Rumba Flamenca - Lu Barcelos
Rumba Flamenca - Lu Barcelos
Rumba Flamenca - Lu Barcelos
La Singla (Antonita)
O flamenco é a música, o canto e a dança cujas
origens remontam às culturas cigana e mourisca,
com influência árabe e judaica.
Ele reflete a cultura da Andaluzia (sul de Espanha)
e ao longo dos anos foi reconhecido mundialmente,
refletindo a mais conhecida expressão da cultura
espanhola de origem cigana.
Originalmente, o flamenco consistia apenas
de canto (cante) sem acompanhamento. Depois,
começou a ser acompanhado por violão
ou guitarra (toque), palmas, sapateado e dança
(baile).
A Dança Flamenca tem influência moura em sua
dominação espanhola e os ciganos. Nos
movimentos dos quadris e dos braços criam uma
atmosfera de mistério e sensualidade tipicamente
moura árabe, e nos sapatos, batidas dos pés e
palmas influencia gitana.
A bailaora, deve estar sempre atenta à canção, pois
sentindo a música os movimentos começam a
surgir.
Categorias do Flamenco
• Flamenco Jondo: é a forma mais tradicional do
flamenco e que significa profundo, denso ou
pesado. Está relacionado aos primeiros cantes e
que perduram em sua maioria até os dias de hoje.
• Flamenco Chico: são todas as formas de espírito
festeiro com as bulerías, rumbas, tangos e alegrias e
que não possui a mesma profundidade que no
"jondo".
• Flamenco Intermedio: são todas as formas que se
encontram entre as duas categorias acima.
Muitos dos detalhes do desenvolvimento do
flamenco foram perdidos na história da Espanha e
existem várias razões para essa falta de evidências
históricas:
Os tempos turbulentos dos povos envolvidos na
cultura do flamenco. Os mouros, os ciganos e
os judeus foram perseguidos pela inquisição
espanhola em diversos tempos;
Os ciganos possuíam principalmente uma cultura
oral. As suas músicas eram passadas às novas
gerações através de atuações em comunidade;
O flamenco não foi considerado uma forma
de arte, sobre a qual valesse a pena escrever
durante muito tempo. Durante a sua existência, o
flamenco esteve dentro e fora de moda por
diversas vezes.
Alaúde antigo
Ainda é possível encontrar em outros folclores da
Andaluzia o instrumento bandurria, uma espécie
intermediária entre o alaúde e a guitarra flamenca.
Bandurria
"Cantor espanhol", quadro de 1860 de Édouard
Manet
Guitarra Flamenca
A Rumba é integrada ao grupo de “Ida y Vuelta”, ou
“Hispano-americano” dentro da árvore genealógica
do Flamenco. É a mais recente aquisição do
Flamenco e entra no ramo dos Tangos, porém com
o ritmo harmônico de Cuba. Levou vários nomes
como rumbitas, rumbas, chuflas, até mesmo de
Milonga (embora seja outro ritmo que acaba em
rumbas) no início do séc. XX
Assim como nas “Bulerías”, as letras das Rumbas
entra todo tipo de tema. Tudo se pode cantar desde
as emoções simples e nostálgicas até a ironia e o
deboche.
Mencionando novamente, na Árvore do flamenco a
Rumba pertence às canções de ida e volta, músicas
que divergiram no novo mundo. Originou-se de
ritmos cubanos. No século 19, houve um grande
comércio entre os portos de Cádiz, Sevilha e do
porto de Havana. Comerciantes, trabalhadores,
toureiros, cantores de flamenco entre eles muitos
ciganos viajaram de Espanha para Cuba e de Cuba
para a Espanha com frequência. Nessa troca, não
apenas suprimentos foram transportados, mas
também ritmos, canções e danças. A Rumba
Flamenca nasce deste intercâmbio cultural, surgiu
de ritmos cubanos que os espanhóis trouxeram
para a Espanha. Seu estilo é derivado da influência
da rumba afro-cubano, e algumas influências afro-
peruana com o cajón (instrumento de percussão
que teve sua origem no Peru colonial).
Depois que foi trazida de volta de Cuba à Espanha
ainda no século 19, foi modificada para ser tocada
com guitarras, palmas, batidas no corpo,
castanholas e cajón. É de domínio total entre os
ciganos espanhóis e é dançada em todas ocasiões
festeiras entre eles.
"A MODERNIZAÇÃO"
Desde os anos sessenta os criadores da rumba
flamenca e rumba catalana começaram a
modernizar o seu som. Incorporaram elementos da
música pop internacional. É este estilo de rumba
que alcançou fama mundial. O grupo Gypsy Kings
(França) foi um dos primeiros grupos que levaram
este tipo de rumba ao público internacional. As
influências deste estilo de rumba são bem
misturadas. Os artistas incorporaram elementos de
rock, soul, funk, rhythm & blues, salsa e outros
estilos de música pop. Alguns artistas se afastaram
da guitarra e das palmas. Começaram a usar
instrumentos semelhantes da salsa e de outros
estilos modernos, mas ainda mantém a essência em
suas melodias. Outros artistas como Paco de Lucía e
Camarón de la Isla, voltaram às raízes da rumba
flamenca. Suas rumbas são modernas. Mas mantêm
a essência flamenca na guitarra, na voz e a forte
influência do som cubano, no ritmo e no caráter.
RUMBA CATALANA A rumba catalã ou catalana é
um gênero que se desenvolveu na comunidade
cigana na cidade catalã de Barcelona desde meados
dos anos 50, tendo ritmos derivados da música
cubana, influenciada pela rumba flamenco e rock &
roll. Nascida nas comunidades de ciganos Catalão
nos bairros de Gracia, El Raval e Hostafrancs é
considerada o pop cigano espanhol.
A rumba catalana é conhecida pela sua “batida
ventilador”. A história da origem dessa batida não é
muito clara, dizem que foi tocada pela primeira vez
por um cigano em casamentos ciganos, outros
dizem que foi o pai de Antonio González (El
Pescaílla) que ensinou para ele.
De qualquer forma, é bastante aceito que foi a
família de Pescaílla que “empurrou” a rumba catalã
na década de 40 e 50.
Assim Pescaílla foi considerado o pai da rumba
catalã e se tornou o rei da rumba catalã.
RUMBA ANDALUZA
(outro termo para Rumba na Espanha)