Movimentos
Feministas
“PELA MAIOR PARTE DA HISTÓRIA, ‘ANÔNIMO’ FOI UMA MULHER.”
Virginia Woolf, escritora.
Se tem relatos que no século XV (15) e XVIII (18) o aparecimento de dénuncias da
condição de opressão das mulheres, tendo como principal fator a superioridade e a
dominação imposta pelos homens.
Em 1791, a revoluncionária Olímpia de Gouges compôs uma célebre declaração,
proclamando que a mulher possuía direitos naturais idênticos aos dos homens e que, por
essa razão, tinha o direito de participar, direta ou indiretamente, da formulação das leis e
da política em geral. Embora tenha sido rejeitada pela Convenção, a declaração de Gouges é
o símbolo do feminismo racionalista e democrático que reivindicava igualdade política
entre os gêneros masculino e feminino.
O movimento feminista emancipacionista, no século XIX (19), o feminismo teve um novo
recomeço, em um contexto diferente: o da sociedade liberal europeia que emergia. O núcleo
irradiador desse movimento foi a Inglaterra, e a luta centrava-se na obtenção de igualdade
jurídica (direito de voto, de instrução, de exercer uma profissão ou poder trabalhar), onde
as leis em vigor formalizavam juridicamente as diferenças entre os sexos masculino e
feminino. Os escritos do pensador Stuart Mill ganharam destaque ao propor o princípio
geral de emancipação das mulheres a partir da abolição das desigualdades no núcleo
familiar, da admissão das mulheres em todos os postos de trabalho e da oferta de instrução
educacional do mesmo nível que estava ao alcance dos homens. No transcurso do século
XIX (19) e início do século XX (20), foi se mais pensado, formulado e debatido o assunto que
produziu maior números de livros e obras sobre o tema.
O movimento feminista contemporâneo surgiu nos EUA (Estados Unidos), na segunda
metade da década de 1960, e se alastrou para diversos países industrializados entre 1968 a
1977, incluindo o Brasil. Inspirados nas ideias iluministas , tais como Revolução Francesa e
Revolução Americana, concentravam sua luta, na busca por mais direitos políticos e sociais,
ou seja, a luta pela “libertação” da mulher, educação feminina, direito de voto, abolição
dos escravos, e hoje em dia a luta delas é pela equiparação do direito das mulheres ao dos
homens ( jurídicos, políticos e econômicos). Uma característica desse movimento é a
proeminência de intelectuais e lideres do sexo feminino, entre as quais figuram: Simone
Beauvoir, Betty Friedan e Kate Millet.
Conquistas do feminismo no
Brasil: uma linha do tempo
Lei Lei O A
1 autoriza ás 1autoriza o 1primeiro 1Os 1 2 importunação
É sexual
8 mulheres 8acesso ás 9partido 9primeiros 9aprovada a 0 feminina
a faculdades político votos de passou a ser
2 frequentar 7para as 1feminino é 3mulheres 7Lei do
divórcio.
1 considerada
crime.
7 à escola. 9mulheres. 0criado. 2no Brasil. 7 8
Causa dos movimentos feministas:
O movimento feminista foi causado, pois o objetivo era para que as mulheres deixassem de ser vítimas
de diversas formas de opressão social, fazendo com que a sociedade as trate de forma igualitária, mais
justa, ou seja de forma humana.
Com as mudanças trazidas pela Revolução Francesa (as ideias iluministas), fizeram com que as mulheres
tomassem consciência das desigualdades a que eram submetidas e pouco a pouco, questionassem a
estrutura social e começassem a lutar para diminuir a desigualdade de direitos entre homens e mulheres.
Esse período ficou conhecido como a “Primeira onda do feminismo”, onde eram ligadas a direitos
políticos, à liberdade de escolha das mulheres e ao direito a usufruir da vida pública. Foi nesta primeira
onda que surgiu o movimento sufragista, elas lutavam por mais igualdade, pelo direito ao voto e de
serem votadas, e então começaram a se questionar os seus papéis na sociedade, em relação à
responsabilidade pela casa e família como sua única função.
Já na segunda onda não mudou muita coisa, somente os objetivos delas se intensificaram, mas, passaram
a questionar qualquer forma de submissão e desigualdade que enfrentavam na sociedade, porém, a
liberdade sexual e a maternidade foram os tópicos mais abordados, e disso surgiu-se uma ideia da
coletividade, a ideia de várias mulheres se unirem em prol de um objetivo para conduzir a mudança na
sociedade.
Por fim veio a terceira onda e pode ser definida pela procura da plena liberdade de escolha. Além da luta
por direitos específicos , esse movimento também abre espaço para que as mulheres possam questionar e
discutir as relações e as decisões relativas às suas vidas, principalmente sobre questões que nem sempre
são discutidas de forma natural na sociedade por serem alvo de escrutínio público.
Consequências dos movimentos
feministas:
As consequências do movimento feminista foi que
conseguiram mudar diversas sociedades e grande parte de
suas estruturas políticas. É possível estabelecer relações de
causa e consequências entre a mudança do papel social da
mulher e o avanço de pautas feministas.
Mas em certos momentos o feminismo, em sua terceira fase,
estava sendo considerado um movimento de ódio aos
homens e a família. Os grupos passaram a defender apenas
algumas mulheres, e não todas.
Joana D’arc:
A donzela de Orleans ou, como também era chamada, santa e heroína francesa, nasceu em uma família
de camponeses abastados, a infância de Joana D’arc foi vivida durante o sangramento conflito da Guerra
dos Cem Anos e aos 17 anos tornou-se líder do exército francês. Em 30 de maio de 1430, ela foi
capturada pelos ingleses e julgada por ser mulher e estar em um cargo que na época somente homem
poderia, foi acusada de heresia, feitiçaria e possessão demoníaca, ou seja, falavam que ela era uma
“bruxa”, pois não era comum ela ter um cargo tão alto e ser do gênero feminino naquela época, e então
foi morta queimada em uma fogueira aos seus 19 anos. Porém, perante a Igreja Católica, ela foi
reabilitada em 1456 e, em 1920, o Papa Bento XV a canonizou.
Joana D’arc nos trouxe a visão de que podemos ser o que quiser e ter o cargo que quiser, mesmo que só
homem poderia ser e ter, temos que ser diferentes, e fazer diferente, ou seja, não deixar que a população
nos obriguem a serem o que elas quiserem que nós sejamos, sem nos dar a mínima oportunidade de
escolhermos o que bem queremos, somente querendo nos rotular.
Como está o
feminismo atualmente:
Atualmente, existem várias organizações no Brasil que defendem a equiparação
do direito das mulheres aos dos homens. Igualmente há organizações específicas
de feministas negras, indígenas, homossexuais, trans, etc...
Inclusive , existem movimentos de mulheres que são contra o feminismo.
O feminismo indígena, lésbico e transfeminismo, são exemplos de feminismo
interseccionais. Já se tem também o feminismo radical onde se prega a abolição da
ideia de gênero, para as adeptas dessa vertente, o próprio conceito de gênero
carrega as iniquidades estruturais que recaem sobre o ser mulher.