TP Crianças - Anexos Completo
TP Crianças - Anexos Completo
TP Crianças - Anexos Completo
psi
Nome da criança: Idade:
Nome do responsável que completou o formulário:
___Mãe___ Pai ___ Outro: Data
Você viu na sessão que uns dos fatores que pode contribuir para os problemas de comportamento
da criança é o estresse na família. Esse questionário foi feito para te ajudar a pensar nos possíveis eventos
estressores que podem estar ocorrendo na sua família. É importante que você faça um balanço desses
estressores e comece a pensar em como você pode resolvê-los, se possível, ou como irá aprender a conviver
melhor com eles.
Abaixo estão listadas algumas áreas comuns de estresse na família. Por favor, escreva no espaço
abaixo algum problema que você sente que sua família ou você está tendo. Depois, escreva em “Soluções
propostas” o que você acha que pode começar a te ajudar a reduzir estes problemas, se for possível, ou o
que te ajudará a conviver melhor com eles. Por favor, seja o mais honesto que puder, suas respostas serão
mantidas confidencialmente.
Soluções propostas:
2. Problemas conjugais:
Soluções propostas:
3. Problemas financeiros:
Soluções propostas:
@barbara_conde.psi
4. Problemas de comportamento com outras crianças da família:
Soluções propostas:
5. Problemas no trabalho:
Soluções propostas:
Soluções propostas:
Soluções propostas:
8. Outras fontes de estresse (religião, conflito sobre as atividades de lazer da família, abuso de álcool ou
drogas, etc.)
Soluções propostas:
@barbara_conde.psi
Nome da criança: Idade:
Nome do responsável que completou o formulário:
___Mãe ___ Pai ___ Outro: Data:
Características da criança:
Por favor, liste abaixo as características do seu filho que você acredita que possa contribuir para as dificuldades de
comportamento:
Problemas de saúde:
Problemas físicos:
Atrasos do desenvolvimento:
Dificuldade com controle dos impulsos (impulsividade):
Dificuldades com a atenção:
Problemas com agitação, hiperatividade:
Problemas com relacionamento social:
Problemas com a alimentação e sono:
Problemas com o treino de ir ao banheiro (dar descarga, se limpar, lavar as mãos, cuidado com o lixo, etc.):
Problemas de saúde:
Problemas físicos:
Problemas emocionais:
Problemas de pensamento:
Dificuldades com a atenção:
Dificuldade com controle dos impulsos (impulsividade):
Problemas com a alimentação:
Problemas com agitação, hiperatividade:
Variações do humor:
Problemas com o sono:
Outros problemas:
@barbara_conde.psi
02. Prestando atenção no bom comportamento do seu filho durante
a brincadeira
Recreio especial
Uma das queixas mais frequentes dos pais de crianças que estão apresentando problemas de comportamento é que
não conseguem aproveitar os momentos que têm com os filhos e estão sempre na função de corrigir, brigar e fazer
coisas por eles. Em decorrência dos problemas de comportamentos dos filhos e da vida corrida, passar tempo de
qualidade com seus filhos pode estar cada vez mais raro. Com isso se sentem desconectados dos seus filhos e eles de
seus pais e assim os problemas de comportamento só crescem. Parece um ciclo sem fim.
O objetivo deste passo do programa é ter uma estratégia para quebrar esse ciclo:
1. Escolha uma determinada hora do dia, a qual irá acontecer o seu "recreio especial" com a criança. Você vai
precisar de 20 minutos do seu tempo todos os dias para praticar este “recreio especial” com o seu filho.
2. É muito importante que somente você e seu filho participem do recreio especial. Nenhuma outra criança deve
participar deste momento.
3. Todos os dias quando chegar a hora de brincar com o seu filho pergunte o que ele gostaria de fazer. Ele deve
escolher a atividade ou brincadeira e você não deve assumir o controle ou dirigir a brincadeira.
4. As crianças podem escolher com o que brincar, mas não recomendamos que seja com eletrônicos, afinal
queremos incentivar a interação, o que fica difícil quando temos uma tela presente.
5. Este é um momento em que você também deve se divertir e relaxar. Preste atenção no seu humor antes de
iniciar a brincadeira. Não vale estar nervoso, agitado, preocupado ou atrasado para alguma outra atividade,
pois isso irá interferir na qualidade da atenção dada à criança.
6. Evite ficar fazendo perguntas, dando ordens ou ensinamentos. Este é o "recreio especial", o objetivo é que
seu filho relaxe e aproveite a sua companhia, não é a hora apropriada para ensinar ou para tomar conta da
brincadeira.
7. Aproveite este momento para pronunciar algumas palavras de incentivo e aprovação para o seu filho.
Demonstre que está gostando de passar um tempo com ele. Você pode demonstrar através de palavras, mas
também através de gestos.
8. Se o seu filho começar a se comportar mal, tente lidar da maneira mais leve possível. Você pode tentar virar-
se e olhar para algum outro lugar por alguns momentos. Se não for possível continuar brincando, diga ao seu
filho que vocês precisarão parar o "recreio especial" por hoje . Diga para a criança que você vai brincar com
ela de novo quando ela estiver dando conta de brincar de forma respeitosa. Se, durante a brincadeira, o seu
filho começar a destruir coisas ou fazer algo inaceitável, aja como você estava acostumado a agir antes. Mais
tarde iremos conversar sobre outros modos de lidar com o esses comportamentos.
9. Durante a primeira semana, tente fazer o recreio especial todos os dias. Depois da primeira semana, o "recreio
especial" deve acontecer pelo menos três vezes na semana.
@barbara_conde.psi
03. Regulação emocional
Todas as emoções que experienciamos são importantes para a nossa sobrevivência, para o nosso bem-estar e
para o nosso autoconhecimento. As emoções sempre trazem uma mensagem junto com elas, por isso precisamos
estar atentos para percebê-las e só assim conseguir entender o que ela está nos sinalizando e como ela está
preparando o nosso corpo para uma ação específica. Entender o papel de cada emoção é extremamente importante
para esse processo.
o O medo tem a função de nos proteger daquilo que é perigoso, que pode nos machucar ou nos prejudicar
de alguma forma. Assim, quando sentimos medo, nosso corpo reage nos preparando para lutar ou para
fugir. Por isso, diante de um medo intenso, nosso coração acelera, a respiração fica ofegante e os
músculos ficam tensos, entre outras sensações físicas.
o A raiva tem a função de nos proteger quando nos sentimos atacados e nos prepara para colocar limite
na pessoa ou situação. Por exemplo, quando o irmão mais novo pega o controle da mão do irmão mais
velho, é muito compreensível que ele sinta raiva e espera-se que ele tenha uma atitude para colocar um
limite nesse comportamento. A grande questão que acaba fazendo com que a raiva seja vista como uma
emoção negativa é quando agimos de modo agressivo (verbalmente ou fisicamente) quando estamos
sentindo raiva, quando colocamos limite através de comportamentos agressivos. Por isso aprenderemos
mais para frente como estimular nas crianças um comportamento mais assertivo ao invés de agressivo.
o A tristeza tem um propósito de nos levar a reflexão. Geralmente as pessoas quando estão tristes tem
dois comportamentos: ou se fecham para o mundo e querem ficar sozinhas com seus próprios
pensamentos ou querem falar bastante sobre o assunto, desabafando sobre o que aconteceu. Estes dois
comportamentos levam à reflexão. Assim, a tristeza tem o papel de nos sinalizar que as coisas não estão
indo bem e nos ajudar a refletir sobre o que não está fazendo sentindo na nossa vida.
o O nojo tem um papel importante também de proteção, mas de proteção daquilo que pode nos
contaminar, nos deixar doente ou afetar a nossa saúde. O nojo nos prepara para nos afastar de coisas
que podem nos contaminar (como uma comida estragada, mofada) ou para expelir algo que não está
nos fazendo bem.
o A alegria, além de ser uma emoção muito gostosa de sentir, que nos traz muita energia para aproveitar
o momento, nos sinaliza algo muito importante: o que nos traz bem-estar. Prestar atenção nos
momentos que sentimos a alegria, nos faz ter conhecimento sobre o que é prazeroso na vida, gerando
autoconhecimento.
o O amor é uma das emoções mais importantes para a nossa sobrevivência e bem-estar, fortalecendo os
vínculos. É graças ao amor que os pais de uma criança passam noites sem dormir com o recém-nascido,
abdicam de seus momentos de lazer para levá-los para a quadra jogar rouba-bandeira ou deixam de
comer o seu bolo preferido para levar um pedaço para os filhos. Uma criança que se sente amada é uma
criança muito mais segura para agir no mundo.
✓ Durante a próxima semana, comece a reparar no seu estado emocional e do seu filho. A percepção
das emoções é o primeiro passo para a regulação emocional.
• Sabendo que cada emoção traz uma mensagem importante, tente entender qual mensagem as
emoções estão trazendo para você e para seu filho, principalmente quando estas aparecem de
forma intensa.
@barbara_conde.psi
04. Habilidade de elogiar e problemas de comportamento
Vimos na sessão que muitas vezes interpretamos comportamentos típicos de crianças e comportamentos
condizentes com a faixa etária deles como desobediência. No caso de crianças com TDAH, isso se torna ainda mais
frequente e podemos cair na armadilha de brigar com a criança ao invés de ajudá-la a lidar com a sua dificuldade.
É importante saber diferenciar comportamentos de desobediência, de enfrentamentos, sintomas de TDAH
(ou de qualquer outra condição que a criança pode ter), comportamentos esperados de crianças, falta de
habilidades, travessuras, experimentos e dificuldade de comunicação. Para cada um desses a intervenção será
diferente, mas sempre com o foco em ajudar a criança a lidar com a dificuldade dela.
A pergunta chave sempre será: Por que será que a criança está se comportando assim? Qual habilidade
estou precisando ensinar para ele?
Habilidade de elogiar:
Quando se quer ensinar e/ou modificar um comportamento, é muito importante demonstrar para as crianças que
aquele é um comportamento valorizado. As crianças muitas vezes não percebem que estão se comportando bem ou
mal, ao menos que alguém diga a elas. Por isso, o elogio será um poderoso aliado de vocês.
1. Seja sempre específico com o elogio, descreva o que a criança fez sem dar adjetivos para seu filho e dê
preferência para elogios que ajudem a criança aprender a se monitorar e se valorizar.
Ex.: Meu filho, gostei de ver que você conseguiu fazer toda a sua tarefa de casa hoje à tarde antes do
futebol, você deve ter ficado orgulhoso de você.
2. Evite elogios misturados com críticas (focados no passado) ou cobranças (focados no futuro).
Ex.: Evite: “Que bom que arrumou o seu quarto, estava uma bagunça!” (crítica) ou “Que bom que
arrumou o seu quarto, espero que daqui pra frente consiga manter ele sempre assim” (cobrança). É
mais eficaz dizer “Que bom que você arrumou o seu quarto!”, o que já é uma forma de demonstrar
que você valoriza o que ele fez.
3. Dê preferência para elogios que ajude a criança a desenvolver um senso de autoeficácia e autoconfiança.
Ex.: Nossa meu filho, imagino que você deve ter se esforçado bastante para conseguir essa nota!
4. Aproveite os momentos em que seu filho está aprendendo uma nova habilidade para elogiar e valorizar este
comportamento.
@barbara_conde.psi
05. Aumentando a obediência- Dando Ordens Eficientes e formas de
comunicação
Quando você for dar uma ordem ou instrução, certifique-se de que você está fazendo o seguinte:
1. Não apresente a ordem sob a forma de uma pergunta ou favor. Expresse simplesmente o comando, da forma
mais direta, clara e simples possível e com um tom de voz seguro.
2. Seja firme e gentil: firmeza demonstra que você está sendo respeitoso com suas ideias sobre o que você
acredita ser o melhor para seu filho. Agir com gentileza significa que você está sendo respeitoso com seu filho.
3. Não dê muitas ordens ao mesmo tempo. A maioria das crianças só consegue seguir uma ou duas instruções
de cada vez. Por enquanto, tente dar apenas uma ordem de cada vez. Se a tarefa que você quer ver realizada
é complicada, procure dividi-la em pequenos passos e ordene a execução de um passo por vez.
4. Certifique-se de que a criança está prestando atenção em você. Faça contato visual com a criança e esteja
no mesmo ambiente que ela. Lembre-se que é mais provável que a criança o obedeça se você estiver no
mesmo ambiente que ela, sua presença é importante.
5. Minimize tudo que possa estar distraindo a criança antes de dar a ordem. É mais difícil para a criança prestar
atenção quando alguma coisa muito mais interessante está acontecendo na sala (TV, celular, música,
videogame). Peça que a criança as desligue, antes de dar a ordem.
6. Dê escolhas limitadas: Envolvê-los em alguma decisão pode aumentar a colaboração. Ex.: “Você desliga a TV
ou você quer que eu desligue?”. “Você vai tomar o seu banho daqui a 10 min ou daqui a 20 min?”.
7. Peça para a criança que repita a ordem. Isto deve ser feito caso você note que a criança não ouviu ou não
entendeu a ordem dada. No caso de crianças que se distraem com muita facilidade, também é importante
fazer com que repitam as ordens.
8. Invente cartões de lembrete para as tarefas. Se o seu filho já é grande o suficiente para assumir
responsabilidades com as tarefas domésticas, então pode ser bastante útil fazer um cartão de lembrete para
cada tarefa que deve ser realizada. Cada cartão deve listar todos os passos necessários para a execução de
uma dada tarefa. Você pode colocar no cartão também quanto tempo aproximadamente você espera que a
criança trabalhe nesta tarefa.
9. Lembre-se de não se desautorizar, aumentando o tom de voz, ameaçando ou até agredindo verbalmente a
criança. Quando mais degraus vocês colocam na escada das ordens, mais eles vão entendendo que quando
vocês falam de modo firme ainda não é a hora de obedecer.
@barbara_conde.psi
06. Rotina
• É uma das formas mais eficazes de trabalhar os limites com os filhos. Crianças que possuem
uma organização da rotina lidam melhor com as tarefas e atividades que precisam fazer no
dia a dia.
• Lembre-se de alguns benefícios das rotinas: maior senso de segurança, um ambiente mais
calmo, confiança e não precisar ficar tomando decisões a todo momento.
• Construa a rotina conjuntamente com seu filho. Lembre-se de demarcar também os
momentos de lazer e as atividades.
• Ter uma rotina não significa fazer as mesmas coisas no mesmo horário todo dia, e sim ter uma
organização em relação às atividades e ordem em que vão acontecer. Ter que decidir sempre
o que fazer pode ser desafiador para as crianças e muitas, se tiverem escolhas, vão escolher
sempre as atividades que proporcionam prazer imediato. Priorizar tarefas que envolvem
responsabilidades é uma habilidade que eles vão aprendendo somente com o tempo.
• Atenção: colar a cartolina com a rotina na parede não é um processo “mágico”. Lembre-se de
usá-la como um apoio visual para orientar a criança nas tarefas dela.
• Ao consultar a rotina, pergunte para o seu filho: “Qual foi o nosso acordo sobre dever de
casa?”
Esta é uma estratégia importante para quem tem dificuldade de se envolver em atividades
em casa sem ser interrompido a qualquer momento pelos filhos. Ex.: trabalho em
home-office, ler um livro, estudar, assistir série e ter tempo de lazer, tomar um banho sem ser interrompido. Para
ensinar seu filho a não te interromper enquanto você está ocupado faça o seguinte:
1. Quando você estiver prestes a se envolver com alguma atividade, ocupe a criança com alguma coisa de
que ela goste e, ao mesmo tempo diga que você não quer ser interrompido. A ordem precisa ter estas
duas partes: o que ela deve fazer e que você não pode ser interrompido. Lembre-se que ficar quieta não
é um bom plano, vocês precisam combinar uma atividade ou brincadeira.
2. Assim que você começar a sua atividade, interrompa-a por alguns instantes e vá até onde a criança está e
a elogie pelo fato de não estar interrompendo. Lembre a criança mais uma vez que ela deve continuar
fazendo aquilo que está fazendo atualmente e que não deve interromper você.
3. Retorne à sua atividade, espere mais alguns minutos e volte a elogiar a criança por não estar
interrompendo você. Vá repetindo todo o procedimento, sempre aumentando o intervalo de tempo entre
um elogio e o outro.
4. Você irá reduzir com o tempo a frequência com que você precisa elogiar a criança para que ela fique sem
interromper as suas atividades. Assim você vai conseguindo passar cada vez mais tempo ocupado com as
suas tarefas.
5. Se você sentir que a criança está prestes a interromper a atividade que você lhe recomendou e irá
incomodar você, interrompa imediatamente o que você está fazendo. Vá até a criança e volte ela para
@barbara_conde.psi
atividade que você recomendou. Lembrete: a atividade que você propôs para a criança não pode ser
alguma tarefa doméstica ou coisa semelhante, mas sim algo interessante e divertido para ela.
6. Reduza aos poucos a frequência com que você elogia o seu filho, assim você vai conseguindo trabalhar por
períodos cada vez mais longos de tempo sem ser interrompido.
7. Assim que você terminar aquilo que precisava fazer, trate de dar um elogio muito especial para o seu filho
por ele ter permitido que você realizasse os seus afazeres.
@barbara_conde.psi
07. Como lidar com os problemas de comportamento: consequências
• Quando for dar uma ordem ou fazer uma correção, falar de um modo enfático, porém sem gritar, de
forma direta e com tom de voz seguro, sendo firme e gentil. Lembre-se de que não é uma boa
estratégia a longo prazo o seu filho obedecer somente quando você fala alto ou faz uma ameaça.
• Quando perceber que as emoções estão exaltadas, fazer o uso do "dar um tempo", afastando você e
a criança da situação até que vocês se acalmem e deem conta de voltar e cumprir os combinados. Se
for preciso, ajude-a a se acalmar.
• Diante de crises de choro, ajude a criança a se acalmar para que ela te conte através da linguagem
verbal o que está acontecendo. “Eu não estou entendendo o seu choro, tente me contar com palavras
o que está te incomodando.” Demonstre para a criança que você está interessado em ouvi-la.
• Diante de argumentações excessivas e insistências, diga a sua conclusão sobre o assunto e fale que
não conversarão mais sobre isso agora.
• Quando for preciso usar consequências, priorizar a vivência de consequências naturais e o uso de
consequências lógicas. Uma consequência natural é algo que acontece naturalmente, sem nenhuma
interferência dos adultos. Ex.: se não comer bem fica com fome rapidamente, se não pendurar a
toalha no varal, quando for usá-la está molhada. Mas cuidado com frases do tipo: Tá vendo... eu te
avisei... Essas frases acabam diminuindo o aprendizado das crianças com as consequências naturais.
• Para consequências lógicas, utilize privilégios que tenham a ver com a tarefa ou com o cronograma
de atividades da criança, porém apenas por um dia. É importante que a criança tenha a oportunidade
de se comportar bem no dia seguinte. Ex: Ao invés de dizer "Se não jantar vai ficar uma semana sem
ouvir história" dizer "Se você demorar muito para jantar não vai dar tempo de ouvir a história antes
de dormir".
@barbara_conde.psi
08.Resolução de problemas
Após a avaliação, se for preciso, volte aos passos anteriores para resolver o novo problema
que surgiu.
@barbara_conde.psi
Folha de trabalho para resolução de conflitos
Data:
Problema:
Avaliações
2.
3.
4.
5.
6.
7.
Acordo:
Plano de implementação:
o filho fará:
Os pais farão:
@barbara_conde.psi
09.Melhorando o comportamento na escola de casa:
Cartão de relato diário
Converse na escola do seu filho sobre as dificuldades que ele vem encontrando. Lembre-se de levar para a
escola todos os ganhos que você já teve com o seu filho e o relate o que você percebe que tem funcionado.
Lembre-se que você é a pessoa que mais conhece o seu filho e compartilhar esses aprendizados com a escola
irá ajudá-lo muito.
• Construa o cartão de relato diário com os comportamentos do seu filho na escola que são alvo de
mudanças. Alguns dos comportamentos visados pelo programa podem incluir tanto condutas sociais
(compartilha, brinca bem com as outras crianças, segue as regras) quanto o desempenho acadêmico (realiza
as tarefas de matemática ou leitura). Exemplos de comportamentos a serem visados incluem realizar todo o
trabalho (ou uma porção especificada do trabalho), permanecer na cadeira, seguir as instruções do professor
e brincar cooperativamente com os colegas. Pode também incluir a lição de casa.
• O número de comportamentos alvos com os quais você trabalha irá ser limitado a quatro ou cinco. Comece
concentrando em apenas alguns comportamentos que você deseja mudar, para ajudar a maximizar o
sucesso de seu filho. Quando estes comportamentos vão bem, você pode acrescentar alguns outros
comportamentos problemáticos como alvos para a mudança.
• Inclua pelo menos dois comportamentos positivos em que a criança já está tendo um bom desempenho,
para que ela consiga ganhar alguns pontos durante o início do programa.
• Todos os dias a criança levará um novo cartão para a escola.
• O professor dará um número de avaliação que corresponde ao desempenho da criança em cada um destes
comportamentos: (5= excelente, 4 = muito bom, 3 = bom, 2 = regular, 1= insatisfatório). Para avaliações
particularmente negativas, encoraje os professores a fazer uma breve descrição para os pais sobre o que
resultou naquela nota negativa.
• Assim que a criança voltar para casa, você deve olhar o cartão, discutir com seu filho primeiro as avaliações
positivas, e depois prosseguir com uma discussão neutra, sobre quaisquer notas negativas e a razão delas.
Você deve então solicitar a seu filho que formule um plano para a melhor maneira melhorar aquele
comportamento no dia seguinte.
• Elogios e atenção positiva devem ser proporcionados em casa quando a criança tem um bom desempenho
naquele dia na escola.
• Na manhã seguinte, antes do seu filho sair para a escola, você deve lembrar à criança quais
comportamentos precisam ser melhorados.
Lembre-se de usar o cartão de relato diário como mais uma forma de conversar sobre resolução de
problemas ao invés de ser uma estratégia punitiva.
@barbara_conde.psi
Cartão de relatório diário do comportamento na escola
Nome da criança: _____________________________________________ Data __________
Professor: ___________________________________________________
Por favor, avalie o comportamento desta criança hoje nas áreas a seguir listadas. Use as seguintes avaliações:
1= insatisfatório, 2 = regular, 3= bom, 4 = muito bom e 5 = excelente.
Depois, assine no espaço no final da sua coluna. Acrescente comentários sobre o comportamento da criança
hoje no verso do cartão.
Períodos da aula ou
matérias
Comportamentos a serem observados Antes do Depois do
recreio recreio
- Participação na aula
- Desempenho no trabalho em classe
- Obediência às regras
- Bom relacionamento com as outras crianças
- Qualidade da lição de casa
Assinatura do professor que respondeu
Por favor, coloque seus comentários no verso do cartão
______________________________________________________________________________________
@barbara_conde.psi
Cartão de relatório diário do comportamento na escola
Nome da criança: _____________________________________________ Data __________
Professor: ___________________________________________________
Por favor, avalie o comportamento desta criança hoje nas áreas a seguir listadas. Use as seguintes avaliações:
1 = insatisfatório, 2= regular, 3 = bom, 4 = muito bom e 5 = excelente.
Depois, rubrique o espaço no final da sua coluna. Acrescente comentários sobre o comportamento da
criança hoje no verso do cartão.
Por favor, coloque seus comentários no verso do cartão
Períodos da aula ou
matérias
Comportamentos a serem observados Antes do Depois do
recreio recreio
-
-
-
-
-
Assinatura do professor que respondeu
______________________________________________________________________________________
@barbara_conde.psi
10. Mantendo os resultados
Vocês aprenderam ao longo do Treinamento de Pais muitas ferramentas para lidar com os desafios no dia a dia de
vocês em família. Ao terminarmos o tratamento, uma ideia importante que deverá ficar com vocês é: não adianta
termos ferramentas se não a utilizarmos. Então, quando alguns desafios retornarem, lembrem-se de retornar às suas
anotações e a este resumo para traçar um plano para lidar com o problema.
• Todos nós precisamos de um momento especial com as pessoas que amamos. Lembrem-se de incluir na
rotina de vocês os 20 min de brincadeira ou de momentos especiais com seus filhos.
• Aproveite os momentos em que seu filho está aprendendo uma nova habilidade para elogiar e valorizar este
comportamento.
o Seja sempre específico com o elogio, descreva o que a criança fez sem dar adjetivos para seu filho e
dê preferência para elogios que ajudem a criança aprender a se monitorar e se valorizar.
Ex.: Meu filho, gostei de ver que você conseguiu fazer toda a sua tarefa de casa hoje à tarde antes do
futebol, você deve ter ficado orgulhoso de você.
o Evite elogios misturados com críticas (focados no passado) ou cobranças (focados no futuro).
Ex.: Evite: “Que bom que arrumou o seu quarto, estava uma bagunça!” (crítica) ou “Que bom que
arrumou o seu quarto, espero que daqui pra frente consiga manter ele sempre assim” (cobrança). É
mais eficaz dizer “Que bom que você arrumou o seu quarto!”, o que já é uma forma de demonstrar
que você valoriza o que ele fez.
o Dê preferência para elogios que ajude a criança a desenvolver um senso de autoeficácia e
autoconfiança.
Ex.: Nossa meu filho, imagino que você deve ter se esforçado bastante para conseguir essa nota!
• Cada emoção traz uma mensagem importante, tente entender qual mensagem as emoções estão trazendo
para você e para seu filho, principalmente quando estas aparecem de forma intensa. Ajude-o a se acalmar
quando a emoção estiver muito forte e intensa e só depois converse sobre o problema, dando uma ênfase
maior em escutar o que a criança estava sentindo e pensando na situação.
o Lembre-se que nos contagiamos pelas emoções dos outros. É nosso papel enquanto adulto contagiar
a criança com a nossa calma, e não o oposto.
o Talvez você precise dar um tempo e se acalmar antes de ir conversar com a criança para se acalmar
também. Antes de uma conversa mais difícil, se observe.
• Fique atento a sua forma de comunicar. Quando for preciso dar uma ordem, esteja no mesmo ambiente,
olhando para seu filho, falando em um tom de voz firme e ao mesmo tempo gentil e respeitoso.
• Manter uma rotina estruturada ajuda muito na condução das atividades do dia a dia. Lembrem-se de
sempre revisar com as crianças como estão se organizando e se precisar levem o tema “Rotina” para a
reunião de famílias.
• Lembrem-se dos benefícios e construções que conseguem sempre que fazem reuniões de família. Esta é
uma ótima ferramenta para que as crianças se sintam pertencentes e importantes e ainda estamos
ensinando habilidades de resolução de problemas para eles.
@barbara_conde.psi
• Sempre que pensar em dar uma consequência para a criança, pergunte-se antes se fazer a resolução
de problemas ajudaria mais.
o Definir o problema juntos (escutar o ponto de vista de ambos os lados), pensar em possíveis
soluções, avaliar as possíveis soluções (é realista? pode funcionar?), colocar em prática uma
e depois avaliar se foi uma boa escolha. Ex: Estou percebendo que você não está querendo
fazer a atividade, o que está acontecendo? Como podemos resolver isso?
• Deixem que as crianças vivenciem as consequências naturais dos seus comportamentos. E cuidado
com falas do tipo: “Eu te avisei...”
• Quando for preciso usar consequência, utilize privilégios que tenham a ver com a tarefa ou com o
cronograma de atividades da criança, porém apenas por um dia. É importante que a criança tenha a
oportunidade de se comportar bem no dia seguinte. Ex: Ao invés de dizer "Se não jantar vai ficar uma
semana sem ouvir história" dizer "Se você demorar muito para jantar não vai dar tempo de ouvir a
história antes de dormir".
• Não se esqueçam que vocês são o modelo de resolução de problemas dos seus filhos. O modo como
vocês lidam com conflitos, como conversam e como regulam as suas emoções servirá como um ótimo
exemplo para eles. Então não tenham receio em assumir quando erram e pedir desculpas, em pedir
um tempo para se acalmarem ou tirar um tempo para pensar em um assunto.
@barbara_conde.psi