O documento discute os desafios do saneamento básico e acesso à água no Brasil, destacando a escassez hídrica, desigualdades socioeconômicas, e impactos da falta de infraestrutura na pandemia da Covid-19. A gestão territorial descentralizada e participativa é apontada como caminho para garantir o acesso universal à água.
O documento discute os desafios do saneamento básico e acesso à água no Brasil, destacando a escassez hídrica, desigualdades socioeconômicas, e impactos da falta de infraestrutura na pandemia da Covid-19. A gestão territorial descentralizada e participativa é apontada como caminho para garantir o acesso universal à água.
O documento discute os desafios do saneamento básico e acesso à água no Brasil, destacando a escassez hídrica, desigualdades socioeconômicas, e impactos da falta de infraestrutura na pandemia da Covid-19. A gestão territorial descentralizada e participativa é apontada como caminho para garantir o acesso universal à água.
O documento discute os desafios do saneamento básico e acesso à água no Brasil, destacando a escassez hídrica, desigualdades socioeconômicas, e impactos da falta de infraestrutura na pandemia da Covid-19. A gestão territorial descentralizada e participativa é apontada como caminho para garantir o acesso universal à água.
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CAPÍTULO 06
Grupo 7 Gabriel Gaspar (13668340) Isabela Moda (13668170) Isabela Moraes (13668361) Luiza Storti (13668159) Yasmim Fernandes (13668354)
Saneamento básico e acesso à água
O capítulo 6 trata não só sobre saneamento básico mas também o abastecimento de água e o esgotamento sanitário. As questões se norteiam por um lado socioeconômico, procurando compreender de que forma esses fatores podem impactar no acesso ao saneamento básico e água potável.
A ESCASSEZ
Atualmente a água já está sendo considerada escassa no planeta Terra, isto é, o
uso necessário para a manutenção de todas as vidas já ultrapassa a quantidade de água contida na natureza, tanto sua quantidade como sua qualidade se mostram insuficientes. Sua qualidade foi prejudicada devido à poluição vinda do grande desenvolvimento de indústrias e empresas, as grandes poluidores mundiais, impulsionadas pelo enorme consumo estimulado pelo capitalismo. E sua quantidade já não se revela suficiente devido ao grande contingente populacional. Para Fracalanza e Sinisgalli (2009) a água se mostra como uma necessidade social. As relações de poder construídas socialmente determinam o uso e apropriação da água, fazendo com que esse recurso seja dominado por um pequeno grupo de pessoas, levando a má distribuição que salienta as desigualdades sociais e os conflitos. O texto traz como exemplo de conflito a crise de abastecimento de água de 2014 a 2016 na região metropolitana de São Paulo (RMSP), quando o período de seca impossibilitou o carregamento dos reservatórios de São Paulo. Esse cenário fez com que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP) racionar o abastecimento público de água, impactando principalmente nas camadas sociais mais baixas
Desafios de categorização
Na legislação brasileira a água é apresentada como um domínio público, sendo
insubstituível e essencial à vida. A água, em teoria, não é uma propriedade, podendo ser usada por todos os indivíduos, ainda que o uso de alguns impossibilite o uso de outros. Por outro lado, a Legislação Brasileira atribui valor econômico à água, dando ao recurso uma ideia de mercadoria. Portanto, existe uma dualidade na forma de considerar a água no Brasil. Considerando esta como pública e essencial à vida e também, permitindo que a mesma seja engarrafada e comercializada. Abordamos então a questão da injustiça hídrica. Todos devem ter acesso à água, mas só aqueles que possuem condição de pagar realmente acessam o serviço de qualidade. A parcela populacional mais vulnerável fica à mercê do uso de água, em qualidade e quantidade, enquanto as camadas financeiramente mais estáveis conseguem usufruir de um sistema de qualidade. Por isso, é indiscutível que a gestão das águas é de suma importância para a redução dos impactos da desigualdade socioeconômica quando se trata do acesso à água.
Desafios de gestão do território
A gestão então deve começar nas bacias hidrográficas, áreas de drenagem de um
rio e seus afluentes, visando a descentralização e integração. A formação dos Comitês de Bacia Hidrográfica representa uma evolução de participação e democratização do acesso igualitário à água que se dá a partir de três segmentos: Estado, sociedade civil e usuários.
Desafios em territórios desiguais
O saneamento básico, segundo a legislação brasileira, compreende quatro
aspectos: abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto, resíduos sólidos e drenagem. A água potável e o esgotamento sanitário são partes dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, desenvolvido pela Organização das Nações Unidas (ONU), que a partir deste objetivo visa garantir acesso à água potável e rede de esgoto para todos. No Brasil, os dados são expressivos, apenas 48,1% do esgoto produzido é coletado e tratado. Os números ficam ainda piores quando analisamos a diferença nas regiões brasileiras, o norte e o nordeste possuem números baixos de acesso ao saneamento básico se comparado às regiões sudeste e sul, mostrando a discrepância das regiões de um mesmo país. Resultando em problemas de saúde pública e injustiça ambiental e hídrica. Em 2022 foi instituído o Marco Legal do Saneamento Básico, apresentando metas na melhora do acesso no país até 2033. Mas esse projeto apresenta algumas falhas ao abordar a privatização do uso da água e o acesso ao esgotamento sanitário, indo contra o que a própria legislação entende como o recurso, universal e essencial para todos. Submeter o saneamento básico à uma lógica capitalista evidencia a falta de zelo com as camadas mais vulneráveis que não poderão arcar com o sistema, perpetuando a realidade de desigualdades, pobreza, doença e desemprego que atingem à população.
A PANDEMIA DA COVID-19
A pandemia iniciada em 2020 no Brasil salientou ainda mais as problemáticas
resultantes da desigualdade social e econômica no país. O acesso desigual à água potável impacta consideravelmente na saúde da população brasileira, visto que ações de higiene básica como lavar os alimentos antes de consumi-los, lavar as mãos e o acesso ao esgoto encanado são de extrema importância para a proteção contra doenças. Abordando especificamente a Covid-19, o acesso à água se faz muito importante para evitar o contato com o vírus. As regiões periféricas mostraram maior número de exposição e contágio à doença. Revelando a enorme vulnerabilidade das camadas populares, também dependentes do sistema público de saúde, que chegou próximo ao colapso devido ao enorme número de indivíduos positivos para a Covid. O acesso ao saneamento básico deve ser universal, garantindo qualidade de vida igualitária para a população, reduzindo os impactos de doenças à saúde pública. Para que esse objetivo seja alcançado se faz necessário que o Estado tome providências, investindo em planejamentos que tenham como foco levar a qualidade de vida para as pessoas independente de classe social.