Módulo 7

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Módulo 7.

Eu, a sociedade e a cultura (24 Horas)


OBJETIVOS

No final da unidade os formandos deverão ser capazes de:


 Conhecer os direitos humanos fundamentais.
 Falar de direitos e deveres laborais.
 Interpreta e produz textos orais e escritos sobre a temática do ambiente, cuidados de saúde e comportamentos
saudáveis.

CONTEÚDOS
 Direitos, liberdades, atitudes e cidadania
o Direitos humanos fundamentais
o Direitos laborais
o Meio ambiente e saúde
Direitos Humanos
O que são os direitos Humanos?

Os Direitos Humanos são um conjunto de leis, vantagens e


prerrogativas que devem ser reconhecidas como essências pelo indivíduo
para que este possa ter uma vida digna, ou seja, que não seja inferior ou
superior aos outros porque é de um sexo diferente, porque pertencem a uma
etnia diferente, ou religião, ou até mesmo por pertencerem a um
determinado grupo social. São importantes para que se tenha uma
convivência em paz.
São também um conjunto de regras pelas quais não só o Estado deve
seguir e respeitar, como também todos os cidadãos a ele pertencentes.
A função dos Direitos Humanos é proteger os indivíduos das
arbitrariedades, do autoritarismo, da prepotência e dos abusos de poder. Eles
representam a liberdade dos seres humanos, e o seu nascimento está ligado
ao individualismo das sociedades que se foi criando ao longo dos tempos, e
por consequência levou á necessidade de limitar o poder do Estado sobre os
indivíduos, fazendo com que o respeitasse e aos seus interesses. Desta forma
estão associados a uma ideia de civilização, de democracia, que em conjunto
refletem uma ideia de igualdade e de dignidade para todos os seres
humanos.
A História dos Direitos Humanos já vem desde há algum tempo, pois
eles começaram e ter alguma importância no final do Séc. XVIII, pelos
filósofos Hobbes e Locke e depois mais tarde por Montesquieu, Voltaire e
Rousseau. Estes filósofos cimentaram a existência de direitos naturais
inalienáveis, tais como a existência, a liberdade, a posse de bens, e deram
uma nova conceção de obediência, limitando desta maneira a domínio do
Estado. A partir daí, os direitos humanos começaram a evoluir a começaram
também a ter uma carga diferente nos programas dos governos e passaram a
traduzir-se em declarações dos direitos fundamentais comuns a toda a
Humanidade. Existem diversos valores desses direitos particulares,
individuais, naturais, inalienáveis e intransferíveis, que ainda hoje estão
longe de ser adquiridos por todos os seres humanos.
Uma das grandes referências de todas as constituições políticas dos
estados liberais é o articulado da Declaração dos Direitos do Homem e do
Cidadão de 1789, que deu uma influencia ao garantir a liberdade pessoal, a
igualdade em direitos, a propriedade, a segurança e a resistência à opressão.
Valores como a dignidade humana, a igualdade perante a lei, a
liberdade de pensamento, e de um governo democrático são hoje
considerados os princípios básicos da ética política e social, pois estes
valores, de origem judaico-cristã, representam os ideais político-júridicos e
filosóficos duma sociedade que se está a transformar e a transformar o
mundo.
A II Guerra Mundial foi um acontecimento até o qual muitos dos
direitos Humanos não foram respeitados, e foi quando houve, como que
uma revolta para que esses direitos fossem aplicados a todos os indivíduos a
quem não tinham sido aplicados até então. Após este acontecimento foi
criada uma declaração (Declaração Universal dos Direitos do Homem) que
visa estabelecer a paz entre as nações e o consenso entre os povos.
Há quem se refira a esta declaração como a maior prova dada até
hoje do consenso entre os povos, como por exemplo Norberto Bobio.
Ele argumenta que desde que a declaração acima referida foi
aprovada em quarenta e oito estados, foi considerada como inspiração e
orientação para o crescimento da comunidade internacional, com o objetivo
de tornar a comunidade num Estado, e de tornar também os indivíduos
livres e iguais, o que representa um facto novo na história, pois, pelas
primeira vez, um sistema de princípios fundamentais da conduta humana foi
livremente aceite pelas maioria dos habitantes da Terra e é universal pois a
sua validade e a sua capacidade para comandar o futuro dos Homens foi
expressamente declarado.
 

Porque surgiram os Direitos Humanos?

Sendo assim, podemos considerar, que numa primeira circunstância


os Direitos Humanos surgiram devido à necessidade de proteção da
população perante a ação e a prepotência do Estado sobre eles, ou seja, era
uma maneira de afirmar a estabilidade e a segurança perante os abusos de
poder, sendo estes direitos designados por “direitos de”.
Numa segunda circunstância, em que a preocupação e o combate
pelos direitos humanos atendem uma visão mais positiva da governação do
Estado e do cumprimento das suas funções, que eram agora de assegurar as
condições e os recursos necessários para que cada um se torne indivíduo e
membro da comunidade, e é neste sentido que nos referimos quando
lutamos pelo direito á educação, ao trabalho e à assistência médica. São por
isso designados como “direitos a” ou “direitos-créditos”.
 

Os Direitos Humanos são apenas algo abstrato, que não se aplica?

Não, os direitos são também aplicados no quotidiano das nações e


das comunidades, e estão todos emanados na ONU, que confirmam os
direitos de minorias ou de grupos mais desfavorecidos. Um exemplo disso é
a Convenção Europeia dos Direitos do Homem-1950, declaração sobre a
Concessão da Independência aos Países e Povos Colonizados-1963, entre
outros.
Na maioria das nações, tal como acontece em Portugal, os textos
constitucionais estabelecem as proteções mínimas que possibilitam ao
indivíduo viver uma vida digna, ou seja, consta um conjunto dos direitos
essências que todas as autoridades devem de respeitar. Assenta-se assim um
princípio de legitimação para que o cidadão tenha um reconhecimento
jurídicos junto das instituições sociais. Deste modo, são deliberados o
direito á satisfação das necessidades vitais (alimentação, habitação,
assistência na doença e na educação); o direito a usufruir de liberdades
políticas e civis (liberdade de pensamento, religião e associação); respeito
pela integridade do indivíduo como um só; a igualdade perante a lei; entre
outros.
 

Existe unanimidade no reconhecimento dos direitos humanos?

Hoje em dia sim, existe uma grande unanimidade no que diz respeito
ao reconhecimento dos Direitos Humanos, mas nem sempre assim foi, pois
nos países ditos civilizados, o processo em nada foi pacifico e isento de
conflitos, e só muito lentamente esses estados foram reconhecendo a
dignidade a que todos merecem, independentemente dos pais, raça, cor, etc..
E também por aqueles países que seguem uma religião cujas regras
estão bem definidas e veiculadas, também foi (e ainda é) difícil de
reconhecerem estes direitos a que a todos deveriam de ser aplicados, pois
estes países seguem, de certo modo, o fundamentalismo (regresso á pureza
das tradições de uma cultura, à origem, àquilo que suporta a identidade
cultural ameaçada).
 

Existe ainda alguma relutância contra estes Direitos?

Em muitas regiões do planeta não são ainda cumpridos os Direitos


do Homem, pois estes vão contra a tradição, a religião e o comportamento
social, o que impede os indivíduos de obterem o que lhes é devido, pondo
em causa a validade universal destes mesmos direitos.
Na verdade, o que foi decretado nas Declarações acima referidas não
são praticadas, não passando assim, em muitas ocasiões, de frases escritas
num papel. Podemos comprovar isso com os constantes casos de torturas,
prisões, invasões de domicílio, etc.
O que acontece em muitos casos é que são denunciadas essas
situações que ocorrem em determinados países, mas depois não há quem
queira julgar esses atos. Todos o vêm, todos o sentem, mas ninguém é capaz
de punir os culpados e de proteger quem não se sabe defender.

Declaração Universal dos Direitos Humanos 


Proclama a presente Declaração Universal dos Direitos do Homem como ideal
comum a atingir por todos os povos e todas as nações, a fim de que todos os indivíduos
e todos os órgãos da sociedade, tendo-a constantemente no espírito, se esforcem, pelo
ensino e pela educação, por desenvolver o respeito desses direitos e liberdades e por
promover, por medidas progressivas de ordem nacional e internacional, o seu
reconhecimento e a sua aplicação universal e efetivos tanto entre as populações dos
próprios Estados membros como entre as dos territórios colocados sob a sua jurisdição.

Artigo 1.º

Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de


razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.

Artigo 2.º

Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades proclamados na


presente Declaração, sem distinção alguma, nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de
língua, de religião, de opinião política ou outra, de origem nacional ou social, de
fortuna, de nascimento ou de qualquer outra situação. Além disso, não será feita
nenhuma distinção fundada no estatuto político, jurídico ou internacional do país ou do
território da naturalidade da pessoa, seja esse país ou território independente, sob tutela,
autónomo ou sujeito a alguma limitação de soberania.

Artigo 3.º

Todo o indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.

Artigo 4.º

Ninguém será mantido em escravatura ou em servidão; a escravatura e o trato dos


escravos, sob todas as formas, são proibidos.

Artigo 5.º

Ninguém será submetido a tortura nem a penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou


degradantes.

Artigo 6.º
Todos os indivíduos têm direito ao reconhecimento em todos os lugares da sua
personalidade jurídica.

Artigo 7.º

Todos são iguais perante a lei e, sem distinção, têm direito a igual proteção da lei.
Todos têm direito a proteção igual contra qualquer discriminação que viole a presente
Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação.

Artigo 8.º

Toda a pessoa tem direito a recurso efetivo para as jurisdições nacionais competentes
contra os atos que violem os direitos fundamentais reconhecidos pela Constituição ou
pela lei.

Artigo 9.º

Ninguém pode ser arbitrariamente preso, detido ou exilado.

Artigo 10.º

Toda a pessoa tem direito, em plena igualdade, a que a sua causa seja equitativa e
publicamente julgada por um tribunal independente e imparcial que decida dos seus
direitos e obrigações ou das razões de qualquer acusação em matéria penal que contra
ela seja deduzida.

Artigo 11.º

1. Toda a pessoa acusada de um ato delituoso presume-se inocente até que a sua
culpabilidade fique legalmente provada no decurso de um processo público em
que todas as garantias necessárias de defesa lhe sejam asseguradas.
2. Ninguém será condenado por ações ou omissões que, no momento da sua
prática, não constituíam ato delituoso à face do direito interno ou internacional.
Do mesmo modo, não será infligida pena mais grave do que a que era aplicável
no momento em que o ato delituoso foi cometido.
Artigo 12.º

Ninguém sofrerá intromissões arbitrárias na sua vida privada, na sua família, no seu
domicílio ou na sua correspondência, nem ataques à sua honra e reputação. Contra tais
intromissões ou ataques toda a pessoa tem direito a proteção da lei.

Artigo 13.º
1. Toda a pessoa tem o direito de livremente circular e escolher a sua residência no
interior de um Estado.
2. Toda a pessoa tem o direito de abandonar o país em que se encontra, incluindo o
seu, e o direito de regressar ao seu país.
Artigo 14.º

1. Toda a pessoa sujeita a perseguição tem o direito de procurar e de beneficiar de


asilo em outros países.
2. Este direito não pode, porém, ser invocado no caso de processo realmente
existente por crime de direito comum ou por atividades contrárias aos fins e aos
princípios das Nações Unidas.
Artigo 15.º

1. Todo o indivíduo tem direito a ter uma nacionalidade.


2. Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua nacionalidade nem do direito
de mudar de nacionalidade.
Artigo 16.º

1. A partir da idade núbil, o homem e a mulher têm o direito de casar e de


constituir família, sem restrição alguma de raça, nacionalidade ou religião.
Durante o casamento e na altura da sua dissolução, ambos têm direitos iguais.
2. O casamento não pode ser celebrado sem o livre e pleno consentimento dos
futuros esposos.
3. A família é o elemento natural e fundamental da sociedade e tem direito à
proteção desta e do Estado.
Artigo 17.º

1. Toda a pessoa, individual ou coletivamente, tem direito à propriedade.


2. Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua propriedade.
Artigo 18.º

Toda a pessoa tem direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião; este


direito implica a liberdade de mudar de religião ou de convicção, assim como a
liberdade de manifestar a religião ou convicção, sozinho ou em comum, tanto em
público como em privado, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pelos ritos.

Artigo 19.º

Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o


direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem
consideração de fronteiras, informações e ideias por qualquer meio de expressão.

Artigo 20.º
1. Toda a pessoa tem direito à liberdade de reunião e de associação pacíficas.
2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação.
Artigo 21.º

1. Toda a pessoa tem o direito de tomar parte na direcção dos negócios públicos do
seu país, quer directamente, quer por intermédio de representantes livremente
escolhidos.
2. Toda a pessoa tem direito de acesso, em condições de igualdade, às funções
públicas do seu país.
3. A vontade do povo é o fundamento da autoridade dos poderes públicos; e deve
exprimir-se através de eleições honestas a realizar periodicamente por sufrágio
universal e igual, com voto secreto ou segundo processo equivalente que
salvaguarde a liberdade de voto.
Artigo 22.º

Toda a pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segurança social; e pode
legitimamente exigir a satisfação dos direitos económicos, sociais e culturais
indispensáveis, graças ao esforço nacional e à cooperação internacional, de harmonia
com a organização e os recursos de cada país.

Artigo 23.º

1. Toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha do trabalho, a condições


equitativas e satisfatórias de trabalho e à proteção contra o desemprego.
2. Todos têm direito, sem discriminação alguma, a salário igual por trabalho igual.
3. Quem trabalha tem direito a uma remuneração equitativa e satisfatória, que lhe
permita e à sua família uma existência conforme com a dignidade humana, e
completada, se possível, por todos os outros meios de proteção social.
4. Toda a pessoa tem o direito de fundar com outras pessoas sindicatos e de se
filiar em sindicatos para a defesa dos seus interesses.
Artigo 24.º

Toda a pessoa tem direito ao repouso e aos lazeres e, especialmente, a uma limitação
razoável da duração do trabalho e a férias periódicas pagas.

Artigo 25.º

1. Toda a pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para lhe assegurar e à
sua família a saúde e o bem-estar, principalmente quanto à alimentação, ao
vestuário, ao alojamento, à assistência médica e ainda quanto aos serviços
sociais necessários, e tem direito à segurança no desemprego, na doença, na
invalidez, na viuvez, na velhice ou noutros casos de perda de meios de
subsistência por circunstâncias independentes da sua vontade.
2. A maternidade e a infância têm direito a ajuda e a assistência especiais. Todas as
crianças, nascidas dentro ou fora do matrimónio, gozam da mesma proteção
social.
Artigo 26.º

1. Toda a pessoa tem direito à educação. A educação deve ser gratuita, pelo menos
a correspondente ao ensino elementar fundamental. O ensino elementar é
obrigatório. O ensino técnico e profissional deve ser generalizado; o acesso aos
estudos superiores deve estar aberto a todos em plena igualdade, em função do
seu mérito.
2. A educação deve visar à plena expansão da personalidade humana e ao reforço
dos direitos do homem e das liberdades fundamentais e deve favorecer a
compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e todos os grupos
raciais ou religiosos, bem como o desenvolvimento das atividades das Nações
Unidas para a manutenção da paz.
3. Aos pais pertence a prioridade do direito de escolher o género de educação a dar
aos filhos.
Artigo 27.º

1. Toda a pessoa tem o direito de tomar parte livremente na vida cultural da


comunidade, de fruir as artes e de participar no progresso científico e nos
benefícios que deste resultam.
2. Todos têm direito à proteção dos interesses morais e materiais ligados a qualquer
produção científica, literária ou artística da sua autoria.
Artigo 28.º

Toda a pessoa tem direito a que reine, no plano social e no plano internacional, uma
ordem capaz de tornar plenamente efetivos os direitos e as liberdades enunciados na
presente Declaração.

Artigo 29.º

1. O indivíduo tem deveres para com a comunidade, fora da qual não é possível o
livre e pleno desenvolvimento da sua personalidade.
2. No exercício destes direitos e no gozo destas liberdades ninguém está sujeito
senão às limitações estabelecidas pela lei com vista exclusivamente a promover
o reconhecimento e o respeito dos direitos e liberdades dos outros e a fim de
satisfazer as justas exigências da moral, da ordem pública e do bem-estar numa
sociedade democrática.
3. Em caso algum estes direitos e liberdades poderão ser exercidos contrariamente
aos fins e aos princípios das Nações Unidas.
Artigo 30.º

Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada de maneira a


envolver para qualquer Estado, agrupamento ou indivíduo o direito de se entregar a
alguma atividade ou de praticar algum ato destinado a destruir os direitos e liberdades
aqui enunciados.

A Globalização

O que é a globalização?

Globalização significa basicamente que, hoje mais do que nunca, os


grupos e as pessoas interagem diretamente através das fronteiras, sem que
isso envolva necessariamente os Estados. Isto acontece devido á nova
tecnologia e ainda porque os estados descobriram que se promove mais a
prosperidade soltando as energias criadoras das pessoas do que
acorrentando-as, pretendendo assim o desenvolvimento tecnológico das vias
e meios de comunicação. 
 

Quais as consequências da globalização?

Este fenómeno mudou radicalmente a vida de toda a humanidade.


Do ponto de vista dos direitos humanos, um aspeto positivo é a força
de comunicação global ao atuar como um despertador da consciência cívica
e política internacional. Muitos dos casos de violação dos direitos humanos,
são hoje resolvidos graças à denúncia mediática. A comunicação social tem
aqui um lugar de relevo, pode ser o fator de maior pressão a nível
governamental na tentativa de correção ou intervenção em situações de
ameaça desses mesmos direitos. É importante referir também que a
globalização nem sempre é sinónimo de progresso social, países há (por
exemplo nos nórdicos) são motivo de opressão, pois aí os canais televisivos
retratam um pais que não tem nada a ver com aqueles onde a população
vive, o que prejudica a luta pelos seus direitos.
Do ponto de vista cultural a partilha de informação foi melhorada, no
entanto a aldeia global teve um impacto negativo, pois verifica-se que tal
poderá levar a uma massificação e estandardização, e a um mundo cada vez
uniformizado.
As tecnologias pelo mundo estão mal “divididas”. Existem zonas
onde ainda não chegaram, outras onde só as pessoas de maior importância
lhe têm acesso e outras ainda onde embora existindo grande parte da
população não tem conhecimento disso.
No entanto, existem países que pelo facto de serem muitos
desenvolvidos no que diz respeito ás tecnologias, a maioria da sua
população e também em termos de informação e comunicação têm fácil
acesso ás mesmas.
Outro aspeto negativo da globalização é a dependência que temos
dos “gigantes” americanos, pois se para estes a crise chegar, por
arrastamento , todos os outros sofrerão também.
 
 

Conclusão

Por todos os argumentos acima referidos, podemos concluir que


cabe-nos a nós, cidadãos de todo o mundo denunciar o que achamos que
está mal, mesmo que não lucremos nada com isso, nem que não seja para
nosso beneficio, não podemos pensar apenas em nós, devemos pensar
também nas outras pessoas que estão para nascer, e que vão viver no mundo
que nós recriamos, eles não podem ser sacrificados pelos erros que nós
cometemos, eles não têm a culpa dos nossos atos.
Em suma, a globalização tanto pode promover os Homens, a sua
dominação, o esgotamento da diferença e a uniformização cultural, como
aproximar os Homens e as culturas entre si.

“Só saberemos que a Globalização está de facto a promover a


inclusão a e permitir que todos partilhem as oportunidades que oferece,
quando os homens, mulheres e crianças comuns das cidades e aldeias do
mundo inteiro puderem melhorar a sua vida. E é essa a chave para eliminar
a pobreza do mundo.”
Kofi Annan 

Direito Laboral
Meio ambiente e saúde

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