R - e - Renan Macari Falleiros
R - e - Renan Macari Falleiros
R - e - Renan Macari Falleiros
CURITIBA
2014
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RENAN MACARI FALLEIROS
CURITIBA
2014
2
AGRADECIMENTOS
3
RESUMO
4
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 06
2 OBJETIVO....................................................................................................................... 10
3 MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................................... 11
3.1 COLETA DE DADOS ..................................................................................................... 11
3.2 ÁREA DE ESTUDO ....................................................................................................... 11
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................................... 13
4.1 ASPECTOS DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL ......................................................... 13
4.2 PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL ................................................................. 14
4.3 PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL ................ 15
4.4 GERENCIAMENTO DO CANTEIRO DE OBRAS........................................................... 17
4.5 SUPERVISÃO AMBIENTAL DAS FRENTES DE OBRAS .............................................. 17
5 DIRETRIZES PARA FORMATAÇÃO DO GUIA DE BOAS PRÁTICAS AMBIENTAIS .... 19
5.1 LICENCIAMENTO AMBIENTAL ................................................................................... 19
5.2 COMUNICAÇÃO SOCIAL............................................................................................. 21
5.3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL .................................... 22
5.4 CANTEIROS DE OBRAS .............................................................................................. 25
5.5 FRENTES DE OBRAS .................................................................................................. 25
5.6 PREVENÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS ................................................................ 27
6. RECOMENDAÇÕES FINAIS .......................................................................................... 29
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................... 30
5
1 INTRODUÇÃO
Nos anos 60, Curitiba tinha uma população de pouco mais de 430.000
habitantes e alguns engenheiros já temiam que o crescimento da população
mudasse drasticamente as características da cidade (Wikipedia, 2013). O aumento
do número de pessoas vivendo nas grandes cidades, a contínua sobrecarga nos
recursos, infraestrutura e instalações urbanas, além dos profundos impactos
causados no meio ambiente têm por consequência principal, a deterioração da
qualidade de vidadas pessoas. Os problemas relacionados à mobilidade acabam por
agravar ainda mais este quadro (Costa, 2003).
A prioridade ao transporte coletivo público e universalização da mobilidade,
promovendo a diversidade de modais de transporte e a acessibilidade são alguns
ideais da Prefeitura Municipal de Curitiba – PMC. Assim como, hierarquizar o
sistema viário, de forma a propiciar o melhor deslocamento de veículos e pedestres,
atendendo as necessidades da população, do sistema de transporte coletivo,
individual e de bens (Curitiba A, 2011; Curitiba, 2004).
No início da década de 70 foram implantadas as primeiras linhas de
transporte coletivo no município, mas somente em 1974 que foram criados os
primeiros eixos de ligação entre a periferia e o centro da cidade. Os eixos Norte e
Sul eram ligados ao centro, através de linhas expressas, com ônibus exclusivos e
linhas alimentadoras, integradas por terminais. Este sistema comportava 54 mil
passageiros por dia. Ao longo dos anos, novas linhas foram incorporadas e em
1980, com a implantação do novo eixo leste e oeste definia-se a Rede Integrada de
Transportes – RIT de Curitiba, consolidada pela utilização da tarifa única de
integração para toda a rede (IPPUC, 2013).
Para suportar a população atual de Curitiba e região metropolitana, que
passa de 3,4 milhões de habitantes, a RIT apresenta atualmente 23 terminais de
ônibus, abrange 14 municípios e transporta em média 2,3 milhões de passageiros
por dia (URBS, 2013).
Visando a melhoria da qualidade de vida da população e aumento da
competitividade econômica do município, é que a PMC tem investido continuamente
em obras públicas de ampliação da rede de transporte e mobilidade urbana. Estes
investimentos implicam em melhor eficácia do transporte público e viário (velocidade,
6
conforto e segurança), aumento da capacidade de usuários, maior fluidez do tráfego
e melhoria do sistema de semaforização, dando prioridade para o transporte coletivo
(BID, 2007).
Uma das formas que a PMC vem utilizando para angariar recursos para
realização das obras, é a busca por financiamentos externos. Com linhas de
financiamento em habitação, desenvolvimento social, transporte e mobilidade
urbana, o Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID é um dos grandes
parceiros da PMC, apoiando, atualmente, o terceiro programa de benfeitorias para a
cidade (BID, 2007). Outro órgão financiador é a Agência Francesa de
Desenvolvimento – AFD, que apoia projetos com enfoque em melhoria do
transporte, mobilidade urbana e principalmente, desenvolvimento ambiental (AFD,
2010). O Governo Federal, através do Ministério das Cidades, também financia
obras em Curitiba, realizando o repasse de verba através da Caixa Econômica
Federal.
Alguns órgãos financiadores exigem de contrapartida do município, que este
invista a mesma quantia de dinheiro do valor financiado. O BID, por exemplo, exige a
construção de obras de habitação para famílias de baixa renda, quando é
necessária a desocupação de áreas invadidas que serão atingidas pela obra. Para
gestão dos programas financiados, o banco exige a criação de uma Unidade
Técnica Administrativa de Apoio Gerencial – UTAG pelo mutuário (AFD, 2011).
Em Curitiba, existe um regimento de conduta de novos projetos passando
por vários órgãos municipais. Estudos e contratações de novos projetos para
melhoria e ampliação da RIT estão sob responsabilidade do Instituto de Pesquisa e
Planejamento Urbano de Curitiba- IPPUC em parceria com a Secretaria de
Planejamento - SEPLAN, a qual busca financiamentos e faz o planejamento
orçamentário da cidade. A execução das obras é realizada por meio da Secretaria
Municipal de Obras Públicas (SMOP), onde um fiscal avalia as medições mensais e
aprova aspectos técnicos da obra. Fica a cargo da Secretaria Municipal de Meio
Ambiente (SMMA) a responsabilidade pela emissão das licenças ambientais; a
Companhia de Habitação (Cohab), é responsável pelo reassentamento de famílias
em áreas de invasão. A Secretaria Municipal de Administração (SMAD) é
responsável pelas desapropriações de lotes atingidos pelas obras. Finalmente, são
as empreiteiras contratadas, através de processos licitatórios geridos pela UTAG,
que de fato executam as obras.
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A prefeitura de Curitiba iniciou em 2003 o Programa de Transporte Urbano
de Curitiba, denominado BID II, com financiamento do Banco Interamericano de
Desenvolvimento (BID, 2002). Uma das prerrogativas do Banco para a liberação de
pagamento era a emissão de um atestado de conformidade ambiental mensal para
cada obra financiada. Foi contratada uma empresa terceirizada para prestação deste
serviço e, dessa forma, subsidiar a UTAG na emissão do atestado e orientá-la no
gerenciamento ambiental do Programa. A equipe era formada por uma
coordenadora e duas especialistas ambientais e ficava lotada dentro da SMOP.
Também foram contratadas empresas de consultoria para realização dos serviços de
Supervisão Ambiental das diferentes obras e que atuavam diretamente com as
empreiteiras.
Neste período, o trabalho da equipe de gerenciamento ambiental da UTAG
baseava-se em fazer cumprir o Plano Básico Ambiental – PBA e coordenar os
serviços de supervisão ambiental das empresas contratadas. O PBA tratava-se de
um documento, criado a partir de estudos de impactos ambientais, contratados pela
SMMA, na região da Linha Verde (eixo metropolitano) e era o instrumento norteador,
proposto pelo BID, para o gerenciamento e supervisão ambiental das obras. Este
documento apresentava programas ambientais, sendo: comunicação social,
educação ambiental, supervisão ambiental, recuperação ambiental e controle de
emissões sonoras e atmosféricas, que abrangiam todos os impactos ambientais que
as obras poderiam causar (BID, 2002).
O êxito da implantação do programa BID II oportunizou a continuidade de
financiamentos pelo Banco e no ano de 2010, um novo programa foi iniciado.
Denominado de Programa Integrado de Desenvolvimento Social e Urbano de
Curitiba (BID Pró-cidades), apresentava um valor de US$100 milhões, sendo 50% de
contrapartida do município (BID, 2010). O objetivo deste programa é: promover
habitação, desenvolvimento social, transporte e mobilidade urbana e tem o prazo de
cumprimento estipulado em cinco anos, estando vigente até a presente data (BID,
2007).
Também entrou em vigor, naquele ano, outro programa, denominado
Programa de Recuperação Ambiental e Ampliação da Capacidade da rede Integrada
de Transporte (RIT) – Projeto Qualidade Curitiba, com financiamento de R$94.770
milhões da Agência Francesa de Desenvolvimento - AFD (Curitiba, 2010; AFD,
8
2010). Este possui objetivos similares ao do Programa BID Pró - cidades, porém
com um viés para o desenvolvimento ambiental (PGAS, 2010).
Em consequência da aprovação do programa da AFD, foi decretada a
criação da Unidade Gerenciamento de projetos - UGP, assim como a UTAG, já
existente, consolidou a UTAG-UGP onde a mesma equipe é responsável pela
gestão dos dois Programas (IPPUC,2010). A UTAG-UGP está ligada ao IPPUC
(Curitiba, 2009).
A UTAG – UGP tem sob sua responsabilidade o gerenciamento do contrato
de empréstimo entre o município e o órgão financiador, sendo o principal interlocutor
entre eles. Esta unidade gestora é responsável pela gestão financeira e contábil dos
diferentes programas, além da coordenação do gerenciamento e supervisão
ambiental, prestados por empresas terceirizadas.
O termo de compromisso de contratação de serviços de gerenciamento e
supervisão ambiental estabelecem as atribuições da equipe ambiental. Neste
documento consta que o trabalho da equipe consiste em estabelecer mecanismos
de gestão ambiental visando o apoio ao monitoramento dos aspectos legais e
administrativos. Também tem como responsabilidade o acompanhamento direto das
obras, controle e supervisão das normas e especificações, do cumprimento aos
programas ambientais, da minimização dos impactos negativos sobre o meio
ambiente, dos níveis de segurança na execução das obras e do atendimento às
demais condições contratuais e institucionais (IPPUC, 2010).
A elaboração de material técnico para a fundamentação do trabalho da
supervisão ambiental em obras públicas é muito importante para consolidar lacunas
da legislação ambiental que não são cumpridas pelo desconhecimento dos agentes
envolvidos, além de definir corretas ações e cuidados ambientais.
Este trabalho faz um levantamento de informações e estabelece diretrizes
para a fundamentação de um guia de boas práticas ambientais para execução de
obras públicas. Busca-se, apresentar as informações e orientações de forma
objetiva, sistemática e esclarecedora para que as ações sejam corretas e efetivas.
9
2 OBJETIVO
10
3 MATERIAIS E MÉTODOS
11
FIGURA 1 – Localização das obras supervisionadas no município de Curitiba.
12
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
13
acima de tudo um desconhecimento quanto as corretas autorizações e aos
procedimentos a serem tomados.
Conforme consta nos contratos de licitação das obras, é obrigatória, por
parte da empreiteira executora, a contratação de um profissional na área de meio
ambiente que seja responsável pela retirada de licenças ambientais e da supervisão
ambiental da obra.
14
nos casos das invasões irregulares, foram realizadas reuniões com as famílias em
conjunto com a COHAB, para tratar da relocação das famílias ou da desocupação de
parte dos terrenos.
Estavam presentes nestas reuniões o engenheiro civil responsável pela
obra, para responder perguntas de caráter técnico, o fiscal de obras, encarregados
do trecho e os especialistas ambientais. Foram apresentados os projetos e os
materiais de divulgação da obra como folders e panfletos, para esclarecimento da
população. Também foram registradas inúmeras solicitações de correções de não
conformidades ambientais. As reclamações e os problemas foram registrados na
forma de um relatório de não conformidade ambiental definido como comunicado
ambiental. Posteriormente os comunicados ambientais foram repassados ao fiscal
da obra e à empreiteira para tomada de providências. Caso este processo não
gerasse nenhuma ação, era então emitido um relatório de ocorrência ambiental -
ROA, como fator de não emissão do atestado de conformidade ambiental até que as
não conformidades fossem resolvidas.
Os Programas de Gestão Ambiental (BID PROCIDADES) e de Gestão
Ambiental e Social do Parque Linear do Rio Barigui, previam um programa voltado à
comunicação social e outro à educação ambiental para a comunidade e os
trabalhadores da obra. Estes programas em suas diversas etapas (fases pré,
durante e pós obra) buscavam integrar a população nas atividades da obra e inserir
os conceitos de educação ambiental como ação preventiva nas fases de
implantação dos empreendimentos. Embora tenham sido observados esforços da
Prefeitura em cumprir as etapas previstas nas obras, devido a grande demanda de
trabalho e a pouco recurso aplicado, poucas foram concluídas.
15
Os resíduos de solo quando não puderam ser reaproveitados na própria
obra, foram enviados para áreas de destinação final, devidamente licenciadas pela
SMMA. Em alguns casos eram áreas de interesse de aterro da PMC, como foi o
caso do Parque do Centenário Japonês, na época em execução.
Os resíduos de concreto da Linha Verde Norte foram enviados para uma
empresa recicladora, a qual transforma o resíduo em bloco de concreto novamente,
que pode ser utilizado na construção de casas. Neste caso é importante que o
concreto destinado para a empresa não esteja contaminado com solo e que também
não sejam blocos muito grandes de concreto armado, para que possa ser
processado.
Quando foram realizadas escavações em vias asfaltadas, dificilmente os
resíduos de asfalto eram separados, portanto todo este material escavado foi
destinado para o mesmo local. Nestes casos um dos desafios de se fazer a correta
destinação dos resíduos de asfalto é separar o material, sendo que este se constitui
em finas placas de asfalto que se quebram e se misturam com o solo no momento
da escavação. É importante explicar aos trabalhadores que fazendo a correta
triagem o material poderá ser reutilizado. O ideal é que se crie uma equipe para
executar esta tarefa, inserindo esta atividade no cronograma de execução da obra.
Os resíduos do corte da vegetação assim como restos de formas e
compensados foram destinados para empresas processadoras que transformam o
resíduo em cavaco para fornos de alta temperatura.
Finalmente os resíduos orgânicos, plásticos, papel e outros recicláveis, por
terem sido gerados em menor quantidade são destinados pelo próprio serviço de
coleta de resíduos sólidos da Prefeitura e Curitiba. Em determinados dias da
semana é feita a coleta de lixo orgânico e outro dia o lixo reciclável.
A Resolução Nº 307 do Conselho Nacional do Meio Ambiente(CONAMA) e a
Política Nacional de Resíduos Sólidos(PNRS) atribui responsabilidades
compartilhadas aos geradores, transportadores e gestores municipais quanto ao
gerenciamento dos resíduos da construção civil.
16
4.4 GERENCIAMENTO DO CANTEIRO DE OBRAS
18
5 DIRETRIZES PARA FORMATAÇÃO DO GUIA DE BOAS PRÁTICAS
AMBIENTAIS
19
encontrados no endereço eletrônico
http://www.curitiba.pr.gov.br/conteudo/legislacao-smma/347. OQUADRO 1apresenta
um resumo de todas as licenças e autorizações, assim como a lei que instrui o
processo de solicitação à SMMA.
20
intervenções com pequeno potencial
de impacto ambiental.
Autorização de Autoriza a movimentação de solo, tal
Execução de Aterro - como nivelamento e corte de solos,
ATT aterro com a utilização de resíduos da
construção civil pertencentes à classe
A, de acordo com as definições
constates na resolução CONAMA N.⁰
307/2002, ou outras que venham
substituí-la ou complementá-la, em
terrenos públicos ou particulares,
temporários ou definitivos e que sejam
atingidos por área de APP, possuam
vegetação e/ou área de APA.
Autorização de Portaria N.⁰ 010/2012 Autoriza o corte de vegetação, sejam
Remoção Vegetal - ARV árvores isoladas ou bosques.
Autorização de Portaria N.⁰ 006/2012 Autoriza a execução de obras em
Execução de Obras - áreas atingidas por árvores, bosques,
AEO áreas de APP e/ou APA.
QUADRO 1– Apresentam as licenças ou autorizações, suas respectivas leis instrutivas e suas
funções.
Sugere-se que antes do início das obras sejam realizadas visitas técnicas
nas áreas para definição de locais de canteiro, averiguação do atingimento da
vegetação e locais de aterro. É importante que estas visitas sejam realizadas com a
presença dos engenheiros responsáveis, especialistas ambientais, quando houver, e
se possível com a equipe de topografia para locar o atingimento do projeto. Assim
que estes dados tenham sido coletados fica a cargo da empreiteira protocolar os
pedidos de autorizações ambientais o quanto antes para não atrasar o andamento
das obras.
21
inserindo a comunidade nas etapas de execução da obra. Obras urbanas alteram o
modo de vida dos usuários, além de gerarem expectativas na comunidade,
principalmente quanto a segurança de seu patrimônio, especulação imobiliária,
dúvidas de atingimento das obras e do projeto construtivo.
Audiências públicas são o primeiro passo para esclarecimento de dúvidas e
informação da população. Em seguida, reuniões com multiplicadores, que são
pessoas de grande influência e contato com a comunidade, geralmente líderes
comunitários, líderes religiosos, donos de empreendimentos e comerciantes locais,
também são muito importantes para que as informações da obra atinjam toda a
comunidade. Para que estas reuniões sejam mais efetivas é interessante a criação
de materiais de divulgação como folders com fotos, mapas e croqui da obra.
Inserir placas de identificação do empreendimento trazendo os seguintes
dados: nome do empreendimento, valor da obra, órgão financiador e prazo de
conclusão. Realizar ações de divulgação da obra em parceria com outros órgãos
públicos ou privados (secretarias, associações de moradores, igrejas e etc.)
Quando a atividade a ser realizada utilizar maquinários de grande impacto
sonoro e visual, recomenda-se que os moradores sejam avisados das atividades
com um dia de antecedência. É importante observar o cumprimento dos níveis de
emissões sonoras nos finais de semana. A empreiteira deve comprometer-se em
manter a acessibilidade segura aos usuários, nos locais de obras sempre que
possível e também permitir o acesso de veículos nas residências.
24
5.4 CANTEIROS DE OBRAS
Canteiros de obras devem privar pelo cuidado com o meio ambiente ao seu
entorno, pela saúde, segurança e bem-estar dos trabalhadores e moradores
vizinhos. Desta forma, devem ser providos de estruturas que previnam impactos
ambientais negativos como caixas de coleta de óleos e graxas, lixeiras seletivas e
caixas de lavagem de ferramentas. Também devem apresentar um ambiente limpo e
saudável para os trabalhadores principalmente os sanitários e refeitório.
Todas as áreas de serviço do canteiro de obras devem ser identificadas com
o tipo de atividade que esta sendo realizada, por exemplo, marcenaria, pintura, solda
e etc. Nestas áreas devem também estar identificados os trabalhadores habilitados
para determinadas atividades, principalmente quando se trata de ferramentas
perigosas como motosserras e solda.
Para o correto funcionamento dos canteiros, estes devem ser providos de
insumos como luz, água e esgoto. Desta maneira, a Companhia de iluminação do
Paraná – Copel e a de Saneamento, Sanepar, devem ser acionadas para autorizar
as ligações nos canteiros. No caso dos canteiros móveis, estes devem apresentar
ligação com a rede de esgoto, devidamente autorizadas e devem ser abastecidos
com água potável pela empreiteira, em caso de não haver uma forma de ligação
com a rede de água.
25
obras ou o Engenheiro responsável. Em todos os casos, é importante que o fiscal da
obra seja notificado para ficar ciente das ações que estão acontecendo e em alguns
casos aprovar a tomada de atitude. Recomenda-se também definir vistorias
semanais com o especialista ambiental da empreiteira para resolução e
levantamento de não conformidades e estabelecimento de rotinas de trabalho.
Antes de iniciar as obras é importante mapear e marcar o atingimento das
árvores para que não sejam cortadas mais que o necessário. Assim como é
importante ater-se a relevância ecológica (nativa, grande porte, produtora de
sementes, protegida por lei, etc.) de determinada espécie e nestes casos sugerir um
estudo de adaptação do projeto para evitar o corte desta espécie.
Muitas atividades próximas a rios ou corpos d’água podem causar impactos
ambientais, como assoreamento, erosão e contaminação. Recomenda-se a
implantação de estruturas para prevenir estes impactos ambientais como, por
exemplo, contenção de taludes e contenção contra queda de sedimentos nos rios.
As atividades de escavação de solo podem ser bastante impactantes, além
de danificar o sistema radicular de árvores, esta atividade é a que mais danifica
equipamentos urbanos como rede de água, esgoto e fiação elétrica. Desta maneira
é importante que haja um acompanhamento ambiental rigoroso sobre esta atividade.
Recomenda-se que sejam designados profissionais das empresas de
fornecimento (Sanepar, Copel, telefonia, etc.) para prestar um serviço prioritário às
obras, não deixando os moradores sem o serviço por muito tempo. Caso estas
interferências sejam programadas, é fundamental que a população atingida seja
informada da data e tempo estimado da interrupção do serviço.
É fundamental que a empreiteira mantenha o acesso de veículos para os
moradores e os caminhos dos pedestres seguros e sinalizados. Em alguns casos,
como por exemplo, da Linha Verde Norte, onde houve uma escavação de quase
cinco metros em frente às residências, foi impossível manter o acesso de veículos às
casas locais, neste caso a empreiteira alugou um terreno próximo para servir como
estacionamento para estes moradores atingidos.
É muito comum durante as obras o bloqueio de ruas e o desvio de trânsito.
Nestes casos recomenda-se que a empreiteira informe a população sobre os
horários, datas previstas e rotas alternativas de desvio de trânsito, assim como deve
consultar a Secretaria de Trânsito sobre a correta sinalização a ser empregada.
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Recomenda-se que todas as áreas com serviços já executados ou em
execução devam estar devidamente sinalizadas e adequadas (remoção de materiais
inservíveis, eliminação de buracos e desníveis, etc) para não oferecer riscos aos
usuários. Assim como devam ser implantadas placas de orientação do tipo: obras na
pista, homens trabalhando, risco de acidente, cuidado, entre outras, e também
objetos para bloqueio de pista como: manilhas, blocos de concreto e sinalização
noturna, sem atrapalhar o trânsito.
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FIGURA 2 – Caixa de sedimentação de resíduos de concreto para limpeza de ferramentas
6 RECOMENDAÇÕES
29
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AFD. CONTRATO Nº AFD CBR 3005 01K. Contrato de Linha de crédito com a
Agência Francesa de Desenvolvimento. Programa de recuperação ambiental e
ampliação da capacidade da RIT. Em 19 de julho de 2011.
31
e Planejamento Urbano de Curitiba e o consórcio Concremat-Vega. Em 30 de
dezembro de 2010.
URBS. http://www.urbs.curitiba.pr.gov.br/transporte/estatisticas,Consulta em 17
de setembro de 2013.
WIKIPEDIA, 2013.http://pt.wikipedia.org/wiki/Rede_Integrada_de_Transporte,
consulta em 17 de setembro de 2013.
32