
matrículas obrigatórias em todos os estabelecimentos de ensino municipal, contribuindo na
formação do educando para o exercício da cidadania.

CAPÍTULO VI
Da política de educação

Seção I
Do objetivo
Art. 66 – Assegurar a educação como um direito de todos, promovendo e incentivando o
pleno desenvolvimento do cidadão, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho.
Parágrafo único – No currículo escolar das escolas municipais serão incluídos
conteúdos programáticos transversais sobre educação urbana, meio ambiente natural e
cultural, saneamento ambiental e educação para o trânsito, além das demais disciplinas
existentes, organizando cursos de preparação e reciclagem para os professores em parceria
com entidades educacionais estaduais e federais.

26
Seção II
Das diretrizes
Art. 67 – Para que o objetivo desta política possa se efetivar as seguintes diretrizes
devem ser implementadas:
I - garantir a igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola;

II - garantir a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte


e o saber;
III - garantir a gratuidade do ensino público;
IV - valorizar os profissionais do ensino público, promovendo a sua capacitação;
V - incentivar a participação da comunidade no processo educacional;
VI - garantir a inclusão da pessoa com deficiência na rede pública de ensino e quando
necessário disponibilizar as mesmas os recursos técnicos, materiais e humanos necessários;
VII - incentivar parcerias com escolas profissionalizantes, com perspectiva futura para
geração de renda;
VIII - apoiar o funcionamento escolas comunitárias mediante convênio com a Prefeitura

edefiscalizar
educação;para que estas obedeçam aos padrões mínimos exigidos pela Secretaria municipal
IX - garantir o abastecimento da merenda escolar nas escolas municipais;
X – aperfeiçoar o sistema de transporte escolar gratuito.

CAPÍTULO VII
Da política de cultura

Seção I
Do objetivo
Art. 68 - A política de cultura tem por objetivo desenvolver uma consciência cultural dos
habitantes doMunicípio
peculiares do municípioe de
desua
Ananindeua,
gente, suasestabelecendo
histórias e suasprogramas
artes. e criando atividades

Seção II
Das diretrizes
Art. 69 – Para que o objetivo desta política possa se efetivar, as seguintes diretrizes
devem ser implementadas:
I - oferecer estímulos concretos ao cultivo das Ciências, Artes e Letras;
II - promover a cooperação com a União e o Estado na proteção aos locais e objetos de
interesse histórico e artístico;
III - incentivar à promoção e divulgação da história, dos valores humanos e das

27
tradições locais;
IV - tombar a área do antigo curtume Maguary, localizado no bairro do Maguary, como
parte integrante da história cultural do Município.
V - firmar convênios entre biblioteca pública municipal e entidades públicas ou privadas
para ampliação de seus propósitos;

VI - criar um espaço sociocultural para ensino e divulgação da cultura local;


VII - preservar os monumentos históricos e sítios arqueológicos;
VIII - tombar para o fim de preservação e declarar monumento natural, paisagístico e
histórico, a primeira escola municipal, com a denominação de Quinta Carmita a primeira fonte
de água mineral e 20 (vinte) hectares de reserva florestal, bem como o Rio Maguariaçu e seu
porto;
IX - formular um calendário de eventos onde, além do dia 03 de Janeiro – data natalícia
do Município, outros eventos devem ser considerados;
X - é considerado como bem cultural imaterial do município de Ananindeua o trajeto e
suas manifestações do Círio de Nazaré e da Romaria Rodoviária no seu território, devendo ser
os mesmos considerados, para efeito da sua preservação, nas políticas públicas de proteção

ao patrimônio cultural do Município.


XI - assegurar o livre acesso a todas as informações que subsidiem a história da
comunidade e do Município no que compete aos eventos da natureza artística e cultural;
XII - tombar a comunidade quilombola do Abacatal assim como o “Caminho das Pedras”
que cortam a região do Abacatal, remanescentes das técnicas de pavimentação adotadas pela
população quilombola daquela região, caminhos estes que deverão ser inventariados pelo
Poder Executivo municipal, como bens de valor cultural do Município.

CAPÍTULO VIII
Da política de saúde

Seção I
Do objetivo
Art. 70 – A política de saúde tem por objetivo a prestação de serviços de saúde, de
vigilância sanitária e epidemiológica, inclusive os relativos à saúde do trabalhador, além de
outros de responsabilidade do sistema para garantir a saúde da população ananindeuense.

Seção II
Das diretrizes
Art. 71 – A fim de cumprir com o objetivo da política de saúde, as seguintes diretrizes
devem ser implementadas:
I - assegurar uma rede regionalizada e hierarquizada de ações e serviços de saúde,
cujo comando único será exercido pela Secretaria Municipal de Saúde;

28
II - participação em nível de decisão de entidades representativas dos usuários dos
trabalhadores de saúde e dos representantes governamentais e a formulação de gestão e
controle desta política municipal e das ações de saúde através de seu conselho;
III - assegurar o financiamento do Sistema Único de Saúde, nos termos do art. 195 da
Constituição Federal, sendo a direção deste exercida pela Secretaria Municipal de Saúde;
IV - adotar rígida política de fiscalização e controle da infecção hospitalar e de
endemias;
V - garantir o atendimento médico especializado ao idoso, observando a prioridade ao
nível preventivo e curativo e o atendimento domiciliar ao idoso desamparado;
VI - celebrar convênios nos âmbitos federal e estadual a serviço da saúde;
VII - incentivar a pesquisa e a auto-conscientização para o uso de plantas medicinais da
região como alternativa medicamentosa.

CAPÍTULO IX
Da política de desenvolvimento social

Seção I
Do objetivo
Art. 72 – A política de desenvolvimento social tem por objetivo dar à família
ananindeuense, às suas crianças, adolescentes e idosos, condições para a realização de suas
relevantes funções sociais, estimulando a sua participação em atividades sociais, políticas e
culturais.

Seção II
Das diretrizes
Art. 73 – A fim de cumprir com o objetivo da política de desenvolvimento social, as
seguintes diretrizes devem ser implementadas:
I - consolidação do sistema descentralizado e participativo de assistência social e, em
especial, do conselho municipal de assistência social;
II - garantir a construção creches públicas e gratuitas como forma de facilitar o acesso e
permanência da mulher no mercado de trabalho;
III – cooperar na implementação dos órgãos especializados no atendimento da mulher.
IV - estabelecer e criar centros de convivência para idosos, viabilizando através de
recursos governamentais que possibilitem o desenvolvimento de atividades socioculturais.

29
CAPÍTULO X
Da política de desenvolvimento econômico

Seção I
Do objetivo
Art. 74 – A política de desenvolvimento econômico tem por objetivo atrair novos
negócios e empreendimentos, orientando e promovendo a economia local de modo a
assegurar o desenvolvimento social e ambiental com alta efetividade, igualdade e
sustentabilidade. Buscar a ampliação da oferta de trabalho, como requisito da qualificação
educacional e profissional e a criação de mecanismos inovadores e de empreendimentos que
proporcionem o aumento e a distribuição da renda, em benefício de segmentos sociais de sua
população que se situam na retaguarda do sistema econômico.

Seção II
Das diretrizes
Art. 75 – A fim de cumprir com o objetivo da política de desenvolvimento econômico, as
seguintes diretrizes devem ser implantadas:

I - implantar o programa de abastecimento alimentar, segurança alimentar e nutricional,


o programa de incentivo ao turismo, o programa de incentivo às indústrias, o programa de
desenvolvimento rural e de exploração sustentável dos recursos naturais;
II - promover uma completa assistência às atividades industriais, tanto no setor viário,
quanto no hidroviário, nas comunicações e setor elétrico, através do conselho municipal de
desenvolvimento econômico envolvendo o distrito industrial existente e outros órgãos públicos.
III - promover o desenvolvimento econômico, científico e tecnológico e a inovação, com
atenção especial para as micros, pequenas e médias empresas;
IV - implantar um pólo municipal industrial e de distribuição nas proximidades da PA 150
(Alça Viária);
V - setorizar a BR-316 em quatro partes: o primeiro setor localizado entre o limite
municipal
entre a RuacomLeopoldo
Belém atéTeixeira
o entroncamento com aMocajatuba,
até o Igarapé Rodovia Marioo Covas
segundoe olocalizado
terceiro localizado
entre o
entroncamento com a Rod. Mário Covas até a Rua Leopoldo Teixeira, o quarto setor vai do
Igarapé Mocajatuba até o Igarapé Pato Macho, limite com o município de Marituba. O primeiro
e o terceiro setor destinam-se às atividades de comércio e serviço e o segundo e quarto setor
deverão permanecer como apoio logístico às demais atividades;
VI - desincentivar a localização de indústrias na BR 316.

30
Seção III
Do programa de abastecimento e de segurança alimentar e nutricional

Subseção I
Do objetivo

Art. 76 – O programa de abastecimento e de segurança alimentar e nutricional tem


como objetivo promover a segurança alimentar a população, especialmente àquelas em
situação de risco social, melhorando seu padrão nutricional e facilitando o acesso a produtos
alimentícios básicos de qualidade e com baixo custo, propiciando assim uma distribuição mais
adequada das atividades econômicas no território do Município de forma a minimizar as
distâncias entre os locais de produção e consumo e entre residências e espaços públicos ou
privados de comercialização e abastecimento alimentar.

Subseção II
Das diretrizes

Art. 77 - Este programa tem como diretrizes básicas:


I - articular e potencializar as diversas políticas, programas e projetos nas áreas de
produção, distribuição, comercialização e consumo de alimentos;
II - criar e implementar o conselho municipal de segurança alimentar para assessorar e
acompanhar este programa, com a participação dos Poderes públicos e da comunidade local;
III - instituir um sistema de abastecimento alimentar com a hierarquização das estruturas
existentes e dos corredores de abastecimento, interligando as entidades produtoras, os
mecanismos ou empresas de distribuição e as entidades ou empresas de comercialização;
IV - criar incentivos que promovam produtos mais baratos e de qualidade para atender à
comunidade de baixa renda;
V - estimular à organização dos produtores, cadastrando-os e institucionalizando suas
associações;
VI - promover a educação alimentar que vise a forma correta e mais econômica de
assegurar uma alimentação saudável;
VII - promover em parceria com as instituições de ensino e pesquisa estágios para
nutricionistas nas escolas municipais das comunidades de baixa renda;
VIII - prover os corredores de abastecimento com de infra-estrutura urbana adequada.
IX - fomentar oportunidades de negócios que visem melhorar a relação custo produto;
X - estruturar um sistema de abastecimento integrado a Região Metropolitana
equilibrando a participação dos demais Municípios integrantes;
XI - construir uma central de abastecimento e de parque de exposição na altura do KM
07, da BR 316, com acesso pela Rua da COHASP;
XII - regulamentar e normalizar os 11 (onze) pólos de comércio informal.

31
Art. 78 – Os pólos de abastecimento alimentar e comercialização deverão obedecer à
seguinte hierarquização:
I - central municipal de abastecimento: estrutura municipal central de abastecimento
alimentar e comercialização focada na distribuição e comercialização de gêneros alimentícios
por atacado de abrangência municipal;
II - pólos de abastecimento da unidade de planejamento: estruturas municipais de
abastecimento alimentar e comercialização e estabelecimentos comerciais privados focados na
distribuição e comercialização de gêneros alimentícios por atacado e varejo de abrangência na
unidade de planejamento;
III - pólos de bairro de abastecimento: estruturas municipais e concentrações de
empreendedores formais e informais nas vias e logradouros públicos focadas na distribuição e
comercialização de gêneros alimentícios no varejo de abrangência no bairro;
Parágrafo único – Esta hierarquização deverá ser seguida quando da implantação de
novos pólos de abastecimento e comercialização que venham a surgir.

Seção IV
Do programa de incentivo às indústrias

Subseção I
Do objetivo

Art. 79 – Este programa tem como objetivo estimular a implantação e expansão de


empreendimentos industriais aderentes à política de desenvolvimento econômico do Município,
especial e preferencialmente aqueles que desenvolvam infra-estrutura para o exercício das
atividades industriais, em harmonia e em correspondência com as diretrizes para a ocupação
urbana; apoiar o empresariado e as associações de trabalhadores, na área de capacitação,
qualificação e requalificação do conhecimento visando a geração de novos produtos,
processos e serviços, a modernização das plantas industriais, a elevação da produtividade, a
redução de custos e a sua sustentabilidade assim como adequar o desenvolvimento industrial
às normas de preservação ambiental e às características ecológicas do Município e da região.

Subseção II
Das diretrizes

Art. 80 – Para que os objetivos deste programa possam ser atingidos as seguintes
diretrizes devem ser seguidas:
I – buscar meios de promover a ocupação do distrito industrial existente;
II - implantar um corredor viário para escoar a produção do distrito industrial existente e
que também servirá como barreira e limite do Parque Mocajatuba proposto;
III - incentivar a expansão e a formação de agrupamentos industriais de empresas
existentes, em simultaneidade à implementação dos novos projetos assim como um processo
de incubação de novos empreendimentos que gerem emprego e renda para a população local;

32
IV - regular e supervisionar as atividades industriais, de forma a evitar prejuízos à
qualidade de vida da população, ao ordenamento urbano e à integridade física da infra-
estrutura urbana.

Seção V
Do programa de incentivo ao turismo

Subseção I
Do objetivo

Art. 81 - Desenvolver esta atividade econômica como forma de promover a atividade


turística do Município, explorando o seu potencial e as suas conectividades com as demais
atividades desenvolvidas na região metropolitana, transformando-o num instrumento de
impulsão da atividade econômica, de geração de trabalho, de promoção e desenvolvimento
social e cultural, e de complementaridade com as demais atividades econômicas.

Subseção II
Das diretrizes

Art. 82 – O programa de Incentivo ao turismo deverá ter como diretrizes:


I - garantir a inclusão e o desenvolvimento do ecoturismo no plano diretor setorial das
ilhas;
II - desenvolver efetiva infra-estrutura turística;
III - estimular e apoiar a produção artesanal local, as feiras, exposições, eventos
turísticos e programas de orientação e divulgação de projetos municipais, bem como elaborar o
calendário de eventos;
IV - regulamentar o uso, ocupação e fruição de bens naturais e culturais de interesses
turísticos, proteger o patrimônio ecológico e histórico cultural e incentivar o ecoturismo;
V - promover a conscientização do público para a preservação e difusão dos recursos
naturais e do turismo como atividade e fator de desenvolvimento;
VI - incentivar a formação de pessoal especializado para o atendimento das atividades
turísticas.

Seção VI
Do programa de desenvolvimento rural

Subseção I
Do objetivo

Art. 83 – O programa de desenvolvimento rural tem por objetivo orientar e direcionar a


ação do poder público municipal no planejamento e na execução das atividades de apoio à
produção, comercialização, armazenamento, agro-industrialização, transportes e
abastecimento de insumos e produtos rurais.

33
Subseção II
Das diretrizes

Art. 84 – A fim de cumprir com o objetivo do programa de desenvolvimento rural as


seguintes diretrizes devem ser implementadas:
I - formalizar convênios com EMBRAPA, EMATER/PA e outras instituições, garantindo

recursos humanos especializados às tarefas de pesquisa e transferência de tecnologia;


II - implantar cinco módulos experimentais nas comunidades de Abacatal, Igarapé
Grande, Cajueiro, João Pilatos e Curuçambá, para desenvolvimento de sistemas de produção
adequados a cada realidade;
III - implantar um sistema de acompanhamento e avaliação dos procedimentos
metodológicos empregados pelas empresas convenientes no processo de transferência
tecnológica, supervisionado pelo comitê técnico do conselho de desenvolvimento rural.
IV - em parceria com bancos de desenvolvimento regional, implantar sistema de micro
crédito, direcionado ao financiamento das atividades rurais.
V - criar e manter serviços e programas que visem o aumento da produção e da
produtividade agrícola visando o abastecimento alimentar, a geração de empregos, a melhoria
das condições de infra-estrutura econômica e social, a preservação do meio ambiente e a
elevação do bem-estar da população rural;
VI - implantar estruturas que facilitem a armazenagem, a comercialização da produção
agro-industrial, bem como o artesanato rural;
VII - estimular a criação de instrumentos que facilitem a ação fiscalizadora na proteção
da lavoura, criações e meio ambiente a capitalização de mão-de-obra rural, e a preservação
dos recursos naturais;
VIII - estimular a constituição e a expansão de cooperativas e outras formas de
associativismo e organização rural, inclusive a instituição de mutirão para a edificação de
moradias;
IX - implantar programas de fomentos à pequena produção e de fixação do homem do
campo;
X - promover a agregação de valor à produção por meio da agroindústria;
XI - instalar central municipal de agronegócios, disponibilizando o espaço físico e
serviços de apoio logístico e de informação do mercado agrícola nacional;
XII - criação do programa de agricultura urbana, estimulando a utilização de terrenos
públicos e particulares e vazios urbanos para produção agrícola e/ou criação de animais como
alternativa de apoio à segurança alimentar e à inclusão social;
XII - apoiar e fortalecer a agricultura familiar.

34
Seção VII
Do programa de exploração sustentável dos recursos naturais

Subseção I
Do objetivo

Art. 85 – O programa de exploração sustentável dos recursos naturais tem como


objetivo manter e controlar a exploração dos recursos naturais, com o estabelecimento de
parâmetros compatíveis com a proteção do meio ambiente, vetando-se a retirada de
componentes geológicos que impliquem em erosão ou decomposição natural dos terrenos e
outros bens naturais e proporcionar aos produtores rurais as condições necessárias para o
uso sustentável dos recursos naturais existentes no Município.

Subseção II
Das diretrizes

Art. 86 – Para atingir o objetivo deste programa as seguintes diretrizes devem ser
adotadas:
I - garantir a proteção ambiental dos ecossistemas naturais;
II - enriquecer e manejar os recursos naturais do ecossistema das ilhas de forma a levar
o nível sustentado de seu uso;
III - fiscalizar a exploração predatória dos recursos naturais;
IV - regular e normalizar a exploração de recursos naturais;
V - cadastrar e controlar os empreendimentos desta natureza.

Seção VIII
Do programa de desenvolvimento da ciência, tecnologia e informação
Subseção I
Dos objetivos

Art. 87 – O programa de desenvolvimento da ciência, tecnologia e informação tem como


objetivos:
I - estimular a formação de novas empresas de base tecnológica;
II - gerar novos postos de trabalho na região;
III - reverter o contexto declinante das bases industriais locais/regionais;
IV - reduzir os desequilíbrios regionais em termos de atividades de P & D (capacidade,
investimentos, inovação);
V - atrair investimentos e atividades P& D;
VI – melhorar a imagem local;
VII – replicar experiências bem sucedidas.

35
Subseção I
Das diretrizes

Art. 88 – Para atingir o objetivo deste programa as seguintes diretrizes devem ser
adotadas:
I- montar estrutura inicial de pessoal, espaço físico e equipamentos;

II- estabelecer plano de trabalho com atividades que obtenham resultados imediatos na
área de C & T para nossos empreendedores e cidadãos;
III- desenvolver e aprovar o projeto técnico para a instalação de um Parque Tecnológico
no Município de Ananindeua;
IV- definir e adquirir área física para a construção do parque tecnológico;
V- incluir, no orçamento 2007, os valores necessários para a construção dos módulos
iniciais do parque;
VI- implantar o conselho de desenvolvimento econômico de Ananindeua que será
âncora e suporte do futuro parque tecnológico.

DOS INSTRUMENTOS ETÍTULO VI DO PLANO DIRETOR


RECURSOS
Art. 89 - Os instrumentos previstos neste plano que demandam dispêndio de recursos
por parte do poder público municipal devem ser objeto de controle social, garantida a
participação de comunidades, movimentos, entidades da sociedade civil e conselhos
municipais.
CAPÍTULO I
Do sistema de planejamento de desenvolvimento urbano
Art. 90 – Compete ao Poder Público municipal, por meio da Secretaria de Saneamento
e Infra-estrutura, implantar e gerir todas as etapas de execução do plano diretor.

sistemaParágrafo único:geográficas
de informações Dentre outras
– SIGatribuições, implantará, no maior prazo possível, o
do Município.

CAPÍTULO II
Dos instrumentos de caráter institucional

Art. 91 - São instrumentos de aplicação do plano diretor de caráter institucional, sem


prejuízo de outros previstos na legislação municipal, estadual ou federal:

I - conselho da cidade;
II - conselho municipal do meio ambiente;
III - conselho municipal do saneamento

36
IV - conselho municipal de saúde;
V - conselho municipal de educação
VI - conselho municipal de cultura;
VII - conselho municipal dos transportes;
VIII - conselho municipal da habitação;
IX - conselho municipal de esporte e lazer;
X - conselho municipal de segurança;
XI - conselho municipal de segurança alimentar;
XII - conselho municipal do comércio e indústria;
XIII - conselho municipal de desenvolvimento rural;
XIV – conselho municipal de geração de emprego e renda.

Art. 92 - Excetuados aqueles com competência definida em lei, os conselhos são órgãos
consultivos e de assessoria do Poder Executivo, com atribuições de analisar e propor, assim
como lhes dar publicidade, medidas de concretização das estratégias setoriais e verificar sua

execução, observadas as diretrizes neles estabelecidas.


Art. 93 - São atribuições gerais dos conselhos:
I – acompanhar as etapas do processo de planejamento;
II - analisar e propor medidas de concretização de políticas setoriais;
III - participar da gestão dos fundos previstos nesta Lei, propondo prioridades na
aplicação dos recursos, assim como da fiscalização de sua utilização;
IV - solicitar a chefia do Poder Executivo municipal a realização de audiências públicas,
para prestar esclarecimentos à população;
V - realizar, no âmbito de sua competência, audiências públicas.

Seção I
Do conselho da cidade
Art. 94 - O poder público municipal constituirá, por meio de lei específica, o conselho da
cidade com a finalidade de deliberar, acompanhar, avaliar e fiscalizar as ações pertinentes à
implementação do plano diretor.
§ 1° - Este conselho será composto de:
I - representantes do Poder Executivo Municipal;
II - representantes do Poder Legislativo Municipal;
III - representantes dos movimentos sociais;
IV - representantes empresariais;

37
V - representantes dos trabalhadores;
VI - representantes de classes profissionais;
VII - representantes de organizações não governamentais (ONGs).
§ 2° - A proporcionalidade dos seus membros será definida em lei específica.
§ 3° - Todos os conselheiros terão mandato de 02 (dois) anos, suscetível de renovação.
§ 4° - O presidente do conselho será indicado pelos seus pares, sendo escolhido e
nomeado pelo prefeito.
§ 5° - Na composição do conselho da cidade serão indicadas, referencialmente,
pessoas de formação profissional diversificada, sendo obrigatória a presença de pelo menos
um profissional com competência para o planejamento urbano.
§ 6° – Ao conselho da cidade caberá demandar estudos e trabalhos necessários à
atualização do plano diretor, pelo menos 01 (uma) vez a cada 04 (quatro) anos.

Seção II
Do conselho municipal do meio ambiente
Art. 95 – O conselho municipal de meio ambiente conforme disposto em Lei terá a
competência de acompanhar, avaliar e fiscalizar as ações pertinentes, além de:
I - promover a educação ambiental em todos os níveis das escolas no Município;
II -divulgar as informações da qualidade do meio ambiente no Município;
III - estimular e promover a preservação do meio ambiente, em destaque as florestas, os
cursos d’água, a fauna e a flora;
IV - estimular e promover o reflorestamento com espécies nativas, objetivando,
especialmente, a proteção de encostas e dos recursos hídricos;
V - estimular a pesquisa, desenvolvimento e a utilização de fontes de energias
alternativas renováveis.
Seção III
Do conselho municipal de saneamento
Art. 96 – O conselho municipal de saneamento terá a competência de acompanhar,
avaliar e fiscalizar as ações pertinentes ao saneamento básico em todo o território municipal,
sendo instituído por lei específica posterior.
Seção IV
Do conselho municipal da saúde
Art. 97 – O conselho municipal de saúde é um órgão de caráter deliberativo que tem
como competência prestar esclarecimento e informações à população, quanto às diretrizes da
política de saúde do Município, bem como o acompanhamento na destinação e aplicação de

verbas do fundo municipal de saúde, nos termos da lei municipal.


38
Seção V
Do conselho municipal de educação
Art. 98 – O conselho municipal de educação, dentre outras atribuições, caberá
acompanhar, avaliar e fiscalizar as ações pertinentes à educação, na forma da lei.

Seção VI
Do conselho municipal de cultura
Art. 99 – Nos termos da lei municipal, será instituído o conselho municipal de cultura
para acompanhar, avaliar e fiscalizar as ações pertinentes à cultura.

Seção VII
Do conselho municipal de transportes e da mobilidade
Art. 100 - O conselho municipal de transportes e da mobilidade é um órgão de caráter
consultivo e tem a finalidade de examinar, discutir e propor ações para as relevantes questões
de transporte público e da mobilidade geral da cidade, com foco nas pessoas com deficiência e
mobilidade reduzida.

Seção VIII
Do conselho municipal da habitação
Art. 101 - O conselho municipal da habitação é um órgão de caráter consultivo e tem a
competência de examinar, discutir e proceder estudos e ações, visando solucionar os graves
problemas no campo da moradia.

Seção IX
Do conselho municipal de segurança alimentar
Art. 102 - O conselho municipal de segurança alimentar terá a competência de
acompanhar, avaliar e fiscalizar as ações pertinentes ao abastecimento e à segurança
alimentar, de forma articulada com os outros conselhos e órgãos correlatos.

Seção X
Do conselho municipal de desenvolvimento econômico
Art.103 – O conselho municipal de desenvolvimento econômico terá a competência
deliberativa e consultiva, para formular e fazer executar as políticas de desenvolvimento
econômico do município.

Seção XI
Do conselho municipal de desenvolvimento rural
Art. 104 – O conselho municipal de desenvolvimento rural tem por objetivo propor
soluções às questões agrárias e fundiárias existentes no Município, competindo-lhe:

39
I - propor diretrizes, programas e projetos de desenvolvimento rural;
II - opinar acerca da proposta orçamentária de política agrícola;
III - acompanhar e avaliar a execução de programas e projetos voltados para o meio
rural;
IV - viabilizar a participação do plano municipal de desenvolvimento rural, no seu
correspondente ao nível estadual;
V - opinar sobre a contratação e concessão de serviço de assistência aos produtores
rurais.

Seção XII
Do conselho municipal de geração de emprego e renda
Art. 105 – O conselho municipal de geração de emprego e renda, órgão colegiado da
administração pública municipal, com a competência de aprovar as diretrizes de política de
trabalho, avaliar as iniciativas de geração de emprego e renda e fiscalizar a utilização de Fundo
Municipal de Microcrédito.

CAPÍTULO III
Dos instrumentos financeiros
Art. 106 – Constituem instrumentos de caráter financeiro-contábil deste plano, o
orçamento municipal e os seguintes Fundos Municipais de:
I - desenvolvimento urbano e da habitação;
II - da contribuição de melhoria;
III - proteção e conservação ambiental;
IV - desenvolvimento econômico;
V - desenvolvimento rural;
VI – combate à erradicação da pobreza.

Seção I
Do orçamento municipal
Art. 107 - O orçamento municipal é constituído pela Lei do Plano Plurianual, da Lei de
Diretrizes Orçamentárias e da Lei do Orçamento Anual, nas quais são explicitadas as diretrizes
e prioridades de investimentos e a alocação dos recursos públicos.
Art. 108 - A gestão orçamentária participativa implica na realização de debates,
audiências e consultas públicas sobre as leis orçamentárias, como condição obrigatória para
sua aprovação pela Câmara Municipal.

40
Seção II
Dos fundos municipais

Subseção I
Fundo municipal de desenvolvimento urbano e habitação

Art. 109 - O fundo municipal de desenvolvimento urbano será vinculado à Secretaria


Municipal de Saneamento e Infra-estrutura e terá como finalidade dar suporte financeiro à
implantação dos objetivos, programas e projetos relativos à habitação e ao saneamento básico
nas áreas de especial interesse social, previstos nesta Lei.
§1° - Lei específica disporá sobre a composição e a prestação de contas dos recursos
do fundo municipal de desenvolvimento urbano e habitação e as atribuições, competências e
funcionamento de sua estrutura organizacional.
§2° - O fundo de habitação popular, de acordo com o art. 249, da Lei Orgânica do
Município, passa a fazer parte do fundo municipal de desenvolvimento urbano.

Subseção II
Da contribuição de melhoria

Art. 110 – A contribuição de melhoria é um tributo que tem como fato gerador a
execução de obras públicas, das quais decorram benefícios a imóveis.
§1° - É arrecadada dos proprietários de imóveis valorizados por obras públicas, tendo
como limite total a despesa realizada e como limite individual a valorização de cada imóvel
beneficiado pela obra.
§2° - A lei municipal específica instituirá as condições, critérios e o tempo em que se
cobrará a contribuição de melhoria, de acordo com as regras do Código Tributário Nacional.
§ 3° - Para que o Poder Público possa instituir este tributo é necessário que a obra já
tenha sido realizada e que o imóvel tenha sido valorizado.

Subseção III

Fundo municipal de proteção e conservação da natureza


Art. 111 - O fundo municipal de proteção e conservação da natureza será vinculado à
Secretaria Municipal de Agronegócios e Meio Ambiente e terá como finalidade implantar um
banco de dados ambientais, financiar o monitoramento das unidades de conservação
implantadas no Município e subsidiar o reflorestamento das áreas degradadas.

Subseção IV
Fundo municipal de desenvolvimento econômico

Art. 112 - O fundo municipal de desenvolvimento econômico,será vinculado à Secretaria


Municipal de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico e terá como finalidade dar
suporte financeiro à qualificação de mão de obra e às atividades econômicas das micros,

pequenas e médias empresas.


41
Subseção V
Fundo municipal de desenvolvimento rural

Art. 113 - O fundo municipal de desenvolvimento rural será vinculado à Secretaria


Municipal de Agronegócios e Meio Ambiente e terá como finalidade dar suporte financeiro às
atividades agropecuárias e de pesca democratizando a aplicação dos recursos arrecadados e

possibilitando o acesso das comunidades agrícolas do Município em condições igualitárias.

Subseção VI
Fundo municipal de microcrédito

Art. 114 - O fundo municipal de microcrédito tem como objetivo a geração de emprego e
renda no município de Ananindeua e será destinado especialmente:

I – a financiamento de micro empreendedores urbanos ou rurais, artesãos e pequenos


prestadores de serviços, feirantes, autorizatários de mercados e o setor informal;

II – a financiamento às cooperativas ou forma associativas de produção ou de trabalho;

III – a financiamento de micro empresas e empresas de pequeno porte;

IV - a capacitação e ao treinamento gerencial de empreendedores econômicos, bem


como assistência técnica;

V – a formação de mão-de-obra e preparação de jovens para o trabalho;

VI – ao aval das operações que objetivam a geração de emprego e renda;

VII – a aquisição de bens e serviços necessários a operacionalização do fundo.

§1° - Será assegurada condição especial de financiamento aos beneficiários em


condição de risco social, de carência econômica e/ou vinculados a programas de inclusão
sócio-econômica.
CAPÍTULO IV
Dos instrumentos de caráter urbanístico

Seção I
Do parcelamento, utilização ou edificação compulsórios
Art. 115 - Lei municipal específica deverá determinar a área ou áreas onde incidirá o
parcelamento, a edificação ou a utilização compulsórios do solo urbano não edificado,
subutilizado ou não utilizado, devendo fixar as condições e os prazos para implementação da
referida obrigação.

42
§ 1° - Considera-se subutilizado, os imóveis, nos quais não exista edificações ou cujas
edificações estejam em ruínas ou tenham sido objeto de demolição, abandono, desabamento
ou incêndio, ou que, de outra forma, não cumpram a função social da propriedade.
§ 2° - Os proprietários dos imóveis atingidos pela lei específica serão notificados pelo
Poder Executivo municipal para o cumprimento da obrigação, devendo a notificação ser
averbada no cartório de registro de imóveis.
§ 3° - A notificação far-se-á:
I - por funcionário do órgão competente do Poder Público municipal, ao proprietário do
imóvel, ou no caso de este ser pessoa jurídica, a quem tenha Poderes de gerência geral ou
administração;
II - por edital quando frustrada, por 03 (três) vezes, as tentativas de notificação na forma
prevista pelo inciso I.
§ 4° - Os prazos a que se refere ocaput deste artigo não poderão ser inferiores a:
I – 01 (um) ano, a partir da notificação, para que seja protocolado o projeto no âmbito
municipal competente;
II – 02 (dois) anos, a partir da aprovação do projeto, para iniciar as obras do

empreendimento.
§ 5° - Em empreendimentos de grande porte, em caráter excepcional, a Lei municipal
específica a que se refere o caput deste artigo poderá prever a conclusão em etapas,
assegurando-se que o projeto aprovado compreenda o empreendimento como um todo.
Art. 116 – A transmissão do imóvel, por ato inter vivos ou causa mortis, posterior a data
da notificação, transfere as obrigações de parcelamento, edificação ou utilização compulsória
prevista no art.115 desta Lei, sem interrupção de quaisquer prazos.

Seção II
Do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo
Art.117 - Em caso de descumprimento das condições e dos prazos previstos na forma
do caput do art. 115 desta Lei, ou não sendo cumpridas as etapas previstas no parágrafo 5°do
art. 115 desta Lei, o Município procederá à aplicação do imposto sobre a propriedade predial e
territorial (IPTU) progressivo no tempo, mediante a majoração da alíquota pelo prazo de 05
(cinco) anos consecutivos.
§ 1° - O valor da alíquota a ser aplicado a cada ano será fixado na lei específica, a que
se refere o caput do art.115 desta Lei, e não excederá a duas vezes o valor referente ao ano
anterior, respeitada a alíquota máxima de 15 % (quinze por cento).
§ 2° - Caso a obrigação de parcelar, edificar ou utilizar não esteja atendida em 05
(cinco) anos, o Município manterá a cobrança pela alíquota máxima, até que se cumpra a
referida obrigação, garantida a prerrogativa prevista no art. 118.
§ 3° - É vedada a concessão de isenções ou de anistia relativas à tributação progressiva
de que trata este artigo.

43
Seção III
Da desapropriação com pagamento em títulos da dívida pública
Art.118- Decorridos 05 (cinco) anos da cobrança de IPTU progressivo, sem que o
proprietário tenha cumprido a obrigação de parcelamento, utilização ou edificação
compulsórios, o Município procederá à desapropriação do imóvel, com pagamento em títulos
da dívida pública.
§ 1° - Os títulos da dívida pública terão prévia aprovação pelo Senado Federal e serão
resgatados no prazo de até 10 (dez) anos, em prestações anuais, iguais e sucessivas,
assegurados o valor real da indenização e os juros legais de 6% (seis por cento) ao ano.
§ 2° - O valor real da indenização:
I - refletirá o valor da base de cálculo do IPTU, descontado o montante incorporado em
função de obras realizadas pelo poder público na área onde o mesmo se localiza após a
notificação de que trata o parágrafo 2º do art. 115, desta Lei;
II - não computará expectativas de ganhos, lucros cessantes e juros compensatórios.
§ 3° - Os títulos de que trata este artigo não terão poder liberatório para pagamento de
tributos.
§ 4° - O Município procederá ao adequado aproveitamento do imóvel no prazo máximo
de 05 (cinco anos), contados a partir da sua incorporação ao patrimônio público.
§ 5° - O aproveitamento do imóvel poderá ser efetivado diretamente pelo Poder Público
ou por meio de alienação ou por cessão a terceiros, observando-se, nesses casos o devido
procedimento licitatório.
§ 6° - Ficam mantidas para o adquirente de imóvel nos termos do parágrafo 5º as
mesmas obrigações de parcelamento, utilização ou edificação previstas no art. 115 desta Lei.
Seção IV
Do consórcio imobiliário
Art. 119 - O poder público poderá facultar ao proprietário de área atingida pela
obrigação de parcelar, edificar ou utilizar o seu imóvel, nos termos do art. 115 deste Plano, o
estabelecimento do consórcio imobiliário.
Art. 120 – Entende-se o consórcio imobiliário pela forma de viabilização de planos de
urbanização ou edificação por meio da qual o proprietário transfere ao Poder Público municipal
seu imóvel, mediante escritura devidamente registrada no Cartório de Registro Geral de
Imóveis e, após a realização das obras, recebe, como pagamento, unidades imobiliárias
devidamente urbanizadas ou edificadas.
Seção V
Da desapropriação
Art. 121 - As desapropriações de imóveis urbanos deverão ser feitas com prévia e justa
indenização em dinheiro.
Parágrafo único - Como alternativa ao processo de desapropriação, o poder público
municipal deverá adotar outros instrumentos urbanísticos, como o consórcio imobiliário dentre
outros previstos neste plano.

44
Seção VI
Da usucapião especial de imóvel urbano
Art. 122 - Aquele que possuir como sua área ou edificação urbana de até 250 m²
(duzentos e cinqüenta metros quadrados), por 05 (cinco) anos, ininterruptamente e sem
oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que
não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
§ 1° - O título de domínio será conferido ao homem ou à mulher, ou a ambos,
independentemente do estado civil.
§ 2° - O direito de que trata este artigo não será reconhecido ao mesmo possuidor mais
de uma vez.
§ 3° - Para os efeitos deste artigo o herdeiro legítimo continua, de pleno direito, a posse
de seu antecessor, desde que já resida no imóvel por ocasião da abertura da sucessão.
Art. 123 - As áreas urbanas com mais de 250 m² (duzentos e cinqüenta metros
quadrados), ocupadas por população de baixa renda para sua moradia, por 05 (cinco) anos,
ininterruptamente e sem oposição, e onde não for possível identificar os terrenos ocupados por
cada possuidor são susceptíveis de serem usucapidas coletivamente, desde que os
possuidores não sejam proprietários de outro imóvel urbano ou rural.
§ 1° - O possuidor pode, para o fim de contar o prazo exigido desse artigo, acrescentar
sua posse à de seu antecessor, contanto que ambas sejam contínuas.
§ 2° - A usucapião especial coletivo de imóvel urbano será declarada pelo juiz, mediante
sentença a qual servirá de título para registro no cartório de registro de imóveis.
§ 3° - Na sentença, o juiz atribuirá igual fração ideal de terreno a cada possuidor,
independentemente da dimensão do terreno que cada um ocupe, salvo hipótese de acordo por
escrito entre os condôminos, estabelecendo frações ideais diferenciadas.
§ 4° - O condomínio especial constituído é indivisível, não sendo passível de extinção,
salvo deliberação favorável tomada por, no mínimo, 2/3 (dois terços) dos condôminos, no caso
de execução de urbanização posterior à constituição do condomínio.
§ 5° - As deliberações relativas à administração do condomínio especial serão tomadas
por maiorias de votos dos condôminos presentes, obrigando também os demais discordantes
ou ausentes.
Art. 124 - Na pendência da ação de usucapião especial urbana, ficarão sobrestadas
quaisquer outras ações petitórias ou possessórias que venham a ser propostas relativamente
ao imóvel usucapiendo.
Art. 125 - São partes legítimas para a propositura da ação de usucapião urbana:
I - o possuidor, isoladamente ou em litisconsórcio srcinário ou superveniente;
II - os possuidores, em estado de composse;
III - como substituto processual a associação de moradores da comunidade,
regularmente constituída, com personalidade jurídica, desde que explicitamente autorizada

pelos representados.
45
§ 1° - Na ação de usucapião especial urbana é obrigatória a intervenção do Ministério
Público.
§ 2° - O autor terá os benefícios da justiça e da assistência judiciária gratuita, inclusive
perante o cartório de registro de imóveis.
Art. 126 - A usucapião especial de imóvel urbano poderá ser invocada como matéria de
defesa, valendo a sentença que a reconhecer como título para registro no cartório de registro
de imóveis.
Art.127 - Na ação judicial de usucapião especial de imóvel urbano, o rito processual a
ser observado é o sumário.
Seção VII
Do direito de superfície
Art. 128 - O proprietário urbano poderá conceder a outrem o direito de superfície do seu
terreno, por tempo determinado ou indeterminado, mediante escritura pública registrada no
cartório de registro de imóveis.
§ 1° - O direito de superfície abrange o direito de utilizar o solo, o subsolo ou o espaço
aéreo relativo ao terreno, na forma estabelecida no contrato respectivo, atendida a legislação
urbanística.
§ 2° - A concessão do direito de superfície poderá ser gratuita ou onerosa.
§ 3° - O superficiário responderá integralmente pelos encargos e tributos que incidirem
sobre a propriedade superficiária, arcando, ainda, proporcionalmente à sua parcela de
ocupação efetiva, com os encargos e tributos sobre a área objeto da concessão do direito de
superfície, salvo disposição em contrário do contrato respectivo.
§ 4° - O direito de superfície pode ser transferido a terceiros, obedecidos os termos do
contrato respectivo.
§ 5° - Por morte do superficiário, os seus direitos transmitem-se a seus herdeiros.
Art. 129 - Em caso de alienação do terreno, ou do direito de superfície, o superficiário e
o proprietário, respectivamente, terão direito de preferência, em igualdade de condições à
oferta de terceiros.
Art. 130 - Extingue-se o direito de superfície:
I - pelo advento do termo;
II - pelo descumprimento das obrigações contratuais assumidas pelo superficiário.
Art. 131 - Extinto o direito de superfície, o proprietário recuperará o pleno domínio do
terreno, bem como das acessões e benfeitorias introduzidas no imóvel, independentemente de
indenização, se as partes não houverem estipulado o contrário no respectivo contrato.
§ 1° - Antes do termo final do contrato, extinguir-se-á o direito de superfície se o
superficiário der ao terreno destinação diversa daquela para a qual for concedida.
§ 2° - A extinção do direito de superfície será averbada no cartório de registro de
imóveis.

46
Seção VIII
Da outorga onerosa do direito de construir e da alteração de uso do solo
Art.132 - Lei municipal específica deverá delimitar a área ou áreas e as condições a
serem observadas, nas quais o direito de construir poderá ser exercido acima do permitido pela
utilização do índice de aproveitamento de área e a alteração do uso do solo diferentemente do
que está especificado na Lei de uso e ocupação do solo Urbano, mediante contrapartida a ser
prestada pelo beneficiário.
Parágrafo único – A Lei mencionada definirá também os limites máximos a serem
atingidos pelos índices de aproveitamento de área, levando em consideração a
proporcionalidade entre a infra-estrutura existente e o aumento de densidade esperado em
cada área criada.
Art.133 - Os recursos auferidos com a adoção da outorga onerosa do direito de construir
e de alteração de uso serão aplicados com as finalidades prevista no art. 136 desta Lei.

Seção IX
Da transferência do direito de construir
Art.134 - Lei municipal específica poderá autorizar o proprietário de imóvel urbano,
privado ou público, a exercer em outro local, ou alienar, mediante escritura pública, o direito de
construir previsto neste plano ou em legislação urbanística dele decorrente, quando o referido
imóvel for considerado necessário para fins de:
I - implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
II - preservação, quando o imóvel for considerado de interesse histórico, cultural,
ambiental, paisagístico ou social;
III - servir a programas de regularização fundiária, urbanização de áreas de especial
interesse social e construção de habitações de interesse social.
§ 1º - A mesma faculdade poderá ser concedida ao proprietário que doar ao Poder
Público seu imóvel, ou parte dele, para os fins previstos nos incisos I a III do caput deste artigo.
§ 2º - A lei municipal referida no caput deste artigo estabelecerá as condições relativas à
aplicação da transferência do direito de construir.
Seção X
Do direito de preempção
Art.135 - O direito de preempção confere ao Poder Público municipal preferência para
aquisição de imóvel urbano objeto de alienação onerosa entre particulares.
§ 1º - Lei municipal específica delimitará as áreas em que incidirá o direito de
preempção e fixará prazo de vigência, não superior a 05 (cinco) anos, renovável a partir de 01
(um) ano após o decurso do prazo inicial de vigência.
§ 2º - O direito de preempção fica assegurado durante o prazo de vigência fixado na
forma do § 1º, deste artigo, independentemente do número de alienações referentes ao mesmo
imóvel.

47
Art. 136 - O direito de preempção será exercido sempre que o Poder Público necessitar
de áreas para:
I - regularização fundiária;
II - execução de programas e projetos habitacionais de interesse social;
III - constituição de reserva fundiária;
IV - ordenamento e direcionamento da expansão urbana;
V - implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
VI - criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;
VII - criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de interesse
ambiental;
VIII - proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico.
Parágrafo único – A lei municipal prevista no parágrafo 1 º do art
. 135 desta Lei deverá
enquadrar cada área em que incidirá o direito de preempção em uma ou mais das finalidades
enumeradas no caput deste artigo.
Art. 137 - O proprietário deverá notificar sua intenção de alienar o imóvel, para que o
Município,
lo. no prazo máximo de 30 (trinta) dias, manifeste por escrito seu interesse em comprá-

§ 1º - À notificação mencionada no caput será anexada proposta de compra assinada


por terceiro interessado na aquisição do imóvel, da qual constarão: preço, condições de
pagamento e prazo de validade.
§ 2º - O Município fará publicar, em órgão oficial e em pelo menos um jornal local ou
regional de grande circulação, edital de aviso da notificação recebida nos termos do caput
deste artigo e da intenção de aquisição do imóvel nas condições da proposta apresentada.
§ 3º - Transcorrido o prazo mencionado no caput sem manifestação, fica o proprietário
autorizado a realizar a alienação para terceiros, nas condições da proposta apresentada.
§ 4º - Concretizada a venda a terceiro, o proprietário fica obrigado a apresentar ao
Município, no prazo de 30 (trinta) dias, cópia do instrumento público de alienação do imóvel.
§ 5º - A alienação processada em condições diversas da proposta apresentada é nula
de pleno direito.
§ 6º - Ocorrida a hipótese prevista no § 5º o Município poderá adquirir o imóvel pelo
valor da base de cálculo do IPTU ou pelo valor indicado na proposta apresentada, se este for
inferior aquele.
Seção XI
Das operações urbanas consorciadas
Art. 138 - A operação urbana consorciada será utilizada em grandes empreendimentos
conjuntos da iniciativa privada e dos Poderes Públicos federal, estadual ou municipal, sob a
coordenação deste último, visando à integração e à divisão de competência e recursos para a
execução de projetos comuns.

48
Art. 139 - A operação urbana consorciada poderá ocorrer por iniciativa do poder público
ou através de propostas dos interessados, avaliado o interesse público da operação pelo órgão
responsável pelo planejamento urbano do Município e ouvido o conselho da cidade.
Art. 140 – Lei municipal específica deverá aprovar a operação urbana consorciada,
onde constará o plano desta operação, contendo, no mínimo:
I - definição da área a ser atingida;
II - programa básico de uso e ocupação da área;
III - programa de atendimento econômico e social para a população diretamente afetada
pela operação;
IV - finalidades da operação;
V - estudo prévio de impacto de vizinhança;
VI - contrapartida a ser exigida dos proprietários, usuários permanentes e investidores
privados em função da utilização dos benefícios a serem criados na Lei mencionada;
VII - forma de controle da operação, obrigatoriamente compartilhado com representação
da sociedade civil.
§ 1º - Os recursos obtidos pelo Poder Público municipal na forma do inciso VI deste
artigo serão aplicados exclusivamente na própria operação urbana consorciada.
§ 2º - A partir da aprovação da lei específica de que trata o caput deste artigo, são nulas
as licenças e autorizações a cargo do Poder Público municipal expedidas em desacordo com o
plano da operação urbana consorciada.
Art. 141 - A lei específica que aprovar a operação urbana consorciada poderá prever a
emissão pelo Município de quantidade determinada de certificados de potencial adicional de
construção (CEPACs), que serão alienados em leilão ou utilizados diretamente no pagamento
das obras necessárias à própria operação.
§ 1º - Os certificados de potencial adicional de construção serão livremente negociados,
mas conversíveis em direito de construir unicamente na área objeto da operação.
§ 2º - Apresentado pedido de licença para construir, o certificado de potencial adicional
será utilizado no pagamento da área de construção que exceder os limites estabelecidos pela
legislação de uso e ocupação do solo, até o limite máximo fixado pela lei específica que
aprovar a operação urbana consorciada.

Seção XII
Do estudo prévio de impacto de vizinhança
Art. 142 - Lei municipal específica definirá os empreendimentos e atividades privadas ou
públicas em área urbana que dependerão da elaboração de um estudo prévio de impacto de
vizinhança (EIV) para obter as licenças ou autorizações de construção, ampliação ou
funcionamento a cargo do poder público municipal.
Art. 143 - O EIV será executado de forma a contemplar os efeitos positivos e negativos
do empreendimento ou atividade quanto à qualidade de vida da população residente no bairro
onde se situar o empreendimento, incluindo a análise, no mínimo, das seguintes questões:

49
I - adensamento populacional;
II - equipamentos urbanos e comunitários;
III - uso e ocupação do solo;
IV - valorização imobiliária;
V - geração de tráfego e demanda por transporte público;
VI - ventilação e iluminação;
VII - paisagem urbana e patrimônio natural e cultural.
Parágrafo único - Dar-se-á publicidade aos documentos integrantes do EIV, que
ficarão disponíveis para consulta, no órgão competente do Poder Público municipal, por
qualquer interessado.
Art. 144 - A elaboração do EIV não substitui a elaboração e a aprovação do estudo de
impacto ambiental (EIA), requerido nos termos da legislação ambiental.

Seção XIII
Do estudo prévio de impacto ambiental

Art. 145 - Deverá ser observada a legislação federal e as normas do CONAMA em vigor
que tratam do assunto.

Seção XIV
Da instituição de unidades de conservação da natureza
Art. 146 - O ato de criação de uma unidade de conservação da natureza, proposta pelo
Poder Executivo e aprovada pelo Legislativo municipal, indicará o bem objeto de proteção,
fixará sua delimitação, estabelecerá sua classificação, as limitações de uso e ocupação do solo
e disporá sobre sua gestão.
Parágrafo único - As unidades de conservação da natureza de qualquer categoria não
poderão ser transformadas como zonas de especial interesse social.

Art. 147dividem-se
Conservação - As unidades de conservação
em dois grupos, com integrantes do Sistema
características Nacional de Unidades de
específicas:
I. unidades de proteção integral;
II. unidades de uso sustentável.
§ 1° - O objetivo básico das unidades de proteção integral é preservar a natureza, sendo
admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, com exceção dos casos previstos
em Lei.
§ 2° - O objetivo básico das unidades de uso sustentável é compatibilizar a conservação
da natureza com o uso sustentável de parcela de seus recursos naturais.
Art. 148 - O grupo das unidades de proteção integral é composto pelas seguintes
categorias de unidades de conservação:

50
I - estação ecológica;
II - reserva biológica;
III - parque nacional;
IV - monumento natural;
V - refúgio de vida silvestre
Art. 149 - Constituem o grupo das unidades de uso sustentável as seguintes categorias
de unidade de conservação:
I - área de proteção ambiental;
II - área de relevante interesse ecológico;
III - floresta nacional;
IV - reserva extrativista;
V - reserva de fauna;
VI - reserva de desenvolvimento sustentável;
VII - reserva Particular do patrimônio natural.

Art. 150 - As unidades de conservação, exceto área de proteção ambiental e reserva


particular do patrimônio natural devem possuir zona de amortecimento e, quando conveniente,
corredores ecológicos.
§ 1° O órgão responsável pela administração da unidade estabelecerá normas
específicas regulamentando a ocupação e o uso dos recursos da zona de amortecimento e dos
corredores ecológicos de uma unidade de conservação.
§ 2° Os limites da zona de amortecimento e dos corredores ecológicos e as respectivas
normas de que trata o §1° poderão ser definidas no ato de criação da unidade ou
posteriormente.
Seção XV
Da instituição de unidades de especial interesse
Art. 151 – As unidades de especial interesse deverão ser criadas para facilitar o
planejamento urbano e agilizar a Legislação de uso e ocupação do solo, podendo se sobrepor
a uma ou mais zonas, e que serão submetidas a regime urbanístico específico, relativo a
formas de controle que prevalecerão sobre os índices definidos para a zona ou as zonas que
as contém.
§ 1º - As unidades de especial interesse deverão ser criadas mediante um ato que
indicará a denominação, a categoria, os objetivos, os limites, a área da unidade e órgão
responsável por sua implantação e fiscalização.
§ 2º - Será garantida a participação popular na delimitação das unidades de especial
interesse, através de audiências públicas com a população local.
§ 3º - Cada unidade de especial interesse receberá apenas uma das seguintes

denominações e conceitos:
51
a) unidade ou zona de especial interesse social são em geral áreas de ocupação ou
loteamento irregular, não titulados, devendo ser declaradas de especial interesse exatamente
para promover a integração da população de baixa renda aos espaços habitáveis. Destinando-
as a programas específicos de urbanização e regularização fundiária.
b) unidade de especial interesse histórico-cultural, aquela com potencial histórico e/ou
cultural para qual se façam necessários investimentos e intervenções visando a preservação
de suas características;
c) unidade de especial interesse turístico, aquela com potencial turístico e para qual se
façam necessários investimentos e intervenções visando ao desenvolvimento da atividade
turística;
d) unidade de especial interesse de pesca, aquela que apresenta potencialidade
pesqueira ou destinada a manter e preservar as colônias de pescadores existentes assim como
os serviços complementares de preparo da pesca até esta chegar ao distribuidor ou
consumidor;
e) unidade de especial interesse urbanístico, destinada a projetos específicos de
estruturação ou reestruturação, renovação e revitalização urbana.

Subseção I
Da instituição de zonas de especial interesse social

Art. 152 - Lei municipal específica criará e delimitará como zona de especial interesse
social os imóveis públicos ou privados necessários à implantação de programas habitacionais,
assim como os loteamentos e conjuntos habitacionais de baixa renda que estiverem
irregulares.
§ 1° - A declaração de especial interesse social é condição para a inclusão de
determinada área.
§ 2° - Lei municipal específica estabelecerá padrões especiais de urbanização,
parcelamento da terra e uso e ocupação do solo nas áreas declaradas de especial interesse
social.

Art. 153 - Nãosituados


por assentamentos serão consideradas
em áreas decomo
risco,áreas
nas de especial
faixas interesse
marginais social as de
de proteção ocupadas
águas
superficiais, nas faixas de domínio de estradas estaduais, federais e municipais, nas faixas
marginais de adutora, de gasoduto, sob as linhas de alta tensão ou situadas em unidades de
conservação ambiental.
Art. 154 - Os proprietários, as cooperativas habitacionais ou outras entidades
associativas poderão solicitar a criação de áreas de especial interesse social para a
regularização de áreas ocupadas e a realização de obra de urbanização em consórcio com o
Município, justificando adequadamente o pedido.
Parágrafo único - A declaração prevista neste artigo deverá ser precedida de parecer
do conselho da cidade.

52
Art. 155 - Para as áreas declaradas de especial interesse social, necessárias à
implantação de projetos habitacionais de baixa renda, o Poder Executivo poderá, na forma da
lei:
I - exigir a edificação ou o parcelamento compulsório, ou ambos;
II - impor o imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no
tempo;
III - desapropriar, mediante pagamento com títulos de dívida pública.

Subseção II
Da instituição de unidades de especial interesse urbanístico

Art. 156 – Definidas em lei específica, as unidades de especial interesse urbanístico


caracterizar-se-ão como áreas prioritárias destinadas à implantação de planos ou projetos de
reestruturação e requalificação urbana. A lei de sua criação definirá a que finalidade a mesma
se destina, dando-se prioridade para ações nas áreas de mobilidade urbana, saneamento
básico e ambiental a criação de parques públicos.

Subseção III
Da instituição de unidades de especial interesse cultural
Art. 157 - Lei municipal específica criará e delimitará como área de especial interesse
cultural os imóveis públicos ou privados de valor cultural representativo.

Subseção IV
Da instituição de unidades de especial interesse histórico

Art. 158 - Lei municipal específica criará e delimitará como área de especial interesse
histórico os imóveis ou sítios públicos ou privados de valor histórico representativo.

Seção XVI
Da regularização fundiária
Art. 159 - A regularização fundiária e a regularização urbanística serão realizadas
mediante intervenções graduais e progressivas, para maximizar a aplicação dos recursos
públicos e disseminar os benefícios entre o maior número de habitantes.
Art. 160 - As ações de regularização fundiária e de regularização urbanística serão
orientadas pelo estudo da situação fundiária e pela elaboração de projeto urbanístico, que
observará as seguintes diretrizes:
I - integração das áreas de especial interesse social ao bairro onde está situada;
II - preservação da tipicidade da ocupação local;
III - previsão da implantação progressiva e gradual da infra-estrutura, com a definição
das obras a serem executadas em cada etapa, de modo a manter a complementaridade entre

elas e os procedimentos de regularização urbanística a serem adotados.


53
§ 1° - A regularização urbanística compreenderá:
I - a edição de legislação especifica de uso e ocupação do solo e de parcelamento do
solo, conforme prevista pelo art.163;
II - o reconhecimento dos logradouros;
III - a implantação de sistema de fiscalização, acompanhado de programa de
esclarecimento e conscientização sobre suas finalidades e vantagens;
IV - a elaboração do cadastro de lotes e edificações para regularização fundiária ou
lançamento no cadastro imobiliário do Município, ou para ambos.
§ 2° - A urbanização será executada, com base no projeto urbanístico através da
implantação prioritária de abastecimento de água, esgotamento sanitário, remoção dos
resíduos sólidos e eliminação dos fatores de risco.
§ 3° - Complementarão a urbanização o tratamento das vias, a execução da drenagem
pluvial e da iluminação pública, e o reflorestamento, quando couber.
§ 4° - Os equipamentos urbanos complementares relativos à saúde, educação, lazer e
outros serão implantados obedecidas a escala urbana da área e sua localização.
§ 5° - Os projetos de urbanização de áreas de especial interesse social contemplarão,
quando possível tecnicamente, soluções que eliminem os fatores de risco para os moradores.
§ 6° - Serão instalados escritórios técnicos locais para conduzir a execução do
programa, fazer cumprir a legislação urbanística e prestar assistência técnica e social aos
moradores.
Art. 161 - A regularização fundiária e a titulação das áreas ocupadas por áreas de
especial interesse social, dependendo da situação da propriedade da terra, poderão ser
promovidas diretamente pelo poder público, pelo proprietário ou pelos ocupantes, inclusive
através do instituto da usucapião, hipótese em que o Município prestará assistência técnica aos
interessados.
Parágrafo único - Constatada a impossibilidade da regularização fundiária referida
neste artigo, o Município poderá promover a desapropriação ou a aquisição direta da área para
os outros fins.

Seção XVII
Da concessão de direito real de uso
Art. 162 – A concessão de direito real de uso ocorre por meio de contrato e está prevista
no artigo 7º do Decreto-lei nº 271/67 através dela o proprietário transfere para outra pessoa
prerrogativa de usar seu imóvel com as garantias típicas de um direito real. O instrumento se
destina para fins específicos de urbanização, industrialização, edificação, cultivo de terra ou
outra utilização de interesse social.

54
Seção XVIII
Da concessão de uso especial para fins de moradia e de comércio
Art. 163 - A concessão de uso especial para fins de moradia e de comércio poderão
incidir sobre imóveis públicos, conforme estabelecido em lei específica.
Art. 164 - Será concedido de forma gratuita ao homem ou a mulher, que, até 30 (trinta)

de
até junho de 2001,
250 m² possuiu
(duzentos como seu,metros
e cinqüenta por 05quadrados)
(cinco) anos,deininterruptamente e sem oposição,
imóvel público situado em área
urbana, utilizando-o para sua moradia ou de sua família.
Art. 165 - A lei específica poderá prever a concessão de uso especial àqueles que, nas
condições análogas àquelas anteriormente descritas, utilizaram o imóvel para fins comerciais.

Seção XIX
Do tombamento de imóveis e bens culturais
Art. 166 - Constituem o patrimônio do Município toda a produção e os modos de vida e
imóveis presentes no processo histórico e no cotidiano do Município.
§ 1° - Compete ao Município reconhecer o patrimônio cultural como um processo social
autônomo, devendo garantir-lhe a liberdade de expressão e criação, as condições de um
desenvolvimento e a preservação de seus bens ou conjunto de bens representativos como
parte integrante do direito à cidadania.
§ 2° - Os bens ou conjunto de bens representativos do processo cultural local são
conceituados como elementos dinâmicos de contínua trajetória histórica e cotidiana, devendo
ser respeitados os significados a eles atribuídos pelas correspondentes comunidades.
Art. 167 - Com o objetivo de proteger e orientar o adequado uso do meio ambiente e do
patrimônio cultural do Município, ficam estabelecidas as seguintes diretrizes:

Seção XX
Da legislação de uso e ocupação do solo
Art. 168 – A Lei de uso e ocupação de solo dividirá o Município em zonas, levando em
consideração o uso e os tipos de ocupação existentes nestas zonas e definirá os usos e
atividades adequadas e inadequadas para cada zona, além dos índices e parâmetros
urbanísticos compatíveis com a ocupação desejada.
§ 1º – Os índices e parâmetros urbanísticos deverão levar em consideração as
particularidades de cada zona, seu papel na estrutura urbana do Município, sua
compatibilização com o meio ambiente e o potencial, existente e previsto, de infra-estrutura
para estas zonas.
§ 2° - zona é o espaço do Município perfeitamente delimitado por suas características
ambientais, para a qual serão especificados seus usos e previstos índices urbanísticos para
controlar sua ocupação.
§ 3° - As zonas não serão sobrepostas e abrangerão a totalidade do território municipal.

55
Art. 169 - As zonas deverão ter as seguintes denominações e conceitos:
I - zonas residenciais - ZRs- são aquelas onde prevalece o uso para moradias
unifamiliares ou multifamiliares e as atividades de apoio ou complementaridade a esse uso,
compatíveis entre si;
II - zonas comerciais - ZCs- são aquelas onde prevalecem as atividades comerciais e de
prestação de serviços, classificadas de acordo com as intensidades dessas atividades,
admitida a incidência de uso residencial e de atividades econômicas ligadas ao setor terciário;
III - zona de indústria -ZI- é aquela onde prevalece a atividade industrial, classificadas
de acordo com seu porte.
IV - zona de indústria e comércio -ZIC- é aquela onde prevalecem as atividades
industriais e comerciais, classificadas de acordo com as intensidades dessas atividades,
admitida a incidência de uso residencial e de atividades econômicas ligadas aos setores
terciário e secundário;
V - zona turística - ZT - é aquela com potencial de ecoturismo. Nesta zona, além do uso
residencial é permitido o uso comercial, serviços e institucional relacionados às atividades
turísticas.
VI - zona recreacional - ZRc- é aquela onde devem prevalecer as atividades
recreacionais com apoio do uso comercial e de serviços relacionados às atividades
recreacionais.
VII - zonas especiais - ZEs- são aquelas que por possuírem usos peculiares ou que
ainda não se definiram quanto ao possível uso futuro, ficam reservadas, a espera de uma Lei
municipal específica para determinar seu uso e ocupação;
VIII - zona de uso agropecuário –ZUAP- é aquela onde prevalecem atividades agrícolas
e de criação animal e aquelas de apoio e complementação compatíveis entre si;
IX - zonas de proteção – são aquelas faixas ao longo seja da linha de alta tensão, às
margens dos cursos de água e das adutoras aonde não se pode construir, ou seja, áreas non
aedificandi.

Parágrafo único – As zonas residenciais quando situadas em áreas de proteção


Ambiental passam a ser reconhecidas como zonas de ocupação controlada, obedecendo a
mesma hierarquia.
Art. 170 - A Lei de uso e ocupação do solo poderá também especificar e incorporar as
unidades de especial interesse criadas ou a criar.
Art. 171 - O uso do solo será controlado pela definição dos usos e atividades adequadas
e inadequadas a cada zona, de acordo com a predominância, em cada zona, de uso
residencial, institucional, comercial, serviços, industrial e agrícola.
Parágrafo único – Constituem diretrizes básicas para a definição do uso do solo no
território municipal:
I - a descentralização das atividades, através de uma política de policentralidade;
II - a predominância de usos na definição das zonas, incentivando a mistura de usos
complementares e diminuindo os deslocamentos;

56
III - o reordenamento do Município levando-se em consideração o potencial e a
existência da infra-estrutura e dos equipamentos urbanos;
IV - a valorização do patrimônio natural e cultural.
Art. 172 – A Lei de uso e ocupação do solo definirá os procedimentos para o
licenciamento de atividades e novas edificações garantindo o respeito ao zoneamento proposto
e estabelecerá normas para a fiscalização, abordando a aplicação de sansões pelo
descumprimento das regras estabelecidas.

Seção XXI
Da legislação de parcelamento do solo urbano
Art. 173 - A Lei de parcelamento do solo será concebida como instrumento
complementar à Lei de uso e ocupação do solo, objetivando criar condições adequadas de
habitabilidade nos loteamentos, remembramentos e desmembramentos em acordo com a
legislação federal pertinente.
Art. 174 - Os lotes resultantes dos projetos de parcelamento ou remembramento
deverão obedecer aos índices urbanísticos da zona onde se situarem, de acordo com a Lei de
uso e ocupação do solo.
Art. 175 - A Lei de parcelamento do solo estabelecerá padrões diferenciados de
parcelamentos, observadas as diretrizes de uso e ocupação do solo.
Art. 176 - Nas zonas agropecuárias ou rurais, o parcelamento do solo obedecerá a
critérios fixados pelo INCRA ou em lei federal específica.

Seção XXII
Da legislação de obras e edificações
Art. 177 - A Lei de obras e edificações tem como objetivo criar normas e orientar as
condições das edificações, de forma a compatibilizá-las com as diretrizes gerais desse plano e
as características específicas de cada zona.
Art. 178 - A Lei de obras e edificações disporá sobre as obras públicas ou privadas de
demolição, reforma, transformação de uso, modificação e construções e deverá prever a
disposição de parâmetros normativos de acessibilidade.

Seção XXIII
Da legislação do meio ambiente
Art. 179 - A Lei municipal do meio ambiente tem como objetivo regular os direitos e
obrigações concernentes à proteção, controle, conservação e recuperação do meio ambiente
no município de Ananindeua, integrando-o ao sistema nacional de unidades de conservação da
natureza garantindo o seu respeito, estabelecendo normas para a fiscalização e abordando a
aplicação de sansões pelo descumprimento das regras estabelecidas.

57
Seção XXIV
Das normas de posturas
Art. 180 – A Lei municipal de posturas tem por objetivo regular o uso e a realização de
atividades em imóveis particulares e de atividades em logradouros públicos, considerando os
interesses e direitos coletivos de toda a comunidade. Será objeto de regulamentação, dentre
outras, as atividades a serem exercidas nos equipamentos comunitários e logradouros
públicos, os horários e condições de funcionamento de estabelecimentos relativamente ao seu
potencial poluidor (sonoro, visual, do ar), da segurança e higiene e a compatibilização com os
parâmetros relativos ao pleno funcionamento das condições de mobilidade urbana.

CAPÍTULO V
Dos Planos Setoriais

Seção I
Do plano diretor setorial de habitação de interesse social
Art. 181 – O plano diretor setorial de habitação de interesse social tem por objetivo
implantar um banco de dados sobre as condições habitacionais das áreas ocupadas por
comunidades de baixa renda que serão objeto de regularização urbanística e fundiária e de
outras áreas que foram parceladas e irregularmente ocupadas. Promover a condição de
habitação e a melhoria das condições de habitabilidade, compreendidas como acesso à
moradia, à urbanização e ao saneamento básico, à saúde, à educação, ao esporte e lazer, ao
transporte coletivo, e sempre que possível ao trabalho, estabelecendo um processo de gestão
habitacional participativo.

Seção II
Do plano setorial de alinhamento e passeio
Art. 182 - O plano de alinhamento e passeio é o instrumento básico do ordenamento da
rede de logradouros públicos, com a finalidade de reservar áreas para a circulação urbana e
promover melhorias na acessibilidade urbana, além de permitir a implantação de projetos
reestruturação da malha viária.

Seção III
Do plano diretor setorial de transporte, acessibilidade e da mobilidade
sustentável
Art. 183 – Do plano diretor setorial de transporte e da mobilidade sustentável tem por
objetivo definir a estrutura urbana, através da malha viária hierarquizada, utilizando para tanto
propostas de novos alinhamentos, propondo novos eixos de transportes coletivos, incluindo a
revisão dos atuais; estabelecendo a integração do sistema rodoviário urbano ao sistema
rodoviário estadual e federal com a definição do sistema de transportes coletivos e seus
circuitos, tornando-o mais eficiente.

58
Parágrafo único - O plano compreende os sistemas viário e hidroviário em todo o
território municipal.
Art. 184 – A mobilidade urbana sustentável deverá ser garantida a partir de um conjunto
de políticas de transporte e circulação que visa proporcionar o acesso amplo e democrático ao
espaço urbano, através das segregações espaciais, socialmente inclusiva e ecologicamente
sustentáveis.
Art.185 – A estrutura urbana deverá ser definida a partir de um sistema viário
hierarquizado, articulado com o sistema viário da região metropolitana de Belém, constituído
por:
I - vias arteriais principais, que integram as áreas ao norte e ao sul da Rodovia BR-316,
inclusive as áreas rurais;
II - vias arteriais secundárias que integram esse subsistema norte-sul e que se
complementam com os corredores estruturais da Região Metropolitana de Belém;
III - vias coletoras que interligam as vias arteriais secundárias e que alimentam os sub-
sistemas;
IV - vias locais ou vias complementares do sistema, priorizando os modos não-
motorizados e coletivos de transporte.
Parágrafo único - Integra também a estrutura urbana, a rede cicloviária básica.
Art. 186 - O sistema hidroviário é constituído pelas 05 (cinco) bacias hidrográficas
existentes no território municipal, devendo ser hierarquizado segundo as condições potenciais
de utilização, a saber:
I - bacia da Ilha João Pilatos;
II - bacia do Furo Maguari;
III - bacia do Rio Maguariaçu;
IV - bacia do Rio Mocajatuba;
V - bacia do Rio Guamá.

físicas Parágrafo único


e funcionais, seus- Integram
acessos também
terrestreso esistema Hidroviário
as suas os portos,
interligações com osuas condições
sistema viário
básico municipal e metropolitano.

Seção IV
Da municipalização do trânsito
Art 187 - O plano da municipalização do trânsito tem por finalidade regulamentar o
comportamento no trânsito no território municipal abrangendo, sinalização visual e sonora,
estacionamentos, velocidades, cruzamentos e infrações.

59
Seção V
Do plano diretor setorial de distribuição de energia elétrica
Art. 188 – O plano diretor setorial de distribuição de energia elétrica tem por finalidade
assegurar a expansão das redes de iluminação pública e energia elétrica tendo como critérios
a distribuição espacial da população e das atividades sócio-econômicas.

Parágrafo
eficiência únicono– plano
estabelecidos A concessionária deverá
e na legislação atender
pertinente em aos preceitos e indicadores de
vigor.

Seção VI
Do plano diretor setorial das Ilhas e do Abacatal
Art.189 – O plano diretor setorial das Ilhas e do Abacatal tem por finalidade assegurar a
proteção e conservação das ilhas e do Abacatal, garantindo a qualidade de vida para as
gerações atuais e futuras.
Seção VII
Do plano diretor geral de saneamento ambiental
Art. 190 - O plano diretor geral de saneamento ambiental tem por finalidade integrar os
objetivos da política urbana, aos objetivos da política de meio ambiente e aos objetivos da
política de desenvolvimento econômico, garantindo o pleno e adequado atendimento dos
serviços de abastecimento d´água, esgotamento sanitário, drenagem de águas pluviais, coleta
e destinação final de resíduos sólidos e controle de vetores cujo detalhamento deverá resultar
no desenvolvimento de planos Diretores Setoriais para cada um destes serviços.
Subseção I
Do plano diretor setorial de abastecimento de água

Art. 191 – O plano diretor setorial de abastecimento de água tem por finalidade
estabelecer as condições para o abastecimento de água tratada para a adequada higiene e
conforto, com quantidade e qualidade compatível com os padrões estabelecidos nas
legislações e normas vigentes para todo o território municipal.
Parágrafo único – A concessionária deverá atender aos preceitos e indicadores de
eficiência estabelecidos no plano e na legislação pertinente em vigor.
Subseção II
Do plano diretor setorial de esgotamento sanitário

Art. 192 - O plano diretor setorial de esgotamento sanitário tem por finalidade de
estabelecer as condições para a coleta de esgotos sanitários domésticos e industrial bem como
a implantação de interceptores, de estações de tratamento e a destinação final de subproduto
e/ou efluente oriundo do processo, em condições ambientais aceitáveis para todo o território
municipal.
Parágrafo único – A concessionária deverá atender aos preceitos e indicadores de
eficiência estabelecidos no plano e na legislação pertinente em vigor.

60
Subseção III
Do plano diretor setorial de drenagem

Art. 193 - O plano diretor setorial de drenagem tem por finalidade estabelecer as
condições para adequado escoamento das águas pluviais, evitando que as mesmas causem
danos ao meio ambiente urbano, devendo para tanto, conter o seguinte conteúdo mínimo:

I - definição das áreas de microdenagem, de mesodrenagem e de macrodrenagem;


II - planejamento, implantação, manutenção, limpeza, licenciamento e fiscalização da
rede de microdrenagem;
III - planejamento das áreas de crescimento urbano;
IV - exigência de implantação de rede de drenagem pelo empreendedor do
parcelamento do solo;
V – organização do cadastro da rede de drenagem, para apoio do planejamento e da
conservação do sistema;
VI – elaboração do plano de drenagem, em colaboração com os demais Municípios da
região metropolitana de Belém;
VII – preservação e conservação dos cursos de água do Município;
VIII – programação e exigência de reflorestamento, quando recomendável, para
garantia da eficácia do sistema de drenagem;
IX – viabilizar o escoamento natural e o reaproveitamento das águas pluviais.

Subseção lV
Do plano diretor setorial de resíduos sólidos

Art. 194 – O plano diretor setorial de resíduos sólidos deverá respeitar a política do meio
ambiente e a política de saneamento para a gestão adequada dos resíduos sólidos de modo a
proteger a saúde humana e o meio ambiente, especificar medidas que incentivem a
conservação e recuperação de recursos naturais e oferecer condições para a destinação final
apropriada dos resíduos sólidos, de acordo com as seguintes diretrizes:
I – executar um diagnóstico atualizado da situação da gestão dos resíduos sólidos no
Município;
II – definir os procedimentos ou instruções a serem adotados na segregação, coleta,
com especial ênfase na coleta seletiva, classificação, acondicionamento, armazenamento,
transporte, transbordo, reutilização, reciclagem, tratamento e disposição final, conforme sua
classificação, indicando os locais onde as atividades serão implementadas;
III – promover ações preventivas e corretivas a serem praticadas no caso das situações
de manuseio incorreto ou acidentes, bem como a fiscalização efetiva nos mercados, feiras ou
quaisquer outras atividades comerciais nas proximidades da orla fluvial sobre a emissão de
efluentes sólidos;

61
IV – definir e descrever medidas direcionadas à minimização da quantidade de resíduos
e ao controle da poluição ambiental, considerando suas diversas etapas – acondicionamento,
coleta, segregação, transporte, trasbordo, tratamento e disposição final;
V – determinar ações voltadas à educação ambiental que estimulem:
VI – a eliminação de desperdícios e a realização de triagem e a coleta seletiva de
resíduos;
VII – o aproveitamento dos resíduos;
VIII – a adoção de práticas ambientalmente saudáveis de consumo;
IX – a conscientização adequada do consumo de produtos e a disposição de resíduos;
X – elaborar um cronograma de implantação das medidas e ações propostas.

Subseção V
Do plano diretor setorial de controle de vetores, animais peçonhentos e pragas
urbanas

Art. 195 – O plano diretor setorial de controle de vetores tem por finalidade estabelecer
o planejamento de ações pontuais de saneamento básico, incluindo campanhas educativas e

atendendo aos critérios de avaliação do quadro sanitário do Município objetivando a reversão e


a melhoria do perfil epidemiológico existente.

Seção VIII
Do plano diretor setorial de arborização
Art. 196 - O plano diretor setorial de arborização tem por objetivo a amenização
climática do Município, através de incentivo à arborização, tanto por iniciativa privada como
pública.

TÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 197 – As condições de uso e ocupação que não estiverem expressamente
reguladas pela presente Lei deverão ser analisadas pelos órgãos municipais competentes e
pelo conselho da cidade.
Art. 198 - Para a consecução dos objetivos e implementação de todas as diretrizes
constantes desta Lei, deve ser elaborado um cronograma de investimentos em obras
estratégicas e prioritárias.
§ 1º - Prioritariamente investimentos devem promover a realização do cadastro técnico
multifinalitário, do cadastro das terras públicas pertencentes ao Município, ao Estado e a União
e o cadastro dos imóveis, objeto de herança jacente e passíveis de incorporação ao patrimônio

público, informações estas de vital importância para a consecução dos objetivos desta Lei.
62
§ 2º – As diretrizes prioritárias e os recursos necessários para a implementação das
mesmas, deverão ser previstos nos planos plurianuais, nas leis de diretrizes orçamentárias e
nos orçamentos anuais.

Art. 199 - Para a implementação das diretrizes previstas para cada política setorial,
devem ser criados mecanismos que permitam a participação dos agentes sociais envolvidos
em todas as fases do processo, desde a elaboração até a implantação e a gestão dos
programas e projetos.

Art. 200 - Os Poderes Executivo e Legislativo municipal devem promover em conjunto


como os Poderes Executivo e Legislativo Estadual e as municipalidades interessadas, as
medidas institucionais e legais cabíveis à determinação pormenorizada dos seus limites
territoriais, objetivando superar as demandas ainda existentes, especialmente em relação aos
Municípios de Belém e de Marituba.

Art. 201 - São parte integrante desta Lei:

Mapa 01 – Estado do Pará Mapa 02 – Meso região metropolitana


Mapa 03 - RMB Mapa 04 – Ananindeua e RMB
Mapa 05 – BR 010 e 316 Mapa 06 – Alça Viária
Mapa 07 – Contexto Rodoviário RMB Mapa 08 – Circulação RMB
Mapa 09 – Hidrovia Capim Guamá Mapa 10 – Evolução Urbana 1
Mapa 11 – Evolução Urbana 2 Mapa 12 – Área conurbada
Mapa 13 – Ananindeua 1950 Mapa 14 – Redefinição de limites
Mapa 15 – Base plani altimétrica Mapa 16 – Ilhas e Continente
Mapa 17 - Relevo Mapa 18 – Bacias hidrográficas
Mapa 19 - Hidrografia Mapa 20 - Geologia
Mapa 21 – Riscos Ambientais Mapa 22 - APA
Mapa 23 – Urbano x Rural Mapa 24 – Densidade demográfica
Mapa 25 – Densidade bairros Mapa 26 - Loteamentos
Mapa 27 – Densidade imobiliária Mapa 28 – Densidade imobiliária bairros
Mapa 29 – Tipos de domicílio Mapa 30 – Setores CPRM
Mapa 31 – CPRM divisão interna Mapa 32 – CPRM divisão final
Mapa 33 – Setores censitários Mapa 34 – Divisão em bairros
Mapa 35 – Divisão em micro áreas Mapa 36 – Divisão unid. de planejamento
Mapa 37 - Uso do solo Mapa 38 – Mapa uso do solo

Mapa 39 – Ocupações regulares Mapa 40 – Ocupações irregulares


63
Mapa 41 – Traçados regulares Mapa 42 – Traçados irregulares
Mapa 43 – Imagem urbana Mapa 44 – CPRM 1991
Mapa 45 – CPRM 2000 Mapa 46 – Variação de pessoas 1991
Mapa 47 – Pessoas domicílios 1991 Mapa 48 – Pessoas domicílios 2000
Mapa 49 – Variação de pessoas Mapa 50 – Espacialização social
Mapa 51 – Situação fundiária Mapa 52 – Setores sub normais
Mapa 53 – Áreas de ocupação Mapa 54 – Rede viária básica
Mapa 55 – Circulação básica Mapa 56 – Rede viária proposta
Mapa 57 – Rede cicloviária proposta Mapa 58 – Portos fluviais e hidrovias
Mapa 59 – Abastecimento de água Mapa 60 – Redes de abastecimento
Mapa 61 – Esgotamento sanitário Mapa 62 – Destino do lixo
Mapa 63 – Depósitos de lixo Mapa 64 – Linhas de transmissão
Mapa 65 – Equip. educação Mapa 66 – Escolaridade responsáveis
Mapa 67 – Equip. saúde Mapa 68 - Praças
Mapa 69 – Lazer e esporte Mapa 70 – Equip. religiosos
Mapa 71 – Equip. segurança Mapa 72 – Equip. públicos
Mapa 73 – Cemitérios Mapa 74 - Expl. de recursos naturais
Mapa 75 – Pólos de abastecimentos
Art. 202 - Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação no Diário Oficial do
Município, revogando-se as disposições em contrário.

GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE ANANINDEUA, em 28 de setembro de 2006.

HELDER ZAHLUTH BARBALHO


Prefeito Municipal de Ananindeua

64

Você também pode gostar