Um Novo Equlíbrio Mundial
Um Novo Equlíbrio Mundial
Um Novo Equlíbrio Mundial
Em 1918, quando a Primeira Guerra Mundial termina, a Europa apresenta um novo quadro
geopolítico. Os impérios alemão, austro-húngaro e otomano desmoronam-se, dando origem a
novos estados (povos antes oprimidos alcançam a sua independência). Os países vencedores
ampliam as suas fronteiras, enquanto os países derrotados perdem territórios. A situação é
especialmente gravosa na Alemanha vencida que, sujeita às humilhantes cláusulas do Tratado
de Versalhes, se vê obrigada ao pagamento de indemnizações de guerra, à perda de todas as
suas colónias, à cedência de territórios e à redução do exército e do armamento.
A 28 de junho de 1919 é criada a Sociedade das Nações (SDN), com base na proposta do
presidente dos Estados Unidos da América, Wilsom.
O Pacto da Sociedade das Nações, que deveria mediar os conflitos e manter a paz entre os
Estados, viria, contudo, a falhar na sua missão, em boa parte devido à forma como foi
instituído pelos países signatários.
A Sociedade das Nações não conseguiu representar a globalidade dos países. Na sua
constituição, os Estados derrotados foram excluídos, pondo em causa a sua
neutralidade.
Os Estados Unidos da América foram outra ausência notória na Sociedade das
nações.
A paz entre os países não foi totalmente estabelecida, pois os vencidos sentiram-se
humilhados e os acordos elaborados pelos vencedores foram-lhes simplesmente
impostos sem qualquer oportunidade de reformulação.
Alguns dos países vencedores ficaram insatisfeitos com as compensações, as chamadas
reparações de guerra e os territórios concedidos.
Os Tratados de Paz não respeitaram todas as minorias nacionais
Para financiara guerra, recorreu-se à emissão maciça de notas, o que provocou uma
desvalorização que se refletiu numa subida generalizada dos preços (inflação).
Assim, a balança comercial era deficitária e como era necessário reconstruir a economia e ter
acesso a matérias-primas, recorreu-se a empréstimos junto dos Estados Unidos, o que levou à
acumulação de dívidas e, inevitavelmente, à dependência face aos Estados Unidos.
No entanto, a difícil restabelecimento económico dos países europeus favoreceu a ascensão
dos Estados Unidos, porque, além de e continuarem a produzir e a exportar normalmente ao
longo da guerra, foram eles que disponibilizaram os meios financeiros necessários à
reconversão económica da Europa, que requeria constantemente empréstimos aos seus
bancos.
Até 1917 a Rússia era um vasto Império governado pelo czar Nicolau II, o qual detinha
um poder absoluto.
A sociedade russa era muito hierarquizada: a nobreza e o clero eram grupos
privilegiados, os camponeses muito pobres e a burguesia tinha pouco poder.
Revolução de Fevereiro
Revolução de Outubro
O Regresso de Lenine impulsionou uma nova revolução que visava a retirada imediata da
Rússia da guerra, que foi prometida e não cumprida pelo governo provisório, a confiscação dos
bens dos proprietários e a entrega do poder aos sovietes.
Tudo isto despoletou inevitavelmente uma guerra civil, entre duas forças adversas, como
sendo os soldados vermelhos (bolcheviques) e os brancos (moncheviques).
Neste conflito, saiu vencedor o Exército Vermelho, devido ao rancor da população em relação
aos antigos privilegiados.
Comunismo de guerra
Em 1921, a economia russa estava em ruína, uma vez que o sistema produtivo apresentava
níveis baixos, havia muita miséria e muita fome e a política do país também não favorecia o
seu desenvolvimento industrial e económico. Assim Lenine substituiu o Comunismo de guerra
pela Nova Política Económica (NEP), com o propósito de garantir a independência económica
e repor os níveis de produção. A NEP permitiu a exploração privada das terras, os camponeses
passaram a poder produzir e a vender os seus excedentes no mercado, a desnacionalização
das empresas mais pequenas e o investimento estrangeiro. A Rússia conseguiu aumentar os
níveis de produtividade e modernizou-se, conseguindo assim a recuperação da economia.
Com o fim da I Guerra Mundial a sociedade procurou esquecer as agruras provocadas pelo
conflito, despertando a consciência de que era necessário viver a vida e aproveitá-la ao
máximo. Torna-se imperativo chocar a sociedade de modo a romper com o passado.
Procurando viver intensamente cada dia surge uma nova cultura do o ócio e do lazer orientada
para o consumo e para a diversão noturna, sobrepondo-se ao trabalho. A vida urbana começa
a ser marcada por novos hábitos socias, que incluem novos espaços para a fruição como os
cafés, cinemas, salões de baile, recintos desportivos, entre outros.
Neste contexto adota-se o ritmo da vida frenética, patente no gosto de experimentar emoções
fortes.
Face à guerra, as mulheres ganharam mais poder, pois tinham de substituir os homens
enquanto estes estavam na guerra, tendo sido capazes de superar as suas fraquezas e
sobreviver sozinhas, na ausência de figuras masculinas, assim as mulheres conquistam a sua
emancipação, tornando-se mais livres e independentes.