7032-Texto Do Artigo-23673-1-10-20220512
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1 O OBECI é uma comunidade de apoio ao desenvolvimento profissional, criada em 2013, que envolve 6 escolas de
Educação Infantil (3 públicas e 3 privadas) e que tem como objetivo a promoção e a sustentação da transformação
dos contextos educativos. Para saber mais, ler Fochi (2019).
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modo como os bebês utilizavam para se relacionar com os objetos que oferecíamos a eles.
Em nossos encontros do OBECI, passo a chamar atenção sobre esse ethos dos bebês e
alterno a adjetivação dele entre lúdico, exploratório e investigativo. No entanto, nessa oportu-
nidade de formular uma reflexão a respeito, percebo que o conceito de ethos lúdico já acolhe
a dimensão exploratória e investigativa da qual me referia distintivamente. Isso porque, como
nos lembra Dewey (1979, p. 207) ao se referir a noção de espírito lúdico, “desta maneira, se de-
fine e se constrói um mundo de significados, um arsenal de conceitos fundamentais para todo
o desenvolvimento intelectual”. Também Maturana e Verden-Zöller (2004) advogam que um
dos fundamentos da condição humana é a dimensão lúdica, que além de ser um pressuposto
para continuarmos a agir e a pensar quando chegamos na vida adulta, também é recurso para
mantermos o autorrespeito e superarmos a alienação, a retórica vazia e a obediência.
São três os núcleos conceituais que estruturam o ethos lúdico do bebê: a curiosidade
(a ontologia), a intenção (a epistemologia) e a mão (a metodologia). No interior desta tríade,
outros conceitos são engendrados e, a partir da formulação de uma certa compreensão deles,
pontos de atenção se desdobram para os professores que atuam com bebês. Passo a tratar
cada um destes núcleos conceituais.
A curiosidade
Gelb (2000, p. 43), dirá que “todos nós chegamos ao mundo cheios de curiosidade”, e
essa poderia ser a expressão ontológica do ser humano, ou seja, daquela visão mais abrangen-
te do ser, como aquilo que torna possível as múltiplas existências.
Estudando sobre como pensava Leonardo da Vinci, Gelb (2000) chama atenção para
o conceito de curiosità como o impulso natural em relação a vida e na busca contínua pelo
conhecimento e, reforça, que “a fidelidade, a devoção e a paixão de Leonardo voltavam-se
para a busca da verdade e da beleza” (GELB, 2000, p. 43). Daí que, tanto para as capacidades
artísticas quanto para as científicas de Da Vinci, podemos dizer que sua força impulsional era
a curiosidade.
Partindo desta ideia da curiosidade como uma força impulsional, ou, como a ontologia
do ser humano, podemos chamar de uma curiosidade espontânea do bebê o seu constante es-
forço em compreender a si e ao mundo e, mais ainda, em fazer parte dele. É isso, por exemplo,
que motiva os bebês a se comunicarem e a irem utilizando da linguagem convencional para
participar do grupo social que fazem parte. Como já se sabe, nos primeiros anos de vida, a ca-
pacidade de perceber e diferenciar os sons dos diferentes idiomas e os diferentes fenótipos, é
muito superior do que qualquer outro momento da vida de um sujeito (BRUNER, 1992; LIMA,
2021). No entanto, na medida em que os bebês percebem a permanência de determinada
língua, com determinado sotaque e determinadas expressões, sua plasticidade cerebral vai se
configurando de tal modo que sua estrutura neuronal se espelha nesse cenário mais presente,
como uma alternativa de vinculação e construção de sentimento de pertença.
Uma outra formulação importante para abordar a curiosidade é a ideia que Paulo Freire
(1996, p.61) faz quando afirma que a “curiosidade já é conhecimento”. Na verdade, a curiosi-
dade é a primeira condição para que a aprendizagem aconteça, é uma espécie de motor pro-
pulsor e, por isso, é a base da construção de todo o conhecimento.
A curiosidade é o ponto chave da agência da criança em seu processo de aprendizagem
(ou, o seu ímpeto interno, como irei tratar na sequência), e é também onde se instala o hábito
da pergunta. São as perguntas que abrem as portas para o pensamento. Mazzeo (2011) desta-
ca ainda que no termo curiosidade reside a expressão da vontade e a predisposição natural por
fazer perguntas, dois ingredientes fundamentais para aprender.
A respeito da curiosidade, qual seria os pontos de atenção para os professores? O con-
texto que a criança participa tem um papel fundamental na complexificação e na ampliação
desta que é uma curiosidade espontânea para ir se transformando em uma curiosidade episte-
mológica (FREIRE, 1996). Cas Holman (2020), uma renomada design do brincar, comenta que
seu papel como design não é o de projetar brinquedos, mas sim, de criar as condições para
brincar. Tais condições envolve a abertura de possibilidades que os contextos podem oferecer
para as crianças imaginarem, testarem, explorarem ideias e inventarem coisas novas, que é
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exatamente o que precisamos proteger nas crianças. Enquanto brincam, as crianças também
investigam, narram, inventam, se divertem. Brincar é um laboratório embrionário de cidada-
nia, de aprendizagem da cultura, de construção de conhecimento, de legitimidade das crianças
e de promoção da cultura infantil.
Por isso, gosto da ideia de transformar a escola em um oásis da pergunta, como uma
alternativa para a construção de um ambiente em que a curiosidade, a criatividade e o pensa-
mento crítico são focos de atenção. O compromisso com a pergunta se alinha com a ideia de
conhecimento enquanto inacabamento e incerteza e para tal, o ambiente de aprendizagem
precisa proporcionar a possibilidade para que as crianças explorem, imaginem, tentem, façam,
refaçam, conjecturem, criem hipóteses e elaborem explicações sobre si e sobre os fenômenos.
Por sorte, como já alertado pelo letrista e músico Tom Zé: “mas o que salva, a humani-
dade, é que não há quem cure a curiosidade [...] A curiosidade que inventou a humanidade”. O
que salva e o que inventa a humanidade é a curiosidade, portanto, proteger a curiosidade das
crianças e criar boas condições para suas perguntas nascerem, é um caminho interessante a se
seguir para aqueles que atuam com crianças.
A intenção
Subvertendo a noção de um bebê reativo, ou seja, que apenas responde aos estímulos
externos, o que pude perceber desde a minha primeira investigação com bebês (FOCHI, 2013)
e, mais tarde, acompanhando o trabalho que as professoras foram sustentando na investiga-
ção com o brincar heurístico (FOCHI, 2018), é a enorme capacidade de agir dos bebês. Essa
leitura no modo como os bebês atuam é compreendida a partir da perspectiva de Jerome Bru-
ner a respeito da noção do saber-fazer. O conceito de saber-fazer cunhado por Bruner (1992)
envolve três dimensões interdependentes: a intenção, a informação de retorno e os esquemas
de ações.
Nas palavras do Bruner (1992, p. 69, grifo meu), a intenção,
[...] pressupõe uma descarga interna no sistema nervoso,
através da qual um ato prestes a ser realizado não é apenas
realizado pela descarga de impulsos motores comuns, mas
também sinalizado por uma descarga suplementar (Sperry,
1950) ou através de uma cópia de eferência (efference copy)
(von Holst, Mittelstaedt, 1950) ou, como sugere Ewarts
(1971), através de um efeito interno que precede a ação - aos
correspondentes sistemas sensoriais e de coordenação.
Nesse sentido, entendo que o autor reforça que uma das partes que compõem essen-
cialmente o saber-fazer de um bebê é o seu ímpeto interno em aprender e interpelar o mundo.
Antes mesmo do ato em si, é preciso reconhecer este desejo dos bebês por saber e por fazer
para entender melhor o mundo a sua volta. Como tudo é muito novo, a intenção do bebê está
voltada em descobrir o seu entorno utilizando todos os seus recursos cognitivos, emocionais,
sensoriais e comunicativos que dispõem. Nesse sentido, podemos recuperarmos a noção de
sujeito epistêmico do bebê, ou seja, de alguém que também constrói conhecimento e não
apenas usufruir de um patrimônio sócio, histórico e culturalmente construído.
É por isso que muitas abordagens pedagógicas como as de Montessori, Pikler e Goldsch-
mied, para nomear algumas, irão destacar sobre a importância de não fazer pelo bebê aquilo
que ele pode fazer sozinho, enfatizando que o bebê é competente em aprender a partir do
seu interesse. Com isso, essas abordagens reforçam que os bebês, quando iniciam suas ações,
também tem oportunidades singulares de apreender o mundo a sua volta, de levar a cabo suas
perguntas e de formular suas explicações e sentido de si e do mundo.
A outra dimensão apontada por Bruner (1992) no que tange ao saber-fazer é a respeito
da informação de retorno. O autor irá sublinhar três aspectos em relação a isso: (i) informação
proprioceptiva, ou seja, a dimensão cinestésica do bebê em relação ao seu corpo no espaço.
Esta informação proprioceptiva ocorre antes da ação propriamente dita; (ii) o efeito da ação
em si e; (iii) a consciência do resultado, que só é possível depois da ação concluída. Como
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próprio Bruner (1992) sublinha, não nos interessa saber qual o grau de consciência dos bebês,
apenas reconhecer que eles o têm.
Como se pode perceber, entre a intenção e a informação de retorno, há uma dimensão
integrada que se concretizada na coordenação das estruturas de ação mão – olho – cérebro
(BRUNER, 1992) e no ato de tomar posse dos objetos (GOLDSCHMIED, JACKSON, 2007).
Assim, os esquemas de ações asseguram a mediação entre a primeira e a segunda di-
mensão do saber-fazer. Os esquemas de ações são uma combinação de movimentos similares
(ou de uma mesma classe) que costumam ser utilizados para que o bebê alcance seus objeti-
vos. Mais uma vez, retomando as ideias de Bruner (1995, p. 28), “as ações infantis mostram
um surpreendente grau de ordem e sistematicidade”, contrariando a visão de que seu modo
de agir e pensar é caótico. Muito antes pelo contrário, a atividade de autorregulação que o
bebê faz enquanto interage com os objetos é o que ajuda perseguir os seus objetivos e “é em
função da intenção e a partir dela que o sujeito se coloca em movimento para rapidamente
selecionar, entre todas as informações disponíveis, aquelas que poderão ser úteis à realização
de um projeto2” (BRUNER, 1992, p. 68).
Como foi visto, a noção de saber-fazer envolve um espectro amplo da intenção à ação
propriamente dita. No entanto, a intenção (ou decisão, ou iniciativa) é o ponto chave para
desencadear os esquemas de ação. Por isso que considero a intenção uma dimensão episte-
mológica do ethos lúdico do bebê, pois, se por um lado a expressão da existência do bebê é a
curiosidade (a ontologia) e isso o faz estar atento e aberto ao mundo, por outro, o que o leva
a se mobilizar em relação a esse mundo é sua intenção, que faz com que o bebê possa gerar
modos de pensar e produzir sentidos e saberes a partir da sua experiência no e com o mundo.
O que, então, pode ser um ponto de atenção para o professor em relação a intenção do
bebê? Como já tratei na primeira pesquisa que fiz sobre bebês, é fundamental que o adulto
faça “o exercício de guardar a palavra para também guardar o excesso de intervenção” (FOCHI,
2013, p. 144).
Dificilmente haverá espaço para um bebê poder levar a cabo sua intenção e percebê-la,
se estiver sendo mediado por um adulto que sobrepõe suas próprias perguntas e desejos às
perguntas e desejos do bebê, que não permita que o bebê se conecte com sua própria ativida-
de e perceba o prazer no modo como a empreende.
É por isso que antes reforcei sobre o valor de criar bons contextos. Na verdade, quando
investimento na qualificação do entorno do bebê (em termos de espaço, materiais, tempo e
relações), estruturamos um clima satisfatório para a sua atuação e, ao mesmo tempo, para o
adulto se disponibilizar de uma forma respeitosa em relação ao seu mundo interior.
A mão
A curiosidade e a intenção são, respectivamente, o núcleo conceitual ontológico e epis-
temológico do ethos lúdico do bebê e, com isso, entendo que a mão do bebê é o núcleo con-
ceitual metodológico. Bruner (1992, p. 67) já afirmou que “o uso da mão na resolução de
problemas não é apenas uma questão clássica da psicologia do desenvolvimento, mas se trata
de uma questão chave que envolve a própria evolução do homem.”
Corroborando com este conceito, o arquiteto finlandês Juhani Pallasmaa, no seu livro La
mano que piensa, relaciona diretamente as mãos com a nossa capacidade de pensar e expõe
de que forma na história da nossa civilização as mãos ocupam um papel crucial na transfor-
mação da destreza, da inteligência e das capacidades conceituais do homem. Nos oito ensaios
que compõem o livro, o arquiteto problematiza o predomínio da palavra em nossa civilização
e mostra o quanto a corporeificação dos conceitos ainda é silenciada, mesmo que ocupe um
papel fundamental na elaboração do conhecimento tácito da vida cotidiana.
O conhecimento, em seu escopo cognitivo, emocional e social, forma um todo complexo
que não separa a mente do corpo, a razão da emoção. Nesse sentido, é muito difícil apartar
2 Projeto aqui não é entendido como “pedagogia de projetos” ou “projetos de aprendizagem”. Projeto é
compreendido como todo e qualquer empreendimento cognitivo, emocional e motor que o bebê faz: empilhar
blocos, tirar um objeto de um recipiente, pegar um objeto no cesto dos tesouros...
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a compreensão que construímos a respeito de algo da sua vivência. Não se sabe ao certo os
limites do que molda e o que é moldado nessa relação dialógica entre a cultura e o biológico,
ou, dizendo de outra forma, dos limites da linguagem que temos para conceituar e a nossa
experiência existencial no mundo. Pallasmaa (2011, p. 14) afirma “nem é a cabeça o único
lugar do pensamento cognitivo, uma vez que nossos sentidos e toda nossa existência corpórea
estruturam, produzem e armazenam diretamente conhecimentos existenciais silenciosos. O
corpo humano é uma entidade sábia”. Nesse sentido, conforme o autor constrói seu argumen-
to sobre a inteireza do conhecimento, também mostra que os limites que estabelecemos entre
a racionalização de um conhecimento e a experiência que o gera é, senão, um modo artificial
que dispomos para inventar uma dada realidade.
Tomando emprestado essa reflexão proposta por Pallasmaa (2011), gostaria de tratar de
como vejo que a experiência tácita do bebê com as coisas o permite corporeificar os conceitos.
Antes mesmo de saber nomear que um objeto é áspero, a mão (aqui enquanto uma metáfora
também do corpo como um todo) já sabe a diferença entre a aspereza da casca de um coco e
a maciez de uma pequena almofada de tecido. Mais ainda, já consegue identificar qual destas
superfícies lhe agrada mais, ou, lhe causa uma sensação mais agradável. Mais tarde, na sua
relação com o mundo (das coisas e das pessoas com quem se relaciona), esta experiência cor-
poreificada passa a ganhar nome.
Por isso, a mão é a dimensão metodológica do ethos lúdico, pois é ela que experimenta,
que faz, que constrói e que amplifica a produção de sentidos do bebê. Um bebê curioso, atento
e aberto ao mundo, é tomado pelo desejo de interpelar o mundo das coisas, das pessoas, dos
fenômenos e das ideias. Sua mão, gesto tátil de apreensão deste mundo, explora e apreende
corporalmente que sensações e informações ele consegue extrair das coisas, dos fenêmnos,
do mundo. Assim, neste ciclo, um bebê brinca, investiga, explora, inventa e descobre a sua
existência e o mundo que faz parte.
Além disso, a mão simboliza o ato do conhecimento. Tomar posse, eleger algo para
explorar ou brincar é uma das atitudes mais importantes sobre conhecer algo. É eleger entre
incertezas e ter a coragem de enfrentar o desconhecido para compreender o mundo, a cultura
e a si.
E a respeito deste terceiro núcleo conceitual, quais seriam os pontos de atenção para
o professor? Parto de uma provocação perspicaz que Bruner (1995, p. 30) faz em relação aos
bebês: “o bebê faz muito a partir de muito pouco”. A tradução desta afirmação está em apren-
dermos a observar atentamente as ações dos bebês e o modo como a nomeamos.
No OBECI, costumo dizer que é preciso aprender a arrancar o verbo dos observáveis que
fazemos dos bebês, sejam eles em fotos, em vídeos ou no próprio ato de observar e descrever
o que se está observando. Com frequência, reduzimos a experiência do bebê em explorar e
descobrir e com isso, empobrecemos aquilo que dá nome á sua complexa atuação. Há sutile-
zas nos gestos das crianças que vão diferenciando entre jogar, derrubar, soltar, arremessar um
objeto. Além disso, as variações de como fazem (rápido, lento; forte, fraco) os gestos e o foco
da sua atenção, o tempo de silêncio, o modo como o corpo todo reage, as expressões vão reve-
lando uma série de informações a respeito de como o bebê brinca, investiga, explora.
Aprender a observar, nomear e narrar as atuações das crianças, é uma forma de restituir
os processos de aprendizagem e de devolver às crianças não apenas o que aprenderam, mas
como aprenderam. Ao mesmo tempo, acompanhar estas narrativas que tornam visíveis as
aprendizagens, nos permite também monitorar e acompanhar a oferta educativa e as condi-
ções para aprender que estamos oferecendo par as crianças.
emocional. Está se percebendo capaz de atuar neste mundo e a interrogá-lo pelo modo como
brinca, explora, investiga, degusta, tateia, observa.
Como nos lembra MacKay, (2019, p. 155) “o processo de aprendizagem é um processo
criativo”. Esta máxima fica ainda mais evidente se examinarmos o modo como uma criança
brinca, já que o brincar pode ser entendido como o éthos da criança, ou seja, a sua forma
peculiar de descobrir e construir sentidos e explicações ao mundo, a si mesma e aos outros.
O ethos lúdico do bebê é um convite ao exercício de observação atenta do adulto e de
percepção sobre a complexidade da atuação dos bebês. É um convite para ajudar o adulto a
se colocar nesta relação, quer seja na criação de boas condições para que o brincar aconteça,
quer seja pelo modo como sustenta a continuidade das brincadeiras e explorações que os
bebês fazem. Tenho a crença de que na medida que vamos verdadeiramente aprendendo a
escutar as crianças, a perceber a sua não convencionalidade e dimensão inaugural no mundo
como valor, mais afastados vamos ficando daquelas práticas que mais se parecem com recre-
ação de shopping center ou daqueles programas de treino e estimulação de bebês. Desejo,
fortemente, que a gente aprenda a observar o bebê na sua inteireza e responder a ele com a
dignidade, ternura e respeito que tanto merecem.
Referências
BATESON, Gregory. Pasos hacia una ecología de la mente: una aproximación revolucionaria a la
auto comprensión del hombre. Buenos Aires: Lohlé-Lumen, 1998.
BRUNER, Jerome S. Saper fare, saper pensare, saper dire: le prime abilità del bambini. Roma:
Armando Editora, 1992.
BRUNER, Jerome. El habla del niño: aprendiendo a usar el lenguaje. Barcelona: Paidós, 1995.
DEWEY, John. Como pensamos: como se relaciona o pensamento reflexivo com o processo
educativo. São Paulo: Ed. Nacional, 1979.
FOCHI, Paulo Sergio. “Mas os bebês fazem o quê no berçário, heim?”: documentando ações
de comunicação, autonomia e saber-fazer de crianças de 6 a 14 meses em contextos de vida
coletiva. Dissertação (Mestrado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação.
Faculdade de Educação. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2013.
FOCHI, Paulo Sergio. A documentação Pedagógica como estratégia para a construção do co-
nhecimento praxiológico: o caso do Observatório da Cultura Infantil – OBECI. Tese (Doutorado
em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2019.
GELB, Michael J. Aprenda a pensar como Leonardo da Vinci. São Paulo: Editora Ática, 2000.
HOLMAN, Cas. Abstract: Cas Holman – design para brincar. Temporada 2, Episódio 4. Netflix,
45min, cor.
LIMA, Elvira Souza. A incrível aventura dos primeiros dois anos de vida. São Paulo: Editora
Inter Alia, 2021.
118 Revista Humanidades e Inovação v.8, n.68
MACKAY, Sara H. A criatividade no centro da aprendizagem. In: GANDINI, Lella; HILL, Lynn;
CADWELL, Louise; SCHWLL, Charles. O papel do ateliê na educação infantil: a inspiração de
Reggio Emilia. Porto Alegre: Penso, 2019.