Sermão de Santo António Aos Peixes
Sermão de Santo António Aos Peixes
Sermão de Santo António Aos Peixes
Repreensões:
. É pequeno, mas quer parecer grande, por isso ronca muito;
. Quer parecer maior e mais importante do que aquilo que é, mas quando tem de agir, acobarda-se.
Exemplo:
. Golias.
Alegoria:
. Presunção, arrogância, soberba e orgulho.
PEGADOR
Repreensões:
. Pequeno, pega-se ao maior, vive do maior de forma parasitária.
. Alimenta-se e faz-se carregar pelo peixe maior;
. Se algum dos peixes maiores morre, o pegador morre com ele.
Exemplos:
. Portugueses (colonos do Maranhão).
Alegoria:
. Parasitismo, oportunismo e preguiça.
VOADORES
Repreensões:
. Usa os seus dotes naturais para se exibir;
. É peixe, mas também quer ser ave e por isso sofre os perigos dos dois elementos, o que o leva à morte.
Exemplos:
. Ícaro.
Alegoria
. Ambição, vaidade, ostentação, presunção.
POLVO
Repreensões:
. Usa o seu poder de camuflagem para atrair presas e traí-las.
. Parece brando inofensivo, no entanto, ataca as suas vítimas de forma traiçoeira e sem escrúpulos.
Exemplos:
. Judas (é menos traidor do que o polvo);
. Camaleão: muda de cor por «gala», por solenidade;
Alegoria:
. Traição, falsidade.
D. Madalena de Vilhena
Casada de 1as núpcias com D. João de Portugal (desaparecido em Alcácer Quibir, 7 anos de busca), e depois com
D. Manuel de Sousa Coutinho;
Grande humanidade enquanto mãe: preocupação constante com Maria (precocidade, crença sebastianista e doença);
Vive numa grande angústia e agitação emocional.
Consciente — desde o monólogo inicial, em que há uma comparação com Inês de Castro — da sua condenação à
infelicidade.
Dominada pelo terror e pelo medo, teme o regresso de D. João.
A dimensão do terror em que vive é acentuada:
o pelas palavras de Telmo;
o pelo sebastianismo de Telmo e Maria;
D. Maria de Noronha
Precoce e matura para a idade;
Frágil de saúde;
Bondosa, sensível;
Interesses intelectuais: estuda, lê e escreve e é interessada por livros de história;
Sebastianista e patriota: admiração pelo rei e crença no seu regresso, que poderá salvar a pátria do domínio espanhol;
Não consegue chegar às espectativas do pai;
Detentora de um conhecimento especial, quase místico, muito pouco comum para a sua idade;
A sua condição física de tuberculosa estimula a sua curiosidade e torna-a ainda mais apta para um conhecimento
especial das coisas.
Telmo Pais
Amigo e confidente de D. Madalena;
Tratado como um pai por D. Madalena e Maria;
Fiel ao seu 1º amo;
Sebastianista;
Incapaz de esquecer o passado.
História da família de Manuel de Sousa Recriação dos factos em Frei Luís de Sousa
• D. Madalena, viúva com 3 filhos, casa com Manuel de Sousa • D. Madalena, alegadamente viúva e sem filhos, casa com
Coutinho, de quem tem uma filha. Manuel de Sousa Coutinho, de quem tem a filha Maria.
• D. João de Portugal morre em Alcácer Quibir. • D. João de Portugal não morre em Alcácer Quibir e regressa
para denunciar o novo casamento de D. Madalena.
• Manuel de Sousa Coutinho incendia o seu palácio por achar • Manuel de Sousa Coutinho incendia o seu palácio por
indigno da sua condição de fidalgo ser forçado a alojar os patriotismo quando os governadores ao serviço de espanha
governadores. pretendem nele instalar-se.
• Manuel de Sousa Coutinho e D. Madalena ingressam em • Manuel de Sousa Coutinho e D. Madalena abraçam a vida
conventos, muito provavelmente por devoção religiosa religiosa para expiar a culpa de o seu casamento estar
manchado pelo pecado.
•A filha de Manuel de Sousa Coutinho e D. Madalena morre • A filha de Manuel de Sousa Coutinho e D. Madalena, Maria,
antes dos pais professarem. morre quando os pais professam.