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Cisco Packet

Este documento resume uma pesquisa sobre o uso do software Packet Tracer para ensinar Redes de Computadores a profissionais de TI na Bebidas Fruki S.A. A pesquisa envolveu atividades práticas com 6 profissionais ao longo de 8 encontros. Os resultados mostraram que os profissionais melhoraram sua capacidade de projetar redes complexas com o uso do Packet Tracer, apesar de já terem conhecimentos básicos sobre redes.

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Este documento resume uma pesquisa sobre o uso do software Packet Tracer para ensinar Redes de Computadores a profissionais de TI na Bebidas Fruki S.A. A pesquisa envolveu atividades práticas com 6 profissionais ao longo de 8 encontros. Os resultados mostraram que os profissionais melhoraram sua capacidade de projetar redes complexas com o uso do Packet Tracer, apesar de já terem conhecimentos básicos sobre redes.

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UNIVERSIDADE DO VALE DO TAQUARI

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU


MESTRADO PROFISSIONAL EM ENSINO DE CIÊNCIAS EXATAS

USO DO SOFTWARE PACKET TRACER PARA O ENSINO DE


REDES DE COMPUTADORES EM UM ESPAÇO NÃO
FORMAL

Rodrigo Petter

Lajeado, maio de 2021


8

Rodrigo Petter

USO DO SOFTWARE PACKET TRACER PARA O ENSINO DE REDES


DE COMPUTADORES EM UM ESPAÇO NÃO FORMAL

Dissertação do Programa de Pós-Graduação


em Ensino de Ciências Exatas, Universidade
do Vale do Taquari, na área de concentração
Tecnologias, metodologias e recursos
didáticos para o ensino de Ciências.

Orientadora: Professora Drª Márcia Jussara


Hepp Rehfeldt.

Lajeado, maio de 2021


9

AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus, pela saúde física, mental, intelectual e


emocional concedida a mim para o desenvolvimento desta pesquisa mesmo
em um contexto de pandemia. Agradeço também à minha esposa e a meus
dois filhos, por permitirem que o marido e pai, se ausentasse por muitas horas
de afazeres do lar e do convívio familiar para ir em busca de um sonho: tornar-
se um mestre de verdade. Meu muito obrigado aos meus pais, Ilmo Matias
Petter (em memória) e Maria de Lourdes Petter, pelo incentivo, exemplo e
valores disseminados ao longo de minha trajetória de vida pessoal e
profissional. Tenho ciência de que sem eles não teria me tornado uma pessoa
íntegra, ética, honesta, humilde, sonhadora e batalhadora, capaz de superar
obstáculos que se colocam diariamente em nosso caminho.

À minha orientadora, professora doutora Márcia Jussara Hepp Rehfeldt,


por todos os conselhos, puxões de orelhas e desafios impostos a mim ao longo
das orientações. Obrigado também professora Márcia, pela sua disponibilidade
para a leitura de meu trabalho e pelas contribuições dadas para qualificar ainda
mais esta dissertação.
10 ‘

À Bebidas Fruki S.A que me permitiu desenvolver esta prática


pedagógica e coletar os dados para esta pesquisa, bem como aos
profissionais, sujeitos desta investigação.

Aos professores Leonel Pablo Carvalho Tedesco, Maria Claudete Schorr


e Marli Teresinha Quartieri que fizeram parte da banca examinadora desta
pesquisa, pelo tempo destinado para leitura crítica deste estudo e pelas
contribuições dadas a esta dissertação.

Por fim, às amizades que tive o prazer de fazer ao longo do programa de


mestrado, as experiências que colecionei e, por tudo que tenho vivenciado ou
conquistado ao longo de minha vida pessoal e profissional. Sem dúvida, elas
me motivam a trilhar e a buscar novos desafios.

11

RESUMO

O uso da Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), segundo


Moulin, Carvalho e Brião (2019), vem fomentando a emergência de novas
técnicas, práticas ou processos de ensino, entre os quais cita-se a exploração
de distintos softwares. Para averiguar as possibilidades ou contribuições desse
tipo de recurso, foi desenvolvida uma pesquisa, com aproximações de estudo
de caso, no contexto particular da Bebidas Fruki S.A.. A pesquisa tem cunho
qualitativo e foi realizada com 6 profissionais da área de Tecnologia da
Informação, especificamente dos departamentos de Operação e de
Atendimento da Bebidas Fruki S.A.. O problema norteador deste estudo foi o
seguinte: Como o software Packet Tracer pode contribuir para o ensino de
Redes de Computadores aos profissionais de TICs da Bebidas Fruki S.A.?
Para responder ao propósito da pesquisa, as atividades foram desenvolvidas e
classificadas em oito encontros, desenvolvidos com o objetivo: explorar e
avaliar o uso do software Packet Tracer para o ensino de Redes de
Computadores na área de TICs da Bebidas Fruki S.A. Todos os encontros
foram realizados em uma sala virtualizada, com o uso do software Teams. Os
instrumentos de coleta de dados utilizados neste trabalho foram o diário de
campo, um questionário semiestruturado, fotos ou print de tela, vídeos ou
gravações e atividades práticas realizadas no software Packet Tracer. Os
resultados obtidos apontam que os profissionais apresentavam, inicialmente,
alguns conhecimentos prévios, como aplicação de switchs ou roteadores, de
dispositivos (computadores, notebooks e impressoras), de cabeamento ou
conexões para interligação de sub-redes, documentação ou anotações dos
elementos e dispositivos utilizados nas atividades práticas de Redes de
Computadores. No entanto, ao longo dos encontros, durante a execução das
atividades práticas, foi possível identificar que alguns profissionais, apesar de
já possuírem conhecimentos prévios, tiveram dificuldades em assimilar
conceitos e funcionalidades mais avançadas dos elementos swicths e
12 ‘

roteadores. No decorrer da pesquisa, evidencia-se também que, com o uso do


software Packet Tracer e por meio de simulações ou repetições de projetos
(projetos muito próximos da realidade), os profissionais conseguiram mitigar ou
reduzir significativamente suas dificuldades. Por fim, ao comparar a evolução
obtida no ensino de Redes de Computadores considerando a atividade prática
realizada no 1º encontro e a realizada no 8º encontro, percebe-se que o
resultado desta pesquisa foi atingido. Os progressos foram mais visíveis ao
término da atividade prática do último encontro, quando os profissionais
conseguiram desenvolver uma Rede de Computadores com segmentação de
três VLAN’s, de alta disponibilidade, e com dupla abordagem de comunicação
entre as sub-redes da Matriz/Indústria - Lajeado e Indústria – Paverama.
Evidencia-se, que todos os profissionais, sem exceção, entregaram os projetos
de Redes de forma bem-sucedida, ou seja, com êxito.
Palavras-chave: Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), Software,
Packet Tracer, Redes de Computadores, Ensino não formal.


13 ‘

ABSTRACT

The use of Information and Communication Technology (ICT), according to


Moulin, Carvalho and Brião (2019), has encouraged the emergence of new
techniques, practices or learning processes, including the development of
different software. In order to explore the possibilities or contributions of this
type of resource, a study was developed, with case study approaches, in the
specific context of Bebidas Fruki S.A. The research is qualitative in nature and
was conducted with 6 professionals in the field of information technology,
specifically from the Operation and Service Departments of Bebidas Fruki S.A.
The guiding problem of this research was the following: How can the Packet
Tracer software contribute to the teaching of computer networks to the ICT
professionals? To respond to the purpose of the research, the activities were
addressed and classified in eight meetings, with the main objective of exploring
and evaluating the use of Packet Tracer software for teaching Computer
Networks in the ICT area of Bebidas Fruki S.A. All meetings were held in a
virtual room, using the Teams software. The methodology used was data
collection through the field diary, a semi-structured quiz, photographs or
serigraphs, videos or recordings, and hands-on activities performed in the
Packet Tracer software. The results of the studies showed that ICT
professionals already had a basic knowledge of applications, hardware devices
such as switches, routers, desktops, servers, notebooks, and printers as well as
cabling, interconnection of subnets, documentation or notes about the devices
used in their daily activities. However, during the meetings and practical
activities, it was possible to identify that some of these professionals, despite
already having previous knowledge, had difficulties in assimilating more
advanced concepts and functionalities of the switches and routers devices. In
the course of the research, it also became clear that by using the Packet Tracer
Software and through simulations or project iterations (projects that are very
close to reality), the professionals were able to significantly mitigate or reduce
14

their difficulties. Finally, when in the Teaching of Computer Networks we


compared the practical activities carried out in the 1st meeting with the activities
of the 8th meeting, we noticed a significant improvement and we concluded that
the objective of this research was achieved. The progress was more visible at
the end of the practical activities of the last meeting, when the professionals
managed to develop a Computer Network with the segmentation of three
VLAN’s, high availability, and a dual approach of communication between the
subnetworks of the Industry of Lajeado and the Paverama Industry sites. It is
evident that all professionals, without exception, successfully delivered the
Network projects successfully and with excellence.
Keywords: Information and Communication Technology (ICT), Software, Packet
Tracer, Computer Networks, Non-formal Education.


15 ‘

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Sete camadas do modelo OSI ......................................................... 19


Figura 2 - Resumo das camadas ..................................................................... 19
Figura 3 - Modelo OSI e TCP/IP....................................................................... 20
Figura 4 - Exemplo de endereço físico ............................................................. 21
Figura 5 - Conectividade física de um switch em uma Rede local ................... 22
Figura 6 - Conectividade física de um roteador ................................................ 23
Figura 7 - Tela do software Packet Tracer ....................................................... 26
Figura 8 - Confirmação do recebimento do pacote no PC01 ........................... 27
Figura 9 - Organograma da área de Tecnologia da Informação e Comunicação
(TIC) ................................................................................................................. 38
Figura 10 - Desenhos técnicos desenvolvidos pelos profissionais ................... 53
Figura 11 - Uso do software Packet Tracer para a solução do problema
realizado pelo profissional E............................................................................. 55
Figura 12 - Atividade prática “Aula 01” com aplicação de conceitos de ativos e
interligação de dispositivos de departamentos distintos ................................... 59
Figura 13 - Projetos desenvolvidos na atividade prática da “Aula01” ............... 60
Figura 14 - Atividade prática “Aula 02” com aplicação do modelo TCP/IP e suas
referências........................................................................................................ 65
Figura 15 - Atividade prática “Aula 03” com uso do elemento switch e meios
físicos da camada física ................................................................................... 69
16 ‘

Figura 16 - Atividade prática aula 04 – Caso A “Uso de dois switchs para a


comunicação com segmentação dos dispositivos por notebooks e desktops” . 72
Figura 17 - Atividade prática Aula 04 – Caso B “Uso de dois switchs com
segmentação dos dispositivos para se comunicarem apenas entre si, nas suas
sub-redes” ........................................................................................................ 74
Figura 18 - “Uso de dois switchs para segmentação dos dispositivos por
andares do prédio da organização” .................................................................. 76
Figura 19 - Caso A “Uso de dois roteadores, interligando as Redes da Matriz-
Lajeado com o CD Canoas” ............................................................................. 79
Figura 20 - Caso B “Uso de três roteadores, interligando as Redes de Matriz-
Lajeado, CD Canoas e CD Pelotas” ................................................................. 80
Figura 21 - Caso A “Uso de dois roteadores, interligando as Redes da Matriz-
Lajeado com o CD Blumenau” com erros e ajustes propostos......................... 84
Figura 22 - Caso B “Uso de três roteadores, interligando as Redes de Matriz-
Lajeado, CD Caxias do Sul e CD Santo Ângelo”.............................................. 86
Figura 23 - Projeto para interligação de 4 sub-redes distintas, com alta
disponibilidade, e performance da Rede .......................................................... 89
Figura 24 - Resultados obtidos com o projeto de interligação de 4 sub-Redes
distintas, com alta disponibilidade e performance da Rede ............................. 90
Figura 25 - Comparativo de desenhos técnicos dos profissionais “C e F”
realizado no nosso primeiro encontro (Apêndice D), versus desafio proposto no
Apêndice L no ensino de Redes de Computadores da disciplina..................... 92
Figura 26 - Comparativo de desenhos técnicos dos profissionais “A, B, D e E”
realizados no nosso primeiro encontro (Apêndice D), no ensino de Redes de
Computadores da disciplina ............................................................................. 94
Figura 27 - Topologia para estabelecer comunicação entre sub-redes com uso
de roteadores, switchs, meios físicos e dispositivos ........................................ 96
Figura 28 - Resultados obtidos dos profissionais “A e E” com o desafio de
interligação de 4 sub-redes distintas, com alta disponibilidade e performance da
Rede ................................................................................................................. 96
Figura 29 - Resultados obtidos dos profissionais “B, C, D e F” com o desafio de
interligação de 4 sub-redes distintas, com alta disponibilidade e performance da
Rede ................................................................................................................. 98
17 ‘

Figura 30 - Resultado da dinâmica com uso do software Mentimeter ............ 100


Figura 31 - Classificação dos relatos dos profissionais A, B, C, D, E e F da
Fruki ............................................................................................................... 105

18

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Diferenças entre o ensino não formal e formal ............................... 14


Quadro 2 - Triagem de dissertações na CAPES .............................................. 30
Quadro 3 - Triagem de dissertações no Google Acadêmico ............................ 31
Quadro 4 - Detalhamento dos estudos selecionados ....................................... 32
Quadro 5 - Atividades, metodologia e recursos da pesquisa ........................... 40
Quadro 6 - Resultados do questionário eletrônico da pesquisa realizado com os
profissionais “A, B, C, D, E e F”...................................................................... 102
Quadro 7 - Atividades realizadas durante o plano de aulas ........................... 119
19 ‘

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 08

2. REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................... 13

2.1 Espaço / Educação não formal de Ensino .................................................. 13

2.2 Redes de Computadores............................................................................ 17

2.3 O software Packet Tracer ........................................................................... 26

3. ESTUDOS RECENTES NA ÁREA ............................................................... 29

4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ..................................................... 35

4.1 Natureza da Pesquisa e os instrumentos de coleta de dados .................... 35

4.2 Locus da pesquisa e sujeitos envolvidos ................................................... 37

4.3 Delineamento da prática desenvolvida ....................................................... 39

4.4 Análise de dados ........................................................................................ 49

5. ANÁLISE DOS RESULTADOS .................................................................... 51

5.1 Primeiro encontro ....................................................................................... 51

5.2 Segundo encontro ...................................................................................... 63



20

5.3 Terceiro encontro ....................................................................................... 67

5.4 Quarto encontro ......................................................................................... 70

5.5 Quinto encontro .......................................................................................... 77

5.6 Sexto encontro ........................................................................................... 82

5.7 Sétimo encontro ......................................................................................... 87

5.8 Oitavo encontro .......................................................................................... 91

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................... 107

REFERÊNCIAS .............................................................................................. 111

APÊNDICES................................................................................................... 115

APÊNDICE A - TERMO DE CONCORDÂNCIA DA DIREÇÃO DA


INSTITUIÇÃO................................................................................................. 116

APÊNDICE B - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO


(TCLE) ............................................................................................................ 117

APÊNDICE C - PLANO DE AULAS ............................................................... 119

APÊNDICE D - DESAFIO SOBRE REDES DE COMPUTADORES .............. 124

APÊNDICE E - ATIVIDADE PRÁTICA NO SOFTWARE PACKET TRACER


COM ATIVOS PARA ASSIMILAÇÃO DE CONCEITOS DE REDES DE
COMPUTADORES ......................................................................................... 126

APÊNDICE F - ATIVIDADE PRÁTICA NO SOFTWARE PACKET TRACER


COM ATIVOS PARA ASSIMILAÇÃO DE CONCEITOS DE REDES DE
COMPUTADORES ......................................................................................... 128

APÊNDICE G - ATIVIDADE PRÁTICA NO SOFTWARE PACKET TRACER


PARA ASSIMILAÇÃO DO CONTEÚDO DE MEIOS DE TRANSMISSÃO ..... 131

APÊNDICE H - ATIVIDADE PRÁTICA NO SOFTWARE PACKET TRACER


PARA ASSIMILAÇÃO DO CONTEÚDO ........................................................ 133

21

APÊNDICE I - ATIVIDADE PRÁTICA NO SOFTWARE PACKET TRACER


PARA ASSIMILAÇÃO DA CAMADA DE REDE ............................................. 137

APÊNDICE J - ATIVIDADE PRÁTICA NO SOFTWARE PACKET TRACER


PARA ASSIMILAÇÃO DO CONTEÚDO ........................................................ 140

APÊNDICE K - ATIVIDADE PRÁTICA NO SOFTWARE PACKET TRACER


PARA ASSIMILAÇÃO DO CONTEÚDO DA CAMADA DE APLICAÇÃO COM
SEGMENTAÇÃO DE VLANs E DUPLA ABORDAGEM DE COMUNICAÇÃO DA
REDE ............................................................................................................. 143

APÊNDICE L - DESAFIO PROPOSTO DE REDE DE COMPUTADORES COM


SEGMENTAÇÃO DE VLANs E DUPLA ABORDAGEM DE COMUNICAÇÃO145

APÊNDICE M - QUESTIONÁRIO ELETRÔNICO SEMIESTRUTURADO


SOBRE REDES DE COMPUTADORES ........................................................ 147
8

1. INTRODUÇÃO

No percurso de minha vida tive o privilégio, ou melhor, a oportunidade de


conviver com pessoas e profissionais que possuíam uma ótima índole, um bom
coração, além de serem capacitados e terem formação acadêmica. Esses
indivíduos contribuíram na minha trajetória de vida, fomentando minha busca
por novos conhecimentos. Eles repetiam frequentemente que esses
conhecimentos prévios adquiridos ao longo de minha formação pessoal,
contribuiriam para alavancar bons frutos em minha carreira profissional.

Seguindo esses conselhos, em 2004, concluí o curso técnico em


Informática, em 2013 concluí a graduação em Administração - Linha de
Formação Específica em Análise de Sistemas e, em 2016, uma especialização
em Gestão Estratégica de Tecnologia da Informação. Evidencia-se, assim, que
minha formação acadêmica e área de interesse no mercado de trabalho
sempre foram voltadas para a área de Tecnologia da Informação e
Comunicação (TICs).

Atualmente, trabalho nos turnos da manhã e tarde na organização


Bebidas Fruki S.A. como Coordenador de Operações de Tecnologia da
Informação, exercendo papel de liderança nas áreas de Infraestrutura
(operações) e Atendimento (suporte). Minha equipe é composta por quatro
9

profissionais graduados, dois técnicos de informática e três estudantes nas


áreas de Tecnologia da Informação.

Também atuei como docente na Escola Estadual de Educação


Profissional Estrela (EEEPE), localizada na cidade de Estrela-RS, lecionando
as disciplinas de Redes de Computadores1, Redes II, Gerenciamento de Redes
e Segurança de Redes nos anos de 2018 e 2019. Esse foi um momento em
que pude vivenciar e compartilhar conhecimentos teóricos e práticos adquiridos
ao longo de minha trajetória acadêmica e profissional. Essa aproximação com
a docência despertou em mim paixão pela profissão. Por esse motivo, como
profissional e educador nas organizações citadas acima, percebo que a
necessidade e o desafio do uso de recursos tecnológicos para a Educação vêm
crescendo com o ingresso das novas gerações nas corporações e instituições
de ensino. Estas gerações, jovens da contemporaneidade, concebidas como
nativos digitais por Prensky (2001), nasceram e cresceram cercadas de
dispositivos tecnológicos como: computadores, notebooks, smartphones, vídeo
games, entre outros brinquedos e recursos da era digital.

Devido à minha aproximação com estas gerações, fomentei o uso das


Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) no ensino para prototipação
e realização de testes em Redes de Computadores aplicando uma ferramenta
tecnológica aos profissionais da Bebidas Fruki S.A.. O software escolhido para
a pesquisa é o Packet Tracer que permite simular as etapas de planejamento,
desenvolvimento, homologação e implantação de uma Rede de Computadores
em organizações ou instituições de ensino. Possibilita, também, tratar erros
oriundos de conflitos de configurações e parametrizações de elementos e
dispositivos da Rede.

Por meio da inserção do software Packet Tracer no meu local de


trabalho e com base em estudos anteriores - apresentados nos Quadros 2, 3 e
4, neste estudo -, busco formas de reduzir a complexidade de entendimento de
conceitos e da aplicação das Redes de Computadores em organizações,

1 Optou-se neste trabalho por grafar Rede(s) de Computadores e o equivalente Rede(s)


com letra inicial maiúscula por constituir o foco deste estudo.
10

fomentar o uso do software Packet Tracer no ensino de Redes de


Computadores e aprimorar os conhecimentos prévios adquiridos por meio do
uso do software.

Considerando esta nova configuração e devido ao avanço tecnológico


citados acima, a Bebidas Fruki S.A. identificou em seus processos internos a
necessidade de capacitar a equipe de TICs e me concedeu a oportunidade de
desenvolver neste estudo, o tema “Informática na Educação”. Diante disso, o
problema de pesquisa passou a ser o seguinte: “Como o software Packet
Tracer pode contribuir para o ensino de Redes de Computadores aos
profissionais de TICs em um espaço não formal?”. O objetivo geral é “Explorar
e avaliar o uso do software Packet Tracer para o ensino de Redes de
Computadores na área de TICs da Bebidas Fruki S.A. São seus objetivos
específicos:

- Explorar o uso do software Packet Tracer para o ensino de Redes de


Computadores na Bebidas Fruki S.A.

- Aprimorar os conhecimentos prévios adquiridos em Redes de


Computadores por meio do uso do software Packet Tracer.

- Avaliar resultados obtidos com o uso do software Packet Tracer no


ensino de Redes de Computadores em um espaço não formal.

A escolha pelo tema “O uso do software Packet Tracer para prototipação


e testes de Redes de Computadores em um espaço não formal” surgiu a partir
de minha vivência na área de Tecnologia da Informação e Comunicação
(TICs). Vivência essa adquirida, como profissional, educador, e principalmente
após relato de um colega da Bebidas Fruki S.A. de não conseguir simular
parametrizações, configurações, conflitos e eventuais erros em dispositivos de
uma Rede de Computadores de forma preventiva.

O meu objetivo foi encontrar um software que possa auxiliar nas etapas
de planejamento, desenvolvimento, homologação e implantação de uma Rede
de Computadores, em ambiente de prototipação e testes, sem gerar impactos
na operação da organização. Diante desse cenário, passei a realizar leituras
11

sobre possíveis soluções. Mas a curiosidade e o interesse sobre o tema só


aumentaram. A partir disso, iniciei leituras complementares de livros, artigos
citados nesta pesquisa e encontrei o software Packet Tracer.

Com base nas minhas experiências empíricas, esse software pode ser
inserido no ensino corporativo e, dessa forma, a organização poderá passar a
obter os ganhos e/ou vantagens destacadas a seguir: um processo de
prototipação e teste mais fluido, possível redução de riscos no processo de
mudanças ao negócio, ampliação de qualidade nos serviços de TICs
prestados, redução de janelas de prototipação e testes fora do horário
comercial, além de disseminar conhecimento a todos os profissionais da equipe
de TICs. A verificação dos resultados, bem como as vantagens obtidas, são
discutidas no capítulo 5.

Ademais, segundo estudos recentes apresentados no Quadro 4 desta


pesquisa, o software “Packet Tracer” possui uma interface amigável, de fácil
interação com o usuário, permite simular virtualmente etapas de configuração
ou testes de desempenho dos equipamentos, sem necessidade de acervo
físico: gera redução de investimento nas instituições de ensino para construção
e manutenção de laboratórios, evita depreciação de equipamentos e contribui
para os processos de ensino e aprendizagem de profissionais, aliando teoria à
prática (SANTOS, 2015; DA SILVA, 2019; MIRANDA, 2017; COSTA; VIANA;
COUTINHO, 2017; DAMASCENO; DE SOUZA, 2014; PIMENTEL, 2013).

Esta dissertação, para fins de organização foi estruturada da seguinte


forma: no capítulo introdutório, apresento um breve relato de minha trajetória
acadêmica e profissional, o tema, o problema, o objetivo geral, os objetivos
específicos e as justificativas desta pesquisa.

No capítulo seguinte, descrevo o referencial teórico imbricando autores


que versam sobre os conceitos que envolvem este estudo: Espaço não formal
de Ensino, Redes de Computadores, uso e aplicação do software Packet
Tracer em Redes de Computadores.

No capítulo 3, aponto os estudos recentes na área. Saliento que dentre


eles não foi possível identificar nenhum estudo em espaços não formais de
12

ensino. Mas, autores citados apoiam o uso do software “Packet Tracer” para o
ensino de Redes de Computadores. Diante deste cenário, enfatizo que sua
utilização no ensino de Redes de Computadores em um espaço não formal
(Organização Bebidas Fruki S.A.) pode ser um fator benéfico para profissionais
desempenharem com qualidade e aptidão suas rotinas de trabalhos diários em
áreas de TICs.

No capítulo 4, relato os procedimentos metodológicos da pesquisa, bem


como seu delineamento e organização. Apresento o local em que a pesquisa
foi realizada, as atividades planejadas, as alternativas utilizadas para o
desenvolvimento do objeto de estudo pedagógico e a análise dos dados da
pesquisa.

No capítulo 5, descrevo a análise dos dados com comentários dos


profissionais pesquisados, minhas reflexões e imbricações com outros
pesquisadores sobre o tema de Redes de Computadores.

No capítulo 6, apresento as considerações finais da pesquisa, ou seja,


os resultados do estudo e embasamento para novas pesquisas ou práticas a
serem realizadas futuramente por mim nesta pesquisa ou por colegas da área
de atuação.

Por fim, apresento as referências bibliográficas, entre as quais citam-se


livros, artigos e dissertações nos idiomas português, espanhol e inglês.
13

2. REFERENCIAL TEÓRICO

Nesta pesquisa sugeri a inserção do uso do software Packet Tracer na


metodologia de ensino dos profissionais da área de TICs da Bebidas Fruki S.A.
para simular as etapas de planejamento, desenvolvimento, homologação e
implantação de uma Rede de Computadores nas organizações. Nas seções a
seguir, cito referências de autores para embasar conceitos de Espaço não
formal de Ensino, Redes de Computadores, o uso e aplicação do software
Packet Tracer em Redes de Computadores, levando em consideração que o
objetivo maior é ensino de Redes de Computadores aos profissionais da
organização.

2.1 Espaço / Educação não formal de Ensino

Estudos recentes (LOPES et al., 2017; DA GLÓRIA GOHN, 2015)


demonstram que espaços não formais favorecem o uso de recursos
pedagógicos complementares, que métodos diferentes do habitual escolar
produzem arte, experimentos, novos conhecimentos e podem ser adquiridos
por meio de uma linguagem inovadora. Em adição:

[...] a educação não formal socializa os indivíduos, desenvolve


hábitos, atitudes, comportamentos, modos de pensar e de se
14

expressar no uso da linguagem, segundo valores e crenças da


comunidade. Sua finalidade é abrir janelas de conhecimento sobre o
mundo que circunda os indivíduos e suas relações sociais (BARRO;
SANTOS, 2010, p. 06).

Gohm (2011) reforça que a educação não formal ocorre em um espaço


fora da escola, desenvolve-se nos espaços não convencionais da educação.
Afirma, também, que a educação não formal não substitui a educação formal,
porém favorece a construção dos conhecimentos e saberes. Acrescenta o
autor que a educação não formal é aquela que se aprende “no mundo da vida”,
ou seja, no contexto ao qual o indivíduo está inserido.

Para Príncepe (2016), a educação não formal apresenta uma carga de


formalidade reduzida em relação à educação escolar, dispõe de maior
flexibilidade quanto a tempo, espaços, conteúdos e metodologias de trabalho.
O autor ainda ressalta que a maior flexibilidade na metodologia de trabalho não
significa desordem ou falta de planejamento, mas sim que esta liberdade define
sua forma de atuação. Salienta, também, que ela é um acontecimento que
pode fornecer contribuições vindas de experiências do indivíduo em seu
contexto de trabalho, grupo ou sociedade a qual está inserida.
Libâneo (2008, p. 89) complementa que educação não formal
[...] compreende toda atividade educativa organizada e
sistemática que ocorre fora do sistema oficial de ensino, com
o objetivo de facilitar determinados tipos de aprendizagem a
grupos específicos da população. Refere-se àquelas
“atividades com baixo grau de estruturação e sistematização”.

Após ler algumas definições acerca de espaços não formais e formais,


refleti sobre o assunto e elaborei o Quadro 1 em que apresento diferenças
entre os ensinos não formal e formal, à luz de alguns autores. O intuito é
indicar e observar algumas diferenças entre esses espaços de ensino.

Quadro 1 – Diferenças entre o ensino não formal e formal.


Autores Ensino não formal Ensino formal
Gadotti (2005). - O espaço é na cidade - O espaço é na escola e/ou
(Organizações, sindicatos, universidades;
igrejas, entre outros); - Objetivos claros e específicos;
- Diretrizes educacionais difusas; - Diretriz educacional
- Possui estruturas menos centralizada;
hierárquicas e burocráticas; - Possui estruturas hierárquicas e
15

- Marcado pela descontinuidade, burocráticas;


pela eventualidade e pela - Marcado pela formalidade,
informalidade; regularidade e sequencialidade;
- Planos podem ter duração - Planos e cargas horárias bem
variável (flexibilidade do tempo); definidas;
- Não possui órgãos - Possui órgãos fiscalizadores,
fiscalizadores, e pode, ou não, fornecem certificados.
fornecer certificados de
aprendizagem.

Chagas (1993). - Esfera veiculada a museus, - Esfera escolar e de


meios de comunicação, Universidades;
instituições de serviços e eventos; - Altamente estruturada;
- Altamente flexível, de acordo - Programa de ensino pré-
com os desejos do indivíduo; determinado.
- Ensino agradável e espontâneo.
Bruno (2014). - Atividades educativas que - Atividades educativas que
ocorrem fora da escola; ocorrem na escola;
- Atividades não são organizadas - Em um determinado tempo;
por níveis, idades ou conteúdos; - Sistematização sequencial das
- Regras são construídas atividades;
coletivamente; - Por disciplinas e conteúdos;
- Conhecimento é adquirido - Com regulamentos e leis;
através da participação, - Organiza-se por idades e níveis
transmissão ou troca de saberes; de conhecimento;
- Este ensino prepara o cidadão - Com certificação e diplomas.
para o mundo.
Langhi (2009). - Práticas educativas fora do - Ocorre no ambiente escolar ou
ambiente escolar; em estabelecimentos de ensino;
- Sem obrigatoriedade legislativa; - Com estrutura própria e
- Indivíduo possui a liberdade de planejamento.
escolher métodos e conteúdos de - Com obrigatoriedade legislativa.
aprendizagem.
Wille (2014). - Práticas educativas que não - Ocorre em ambientes escolares
estão formalizadas; e acadêmicos;
- Práticas pouco estruturadas e - Práticas estruturadas,
sistematizadas. organizadas e planejadas.
Santos (2017) - Em instituição fora da escola; - Geralmente na escola;
- Pode ser guiado pelo guia ou - Orientado pelo professor;
16

professor; - Aprendizado é avaliado;


-Normalmente o aprendizado não - Sequencial.
é avaliado;
- Tipicamente não sequencial.
Fonte: O autor (2021).

A partir do Quadro 1 é possível constatar que o ensino formal ocorre em


instituições de ensino (escolas, universidades, entre outras), seus conteúdos e
métodos são previamente definidos por órgãos competentes, são sequenciais,
auditados e, sempre avaliados, conduzidos e orientados por um professor.

Já no ensino não formal, as práticas educativas ocorrem fora do


ambiente escolar, normalmente são ministradas em organizações ou
instituições prestadoras de serviços. Seus conteúdos e métodos são
flexibilizados conforme interesse do indivíduo, podendo ou não ser conduzido
pelo professor e, o ensino não costuma ser avaliado.

A partir da leitura do Quadro 1, me identifico, ou melhor, existem


aproximações com esta pesquisa levando em consideração os estudos de
Bruno (2014), que afirma que as atividades ocorrem fora da escola. O autor
acrescenta, que elas normalmente não são organizadas por níveis, idades ou
conteúdos. Por fim, complementa mencionando que as regras são construídas
coletivamente, o conhecimento é adquirido através da participação,
transmissão ou troca de saberes, e que este ensino prepara o cidadão para o
mundo.

Esta pesquisa ocorreu na Fruki, uma organização que atua no ramo


industrial, produzindo e comercializando bebidas. Os conteúdos e práticas
adotados (as) ao longo deste estudo foram flexibilizados (as) para atender ao
público alvo (profissionais da área de Tecnologia da Informação e
Comunicação – TIC), com minha orientação, no papel de professor e sem
avaliações formais (provas). No entanto, coletei os dados para realizar a
análise e tecer algumas considerações acerca do uso do software Packet
Tracer no ensino não formal.
17

Nesse contexto informal de ensino, mobilizei os profissionais da Bebidas


Fruki S.A. a revisitar conceitos de Redes de Computadores citados na próxima
seção.

2.2 Redes de Computadores

Segundo Comer (2016), as Redes de Computadores têm crescido


consideravelmente nos últimos anos. Acrescenta que a comunicação é parte
essencial da infraestrutura em organizações, que necessitam de pessoas
especialistas em Redes para planejar, adquirir, instalar, operar e gerenciar os
sistemas de hardware e software que compõem as Redes de Computadores.
Entendo que as Redes de Computadores podem ser especialmente confusas
para iniciantes, porque mesmo havendo teorias que expliquem o
relacionamento ou interligação entre todas as partes e elementos, elas podem
ser complexas para profissionais sem experiência, ou que estejam ingressando
na área de Redes de Computadores.

Tanenbaum (2011) explica que Redes de Computadores constituem um


compartilhamento de serviços e/ou recursos e permitem que programas,
dispositivos, dados estejam disponíveis e visíveis a todos os indivíduos que
ingressarem na Rede. O autor enfatiza que as Redes atualmente são
imprescindíveis para acesso ágil de informações e também para apoio no
processo de tomada de decisão das pessoas, independentemente de sua
localização física e do porte das organizações.

Para Fernandez (2015), as Redes de Computadores entre dois ou mais


dispositivos possuem aplicação limitada. Acrescenta que, devido a essa
limitação são classificadas em Local Area Network (LAN), Wide Area Network
(WAN), Metropolitan Area Network (MAN) conforme a distância e o alcance,
que são detalhadas a seguir.

Segundo Fernandez (2015, p. 13), Local Area Network (LAN) é uma


Rede que
[...] conecta dispositivos próximos, com distâncias da ordem
de dezenas a centenas de metros, tipicamente instaladas em
prédios. Pelo fato da proximidade apresenta velocidades
18

significativamente maiores do que nas redes WAN e sofre


menos interferência (ruídos) do meio ambiente.

Conforme Fernandez (2015, p. 13), Wide Area Network (WAN) é uma


Rede de
[...] longa distância que conecta dispositivos com distâncias
grandes, da ordem de dezenas ou centenas de quilômetros.
Pelo fato das grandes distâncias a velocidade é geralmente
menor do que alcançadas nas redes locais LAN, pois nesse
caso as interferências e ruídos são fatores limitantes.

Ainda de acordo com Fernandez (2015, p. 13-14), Metropolitan Area


Network (MAN) é uma Rede de
[...] âmbito metropolitano, tipicamente aplicada em cidades,
com distâncias até dezenas de quilômetros. Como nessa
distância as tecnologias de redes LAN não podem ser
utilizadas torna-se necessário o uso de tecnologias de longa
distância WAN. Por esse fato, a nomenclatura MAN tem sido
substituída pela nomenclatura WAN pois são as tecnologias
utilizadas nessas distâncias.

Destaco que dentre as Redes de Computadores citadas acima (LAN,


WAN e MAN), eu, no papel de professor, com uso do software Packet Tracer
desenvolvi em conjunto com os profissionais da Fruki projetos ou atividades
práticas contendo as três Redes. As atividades práticas aplicadas foram
disponibilizadas na seção de Apêndices desta pesquisa. Vale destacar que
nossas Redes possuem distâncias que ficam na ordem de dezenas a centenas
de metros, limitadas a interligações de prédios ou departamentos, como
também estão distribuídas em cidades ou até mesmo estados distintos,
atendendo até dezenas de quilômetros com alta disponibilidade e performance.

Forouzan (2009) ressalta que as Redes de Computadores são utilizadas


para estabelecer a comunicação entre um conjunto de dispositivos
(computadores, impressoras, entre outros) nas organizações, ou seja, as
Redes de Computadores estão mudando a maneira como fazemos negócios e
vivemos. Acrescenta o autor supramencionado que as decisões atualmente
devem ser tomadas de forma cada vez mais rápida e necessitamos obter
acesso imediato às informações. Esta fluidez na comunicação é estabelecida
graças a um padrão internacional, modelo Open Systems Interconnection
(OSI), ou mais divulgado e conhecido como modelo OSI, que será apresentado
19

na próxima seção. Cabe salientar que, ele é mantido pela International


Organization for Standardization (ISO), desde 1970.

2.2.1 Modelos de referência OSI e TCP/IP

O modelo OSI, segundo Forouzan (2009), em teoria, foi arquitetado


numa estrutura de 7 camadas distintas apresentadas na Figura 1, porém
relacionadas entre si, cada uma delas é responsável por uma parte do
processo de transferência dos dados em uma Rede de Computadores.

Figura 1 – Sete camadas do modelo OSI

Fonte: Forouzan (2009, p. 30).

A seguir na Figura 2 apresento o resumo das funções e


responsabilidades de cada uma das camadas, segundo Forouzan (2009).

Figura 2 – Resumo das camadas

Fonte: Forouzan (2009, p. 42).

Porém, o modelo OSI serve apenas como referência para


compreendermos os conceitos e funções das camadas em uma Rede de
20

Computadores. Na prática, para conceber uma Rede, Forouzan (2009) fomenta


o uso de um conjunto de protocolos chamados de TCP/IP, estes protocolos não
seguem exatamente as mesmas camadas do modelo OSI apresentado
anteriormente.

Esse conjunto de protocolos TCP/IP foi dividido em 4 camadas: host-


rede (interface com a Rede), internet, transporte e aplicação. Quando
comparado com o modelo OSI, afirma-se que a camada host-rede equivale à
combinação das camadas física e de enlace de dados. A camada internet
equivale à camada de Rede, e a camada de transporte permanece com a
mesma função. Por fim, a camada de aplicação realiza as funções das
camadas de sessão, apresentação e de aplicação, conforme ilustrado na
Figura 3.

Figura 3 – Modelo OSI e TCP/IP

Fonte: Forouzan (2009, p. 43).

Para o desenvolvimento das nossas atividades práticas, que estão


disponibilizadas na seção de Apêndices, foi de suma importância deter o
conhecimento teórico de cada uma das 7 camadas do modelo OSI (Física,
Enlace de dados, Internet, Transporte, Sessão, Apresentação e Aplicação) com
suas respectivas funções e protocolos. Com o conhecimento do modelo OSI,
os profissionais da Fruki aplicaram os protocolos TCP/IP ao longo dos nossos
encontros com uso do software Packet Tracer. Neste momento, imbricaremos
(meus pesquisados e eu) os conhecimentos teóricos do modelo OSI, com
21

protocolos, funções e elementos do TCI/IP por meio da execução das


atividades práticas de Redes de Computadores desenvolvidas.

A seguir, conforme Forouzan (2009), detalharei em forma de itens as


funcionalidades e protocolos das camadas host-rede, rede, transporte e
aplicação.
a) Camada host-rede (Interface com a Rede), esta camada suporta
todos os protocolos padrões e proprietários. Em resumo, trata-se do endereço
físico de um dispositivo que ingressa na Rede, tecnicamente conhecido como
um nó definido em sua Rede local. Estes endereços variam conforme padrão
escolhido para sua Rede local, porém a maior parte das Redes locais utiliza o
formato ilustrado na Figura 4 de 6 bytes (12 dígitos hexadecimais).
Figura 4 – Exemplo de endereço físico

Fonte: Forouzan (2009, p. 47).

Cada dispositivo que ingressar em uma Rede de Computador local, seja


por par trançado, seja por Rede sem fio, recebeu um endereço físico, os
dispositivos mais conhecidos são: switchs, roteadores, computadores,
notebooks, impressoras e smartphones.

Para Tanenbaum (2011), switchs são equipamentos cuja principal


função é interligar, controlar e gerenciar o tráfego de pacote de dados trocado
entre os dispositivos em sua Rede local. O autor complementa que são
equipamentos com várias portas, existem modelos de 8, 16, 24 e 48 portas
disponíveis pelos fabricantes. Ainda segundo o autor, o switch é capaz de ler o
endereço físico do dispositivo, identificar a porta à qual este está conectado, e
guardar estas informações internamente em sua memória para uso futuro.
Assim, quando o switch receber um dado de um computador, notebook,
impressora ou smartphone para ser transmitido, se o endereço físico destes
equipamentos existir na sua memória, ele sabe para qual porta o dado deverá
ser enviado.

Tanenbaum (2011) afirma e ilustra, por meio da Figura 5, que a


comunicação é estabelecida por meio de um cabeamento físico (par trançado)
22

ou Rede sem fio (wireless). Acrescenta também que todo dispositivo ao


ingressar em uma Rede local, deve se comunicar com o switch para
compartilhar dados ou informações entre si, e complementa que cada cabo
conecta o switch a um único dispositivo.

Figura 5 – Conectividade física de um switch em uma Rede local

Fonte: Tanenbaum (2011, p. 47).

Segundo Forouzan (2009), a principal diferença entre o switch e um


roteador, é que o switch trata todos os dispositivos como se estivessem na
mesma Rede local. Já o roteador consegue isolar a conexão, permitindo que
dispositivos de duas ou mais Redes fisicamente distintas se comuniquem. O
autor acrescenta que o roteador possui a funcionalidade de escolher o caminho
de melhor desempenho entre os dois nós e também de analisar os pacotes
trocados entre os dispositivos para tratar possíveis anomalias em uma Rede de
Computadores.

Na Figura 6, pode-se identificar como ocorre a comunicação entre o


emissor “A10” e o receptor “P95”, por intermédio de um roteador, em 3 Redes
fisicamente distintas / isoladas (LAN1, LAN2 e LAN3).

Figura 6 – Conectividade física de um roteador


23

Fonte: Forouzan (2009, p. 48).

No meu estudo, este elemento (roteador) foi utilizado em várias


atividades práticas desenvolvidas com os profissionais da Fruki. O roteador foi
aplicado para priorizar, direcionar, garantir a integridade dos dados e conceder
às sub-redes (LAN1, LAN2 e LAN3) e seus respectivos dispositivos um melhor
desempenho para as Redes de Computadores.

A seguir é detalhada a funcionalidade da camada de rede.

b) Camada de Rede, esta camada no modelo TCP/IP suporta o


Internetworking Protocol (IP). Acrescenta que o IP é um mecanismo padrão
utilizado para transportar pacotes de dados entre os dispositivos em uma Rede
local. Destaca, além disso, que este mecanismo não dispõe de nenhuma
verificação, tratamento ou correção de erros, entretanto essa funcionalidade
limitada não deve ser considerada um ponto fraco, pois ele provê funções
essenciais de transmissão e permite adicionar funcionalidades necessárias
para obter a máxima eficiência na transmissão dos dados. O autor também
afirma que este protocolo suporta quatro protocolos auxiliares Address
Resolution Protocol (ARP), Reverse Address Resolution Protocol (RARP),
Internet Control Message Protocol (ICMP) e Internet Group Message Protocol
(IGMP), que são detalhados na sequência.

De acordo com Forouzan (2009, p. 44), Address Resolution Protocol


(ARP) é um protocolo
24

[...] usado para associar um endereço lógico a um endereço


físico. Em uma rede física, típica como uma LAN, cada
dispositivo em um link é identificado por um endereço físico
ou de estação geralmente gravado no adaptador de rede
(NIC). O ARP é usado para descobrir o endereço físico do nó
quando o endereço Internet conhecido.

Reverse Address Resolution Protocol (RARP) é um protocolo que,


segundo explicação de Forouzan (2009, p. 44),
[...] permite que um host descubra seu endereço de internet
quando conhece apenas seu físico. É utilizado quando um
computador é conectado a uma rede pela primeira vez ou
quando um computador sem disco é ligado.

Ainda conforme Forouzan (2009, p. 44), Internet Control Message


Protocol (ICMP) é um protocolo
[..] usado por hosts e gateways para enviar notificações de
problemas ocorridos com datagramas de volta ao emissor. O
ICMP envia mensagens de consulta e de notificações de
erros.

Por fim, Forouzan (2009, p. 44) explica que Internet Group Message
Protocol (IGMP) trata-se de um protocolo “usado para facilitar a transmissão
simultânea de uma mensagem a um grupo de destinatários”.

Neste estudo todos os protocolos citados acima foram aplicados e


praticados ao longo dos encontros. O protocolo IP para transportar pacotes de
dados entre os dispositivos: computador, notebook, impressora, switch e
roteador; o protocolo ARP para identificar os dispositivos que estabeleceram
alguma comunicação na Rede; e, ICMP para identificar e tratar possíveis erros
ou problemas que venham a ocorrer ao configurar ou simular a comunicação
entre os dispositivos das Redes de Computadores.

A seguir é detalhada a funcionalidade da camada de transporte.

C) Camada de transporte, é representada no modelo TCP/IP por três


protocolos: o User Datagram Protocol (UDP), o Transmission Control Protocol
(TCP), e o Stream Control Transmission Protocol (SCTP). Ainda consoante o
mesmo autor, o propósito de todos os protocolos é transmitir um pacote de
dados de um dispositivo físico ao outro. Na sequência, detalham-se as
especificidades de cada protocolo.
25

User Datagram Protocol (UDP), para Forouzan (2009, p. 45), é um


protocolo

[...] mais simples dos três protocolos de transporte padrão


TCP/IP. É um protocolo processo a processo que adiciona em
seu cabeçalho apenas endereços de portas de origem e
destino, controle de erros, e informações do comprimento do
campo de dados proveniente das camadas superiores.

Já o Transmission Control Protocol (TCP) é um protocolo

[...] de transporte de fluxo confiável. O termo fluxo, neste


contexto, significa orientado à conexão: uma conexão tem de
ser estabelecida entre ambas as extremidades de uma
transmissão antes de qualquer uma delas possa iniciar a
transmissão de dados (Forouzan, 2009, p. 45).

De acordo com Forouzan (2009, p. 45), Stream Control Transmission


Protocol (SCTP), trata-se de um protocolo

[...] que provê suporte a aplicações mais recentes, como voz


sobre IP. Trata-se de um protocolo de camada de transporte
que combina o que há de melhor no UDP e no TCP.

Todos esses protocolos foram explanados aos profissionais, no entanto


apenas os protocolos UDP e TCP foram praticados com uso do software
Packet Tracer. O protocolo UDP, ao simular o envio e transporte de um pacote
de stream de vídeo, e o TCP nas demais comunicações estabelecidas entre os
dispositivos e elementos das Redes de Computadores.

A seguir é detalhada a funcionalidade da camada de aplicação.

d) Camada de aplicação, no modelo TCP/IP equivale às camadas de


sessão, apresentação e de aplicação do modelo OSI. Na camada de sessão, o
objetivo é estabelecer, gerenciar e encerrar sessões ativas; na camada de
apresentação, traduzir, criptografar e comprimir o pacote de dados a ser
encaminhado; e, na camada de aplicação, possibilitar o acesso aos recursos e
serviços da Rede local.

Sob o sistema operacional da estação de trabalho e com uso dos


modelos de referências citados acima, é instalado o software Packet Tracer,
que será apresentado no próximo subcapítulo.
26

2.3 O software Packet Tracer

O Packet Tracer, software que foi utilizado nesta pesquisa, é, segundo


Cabarkapa (2015), desenvolvido pela Cisco Systems Inc. e utilizado pela Cisco
Networking Academy Program (CNAP) em provas de certificação de Redes de
Computadores como Cisco Certified Network Associate (CCNA), Cisco
Certified Networking Professional (CCNP), entre outras para qualificação de
profissionais ao mercado de trabalho. O supracitado autor complementa que
este software conta com um ambiente virtual interativo, em modo gráfico e
texto, permitindo criar e configurar cenários realistas e simular a conectividade
dos dispositivos na Rede de Computadores.

Na Figura 7, ilustro a área de trabalho do software Packet Tracer.

Figura 7 – Tela do software Packet Tracer

Fonte: O autor (2021), com base no software.

O software Packet Tracer, para Makasiranondh (2010), consiste em uma


ferramenta de simulação de Rede de Computadores para o ensino. O autor
acrescenta que o software permite aos profissionais criar Redes, configurar
dispositivos, injetar pacotes de dados para simular o tráfego entre dispositivos
e observar os resultados obtidos na Rede de Computadores.

Pinheiro (2009) salienta que os simuladores podem representar


graficamente situações difíceis e reais vivenciadas no dia a dia de profissionais,
conforme ilustrado na Figura 8. Segundo o autor, por meio dos simuladores é
possível ilustrar situações reais sem correr riscos de gerar indisponibilidade na
27

operação (paradas indesejadas) ou danificar equipamentos que possuem um


custo significativo para manutenção.

Figura 8 – Confirmação do recebimento do pacote no PC01

Fonte: Pinheiro (2009, p. 3).

O Cisco Packet Tracer, de acordo com Jesin (2014), é um simulador que


pode ser usado não apenas por alunos, mas também por gerentes e
administradores de Rede. Este software provê uma ampla gama de switchs e
roteadores Cisco, disponibiliza os mais comuns meios físicos de comunicação
(Rede sem fio, Rede cabeada, via fibra óptica e cabo UTP - Unshielded
Twisted Pair), vários dispositivos finais como computadores, notebooks,
impressoras e servidores. Conforme explica o autor supramencionado, este
software pode ser usado também para criar exercícios práticos de baixa ou alta
complexidade e ser aplicado nas organizações para especificação ou desenho
técnico de Redes de Computadores.

Neste estudo, o software Packet Tracer foi utilizado com objetivo de


explorar as funcionalidades, os protocolos, as configurações e identificar erros
em parametrizações de elementos ou dispositivos que podem ingressar nas
Redes de Computadores ao longo das nossas atividades práticas
desenvolvidas em um espaço não formal de ensino. O software também
permitiu aprimorar conhecimentos prévios sobre o tema, desenvolvendo e
aplicando casos reais oriundos de projetos ou demandas existentes na Fruki.
28

No capítulo a seguir, evidencia-se por meio de dissertações e artigos


publicados, o uso e a aplicação desse software em espaços não formais de
ensino.
29

3. ESTUDOS RECENTES NA ÁREA

Para o desenvolvimento desta seção - estudos recentes na área -, iniciei


a consulta pelo Catálogo de Teses & Dissertações da CAPES, disponível em
http://catalogodeteses.capes.gov.br/catalogo-teses/#!/. O termo de busca
utilizado foi “Packet Tracer” e obtive um número de 905 trabalhos acadêmicos
já desenvolvidos por outros autores. A partir de então, passei a inserir mais
variáveis no bloco de “refinamentos de busca” disponível no portal, como o tipo
“Mestrado”, que resultou em 547 pesquisas. Dentre as pesquisas, busquei
estratificar no portal da CAPES, quantas eram: artigos, eventos, dissertações
ou teses. Com o intuito de obter uma consulta com maior qualidade, inseri mais
uma variável na pesquisa e filtrei por ano de publicação. Selecionei apenas as
dissertações de 2018 e 2019 do portal, por se tratar das mais recentes. As
dissertações de 2018 representavam 69 publicações, mais 55 publicações no
ano de 2019, totalizando 124 estudos publicados.

Nesses estudos, realizei uma consulta pela expressão “Packet Tracer”.


Quando não apresentado texto completo do autor, realizei a consulta nos
resumos. Nesses estudos, não encontrei nenhuma pesquisa voltada para o
ensino de Redes de Computadores utilizando o software Packet Tracer,
independentemente do espaço de ensino, visto que o meu objetivo era
encontrar o uso em espaços não formais.
30

O fato de não ter encontrado nenhuma dissertação sobre o tema em


espaços não formais motivou-me ainda mais para o desenvolvimento desta
pesquisa, pois trata-se de um tema inovador, contemporâneo, uma
necessidade latente nas organizações, e o mercado busca profissionais
qualificados para atuarem nesses projetos.

Diante desse cenário, realizei uma nova busca no portal da CAPES com
a expressão “Simulador Packet Tracer em Redes de Computadores”, Tipo
“Mestrado” e Anos “2015, 2016, 2017 e 2018”, e obtive um número expressivo:
155 mil resultados.

Devido a este resultado, inclui mais o filtro “Nome do Programa =


Ciência da Computação”, encontrando um total de 954 estudos publicados.
Percorri todas as páginas e estudos buscando as expressões “Simulador” e/ou
“Packet Tracer” em seus títulos, mas encontrei apenas um estudo que remetia
ao tema da presente proposta - “USO DO SOFTWARE PACKET TRACER
PARA O ENSINO DE REDES DE COMPUTADORES” - , porém a aplicação
desse estudo ocorreu em um espaço formal de ensino. O trabalho foi publicado
em 2015 e é apresentado no Quadro 2.

Quadro 2 – Triagem de dissertações na CAPES


Título Autor Instituição Ano de Espaço
publicação
Uso de Simuladores Walter dos Universidade 2015 Formal de
como ferramenta no Santos FUMEC, Belo Ensino.
Ensino-Aprendizagem de Horizonte
Redes de Computadores.
Fonte: O autor (2021).

Também realizei consultas no portal da Biblioteca Digital Brasileira de


Teses e Dissertações (BDTD), disponível em http://bdtd.ibict.br. Para a busca
foi utilizada a expressão “Simulador Redes de Computadores”, “Packet Tracer”
e “Simulador Packet Tracer” e filtros: Tipo documento “Dissertação”, Idioma
“Português” e Assunto “Redes de Computadores”. Resultaram dessa busca 29
estudos publicados e, em cada uma das publicações, foi pesquisada a palavra
chave “Packet Tracer”, momento em que novamente não identifiquei nenhum
estudo que remetesse ao tema desta pesquisa.
31

Após as tentativas sinalizadas acima, realizei novas consultas no portal


do Google Acadêmico, disponível em https://scholar.google.com.br/scholar?q=.
Os termos de busca foram “Packet Tracer” e “Simulador Packet Tracer”, com
os filtros: de ano (2013 a 2020), e idioma (português). O objetivo da pesquisa
foi encontrar dissertações/artigos publicados que utilizassem a ferramenta
Packet Tracer para o ensino de Redes de Computadores em espaços não
formais. Os resultados estão ilustrados no Quadro 3.

Quadro 3 – Triagem de dissertações no Google Acadêmico


Título Autor Instituição Ano de Espaço
publicação
Uso do Cisco Packet Rodrigo Ronner Instituto Federal 2019 Formal de
Tracer como Tertulino da Silva. do Rio Grande do Ensino.
ferramenta no Norte - Campus
ensino- Mossoró
aprendizagem de
Redes de
Computadores no
IFRN–Campus
Mossoró.
Uso de Simulações Elbe Alves Universidade 2017 Formal de
Computacionais no Miranda. Federal Ensino.
Ensino de Redes de Fluminense - RJ
Computadores.
Um Relato sobre a Vitor Rodrigues Universidade 2017 Formal de
Monitoria da Costa Federal do Ceará Ensino.
Disciplina de Redes
de Computadores no
Curso de Sistemas e
Mídias Digitais.
Um Simulador para Eduardo Universidade 2014 Formal de
Treinamento em Filgueiras Tecnológica Ensino.
Instalação e Damasceno e Federal do Paraná
Reparação de Redes Hevander Gabriel
de Computadores. P. de Souza
Estudo e Celso Ary Universidade 2013 Formal de
implementação de Pimentel Tecnológica Ensino.
uma estrutura de Federal do
Rede. Paraná
Fonte: O autor (2021).

Conforme ilustrado nos Quadros 2 e 3 acima, não foi possível identificar


nas pesquisas nenhum estudo em espaços não formais de ensino. Todavia,
autores citados acima apoiam o uso do software “Packet Tracer” para o ensino
de Redes de Computadores.

No Quadro 4, nos itens “Título e Objetivo”, destaco que os


dados/informações/autores dos estudos foram copiados de alguns estudos,
32

mas estão indicados como citação direta. Quando não houve cópia direta,
realizei uma síntese destes itens com base na interpretação e/ou sob os
resultados dos artigos. Tal ação foi realizada por os itens não estarem
explícitos ao longo do estudo. Para os demais itens, são apresentadas as
sínteses das investigações analisadas.

Quadro 4 – Detalhamento dos estudos selecionados nos quadros 2 e 3.

Título Objetivo Metodologia de Resultados


coleta e analise
dos resultados

Uso de Simuladores Identificar as Realizado Foi comprovado


como ferramenta no contribuições do levantamento de que o simulador
Ensino-Aprendizagem de uso de softwares dados com as turmas Cisco Packet
Redes de Computadores simuladores de do curso superior de Tracer pode
(SANTOS, 2015, p. 1). Redes, como Tecnologias em contribuir nos
estratégias no Redes de processos de
processo de Computadores, ensino e
ensino- baseado na aprendizagem,
aprendizagem do aplicação de baseado no modelo
conteúdo de Redes questionários para de ensino Flipped
de Computadores alunos e professores. Classroom, e
(SANTOS, 2015, p. indiretamente pode
7). contribuir também
para que
instituições não
invistam em
laboratórios físicos
para atender ao
conteúdo do ensino
de Redes de
Computadores.

Uso do Cisco Packet Investigar as A coleta dos dados Foi identificado que
Tracer como ferramenta contribuições do ocorreu a partir da o software Packet
no ensino-aprendizagem uso de softwares aplicação de um Tracer é aderente
de Redes de simuladores de questionário ao ensino quando
Computadores no IFRN– Redes, mais destinado aos alunos direcionado por um
Campus Mossoró (DA especificamente o do curso de docente,
SILVA, 2019, p. 67). Cisco Packet Informática, nas proporcionando aos
Tracer, como modalidades técnico alunos um ótimo
ferramenta no integrado e entedimento da
ensino- subsequente, com prática. Concluiu-se
aprendizagem da cunho quali- também que o
disciplina de quantitativo. simulador
Redes, no IFRN - desempenha um
Campus Mossoró importante papel
(DA SILVA, para a
OLIVEIRA, 2019, compreensão dos
p. 67). conteúdos de
Redes de
Computadores.
33

Uso de Simulações Pesquisar quais os A coleta de dados Foi identificado que


Computacionais no simuladores mais ocorreu através da o software Packet
Ensino de Redes de adequados para aplicação de três Tracer foi o mais
Computadores uso no ensino de práticas de aderente dentre os
(MIRANDA, 2017, p. 1). Redes e laboratório, em que pesquisados, por
desenvolver foi exemplificado se tratar do mais
práticas de como podemos fazer fácil de usar e de
laboratório para o uso dos se entender.
auxiliar o simuladores no dia a Concluiu-se
aprendizado dos dia para enriquecer o também que com
conceitos teóricos ensino de Redes de ele foi possível
básicos de Redes Computadores. simular as três
de Computadores práticas de
(MIRANDA, 2017, laboratório
p. 3). abordadas na
pesquisa.

Um Relato sobre a Permitir a seleção A coleta dos dados As atividades de


Monitoria da Disciplina de dos diferentes ocorre através de monitoria tiveram
Redes de Computadores protocolos e tratar atividades práticas boa aceitação e
no Curso de Sistemas e problemas de desenvolvidas melhoria no
Mídias Digitais (COSTA, comunicação nas previamente e aprendizado dos
VIANA e COUTINHO, ferramentas aplicadas pelo alunos, devido ao
2017, p. 1). (COSTA, VIANA e docente aos alunos. alinhamento dos
COUTINHO, 2017, assuntos teóricos e
p. 5). práticos com uso
da ferramenta
Packet Tracer.

Um Simulador para Apresentar a A coleta dos dados Concluiu-se que o


Treinamento em ferramenta e se deu no ensino simulador Packet
Instalação e Reparação propor uma profissionalizante, Tracer possibilitou
de Redes de investigação sobre através de uma uma interação
Computadores a concepção atividade prática dinâmica do
(DAMASCENO e pedagógica deste desenvolvida usuário com o
SOUZA, 2014, p. 1). uso (DAMASCENO previamente e sistema sem a
e SOUZA, 2014, p. aplicada aos alunos necessidade de
1). em laboratório. acervo físico, o que
favoreceu a
preservação do
equipamento e
evitou danos ao
patrimônio.

Estudo e implementação Implementar uma Pesquisa A pesquisa


de uma estrutura de estrutura de Rede bibliográfica para bibliográfica trouxe
Rede (PIMENTEL, 2013, hierárquica implementação de o embasamento
p. 1). levando em uma Rede de teórico para a
consideração a Computadores escolha dos
segurança, utilizando os equipamentos e
disponibilidade e recursos Cisco funções
integridade dos Packet Tracer e pretendidas.
dados (PIMENTEL, Laboratório de Permitiu também o
2013, p. 11). Redes da UTFPR. uso do software
Packet Tracer em
laboratório para
que os
conhecimentos
adquiridos ao longo
do estudo fossem
34

aplicados,
simulados e
testados seu
desempenhos.

Fonte: O autor (2021).

Diante desse cenário de pesquisa apresentado no Quadro 4 e com a


necessidade latente, no mercado de trabalho, de profissionais capacitados
sobre o tema, enfatizo que a utilização do software Packet Tracer no ensino de
Redes de Computadores em um espaço não formal (Organização Bebidas
Fruki S.A.) é apropriado para profissionais desempenharem com qualidade e
aptidão suas rotinas de trabalhos diários em áreas de TICs relacionadas a
Redes de Computadores.

Reitero que os estudos em espaços formais de ensino citados


anteriormente apresentaram resultados relevantes: o software Packet Tracer
possui interface amigável, de fácil interação com o usuário, e permite simular
virtualmente etapas de configuração/testes de desempenho dos equipamentos
sem necessidade de acervo físico. Acrescento que o software permite gerar
redução de investimento nas instituições de ensino para construção e
manutenção de laboratórios, evita depreciação de equipamentos e contribui
para os processos de ensino e aprendizagem de profissionais, aliando teoria à
prática.

Devido aos benefícios sinalizados acima posso considerar que o


software Packet Tracer é aderente também nos espaços não formais de
ensino. Por este motivo foi desenvolvido o estudo na organização com o intuito
de atender aos objetivos já expostos anteriormente.

A seguir, apresento os procedimentos metodológicos utilizados neste


estudo.
35

4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O presente capítulo busca descrever os procedimentos metodológicos


da pesquisa, bem como foram planejados seu delineamento e sua
organização. Apresento o local em que a pesquisa foi realizada, as atividades
planejadas e exploradas, bem como as alternativas utilizadas para o
desenvolvimento do objeto de estudo pedagógico.

4.1 Natureza da pesquisa e os instrumentos de coleta de dados

Esta pesquisa teve uma abordagem qualitativa e apresenta aproximação


de um estudo de caso. Segundo Yin (2005), o método de pesquisa qualitativo
consiste em um modo de aprofundar um estudo visando à resolução de um
problema, respondendo a questionamentos que o pesquisador desenvolveu
sobre o objeto. Para Yin (2005), um estudo de caso é uma investigação
contemporânea dentro de seu contexto real. Assim, embasado no autor
supracitado, o estudo de caso utiliza-se de técnicas de coletas de dados como
diário de campo, questionários eletrônicos semiestruturados, fotos ou print de
tela, vídeos ou gravações das aulas virtualizadas, comentários, relatos,
registros computacionais e atividades práticas realizadas no software Packet
Tracer para solução do problema de pesquisa “Como o software Packet Tracer
36

pode contribuir para o ensino de Redes de Computadores aos profissionais de


TICs da Bebidas Fruki S.A.?”

Acrescento também, que esta pesquisa foi qualitativa, por estar sendo
realizada no contexto particular da Bebidas Fruki S.A. e utilizar-se de atividades
não numéricas (projetos de redes de computadores).

Para comprovar e registrar a evolução da pesquisa qualitativa, foi


apresentado aos profissionais o desafio sobre Redes de Computadores.
Solicitou-se, também, que cada profissional tirasse um print/fotografia da tela
do seu computador contendo o esboço técnico desenvolvido, solicitou-se que
todas as atividades desenvolvidas fossem disponibilizadas no repositório das
aulas e fosse utilizado o software Microsoft Forms para aplicar, realizar e
armazenar os questionários semiestruturados no formato eletrônico ou digital.

Segundo Vasconcelos et al. (2007), a pesquisa eletrônica ou digital


possui as seguintes características: ser encaminhada por e-mail ao público-
alvo, conter o endereço eletrônico para obter acesso e responder ao
questionário, primar pelo anonimato dos participantes e normalmente, ao final,
ser enviada com as respectivas informações ao responsável pela pesquisa. O
autor afirma também que o questionário confere confiança ao pesquisador e
possibilita a comparação de informações entre os participantes pesquisados.

Além disso, permeando todas as práticas, coletei evidências das


atividades desenvolvidas de cada profissional por meio do diário de campo.
Reforço que a principal prática em que todas as atividades e suas resoluções
foram registradas foi o diário de campo, cuja finalidade é obter um registro
completo e detalhado da pesquisa. Segundo Lewgoy (2002), o diário de campo
é um instrumento de registro de pesquisa, de anotações pessoais no qual o
estudante fundamenta o conhecimento teórico e/ou prático vivenciado no
objeto de estudo, por meio do relato de suas experiências.

Em síntese, os instrumentos de coleta de dados utilizados nesta


pesquisa foram diário de campo, questionário semiestruturado, fotos ou print de
tela, vídeos ou gravações e atividades práticas realizadas no software Packet
Tracer.
37

Na próxima seção está descrito o Delineamento da Pesquisa, apontando


o local e os personagens da pesquisa.

4.2 Locus da pesquisa e sujeitos envolvidos

A pesquisa foi aplicada na Bebidas Fruki S.A., uma empresa com 96


anos de história. Fundada por Emílio Kirst em 29 de abril de 1924, a empresa
iniciou produzindo cerveja, vinhos, licores e água de soda. Desde então, é
administrada por descendentes da família que prezam principalmente pela
característica familiar do negócio, em que as pessoas são valorizadas (FRUKI,
20202).

Até 2021 sua principal atividade é a produção, comercialização e


distribuição de bebidas, e as suas linhas de produtos evoluíram para atender a
tendência de consumo de bebidas mais saudáveis. A ética e relacionamento de
confiança são valores fundamentais que permeiam o negócio desde a sua
fundação, não só com seus clientes, mas também com acionistas,
profissionais, sociedade e fornecedores.

O pioneirismo é outra característica fundamental da Fruki. Como


exemplo posso citar a compra de um computador em 1980, a instalação da
primeira Estação de Tratamento de Efluentes da região e uma das primeiras do
estado em 1988, a implantação de práticas de sustentabilidade já na década de
1990, em 2018 a migração de seu datacenter físico para a nuvem da Microsoft
e, em 2020, o advento da switch de produtos do Office365 para aprimorar a
experiência dos seus profissionais.

A empresa atua no mercado do RS e SC e conta com aproximadamente


900 profissionais e 30 mil clientes ativos. Para atender a este contexto, conta
com seis centros de distribuição, um em Lajeado junto à unidade industrial, e
os demais em Canoas, Pelotas, Santo Ângelo, Caxias do Sul e Blumenau.

2 Os dados citados neste parágrafo, e nos cinco seguintes, foram extraídos do site da
Bebidas Fruki S.A.. Disponível em: <https://www.fruki.com.br/a_fruki/nossa_historia>. Acesso
em 03 abril. 2020.
38

Possui também oito centros de vendas: em Lajeado, Canoas, Osório, Rio


Grande, Caxias do Sul, Santa Cruz do Sul, Santa Maria e Passo Fundo.

Destes 900 profissionais, 24 estão alocados na área de Tecnologia da


Informação e Comunicação. Este estudo foi aplicado apenas nas equipes de
atendimento e operações, conforme apresentado na Figura 9.

Figura 9 – Organograma da área de Tecnologia da Informação e Comunicação


(TIC).

Fonte: O autor (2021).

Destes oito profissionais destacados na Figura 9 (Atendimento e


Operação), consegui envolver apenas seis em todas as atividades planejadas.
Acrescento que os profissionais são meus colaboradores, atuam na mesma
equipe/organização, por este motivo podem fazer com que os resultados
favoreçam o desenvolvimento da pesquisa. Tal aderência foi um pouco
39

prejudicada devido as atividades terem sido aplicadas durante a pandemia da


covid-19, fora do horário comercial (durante a noite). Estes 6 profissionais,
foram do sexo masculino, com idade média de 26 anos, com formação técnica
e graduação nas áreas de Tecnologia da Informação.

A seguir apresento o delineamento da prática deste estudo.

4.3 Delineamento da prática desenvolvida

Este estudo de caso foi aplicado em um espaço não formal de ensino,


na Matriz da Bebidas Fruki S.A., localizada na cidade de Lajeado – RS, com
uma turma de profissionais da área de Tecnologia da Informação e
Comunicação (TICs). Conforme disponibilizado no Apêndice A, tenho
autorização da direção para sua realização. Também foi coletada, com cada
profissional, a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(TCLE) disponibilizado no Apêndice B. As atividades da pesquisa foram
realizadas em 8 encontros virtualizados com uso do software Microsoft Teams3.
Os referidos encontros, que ocorreram fora do horário comercial, foram
gravados e conciliados com as demais atividades dos profissionais da área de
TICs, durante 8 semanas. Cada encontro teve a duração de 3 horas,
totalizando 24 horas de trabalho. A proposta de aulas disponibilizada no
Apêndice C foi agendada previamente com os profissionais e apresentada por
mim de forma dialogada e explicativa utilizando os recursos tecnológicos
disponíveis no software Microsoft Teams. As gravações e materiais de apoio
utilizados nos encontros foram disponibilizados em uma área específica na
Rede da empresa.

Para sintetizar os encontros descritos a seguir, apresento, no Quadro 5,


as atividades realizadas, os instrumentos e os recursos utilizados.

3 Microsoft Teams: software de mensageria de texto, vídeo conferência e salas


virtualizadas.
40

Quadro 5 – Atividades, metodologia e recursos da pesquisa.

Competência
Enc
s e
ont Atividades Metodologia Recursos
habilidades
ros
esperadas

Aula Apresentação da • Aula expositiva • Notebook • Instalação do


01 proposta das aulas, dialogada; /Desktop; software Packet
desafio sobre Redes de • Apresentação • Repositóri Tracer nas
Computadores e da ementa da o para estações de
introdução de conceitos disciplina, materiais
trabalho dos
cronograma de apoio;
básicos sobre o tema. das aulas e profissionais;
sistema de • Esforço
• Apresentação avaliação; de 3 horas • Inserção dos
do desafio por dispositivos ou
“Como você • Apresentação profission
representaria a do problema; al; elementos
Rede de (computador,
Computadores • Projeção/Comp • Uso do
notebook,
disponibilizada artilhamento de software
no Apêndice slides. Microsoft switchs e
D?”. Esta Teams; cabeamento) no
atividade busca simulador de
coletar • Uso do
conhecimentos software rede de
prévios dos Mentimete computadores;
profissionais r;
sobre o tema; • Simulação
• Uso do
básica de
• Explanação dos software
conceitos Microsoft conectividade e
básicos de Forms; comunicação
Redes de
• Atividade entre os switchs
Computadores:
prática e dispositivos
o Definições, para
(computador,
história, assimilaçã
o do notebooks) da
casos de
uso, ativos conteúdo Rede.
de Redes, e
classificaçã nivelamen
o de to.
Redes,
topologias
de Redes e
meios
físicos de
transmissã
41

o.

• Apresentação
virtual dos
principais ativos
de uma Rede
de
Computadores.

• Atividade
prática para
assimilação do
conteúdo
(Apêndice E).

Aula Modelos de referência e • Aula expositiva • Conhecimento


02 padronização OSI e dialogada; teórico da
TCP/IP. • Projeção/Comp arquitetura das
artilhamento de redes de
• Explanação dos slides.
modelos de computadores,
referência, funcionalidades
padronização e recursos de
OSI e TCP/IP;
cada uma das
• Atividade camadas da
prática para
rede;
assimilação do
conteúdo
• Análise críticas
(Apêndice F).
de dispositivos
e elementos
básicos das
redes de
computadores
para tratar
incidentes do
cotidiano de um
administrador
de redes.

Aula Camada Física. • Conheciment


03 o teórico e
• Revisão dos
modelos de prático sobre
referência e os meios
padronização físicos para
OSI e TCP/IP
estabelecer
vistos na aula
42

anterior; a
conectividad
• Explanação dos
componentes e entre as
da camada redes de
física em uma
computadore
Rede de
Computadores: s (Cabo
UTP, Fibra
o Meios de
Óptica, entre
transmissã
o outros).
magnético,
par
trançado,
coaxial,
fibra óptica
e sem fio.

• Atividade
prática para
assimilação do
conteúdo
(Apêndice G).

Aula Camada de Enlace. • Conheciment


04 o teórico e
• Explanação da
função da prático para
camada de configuração
Enlace em uma da
Rede de
segmentaçã
Computadores.
o de Redes
o Métodos de
(entre
detecção e
correção de andares,
erros, prédios e
protocolos
classes de
de acesso,
endereçam dispositivos)
entos (MAC e tratar
e ARP), incidentes do
protocolo
cotidiano de
Ethernet e
Redes um
locais administrado
virtuais
r de Redes.
(VLAN).

• Atividade
43

prática para
assimilação do
conteúdo
(Apêndice H).

Aula Camada de Rede. • Conheciment


05 o teórico e
• Explanação da
função da prático para
camada de inserção e
Rede em uma configuração
Rede de
do elemento
Computadores:
“roteador”
o Apresentaç
em Redes
ão do
funcioname de
nto de Computador
roteadores,
es;
interligação
de Redes,
• Priorização
protocolo
IP, de rotas e
endereçam alta
ento
disponibilida
IPv4/IPv6 e
máscara de de de dados.
Rede.

• Apresentação
das
funcionalidades
do software
Packet Tracer;

• Atividade
prática para
assimilação do
conteúdo
(Apêndice I).

Aula Camada de Transporte. • Tratamento


06 de incidentes
• Explanação da
função, de
protocolos e roteamento e
serviços da comunicação
camada de
entre as
transporte:
redes de
o Função da
uma
camada de
transporte,
44

protocolos organização;
TCP e
UDP, • Vivenciada
serviços de
análise
NAT e
QOS. crítica de um
problema de
• Atividade
conectividad
prática para
assimilação do e entre as
conteúdo Redes.
(Apêndice J).

Aula Camada de Aplicação. • Segmentaçã


07 o,
• Explanação das
funções da priorização
camada de de rotas,
aplicação, suas aplicação de
arquiteturas e
alta
serviços de
transporte disponibilida
disponíveis; de e dupla

• Apresentação abordagem
dos principais de dados em
protocolos e Redes de
serviços: HTTP,
POP, IMAP, Computador
SMTP, FTP e es.
VOIP;

• Atividade
prática para
assimilação do
conteúdo
(Apêndice K).

Aula Desafio proposto • Realização de • Apresentaçã


08 um desafio com o dos
• Demonstração uso do software
do conheciment
Packet Tracer
conhecimento da Cisco; os obtidos
obtido através em todos os
de um desafio • Envio dos
questionários encontros;
(Apêndice L).
eletrônicos
• Envio de semiestruturado • Capacitação
endereço s. ou aptidão
eletrônico para
para gerir
aplicação do
questionário Redes de
semiestruturad Computador
45

o (Apêndice M). es de
organizaçõe
• Fechamento e
avaliação da s.
satisfação dos
profissionais
quanto ao
plano de aulas
executado.

Fonte: O autor (2021).

Diante desse contexto, descrevo a seguir cada encontro, em ordem


cronológica. Na primeira aula, os profissionais diante de seu dispositivo
(computador e/ou notebook), obtiveram acesso aos seus e-mails e, de posse
do link e/ou URL disponibilizado previamente por mim nas suas agendas
eletrônicas, ingressaram na sala de aula virtualizada, local onde foram
ministradas e gravadas todas as aulas. Nesse momento projetei e compartilhei
slides para apresentar a proposta pedagógica. Em seguida, apresentei o
problema inicial: “Como você ilustraria de forma gráfica a Rede de
Computadores apresentada (disponibilizada no Apêndice D)?”. O objetivo desta
atividade foi fomentar que cada profissional desenvolvesse um esboço técnico
da Rede de Computadores utilizando um Papel A3, lápis, pincel, borracha,
régua ou algum aplicativo disponível no seu computador/notebook (Paint,
Word, Excel, PowerPoint, entre outros), sumarizando seus conhecimentos
prévios sobre o tema, com criatividade, individualmente, ou seja, sem o meu
auxílio, tampouco de seus colegas. O prazo para realização e entrega desta
atividade foi até o intervalo, ou seja, de aproximadamente 40 minutos. O
objetivo desta tarefa foi coletar evidências sobre o conhecimento prévio de
cada profissional, para posteriormente analisar e comparar sua evolução
técnica deles ao final dos 8 encontros virtualizados planejados. Na sequência,
introduzi o conteúdo sobre a evolução cronológica das Redes, bem como
conceitos básicos: elementos, componentes, classificações, topologias, meios
físicos e ativos das Redes de Computadores disponibilizados no Apêndice C.
Após nivelamento da fundamentação teórica, apresentei virtualmente, por meio
de Slides, os principais ativos: switchs, roteadores, dispositivos e tipos de
meios físicos utilizados para a interligação de Redes. E por fim, realizei, em
conjunto com os profissionais, uma atividade prática no software Packet Tracer
46

para assimilação de conceitos, configuração dos ativos via interface gráfica e


por meio de linhas de comandos (interface CLI), conforme Apêndice E. Essa
atividade prática foi compartilhada com os profissionais por meio de um
repositório restrito, criado especificamente para atender ao plano de aulas,
onde foram postados os materiais de apoio e atividades das aulas. Nessa
mesma seção foi adicionada uma área de entrega da tarefa. Nela, cada
profissional publicou os projetos desenvolvidos por meio do software Packet
Tracer para posterior análise e estudo do professor/pesquisador.

No segundo encontro, inicialmente reconheci com os profissionais, por


meio de uma aula expositiva e com uso de slides, os modelos de referências
OSI (aplicação e fluxo de dados) com suas 7 camadas: 7-Aplicação, 6-
Apresentação, 5-Sessão, 4-Transporte, 3-Rede, 2-Enlace e 1-Física, e TCP/IP
(protocolos) com suas 4 camadas: 4-Aplicação, 3-Transporte, 2-Internet e 1-
Rede. O objetivo desse encontro foi compreender a arquitetura de
comunicação e o trajeto/caminho que os dados percorrem entre dispositivos
das Redes de Computadores. Por fim, os profissionais tiveram a oportunidade
de desenvolver, aplicar seus conhecimentos adquiridos na prática e simular
sua primeira Rede de Computadores com uso do software Packet Tracer por
meio da execução da atividade disponibilizada no Apêndice F. Ela foi
disponibilizada pelo professor e entregue ao final da aula pelos profissionais no
repositório/diretório da “aula 02”, ilustrado anteriormente.

No terceiro encontro, na primeira parte da aula, realizei uma revisão por


meio de slides das duas últimas aulas. A revisão ocorreu de forma expositiva,
também demonstrei os componentes da camada física, suas características,
tipos e meios de transmissão. Na segunda parte da aula, os profissionais
realizaram uma atividade prática no software Packet Tracer para assimilar o
conteúdo disponibilizado no Apêndice G. A atividade consistiu na construção
de duas Redes de Computadores com interligação das sub-redes e seus
respectivos dispositivos. O primeiro caso “A”, com uso do cabo UTP, e o
segundo Caso “B”, com uso de Fibra Óptica. O uso do software Packet Tracer
permitiu que os profissionais desenvolvessem as Redes alternando os ativos
(switchs compatíveis com as portas Ethernet e Fibra Óptica) e meios físicos
47

das mesmas. E, por fim, os profissionais publicaram seus projetos


desenvolvidos por meio do software Packet Tracer na área de entrega da “aula
03” para posterior correção e eventuais esclarecimentos de dúvidas.

No quarto encontro, reconheci com os profissionais, por meio de slides e


de forma expositiva/dialogada a camada de Enlace, sua função, métodos de
detecção, protocolos de acesso, endereçamentos, protocolo Ethernet e Redes
locais. Após o esclarecimento de eventuais dúvidas, os profissionais receberam
uma atividade prática disponibilizada no Apêndice H, que foi explorada com
uso do software Packet Tracer para segmentação de duas Redes “Caso A” e
“Caso B”. No “Caso A”, a comunicação (transferência e recepção dos pacotes
de dados) da Rede foi segmentada/restrita para ocorrer apenas entre os
dispositivos “NOTE01” e “NOTE02”, ou seja, “NOTE01” e/ou “NOTE02” não
conseguiram estabelecer a comunicação com “DESK01” e/ou “DESK02”, ou
vice-versa. No “Caso B” a comunicação somente foi permitida entre os
dispositivos da mesma sub-rede, ou seja, foi permitida a comunicação apenas
entre os dispositivos “DESK01” e “NOTE01” ou “DESK02” e “NOTE02”. Não foi
permitido que dispositivos de sub-redes diferentes se comunicassem devido à
segmentação/restrição parametrizada na Rede de Computadores. Ao final da
aula, cada profissional publicou seus projetos desenvolvidos por meio do
software Packet Tracer na área de entrega da “aula 04” para posterior correção
e eventuais esclarecimentos de dúvidas.

No quinto encontro, na primeira parte da aula reconheci com os


profissionais por meio de slides e de forma expositiva/dialogada a camada de
Rede, sua função, funcionalidade de roteadores, interligação de Redes,
protocolo IP, endereçamento IPV4 e IPV6 e máscara de Rede. Na segunda
parte da aula, junto com os profissionais, reconheci, por meio do software
Packet Tracer, funcionalidades mais complexas de roteamento, momento em
que os profissionais realizaram uma atividade prática no software para criação,
configuração e simulação da comunicação entre os dispositivos em duas
Redes de Computadores para assimilarem o conteúdo disponibilizado no
Apêndice I. Ao término da atividade, cada profissional publicou seu projeto na
48

área de entrega da “aula 05” para posterior análise e estudo do


professor/pesquisador.

No sexto encontro, reconheci com os profissionais por meio de slides e


de forma expositiva/dialogada, a camada de Transporte, função, protocolos
TCP e UDP, serviço de NAT e QOS em Redes de Computadores. Restando
aproximadamente 40 minutos de aula, os profissionais receberam uma
atividade prática, disponibilizada no Apêndice J, que foi realizada no software
Packet Tracer. Nela, os profissionais tiveram que identificar nos projetos
disponibilizados o motivo pelo qual a comunicação não estava sendo bem
sucedida entre as sub-redes “Matriz - Lajeado”, “CD Blumenau”, “CD Caxias do
Sul”, “CD Santo Ângelo” e seus respectivos dispositivos. Ao término da
atividade, cada profissional publicou seu projeto na área de entrega da “aula
06” para posterior análise e estudo do professor/pesquisador.

No sétimo encontro, reconheci com os profissionais, por meio de slides e


de forma expositiva/dialogada, a camada de Aplicação, sua função, arquitetura,
protocolos e serviços (HTTP, POP, IMAP, SMTP, FTP, VOIP, entre outros). Na
segunda parte da aula, os profissionais receberam uma atividade prática
disponibilizada no Apêndice K: onde revisamos conceitos e práticas estudadas
anteriormente ao longo de nossos encontros para configuração dos
elementos/ativos, como IP, Máscara, Gateway, Segmentação (VLANs),
Roteamento e dupla abordagem de comunicação (comunicação redundante)
da Rede. O projeto possuía o propósito de interligar 4 sub-redes distintas
(Indústria – Lajeado, Indústria – Paverama, CD Canoas e CD Blumenau), com
alta disponibilidade, e garantia de que não haveria colisões ou perda de
pacotes nas transações realizadas na Rede. Ao término da atividade, cada
profissional publicou seu projeto na área de entrega da “aula 07” para posterior
análise e estudo do professor/pesquisador.

No último encontro, oitava aula, os profissionais realizaram um desafio


disponibilizado no Apêndice L, momento em que eles demonstraram os
conhecimentos e habilidades adquiridas na “disciplina” ao construir uma Rede
de Computadores no software Packet Tracer, com alta disponibilidade,
interligando 4 sub-redes fisicamente distintas, sem ruídos e perdas no
49

transporte dos pacotes de dados entre os dispositivos. Ao término da atividade,


os profissionais postaram o projeto no repositório da disciplina, na “aula 08”.
Conforme ocorria a entrega da atividade, o professor/pesquisador, juntamente
com cada profissional, realizou a importação individual do respectivo projeto
para seu notebook pessoal/profissional e realizou a simulação no software
Packet Tracer do envio e recebimento dos pacotes de dados entre os
dispositivos (computador, notebooks, entre outros) das sub-redes para testar a
comunicação. Foi dada a devolutiva do êxito ou não do desafio proposto e
foram esclarecidas ao grupo eventuais dúvidas em relação à atividade. Após,
os 6 profissionais responderam em 5 minutos à enquete/nuvem de palavras
que possuía a seguinte pergunta: “Pontos positivos sobre o planejamento e
metodologia das aulas?” Essa atividade foi parametrizada/desenvolvida com
uso do software Mentimeter4 e compartilhada por meio do link/URL e cada
profissional citou 5 palavras que definiram nossos encontros. Por fim, foi
compartilhado o link/URL do software Microsoft Forms e os profissionais
tiveram o prazo de 15 dias para responder a um questionário eletrônico
semiestruturado disponibilizado no Apêndice M, cujo objetivo foi coletar dados,
classificá-los, transformá-los em evidências, sustentando assim o uso e
aplicação do software Packet Tracer em espaços não formais de ensino.

A seguir detalho como realizei a análise dos dados.

4.4 Análise de dados

Neste estudo a análise dos resultados foi realizada de forma descritiva.


Segundo Gonçalves (1978), a análise descritiva consiste na extração de
informações contidas nos resultados do estudo. Para o autor, é importante ter
definidas as características de interesse que deverão ser verificadas e também,
se houver “n” elementos considerados, estes fornecerão “n” valores associados
a uma dada característica de interesse. De forma particular, descrevo cada um
dos 8 encontros, em ordem cronológica, relatando como cada aula foi
4 Software Mentimeter: software que permite formar “nuvens de palavras” a partir de
questionamentos realizados a um público-alvo específico. As palavras repetidas são
apresentadas em destaque na tela do software.
50

desenvolvida, os resultados obtidos e evidenciados pelos instrumentos de


coleta de dados. Ainda irei imbricar os resultados obtidos com autores que
utilizei no referencial teórico.

Acrescento que os dados são oriundos de uma turma composta por 6


profissionais da Fruki, os quais serão representados nesta pesquisa pelas
siglas Profissional A, Profissional B, Profissional C, ..., Profissional F. Todas as
informações coletadas são originadas de técnicas de coletas de dados, como
diário de campo, questionários eletrônicos semiestruturados, fotos ou print de
tela, vídeos ou gravações das aulas virtualizadas, comentários, relatos,
registros computacionais e atividades práticas realizadas pelos profissionais ou
por mim durante e após a intervenção pedagógica. Complemento que estas
fontes de dados são cruciais para responder aos objetivos desta pesquisa.

Com posse dos dados, seguindo pressupostos descritos acima,


apresento no próximo capítulo a análise dos resultados deste estudo.
51

5. ANÁLISE DOS RESULTADOS

Neste capítulo descrevo como ocorreu o tratamento e classificação dos


dados. Apresento também a análise de cada um dos oito encontros com seus
respectivos questionamentos, reflexões, relatos, comentários, com imbricações
para justificar as minhas respostas quando pertinente. Destaco novamente que
o planejamento inicial dos nossos encontros era presencial, mas devido à
pandemia da Covid-19, nossos encontros foram adaptados para o formato de
aulas virtualizadas, por meio do software Teams. Tal ação foi necessária para
atender ao novo contexto no qual eu e os profissionais desta pesquisa
estávamos inseridos. Complemento afirmando que foram tomados todos os
cuidados necessários ao longo deste capítulo para manter o anonimato dos
profissionais envolvidos nesta pesquisa.

5.1 Primeiro encontro

No primeiro encontro, realizado no dia 20 de novembro de 2020, em


uma sala virtualizada com uso do software Teams, apresentei aos 6
profissionais o plano de aulas disponibilizado no Apêndice C, plano com
duração de 24 horas/aula e um total de 8 encontros. Na oportunidade
52

destaquei as atividades planejadas com sua respectiva duração, metodologias


de ensino e recursos utilizados para o desenvolvimento das aulas. Solicitei que,
na medida do possível, as câmeras de seus computadores ou notebooks
fossem mantidas abertas para que houvesse maior interação e também para
facilitar a coleta de reações, expressões e gestos de cada profissional em um
espaço não formal de ensino.

De posse de seus dispositivos, os profissionais foram desafiados a


solucionar o problema: Como você ilustraria de forma gráfica a Rede de
Computadores apresentada (disponibilizada no Apêndice D)? Para essa
atividade, deixei à escolha de cada profissional os tipos de recursos a serem
utilizados: papel, lápis, caneta, borracha, régua ou softwares computacionais.
Pedi que utilizassem sua criatividade. Nesse momento o profissional “F”
questiona: a) “A interligação das unidades deve ocorrer através de links?”. Já o
profissional “A” questiona: b) “o ERP está instalado/configurado na matriz?”, e
os profissionais “D e F” questionam: c) “além de estabelecer a comunicação
entre as unidades, os dispositivos da mesma unidade devem se comunicar
entre si?”. Respondi aos profissionais na ordem dos questionamentos citados
acima: a) “Quanto à integração das unidades, podem utilizar a criatividade de
vocês e optar pelo meio físico (cabo UTP, Fibra, Rádio ou Wireless) que
julgarem mais adequado”; b) “Quanto ao local ou unidade de instalação e
configuração do ERP, utilizem sua criatividade, pois isso depende de vários
fatores, necessidades e estratégias da organização, fatores como quantidade
de dispositivos, usuários, construção da primeira unida, entre outros”; e c)
“quanto à comunicação interna entre os dispositivos da sub-rede, sim, deverão
se comunicar entre si para que possam compartilhar serviços, dados e
informações entre sim”. Tais questionamentos foram pertinentes para
esclarecer o escopo, direcionar a atividade e levantar por meio de um desenho
técnico o conhecimento prévio de cada profissional sobre Redes de
Computadores.

Para a execução e conclusão da prática os profissionais tiveram 40


minutos. Os primeiros a concluírem a atividade foram os profissionais “E e F”,
que levaram 25 minutos; na sequência o profissional “C e A”, que a concluíram
53

em 30 minutos, e o profissional “D” em 35 minutos. O profissional “B” não


conseguiu finalizar dentro do tempo estipulado e relatou que faltariam detalhes.
Devido a este relato, acrescentei mais 2 minutos ao tempo total da atividade,
ou seja, levou 42 minutos, com o seguinte comentário “Meu deus, nem deu
tempo de pensar em servidor” (profissional “B”). A diferença de tempo entre os
primeiros profissionais a concluírem e o último foi de 17 minutos, ou seja, foram
consideradas, para a execução da atividade afirmações de Moran (2015), que
menciona que o ensino individual ou em grupo deve respeitar o ritmo e estilo
de cada aluno e pode ser combinado com desafios, integração de tempos,
espaços e uso de tecnologias digitais (softwares).

Apresento o resultado desta atividade prática na Figura 10


contemplando os seis desenhos realizados.

Figura 10 – Desenhos técnicos desenvolvidos pelos profissionais.

Fonte: O autor (2021), com base nos desenhos dos profissionais.

Nos desenhos técnicos apresentados é possível perceber que os


profissionais possuem um conhecimento prévio sobre o tema ao ilustrarem os
seguintes elementos: a) switchs ou roteadores destacados com um círculo ou
elipse na cor “vermelha”. Para Forouzan (2009), o switch é um equipamento
que estabelece, controla e gerencia dispositivos que estão conectados em uma
mesma Rede local. Já o roteador consegue isolar a conexão, permitindo que
54

dispositivos de duas ou mais Redes fisicamente distintas se comuniquem. O


autor acrescenta que o roteador possui a funcionalidade de escolher o caminho
mais performático entre os dois nós e também de analisar os pacotes trocados
entre os dispositivos para tratar possíveis anomalias em uma Rede de
Computadores; b) Dispositivos destacados com um círculo ou elipse na cor
“azul”. Segundo Forouzan (2009), são equipamentos ou recursos
computacionais utilizados para compartilhar serviços em uma Rede de
Computadores. O autor destaca os computadores, notebooks, servidores e
impressoras como os mais utilizados em Redes de Computadores; c)
Conexões para interligações das sub-redes destacadas com um círculo ou
elipse na cor “verde”. Jesin (2014) afirma que os meios físicos, como cabo
UTP, fibra ótica ou wireless permitem estabelecer a comunicação entre sub-
redes e interligar dispositivos em Redes de Computadores; e d) Documentação
ou anotações de todos os elementos citados nos itens anteriores para facilitar a
compreensão da Redes de Computadores, estas destacadas com um círculo
ou elipse na cor “laranja”. É possível também evidenciar que, para o
desenvolvimento desta prática, os profissionais “C e F” utilizaram como
recursos papel e caneta. Já os demais, a maioria, utilizaram recursos
computacionais para a realização da atividade. O profissional “A” utilizou o
software Power Point; o profissional “B”, o software Lucidchart; o profissional
“D”, o software Vision. O software Packet Tracer, que merece um destaque, foi
utilizado pelo profissional “E”, e este desenho técnico é apresentado na Figura
11. Reforço que este software Packet Tracer foi utilizado ao longo das demais
aulas planejadas para esta pesquisa.
55

Figura 11 – Uso do software Packet Tracer para a solução do problema


realizado pelo profissional E.

Fonte: Desenho do profissional E.

Dando continuidade à análise dos desenhos técnicos, faço-me as


seguintes perguntas: Por que alguns profissionais optaram por fazer estas
ilustrações/desenhos técnicos no papel se são da área de Tecnologia da
Informação e Comunicação (TICs)? Por que não utilizaram recursos
computacionais? Não questionei os profissionais durante a intervenção
pedagógica, consequentemente não tenho como responder a essas perguntas.
Acredito, entretanto, que o fizeram por terem sido submetidos a um desafio, por
se tratar de algo novo para eles. Em pesquisas breves realizadas sobre o tema,
encontrei esta afirmação: “os computadores são usados para acessar fatos já
confirmados, para reproduzir grande parte do que é feito com o lápis e o papel
[...]” (VALENTE, 2011, p. 23). Assim, os questionamentos permanecem para
reflexão ou, talvez, para serem abordados em uma pesquisa futura.

Após entrega dos desenhos técnicos, tivemos um momento em que, no


papel de pesquisador fiz alguns questionamentos. A primeira pergunta: a) “Em
algum momento na sua formação, nos cursos técnicos ou graduação, algum
56

professor ou pesquisador pediu para que vocês externassem seus


conhecimentos prévios sobre determinado tema que iriam aprender?”. Todos
os profissionais, sem exceção, responderam “Não/Nunca”. A segunda
pergunta: b) Vocês acreditam que esta atividade e/ou prática foi bem-sucedida
e conduzida para termos uma fotografia do conhecimento prévio de cada um
de vocês sobre Redes de Computadores?” A essa pergunta todos os
profissionais, sem exceção, responderam “Sim/Acreditamos”. Quero destacar,
no entanto, a fala do profissional “D”, o qual afirmou que “contribuiu para sua
autoavaliação”, e a do “A”, o qual acredita que a “prática estabelece um
nivelamento de conhecimento para a evolução da pesquisa/disciplina e para
obter o êxito ao final dos 8 encontros”, ou seja, eles acreditam que será
perceptível o aprimoramento do ensino e dos conhecimentos de cada
profissional sobre o tema.

Ressalto que essa atividade permitiu que eu “tirasse uma fotografia” dos
conhecimentos prévios de cada um dos profissionais sobre o tema “Redes de
Computadores”, fotografia que foi imprescindível para avaliar, ao final dos 8
encontros, a evolução dos profissionais quanto aos conhecimentos sobre
Redes de Computadores. Da Silva (2005) afirma que, para um ensino
significativo, o professor deve buscar, por meio de técnicas ou atividades, os
conhecimentos que o aluno já possui, ou seja, os conhecimentos prévios sobre
o tema. O autor acrescenta que, para sua evolução no ensino, além dos
conhecimentos prévios, também devem ser consideradas as relações afetivas
com familiares, colegas e amigos, pois elas podem favorecer para o
aprimoramento do seu conhecimento em sala de aula.

Na sequência, solicitei que cada profissional apresentasse seu desenho


técnico aos demais colegas, momento em que eu, no papel de pesquisador,
realizei alguns questionamentos e destaco os que julgo mais pertinentes para a
pesquisa: a) Profissional “E”, por que você colocou a matriz ao centro e as
demais unidades nas bordas/pontas? Resposta do profissional “E”: “porque na
minha lógica considerei que a matriz tenha sido a primeira planta a ser
construída, e na sequência vieram as demais unidades/filiais que foram
interligadas/conectadas à matriz”. A partir da resposta do profissional “E”,
57

realizei o próximo questionamento ao grande grupo: b) Vocês identificam entre


a matriz e unidade/filial de Florianópolis um ponto único de falha? Como
resposta, o profissional “F” mencionou: “sim, um único meio físico”, e “C”
ressaltou: “sim, um único switch”. Considerando essas respostas, realizei um
novo questionamento ao profissional “A”: c) Por que você representou no seu
desenho uma Rede com alta disponibilidade, ou seja, dois meios físicos
estabelecendo a comunicação entre as sub-redes, swithcs e routers?
Respondeu “A”: “Porque já vi uma Rede com estas características
implementada e funcional”. E por fim, fiz a última pergunta a todos os
profissionais: d) Vocês acreditam que um software que permitisse desenvolver
e simular estes desenhos técnicos apresentados recentemente facilitaria
verificar a interação/comunicação de dispositivos/elementos entre as sub-
redes? Obtive as seguintes respostas: os profissionais “A e F” afirmam que
sim, pois conseguiriam identificar se há conflitos; o profissional “C” também
concordou, afirmando que, com o uso do software seria, possível simular a
comunicação entre os dispositivos/elementos e identificar possíveis erros de
parametrizações da Rede. O profissional “F” complementou a resposta do
profissional “C” e ressaltou que também seria possível validar se os
dispositivos estão se comunicando entre as sub-redes e validar se estão sendo
entregues pacotes de dados entre os dispositivos da Rede”.

Entendo que estes questionamentos contribuíram para que os


profissionais refletissem e percebessem a aplicação prática dos desenhos
técnicos e o uso dos softwares para simularem um contexto real das
organizações/instituições. Minha colocação está alinhada com a afirmação de
Cabarkapa (2015), o qual reitera que o software Packet Tracer permite criar e
configurar cenários realistas, ou seja, projetos/desenhos técnicos que simulem
a conectividade das Redes de Computadores em um contexto real e vivenciado
nas organizações.

Após a primeira etapa de levantamento de conhecimentos técnicos,


introduzi a parte teórica do nosso primeiro encontro e iniciei o processo de
aprimoramento dos conhecimentos prévios dos profissionais sobre Redes de
Computadores, isto é, passo a levantar evidências para justificar o atingimento
do meu segundo objetivo específico “Aprimorar os conhecimentos prévios
58

adquiridos em Redes de Computadores por meio do uso do software Packet


Tracer”. Nessa oportunidade, propiciei aos profissionais uma reflexão sobre o
seguinte questionamento: “O que são Redes de Computadores para vocês?”
Pedi ainda que, para esta atividade, não fosse consultada nenhuma fonte
externa (material, google, entre outras). Os profissionais “C e D” responderam:
uma interligação de dispositivos/computadores?; profissional “E”: “meios de
comunicação”; profissional “A”: “conjunto de dispositivos que trocam
informações entre si e permitem que vários usuários consigam interagir por
meio dessa Rede de comunicação”; profissional “D”: “compartilhamento de
dados”; e o profissional “B” responde: “troca de informações”.

Nesse sentido, Tanenbaum (2011) salienta que Redes de Computadores


são compartilhamento de serviços e/ou recursos, elas permitem que
programas, dispositivos, dados estejam disponíveis e visíveis a todos os
indivíduos que ingressarem na Rede. Em consonância ao aporte teórico
supracitado, evidenciamos (docente e profissionais) que todas as respostas,
sem exceção, estão corretas e alinhadas com o referencial teórico. Em outras
palavras, chegamos ao consenso de que aliar teoria à prática aprimora o
ensino sobre Redes de Computadores e facilita a assimilação do conteúdo.

Por fim, realizamos uma nova atividade disponibilizada no Apêndice E,


na qual tivemos o primeiro contato com o software Packet Tracer. Nesse
primeiro contato, respeitando o tempo de cada profissional, demonstrei a
atividade prática com o uso do software Packet Tracer. Nessa atividade, os
profissionais acompanham a inserção de elementos, dispositivos, meios físicos
e realizam a configuração de cada um dos itens seguindo minhas orientações.
Tal atividade foi de suma importância para que eu pudesse, nas atividades
seguintes, delegar a responsabilidade de execução aos profissionais, levantar
evidências das práticas, passar a colecioná-las ao longo de todas as atividades
e responder ao primeiro objetivo específico: “Explorar o uso do software Packet
Tracer para o ensino de Redes de Computadores em um espaço não formal”. A
seguir, na Figura 12, apresento um desenho técnico da atividade, em que
ilustro uma Rede de Computadores com 2 ativos (switchs), os quais estão
interligados com 5 dispositivos dos departamentos de compras e controladoria,
em um mesmo espaço físico.
59

Figura 12 – Atividade prática “Aula 01” com aplicação de conceitos de ativos e


interligação de dispositivos de departamentos distintos.

Fonte: O autor (2021).

Essa primeira atividade prática foi demonstrativa, ou seja, eu, no papel


de professor, demonstrei passo a passo como desenvolver/criar nossa primeira
Rede de Computadores no software Packet Tracer. Nessa atividade, respeitei o
tempo de cada profissional para inserir os elementos (switchs, dispositivos e
meios físicos) na área de trabalho do software Packet Tracer, adicionar notas
das especificações técnicas em cada elemento, parametrizar os mesmos via
interface gráfica ou por linhas de comando (IP e Máscara), estabelecer a
conexão dos dispositivos/elementos com seus respectivos meios físicos,
interligar sub-redes e também testar a conectividade/comunicação entre cada
um dos dispositivos da Rede de Computadores. Tais projetos e evidências
estão sendo apresentados na Figura 13.
60

Figura 13 – Projetos desenvolvidos na atividade prática da “Aula01”.

Fonte: O autor (2021), com base nos desenhos dos profissionais.

Ao analisar e comparar a Figura 13, desenvolvida pelos profissionais,


com a Figura 12, proposta por mim como atividade prática, é possível
evidenciar que os profissionais inseriram os elementos (switchs, dispositivos e
meios físicos) na área de trabalho do software Packet Tracer com êxito.
Também compreenderam a importância de adicionar notas das especificações
técnicas em cada elemento (ao diferenciar as sub-redes “controladoria e
compras”, ao definir os nomes dos dispositivos com seus respectivos IP’s e
Máscaras), bem como utilizar as notas para facilitar a parametrização dos
mesmos via interface gráfica ou por linhas de comando (IP e Máscara),
estabelecer a conexão dos dispositivos/elementos com seus respectivos meios
físicos (cabo UTP), interligar sub-redes e também como testar a
conectividade/comunicação entre cada um dos dispositivos da Rede de
Computadores. Dessa forma, considero que os profissionais vivenciaram e
exploraram os recursos do software Packet Tracer em um contexto real de
Redes de Computadores ao escolher, inserir, parametrizar e testar a
comunicação entre os elementos e dispositivos da Rede. Para Forouzan
(2009), cada dispositivo que ingressar na Rede de Computadores recebe um
endereço físico (IP e Máscara), e esses endereços variam conforme desenho
61

técnico ou projeto previamente definido pelo administrador da Rede. O autor


acrescenta que esse endereço físico é o responsável por permitir o egresso de
equipamentos mais conhecidos, como switchs, computadores, notebooks ou
impressoras na Rede e também por compartilhar dados ou estabelecer a
comunicação entre eles.

Após demonstração e término da atividade, surgiram estes


questionamentos: a) profissional “F”: “como faço para arrastar a anotação
dentro da área de trabalho?”; b) profissional “B”: “na Fruki possuímos desenhos
técnicos similares aos que iremos desenvolver ao longo das aulas?”; c)
profissional “F”: “como faço para excluir ou sobrescrever o IP do switch via
interface de linha de comando?”; d) profissional “E”: “como faço para reiniciar
via linha de comando o switch?”; e e) profissional “F”: “como faço para salvar
as configurações do switch mesmo que ele seja desenergizado ou reiniciado?”
Todos os questionamentos levantados acima foram demonstrados na prática
com o uso do software Packet Tracer seguindo estes procedimentos: a) Clique
com o botão esquerdo do mouse sobre a anotação, mantenha-o pressionado e,
em seguida arraste o ponteiro do mouse até o local desejado; b) Sim,
possuímos, eles ficam sob responsabilidade da área de operações, com os
analistas de infraestrutura; c) Para sobrescrever o IP do switch via linha de
comando você deverá acessar as configurações do switch, ingressar na aba
“CLI”, pressionar a tecla “Enter” do teclado para ativar o modo texto, digitar
“enable” e pressionar novamente a tecla “Enter” do teclado, digitar “configure” e
pressionar a tecla “Enter” do teclado, digitar “ip host” + endereço lógico do
elemento a ser definido + máscara lógica a ser definida para o elemento (ex.: ip
host 172.18.3.254 255.255.255.0); d) Para reiniciar o switch, você deverá
acessar as suas configurações, ingressar na aba “CLI”, pressionar a tecla
“Enter” do teclado para ativar o modo texto, digitar “enable” e pressionar
novamente a tecla “Enter” do teclado, digitar “reload” + pressionar a tecla
“Enter” + confirmar a operação pressionado a tecla “Enter” novamente e
aguardar por aproximadamente 30 segundo para a reinicialização completa do
equipamento; e) Para gravar as configurações do switch e garantir que as
parametrizações já setadas anteriormente não sejam perdidas em uma
situação de desenergização ou reinicialização do equipamento, você deverá
62

acessar as suas configurações, ingressar na aba “CLI”, pressionar a tecla


“Enter” do teclado para ativar o modo texto, digitar “enable” e pressionar a tecla
“Enter” do teclado, digitar “copy running-config startup-config”, pressionar a
tecla “Enter” e confirmar o salvamento das configurações de inicialização do
equipamento pressionando novamente a tecla “Enter”.

Analisando os questionamentos e as reflexões citadas anteriormente,


destaco em especial as perguntas “c), d) e e)”, que se referem ao elemento
“switch”, um elemento com funcionalidades e recursos complexos, como
interligação, controle e gerenciamento do tráfego de dados trocados entre os
dispositivos da Rede. Os questionamentos dos profissionais demonstram que
eles prestaram atenção, identificaram que tais necessidades ou manutenções
podem ser necessárias na rotina de um administrador de Redes e quiseram
aproveitar a oportunidade para irem além do conteúdo planejado e proposto
por mim para nosso primeiro encontro. Tais parametrizações citadas são úteis
para o administrador de Redes sustentar e gerenciar as Redes de
Computadores nas organizações. Por esse motivo e por eu possuir a vivência e
experiência prática, ao receber os questionamentos prontamente respondi de
forma prática com uso do software Packet Tracer a cada um deles, conforme
relatado acima. O elemento citado nesta análise é o switch. Para Tanenbaum
(2011), este elemento possui funções críticas em uma Rede de Computadores
como interligar, controlar e gerenciar o tráfego de pacote de dados trocado
entre os dispositivos em sua Rede local. Ainda segundo o autor, o switch é
capaz de ler o endereço físico de cada dispositivo e identificar a porta à qual o
mesmo está conectado, guardar estas informações internamente em sua
memória para uso futuro. Assim, quando o switch receber um dado de um
computador, notebook, impressora ou smartphone para ser transmitido, se o
endereço físico destes equipamentos existir na sua memória, ele sabe para
qual porta o dado deverá ser enviado.

Por fim, questionei “como foi nosso primeiro encontro, foi


cansativo/maçante?” O profissional “F” comentou que achou muito interessante
a evolução da aula, por termos conseguido aliar a teoria com a prática, e
comentou que o formato EAD também facilitou o compartilhamento de ideias
e/ou informações, acrescentando que outro ponto favorável foi conhecermos os
63

elementos virtualmente por meio de imagens e em seguida já podermos


simular as configurações e os recursos dos mesmos no software Packet Tracer
para assimilação do conteúdo. As considerações expostas pelo profissional
reforçam a importância de conciliar casos ou problemas reais do cotidiano de
um administrador de Rede para a sua qualificação, formação e atuação no
mercado de trabalho. As afirmações de Rabelo (2021) corroboram com as
citadas acima. Segundo o autor, desenvolver a perspectiva de relação teoria-
prática na formação profissional requer experiência do docente no campo de
trabalho e pesquisa, geralmente ocorre em disciplinas que permitam vivenciar
as possíveis dificuldades e incidentes que serão enfrentados no local de
trabalho.

Pode-se constatar, pois, que nosso primeiro encontro foi de grande valia
para alinhar metodologia, práticas dos nossos encontros e ter um diagnóstico
preliminar da turma quanto aos conhecimentos prévios de cada profissional
sobre o tema de Redes de Computadores. Também foi importante, pois
iniciamos o uso e a exploração do software Packet Tracer por meio de
atividades práticas, e passei a coletar pontos fortes e oportunidades de cada
profissional para nossos próximos encontros.

A seguir apresento nosso segundo encontro da pesquisa.

5.2 Segundo encontro

No segundo encontro, realizado no dia 23 de novembro de 2020, em


uma sala virtualizada com uso do software Teams, evoluímos no conteúdo de
Redes de Computadores. Na ocasião abordamos o tema “modelos de
referência/padronização OSI e TCP/IP”. Ao iniciar a aula, novamente adotei a
prática de realizar questionamentos sobre o tema: “Quando escutam os termos
modelos de referência ou padronização OSI e TCP/IP, o que passa pela
cabeça de vocês?”. Respondeu o profissional “D”: “Padrão de comunicação”;
profissional “F”: “Como se dá a comunicação entre todos os elementos e
dispositivos da Rede”; e profissional “A”: “Segmentação ou etapas do processo
de comunicação”. Analisando as considerações dos profissionais, chego à
conclusão de que possuem algum conhecimento sobre os modelos de
referência/padronização OSI ou TCP/IP ao relatarem que se trata de um
64

padrão de comunicação, com segmentação ou etapas e podemos evoluir para


o aprofundamento teórico. De acordo com Forouzan (2009), esta segmentação
é concebida como camadas, e o modelo OSI possui 7 camadas relacionadas
entre si. Cada uma das camadas é responsável por uma parte ou etapa do
processo de transferência dos dados ou comunicação. O autor complementa
afirmando que o modelo OSI serve apenas como referência, para
compreendermos os conceitos e funções das camadas. Na prática, para
conceber uma Rede, o autor supracitado fomenta o uso de um conjunto de
protocolos chamados de TCP/IP. Este conjunto de protocolos TCP/IP foi
dividido em 4 camadas: host-rede (interface com a Rede), internet, transporte e
aplicação.

Na sequência fiz um novo questionamento: “Vocês acreditam que a


comunicação sempre foi concebida desta forma, desde o surgimento da
internet e Redes de Computadores?” O profissional “A” respondeu: “Acredito
que não, sofreu melhorias ao longo das décadas. Mas acredito que já
contamos com esta estrutura a aproximadamente há 40 a 50 anos”; o
profissional “D” acredita que evoluiu, pois aparentemente existe uma lógica de
versionamento no modelo TCP/IP (TCP/IP v4 e TCP/IP v6). As considerações
expostas pelos profissionais estão coerentes ao relatarem que sofreu melhorias
com o passar dos anos ou décadas e que o protocolo TCP/IP passou a evoluir
com versões mais seguras e performáticas. As afirmações de Forouzan (2009)
corroboram as considerações citadas acima pelos profissionais. Segundo o
autor, as primeiras Redes de Computadores possuíam as seguintes
características: cada fabricante possuía seu padrão, solução proprietária em
cada Rede, com necessidade de conversores/tradutores, acarretando altos
custos para administração dos ambientes. O autor afirma, também, que as
Redes evoluíram com o passar dos anos e, na década de 80, passaram a ser
desenvolvidos e adotados modelos/referências citados anteriormente que
permitiram estabelecer a comunicação entre elementos, dispositivos e serviços
de forma padronizada para atender às necessidades das Redes de
Computadores de organizações e/ou instituições.

Na segunda parte da aula, passamos a ter o segundo contato com o


software Packet Tracer, momento em que pudemos aplicar na prática o modelo
65

TCP/IP e as respectivas referências, ou seja, desenvolvemos a atividade


prática disponibilizada no Apêndice F. Tivemos que relembrar e aplicar
conceitos de todas as camadas dos modelos/referências do TCP/IP, vistos
recentemente, como camada física (definir e/ou validar os meios físicos: tipo de
cabeamento), camada de enlace (definir e/ou validar os elementos e
dispositivos), camada de transporte (configurar e/ou validar nos elementos e
dispositivos, o IP e Máscara para estabelecer a comunicação entre os
mesmos) e, por fim, camada de aplicação (acompanhar o caminho que o
pacote percorre na Rede, validar se o mesmo chega ao destino e sem
colisões). O desenho técnico da atividade prática em questão é apresentado na
Figura 14 a seguir.

Figura 14 - Atividade prática “Aula 02” com aplicação do modelo TCP/IP e suas
referências.

Fonte: O autor (2021).

Nesta atividade prática, a estratégia foi diferente. Disponibilizei aos


profissionais dois projetos salvos no software Packet Tracer, cada profissional
carregou estes projetos concluídos das Redes em seu computador ou
notebook com uso do software Packet Tracer e teve de identificar os elementos
ou dispositivos que apresentavam falhas na sua comunicação. O objetivo desta
atividade foi simular um contexto real dentro das organizações, em que o
administrador da Rede se depara com uma indisponibilidade (erro ou falha) de
um ou mais elementos/dispositivos da sua Rede. Diante deste incidente, o
administrador da Rede deve identificar os equipamentos que estão
apresentando falhas. Essa indisponibilidade do serviço da Rede pode ocorrer
devido a uma avaria em um equipamento e erro de configuração em um dos
66

elementos ou dispositivos que ingressaram na Rede. Após identificar o


elemento ou dispositivo que está apresentando o incidente, o administrador de
Redes deve providenciar a solução de contorno (substituição do dispositivo ou
ajustar as configurações dos equipamentos conforme características da sua
Rede e boas práticas do modelo TCP/IP) na menor janela de manutenção
possível.

Disponibilizei aos profissionais a janela de 30 minutos para execução da


atividade prática disponibilizada no Apêndice F. O profissional “A” concluiu a
atividade de 12 minutos, o profissional “C” em 15 minutos, o profissional “D” em
16 minutos, profissional “F” em 20 minutos e profissional “E” em 22 minutos. Já
o profissional “B”, quando questionado sobre a evolução da atividade, afirmou
que a havia concluído dentro da janela disponibilizada (em 18 minutos); porém,
ao ser convidado para externar os erros encontrados nos dois projetos, não
conseguiu sinalizar um dos erros que havia no dispositivo “PRINTER01” no
desenho técnico da Rede de Apoio (Contas a pagar e Contas a Receber). O
dispositivo “PRINTER01” não estava com a máscara correta, estava
configurada uma máscara /32 no projeto carregado no software Packet Tracer,
enquanto o correto, que estava especificado na atividade, era /16, ou seja, os
dispositivos “DESK01” e “NOTE01” não estavam conseguindo estabelecer a
comunicação com o dispositivo “PRINTER01” que se encontrava na mesma
sub-rede. Analisando os resultados descritos anteriormente posso inferir que os
profissionais “A, C, D, F e E” possuem um contato mais próximo com o tema
em sua rotina diária. Em adição, percebe-se que nesta atividade conseguiram
evoluir sem maiores dificuldades. Entretanto, o profissional “B” teve
dificuldades para identificar um erro no dispositivo “Printer01” e contorná-lo
dentro do prazo estipulado. Para Cabarkapa (2015), o software Packet Tracer
pode minimizar dificuldades no ensino de Redes de Computadores, pois conta
com um ambiente virtual interativo, em modo gráfico e texto. O autor
complementa que o referido software permite criar e configurar cenários
realistas, e simular a conectividade dos dispositivos na Rede de
Computadores.
67

Por fim, realizei os questionamentos a seguir: a) “vocês acreditam que


estes incidentes ocorrem na rotina diária de um administrador de Rede?” e b)
“o que vocês acharam deste desafio de encontrar erros nos projetos, ele se
familiariza com uma rotina de um administrador de Redes”? Seguem as
respostas dos profissionais, em ordem: a) Profissionais “A, B, e F” afirmaram
que sim, que, ao se depararem com estes incidentes, os administradores da
Rede deverão varrer e localizar os erros; e b) “A e C” confirmam que, no
momento da busca por problemas nos projetos das Redes, você recapitula
todos os conteúdos e aproxima teoria da prática, e de fato vê que possui
aplicabilidade, adquirindo mais conhecimento sobre o tema. Diante das
reflexões acima, considero que a técnica de apresentar desenhos ou projetos
de Redes prontos com uso do software Packet Tracer aos profissionais para
varrerem dispositivos ou elementos da Rede em busca de erros é aderente ao
contexto atual das organizações, fomenta uma aproximação entre a teoria e a
prática e aprimora o ensino de Redes de Computadores. Para embasar essas
minhas reflexões, compartilho a afirmação de Da Silva (2019), que cita que o
software Packet Tracer é aderente ao ensino quando direcionado por um
docente, proporcionando aos alunos um ótimo entendimento da prática. O
autor acrescenta que o simulador também desempenha um importante papel
para a compreensão dos conteúdos de Redes de Computadores.

Em síntese, esse encontro foi muito interessante para aliar conceitos,


modelos de referência à prática e, com uso do software Packet Tracer,
vivenciar desafios de um administrador de Redes no atual contexto das
organizações.

A seguir apresento nosso terceiro encontro da pesquisa.

5.3 Terceiro encontro

No terceiro encontro, realizado no dia 27 de novembro de 2020, em uma


sala virtualizada com uso do software Teams, prosseguimos no conteúdo de
Redes de Computadores. Na ocasião, abordamos a camada física e seus
componentes. Ao iniciar a aula, investiguei os conhecimentos dos profissionais
sobre o tema fazendo o questionamento “O que abordamos na camada física?”
68

Os profissionais responderam em ordem: profissional “F”, “utilização do cabo


UTP e Bluetooth”; profissional “B”, “Fibra Óptica”; profissional “E”, “Coaxial” e
profissional “A”, “Todo o dispositivo que entrar na Rede receberá um endereço
físico (MAC) e um meio físico bastante utilizado que ainda não foi comentado
pelos colegas, é o Wireless”. Analisando as considerações dos profissionais,
infiro que possuem algum conhecimento sobre a camada física e sua principal
função. Os profissionais relatam que todo dispositivo que ingressar na Rede é
vinculado a um endereço físico (MAC) e que necessitam de meios físicos (cabo
UTP, fibra óptica, wireless, entre outros) para estabelecer a comunicação entre
os dispositivos, sub-redes ou Redes de Computadores. Nesse sentido,
Forouzan (2009) afirma que a camada física é responsável por atribuir um
endereço físico a cada dispositivo que ingressar na Rede, tecnicamente
conhecido como um nó definido em sua Rede local. O autor acrescenta que
esses endereços variam conforme padrão escolhido para sua Rede local,
porém a maioria das Redes locais utiliza o formato de 6 bytes (12 dígitos
hexadecimais), conforme exemplo: D0-94-66-C3-2A-19. E Jesin (2014) afirma
que os principais meios físicos utilizados para estabelecer a comunicação entre
dispositivos, sub-redes e Redes são Rede sem fio (Wireless), Rede cabeada
via fibra óptica ou cabo UTP.

Na sequência, passamos a ter o terceiro contato com o software Packet


Tracer, momento em que evoluímos com a atividade prática disponibilizada no
Apêndice G. Para esta atividade disponibilizei uma tempo de 30 minutos, em
que tivemos dois casos a serem desenvolvidos pelos profissionais: no primeiro
caso, uma Rede com as sub-redes “Financeiro e Vendas”, com interligação por
meio físico “cabo UTP”; e, no segundo caso, uma Rede com as sub-redes
“Administrativo e Industrial”, com interligação por meio físico “fibra óptica”. O
objetivo desta atividade foi reforçar conceitos, inserir os meios físicos “cabo
UTP e fibra óptica” na Rede, alternar os switchs e meios físicos conforme
necessidade e compatibilidade das portas “Ethernet” e “Fibra Óptica”
especificadas nos desenhos técnicos da atividade prática.

Os primeiros a concluírem a atividade foram os profissionais “A e E”, que


levaram 18 minutos; na sequência o profissional “C e F” concluíram em 22
69

minutos; o profissional “B” finalizou em 25 minutos; e o profissional “D” concluiu


dentro do tempo estipulado. A diferença de tempo entre os primeiros
profissionais a concluírem e o último foi de 12 minutos. Para a execução da
atividade, foram consideradas afirmações de Kauark (2008): o autor enfatiza
que instituições de ensino ou docentes busquem diferenciar os alunos e
respeitar o ritmo de cada indivíduo. O autor complementa que, ao surgir
alguma dificuldade ou problema, o docente ou a instituição deverá se mobilizar
para solucioná-lo o mais breve possível.

Apresento o resultado desta atividade prática na Figura 15.

Figura 15 - Atividade prática “Aula 03” com uso do elemento switch e meios
físicos da camada física.

Fonte: O autor (2021), com base nos desenhos dos profissionais.

Ao analisar a Figura 15 desenvolvida por alguns profissionais, proposta


por mim como atividade prática, é possível evidenciar que os profissionais
selecionados inseriram os elementos (switchs, dispositivos e meios físicos) na
área de trabalho do software Packet Tracer com êxito. O profissional “B”
apresentado no caso A e o profissional “E” apresentado no caso B
compreenderam a importância de adicionar notas das especificações técnicas
em cada elemento (ao diferenciarem as sub-redes “Financeiro e Vendas ou
Administrativo e Industrial”, ao definirem os nomes dos dispositivos com seus
70

respectivos IP’s e Máscaras). Compartilhei estes dois exemplos em aula para


que os demais profissionais percebessem a importância de adicionar notas,
elas facilitam o administrador de Redes na parametrização ou compreensão
dos desenhos técnicos. Também foi possível evidenciar, no caso A, que os
profissionais “B e F” estabeleceram a comunicação entre as sub-redes
(Financeiro e Vendas ou Administrativo e Industrial) com uso do meio físico
“cabo UTP” e as portas compatíveis para que fosse possível estabelecer a
comunicação ou conectividade. Esta ação está destacada na cor “laranja”, na
Figura 15. E, no caso B, pôde ser evidenciado que os profissionais “D e E”
estabeleceram a comunicação entre as sub-redes (Financeiro e Vendas ou
Administrativo e Industrial) com uso do meio físico “fibra óptica” e portas
compatíveis para que fosse possível estabelecer a comunicação ou
conectividade, a ação está destacada na cor “verde”. Assim, considero que os
profissionais vivenciaram e exploraram os recursos do software Packet Tracer
em um contexto real de Redes de Computadores ao escolher, inserir,
parametrizar e testar a comunicação entre os elementos, dispositivos e meios
físicos da Rede. Para embasar esta análise e as considerações apresentadas,
trago Jesin (2014), que afirma que os meios físicos são utilizados para
estabelecer a comunicação entre dispositivos, sub-redes e Redes. O autor
acrescenta que os meios físicos de Rede cabeada mais utilizados nas
organizações são fibra óptica ou cabo UTP.

Este encontro contribuiu para fomentar a exploração do uso do software


Packet Tracer, aprimorar os conhecimentos prévios já existentes da camada
física aos profissionais e vivenciar desafios de um administrador de Redes no
cotidiano das organizações.

A seguir apresento nosso quarto encontro da pesquisa.

5.4 Quarto encontro

No quarto encontro, realizado no dia 30 de novembro de 2020, em uma


sala virtualizada com uso do software Teams, avançamos no conteúdo de
Redes de Computadores. Na ocasião abordamos a camada de enlace, seu
principal elemento switch e seus recursos ou funcionalidades. Ao iniciar a aula,
71

novamente verifiquei os conhecimentos dos profissionais sobre o tema,


fazendo os seguintes questionamentos: a) “qual o principal elemento ou
dispositivo da camada de enlace?” e b) “qual a principal função desta
camada?” Obtive a seguinte resposta do profissional “D” ao primeiro
questionamento: “o elemento ou dispositivos switch”, e os colegas
concordaram com a sua colocação. Na sequência, os profissionais “C, D e F”
responderam ao segundo questionamento. Respondeu o profissional “F”: “a
chegada da comunicação a outro dispositivo através do endereço físico
(MAC)”; profissional “C”: “responsável pela entrega dos pacotes”; e profissional
“D”: “garante a confiabilidade e integridade do dado de ponta a ponta (origem
ao destino)”. Diante das respostas e contribuição dos profissionais, avançamos
na parte de fundamentação teórica, e posso inferir que os profissionais
possuíam algum conhecimento sobre a camada de enlace ao destacarem os
principais aspectos a seguir: o principal elemento da camada é o “switch”; ao
relatarem algumas funções do swicth, como conectar dispositivos, gerenciar os
dispositivos que ingressarem na Rede através do endereço físico (MAC,
“assunto estudado no nosso segundo encontro”) e controlar a entrega dos
pacotes de dados ou recursos do equipamento. Tanenbaum (2011) reforça os
recursos já citados anteriormente e esclarece que os switchs são
equipamentos cuja sua principal função é interligar, controlar e gerenciar o
tráfego de pacote de dados trocado entre os dispositivos em sua Rede local. O
autor complementa que são equipamentos com várias portas e que existem
modelos de 8, 16, 24 e 48 portas disponibilizados pelos fabricantes.

A seguir, passamos a ter o quarto contato com o software Packet Tracer,


momento em que avançamos com a atividade prática disponibilizada no
Apêndice H. O objetivo foi avançar na configuração do elemento switch,
agregando aos profissionais conhecimentos sobre como adicionar a
segmentação de Redes virtuais (VLANs) no equipamento, como truncar as
portas dos switchs onde será estabelecida a comunicação entre as sub-redes e
como configurar as portas em que serão conectados os dispositivos (notebooks
e desktops) com suas respectivas VLANs. A atividade foi inicialmente
planejada para ser ministrada fisicamente, no formato presencial. Todavia, em
função da pandemia da covid-19, nós a adaptamos para aulas virtualizadas
72

com uso do software Teams. Para a ocasião, desenvolvi três casos práticos: no
primeiro, o caso A, “Uso de dois switchs para a comunicação com
segmentação dos dispositivos por notebooks e desktops”, demonstrei como
inserir e configurar os dispositivos, os switchs, como estabelecer a
conectividade entre eles, como adicionar a segmentação (VLANs – Redes
Virtuais) a partir do desenho técnico fornecido, como truncar as portas dos
switchs em que será estabelecida a comunicação entre as sub-redes, como
configurar as portas em que serão conectados os dispositivos (notebooks e
desktops) com suas respectivas VLANs, adicionar anotação/documentação
(informações de IP, máscara e nomes) aos dispositivos, elementos, sub-redes
ou Redes e realizar os testes de comunicação entre as sub-redes, VLANs e
dispositivos. Apresento o resultado desta atividade prática na Figura 16.

Figura 16 - Atividade prática aula 04 – Caso A “Uso de dois switchs para a


comunicação com segmentação dos dispositivos por notebooks e desktops”.

Fonte: O autor (2021), com base nos desenhos dos profissionais.

Ao analisar a Figura 16 desenvolvida pelos profissionais “B, C, D e F, é


possível evidenciar que os profissionais selecionados conseguiram
acompanhar a minha demonstração e obtiveram êxito na inserção dos
dispositivos, meios físicos, dos switchs. Destaco que definiram as VLAN2 para
os notebooks (destacados na cor “azul”) e a VLAN3 aos desktops (destacados
73

na cor “laranja”) conforme desenhos técnicos apresentados na área de trabalho


do software Packet Tracer. Na prática, configuraram e definiram Redes virtuais
(VLANs), também conhecidas como segmentação da Rede de Computadores.
Acrescento que, no caso “A”, foi permitido que ocorresse a comunicação entre
as sub-redes “Manutenção Industrial e Meio Ambiente” apenas com os
dispositivos NOTE01 e NOTE02 que se encontram na “VLAN2”, ou entre os
dispositivos “DESK01 e DESK02”, que se encontram na “VLAN3”. Dessa
maneira, foi negada a troca de qualquer informação ou dados que não seja
padrão ou default entre notebooks e desktops na Rede. Essa parametrização é
reconhecida por Tanenbaum (2011) como uma boa prática para gerenciamento
de Redes de Computadores. De acordo com o autor, o switch é capaz de ler o
endereço físico do dispositivo e identificar a porta à qual o mesmo está
conectado, guardar essas informações internamente em sua memória para uso
futuro. Assim, quando o switch receber um dado de um computador, notebook,
impressora ou smartphone para ser transmitido, se o endereço físico desses
equipamentos existir na sua memória, ele sabe para qual porta o dado deverá
ser enviado. Essa segmentação garante maior performance e segurança para
os dispositivos que ingressarem na Rede.

No segundo caso, o caso B, “Uso de dois switchs com segmentação dos


dispositivos para se comunicarem apenas entre si, nas suas sub-redes”, os
profissionais foram desafiados a desenvolverem e testarem a integridade da
Rede, individualmente, sem meu auxílio. Para este caso, disponibilizei a janela
de 15 minutos aos profissionais. O primeiro a concluir a atividade foi o
profissional “F”, que levou apenas 5 minutos. Na sequência, os profissionais “C,
e D” concluíram em 8 minutos, os profissionais “A e E” em 10 minutos, e o
profissional “B” a finalizou dentro do tempo estipulado. A diferença de tempo
entre os primeiros profissionais a concluírem e o último foi de 10 minutos. Para
a análise de duração da atividade, foi considerada a afirmação: “deverá ser
respeitado o ritmo e estilo de cada aluno para o ensino individual ou em grupo.”
(MORAN, 2015, p. 3).

Apresento o resultado dessa atividade prática na Figura 17.


74

Figura 17 - Atividade prática Aula 04 – Caso B “Uso de dois switchs com


segmentação dos dispositivos para se comunicarem apenas entre si, nas suas
sub-redes”.

Fonte: O autor (2021), com base nos desenhos dos profissionais.

Ao analisar a Figura 17 desenvolvida pelos profissionais “B, D, E e F”, é


possível evidenciar que os profissionais selecionados assimilaram os
conhecimentos da demonstração do caso anterior e inseriram os dispositivos,
meios físicos, os switchs. Destaco que definiram as VLAN2 para a sub-rede
“Desenvolvimento Comercial” (destacado na cor “azul”) e a VLAN3 para a sub-
rede “Marketing” (destacado na cor “vermelha”) conforme desenhos técnicos
apresentados na área de trabalho do software Packet Tracer. Acrescento que,
no caso “B”, na prática a comunicação foi permitida para ocorrer apenas entre
os dispositivos da VLAN2 que se encontravam na mesma sub-rede, ou seja,
“DESK02 e NOTE02” ou VLAN3, “DESK01 e NOTE01”, e foi negada a
comunicação ou compartilhamento de qualquer serviço que não seja padrão ou
default entre as sub-redes “Desenvolvimento Comercial e Marketing” da Rede.
Essa parametrização também é sugerida por Tanenbaum (2011) como uma
possível prática para garantir maior performance, minimizar riscos com
propagação de vírus aos dispositivos e padronização ou classificação da Rede.
O autor complementa que a segmentação ou classificação por VLANs também
75

pode facilitar o gerenciamento dos dispositivos que ingressarem na Rede de


Computadores das organizações.

No terceiro e último caso, o caso C - “Uso de dois switchs para


segmentação dos dispositivos por andares do prédio da organização” -, os
profissionais também desenvolveram e testaram a integridade da Rede
individualmente sem meu auxílio. Ressalto que, em todos os casos citados
acima, a segmentação ou “VLAN 1 - Default” das sub-redes ou Redes deve
permitir de forma fluída o tráfego dos pacotes de dados, com o intuito de
explorar e praticar situações reais no software Packet Tracer de
compartilhamento dos serviços padrões disponibilizados a todos os dispositivos
que ingressarem na Rede de Computadores das organizações (Ex.: Sistemas
de Informação, e-mail, arquivos da Rede, entre outros).

Para esse caso, disponibilizei 20 minutos aos profissionais. O primeiro a


concluir a atividade foi o profissional “B”, o qual levou apenas 12 minutos,
seguido pelos profissionais “C e F” (15 minutos), profissionais “A e E”, que
finalizam em 18 minutos, e o profissional “D”, que finalizou dentro do tempo
estipulado. A diferença de tempo entre os primeiros profissionais a concluírem
e o último foi de 8 minutos. Para a análise da janela de execução da atividade,
considerei a afirmação: “As escolas devem buscar formas de prevenção nas
propostas de trabalho, preparar os professores para entenderem seus alunos,
diferenciar um a um, respeitar o ritmo de cada um” (KAUARK, 2008, p. 1). E foi
o que tentei realizar: disponibilizar o tempo adequado para cada profissional.

Apresento o resultado dessa atividade prática na Figura 18.


76

Figura 18 - “Uso de dois switchs para segmentação dos dispositivos por


andares do prédio da organização”.

Fonte: O autor (2021), com base nos desenhos dos profissionais.

A análise da Figura 18 desenvolvida pelos profissionais “C, D, e E”


evidencia que os profissionais selecionados assimilaram os conhecimentos dos
casos desenvolvidos anteriormente e inseriram os dispositivos, meios físicos,
os switchs. Saliento que definiram as VLAN2 para a sub-rede “1º Andar -
Distribuição” (destacado na cor “azul”) e a VLAN3 para a sub-rede “2º Andar -
Comercial” (destacado na cor “vermelha”) conforme desenhos técnicos
apresentados na área de trabalho do software Packet Tracer. Complemento
que no caso “C”, na prática a comunicação foi permitida para ocorrer apenas
entre os dispositivos da VLAN2 que se encontravam na mesma sub-rede “1º
Andar - Distribuição”, ou VLAN3, “2º Andar - Comercial”, e foi negada a
comunicação ou compartilhamento de qualquer serviço que não seja padrão ou
default entre as sub-redes da Rede. Esta parametrização também é
reconhecida por Tanenbaum (2011) como uma boa prática para gerenciamento
de Redes de Computadores, primando pela facilidade de localização dos
dispositivos, maximizando performance e segurança da Rede.

Este encontro contribuiu para fomentar a exploração do uso do software


Packet Tracer, aprimorar os conhecimentos prévios já existentes da camada de
77

enlace aos profissionais, coletar resultados da pesquisa e vivenciar desafios de


um administrador de Redes no atual contexto das organizações.

A seguir apresento nosso quinto encontro da pesquisa.

5.5 Quinto encontro

No quinto encontro, realizado no dia 07 de dezembro de 2020, em uma


sala virtualizada com uso do software Teams, deu-se continuidade à prática no
conteúdo de Redes de Computadores. Nesse encontro, abordamos a camada
de Rede, seu principal elemento “roteador” e seus recursos ou funcionalidades.
Ao iniciar a aula, verifiquei alguns conhecimentos dos profissionais sobre o
tema fazendo os seguintes questionamentos: a) “qual o principal elemento da
camada de Rede?” e b) “qual a principal função ou recursos deste elemento?”
O profissional “F” responde assim no primeiro questionamento: “router ou
roteador”. Na sequência, o profissional “F” responde ao segundo
questionamento: “roteamento de pacotes de dados, e o profissional “D”
complementa: “encaminhar ou direcionar os pacotes de dados”, ao que o
profissional “C” acrescenta: “interligar sub-redes diferentes”, e o profissional “F”
finaliza com esta consideração: “o roteador também é responsável por
encontrar o menor e o melhor caminho a ser percorrido”. As respostas e
contribuições dos profissionais permitem-me chegar à conclusão de que os
profissionais novamente já vieram para o nosso quinto encontro com alguns
conhecimentos prévios sobre a camada de Rede ao destacarem os principais
aspectos a seguir: reconhecem que o principal elemento desta camada é o
roteador, que ele possui a funcionalidade de interligar sub-redes ou até mesmo
Redes de Computadores, encaminhar pacotes pelo menor e melhor caminho,
ou seja, o caminho com menos saltos (hops), o mais performático. Para
embasar esse levantamento preliminar, trago Forouzan (2009), que afirma que
o roteador consegue isolar a conexão, permitindo que dispositivos de duas ou
mais Redes fisicamente distintas se comuniquem. O autor acrescenta que o
roteador possui a funcionalidade de escolher o caminho mais performático
entre os dois nós e também de analisar os pacotes trocados entre os
dispositivos para tratar possíveis anomalias em uma Rede de Computadores.
78

Em seguida, tivemos o quinto contato com o software Packet Tracer,


momento em que evoluímos com a atividade prática disponibilizada no
Apêndice I. Essa atividade teve por objetivo agrupar os conhecimentos
assimilados dos encontros anteriores, ou seja, desenvolver e simular projetos
reais de organizações utilizando os elementos switch e roteador, dispositivos,
meios físicos e todas as funcionalidades ou recursos deles já praticados em
uma única Rede de Computadores. Acrescento que, para o desenvolvimento
dessa atividade, disponibilizei aos profissionais um roteiro contendo um passo
a passo sobre como proceder para inserir e configurar o elemento “roteador”
nos dois projetos desenvolvidos. Saliento, também, que o primeiro caso, “caso
A” da aula, foi demonstrado por mim aos profissionais, e o segundo caso, “caso
B”, foi desenvolvido individualmente por cada profissional. A estratégia foi
planejada e aplicada nesse formato, visto que, para alguns profissionais, foi o
primeiro contato com o elemento “roteador” em sua experiência profissional.
Complemento que os dois casos propostos nesta atividade são reais,
existentes na infraestrutura da Fruki. Assim, proponho, para o caso A, o uso de
dois roteadores, interligando as Redes da Matriz-Lajeado com o CD Canoas. E,
no caso B, uso de três roteadores, interligando as Redes de Matriz-Lajeado,
CD Canoas e CD Pelotas.

A seguir, apresento na Figura 19 os resultados obtidos da atividade


prática “caso A”.
79

Figura 19 – Caso A “Uso de dois roteadores, interligando as Redes da Matriz-


Lajeado com o CD Canoas”.

Fonte: O autor (2021), com base nos desenhos dos profissionais.

Ao analisar a Figura 19 desenvolvida pelos profissionais “B e E”,


percebe-se que os profissionais selecionados assimilaram os conhecimentos
dos casos desenvolvidos nos encontros anteriores. Nos desenhos técnicos
anteriormente citados, é possível identificar que foram adicionados com êxito
os dispositivos (destacados na cor “laranja”), os elementos switchs (destacados
na cor “vermelha”), os roteadores (destacados na cor “azul”), meios físicos, no
caso A “cabo UTP” (destacados na cor “verde”) e documentação contendo IP,
Máscara e Gateway dos dispositivos ou elementos da Rede. Também é
possível identificar que a comunicação entre os dispositivos e elementos foi
estabelecida com sucesso, pois na extremidade de cada equipamento é
apresentado um pequeno círculo na cor “verde”. Gostaria de destacar aqui o
elemento “roteador” (na cor “azul”). Esse elemento é responsável por interligar
as sub-redes “Matriz-Lajeado e CD Canoas”, garantir a integridade dos pacotes
de dados e o seu encaminhamento pelo caminho mais performático. No caso
A, existe apenas um caminho a ser percorrido, ou seja, uma Rede com uma
abordagem simples. Para sustentar minhas análises, apresento o
embasamento de Forouzan (2009). Conforme o autor, o roteador permite que
dispositivos de duas ou mais Redes fisicamente distintas se comuniquem e
80

acrescenta que o roteador possui a funcionalidade de escolher o caminho mais


performático entre os dois nós e também de analisar os pacotes trocados entre
os dispositivos para tratar possíveis anomalias em uma Rede de
Computadores.

A seguir apresento na Figura 20 os desenhos técnicos do “caso B”,


resultado da atividade prática em que propus o uso do ativo ou elemento
“roteador” para redirecionamento dos pacotes de dados entre Redes distintas,
ou seja, Redes separadas fisicamente com características distintas de IP,
Máscara e Gateway.

Para esse caso, disponibilizei 30 minutos aos profissionais. O primeiro a


concluir a atividade foi o profissional “E” (apenas 12 minutos), seguido pelo
profissional “F” (18 minutos), os profissionais “C, D e A” (20 minutos) e o
profissional “B”, que finalizou dentro do tempo estipulado. A diferença de tempo
entre os primeiros profissionais a concluírem e o último foi de 18 minutos.
Novamente considerei o prazo de resolução dispendido por cada profissional
para a execução da atividade levando em consideração a afirmação de que "O
professor deve respeitar o tempo que cada aluno leva para assimilar o
conteúdo." (VERRI, 2009, p. 3).

Figura 20 – Caso B “Uso de três roteadores, interligando as Redes de Matriz-


Lajeado, CD Canoas e CD Pelotas”.

Fonte: O autor (2021), com base nos desenhos dos profissionais.


81

Ao analisar a Figura 20 desenvolvida pelos profissionais “C e E”,


constata-se que os profissionais selecionados assimilaram os conhecimentos
dos casos desenvolvidos nos encontros anteriores. Nos desenhos técnicos
acima pode-se identificar que foram adicionados com êxito os dispositivos
(destacados na cor “laranja”), os elementos switchs (destacados na cor
“vermelha”), os roteadores (destacados na cor “azul”), meios físicos, no caso B
“cabo UTP” (destacados na cor “verde”) e documentação contendo IP, Máscara
e Gateway dos dispositivos ou elementos da Rede. Além disso, fica evidente
que a comunicação entre os dispositivos e elementos foi estabelecida com
sucesso, pois na extremidade de cada equipamento é apresentado um
pequeno círculo na cor “verde”. Destaco novamente o elemento “roteador” (na
cor “azul”), o qual é responsável por interligar as sub-redes “Matriz-Lajeado, CD
Canoas e CD Pelotas”, garantir a integridade dos pacotes de dados e o seu
encaminhamento pelo caminho mais performático. No caso B, existem três
caminhos a serem percorridos (uma Rede com tripla abordagem), ou seja, o
roteador poderá optar pelo caminho mais curto ou mais performático, e, caso
ocorra alguma indisponibilidade (incidente físico ou natural) em um dos
caminhos, poderá optar por um caminho alternativo ou redundante para
concluir o percurso. Para corroborar com minhas análises, trago o
embasamento de Forouzan (2009), segundo o qual o roteador permite que
dispositivos de duas ou mais Redes fisicamente distintas se comuniquem. O
autor acrescenta que o roteador possui a funcionalidade de escolher o caminho
mais performático entre os dois nós e também de analisar os pacotes trocados
entre os dispositivos para tratar possíveis anomalias em uma Rede de
Computadores.

Esses resultados evidenciam a evolução dos profissionais ao longo dos


encontros. Esse encontro também contribuiu para fomentar a exploração do
uso do software Packet Tracer, aprimorar os conhecimentos prévios dos
profissionais sobre camada de Redes, coletar resultados da pesquisa e
vivenciar desafios de um administrador de Redes no contexto atual das
organizações.

Na sequência, apresento o sexto encontro da pesquisa.


82

5.6 Sexto encontro

No sexto encontro, realizado no dia 11 de dezembro de 2020, em uma


sala virtualizada com uso do software Teams, passou-se para o conteúdo de
Redes de Computadores. Na ocasião, abordamos a camada de transporte,
seus principais protocolos (TCP e UDP) e seus recursos ou funcionalidades. Ao
iniciar o encontro verifiquei alguns conhecimentos dos profissionais sobre o
tema fazendo os seguintes questionamentos: a) “qual a principal função ou
recursos desta camada [de transporte]?”; b) “quais os principais protocolos
utilizados nesta camada de transporte?”, e c) “qual a principal diferença entre
TCP e UDP?”. O profissional “D” respondeu assim ao primeiro questionamento:
“transporte” e, em seguida, os profissionais “C e A” complementaram:
“transporte de dados ou pacote de dados”; na sequência, o profissional “D”
respondeu ao segundo questionamento: “protocolos TCP e UDP”; e, por fim, os
profissionais “A e D” responderam ao terceiro e último questionamento para
coleta dos conhecimentos prévios dos profissionais: “confiabilidade, TCP é
mais confiável e UDP é menos confiável”. As respostas e reflexões destacadas
anteriormente permitem-me inferir que novamente os profissionais já
ingressaram na aula desse dia com algum conhecimento sobre a camada de
transporte, ao relatarem que a principal função é transportar os dados entre as
camadas do modelo TCP/IP e os dispositivos que ingressarem na Rede de
Computadores. Os profissionais complementaram que os principais protocolos
são o “TCP e UDP”, sendo TCP um protocolo que estabelece conexões ou
pontos de checagem ao longo do processo para validar a integridade do envio
e recebimento do dado, e o protocolo UDP somente envia o dado sem
nenhuma confirmação de recebimento. Forouzan (2009) corrobora em parte
essas considerações destacadas acima e afirma que, na verdade, a camada de
transporte é representada no modelo TCP/IP por três protocolos: UDP, TCP e
SCTP. O autor discorda de que sejam apenas os protocolos TCP e UDP
destacados pelos profissionais e afirma que são os protocolos User Datagram
Protocol (UDP), o Transmission Control Protocol (TCP) e o Stream Control
Transmission Protocol (SCTP). Ainda para o autor supracitado, o propósito é
de transmitir um pacote de dados de um dispositivo físico ao outro. O autor
complementa que no protocolo UDP, seu cabeçalho contém apenas endereços
83

de portas de origem e destino, já o TCP é orientado à conexão: uma conexão


tem de ser estabelecida entre ambas as extremidades de uma transmissão
antes que qualquer uma delas possa iniciar a transmissão de dados e, por fim,
o protocolo SCTP suporta aplicações mais recentes como voz ou vídeo sobre
IP.

Em seguida, tivemos novamente contato com o software Packet Tracer,


momento em que progredimos com a atividade prática disponibilizada no
Apêndice J. Nessa atividade, disponibilizei dois projetos ou desenhos técnicos
de Redes de Computadores com uso dos elementos “switchs e roteadores”,
meios físicos e dispositivos já desenvolvidos ou concluídos no software Packet
Tracer. No primeiro projeto, o caso A, com uso de dois roteadores, interligando
as Redes da Matriz-Lajeado com o CD Blumenau. E, no caso B, uso de três
roteadores, interligando as Redes de Matriz-Lajeado, CD Caxias do Sul e CD
Santo Ângelo. Essa atividade foi desenvolvida com o objetivo de reforçar ou
revisitar os conhecimentos adquiridos durante os nossos seis encontros. Nela
os profissionais identificaram dentre os dois casos (A e B), o motivo pelo qual a
comunicação não está sendo bem-sucedida entre as sub-redes e seus
respectivos dispositivos da Rede de Computadores.

Para o caso A, facultei 15 minutos aos profissionais. O primeiro a


concluir a atividade foi o profissional “A” (apenas 10 minutos); na sequência, o
profissional “C” (12 minutos), os profissionais “D e E” finalizaram dentro dos 15
minutos, e os profissionais “B e F” não conseguiram concluir a atividade dentro
do tempo estipulado. Para os profissionais que não concluíram a atividade
dentro do prazo, acrescentei mais 5 minutos, ou seja, concluíram a atividade
em 20 minutos. A diferença de tempo entre os primeiros profissionais a
concluírem e o último foi de 10 minutos. Para sustentar a análise e extensão da
janela de tempo para a atividade, recorro à afirmação de Spinardi (2018, p. 9):
“podem-se respeitar os ritmos de apreensão de cada aluno e encontrar outras
formas de ensino, quando um método não é suficiente para superar algum
obstáculo”. E foi o que me propus a fazer: ampliar o tempo de resposta para
respeitar o ritmo de resposta de cada profissional.
84

A seguir, apresento na Figura 21 o projeto proposto com erros e os


resultados obtidos da atividade prática “caso A”.

Figura 21 – Caso A “uso de dois roteadores, interligando as Redes da Matriz-


Lajeado com o CD Blumenau” com erros e ajustes propostos.

Fonte: O autor (2021), com base nos desenhos dos profissionais.

Inicialmente destaco na Figura 21 (na cor “vermelha”) os erros de


conectividade ou configuração, os quais foram propositalmente planejados por
mim para reproduzir uma indisponibilidade ou incidente real em uma Rede de
Computadores. Os erros se encontravam no “DESK02 - retirado gateway do
dispositivo” e “Router01 – informada Rede incorreta na rota estática do
elemento”. Na sequência, ao analisar a Figura 21 - desenhos técnicos
desenvolvidos pelos profissionais “A e C” – fica evidente que os profissionais
selecionados assimilaram os conhecimentos dos casos desenvolvidos nos
encontros anteriores, uma vez que, além de identificar os erros, os mesmos
também foram tratados e contornados com êxito, conforme
apresentado/ilustrado nos dispositivos e elementos (destacados na cor
“verde”). Também é possível identificar, por meio dos pontos “verdes”
apresentados em cada uma das extremidades dos dispositivos ou elementos,
85

que foi bem-sucedida a conexão, conectividade ou comunicação da Rede,


desenhos técnicos ou projetos. Com a comunicação bem-sucedida entre os
dispositivos ou elementos das Redes de Computadores, Tanenbaum (2011)
afirma que podemos realizar compartilhamento de serviços e/ou recursos, de
programas ou sistemas. Esses compartilhamentos estarão disponíveis e
visíveis a todos os indivíduos ou dispositivos que ingressarem na Rede.
Complementa o autor que as Redes atualmente são imprescindíveis para
acesso ágil de informações e também para apoio no processo de tomada de
decisão das pessoas, independentemente de sua localização física e do porte
das organizações.

A seguir apresento na Figura 22 o projeto ou desenho técnico do “caso


B” com seus respectivos erros e também os resultados obtidos da atividade
prática desenvolvida pelos profissionais com uso do software Packet Tracer.

Para esse caso, o caso “B”, disponibilizei 40 minutos aos profissionais. O


primeiro a finalizar a atividade foi o profissional “C”, levou apenas 10 minutos.
Na sequência, o profissional “F” concluiu em 16 minutos, os profissionais “B, D
e A” terminaram em 24 minutos, e o profissional “E” também finalizou dentro do
tempo estipulado, em 36 minutos. A diferença de tempo entre o primeiro
profissional a concluir e o último foi de 26 minutos. Novamente respeitei o
prazo de resolução, embasado em Leonel (2014) que afirma que, para ensino e
assimilação do conteúdo ministrado, deve ser respeitado o tempo de cada
aluno.

A seguir, apresento na Figura 22 o projeto proposto com erros e os


resultados obtidos da atividade prática “caso B”.
86

Figura 22 – Caso B “uso de três roteadores, interligando as Redes de Matriz-


Lajeado, CD Caxias do Sul e CD Santo Ângelo”.

Fonte: O autor (2021), com base nos desenhos dos profissionais.

Novamente destaco na Figura 22 (na cor “vermelha”), inicialmente os


erros de conectividade ou configuração, os quais foram propositalmente
planejados por mim para reproduzir uma indisponibilidade ou incidente real em
uma Rede de Computadores. Os erros se encontravam no “NOTE01 – não
informado o gateway do dispositivo”, “Route02 – com porta 01 inativa” e
“Router01 – informado Rede incorreta na rota estática do elemento”. Na
sequência, continuando a análise da Figura 22 (desenhos técnicos)
desenvolvida pelos profissionais “B e C”, é possível evidenciar que os
profissionais selecionados adquiriram os conhecimentos dos casos
desenvolvidos nos encontros anteriores, já que, além de identificar os erros,
estes também foram tratados e contornados com êxito conforme
apresentado/ilustrado nos dispositivos e elementos (destacados na cor
“verde”). Também é possível perceber, por meio dos pontos “verdes”
apresentados em cada uma das extremidades dos dispositivos ou elementos,
que a conexão, conectividade ou comunicação da Rede, desenhos técnicos ou
projetos foi bem-sucedida. Com a comunicação estabelecida e funcional entre
os dispositivos ou elementos das Redes de Computadores, Tanenbaum (2011)
afirma que serviços ou recursos poderão ser compartilhados e estarão visíveis
87

a dispositivos que ingressarem na Rede. Complementa o autor que,


atualmente, esse serviço pode agilizar processos de tomada de decisão de
profissionais nas organizações.

Esses resultados ilustram uma evolução notória dos profissionais ao


longo dos encontros. Entendo que este encontro contribuiu para fomentar ainda
mais a exploração do uso do software Packet Tracer, aprimorar alguns
conhecimentos já existentes das camadas física, enlace, Rede e de transporte
aos profissionais, coletar resultados da pesquisa e vivenciar desafios de um
administrador de Redes em um contexto real das organizações.

A seguir, apresento nosso sétimo encontro da pesquisa.

5.7 Sétimo encontro

No dia 14 de dezembro de 2020, ocorreu, em uma sala virtualizada,


nosso sétimo encontro, o qual foi realizado com uso do software Teams,
momento em que discutimos a camada de aplicação, seus principais
protocolos, recursos ou funcionalidades e como poderiam ser aplicados esses
conhecimentos em Redes de Computadores. Ao iniciar a aula observei alguns
conhecimentos dos profissionais sobre o tema fazendo os seguintes
questionamentos: a) “qual a principal função ou recursos desta camada?”; b)
“quais os principais protocolos ou serviços disponibilizados nesta camada de
aplicação?”, e c) “quais exemplos de software ou aplicações rodam nesta
camada na Fruki?” Obtive esta resposta do profissional “A” ao primeiro
questionamento: “interface do usuário final” e, em seguida, o profissional “E”
complementou: “executam serviços ou processos no dispositivo do usuário”. Na
sequência, o profissional “E” respondeu ao segundo questionamento:
“protocolos HTTP, HTTPs, FTP e DNS”, o profissional “F” respondeu: “RDP,
RDS, SSH e Telnet”, e o profissional “B” acrescentou: “IMAP, POP3, VOIP e
ERP”. Por fim, o profissional “E” respondeu ao terceiro e último
questionamento: “browser ou navegador de internet, arquivos da Rede e
resolução de nomes no domínio”, o profissional “F” complementou: “Conexão
de Área de Trabalho Remota e Putty”, e os profissionais “C e B” expuseram os
softwares ou aplicações: “E-mail, Telefone IPs, Teams e Sistemas de
88

Informação como Totvs e Senior”. Diante das respostas e reflexões destacadas


anteriormente, concluo que novamente os profissionais já possuíam um
conhecimento prévio sobre a camada de aplicação. Embaso minha conclusão
no relato dos profissionais, ao externarem que a principal função da camada é
disponibilizar uma interface ao usuário final, para que seja possível a execução
de serviços, softwares ou aplicações nos dispositivos que ingressarem na
Rede. Forouzan (2009) afirma que a camada de aplicação no TCP/IP possui o
objetivo de estabelecer, apresentar, traduzir, criptografar, gerenciar sessões
ativas ou comprimir os pacotes de dados a serem encaminhados e
compartilhados aos dispositivos que ingressarem na Rede de Computadores.

Em seguida, tivemos o sétimo contato com o software Packet Tracer,


momento em que avançamos com a atividade prática disponibilizada no
Apêndice K. Na atividade disponibilizada, revisei conceitos ou práticas
estudadas anteriormente ao longo de nossos encontros para configuração de
dispositivos e elementos como IP, Máscara, Gateway, Segmentação (VLANs),
Roteamento, Redundância, Dupla abordagem de comunicação (comunicação
redundante) da Rede. O projeto possui o propósito de interligar 4 sub-redes
distintas (Indústria – Lajeado, Indústria – Paverama, CD Canoas e CD
Blumenau), com redundância, dupla abordagem e garantia de que não haverá
colisões ou perda de pacotes nas transações realizadas na Rede.

Na Figura 23 apresento o projeto proposto que exigiu e revisitou os


conhecimentos adquiridos pelos profissionais ao longo de todos os nossos
encontros. O Projeto exigiu ser configurado nos seguintes dispositivos e
elementos: o IP, Máscara, Gateway, Segmentações da Rede (VLANs),
Roteamento dos pacotes de dados, Redundância e Dupla abordagem de
comunicação para a Rede.
89

Figura 23 – Projeto para interligação de 4 sub-redes distintas, com alta


disponibilidade, e performance da Rede.

Fonte: O autor (2021).

Na Figura 23 destaco os dispositivos (destacados na cor “laranja”:


quando “VLAN1”, “cinza”: VLAN2 e “roxo”: VLAN3); os elementos switchs
(destacados na cor “vermelha”); os roteadores (destacados na cor “azul”);
meios físicos, “cabo UTP” com redundância (destacados na cor “verde”); meios
físicos, “cabo UTP” com dupla abordagem (destacado na cor “pink”), e
documentação contendo IP, Máscara e Gateway dos dispositivos ou elementos
da Rede.

Para a atividade disponibilizei aos profissionais inicialmente a janela de


60 minutos. Como nenhum profissional conseguiu concluir a atividade dentro
do prazo inicial estipulado, consultei a evolução dos projetos dos profissionais e
acordei um novo prazo: estendi o tempo por mais 20 minutos, ou seja, os
profissionais tiveram 80 minutos para a conclusão da atividade. O primeiro a
concluí-la foi o profissional “E” (1h e 03 minutos), na sequência o profissional
“D” (1h e 13 minutos), depois os profissionais “C e F” (1h e 18 minutos). Os
profissionais “A e B” novamente não conseguiram concluir a atividade dentro
do tempo estipulado. Para os profissionais que não concluíram a atividade
dentro do prazo, reforcei algumas dicas e acresci mais 10 minutos, e eles
conseguiram concluí-la em 1h e 24 minutos. A diferença de tempo entre o
primeiro profissional a concluir e o último foi de 21 minutos. Tomei essa
decisão embasado em Louro (2018, p. 6) que ensina: "Acreditar sempre no
material humano que tem em mãos. Respeitar o tempo e os limites dos alunos,
mas não deixar de trabalhar as dificuldades".
90

A seguir, apresento na Figura 24 os resultados obtidos da atividade


prática do Apêndice K.

Figura 24 - Resultados obtidos com o projeto de interligação de 4 sub-redes


distintas, com alta disponibilidade e performance da Rede.

Fonte: O autor (2021), com base nos desenhos dos profissionais.

A análise da Figura 24 permite evidenciar que os dispositivos


(destacados na cor “laranja”: quando “VLAN1”, “cinza”: VLAN2 e “roxo”:
VLAN3) foram inseridos e configurados com sucesso; também é perceptível no
desenho técnico identificar que os elementos switchs (destacados na cor
“vermelha”) estão conectados corretamente aos dispositivos e aos respectivos
roteadores (destacados na cor “azul”). Evidencio, também, que meios físicos,
“cabo UTP” com redundância (destacados na cor “verde”) e meios físicos,
“cabo UTP” com dupla abordagem (destacado na cor “pink”) estão interligando
as sub-redes “Indústria – Lajeado, Indústria Paverama, CD Canoas e CD
Blumenau”, que a documentação está completa e conforme as boas práticas:
contém IP, Máscara e Gateway dos dispositivos ou elementos da Rede. Por
fim, concluo que a Rede está íntegra, em virtude de todas as portas ou
91

extremidades dos dispositivos e elementos da Rede estarem com uma


indicação/sinal “verde” (status de comunicação estabelecida ou bem-sucedida)
e possuir alta disponibilidade ao contemplar rotas redundantes, possuir dupla
abordagem entre as plantas industriais de Lajeado e Paverama. Com a
comunicação da Rede estabelecida, com alta disponibilidade entre os
dispositivos ou elementos e embasado na afirmação de Comer (2016), entendo
que as Redes de Computadores são sistemas de comunicação únicos e
perfeitos. O autor complementa que dois ou mais computadores conectados à
Rede podem trocar facilmente dados ou informações. Concluo, a partir dos
resultados obtidos, que esses dispositivos podem trocar informações entre si, e
a Rede pode tornar-se um potencial recurso para apoiar profissionais e
organizações em seus processos decisórios.

Estes resultados novamente ilustram uma evolução notória dos


profissionais ao longo dos encontros. Justifica-se esta evolução através da
inserção de elementos, configuração de segmentação entre as Redes,
aplicação de roteamento, alta disponibilidade e dupla abordagem nas
atividades práticas vivenciadas. Ainda ressalto que neste encontro findou a
parte teórica da pesquisa. Novamente fomentei a exploração do uso do
software Packet Tracer, aprimorei os conhecimentos prévios já existentes das
camadas física, enlace, Rede, transporte e aplicação dos profissionais, coletei
resultados adicionais para a pesquisa e vivenciei, junto com os profissionais,
desafios de um administrador de Redes em um contexto real das organizações.

A seguir apresento nosso oitavo e último encontro da pesquisa.

5.8 Oitavo encontro

No oitavo encontro, realizado no dia 18 de dezembro de 2020 com uso


do software Teams, iniciamos a atividade prática planejada no nosso plano de
aulas e disponibilizada no Apêndice L. Nesse momento, os profissionais foram
desafiados a demonstrar seus conhecimentos e habilidades adquiridas ao
longo da “disciplina”. Nesse desafio, os profissionais construíram uma Rede de
Computadores no software Packet Tracer, com alta disponibilidade,
92

interligando 4 sub-redes fisicamente distintas, sem ruídos, com alta


performance e com fluidez na comunicação estabelecida entre os dispositivos.

Para esse desafio, concedi 1 hora e 30 minutos aos profissionais. O


primeiro a findar a atividade foi o profissional “C”, que levou exatamente 1 hora.
Na sequência, o profissional “B” concluiu em 1 hora e 10 minutos, os
profissionais “A e F” finalizaram em 1 hora e 18 minutos, e os profissionais “D e
E” também finalizaram dentro do tempo estipulado, em 1 hora e 24 minutos. A
diferença de tempo entre o primeiro profissional a concluir e o último foi de 24
minutos. Para a execução desse desafio, levei em consideração que devemos
“respeitar o tempo ou espaço do aluno, a educação tem maior possibilidade de
se desenvolver conectada à realidade do indivíduo” (PUERTA, 2008, p. 7).

A seguir quero retomar um ponto destacado anteriormente: “os


profissionais foram desafiados a demonstrar seus conhecimentos e habilidades
adquiridas ao longo da “disciplina”. Na Figura 25 apresento um comparativo
entre os conhecimentos dos profissionais “C e F” coletados no nosso primeiro
encontro e o desafio proposto para a aula do oitavo encontro.

Figura 25 – Comparativo de desenhos técnicos dos profissionais “C e F”


realizado no nosso primeiro encontro (Apêndice D), versus desafio proposto no
Apêndice L no ensino de Redes de Computadores da disciplina.

Fonte: O autor (2021), com base nos desenhos dos profissionais.


93

Ao comparar os desenhos técnicos dos profissionais “C e F” realizados


no primeiro encontro, com o desafio proposto acima no Apêndice L, identifico a
ausência do elemento “roteador” (não localizado na posição superior, na
extremidade das sub-redes, e destaco possível posição com um “X” na cor
“vermelha”) e também evidencio o elemento na parte inferior da Figura 25 por
um círculo ou elipse na cor “Azul”. Ambos os profissionais - “C e F” - não
ilustraram em seus desenhos técnicos o “roteador”. Diante desse fato faço as
reflexões: como estas sub-redes iriam se comunicar se estão fisicamente
isoladas e distantes umas das outras? Como iriam estabelecer uma
comunicação confiável, com entrega de pacotes? Como iriam garantir que os
pacotes de dados iriam percorrer o menor e melhor caminho em suas Redes?
Seria possível estabelecer uma comunicação com alta disponibilidade? E
respondo que não seria possível estabelecer uma comunicação bem-sucedida,
pois o elemento que permite agregar todos os recursos citados acima é,
segundo Comer (2016), é o roteador. O autor afirma que o roteador é um dos
únicos elementos que consegue isolar ou interligar sub-redes distintas, que
possui o recurso de escolher o menor e melhor caminho entre os dois nós e
permite que sejam inseridas interfaces adicionais para transferir pacotes de
dados entre as sub-redes por mais de uma rota ou caminho (alta
disponibilidade) aos dispositivos da Rede de Computadores. Perceptível
também a evolução dos profissionais “C e F” quanto à documentação ou
especificação técnica nos desenhos desenvolvidos com uso do software
Packet Tracer. Evidencia-se a segmentação das sub-redes em VLANs, IP’s
utilizados para a interconexão das sub-redes e IP’s definidos para cada
dispositivo ou elemento da Rede.

Destaco na parte superior (primeiro encontro) e na parte inferior (oitavo


encontro), com círculos ou elipses na cor “vermelha”, a premissa de alta
disponibilidade solicitada em ambas as atividades. No primeiro encontro, os
profissionais “C e F” consideraram dois links ou caminhos distintos para
atender ao requisito de alta disponibilidade, mas não foi possível identificar
quais seriam os IP’s de cada um dos links, como se estabeleceria a
comunicação entre as sub-redes nem por quais meios físicos. Estes pontos
ficaram abertos ao refletirmos sobre os desenhos técnicos no primeiro encontro
94

e, no papel de docente, sinalizei que eles seriam retomados e esclarecidos no


nosso último encontro.

Todos os pontos citados anteriormente - que não foram apresentados


por meio de conhecimentos dos profissionais “C e F” no primeiro encontro -
foram superados e destacados na Figura 25. Os pontos foram tratados,
solucionados e apresentados na parte inferior da figura, no oitavo encontro, na
cor “vermelha”. Evidencia-se nos desenhos técnicos apresentados pelos
profissionais “C e F” a existência de duas rotas distintas, definição de IP’s,
aplicação do elemento “roteador” e confirmação de comunicação bem-sucedida
das Redes (nas extremidades do roteador, percebem-se círculos na cor
“verde”).

A seguir, apresento na Figura 26 os resultados obtidos da atividade


prática do Apêndice D.

Figura 26 - Comparativo de desenhos técnicos dos profissionais “A, B, D e E”


realizados no nosso primeiro encontro (Apêndice D), no ensino de Redes de
Computadores da disciplina.

Fonte: O autor (2021), com base nos desenhos dos profissionais “A, B, D e E”.
95

Ao analisar os desenhos técnicos dos profissionais “A, B, D e E”


evidencio a aplicação do elemento “roteador”, destacado na cor “verde”. Na
sequência, identifico que os profissionais “D e E” apresentam em seus
desenhos técnicos “rotas redundantes” (premissa especificada na atividade do
Apêndice D), ou seja, “dois ou mais” caminhos distintos para chegar ao
destino. Destaco e quero evidenciar que o profissional “E” foi o único dentre os
seis profissionais a optar por utilizar o software Packet Tracer no nosso
primeiro encontro da disciplina, sem que eu tenha sinalizado tal possibilidade,
já que ele teve contato recente com o software no curso Técnico de TI.
Complemento que os profissionais “A e B” consideraram em seus desenhos
técnicos “dupla abordagem”, ou seja, “um” único caminho com comunicação
por meio de dois meios físicos (UTP, Fibra Óptica, entre outros). No desenho
técnico do profissional “B”, porém, evidencio uma dificuldade, pois ele inverteu
as posições dos elementos “switch e roteador”, conforme destacado na Figura
26 por setas, na cor “vermelha”. O correto para obter êxito na comunicação da
Rede seria o roteador estar no centro das sub-redes para gerir o recebimento e
roteamento dos pacotes de dados, na sequência ser posicionado o switch e,
nas extremidades, os dispositivos, conforme ilustrado pelos profissionais “A, D
e E”. Por meio da Figura 27 reforço como se deve posicionar ou configurar os
elementos (roteador e switchs) e os dispositivos (computadores, notebooks,
entre outros) para que a comunicação entre o emissor “A10” e o receptor “P95”
seja bem-sucedida. Forouzan (2009) afirma e destaca que esta topologia é
necessária para estabelecer uma comunicação bem-sucedida entre as três
sub-redes fisicamente distintas e isoladas (LAN1, LAN2 e LAN3).
96

Figura 27 – Topologia para estabelecer comunicação entre sub-redes com uso


de roteadores, switchs, meios físicos e dispositivos.

Fonte: Forouzan (2009, p. 48), com personalização do autor (2021).

A seguir, apresento na Figura 28 os resultados obtidos da atividade


prática disponibilizada no Apêndice L. Os desenhos técnicos dos profissionais
“A e E” merecem destaque, visto que apresentam maior riqueza de detalhes.

Figura 28 - Resultados obtidos dos profissionais “A e E” com o desafio de


interligação de 4 sub-redes distintas, com alta disponibilidade e performance da
Rede.

Fonte: O autor (2021), com base nos desenhos dos profissionais “A e E”.
97

Analisando a Figura 28, é possível evidenciar que os dispositivos


(“VLAN1” na cor “laranja”, e “VLAN2”, na cor “cinza”) foram inseridos, com seus
respectivos IP’s e Máscaras com base na Rede especificada no desenho
técnico e conectados com sucesso. Também é perceptível identificar no
desenho técnico que os elementos switchs (destacados na cor “vermelha”)
estão conectados corretamente aos dispositivos e aos respectivos roteadores
(destacados na cor “azul”). Evidencio, também, que meios físicos, “cabo UTP”
com redundância (destacados na cor “verde”) e meios físicos, “cabo UTP” com
dupla abordagem (destacado na cor “pink”) estão interligando as sub-redes
“Matriz/Indústria – Lajeado, Indústria Paverama, Centro de Distribuição Pelotas
e Centro de Distribuição Caxias do Sul”, que a documentação está completa e
conforme as boas práticas: contendo IP, Máscara e Gateway dos dispositivos
ou elementos da Rede. Por fim, concluo que a Rede está íntegra, em virtude de
todas as portas ou extremidades dos dispositivos e elementos da Rede
estarem com uma indicação/sinal “verde” (status de comunicação estabelecida
ou bem-sucedida) e possuir alta disponibilidade ao contemplar rotas
redundantes, possuir dupla abordagem entre as plantas Matriz/Indústria –
Lajeado e Indústria Paverama, com a comunicação estabelecida, bem-
sucedida e possuindo alta disponibilidade entre os dispositivos ou elementos
das Redes de Computadores. Mendes (2020) afirma que as Redes de
Computadores estabelecem a forma padrão de interligar dispositivos para o
compartilhamento de recursos lógicos ou físicos, com o objetivo de manter
seus equipamentos ou elementos conectados e disponíveis o maior tempo
possível, ou seja, prima pela disponibilidade do serviço das Redes de
Computadores à indivíduos e organizações.

A seguir, apresento, na Figura 29, os resultados obtidos do desafio


disponibilizado no Apêndice L. Esses resultados são oriundos dos profissionais
“B, C, D e F”. Enfatizo que todos os resultados, sem exceção, foram de
extrema importância para o desenvolvimento deste trabalho ou pesquisa e que
todos os profissionais conseguiram concluir as atividades práticas propostas no
seu tempo e com suas limitações.
98

Figura 29 - Resultados obtidos dos profissionais “B, C, D e F” com o desafio de


interligação de 4 sub-redes distintas, com alta disponibilidade e performance da
Rede.

Fonte: O autor (2021), com base nos desenhos dos profissionais “B, C, D e F”.

Analisando a Figura 29, constata-se que todas as Redes desenvolvidas


pelos profissionais “B, C, D e F” se encontram com a comunicação fluida e
bem-sucedida, pois nas extremidades de todos os elementos (switch e
roteador) e dispositivos (computadores, notebooks, printers e servidores) é
apresentado um pequeno círculo na cor “verde limão”. É possível identificar,
também, que a topologia apresentada na Figura 29 está sendo atendida, ou
seja, para o estabelecimento da comunicação entre as sub-redes está sendo
considerada a ordem ou sequência: roteadores localizados ao centro da Rede
(na cor “verde”), switchs entre os roteadores e dispositivos, meios físicos para
conectividades dos equipamentos e dispositivos nas extremidades das Redes.
Foi percebido, também, que em dois meios físicos está sendo utilizado o “cabo
UTP” com dupla abordagem (destacado na cor “pink”) para interligação das
sub-redes “Matriz/Indústria – Lajeado com Indústria – Paverama. Essa
classificação, padronização é também conhecida como topologia das Redes de
Computadores: “Estabelecem a forma padrão de interligar computadores para
o compartilhamento de recursos físicos ou lógicos” (MENDES, 2020, p. 1).

Quero retomar a afirmação de Louro (2018), que menciona o respeito ao


tempo e aos limites dos alunos, e devo reafirmar que, em todos os encontros,
99

respeitei o tempo e os limites de cada profissional para a execução das


atividades práticas. Reitero que todos os profissionais concluíram com êxito
suas atividades ao longo dos encontros, mas durante esse processo surgiram
dificuldades, as quais busquei identificar e superar com o fomento de
atividades prática em contextos reais. Ao aplicar situações reais do cotidiano
de um administrador de Redes, os profissionais puderam simular, vivenciar e
assimilar os conteúdos propostos. Contudo, apesar de todas as ações
destacadas anteriormente, os profissionais “B e F” foram os que apresentaram
maior dificuldade para concluir as atividades dentro dos prazos iniciais
acordados, necessitando em algumas situações pontuais estender essa janela
por alguns minutos. E, ao me defrontar com as dificuldades observadas ao
longo de nossos encontros, chego à conclusão de que os profissionais “B e F”,
que não concluíram em alguns momentos a atividade no prazo, apresentaram
dificuldades até o sétimo encontro para configuração de rotas estáticas no
elemento “roteador”, e o profissional “B” também teve dificuldades para
configurar os switchs em modo CLI. Ou seja, concluo que estes profissionais
que não conseguiram em alguns momentos findar a atividade dentro da janela
inicial estipulada, superaram estas dificuldades e me apresentaram com êxito o
desafio final disponibilizado no Apêndice L, sem ressalvas.

Ao término da atividade disponibilizada no Apêndice L, os profissionais,


responderam em 5 minutos à enquete ou nuvem de palavras em relação à
seguinte pergunta: “Pontos positivos sobre o planejamento e metodologia das
aulas?” Essa atividade foi parametrizada e desenvolvida com uso do software
Mentimeter e compartilhada por meio do link/URL e QR Code, e cada
profissional citou 5 palavras que definiram nossos encontros. O resultado
dessa dinâmica é apresentado na Figura 30.
100

Figura 30 – Resultado da dinâmica com uso do software Mentimeter.

Fonte: O autor (2021), com base nas respostas dos profissionais.

Ao analisar o resultado da nuvem de palavras apresentada na Figura 30,


é perceptível que as palavras “prática, conhecimento e interação” recebem
maior destaque. Essas palavras receberam maior destaque em virtude de
diferentes profissionais as terem citado durante a dinâmica, ou seja, as
palavras “prática, conhecimento e interação” foram citadas por dois ou mais
profissionais. Após compilado o resultado via software Mentimeter, compartilhei
o resultado da nuvem de palavras com os profissionais, com o objetivo de gerar
uma breve reflexão sobre nossos encontros. Nesse momento, os profissionais
trouxeram à tona mais detalhes das aulas. Afirmou o profissional “F”: “nossos
encontros não foram cansativos, houve um bom equilíbrio entre teoria e prática,
e todos nós atingimos o objetivo: finalizamos o desafio sem auxílio do
professor”; o profissional “C” destacou: “nossas aulas foram leves”; o
profissional “D” complementou: “nossas aulas foram colaborativas, com
bastante integração e interação”; o profissional “E” acrescentou: “é perceptível
a evolução do nosso ensino sobre o tema de Redes ao longo dos encontros”;
e, por fim, o profissional “B”: nossos encontros passaram muito rápido, pois a
101

metodologia esteve alinhada com o contexto da pandemia e aulas


virtualizadas. Com base nas evidências coletadas por meio da nuvem de
palavras e comentários adicionais dos profissionais, concluo que as aulas
foram produtivas por termos um ambiente leve, colaborativo e com muita
participação dos profissionais. Vilela, Ribeiro e Batista (2020) afirmam que a
nuvem de palavras auxilia na coleta e categorização de evidências qualitativas.
Os autores complementam que o uso de soluções tecnológicas aliadas a esta
técnica proporciona ao pesquisador a oportunidade de potencializar os
resultados da pesquisa com segurança.

Ressalto que tive que adaptar a metodologia dos nossos encontros


previstos do formato presencial para o virtualizado. Acrescento que,
inicialmente, havia sido planejados vários contatos dos profissionais com ativos
físicos, porém devido a pandemia utilizarmos o recurso “Teams” para encontros
virtualizados e o software Packet Tracer para simulações de projetos reais
vivenciados na organização. Mas este replanejamento não comprometeu em
nenhum momento os resultados da pesquisa, pelo contrário, proporcionou
maior integração entre professor e profissionais, aprimorando o ensino de
Redes de Computadores aos profissionais da Fruki.

Ao final do nosso último encontro, ainda foi compartilhado o link/URL do


software Microsoft Forms, e os profissionais tiveram o prazo de 15 dias para
responder ao questionário eletrônico semiestruturado disponibilizado no
Apêndice M. O objetivo de disponibilizar esse questionário aos profissionais foi
de coletar dados para posteriormente classificá-los, transformá-los em
evidências, sustentando, assim, o uso e aplicação do software Packet Tracer
em espaços não formais de ensino. Saliento que para esta análise e pesquisa
foram considerados apenas os dados coletados nas quatro primeiras perguntas
do questionário, uma vez que julgo que as “oportunidades” apresentadas pelos
profissionais na quinta pergunta não estavam mais adequadas e alinhadas
para o período ou contexto em que a pesquisa foi aplicada (pandemia da covid-
19). O resultado da coleta destes dados é apresentado no Quadro 6.
102

Quadro 6 - Resultados do questionário eletrônico da pesquisa realizado com os


profissionais “A, B, C, D, E e F”.
Profissional Qual sua Você acredita Com base na sua Quais outras
/ Perguntas avaliação que o software experiência de considerações/c
sobre o Packet Tracer utilização da solução olocações você
uso/aplicação lhe auxiliou ou durante nossos gostaria de fazer
do software não na encontros e na sua sobre o uso do
Packet Tracer construção do vivência profissional, software Packet
durante os conhecimento você acredita que Tracer em
nossos em Redes de exista ou não Redes de
encontros? Computadores aderência/aplicação Computadores?
Justifique ? Justifique do software Packet Justifique sua
sua resposta sua resposta Tracer em espaços resposta com
com detalhes. com detalhes. não formais de detalhes.
ensino? Justifique
sua resposta com
detalhes.

Profissional “Uma “Sem dúvidas. “Certamente. “Uma ferramenta


“A” ferramenta [...] O [...] software Principalmente na muito robusta
muito permitiu simular etapa de planejamento [...]”.
interessante configurações de projetos, [...]
que simula [...] de "n" requisitos podem ser
muito bem o dispositivos de validados em testes de
ambiente uma forma mesa, [...]
físico”. muito próxima possibilitando maior
da real, [...] eficiência e eficácia na
proporciona entrega do projeto”.
com que
rapidamente
seja colocado
em prática, o
conhecimento
teórico
recebido”.

Profissional “O uso da “O uso do “Sem dúvida alguma. “O uso do


“B” aplicação [...] software [...] Com o software [...], software [...]
é de muita ajudou e muito fica muito mais fácil de permitiu ver a
relevância, na construção entender a importância de
pois com ela do situação/problema na documentar
tornamos conhecimento teoria, para depois todos os
nossos [...], ele permitiu realizar a atividade na dispositivos [...].
encontros unir todos os prática”. Com o passar
produtivos, [...] tipos de dos dias de
permitindo dispositivos e estudo, [...]
aliar a teoria à montar uma percebi como fica
prática em Rede simples fácil de realizar a
uma única até uma Rede [...] configuração
aula”. de e construção da
Computadores Rede a partir da
complexa”. documentação”.

Profissional “O software “Sim, [...] na “Acredito que sim, pois “O software [...]
“C” [...] facilita o prática [...] muitas vezes na demonstra o
ensino e [...] a conseguimos necessidade de criar estabelecimento
absorção do ver tudo que projetos novos, é da comunicação
conteúdo”. acontece na necessário analisar a dos dispositivos
Rede de atual estrutura da [...] fazendo com
103

Computadores Rede, o que fica ainda que o usuário


[...] com o uso mais fácil se o mesmo final tenha uma
do software”. estiver desenhado experiência real
corretamente neste [...] e simulação
software”. ou configuração
de cada
equipamento [...]
como [...] na
realidade”.

Profissional “O Uso da “O Packet “O Packet Tracer “O Packet Tracer


“D” ferramenta é Tracer auxiliou simula desde simples oportuniza o [...]
muito positiva na construção ambientes de Rede à acesso a
[...], através do mais complexos, isso dispositivos,
dela podemos conhecimento, oportuniza atividades equipamentos,
aplicar o através dele foi simuladas de acordo meios físicos [...]
conhecimento possível ver a com a necessidade do de custo mais
prático em correlação dos conteúdo, podendo ir elevado, [...]
atividades temas fazendo o traçando evolução exemplo switchs
para aprimorar conteúdo fazer conforme fizemos nas gerenciáveis”.
e fixar a mais sentido”. nossas atividades”.
teoria”.

Profissional “Avaliação “Afirmo com “Existe a aderência, “O software é


“E” totalmente toda a certeza [...] o software bem completo,
positiva [...], de que sim, [...] possibilitou a [...] permite que o
ela auxiliou a conseguimos realização de professor [...]
encontrar simular exercícios reais, [...] forneça ao aluno
erros/falhas, e ambientes reais com problemas reais. um exemplo pré-
frisar o no software, [...] [...] permitiu absorver, elaborado [...]
conteúdo”. criar uma Rede o conteúdo sem contendo [...]
estável e necessidade de falhas [...], e
funcional, com estudar ou decorar assim instigar o
[...] nada [...], e todos aluno a varrer
parametrização conseguimos realizar toda a Rede afim
dos o desafio no último de encontrar e
equipamentos encontro”. resolver a [...]
necessários”. falha real na
Rede de alguma
corporação”.

Profissional “O software “O software [...] “Com certeza existe “Excelente


“F” [...] cumpre me auxiliou a aderência [...], ele ferramenta,
com o colocar em simula a realidade, [...] porém [...] não
proposto, ele prática os com ele é possível exclui a
[...] simula conceitos preparar as pessoas necessidade da
com aprendidos, [...] para as experiências realização de
veracidade a sem ele acredito profissionais reais.”. atividades
elaboração de que não teria práticas em
Redes de absorvido nem dispositivos reais,
Computadores 10% do [...] para
”. conhecimento”. realmente
aprendermos a
estruturar e
parametrizar uma
Rede, e
absorvemos o
conceito”.
Fonte: O autor (2021).
104

Inicio a análise do Quadro 6 apresentando afirmações dos profissionais


que julgo serem relevantes ou estarem aderentes ao tema, problema, objetivos
desta pesquisa e me auxiliarão no processo de tratamento e análise dos dados
a seguir. Transcrevo sem fazer alterações as afirmações dos profissionais “A,
B, C, D e F”, quando relatam que o software Packet Tracer facilita a
assimilação do conhecimento ao alinhar “teoria com a prática”. Nesse sentido,
o profissional “A” afirmou “[...] proporciona com que rapidamente seja colocado
em prática, o conhecimento teórico recebido”; profissional “B” complementou
“[...] permitindo aliar a teoria à prática em uma única aula”; profissional “C”: “[...]
na prática [...] conseguimos ver tudo que acontece na Rede de Computadores
[...] com o uso do software”; profissional “D” acrescentou: “[...], através dela
podemos aplicar o conhecimento prático em atividades para aprimorar e fixar a
teoria”; e o profissional “F” também contribuiu: “[...] me auxiliou a colocar em
prática os conceitos aprendidos, [...] sem ele acredito que não teria absorvido
nem 10% do conhecimento”.

Ressalto que a construção do Quadro 6 se deu com base nas respostas


1, 2, 3 e 4 do questionário eletrônico semiestruturado disponibilizado no
Apêndice M, com uso dos recursos do software Microsoft Forms. Complemento
mencionando que as afirmações foram classificadas e obtidas dos profissionais
da Bebidas Fruki S.A. no período da pesquisa com o objetivo de auxiliar na
análise dos resultados deste encontro.

Compartilho também as afirmações dos profissionais “B, C, D, E e F”,


todos relatam que o software Packet Tracer “facilita o ensino ou assimilação do
conteúdo”. Nesse sentido, o profissional “B” afirmou: “[...] ajudou e muito na
construção do conhecimento [...], ele permitiu unir todos os tipos de dispositivos
e montar uma Rede simples até uma Rede de Computadores complexa”;
profissional “C” acrescentou: “[...] facilita o ensino e [...] a absorção do
conteúdo”; profissional “D” relatou: “[...] auxiliou na construção do
conhecimento, através dele foi possível ver a correlação dos temas fazendo o
conteúdo fazer mais sentido”; profissional ”E” respondeu: “[...] permitiu
absorver, o conteúdo sem necessidade de estudar ou decorar nada [...], e
todos conseguimos realizar o desafio no último encontro”.
105

Em termos de planejamento, houve uma pequena mudança na forma de


compartilhamento do questionário eletrônico semiestruturado disponibilizado no
Apêndice M. Inicialmente, o questionário seria disponibilizado no formato
impresso e as respostas seriam coletadas individualmente com cada
profissional. Porém, devido a pandemia, adaptamos o compartilhamento do
questionário eletrônico por meio de um link/URL, com uso do software
Microsoft Forms. Mas este replanejamento não comprometeu em nenhum
momento os resultados da pesquisa, pelo contrário, proporcionou maior
colaboração e estendi o prazo de envio das respostas para 15 dias.

As afirmações destacadas anteriormente foram as que julgo com maior


aderência ou relevância ao estudo. Mas, tenho ciência da importância de tratar
e analisar todos os dados coletados por meio do questionário eletrônico. Com
esta análise mais detalhada, poderei me aproximar de resultados obtidos em
estudos recentes apresentados no Quadro 4 desta pesquisa, resultados
oriundos do trabalho dos autores (SANTOS, 2015; DA SILVA, 2019; MIRANDA,
2017; COSTA; VIANA; COUTINHO, 2017; DAMASCENO; DE SOUZA, 2014;
PIMENTEL, 2013). Diante desta afirmação, apresento na Figura 31 a
classificação dos relatos de todos os profissionais.

Figura 31 - Classificação dos relatos dos profissionais A, B, C, D, E e F da


Fruki.

Fonte: O autor (2021).

Apresento, na Figura 31, os dados tratados e classificados para


prosseguir na análise do questionário. Primeiramente, quero expor que as
classes estão apresentadas na horizontal, em colunas, e os profissionais
listados na vertical, em linhas. Vale salientar que, por meio das afirmações ou
relatos dos profissionais, cheguei a 11 classes, oriundas do tratamento dos
106

dados coletados por meio do questionário disponibilizado no Apêndice M, em


que tive 100% de aceitação dos profissionais, ou seja, todos os profissionais
“A, B, C, D, E e F” responderam as 4 perguntas do questionário.

Os profissionais da Fruki, ao serem questionados quanto à aplicação do


software nos nossos encontros, experiência de uso do software, aderência do
software em espaços não formais de ensino e considerações gerais sobre o
software, responderam: a) 5 profissionais afirmam que, com a aplicação do
software Packet Tracer em nossos encontros, conseguimos aliar a teoria à
prática”; b) 5 profissionais afirmam que o software Packet Tracer facilita no
ensino ou na assimilação do conteúdo em espaço não formais; c) 4 concordam
que o software Packet Tracer realiza simulações muito próximas do acervo
físico e reproduz a realidade ou desafios de um administrador de Redes em
suas rotinas diárias; d) 2 relatam que o software Packet Tracer contribui na
identificação de erros ou falhas, reduz a complexidade para desenvolver Redes
de Computadores simples ou complexas, que o software auxilia no
planejamento e levantamento de requisitos de projetos e que ele é robusto e
completo para o ensino de Redes em espaços não formais de ensino; e) 1
afirma que o software aumenta a produtividade em sala de aula, que pode
desenvolver profissionais aptos para o mercado de trabalho, que facilita a
documentação de projetos e entendimento dos desenhos técnicos da Rede; e,
por fim, o software Packet Tracer favorece o acesso a elementos ou
dispositivos (ex.: switchs gerenciáveis, roteadores, entre outros) que possuem
um alto custo junto aos fabricantes para as instituições de ensino ou
organizações.

Diante das afirmações dos profissionais destacadas e análises


apresentadas acima e com embasamento teórico de estudos recentes
aplicados na área apresentados nesta pesquisa no Quadro 4, infiro que o
software Packet Tracer também pode ser considerado aderente e promissor
em espaços não formais de ensino para ministrar a disciplina de Redes de
Computadores. Para reforçar a minha dedução trago Dinardi (2021) que afirma
que com o uso de tecnologias ou ferramentas o ensino pode e deve ocorrer
também fora dos muros das escolas.
107

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Devido a minha formação acadêmica ou aproximação e vivência com


instituições de ensino/organizações, fomentei o uso das TICs – Tecnologias da
Informação e Comunicação, aplicando softwares como Packet Tracer,
Mentimeter, Microsoft Forms, Microsoft Teams para apoiar no ensino de Redes
de Computadores, em espaços não formais e com profissionais da Bebidas
Fruki S.A.

Dentre os softwares citados, o que mereceu destaque é o Packet Tracer.


Conforme já externado na pesquisa, ele é gratuito, permite simular as etapas
de planejamento, desenvolvimento, homologação e implantação de uma Rede
de Computadores em organizações ou instituições de ensino. Possibilita tratar
erros oriundos de conflitos de configurações, parametrizações e permite reduzir
a complexidade de entendimento dos conceitos ou aplicação de elementos e
dispositivos das Redes de Computadores. Complemento que o software Packet
Tracer também é aderente ao contexto atual das organizações, fomenta uma
aproximação entre a teoria e a prática e aprimora o ensino de Redes de
Computadores para os profissionais ou administradores da área de atuação.
108

Considerando o contexto citado e a necessidade da Bebidas Fruki S.A.


de capacitar seus profissionais das equipes de “Operação e Atendimento” em
Redes de Computadores, o problema desenvolvido nesta pesquisa foi o
seguinte: “Como o software Packet Tracer pode contribuir para o ensino de
Redes de Computadores aos profissionais de TICs da Bebidas Fruki S.A.?”.
Após análise dos dados e resultados da pesquisa, respondo: o software Packet
Tracer proporcionou aos profissionais uma experiência próxima da real ou
física. Contribuiu para que os profissionais vivenciassem, por meio de
simulações, atividades cotidianas de um administrador de Redes de
Computadores e possibilitou disseminar ou assimilar, de forma virtualizada,
conhecimentos sobre Redes de Computadores a todos os profissionais da
equipe de TICs da Fruki.

Para o atingimento do primeiro objetivo específico - “Explorar o uso do


software Packet Tracer para o ensino de Redes de Computadores em um
espaço não formal” - justifico o atingimento dos resultados, primeiramente por
meio da exploração ou abordagem das quatro camadas do modelo TCP/IP:
host-rede (interface com a Rede), internet, transporte e aplicação. Quando
comparado com o modelo OSI, afirma-se que a camada host-rede equivale à
combinação das camadas física e de enlace de dados. A camada internet
equivale à camada de Rede, e a camada de transporte permanece com a
mesma função. Em um segundo momento, por meio das atividades práticas
realizadas ao longo dos oito encontros, disponibilizadas nos Apêndices “D, E,
F, G, H, I, J, K e L”, saliento que, em todas as atividades, explorei o uso do
software Packet Tracer e fomentei o alinhamento da teoria com a prática para
forçar que os profissionais da Bebidas Fruki S.A. assimilassem os conteúdos
disseminados de Redes de Computadores em um espaço não formal de
ensino. Complemento que planejei cada atividade com o intuito de simular, com
uso do software Packet Tracer situações reais, situações que os profissionais
vivenciam em suas rotinas como administradores de Redes dentro da Fruki.

O segundo objetivo específico alcançado foi “Aprimorar os


conhecimentos prévios adquiridos em Redes de Computadores por meio do
uso do software Packet Tracer”. Evidencio o êxito de tal ação por meio da
execução das atividades práticas disponibilizadas nos Apêndices: “D e E” (1º
109

encontro, conhecer conceitos básicos e principais elementos ou dispositivos da


Rede), “F” (2º encontro, conhecer os modelos de referência ou padronização
“OSI e TCP/IP”), “G” (3º encontro, conhecer os componentes da camada física
e seus respectivos meios físicos), “H” (4º encontro, conhecer o principal
elemento da camada de enlace, o “switch” e suas funcionalidades), “I” (5º
encontro, conhecer o principal elemento da camada de Rede, o “roteador” e
suas funcionalidades), “J” (6º encontro, conhecer os principais protocolos -
TCP, UDP e SCTP - e os serviços da camada de transporte) e “K” (7º encontro,
conhecer os principais protocolos, serviços ou sistemas da camada de
aplicação utilizados na Fruki). Durante os sete encontros, busquei a evolução
constante dos conhecimentos prévios desses profissionais. Para corroborar
essa afirmação, na descrição dos encontros, iniciei cada um narrando as
perguntas realizadas para observar os conhecimentos prévios de cada
profissional. Destaco que os profissionais “B e F” tiveram dificuldades para
concluir as atividades dentro dos prazos e janelas acordadas. As dificuldades
identificadas foram na parametrização e aplicação de conceitos ou
funcionalidades dos elementos “swicths e Roteadores” nas Redes de
Computadores desenvolvidas. Mas, foi perceptível, também, que, após as
simulações e repetições das atividades práticas, as dificuldades foram
mitigadas ou significativamente reduzidas.

Por fim, em relação ao terceiro e último objetivo específico - “Avaliar


resultados obtidos com o ingresso do software Packet Tracer no ensino de
Redes de Computadores em um espaço não formal” -, avalio o resultado
encontrado como satisfatório, pois, observando a evolução obtida no ensino de
Redes de Computadores por meio da atividade prática do Apêndice “D” (1º
encontro), com a atividade prática disponibilizada no Apêndice “L” (8º
encontro), percebi evoluções. Evidencio que todos os profissionais, sem
exceção, me entregaram o projeto de Redes de forma íntegra, com alta
disponibilidade, ao contemplar rotas redundantes, possuir dupla abordagem
entre as unidades “Matriz/Indústria – Lajeado” e “Indústria Paverama”, bem
como conseguiram concluir o desafio proposto dentro do tempo ou prazo
estipulado. Para Dinardi (2021), os avanços e evoluções obtidos com o uso de
ferramentas ou tecnologias neste estudo, em espaços não formais, ou seja, na
110

Bebidas Fruki S.A., podem ser defendidos como um instrumento que alia os
conteúdos com a prática, aproximando alunos e professores à atualidade.

Sugiro, como oportunidades para trabalhos futuros, alguns resultados


obtidos da classificação do questionário semiestruturado, disponibilizado no
Apêndice M, oriundos da questão 5: profissional “A”, “Uma etapa maior de
nivelamento da turma [...], uma aula inicial somente com este enfoque [...];
profissional “C e E”: “Sugiro que possamos ter a experiência de abranger mais
funcionalidades do software, [...] bem como configurar também uma Rede com
equipamentos reais, [....] podendo comparar as diferenças entre o software [...]
e um ambiente real”. Tais oportunidades devem ser consideradas para a
melhoria contínua do ensino de Redes de Computadores em espaços não
formais de ensino, com uso do software Packet Tracer. Ressalto que nesta
pesquisa não pude evoluir ou atender na íntegra a todas as sugestões de
melhorias devido ao contexto pandêmico em que estamos inseridos e ao
formato virtualizado das aulas ministradas.

Por fim, destaco que o mestrado em minha vida profissional e


acadêmica serviu para criticar, refletir, aprimorar e descobrir novas técnicas ou
processos de ensino. Complemento que, além disso, serviu para fomentar e
desenvolver, em mim, um perfil de pesquisador, que até a metade do programa
de mestrado da Univates eu não possuía. Acrescento que o plano do mestrado
exigiu que eu aprimorasse meu autoconhecimento, me desafiasse
constantemente para superar desafios, aprimorasse meu senso de urgência ou
prioridade, além de me direcionar para uma área ou linha de pesquisa em
trabalhos futuros. Orientou-me a desenvolver pesquisas voltadas para minha
área de formação: o uso das tecnologias ou softwares com o intuito de primar
pela melhoria contínua de nossos planos de ensino, desenvolver novas
habilidades em docentes ou pesquisadores de instituições de ensino e de
organizações.
111

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escola: a educação não formal como espaço de atuação da prática do
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YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. Porto Alegre, RS:


Bookman, 2005.
115

APÊNDICES
116

APÊNDICE A - Termo de concordância da direção da instituição

À senhora Diretora da Bebidas Fruki S.A..

Eu, Rodrigo Petter, aluno regularmente matriculado no Curso de Pós-


graduação Stricto Sensu, Mestrado Profissional em Ensino de Ciências Exatas
da Universidade do Vale do Taquari – Univates, localizada na cidade de
Lajeado, RS, venho solicitar a autorização para desenvolver a pesquisa, coletar
dados e usar o nome da empresa na realização de minha pesquisa de
Mestrado, intitulada: “USO DO SOFTWARE PACKET TRACER PARA O
ENSINO DE REDES DE COMPUTADORES EM UM ESPAÇO NÃO FORMAL
– BEBIDAS FRUKI S.A”.

O objetivo geral desta pesquisa é “Explorar e avaliar o uso do software


Packet Tracer para o ensino de Redes de Computadores na área de TICs da
Bebidas Fruki S.A.”. Afirmo ainda, que as coletas de dados serão realizadas
por meio de observações, questionários, fotografias, vídeos, entrevistas e
testes aos profissionais.
Desde já, agradeço a disponibilização, visto que a pesquisa contribuirá
para o desenvolvimento do ensino de Redes de Computadores aos
profissionais da organização.

Pelo presente termo de concordância declaro que autorizo a realização


da pesquisa prevista na Bebidas Fruki S.A..

Data _____/____/_____

_________________________________________________
Direção da Bebidas Fruki S.A.

_________________________________________________
Rodrigo Petter
Mestrando em Ensino de Ciências Exatas – UNIVATES
117

APÊNDICE B – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E


ESCLARECIDO (TCLE)

MESTRADO PROFISSIONAL EM ENSINO DE CIÊNCIAS EXATAS

Este Termo é parte integrante da Pesquisa, com fins científicos, cujo


Título é “USO DO SOFTWARE PACKET TRACER PARA O ENSINO DE
REDES DE COMPUTADORES EM UM ESPAÇO NÃO FORMAL”, que será
realizada pelo Mestrando Rodrigo Petter, com a Orientação da Profª Drª Márcia
Jussara Hepp Rehfeldt do Programa de Mestrado Profissional em Ensino de
Ciências Exatas do Centro Universitário UNIVATES, Lajeado (RS).

O Questionário que será aplicado e respondido pelos participantes da


pesquisa, tem por objetivo coletar dados que possam subsidiar com as
informações necessárias o estudo e a dissertação sobre o tema “O uso do
software Packet Tracer para prototipação e testes de Redes de Computadores
em um espaço não formal” e evidenciar os fatores que possivelmente
contribuirão para os profissionais da Bebidas Fruki S.A. a serem mais
produtivos nas etapas de planejamento, desenvolvimento, homologação e
implantação de uma Rede de Computadores, em ambiente de prototipação e
testes, sem gerar impactos na operação da organização..

Os profissionais das áreas de Atendimento e Operações de TIC da


Bebidas Fruki S.A, sujeitos da pesquisa, serão convidados a participar de
forma voluntária respondendo os instrumentos de coleta de dados, de forma a
contribuir com suas experiências no processo de ensino, para o alcance dos
objetivos propostos pela pesquisa. E, como prova da sua participação livre e
consentida e esclarecida, assinam o presente Termo.

Como responsável pela pesquisa, declaro que os participantes não


serão submetidos a qualquer desconforto ou risco; que as informações
prestadas, bem como todo material gerado durante essa fase de trabalho terão
garantia de sigilo e a privacidade dos participantes; que os dados e as
informações obtidas serão aproveitados única e exclusivamente para análise,
por parte do Mestrando e de sua orientadora para fins científicos, podendo ser
publicadas somente nos resultados gerais do trabalho, salvo outras
118

informações ilustrativas envolvendo participantes da pesquisa, desde que


consentido em autorização específica.

Este Termo deverá ser assinado em duas vias, sendo que uma delas
será retida pelo sujeito da pesquisa e a outra pelo pesquisador responsável,
Rodrigo Petter, RG nº 8077864125, CPF nº 001.747.990-80, residente na Rua
Cerro Azul, nº. 881, na cidade de Estrela, CEP 95880-000, Estado do Rio
Grande do Sul (RS).

Pelo presente Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, declaro a


participação nesta pesquisa, livre de qualquer constrangimento e coerção; que
foi devidamente informado(a) de forma clara e detalhada sobre os seus
objetivos, sobre o instrumento de coleta de dados que será utilizado e, que está
ciente de que pode retirar o seu consentimento a qualquer momento, deixando
de participar do estudo, sem que isso traga-lhe qualquer tipo de prejuízo.

Cientes da Declaração de Consentimento Livre e Esclarecido assinam o


presente Termo.

Lajeado (RS), ___ de ______________ de 2020.

__________________________

Nome do participante da pesquisa

E-mail:_______________________

Tel.:________________________

______________________________

Assinatura do participante

Assinatura do pesquisador responsável


Rodrigo Petter
E-mail: [email protected]
119

APÊNDICE C – PLANO DE AULAS

O Quadro 7 apresenta o planejamento de oito aulas, 24 horas/aula. Nele


é descrita as atividades planejadas, suas metodologias de ensino, duração e
recursos utilizados para o desenvolvimento das aulas.

Quadro 7 - Atividades realizadas durante o plano de aulas.

Atividades Metodologia Duração

Aula 01 – Conhecer a • Aula expositiva • 3 horas/aula


proposta das aulas, apresentar dialogada;

o desafio sobre Redes de • Apresentar a


Computadores e introduzir ementa da
disciplina,
conceitos básicos sobre o tema.
cronograma
• Apresentar o desafio das aulas e
“Como você sistema de
representaria a Rede de avaliação;
Computadores • Apresentar o
disponibilizada no problema;
Apêndice D?”. Esta
atividade busca coletar • Projeção/Com
conhecimentos prévios partilhamento
dos profissionais sobre o de slides;
tema;
• Software
• Conhecer os conceitos Microsoft
básicos de Redes de Teams;
Computadores:
• Sala
o Definições, história, virtualizada;
casos de uso, ativos
de Redes, • Atividade
classificação de prática para
Redes, topologias de assimilação
Redes e meios físicos do conteúdo e
de transmissão. nivelamento.

• Conhecer virtualmente os
principais ativos de uma
Rede de Computadores.
120

• Atividade prática para


assimilação do conteúdo
(Apêndice E).

Aula 02 - Modelos de • Aula expositiva • 3 horas/aula


referência e padronização OSI e dialogada;

TCP/IP. • Projeção/Com
partilhamento
• Conhecer os modelos de de slides;
referência, padronização
OSI e TCP/IP; • Software
Microsoft
• Atividade prática para Teams;
assimilação do conteúdo
(Apêndice F). • Sala
virtualizada;

• Atividade
prática para
assimilação do
conteúdo e
nivelamento.

Aula 03 - Camada Física. • Aula expositiva • 3 horas/aula


dialogada;
• Reforçar modelos de
referência e • Projeção/Com
padronização OSI e partilhamento
TCP/IP vistos na aula de slides;
anterior;
• Software
• Conhecer componentes Microsoft
da camada física em uma Teams;
Rede de Computadores:
• Sala
o Meios de transmissão virtualizada;
magnético, par
• Atividade
trançado, coaxial,
prática para
fibra óptica e sem fio.
assimilação do
• Atividade prática para conteúdo e
assimilação do conteúdo nivelamento.
(Apêndice G).
121

Aula 04 - Camada de • Aula expositiva • 3 horas/aula


Enlace. dialogada;

• Projeção/Com
• Conhecer a função da
partilhamento
camada de Enlace em
de slides;
uma Rede de
Computadores. • Software
Microsoft
o Métodos de detecção
Teams;
e correção de erros,
protocolos de acesso, • Sala
endereçamentos virtualizada;
(MAC e ARP),
protocolo Ethernet e • Atividade
Redes locais virtuais prática para
(VLAN). assimilação do
conteúdo e
• Atividade prática para nivelamento.
assimilação do conteúdo
(Apêndice H).

Aula 05 - Camada de • Aula expositiva • 3 horas/aula


Rede. dialogada;

• Projeção/Com
• Conhecer a função da
partilhamento
camada de Rede em
de slides;
uma Rede de
Computadores: • Software
Microsoft
o Conhecer o
Teams;
funcionamento de
roteadores, • Sala
interligação de Redes, virtualizada;
protocolo IP,
endereçamento • Atividade
IPv4/IPv6 e máscara prática para
de Rede. assimilação do
conteúdo e
• Conhecer as nivelamento.
funcionalidades do
software Packet Tracer;

• Atividade prática para


assimilação do conteúdo
122

(Apêndice I).

Aula 06 - Camada de • Aula expositiva • 3 horas/aula


Transporte. dialogada;

• Projeção/Com
• Conhecer função,
partilhamento
protocolos e serviços da
de slides;
camada de transporte:
• Software
o Função da camada de
Microsoft
transporte, protocolos
Teams;
TCP e UDP, serviços
de NAT e QOS. • Sala
virtualizada;
• Atividade prática para
assimilação do conteúdo • Atividade
(Apêndice J). prática para
assimilação do
conteúdo e
nivelamento.

Aula 07 - Camada de • Aula expositiva • 3 horas/aula


Aplicação. dialogada;

• Projeção/Com
• Conhecer funções da
partilhamento
camada de aplicação,
de slides;
suas arquiteturas e
serviços de transporte • Software
disponíveis; Microsoft
Teams;
• Conhecer os principais
protocolos e serviços: • Sala
HTTP, POP, IMAP, virtualizada;
SMTP, FTP e VOIP;
• Atividade
• Atividade prática para prática para
assimilação do conteúdo assimilação do
(Apêndice K). conteúdo e
nivelamento.

Aula 08 – Desafio • Software • 3 horas/aula


proposto Microsoft
Teams;
• Demonstrar o
• Sala
123

conhecimento obtido virtualizada;


através de um desafio
(Apêndice L). • Realização de
um desafio
• Encaminhar com uso do
questionários software
semiestruturados aos Packet Tracer
profissionais (Apêndice da Cisco;
M).
• Software
Mentimeter

• Envio dos
questionários
semiestruturad
os.

Recursos

• Software Microsoft Teams;

• Sala virtualizada;

• Área para repositório de material de apoio;

• Slides da disciplina;

• Software Packet Tracer – Cisco;

• Computadores/Notebooks.
124

APÊNDICE D – DESAFIO SOBRE REDES DE COMPUTADORES

Prezado profissional!

A organização A é uma prestadora de serviços de TI em franca


expansão no território nacional. Fundada no ano de 2015, atualmente a
organização A está sediada na capital gaúcha, Porto Alegre, com filiais em
Curitiba, Florianópolis e Lajeado, possuindo um quadro funcional composto por
aproximadamente 200 colaboradores e 600 clientes.
Apesar do atual cenário econômico, a organização A encontra-se em
um momento bastante positivo, e nos últimos dois anos tem registrado um
crescimento médio de 30% a.a..
Devido a este crescimento a organização A recentemente implantou um
ERP - Enterprise Resource Planning (Sistema Integrado de Gestão
Empresarial) para gerenciamento de suas rotinas administrativas e das áreas
de apoio, este sistema de informação deverá estar disponível em todos as
filiais com alta disponibilidade (dupla abordagem de comunicação), baixa
latência e com garantia de que não haverá colisões ou perda de pacotes nas
transações realizadas na Rede.
Visando integrar as unidades, garantir uma boa experiência aos usuários
finais e aprimorar a segurança dos dados trafegados entre a matriz e suas
filiais, a organização A está interessada em implementar o projeto que segue
abaixo.

Requisitos técnicos da Rede:

Matriz – Porto Alegre: Rede 172.18.1.0/24, 1 roteador e 1 switch;

Polo de Curitiba: Rede 172.18.2.0/24, 1 roteador e 1 switch;

Polo de Florianópolis: Rede 172.18.3.0/24, 1 roteador e 1 switch;

Polo de Lajeado: Rede 172.18.4.0/24, 1 roteador e 1 switch;

Número de dispositivos: no mínimo 7 dispositivos distribuídos entre as


unidades, dentre eles: computadores, notebooks e impressoras.
125

Lembrete: dupla abordagem de comunicação, ou seja, rotas


redundantes na Rede.

Utilizando um Papel A3, lápis, pincel, borracha, régua ou algum


aplicativo disponível no seu computador/notebook (Paint, Word, Excel,
PowerPoint, entre outros), peço que resolvam a questão problema a seguir
considerando o cenário e premissas/requisitos sinalizados acima de forma
criativa.

Desafio:

Como você ilustraria de forma gráfica esta Rede de Computadores?

Obs.: Para o desenvolvimento desta atividade os profissionais terão 40


minutos.

Bom trabalho!
126

APÊNDICE E – ATIVIDADE PRÁTICA NO SOFTWARE PACKET


TRACER COM ATIVOS PARA ASSIMILAÇÃO DE CONCEITOS DE REDES
DE COMPUTADORES

Prezado profissional!

A seguir apresento um esboço/desenho técnico de uma Rede de


Computadores interligando 5 dispositivos dos departamentos de compras e
controladoria, 2 ativos (switchs), em um mesmo espaço físico.

Requisitos técnicos:

1) Sub-rede “Controladoria”

- IP: 10.1.0.0/16, ou seja:

DESK01 – IP 10.1.0.1, MASK 255.255.0.0;


NOTE01 - IP 10.1.0.2, MASK 255.255.0.0;
PRINTER01 - IP 10.1.0.3, MASK 255.255.0.0;
SWITCH01 - IP 10.1.0.252, MASK 255.255.0.0.

2) Sub-rede “Compras”

- IP: 10.1.0.0/16, ou seja:

DESK02 – IP 10.1.0.4, MASK 255.255.0.0;


DESK03 - IP 10.1.0.5, MASK 255.255.0.0;
SWITCH02 - IP 10.1.0.253, MASK 255.255.0.0.
127

Prática:
1) Adicionar dispositivos (Desktops, Notebooks e Impressora) e ativos
(switchs Cisco modelo 2950-24) na área de trabalho do software
Packet Tracer;
2) Conectorizar dispositivos com os switchs e interligar as sub-redes;
3) Setar IPs e máscara nos dispositivos da Rede via interface gráfica
conforme requisito técnico sinalizado acima;
4) Setar IPs, máscara, definir nomes para os ativos (switchs), visualizar
configurações setadas e gravar configurações para evitar perda de
dados após reinicialização ou desligamento dos equipamentos
através de linhas de comandos (Interface CLI);
5) Testar comunicação e envio de pacotes de dados entre as sub-redes
e dispositivos da Rede de Computadores;
6) Publicar projeto no repositório das aulas.

Bom Trabalho!
128

APÊNDICE F – ATIVIDADE PRÁTICA NO SOFTWARE PACKET


TRACER COM ATIVOS PARA ASSIMILAÇÃO DE CONCEITOS DE REDES
DE COMPUTADORES

Prezado profissional!

A seguir apresento dois esboços/desenhos técnicos com seus


respectivos projetos de Redes de Computadores, cada um interligando 5
dispositivos dos departamentos, com 2 ativos (switchs), em um mesmo espaço
físico.

1. Esboço/desenho da Rede de Apoio (Contas a pagar e receber)

Requisitos técnicos:

1.1 Sub-rede “Contas a Pagar”

- IP: 10.11.0.0/16, ou seja:

DESK01 – IP 10.11.0.1, MASK 255.255.0.0;


NOTE01 - IP 10.11.0.2, MASK 255.255.0.0;
PRINTER01 - IP 10.11.0.3, MASK 255.255.0.0;
SWITCH01 - IP 10.11.0.252, MASK 255.255.0.0.

1.2 Sub-rede “Contas a Receber”

- IP: 10.11.0.0/16, ou seja:

DESK02 – IP 10.11.0.4, MASK 255.255.0.0;


129

DESK03 - IP 10.11.0.5, MASK 255.255.0.0;


SWITCH02 - IP 10.11.0.253, MASK 255.255.0.0.

Prática:
1) Será disponibilizado a você profissional no repositório da aula o
projeto com o nome de “Apendice F - Caso A_Contas a Pagar e
Receber v0” para que seja aberto no software Packet Tracer;
2) Identificar na Rede de Computadores apresentada, o motivo pela
qual os dispositivos DESK03 e a PRINTER01 não estão se
comunicando com os demais equipamentos.
3) Garantir que a comunicação e envio de pacotes de dados entre as
sub-redes e dispositivos da Rede de Computadores esteja fluindo
com sucesso;
4) Publicar projeto com correção de erros no repositório das aulas.

2. Esboço/desenho da Rede de Apoio (Auditoria e Tributário)

Requisitos técnicos:

2.1 Sub-rede “Auditoria”

- IP: 176.0.0.0/8, ou seja:

DESK01 – IP 176.0.0.1, MASK 255.0.0.0;


NOTE01 - IP 176.0.0.2, MASK 255.0.0.0;
PRINTER01 – IP 176.0.0.3, MASK 255.0.0.0;
SWITCH01 - IP 176.0.0.252, MASK 255.0.0.0.
130

2.2 Sub-rede “Tributário”

- IP: 176.0.0.0/8, ou seja:

DESK02 – IP 176.0.0.4, MASK 255.0.0.0;


DESK03 - IP 176.0.0.5, MASK 255.0.0.0;
SWITCH02 - 176.0.0.253, MASK 255.0.0.0.

Prática:
1) Será disponibilizado a você profissional no repositório da aula o
projeto com o nome de “Apendice F - Caso B_Auditoria e Tributário
v0” para que seja aberto no software Packet Tracer;
2) Identificar na Rede de Computadores apresentada, o motivo pela
qual os dispositivos da Rede não estão conseguindo se comunicar
com o NOTE01.
3) Garantir que a comunicação e envio de pacotes de dados entre as
sub-redes e dispositivos da Rede de Computadores esteja fluindo
com sucesso;
4) Publicar projeto com correção de erros no repositório das aulas.

Bom Trabalho!
131

APÊNDICE G – ATIVIDADE PRÁTICA NO SOFTWARE PACKET


TRACER PARA ASSIMILAÇÃO DO CONTEÚDO DE MEIOS DE
TRANSMISSÃO

Prezado profissional!

A seguir apresento dois esboços/desenhos técnicos de Redes de


Computadores com uso dos meios físicos distintos. O caso A, com uso do cabo
UTP, e o Caso B, com uso de Fibra Óptica para interligação das sub-redes.

Peço que pratiquem construindo/desenvolvendo as Redes abaixo


alternando os ativos (switchs compatíveis com as portas Ethernet e Fibra
Óptica) e meios físicos das mesmas.

Caso A – Uso de cabo UTP para interligação das sub-redes


Financeiro e Vendas.

Requisitos técnicos:

1) Sub-rede “Financeiro”

- IP: 10.10.1.0/24, ou seja:


DESK01 – IP 10.10.1.1, MASK 255.255.255.0;
NOTE01 - IP 10.10.1.2, MASK 255.255. 255.0;
PRINTER01 - IP 10.10.1.3, MASK 255.255. 255.0;
SWITCH01 - IP 10.10.1.252, MASK 255.255. 255.0.
2) Sub-rede “Vendas”

- IP: 10.10.1.0/24, ou seja:

DESK02 – IP 10.10.1.4, MASK 255.255. 255.0;


DESK03 - IP 10.10.1.5, MASK 255.255. 255.0;
NOTE02 - IP 10.10.1.6, MASK 255.255. 255.0;
NOTE03 - IP 10.10.1.7, MASK 255.255. 255.0;
132

SWITCH02 - IP 10.10.1.253, MASK 255.255. 255.0.


Observação: Ao término da construção da Rede no software Packet
Tracer, realizar o teste de comunicação e envio de pacotes de dados entre
todos os dispositivos.

Caso B – Uso de Fibra Óptica para interligação das sub-redes dos


prédios Administrativo e Industrial.

Requisitos técnicos:

1) Sub-rede “Administrativo”

- IP: 172.11.1.0/24, ou seja:


DESK01 – IP 172.11.1.1, MASK 255.255.255.0;
NOTE01 - IP 172.11.1.2, MASK 255.255. 255.0;
NOTE02 - IP 172.11.1.3, MASK 255.255. 255.0;
PRINTER01 - IP 172.11.1.4, MASK 255.255. 255.0;
SWITCH01 - IP 172.11.1.252, MASK 255.255. 255.0.
2) Sub-rede “Industrial”

- IP: 172.11.1.0/24, ou seja:

DESK02 – IP 172.11.1.5, MASK 255.255. 255.0;


NOTE03 - IP 172.11.1.6, MASK 255.255. 255.0;
NOTE04 - IP 172.11.1.7, MASK 255.255. 255.0;
PRINTER02 - IP 172.11.1.8, MASK 255.255. 255.0;
SWITCH02 - IP 172.11.1.253, MASK 255.255. 255.0.
* Swithcs devem conter portas Fast Ethernet para interligação por meio
físico de fibra óptica.
Observação: Ao término da construção da Rede no software Packet
Tracer, realizar o teste de comunicação e envio de pacotes de dados entre
todos os dispositivos.

Bom Trabalho!
133

APÊNDICE H – ATIVIDADE PRÁTICA NO SOFTWARE PACKET


TRACER PARA ASSIMILAÇÃO DO CONTEÚDO

Prezado profissional!

A seguir disponibilizarei esboços/desenhos técnicos de Redes de


Computadores com uso do ativo “switch” para segmentação das sub-redes e
maximizar a segurança das Redes de Computadores da Bebidas Fruki S.A.. No
caso A, com uso de dois switchs, serão interligadas as sub-redes e realizada a
configuração de uma segmentação dos dispositivos (VLANs de computadores
e notebooks) entre as sub-redes dos departamentos da Manutenção Industrial
e Meio Ambiente. Já no caso B, com o uso de dois switchs serão interligadas
as sub-redes dos departamentos Marketing e Desenvolvimento Comercial,
porém permitindo que a comunicação dos dispositivos ocorra apenas dentro da
própria sub-rede, evitando riscos com propagação de vírus e demais ameaças
do gênero a toda Rede de Computadores da organização. E por fim, no caso
C, com o uso de dois switchs serão interligadas as sub-redes dos
departamentos Distribuição e Comercial, e com a segmentação das mesmas
será restringida a comunicação entre os dispositivos de andares distintos do
prédio da organização.

Caso A – Uso de dois switchs para a comunicação com


segmentação dos dispositivos por notebooks e desktops.
134

Detalhamento da atividade:

1) Construir a Rede conforme esboço/desenho técnico utilizando o


software Packet Tracer (Adicionar os 2 desktops, 2 notebooks, 2 switchs e
setar IPs, Mascara para todos os dispositivos);

2) Adicionar nos switchs as VLANs 2 e 3, onde “2” será para a


segmentação dos notebooks e “3” para os desktops.

3) Truncar as portas dos switchs onde será estabelecida a comunicação


entre as duas sub-redes (Permitir tráfego apenas para as VLANs 1-default, 2 e
3);

4) Por fim, configurar as portas em que serão conectorizados os


dispositivos (notebooks e desktops) com concessão de acesso às respectivas
VLANs especificadas acima;

5) Testar a comunicação e a restrição entre as sub-redes, ao término da


atividade publicar o projeto no repositório da aula.

Caso B – Uso de dois switchs com segmentação dos dispositivos


para se comunicarem apenas entre si, nas suas sub-redes.
135

Detalhamento da atividade:

1) Construir a Rede conforme esboço/desenho técnico utilizando o


software Packet Tracer (Adicionar os 2 desktops, 2 notebooks, 2 switchs
e setar IPs, Mascara para todos os dispositivos);

2) Adicionar nos switchs as VLANs 2 e 3, onde “2” será para a


segmentação da sub-rede “Marketing” e “3” para a sub-rede
“Desenvolvimento Comercial”.

3) Truncar as portas dos switchs onde será estabelecida a comunicação


entre as duas sub-redes (Permitir tráfego apenas para as VLANs 1-
default, 2 e 3);

4) Por fim, configurar as portas em que serão conectorizados os


dispositivos (notebooks e desktops) com concessão de acesso às
respectivas VLANs especificadas acima;

5) Testar a comunicação e a restrição entre as sub-redes, ao término da


atividade publicar o projeto no repositório da aula.

Caso C – Uso de dois switchs para segmentação dos dispositivos


por andares do prédio da organização.
136

Detalhamento da atividade:

1) Construir a Rede conforme esboço/desenho técnico utilizando o


software Packet Tracer (Adicionar os 6 desktops, 6 notebooks, 2 printers, 2
switchs e setar IPs, Mascara para todos os dispositivos);

2) Adicionar nos switchs as VLANs 2 e 3, onde “2” será para a


segmentação da sub-rede “1º Andar – Distribuição” e “3” para a sub-rede “2º
Andar – Desenvolvimento Comercial”.

3) Truncar as portas dos switchs onde será estabelecida a comunicação


entre as duas sub-redes (Permitir tráfego apenas para as VLANs 1-default, 2 e
3);

4) Por fim, configurar as portas em que serão conectorizados os


dispositivos (notebooks, desktops e printers) com concessão de acesso às
respectivas VLANs especificadas acima;

5) Testar a comunicação e a restrição entre as sub-redes, ao término da


atividade publicar o projeto no repositório da aula.

Bom trabalho!
137

APÊNDICE I – ATIVIDADE PRÁTICA NO SOFTWARE PACKET


TRACER PARA ASSIMILAÇÃO DA CAMADA DE REDE

Prezado profissional!

A seguir apresento dois esboços/desenhos técnicos de Redes de


Computadores com uso do ativo “roteador” para redirecionamento dos pacotes
de dados entre Redes distintas, ou seja, Redes separadas fisicamente e com
características distintas de IP, Máscara e Gateway. O caso A, com uso de dois
roteadores, interligando as Redes da Matriz-Lajeado com o CD Canoas. E no
caso B, uso de três roteadores, interligando as Redes de Matriz-Lajeado, CD
Canoas e CD Pelotas.

Peço que utilizem o software Packet Tracer, e construam/desenvolvam


as Redes abaixo seguindo os requisitos/premissas concedidas.

Caso A – Uso de dois roteadores para interligação das Redes Matriz


– Lajeado e CD Canoas.

Requisitos técnicos:

1) Rede “Matriz - Lajeado”

- IP: 172.0.0.0/8, ou seja:


PC01 – IP 172.0.0.2, MASK 255.0.0.0;
SWITCH01 - IP 172.0.0.251, MASK 255.0.0.0;
ROUTER01 - IP 172.0.0.1, MASK 255.0.0.0 (ETH0);
ROUTER01 - IP 10.8.0.1, MASK 255.255.0.0 (ETH1).

2) Rede “CD Canoas”

- IP: 172.18.0.0/16, ou seja:

PC02 – IP 172.18.0.2, MASK 255.255.0.0;


SWITCH02 - IP 172.18.0.251, MASK 255.255.0.0;
ROUTER02 – IP 172.18.0.1, MASK 255.255.0.0 (ETH0);
138

ROUTER02 - IP 10.8.0.2, MASK 255.255.0.0 (ETH1).

Observação: Ao término da construção da Rede no software Packet


Tracer, realizar o teste de comunicação e envio de pacotes de dados entre
todos os dispositivos.

Caso B – Uso de três roteadores para interligação das Redes Matriz


– Lajeado e CD Canoas.

Requisitos técnicos:

1) Rede “Matriz - Lajeado”

- IP: 172.0.0.0/8, ou seja:


PC01 – IP 172.0.0.2, MASK 255.0.0.0;
SWITCH01 - IP 172.0.0.251, MASK 255.0.0.0;
ROUTER01 - IP 172.0.0.1, MASK 255.0.0.0 (ETH0);
ROUTER01 - IP 10.8.0.1, MASK 255.0.0.0 (ETH1);
ROUTER01 – IP 10.10.0.1, MASK 255.255.0.0 (ETH2).

2) Rede “CD Canoas”

- IP: 172.18.0.0/16, ou seja:

PC02 – IP 172.18.0.2, MASK 255.255.0.0;


SWITCH02 - IP 172.18.0.251, MASK 255.255.0.0;
ROUTER02 – IP 172.18.0.1, MASK 255.255.0.0 (ETH0);
ROUTER02 - IP 10.8.0.2, MASK 255.255.0.0 (ETH1);
ROUTER02 – IP 10.9.0.1, MASK 255.255.0.0 (ETH2).
139

3) Rede “CD Pelotas”

- IP: 192.168.3.0/24, ou seja:

NOTE01 – IP 192.168.3.2, MASK 255.255.255.0;


SWITCH03 - IP 192.168.3.251, MASK 255.255.255.0;
ROUTER03 - 192.168.3.1, MASK 255.255.255.0 (ETH0);
ROUTER03 - IP 10.9.0.2, MASK 255.255.0.0 (ETH1);
ROUTER03 – 10.10.0.2, MASK 255.255.0.0 (ETH2).

Lembretes: - Criar rotas estáticas nos três roteadores;


- Tomar cuidado para que a conectividade virtual das
portas de seus roteadores esteja conforme IPs físicos definidos nas
portas ETH0, ETH1 e ETH2.

Observação: Ao término da construção da Rede no software Packet


Tracer, realizar o teste de comunicação/envio de pacotes de dados entre todos
os dispositivos e postar este projeto no repositório da aula.

Bom trabalho!
140

APÊNDICE J – ATIVIDADE PRÁTICA NO SOFTWARE PACKET


TRACER PARA ASSIMILAÇÃO DO CONTEÚDO

Prezado profissional!

A seguir disponibilizarei o projeto e esboços/desenhos técnicos de


Redes de Computadores com uso do ativo “roteador” para redirecionamento
dos pacotes de dados entre Redes distintas, ou seja, Redes separadas
fisicamente e com características distintas de IP, Máscara e Gateway. O caso
A, com uso de dois roteadores, interligando as Redes da Matriz-Lajeado com o
CD Blumenau. E no caso B, uso de três roteadores, interligando as Redes de
Matriz-Lajeado, CD Caxias do Sul e CD Santo Ângelo.

Peço que utilizem o software Packet Tracer para a atividade, leve em


consideração para a sua análise as especificações técnicas
(requisitos/premissas) concedidas abaixo.

Caso A – Uso de dois roteadores para interligação das Redes Matriz


– Lajeado e CD Blumenau.

Requisitos técnicos:

1) Sub-Rede “Matriz - Lajeado”

- IP: 10.1.0.0/16, ou seja:


PC01 – IP 10.1.0.2, MASK 255.255.0.0;
SWITCH01 - IP 10.1.0.251, MASK 255.255.0.0;
ROUTER01 - IP 10.1.0.1, MASK 255.255.0.0 (ETH0);
ROUTER01 - IP 192.168.1.1, MASK 255.255.255.0 (ETH1).

2) Sub-Rede “CD Blumenau”

- IP: 176.0.0.0/8, ou seja:

PC02 – IP 176.0.0.2, MASK 255.0.0.0;


SWITCH02 - IP 176.0.0.251, MASK 255.0.0.0;
141

ROUTER02 – IP 176.0.0.1, MASK 255.0.0.0 (ETH0);


ROUTER02 - IP 192.168.1.2, MASK 255.255.255.0 (ETH1).

3) Identifique no projeto disponibilizado o motivo pela qual a


comunicação não esta sendo bem sucedida entre as sub-redes “Matriz -
Lajeado”, “CD Blumenau” e seus respectivos dispositivos.

4) Ao término da atividade no software Packet Tracer, publicar projeto


corrigido no repositório da aula.

Caso B – Uso de três roteadores para interligação das Redes Matriz


– Lajeado, CD Caxias do Sul e CD Santo Ângelo.

Requisitos técnicos:

1) Sub-Rede “Matriz - Lajeado”

- IP: 12.1.0.0/16, ou seja:


PC01 – IP 12.1.0.2, MASK 255.255.0.0;
SWITCH01 - IP 12.1.0.251, MASK 255.255.0.0;
ROUTER01 - IP 12.1.0.1, MASK 255.255.0.0 (ETH0);
ROUTER01 - IP 172.8.0.1, MASK 255.255.0.0 (ETH1);
ROUTER01 – IP 172.10.0.1, MASK 255.255.0.0 (ETH2).

2) Sub-Rede “CD Caxias do Sul”

- IP: 10.18.0.0/16, ou seja:

PC02 – IP 10.18.0.2, MASK 255.255.0.0;


SWITCH02 - IP 10.18.0.251, MASK 255.255.0.0;
142

ROUTER02 – IP 10.18.0.1, MASK 255.255.0.0 (ETH0);


ROUTER02 - IP 172.8.0.2, MASK 255.255.0.0 (ETH1);
ROUTER02 – IP 172.9.0.1, MASK 255.255.0.0 (ETH2).

3) Sub-Rede “CD Santo Ângelo”

- IP: 192.168.13.0/24, ou seja:

NOTE01 – IP 192.168.13.2, MASK 255.255.255.0;


SWITCH03 - IP 192.168.3.251, MASK 255.255.255.0;
ROUTER03 – IP 192.168.13.1, MASK 255.255.255.0 (ETH0);
ROUTER03 - IP 172.9.0.2, MASK 255.255.0.0 (ETH1);
ROUTER03 – IP 172.10.0.2, MASK 255.255.0.0 (ETH2).
4) Identifique no projeto disponibilizado o motivo pela qual a
comunicação não esta sendo bem sucedida entre as sub-redes “Matriz -
Lajeado”, “CD Caxias do Sul”, “CD Santo Ângelo” e seus respectivos
dispositivos.
5) Ao término da atividade no software Packet Tracer, publicar projeto
corrigido no repositório da aula.

Bom trabalho!
143

APÊNDICE K – ATIVIDADE PRÁTICA NO SOFTWARE PACKET


TRACER PARA ASSIMILAÇÃO DO CONTEÚDO DA CAMADA DE
APLICAÇÃO COM SEGMENTAÇÃO DE VLANs E DUPLA ABORDAGEM DE
COMUNICAÇÃO DA REDE

Prezado profissional!

A seguir apresento um esboço/desenho técnico de Redes de


Computadores em que revisitaremos os elementos/ativos: estações de trabalho
(notebook e desktop), impressora, switch, roteador e meios físicos para que
seja possível construir e estabelecer uma comunicação de qualidade entre os
dispositivos que ingressarem na Rede. Neste projeto revisaremos conceitos e
práticas estudadas anteriormente ao longo de nossos encontros para
configuração dos elementos/ativos como: IP, Máscara, Gateway, Segmentação
(VLANs), Roteamento, e dupla abordagem de comunicação (comunicação
redundante) da Rede. O projeto possui o propósito de interligar 4 sub-redes
distintas (Indústria – Lajeado, Indústria – Paverama, CD Canoas e CD
Blumenau), com alta disponibilidade, e garantia de que não haverá colisões ou
perda de pacotes nas transações realizadas na Rede.

Peço que utilizem o software Packet Tracer, e construam/desenvolvam


as Redes a seguir seguindo os requisitos/premissas concedidas.

Requisitos técnicos:
1) Sub-Rede “Indústria - Lajeado”
- IP: 172.18.1.0/24, ou seja:
DESK01 – IP 172.18.1.2, MASK 255.255.255.0;
SWITCH01 - IP 172.18.1.254, MASK 255.255.255.0;
ROUTER01 - IP 172.18.1.1, MASK 255.255.255.0 (ETH0);
144

ROUTER01 - IP 176.0.0.1, MASK 255.0.0.0 (ETH1);


ROUTER01 – IP 172.10.0.1, MASK 255.255.0.0 (ETH2);
ROUTER01 – IP 172.11.0.1, MASK 255.255.0.0 (ETH3);
ROUTER01 – IP 172.14.0.1, MASK 255.255.0.0 (ETH4).

2) Sub-Rede “Indústria - Paverama”


- IP: 10.18.0.0/16, ou seja:
DESK02 – IP 10.18.0.2, MASK 255.255.0.0;
SWITCH02 - IP 10.18.0.254, MASK 255.255.0.0;
ROUTER02 – IP 10.18.0.1, MASK 255.255.0.0 (ETH0);
ROUTER02 - IP 176.0.0.2, MASK 255.0.0.0 (ETH1);
ROUTER02 – IP 172.10.0.2, MASK 255.255.0.0 (ETH2);
ROUTER02 – IP 172.12.0.1, MASK 255.255.0.0 (ETH3);
ROUTER02 – IP 172.15.0.2, MASK 255.255.0.0 (ETH4).

3) Sub-Rede “CD Canoas”


- IP: 158.0.0.0/8, ou seja:
DESK03 – IP 158.0.0.2, MASK 255.0.0.0;
NOTE01 – IP 158.0.0.3, MASK 255.0.0.0;
NOTE02 – IP 158.0.0.4, MASK 255.0.0.0;
DESK04 – IP 158.0.0.5, MASK 255.0.0.0;
SWITCH03 - IP 158.0.0.254, MASK 255.0.0.0;
ROUTER03 – IP 158.0.0.1, MASK 255.0.0.0 (ETH0);
ROUTER03 - IP 172.13.0.1, MASK 255.255.0.0 (ETH1);
ROUTER03 – IP 172.11.0.2, MASK 255.255.0.0 (ETH2);
ROUTER03 – IP 172.15.0.1, MASK 255.255.0.0 (ETH3).

4) Sub-Rede “CD Blumenau”


- IP: 192.168.4.0/24, ou seja:

DESK05 – IP 192.168.4.2, MASK 255.255.255.0;


NOTE03 – IP 192.168.4.3, MASK 255.255.255.0;
NOTE04 – IP 192.168.4.4, MASK 255.255.255.0;
DESK06 – IP 192.168.4.5, MASK 255.255.255.0;
NOTE05 – IP 192.168.4.6, MASK 255.255.255.0;
SWITCH04 - IP 192.168.4.254, MASK 255.255.255.0;
ROUTER04 – IP 192.168.4.1, MASK 255.255.255.0; (ETH0);
ROUTER04 - IP 172.13.0.2, MASK 255.255.0.0 (ETH1);
ROUTER04 – IP 172.12.0.2, MASK 255.255.0.0 (ETH2);
ROUTER04 – IP 172.14.0.2, MASK 255.255.0.0 (ETH3).

Observação: Ao término da construção da Rede no software Packet


Tracer, realizar o teste de comunicação/envio de pacotes de dados entre todos
os dispositivos e postar este projeto no repositório da aula.
Bom trabalho!
145

APÊNDICE L – DESAFIO PROPOSTO DE REDE DE


COMPUTADORES COM SEGMENTAÇÃO DE VLANs E DUPLA
ABORDAGEM DE COMUNICAÇÃO

Prezado profissional!

No desafio a seguir você demonstrará os conhecimentos e habilidades


adquiridas na disciplina ao construir uma Rede de Computadores no software
Packet Tracer com alta disponibilidade, interligando 4 sub-redes fisicamente
distintas, sem ruídos e perdas no transporte dos pacotes de dados entre os
dispositivos.

1. Desenho técnico da topologia da Rede

2. Requisitos técnicos da Rede


Matriz/Indústria – Lajeado: Sub-rede 172.18.1.0/24;
Indústria Paverama - RS: Sub-rede 172.18.2.0/24;
Centro de Distribuição Pelotas - RS: Sub-rede 172.18.3.0/24;
Centro de Distribuição Caxias do Sul - RS: Sub-rede 172.18.4.0/24.

Atenção: Nas sub-redes “Centro de Distribuição Pelotas e Centro de


Distribuição de Caxias do Sul” há uma segmentação através de VLANs para
minimizar riscos de segurança e aprimorar a performance dos dispositivos.

Observação: A comunicação entre os dispositivos das sub-redes


Matriz/Indústria – Lajeado, Indústria de Paverama, Centro de Distribuição
Pelotas e Centro de Distribuição de Caxias do Sul deve ser transparente. Ou
seja, o dispositivo de origem deverá atingir todos os demais dispositivos da
Rede sem quedas ou ruídos na comunicação (não poderá ocorrer perda de
dados na transferência dos pacotes). O teste de conectividade e comunicação
146

para obter êxito no desafio pode ser realizado através do comando “ping” ou
recurso de PDU do software Packet Tracer.

Bom trabalho!
147

APÊNDICE M – QUESTIONÁRIO ELETRÔNICO SEMIESTRUTURADO


SOBRE REDES DE COMPUTADORES

Prezado profissional!

Considero importante receber sua opinião sobre as contribuições do uso


do software Packet Tracer nos nossos últimos encontros. Os dados/evidências
relatadas por você neste momento serão úteis para as etapas de coleta,
análise e apuração dos resultados para este estudo.

1) Qual sua avaliação sobre o uso/aplicação do software Packet Tracer


durante os nossos encontros? Justifique sua resposta com detalhes.

2) Você acredita que o software Packet Tracer lhe auxiliou ou não na


construção do conhecimento em Redes de Computadores? Justifique
sua resposta com detalhes.

3) Com base na sua experiência de utilização do software durante nossos


encontros e na sua vivência profissional, você acredita que exista ou não
aderência/aplicação do software Packet Tracer em espaços não formais
de ensino? Justifique sua resposta com detalhes.

4) Quais outras considerações/colocações você gostaria de fazer sobre o


uso do software Packet Tracer em Redes de Computadores? Justifique
sua resposta com detalhes.

5) Deixe sua opinião quanto ao planejamento dos nossos encontros e


melhorias que podem, na sua ótica, serem implementadas futuramente
para agregar mais valor às aulas, caso houver. Suas sugestões positivas
e de oportunidade de melhorias são bem-vindas, e enriquecem ainda
mais este estudo.

Muito Obrigado!

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