Relatorio Etapa 02

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Plano Estadual

de Recursos Hídricos
do Estado de Rondônia

RELATÓRIO DE ETAPA (RE 02)

Subproduto 2.3:
Diagnóstico da Dinâmica Social
e dos Processos de Mobilização e Comunicação

Subproduto 2.4:
Cenários Alternativos das Demandas Hídricas

REALIZAÇÃO: EXECUÇÃO:
RELATÓRIO DE ETAPA (RE 02) PARA A ELABORAÇÃO DO PLANO ESTADUAL
DE RECURSOS HÍDRICOS DO ESTADO DE RONDÔNIA

REALIZAÇÃO:

EXECUÇÃO:

CURITIBA - PR
JANEIRO/2018
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

RELATÓRIO DE ETAPA (RE 02) PARA A ELABORAÇÃO DO PLANO ESTADUAL


DE RECURSOS HÍDRICOS DO ESTADO DE RONDÔNIA

Emissão Inicial
Rev. Data Elaborado Verificado Autorizado CREA CE
por por por Responsável
Técnico RHA

0 17/03/2017 AP, KRB CSG, LMC CSG PR–67059/D VS

1 05/06/2017 AP, MHA CSG, LMC CSG PR–67059/D VS

2 27/12/2017 AP, MHA CSG, LMC CSG PR–67059/D AF

3 12/01/2018 AP, MHA CSG, LMC CSG PR–67059/D AF

CE – Códigos de emissão
AE Aprovado para emissão AF Aprovação final VS Versão preliminar
CD Cancelado

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PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

SECRETARIA DE ESTADO DO DESENVOLVIMENTO AMBIENTAL DE RONDÔNIA (SEDAM/RO)

Governador do Estado de Rondônia


Confúcio Aires Moura
Vice-Governador do Estado de Rondônia
Daniel Pereira
Secretário de Estado da SEDAM/RO
Vilson de Salles Machado
Secretário de Estado Adjunto da SEDAM/RO
Francisco de Sales Oliveira dos Santos
Diretor Executivo da SEDAM/RO
Antonio Vicente Cocco Cargin
Coordenador da Coordenadoria de Recursos Hídricos (COREH)
José Trajano dos Santos
Coordenadora da Coordenadoria de Educação Ambiental (CEAM)
Maria do Rosário Almeida da Silva
Coordenador da Coordenadoria de Floresta Plantada (CFP)
Edgard Menezes Cardoso
Coordenadora da Coordenadoria de Controle Interno (CINTER)
Maria Lúcia dos S. Pereira
Coordenador da Coordenadoria de Desenvolvimento Florestal (CODEF)
Hueriqui Charles Lopes Pereira
Coordenador da Coordenadoria de Geociências (COGEO)
Antonio de Melo Lisboa
Coordenadora da Coordenadoria de Licenciamento e Monitoramento Ambiental de Atividades Potencialmente
Poluidoras (COLMAMP)
Claudiane Beatriz Gurgel do Amaral Canto Sales
Coordenador da Coordenadoria de Monitoramento de Regularização Ambiental Rural (COMRAR)
Arquimedes Ernesto Longo
Coordenadora da Coordenadoria de Patrimônio Administração e Finanças (COPAF)
Eliane Rocha Monteiro
Coordenador da Coordenadoria de Proteção Ambiental (COPAM)
Sidney Serafim Rodrigues
Coordenador da Coordenadoria de Povos Indígenas de Rondônia (COPIR)
Heliton Tinhawamba
Coordenador da Coordenadoria de Unidades de Conservação (CUC)
Denison Trindade Silva
Coordenador da Coordenadoria de Planejamento e Orçamento (CPO)
Cleyton Silva Amorim
Coordenador da Coordenadoria de Tecnológica da Informação (CTI)
Jones Bonays Barros Rocha
Coordenadora da Coordenadoria Geral de Recursos Humanos (CGRH)
Janayna Pupp

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ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

GESTORES DO PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DE RONDÔNIA (PERH/RO)


Geólogo Paulo Sérgio Mendes dos Santos Júnior, M.Sc.
Engº Civil Guilherme Jordão Cardoso, Esp.
Geólogo José Trajano dos Santos, Esp.
Engº Agrônomo Miguel Penha, M.Sc.

COLABORADORES DO PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DE RONDÔNIA (PERH/RO)


Geógrafo Anderson Criston Nascimento Alves
Geógrafa Débora da Cruz Barbosa
Engº Ambiental e de Segurança do Trabalho Douglas Silvério Gomes, Esp.
Geógrafa Elenice Duran Silva, M.Sc.
Gestor Ambiental Eliezer de Oliveira
Química Ester da Silva Alves
Meteorologista Fábio Adriano Saraiva, M.Sc.
Advogado Flávio Antônio Ribeiro
Bióloga Janeide Paiva dos Santos, M.Sc.
Geógrafa Josélia Fontenele Batista, Dr.
Advogado Marco Antônio Garcia de Souza
Geógrafa Maria Madalena Ferreira, Dr.
Bacharel em Direito Vanessa de Souza Cordeiro

COLABORADOR DA SECRETARIA DE RECURSOS HÍDRICOS E QUALIDADE AMBIENTAL / MINISTÉRIO


DO MEIO AMBIENTE
Mauro Vaz da Costa

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ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

RHA ENGENHARIA E CONSULTORIA SS LTDA.


Rua Voluntários da Pátria, 233 - Sala 134
CEP 80020 942 - Centro - Curitiba - PR - Brasil
Tel./Fax 55 41 3232 0732 - www.rhaengenharia.com.br

REPRESENTANTE LEGAL
Candice Schauffert Garcia
Engenheira Civil
Mestre em Engenharia de Recursos Hídricos e Ambiental
[email protected]

EQUIPE CHAVE
Coordenadora Geral
Engª Civil Candice Schauffert Garcia, M.Sc.
Coordenador Técnico e Especialista em Hidrologia
Engº Civil Laertes Munhoz da Cunha, M.Sc.
Coordenadora Executiva
Engª Ambiental Andréia Pedroso, Esp.
Especialista em Recursos Hídricos/ Qualidade da Água
Engº Químico André Virmond Lima Bittencourt, Pós-Dr em Geologia Geral.
Especialista em Socioeconomia
Socióloga Mary Helena Allegretti, Dr.
Especialista em Orçamentos e Custos
Economista e Engº Ambiental Marcelo Ling Tosta da Silva, M.Sc.
Especialista em Planejamento e Cenarização
Engª Civil Candice Schauffert Garcia, M.Sc. / Arquiteta Regina Maria Martins de Araújo, M.Sc.

Consultores
Engº Civil Eloy Kaviski, Dr. – Especialista em Modelos Matemáticos

Equipe de Apoio
Engª Ambiental e Sanitarista Kássia Regina Bazzo
Engª Civil Márian da Costa Rohn, M.Sc.
Engª Civil Alícia Camila de Oliveira Prux
Geógrafa Isabela Raquel Ramos Iensen
Socióloga e Antropóloga Daniela Bonamigo Zupiroli
Engº Agrônomo Luiz Fernando Allegretti, M.Sc.
Geógrafa Karine Krunn
Engº Civil Homero Buba
Estagiário em Eng. Produção Lucas Zabrocki Borges
Estagiária em Eng. Civil Tatiane Bisoni Barros
Estagiário em Eng. Civil Natan Dezanet Ricci Szatkowski

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PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

DADOS CONTRATUAIS

Contrato nº 356/PGE-2016 de 17/11/2016, Secretaria de Desenvolvimento Ambiental - SEDAM


Ordem de Serviço nº 001/GAD/SEDAM/2016 de 17/11/2016, SEDAM.

Partes: O estado do Rondônia, por intermédio da Secretaria de Desenvolvimento Ambiental e a empresa


RHA Engenharia e Consultoria SS Ltda., CNPJ nº 03.983.776.0001-67.

Objeto: Elaboração do Plano Estadual de Recursos Hídricos de Rondônia nos termos previstos nos arts.
19 a 21 da Lei Complementar Estadual nº 255 de 25 de janeiro de 2002 e seu Decreto Regulamentador
nº 10.114 de 20 de setembro de 2002 conforme especificado no Termo de Referência, Edital e seus
Anexos.

Prazo para prestação dos serviços: 12 meses a partir da data da Ordem de Serviço.

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PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO 16
1 INTRODUÇÃO 17
2 OBJETIVOS 19
3 DIAGNÓSTICO DA DINÂMICA SOCIAL E DO PROCESSO DE MOBILIZAÇÃO E
COMUNICAÇÃO 20
3.1 HISTÓRIA E PADRÕES DE OCUPAÇÃO 20
3.2 DINÂMICA SOCIOECONÔMICA 24
3.2.1 Dinâmica Populacional 24
3.2.2 Indicadores Econômicos e de Desenvolvimento 41
3.2.3 Serviços Educacionais 53
3.2.4 Quadro Geral 104
3.3 PADRÕES CULTURAIS E ANTROPOLÓGICOS 107
3.3.1 Terras Indígenas 108
3.3.2 Etnias Indígenas 138
3.3.3 Comunidades Quilombolas 164
3.3.4 Unidades de Conservação 176
3.4 ANÁLISE INSTITUCIONAL E LEGAL 230
3.4.1 Planos Regionais de Desenvolvimento 231
3.4.2 Programas de Incentivo Socioeconômico 237
3.4.3 Ordenamento Territorial 241
3.4.4 Meio Ambiente e Recursos Hídricos 243
3.5 EDUCAÇÃO AMBIENTAL 255
3.5.1 Histórico da Educação Ambiental 255
3.5.2 Agentes e Projetos que Operacionalizam a Educação Ambiental 257
3.5.3 Sistema Formal para Educação Ambiental 262
3.5.4 Considerações Finais 279
3.6 IDENTIFICAÇÃO DE SEGMENTOS SOCIAIS ESTRATÉGICOS 280
3.6.1 Metodologia 281
3.6.2 Resultados da Pesquisa 285
3.6.3 Maiores Consumidores de Água 319
3.7 SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO 319
3.7.1 Metodologia 319
3.7.2 Emissoras de Televisão 320
3.7.3 Emissoras de Rádio 324
4 CENÁRIOS ALTERNATIVOS DAS DEMANDAS HÍDRICAS 325
4.1 CENÁRIO INERCIAL 326
4.1.1 Projeções de Demanda Hídrica 326
4.1.2 Projeções de Qualidade da Água 331
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PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

4.2 CENÁRIO INCREMENTAL 332


4.2.1 Planejamento Regional 333
4.2.2 Planejamento Municipal 338
4.2.3 Tendências de Incremento de Polarização no Cenário Incremental 341
4.2.4 Projeções de Demanda Hídrica 344
4.2.5 Projeções de Qualidade da Água 350
4.3 CENÁRIO SETORIAL 353
4.3.2 Projeções de Demanda Hídrica 363
4.3.3 Projeções de Qualidade da Água 367
4.4 COMPARAÇÃO DAS DEMANDAS HÍDRICAS DOS CENÁRIOS 368
4.5 CONSIDERAÇÕES SOBRE LIMITES AMBIENTAIS 372
5 BALANÇO HÍDRICO PARA OS CENÁRIOS 375
5.1 BALANÇO HÍDRICO SUPERFICIAL 375
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 381
APÊNDICES 393
ANEXOS 401
MAPAS 405

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PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 3.1 - MANCHAS URBANAS IDENTIFICÁVEIS NO ESTADO DE RONDÔNIA .......... 30


FIGURA 3.2 - ARRANJOS POPULACIONAIS E CONCENTRAÇÕES URBANAS EM RONDÔNIA
............................................................................................................................................................... 39
FIGURA 3.3 - EVOLUÇÃO DO PIB PER CAPITA DE RONDÔNIA, 2007 A 2014 ........................ 44
FIGURA 3.4 - INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO, IDH-M, IDH-R, IDH-L E
IDH-E, RONDÔNIA, DEMAIS ESTADOS DA REGIÃO NORTE E BRASIL ................................. 48
FIGURA 3.5 - ÍNDICE DE GINI DA RENDA DOMICILIAR PER CAPITA, BRASIL, REGIÃO
NORTE E ESTADOS, 2010 ................................................................................................................. 50
FIGURA 3.6 - TAXAS DE POBREZA ABSOLUTAS NOS ESTADOS DA REGIÃO NORTE, 2003
............................................................................................................................................................... 51
FIGURA 3.7 - DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA PROPORÇÃO (%) DA POPULAÇÃO
ANALFABETA NOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DE RONDÔNIA, 1991, 2000 E 2010............... 57
FIGURA 3.8 - DISTRIBUIÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS DE ENSINO E DAS MATRÍCULAS
EM CRECHES DE RONDÔNIA, DE ACORDO COM A ESFERA ADMINISTRATIVA A QUE
ESTÃO VINCULADAS, 2015 ............................................................................................................. 66
FIGURA 3.9 - DISTRIBUIÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS DE ENSINO E DAS MATRÍCULAS
DO ENSINO PRÉ-ESCOLAR EM RONDÔNIA, DE ACORDO COM A ESFERA
ADMINISTRATIVA A QUE ESTÃO VINCULADAS, 2015 ............................................................ 69
FIGURA 3.10 - DISTRIBUIÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS ESCOLARES QUE OFERTAM
ENSINO FUNDAMENTAL EM RONDÔNIA POR ESFERAS ADMINISTRATIVAS, MUNICIPAL,
ESTADUAL E PARTICULAR, 2015 .................................................................................................. 70
FIGURA 3.11 - DISTRIBUIÇÃO DAS MATRÍCULAS EFETUADAS NO ENSINO
FUNDAMENTAL EM RONDÔNIA POR ESFERAS ADMINISTRATIVAS, MUNICIPAL,
ESTADUAL E PARTICULAR, 2015 .................................................................................................. 71
FIGURA 3.12 - MÉDIAS DAS PROFICIÊNCIAS EM LÍNGUA PORTUGUESA E MATEMÁTICA,
PARA OS ANOS INICIAIS, NO BRASIL, NA REGIÃO NORTE E EM RONDÔNIA, 2011 .......... 72
FIGURA 3.13 - MÉDIAS DAS PROFICIÊNCIAS EM LÍNGUA PORTUGUESA E MATEMÁTICA,
PARA OS ANOS FINAIS, NO BRASIL, NA REGIÃO NORTE E EM RONDÔNIA, 2011 ............. 72
FIGURA 3.14 - DISTRIBUIÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS ESCOLARES QUE OFERTAM
ENSINO MÉDIO EM RONDÔNIA POR ESFERAS ADMINISTRATIVAS, MUNICIPAL,
ESTADUAL E PARTICULAR, 2015 .................................................................................................. 76
FIGURA 3.15 - DISTRIBUIÇÃO DAS MATRÍCULAS EFETUADAS NO ENSINO MÉDIO EM
RONDÔNIA POR ESFERAS ADMINISTRATIVAS, MUNICIPAL, ESTADUAL E PARTICULAR,
2015 ....................................................................................................................................................... 77
FIGURA 3.16 - NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS QUE OFERTAM E MATRÍCULAS
REALIZADAS NAS MODALIDADES EJA E ENSINO ESPECIAL ................................................ 82
FIGURA 3.17 - DISTRIBUIÇÃO DO TOTAL DE MATRÍCULAS DA EDUCAÇÃO
PROFISSIONAL, MUNICÍPIOS DO ESTADO DE RONDÔNIA, 2015 ........................................... 87
FIGURA 3.18.- DISTRIBUIÇÃO DO NÚMERO DE MATRÍCULAS POR ZONA DE
LOCALIZAÇÃO E ESFERA ADMINISTRATIVA A QUE ESTÃO VINCULADAS, RONDÔNIA,
2015 ....................................................................................................................................................... 90
FIGURA 3.19 - LOCALIZAÇÃO DOS CAMPI DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA
(UNIR) E DAS UNIDADES DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E
TECNOLOGIA DE RONDÔNIA (IFRO), RONDÔNIA, 2017........................................................... 96
FIGURA 3.20 - LOCALIZAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES PRIVADAS OFERTANTES DE ENSINO
SUPERIOR NOS MUNICÍPIOS DE RONDÔNIA, 2017 .................................................................... 97
FIGURA 3.21 - GRÁFICO DA DINÂMICA POPULACIONAL NA TERRA INDÍGENA IGARAPÉ
LAGE – 1996-2010 ............................................................................................................................. 115
FIGURA 3.22 - GRÁFICO DA DINÂMICA POPULACIONAL NA TERRA INDÍGENA IGARAPÉ
LOURDES – 1989-2013 ..................................................................................................................... 115

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PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

FIGURA 3.23 - GRÁFICO DA DINÂMICA POPULACIONAL NA TERRA INDÍGENA IGARAPÉ


RIBEIRÃO – 1994-2010 ..................................................................................................................... 117
FIGURA 3.24 - GRÁFICO DA DINÂMICA POPULACIONAL NA TERRA INDÍGENA KARIPUNA
– 1994-2014 ........................................................................................................................................ 118
FIGURA 3.25 - GRÁFICO DA DINÂMICA POPULACIONAL NA TERRA INDÍGENA
KARITIANA – 1970-2014 ................................................................................................................. 119
FIGURA 3.26 - GRÁFICO DA DINÂMICA POPULACIONAL NA TERRA INDÍGENA KAXARARI
– 1993-2014 ........................................................................................................................................ 120
FIGURA 3.27.- GRÁFICO DA DINÂMICA POPULACIONAL NA TERRA INDÍGENA PACAÁS
NOVAS – 1996-2010 .......................................................................................................................... 122
FIGURA 3.28 - GRÁFICO DA DINÂMICA POPULACIONAL NA TERRA INDÍGENA RIO
BRANCO – 1994-2008 ....................................................................................................................... 124
FIGURA 3.29 - GRÁFICO DA DINÂMICA POPULACIONAL NA TERRA INDÍGENA RIO
GUAPORÉ – 1993-2010. .................................................................................................................... 126
FIGURA 3.30 - GRÁFICO DA DINÂMICA POPULACIONAL NA TERRA INDÍGENA RIO
MEQUÉNS – 1991-2013 .................................................................................................................... 127
FIGURA 3.31 - GRÁFICO DA DINÂMICA POPULACIONAL NA TERRA INDÍGENA RIO
NEGRO OCAIA – 1989-2013. ........................................................................................................... 128
FIGURA 3.32.- GRÁFICO DA DINÂMICA POPULACIONAL NA TERRA INDÍGENA RIO
OMERÊ – 1999-2016 ......................................................................................................................... 129
FIGURA 3.33 - GRÁFICO DA DINÂMICA POPULACIONAL NA TERRA INDÍGENA
ROOSEVELT – 1993-2010 ................................................................................................................ 131
FIGURA 3.34 - GRÁFICO DA DINÂMICA POPULACIONAL NA TERRA INDÍGENA
SAGARANA – 1989-2010 ................................................................................................................. 132
FIGURA 3.35 - GRÁFICO DA DINÂMICA POPULACIONAL DA TERRA INDÍGENA SETE DE
SETEMBRO – 1992-2014 .................................................................................................................. 133
FIGURA 3.36 - GRÁFICO DA DINÂMICA POPULACIONAL NA TERRA INDÍGENA
TUBARÃO/LATUNDÊ – 1994-2010 ................................................................................................ 135
FIGURA 3.37.- GRÁFICO DA DINÂMICA POPULACIONAL NA TERRA INDÍGENA URU-EU-
WAU-WAU – 1990-2014 ................................................................................................................... 137
FIGURA 3.38.- DISTRIBUIÇÃO DAS COMUNIDADES QUILOMBOLAS EM RONDÔNIA
CONSIDERANDO OS LIMITES MUNICIPAIS .............................................................................. 168
FIGURA 3.39 - DISTRIBUIÇÃO DA TERRAS INDÍGENAS E UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
EM RONDÔNIA CONSIDERANDO OS LIMITES MUNICIPAIS ................................................. 220
FIGURA 3.40 - DISTRIBUIÇÃO DA TERRAS INDÍGENAS E UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
EM RONDÔNIA CONSIDERANDO OS LIMITES MUNICIPAIS, AAS BACIAS
HIDROGRÁFICAS E UNIDADES HIDROGRÁFICAS DE GESTÃO ........................................... 226
FIGURA 3.41 - RECORTE DAS TERRAS INDÍGENAS, UNIDADES DE CONSERVAÇÃO E
UNIDADES HIDROGRÁFICAS DE GESTÃO EM RELAÇÃO ÀS SEDES MUNICIPAIS EM
RONDÔNIA ....................................................................................................................................... 227
FIGURA 3.42 - LOCALIZAÇÃO DAS TERRAS INDÍGENAS NO ESTADO DE RONDÔNIA DE
ACORDO COM AS UNIDADES HIDROGRÁFICAS DE GESTÃO E BACIAS HIDROGRÁFICAS
............................................................................................................................................................. 228
FIGURA 3.43 - LOCALIZAÇÃO DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NO ESTADO DE
RONDÔNIA DE ACORDO COM AS UNIDADES HIDROGRÁFICAS DE GESTÃO E BACIAS
HIDROGRÁFICAS ............................................................................................................................ 229
FIGURA 3.44 - PANFLETOS ELABORADOS PELA CEAM, EM 2016, PARA CAMPANHAS
CONTRA O DESMATAMENTO E AS QUEIMADAS.................................................................... 259
FIGURA 3.45.- INSTITUIÇÕES DE ENSINO QUE OFERTAM VAGAS DOS CURSOS DE
GRADUAÇÃO CONSIDERADOS DE INTERESSE NA MODALIDADE PRESENCIAL EM
RONDÔNIA ....................................................................................................................................... 270
FIGURA 3.46 - INSTITUIÇÕES DE ENSINO QUE OFERTAM VAGAS DOS CURSOS DE
GRADUAÇÃO CONSIDERADOS DE INTERESSE NA MODALIDADE EAD EM RONDÔNIA
............................................................................................................................................................. 272

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PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

FIGURA 3.47 - INSTITUIÇÕES DE ENSINO QUE OFERTAM VAGAS DOS CURSOS DE PÓS-
GRADUAÇÃO CONSIDERADOS DE INTERESSE NA MODALIDADE PRESENCIAL EM
RONDÔNIA ....................................................................................................................................... 278
FIGURA 3.48.- INSTITUIÇÕES DE ENSINO QUE OFERTAM VAGAS DOS CURSOS DE PÓS-
GRADUAÇÃO CONSIDERADOS DE INTERESSE NA MODALIDADE SEMIPRESENCIAL EM
RONDÔNIA ....................................................................................................................................... 279
FIGURA 3.49 - NÚMERO DE INSTITUIÇÕES PESQUISADAS POR CATEGORIA E
PARTICIPAÇÃO NO TOTAL, EM RONDÔNIA, 2017 ................................................................... 286
FIGURA 4.1 - FLUXOGRAMA DA METODOLOGIA UTILIZADA PARA DETERMINAÇÃO DAS
VAZÕES DE RETIRADA, CONSUMO E RETORNO DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO
PARA O PERÍODO DE 2015 – 2030................................................................................................. 357
FIGURA 4.2 – ESPELHOS D’ÁGUA NO ESTADO DE RONDÔNIA ........................................... 363
Figura 4.3 – VARIAÇÃO NAS DEMANDAS HÍDRICAS PARA O CENÁRIO INERCIAL NO
HORIZONTE DE CURTO PRAZO (2021) ....................................................................................... 371
Figura 4.4 – VARIAÇÃO NAS DEMANDAS HÍDRICAS PARA O CENÁRIO INCREMENTAL NO
HORIZONTE DE CURTO PRAZO (2021) ....................................................................................... 371
Figura 4.5 – VARIAÇÃO NAS DEMANDAS HÍDRICAS PARA O CENÁRIO SETORIAL NO
HORIZONTE DE CURTO PRAZO (2021) ....................................................................................... 372

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PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

LISTA DE TABELAS

TABELA 3.1 - POPULAÇÃO NO ESTADO DE RONDÔNIA, 1970 A 2016 ................................... 24


TABELA 3.2 - EVOLUÇÃO POPULACIONAL NOS MUNICÍPIOS DE RONDÔNIA, 1991 A 2016,
VARIAÇÃO PERCENTUAL NO PERÍODO E DADOS DE DENSIDADE DEMOGRÁFICA.
VALORES ESTADUAIS E NACIONAIS, DO MESMO PERÍODO, A TÍTULO DE COMPARAÇÃO
............................................................................................................................................................... 25
TABELA 3.3 - TAXA DE URBANIZAÇÃO E CONTAGEM DE DOMICÍLIOS TOTAIS, RURAIS E
URBANOS, MUNICÍPIOS E ESTADO DE RONDÔNIA, 2010 ........................................................ 30
TABELA 3.4 - TAXAS DE NATALIDADE, MORTALIDADE E MORTALIDADE INFANTIL E
ÍNDICE DE ENVELHECIMENTO PARA OS MUNICÍPIOS DE RONDÔNIA, PARA O ESTADO E
PARA O BRASIL ................................................................................................................................. 33
TABELA 3.5 - TAXA DE FECUNDIDADE TOTAL, TAXA BRUTA DE NATALIDADE, TAXA
BRUTA DE MORTALIDADE, TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL E ESPERANÇA DE VIDA
AO NASCER, POR SEXO - BRASIL, REGIÃO NORTE E RONDÔNIA, 2009 ............................... 35
TABELA 3.6 - ARRANJOS POPULACIONAIS EM RONDÔNIA: MUNICÍPIOS PARTICIPANTES,
TOTAL DE HABITANTES, NÚCLEO E INFORMAÇÕES SOBRE INTEGRAÇÃO E MANCHA
URBANA, 2010 .................................................................................................................................... 37
TABELA 3.7 - PIB BRUTO, PIB PER CAPITA E TAXA DE DESEMPREGO, MUNICÍPIOS E
ESTADO DE RONDÔNIA, 2010 E 2014 ............................................................................................ 42
TABELA 3.8 - INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL, IDH-MUNICIPAL, IDH-
RENDA, IDH-LONGEVIDADE E IDH-EDUCAÇÃO, E ÍNDICE DE GINI, MUNICÍPIOS E
ESTADO DE RONDÔNIA, 2010 ........................................................................................................ 47
TABELA 3.9 - TAXAS DE POBREZA ABSOLUTA E RELATIVA, MUNICÍPIOS DO ESTADO DE
RONDÔNIA, 2003 ............................................................................................................................... 52
TABELA 3.10 - NÚMERO DE PESSOAS ANALFABETAS E TAXAS DE ANALFABETISMO
PARA A POPULAÇÃO COM 15 ANOS OU MAIS, 2000 E 2010, E VARIAÇÃO NO PERÍODO,
PARA OS MUNICÍPIOS E O ESTADO DE RONDÔNIA ................................................................. 54
TABELA 3.11 - TAXAS DE RENDIMENTO ESCOLAR E DE DISTORÇÃO IDADE-SÉRIE NOS
MUNICÍPIOS E NO ESTADO DE RONDÔNIA ................................................................................ 58
TABELA 3.12 - ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA NOS ANOS
INICIAIS E FINAIS, OBSERVADO E METAS PLANEJADAS, 2013 E 2015, MUNICÍPIOS E
ESTADO DE RONDÔNIA .................................................................................................................. 62
TABELA 3.13 - NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS E MATRÍCULAS EM CRECHES, POR
MUNICÍPIO, DE ACORDO COM A ESFERA DA OFERTA, EM ÁREAS URBANAS DE
RONDÔNIA, 2015 ............................................................................................................................... 65
TABELA 3.14 - NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS E MATRÍCULAS EM CRECHES, POR
MUNICÍPIO, DE ACORDO COM A ESFERA DA OFERTA, EM ÁREAS URBANAS DE
RONDÔNIA, 2015 ............................................................................................................................... 66
TABELA 3.15 - NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS E MATRÍCULAS NO ENSINO PRÉ-
ESCOLAR, POR MUNICÍPIO, DE ACORDO A DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA E A ÁREA
DE LOCALIZAÇÃO EM RONDÔNIA, 2015 ..................................................................................... 67
TABELA 3.16 - NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS E MATRÍCULAS NO ENSINO
FUNDAMENTAL, POR MUNICÍPIO, DE ACORDO A DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA E A
ÁREA DE LOCALIZAÇÃO EM RONDÔNIA, 2015 ......................................................................... 73
TABELA 3.17 - NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS E MATRÍCULAS NO ENSINO MÉDIO,
POR MUNICÍPIO, DE ACORDO A DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA E A ÁREA DE
LOCALIZAÇÃO EM RONDÔNIA, 2015 ........................................................................................... 79
TABELA 3.18 - ESTABELECIMENTOS DE ENSINO E MATRÍCULAS REALIZADAS NAS
MODALIDADES EJA E ENSINO ESPECIAL, DE ACORDO COM A LOCALIZAÇÃO,
MUNICÍPIOS DE RONDÔNIA, 2015 ................................................................................................. 83
TABELA 3.19 - ESCOLAS EXCLUSIVAMENTE ESPECIALIZADAS E/OU CLASSES ESPECIAIS
DO ENSINO REGULAR NOS MUNICÍPIOS DE RONDÔNIA, 2015 .............................................. 85

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PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

TABELA 3.20 - NÚMERO DE MATRÍCULAS DE ACORDO COM A MODALIDADE DE ENSINO


PROFISSIONALIZANTE E A DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA A QUE SE VINCULAM,
MUNICÍPIOS DE RONDÔNIA, 2015 ................................................................................................. 89
TABELA 3.21 - ESTABELECIMENTOS DE ENSINO E MATRÍCULAS REALIZADAS NO
ENSINO PROFISSIONALIZANTE, DE ACORDO COM A LOCALIZAÇÃO, MUNICÍPIOS DE
RONDÔNIA, 2015 ............................................................................................................................... 91
TABELA 3.22.- NÚMERO DE INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR, DE ACORDO COM A
DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA, A LOCALIZAÇÃO E A ORGANIZAÇÃO ACADÊMICA,
RONDÔNIA, 2015 ............................................................................................................................... 94
TABELA 3.23 - NÚMERO DE MATRÍCULAS E CONCLUINTES DA EDUCAÇÃO SUPERIOR
PRESENCIAL, DE ACORDO COM A DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA E LOCALIZAÇÃO,
RONDÔNIA, 2015 ............................................................................................................................... 95
TABELA 3.24 - NÚMERO DE POLOS, INGRESSOS, MATRÍCULAS E CONCLUINTES DA
EDUCAÇÃO SUPERIOR À DISTÂNCIA, DE ACORDO COM A DEPENDÊNCIA
ADMINISTRATIVA, RONDÔNIA, 2015 ........................................................................................... 98
TABELA 3.25- NÚMERO DE INSTITUIÇÕES, CURSOS, MATRÍCULAS E CONCLUINTES DE
ACORDO COM A DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA E O CURSO OFERTADO EM QUESTÃO,
RONDÔNIA, 2015 ............................................................................................................................... 99
TABELA 3.26 - INFORMAÇÕES SOBRE UNIVERSIDADES, CENTROS UNIVERSITÁRIOS E
FACULDADES DE RONDÔNIA COM ENSINO SUPERIOR PRESENCIAL, DE ACORDO COM O
MUNICÍPIO DE LOCALIZAÇÃO, 2015 .......................................................................................... 102
TABELA 3.27 - QUADRO GERAL DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO E TERRAS
INDÍGENAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, COM INFORMAÇÕES SOBRE ÁREA TOTAL E
DESMATAMENTO ACUMULADO, 2016 ...................................................................................... 108
TABELA 3.28 - TERRAS INDÍGENAS, ETNIAS, POPULAÇÃO, MUNICÍPIOS ABRANGIDOS,
FASE DO PROCEDIMENTO, SUPERFÍCIE E DESMATAMENTO ACUMULADO, EM
RONDÔNIA, EM 2016 ...................................................................................................................... 110
TABELA 3.29 - ENTIDADES REPRESENTATIVAS QUE ATUAM EM PROL DOS DIREITOS
DOS POVOS INDÍGENAS NAS TERRAS INDÍGENAS LOCALIZADAS NO ESTADO DE
RONDÔNIA, 2016 ............................................................................................................................. 112
TABELA 3.30 - DISTRIBUIÇÃO DO NÚMERO DE PROCESSOS ABERTOS NO INCRA PARA
RECONHECIMENTO DE COMUNIDADES QUILOMBOLAS, 2016 ........................................... 165
TABELA 3.31.- COMUNIDADES QUILOMBOLAS CERTIFICADAS POR MUNICÍPIO DE
LOCALIZAÇÃO, PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO E DATA DE PUBLICAÇÃO NO DIÁRIO
OFICIAL DA UNIÃO (DOU), RONDÔNIA, 2015 ........................................................................... 166
TABELA 3.32 - COMUNIDADES QUILOMBOLAS EM FASE AVANÇADA DE
RECONHECIMENTO, DOCUMENTOS LEGAIS DE CERTIFICAÇÃO, LOCALIZAÇÃO, ÁREA E
NÚMERO DE FAMÍLIAS, RONDÔNIA, 2016 ................................................................................ 167
TABELA 3.33 - NÚMERO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO, POR ESFERA DE
ADMINISTRAÇÃO E CATEGORIA DE GESTÃO, NO ESTADO DE RONDÔNIA, EM 2017 ... 177
TABELA 3.34 - UNIDADES DE CONSERVAÇÃO POR ESFERAS DE ADMINISTRAÇÃO,
CATEGORIAS, ANO DE CRIAÇÃO, SUPERFÍCIE E DESMATAMENTO ACUMULADO, NO
ESTADO DE RONDÔNIA, EM 2017 ............................................................................................... 178
TABELA 3.35 - UNIDADES DE CONSERVAÇÃO FEDERAIS, POR CATEGORIA E
REPRESENTAÇÕES PERCENTUAIS EM RELAÇÃO AOS TOTAIS, EM RONDÔNIA ............ 181
TABELA 3.36 - RESERVAS PARTICULARES DO PATRIMÔNIO NATURAL, POR
LOCALIZAÇÃO, ÁREA E DATA DE CRIAÇÃO, EM RONDÔNIA, EM 2017 ............................ 193
TABELA 3.37 - UNIDADES DE CONSERVAÇÃO ESTADUAIS EM RONDÔNIA, POR
CATEGORIA E REPRESENTAÇÕES PERCENTUAIS EM RELAÇÃO AOS TOTAIS ............... 194
TABELA 3.38 - TERRAS INDÍGENAS E UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DE ACORDO COM
SUA LOCALIZAÇÃO EM RELAÇÃO À MESORREGIÃO, MICRORREGIÃO E MUNICÍPIOS221
TABELA 3.39 - RESUMO DA DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DE TERRAS INDÍGENAS E
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO EM RONDÔNIA DE ACORDO COM NÚMEROS ABSOLUTOS
EM MESORREGIÕES E MICRORREGIÕES .................................................................................. 225
TABELA 3.40 – PLANOS DIRETORES MUNICIPAIS DE RONDÔNIA ...................................... 243
12
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

TABELA 3.41 - PERCENTUAL DE ESGOTAMENTO E REDE PLUVIAL NOS PRINCIPAIS


MUNICÍPIOS DE RONDÔNIA ......................................................................................................... 254
TABELA 3.42 - DESCRIÇÃO DOS CURSOS DE INTERESSE E COMPETÊNCIAS DESEJADAS
NOS GRADUADOS ........................................................................................................................... 263
TABELA 3.43 - CURSOS DE GRADUAÇÃO DE INTERESSE, SEGUNDO MODALIDADE, DE
ACORDO COM AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO QUE OS OFERTAM EM RONDÔNIA ......... 265
TABELA 3.44 - SÍNTESE DAS PRINCIPAIS INFORMAÇÕES SOBRE OS CURSOS DE
GRADUAÇÃO DE INTERESSE EM RONDÔNIA .......................................................................... 268
TABELA 3.45 - DISTRIBUIÇÃO DOS CURSOS DE INTERESSE E RESPECTIVAS VAGAS, NA
MODALIDADE PRESENCIAL, POR MUNICÍPIO ......................................................................... 269
TABELA 3.46 - DISTRIBUIÇÃO DOS CURSOS DE INTERESSE EM INSTITUIÇÕES DE ENSINO
DE ABRANGÊNCIA NACIONAL, DE ACORDO COM OS MUNICÍPIOS ONDE PODEM SER
ACESSADOS ..................................................................................................................................... 270
TABELA 3.47 - CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO E ESPECIALIZAÇÃO NAS ÁREAS DE
INTERESSE, DE ACORDO COM AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO DE RONDÔNIA QUE OS
OFERTAM, MUNICÍPIO EM QUE SE ENCONTRAM, NÚMERO DE VAGAS E NÚMERO DE
EGRESSOS ......................................................................................................................................... 273
TABELA 3.48 - CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO E ESPECIALIZAÇÃO NAS ÁREAS DE
INTERESSE, DE ACORDO COM AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO DE ABRANGÊNCIA
NACIONAL QUE OS OFERTAM, MUNICÍPIO EM QUE SE ENCONTRAM, NÚMERO DE
VAGAS E NÚMERO DE EGRESSOS .............................................................................................. 274
TABELA 3.49 - SÍNTESE DAS PRINCIPAIS INFORMAÇÕES SOBRE OS CURSOS DE PÓS-
GRADUAÇÃO DE INTERESSE OFERTADOS POR INSTITUIÇÕES DE RONDÔNIA ............. 275
TABELA 3.50 - DISTRIBUIÇÃO DOS CURSOS DE INTERESSE E RESPECTIVAS VAGAS, EM
INSTITUIÇÕES DE ENSINO DE RONDÔNIA, POR MUNICÍPIO ............................................... 277
TABELA 3.51 - DISTRIBUIÇÃO DOS CURSOS DE INTERESSE EM INSTITUIÇÕES DE ENSINO
DE ABRANGÊNCIA NACIONAL, DE ACORDO COM OS MUNICÍPIOS ONDE PODEM SER
ACESSADOS ..................................................................................................................................... 278
TABELA 3.52 - ENTIDADES PRIVADAS SEM FINS LUCRATIVOS, SEGUNDO
CLASSIFICAÇÃO DO COPNI E RELEVÂNCIA PARA O ESTUDO DOS RECURSOS HÍDRICOS,
NO ESTADO DE RONDÔNIA – 2010 .............................................................................................. 284
TABELA 3.53 - NÚMERO DE INSTITUIÇÕES PESQUISADAS POR CATEGORIA E
PARTICIPAÇÃO NO TOTAL, EM RONDÔNIA EM 2017 ............................................................. 286
TABELA 3.54 - ASSOCIAÇÃO COMERCIAL/EMPRESARIAL ................................................... 287
TABELA 3.55 - ASSOCIAÇÃO DE MORADORES ........................................................................ 288
TABELA 3.56 - ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS .......................................................................... 289
TABELA 3.57 - ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES RURAIS ....................................................... 290
TABELA 3.58.- ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES RURAIS EM ASSENTAMENTO ............... 293
TABELA 3.59 - ASSOCIAÇÃO E COOPERATIVA INDÍGENA ................................................... 305
TABELA 3.60.- ASSOCIAÇÃO/COOPERATIVA EXTRATIVISTA ............................................. 306
TABELA 3.61.- COLÔNIA/ASSOCIAÇÃO DE PESCADORES .................................................... 307
TABELA 3.62.- COMUNIDADE REMANESCENTE DE QUILOMBO ......................................... 308
TABELA 3.63.- CONSELHOS .......................................................................................................... 308
TABELA 3.64 - COOPERATIVA, ASSOCIAÇÃO E SINDICATO DE GARIMPEIROS E
MINERADORES ................................................................................................................................ 308
TABELA 3.65 - COOPERATIVA DE PRODUTORES RURAIS..................................................... 310
TABELA 3.66 - ESCOLA FAMÍLIA AGRÍCOLA ........................................................................... 315
TABELA 3.67 - FEDERAÇÃO .......................................................................................................... 315
TABELA 3.68 - ORGANIZAÇÃO NÃO GOVERNAMENTAL - ONG .......................................... 316
TABELA 3.69 - SINDICATO DE INDÚSTRIAS/EMPRESAS........................................................ 317
TABELA 3.70 - SINDICATO DE TRABALHADORES .................................................................. 318
TABELA 3.71.- SINDICATO RURAL .............................................................................................. 318
TABELA 3.72 - LISTA DOS MAIORES CONSUMIDORES DE ÁGUA ENTRE 2010 E 2014 EM
RONDÔNIA ....................................................................................................................................... 319
TABELA 3.73 - EMISSORAS DE TELEVISÃO QUE ATUAM EM RONDÔNIA ........................ 321
13
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

TABELA 3.74 - INFORMAÇÕES SOBRE AS EMISSORAS DE TV ATUANTES EM RONDÔNIA


............................................................................................................................................................. 322
TABELA 3.75.- RÁDIOS COMERCIAIS EM RONDÔNIA ............................................................ 324
TABELA 3.76 - RÁDIOS COMUNITÁRIAS EM RONDÔNIA ...................................................... 324
TABELA 4.1 – VAZÕES DE RETIRADA POR TIPO DE USO PARA O CENÁRIO INERCIAL 327
TABELA 4.2 – VAZÕES DE RETIRADA PARA O CENÁRIO INERCIAL POR UHG EM 2021 328
TABELA 4.3 – VAZÕES DE RETIRADA PARA O CENÁRIO INERCIAL POR UHG EM 2026 329
TABELA 4.4 – VAZÕES DE RETIRADA PARA O CENÁRIO INERCIAL POR UHG EM 2036 330
TABELA 4.5 – PROJEÇÃO DA CARGA POLUIDORA COM BASE NAS OUTORGAS NO
CENÁRIO INERCIAL ....................................................................................................................... 331
TABELA 4.6 – ESTIMATIVA DE RESÍDUOS SÓLIDOS TOTAIS PARA O CENÁRIO INERCIAL
............................................................................................................................................................. 332
TABELA 4.7 – DIRETRIZES DO MACROZEE DA AMAZÔNIA LEGAL AO ESTADO DE
RONDÔNIA ....................................................................................................................................... 334
TABELA 4.8 – DIRETRIZES DAS ÁREAS DE GESTÃO TERRITORIAL PARA AS BACIAS
BRASILEIRAS DO ZEE BRASIL-BOLÍVIA ................................................................................... 335
TABELA 4.9 - PROGRAMAS E AÇÕES DIRECIONADOS PARA A INTERBACIA BACIA DO RIO
MADEIRA/PURUS ............................................................................................................................ 336
TABELA 4.10 - PRINCIPAIS EIXOS TEMÁTICOS DO PDIF ....................................................... 337
TABELA 4.11 - PRINCIPAIS PROGRAMAS POR DIRETRIZ ESTRATÉGICA DO PEDES ...... 337
TABELA 4.12 - SITUAÇÃO DOS PLANOS DIRETORES MUNICIPAIS ..................................... 339
TABELA 4.13 - SITUAÇÃO DOS PLANOS MUNICIPAIS DE SANEAMENTO BÁSICO ......... 340
TABELA 4.14 – PERFIL TENDENCIAL DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL POR
COMPONENTE ................................................................................................................................. 342
TABELA 4.15 – INVESTIMENTOS CONSIDERADOS PARA O INCREMENTO DOS
COMPONETES DE POLARIZAÇÃO NO CENÁRIO INCREMENTAL ........................................ 342
TABELA 4.16 - TENDÊNCIA DE INCREMENTO DE POLARIZAÇÃO POR MUNICÍPIO NO
CENÁRIO INCREMENTAL ............................................................................................................. 343
TABELA 4.17 – INVESTIMENTOS CONSIDERADOS PARA O INCREMENTO DOS
COMPONETES DE POLARIZAÇÃO NO CENÁRIO INCREMENTAL ........................................ 345
TABELA 4.18 – PREVISÃO DE EVOULUÇÃO DAS TAXAS DE DEMANDAS HÍDRICAS NO
CENÁRIO INCREMENTAL ............................................................................................................. 345
TABELA 4.19 – VAZÕES DE RETIRADA POR TIPO DE USO PARA O CENÁRIO
INCREMENTAL ................................................................................................................................ 346
TABELA 4.20 – VAZÕES DE RETIRADA PARA O CENÁRIO INCREMENTAL POR UHG EM
2021 ..................................................................................................................................................... 347
TABELA 4.21 – VAZÕES DE RETIRADA PARA O CENÁRIO INCREMENTAL POR UHG EM
2026 ..................................................................................................................................................... 348
TABELA 4.22 – VAZÕES DE RETIRADA PARA O CENÁRIO INCREMENTAL POR UHG EM
2036 ..................................................................................................................................................... 349
TABELA 4.23 – PREVISÕES DE EVOLUÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA ............................ 350
TABELA 4.24 - PROJEÇÃO DA CARGA POLUIDORA COM BASE NAS OUTORGAS NO
CENÁRIO INCREMENTAL ............................................................................................................. 351
TABELA 4.25 - ESTIMATIVA DE RESÍDUOS SÓLIDOS TOTAIS PARA O CENÁRIO
INCREMENTAL ................................................................................................................................ 352
TABELA 4.26 - VARIÁVEIS COMPONENTES DA CENARIZAÇÃO DAS VAZÕES
ASSOCIADAS AO ABASTECIMENTO HUMANO ....................................................................... 354
TABELA 4.27 - CORRESPONDÊNCIA ENTRE OS AGRUPAMENTOS PARA OBTENÇÃO DAS
TAXAS DE PROJEÇÃO E REBANHOS .......................................................................................... 355
TABELA 4.28 - SUMÁRIO DOS DADOS, BASES TERRITORIAIS E MATRIZ DE COEFICIENTES
UTILIZADOS PARA PROJEÇÃO DOS REBANHOS E ESTIMATIVA DA DEMANDA HÍDRICA
NO PERÍODO 2015 - 2030 ................................................................................................................ 356
TABELA 4.29 – USINAS TERMELÉTRICAS NO ESTADO DE RONDÔNIA ............................. 358
TABELA 4.30 - VARIÁVEIS CONSIDERADAS NA PROJEÇÃO DA IRRIGAÇÃO 2015-2030 361
TABELA 4.31 – VAZÃO DE EVAPORAÇÃO LÍQUIDA NO BRASIL EM 2014 E 2030 ............. 362
14
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

TABELA 4.32 – VAZÕES DE RETIRADA POR TIPO DE USO PARA O CENÁRIO SETORIAL
............................................................................................................................................................. 363
TABELA 4.33 – VAZÕES DE RETIRADA PARA O CENÁRIO SETORIAL POR UHG EM 2021
............................................................................................................................................................. 364
TABELA 4.34 – VAZÕES DE RETIRADA PARA O CENÁRIO SETORIAL POR UHG EM 2026
............................................................................................................................................................. 365
TABELA 4.35 – VAZÕES DE RETIRADA PARA O CENÁRIO SETORIAL POR UHG EM 2036
............................................................................................................................................................. 366
TABELA 4.36 - PROJEÇÃO DA CARGA POLUIDORA COM BASE NAS OUTORGAS NO
CENÁRIO SETORIAL ....................................................................................................................... 367
TABELA 4.37 - ESTIMATIVA DE RESÍDUOS SÓLIDOS TOTAIS PARA O CENÁRIO SETORIAL
............................................................................................................................................................. 368
TABELA 4.38 - VAZÕES DE RETIRADA POR TIPO DE USO PARA O HORIZONTE 2021 .... 368
TABELA 4.39 - VAZÕES DE RETIRADA POR TIPO DE USO PARA O HORIZONTE 2026 .... 369
TABELA 4.40 - VAZÕES DE RETIRADA POR TIPO DE USO PARA O HORIZONTE 2036 .... 369
TABELA 4.41 - VAZÕES DE RETIRADA POR UHG PARA O HORIZONTE 2021 .................... 369
TABELA 4.42 - VAZÕES DE RETIRADA POR UHG PARA O HORIZONTE 2026 .................... 370
TABELA 4.43 - VAZÕES DE RETIRADA POR UHG PARA O HORIZONTE 2036 .................... 370
TABELA 4.44 – MUNICÍPIOS COM POSSIBILIDADE DE EXPANSÃO DE ATIVIDADES
AGROPECUÁRIAS, EXCETUANDO SE AS ÁREAS DE RESERVA LEGAL ............................. 373
TABELA 4.45 – MUNICÍPIOS COM POSSIBILIDADE DE EXPANSÃO DE ATIVIDADES
AGROPECUÁRIAS, EXCETUANDO SE AS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DE PROTEÇÃO
INTEGRAL ......................................................................................................................................... 373
TABELA 5.1 – BALANÇO HÍDRICO SUPERFICIAL POR UHG PARA O CENÁRIO INERCIAL
(2021) .................................................................................................................................................. 375
TABELA 5.2 – BALANÇO HÍDRICO SUPERFICIAL POR UHG PARA O CENÁRIO INERCIAL
(2026) .................................................................................................................................................. 376
TABELA 5.3 – BALANÇO HÍDRICO SUPERFICIAL POR UHG PARA O CENÁRIO INERCIAL
(2036) .................................................................................................................................................. 376
TABELA 5.4 – BALANÇO HÍDRICO SUPERFICIAL POR UHG PARA O CENÁRIO
INCREMENTAL (2021)..................................................................................................................... 377
TABELA 5.5 – BALANÇO HÍDRICO SUPERFICIAL POR UHG PARA O CENÁRIO
INCREMENTAL (2026)..................................................................................................................... 377
TABELA 5.6 – BALANÇO HÍDRICO SUPERFICIAL POR UHG PARA O CENÁRIO
INCREMENTAL (2036)..................................................................................................................... 378
TABELA 5.7 – BALANÇO HÍDRICO SUPERFICIAL POR UHG PARA O CENÁRIO setorial (2021)
............................................................................................................................................................. 378
TABELA 5.8 – BALANÇO HÍDRICO SUPERFICIAL POR UHG PARA O CENÁRIO setorial (2026)
............................................................................................................................................................. 379
TABELA 5.9 – BALANÇO HÍDRICO SUPERFICIAL POR UHG PARA O CENÁRIO setorial (2036)
............................................................................................................................................................. 379

15
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

APRESENTAÇÃO

A Lei Federal nº 9.433, de 08 de janeiro de 1997 institui a Política Nacional de Recursos


Hídricos (PNRH) e cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos. Ela apresenta
como um dos instrumentos da PNRH os Planos de Recursos Hídricos, os quais são planos diretores que
visam a fundamentar e orientar a implantação da Política Nacional e o gerenciamento dos Recursos
Hídricos e que devem ser elaborados por bacia hidrográfica, por estado e para o país. A Lei
Complementar Estadual nº 255, de 25 de janeiro de 2002, regulamentada pelo Decreto Estadual nº
10.114 de 20 de setembro de 2002, institui a Política Estadual de Recursos Hídricos do Estado de
Rondônia e define como instrumentos de gestão dos recursos hídricos estaduais: i) o Plano Estadual de
Recursos Hídricos – PERH/RO; ii) os Planos de Bacias Hidrográficas; iii) a outorga dos direitos de uso
das águas; iv) a cobrança pela utilização das águas; v) o enquadramento dos corpos de água em classes,
segundo os seus usos preponderantes; e vi) o Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos.

O Governo do Estado de Rondônia, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento


Ambiental (SEDAM), no exercício de suas atribuições relacionadas à implantação dos instrumentos de
gestão dos recursos hídricos estaduais, contratou a elaboração do Plano Estadual de Recursos Hídricos
do Estado de Rondônia (PERH/RO), em execução pela empresa RHA Engenharia e Consultoria SS
Ltda.

Baseado em diagnóstico das bacias hidrográficas, produzido a partir de dados secundários


disponíveis, os Planos Estaduais de Recursos Hídricos devem apresentar, principalmente, diretrizes ou
propostas de ações estratégicas, gerais e estaduais, bem como identificar as necessidades de aquisição
de informações (dados primários) ao longo de sua vigência, capazes de suprir as deficiências constatadas
e possibilitar uma melhor compreensão da realidade das bacias hidrográficas por ocasião da elaboração
dos Planos de Bacias Hidrográficas.

Como instrumento de planejamento contínuo e dinâmico, numa visão de longo prazo, o


PERH/RO integra ações diversificadas em torno do uso racional da água, da proteção da biodiversidade
e da gestão compartilhada do uso múltiplo e integrado dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos,
de forma a gerar sustentabilidade hídrica nas unidades territoriais estaduais.

16
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

1 INTRODUÇÃO

Segundo o art. 7º da Lei Federal nº 9.433/1997, o Plano Estadual de Recursos Hídricos do


Estado de Rondônia é de longo prazo, com horizonte de planejamento compatível com o período de
implantação de seus programas, projetos, ações e atividades, contemplando o seguinte conteúdo
mínimo: i) diagnóstico da situação atual dos recursos hídricos; ii) análise de alternativas de crescimento
demográfico, de evolução de atividades produtivas e de modificações dos padrões de ocupação do solo;
iii) balanço entre disponibilidades e demandas atuais e futuras dos recursos hídricos, em quantidade e
qualidade, com identificações de conflitos potenciais; vi) metas de racionalização de uso, aumento da
quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hídricos disponíveis; v) medidas a serem tomadas,
programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados, para o atendimento de metas
previstas; vi) prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hídricos; vii) diretrizes e critérios
para cobrança pelo uso dos recursos hídricos e viii) propostas para a criação de áreas sujeitas a restrição
de uso, com vistas à proteção dos recursos hídricos.

A elaboração do PERH/RO está estruturada de acordo com as três etapas descritas a seguir.

Primeiramente, cabe observar que a Etapa Inicial do PERH/RO, foge ao objeto do Contrato nº
356/PGE-2016, tendo sido elaborada pela SEDAM, e apresentada no Relatório 01: “Norteadores
Metodológicos para Elaboração do Plano Estadual de Recursos Hídricos do Estado de Rondônia”. Este
relatório contém parte do diagnóstico dos meios físico, biótico e socioeconômico do estado e,
principalmente, as bases metodológicas para a construção do PERH/RO para subsidiar a elaboração das
etapas e produtos subsequentes.

Já no contexto do Contrato nº 356/PGE-2016, a 1ª Etapa do PERH/RO diz respeito ao


Diagnóstico e Prognóstico dos Recursos Hídricos. O Diagnóstico aborda as disponibilidades e
demandas hídricas superficiais e subterrâneas, qualidade das águas, bem como a complementação do
diagnóstico de alguns itens relacionados aos meios físico, socioeconômico e cultural. Em geral, esta
etapa concerne os fatores ligados à ação antrópica e a relação com os recursos hídricos, variáveis por
natureza, mutáveis e que exigem a apreciação de sua evolução no tempo. O Prognóstico é realizado com
a elaboração de projeções e cenários, compreendendo o consenso estabelecido sobre a realidade presente
e suas tendências nos horizontes de planejamento fixados. Assim, é construída a visão de futuro para as
Bacias Hidrográficas, segundo diferentes conjunturas, dando origem a diferentes cenários. O processo
de construção do diagnóstico, prognóstico e cenários dos recursos hídricos de Rondônia é concretizado
mediante a participação pública, através do encaminhamento de formulários e realização de eventos.

A 2ª Etapa contempla a definição de Programas, Diretrizes e Metas do PERH/RO, a partir do


cruzamento entre a visão de futuro (realidade desejada), a realidade existente e sua tendência de
evolução no cenário considerado mais provável, determinando a necessidade de ação/intervenção nos

17
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

processos em andamento, para reorientar o curso dos acontecimentos e/ou promover as transformações
necessárias de forma a implantar a proposição desejada.

Complementando, a 3ª Etapa consta da implementação dos instrumentos de gestão das bacias


hidrográficas, tais como: i) Prioridades de Outorga, ii) Sistema de Informação sobre Recursos Hídricos,
iii) Cobrança pelo Uso dos Recursos Hídricos, iv) Proposta de Enquadramento dos Corpos d’Água e v)
Recomendações no Gerenciamento de Recursos Hídricos. O processo de construção das diretrizes,
programas e metas consolida-se com a agregação das demandas recomendadas para o PERH/RO,
identificadas junto à sociedade civil com a realização de eventos públicos. A 3ª Etapa diz respeito à
Consolidação do Plano a partir da apresentação do documento consolidado do PERH/RO e legitimação
social dos estudos realizados, por meio de uma efetiva participação pública, objetivando promover uma
ampla discussão junto à sociedade e aos setores usuários da região. Portanto, eventuais
complementações das intervenções propostas podem ainda ser realizadas.

Apresenta-se neste relatório – Relatório de Etapa RE 02 – as informações referentes ao


Subproduto 2.3: Diagnóstico da Dinâmica Social e do Processo de Mobilização e Comunicação e
Subproduto 2.4: Cenários das Demandas Hídricas, os quais são parte integrante da 1ª Etapa:
Diagnóstico, Prognóstico e Cenários dos Recursos Hídricos de Rondônia. Estas atividades visam
elaborar hipóteses de tendências de uso da água no futuro, que subsidiarão o gerenciamento dos recursos
hídricos, em especial o Enquadramento dos Corpos de Água, as prioridades para Outorga de Direito de
Uso das Águas e a definição de diretrizes e critérios para a Cobrança pelo Uso das Águas.

18
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

2 OBJETIVOS

O objetivo do Plano Estadual de Recursos Hídricos de Rondônia é subsidiar a Secretaria de


Estado do Desenvolvimento Ambiental, o Conselho Estadual de Recursos Hídricos de Rondônia e
demais órgãos gestores e componentes do Sistema Estadual de Gerenciamento dos Recursos Hídricos,
na administração efetiva dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos do estado de Rondônia.

A elaboração do Plano Estadual de Recursos Hídricos ainda visa o atendimento às diretrizes


estabelecidas no Decreto Regulamentador nº 10.114/02:

• A adequação ao Plano Nacional de Recursos Hídricos;


• O balanço hídrico por meio da avaliação das disponibilidades hídricas, superficiais e
subterrâneas do estado, considerados os aspectos qualitativos e a estimativa das demandas
hídricas para usos múltiplos com avaliação prospectiva, de médio e longo prazos, considerados
os usos consuntivos e não consuntivos, e os respectivos potenciais de desenvolvimento;
• O estabelecimento de diretrizes, normas e procedimentos para distribuição equitativa dos
recursos hídricos entre usos e usuários;
• A identificação de áreas críticas, com sua respectiva caracterização na(s) bacia(s)
hidrográfica(s);
• O estabelecimento da interdependência entre o aproveitamento e o controle racional dos
recursos hídricos com outros recursos ambientais multifuncionais.

19
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

3 DIAGNÓSTICO DA DINÂMICA SOCIAL E DO PROCESSO DE MOBILIZAÇÃO E


COMUNICAÇÃO

O objetivo deste capítulo é analisar a dinâmica social do estado de Rondônia considerando


quatro variáveis: (a) caracterização da estrutura socioeconômica do estado; (b) caracterização da
dinâmica social e dos padrões culturais e antropológicos da sociedade regional; (c) análise da capacidade
institucional e legal no que se refere à gestão dos recursos hídricos; (d) identificação e caracterização
dos sistemas de educação, comunicação e dos atores sociais estratégicos.

Para alcançar esse objetivo foi realizado um quadro do desenvolvimento da área estudada
baseado em indicadores sociais e econômicos e dados da dinâmica populacional; a dinâmica social dos
municípios da área em estudo foi avaliada por meio da identificação dos elementos e atores sociais
estratégicos, caracterizando suas formas de atuação e organização, capacidade de liderança e
abrangência espacial, com destaque aos que se relacionam ao uso e proteção dos recursos hídricos, no
contexto do desenvolvimento do estado. Ainda no que concerne à dinâmica social, foram identificadas
e caracterizadas as representações de grupos étnicos e comunidades tradicionais presentes na bacia e
seus padrões culturais e antropológicos, relacionando-os a processos produtivos (pesca artesanal,
pequena produção agropecuária, entre outros) e analisando suas relações com o uso e a conservação dos
recursos hídricos.

Também foi avaliada a capacidade institucional, limitações e necessidades de fortalecimento


dos atores relacionados, de acordo com a sua posição social e a possibilidade de participação na gestão
do PERH. Por último foram realizados o mapeamento e a identificação de atores e segmentos setoriais
estratégicos a serem envolvidos no processo de mobilização social para a elaboração do Plano Estadual
e na gestão dos recursos hídricos do estado.

3.1 HISTÓRIA E PADRÕES DE OCUPAÇÃO

Até a segunda metade do século XIX, o território onde hoje encontra-se Rondônia era, em sua
quase totalidade, indígena. Tal situação só começou a se alterar com a intensificação dos movimentos
migratórios originados pelo início do ciclo da borracha em 1880, quando para lá se deslocaram muitos
nordestinos, expulsos de seus locais de origem por anos de seca e pela falta de capacidade do sistema
econômico nordestino de os abrigar (OLIVEIRA, 1983).

Embora o território atual do estado de Rondônia não tenha sido uma das regiões de destaque da
produção de látex durante o ciclo da borracha, essa atividade econômica foi essencial para a organização
agrária e territorial do estado, cujos reflexos podem ser observados até os dias atuais.

A principal e mais relevante herança desse período para Rondônia foi, sem dúvida, a construção
da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, parte dos compromissos assumidos pelo Brasil no Tratado de
Petrópolis, que compensou a Bolívia pela perda do território que deu origem ao estado do Acre. A
20
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

estrada visava ultrapassar as cachoeiras do rio Madeira e permitir o escoamento da borracha produzida
na Bolívia até um porto de embarque para seguir para Europa e Estados Unidos, local que deu origem à
cidade de Porto Velho.

Essa obra impactou diretamente a dinâmica social do estado e tem uma história marcante de
conflitos e dificuldades. Proposta, inicialmente, em 1878, pela empresa norte-americana P.T. e Collins,
visando ligar Guajará-Mirim e Porto Velho em um prazo de três anos. Contudo, mais de um ano depois,
com apenas sete quilômetros construídos, a empresa abandonou a obra, alegando os altos custos a ela
associados, bem como aos altos índices de mortalidade dos trabalhadores ali alocados por conta de surtos
de malária e ataques indígenas (CUNHA, 1985).

A obra ficou abandonada por anos, até que, em 1907, um empresário americano, Percival
Farquhar, contratou a empreiteira May-Jekill and Randolph, também americana, que, após cinco anos,
com um saldo de 6.500 trabalhadores mortos, conseguiu finalizar os trilhos da Ferrovia Madeira-
Mamoré (TEIXEIRA, 2008) em 1912.

Nas margens da ferrovia surgiram inúmeras ocupações, que se constituíram em vilas e tiveram
grande importância não só para o processo de ocupação do território, mas, também, cumprindo relevante
papel na formação da identidade rondoniense, tal qual descrito por Teixeira (2008).

A ferrovia possibilitou a criação de uma identidade própria ao território compreendido entre os


vales do Madeira e do Mamoré e essa identidade foi uma das bases para a criação do futuro Território
Federal do Guaporé, posteriormente, Rondônia (TEIXEIRA, 2008).

Martins (1981) ressalta, entretanto, que essa identidade se pautou nas bases da exclusão social
de caboclos e nordestinos que migraram para a região. Nas palavras do autor, esse ciclo nada consolidou,
“(...) deixando apenas a memória de um período de extrativismo brutal (...) a um custo social dos mais
dramáticos que a América Latina conheceu neste século”.

Enquanto inaugurava-se a Ferrovia Madeira-Mamoré, o ciclo da borracha iniciava sua derrocada


e a Comissão Rondon1 adentrava cada vez mais o território rondoniense. Essa Comissão, cujo título
oficial era Comissão Construtora de Linhas Telegráficas de Mato Grosso ao Amazonas, liderada por um
oficial do Corpo de Engenharia Militar, Cândido Mariano da Silva Rondon, buscava ocupação e controle
de uma ampla parcela da área de Rondônia que estava sendo explorada por seringalistas bolivianos, bem
como a “pacificação” de diversas etnias indígenas.

De acordo com Souza (2002), foram formados por Rondon núcleos de povoamento (postos
telegráficos) em seis localidades: Vilhena, Pimenta Bueno, Presidente Hermes, Presidente Pena (atual

1 A Comissão Construtora de Linhas Telegráficas de Mato Grosso ao Amazonas, ou Comissão Rondon, como ficou mais
conhecida, foi uma estratégia de ocupação do território brasileiro. Com o crescimento da importância econômica da região da
Amazônia a partir da exploração do látex, o estado buscava tirar a área do isolamento, estendendo linhas telegráficas até a
Amazônia.
21
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Ji-Paraná), Jaru e Ariquemes. Posteriormente, esses locais viriam a dar origem a algumas das principais
cidades do estado. Além disso, o caminho traçado por essa Comissão tornar-se-ia a BR-364, principal
via de ligação de Rondônia com o Centro-Sul do país.

Assim, se a exploração da borracha e a construção da ferrovia Madeira-Mamoré foram os


grandes marcos da ocupação do território de Rondônia no século XIX, a Comissão Rondon foi a base
mais consistente para o povoamento da região a partir de meados do século XX, contudo, o processo
efetivo de ocupação foi planejado, apenas, a partir de 1930 no governo Vargas.

Quando da Revolução de 1930, afloraram discursos de integração regional e identidade


nacional; motes como “integrar o Brasil Legal ao Brasil Real” e “ocupar o Brasil com brasileiros”
tornaram-se constantes na política pública. Nesse sentido foram organizados movimentos migratórios
de trabalhadores para ocupar áreas “vazias”, bem como fundados núcleos de colonização por todo o
país. Naquele que seria o futuro território de Rondônia, em 1937, foram criadas as colônias agrícolas
Antenor Navarro, Iata e Candeias, instaladas nas margens da ferrovia Madeira-Mamoré com o objetivo
de vigiar a fronteira (SOUZA et al., 2002).

Em 1944, com a promulgação do Plano Rodoviário Nacional, iniciava-se outra importante etapa
da ocupação do território de Rondônia. Nesse documento, estavam planejadas inúmeras ações e, entre
elas, encontrava-se a construção da rodovia Cuiabá-Porto Velho (BR-364), que, quando completada, em
1960, seria um importante fator para a construção da sociedade rondoniense. Foi também nesse período
que o governo iniciou uma reestruturação da divisão territorial dos estados, o que possibilitou que fosse
criado o Território Federal do Guaporé, que viria a dar origem ao estado de Rondônia (SOUZA et al.,
2002).

Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, houve novamente uma ampla demanda pelo látex
amazônico e nova leva de migrantes nordestinos rumaram para a área rondoniense. Entretanto, essa
demanda não se sustentou e, com o fim da guerra, os seringais da região entraram novamente em letargia.
Nesse momento, muitos dos migrantes que haviam ali se fixado ingressaram nas atividades de garimpo
de cassiterita, as quais, por sua vez, trouxeram algum fluxo migratório para a região (MARTINS, 1981).

Porém, após o Golpe Militar de 1964, as atividades de garimpo individuais foram proibidas e,
pelo menos, 100 mil garimpeiros foram excluídos do sistema econômico local. As jazidas de minério
foram concedidas para a exploração por empresas internacionais, as quais além da exploração da
cassiterita, também se apossaram de grandes glebas de terras nos estados, sendo que, algumas delas
ainda controlam, atualmente, grandes áreas de Rondônia.

Ressalta-se aqui que a campanha do governo civil-militar para que os territórios amazônicos
fossem ocupados, a qual estendeu-se da década de 30 até meados da década de 80, desconsiderava e
subjugava uma massa de indígenas, caboclos e seringueiros que já viviam na região. O que se buscava,

22
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

então, não era apenas o povoamento das terras amazônicas, mas uma nova forma de apropriação e
exploração do espaço, transformando a terra em uma mercadoria.

Nas décadas de 70 e 80 ocorreu a maior onda migratória para o território de Rondônia, cerca de
600 mil pessoas chegaram e instalaram-se na área. Durante essas duas décadas, a migração teve caráter
diferente das ondas anteriores aqui mencionadas, ao contrário dos migrantes que chegavam objetivando
obter algum pecúlio durante os ciclos da borracha, os que agora adentravam o território rondoniense
buscavam um pedaço de chão para fixar residência, criando relações de pertencimento e identidade
(TEIXEIRA, 1999).

De acordo com Teixeira (1999), grande parte desses migrantes era proveniente do Sul do país,
em especial do Paraná. Em sua maioria agricultores, buscavam em Rondônia um local onde pudessem
cultivar seus pedaços de terra sem estarem à mercê de uma estrutura fundiária centralizada decorrente
da modernização e mecanização agrícola, como ocorria, então, na região Sul. Também fazia parte do
contingente de migrantes os que haviam sido deslocados pela construção de Itaipu.

Iniciou-se nesse período o chamado Ciclo da Agricultura em Rondônia, executado pelo INCRA
por meio de Projetos Integrados de Colonização e Projetos de Assentamento Dirigido. Sobre esse
processo de distribuição e repartição dos lotes de terras aos colonos feito pelo órgão supracitado,
Teixeira (1999) afirma que era permeado pela corrupção de funcionários que privilegiavam
latifundiários e menosprezavam populações indígenas e seringueiros. Percebe-se, assim, que diversos
conflitos agrários marcaram o processo de ocupação de Rondônia, originando tensões sociais e culturais
entre os nativos e os migrantes impulsionados pela propaganda governista.

Se em 1980, década em que o então território federal passou a ser considerado o estado de
Rondônia, a taxa média de crescimento populacional era de 7,89% ao ano – altíssima se comparada à
média nacional de 1,93% -, na década de 90 o crescimento da população no estado, devido,
principalmente, ao esgotamento da fronteira agrícola, estancou. Entre 1991 e 1996, a taxa de crescimento
foi de apenas 1,68% ao ano, estabilizando a dinâmica de expansão populacional (IBGE, 2000).

Apesar de ter sido um processo de ocupação bastante conflitivo e desorganizado, com diferentes
ondas migratórias e com a eclosão de diversos conflitos e embates pela posse da terra, de modo geral,
os migrantes construíram relações de reconhecimento e pertencimento a partir das dificuldades
partilhadas no processo de adaptação ao território que lhes era desconhecido. Em Rondônia, segundo
Amaral (2012), a “(...) população é híbrida e multiculturalmente diversificada”, na qual alguns
elementos de sociabilidade, tais como as práticas desportivas e religiosas, favorecem a interação dos
diferentes grupos de migrantes e formam uma sociedade multifacetada.

23
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ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

3.2 DINÂMICA SOCIOECONÔMICA

3.2.1 Dinâmica Populacional


A dinâmica populacional do estado de Rondônia na atualidade é um reflexo do processo
histórico de ocupação do território. A concentração da terra no centro-sul do Brasil, os estímulos à
migração e os investimentos do governo federal na implantação de projetos de colonização delinearam
a organização espacial e demográfica do território. O asfaltamento da BR-364, estabelecendo ligação
terrestre entre Cuiabá e Porto Velho e, por essa via, com o sul do Brasil, na década de 1970, facilitou o
surgimento de aglomerados urbanos ao longo da estrada.

Tal cenário impactou e ainda impacta de forma considerável a dinâmica populacional do estado.
Assim, no presente tópico serão apresentados os principais dados demográficos de cada um dos
municípios de Rondônia, com a análise de indicadores importantes para a compreensão da dinâmica
populacional das diferentes áreas do estado como um todo.

3.2.1.1 Crescimento Populacional e Densidade Demográfica

Considerando o total populacional, Rondônia vivenciou uma explosão demográfica entre o


início da década de 1970 e meados da década de 1990, com taxas de crescimento anual em torno de
7,9%. A título de comparação, para o mesmo período, no Brasil era verificada uma taxa de crescimento
de 1,97% ao ano e, na região Norte, 3,9% ao ano (IBGE, 2016).

Em números absolutos, a população estadual passou de 116.620 habitantes no início da década


de 1970 para 503.125 em 1980, um aumento expressivo de 331%. Em 1990, foram contabilizados
1.130.874 habitantes em Rondônia, o que representou um incremento de 124% em apenas uma década.
Entretanto, findos os estímulos governamentais para a ocupação de seu território, observou-se uma
tendência de acomodação; entre 1991 e 1996, o crescimento da população foi de apenas pouco mais de
8%. A TABELA 3.1 apresenta esses dados.

TABELA 3.1 - POPULAÇÃO NO ESTADO DE RONDÔNIA, 1970 A 2016

População Total em Rondônia


1950 1960 1970 1980 1991 2000 2010 2016*
36.935 70.783 116.620 503.125 1.130.874 1.3777.792 1.562.409 1.787.279
*Estimativa populacional.
Fonte: IBGE (2016).

Em 1996, estimava-se uma densidade demográfica da ordem de 5,62 hab./km2 em Rondônia,


resultado que refletia o acentuado crescimento urbano que ocorreu no estado entre 1980 e 1990. Nesse
período foi observado um aumento de pouco mais de 10% nos centros urbanos, taxa superior à nacional
(3%) e também à visualizada na região Norte como um todo (3%) (PNUD, 1996). Em 2010, a densidade
demográfica de Rondônia era de 6,58 hab./km2, o que revela que passado o período de revolução
demográfica, a expansão urbana também se acomodou.

24
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

A população estimada para o ano de 2016 era de 1.787.279 habitantes, predominantemente


urbanos. Isso mostra que nos últimos seis anos, desde a realização do último censo demográfico, houve
um crescimento de pouco mais de 14% apenas, índice muito inferior ao verificado nos primeiros anos
da série analisada, tal como mencionado anteriormente.

Em termos municipais, Rondônia, estado composto por 52 municípios, apresenta dados


demográficos bastante distintos em seu território. Os municípios situados ao longo da BR-364, que
compõem o eixo de importância econômica do estado, são mais populosos e urbanizados, enquanto
municípios localizados nas extremidades do estado, ou relativamente afastados do eixo da BR-364, são
menores e mais estáticos em termos demográficos.

Tal como o estado, a dinâmica populacional de grande parte dos municípios também apresentou
fases de ampla expansão, mas, atualmente, o que se observa é uma tendência de estabilização e, em
muitos casos, até de decréscimo acentuado do número de habitantes. A TABELA 3.2 apresenta a
evolução populacional nos municípios de Rondônia, bem como os dados sobre as densidades
demográficas.

TABELA 3.2 - EVOLUÇÃO POPULACIONAL NOS MUNICÍPIOS DE RONDÔNIA, 1991 A 2016, VARIAÇÃO PERCENTUAL
NO PERÍODO E DADOS DE DENSIDADE DEMOGRÁFICA. VALORES ESTADUAIS E NACIONAIS, DO MESMO PERÍODO,
A TÍTULO DE COMPARAÇÃO

Var. % Dens. demog.


População Total
Município 1991- (hab./km2)
2016
1991 1996 2000 2007 2010 2016* 2010
Alta Floresta
31.980 33.292 26.533 23.857 24.392 25.506 -20,24 3,45
d'Oeste
Alto Alegre dos
- - 12.708 11.615 12.816 13.993 10,11 3,24
Parecis
Alto Paraíso - 10.641 13.118 16.758 17.135 20.569 93,30 6,46
Alvorada d'Oeste 21.045 19.570 19.832 16.485 16.853 16.902 -19,69 5,56
Ariquemes 83.684 68.137 74.503 82.388 90.353 105.896 26,54 20,41
buritis - - 25.668 33.072 32.383 38.450 49,80 9,92
Cabixi 8.174 8.228 7.518 6.575 6.313 6.289 -23,06 4,8
Cacaulândia - 5.107 5.372 5.553 5.736 6.414 25,59 2,92
Cacoal 78.934 72.778 73.568 76.155 78.574 87.877 11,33 20,72
Campo Novo de
- 15.248 11.463 12.455 12.665 14.354 -5,86 3,68
Rondônia
Candeias do
- 10.594 13.107 16.736 19.779 24.719 133,33 2,89
Jamari
Castanheiras - 4.182 4.212 3.624 3.575 3.583 -14,32 4,0
Cerejeiras 21.608 20.970 18.207 16.290 17.029 17.959 -16,89 6,12
Chupinguaia - - 5.521 7.456 8.301 10.364 87,72 1,62
Colorado do Oeste 38.993 24.864 21.892 17.644 18.591 18.639 -52,20 12,81
Corumbiara - 11.275 10.459 9.476 8.783 8.749 -4,35 2,87
Costa Marques 10.376 13.548 10.208 13.664 13.678 17.031 64,14 2,74
Cujubim - - 6.536 13.857 15.854 21.720 232,31 4,1
Espigão d'Oeste 23.156 24.018 25.688 28.729 28.729 32.712 41,27 6,36
Governador Jorge
- 9.770 13.641 11.432 10.512 9.933 1,67 2,07
Teixeira
Guajará-Mirim 32.583 36.102 38.045 39.451 41.656 47.048 44,39 1,68
Itapuã do Oeste - 5.254 6.822 7.905 8.566 10.155 93,28 2,1
Jaru 63.535 47.981 53.600 52.453 52.005 55.806 -12,16 17,66

25
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Var. % Dens. demog.


População Total
Município 1991- (hab./km2)
2016
1991 1996 2000 2007 2010 2016* 2010
Ji-Paraná 97.799 94.705 106.800 107.679 116.610 131.560 34,52 16,91
Machadinho
16.756 27.642 22.739 31.475 31.135 37.899 126,18 3,66
d'Oeste
Ministro
- 10.673 11.342 10.343 10.352 10.786 1,06 12,97
Andreazza
Mirante da Serra - 12.585 13.154 12.086 11.878 12.308 -2,20 9,97
Monte Negro - 8.640 12.627 12.357 14.091 16.032 85,56 7,3
Nova Brasilândia
15.798 15.377 17.067 17.170 19.874 21.670 37,17 17,2
d'Oeste
Nova Mamoré 7.248 13.446 14.778 21.162 22.546 28.255 289,83 2,24
Nova União - - 8.233 7.750 7.493 7.796 -5,31 9,28
Novo Horizonte
- 11.046 12.276 9.648 10.240 10.161 -8,01 12,14
do Oeste
Ouro Preto do
83.857 52.095 40.884 36.040 37.928 39.840 -52,49 19,25
Oeste
Parecis - - 3.622 4.583 4.810 5.802 60,19 1,89
Pimenta Bueno 48.759 47.900 31.752 32.893 33.822 37.786 -22,5 5,42
Pimenteiras do
- - 2.527 2.358 2.315 2.417 1,67 0,38
Oeste
Porto Velho 287.534 292.399 334.661 369.345 428.527 511.219 77,79 12,57
Presidente Médici 30.064 27.491 26.365 22.197 22.319 22.337 -25,70 12,69
Primavera de
- - 4.311 3.704 3.524 3.456 -19,83 5,82
Rondônia
Rio Crespo - 5.773 2.937 3.174 3.316 3.790 -34,35 1,93
Rolim de Moura 59.751 43.783 47.382 48.894 50.648 56.664 -5,17 34,74
Santa Luzia
12.328 11.223 11.603 9.264 8.886 8.362 -32,17 7,42
d'Oeste
São Felipe d'Oeste - - 7.056 6.286 6.018 6.048 -14,29 11,11
São Francisco do
- - 11.085 15.710 16.035 19.353 74,59 1,46
Guaporé
São Miguel do
19.458 18.840 23.874 22.622 21.828 24.059 23,65 2,73
Guaporé
Seringueiras - 8.676 11.655 11.757 11.629 24.059 177,31 3,08
Teixeirópolis - - 5.618 4.919 4.888 4.966 -11,61 10,63
Theobroma - 8.100 11.140 9.952 10.649 11.348 40,10 4,85
Urupá - 14.126 14.880 13.381 12.974 11.348 -19,67 15,6
Vale do Anari - - 7.737 8.751 9.384 10.999 42,16 2,99
Vale do Paraíso - 9.229 9.863 8.742 8.210 8.138 -11,82 8,5
Vilhena 39.263 44.394 53.598 66.746 76.202 93.745 138,76 6,62
Rondônia 1.130.874 1.229.306 1.377.792 1.453.756 1.562.409 1.787.279 58,04 6,58
Brasil 146.917.459 157.079.573 169.590.693 183.987.291 190.755.799 206.081.432 40,27 22,43
Fonte: IBGE (2016).

Iniciando a análise dos dados apresentados pela configuração estadual, tem-se um crescimento
percentual do número de moradores no estado superior à média brasileira no mesmo período. Enquanto
o número de habitantes no Brasil cresceu 40,27% entre 1991 e 2016, em Rondônia, esse índice foi de
58,04%. Entretanto, mesmo considerando a expansão demográfica das décadas anteriores e esse ritmo
de crescimento mais acelerado que o nacional, o número de habitantes de Rondônia representa apenas
0,86% de toda a população brasileira. No contexto nacional, apenas os estados do Acre, Amapá, Roraima
e Tocantins são menos populosos do que Rondônia.

26
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

O MAPA 1 em anexo apresenta a distribuição da população nos municípios de Rondônia de


acordo com classes de totais de habitantes.

Apenas sete municípios de Rondônia possuem mais de 50 mil habitantes, são eles: Porto Velho,
Ariquemes, Jaru, Ji-Paraná, Cacoal, Rolim de Moura e Vilhena. Destes, apenas Rolim de Moura não se
encontra no eixo da BR-364. Guajará-Mirim, pela estimativa realizada pelo IBGE em 2016, encontra-
se muito próximo de incorporar essa lista, com 47.048 habitantes.

Dos municípios mencionados acima, Vilhena apresentou o maior crescimento populacional no


período, quase 140% de incremento em seu número de habitantes, que contabilizava 93.745 em 2016.
Já Rolim de Moura e Jaru observaram decréscimos importantes em sua população, 5% e 12%,
respectivamente, ficando, ambos, com um total de, aproximadamente, 55 mil habitantes em 2016.

Ji-Paraná, segundo município em termos de população em Rondônia, com 131.560 moradores,


teve pequenos acréscimos durante os anos contabilizados e alcançou um aumento percentual de 34,54%
no total. Já Ariquemes, terceiro em termos populacionais, possuía, em 2016, pouco mais de 105 mil
habitantes, com um aumento de 26,56% em seus moradores no período.

A capital do estado, Porto Velho, com 511.219 moradores, segundo estimado pelo IBGE em
2016, representa quase 30% do total populacional de Rondônia. Esse município, o mais antigo do estado,
fundado em 1914, teve um aumento de quase 78% no número de habitantes entre 1991 e 2016. Por outro
lado, o município menos populoso de Rondônia é um dos de fundação mais recente, Pimenteiras do
Oeste, desmembrado de Cerejeiras em 1995, tem apenas 2.417 moradores, o que representa menos de
0,15% do total de habitantes do estado. Este último município, entre 2000 e 2016, teve um aumento de
menos de 2% em seu total de moradores.

Chama atenção o fato de que, dos 52 municípios, 23 apresentaram decréscimos populacionais


no período. Entre estes, os que tiveram sua população mais reduzida, entre 1991 e 2016, foram: Colorado
do Oeste, Ouro Preto do Oeste, Rio Crespo e Santa Luzia d’Oeste; as reduções foram da ordem de 30%,
nos dois últimos, e 50%, nos dois primeiros. Ressalta-se que esses municípios não são próximos e não
há motivos semelhantes para esses decréscimos. O caso mais peculiar, entre eles, é o de Ouro Preto do
Oeste, situado no eixo da BR-364 entre Jaru e Ji-Paraná. O município de economia baseada na
agropecuária, faz parte de uma área conhecida como a Bacia Leiteira, já tendo produzido 230 mil litros
de leite por dia, porém, em anos recentes, a produção tem diminuído de maneira notável e o número de
litros caiu pela metade, reflexo, em grande parte de um êxodo da população rural desse município.

A tendência a decréscimos populacionais é mais evidente em municípios de pequeno porte.


Nota-se, analisando as informações dispostas na TABELA 3.2, que grande parte das unidades
municipais com menos de 15 mil habitantes observaram a saída de percentuais consideráveis, dados
seus totais, de moradores de seu território no período. Isso reflete e impacta diretamente nas densidades
demográficas locais, índice a ser analisado na sequência.
27
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

A densidade demográfica do estado como um todo é bastante inferior à média nacional.


Enquanto, em 2010, havia 22,43 habitantes por km2 no Brasil, em Rondônia esse índice era de, apenas,
6,58. Contribui para essa baixa densidade o número percentual de áreas sob regime de Unidades de
Conservação e, também, as dezenas de Terras Indígenas que podem ser encontradas no território
rondoniense. Essas porções territoriais são, tradicionalmente, marcadas por um baixo número de
ocupantes, de modo a viabilizar seus objetivos de proteção dos ecossistemas e da cultura indígena e
exploração sustentável dos recursos naturais.

Comparando-se, porém, as taxas de densidade demográfica observadas no restante do norte do


Brasil, Rondônia é o estado com mais habitantes por km2. Parte disso decorre do intenso processo de
ocupação incentivado pelo Governo Federal nas décadas de 1950 a 1970, assim como da abertura da
BR-364. Desse modo, a população de Rondônia apresenta características peculiares por ter sido
composta a partir de intensos fluxos migratórios.

O Censo realizado em 1991 mostrava que 62% da população de Rondônia era não-natural do
estado; o percentual, em 2000, diminuiu muito pouco, passando a 52%. Em 2010, os residentes naturais
de outras regiões brasileiras somavam 38%. Tais percentuais refletem diretamente na composição da
pirâmide etária estadual. A população natural é extremamente jovem, 79% dela possuem menos de 20
anos de idade; já entre os não-naturais, o percentual de menores de 20 anos é de apenas 16%. Isso pode
ser explicado, em parte, pelo fato de que a migração que ocorreu no estado era, majoritariamente, de
grupos familiares com altos níveis de fecundidade, o que, por sua vez, contribui indiretamente com o
crescimento vegetativo dos naturais, com os nascimentos oriundos dos imigrantes após terem realizado
o movimento (IBGE, 2000).

Em relação aos municípios, 23 dos 52 possuem densidade demográfica superior à do estado.


Entretanto, a maior parte das unidades municipais apresentam taxas bem inferiores à estadual. Cinco
deles tem índice inferior a 2 habitantes por km2: Chupinguaia, Guajará-Mirim, Parecis, Pimenteiras do
Oeste e São Francisco do Guaporé. Com exceção de Guajará-Mirim e São Francisco do Guaporé, os
demais são municípios com um pequeno número de habitantes.

Notório é o caso de Guajará-Mirim, onde mais de 90% da área do município são de Unidades
de Conservação e Terras Indígenas. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (MMA, 2017), ali
são encontradas as UCs Parque Estadual de Guajará-Mirim, Parque Nacional da Serra da Cutia, Parque
Nacional de Pacaás Novos, Reserva Biológica Rio Ouro Preto, Reserva Biológica Traçadal, Reserva
Extrativista do Rio Cautário, Reserva Extrativista Barreiro das Antas, Reserva Extrativista Rio Ouro
Preto e Reserva Extrativista Rio Pacaás Novos. Além destas, no município estão parte das TIs Igarapé-
Laje, Pacaás Novas, Rio Cautário, Rio Guaporé, Rio Negro Ocaia, Sagarana e Uru-Eu-Wau-Wau. Todo
esse território sob proteção, tradicionalmente pouco povoado como mencionado anteriormente, explica
a baixa densidade demográfica municipal.

28
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Apenas Ariquemes, Cacoal e Rolim de Moura têm densidade demográfica superior a 20


habitantes por km2, com taxas de 20.41, 20.72 e 34.74, respectivamente. Outros 12 municípios
apresentam densidade demográfica variando entre 10 e 20 habitantes por km2, incluindo-se entre eles a
capital do estado, Porto Velho. Os demais 37 municípios apresentam índices inferiores a 10 habitantes
por km2.

3.2.1.2 Urbanização

A noção de urbanização abrange tanto o fenômeno demográfico em si – concentração


populacional em espaços urbanos, como o processo de requalificação em cidades de núcleos,
anteriormente considerados rurais, em vistas das alterações no modo de vida da população. Usualmente,
o processo de urbanização ocorre a partir da migração de pessoas que residem em áreas rurais para zonas
urbanas, as quais buscam melhores condições de vida, com mais acesso a serviços públicos e
oportunidades de ocupação.

Teoricamente, um núcleo para ser considerado urbanizado deve contar com oferta de serviços
de eletricidade, coleta de lixo e tratamento de esgoto. Entretanto, segundo pesquisas do IBGE (2010),
em Rondônia, em 2008, apenas em cinco municípios podia ser encontrada rede de esgotamento sanitário
– Alvorada D’Oeste, Cacoal, Guajará-Mirim, Ji-Paraná e Porto Velho –, cobrindo apenas 3,5% do total
dos resíduos sólidos gerados no estado. Além disso, mais de 70% dos domicílios, no estado, não eram
atendidos plenamente pela rede geral de abastecimento de água. De acordo com a SAHOP (1978), taxa
de urbanização é o "indicador que mede o crescimento percentual da população que vive em núcleos
urbanos, em relação à população total considerado em períodos determinados, geralmente anuais,
deduzido dos períodos intercensuais que se consideram a cada dez anos", porém, observando as
características de oferta de serviços acima mencionadas, tem-se que uma alta taxa de urbanização não
indica, efetivamente, um alto nível de desenvolvimento, considerando a precária oferta de infraestrutura.

Em Rondônia, a taxa de urbanização é da ordem de 70%, o que significa que somente 30% da
população no estado vive em áreas rurais. À primeira vista esse índice pode parecer contraditório com
as demais informações apresentadas, porém, há que se considerar o grande número de pequenos núcleos
urbanos em meio a amplas áreas rurais e sob proteção, os quais atuam como vetores de atração para a
população. A título de ilustração dessa informação, apresenta-se, a seguir, a FIGURA 3.1, com as
manchas urbanas detectáveis em Rondônia.

29
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

FIGURA 3.1 - MANCHAS URBANAS IDENTIFICÁVEIS NO ESTADO DE RONDÔNIA


Fonte: Adaptado de IBGE (2015).
Na sequência será analisada a distribuição da população entre áreas rurais e urbanas, utilizando
como indicador o número de domicílios contabilizados em cada uma delas. A taxa de urbanização do
estado, 73,5% servirá como parâmetro para a análise das taxas municipais.

A TABELA 3.3 apresenta os dados relativos ao número de domicílios, totais, rurais e urbanos,
bem como as taxas de urbanização municipais e estaduais.

TABELA 3.3 - TAXA DE URBANIZAÇÃO E CONTAGEM DE DOMICÍLIOS TOTAIS, RURAIS E URBANOS, MUNICÍPIOS E
ESTADO DE RONDÔNIA, 2010

Taxa de Domicílios urbanos Domicílios rurais


Total de
Município urbanização
% em relação % em relação domicílios
(%) Quant. Quant.
ao total ao total
Alta Floresta d'Oeste 57,3 4.306 59% 3.030 41% 7.336
Alto Alegre dos Parecis 28,5 1.099 30% 2.614 70% 3.713
Alto Paraíso 47,9 2.434 48% 2.649 52% 5.083
Alvorada d'Oeste 52,4 2.702 53% 2.356 47% 5.058
Ariquemes 84,7 22.975 74% 4.265 16% 27.240
Buritis 56 5.458 57% 4.071 43% 9.529
Cabixi 42,7 887 45% 1.092 55% 1.979
Cacaulândia 36,1 621 37% 1.076 63% 1.697
Cacoal 78,8 19.412 80% 4.833 20% 24.245
Campo Novo de Rondônia 26,6 1.009 28% 2.642 72% 3.651
Candeias do Jamari 65,2 3.551 62% 2.160 38% 5.711
Castanheiras 23,4 273 24% 846 76% 1.119
Cerejeiras 84,7 4.561 85% 803 15% 5.364
Chupinguaia 44,1 1.070 44% 1.351 56% 2.421
Colorado do Oeste 73,5 4.441 74% 1.522 26% 5.963

30
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Taxa de Domicílios urbanos Domicílios rurais


Total de
Município urbanização
% em relação % em relação domicílios
(%) Quant. Quant.
ao total ao total
Corumbiara 29,5 834 32% 1.821 68% 2.655
Costa Marques 54,8 1.980 53% 1.738 47% 3.718
Cujubim 69,7 3.198 69% 1.420 31% 4.618
Espigão d'Oeste 71,7 6.342 73% 2.373 27% 8.715
Governador Jorge Teixeira 22,5 751 25% 2.264 75% 3.015
Guajará-Mirim 84,5 9.550 89% 1.218 11% 10.768
Itapuã do Oeste 61 1.562 61% 999 39% 2.561
Jaru 67,5 10.963 69% 4.979 31% 15.942
Ji-Paraná 89,9 32.274 91% 3.374 9% 35.648
Machadinho d'Oeste 51,9 4.927 54% 4.261 46% 9.188
Ministro Andreazza 29,7 916 31% 2.012 69% 2.928
Mirante da Serra 54,3 1.957 56% 1.558 44% 3.515
Monte Negro 52,4 2.187 53% 1.911 47% 4.098
Nova Brasilândia d'Oeste 42,2 2.615 44% 3.334 56% 5.949
Nova Mamoré 58 3.796 59% 2.647 41% 6.443
Nova União 20,6 483 23% 1.620 77% 2.103
Novo Horizonte do Oeste 16,9 529 18% 2.467 82% 2.996
Ouro Preto do Oeste 74,3 8.823 76% 2.850 24% 11.673
Parecis 36,9 531 38% 872 62% 1.403
Pimenta Bueno 87 8.758 87% 1.318 13% 10.076
Pimenteiras do Oeste 55,8 380 54% 330 46% 710
Porto Velho 91,2 108.165 92% 8.967 8% 117.132
Presidente Médici 59,6 4.169 61% 2.702 39% 6.871
Primavera de Rondônia 36,4 410 38% 675 62% 1.085
Rio Crespo 32,1 321 32% 678 68% 999
Rolim de Moura 81,8 13.005 82% 2.831 18% 15.836
Santa Luzia d'Oeste 50,9 1.471 53% 1.285 47% 2.756
São Felipe d'Oeste 24 456 25% 1.360 75% 1.816
São Francisco do Guaporé 51,3 2.550 54% 2.190 46% 4.740
São Miguel do Guaporé 38,8 2.571 40% 3.845 60% 6.416
Seringueiras 37,8 1.314 39% 2.090 61% 3.404
Teixeirópolis 35,1 551 37% 932 63% 1.483
Theobroma 18,6 633 20% 2.522 80% 3.155
Urupá 39,6 1.646 42% 2.288 58% 3.934
Vale do Anari 34 1.009 36% 1.801 64% 2.810
Vale do Paraíso 27,7 716 29% 1.725 71% 2.441
Vilhena 47,9 22.364 95% 1.129 5% 23.614
RONDÔNIA 73,5 339.947 74% 118.484 26% 458.431
Fonte: IBGE (2010).

A taxa de urbanização observada em nível nacional, em 2010, era de 84,36%;


comparativamente, Rondônia não apresenta uma realidade tão distante da visualizada no Brasil como
um todo. Quase 75% do total de domicílios do estado estão concentrados em áreas urbanas, índice
também muito próximo do brasileiro. Entretanto, há que se considerar as realidades dispares observadas
no interior de Rondônia, enquanto alguns municípios, como Vilhena, chegam a ter 95% dos seus
domicílios em zonas urbanizadas, outros, Novo Horizonte do Oeste, tem mais de 80% de seus domicílios
em núcleos rurais.

Analisando, primeiramente, as taxas de urbanização, observa-se que apenas 10 dos 52


municípios apresentam uma taxa superior à estadual. Ariquemes, Cacoal, Cerejeiras, Colorado do Oeste,
Guajará-Mirim, Ji-Paraná, Ouro Preto do Oeste, Pimenta Bueno, Porto Velho e Rolim de Moura tem
31
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

taxas de urbanização variando de 73,5% a 91,2%. O maior índice pertence à capital do estado, que conta
com um nível de urbanização superior ao nacional, inclusive. Nesse aspecto, dá-se destaque, também, a
Ji-Paraná, que apresenta uma taxa de 89,9%. Todos esses municípios apresentam pelo menos 75% do
total de domicílios localizados em áreas urbanas.

No outro lado do espectro, são oito os municípios que não chegam a 30% de taxa de urbanização.
Alto Alegre dos Parecis, Campo Novo de Rondônia, Castanheiras, Governador Jorge Teixeira, Nova
União, Novo Horizonte do Oeste, Theobroma e Vale do Paraíso não só não alcançam esse percentual,
como também possuem mais de 70% de seus domicílios localizados em área rural. O MAPA 2 em anexo
apresenta a distribuição das populações municipais em áreas urbanas e rurais.

Tal como ocorre no restante do país, observa-se um êxodo rural intenso em Rondônia. A
população que reside em zonas rurais é uma população com grande tempo de permanência nessas áreas
e a pirâmide etária encontra-se cada vez mais invertida, com poucos jovens e muitos idosos. O cenário
já chama a atenção de estudiosos e governantes, que têm investido em ações e programas de educação
e agroeconomia para minimizar essa saída de habitantes do meio rural.

3.2.1.3 Indicadores Demográficos

Neste tópico serão apresentadas as informações sobre alguns indicadores demográficos


considerados de interesse. A análise será centrada nas taxas de natalidade, mortalidade e mortalidade
infantil, bem como no índice de idosos, permitindo a projeção de cenários de progressão, estagnação ou
regressão do contingente populacional do estado e dos principais municípios.

A taxa de natalidade é a proporção de nascimentos que ocorre em uma determinada área num
certo período de tempo; essa taxa reflete o número de nascimentos por cada mil habitantes no ano. O
dado é de fácil interpretação, porém, não é valido para comparação de unidades que apresentem
realidades demográficas muito díspares. O indicador, no entanto, é relevante para o cálculo do
crescimento populacional, uma vez que taxas de natalidade baixas e número de idosos alto apontam para
déficit da força produtiva a curto e médio prazo.

A taxa de mortalidade é o indicador que contempla o número de óbitos totais por cada mil
habitantes num determinado período de tempo. Inversamente vinculada à esperança de vida, é
considerada alta quando excede os 30%, moderada quando se situa entre 15% e 30% e baixa quando
menor do que 15%. Existem vários fatores que podem influenciar a taxa de mortalidade, entre eles a
condição física de cada habitante, fenômenos climatológicos, subnutrição, doenças, entre outros; assim,
esse índice pode ser considerado pouco significativo em comparação, uma vez que não contempla a
pirâmide etária e/ou a estrutura socioeconômica causadora dos óbitos. Por esse motivo, somente serão
apresentadas as informações relativas a essa taxa para os municípios, optando-se por focar a análise na
taxa de mortalidade infantil.

32
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

A taxa de mortalidade infantil consiste na proporção de crianças que morrem no primeiro ano
de vida, por cada mil crianças nascidas vivas, durante o período de um ano em uma determinada região.
A partir desse índice é possível comparar condições sanitárias e socioeconômicas de distintas
localidades. Esse dado é um indicador da qualidade dos serviços de saúde, saneamento básico e
educação, uma vez que entre as principais causas da mortalidade infantil estão a falta de assistência e
de instrução às gestantes, ausência de acompanhamento médico, deficiência na assistência hospitalar,
desnutrição, déficit nos serviços de saneamento ambiental, entre outros. A título de comparação, o índice
considerado aceitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 10 mortes para cada mil
nascimentos.

Por fim, o índice de envelhecimento é definido como a proporção entre o número de pessoas de
60 anos ou mais de idade para cada 100 pessoas com menos de 15 anos, em determinado espaço
geográfico, no ano considerado. Quando o aumento do grupo jovem é maior do que o do idoso, tem-se
um rejuvenescimento da população, o contrário indica a tendência ao envelhecimento. Com esse
indicador, razão entre a população idosa e a população jovem, é possível avaliar o processo de ampliação
do segmento idoso na população total e, assim, observar o ritmo de envelhecimento da população
comparativamente.

A TABELA 3.4 apresenta os indicadores supracitados para os municípios de Rondônia, bem


como os dados estaduais e nacionais, a título de comparação.

TABELA 3.4 - TAXAS DE NATALIDADE, MORTALIDADE E MORTALIDADE INFANTIL E ÍNDICE DE


ENVELHECIMENTO PARA OS MUNICÍPIOS DE RONDÔNIA, PARA O ESTADO E PARA O BRASIL
Taxa de natalidade Taxa de mortalidade Taxa de mortalidade Índice de
(%) (%) infantil (%) envelhecimento (%)
Município
2009 2014 2010
Alta Floresta d'Oeste 15,97 4,60 8,80 22,21
Alto Alegre dos Parecis 17,01 3,79 29,07 16,55
Alto Paraíso 16,51 4,50 23,62 16,51
Alvorada d'Oeste 13,37 4,09 5,43 22,97
Ariquemes 19,87 5,21 14,57 15,89
Buritis 19,97 3,57 19,35 12,58
Cabixi 16,43 4,92 26,67 26,84
Cacaulândia 14,47 2,96 - 20,42
Cacoal 16,75 4,32 17,60 22,43
Campo Novo de Rondônia 15,09 3,56 11,05 11,49
Candeias do Jamari 19,15 4,16 33,78 12,64
Castanheiras 9,23 4,07 21,74 27,84
Cerejeiras 13,05 5,05 20,08 26,35
Chupinguaia 13,52 4,34 6,33 11,40
Colorado do Oeste 15,32 4,99 10,99 31,43
Corumbiara 12,60 2,79 24,00 21,88
Costa Marques 17,43 3,67 18,73 11,38
Cujubim 13,63 3,36 16,67 8,59
Espigão d'Oeste 18,31 4,60 22,22 19,46
Governador Jorge Teixeira 13,63 1,98 16,13 20,24
Guajará-Mirim 21,88 4,05 19,57 15,55
Itapuã do Oeste 14,21 3,40 20,62 15,35
Jaru 17,39 3,82 10,38 21,15

33
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Taxa de natalidade Taxa de mortalidade Taxa de mortalidade Índice de


(%) (%) infantil (%) envelhecimento (%)
Município
2009 2014 2010
Ji-Paraná 14,61 6,12 12,77 19,80
Machadinho d'Oeste 18,55 4,34 9,86 13,97
Ministro Andreazza 12,96 2,18 37,38 20,61
Mirante da Serra 19,25 5,42 7,30 23,91
Monte Negro 18,73 4,72 4,90 18,18
Nova Brasilândia d'Oeste 14,52 3,79 15,75 20,82
Nova Mamoré 17,14 3,71 9,41 11,80
Nova União 12,33 2,52 9,09 19,33
Novo Horizonte do Oeste 11,83 2,98 32,26 25,30
Ouro Preto do Oeste 18,05 5,53 5,26 23,66
Parecis 16,66 1,46 20,41 14,89
Pimenta Bueno 17,60 4,09 23,45 19,48
Pimenteiras do Oeste 18,63 2,90 27,03 16,74
Porto Velho 19,98 4,99 13,36 13,29
Presidente Médici 11,72 5,02 6,92 28,90
Primavera de Rondônia 13,28 3,98 - 25,21
Rio Crespo 14,29 2,43 - 22,49
Rolim de Moura 16,08 4,81 11,62 22,05
Santa Luzia d'Oeste 12,30 3,21 19,42 28,13
São Felipe d'Oeste 12,79 3,74 16,95 28,44
São Francisco do Guaporé 4,67 1,94 16,23 12,79
São Miguel do Guaporé 16,38 3,49 11,02 16,09
Seringueiras 14,69 3,38 23,53 15,61
Teixeirópolis 10,37 1,80 14,49 29,72
Theobroma 15,10 3,87 16,00 19,44
Urupá 11,05 3,81 16,39 22,00
Vale do Anari 11,31 3,08 - 18,22
Vale do Paraíso 10,88 3,48 11,11 21,80
Vilhena 16,51 4,50 13,40 16,51
Rondônia 18,40 5,15 17,33 17,33
Brasil 15,77 6,27 14,40 44,80
Fonte: IBGE Cidades (2017); SEPLAN-RO (2016).

Comparando a realidade do estado de Rondônia com a nacional, percebe-se uma disparidade


bem grande. Enquanto no estado tem-se uma taxa de natalidade mais elevada do que o índice de
envelhecimento, o país apresenta uma situação altamente inversa. Isso significa que Rondônia possui
um percentual de idosos inferior ao de jovens, o que caracteriza a maior parte das unidades geográficas
mais novas, onde a força produtiva tem formação recente e constante renovação. Por outro lado, o país
como um todo enfrenta um processo de envelhecimento que não é acompanhado pelo percentual de
nascimentos, o que pode vir a impactar a força produtiva nacional em médio ou longo prazo.

Interessante notar que, entre os municípios da região Norte, a taxa de natalidade em Rondônia
é a mais baixa. A TABELA 3.5 apresenta alguns indicadores para os estados que compõem a região, a
título de comparação.

34
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

TABELA 3.5 - TAXA DE FECUNDIDADE TOTAL, TAXA BRUTA DE NATALIDADE, TAXA BRUTA DE MORTALIDADE,
TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL E ESPERANÇA DE VIDA AO NASCER, POR SEXO - BRASIL, REGIÃO NORTE E
RONDÔNIA, 2009
Taxa bruta Esperança de vida ao nascer
Taxa de Taxa bruta de Taxa de
Abrangência de
fecundidade mortalidade mortalidade
geográfica natalidade Total Homens Mulheres
total (%) (%) infantil (%)
(%)
Brasil 1,94 15,77 6,27 22,50 73,19 69,40 77,00
Norte 2,51 20,01 4,86 23,50 72,20 69,30 75,10
Rondônia 2,32 18,40 5,15 22,40 71,89 69,10 74,70
Acre 2,96 23,94 4,98 28,90 72,00 69,40 74,70
Amazonas 2,38 20,16 4,45 24,30 72,10 69,20 75,40
Roraima 2,20 28,78 4,84 18,10 70,60 68,10 73,20
Pará 2,51 18,88 4,86 13,00 72,50 69,60 75,50
Amapá 2,87 27,96 4,77 22,50 71,00 67,20 75,00
Tocantins 2,60 18,45 5,49 25,60 71,90 69,60 74,20
Fonte: CEPED-UFSC (2011).

A Taxa de Fecundidade em Rondônia fica bem acima da média nacional, porém é a segunda
mais baixa da região Norte, ficando à frente, apenas, do estado de Roraima. Em relação à Taxa Bruta de
Natalidade, apesar de Rondônia apresentar índice bastante superior ao brasileiro, é a menor para toda a
região Norte.

A Taxa Bruta de Mortalidade, por outro lado, é mais alta do que a média da região e uma das
maiores entre os estados, ficando atrás apenas de Tocantins. Considerando a Taxa de Mortalidade
Específica (TME), as principais causas de óbitos em Rondônia, em 2010, estavam ligadas a acidentes
de trânsito; o estado, inclusive, liderava, à época, o número de mortes por acidentes de transporte na
região Norte, com uma TME de 39,4% para esse tipo de óbito. O número de homicídios também era
elevado, representando 34,9% do total de óbitos; em relação aos demais estados da região Norte,
Rondônia era, em 2010, o segundo mais proeminente em relação à esta causa de morte, ficando atrás
apenas do Amapá (38,8%) (DATASUS, 2017).

A Taxa de Mortalidade Infantil, apresentava-se, em 2009, inferior à brasileira; entretanto,


conforme observado na Tabela 5, em 2014, a realidade era distinta, com um índice em Rondônia bastante
superior à média nacional. Em comparação com os demais estados da região, Rondônia fica numa
posição intermediária.

A análise dos indicadores municipais mostra algumas realidades interessantes, as quais devem
ser ressaltadas para a compreensão de um cenário geral em que há grandes disparidades entre os
municípios, ao mesmo tempo em que semelhanças importantes podem ser consideradas.

Os grandes municípios localizados no eixo da BR-3642 apresentam algumas das maiores taxas
de natalidade do estado; em Ariquemes, Candeias do Jamari e Porto Velho, inclusive, são observadas
taxas maiores do que a média estadual. Por outro lado, as taxas de mortalidade desses municípios, que
acompanham a rodovia, também estão entre as mais altas do estado, com destaque para Ji-Paraná que

2 Consideradosaqui, com base na população total, como Ariquemes, Cacoal, Candeias do Jamari, Jaru, Ji-Paraná, Ouro Preto
do Oeste, Pimenta Bueno, Porto Velho e Vilhena.
35
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

apresenta o maior índice de Rondônia, 6,12%. As taxas de mortalidade infantil, por sua vez, são
inferiores à taxa estadual, excetuando-se Candeias do Jamari – que apresenta o maior índice no estado
de Rondônia, 33,78% – e Pimenta Bueno, com 23,45%. O menor índice de mortalidade infantil é
encontrado também nesse eixo de BR, Ouro Preto do Oeste apresentava, em 2014, uma taxa de apenas
5,26%, considerando uma população de quase 40 mil habitantes, isso indica acertos nas políticas
públicas de saúde e saneamento.

Por fim, considerando o indicador de envelhecimento populacional para os principais


municípios do eixo da BR-364, há uma divisão bastante equilibrada: dos nove municípios considerados,
cinco apresentam média acima da estadual – Cacoal (22,43%), Jaru (21,15%), Ji-Paraná (19,80), Ouro
Preto do Oeste (23,66%) e Pimenta Bueno (19,48%) – e os demais, Ariquemes (15,89%), Candeias do
Jamari (12, 64%), Porto Velho (13,29%) e Vilhena (16,51%), estão abaixo do observado para Rondônia
em relação ao índice de envelhecimento da população. Considerando os dados nacionais, entretanto,
observa-se que todos estão quase 50% abaixo da média brasileira, indicando a presença de um grande
contingente de jovens em percentuais comparativos com os idosos.

Os municípios localizados na extremidade oeste do estado3, região fronteiriça com a Bolívia,


também apresentam semelhanças importantes ao passo que suas disparidades são ainda mais
interessantes. Embora, em sua maioria, sejam municípios menos densamente povoados, muitos
apresentam altas taxas de natalidade, como é o caso de Costa Marques, Guajará-Mirim e Pimenteiras do
Oeste, que tem médias de natalidade muito próximas ou superiores do que a estadual. Entretanto, ainda
analisando a taxa de natalidade, na mesma região, há o município de São Francisco do Guaporé, que
tem a menor taxa de natalidade do estado, 4,56%. A taxa de mortalidade, em todos eles, é inferior à
verificada no estado de Rondônia. Novamente se destaca São Francisco do Guaporé, que possui uma
das menores taxas de mortalidade em todo o estado, 1,96%.

Dentre os demais municípios, apenas Buritis, Machadinho d’Oeste e Mirante da Serra possuem
taxas de natalidade superiores à estadual, 19,97%, 18,55% e 19,25%, respectivamente. As menores
variáveis, nesse indicador, por sua vez, são encontradas em Castanheiras (9,23%), Teixeirópolis
(10,37%) e Vale do Paraíso (10,88%). Mirante da Serra, município de cerca de 12 mil habitantes,
também apresenta elevada taxa de mortalidade, 5,42%, a terceira maior de Rondônia estado, atrás apenas
de Ji-Paraná e Ouro Preto do Oeste. Já a menor taxa de mortalidade é observada em Parecis, um dos
menores municípios do estado em termos populacionais, com pouco mais de 5 mil habitantes, com
1,46%. Por outro lado, esse mesmo município apresenta uma das maiores taxas de mortalidade infantil,
20,41%.

3 Considerados como municípios de região fronteiriça com a Bolívia: Cerejeiras, Costa Marques, Guajará-Mirim, Pimenteiras
do Oeste e São Francisco do Guaporé.
36
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Em relação à mortalidade infantil, chama atenção a realidade de Novo Horizonte do Oeste, que,
com pouco mais de 10 mil habitantes, apresenta uma taxa de 32,26%, a maior em Rondônia. Os melhores
cenários em relação à esse indicador são os de Monte Negro, que tem a menor taxa no estado, 4,90%, e
Alvorada d’Oeste, 5,43%, ambos com populações totais em torno de 16 mil pessoas.

Por fim, considerando o índice de envelhecimento, Teixeirópolis, pequeno município de menos


de 5 mil habitantes, apresenta o maior percentual de idosos considerando sua relação com o número de
jovens, 29,72%. Outros municípios com proporções consideráveis de idosos, tomando como base a
média estadual, são Presidente Médici, Santa Luzia d’Oeste e São Felipe d’Oeste, com 28,90% 28,13%
e 28,44%, respectivamente. Já o município mais jovem é Cujubim, onde se observa um índice de idosos
de apenas 8,59%; em Cujubim tem havido um crescimento populacional considerável nos últimos anos,
culminando com um total de mais de 21 mil habitantes em 2016, enquanto eram pouco mais de 6 mil
moradores locais em 2000. Campo Novo de Rondônia, 11,49%, Chupinguaia, 11,40%, e Nova Mamoré,
11,80%, são os outros municípios que apresentam menores percentuais de idosos sobre a população
jovem em Rondônia.

3.2.1.4 Tendências de concentração e polarização em Rondônia: as pressões demográficas sobre


as Unidades Hidrográficas de Gestão (UHG)

A análise do presente tópico inicia-se a partir da discussão dos arranjos populacionais e


concentrações urbanas existentes em Rondônia, os quais indicam as tendências de concentração
demográfica. De acordo com o IBGE (2015), o estudo das maiores aglomerações de populações iniciou-
se na década de 1960, quando o fenômeno da urbanização se intensificou e ficou evidente a necessidade
de identificar e delimitar esses recortes, surgidos de cidades de diferentes tamanhos. A partir da
identificação dos arranjos, foram definidas as médias e grandes concentrações urbanas por meio de
cortes populacionais.

Em Rondônia, de acordo com o IBGE (2015), são encontrados dois arranjos populacionais, um
ao norte do estado e outro a oeste, na região de fronteira com a Bolívia. Este segundo é considerado,
inclusive, um arranjo populacional internacional. A TABELA 3.6 expõe os principais dados sobre esses
recortes geográficos.
TABELA 3.6 - ARRANJOS POPULACIONAIS EM RONDÔNIA: MUNICÍPIOS PARTICIPANTES, TOTAL DE HABITANTES,
NÚCLEO E INFORMAÇÕES SOBRE INTEGRAÇÃO E MANCHA URBANA, 2010
Pessoas que
Índice de
trabalham ou
integração do Mancha
estudam em
Arranjo Município População Núcleo município urbanizada
outros
com o contígua
municípios do
arranjo
arranjo
Internacional de Guajará- Guajará-Mirim (RO) 41.656 SIM 0,0
Mirim/Brasil, 0 NÃO
Guayaramerín/Bolívia Guayaramerín (Bolívia) 40.444 NÃO
Porto Velho 428.527 SIM 0,01
Porto Velho 3.398 NÃO
Candeias do Jamari 19.779 NÃO 0,38
Fonte: Adaptado de Arranjos Populacionais e Concentrações Urbanas do Brasil (IBGE, 2015).

37
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

O arranjo internacional de Guajará-Mirim/Guayaramerín é o oitavo maior do Brasil. São 82.100


pessoas que vivem em aglomerações urbanas entre o Brasil e a Bolívia, sendo, destes, 49,3%
estrangeiros. Esse arranjo possui algumas particularidades devido à sua internacionalidade: não há dados
oficiais para o lado boliviano e o índice de integração é considerado 0, uma vez que as ligações entre
países são muito mais formalizadas do que entre municípios ou mesmo estados. Ressalta-se aqui que o
índice de integração mede a intensidade relativa entre as ligações de um par de municípios, denotando
dependência de alguns municípios para trabalho e estudo; ou seja, quanto maior o valor do índice, maior
a dependência do município para com o outro que forma o arranjo.

Já o arranjo populacional de Porto Velho, formado pela capital e pelo município de Candeias do
Jamari, composto por 448.306 pessoas, é um dos maiores a nível nacional. Nesse arranjo, 3.398 pessoas
se deslocam de seu município de origem para estudar e/ou trabalhar no outro. Dado o índice de
integração bem mais elevado em Candeias do Jamari, esse contingente deve ser formado,
primordialmente, por habitantes desse município. A mancha urbanizada é extensa, porém, não é
contígua.

A FIGURA 3.2 apresenta a disposição desses arranjos no mapa estadual.

Observa-se que Ji-Paraná é considerado um município isolado que compõe uma média
aglomeração urbana. Somando a população deste, de 116.610 habitantes, aos moradores dos arranjos
populacionais expostos, 606.572, tem-se que quase 40% da população total de Rondônia encontra-se
concentrada nessas áreas. Isso indica que esses recortes estão submetidos a maiores pressões
demográficas e, portanto, também têm seus recursos hídricos sob maior risco de serem afetados por
intervenções humanas e por pressões populacionais.

Assim, é importante observar a quais Unidades de Hidrográficas de Gestão (UHG) sobrepõem-


se essas áreas. O arranjo populacional de Porto Velho ocupa completamente as seguintes UHGs: Rio
Abunã, Margem Esquerda do Rio Madeira, Médio Rio Madeira e Baixo Rio Madeira; também se
sobrepõe, em parte, às UHGs Baixo Rio Machado, Baixo Rio Jamari, Margem Esquerda do Rio Jamari
e Alto Rio Madeira. Já o arranjo populacional internacional Guajará-Mirim/Guayaramerín ocupa quase
completamente a UHG Rio Mamoré. Por fim, o município isolado Ji-Paraná encontra-se inserido na
UHG Médio Rio Machado.

Outro aspecto importante para ser analisado neste tópico são as tendências de concentração e
polarização decorrentes das migrações internas no estado. Os levantamentos populacionais mostram
que, se não há mais uma imigração intensa de brasileiros de outras regiões para ocupação do território
rondoniense, há, atualmente, uma intensa mobilização humana, silenciosa e determinada, em busca de
oportunidades e melhores condições de vida.

38
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

FIGURA 3.2 - ARRANJOS POPULACIONAIS E CONCENTRAÇÕES URBANAS EM RONDÔNIA


Fonte: Arranjos Populacionais e Concentrações Urbanas do Brasil (IBGE, 2015:121).

Considerando o histórico de ocupação do território de Rondônia observa-se que, desde a


construção da BR-364, a organização do espaço e a concentração populacional estavam intimamente
ligadas ao eixo dessa estrada. Esse cenário perdura até hoje e movimenta fluxos migratórios
consideráveis.

Na década de 1970, cerca de 80% da população estadual ocupava apenas 10% de sua área
territorial, agrupando-se em projetos de colonização e formando a região pioneira. O restante do
território, que correspondia a quase 90% da área do estado, abrigava apenas 20% da população. Os
maiores núcleos de concentração, à época, formavam verdadeiros arquipélagos regionais, representados
pelo tripé: Porto Velho, Guajará-Mirim e Vila de Rondônia (atual Ji-Paraná). Essas cidades acabaram
se desenvolvendo sobre si mesmas, pois a distância entre elas dificultava a integração/polarização
regional. Com a construção da BR-364, uma nova lógica passou a integrar espaços antes vazios e

39
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

descontínuos de povoamento; cidades surgiram ao longo da rodovia com suas dinâmicas impulsionadas
pelos fluxos e fixos que se estabeleceram na precária rede rodoviária estadual (THERY, 2012).

Contudo, os problemas enfrentados pelos colonos em suas parcelas, ligados, principalmente, às


dificuldades da produção agrícola, indicavam a incerteza de permanência na terra para muitas famílias.
Isso contribuiu enormemente para a especulação fundiária e, consequentemente, para a expansão
pecuária extensiva, modificando, novamente, a estrutura fundiária em áreas colonizadas. A região
pioneira de Ji-Paraná começou a perder parte de sua população, uma vez que a conversão das áreas
agrícolas em pastagens favorecia a concentração de terras e reduzia a mão-de-obra no campo (THERY,
2012). Começava, então, a se consolidar uma região agropecuária extensiva no território rondoniense,
principalmente na região central, o que viria a significar, mais tarde, densidades demográficas
baixíssimas em muitos municípios.

Essa migração interna, cujo grau de atratividade variou ao longo das décadas de acordo com
novos fatores econômicos, como a atividade madeireira ou a ampliação das áreas propícias à pecuária
de corte e de leite, foi responsável por uma redistribuição da população no território, que fundava
núcleos populacionais fazendo surgir localidades, que logo viravam distritos e depois novos municípios.
Isso contribuiu para que de dois municípios à época de criação, Rondônia passasse a 52 em meados dos
anos 2000. O grande número de municípios, entretanto, nunca significou uma distribuição mais
homogênea da população pelo território, pelo contrário, pequenos municípios, que foram fundados com
poucos milhares de habitantes, assim se mantiveram com o passar do tempo por não possuírem
capacidade de atração populacional. Ao mesmo tempo, os municípios do eixo da BR-364, cada vez mais
integrados a um contexto nacional, configuraram-se como polos de atração para pessoas que saíam do
meio rural de outros municípios, bem como de outros estados do país.

Utilizando o índice de eficácia migratória, indicador que mostra a capacidade de absorção da


população em relação à evasão populacional, observa-se que, em 2000, o estado possuía um índice de
0,0679, passando para -0,0594 em 2004 e, por fim, 0,0307 em 2009. Para este indicador, quanto mais
próximo de 1, maior será a capacidade de absorção de população no estado; ao contrário, quando o
indicador for próximo de -1, caracteriza-se uma evasão populacional. Valores próximos a zero indicam
a ocorrência de rotatividade migratória. Desse modo percebe-se que desde 2000 há uma rotatividade
migratória dentro do território rondoniense, com absorção e evasão alternando-se ao longo do tempo.

Nesse novo contexto, a região formada por Porto Velho, Candeias do Jamari, Itapuã do Oeste,
Cujubim, Buritis, Campo Novo e Nova Mamoré, teve aumento considerável, com um crescimento de
mais de 120% no número total de habitantes entre 1991 e 2016. Porto Velho funciona como o grande
polo de atração na área, garantindo uma maior concentração populacional interna e em regiões próximas.
Vale lembrar que só a capital concentra quase 30% de todos os moradores de Rondônia.

40
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Movimento oposto ocorre na região dos municípios Colorado do Oeste, Cerejeiras, Cabixi,
Corumbiara e Pimenteiras d’Oeste, onde todos registraram importantes reduções populacionais entre
1991 e 2016. Na região, atuam como polos de atração os municípios de Vilhena, que cresceu pouco
mais de 13% no mesmo período, e de Chupinguaia, que teve acréscimo de quase 90% no número de
seus habitantes entre 2000 e 2016.

No entanto, foi na região de Ji-Paraná, a mais rica do estado, que ocorreram as maiores
mobilizações humanas no mesmo período. Ali se encontram três importantes municípios, cujas cidades
atuam como cidades-polos: Ji-Paraná, Ouro Preto do Oeste e Jaru. Enquanto o município de Ji-Paraná
cresceu cerca de 40% entre 1991 e 2016, Ouro Preto do Oeste encolheu mais de 50% no mesmo período;
e Jaru também apresentou decréscimo populacional em torno de 12%. Os habitantes que dali saíram,
entretanto, não se abrigaram, em sua maioria, nas grandes cidades da microrregião, mas emigraram para
municípios como Porto Velho, Cujubim, Buritis e Nova Mamoré.

A região formada por municípios próximos de Cacoal, também perdeu considerável número de
habitantes, muitos dos quais migraram para os centros urbanos de Guajará-Mirim, Costa Marques,
Ariquemes e Machadinho d’Oeste, que cresceram, respectivamente, 64%, 44%, 25% e 126%.

Considerando esses dados acerca da mobilidade interna no estado de Rondônia, faz-se


necessário avaliar com clareza as consequências dessa migração dentro do território estadual, uma vez
que é possível que esses movimentos migratórios provoquem o aumento desordenado das cidades, o
surgimento de núcleos urbanos interiorizados e, sobretudo, conflitos agrários e ambientais.

3.2.2 Indicadores Econômicos e de Desenvolvimento


Os Indicadores Econômicos (IEs) representam, em sua essência, informações que sinalizam o
comportamento (individual ou agregado) de diferentes variáveis e fenômenos de um sistema econômico.
Assim, são fundamentais para a melhor compreensão da situação presente e para o delineamento de
tendências de curto prazo na economia. Por esse motivo, são, usualmente, utilizados como subsídios no
processo de tomada de decisão estratégica por agentes do governo, empresas e até mesmo consumidores.

No presente trabalho, optou-se por analisar as informações a respeito do PIB Bruto de Rondônia,
bem como do PIB per capita. Estes são considerados indicadores do nível de atividade, ou seja,
funcionam como uma espécie de termômetro das condições gerais dos elementos mais sensíveis às
flutuações cíclicas do mercado.

O PIB é o indicador síntese de uma economia, correspondendo ao valor de mercado do fluxo de


bens e serviços finais disponibilizados em um determinado período de tempo. Ele permite que se
acompanhe as modificações estruturais e de curso conjuntural nas economias a que se refere. No Brasil,
o PIB é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em duas vertentes: a preços
correntes (nominais ou monetários) e constantes (reais), sendo ambas importantes medidas de
desempenho. A partir da análise dos valores monetários, é possível ter uma ideia da dimensão do
41
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

sistema, dado que ela resulta da agregação da produção física de todos os bens e serviços pelos
respectivos preços, descontadas as transações intermediárias (VASCONCELLOS, 2015). Essa é a
vertente que será analisada neste item, para os municípios e o estado de Rondônia.

Já o PIB per capita, calculado a partir da divisão do PIB Bruto pelo número de habitantes da
região econômica, foi o primeiro indicador utilizado para analisar a qualidade de vida em um país,
seguindo a premissa de que os cidadãos se beneficiariam com um aumento na produção agregada de sua
região. Ressalva-se que o PIB per capita não é uma medida de renda pessoal, desconsiderando o nível
de desigualdade de renda de um grupo social. Entretanto, diversos economistas ressaltam a importância
da consideração desse indicador quando da análise do desenvolvimento econômico e social de longo
prazo (VASCONCELLOS, 2015).

Por fim, considerando que, atualmente, o desemprego se constitui em uma das maiores
preocupações da população a respeito dos indicadores econômicos, apresentar-se-á, também, as taxas
de desemprego nos municípios e no estado de Rondônia. Essa taxa é definida como o percentual que
relaciona o número de pessoas desempregadas e o total da População Economicamente Ativa.

A TABELA 3.7 apresenta as informações sobre os indicadores econômicos descritos


anteriormente para os municípios e o estado de Rondônia.

TABELA 3.7 - PIB BRUTO, PIB PER CAPITA E TAXA DE DESEMPREGO, MUNICÍPIOS E ESTADO DE RONDÔNIA, 2010 E
2014

Produto interno bruto Taxa de


Produto interno bruto
desemprego (16
Município % em relação ao (PIB) per capita
PIB anos ou mais)
PIB de Rondônia
2014 2014 2010
Alta Floresta d'Oeste 379.060 1,11 14.777,03 5,01%
Alto Alegre dos Parecis 213.410 0,62 15.370,90 5,63%
Alto Paraíso 235.981 0,7 11.893,62 2,49%
Alvorada d'Oeste 204.098 0,6 11.846,87 4,98%
Ariquemes 1.967.587 5,78 19.128,79 4,64%
Buritis 481.266 1,41 12.934,83 5,11%
Cabixi 113.031 0,33 17.595,19 2,49%
Cacaulândia 116.635 0,34 18.460,76 3,65%
Cacoal 1.695.900 4,98 19.593,10 5,87%
Campo Novo de Rondônia 208.821 0,61 14.829,98 2,67%
Candeias do Jamari 324.943 0,95 13.784,55 4,41%
Castanheiras 59.779 0,17 16.364,31 3,19%
Cerejeiras 326.766 0,96 18.140,55 5,24%
Chupinguaia 190.331 0,56 19.250,60 3,07%
Colorado do Oeste 275.185 0,81 14.482,67 6,32%
Corumbiara 188.218 0,55 21.058,14 3,45%
Costa Marques 171.878 0,51 10.571,90 4,64%
Cujubim 248.243 0,73 12.286,81 5,94%
Espigão d'Oeste 498.358 1,46 15.550,85 4,51%
Governador Jorge Teixeira 148.027 0,43 14.333,98 2,17%
Guajará-Mirim 667.539 1,96 14.447,95 6,84%
Itapuã do Oeste 129.351 0,38 13.157,42 5,02%
Jaru 1.131.276 3,32 20.321,48 5,16%
Ji-Paraná 2.684.653 7,89 20.772,30 5,61%

42
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Produto interno bruto Taxa de


Produto interno bruto
desemprego (16
Município % em relação ao (PIB) per capita
PIB anos ou mais)
PIB de Rondônia
2014 2014 2010
Machadinho d'Oeste 432.406 1,27 11.875,36 3,64%
Ministro Andreazza 174.633 0,51 16.080,42 2,14%
Mirante da Serra 163.955 0,48 13.207,24 6,33%
Monte Negro 219.152 0,64 13.949,85 2,83%
Nova Brasilândia d'Oeste 251.677 0,74 11.699,94 3,54%
Nova Mamoré 335.448 0,98 12.458,62 3,74%
Nova União 92.346 0,27 11.759,37 3,67%
Novo Horizonte do Oeste 129.399 0,38 12.450,58 4,04%
Ouro Preto do Oeste 609.268 1,79 15.227,89 7,35%
Parecis 80.759 0,24 14.449,59 1,90%
Pimenta Bueno 852.455 2,52 22.896,99 5,24%
Pimenteiras do Oeste 76.756 0,22 31.560,80 6,63%
Porto Velho 12.609.918 37,05 25.525,48 5,63%
Presidente Médici 337.608 0,99 14.818,43 5,24%
Primavera de Rondônia 52.908 0,15 14.912,14 6,81%
Rio Crespo 76.854 0,22 20.721,07 6,81%
Rolim de Moura 1.015.124 2,98 18.189,90 6,50%
Santa Luzia d'Oeste 135.934 0,41 15.613,81 8,29%
São Felipe d'Oeste 72.084 0,22 11.701,94 4,81%
São Francisco do Guaporé 272.826 0,81 14.636,61 4,87%
São Miguel do Guaporé 434.497 1,28 18.253,88 3,60%
Seringueiras 169.429 0,51 13.507,83 4,26%
Teixeirópolis 72.089 0,23 14.300,62 3,40%
Theobroma 140.601 0,41 12.393,20 5,05%
Urupá 172.143 0,52 12.855,13 4,89%
Vale do Anari 105.208 0,31 9.849,07 3,99%
Vale do Paraíso 116.742 0,34 14.019,72 3,16%
Vilhena 2.168.426 6,37 24.148,09 6,90%
RONDÔNIA 34.030.981 100 19.462,61 5,31%
Fonte: IBGE Cidades (2017); SEPLAN-RO (2016).

O PIB Bruto de Rondônia, em 2014, representava, aproximadamente, 0,7% do total produzido


no país. A agropecuária é o principal vetor de desenvolvimento econômico no estado, que tem a carne
bovina como principal produto de exportação. A agricultura, sobretudo o cultivo de soja, é também
importante fonte da renda local e contribui ativamente na composição do PIB.

Os cinco maiores municípios de Rondônia – Ariquemes, Cacoal, Ji-Paraná, Porto Velho e


Vilhena – são responsáveis pela geração de 62% do total produzido no estado. Apenas a capital responde
por 37% do PIB rondoniense. Os demais municípios apresentam contribuições que variam entre 0,15%,
no caso Primavera de Rondônia, e 3,32%, percentual referente à produção de Jaru. Dos 52 municípios
que compõem o estado, 37, ou seja, 70%, contribuem com menos de 1% para a formação do PIB Bruto.

Em 2014, Rondônia apresentava-se na 14ª posição na lista das 27 unidades federativas


brasileiras de acordo com o PIB per capita. Subiu, entretanto, para a 3ª posição na região Norte, ficando
atrás apenas de Amazonas e Roraima. Apesar de não estar entre os estados com os indicadores mais
altos no Brasil, há que se ressaltar que o PIB per capita de Rondônia apresentou-se em uma série
crescente bastante significativa desde 2007, conforme pode ser observado na FIGURA 3.3
43
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Evolução do PIB per capita


30.000 27.229

23.655
25.000 22.162
19.881
20.000 17.195
16.224
18.466 19.462
14.345
15.000 17.659
15.098
13.456
10.000 11.977
10.320

5.000

0
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2014

Rondônia Brasil

FIGURA 3.3 - EVOLUÇÃO DO PIB PER CAPITA DE RONDÔNIA, 2007 A 2014


Fonte: Adaptado de IBGE Cidades (2017).

No período entre 2007 e 2014, o PIB per capita em Rondônia aumentou em cerca de 88% ao
passo que o brasileiro viveu um incremento de 89%, ou seja, a média de crescimento estadual
acompanha de maneira muito próxima a nacional. O período de maior aumento no PIB per capita, em
Rondônia, foi entre 2010 e 2011, quando o indicador vislumbrou um incremento quase 17%; no mesmo
período, no Brasil, houve um aumento de, aproximadamente, 11%. Entre 2013 e 2014, a média nacional
cresceu de maneira mais significativa do que a estadual, com 15% e 5% de aumento, respectivamente.

Observando os cenários municipais, entretanto, percebe-se que apenas 15, dos 52 municípios,
apresentam valores próximos ou superiores à média estadual, que aparenta estar inflada pela
contribuição de alguns poucos em detrimento de uma realidade mais deficitária que pode ser visualizada
na maioria das unidades municipais rondonienses.

O município com o maior PIB per capita em Rondônia é, também, o menor em termos
populacionais; Pimenteiras do Oeste, fundado em 1995 na fronteira com a Bolívia, de economia
essencialmente agrícola, apresenta esse indicador na ordem de R$ 31.560,80, superior em mais de R$
6.000,00 ao PIB per capita da capital do estado, que se encontra em segundo lugar no ranking desse
indicador.

Afora Pimenteiras do Oeste e Porto Velho, os municípios que apresentam os maiores valores de
PIB per capita, em Rondônia, por ordem de grandeza, são Vilhena, Pimenta Bueno e Ji-Paraná. Todos
esses municípios localizam-se no eixo da BR-364 e apresentam um nível de desenvolvimento do setor
de serviços considerável. Por outro lado, os municípios que apresentam os menores valores de PIB per
capita no estado são Vale do Anari e Costa Marques. Em comum a ambos os municípios, que possuem
populações totais, graus de urbanização e localização geográfica bastante distintas, apenas o fato de que
prepondera, economicamente, as atividades agropecuárias.
44
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Se, em termos de produção total, Rondônia não ocupa posição de destaque no cenário nacional,
o mesmo não pode ser dito sobre a taxa de desemprego no estado, que é uma das menores no Brasil. A
taxa de desemprego em Rondônia, no primeiro trimestre de 2016, era de 7,5%, enquanto no restante do
país ficava em torno de 10,9%. A taxa, relativamente boa, está longe de ser ideal. Na TABELA 3.7 são
apresentadas informações sobre esse indicador de 2010, que são as mais recentes disponíveis em nível
municipal, então comparando a taxa estadual de 2010 e 2016, percebe-se uma alta de 5% para 7,5%,
impacto gerado pela crise na construção civil e no comércio varejista. Entretanto, o impacto, em
Rondônia, foi menor do que no restante do país graças à produção agrícola e à agroindústria
(CAPISTRANO, 2016).

Atualmente, para além da crise, o índice de desemprego em Rondônia encontra-se intimamente


ligado à falta de qualificação, que se conforma como o principal entrave para as contratações. O
desemprego é maior para quem tem ensino médio incompleto, 14%, caindo para 9,1% entre aqueles que
possuem ensino superior incompleto, e 4,6% entre os que completaram essa etapa de ensino (IBGE,
2016).

Em nível municipal, predominam taxas de desocupação abaixo de 6%, vinculadas,


principalmente, à grande representatividade dos setores de agronegócio, serviços e comércio que, em
geral, possuem níveis menores de desemprego do que atividades industriais. Em 2010, 80%, ou seja, 42
municípios, apresentavam taxas de desocupação da população com 16 anos ou mais inferiores a 6%,
incluindo-se, entre eles, a capital do Estado, Porto Velho.

Parecis, pequeno município de pouco mais de cinco mil habitantes, de economia eminentemente
baseada em pequenas produções agrícolas, apresentava, em 2010, a menor taxa de desemprego no
estado, apenas 1,90%. Já as maiores taxas foram observadas, à época, em Ouro Preto do Oeste e Santa
Luzia d’Oeste, municípios bastante díspares em termos de características socioeconômicas, mas que
sofreram com o fechamento de importantes empresas, que eram fontes de empregos nos municípios.

Como mencionado, muitos pesquisadores utilizam o PIB per capita como medida do
desenvolvimento de uma unidade geográfica, entretanto, o indicador mais utilizado em referência a esse
tipo de análise é o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Criado pelo Programa das Nações Unidas
para o Desenvolvimento (PNUD) em 1990, esse indicador busca oferecer um contraponto ao PIB per
capita, que considera apenas a dimensão econômica do desenvolvimento. O IDH fornece uma medida
das condições básicas de vida de uma sociedade, assim, não representa um índice de qualidade de vida,
mas mede as condições que determinam possibilidades básicas de vida para os indivíduos, tais como
saúde, conhecimento e padrão de vida. Na prática, o IDH é usado para avaliar o nível de
desenvolvimento dos países, estados e localidades, servindo, no Brasil, como meio de distribuição de
recursos em programas governamentais (SPANGER, 2011).

45
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Para o cálculo do IDH-Municipal, são considerados indicadores de renda, longevidade e


educação. Para aferir o IDH-Longevidade, utiliza-se dados acerca da expectativa de vida ao nascer,
considerando a média de anos que a população nascida na localidade deva viver, dada a constância das
condições de mortalidade; para chegar ao IDH-Educação, são analisados o índice de analfabetismo e a
taxa de matrícula em todos os níveis de ensino; por fim, no IDH-Renda é utilizado o PIB per capita,
mas, considerando a paridade do poder de compra e, também, o fato de que nem tudo que é produzido
localmente vem a ser apropriado pela população, de modo que se calcula a renda per capita para este
indicador.

O Índice de Gini, por sua vez, atualmente, é considerado o principal indicador de desigualdade,
podendo, inclusive, ser utilizado para comparações entre diferentes países. Muitos autores, entretanto,
afirmam que este índice não é o mais apropriado, pois apresenta limitações importantes, uma vez que
mede a desigualdade dos indivíduos somente através da ótica da renda, desconsiderando aspectos
relacionados ao bem-estar. Criado pelo estatístico italiano Corrado Gini, consiste em um número entre
0 e 1, onde 0 corresponde à completa igualdade de renda e 1 corresponde à completa desigualdade
(SOUZA, 2009).

Por fim, a taxa de pobreza mensura o percentual populacional com renda familiar mensal per
capita de até meio salário mínimo, expressando a proporção da população geral considerada em estado
de pobreza, de acordo com a renda pessoal. O IBGE considera dois tipos de taxa de pobreza, a absoluta
e a relativa. Ambas serão analisadas no presente estudo.

O conceito de pobreza absoluta refere-se à ausência ou insuficiência de renda para a satisfação


dos mínimos sociais necessários à sobrevivência física, classificando, assim, como pobres, os indivíduos
cujo padrão de renda não permite acessar suas necessidades básicas de manutenção e sobrevivência
física. Essa concepção, apesar de conferir objetividade à noção de pobreza, foca apenas a dimensão
econômica, subestimando outros aspectos relevantes à manutenção e reprodução social (FREITAS,
2004).

Já a noção de pobreza relativa, considera as necessidades a serem satisfeitas de acordo com o


modo de vida predominante na sociedade em análise. Nessa visão, são considerados pobres todos
aqueles que, embora tenham as necessidades vitais garantidas, não conseguem usufruir dos bens e
serviços considerados fundamentais na sociedade em que se incluem. Apoia-se, assim, no sentimento
de impotência e exclusão social, estando sua subjetividade relacionada à opinião dos indivíduos acerca
da cesta de bens e serviços necessária à satisfação pessoal e gozo da cidadania (ROCHA, 2005).

A TABELA 3.8 apresenta as informações sobre os indicadores descritos acima para os


municípios e o estado de Rondônia, de maneira a consolidar um cenário, a partir desses índices, sobre
alguns espectros das condições sociais visualizadas nas unidades municipais e no estado como um todo.

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PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

TABELA 3.8 - INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL, IDH-MUNICIPAL, IDH-RENDA, IDH-


LONGEVIDADE E IDH-EDUCAÇÃO, E ÍNDICE DE GINI, MUNICÍPIOS E ESTADO DE RONDÔNIA, 2010

Índice de desenvolvimento humano – IDH


Município Índice de GINI
IDH-M IDH-R IDH-L IDH-E
Alta Floresta d'Oeste 0,641 0,657 0,763 0,526 0,5893
Alto Alegre dos Parecis 0,592 0,603 0,777 0,443 0,5491
Alto Paraíso 0,625 0,664 0,804 0,457 0,5417
Alvorada d'Oeste 0,643 0,654 0,763 0,534 0,5355
Ariquemes 0,702 0,716 0,806 0,6 0,5496
Buritis 0,616 0,65 0,751 0,479 0,5017
Cabixi 0,65 0,65 0,757 0,559 0,5166
Cacaulândia 0,646 0,664 0,801 0,506 0,5579
Cacoal 0,718 0,727 0,821 0,62 0,5890
Campo Novo de Rondônia 0,593 0,667 0,772 0,404 0,6705
Candeias do Jamari 0,649 0,652 0,819 0,512 0,4762
Castanheiras 0,658 0,65 0,803 0,547 0,4996
Cerejeiras 0,692 0,688 0,799 0,602 0,5147
Chupinguaia 0,652 0,659 0,82 0,514 0,4752
Colorado do Oeste 0,685 0,676 0,814 0,584 0,5154
Corumbiara 0,613 0,63 0,774 0,473 0,4852
Costa Marques 0,611 0,616 0,751 0,493 0,5239
Cujubim 0,612 0,663 0,789 0,439 0,5250
Espigão d'Oeste 0,672 0,691 0,819 0,536 0,5399
Governador Jorge Teixeira 0,596 0,627 0,762 0,444 0,5571
Guajará-Mirim 0,657 0,663 0,823 0,519 0,5586
Itapuã do Oeste 0,614 0,633 0,751 0,488 0,4771
Jaru 0,689 0,687 0,825 0,577 0,5081
Ji-Paraná 0,714 0,728 0,81 0,617 0,5449
Machadinho d'Oeste 0,596 0,629 0,755 0,446 0,5596
Ministro Andreazza 0,638 0,647 0,776 0,518 0,5588
Mirante da Serra 0,643 0,673 0,8 0,494 0,6102
Monte Negro 0,607 0,645 0,762 0,454 0,4813
Nova Brasilândia d'Oeste 0,643 0,664 0,763 0,524 0,5688
Nova Mamoré 0,587 0,619 0,769 0,424 0,5357
Nova União 0,587 0,608 0,753 0,442 0,4665
Novo Horizonte do Oeste 0,634 0,606 0,799 0,527 0,5214
Ouro Preto do Oeste 0,682 0,687 0,812 0,569 0,4947
Parecis 0,617 0,604 0,8 0,485 0,5315
Pimenta Bueno 0,71 0,726 0,803 0,613 0,5500
Pimenteiras do Oeste 0,665 0,662 0,816 0,545 0,4964
Porto Velho 0,736 0,764 0,819 0,638 0,5745
Presidente Médici 0,664 0,671 0,792 0,55 0,5281
Primavera de Rondônia 0,641 0,645 0,799 0,512 0,5188
Rio Crespo 0,643 0,637 0,813 0,513 0,5783
Rolim de Moura 0,7 0,709 0,808 0,598 0,5401
Santa Luzia d'Oeste 0,67 0,657 0,812 0,564 0,4972
São Felipe d'Oeste 0,649 0,615 0,78 0,571 0,4695
São Francisco do Guaporé 0,611 0,657 0,751 0,462 0,5684
São Miguel do Guaporé 0,646 0,644 0,781 0,537 0,6308
Seringueiras 0,598 0,644 0,779 0,427 0,6384
Teixeirópolis 0,643 0,653 0,818 0,498 0,4346
Theobroma 0,589 0,622 0,757 0,434 0,5763
Urupá 0,609 0,621 0,772 0,471 0,5165
Vale do Anari 0,584 0,626 0,756 0,421 0,5727
Vale do Paraíso 0,627 0,641 0,792 0,485 0,5885
Vilhena 0,731 0,734 0,808 0,659 0,5090
RONDÔNIA 0,690 0,712 0,800 0,577 0,5686
Fonte: PNUD (2013); DATASUS (2010).

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PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

A análise de indicadores, quase sempre, pressupõe algum índice de comparação. Pode-se olhar
para as informações expostas na TABELA 3.8 e notar que, em relação ao IDH, Rondônia apresenta
maior desenvolvimento em termos dos indicadores de longevidade e um péssimo desempenho nos
educacionais, entretanto, porém, esse tipo de análise, além de não fornecer parâmetros de referência,
acaba flutuando em uma espécie de vazio conjuntural. Desse modo, apresenta-se FIGURA 3.4, com
informações a respeito dos Indicadores de Desenvolvimento Humano no país e nos estados da região
Norte.

FIGURA 3.4 - INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO, IDH-M, IDH-R, IDH-L E IDH-E, RONDÔNIA, DEMAIS
ESTADOS DA REGIÃO NORTE E BRASIL
Fonte: Adaptado de PNUD (2013).

Partindo da base de comparação dos indicadores nacionais, percebe-se que Rondônia


apresenta cenários mais deficitários que os brasileiros para todos os itens. Dentre eles, destaca-se o
referente aos aspectos educacionais; o IDH-E de Rondônia, por estar bem abaixo dos demais,
acaba impactando negativamente de forma significativa seu IDH-M. Os indicadores de longevidade e
renda apresentam-se mais próximos da média nacional.

Comparando os resultados de Rondônia com os demais estados da região Norte, visualiza-se


que o estado apresenta uma situação mediana, com índices muito próximos dos observados nos demais.
Rondônia, dentre os sete estados, ocupa a quarta posição no ranking do IDH-M da região Norte, estando
na mesma posição em relação aos indicadores de longevidade e educação. O destaque positivo relaciona-
se com a renda per capita, Rondônia possui o maior IDH-R da região, ainda que este fique um pouco
abaixo da média nacional.

48
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Conclui-se, assim, que o baixo desempenho educacional é comum não só aos estados da região
Norte como ao total nacional. Também é possível ver que o desempenho rondoniense, aquém do
brasileiro, é comum à região, que não apresenta dados que a qualifiquem como a melhor em relação a
seus indicadores, mas também não revela estar entre os piores cenários de desenvolvimento humano no
país.

Os maiores Indicadores de Desenvolvimento Humano municipais são observados nos


municípios mais populosos de Rondônia: Ariquemes, Cacoal, Ji-Paraná, Pimenta Bueno, Rolim de
Moura e Vilhena. Estes são, também, os únicos municípios que apresentam um IDH-M superior ao
estadual, ficando acima de 0,700. Por outro lado, os menores IDH-M são visualizados em Nova Mamoré,
Nova União, Theobroma e Vale do Anari, municípios que ficam relativamente afastados do eixo da BR-
364, onde se encontra a maioria dos municípios com os IDH-M mais altos no Estado.

Em relação ao IDH-R, os mesmos municípios que se destacaram na análise do IDH-M


apresentam os maiores índices, embora, nesse caso, nem todos superem a média estadual. Já os piores
indicadores são encontrados em Alto Alegre dos Parecis, Nova União, Novo Horizonte do Oeste e
Parecis, todos com IDH-R abaixo de 0,610, populações na média da dezena de milhares e economias
baseadas no setor primário.

Jaru é o município com maior IDH-L em Rondônia, 0,825. Para esse indicador, tem relevância,
também, os índices encontrados em Cacoal, Candeias do Jamari, Guajará-Mirim, Espigão d'Oeste, Porto
Velho e Teixeirópolis, todos superiores à média nacional. Esses municípios possuem características
bastante distintas em termos socioeconômicos, mas, aparentemente, possuem uma rede bem estruturada
de assistência médica e condições adequadas de qualidade de vida, assegurando maiores expectativas
de vida. No outro extremo, os municípios onde os habitantes apresentam as menores expectativas de
vida, com IDH-L igual a 0,751, são Buritis, Costa Marques, Itapuã do Oeste e São Francisco do Guaporé,
municípios de pequeno ou médio porte no contexto de Rondônia.

Considerando o indicador mais crítico no estado, o educacional, observa-se que apenas Porto
Velho e Vilhena possuem médias superiores à nacional, 0,637; Vilhena é o município com maior IDH-
E, 0,659. Apenas outros sete municípios, em sua maioria integrantes do grupo de destaque no IDH-M,
apresentam índices acima do estadual. No outro espectro, Campo Novo de Rondônia, com IDH-E de
0,404, é o expoente negativo dentre os municípios rondonienses. Os demais apresentam indicadores
inferiores ao estadual, ainda que, muitas vezes, bastante próximos ao mesmo.

A FIGURA 3.5 é composta pela apresentação gráfica dos valores do Índice de Gini em
Rondônia, nos demais estados que compõem a região Norte e no Brasil, a título de comparação.

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PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

FIGURA 3.5 - ÍNDICE DE GINI DA RENDA DOMICILIAR PER CAPITA, BRASIL, REGIÃO NORTE E ESTADOS, 2010
Fonte: Adaptado de DATASUS (2010).

Utilizando a metodologia e os resultados auferidos pelo PNUD (2013), observa-se que,


em relação ao Índice de Gini da renda domiciliar per capita, Rondônia apresenta um cenário bem
mais favorável do que o nacional e o dos demais estados da região Norte. Isso implica em uma
melhor distribuição de renda no estado, contribuindo para a minoração da desigualdade.

Segundo o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil (PNUD, 2013), Rondônia, dentre os


26 estados brasileiros mais o Distrito Federal, encontra-se na oitava posição entre os que apresentam os
melhores resultados para esse indicador. Nenhum outro estado da região Norte ou Nordeste encontra-se
entre os 10 primeiros. Na região Norte, se Rondônia é o destaque positivo, é preciso comentar que o
Amazonas apresenta o pior resultado, seguido de maneira próxima pelo Acre e Roraima.

Conforme o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil (PNUD, 2013), historicamente, os


resultados de Rondônia têm apresentado melhorias significativas, sobretudo em relação aos municípios.
Nos anos 1991 e 2000, dos 52 municípios do estado de Rondônia, 49 apresentaram Índice de Gini maior
ou igual a 0,50; em 2010, esse total reduziu-se para 40 municípios.

Em 2010, os municípios com os melhores Índices de Gini no estado foram Teixeirópolis (0,43),
Nova União (0,46) e São Felipe d’Oeste (0,46). Os três encontram-se entre os menos populosos de
Rondônia, com menos de oito mil habitantes em cada um; localizam-se próximos, mas não às margens,
da BR-364 e contam com uma economia essencialmente agrícola, porém, com uma boa distribuição de
renda, dada as informações do indicador.

Os piores índices foram encontrados em municípios com menos de 30 mil habitantes. Campo
Novo de Rondônia, onde vivem pouco menos de 15 mil pessoas, apresenta o maior indicador do estado,
0,67, superior, inclusive à média da região Norte e a nacional. Outros municípios que apresentarem

50
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

resultados bastante negativos foram Seringueiras e São Miguel do Guaporé, ambos apresentaram índices
de 0,63, abrigando cerca de 25 mil habitantes cada um.

Os maiores municípios localizados no eixo da BR-364 apresentam cenários bastante distintos


em relação ao Índice de Gini. Jaru e Vilhena tiveram os melhores resultados dentre estes municípios,
com indicadores de 0,50, em 2010; já os piores índices foram observados em Cacoal (0,58) e Porto
Velho (0,57), ambos superiores à média estadual.

As informações analisadas a seguir, acerca da incidência da pobreza nos estados e municípios,


encontram-se relativamente defasadas devido à sua temporalidade, 2003, entretanto, são as informações
mais recentes encontradas em bases de dados oficiais. A FIGURA 3.6 mostra, graficamente, as taxas de
pobreza absolutas observadas, à época, nos estados que compõem a região Norte, para fins de
comparação.

FIGURA 3.6 - TAXAS DE POBREZA ABSOLUTAS NOS ESTADOS DA REGIÃO NORTE, 2003
Fonte: Adaptado de IBGE (2017).

Percebe-se que, dentre os estados da região Norte, Rondônia apresenta os menores percentuais
de incidência de pobreza absoluta. A taxa rondoniense é significativamente inferior às demais, que
mostram valores semelhantes, próximos ou acima de 40%. Em Rondônia, menos de 30% da população
sobrevive com menos de meio salário mínimo, o que revela que as condições de distribuição da renda
per capita no estado são muito mais adequadas do que nos demais. A TABELA 3.9 apresenta as
informações sobre esse indicador para os municípios rondonienses.

51
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

TABELA 3.9 - TAXAS DE POBREZA ABSOLUTA E RELATIVA, MUNICÍPIOS DO ESTADO DE RONDÔNIA, 2003

Taxa de pobreza (incidência de pobreza)


Município
Diferença entre as taxas
Absoluta (%) Relativa (%)
(%)
Alta Floresta d'Oeste 28,45 37,13 8,68
Alto Alegre dos Parecis 22,43 36,39 13,96
Alto Paraíso 23,42 33,80 10,38
Alvorada d'Oeste 30,24 37,18 6,94
Ariquemes 23,73 26,44 2,71
Buritis 39,90 45,86 5,96
Cabixi 22,61 34,07 11,46
Cacaulândia 27,37 37,68 10,31
Cacoal 28,75 31,02 2,27
Campo Novo de Rondônia 24,61 37,95 13,34
Candeias do Jamari 39,63 42,85 3,22
Castanheiras 17,01 28,86 11,85
Cerejeiras 36,15 36,28 0,13
Chupinguaia 24,04 34,81 10,77
Colorado do Oeste 28,07 32,55 4,48
Corumbiara 24,20 35,85 11,65
Costa Marques 35,68 39,16 3,48
Cujubim 38,33 46,13 7,80
Espigão d'Oeste 26,45 32,66 6,21
Governador Jorge Teixeira 24,11 38,59 14,48
Guajará-Mirim 35,59 37,44 1,85
Itapuã do Oeste 33,30 44,53 11,23
Jaru 27,73 32,39 4,66
Ji-Paraná 31,74 33,22 1,48
Machadinho d'Oeste 28,49 38,56 10,07
Ministro Andreazza 20,96 33,09 12,13
Mirante da Serra 30,89 40,90 10,01
Monte Negro 30,84 35,27 4,43
Nova Brasilândia d'Oeste 25,29 34,30 9,01
Nova Mamoré 32,49 38,50 6,01
Nova União 23,43 34,79 11,36
Novo Horizonte do Oeste 15,24 29,50 14,26
Ouro Preto do Oeste 28,85 32,97 4,12
Parecis 27,00 37,38 10,38
Pimenta Bueno 28,95 30,80 1,85
Pimenteiras do Oeste 33,73 34,98 1,25
Porto Velho 21,89 22,71 0,82
Presidente Médici 23,38 32,07 8,69
Primavera de Rondônia 21,29 31,00 9,71
Rio Crespo 21,20 31,76 10,56
Rolim de Moura 30,57 35,13 4,56
Santa Luzia d'Oeste 28,68 34,60 5,92
São Felipe d'Oeste 19,34 32,73 13,39
São Francisco do Guaporé 32,28 40,37 8,09
São Miguel do Guaporé 26,77 36,07 9,30
Seringueiras 32,09 43,53 11,44
Teixeirópolis 24,25 32,49 8,24
Theobroma 18,48 30,87 12,39
Urupá 28,57 37,82 9,25
Vale do Anari 28,41 44,73 16,32
Vale do Paraíso 20,86 34,95 14,09
Vilhena 31,15 32,67 1,52
Fonte: IBGE Cidades (2017); SEPLAN-RO (2016).

52
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Os municípios que apresentam as maiores taxas de pobreza absolutas e relativas são Buritis,
Candeias do Jamari e Cujubim. Buritis apresenta a maior taxa absoluta no estado, 39,90%, o que
significa que, dentre os cerca de 70 mil habitantes do município, em 2003, mais de 25 mil pessoas
sobreviviam com menos de meio salário mínimo. Considerando a percepção dos indivíduos, tem-se uma
taxa de pobreza relativa de 45,86%, o que eleva o número de pessoas em estado de pobreza para mais
de 30 mil pessoas. Candeias do Jamari também apresenta taxa superior a 39%, no município, que em
2003 tinha pouco mais de 15 mil habitantes, quase 6 mil pessoas sobreviviam com menos de meio salário
mínimo. Por fim, Cujubim, que apresentava taxa da ordem de 38,33%, em 2003, abrigava pouco mais
de 7 mil habitantes, dos quais quase 3 mil viviam em estado de pobreza. Tanto em Cujubim quanto em
Candeias do Jamari, se forem consideradas as taxas de pobreza relativas, o número de pessoas em
situação de privação sobe consideravelmente.

No outro horizonte, os municípios com menores taxas de pobreza, em 2003, eram Castanheiras,
Novo Horizonte do Oeste, São Felipe d’Oeste e Theobroma. Todos apresentam taxas inferiores a 20%
e, dentre eles, o expoente positivo é Novo Horizonte do Oeste que, à época, tinha apenas 15% de seus
cerca de 12 mil habitantes sobrevivendo com menos da metade de um salário mínimo.

Em relação aos municípios mais populosos localizados no eixo da BR-364, Porto Velho e
Ariquemes apresentam as menores taxas de pobreza, com 21,89% e 23,73%, respectivamente. Já
Vilhena e Ji-Paraná eram os com maiores índices, da ordem de 31,15% no primeiro 31,74% no segundo.
Em 2003, na capital do estado, que contava à época com, aproximadamente, 350 mil habitantes, haviam
mais de 70 mil pessoas em estado de privação.

Ressalta-se que, sob o ponto de vista empírico, a pobreza absoluta e relativa não possuem limites
claros e bem definidos, porém, comparando-se os dados apresentados na Tabela 9, é possível perceber
que o limite traçado pelo governo para distinguir os que são considerados pobres, fica bem abaixo do
que o que os próprios indivíduos consideram como necessário para uma boa inserção social, uma vez
que as taxas relativas são, em muitos casos, bastante superiores às absolutas. Em vários municípios de
Rondônia, a taxa de pobreza relativa supera a absoluta em mais de 10 pontos percentuais.

3.2.3 Serviços Educacionais


3.2.3.1 Indicadores de Educação

A educação é colocada como prioridade por governos de todos os níveis e diversos organismos
internacionais. Políticas voltadas à garantia de acesso, melhoria do aprendizado e igualdade de
oportunidades são estabelecidas periodicamente para o sistema educacional. Entretanto, para definir de
maneira satisfatória essas políticas, é preciso conhecimento da realidade do cenário educacional e, nesse
ponto, os indicadores de educação cumprem um importante papel.

No Brasil, esses indicadores vêm sendo cada vez mais utilizados para estabelecer planos e ações
que visam a melhoria das condições de ensino. Os recursos públicos são distribuídos de acordo com o
53
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

número de matrículas das redes de ensino de municípios e estados e novos sistemas de responsabilização
com base em indicadores são, constantemente, implantados. O próprio planejamento e desenvolvimento
de programas educacionais utilizam variados índices para o monitoramento de seus resultados.

No contexto sociodemográfico, o principal indicador analisado no Brasil é a taxa de


analfabetismo de pessoas com 15 anos ou mais. Esse índice revela o percentual de pessoas, dentre a
população total, que desconhecem habilidades simples de leitura e escrita no próprio idioma. Não são
considerados, entretanto, nas estatísticas, os chamados analfabetos funcionais, ou seja, aqueles que são
capazes de identificar letras e números, mas não conseguem interpretar textos e realizar operações
matemáticas mais complexas. Caso fossem considerados os analfabetos funcionais, os indicadores
brasileiros seriam ainda mais preocupantes.

Via de regra, as análises sobre sistemas educacionais iniciam-se pelo estudo das taxas totais de
analfabetismo e sua evolução ao longo dos anos. Assim, a TABELA 3.10 apresenta essas informações
para os municípios e para o estado de Rondônia.

TABELA 3.10 - NÚMERO DE PESSOAS ANALFABETAS E TAXAS DE ANALFABETISMO PARA A POPULAÇÃO COM 15
ANOS OU MAIS, 2000 E 2010, E VARIAÇÃO NO PERÍODO, PARA OS MUNICÍPIOS E O ESTADO DE RONDÔNIA

Total da população
Taxa de Analfabetismo - População com 15
Variação % no analfabeta com 15 anos ou
Município anos ou mais
período mais
2000 2010 2010
Alta Floresta d'Oeste 15,8 12,0 -0,24 2.582
Alto Alegre dos Parecis 17,5 13,5 -0,22 1.447
Alto Paraíso 16,2 11,8 -0,27 1.402
Alvorada d'Oeste 15,9 12,9 -0,18 2.108
Ariquemes 11,8 7,9 -0,33 5.583
Buritis 14,1 9,9 -0,29 2.230
Cabixi 17,5 13,6 -0,22 844
Cacaulândia 16,0 13,2 -0,17 407
Cacoal 12,1 8,3 -0,31 5.696
Campo Novo de Rondônia 17,9 12,3 -0,31 1.143
Candeias do Jamari 16,8 11,0 -0,34 1.159
Castanheiras 14,7 14,3 -0,02 388
Cerejeiras 13,9 10,3 -0,25 1.509
Chupinguaia 15,9 10,3 -0,35 508
Colorado do Oeste 15,1 12,4 -0,17 1.961
Corumbiara 17,5 12,6 -0,28 1.197
Costa Marques 16,0 8,6 -0,46 951
Cujubim 17,9 12,0 -0,32 745
Espigão d'Oeste 15,3 11,4 -0,25 2.554
Governador Jorge Teixeira 20,0 13,5 -0,32 1.741
Guajará-Mirim 11,7 8,1 -0,30 2.543
Itapuã do Oeste 18,3 12,8 -0,30 733
Jaru 15,2 10,7 -0,29 5.220
Ji-Paraná 11,4 7,8 -0,31 7.759
Machadinho d'Oeste 16,4 12,0 -0,26 2.507
Ministro Andreazza 17,9 12,7 -0,29 1.479
Mirante da Serra 19,9 13,5 -0,32 1.575
Monte Negro 16,5 14,5 -0,12 1.330
Nova Brasilândia d'Oeste 16,3 11,3 -0,30 1.702
Nova Mamoré 17,0 13,1 -0,22 1.634
Nova União 17,7 13,6 -0,23 897
54
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Total da população
Taxa de Analfabetismo - População com 15
Variação % no analfabeta com 15 anos ou
Município anos ou mais
período mais
2000 2010 2010

Novo Horizonte do Oeste 17,5 14,4 -0,17 1.363


Ouro Preto do Oeste 14,1 10,4 -0,26 3.709
Parecis 22,3 14,7 -0,34 464
Pimenta Bueno 12,9 8,4 -0,34 2.638
Pimenteiras do Oeste 14,7 9,5 -0,35 212
Porto Velho 8,2 5,1 -0,37 17.057
Presidente Médici 17,2 12,2 -0,29 3.013
Primavera de Rondônia 15,4 13,4 -0,12 458
Rio Crespo 16,0 13,3 -0,16 302
Rolim de Moura 14,5 9,0 -0,37 4.418
Santa Luzia d'Oeste 18,0 13,0 -0,27 1.369
São Felipe d'Oeste 17,7 14,7 -0,16 790
São Francisco do Guaporé 14,6 9,6 -0,34 1.053
São Miguel do Guaporé 16,0 10,8 -0,32 2.368
Seringueiras 15,4 10,6 -0,31 1.056
Teixeirópolis 17,6 13,0 -0,26 643
Theobroma 18,3 15,1 -0,17 1.403
Urupá 17,9 14,3 -0,20 1.566
Vale do Anari 20,1 15,1 -0,24 944
Vale do Paraíso 18,2 12,9 -0,29 992
Vilhena 9,6 6,1 -0,36 3.160
RONDÔNIA 13,0 8,7 -0,33 99.451
BRASIL 13,6 9,6 -0,29 *
Fonte: Censos Demográficos (IBGE, 2000; IBGE, 2010).

Em nível estadual, observam-se taxas de analfabetismo inferiores às nacionais em ambos os


períodos. Além disso, a redução do número de analfabetos, no espaço de tempo analisado, foi maior em
Rondônia do que o total para o Brasil. A redução mais intensa não é uma prerrogativa exclusiva desse
estado, mas de toda as regiões Norte e Nordeste brasileiras, as quais apresentavam maiores índices de
analfabetismo em anos anteriores.

No entanto, apesar da média estadual ser menor do que a brasileira, apenas sete municípios
apresentam taxas de analfabetismo inferiores à de Rondônia: Ariquemes, Cacoal, Guajará-Mirim, Ji-
Paraná, Pimenta Bueno, Porto Velho e Vilhena. As taxas observadas nesses municípios, em sua maior
parte, são bastante inferiores à estadual, de modo que acabam “puxando para baixo” a média de
Rondônia. Com isso, observa-se uma distribuição bastante desigual do número de analfabetos no
território, indicando que as políticas públicas educacionais voltadas para a maioria dos municípios
encontram-se em defasagem com a realidade da oferta de ensino.

Em 2010, as menores taxas de analfabetismo eram observadas em Porto Velho (5,1%) e Vilhena
(6,1%). Ambos os municípios apresentaram uma redução significativa entre 2000 e 2010, sendo, no
primeiro, de 0,37% e, no segundo, de 0,36%. Por outro lado, os municípios com as maiores taxas de
analfabetismo no estado, em 2010, eram Theobroma e Vale do Anari, os dois com índices da ordem de
15,1%. Nestes a redução do analfabetismo no período observado foi menor do que no estado com um
todo, com decréscimos de 0,17% e 0,24%, respectivamente.
55
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Em geral, a diminuição percentual no número de analfabetos foi mais intensa nos municípios
que apresentavam as menores taxas em 2000, ampliando ainda mais a distância entre estes e os que
apresentam índices mais deficitários para esse indicador e configurando um cenário ainda mais díspar
no quesito analfabetismo em Rondônia. O município com maior redução, 0,46%, foi Costa Marques,
que passou de uma taxa de 16%, em 2000, para 8,6% em 2010. Já o que apresentou o menor decréscimo
foi Castanheiras, onde era observado um índice de 14,7% em 2000, passando para 14,3% em 2010, uma
redução de apenas 0,02%. Ressalta-se que, mesmo que em percentuais distintos, todos os municípios de
Rondônia apresentaram decréscimos em suas taxas de analfabetismo entre 2000 e 2010.

A FIGURA 3.7 apresenta a distribuição espacial da proporção de pessoas analfabetas no estado


de Rondônia nos anos 1991, 2000 e 2010. Pode-se perceber que a redução, em todos os municípios, foi
maior entre 1991 e 2000, acontecendo em menor escala no período posterior.

No contexto de eficiência e rendimento escolar, existem diversos indicadores que podem ser
analisados com o objetivo de traçar um cenário das condições educacionais. Para o presente estudo,
optou-se por trabalhar com as taxas de rendimento e as taxas médias de distorção idade-série. As
primeiras fornecem informações sobre a eficiência do sistema escolar, a saber: aprovação, reprovação e
abandono. Já as segundas, representam a defasagem entre a idade do aluno e a idade recomendada para
a série que ele está cursando.

No quesito taxas de rendimento, os dados são segmentados em taxas de aprovação, reprovação


e abandono para o Ensino Fundamental e o ensino médio. A soma dessas taxas é sempre 100%,
permitindo observar o rendimento escolar nos municípios e no Estado.

Já as taxas médias de distorção idade-série estão vinculadas à Lei de Diretrizes Básicas da


Educação (BRASIL, 1996), que estabelece que as idades em que as crianças devem ingressar em cada
etapa de ensino. O aluno é considerado em situação de distorção ou defasagem idade-série quando a
diferença entre a idade do aluno e a idade prevista para a série é de dois anos ou mais. Essa taxa atinge
picos no 6º ano do Ensino Fundamental, o que ocorre, na maioria das vezes, pelo excesso de aprovações
no período do 1º ao 4º ano, permitindo ao aluno progredir nos estudos mesmo com dificuldades de
leitura, escrita, interpretação de textos e operações matemáticas simples. As principais causas que
contribuem para uma taxa de distorção idade-série mais elevadas são a evasão e o abandono escolar.
Uma das principais consequências da distorção idade-série é o baixo desempenho dos alunos em atraso
escolar quando comparados aos alunos regulares.

56
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

FIGURA 3.7 - DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA PROPORÇÃO (%) DA POPULAÇÃO ANALFABETA NOS MUNICÍPIOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA, 1991, 2000 E 2010
Fonte: Atlas Desenvolvimento Sustentável e Saúde – Brasil 1991 a 2010 (OPAS, 2015:45)

A TABELA 3.11 apresenta informações sobre esses indicadores para os municípios e o estado
de Rondônia.

57
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

TABELA 3.11 - TAXAS DE RENDIMENTO ESCOLAR E DE DISTORÇÃO IDADE-SÉRIE NOS MUNICÍPIOS E NO ESTADO DE RONDÔNIA

Taxa de rendimento escolar (%) Taxa média de distorção idade-série (%)


Município Ens. fundamental Ens. médio
Ens. fundamental Ens. médio
Aprovação Reprovação Abandono Aprovação Reprovação Abandono
Alta Floresta d'Oeste 91,8 6 2,2 85,5 3,3 11,2 23,2 24,9
Alto Alegre dos Parecis 86 12,7 1,3 86 5,4 8,6 24,7 29,2
Alto Paraíso 89,2 9,2 1,6 72,5 18,4 9,1 20,8 31,4
Alvorada d'Oeste 93 6,6 0,4 81,6 10,7 7,7 21,1 23,4
Ariquemes 88,8 9,7 1,5 74,1 15,6 10,3 21 28,3
Buritis 89,5 6,5 4 81 8,5 10,5 24,8 34,1
Cabixi 93,7 5,8 0,5 77,4 9,9 12,7 12,7 27,1
Cacaulândia 87,7 10,2 2,1 61,8 28,1 10,1 18,6 25,9
Cacoal 94,3 5 0,7 82,1 10,3 7,6 14,5 26,7
Campo Novo de Rondônia 82,4 13,9 3,7 82 6 12 29,7 41,6
Candeias do Jamari 77,8 16,6 5,6 70,7 13,1 16,2 37,6 45,2
Castanheiras 93,2 5,2 1,5 90,5 0 9,5 24,1 32,7
Cerejeiras 89,1 10,3 0,6 73,6 20,9 5,5 17,8 23,5
Chupinguaia 93,3 5,2 1,5 82,9 4,4 12,7 21,3 34,1
Colorado do Oeste 92,9 6,5 0,6 86,7 11,3 2 14,5 17,1
Corumbiara 86,6 11,2 2,2 80,9 9,6 9,5 24,8 34,2
Costa Marques 85,5 12 2,5 78,7 8,2 13,1 26,3 42,1
Cujubim 80,6 14,2 5,2 68,5 15 16,5 32 48,3
Espigão d'Oeste 93 5,7 1,3 74,3 12,7 13 16,5 27,7
Governador Jorge Teixeira 86,6 8,2 5,2 80 7,2 12,8 25,9 28,9
Guajará-Mirim 86,4 10,9 2,7 80,9 14 5,1 32,1 35,9
Itapuã do Oeste 83,4 12,8 3,8 62,1 20,4 17,5 29,9 38,6
Jaru 90,7 7,6 1,7 78,9 11,3 9,8 21,1 26,4
Ji-Paraná 90,5 7,8 1,7 81 10,6 8,4 19,5 25,6
Machadinho d'Oeste 81,3 16,6 2,1 77,6 13,6 8,8 30,1 30,9
Ministro Andreazza 94,2 5,2 0,6 93,3 1,1 5,6 18,9 18,2
Mirante da Serra 88,1 9,5 2,4 80,5 8,1 11,4 21,4 30,7
Monte Negro 86,2 11,4 2,4 84,9 8,5 6,6 25,7 27,1
Nova Brasilândia d'Oeste 97,1 2,5 0,4 62,6 16,3 21,1 21,1 41,5
Nova Mamoré 83,7 12,2 4,1 81,8 8,3 9,9 30 33,9
Nova União 87 10,8 2,2 77,1 13,5 9,4 24,6 28,4
Novo Horizonte do Oeste 93,8 6,2 0 85,1 12,9 2 23,1 32,1
Ouro Preto do Oeste 86,4 12,1 1,5 69,7 19,3 11 21,9 30
Parecis 88 9,3 2,7 87,4 5,9 6,7 23,8 34,8
Pimenta Bueno 89,8 8,6 1,6 82 8,2 9,8 20,1 27,7
Pimenteiras do Oeste 92,9 5,1 2 86,7 10,8 2,5 19,9 41,3

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PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Taxa de rendimento escolar (%) Taxa média de distorção idade-série (%)


Município Ens. fundamental Ens. médio
Ens. fundamental Ens. médio
Aprovação Reprovação Abandono Aprovação Reprovação Abandono

Porto Velho 84,7 12,4 2,9 73,5 16,5 10 26,6 33,3


Presidente Médici 89,8 9,7 0,5 78,6 20,5 0,9 18,5 31,7
Primavera de Rondônia 94,3 4,8 0,9 86,7 8,7 4,6 20,1 27,1
Rio Crespo 83,5 13,9 2,6 73,4 13,7 12,9 33,5 43
Rolim de Moura 88,8 10,6 0,6 74,7 14,5 10,8 20,7 34,4
Santa Luzia d'Oeste 94,1 5,9 0 96 4 0 18 25,4
São Felipe d'Oeste 93,2 6,1 0,7 73,9 15,7 10,4 18,5 33,8
São Francisco do Guaporé 88,3 10,6 1,1 90,7 5,9 3,4 20,8 32,4
São Miguel do Guaporé 94,3 5,5 0,2 70,1 17,2 12,7 17,8 28,1
Seringueiras 92,1 7,6 0,3 89,2 10,8 0 19,8 32,9
Teixeirópolis 86,8 10,9 2,3 77,2 12 10,8 21,5 25,9
Theobroma 90,9 7,9 1,2 83,4 4,8 11,8 25,6 37,1
Urupá 88,5 10,3 1,2 83,1 10 6,9 23,5 33,2
Vale do Anari 84,4 12,8 2,8 79,2 10,2 10,6 29,8 35,2
Vale do Paraíso 83,5 13,8 2,7 79,5 10,5 10 27 34,8
Vilhena 91 8,1 0,9 75,8 17 7,2 14,3 26,2
RONDÔNIA 87,8 10,1 2,1 77,3 13,4 9,3 23,3 30,6
REGIÃO NORTE 86,3 10,7 3,7 77,1 9,7 13,2 28,3 42,8
BRASIL 89,9 8,2 1,9 81,7 11,5 6,8 19,2 27,4
Fonte: INEP (2017).

59
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

O rendimento escolar no estado de Rondônia, apesar de se apresentar com taxas mais adequadas
do que o da região Norte como um todo, fica aquém das médias nacionais em todos os índices, há menor
aprovação e maiores reprovações e evasão escolar. Isso é válido tanto para o Ensino Fundamental como
para o ensino médio.

No contexto do Ensino Fundamental, a maior parte dos municípios apresentam melhores


indicadores do que os estaduais, porém, aqui não se inclui a capital do estado, uma vez que Porto Velho
apresenta índices piores do que os de Rondônia. Mais, dentre os municípios mais populosos, a capital é
a única que não atinge ou supera a média estadual em nenhum indicador.

A maior taxa de aprovação pode ser observada em Nova Brasilândia d’Oeste, município de
pequeno porte que possui apenas três escolas de Ensino Fundamental municipais e duas estaduais. O
número de matrículas nesse município, nessa etapa de ensino, é de 1.923 alunos, assim, a taxa de
rendimento indica que, destes, apenas 48 irão ser reprovados e sete irão evadir do ambiente escolar. Já
a menor taxa de evasão é apresentada pelo município de São Miguel do Guaporé, 0,2. Neste, também
há duas escolas municipais e duas estaduais, mas ele conta também com uma unidade de ensino privada;
o total de matrículas é de 2.086, indicando que menos de cinco alunos irão compor a estatística de evasão
escolar.

No polo oposto, Candeias do Jamari tem os piores indicadores de todo o estado. A taxa de
reprovação é a maior de Rondônia, assim como o seu índice de evasão escolar. Esse município, com
pouco mais de 24 mil habitantes, possui três escolas municipais e quatro estaduais, totalizando 2.983
matrículas. Desse modo, estima-se que quase 500 alunos reprovem e 170 abandonem o ambiente escolar
em Candeias do Jamari.

No ensino médio, Rondônia apresenta índice de rendimento inferior ao nacional; sua taxa de
reprovação é superior, inclusive, à da região Norte, ainda que a evasão escolar rondoniense seja uma
das menores da região, ainda é bem mais alta do que a nacional.

Os maiores municípios, em termos de população, apresentam um cenário bastante próximo em


relação aos indicadores de rendimento escolar. Ariquemes, Ji-Paraná, Porto Velho e Vilhena tem taxa
de aprovação em torno de 75%, reprovação entre 10% e 16% e evasão escolar de 7% a 10%. Todos os
índices estão abaixo do visualizado para o estado, o que mostra que os municípios menores apresentam
melhores condições nesses quesitos, puxando a taxa média estadual para cima.

Os melhores indicadores no estado são encontrados nos municípios Castanheiras, Ministro


Andreazza e Santa Luzia d’Oeste. Todos eles possuem poucos habitantes, chegando a 10 mil moradores
no máximo, consequentemente, são locais onde são encontrados poucos estabelecimentos escolares,
assim como um montante baixo de matrículas. Santa Luzia d’Oeste é um exponente nesse grupo,
contabilizando uma baixa taxa de reprovação (4%) e não registrando evasão escolar.

60
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

No outro espectro, os municípios que apresentam os piores indicadores são Cacaulândia,


Cujubim, Itapuã do Oeste e Nova Brasilândia d’ Oeste. Ressalta-se que, este último, possuía alguns dos
melhores índices para o Ensino Fundamental. Em todos estes municípios há uma taxa de aprovação em
torno de 60%, com um grande percentual ora de reprovação, ora de evasão escolar. A maior taxa de
reprovação pode ser encontrada em Cacaulândia (28,1%) e de evasão em Nova Brasilândia d’ Oeste
(21,1%).

A quantidade expressiva de alunos com distorção idade-ano é ocasionada pela repetência,


abandono e ingresso tardio na rede de ensino. A relação distorção idade-série em Rondônia é menor do
que a média da região Norte, porém, situa-se bem acima da média nacional. Cerca de 24% dos alunos
do Ensino Fundamental tem dois ou mais anos de idade do que o estipulado para a série que estudam e,
no ensino médio, esse índice salta para pouco mais de 30% do total de alunos inseridos na rede de ensino.

Os municípios que possuem as menores taxas de distorção idade-série são Cabixi, Cacoal e
Vilhena. Estes não apresentam muitas características em comum, nem em termos de população, nem em
relação à localização geográfica. Mas, essas taxas indicam que o fluxo escolar tem sido controlado de
maneira satisfatória, de modo que os alunos não se atrasem tanto por conta de inserção tardia na rede de
ensino ou grande quantidade de reprovações.

Já os piores municípios em relação a esses indicadores são Candeias do Jamari e Rio Crespo.
No primeiro, a distorção passa de 45% para alunos do ensino médio e quase chega a 40% no Ensino
Fundamental; isso quer dizer que quase metade dos matriculados na rede de ensino estão com idades
díspares do que é considerado adequado pela legislação e organizações de educação.

Porto Velho apresenta índices piores do que a média estadual, com maiores percentuais de
alunos em distorção idade-série, entretanto não está entre os cenários municipais mais deficitários do
estado. Na capital, a distorção idade-série é de 26,6% para os alunos do Ensino Fundamental e 33,3%
para o ensino médio. Ariquemes, Ji-Paraná e Vilhena, outros municípios bastante populosos, apresentam
taxas menores do que as estaduais, mas, com exceção de Vilhena, não estão entre os resultados mais
proeminentes visualizados no estado.

Os dados sobre distorção apontam para a necessidade de ampliar e fortalecer medidas capazes
de contribuir na redução dos índices de repetência e de evasão escolar, objetivando superar as
dificuldades de ensino, aprendizagem e permanência na rede de ensino. No caso do ensino médio, cujos
índices são ainda piores do que os observados no Ensino Fundamental, reflete-se a necessidade de se
adotar medidas eficazes na correção da distorção idade-ano, visando afastar as circunstâncias que
contribuem para o fracasso escolar, sobretudo evasão e abandono.

Analisados alguns indicadores de eficiência e rendimento, passa-se à observação de índices de


qualidade. No contexto de qualidade de ensino, a introdução do Índice de Desenvolvimento da Educação
Básica (Ideb) representou uma mudança significativa no acompanhamento educacional brasileiro. Esse
61
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

indicador sintetiza dois conceitos importantes para aferir a qualidade do ensino: fluxo, que representa a
taxa de aprovação dos alunos; e aprendizado, que corresponde ao resultado dos estudantes no Sistema
de Avaliação da Educação Básica (SAEB). Estabelecendo metas para cada biênio, o Ideb é considerado
o principal indicador de qualidade de ensino. A TABELA 3.12 apresenta informações relativas a esse
indicador para a rede de ensino pública dos municípios e do estado de Rondônia.

TABELA 3.12 - ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA NOS ANOS INICIAIS E FINAIS, OBSERVADO
E METAS PLANEJADAS, 2013 E 2015, MUNICÍPIOS E ESTADO DE RONDÔNIA

IDEB
4a série/5o ano 8a série/9o ano
Município
Observado Meta Observado Meta
2013 2015 2013 2015 2013 2015 2013 2015
Alta Floresta d'Oeste 5,4 5,8 4,8 5,1 3,9 4,3 4,4 4,7
Alto Alegre dos Parecis 5,1 5,8 4,7 4,9 4,1 3,9 4,3 4,7
Alto Paraíso 4,9 4,9 4,3 4,6 3,9 4,1 3,9 4,2
Alvorada d'Oeste 5,2 5,6 5,0 5,3 3,7 4,1 4,3 4,7
Ariquemes 4,9 5,2 4,8 5,1 4,2 4,3 4,4 4,7
Buritis 5,6 5,5 4,4 4,7 3,8 4,1 3,9 4,3
Cabixi 5,6 5,5 4,8 5,1 4,1 4,3 4,6 5,0
Cacaulândia 5,1 5,7 4,4 4,6 3,8 3,7 4,3 4,7
Cacoal 5,8 5,9 5,1 5,3 4,5 4,6 4,4 4,8
Campo Novo de Rondônia 4,6 4,6 4,2 4,5 3,8 4,4 3,6 4,0
Candeias do Jamari 3,9 4,2 4,2 4,5 3,1 3,2 3,8 4,2
Castanheiras ** 4,7 5,0 ** 4,7 5,0
Cerejeiras 6,2 5,9 5,1 5,4 3,6 4,0 4,5 4,8
Chupinguaia 5,5 5,1 4,8 5,1 3,7 4,3 4,4 4,8
Colorado do Oeste 6,2 6,3 5,2 5,5 3,9 4,6 4,8 5,2
Corumbiara 5,4 5,2 4,6 4,9 4,3 4,4 4,2 4,6
Costa Marques 5,4 4,9 4,2 4,5 2,6 * 3,9 4,3
Cujubim 4,3 4,5 4,0 4,3 3,2 3,6 3,6 4,0
Espigão d'Oeste 5,8 6,0 5,0 5,3 4,9 4,7 4,6 4,9
Governador Jorge Teixeira 4,6 5,6 4,0 4,3 3,3 3,4 3,7 4,1
Guajará-Mirim 4,7 4,9 4,4 4,6 3,5 3,6 4,2 4,6
Itapuã do Oeste 3,7 4,2 4,2 4,5 3,4 3,6 3,5 3,9
Jaru 5,1 5,6 4,4 4,7 3,7 4,3 3,7 4,1
Ji-Paraná 5,7 6,0 4,9 5,2 3,9 4,1 4,2 4,6
Machadinho d'Oeste 5,0 5,2 4,0 4,9 3,8 3,7 3,7 4,2
Ministro Andreazza 5,8 6,3 4,5 4,8 4,8 5,0 4,5 4,9
Mirante da Serra 5,5 5,6 4,4 4,7 4,5 3,8 3,9 4,3
Monte Negro 5,1 4,8 4,7 5,0 4,2 4,1 4,3 4,6
Nova Brasilândia d'Oeste 6,6 6,6 4,7 5,0 5,1 5,5 4,4 4,8
Nova Mamoré 5,0 4,8 4,3 4,6 3,9 3,6 3,8 4,2
Nova União 5,5 5,4 4,1 4,4 3,8 3,6 3,7 4,0
Novo Horizonte do Oeste 5,0 5,8 4,5 4,7 4,3 4,9 3,9 4,3
Ouro Preto do Oeste 5,5 5,7 4,6 4,9 4,2 4,1 3,7 4,1
Parecis 4,3 4,8 4,6 4,8 3,7 4,4 4,3 4,7
Pimenta Bueno 5,9 5,9 5,0 5,3 4,1 4,4 4,2 4,6
Pimenteiras do Oeste 5,6 5,8 4,5 4,7 3,7 4,4 4,1 4,5
Porto Velho 4,6 4,9 4,7 5,0 3,2 3,7 4,0 4,4
Presidente Médici 5,9 6,0 4,8 5,1 4,6 4,4 4,4 4,8
Primavera de Rondônia 5,5 5,2 4,9 5,2 3,8 5,0 4,2 4,6
Rio Crespo 4,7 4,9 4,3 4,6 3,5 * 4,3 4,7
Rolim de Moura 5,5 5,6 5,1 5,3 3,9 4,4 4,0 4,3
Santa Luzia d'Oeste 5,7 6,1 4,8 5,1 4,6 4,8 4,3 4,7
São Felipe d'Oeste 5,1 5,2 5,0 5,3 4,0 4,2 3,9 4,3
São Francisco do Guaporé 4,8 5,3 4,0 4,2 3,8 4,6 3,8 4,2
62
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

IDEB
4a série/5o ano 8a série/9o ano
Município
Observado Meta Observado Meta
2013 2015 2013 2015 2013 2015 2013 2015

São Miguel do Guaporé 5,3 5,0 4,8 5,1 4,2 4,2 4,6 4,9
Seringueiras 4,4 5,2 4,8 5,1 3,8 4,8 3,9 4,3
Teixeirópolis 5,7 6,1 4,4 4,7 4,2 3,5 4,2 4,6
Theobroma 5,0 6,0 4,5 4,8 3,9 4,6 4,0 4,4
Urupá 5,7 5,6 5,0 5,2 4,4 4,6 3,7 4,0
Vale do Anari 5,1 5,1 4,3 4,6 4,4 4,4 3,9 4,3
Vale do Paraíso 5,5 4,9 4,6 4,9 4,1 3,9 4,3 4,6
Vilhena 5,7 5,6 5,1 5,3 4,1 4,3 4,5 4,8
RONDÔNIA 5,1 5,3 4,6 4,9 3,8 4,1 4,0 4,4
BRASIL 4,9 5,3 4,7 5,0 4,0 4,2 4,1 4,5
Legenda:
Meta atendida.
Meta não atendida
* Número de participantes na Prova Brasil insuficiente para que os resultados sejam divulgados.
** Sem média na Prova Brasil 2015: Não participou ou não atendeu os requisitos necessários para ter o desempenho
calculado.
Fonte: INEP (2015).

Na TABELA 3.12, em laranja, constam os municípios que não atingiram a meta do Ideb e, em
verde, os que conseguiram ou superaram o estimado em termos de melhoria de qualidade do ensino.
Percebe-se que os resultados foram muito piores nas séries finais, com a ampla maioria dos municípios,
bem como o estado e o país, não atingindo a meta proposta. Em relação aos anos iniciais, o estado
superou não só as metas como também os resultados nacionais. Já nos anos finais, além de não atingir
a meta, Rondônia apresentou Ideb inferior à média brasileira.

Nos anos iniciais, em 2015, sete municípios não atingiram a meta, a saber: Candeias do Jamari,
Castanheiras, Itapuã do Oeste, Monte Negro, Porto Velho, São Felipe d’Oeste e São Miguel do Guaporé.
Ressalta-se que em dois destes municípios, Monte Negro e São Miguel do Guaporé, a média do Ideb,
em 2015, foi inferior ao valor atingido em 2013, indicando uma piora na qualidade do ensino. Ainda
sobre os anos iniciais, grande parte dos municípios tiveram uma média bastante próxima à do estado ou
mesmo a superaram.

Nos anos finais o cenário inverte-se: a maior parte dos municípios não conseguiu atingir a meta
proposta para 2015, apenas 14 dos 52 municípios o fizeram, o que corresponde a somente pouco mais
de 25% do total. Os municípios que superaram a média foram: Campo Novo de Rondônia, Jaru, Ministro
Andreazza, Nova Brasilândia d’Oeste, Novo Horizonte do Oeste, Ouro Preto do Oeste, Primavera de
Rondônia, Rolim de Moura, Santa Luzia d’Oeste, São Francisco do Guaporé, Seringueiras, Theobroma,
Urupá e Vale do Anari. Praticamente todos eles abrigam pequenos contingentes populacionais e contam
com poucas escolas de ensino médio, assim como um baixo montante de estudantes.

O resultado para os anos finais não chega a ser surpreendente. A baixa qualidade do ensino
nesses anos é um fator comum em praticamente todo o Brasil. Os índices de distorção idade-série e de
63
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

rendimento, apresentados anteriormente, já mostravam um cenário problemático para o ensino médio,


mas, se destrinchar as taxas para os anos iniciais e finais, percebe-se que as taxas começam a piorar de
maneira significativa a partir do 6º ano, ou seja, exatamente quando os alunos adentram aqueles que são
considerados os anos finais.

A partir dos dados apresentados nesse item, observa-se que os indicadores educacionais
estaduais estão acima ou são iguais aos nacionais. Além disso, Rondônia apresenta os melhores índices,
em praticamente todos as taxas analisadas, da região Norte. Tal realidade indica uma boa qualidade
nacional, ainda que sejam enfrentados problemas pontuais em relação à abrangência da rede,
manutenção do rendimento dos alunos e evasão escolar. Na sequência serão analisados dados sobre a
estrutura física disponível nos municípios e o número de matrículas realizadas.

3.2.3.2 Educação Infantil

Com a promulgação da Constituição Federal de 1988, a oferta de Educação Infantil passou a ser
um dever do estado e um direito da criança. Essa etapa educacional, de acordo com a Carta Magna
brasileira, deve atender, em creches e pré-escolas, todas as crianças de zero a cinco anos de idade
(BRASIL, 1988). Em 1996, a Lei de Diretrizes Básicas da Educação ratificou o exposto na Constituição,
afirmando que a Educação Infantil tem como objetivo desenvolver integralmente as crianças em seus
aspectos físicos, psicológicos, intelectuais e sociais, de modo que torna indispensável sua oferta,
gratuitamente, provida pelo estado (BRASIL, 1996). Assim, tem-se que, é garantido por dispositivos
legais o fato de que todas as crianças que residem em território nacional devem ser beneficiárias da
educação pré-escolar, competindo ao estado contribuir a universalização da oferta educativa dessa etapa
de ensino.

Em Rondônia, a oferta de vagas em creches existe no âmbito do Governo Municipal e em


estabelecimentos privados. As creches públicas recebem auxílio dos governos estaduais e do federal
para executarem suas atividades, mas estão sob responsabilidade dos municípios. Já o Ensino Pré-
Escolar é ofertado, gratuitamente por instituições de ensino municipais e estaduais, embora estas últimas
sejam de montante bastante reduzido.

De acordo com o Censo Demográfico realizado pelo IBGE em 2010, o número de crianças de
0 a 3 anos residentes em Rondônia era de 100.953, ao passo que, deste total, apenas 10.453 frequentavam
creches. No mesmo ano, a população de crianças de 4 a 5 anos era de 54.512, dos quais 36.416
frequentavam pré-escolas. Esse cenário mostra que ainda existe uma alta demanda por essa etapa da
educação básica e que a universalização do atendimento ainda é um desafio no estado (RONDÔNIA,
2014).

Dados disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio


Teixeira (INEP, 2016) apontam para um cenário muito parecido em 2015, quando foram contabilizadas,
no total, 11.015 crianças matriculadas em creches – entre municipais e privadas – e 38.152 matrículas
64
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

em estabelecimentos ofertantes de Ensino Pré-Escolar. A TABELA 3.13 apresenta as informações sobre


a oferta de vagas em creches a nível municipal.
TABELA 3.13 - NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS E MATRÍCULAS EM CRECHES, POR MUNICÍPIO, DE ACORDO
COM A ESFERA DA OFERTA, EM ÁREAS URBANAS DE RONDÔNIA, 2015

Creches
Estabelecimentos Urbanos Matrículas em Estabelecimentos Urbanos
Município
Municipal Privado Total Municipal Privado Total
2015
Alta Floresta d'Oeste 1 - 1 109 - 109
Alto Alegre dos Parecis - 1 1 - 1 1
Alto Paraíso 1 - 1 51 - 51
Alvorada d'Oeste 2 - 2 138 - 138
Ariquemes 5 7 12 438 368 806
Buritis - 3 3 - 57 57
Cabixi 1 - 1 81 - 81
Cacaulândia - - - - - -
Cacoal 7 6 13 517 166 683
Campo Novo de Rondônia 1 - 1 79 - 79
Candeias do Jamari 2 - 2 209 - 209
Castanheiras - - - - - -
Cerejeiras 2 2 4 149 11 160
Chupinguaia 1 - 1 169 - 169
Colorado do Oeste 1 2 3 171 7 178
Corumbiara - - - - - -
Costa Marques 1 - 1 88 - 88
Cujubim 1 - 1 162 - 162
Espigão d'Oeste 2 1 3 139 5 144
Governador Jorge Teixeira 1 - 1 21 - 21
Guajará-Mirim 1 3 4 181 41 222
Itapuã do Oeste 1 - 1 89 - 89
Jaru 6 4 10 353 95 448
Ji-Paraná 7 11 18 195 251 446
Machadinho d'Oeste 1 2 3 90 35 125
Ministro Andreazza 1 - 1 58 - 58
Mirante da Serra 1 - 1 70 - 70
Monte Negro 1 1 2 52 5 57
Nova Brasilândia d'Oeste 1 - 1 94 - 94
Nova Mamoré 1 1 2 60 2 62
Nova União - - - - - -
Novo Horizonte do Oeste 1 - 1 62 - 62
Ouro Preto do Oeste 7 2 9 481 10 491
Parecis - - - - - -
Pimenta Bueno 3 4 7 324 167 491
Pimenteiras do Oeste - - - - - -
Porto Velho 34 28 62 1.927 1.096 3.023
Presidente Médici 1 - 1 228 - 228
Primavera de Rondônia 1 - 1 35 - 35
Rio Crespo - - - - - -
Rolim de Moura 3 2 5 394 37 431
Santa Luzia d'Oeste 1 - 1 61 61 122
São Felipe d'Oeste 1 - 1 33 33 66
São Francisco do Guaporé 1 - 1 80 10 90
São Miguel do Guaporé 1 1 2 145 - 145
Seringueiras - - - - - -
Teixeirópolis 1 - 1 63 - 63
Theobroma 1 - 1 54 - 54
Urupá 1 - 1 72 - 72
Vale do Anari - - - - - -
Vale do Paraíso 1 - 1 44 - 44
Vilhena 8 8 16 386 257 643
TOTAL 116 89 205 8.152 2.715 10.867
Fonte: Adaptado de INEP (2016).
65
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
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Na TABELA 3.13 estão dispostos apenas os dados dos estabelecimentos e matrículas urbanas,
dado que a oferta em áreas rurais é extremamente reduzida. A TABELA 3.14 apresenta as informações
relativas às instituições localizadas em zonas rurais de Rondônia.

TABELA 3.14 - NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS E MATRÍCULAS EM CRECHES, POR MUNICÍPIO, DE ACORDO


COM A ESFERA DA OFERTA, EM ÁREAS URBANAS DE RONDÔNIA, 2015

Creches Municipais Rurais


Municípios
Número de Creches Número de matrículas
Guajará-Mirim 1 8
Jaru 1 23
Porto Velho 2 86
Vilhena 1 3
TOTAL 5 120
Fonte: Adaptado de INEP (2016).

Em Rondônia, no total, existem 213 estabelecimentos que ofertam serviços de creche, sendo
dois estaduais – ambos localizados no município de Porto Velho –, 121 municipais e 90 privados.
Destes, 207 estão situados em áreas urbanas, o que corresponde a pouco mais de 97% do total de
estabelecimentos educacionais. Em relação às matrículas, predominam as realizadas em instituições
municipais, com 75% do total. FIGURA 3.8 apresenta esses dados de forma gráfica.

FIGURA 3.8 - DISTRIBUIÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS DE ENSINO E DAS MATRÍCULAS EM CRECHES DE


RONDÔNIA, DE ACORDO COM A ESFERA ADMINISTRATIVA A QUE ESTÃO VINCULADAS, 2015
Fonte: Adaptado de INEP (2016).

A nível municipal, percebe-se que a oferta de vagas em creches é bastante restrita em


Rondônia. Em nove municípios, inclusive, não há nenhum estabelecimento de ensino, seja público ou
privado, que acolha as crianças que deveriam ser inseridas no sistema educacional nessa faixa etária.
Os municípios que não possuem oferta de vagas em creches são: Cacaulândia, Castanheiras,
Corumbiara, Nova União, Parecis, Pimenteiras Do Oeste, Rio Crespo, Seringueiras e Vale do Anari.
Com exceção de Seringueiras, que tem quase 25 mil habitantes, e Vale do Anari, com cerca de 11 mil
habitantes em 2016, os demais municípios abrigam menos de 10 mil habitantes cada um.

A capital do estado, Porto Velho, concentra pouco mais de 25% do total de matrículas em
creches urbanas, sendo que apenas nesse município podem ser encontradas creches estaduais, um total

66
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

de dois estabelecimentos localizados em área urbana. Também em Porto Velho pode ser encontrada a
única creche de dependência privada em área rural do estado, a qual apresenta, apenas, 16 matrículas.

Creches em áreas rurais somente são encontradas em quatro municípios e o total de matrículas
nestas não chega a 2% do total. Porto Velho é o único município onde há mais de uma instituição de
ensino com oferta de creches em zona rural, porém, no total, esses estabelecimentos apresentam apenas
12 matrículas realizadas em 2015. Vilhena, apesar de possuir uma creche municipal rural, contabiliza
apenas três matrículas na mesma.

O Ensino Pré-Escolar é oferecido de forma mais abrangente, com mais estabelecimentos de


ensino e matrículas realizadas, principalmente em áreas urbanas, onde todos os municípios possuem
pelo menos uma instituição que oferta essa etapa de ensino. A TABELA 3.15 apresenta informações
mais detalhadas sobre o Ensino Pré-Escolar nos municípios de Rondônia.

TABELA 3.15 - NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS E MATRÍCULAS NO ENSINO PRÉ-ESCOLAR, POR MUNICÍPIO, DE


ACORDO A DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA E A ÁREA DE LOCALIZAÇÃO EM RONDÔNIA, 2015
Ensino Pré-Escolar Rural
Ensino Pré-Escolar Urbano
Municipal
Estabelecimentos Matrículas
Município Estab. Matr.
Mun. Priv. Total Público Priv. Total
2015
Alta Floresta d'Oeste 3 - 3 365 - 365 5 64
Alto Alegre dos Parecis 1 - 1 179 - 179 - -
Alto Paraíso 2 - 2 145 - 145 - -
Alvorada d'Oeste 4 - 4 233 - 233 4 43
Ariquemes 9 9 18 1.185 975 2.160 7 178
Buritis 4 3 7 579 53 632 4 44
Cabixi 3 - 3 138 - 138 - -
Cacaulândia 1 - 1 107 - 107 1 9
Cacoal 9 7 16 1.372 450 1.822 8 93
Campo Novo de Rondônia 1 - 1 135 - 135 1 19
Candeias do Jamari 3 - 3 489 - 489 4 241
Castanheiras 1 - 1 54 - 54 1 14
Cerejeiras 4 2 6 379 18 397 2 27
Chupinguaia 1 - 1 102 - 102 3 83
Colorado do Oeste 1 2 3 220 37 257 - -
Corumbiara 1 - 1 137 - 137 - -
Costa Marques 2 - 2 245 - 245 2 126
Cujubim 1 1 2 367 18 385 - -
Espigão d'Oeste 4 2 6 455 62 517 3 57
Governador Jorge Teixeira 1 - 1 76 - 76 2 51
Guajará-Mirim 9 4 13 932 193 1.125 3 46
Itapuã do Oeste 1 - 1 216 - 216 - -
Jaru 7 5 12 811 243 1.054 6 162
Ji-Paraná 13 13 26 1.798 975 2.773 - -
Machadinho d'Oeste 4 2 6 424 58 482 2 78
Ministro Andreazza 2 - 2 121 - 121 - -
Mirante da Serra 1 - 1 178 - 178 3 44
Monte Negro 1 2 3 174 17 191 - -
Nova Brasilândia d'Oeste 2 - 2 216 - 216 3 75
Nova Mamoré 2 1 3 340 28 368 44 335
Nova União 1 - 1 99 - 99 2 33
Novo Horizonte do Oeste 2 - 2 184 - 184 - -

67
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Ensino Pré-Escolar Rural


Ensino Pré-Escolar Urbano
Municipal
Estabelecimentos Matrículas
Município Estab. Matr.
Mun. Priv. Total Público Priv. Total
2015
Ouro Preto do Oeste 7 3 10 806 65 871 3 86
Parecis 1 - 1 77 - 77 - -
Pimenta Bueno 7 2 9 745 98 843 3 45
Pimenteiras do Oeste 1 - 1 52 - 52 - -
Porto Velho 48 35 83 8.713 2.379 11.092 14 647
Presidente Médici 1 - 1 406 - 406 5 56
Primavera de Rondônia 1 - 1 62 - 62 1 25
Rio Crespo 1 - 1 90 - 90 - -
Rolim de Moura 5 2 7 1.301 69 1.370 - -
Santa Luzia d'Oeste 1 - 1 150 - 150 2 7
São Felipe d'Oeste 3 - 3 118 - 118 - -
São Francisco do Guaporé 1 - 1 311 - 311 2 28
São Miguel do Guaporé 1 1 2 282 31 313 9 126
Seringueiras 1 - 1 125 - 125 5 71
Teixeirópolis 1 - 1 69 - 69 2 48
Theobroma 1 - 1 75 - 75 6 120
Urupá 1 - 1 150 2 152 - -
Vale do Anari 1 1 2 106 - 106 - -
Vale do Paraíso 1 - 1 120 - 120 1 20
Vilhena 10 6 16 1.995 274 2.269 4 53
TOTAL 195 103 298 28.208 6.045 34.253 167 3.154
Fonte: Adaptado de INEP (2016).

Além das instituições apresentadas na tabela acima, existem, também, dois estabelecimentos
estaduais urbanos em Porto Velho, as quais, em conjunto, têm 706 matrículas realizadas em 2015. Em
área rural, para além das mencionadas, há uma escola estadual em Mirante da Serra, que teve quatro
matrículas em 2015, e uma em Nova Mamoré, que contabilizava somente duas matrículas no mesmo
ano. O único estabelecimento de Ensino Pré-Escolar de esfera privada em área rural de Rondônia situa-
se em Porto Velho e apresentava 33 matrículas em 2015.

Assim, o número total de estabelecimentos com Ensino Pré-Escolar no estado é de 470


instituições, sendo 362 municipais, 104 privadas e quatro estaduais. As matrículas predominam em áreas
urbanas, em um total de 28.914; em 2015, apenas 3.193 matrículas foram realizadas em áreas rurais,
correspondendo a pouco mais de 11% do total.

O número de alunos em dependências municipais é quase cinco vezes maior do que em


instituições privadas, sendo que, com exceção de Porto Velho, não há oferta de Ensino Pré-Escolar
privado em áreas rurais dos municípios. De forma geral, os estabelecimentos dessa etapa de ensino
localizados em áreas urbanas são maiores e ofertam mais vagas, por isso a proporção tão próxima de
número de escolas urbanas e rurais e tão díspar em termos de matrículas. A FIGURA 3.9 apresenta esses
dados de forma gráfica.

Em todos os municípios há oferta de Ensino Pré-Escolar público municipal, porém, há poucos


estabelecimentos e, consequentemente matrículas, de dependências privadas nos municípios menores.

68
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

As escolas de Ensino Pré-Escolar privadas concentram-se nos municípios com maiores populações,
como Ariquemes, Cacoal, Ji-Paraná, Porto Velho e Vilhena.

FIGURA 3.9 - DISTRIBUIÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS DE ENSINO E DAS MATRÍCULAS DO ENSINO PRÉ-ESCOLAR
EM RONDÔNIA, DE ACORDO COM A ESFERA ADMINISTRATIVA A QUE ESTÃO VINCULADAS, 2015
Fonte: Adaptado de INEP (2016).

Ademais um estabelecimento de ensino na área rural de Porto Velho, não há oferta dessa etapa
a nível privado nas zonas rurais de Rondônia. Em 18 dos 52 municípios, ou seja, em mais de 34% do
total, não há oferta de Ensino Pré-Escolar em áreas rurais. O que mostra que, embora mais abrangente
do que o serviço de creches, a oferta de Ensino Pré-Escolar em grande parte dos municípios de Rondônia
também é bastante deficitária, principalmente no campo.

3.2.3.3 Ensino Fundamental

É garantido a todos os brasileiros, pela Constituição da República Federativa do Brasil em seu


artigo 208 (BRASIL, 1988), a oferta do Ensino Fundamental, inclusive àqueles que não tiveram
oportunidade de cursá-lo quando na idade adequada. A obrigatoriedade de o governo oferecer de forma
gratuita essa etapa de ensino reside em sua importância para a formação básica do cidadão,
desenvolvendo o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo, como meios para viabilizar o
relacionamento dos indivíduos no meio social e político em que se inserem.

Desde 2006, a duração do Ensino Fundamental, que até então era de 8 anos, passou a ser de 9
anos. A Lei Ordinária no 11.274, de 2006, alterou a LDB e ampliou a duração dessa etapa de ensino,
dividindo-o em anos iniciais – do 1º ao 5º ano – e anos finais – do 6º ao 9º ano.

O estado de Rondônia, em 2015, contava com 1.553 escolas que atendiam ao Ensino
Fundamental, distribuídas entre as redes estadual, municipal e particular, como pode ser observado na
FIGURA 3.10 a seguir.

69
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

FIGURA 3.10 - DISTRIBUIÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS ESCOLARES QUE OFERTAM ENSINO FUNDAMENTAL EM
RONDÔNIA POR ESFERAS ADMINISTRATIVAS, MUNICIPAL, ESTADUAL E PARTICULAR, 2015
Fonte: Adaptado de INEP (2016).

O maior número de estabelecimentos é de administração municipal, com 581 escolas que


correspondem a 54% do total. Essas instituições municipais são predominantes em áreas rurais, onde
representam mais de 70% do número de escolas, ainda que estas sejam de menor porte do que as
estaduais nessas zonas. Há também um grande número de escolas estaduais, as quais predominam em
áreas urbanas, assim como as particulares. No caso da rede privada, há apenas quatro estabelecimentos
em áreas rurais de Cacoal, Mirante da Serra, Porto Velho e Vilhena.

De acordo com o Plano Estadual de Educação de Rondônia (SEDUC, 2014), nas últimas décadas
o estado de Rondônia apresentou grande avanço no desenvolvimento de políticas de ampliação da oferta
de matrículas no Ensino Fundamental, alcançando 93,3% da população de 06 a 14 anos. Essa cobertura
de mais de 90% ocorre tanto nos anos iniciais quanto finais, destacando-se que predomina o atendimento
municipal nos anos iniciais (60%) e estadual nos anos finais (66%). A FIGURA 3.11 apresenta essa
distribuição.

O número de matrículas em estabelecimentos escolares municipais e estaduais é bastante


próximo, entretanto, predominam os anos iniciais nos primeiros e os finais nos segundos. Em relação à
distribuição entre áreas rurais e urbanas, nas zonas rurais dos municípios, o maior montante de
matrículas dessa etapa de ensino se dá em escolas municipais, enquanto predominam as matrículas de
âmbito estadual em zonas urbanas. A rede de ensino particular representa apenas 7% do total de
matrículas, e mais de 97% do total de alunos desses estabelecimentos privados, 19.886, encontram-se
em área urbana.

70
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

FIGURA 3.11 - DISTRIBUIÇÃO DAS MATRÍCULAS EFETUADAS NO ENSINO FUNDAMENTAL EM RONDÔNIA POR
ESFERAS ADMINISTRATIVAS, MUNICIPAL, ESTADUAL E PARTICULAR, 2015
Fonte: Adaptado de INEP (2016).

Em relação ao desempenho dos estudantes desta etapa de ensino, os dados da Prova Brasil –
SAEB/INEP mostram que deve haver uma preocupação com a qualidade do ensino, revelado nos testes
de aprendizagem dos alunos efetuados pelo Inep. O programa Todos Pela Educação demarca uma
pontuação mínima, na escala do SAEB, para os alunos concluintes dos anos iniciais e finais do Ensino
Fundamental, sendo que, para os anos iniciais, os alunos devem alcançar 200 pontos em Língua
Portuguesa e 225 pontos em Matemática e, nos anos finais, devem chegar a 275 pontos em Língua
Portuguesa e a 300 pontos em Matemática (SEDUC, 2014). As FIGURA 3.12 e FIGURA 3.13
apresentam os resultados obtidos em Rondônia nesses testes de proficiência em 2011.

Tanto nos anos iniciais quanto finais, Rondônia supera as médias da região Norte, entretanto,
nos anos iniciais, fica abaixo da média brasileira. Em ambos os casos, Rondônia não atinge as metas
estabelecidas pela SAEB. Os dados comprovam a necessidade de políticas públicas que desenvolvam
ações sob diversas interfaces complementares entre si, e que tenham por objetivo o sucesso na
aprendizagem dos estudantes do Ensino Fundamental.

A TABELA 3.16 apresenta a distribuição dos estabelecimentos e matrículas nos municípios,


visando identificar cenários especiais em nível municipal.

71
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

FIGURA 3.12 - MÉDIAS DAS PROFICIÊNCIAS EM LÍNGUA PORTUGUESA E MATEMÁTICA, PARA OS ANOS INICIAIS,
NO BRASIL, NA REGIÃO NORTE E EM RONDÔNIA, 2011
Fonte: Adaptado de SEDUC (2014).

FIGURA 3.13 - MÉDIAS DAS PROFICIÊNCIAS EM LÍNGUA PORTUGUESA E MATEMÁTICA, PARA OS ANOS FINAIS, NO
BRASIL, NA REGIÃO NORTE E EM RONDÔNIA, 2011

Fonte: Adaptado de SEDUC (2014).

72
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

TABELA 3.16 - NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS E MATRÍCULAS NO ENSINO FUNDAMENTAL, POR MUNICÍPIO, DE ACORDO A DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA E A ÁREA DE
LOCALIZAÇÃO EM RONDÔNIA, 2015

Ensino Fundamental Urbano Ensino Fundamental Rural


Estabelecimentos Matrículas Estabelecimentos Matrículas
Município
Mun. Est. Priv. Total Mun. Est. Priv. Total Mun. Est. Priv. Total Mun. Est. Priv. Total
2015 2015
Alta Floresta d'Oeste 3 4 - 7 760 1.885 - 2.645 15 12 - 27 1.052 247 - 1.299
Alto Alegre dos Parecis 2 1 1 4 751 282 - 1.033 5 1 - 6 1.155 7 - 1.162
Alto Paraíso 2 2 - 4 939 795 - 1.734 11 - - 11 1.272 - - 1.272
Alvorada d'Oeste 4 3 - 7 783 1.168 - 1.951 4 - - 4 413 - - 413
Ariquemes 14 9 5 28 6.827 5.610 1.574 14.011 7 - - 7 2.196 - - 2.196
Buritis 4 5 2 11 2.043 2.465 105 4.613 24 - - 24 1.672 - - 1.672
Cabixi 3 1 - 4 467 393 - 860 - 2 - 2 - 106 - 106
Cacaulândia 1 1 - 2 410 278 - 688 2 - - 2 245 - - 245
Cacoal 7 14 6 27 2.878 5.462 2.136 10.476 10 9 1 20 1.922 264 13 2.199
Campo Novo de
1 1 - 2 545 282 - 827 5 1 - 6 1.252 229 - 1.481
Rondônia
Candeias do Jamari 3 4 - 7 1.315 1.668 - 2.983 5 1 - 6 1.096 18 - 1.114
Castanheiras - 1 - 1 - 146 - 146 2 1 - 3 306 132 - 438
Cerejeiras 3 5 2 10 750 1.321 78 2.149 2 - - 2 271 - - 271
Chupinguaia 1 2 - 3 605 436 - 1.041 9 1 - 10 723 49 - 772
Colorado do Oeste 1 6 2 9 162 1.739 57 1.958 5 - - 5 568 - - 568
Corumbiara 1 1 - 2 300 248 - 548 3 3 - 6 438 414 - 852
Costa Marques 2 4 - 6 522 1.194 - 1.716 3 1 - 4 1.082 48 - 1.130
Cujubim 2 1 1 4 2.012 442 119 2.573 3 - - 3 883 - - 883
Espigão d'Oeste 3 5 2 10 1.177 2.103 163 3.443 6 8 - 14 1.079 436 - 1.515
Governador Jorge
1 1 - 2 229 333 - 562 5 5 - 10 760 277 - 1.037
Teixeira
Guajará-Mirim 9 9 5 23 2.741 3.427 625 6.793 10 30 - 40 331 1.745 - 2.076
Itapuã do Oeste 2 2 - 4 1.179 609 - 1.788 3 - - 3 128 - - 128
Jaru 6 8 4 18 1.986 4.091 315 6.392 7 5 - 12 1.366 652 - 2.018
Ji-Paraná 9 25 8 42 2.637 12.786 1.658 17.081 10 15 - 25 1.505 1.016 - 2.521
Machadinho d'Oeste 4 4 2 10 1.473 1.801 142 3.416 20 - - 20 2.732 - - 2.732
Ministro Andreazza 2 1 - 3 608 427 - 1.035 3 1 - 4 424 12 - 436
Mirante da Serra 2 2 - 4 727 650 - 1.377 4 1 1 6 333 74 142 549
Monte Negro 2 2 2 6 621 1.055 62 1.738 4 - - 4 1.042 - - 1.042
Nova Brasilândia d'Oeste 3 2 - 5 790 1.133 - 1.923 5 1 - 6 786 95 - 881
Nova Mamoré 2 2 1 5 836 1.172 148 2.156 52 6 - 58 2.518 704 - 3.222

73
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Ensino Fundamental Urbano Ensino Fundamental Rural


Estabelecimentos Matrículas Estabelecimentos Matrículas
Município
Mun. Est. Priv. Total Mun. Est. Priv. Total Mun. Est. Priv. Total Mun. Est. Priv. Total
2015 2015
Nova União 2 1 - 3 617 99 - 716 2 - - 2 440 - - 440
Novo Horizonte do Oeste 2 1 - 3 522 463 - 985 1 1 - 2 52 360 - 412
Ouro Preto do Oeste 4 7 3 14 2.163 2.662 256 5.081 3 - - 3 782 - - 782
Parecis 1 1 1 3 515 156 - 671 2 3 - 5 41 12 - 53
Pimenta Bueno 4 8 1 13 1.584 3.231 237 5.052 8 - - 8 716 - - 716
Pimenteiras do Oeste 1 1 - 2 250 168 - 418 - - - - - - - -
Porto Velho 54 64 36 154 20.960 34.375 10.581 65.916 59 22 1 82 10.249 3.842 201 14.292
Presidente Médici 1 5 - 6 353 2.055 - 2.408 6 4 - 10 406 432 - 838
Primavera de Rondônia 1 1 - 2 243 184 - 427 1 1 - 2 136 93 - 229
Rio Crespo 1 1 - 2 338 318 - 656 - - - - - - - -
Rolim de Moura 4 11 2 17 1.679 5.913 323 7.915 2 - - 2 970 - - 970
Santa Luzia d'Oeste 1 1 - 2 613 396 - 1.009 2 - - 2 105 - - 105
São Felipe d'Oeste 2 2 - 4 556 407 - 963 - - - - - - - -
São Francisco do Guaporé 3 2 - 5 1.012 856 - 1.868 6 1 - 7 1.119 45 - 1.164
São Miguel do Guaporé 2 2 1 5 1.099 934 53 2.086 10 - - 10 1.627 - - 1.627
Seringueiras 1 2 - 3 517 637 - 1.154 5 1 - 6 987 4 - 991
Teixeirópolis 1 1 - 2 244 198 - 442 2 - - 2 354 - - 354
Theobroma - 1 - 1 - 461 - 461 6 - - 6 1.349 - - 1.349
Urupá 1 2 - 3 567 436 - 1.003 6 - - 6 939 - - 939
Vale do Anari 1 1 - 2 699 332 - 1.031 5 - - 5 590 - - 590
Vale do Paraíso 2 1 - 3 775 161 - 936 3 - - 3 255 - 122 377
Vilhena 15 13 6 34 6.309 5.491 1.234 13.034 5 3 1 9 533 25 - 558
TOTAL 203 257 93 553 78.688 115.334 19.866 213.888 378 140 4 522 51.200 11.338 478 63.016
Fonte: Adaptado de INEP (2016).

74
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

A distribuição de estabelecimentos escolares e número de matrículas segue o padrão


populacional dos municípios, ou seja, aqueles mais populosos, como Porto Velho, Ji-Paraná e Vilhena
possuem mais escolas estaduais e municipais e, consequentemente um maior número de alunos
matriculados.

Quase 80% do total de matrículas, em 2015, foram realizadas em áreas urbanas. Porto Velho
concentra o maior número destas, com pouco mais de 30% do universo. Ji-Paraná é o segundo em
número de matrículas urbanas, com pouco menos de 8%. Os demais municípios apresentam
distribuições proporcionais ao seu contingente populacional em idade compatível com esta etapa de
ensino.

Mesmo em áreas urbanas, o Ensino Fundamental ofertado por rede privada é diminuto; são
apenas 19.866 matrículas, as quais se concentram nos maiores municípios do estado, com destaque,
novamente, para a capital, que abriga mais de 50% dos alunos matriculados em estabelecimentos
particulares. O segundo maior número de matrículas para alunos pagantes ocorre em Cacoal, com 2.136
matrículas, o que representa pouco mais de 10% do total.

Em zonas rurais, predominam os estabelecimentos e as matrículas efetuadas em escolas de


âmbito municipal. Nestas, encontram-se mais de 80% dos alunos do Ensino Fundamental rural do
estado. Ainda que hajam municípios exponentes em número de matrículas, a distribuição em áreas rurais
é mais equitativa, com a maior parte dos municípios com médias bastante próximas. A oferta é maior
em Porto Velho, com 22% do total, e Nova Mamoré, com pouco mais de 5%.

As instituições privadas estão presentes nas áreas rurais de apenas quatro municípios, como
mencionado anteriormente, e o número de matrículas nestas não chega a 1% do total de alunos
matriculados no Ensino Fundamental em zonas rurais. Um único estabelecimento escolar particular em
Porto Velho concentra mais de 40% das vagas de Ensino Fundamental privado rural.

3.2.3.4 Ensino Médio

O Ensino Médio é a etapa de ensino que apresenta maior complexidade na estruturação de


políticas públicas, isso decorre de sua própria natureza enquanto etapa intermediária entre o Ensino
Fundamental e a educação superior. Um dos principais desafios dessa etapa de ensino parte da
particularidade de atender adolescentes, jovens e adultos em suas diferentes expectativas frente à
escolarização.

A partir da promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (BRASIL, 1996),


o Ensino Médio passou a ser visto como a etapa final da Educação Básica, sendo reconhecido como
parte de uma etapa da escolarização que tem por finalidade o desenvolvimento do indivíduo,
assegurando-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania.

75
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

De acordo com o Plano Estadual de Educação de Rondônia (SEDUC, 2014), o estado vivencia
um círculo virtuoso de crescimento e desenvolvimento, cuja sustentabilidade representa um desafio e
impõe demandas, estando entre elas a necessidade de intensificar os investimentos na expansão da oferta
de Ensino Médio com qualidade. É necessário não apenas aportes financeiros e humanos para ampliar
a oferta de vagas àqueles que venham a requerer, mas também, o fortalecimento da execução das
políticas traçadas para essa etapa de ensino.

O estado de Rondônia, em 2015, contava com 238 escolas que atendiam aos alunos do Ensino
Médio. Os estabelecimentos de ensino distribuíam-se de forma desigual entre as redes estadual, federal
e particular, como pode ser observado na FIGURA 3.14 a seguir.

FIGURA 3.14 - DISTRIBUIÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS ESCOLARES QUE OFERTAM ENSINO MÉDIO EM
RONDÔNIA POR ESFERAS ADMINISTRATIVAS, MUNICIPAL, ESTADUAL E PARTICULAR, 2015
Fonte: Adaptado de INEP (2016).

Os estabelecimentos de ensino que dominam o cenário de oferta de Ensino Médio são de gestão
estadual, são 196 escolas, representando 80% do total. Destas unidades, 148 situam-se em áreas urbanas
e 48 em áreas rurais. Em zona urbana, todos os municípios contam com pelo menos uma escola estadual
ofertante de Ensino Médio, entretanto, o mesmo não ocorre na zona rural, onde alunos de vários
municípios não tem acesso à essa etapa de ensino, seja estadual, federal ou privada.

As unidades de administração federal são pouco numerosas, quatro em áreas urbanas e duas
rurais, situando-se nos municípios com maior população: Cacoal, Ji-Paraná, Porto Velho e Vilhena –
em zona urbana – e Ariquemes e Colorado do Oeste – em zona rural. Entretanto, apesar de poucas
unidades, as escolas que oferecem Ensino Médio e estão vinculadas ao Governo Federal são de grande
porte, abrigando centenas de alunos cada uma.

76
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

FIGURA 3.15 - DISTRIBUIÇÃO DAS MATRÍCULAS EFETUADAS NO ENSINO MÉDIO EM RONDÔNIA POR ESFERAS
ADMINISTRATIVAS, MUNICIPAL, ESTADUAL E PARTICULAR, 2015
Fonte: Adaptado de INEP (2016).

Em 2015, o Ensino Médio em Rondônia atendia 64.820 alunos na modalidade tradicional, ou


seja, desconsiderando Educação de Jovens e Adultos (EJA), Educação Semipresencial, Educação
Especial ou Educação Profissionalizante. Assim como o número de estabelecimentos, predominam as
matrículas realizadas na esfera estadual, com 88% do total. A maior parte destas, 93%, foram realizadas
em áreas urbanas.

Importante destacar que há uma evolução crescente de matrículas no Ensino Médio na rede
pública federal, o que se deve, principalmente à expansão dos Institutos Federais de Educação (IFRO)
que, conforme mencionado, embora pouco numerosos (6 unidades) abrangem parcela importante de
alunos, com 3.200 matrículas efetuadas em 2015, chegando a 5% do total. A oferta federal em zona
urbana é praticamente o dobro da em zona rural, entretanto esta última é de grande importância, pois
nos municípios em que são encontradas – Ariquemes e Colorado do Oeste – são as únicas opções para
os alunos cursarem o Ensino Médio em área rural.

A rede particular encontra-se presente em áreas urbanas e rurais, entretanto em proporções


bastante díspares, com a distribuição de matrículas da ordem 75% para as primeiras e 25% para as
segundas.

Um interessante dado é trazido pelo Plano Estadual de Educação de Rondônia (SEDUC, 2014),
de acordo com esse documento, em 2013, foi superada uma predominância histórica de décadas; até o
referido ano, o atendimento do Ensino Médio era mais proeminente no período noturno, porém, a partir
de então, foram observadas maior quantitativo de matrículas no período diurno.

Ainda de acordo com esse Plano (SEDUC, 2014), ao se considerar informações do Censo
Demográfico de 2010, que registrava 95.920 indivíduos, em Rondônia, no grupo de idade de 15 a 17
77
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

anos, e o registro de matrículas no Ensino Médio e de alunos retidos no Ensino Fundamental, podia-se
estimar, à época, um aproximado de mais de 25.000 jovens sem acesso ao Ensino Médio no estado,
justificando a baixa escolarização líquida do estado nessa etapa de ensino, 46,9%.

Ressalta-se que, embora haja um crescimento sempre positivo no número de alunos


matriculados no Ensino Médio regular em Rondônia, a taxa de frequência líquida, que corresponde à
assiduidade ao Ensino Médio na faixa etária adequada, não chega sequer a metade do segmento
populacional de interesse. Soma-se a isso os indicadores deficitários apresentados no item 1.2.1 e chega-
se à conclusão que há uma necessidade imperiosa de se adotarem medidas eficazes na correção da
distorção idade-série, de modo a afastar as circunstâncias que contribuem para o fracasso escolar,
sobretudo evasão e abandono (SEDUC, 2014).

Na sequência, a TABELA 3.17 apresenta informações sobre a estrutura física, número de


estabelecimentos, e o público que tem acesso ao Ensino Médio, matriculados, em Rondônia,
segmentando os dados de acordo com a zona e a esfera administrativa de gestão.

Ao contrário da distribuição dos estabelecimentos de Ensino Fundamental, que é praticamente


paritária com a distribuição geográfica da população no território, no caso das escolas de Ensino Médio,
percebe-se uma concentração bastante polarizada nos municípios com maiores contingentes
populacionais e uma espécie de vácuo de atendimento nos menores municípios.

A oferta federal, como mencionado anteriormente, é restrita às zonas urbanas de Cacoal, Ji-
Paraná, Porto Velho e Vilhena, estando presente, também, apenas nas zonas rurais de Ariquemes e
Colorado do Oeste. No caso desses dois últimos, cada um dos estabelecimentos federais ali localizados
é a única opção para se cursar o Ensino Médio em áreas rurais.

Em todos os municípios observa-se ao menos uma escola estadual que oferta Ensino Médio,
mas isso é válido apenas para as áreas urbanas. Nas áreas rurais, 29 dos 52 municípios, ou seja, mais de
50%, não possuem disponibilidade para que os moradores dessas zonas completem a última etapa da
Educação Básica sem ter que fazer grandes deslocamentos para os centros municipais.

A rede de ensino particular também é diminuta na oferta do Ensino Médio. O maior número de
escolas concentra-se na área urbana de grandes municípios, como Ji-Paraná e Porto Velho. Os poucos
estabelecimentos privados nas áreas rurais são de porte relativamente pequeno, registrando sempre
menos de duas centenas de matrículas.

78
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

TABELA 3.17 - NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS E MATRÍCULAS NO ENSINO MÉDIO, POR MUNICÍPIO, DE ACORDO A DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA E A ÁREA DE
LOCALIZAÇÃO EM RONDÔNIA, 2015

Ensino Médio Urbano Ensino Médio Urbano


Estabelecimentos Matrículas Estabelecimentos Matrículas
Município
Fed. Est. Priv. Total Fed. Est. Priv. Total Fed. Est. Priv. Total Fed. Est. Priv. Total
2015 2015
Alta Floresta d'Oeste - 2 - 2 - 1.018 - 1.018 - - - - - - - -
Alto Alegre dos Parecis - 1 - 1 - 489 - 489 - - - - - - - -
Alto Paraíso - 1 - 1 - 643 - 643 - - - - - - - -
Alvorada d'Oeste - 2 - 2 - 641 - 641 - - - - - - - -
Ariquemes - 6 1 7 - 3.417 189 3.606 1 - - 1 547 - - 547
Buritis - 4 - 4 - 1.264 - 1.264 - - - - - - - -
Cabixi - 1 - 1 - 200 - 200 - 1 - 1 - 21 - 21
Cacaulândia - 1 - 1 - 212 - 212 - - - - - - - -
Cacoal 1 5 5 11 181 3.006 646 3.833 - 5 1 6 - 72 104 176
Campo Novo de Rondônia - 1 - 1 - 266 - 266 - 1 - 1 - 145 - 145
Candeias do Jamari - 2 - 2 - 714 - 714 - - - - - - - -
Castanheiras - 1 - 1 - 156 - 156 - - - - - - - -
Cerejeiras - 1 1 2 - 523 17 540 - - - - - - - -
Chupinguaia - 1 - 1 - 370 - 370 - 1 - 1 - 81 - 81
Colorado do Oeste - 2 - 2 - 583 - 583 1 - - 1 482 - - 482
Corumbiara - 1 - 1 - 192 - 192 - 2 - 2 - 106 - 106
Costa Marques - 1 - 1 - 389 - 389 - 1 - 1 - 180 - 180
Cujubim - 1 - 1 - 652 - 652 - - - - - - - -
Espigão d'Oeste - 2 1 3 - 1.202 77 1.279 - 1 - 1 - 26 - 26
Governador Jorge Teixeira - 1 - 1 - 285 - 285 - 1 - 1 - 106 - 106
Guajará-Mirim - 5 3 8 - 1.503 117 1.620 - - - - - - - -
Itapuã do Oeste - 1 - 1 - 259 - 259 - - - - - - - -
Jaru - 5 1 6 - 1.721 39 1.760 - 3 1 4 - 388 147 535
Ji-Paraná 1 13 4 18 724 3.911 214 4.849 - 4 1 5 - 194 176 370
Machadinho d'Oeste - 2 1 3 - 826 30 856 - 1 - 1 - 206 - 206
Ministro Andreazza - 1 - 1 - 275 - 275 - - - - - - - -
Mirante da Serra - 1 - 1 - 553 - 553 - - 1 1 - - 119 119
Monte Negro - 2 - 2 - 569 - 569 - - - - - - - -
Nova Brasilândia d'Oeste - 1 - 1 - 738 - 738 - - - - - - - -

79
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Ensino Médio Urbano Ensino Médio Urbano


Estabelecimentos Matrículas Estabelecimentos Matrículas
Município
Fed. Est. Priv. Total Fed. Est. Priv. Total Fed. Est. Priv. Total Fed. Est. Priv. Total
2015 2015
Nova Mamoré - 2 - 2 - 456 - 456 - 2 - 2 - 400 - 400
Nova União - 1 - 1 - 296 - 296 - - - - - - - -
Novo Horizonte do Oeste - 1 - 1 - 236 - 236 - 1 1 2 - 175 152 327
Ouro Preto do Oeste - 5 1 6 - 1.233 35 1.268 - - - - - - - -
Parecis - 1 - 1 - 139 - 139 - 1 - 1 - 2 - 2
Pimenta Bueno - 3 1 4 - 1.265 75 1.340 - 1 - 1 - 110 - 110
Pimenteiras do Oeste - 1 - 1 - 80 - 80 - - - - - - - -
Porto Velho 1 34 13 48 745 12.838 2.090 15.673 - 10 - 10 - 1.410 - 1.410
Presidente Médici - 4 - 4 - 731 - 731 - 1 - 1 - 61 - 61
Primavera de Rondônia - 1 - 1 - 105 - 105 - 1 - 1 - 50 - 50
Rio Crespo - 1 - 1 - 142 - 142 - - - - - - - -
Rolim de Moura - 8 2 10 - 2.123 68 2.191 - - - - - - - -
Santa Luzia d'Oeste - 1 - 1 - 287 - 287 - - - - - - - -
São Felipe d'Oeste - 2 - 2 - 237 - 237 - - - - - - - -
São Francisco do Guaporé - 2 - 2 - 622 - 622 - - 1 1 - - 94 94
São Miguel do Guaporé - 1 - 1 - 950 - 950 - - - - - - - -
Seringueiras - 1 - 1 - 504 - 504 - - - - - - - -
Teixeirópolis - 1 - 1 - 189 - 189 - - - - - - - -
Theobroma - 1 - 1 - 372 - 372 - - - - - - - -
Urupá - 1 - 1 - 377 - 377 - - - - - - - -
Vale do Anari - 1 - 1 - 247 - 247 - - - - - - - -
Vale do Paraíso - 1 - 1 - 264 - 264 - - - - - - - -
Vilhena 1 6 4 11 521 2.808 409 3.738 - 2 - 2 - 11 - 11
TOTAL 4 148 38 190 2.171 53.078 4.006 59.255 2 40 6 48 1.029 3.744 792 5.565
Fonte: Adaptado de INEP (2016).

80
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Considerando o exposto até aqui, observa-se que são impostos vários desafios, em Rondônia,
no tocante ao Ensino Médio. O maior deles é a garantia da universalização da oferta, ampliando a rede
física e o número de matrículas, especialmente nos municípios de menor porte, onde, inúmeras vezes,
os estudantes não possuem nem a opção de cursar essa etapa de ensino. Também se mostra imperativo
desenvolver políticas públicas que contribuam para a melhoria dos índices de permanência e
aprendizado, de modo a dar condições para que os estudantes possam concluir a Educação Básica de
forma adequada e satisfatória.

3.2.3.5 EJA e Educação Especial

A maioria das estatísticas oficiais disponíveis trata de informações sobre EJA e Educação
Especial de forma conjunta. Assim, no presente capítulo, as duas serão abordadas de maneira unificada,
ainda que as particularidades de cada uma sejam ressaltadas no decorrer do texto.

A Educação de Jovens e Adultos (EJA) visa oferecer uma oportunidade de estudo para as
pessoas que não tiveram possibilidade de acesso ou permanência no Ensino Fundamental ou Médio na
idade própria. Com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (BRASIL, 1996), a
Educação de Jovens e Adultos deixou de ser uma compensação e passou a ser um direito, porém, ainda
há um longo caminho para que a EJA seja efetivada como uma forma de educação permanente.

Não só em Rondônia, como em todo Brasil, o déficit de atendimento no Ensino Fundamental


produziu, ao longo dos anos, um número significativo de jovens, adultos e idosos que não tiveram acesso
ou não conseguiram concluir a Educação Básica, fazendo com que seja expressivo o número de pessoas
analfabetas ou subescolarizadas.

Nas últimas décadas, no Brasil, foram promulgados diversos dispositivos legais que tratam da
Educação Especial. Todos eles têm a perspectiva de que a Educação Especial deve ser inclusiva, ou seja,
os sistemas de ensino devem garantir o acesso ao ensino regular e a oferta do atendimento educacional
especializado (AEE) aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidade/superdotação. O AEE é entendido como um conjunto de atividades, recursos pedagógicos e
soluções de acessibilidade organizados institucionalmente, contribuindo, de forma complementar ou
suplementar, à formação dos estudantes alvo da Educação Especial matriculados no ensino regular.

O atendimento educacional especializado é realizado, prioritariamente, nas salas de recursos


multifuncionais das escolas de ensino regular, no turno inverso da escolarização, ou em centros de
atendimento educacional especializados público e em instituições de caráter comunitário, confessional
ou filantrópico, sem fins lucrativos, conveniadas com a Secretaria de Educação. Essas salas são fruto do
Programa Escola Acessível, do Ministério da Educação e Cultura, por intermédio da Secretaria de
Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (MEC/SECADI), em parceria com as
instituições de ensino. Em Rondônia, até 2014, 249 escolas já haviam sido contempladas com o

81
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Programa Escola Acessível, desenvolvendo ações de acessibilidade em escolas da rede estadual de


educação (SEDUC, 2014).

De acordo com informações da Sinopse Estatística da Educação Básica (INEP, 2016), o maior
número de matrículas na modalidade EJA e Ensino Especial (EE), em Rondônia, ocorre em
estabelecimentos escolares estaduais em áreas urbanas. Em zonas rurais, há poucas escolas com oferta
desses tipos de ensino e o número de matrículas reduz-se drasticamente, não chegando a 5% do total. A
FIGURA 3.16 ilustra o cenário dessa oferta no estado de Rondônia em 2015.

FIGURA 3.16 - NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS QUE OFERTAM E MATRÍCULAS REALIZADAS NAS MODALIDADES
EJA E ENSINO ESPECIAL
Fonte: Adaptado de INEP (2016)

Como mencionado, o ensino dessas modalidades tem maior disponibilidade em áreas urbanas.
Os estabelecimentos escolares que ofertam EJA e Ensino Especial em zonas rurais são menores e,
portanto, oferecem menos vagas, consequentemente, com menos matriculados. Ressalta-se que,
somente, em 15 dos 52 municípios é possível cursar essas modalidades em área rural, ou seja, em mais
de 70% das unidades municipais os alunos não têm acesso à EJA e EE, seja em instituições públicas ou
privadas. Em relação à dependência administrativa que oferece essas modalidades de ensino,
predominam as matrículas em instituições estaduais em áreas urbanas e rurais, ainda que nas primeiras
a preponderância da rede estadual seja muito mais proeminente. Em zonas rurais, o número de
matrículas na rede municipal é muito próximo ao das realizadas na rede estadual.

A TABELA 3.18 apresenta as informações sobre o número de estabelecimentos e matrículas


realizadas na Educação de Jovens e Adultos e no Ensino Especial em Rondônia.
82
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

TABELA 3.18 - ESTABELECIMENTOS DE ENSINO E MATRÍCULAS REALIZADAS NAS MODALIDADES EJA E ENSINO ESPECIAL, DE ACORDO COM A LOCALIZAÇÃO, MUNICÍPIOS
DE RONDÔNIA, 2015

EJA e Ensino Especial Urbano EJA e Ensino Especial Rural


Estabelecimentos Matrículas Estabelecimentos Matrículas
Município
Mun. Est. Priv. Total Mun. Est. Priv. Total Mun. Est. Total Mun. Est. Total
2015 2015
Alta Floresta d'Oeste - 1 1 2 - 485 50 535 - - - - - -
Alto Alegre dos Parecis - 1 1 2 - 48 23 71 - - - - - -
Alto Paraíso 1 1 - 2 180 167 - 347 - - - - - -
Alvorada d'Oeste - 1 1 2 - 293 71 364 - - - - - -
Ariquemes 5 7 2 14 529 2.641 140 3.310 2 - 2 137 - 137
Buritis 1 2 1 4 225 679 53 957 - - - - - -
Cabixi - 1 - 1 - 129 - 129 - - - - - -
Cacaulândia 1 1 - 2 10 39 - 49 1 - 1 11 - 11
Cacoal - 2 2 4 - 1.916 221 2.137 - - - - - -
Campo Novo de Rondônia 1 1 - 2 107 78 - 185 - - - - - -
Candeias do Jamari 1 3 - 4 329 695 - 1.024 1 - 1 107 - 107
Castanheiras - 1 - 1 - 7 - 7 - 1 1 - 20 20
Cerejeiras - 1 1 2 - 421 54 475 - - - - - -
Chupinguaia - - - - - - - - - - - - - -
Colorado do Oeste - 1 1 2 - 467 28 495 - - - - - -
Corumbiara - 2 - 2 - 163 - 163 - - - - - -
Costa Marques - 1 1 2 - 309 22 331 - 1 1 - 123 123
Cujubim 1 - - 1 261 - - 261 - - - - - -
Espigão d'Oeste - 1 1 2 - 540 71 611 - - - - - -
Governador Jorge Teixeira 1 1 - 2 89 39 - 128 - 1 1 - 72 72
Guajará-Mirim 2 5 - 7 422 1.463 - 1.885 - - - - - -
Itapuã do Oeste 1 1 - 2 179 182 - 361 - - - - - -
Jaru 3 4 1 8 255 1.182 92 1.529 1 1 2 7 93 100
Ji-Paraná 3 7 2 12 701 3.053 156 3.910 - 1 1 - 17 17
Machadinho d'Oeste - 2 1 3 - 1.111 25 1.136 1 - 1 7 - 7
Ministro Andreazza 1 1 - 2 63 103 - 166 - - - - - -
Mirante da Serra 1 1 1 3 30 261 28 319 - - - - - -
Monte Negro 1 1 1 3 17 254 38 309 - - - - - -
Nova Brasilândia d'Oeste - 2 - 2 - 812 - 812 - - - - - -
Nova Mamoré 1 2 1 4 75 552 36 663 1 1 2 126 55 181
Nova União 1 1 - 2 78 125 - 203 - - - - - -
Novo Horizonte do Oeste - 1 - 1 - 275 - 275 - 1 1 - 13 13

83
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

EJA e Ensino Especial Urbano EJA e Ensino Especial Rural


Estabelecimentos Matrículas Estabelecimentos Matrículas
Município
Mun. Est. Priv. Total Mun. Est. Priv. Total Mun. Est. Total Mun. Est. Total
2015 2015
Ouro Preto do Oeste 2 3 1 6 503 909 55 1.467 - - - - - -
Parecis - - 1 1 - - 14 14 - - - - - -
Pimenta Bueno 1 2 2 5 41 1.410 114 1.565 1 - 1 14 - 14
Pimenteiras do Oeste - 1 - 1 - 31 - 31 - - - - - -
Porto Velho 19 34 2 55 3.274 13.932 427 17.633 12 6 18 668 769 1.437
Presidente Médici - 2 1 3 - 1.101 64 1.165 - - - - - -
Primavera de Rondônia - - - - - - - - - - - - - -
Rio Crespo - - - - - - - - - - - - - -
Rolim de Moura 1 4 1 6 85 1.769 145 1.999 - - - - - -
Santa Luzia d'Oeste - 1 - 1 - 234 - 234 - - - - - -
São Felipe d'Oeste - 1 - 1 - 74 - 74 - - - - - -
São Francisco do Guaporé 1 1 - 2 82 904 - 986 - - - - - -
São Miguel do Guaporé 1 1 - 2 131 571 - 702 - - - - - -
Seringueiras - 1 - 1 - 510 - 510 4 - 4 47 - 47
Teixeirópolis - 1 - 1 - 49 - 49 - - - - - -
Theobroma 1 1 - 2 242 55 - 297 - - - - - -
Urupá - 2 - 2 - 365 - 365 - - - - - -
Vale do Anari 1 1 1 3 170 87 16 273 - - - - - -
Vale do Paraíso 1 - - 1 62 - - 62 - - - - - -
Vilhena 4 4 3 11 859 1.952 309 3.120 1 1 2 13 7 20
TOTAL 58 117 31 206 8.999 42.442 2.252 53.693 25 14 39 1.137 1.169 2.306
Fonte: Adaptado de INEP (2016).

84
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Ademais a oferta de EJA Fundamental e Médio nas escolas de ensino regular, em Rondônia é
possível acessar essa modalidade de ensino nos Centros Estaduais de Educação de Jovens e Adultos
(CEEJAS) por meio de cursos e de exames de Conclusão. De acordo com o Plano Estadual de Educação
(SEDUC, 2014), em 2014, Rondônia possuía 30 Centros de Educação de Jovens e Adultos (CEEJA),
115 escolas com EJA Fundamental Semestral e 66 Escolas com EJA Ensino Médio. Os cursos oferecidos
nessas unidades são de diferentes modalidades: Semestral Seriado, ProJovem Urbano, Semipresencial
Modular, Brasil Alfabetizado e Exames Gerais (provão).

Além do atendimento nas escolas de ensino regular e CEEJAS, o estado de Rondônia oferece
atendimento educacional às pessoas em privação de liberdade das unidades de internação e instituições
do sistema prisional. Em 2014, no estado, foram atendidos 247 alunos no sistema socioeducativo em
diferentes unidades provisórias e de internações masculinas e femininas. No mesmo ano, 910 jovens e
adultos privados de liberdade em estabelecimentos prisionais também tiveram acesso à EJA (SEDUC,
2014).

Inseridos no Ensino Especial inclusivo, em Rondônia, em 2015, haviam alunos portadores das
seguintes necessidades especiais: cegueira, baixa visão, surdez, deficiência auditiva, deficiência física,
deficiência intelectual, deficiência múltipla, autismo, Síndrome de Aperger, Síndrome de Rett,
Transtorno Dissociativo de Identidade (TDI) e superdotação.

Existem, também, escolas exclusivamente especializadas e classes especiais do ensino regular


em Rondônia. Embora possam ser encontradas em menos da metade dos municípios estaduais, apenas
em 21 deles existem esse tipo de escola ou classe, e tenham um total de matrículas reduzido, as quais
representam somente pouco mais de 3% do total de matrículas em EJA e EE, é importante ressaltar sua
existência. A TABELA 3.19 apresenta mais informações sobre essas escolas e classes em Rondônia.

TABELA 3.19 - ESCOLAS EXCLUSIVAMENTE ESPECIALIZADAS E/OU CLASSES ESPECIAIS DO ENSINO REGULAR
NOS MUNICÍPIOS DE RONDÔNIA, 2015

Educação Especial - Classes Exclusivas


Estabelecimentos Matrículas
Município
Mun. Est. Priv. Total Mun. Est. Priv. Total
2015
Alta Floresta d’Oeste - - 1 1 - - 50 50
Alto Alegre dos Parecis - - 1 1 - - 29 29
Alto Paraíso - - - - - - - -
Alvorada d’Oeste - - 1 1 - - 71 71
Ariquemes - - 1 1 - - 132 132
Buritis - - 1 1 - - 84 84
Cabixi - - - - - - - -
Cacaulândia - - - - - - - -
Cacoal - - 1 1 - - 159 159
Campo Novo de Rondônia - - - - - - - -
Candeias do Jamari - - - - - - - -
Castanheiras - - - - - - - -
Cerejeiras - - 1 1 - - 66 66
Chupinguaia - - - - - - - -

85
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Educação Especial - Classes Exclusivas


Estabelecimentos Matrículas
Município
Mun. Est. Priv. Total Mun. Est. Priv. Total
2015
Colorado do Oeste - - 1 1 - - 37 37
Corumbiara - - - - - - - -
Costa Marques - - 1 1 - - 22 22
Cujubim - - - - - - - -
Espigão d’Oeste - - 1 1 - - 93 93
Governador Jorge Teixeira - - - - - - - -
Guajará-Mirim 1 - 1 2 11 - 26 37
Itapuã do Oeste - - - - - - - -
Jaru - - 1 1 - - 146 146
Ji-Paraná - - - - - - - -
Machadinho d'Oeste - - 1 1 - - 51 51
Ministro Andreazza - - - - - - - -
Mirante da Serra - - 1 1 - - 28 28
Monte Negro - - - - - - - -
Nova Brasilândia d'Oeste - - - - - - - -
Nova Mamoré - - - - - - - -
Nova União - - - - - - - -
Novo Horizonte do Oeste - - - - - - - -
Ouro Preto do Oeste - - 1 1 - - 68 68
Parecis - - 1 1 - - 18 18
Pimenta Bueno - - 1 1 - - 76 76
Pimenteiras do Oeste - - - - - - - -
Porto Velho 1 3 2 6 25 142 103 270
Presidente Médici - - - - - - - -
Primavera de Rondônia - - - - - - - -
Rio Crespo - - - - - - - -
Rolim de Moura - - 1 1 - - 145 145
Santa Luzia d'Oeste - - - - - - - -
São Felipe d'Oeste - - - - - - - -
São Francisco do Guaporé - - - - - - - -
São Miguel do Guaporé - - - - - - - -
Seringueiras - - - - - - - -
Teixeirópolis - - - - - - - -
Theobroma - - - - - - - -
Urupá - - - - - - - -
Vale do Anari - - 1 1 - - 18 18
Vale do Paraíso - - - - - - - -
Vilhena - - 1 1 - - 216 216
Total 2 3 22 27 36 142 1.638 1.816
Fonte: Adaptado de INEP (2016).

Estabelecimentos públicos especializados nessa modalidade de ensino só são encontrados em


Porto Velho e Guajará-Mirim. Os demais municípios são atendidos, primordialmente por unidades da
Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e, em Pimenta Bueno por um Centro de Ensino
Especial (CENE). Em Porto Velho, além da instituição municipal e das três estaduais, ainda pode ser
encontrada uma unidade que oferece Ensino Especial sob a administração da Associação de Pais e
Amigos do Autista de Rondônia (AMA) e outra sob gerência da Associação Pestalozzi (SEDUC, 2014).

Dado o exposto até aqui, percebe-se que, para ambas as modalidades, é preciso investimento no
fortalecimento de políticas públicas voltadas, exclusivamente, para os alunos público-alvo destes tipos
86
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

de ensino. Para tanto é necessário que sejam identificadas as necessidades e realizado o planejamento
de ações através de articulações entre diferentes órgãos e instituições envolvidos com a Educação de
Jovens e Adultos e o Ensino Especial.

3.2.3.6 Ensino Profissionalizante

Os cursos técnicos do Ensino Profissionalizante situam-se em um nível entre o Ensino Médio e


o Ensino Superior, podendo ser cursados após o Ensino Médio ou então substituindo essa etapa de
ensino, integrando as disciplinas práticas profissionalizantes com as matérias obrigatórias do currículo
do Ensino Médio em um só curso.
Historicamente, o sistema educacional brasileiro sempre esteve voltado para uma lógica
academicista, com ampla valorização de diplomas universitários, embora estes não sejam acessíveis
para a maior parte dos jovens. Nos últimos anos, esse cenário tem se alterado, com a inserção da
Educação Profissional na agenda política do país.
De acordo com a pesquisa “Retratos da Sociedade Brasileira: Educação Profissional”, realizada
pelo Ibope sob encomenda da Confederação Nacional da Indústria, em 2014, apenas 6% dos jovens com
idades entre 16 e 24 anos estavam matriculados em cursos de Educação Profissional, considerando
estudantes que cursam o Ensino Médio Integrado ao Técnico e os que fazem apenas o Ensino
Profissional. Esse percentual fica muito abaixo da média registrada nos países considerados mais
desenvolvidos, onde a porcentagem de matrículas no ensino técnico entre jovens de 15 a 24 é de 35%
(CNI, 2014).
Em Rondônia, em 2015, haviam mais de 12 mil estudantes matriculados em cursos de Educação
Profissional. A maior parte, pouco mais de 80% das matrículas, encontra-se em áreas urbanas dos
municípios, concentrando-se em Ariquemes, Cacoal, Ji-Paraná, Porto Velho e Vilhena. A FIGURA 3.17
apresenta a distribuição das matrículas de acordo com os municípios onde são registradas.

FIGURA 3.17 - DISTRIBUIÇÃO DO TOTAL DE MATRÍCULAS DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL, MUNICÍPIOS DO


ESTADO DE RONDÔNIA, 2015
Fonte: Adaptado de INEP (2016).

87
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Nesses municípios, podem ser encontradas diferentes modalidades de Educação Profissional.


As mais representativas, nesse universo de estudantes, são o Curso Técnico Integrado (Ensino Médio
Integrado), o Curso Técnico Concomitante, o Curso Técnico Subsequente e os cursos de Formação
Inicial e Continuada (FIC).

O Curso Técnico Integrado substitui, parcialmente, o Ensino Médio e pode ser iniciado logo
após o aluno finalizar o Ensino Fundamental e cursar o primeiro ano do Ensino Médio. Ao final desse
curso, o formando obtém o certificado de conclusão do ensino médio e o certificado de conclusão do
curso técnico escolhido. Em Rondônia, essa modalidade encontra-se disponível em Ariquemes, Cacoal,
Colorado do Oeste, Guajará-Mirim, Jaru, Ji-Paraná, Novo Horizonte do Oeste, Pimenta Bueno, Porto
Velho e São Francisco do Guaporé. O número de alunos inseridos no Ensino Médio Integrado é igual a
3.363 jovens, correspondendo a 27% do total dos cursantes de Ensino Profissionalizante no estado.

O Curso Técnico Concomitante é cursado separadamente do Ensino Médio, mas de maneira


paralela. Para iniciar esse tipo de curso, o aluno deve ter concluído o primeiro ano do Ensino Médio. É
comum, nesse tipo de formação, os alunos optarem por fazer o Ensino Médio e o curso técnico em
períodos distintos. Essa modalidade pode ser encontrada em Ariquemes, Cacoal, Ji-Paraná, Monte
Negro, Ouro Preto do Oeste, Porto Velho, Rolim de Moura, Seringueiras e Vilhena. Há um total de
3.104 alunos matriculados em instituições privadas nesse tipo de curso, o que corresponde a 25% do
universo da Educação Profissional.

O Curso Técnico Subsequente é uma opção para os alunos que já concluíram o Ensino Médio e
optam por um curso técnico, de modo a entrar mais rapidamente no mercado de trabalho. Em Rondônia,
4.345 alunos – 35% do total – fizeram essa opção e encontram-se cursando essa modalidade em
instituições federais e privadas. Esse curso está disponível nos seguintes municípios: Ariquemes,
Cacoal, Colorado do Oeste, Ji-Paraná, Pimenta Bueno, Porto Velho, Rolim de Moura, Seringueiras e
Vilhena.

Os cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC) são focados nas necessidades do mercado de
trabalho, buscando desenvolver as competências necessárias para o aluno ter uma ocupação e entrar
rapidamente no mercado. Esses cursos são oferecidos gratuitamente em todos os estados brasileiros,
como parte do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Desempregados,
beneficiários de programas de transferência de renda e pessoas de baixa renda têm prioridade para
ocupar as vagas nesses cursos de formação profissional. Em Rondônia, porém, essa modalidade é
ofertada apenas por instituições privadas. É possível acessar essa formação nos municípios de
Ariquemes, Cacoal, Espigão d’Oeste, Ji-Paraná, Pimenta Bueno, Porto Velho e Vilhena, num total de
762 alunos.

Há ainda, 21 alunos matriculados no Magistério em Porto Velho. Entretanto, este é o único


município que registra turma para esse tipo de formação. Também na capital do estado, são registradas
88
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ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

221 matrículas no Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem), na modalidade urbana, o qual
visa à formação de jovens entre 18 e 29 anos que não concluíram o Ensino Fundamental; com duração
de 18 meses, o curso pode ser realizado presencialmente e à distância.

Na TABELA 3.20 podem ser encontradas as informações sobre o número de matrículas e de


instituições para cada uma das modalidades de Ensino Profissionalizante citadas anteriormente, de
acordo com o município onde são registradas.

TABELA 3.20 - NÚMERO DE MATRÍCULAS DE ACORDO COM A MODALIDADE DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE E


A DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA A QUE SE VINCULAM, MUNICÍPIOS DE RONDÔNIA, 2015

Número de Matrículas na Educação Profissional


Etapa de Ensino/Dependência Administrativa
Município Curso Técnico Integrado (Ensino Curso Técnico -
Curso Técnico - Subsequente Curso FIC
Médio Integrado) Concomitante
Total Fed. Est. Priv. Privada Total Fed. Priv. Privada
Alta Floresta d'Oeste - - - - - - - - -
Alto Alegre dos
- - - - - - - - -
Parecis
Alto Paraíso - - - - - - - - -
Alvorada d'Oeste - - - - - - - - -
Ariquemes 547 547 - - 409 100 38 62 45
Buritis - - - - - - - - -
Cabixi - - - - - - - - -
Cacaulândia - - - - - - - - -
Cacoal 181 181 - - 743 794 96 698 115
Campo Novo de
- - - - - - - - -
Rondônia
Candeias do Jamari - - - - - - - - -
Castanheiras - - - - - - - - -
Cerejeiras - - - - - - - - -
Chupinguaia - - - - - - - - -
Colorado do Oeste 482 482 - - - 130 130 - -
Corumbiara - - - - - - - - -
Costa Marques - - - - - - - - -
Cujubim - - - - - - - - -
Espigão d'Oeste - - - - - - - - 24
Governador Jorge
- - - - - - - - -
Teixeira
Guajará-Mirim 5 - - 5 - - - - -
Itapuã do Oeste - - - - - - - - -
Jaru 147 - - 147 - - - - -
Ji-Paraná 900 724 - 176 686 534 94 440 2
Machadinho d'Oeste - - - - - - - - -
Ministro Andreazza - - - - - - - - -
Mirante da Serra - - - - - - - - -
Monte Negro - - - - 55 - - - -
Nova Brasilândia
- - - - - - - - -
d'Oeste
Nova Mamoré - - - - - - - - -
Nova União - - - - - - - - -
Novo Horizonte do
152 - - 152 - - - - -
Oeste
Ouro Preto do Oeste - - - - 44 - - - -
Parecis - - - - - - - - -
Pimenta Bueno 110 - 110 - - 85 - 85 7
Pimenteiras do Oeste - - - - - - - - -
Porto Velho 745 745 - - 722 2.026 1.021 1.005 481
Presidente Médici - - - - - - - - -
Primavera de
- - - - - - - - -
Rondônia
Rio Crespo - - - - - - - - -
Rolim de Moura - - - - 38 273 - 273 -
89
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Número de Matrículas na Educação Profissional


Etapa de Ensino/Dependência Administrativa
Município Curso Técnico Integrado (Ensino Curso Técnico -
Curso Técnico - Subsequente Curso FIC
Médio Integrado) Concomitante
Total Fed. Est. Priv. Privada Total Fed. Priv. Privada
Santa Luzia d'Oeste - - - - - - - - -
São Felipe d'Oeste - - - - - - - - -
São Francisco do
94 - - 94 - - - - -
Guaporé
São Miguel do
- - - - - - - - -
Guaporé
Seringueiras - - - - 21 53 - 53 -
Teixeirópolis - - - - - - - - -
Theobroma - - - - - - - - -
Urupá - - - - - - - - -
Vale do Anari - - - - - - - - -
Vale do Paraíso - - - - - - - - -
Vilhena - - - - 386 350 88 262 88
Total 3.363 2.679 110 574 3.104 4.345 1.467 2.878 762
Fonte: Adaptado de INEP (2016).

Como mencionado anteriormente, a distribuição das matrículas, de Ensino Profissionalizante,


entre as áreas rurais e urbanas não é paritária. A FIGURA 3.18 apresenta, graficamente, essas
proporções. Na sequência, na TABELA 3.21 podem ser encontradas informações sobre o número de
estabelecimentos e de matrículas de acordo com sua localização e a esfera administrativa a que se
vinculam.

FIGURA 3.18.- DISTRIBUIÇÃO DO NÚMERO DE MATRÍCULAS POR ZONA DE LOCALIZAÇÃO E ESFERA


ADMINISTRATIVA A QUE ESTÃO VINCULADAS, RONDÔNIA, 2015
Fonte: Adaptado de INEP (2016).
Como mencionado anteriormente, fica claro o predomínio do Ensino Profissionalizante em
áreas urbanas, concentrando-se sua oferta em estabelecimentos particulares. As matrículas estaduais se
referem aos 186 alunos que, em 2015, frequentavam cursos técnicos em dois estabelecimentos de ensino
em Porto Velho, bem como aos 110 alunos de Pimenta Bueno, que cursam essa modalidade de ensino
em área rural. Por fim, há apenas dois pequenos estabelecimentos administrados pela esfera municipal,
ambos localizados em Porto Velho, registravam 35 matrículas em 2015.

90
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TABELA 3.21 - ESTABELECIMENTOS DE ENSINO E MATRÍCULAS REALIZADAS NO ENSINO PROFISSIONALIZANTE, DE ACORDO COM A LOCALIZAÇÃO, MUNICÍPIOS DE
RONDÔNIA, 2015

Número de Matrículas na Educação Profissional


Etapa de Ensino/Dependência Administrativa
Município Curso Técnico -
Curso Técnico Integrado (Ensino Médio Integrado) Curso Técnico - Subsequente Curso FIC
Concomitante
Total Federal Estadual Privada Privada Total Federal Privada Privada
Alta Floresta d'Oeste - - - - - - - - -
Alto Alegre dos Parecis - - - - - - - - -
Alto Paraíso - - - - - - - - -
Alvorada d'Oeste - - - - - - - - -
Ariquemes 547 547 - - 409 100 38 62 45
Buritis - - - - - - - - -
Cabixi - - - - - - - - -
Cacaulândia - - - - - - - - -
Cacoal 181 181 - - 743 794 96 698 115
Campo Novo de Rondônia - - - - - - - - -
Candeias do Jamari - - - - - - - - -
Castanheiras - - - - - - - - -
Cerejeiras - - - - - - - - -
Chupinguaia - - - - - - - - -
Colorado do Oeste 482 482 - - - 130 130 - -
Corumbiara - - - - - - - - -
Costa Marques - - - - - - - - -
Cujubim - - - - - - - - -
Espigão d'Oeste - - - - - - - - 24
Governador Jorge Teixeira - - - - - - - - -
Guajará-Mirim 5 - - 5 - - - - -
Itapuã do Oeste - - - - - - - - -
Jaru 147 - - 147 - - - - -
Ji-Paraná 900 724 - 176 686 534 94 440 2
Machadinho d'Oeste - - - - - - - - -
Ministro Andreazza - - - - - - - - -
Mirante da Serra - - - - - - - - -
Monte Negro - - - - 55 - - - -
Nova Brasilândia d'Oeste - - - - - - - - -
Nova Mamoré - - - - - - - - -
Nova União - - - - - - - - -

91
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ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Número de Matrículas na Educação Profissional


Etapa de Ensino/Dependência Administrativa
Município Curso Técnico -
Curso Técnico Integrado (Ensino Médio Integrado) Curso Técnico - Subsequente Curso FIC
Concomitante
Total Federal Estadual Privada Privada Total Federal Privada Privada
Novo Horizonte do Oeste 152 - - 152 - - - - -
Ouro Preto do Oeste - - - - 44 - - - -
Parecis - - - - - - - - -
Pimenta Bueno 110 - 110 - - 85 - 85 7
Pimenteiras do Oeste - - - - - - - - -
Porto Velho 745 745 - - 722 2.026 1.021 1.005 481
Presidente Médici - - - - - - - - -
Primavera de Rondônia - - - - - - - - -
Rio Crespo - - - - - - - - -
Rolim de Moura - - - - 38 273 - 273 -
Santa Luzia d'Oeste - - - - - - - - -
São Felipe d'Oeste - - - - - - - - -
São Francisco do Guaporé 94 - - 94 - - - - -
São Miguel do Guaporé - - - - - - - - -
Seringueiras - - - - 21 53 - 53 -
Teixeirópolis - - - - - - - - -
Theobroma - - - - - - - - -
Urupá - - - - - - - - -
Vale do Anari - - - - - - - - -
Vale do Paraíso - - - - - - - - -
Vilhena - - - - 386 350 88 262 88
TOTAL 3.363 2.679 110 574 3.104 4.345 1.467 2.878 762
Fonte: Adaptado de INEP (2016).

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3.2.3.7 Ensino Superior

O Ensino Superior, não só em Rondônia, mas nos estados que compõem a região amazônica no
geral, tem uma história relativamente recente. As primeiras iniciativas de implantar instituições
ofertantes dessa etapa de ensino no norte do país, datam da época doo Governo Militar, instaurado em
1964 (CUNHA, 1999).

As primeiras instituições de Educação Superior registradas em Rondônia ali se instalaram, em


1972, através da atividade de extensão universitária desenvolvida pela Faculdade de Filosofia, Ciências
e Letras Sagrado Coração de Jesus, da cidade de Bauru, no estado de São Paulo (MOREIRA, 2001). As
atividades de extensão universitária, à época, apresentavam muito mais um caráter de integração social
e prestação de serviços à população numa dimensão assistencialista do que de serviços educacionais,
entretanto, elas foram os embriões do Ensino Superior no estado de Rondônia.

Em 1973, o governo do então Território Federal de Rondônia assinou um convênio com a


Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), visando à habilitação de professores em nível
superior. No mesmo ano a UFRGS instalou cursos de licenciatura curta de Estudos Sociais, Ciências,
Letras e Artes em Porto Velho. Em 1976 foram firmados novos convênios, dessa vez com as
Universidades Federais do Acre (UFAC) e do Pará (UFPA). A UFAC apresentou grande importância
no processo de desenvolvimento educacional em Rondônia, instalando o curso de licenciatura curta de
Pedagogia em Guajará-Mirim e reservando vagas para alunos bolsistas de Rondônia em cursos ofertados
em sua sede, em Rio Branco, Acre.

Em 1975, foi criada a Fundação Centro de Ensino Superior de Rondônia (FUNDACENTRO),


visando a consolidação da Educação Superior no estado com a criação da primeira instituição pública
federal. Essa entidade de direito privada, vinculada à Prefeitura Municipal de Porto Velho, ainda que
não tenha alcançado seu objetivo primário até meados da década de 1980, conseguiu autorizar os cursos
de Economia, Ciências Contábeis e Administração em dezembro de 1979 (MOREIRA, 2001).

Outra importante instituição de ensino ligada à formação de uma rede de Educação Superior em
Rondônia foi a Universidade do Pará, fundada em 1957. O núcleo de educação dessa universidade,
interiorizado para além da capital paraense, Belém, em 1971, foi ampliado para outros estados da
Amazônia e para o então Território Federal de Rondônia. Entre 1979 e 1981, a UFPA expandiu sua área
de atuação em Rondônia através da criação de subnúcleos de ensino nas cidades de Ariquemes, Cacoal,
Ji-Paraná Pimenta Bueno, Porto Velho, Vilhena e Guajará-Mirim (CAMARGO, 1997).

Em Ariquemes, Cacoal, Pimenta Bueno e Vilhena eram, à época, oferecidas curtas licenciaturas
de Letras, Estudos Sociais e Ciências; em Guajará-Mirim, licenciaturas curtas de Ciências e licenciaturas
plenas de Geografia, Letras e Pedagogia; em Ji-Paraná ofertava-se licenciatura curta de Ciências e plenas
de Geografia e História; e, por fim, em Porto Velho, haviam licenciaturas plenas de Letras, Geografia,

93
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

História, Matemática e Pedagogia, assim como um curso de pós-graduação de Pesquisa e Metodologia


do Ensino Superior (CAMARGO, 1997).

Na década de 1980, os cursos desenvolvidos nos núcleos de Porto Velho foram intensificados
e, segundo Camargo (1997:33), “irão ensejar a constituição das universidades locais, depois de
concluído o processo de transformação do território em estado”.

Após a transformação de Rondônia em estado, em 1982, foi criada a Universidade Federal de


Rondônia (UNIR). Essa instituição foi organizada, inicialmente, com uma proposta de regionalização,
adotando uma estrutura departamental, constituindo um Departamento de Educação, um de Ciências
Exatas e um de Ciências Humanas e Sociais. Instalada em Porto Velho, a UNIR, ao longo das últimas
décadas, estendeu suas atividades aos municípios de Ariquemes, Cacoal, Guajará-Mirim, Ji-Paraná,
Presidente Médici, Rolim de Moura e Vilhena.

A partir de então, inúmeras instituições de Ensino Superior privadas foram criadas no estado. A
expansão da rede privada de Educação Superior, em Rondônia, em índices relativos, entre 1996 e 2010,
apresentava-se superior à média nacional. Nesse contexto, os cursos ofertados pela iniciativa privada
somam em torno de 70% do total, porém, sua diversificação institucional e de conteúdo ainda é bastante
limitada. Até 2006, o Ensino Superior público só podia ser acessado através da UNIR, entretanto, neste
ano, foi criado o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), que oferece
cursos tecnológicos gratuitamente aos alunos ingressantes. Entretanto, ainda há demanda pela expansão
pública regional de instituições de Ensino Superior, não tanto em número de vagas, mas, principalmente,
na abrangência geográfica e na diversificação dos cursos oferecidos (GEPES, 2013).
A seguir, serão apresentados alguns dados acerca da oferta do Ensino Superior em Rondônia,
visando traçar um cenário geral para o estado. A TABELA 3.22 apresenta informações gerais sobre o
número de instituições, de acordo com a dependência administrativa, a localização e a organização
acadêmica.
TABELA 3.22.- NÚMERO DE INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR, DE ACORDO COM A DEPENDÊNCIA
ADMINISTRATIVA, A LOCALIZAÇÃO E A ORGANIZAÇÃO ACADÊMICA, RONDÔNIA, 2015

Categoria Administrativa
Instituições Localização
Pública - Federal Privada Total
Capital 1 - 1
Universidades Interior - - -
Total 1 - 1
Capital - 12 12
Faculdades Interior - 16 16
Total - 28 28
Capital - - -
Centros Universitários Interior - 1 1
Total - 1 1
Capital 1 - 1
Instituto Federal Interior - - -
Total 1 - 1
Capital 2 12 14
TOTAL GERAL Interior - 17 17
Total 2 29 31
Fonte: Adaptado de INEP (2016).
94
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
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Como mencionado anteriormente, só duas instituições oferecem Ensino Superior público em


Rondônia, a Universidade Federal de Rondônia (UNIR), fundada em 1982, e o Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia (IFRO), implantado em 2006. A tabela acima considera como a
localização destas os polos originais e não os campi que foram instalados posteriormente; ambos se
situam na capital do estado, Porto Velho. A oferta da rede privada predomina no interior do estado, são
16 faculdades e um centro universitário, o que representa quase 60% do total das instituições particulares
presentes em Rondônia. Em Porto Velho podem ser encontradas outras 12 faculdades privadas.

Na TABELA 3.23 estão expostos os dados acerca dos alunos matriculados e concluintes na rede
de Ensino Superior presencial no estado de Rondônia, de acordo com a esfera administrativa e a sua
localização.

TABELA 3.23 - NÚMERO DE MATRÍCULAS E CONCLUINTES DA EDUCAÇÃO SUPERIOR PRESENCIAL, DE ACORDO


COM A DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA E LOCALIZAÇÃO, RONDÔNIA, 2015

Dependência Matrículas Concluintes % de Concluintes por Matriculados


Administrativa
Capital Interior Total Capital Interior Total Capital Interior Total
Pública – Federal 4.260 6.000 10.260 584 976 1.560 13,70 16,26 15,20
Privada 21.877 16.789 38.666 3.050 2.342 5.392 13,94 13,94 13,94
Total 26.137 22.789 48.926 3.634 3.318 6.952 13,90 14,55 14,20
Fonte: Adaptado de INEP (2016).

As matrículas na rede pública representam 20% do total; apesar dos polos originais das unidades
federais estarem em Porto Velho, o maior número de matrículas ocorre no interior, com quase 60% dos
alunos matriculados. Isso revela que a implantação de outros campi federais nos municípios obteve alto
grau de sucesso, ampliando a abrangência geográfica do Ensino Superior Público e atendendo à uma
demanda existente no interior. A proporção de concluintes no interior também é superior à da capital,
cerca de 16% dos matriculados no interior concluem o Ensino Superior no período delimitado, enquanto,
em Porto Velho, esse percentual cai para 13,70%.

Na rede particular encontra-se a maior parte da oferta de Educação Superior; praticamente 80%
dos alunos matriculados estão em unidades de ensino privadas. Apesar do número de instituições dessa
categoria administrativa ser maior no interior, é na capital que se encontra a maior parte das matrículas
realizadas, pouco mais de 56%. Os percentuais de concluintes em relação aos matriculados é igual em
Porto Velho e nos demais municípios, 13,94%.

Comparando o número de matrículas com o de concluintes, percebe-se uma grande disparidade,


o que mostra que o nível de evasão no Ensino Superior, assim como o percentual de alunos que não
concluem seus cursos no período adequado, é bastante alto em Rondônia. Na rede privada, o percentual
de concluintes em vistas dos matriculados, no mesmo ano, é de apenas 13,94%, subindo para 15,20%
na rede pública. Ressalta-se que, esses indicadores apresentam melhores resultados no interior do estado
do que na capital, Porto Velho.

95
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

A FIGURA 3.19 apresenta o mapa de Rondônia com a indicação dos municípios onde estão
instalados os campi da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) e das unidades vinculadas ao Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), que configuram toda a oferta de Ensino
Superior público presencial no estado.

Na FIGURA 3.20 são indicados os municípios que possuem instituições privadas de Ensino
Superior no estado de Rondônia.

Comparando os mapas expostos nas duas figuras, observa-se que, apesar de haver inúmeras
instituições de ensino privadas, estas concentram-se em poucos municípios. De acordo com a Sinopse
Estatística da Educação Superior (INEP, 2016), são 29 instituições particulares em Rondônia, porém,
elas distribuem-se em apenas 11 municípios. Em sete desses onze municípios também são encontradas
unidades de Ensino Superior Público, o que significa que a rede particular somente oferta,
exclusivamente, a Educação Superior nos municípios de Jaru, Machadinho d’Oeste, Ouro Preto do Oeste
e Pimenta Bueno.

Essas informações ratificam o que foi mencionado anteriormente, a respeito da baixa


abrangência geográfica do Ensino Superior em Rondônia, apesar da grande quantidade de faculdades e
centros universitários ali instalados.

FIGURA 3.19 - LOCALIZAÇÃO DOS CAMPI DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA (UNIR) E DAS UNIDADES DO
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE RONDÔNIA (IFRO), RONDÔNIA, 2017
Fonte: Adaptado de INEP (2016).

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FIGURA 3.20 - LOCALIZAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES PRIVADAS OFERTANTES DE ENSINO SUPERIOR NOS MUNICÍPIOS
DE RONDÔNIA, 2017
Fonte: Adaptado de INEP (2016).

A Educação à Distância (EaD) privilegia a utilização de meios e tecnologias de informação e


comunicação como mediadores didáticos no processo de ensino, isso permite que estudantes de
diferentes locais, em tempos diversos, possam ter acesso à essa modalidade educacional. Em regiões
amazônicas, onde muitos municípios sofrem com consequências do isolamento geográfico, essa
ferramenta educacional tem se tornado um poderoso recurso para que os alunos consigam obter as
formações desejadas.

Em Rondônia, há 53 polos de EaD, com predomínio da oferta por instituições privadas, 77% do
total. Nos 42 polos da Educação à Distância privada, são oferecidos inúmeros cursos, que se estendem
da área de Administração a Turismo, com uma oferta amplamente variada, são 410 registros de cursos
em diferentes unidades. Gratuitamente, entretanto, a UNIR oferece apenas os cursos de Administração
Pública, Ciências Naturais – Biologia, Letras – Português e Pedagogia. A Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, que participou do processo de construção da rede de ensino superior em Rondônia, oferta
licenciatura em Música no estado. A FIGURA 3.24 apresenta mais informações sobre a oferta de EaD
em Rondônia.

97
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
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TABELA 3.24 - NÚMERO DE POLOS, INGRESSOS, MATRÍCULAS E CONCLUINTES DA EDUCAÇÃO SUPERIOR À


DISTÂNCIA, DE ACORDO COM A DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA, RONDÔNIA, 2015

Graduação à Distância
Ingressos
Dependência
administrativa Número Seleção para % de concluintes
Total de Seleção para Matrículas Concluintes
de polos vagas por matriculados
vagas vagas novas
remanescentes
Pública - Federal 12 - - - 412 72 17,47
Privada 41 11.110 10.351 759 24.316 3.788 15,57
Total 53 11.110 10.351 759 24.728 3.860 15,6
Fonte: Adaptado de INEP (2016).

Interessante notar que a Graduação à Distância apresenta maiores percentuais de concluintes


por matriculados do que a presencial. Na rede pública federal, quase 18% dos matriculados concluem
seus estudos no período considerado adequado pela instituição, caindo para cerca de 16% na rede
privada. Lembra-se que, na educação superior presencial, esses indicadores ficaram entre 14% e 15%.

Há poucas matrículas na esfera pública, devido a menor capacidade de atendimento desta e,


também, ao número reduzido de cursos ofertados, representando menos de 2% do total. O número de
matrículas na rede privada é bastante superior ao total de vagas porque muitos cursos ofertados na
modalidade EaD não requerem ingresso por algum tipo de processo seletivo.

Na TABELA 3.25 são apresentadas as principais informações relacionadas à oferta de Ensino


Superior, presencial e à distância, segundo os cursos ofertados em Rondônia.

98
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TABELA 3.25- NÚMERO DE INSTITUIÇÕES, CURSOS, MATRÍCULAS E CONCLUINTES DE ACORDO COM A DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA E O CURSO OFERTADO EM
QUESTÃO, RONDÔNIA, 2015

Número de Instituições Número de Cursos Matrículas Concluintes


Dependência Administrativa
Total Pública Privada Total Pública Privada Total Pública Privada Total Pública Privada
Administração 38 2 36 34 5 29 8.464 1.068 7.396 1.183 183 1.000
Agronomia 6 2 4 6 2 4 1.271 521 750 85 19 66
Análise de Sistemas 12 - 12 3 - 3 436 - 436 100 - 100
Arqueologia 1 1 - 1 1 - 78 78 - 6 6 -
Arquitetura e Urbanismo 7 - 7 7 - 7 1.722 - 1.722 132 - 132
Artes (Geral) 1 - 1 - - - 46 - 46 13 - 13
Artes Cênicas 1 1 - 1 1 - 21 21 - 1 1 -
Belas Artes 3 1 2 1 1 - 55 39 16 9 5 4
Biblioteconomia,
1 1 - 1 1 - 160 160 - 18 18 -
Documentação e Arquivos
Biomedicina 7 - 7 7 - 7 1.051 - 1.051 135 - 135
Ciências da Computação 4 1 3 3 2 1 237 103 134 29 10 19
Ciências Política 1 - 1 - - - 12 - 12 - - -
Ciências Biológicas 12 2 10 14 4 10 2.073 464 1.609 379 61 318
Ciências Contábeis 28 1 27 19 3 16 6.698 641 6.057 994 172 822
Ciências Sociais 5 1 4 1 1 - 140 125 15 22 22 -
Ciências Ambientais e Proteção
13 2 11 5 2 3 1.585 258 1.327 498 58 440
Ambiental
Comunicação Social 8 1 7 5 1 4 468 74 394 59 12 47
Direito 11 1 10 12 2 10 8.465 992 7.473 1.159 170 989
Economia 5 1 4 2 1 1 179 102 77 33 20 13
Educação Física 10 1 9 9 1 8 3.091 140 2.951 254 26 228
Eletricidade e Energia 1 - 1 1 - 1 163 - 163 18 - 18
Enfermagem 15 1 14 15 1 14 3.303 113 3.190 385 34 351
Engenharia Ambiental 3 1 2 3 1 2 407 165 242 75 20 55
Engenharia Civil 7 1 6 7 1 6 2.164 167 1.997 234 38 196
Engenharia de Alimentos 1 1 - 1 1 - 81 81 - 20 20 -
Engenharia de Computação 2 - 2 - - - 44 - 44 - - -
Engenharia de Pesca 1 1 - 1 1 - 113 113 - 23 23 -
Engenharia de Produção 7 1 6 4 1 3 387 108 279 4 4 -
Engenharia Elétrica 4 1 3 2 1 1 393 196 197 16 16 -
Engenharia Florestal 2 1 1 2 1 1 569 196 373 66 29 37
Engenharia Mecânica 1 - 1 - - - 39 - 39 - - -
Estatística 1 1 - 1 1 - 111 111 - 6 6 -
Farmácia 9 - 9 9 - 9 1.765 - 1.765 223 - 223
Filosofia 6 1 5 2 1 1 215 146 69 28 15 13
Fisioterapia 7 - 7 7 - 7 1.314 - 1.314 125 - 125
Fonoaudiologia 2 - 2 2 - 2 311 - 311 40 - 40

99
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Número de Instituições Número de Cursos Matrículas Concluintes


Dependência Administrativa
Total Pública Privada Total Pública Privada Total Pública Privada Total Pública Privada
Formação de Professor de
1 - 1 - - - 16 - 16 3 - 3
Disciplinas Profissionais (Geral)
Física e Astronomia 5 2 3 6 4 2 331 241 90 22 15 7
Geografia 7 1 6 2 2 - 513 162 351 53 7 46
Gerenciamento, Comércio e
7 - 7 1 - 1 46 - 46 26 - 26
Vendas
História 9 1 8 4 3 1 830 274 556 171 38 153
Hotelaria 2 - 2 2 - 2 42 - 42 1 - 1
Letras 14 1 13 8 5 3 1.202 768 434 197 101 96
Matemática 10 2 8 5 4 1 1.088 418 670 99 32 67
Medicina 4 1 3 4 1 3 1.695 256 1.439 285 40 245
Medicina Veterinária 4 1 3 4 1 3 889 165 724 69 - 69
Música 3 2 1 1 1 - 99 46 53 2 2 -
Nutrição 3 - 3 3 - 3 690 - 690 114 - 114
Odontologia 3 - 3 3 - 3 1.098 - 1.098 157 - 157
Pedagogia 25 1 24 23 9 14 9.786 1.579 8.207 1.942 343 1.599
Processamento de Alimentos 1 1 - 1 1 - 61 61 - 15 15 -
Produção Agrícola e Pecuária 7 1 6 4 1 3 341 37 304 38 - 38
Profissões Industriais 2 - 2 - - - 41 - 41 10 - 10
Psicologia 11 1 10 11 1 10 1.606 145 1.461 186 27 159
Química 4 2 2 4 2 2 457 284 173 66 24 42
Relações Internacionais 1 - 1 - - - 10 - 10 - - -
Religião e Teologia 6 - 6 - - - 133 - 133 19 - 19
Secretariado 1 - 1 - - - 8 - 8 1 - 1
Serviço Social e Orientação 11 - 11 4 - 4 3.016 - 3.016 594 - 594
Serviços de Beleza 2 - 2 1 - 1 347 - 347 68 - 68
Serviços de Segurança e
Proteção de Pessoas e 7 1 6 1 1 - 622 54 568 124 - 124
Propriedades
Sistemas de Informação 10 - 10 10 - 10 810 - 810 97 - 97
Terapia Ocupacional 1 - 1 1 - 1 114 - 114 14 - 14
Transportes e Serviços (cursos
2 - 2 - - - 15 - 15 - - -
gerais)
Turismo 2 - 2 1 - 1 10 - 10 8 - 8
Técnicas Audiovisuais e
2 - 2 1 - 1 - - - - - -
Produção de Mídia
Uso do Computador 4 - 4 3 - 3 107 - 107 39 - 39
Total 31 2 29 300 78 222 49.338 10.672 38.666 7,024 1.632 5.392
Fonte: Adaptado de INEP (2016).

100
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Os cursos que apresentam oferta mais ampla, em número de instituições e matrículas, são:
Pedagogia, oferecido em 24 instituições privadas e uma pública, contando com um total de matrículas
de 9.786; Direito, que pode ser cursado em 10 estabelecimentos privados e um público, em um total de
8.465 alunos; Administração, com recorde de instituições ofertantes, 36 privadas e duas públicas, que
apresenta 8.464 matrículas; e Ciências Contábeis, curso presente em 27 faculdades particulares e na
UNIR, com um total de 6.698 alunos. Coincidentemente, esses quatro cursos são os que apresentam o
maior número de vagas ofertadas pela rede pública de Ensino Superior.

Dos 66 cursos apresentados, 26, ou seja, 40%, só podem ser acessados pelos alunos em rede
particular de ensino em Rondônia, dentre eles, encontram-se algumas formações bastante procuradas
pelos jovens na área de saúde e tecnologia. Isso revela como o Ensino Superior gratuito, para além da
baixa abrangência geográfica, também mostra limitações em termos da variedade dos cursos ofertados.
As graduações que só podem ser obtidas no serviço de ensino particular são: Análise de Sistemas,
Arquitetura e Urbanismo, Artes (Geral), Biomedicina, Ciência Política, Eletricidade e Energia,
Engenharia da Computação, Engenharia Mecânica, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Formação
de Professor de Disciplinas Profissionais (Geral), Gerenciamento, Comércio e Vendas, Hotelaria,
Nutrição, Odontologia, Profissões Industriais, Relações Internacionais, Religião e Teologia (ofertado,
majoritariamente, na modalidade EaD), Secretariado, Serviço Social e Orientação, Serviços de Beleza,
Sistemas de Informação, Terapia Ocupacional, Transportes e Serviços (cursos gerais), Turismo,
Técnicas Audiovisuais e Produção de Mídia e Uso do Computador.

Já os estudantes que queiram obter graduação nas áreas de Arqueologia, Artes Cênicas,
Biblioteconomia, Engenharia de Alimentos, Engenharia de Pesca, Estatística e Processamento de
Alimentos, só podem acessar essas áreas do conhecimento, em Rondônia, em instituições públicas,
estando condicionados à oferta de vagas – e à concorrência entre estudantes – na UNIR e no IFRO.

A TABELA 3.26, por fim, apresenta detalhes sobre as instituições de ensino de Educação
Superior, com oferta de cursos presenciais, localizadas no estado de Rondônia.

101
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

TABELA 3.26 - INFORMAÇÕES SOBRE UNIVERSIDADES, CENTROS UNIVERSITÁRIOS E FACULDADES DE RONDÔNIA COM ENSINO SUPERIOR PRESENCIAL, DE ACORDO COM O
MUNICÍPIO DE LOCALIZAÇÃO, 2015

Município Instituição de ensino Sigla da mantenedora Categoria administrativa Ano de criação


Faculdade de Educação e Meio Ambiente FAEMA Privada 2007
Faculdades Integradas de Ariquemes FIAR Privada 1990
Ariquemes Fundação Universidade Federal de Rondônia UNIR Pública Federal 1982
Instituto de Ensino Superior de Rondônia IESUR Privada 2000
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia IFRO Pública Federal 2006
Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal FACIMED Privada 2001
Faculdade Santo André FASA Privada 2011
Faculdades Integradas de Cacoal UNESC Privada 1987
Cacoal
Fundação Universidade Federal de Rondônia UNIR Pública Federal 1982
Instituição de Ensino Superior de Cacoal FANORTE Privada 2013
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia IFRO Pública Federal 2006
Faculdade de Educação de Colorado do Oeste FAEC Privada 1998
Colorado do Oeste
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia IFRO Pública Federal 2006
Guajará-Mirim Fundação Universidade Federal de Rondônia UNIR Pública Federal 1982
Jaru Faculdade de Educação de Jaru UNICENTRO Privada 2001
Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná CEULJI/ULBRA Privada 1989
Faculdade de Educação e Cultura de Ji-Paraná FAJIPA Privada 2016
Faculdade Marechal Cândido Rondon FAMAR Privada 2009
Ji-Paraná
Faculdade Panamericana de Ji-Paraná - Privada 2007
Fundação Universidade Federal de Rondônia UNIR Pública Federal 1982
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia IFRO Pública Federal 2006
Machadinho d'Oeste Faculdade de Machadinho d'Oeste FAMAC Privada 2011
Faculdade de Informática de Ouro Preto do Oeste FIOURO Privada 2005
Ouro Preto do Oeste
Faculdade de Ouro Preto do Oeste UNEOURO Privada 2009
Pimenta Bueno Faculdade de Pimenta Bueno FAP Privada 1999
Centro Universitário São Lucas FSL Privada 1999
Faculdade Católica de Rondônia FCR Privada 2007
Faculdade de Ciências Administrativas e Tecnologia FATEC Privada 1994
Faculdade de Educação de Porto Velho UNIRON Privada 1995
Porto Velho
Faculdade de Educação e Cultura de Porto Velho FAEC-PVH Privada 2012
Faculdade de Porto Velho FIP Privada 2001
Faculdade de Rondônia FARO Privada 1988
Faculdade de Tecnologia São Mateus FATESM Privada 2004

102
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Município Instituição de ensino Sigla da mantenedora Categoria administrativa Ano de criação


Faculdade Interamericana de Porto Velho UNIRON Privada 2001
Faculdade Madeira Mamoré FAMMA Privada 2003
Faculdade Metodista de Teologia e Ciências Humanas da Amazônia FATEO-PVH Privada 2004
Faculdade Metropolitana UNNESA Privada 2002
Faculdades Integradas Aparício Carvalho FIMCA Privada 1997
Fundação Universidade Federal de Rondônia UNIR Pública Federal 1982
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia IFRO Pública Federal 2006
Instituto Luterano de Ensino Superior de Porto Velho ULBRA ILES Privada 2001
Presidente Médici Fundação Universidade Federal de Rondônia UNIR Pública Federal 1982
Faculdade de Rolim de Moura FAROL Privada 2003
Rolim de Moura Faculdade São Paulo FSP Privada 2007
Fundação Universidade Federal de Rondônia UNIR Pública Federal 1982
Faculdade Avec de Vilhena AVEC Privada 2011
Faculdade da Amazônia FAMA Privada 2004
Faculdade de Educação e Cultura de Vilhena FAEV Privada 2009
Vilhena Faculdade Marechal Rondon - Privada 2016
Faculdade Santo André FASA Privada 2011
Fundação Universidade Federal de Rondônia UNIR Pública Federal 1982
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia IFRO Pública Federal 2006
Fonte: MEC (2017).

103
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

3.2.4 Quadro Geral


A partir do exposto no documento, pode-se traçar um cenário geral para o estado de Rondônia.
Considerando aspectos demográficos, indicadores sociais e educacionais, assim como a rede escolar e
os índices econômicos e de desenvolvimento, apresenta-se aqui um breve resumo do que foi observado
ao longo do capítulo.

Rondônia é o terceiro estado mais populoso da região Norte, com uma população, em 2010, de
1.562.409 habitantes e densidade demográfica de 6,58 hab./km2. Embora baixa, considerando a taxa
nacional, de 22,43 hab./km2, o estado se destaca em relação à sua taxa de crescimento populacional, que
foi de 13,1%, entre 2000 e 2010, acima, inclusive, da percentagem nacional, para o mesmo período, de
12,33%.

A população rondoniense é predominantemente urbana, com uma taxa de 73,22% dos


habitantes, em contrapartida com a taxa de população rural de 26,78%, característica compartilhada com
os demais estados da região Norte.

O território de Rondônia é dividido em 52 municípios, porém, destes, apenas sete possuem mais
de 50 mil habitantes: Porto Velho, Ji-Paraná, Ariquemes, Vilhena, Cacoal, Rolim de Moura e Jaru.
Dentre eles, apenas Rolim de Moura não se encontra no eixo da BR-364, o que indica que a concentração
populacional e a maior pressão sobre os recursos naturais, especialmente os hídricos, encontra-se nas
margens dessa rodovia.

Em relação aos indicadores demográficos, a situação que mais chama atenção é a alta taxa de
mortalidade (5,15%), acima dos demais estados da região, inflada sobretudo pelo grande número de
acidentes de trânsito e homicídios. Outro aspecto relevante refere-se à mortalidade infantil, cuja taxa
rondoniense (22,40%) é inferior à média nacional (22,50%), indicando, em geral, condições adequadas
de atendimento de saúde a gestantes e crianças.

Em relação à educação, a taxa de analfabetismo em Rondônia vem apresentando tendência


decrescente e, em 2010, era de 8,7%, inferior à observada no contexto nacional. Entretanto, o rendimento
escolar no estado pode ser considerado deficitário, dadas suas taxas de aprovação, reprovação e evasão
escolar nos níveis do Ensino Fundamental e Médio. Chama atenção o alto nível de distorção idade-série,
indicando altos índices de repetência e de abandono escolar, sobretudo no Ensino Médio.

A abrangência da rede de ensino é deficitária na oferta de serviços de creche. O Ensino


Fundamental e o Médio apresentam maior capilaridade e distribuem-se de forma mais uniforme nos
municípios e em áreas urbanas e rurais. Já o Ensino Superior encontra-se concentrado nos maiores polos
populacionais do estado e restringe-se, de maneira geral, à oferta de ensino particular, uma vez que as
instituições públicas, Universidade Federal de Rondônia (UNIR) e Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), estão presentes apenas em nove dos 52 municípios.

104
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

A economia de Rondônia tem na agropecuária seu vetor de desenvolvimento, com maior ênfase
na criação de gado para corte e no cultivo de soja. O PIB Bruto do estado, em 2014, representava,
entretanto, somente 0,7% do total produzido no Brasil. O PIB per capita, apesar de não estar entre os
mais elevados a nível nacional, apresentou crescimento significativo nos últimos anos, chegando a R$
19.462 em 2014.

No contexto dos indicadores de desenvolvimento, Rondônia apresenta cenários mais deficitários


que os brasileiros no tocante ao IDH, especialmente no aspecto educacional considerado por este índice
de aferição de nível de desenvolvimento. Porém, considerando o Índice de Gini da renda domiciliar per
capita, que mede a desigualdade de renda, Rondônia apresenta um cenário bem mais favorável do que
o nacional e o dos demais estados da região Norte, implicando em uma melhor distribuição de renda no
estado, contribuindo para a minoração da desigualdade.

Conclui-se, assim, que o estado de Rondônia, composto por um mosaico de municípios com
características bastante distintas e elevado a esta categoria recentemente, ainda se encontra em um
processo de crescimento e consolidação.

3.2.4.1 Características Socioeconômicas de Rondônia no contexto das Unidades Hidrográficas de


Gestão

Em Rondônia, assim como nos demais estados que compõem a região amazônica, os impactos
ambientais de maior expressividade relacionam-se muito mais à gestão ambiental do que a hídrica.
Entretanto, os recursos hídricos são diretamente afetados pelos impactos de ordem ambiental. A título
de exemplificação, pode-se citar como o desmatamento altera o ciclo hidrológico e como o garimpo é
capaz de gerar poluição hídrica em alguns cursos d’água.

Os principais impactos observados no estado estão relacionados a atividades antrópicas


orientadas ao desenvolvimento econômico, as quais geram, também, impactos sociais, que se perpetuam
e originam novos problemas ambientais em um círculo vicioso que alimenta a si próprio.

A expansão da fronteira agropecuária, por exemplo, voltada prioritariamente para a produção


de gado e grãos, representa a maior fonte de desmatamento no interior dos redutos florestais
remanescentes em Rondônia. Além do aumento do percentual de áreas desmatadas, essa expansão gera,
muitas vezes, manejo inadequado do solo e uso de agrotóxicos e fertilizantes que contaminam os corpos
d’água locais.

Por sua vez, a atividade mineradora, quando não organizada e licenciada – como é o caso da
expressiva atividade garimpeira na região leste do estado – torna-se uma ampla fonte de poluição hídrica,
devido ao lançamento direto de resíduos e metais pesados nos corpos d’água.

Para além das atividades econômicas, a própria ocupação e distribuição populacional gera
impactos significativos sobre os recursos hídricos, uma vez que o processo de estabelecimento de

105
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

presença humana gera intensa fragmentação da vegetação, com a eliminação de matas ciliares que
protegem nascentes, diminuindo ou, até mesmo, eliminando inúmeros cursos d’água.

A partir dessas observações, é possível constatar que Rondônia apresenta um cenário alarmante
em relação à distribuição populacional e a consequente pressão que esta exerce sobre os recursos
hídricos. Como mencionado ao longo de todo este tópico, a densidade de habitantes é muito mais intensa
no eixo que acompanha a BR-364, de modo que os cursos hídricos ali localizados estão submetidos às
maiores pressões. Além do consumo e da poluição, há que se considerar que inexistem redes de
esgotamento sanitário nos municípios de Rondônia e o descarte do esgoto doméstico, muitas vezes, é
erroneamente feito em corpos d’água.

Assim, as Unidades Hidrográficas de Gestão (UHG) que devem ser monitoradas mais
atentamente são, justamente, aquelas onde há maior pressão populacional. No caso de Rondônia, estas
UHGs são as transpassadas pela rodovia supracitada: Alto Rio Guaporé, Alto Rio Machado, Médio Rio
Machado, Rio Jaru, Alto Rio Jamari, Margem Esquerda do Rio Jamari, Margem Direita Rio Jamari e
Margem Esquerda do Rio Madeira. Destaque deve ser dado a esta última UHG, onde está localizada a
capital do estado, Porto Velho, que apresenta um contingente populacional extremamente superior ao
dos demais municípios e, portanto, tem potencial de impacto significativo sobre os recursos hídricos.

Considerando a economia de base primária presente no estado, os resíduos de atividades


industriais não são julgados como de alto impacto potencial. As maiores ameaças, em relação às
atividades econômicas, são o manejo e o descarte de resíduos, bem como o desmatamento. Nesse
contexto, destaca-se que as UHGs submetidas às maiores pressões provenientes da agropecuária são as
localizadas, principalmente, na região central, onde concentra-se a pecuária leiteira e de corte, bem como
culturas agrícolas diversificadas. Médio Rio Machado, Alto Rio Jamari, Margem Esquerda do Rio
Jamari, Margem Direita Rio Jamari e Rio Mamoré são as UHGs que podem ser mais afetadas nesse
caso.

Em relação à atividade de garimpo, destaca-se a que a UHG Rio Roosevelt, onde há muitas
ocorrências de garimpagem ilegal, deve ser acompanhada de perto, evitando que as ações de garimpeiros
isolados prejudiquem todo um ecossistema hídrico e afetem negativamente a população. A atividade
garimpeira na região centro norte do estado, onde ocorre garimpagem intensa e ilegal de cassiterita,
também deve ser monitorada atentamente, uma vez que tais atividades têm grande potencial de afetar
negativamente os corpos hídricos. Assim, além da UHG Rio Roosevelt, merecem grande atenção as
UHGs Rio Jaru, Margem Direita Rio Jamari e Baixo Rio Machado.

Por fim, é essencial ressaltar a importância da avaliação educacional no contexto deste trabalho,
uma vez que a conscientização ambiental se encontra intimamente ligada ao que é internalizado pelos
indivíduos quando de sua inserção social. O processo educacional realizado de maneira a sensibilizar as
pessoas para que ajam de modo responsável em relação aos recursos socioambientais é indispensável
106
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

para a construção de valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para
a conservação do meio ambiente e à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade, tanto no nível
individual quanto coletivo.

A educação é vetor potencializador de mudanças culturais e sociais, nas quais se insere a


perspectiva do planejamento estratégico para o desenvolvimento sustentável; assim, a escola deveria,
em tese, buscar sensibilizar o aluno em relação a valores que conduzam a uma convivência harmoniosa
com o ambiente. Desse modo, observa-se que as precárias condições de oferta e de qualidade do ensino
na maior parte dos municípios de Rondônia não contribuem para que se reproduza esse processo de
conscientização e formação de indivíduos que compreendam não só a importância de suas ações, mas
também que atuem como agentes reprodutores de práticas ambientalmente sustentáveis.

3.3 PADRÕES CULTURAIS E ANTROPOLÓGICOS

Historicamente, os rios, bem como seus afluentes, apresentam grande importância para as
populações que vivem na Amazônia. Os cursos de água não só garantem a sobrevivência de grande
parcela da população local, como também foram elementos essenciais na trajetória de formação cultural
e política dos povos amazônicos.

Em Rondônia, o rio Madeira e seus afluentes serviram, e servem até hoje, como elementos de
interiorização e ocupação do território. Porto Velho, capital do estado, por exemplo, tem sua origem
ligada à formação de um pequeno povoado em torno da cachoeira de Santo Antônio – ponto que separava
o baixo Madeira, trecho navegável, do revolto Alto Madeira –, que fazia parte da rota de saída de ouro,
prata e especiarias para Portugal, assim como de moções que abasteciam os garimpos do Vale do
Guaporé, ainda no século XVI (VALVERDE, 1979).

A relevância do rio Madeira e de seus afluentes, em Rondônia, vai além das possibilidades de
desenvolvimento econômico. O rio dá, para grande parcela da população de índios, seringueiros e
ribeirinhos, uma noção de territorialidade e um sentimento de pertencimento ao local em que vivem,
bem como subsidia a construção de uma identidade em comum.

Canais de comunicação, integração e comércio, os recursos hídricos estaduais possibilitam o


desenvolvimento de uma sociedade rondoniense multifacetada, a qual, muitas vezes, em sua interação,
gera e perpetua impactos sobre os cursos de água. Desse modo, é preciso dar maior visibilidade à
importância dos usos, interações e consequências dessa simbiose entre sociedade e recursos hídricos
locais.

Como os demais estados que compõem a região Amazônia, em Rondônia, para além da riqueza
da biodiversidade, existe uma etnodiversidade bastante significativa. O estado pode ser considerado
resultado de um verdadeiro mosaico étnico, fruto da interação de povos nativos, migrantes e imigrantes,
que ali fixaram suas raízes ao longo dos séculos.
107
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Muitas vezes, o senso comum, ao falar de região amazônica tende a diminuir a importância das
riquezas sociológicas e culturais frente aos recursos naturais locais, porém, é imprescindível analisar
como as populações tradicionais, os indígenas e os migrantes se relacionam com a biodiversidade local
e, nesse processo, constroem uma dinâmica social e cultural peculiar.

Em Rondônia, há uma significativa parcela territorial convertida em áreas de proteção não só


ambiental, como também destinadas à reprodução de modos de vida tradicionais. No estado, são 62
Unidades de Conservação, ocupando uma área total de pouco mais de 8.000.000 hectares; as Terras
Indígenas (TIs), por sua vez, somam 27 unidades, as quais abrangem um território de mais de 3.300.000
hectares (TABELA 3.27). Para além das UCs e TIs, há ainda, em Rondônia, inúmeras comunidades
quilombolas, sobre as quais não existe até o presente momento informações oficiais sobre extensão
territorial e população.

TABELA 3.27 - QUADRO GERAL DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO E TERRAS INDÍGENAS DO ESTADO DE
RONDÔNIA, COM INFORMAÇÕES SOBRE ÁREA TOTAL E DESMATAMENTO ACUMULADO, 2016

Número Total de Desmatamento


Categoria Área Total % Desmat./Área
Unidades Acumulado
Unidades de Conservação 62 8.005.100,00 194.090,11 2,42%
Terras Indígenas 27 3.366.075,00 68.977,00 1,08%
TOTAL 88 11.371.175,00 263.067,11 2,31%
Fonte: ISA (2016); FUNAI (2016).

O objetivo do presente tópico é apresentar um panorama geral da etnodiversidade rondoniense


a partir da análise das TIs, UCs e das comunidades quilombolas existentes no estado, vinculando suas
características ao uso da água e à pressão que podem exercer sobre os movimentos de concentração e
polarização populacional, que são de extrema importância para um plano de recursos hídricos.

3.3.1 Terras Indígenas


As Terras Indígenas são porções do território brasileiro, propriedades da União, habitadas por
um ou mais povo indígena, onde são realizadas atividades produtivas e garantida a reprodução física e
cultural segundo seus usos, costumes e tradições.

As Terras Indígenas, no Brasil, são reconhecidas como direitos originários dos povos indígenas
na Constituição Federal de 1988, sendo sua demarcação de natureza meramente declaratória. Essas
terras são inalienáveis e indisponíveis, sendo os direitos sobre elas imprescritíveis. No país, o órgão
responsável pela demarcação e acompanhamento dessas terras é a Fundação Nacional do Índio
(FUNAI).

Existem, hoje, em Rondônia, 27 Terras Indígenas, das quais 20 estão regularizadas, três em
estudo, uma reservada, uma em restrição de uso, uma declarada e uma em identificação. Essas TIs
ocupam mais de 6 milhões de hectares da área total do estado; são, aproximadamente, 6.366.075
hectares, o que equivale a 25,8% da área total do Estado.

108
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

A seguir, na TABELA 3.28, estão apresentadas algumas das principais informações sobre as
Terras Indígenas de Rondônia, considerando como base os dados mais recentes do painel de Terras
Indígenas disponibilizado pelo Instituto Socioambiental (ISA, 2016) e os dados da FUNAI
(www.funai.gov.br consulta em 09/02/2017).

Na sequência, a TABELA 3.29 mostra uma lista de entidades representativas que atuam nas
Terras Indígenas, entendendo-se estas, aqui, como entidades ou organizações, formal ou informal, que,
isolada ou cumulativamente, prestam atendimento, assessoramento e defesa e garantia de direitos dos
povos indígenas.

Cada TI apresenta particularidades que devem ser consideradas para fins do presente estudo. A
seguir serão feitas breves descrições acerca da constituição, população, pressões e desmatamento nas
Terras Indígenas situadas no Estado.

109
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

TABELA 3.28 - TERRAS INDÍGENAS, ETNIAS, POPULAÇÃO, MUNICÍPIOS ABRANGIDOS, FASE DO PROCEDIMENTO, SUPERFÍCIE E DESMATAMENTO ACUMULADO, EM
RONDÔNIA, EM 2016
Desmat. Desmat/ superfície
Terra Indígena Etnias População Municípios Situação fundiária Superfície (ha)
acumulado (ha) (%)
Cassupá Cassupá 149 Porto Velho Reservada 5 5 100%
Guajará-Mirim
Igarapé Lage Wari’ 783 Regularizada 107.000 3.007 2,81%
Nova Mamoré
Ikolen
Igarapé Lourdes 984 Ji-Paraná Regularizada 186.000 5.300 2,84%
Arara Karo
Igarapé Ribeirão Wari’ 289 Nova Mamoré Regularizada 48.000 1.343 2,79%
Karipuna de Nova Mamoré
Karipuna 55 Regularizada 153.000 1.279 0,83%
Rondônia Porto Velho
Karitiana Karitiana 333 Porto Velho Regularizada 90.000 867 0,96%
Karitiana Karitiana - Porto Velho Em estudo - - -
Lábrea (AM)
Kaxarari Kaxarari 445 Regularizada 146.000 1.047 0,71
Porto Velho
Kwazá e
Kwazá do Rio São Pedro 25 Parecis Regularizada 17.000 678 3,98%
Aikanã
Alta Floresta d'Oeste
Massaco Isolados - Regularizada 422.000 1.331 0,31%
São Francisco do Guaporé
Ariquemes
Costa Marques
Migueleno Migueleno - Em identificação - - -
Guajará-Mirim
São Francisco do Guaporé
Pacaás Novas Wari’ 1.312 Guajará-Mirim Regularizada 280.000 4.604 1,64%
Parque Indígena do Juína (MT)
Cinta Larga 394 Regularizada 1.603.000 4.472 0,27%
Aripuanã Vilhena
Seringueiras
Puruborá Puruborá 243 Em estudo - - -
São Francisco Guaporé
Aikanã
Arikapú
Aruá Alta Floresta d'Oeste
Rio Branco Djereomitxí 679 São Francisco do Guaporé Regularizada 236.000 2.926 1,23%
Kanoê São Miguel do Guaporé
Tupari
Makurap
Kujubim
Guajará-Mirim
Rio Cautário Kanoê - Em estudo - - -
Costa Marques
Djeoromitxí
Rio Guaporé Aikanã
Arikapú
911 Guajará-Mirim Regularizada 116.000 2.265 1,95%
Aruá
Djereomitxí

110
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Desmat. Desmat/ superfície


Terra Indígena Etnias População Municípios Situação fundiária Superfície (ha)
acumulado (ha) (%)
Kanoê
Kujubim
Makurap
Tupari
Wajuru
Wari’
Alto Alegre dos Parecis
Makurap
Rio Mequéns 79 Parecis Regularizada 108.000 3.868 3,58%
Sakurabiat
Cerejeiras
Rio Negro Ocaia Wari’ 743 Guajará-Mirim Regularizada 104.000 1.167 1,12%
Rio Negro Ocaia Wari’ Guajará-Mirim Declarada 235.070 - -
Kanoê
Rio Omerê 07 Corumbiara Regularizada 26.000 4.470 17,19%
Akuntsu
Espigão d’Oeste
Apurinã
Roosevelt 1.337 Rondolândia (MT) Regularizada 231.000 4.430 1,91%
Cinta Larga
Pimenta Bueno
Sagarana Wari’ 318 Guajará-Mirim Regularizada 18.000 1.236 6,86%
Cacoal
Sete de Setembro Suruí Paiter 1.375 Espigão d’Oeste Regularizada 248.000 5.356 2,15%
Rondolândia (MT)
Chupinguaia
Corumbiara
Tanaru Isolados - Em restrição de uso 8.000 732 9,15%
Parecis
Pimenteiras do Oeste
Aikanã
Tubarão/Latundê Kwazá 195 Chupinguaia Regularizada 117.000 1.844 1,57%
Nambiquara
Alvorada d'Oeste
Cacaulândia
Campo Novo de Rondônia
Costa Marques
Amondawa Governador Jorge Teixeira
Juma Guajará-Mirim
Uru-Eu-Wau-Wau 235 Regularizada 1.867.000 16.755 0,89%
Oro Win Jaru
Uru-Eu-Wau-Wau Mirante da Serra
Monte Negro
Nova Mamoré
São Miguel do Guaporé
Seringueiras
27 10.891 6.366.075,00
Fonte: FUNAI (2016); ISA (2016).

111
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

TABELA 3.29 - ENTIDADES REPRESENTATIVAS QUE ATUAM EM PROL DOS DIREITOS DOS POVOS INDÍGENAS NAS TERRAS INDÍGENAS LOCALIZADAS NO ESTADO DE
RONDÔNIA, 2016

Terra Indígena Entidades Representativas


Cassupá -
Associação Indígena Awo Xo'Hwara (AIAXH)
Igarapé Lage
Organização Oro Wari
APP Pamakobav'a
Associação Agrária do Povo Indígena do Igarapé Lourdes (AAPIIL)
Igarapé Lourdes Associação do Povo Indígena Arara - Iterap (APIA)
Associação Indígena Karo Pajgap (AIKP)
Organização das Associações Indígenas de Ji-Paraná (PANDEREJ)
Igarapé Ribeirão Organização Oro Wari
Abytucu Apoika - Raízes do Povo Karipuna
Karipuna
Associação dos Povos Indígenas Karipuna
Associação Aldeia Caracol - Índios Karitianas
Karitiana Associação das Guerreiras Indígenas de Rondônia (AGIR)
Associação do Povo Karitiana - Akot Pytim Adnipa (APK)
Organização dos Povos Indígenas do Acre, Sul do Amazonas e Noroeste de Rondônia (OPIN)
Kaxarari
Organização dos Povos Indígenas do Médio Purus (OPIMP)
Kwazá do Rio São Pedro -
Massaco -
Migueleno -
Associação do Povo Indígena Jamaitô (AIJ)
Pacaás Novas Associação Indígena Santo André
Associação Indígena Jamaitô (AIJ)
Conselho Deliberativo da Comunidade Escolar Indígena Cinta Larga de Aripuanã (CDCEICL)
Parque Indígena do Aripuanã
Coordenação das Organizações Indígenas do Povo Cinta Larga (PATJAMAAJ)
Puruborá -
Associação Agrária do Povo Indígena de Rio Branco (AAPIRB)
Rio Branco Associação Indígena Doa'Txatô (AIDT)
Associação Indígena Wãipa (AIW)
Rio Cautário -
PIN Sede (Funai)
Rio Guaporé
Jovens Com Uma Missão (JOCUM)
Rio Mequéns Associação Keonpura do Povo Indígena Sakirabiar
Rio Negro Ocaia Associação Indígena Rio Negro Ocaia (AIRO)
Rio Negro Ocaia (Reestudo) -
Rio Omerê -
Associação das Guerreiras Indígenas de Rondônia (AGIR)
Associação dos Índios Apurinã de Rondônia (NUNERIMANÊ)
Roosevelt Associação Nunerimane dos Povos Indígenas Apurinã de Rondônia (ANPIAR)
Coordenação das Organizações Indígenas do Povo Cinta Larga (PATJAMAAJ)
Associação Pamaré do Povo Cinta Larga (PAMARÉ)

112
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Terra Indígena Entidades Representativas


Sagarana Associação Indígena Sagarana (ASINSAG)
Associação das Guerreiras Indígenas de Rondônia (AGIR)
Associação do Povo da Floresta Kaban-ey Suruí (KABAN)
Associação do Povo Indígena Suruí GAMIR (APISG)
Associação Fórum das Organizações do Povo Paiter Suruí de Rondônia (PAITEREY)
Associação Gãbgir do Povo Indígena Paiter Suruí
Sete de Setembro
Associação Garah Pãmeh do Povo Kabaney Paiter Suruí do Noroeste de Mato Grosso e Rondônia (GAPOY)
Associação Metareilá do Povo Indígena Suruí (GAMEBEY)
Associação Pamaur de Proteção aos Povos Indígenas Payter-Yter de Rondônia (PAMAUR)
Instituto de Educação de Jovens e Adultos para a Cidadania (IEJAC)
Instituto Florestal Yabner Suruí
Tanaru -
Tubarão/Latundê Associação Massaká dos Povos Indígenas Aikanã, Latundê e Kwasá
Associação das Guerreiras Indígenas de Rondônia (AGIR
Uru-Eu-Wau-Wau Associação de Pais e Professores do Povo Indígena Amondawa (APP-AMONDAWA)
Associação do Povo Indígena Amondawa - Puruen Amondawa
Fonte: ISA (2016)

113
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

3.3.1.1 TI Cassupá

Localizada no município de Porto Velho, a Terra Indígena Cassupá teve homologação bastante
recente, em 2013. Essa TI situa-se bastante próxima da sede do município, capital do estado de
Rondônia, estando sujeita a pressões inerentes a essa proximidade.

Residem na área, segundo informações de 2013, 149 indígenas da etnia Cassupá. Em 2010,
havia uma contagem que indicava 210 indivíduos dessa etnia no local. Percebe-se, assim, que entre a
fase dos estudos e a homologação da TI, houve um declínio de, aproximadamente, 29% da população
(ISA, 2016). Dada a proximidade com a sede de Porto Velho, é possível que essa queda se deva a
incursões temporárias de indígenas ao município, não se caracterizando como um dado alarmante.
Porém, para analisar com maior acuidade essa informação, seriam necessários mais dados, não
disponíveis.

A área total da TI Cassupá é de apenas 5 hectares. Dados do ISA (2016) apontam para um total
de desmatamento acumulado, até o ano 2000, de 5 hectares, ou seja, 100% da área ocupada pela Terra
Indígena, o que não chega a ser surpreendente dada a sua localização às margens da BR-364 e inserção
no contexto urbano de Porto Velho.

3.3.1.2 TI Igarapé Lage

Situada nos municípios de Nova Mamoré e Guajará-Mirim, essa Terra Indígena foi homologada
por Decreto em 1981. Em 2010, data dos registros mais recentes, habitavam nessa TI cerca de 783
indígenas da etnia Wari’, também conhecida como Pakaá Nova’. Não existem sobreposições nos 107
mil hectares ocupados pela TI.

De acordo com o Instituto Socioambiental (ISA), a população nessa Terra apresenta crescimento
contínuo ao longo dos anos; entre 1996 e 2010 houve um crescimento de mais de 200% do número de
indivíduos dessa etnia residentes na TI Igarapé Lage, conforme ilustra a FIGURA 3.21 abaixo (ISA,
2016).

Em relação à pressão ou ameaça sobre os recursos e/ou território, é identificada a exploração


madeireira ilegal e, há, ainda, vários processos de requerimento de pesquisa para a exploração de minério
de ouro que, caso aprovados, podem impactar de forma negativa tanto o ambiente quanto a sociedade
indígena local. Em relação ao desmatamento, o acumulado até 2000 dava conta de 2.280 hectares,
subindo para 3.007 hectares em 2014; o processo de desmatamento apresenta picos e quedas recorrentes
desde 2001, o que mantém o número de hectares desmatados relativamente sob controle, embora numa
dinâmica insustentável do ponto de vista social e ambiental (ISA, 2016).

As entidades representativas dessa Terra Indígena são a Associação Indígena Awo Xo'Hwara
(AIAXH) e a Organização Oro Wari.

114
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Dinâmica Populacional - 1996 a 2010


900
783
800

700

600 541

500

400

300 235

200

100

0
1996 2005 2010

Número de indígenas residentes

FIGURA 3.21 - GRÁFICO DA DINÂMICA POPULACIONAL NA TERRA INDÍGENA IGARAPÉ LAGE – 1996-2010
Fonte: Adaptado de ISA (2016 )
3.3.1.3 TI Igarapé Lourdes

A Terra Indígena Igarapé Lourdes, homologada em 1983, abriga as etnias Ikolen (também
conhecida como Gavião) e Arara Karo em cerca de 186 mil hectares. Esta TI tem como limites: o rio
Machado a oeste; a divisa com o estado do Mato Grosso a leste; o igarapé Prainha e uma linha seca que
parte dele ao sul e; o igarapé Água Azul ao norte (onde a Terra Indígena se sobrepõe a parte da Reserva
Biológica do Jaru). A maior parte dessa área é coberta por floresta tropical aberta e densa, havendo
trechos de campo na região da Serra da Providência. Uma densa rede de igarapés nasce no interior da
TI Igarapé Lourdes, formando áreas de planícies inundáveis e mata ciliar densa (ISA, 2016).

Em 2013 foram contabilizados 984 indígenas nessa TI. Observando a curva de crescimento
populacional apresentada na FIGURA 3.22, nota-se um aumento de pouco mais de 95% na população
local entre 1989 e 2013.

Dinâmica Populacional - 1989 a 2013


1200
984
1000 918
854

800 731
629
556
600 500

400

200

0
1989 1999 2004 2006 2008 2010 2013

Número de indígenas residentes

FIGURA 3.22 - GRÁFICO DA DINÂMICA POPULACIONAL NA TERRA INDÍGENA IGARAPÉ LOURDES –


1989-2013
Fonte: Adaptado de ISA (2016) 115
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Percebe-se um crescimento contínuo do número de indígenas ao longo dos anos, ainda que,
percentualmente e numericamente, não haja nenhum período de maior destaque. Em um período de 24
anos, a população da TI praticamente dobrou.

Situada a cerca de sessenta quilômetros do município de Ji-Paraná, essa Terra Indígena enfrenta
pressões de caçadores, garimpeiros, pescadores, madeireiros e fazendeiros, os quais, com atividades não
regularizadas acabam prejudicando as comunidades indígenas locais que dependem desses recursos para
sua subsistência. Além disso, existem 16 processos minerários na região (ISA, 2016).

Até 2000, o desmatamento acumulado era da ordem de 3.199 hectares, saltando para 5.300
hectares em 2014 o que corresponde a um aumento de mais de 65% de área desmatada na TI. Ainda que
a área atual de desmatamento acumulado represente menos de 3% da área total dessa Terra Indígena, o
aumento é preocupante e pode comprometer a sobrevivência desse grupo (ISA, 2016).

As entidades representativas presentes nessa Terra Indígena são:

• APP Pamakobav'a
• Associação Agrária do Povo Indígena do Igarapé Lourdes (AAPIIL)
• Associação do Povo Indígena Arara - Iterap (APIA)
• Associação Indígena Karo Pajgap (AIKP)
• Organização das Associações Indígenas de Ji-Paraná (PANDEREJ).

3.3.1.4 TI Igarapé Ribeirão

Localizada no município de Nova Mamoré, essa Terra Indígena foi homologada via Decreto em
1981. Não existem sobreposições nos cerca de 48 mil hectares ocupados pela TI.

Habitavam o território, em 2010, 289 indígenas da etnia Wari’. O crescimento populacional


local apresenta-se contínuo, embora não muito expressivo em termos numéricos; apesar de ter havido
um aumento de, aproximadamente, 180% em 16 anos, conforme ilustrado na FIGURA 3.23 abaixo, o
número de indígenas residentes na TI não chega a 300 (ISA, 2016).

116
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Dinâmica Populacional - 1994 a 2010


350
289
300
243
250
187
200

150
102
100

50

0
1994 1996 2005 2010

Número de indígenas residentes

FIGURA 3.23 - GRÁFICO DA DINÂMICA POPULACIONAL NA TERRA INDÍGENA IGARAPÉ RIBEIRÃO – 1994-2010
Fonte: Adaptado de ISA (2016)

Em relação às pressões e ameaças sobre os recursos e território, podem ser


observadas exploração madeireira e de pesca ilegal, as quais impactam diretamente na comunidade
indígena que depende dos recursos pesqueiros para sua sobrevivência e está submetida à presença de
não-indígenas que exploram madeira, ocasionando, muitas vezes, conflitos entre eles. Há, ainda,
quatro processos de requerimento de pesquisa para exploração de cassiterita e minério de ouro, o que
pode trazer impactos negativos para a comunidade Wari’. Em relação ao desmatamento, o
acumulado até 2000 era de 884 hectares, subindo para 1.343 hectares em 2014, observando-se os
biênios 2003/2004 e 2011/2012 como anos de pico de desmatamento (ISA, 2016).

Há apenas uma entidade representativa na TI, a Organização Oro Wari.

3.3.1.5 TI Karipuna

Reconhecida e interditada pela Funai em 1988, essa Terra Indígena só foi homologada uma
década depois, em 1998. Localizada em área dos municípios de Nova Mamoré e Porto Velho, segundo
dados recentes, ali habitam 55 indígenas da etnia Karipuna de Rondônia, reunidos na aldeia Panorama
(ISA, 2016).

A TI tem como limites naturais os rios Jacy-Paraná e seu afluente pela margem esquerda, o rio
Formoso (a leste); os igarapés Fortaleza (ao norte), do Juiz e Água Azul (a oeste) e uma linha seca ao
sul, ligando este último igarapé às cabeceiras do Formoso.

Lembra-se aqui que o povo Karipuna de Rondônia quase foi exterminado entre a década de 1990
e 2000, sendo que em 2004, só haviam 14 sobreviventes dessa etnia. Assim, é importante observar o
gráfico demográfico dessa TI (FIGURA 3.24), que mostra como essa etnia tem tentado se reerguer.
A seguir expõe-se o gráfico da variação populacional nessa Terra Indígena nos últimos anos.

117
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Dinâmica Populacional - 1994 a 2014


60 55

50

40
31 32
30
30
20
20 14

10

0
1994 2000 2004 2010 2013 2014

Número de indígenas residentes

FIGURA 3.24 - GRÁFICO DA DINÂMICA POPULACIONAL NA TERRA INDÍGENA KARIPUNA – 1994-2014


Fonte: Adaptado de ISA (2016)
Por conta da sua história, os Karipuna de Rondônia procuram proteger de maneira veemente sua
Terra Indígena das constantes invasões de madeireiros, caçadores, pescadores e posseiros, os quais são
as principais pressões e ameaças sobre o território. Há, ainda, vários processos de requerimento de
pesquisa para exploração de minério de ouro e estanho. Até 2014 o total da área desmatada acumulada
era de 1.279 hectares, tendo sido esta área bastante ampliada entre 2000 e 2014 (ISA, 2016).

Não existem sobreposições nos cerca de 153 mil hectares ocupados pela TI.

Entidades representativas:
• Abytucu Apoika - Raízes do Povo Karipuna
• Associação dos Povos Indígenas Karipuna

3.3.1.6 TI Karitiana

A Terra Indígena Karitiana foi homologada por Decreto em 1986. Essa TI apresenta-se como
um quadrilátero localizado inteiramente no município de Porto Velho, estando uma porção considerável
do leste do território homologado incidente sobre a Floresta Nacional do Bom Futuro.

Os Karitiana, etnia que habita esta TI, fazem parte do conjunto de grupos indígenas do estado
de Rondônia ainda pouco estudados pela Antropologia. Atualmente, esse povo tem travado inúmeras
batalhas para garantir sua reprodução física e sociocultural, pleiteando o reestudo dos limites de sua
Terra Indígena (que está em estudos pela Funai) e o investimento na educação escolar para reforçar o
ensino da sua língua, karitiana, única remanescente da família linguística Arikén, bem como de seus
costumes e histórias (ISA, 2016).

Nos, aproximadamente, 90 mil hectares habitam 333 indígenas da etnia Karitiana. Como pode
ser observado na FIGURA 3.25, somente na última década a população Karitiana cresceu quase 60%,

118
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

resultado da abolição de técnicas anticoncepcionais de modo a reverter as perspectivas de extinção que


vinham se fortalecendo no horizonte futuro dos Karitiana.

Dinâmica Populacional - 1970 a 2014


333
350 320 321

300 270 260


250
250 220
185
200 171

150

100 78
64 65

50

0
1970 1976 1983 1994 1997 1999 2003 2005 2008 2010 2013 2014

Número de indígenas residentes

FIGURA 3.25 - GRÁFICO DA DINÂMICA POPULACIONAL NA TERRA INDÍGENA KARITIANA – 1970-2014


Fonte: Adaptado de ISA (2016)

Apesar de terem superado a perspectiva de extinção, os Karitiana ainda enfrentam muitas


pressões sobre sua Terra Indígena. Há registros de exploração extrativista não madeireira, bem como
madeireiros, garimpeiros, posseiros e grileiros que exercem atividades ilegais na área. No momento, a
Terra Indígena Karitiana apresenta-se livre de invasões, mas, em um passado recente, foi alvo de intensa
exploração madeireira e mineradora (cassiterita). Fazendas de gado cercam os limites setentrionais da
área, mas o perímetro restante é integralmente ocupado pela mata (ISA, 2016).

Existem, também, registros de 13 processos minerários na região. Até 2000, o desmatamento


acumulado no território da TI era de 367 hectares, saltando para um acumulado de 867 hectares em
2014; os picos de desmatamento ocorreram em anos recentes, principalmente entre 2011 e 2013 (ISA,
2016).

Interessante notar que a proximidade com Porto Velho resulta em intensa mobilidade dos índios
residentes nessa TI, que visitam frequentemente a cidade em busca, sobretudo, da Funai e dos serviços
de saúde.

As seguintes entidades representativas atuam na Terra Indígena Karitiana:


• Associação Aldeia Caracol - Índios Karitianas
• Associação das Guerreiras Indígenas de Rondônia (AGIR)
• Associação do Povo Karitiana - Akot Pytim Adnipa (APK)

3.3.1.7 TI Kaxarari

A terra indígena Kaxarari ocupa parte do território do município de Porto Velho, Rondônia,
estando a maior parte da área no município de Lábrea, Amazonas. Assim, a área ocupa tanto parte da

119
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

bacia do Madeira quanto do Purus. Em relação à sua constituição formal, os 146 mil hectares dessa TI
foram declarados em 1986 e homologados em 1992.

Habitam na área 445 indivíduos da etnia Kaxarari, os quais compõem a totalidade remanescente
de membros dessa etnia. Eles se dividem em quatro aldeias, a saber: Marmelinho, Barrinha, Paxiúba e
Pedreira, todas situadas na TI Kaxarari (ISA, 2016).

Interessante observar a dinâmica populacional dessa TI, uma vez que reflete parte do histórico
de contato dessa população indígena com os brancos. Conforme mencionado anteriormente nesse
estudo, desde os anos 1980, as terras habitadas pelos Kaxarari foram alvo de ações predatórias de
seringalistas brasileiros e caucheiros peruanos, os quais, além de expulsarem os indígenas em conflitos
violentos, ainda foram responsáveis por levar epidemias que quase dizimaram esse povo. Porém, na
década posterior, com a demarcação da Terra Indígena Kaxarari, que deu fim à grande parte desses
conflitos, o povo vivenciou um momento de crescimento populacional considerável, conforme pode ser
observado na FIGURA 3.26.

Dinâmica Populacional - 1993 a 2014


500 445
450
400
323 322 322 334
350 297
300
250 190
200
150
100
50
0
1993 2002 2006 2008 2010 2013 2014

Número de indígenas residentes

FIGURA 3.26 - GRÁFICO DA DINÂMICA POPULACIONAL NA TERRA INDÍGENA KAXARARI – 1993-2014


Fonte: Adaptado de ISA (2016)

Conforme é possível visualizar na figura acima, os picos de crescimento populacional se deram


entre 1993 e 2002, quando a população cresceu mais de 50%. Nos anos subsequentes, o número de
indivíduos da etnia Kaxarari manteve-se relativamente estável, voltando a crescer de maneira
significativa entre 2013 e 2014, quando foi registrado um aumento de 33%.

Ainda hoje, as maiores pressões que são observadas nessa TI estão ligadas à exploração dos
recursos não-madeireiros por não-indígenas. Existem, também, quatro requerimentos de pesquisa para
a exploração de cassiterita, ouro, estanho e minério de ferro na região da terra indígena.

Quanto ao desmatamento, a área total desmatada até 2000 era de 488 hectares, subindo para
1.047 em 2014, um aumento de, aproximadamente, 114%. Porém, em 2014, em relação à área total da
120
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

TI, o desmatamento acumulado correspondia a, apenas, 0,71%. Observaram-se picos de desmatamento


nos 2001, 2011 e 2014, apresentando uma tendência clara, na série, para o aumento da área desmatada
nos próximos anos, o que deve requer interferência do setor público para evitar impacto nos meios de
vida desse grupo (ISA, 2016).

Duas entidades representativas são encontradas atuando na TI: Organização dos Povos
Indígenas do Acre, Sul do Amazonas e Noroeste de Rondônia (OPIN) e Organização dos Povos
Indígenas do Médio Purus (OPIMP).

3.3.1.8 TI Kwazá do Rio São Pedro

Nessa Terra Indígena vivem 25 membros das etnias Aikanã e Kwazá. Esses dois povos não são
originários dessa área, tendo sido levados para lá pela Funai na década de 1970.

Até 2000, os indígenas que habitavam essa área encontravam-se seriamente ameaçados pelos
fazendeiros e políticos locais. Por esse motivo, a Funai e o CIMI fizeram grandes esforços para
reconhecer essa Terra Indígena. Não obstante tendo sido demarcada em junho de 2000 e homologada
em fevereiro de 2003, ainda há atividades de fazendeiros dentro dessa Terra Indígena (ISA, 2016).

Os Aikanã e os Kwazá possuem línguas mutuamente inteligíveis, porém, desde antes dessa
“convivência forçada” em TIs, os dois povos mantinham contato entre si por conta de guerras territoriais,
alianças, festas e casamentos intertribais. Esse intercâmbio intertribal resultou em fortes semelhanças
entre as culturas materiais, espirituais e intelectuais desses povos, constituindo o que foi chamado de
"Complexo Cultural do Marico" pela antropóloga Denise Maldi (1991).

Em 1997, nessa TI, foram contabilizados 18 indígenas, entre Aikanãs e Kwazás; em 2001, a
população subiu para 25. O baixo número de indígenas reflete o processo histórico ao qual essas duas
etnias foram submetidas e, também, o impacto da realocação dos mesmos no território, o que não só
cortou seus vínculos com as terras tradicionalmente ocupadas, mas ocasionou a perda de grande parte
de seus laços culturais. Dentre as famílias que moram nessa TI, há poucas que conhecem a língua Kwazá.

Essa Terra Indígena ainda sofre grandes pressões sobre seus recursos e território. Há registro de
atividades ilegais de caçadores, pescadores, garimpeiros, madeireiros, grileiros e, como já mencionado,
fazendeiros. Existem dois requerimentos de pesquisa para mineração de ouro na região.

O desmatamento acumulado até 2000 era de 309 hectares, tendo mais do que dobrado, 678
hectares, em 2014. Interessante notar que o grande pico de desmatamento na área se deu entre 2011 e
2013, ou seja, período posterior à homologação da TI, o que revela que o território, embora já
reconhecido, ainda sofre com as pressões humanas não-indígenas.

Não há sobreposição na área de cerca de 17 mil hectares ocupada por essa Terra Indígena.

121
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

3.3.1.9 TI Massaco

A Terra Indígena Massaco foi identificada em 1995 e declarada no ano posterior. Não há
informações demográficas sobre essa TI porque os indígenas que a habitam são isolados, ou seja,
segundo a Funai (2016), “grupos indígenas com ausência de relações permanentes com as sociedades
nacionais ou com pouca frequência de interação, seja com não-índios, seja com outros povos indígenas”.

Essa TI, com área de cerca de 422 mil hectares, sobrepõe-se à Reserva Biológica do Guaporé,
situada nos municípios de Alta Floresta d'Oeste e São Francisco do Guaporé. O desmatamento na área
tem se mantido constante nos últimos anos: em 2000, eram 1.147 hectares desmatados no acumulado,
subindo para apenas 1.331 hectares em 2009.

3.3.1.10 TI Pacaás Novas

Interditada em 1987, essa Terra Indígena foi homologada em 1991. Assim como as TIs Igarapé
Lage e Igarapé Ribeirão, a Terra Indígena Pacaás Novas também é habitada pela etnia Wari’. Não
existem sobreposições nos cerca de 280 mil hectares ocupados pela TI.

Os dados mais recentes, de 2010, apontam para a existência de 1.312 indígenas na área. Dados
demográficos disponíveis mostram que o crescimento da população nos últimos 14 anos não passa de
50% em relação ao primeiro ano da série (1996). A FIGURA 3.27 abaixo mostra a evolução da
população residente na TI ao longo dos últimos anos (ISA, 2016).

Dinâmica Populacional - 1996 a 2010


1400 1312
1223
1200

1000 868

800

600

400

200

0
1996 2005 2010

Número de indígenas residentes

FIGURA 3.27.- GRÁFICO DA DINÂMICA POPULACIONAL NA TERRA INDÍGENA PACAÁS NOVAS – 1996-2010
Fonte: Adaptado de ISA (2016)
As principais pressões e ameaças sobre os recursos e o território da TI Pacaás Novas são as
atividades de pesca e de garimpo ilegal. A pesca ilegal impacta diretamente a sobrevivência dos Wari’,
uma vez que esses recursos formam grande parte da base de alimentação dos indígenas. Já o garimpo
ilegal é uma das atividades mais destrutivas nesse contexto, ocasionando não apenas impactos negativos
no ambiente, mas, também, muitos conflitos entre índios e brancos. Na área existem três processos de
122
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

requerimento de pesquisa para a exploração de ouro, o que pode aumentar as perturbações nas aldeias
indígenas. Em relação ao desmatamento, em 2000, no acumulado, a área desmatada era de 2.807
hectares, saltando para 4.604 hectares em 2014, um aumento de mais de 60%, que teve picos nos anos
2004 e 2012 (ISA, 2016).

As seguintes entidades representativas atuam na TI Pacaás Novas:

• Associação do Povo Indígena Jamaitô (AIJ)


• Associação Indígena Santo André

3.3.1.11 TI Parque Indígena do Aripuanã

A Terra Indígena Parque do Aripuanã, homologada em 1989, faz parte de uma área contígua de
quatro TIs habitadas pela etnia Cinta Larga. O quadrilátero é formado por três outras terras indígenas
além do Parque, a saber: Roosevelt, Serra Morena e Aripuanã. Todo esse território, que se distribui entre
os estados de Rondônia e Mato Grosso, soma um total de 2,7 milhões de hectares, dos quais os 1.607.000
hectares do Parque do Aripuanã representam, aproximadamente, 6% do total.

Dados de 2010 apontavam para a existência de 394 indígenas Cinta Larga no Parque, o que
representava 20% do total de membros remanescentes da etnia. Em 1989, eram 360 indígenas residentes
no local, o que mostra que houve um tímido crescimento de pouco mais de 9% ao longo de duas décadas.
Desse modo, pode-se afirmar que essa área, localizada nos municípios de Juína (MT) e Vilhena,
apresenta-se demograficamente estável (ISA, 2016).

O Parque Indígena Aripuanã, assim como as demais TIs contíguas, encontra-se, já há algum
tempo, sob fortes pressões de madeireiros, garimpeiros e fazendeiros. O desmatamento, entre 2000 e
2014, quase dobrou; em 2000, no acumulado, eram 2.501 hectares desmatados, saltando para 4.472
hectares em 2014. Além disso, são recorrentes as denúncias sobre garimpeiros ilegais que exercem
atividades de exploração na área e entram em conflitos sangrentos com os indígenas, bem como sobre
madeireiros que retiram quantidades expressivas de madeira de maneira ilegal na região.

Duas entidades representativas atuam na TI: Conselho Deliberativo da Comunidade Escolar


Indígena Cinta Larga de Aripuanã (CDCEICL) e Coordenação das Organizações Indígenas do Povo
Cinta Larga (PATJAMAAJ).

3.3.1.12 TI Puruborá

Esta Terra Indígena está em estudo nos municípios de Seringueiras e São Francisco Guaporé.
Após sua homologação deverá ser destinada a 243 indivíduos da etnia Puruborá.

3.3.1.13 TI Rio Branco

Em um quadrilátero de 236 mil hectares, localizado em áreas dos municípios de Alta Floresta
d'Oeste, São Francisco do Guaporé e São Miguel do Guaporé, situa-se a Terra Indígena Rio Branco.
Homologada em 1986, essa TI abriga indígenas de sete etnias diferentes em seu território.
123
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Segundo dados do ISA (2016), ali podem ser encontrados indivíduos pertencentes aos povos
Aikanã, Arikapú, Aruá, Djereomitxí, Kanoê, Makurap e Tupari. Falantes de línguas distintas, esses
povos distribuem-se pela TI de maneira desigual e dispersa, ainda que o convívio entre todas as etnias
seja pacífico. Em 2008, dados mais recentes disponíveis, o ISA dava conta de 679 moradores na TI.

Há poucas informações sobre a contagem populacional desde a homologação da TI Rio Branco.


De acordo com o ISA (2016), disponibilizam-se informações de apenas dois períodos, ambos
levantamentos realizados pela Funai. Esses dados podem ser observados na FIGURA 3.28.

Dinâmica Populacional - 1994 a 2008


800
679
700

600

500

400 320
300

200

100

0
1994 2008

Número de indígenas residentes

FIGURA 3.28 - GRÁFICO DA DINÂMICA POPULACIONAL NA TERRA INDÍGENA RIO BRANCO – 1994-2008
Fonte: Adaptado de ISA (2016)

Havendo poucas informações disponíveis, não é possível analisar de forma mais acurada a
dinâmica populacional nessa Terra Indígena. Percebe-se, claramente, uma tendência ao crescimento
populacional, tendo havido uma expansão de pouco mais de 110% no número de indígenas dessa TI ao
longo dos 14 anos expostos na série apresentada.

Em relação aos problemas e pressões existentes na TI, a exploração madeireira e as atividades


de grileiros são as mais latentes. Ainda em 2015 houveram denúncias de ameaças de madeireiros nessa
TI e em áreas próximas. Outra questão que tem motivado debates é o impacto da construção de Pequenas
Centrais Hidrelétricas (PCH) na bacia do rio Branco, que causou mortandade de peixes e outros animais,
comprometeu as condições de navegabilidade, além de outros prejuízos ambientais, afetando várias
comunidades indígenas próximas ao local. Ainda relacionado às pressões, há que se ressaltar que a
iniciativa governamental para pavimentar a rodovia BR-429 ampliou os transtornos dos indígenas da TI
Rio Branco com a abertura do acesso clandestino para a exploração dos recursos naturais na região (ISA,
2016).

Além dos diversos problemas ambientais que ameaçam esses povos indígenas, destruição de
sítios arqueológicos, pesca ilegal, poluição das águas devido ao uso de pesticidas irregulares e pressão
124
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

fundiária dos grileiros, ainda é preciso ressaltar a ameaça constante representada pelo desmatamento.
Em 2000, a área total desmatada na TI era de 1.600 hectares, saltando para 2.926 hectares em 2014, o
que representa um aumento de mais de 80% no desmatamento acumulado (ISA, 2016). Ainda que, em
relação à área total da TI, o desmatamento corresponda a somente pouco mais de 1%, essa tendência de
crescimento deve ser acompanhada e monitorada atentamente.

As seguintes entidades representativas têm presença e atuação na TI Rio Branco:

• Associação Agrária do Povo Indígena de Rio Branco (AAPIRB)


• Associação Indígena Doa'Txatô (AIDT)
• Associação Indígena Wãipa (AIW).

3.3.1.14 TI Rio Guaporé

Localizada no município de Guajará-Mirim, fazendo divisa com o Parque Nacional da Serra da


Cutia, a Terra Indígena Guaporé, inserida completamente na bacia do rio Madeira, foi identificada e
declarada em 1993, sendo homologada em 1996.

Nos 116 mil hectares que compõem a área da TI, em 2010, habitavam 911 indígenas de 10 etnias
diferentes, a saber: Aikanã, Arikapú, Aruá, Djereomitxí, Kanoê, Kujubim, Makurap, Tupari, Wajuru e
Wari’ (ISA, 2016). Apesar de falantes de línguas e possuidores de costumes distintos, esses indígenas
apresentam uma convivência extremamente pacífica dentro da TI.

Analisando a dinâmica populacional na TI, é possível perceber uma nítida tendência à expansão.
Entre 1993 e 2010, dados mais recentes disponíveis, houve um aumento de pouco mais de 200% no
número de indígenas residentes no local. O pico de crescimento se deu entre os anos 2005 e 2010, o que
mostra que essa tendência de expansão deve ser confirmada nos próximos anos, caso mantenham-se as
condições constantes nessa Terra Indígena. A FIGURA 3.29 explicita esse movimento.

Entre os principais problemas que trazem riscos à manutenção da TI, bem como impactam
diretamente a vida dos indígenas, estão a exploração de recursos madeireiros e não-madeireiros e a pesca
ilegal. Há, ainda, dois requerimentos de pesquisa para a exploração de ouro na área (ISA, 2016).

125
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Dinâmica Populacional - 1993 a 2010


1000 911
900
800
700
589
600
500 407
400 300
300
200
100
0
1993 1998 2005 2010

Número de indígenas residentes

FIGURA 3.29 - GRÁFICO DA DINÂMICA POPULACIONAL NA TERRA INDÍGENA RIO GUAPORÉ – 1993-2010.
Fonte: Adaptado de ISA (2016)

Em relação ao desmatamento, em 2000, o total acumulado era de 1.028 hectares. Já no ano 2010,
dava-se conta de uma área desmatada de 2.265 hectares, representando um crescimento de cerca de
120% no acumulado. Atualmente, o desmatamento corresponde a quase 2% do território ocupado pela
Terra Indígena Guaporé.

Duas entidades representativas atuam no local: PIN Sede (Funai) e Jovens Com Uma Missão
(JOCUM), esta última ligada à Missão Evangélica.

3.3.1.15 TI Rio Mequéns

A Terra Indígena Rio Mequéns, situada entre os municípios de Alto Alegre dos Parecis,
Cerejeira e Parecis, localiza-se em uma região habitada pela etnia Sakurabiat desde tempos imemoriais.
A área, próxima às cabeceiras dos rios Mequéns e Verde, tributários dos rios Colorado e Guaporé, foi
identificada em 1991 e declarada em 1996.

Segundo dados do ISA (2016), ali habitavam, em 2013, 79 indígenas das etnias Sakurabiat e
Makurap, ambas falantes da mesma família linguística: Tupari. A dinâmica populacional nessa Terra
Indígena apresenta indícios de estagnação, resultado não só do violento histórico de contato da etnia
Sakurabiat – predominante na TI – com os brancos, mas também com o número reduzido de mulheres
e da mudança de indígenas para cidades vizinhas (GALUCIO, 2003). A FIGURA 3.30 retrata um pouco
da dinâmica populacional no local.

126
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Dinâmica Populacional - 1991 a 2013


160
137
140

120 108

100 89
80 79
74
80

60

40

20

0
1991 1995 2001 2008 2010 2013

Número de indígenas residentes

FIGURA 3.30 - GRÁFICO DA DINÂMICA POPULACIONAL NA TERRA INDÍGENA RIO MEQUÉNS – 1991-2013
Fonte: Adaptado de ISA (2016)

A FIGURA 3.30 mostra uma linha de dinâmica extremamente oscilatória, hora com aumentos,
hora com declínios. Em ambos os casos, percentualmente, as variações não são muito acentuadas, de
modo que o total populacional permanece relativamente constante ao longo de toda a série; ainda que
sejam visualizados picos de população em 1995 e 2010, nos anos subsequentes ocorrem reduções
significativas. Desse modo, no total, entre 1991 e 2013, afere-se uma variação negativa de apenas 1,25%.

Além das atividades ilegais de extração de recursos não-madeireiros que afetam negativamente
a população indígena da TI, há ainda registro de garimpo ilegal na área (ISA, 2016). O desmatamento
acumulado, em 2000, era de 3.609 hectares, subindo, aproximadamente, 7% em 2013, que apresentou
um acumulado de 3.868 hectares desmatados. Entretanto, notícias recentes levam a crer que esse
percentual, atualmente, deve ter sido consideravelmente ampliado, dado que, em 2016, houve uma grave
denúncia realizada pelo MPF acerca da extração ilegal de madeira dessa Terra Indígena, o que culminou
com a investigação de 35 pessoas e seis madeireiras (ISA, 2016).

A Associação Keonpura do Povo Indígena Sakirabiar é a única entidade representativa no local.

3.3.1.16 TI Rio Negro Ocaia

A Terra Indígena Rio Negro Ocaia encontra-se, atualmente, em reestudo. Hoje, essa TI
apresenta uma área total de 104 mil hectares, situada, completamente, no município de Guajará-Mirim
(FUNAI, 2016).

Demograficamente, esta TI é ocupada por indígenas da etnia Wari’. Em 2013, ali encontravam-
se 743 indivíduos. A FIGURA 3.31 abaixo mostra a evolução do contingente populacional desta terra
indígena que, entre 1989 e 2013, apresentou um crescimento de mais de 150% (ISA, 2016).

127
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Dinâmica Populacional - 1989 a 2013


800 743
688 670
700
608
600

500 444

400
290
300

200

100

0
1989 1996 2005 2008 2010 2013

Número de indígenas residentes

FIGURA 3.31 - GRÁFICO DA DINÂMICA POPULACIONAL NA TERRA INDÍGENA RIO NEGRO OCAIA – 1989-2013
Fonte: Adaptado de ISA (2016)

Percebe-se uma tendência clara de aumento populacional, ainda que de maneira tímida ao longo
dos anos. Na série apresentada há apenas um período de decréscimo – entre 2005 e 2008 – que não
chega a ser significativo no contexto geral.

As maiores pressões e ameaças que pairam sobre a Terra Indígena Rio Negro Ocaia são a
exploração madeireira e o garimpo ilegal. Essas práticas são algumas das mais nocivas em territórios
indígenas, uma vez que geram grandes impactos ambientais e conflitos acirrados entre índios e brancos.
Apesar das atividades ilegais de exploração madeireira, o desmatamento na TI não apresentou variações
brutas entre 2000 e 2014. Enquanto em 2000 havia um total acumulado de 940 hectares desmatados, em
2014 o número passou para 1.167 hectares, um acréscimo de pouco mais de 20% no total (ISA, 2016).

A única entidade representativa com atuação nessa TI é a Associação Indígena Rio Negro Ocaia
(AIRO).

3.3.1.17 TI Rio Negro Ocaia (Reestudo)

Como mencionado anteriormente, a Terra Indígena Rio Negro Ocaia encontra-se, atualmente,
em processo de reestudo pelos órgãos competentes. Segundo informações da Funai (FUNAI, 2016), a
homologação desse reestudo, que já foi declarado, fará com que a TI tenha uma ampliação de pouco
mais de 100 mil hectares para 235 mil, um aumento de mais de 120% em seu total territorial.

Nessa área, que contorna os limites da já existente TI Rio Negro Ocaia, em Guajará-Mirim,
encontravam-se, em 2016, 51 indígenas da etnia Wari’ (ISA, 2016). Inexistem outras estimativas
populacionais para esse território.

As maiores pressões, também nessa faixa de terra que contorna a TI, são o desmatamento e a
garimpagem, havendo, no caso desta última, três processos minerários, em fase de requerimento de
pesquisa, protocolados no Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Já o desmatamento,
128
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

após vivenciar um momento de expansão entre 2000 e 2004, quando atingiu o ápice de 101 hectares
desmatados em um único ano, tem apresentado tendência redutiva, com o registro de apenas seis
hectares desmatados em 2014. O total acumulado do desmatamento, nesse território, é de 1.307 hectares,
o que corresponde a menos de 1% da área, de pouco mais de 135 mil hectares (ISA, 2016).

3.3.1.18 TI Rio Omerê

Localizada no município de Corumbiara, sudeste do estado de Rondônia, a Terra Indígena Rio


Omerê foi homologada em 2006 e apresenta grande importância por abrigar os últimos quatro
remanescentes da etnia Aktunsu. Ressalta-se que parte da área, uma pequena reserva de mata pertencente
a uma fazenda particular, habitada por membros dessa etnia, já havia sido interditada pela Funai na
década de 1980 (ISA, 2016).
Nessa Terra Indígena, de 26 mil hectares, encontram-se apenas sete indígenas, sendo quatro da
etnia Aktunsu e três Kanoê. Todos os remanescentes dos Aktunsu, que se resumem a uma única família,
estão nessa TI. A dinâmica populacional local reflete o histórico de massacres a que foi submetida essa
etnia, praticamente dizimada em meados dos anos 1980 por brancos na tentativa de expulsar os indígenas
de seus territórios (VALADÃO, 1996).

Dinâmica Populacional - 1999 a 2016


12 11 11
10
10
8
8 7

0
1999 2005 2009 2013 2016

Número de indígenas residentes

FIGURA 3.32.- GRÁFICO DA DINÂMICA POPULACIONAL NA TERRA INDÍGENA RIO OMERÊ – 1999-2016
Fonte: Adaptado de ISA (2016)

A FIGURA 3.32 retrata a triste realidade a que foram, e ainda são submetidas muitas etnias
indígenas na história de ocupação de terras no Brasil. Refletindo a trajetória do povo Aktunsu, essa linha
mostra quão perto essa etnia, tão rica em costumes e tradições, está perto da extinção. Representantes
da Funai no local afirmam que, em março de 2005, o grupo era constituído por um homem de,
aproximadamente, 65 anos, uma mulher de cerca de 75 anos, um membro do sexo masculino próximo
aos 35 anos e três mulheres com idades entre 18 e 30 anos. Em janeiro de 2000, a queda de uma grande
árvore sobre uma casa matou uma das indígenas mais novas. Em outubro de 2009 faleceu a indígena

129
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

mais velha, de modo que se contava com apenas cinco pessoas dessa etnia. Não há informações sobre o
último decréscimo (ISA, 2016).

Os três indígenas da etnia Kanoê que habitam a Terra Indígena Omerê são de uma única família,
a qual tem se mantido em relativo isolamento desde o primeiro contato com a Funai, realizado apenas
em 1995 (ISA, 2016).

Apesar de haver vários processos minerários em fase de requerimento de pesquisa e serem


registrados riscos potenciais de exploração madeireira e pecuária, a TI Omerê tem sido alvo de intensa
proteção por órgão ambientais e ligados à proteção dos direitos indígenas, uma vez que mantê-la intacta
é possibilitar a chance que não se extinga uma etnia indígena. O desmatamento acumulado, até 2014, de
4.470 hectares, equivalente a pouco mais de 17% do total territorial da TI, reduziu-se a níveis próximos
de 0 em 2009 e vem se mantendo constante desde então.

3.3.1.19 TI Roosevelt

Situada entre os municípios de Rondolândia (MT), Espigão d’Oeste (RO) e Pimenta Bueno
(RO), a Terra Indígena Roosevelt foi homologada em 1991.

Essa TI é uma das mais lembradas por conta dos inúmeros embates violentos que marcaram a
história de sua constituição e, mais recentemente, da manutenção do território indígena livre de ameaças
de garimpeiros e, em menor grau, de fazendeiros e grileiros. Desde 2000, a área tem sido palco de
intensos conflitos entre garimpeiros e indígenas na disputa de minérios (ouro, cassiterita e, em especial,
diamantes). Entre os casos de maior notoriedade está o assassinato de 29 garimpeiros, em 2004, dentro
da reserva, por Cintas Largas; esse caso ainda não foi julgado, mas é possível que os indígenas sejam
submetidos a júri popular em breve. O garimpo ilegal de diamantes no território, inclusive, atinge níveis
internacionais.

Os maiores problemas associados às atividades ilegais no interior da TI não se dão apenas no


âmbito ambiental, mas também em nível social. Se, por um lado, é facilmente mensurável como o
garimpo ilegal causa a destruição da mata ciliar e das margens dos igarapés, desmatamento,
assoreamento, turbidez e poluição das águas, por outro lado se tem os impactos sociais, mais difíceis de
quantificar. Dentre os últimos, pode-se citar as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), contraídas
devido à prostituição dentro da Terra Indígena, o alcoolismo e a utilização de outras drogas. A
comunidade indígena também sofreu um processo de desintegração pela morte de inúmeros índios em
conflito com garimpeiros, provocando ondas de violência não só na área indígena como nos municípios
arredores (CURI, 2005).

Em relação ao desmatamento, desde 2000, os níveis variam com picos seguidos de quedas
vertiginosas, entretanto, mantêm-se uma exploração contínua de madeira que fez com que a área
desmatada passasse de 2.590, em 2000, para 4.430, em 2014. Esse acréscimo de 71% fez com que o
desmatamento passasse a significar quase 2% do território total da TI. Aparentemente, os períodos de
130
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

queda coincidem com os momentos em que são deflagradas operações especiais da Polícia Federal
visando coibir a atividade de madeireiros ilegais, tal como ocorreu nos anos de 2006, 2011 e 2014 (ISA,
2016).

Na TI Roosevelt, além da etnia Cinta Larga, são encontrados também indivíduos membros dos
Apurinã, falantes de uma língua proveniente da família linguística Aruak-Maipure. Em 2010, no total,
eram 1.337 indígenas residentes na reserva; comparando com os primeiros dados disponíveis, em 1993,
quando os índios locais somavam apenas 254, observa-se um aumento vertiginoso do número de
indígenas na TI (ISA, 2016). A dinâmica demográfica é apresentada com mais detalhes na FIGURA
3.33.

Dinâmica Populacional - 1993 a 2010


1600
1337
1400

1200

1000

800

600 502

400 306
254

200

0
1993 1995 2001 2010

Número de indígenas residentes

FIGURA 3.33 - GRÁFICO DA DINÂMICA POPULACIONAL NA TERRA INDÍGENA ROOSEVELT – 1993-2010


Fonte: Adaptado de ISA (2016)

Durante todo o período observa-se que a população indígena da TI Roosevelt ampliou-se em


mais de 400%. Apesar de contínuo durante toda a série apresentada, é possível notar como o pico de
expansão populacional é recente. Se, entre 1993 e 2001, houve um aumento de 97%, com tímidos
incrementos nos primeiros dois anos, entre 2001 e 2010, esse acréscimo subiu para 166%.

As seguintes entidades representativas atuam na TI Roosevelt:

• Associação das Guerreiras Indígenas de Rondônia (AGIR)


• Associação dos Índios Apurinã de Rondônia (NUNERIMANÊ)
• Associação Nunerimane dos Povos Indígenas Apurinã de Rondônia (ANPIAR)
• Coordenação das Organizações Indígenas do Povo Cinta Larga (PATJAMAAJ)
• Associação Pamaré do Povo Cinta Larga (PAMARÉ)

131
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

3.3.1.20 TI Sagarana

Interditada em 1987, a Terra Indígena Sagarana foi identificada em 1992 e homologada em


1996. Habitada pela etnia Wari’, também conhecida como Pakaá Nova, da família linguística
Txapakura, a TI abrigava, em 2010, 318 indígenas (ISA, 2016).

Não existem sobreposições nos cerca de 18 mil hectares ocupados pela TI. Entretanto, a área
sofre pressão de pescadores que atuam de forma irregular, impactando diretamente as atividades da
comunidade indígena, que depende da pesca para garantir sua subsistência.

Os dados demográficos disponíveis mostram que, apesar de contínuo, o crescimento da


população indígena no local não se apresenta expressivo em termos numéricos. Percentualmente, entre
1989 e 2010, houve um aumento de 114%, porém, numericamente, em um intervalo de mais de 20 anos,
a população Wari’ dessa terra indígena teve um acréscimo de apenas 170 indivíduos. A FIGURA 3.34
abaixo mostra a evolução da população residente na TI ao longo dos últimos anos (ISA, 2016).

O crescimento do número de indígenas foi mais acentuado entre 1989 e 1996, logo após a
interdição da área, quando chegou a um percentual de 70%. Entre 1996 e 2005, o número de indivíduos
manteve-se praticamente estagnado e voltou a aumentar, em pouco mais de 18%, entre 2005 e 2010.

Em relação ao desmatamento, em 2000, no acumulado, a área desmatada era de 873 hectares,


saltando para 1.273 hectares em 2014, o que corresponde a, aproximadamente, 7% do território total da
TI. Entre 2000 e 2014, observa-se um aumento de mais 45% na área desmatada, havendo picos de
desmatamento nos anos 2004 e 2012 (ISA, 2016).

A única entidade representativa atuante na TI é a Associação Indígena Sagarana (ASINSAG).

Dinâmica Populacional - 1989 a 2010


350 318

300 265 269

250

200
148
150

100

50

0
1989 1996 2005 2010

Número de indígenas residentes

FIGURA 3.34 - GRÁFICO DA DINÂMICA POPULACIONAL NA TERRA INDÍGENA SAGARANA – 1989-2010


Fonte: Adaptado de ISA (2016)

132
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

3.3.1.21 TI Sete de Setembro

A Terra Indígena Sete de Setembro localiza-se em região fronteiriça, ao norte do município de


Cacoal-RO até o município de Aripuanã-MT, ocupando, ainda, parte dos municípios de Espigão
d’Oeste-RO e Rondolândia-MT. Homologada em 1983, a TI é banhada pela bacia do rio Branco,
afluente do rio Roosevelt, que se forma a partir da junção dos rios Sete de Setembro e Fortuninha (ISA,
2016).

A TI Sete de Setembro abriga todos os indivíduos da etnia Suruí Paiter. São 1.375 indígenas
dessa etnia vivendo nos 248 mil hectares ocupados pela Terra Indígena. As aldeias dos indígenas estão
distribuídas ao longo das linhas de acesso à TI, distribuição motivada tanto por motivos de segurança
quanto para aproveitamento de antigas sedes de fazendas construídas por invasores que se estabeleceram
no local ao longo das décadas de 1970 e 1980 (ISA, 2016).

A dinâmica populacional na TI apresenta clara tendência à expansão. Porém, essa ampliação do


número de indígenas é relativamente recente, uma vez que estudos apontam uma drástica diminuição da
população jovem, com idades entre 26 e 30 anos, na década de 1980, ocasionada por um grande número
de mortes por doenças infecto contagiosas. A mortandade atenuou-se no final dessa mesma década e, a
partir de então, é possível perceber um aumento contínuo do povo Suruí Paiter, conforme ilustrado a
seguir na FIGURA 3.35.

Dinâmica Populacional - 1992 a 2014


1600
1375
1400 1294
1161
1200 1095
920 950
1000
766
800
586 605
600

400

200

0
1992 1995 2000 2002 2005 2008 2010 2013 2014

Número de indígenas residentes

FIGURA 3.35 - GRÁFICO DA DINÂMICA POPULACIONAL DA TERRA INDÍGENA SETE DE SETEMBRO – 1992-2014
Fonte: Adaptado de ISA (2016)

Entre 1992 e 2014 houve um acréscimo de pouco mais de 130% no número de indígenas
da etnia Suruí Paiter. Percebe-se que não há nenhum pico de crescimento, mantendo-se a níveis
constantes ao longo de toda a série. Também não há nenhum período de decréscimo populacional,
indicando uma firme e nítida tendência à expansão.

133
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Entre os principais problemas, que representam riscos ao ecossistema e à sobrevivência


indígena, estão a exploração madeireira e as atividades de garimpo. A área onde localiza-se a Terra
Indígena Sete de Setembro faz parte de uma zona de incidência de diamantes, o que atrai garimpeiros
ilegais em busca de riqueza, causando conflitos, muitas vezes bastante violentos, com os indígenas.
Informações ainda apontam para embates violentos entre madeireiros e indígenas em anos recentes (ISA,
2016).

Em relação ao desmatamento, até 2000, o total acumulado era de 2.843 hectares. Em 2014, as
informações apontam para uma área desmatada de 5.356 hectares, o que representa um aumento de 88%
no território submetido ao desmatamento. Em relação ao território total da TI, a área desmatada
acumulada, em 2014, correspondia a 2,15%, apesar de baixo o percentual, dadas as notícias recentes,
conclui-se que é preciso monitorar de forma rigorosa a área.

São encontradas na TI as seguintes entidades representativas:

• Associação das Guerreiras Indígenas de Rondônia (AGIR)


• Associação do Povo da Floresta Kaban-ey Suruí (KABAN)
• Associação do Povo Indígena Suruí GAMIR (APISG)
• Associação Fórum das Organizações do Povo Paiter Suruí de Rondônia (PAITEREY)
• Associação Gãbgir do Povo Indígena Paiter Suru
• Associação Garah Pãmeh do Povo Kabaney Paiter Suruí do Noroeste de Mato Grosso e
Rondônia (GAPOY)
• Associação Metareilá do Povo Indígena Suruí (GAMEBEY)
• Associação Pamaur de Proteção aos Povos Indígenas Payter-Yter de Rondônia (PAMAUR)
• Instituto de Educação de Jovens e Adultos para a Cidadania (IEJAC)
• Instituto Florestal Yabner Suruí

3.3.1.22 TI Tanaru

Localizada em uma espécie de ilha florestal de 8 mil hectares, a Terra Indígena Tanaru ficou
famosa, em fins da década de 2000, por abrigar o último homem de um povo indígena desconhecido de
Rondônia. Atualmente, a TI encontra-se em restrição de uso (ISA, 2016).

Pouco se sabe acerca desse indígena que ficou conhecido como “índio do buraco” por conta da
forma como se abriga: uma cova cavada no meio da maloca. Uma das hipóteses levantadas pela Funai
para explicar o seu isolamento é que seus parentes poderiam ter sido vítimas de uma chacina realizada
por um fazendeiro em 1995 (THENÓRIO, 2009).

O indígena, que se abriga e sobrevive da floresta amazônica, fugindo de qualquer forma de


contato com a cultura branca, foi registrado pela primeira vez pela Funai em 1996, mas os funcionários
do órgão evitam aproximar-se dele pois perceberam que o mesmo não tem interesse em estabelecer

134
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

contato (THENÓRIO, 2009). Assim, o legado de seu conhecimento ancestral e de seus costumes
culturais será reconhecido, no futuro, apenas pelos vestígios que deixará.

3.3.1.23 TI Tubarão/Latundê

A Terra Indígena Tubarão/Latundê situa-se no município de Chupinguaia, sudeste do estado de


Rondônia, a cerca de 100km da fronteira Brasil-Bolívia. São 117 mil hectares que abrigam as etnias
Kwazá, Aikanã e Nambiquara. Essa TI, localizada na bacia do rio Madeira, foi interditada em 1987 e
homologada em 1991.

Dados de 2010, os mais recentes disponíveis, apontam para a existência de 195 indígenas das
três etnias na TI. A maioria é composta por Kwazá e por Aikanã, sendo que parte dos Kwazá se
reconhece como Aikanã. Esses povos foram expulsos de suas terras tradicionais por fazendeiros que
dali se apossaram após a abertura da BR-364 na década de 1960 (ISA, 2016).

Demograficamente, a Terra Indígena Tubarão/Latundê apresenta uma espécie de estagnação


populacional, conforme pode ser observado na FIGURA 3.36. Ainda que não haja nenhum decréscimo
na série apresentada, os aumentos populacionais em intervalos de tempo, às vezes de cinco ou mais
anos, não chegam a ser consideráveis em termos de número de indivíduos. Ao todo, entre 1994 e 2010,
houve um acréscimo de apenas pouco mais de 20% no número de habitantes da TI, o que corresponde
a um aumento de, somente, 35 indivíduos.

Dinâmica Populacional - 1994 a 2010


250

195
200 180
176
168
160

150

100

50

0
1994 1995 2001 2005 2010

Número de indígenas residentes

FIGURA 3.36 - GRÁFICO DA DINÂMICA POPULACIONAL NA TERRA INDÍGENA TUBARÃO/LATUNDÊ – 1994-2010


Fonte: Adaptado de ISA (2016)

Hoje, a Terra Indígena Tubarão/Latundê, como um todo, tem apenas um líder, o qual
representa as três etnias que ali vivem. Esse líder é um jovem Aikanã, que, em suas funções, recebe
assistência das pessoas mais velhas da comunidade e da administração da sede da Funai, em
Vilhena, município no qual, inclusive, há muitos Aikanã morando (ISA, 2016).
135
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Em termos dos problemas enfrentados pelos indígenas nessa TI, há que se destacar o fato de que
o solo local é bastante pobre, quase totalmente arenoso, havendo, inclusive, vegetação de cerrado em
grande parte da área, o que dificulta a cultura de alimentos para consumo. Além disso, a região vem
perdendo a sua mata virgem, de modo que a caça tem diminuído rapidamente. Afora esses problemas
relacionados ao ambiente, os indígenas enfrentam pressão de madeireiros e garimpeiros (ISA, 2016).

Em relação ao desmatamento, em 2000, havia um total acumulado de desmatamento de 1.328


hectares; em 2014, esse total era de 1.844 hectares, revelando um aumento de quase 40%. Entretanto,
analisando a série gráfica de desmatamento, disponibilizada pelo ISA (2016), percebe-se que o número
de hectares desmatados têm apresentado declínio com o passar dos anos, tendo tido seus picos em 2004
e 2008.

A única entidade representativa com atuação no local é a Associação Massaká dos Povos
Indígenas Aikanã, Latundê e Kwasá.

3.3.1.24 TI Uru-Eu-Wau-Wau

Declarada como pertencente aos indígenas em 1985, a Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau foi
homologada por Decreto em 1991, com 1.867.000 hectares.

Em 1979, sobre terras tradicionalmente ocupadas pelos Uru-Eu-Wau-Wau, ainda não


demarcadas, foi criado o Parque Nacional Pacaás Novos; a TI também faz divisa com outras duas
Unidades de Conservação, a saber: o Parque Estadual Guajará-Mirim a noroeste e o Parque Nacional da
Serra da Cutia a sudoeste. A TI engloba partes das três principais bacias hidrográficas de Rondônia –
Guaporé, Madeira e Mamoré – e, ali, nascem, nas escarpas das serras, 17 rios.

Apesar da proteção de unidades de conservação, a TI Uru-Eu-Wau-Wau vem sofrendo intensos


ataques de fazendeiros e de garimpeiros ao longo dos últimos anos. Em 2016 foram inúmeras denúncias
de colonos que adentraram o território do Parque onde vivem os indígenas da etnia Uru-Eu-Wau-Wau
para “abrir território” com queimadas, bem como garimpeiros e madeireiros que atuavam ilegalmente
na exploração dos recursos naturais locais. Inclusive, nesse mesmo ano, a Polícia Federal deflagrou
diversas operações, em conjunto com indígenas, visando evitar maiores devastações ao patrimônio
ambiental local (ISA, 2016).

Em relação ao desmatamento, apesar deste vir apresentando tendências decrescentes entre 2002
e 2011, em 2013 houve novo pico de crescimento. Segundo informações do ISA (2016), até 2000 o total
de área desmatada era de 9.694 hectares, subindo para 16.755 hectares em 2014, um acréscimo de pouco
mais de 70%. Em 2014, o total acumulado de desmatamento representava 0,89% da área total da TI.

Além de todos os indivíduos remanescentes da etnia Uru-Eu-Wau-Wau, 123 falantes da família


linguística Tupi Kawahib, também viviam, em 2014, na TI, os últimos membros das seguintes etnias:
Oro Win, 88 indígenas falantes de uma língua originada da família linguística Txapakura; Amondawa,

136
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

126 indígenas falantes de língua originária da família Tupi-Guarani; e Juma, etnia de língua proveniente
do Tupi-Guarani, da qual resta somente uma família formada por um homem e suas três filhas (ISA,
2016).

Considerando os dados populacionais disponíveis, percebe-se que, apesar de tímido, há um


crescimento do número de indígenas residentes na TI. Entre 1990 e 2013, houve um aumento de 125%
na população; já os dados mais recentes, de 2014, mostram que, no último biênio da série, o crescimento
foi mais acentuado, ampliando-se em 45% no decurso de apenas um ano. A FIGURA 3.37 mostra a
dinâmica populacional, para todas as etnias que vivem na Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau, entre 1990
e 2014.

Dinâmica Populacional - 1990 a 2014


400
341
350

300
232 235
250 214 221
187
200 159
150
104
100

50

0
1990 1999 2006 2008 2010 2012 2013 2014

Número de indígenas residentes

FIGURA 3.37.- GRÁFICO DA DINÂMICA POPULACIONAL NA TERRA INDÍGENA URU-EU-WAU-WAU – 1990-2014


Fonte: Adaptado de ISA (2016)

Ressalta-se que, em relação às etnias que ocupam o território da TI, somente duas estão em suas
terras tradicionais, os Uru-Eu-Wau-Wau e os Oro Win. Para os Amondawa, a terra é de habitação
recente, pois antes da chegada da chamada “frente de atração” da Funai, viviam nas proximidades do
rio Cautário. Já o povo Juma, marcado por inúmeras tragédias e sob forte risco de extinção já que sua
linhagem é patrilinear, ou seja, seguem a linhagem paterna, e já não existem mais homens dessa etnia,
habitavam, tradicionalmente a região do rio Açuã, próximo à cidade de Lábrea, sul do estado do
Amazonas, tendo sido levados para Rondônia pela Funai em 1998 (HUCHIDA, 2016).

As seguintes entidades representativas têm atuação na TI:

• Associação das Guerreiras Indígenas de Rondônia (AGIR)


• Associação de Pais e Professores do Povo Indígena Amondawa (APP-AMONDAWA)
• Associação do Povo Indígena Amondawa - Puruen Amondawa

137
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

3.3.2 Etnias Indígenas


De acordo com o Instituto Socioambiental (ISA, 2016), existem 29 etnias indígenas distintas
distribuídas pelo território do estado de Rondônia. Cada uma dessas etnias possui costumes, línguas e
graus de interação com a sociedade distintos. Para além dessas, ainda deve ser ressaltada a presença de
dois grupos de isolados em Rondônia, ou seja, etnias indígenas que não estabeleceram contato com a
sociedade regional.

Considerando as principais informações sobre as Terras Indígenas localizadas em Rondônia, no


presente tópico, apresentar-se-á um breve histórico e caracterização de cada uma dessas etnias, de forma
a dar base para um entendimento sobre a formação das inúmeras Terras Indígenas presentes no estado
de Rondônia, bem como sobre sua distribuição pelo território.

3.3.2.1 Aikanã

As Terras Indígenas em que hoje habita a maioria dos Aikanã não correspondem ao seu território
tradicional. Esse grupo foi levado para essas áreas pela Funai, na década de 1970. O Aikanã ainda é uma
língua não classificada e, apesar dos esforços do grupo para a alfabetização das crianças na língua
materna em algumas aldeias, o Aikanã é uma língua ameaçada de extinção.

Os primeiros contatos registrados entre os Aikanã e a população não indígena datam do início
dos anos 1940. Entre 1941 e 1943, a Expedição Urumacuan, enviada pelo General Rondon em busca de
possíveis jazidas de ouro no rio Pimenta Bueno e seus afluentes, manteve contatos frequentes com
grupos indígenas da região, inclusive os Arikanã (DEQUECH, 1988).

Segundo Price (1981), nessa mesma década, o SPI abriu um posto de atendimento em Igarapé
Cascara, afluente do rio Pimenta Bueno, para onde foram levados inúmeros grupos indígenas, dentre os
quais os Aikanã. Com essa iniciativa, os indígenas se viram sujeitos às epidemias de sarampo, gripe e
pneumonia, que causaram a mortalidade de grande parte do grupo. A partir desse momento, os Aikanã
ficaram à mercê das políticas de realocação do SPI e, posteriormente, da Funai, até que, em 1970, foram
estabelecidos nas áreas onde hoje estão as Terras Indígenas Rio Branco, Rio Guaporé, Tubarão/Latundê
e Kwazá do Rio São Pedro.

Muitos dos costumes e práticas dos Aikanã foram perdidos e, atualmente, é extremamente raro
haver celebrações tradicionais entre os membros dessa etnia. Ainda há a fabricação de artesanato, porém,
não segue as práticas antigas e destina-se à venda.

As terras que foram destinadas a essa etnia são caracterizadas pela baixa fertilidade do solo, de
modo que os Aikanã foram obrigados a subsistir pela venda da seringa; contudo, devido à queda no
preço desse produto, hoje encontram sérias dificuldades em sua reprodução física e cultural. Por outro
lado, os Aikanã atualmente desenvolvem projetos de valorização cultural e procuram manter viva a
língua por meio da formação escolar bilíngue. Em 1992 foi iniciado o ensino da língua Aikanã em cada
uma das três escolas nas aldeias em que eles habitam (ISA, 2016).
138
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

3.3.2.2 Akuntsú

Os Akuntsú constituem, hoje, um dos menores grupos étnicos do Brasil. Sua história, marcada
por usurpação de terras e por massacres, pouco se diferencia da de outros povos indígenas de Rondônia.
Os últimos cinco sobreviventes dos chamados Akuntsú vivem em pequenas malocas próximas uma da
outra nas matas do igarapé Omerê, afluente da margem esquerda do rio Corumbiara, no sudeste de
Rondônia. A área constitui uma pequena reserva de mata outrora pertencente a uma fazenda particular
interditada pela Funai no final dos anos 1980 (ISA, 2016).

Em meados da década de 1980, a frente de atração da Funai, responsável pela abordagem dos
índios desconhecidos que perambulavam na região de Corumbiara, esperava contatar grupos indígenas
isolados na mata da área tradicionalmente ocupada pelos Akuntsú. Composto por reservas legais de
algumas fazendas, o território já vinha sendo desmatado para a comercialização de madeira e a
implantação de pecuária, de modo que a presença indígena era constantemente desmentida pelos
fazendeiros, dado que sua confirmação colocaria em risco a disponibilidade das terras para fins
econômicos (ISA, 2016).

Foi nessa mesma década, 1980, que os Akuntsú viveram, provavelmente, o seu último grande
conflito com os brancos. Resquícios do que poderia ser considerado um massacre foram encontrados
por funcionários da Funai nas matas da região; de uma aldeia com, aproximadamente 30 indivíduos,
sobraram apenas restos de utensílios e vestígios. Tais suspeitas só foram esclarecidas dez anos depois,
quando o órgão indigenista finalmente contatou, pela primeira vez, os Akuntsú. Um membro do grupo,
composto à época por apenas sete pessoas, esclareceu o ocorrido: uma tentativa de exterminar esse povo
indígena efetivada por fazendeiros da região (ISA, 2016).

O primeiro contato, de fato, ocorreu em 1995, eram então sete pessoas: dois homens adultos,
três mulheres (uma mais velha e duas em idade reprodutiva), uma adolescente e uma menina de
aproximadamente sete anos (VALADÃO, 1996). Em janeiro de 2000, durante uma tempestade noturna,
uma grande árvore caiu sobre uma das casas, matando a jovem mais nova. Em outubro de 2009, faleceu
a mulher mais velha do grupo, Ururu, que tinha em torno de 85 anos. Em 2016, o membro mais velho
veio a óbito, com 85 anos, de causas naturais. Assim, essa etnia conta com apenas quatro membros
atualmente (BURGER, 2016).

O igarapé Omerê, local onde foi instituída a Terra Indígena ocupada pelos Akuntsú, não fornece
fontes fartas de alimentação; dele, os indígenas retiram apenas a água que bebem e, vez por outra,
pequenos peixes. É com a caça, coleta de frutas e um pequeno roçado em torno da maloca que suprem
suas necessidades (ISA, 2016).

139
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

3.3.2.3 Amondawa

Os Amondawa, que falam a língua kFagwahiva, da família linguística Tupi-Guarani, vivem na


Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau, porém, seu território de ocupação tradicional se localiza nas
proximidades do rio Cautário.

No início dos anos 1980, a Funai estabeleceu os primeiros contatos, na região central do estado
de Rondônia, com os Amondawa. O contato não foi benéfico para essa etnia, dado que foram
severamente acometidos por doenças como gripe e pneumonia, o que se intensificou nos anos
posteriores. Em 1986, a intensa ocupação da região pela frente de colonização fez com que uma
epidemia se espalhasse entre os Amondawa, que se retiraram para o interior fechado da mata e só
retornaram um ano depois, com um número muito menor de indígenas, ao território onde estabeleceram
contato com a Funai (ISA, 2016).

Cosmologicamente, os Amondawa organizam-se em um sistema de metades, no qual toda


pessoa pertence à metade do pai e deve se casar com alguém da metade oposta, caracterizando um
sistema patrilinear exogâmico. Tal característica apresenta importância para a dinâmica social dos
Amondawa, uma vez que cada chefe agrega um grupo local elementar. Quando um indivíduo funda uma
nova aldeia torna-se chefe, papel que poderia não representar na aldeia anterior; esse chefe, de maneira
geral, é sempre um sogro seguido por, primordialmente, seus genros. Essa importante relação entre
sogro e genro define os grupos domésticos no plano de constituição de alianças, segurando os filhos
homens e trazendo os genros para viver próximos (ISA, 2016).

Os homens saem pela manhã para trabalhar em grandes roças, principalmente de mandioca para
a produção de farinha, e as atividades econômicas seguem o mesmo estilo dos grupos domésticos.
Alguns roçados têm produção voltada para inserção no mercado regional. A falta de acesso aos grandes
cursos d’água faz com que o trânsito desses indígenas pela área seja sensivelmente reduzido.

3.3.2.4 Apurinã

Os Apurinã encontram-se dispersos às margens do rio Purus. De acordo com o ISA (2016), são
9.487 indígenas dessa etnia distribuídos pelos estados de Rondônia, Amazonas e Mato Grosso. Falantes
da língua Apurina, da família Maipure-Aruak, a história desse povo é marcada pela violência dos dois
ciclos da borracha na região amazônica.

Os primeiros contatos com brancos ocorreram ainda no século XVIII, quando o rio Purus
começou a ser explorado por comerciantes itinerantes, que buscavam as chamadas “drogas do sertão”:
cacau, copaíba, manteiga de tartaruga e borracha. Nas décadas de 1950 e 1960 houveram várias
expedições para reconhecer e mapear o rio; datam desta época os primeiros relatos de que alguns
Apurinã já trabalhavam para os não-índios (SCHIEL, 2000).

As relações dos grupos Apurinã com os brancos que adentravam o território para firmar
seringais foram bastante distintas. Alguns grupos foram dizimados pelos seringalistas, outros extraiam
140
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

alguns produtos da floresta e os vendiam aos brancos e, por fim, outros trabalhavam como e para
seringalistas. Importante, também, ressaltar que alguns Apurinã trabalharam próximos aos seringalistas
desde o princípio do primeiro ciclo da borracha, outros tiveram contato com não-índios somente na
época da Segunda Guerra Mundial, quando chegaram à área os chamados “soldados da borracha”
(SCHIEL, 2000).

Dessa época, são sempre relembradas histórias que falam sobre massacres, torturas e da
experiência do trabalho escravo. As relações pessoais de compadrio, bem como as guerras pela terra
tradicionalmente ocupada também marcam o discurso Apurinã sobre o período.

As relações de parentesco são baseadas na divisão do povo em dois grandes grupos,


considerados como “nações” pelos Apurinã: Xoaporuneru e Metumanetu. O pertencimento a um destes
grupos é determinado pela linhagem paterna e, para cada um dos grupos há proibições, primordialmente
ligadas à alimentação. O casamento considerado correto é intergrupal, ou seja, deve ser realizado entre
um Xoaporuneru e um Metumanetu, pois se considera que casar dentro do próprio grupo fere uma regra
de parentesco (RISSO, 2005).

3.3.2.5 Arara Karo

Os Arara Karo vivem em duas aldeias, Iterap e Paygap, ambas localizadas na parte sul da Terra
Indígena Igarapé de Lourdes. A língua Karo pertence à família Ramarama, do tronco linguístico Tupi
(ISA, 2016).

A história de contato dos Arara Karo com não indígenas inicia-se apenas no final da década de
1940, quando chegaram em seu território funcionários do antigo Serviço de Proteção ao Índio (SPI) para
estabelecer contato. Esse contato foi fulminante para as comunidades Arara: centenas de índios
morreram por doenças como pneumonia, gripe e sarampo. Quase todos os sobreviventes dessas
epidemias foram morar nos seringais da região, fazendo com que os Arara Karo se engajassem
totalmente no modo de vida não indígena. No final da década de 1960, o SPI conseguiu reagrupar os
Arara Karo, que passaram a viver junto ao povo Ikolen. Porém, a convivência não foi pacífica e, após
muitos desentendimentos, nos anos 80, os Arara Karo resolveram fundar sua própria aldeia, que foi logo
reconhecida pela Funai (GABAS JÚNIOR et al., 2002).

Nas aldeias, praticamente todos os índios falam sua própria língua, sendo o Português aprendido
como segunda língua e utilizado, somente, no contato com não indígenas. Nos últimos tempos, percebe-
se uma gradual utilização, principalmente pelas novas gerações, de termos portugueses, geralmente para
as relações de parentesco (pai, mãe, tio, tia, primo, prima), no convívio diário. Alguns Arara Karo
também falam ou entendem a língua Tupi-Mondé, graças às situações de casamento entre membros das
etnias Arara e Ikolen (GABAS JÚNIOR, 1989).

Após quase 60 anos de contato envolvente com a população não-indígena, a organização social
e política, assim como as práticas culturais tradicionais dos Arara Karo caíram em desuso, praticamente
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desaparecendo. Permanecem, entretanto, alguns importantes aspectos de sua organização social


tradicional, tal como o trabalho dos genros para os sogros após o casamento. Foram registrados
casamentos (não recentes) de índios com não-índios, mas esse tipo de união não é bem visto pelos
membros da comunidade. Atualmente, nenhum ritual tradicional é praticado pelos Arara Karo. Os vários
pajés que residem na aldeia, apesar de muito respeitados pela própria comunidade e por membros de
outras etnias, têm funções restritas a conselheiros em questões concernentes à comunidade; não há mais
atividades ou práticas típicas de pajés de outrora, tais como curandeirismo, diálogos rituais e elaboração
de cantos (GABAS JÚNIOR, 2002).

3.3.2.6 Arikapú

Embora, atualmente, os Arikapú vivam nas Terras Indígenas Guaporé e Rio Branco, esses locais
não correspondem aos seus territórios de ocupação tradicional. No início dos anos 1930, o Serviço de
Proteção ao Índio (SPI) iniciou trabalhos de transferência de grupos indígenas do sudoeste de Rondônia,
entre os quais os Arikapú, para colônias no oeste do estado. Nessas colônias, os indígenas eram
obrigados a viver e a trabalhar sob condições desumanas, o que fez com que muitas etnias se
dispersassem, com seus membros fugindo ou explorando outros territórios (MALDI, 1991).

Apesar dessa transferência em 1930, os primeiros contatos entre esse povo e os não-indígenas
ocorreram, por volta, do início do século XX. Ao longo de todo o século, epidemias de doenças, conflitos
e a já referida dispersão causaram decréscimos significativos a essa etnia que, segundo dados do ISA
(2016), em 2014, contava com apenas 34 membros.

O nome Arikapú, além de ser a autodenominação dos Arikapú, é também utilizado pelos grupos
vizinhos e pelos não-indígenas para se referirem a esse grupo. Sua origem pode estar vinculada à língua
Tupari dos vizinhos Makurap, na qual arikapú se refere ao pássaro japó (ISA, 2016).

Até muito pouco tempo, a língua dos Arikapú permanecia praticamente desconhecida. Hoje,
essa língua encontra-se hoje no limiar da extinção, dado que restam somente dois anciões que a dominam
e estes vivem em Terras Indígenas distintas. Não houve transmissão da língua para as gerações
seguintes.

Culturalmente os Arikapú se aproximam bastante de outros grupos do sudoeste de Rondônia e,


com eles, compartilham muitas características (MALDI, 1991). O contato com não indígenas contribui
fortemente, entretanto, para que muitos Arikapú abandonassem suas práticas culturais. Ainda hoje,
alguns vivem em grandes malocas em formato de colmeia, como seus antepassados, e a subsistência do
povo baseia-se em atividades de pesca, caça, coleta de frutas e agricultura de roçado (ISA, 2016).

3.3.2.7 Aruá

Os Aruá são um povo relativamente pouco estudado, estudos antropológicos e linguísticos sobre
essa etnia são bastante raros e, por isso, as informações aqui apresentadas são esparsas. Sabe-se que o

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aruá é parte da família linguística tupi-mondé, mas, atualmente, são, somente, cerca de 20 falantes dessa
língua, dentre os 94 membros Aruá, caracterizando-a como sob ameaça de extinção (ISA, 2016).

Os primeiros contatos entre os Aruá e não indígenas ocorreu em meados de 1920. Logo em
seguida, epidemias de sarampo, doença para qual os indígenas não possuíam nenhum tipo de defesa,
praticamente exterminaram a etnia (MALDI, 1991).

Os Aruá, guardam, juntamente com grupos indígenas do Guaporé e dos afluentes ocidentais do
Mamoré, três aspectos culturais característicos: a ausência da mandioca “brava” e da farinha na
alimentação; a existência de subgrupos territoriais definidos e nominados; e o consumo de chicha de
milho em cerimônias. Outro elemento cultural é a aspiração do pó de angico nos atos xamanísticos,
sendo a atuação do xamã relacionada ao uso que faz desse pó alucinógeno (MALDI, 1991).

3.3.2.8 Cinta Larga

O território tradicional do povo Cinta Larga localiza-se no sudoeste da Amazônia brasileira,


compreendendo parte dos estados de Rondônia e Mato Grosso. Atualmente, a etnia habita as terras
indígenas Roosevelt, Serra Morena, Parque Aripuanã e Aripuanã, todas homologadas, definidas por
volta de 1990, em uma área contígua de 2,7 milhões de hectares. Não é possível encontrar entre os Cinta
Larga algo como uma autodenominação, um termo geral para o conjunto do grupo - a não ser a alcunha
"Cinta Larga", adotada por eles em sua convivência com a sociedade brasileira (ISA, 2016).

Somente no século XX surgem informações precisas sobre os hoje chamados Cinta-Larga,


embora existam registros prévios de encontros de brancos com esses indígenas. Durante todo o século
XX, diversos incidentes marcaram a história dos Cinta Larga. Em 1928, seringueiros do rio Aripuanã
massacraram uma aldeia de índios então chamados “Iamé” – yamên, uma forma usual de tratamento
entre os Cinta Larga; o caso, embora denunciado, não teve quase nenhuma consequência para os
assassinos (CHAPELLE, 1982).

Na década de 1950 começaram a ser registrados conflitos de indígenas Cinta Larga com feitorias
de seringueiros, comboios de garimpeiros e povoados que cresceram nas proximidades das estações
telegráficas, em particular em Vilhena, José Bonifácio e Pimenta Bueno. As invasões do território Cinta
Larga continuaram ao longo dos anos, sendo realizadas, principalmente, por firmas de mineração e
seringalistas; a situação se agravou a partir da inauguração da rodovia Cuiabá-Porto Velho (BR-364),
em 1960. Hostis aos invasores, os Cinta Larga representavam um empecilho à expansão destes
empreendimentos, assim, as operações destinadas a “limpar a área”, realizadas pelos brancos que
vinham explorando seringais e pedras preciosas na região, tomaram proporções alarmantes
(CHAPELLE, 1982).

A década de 1960 continuou com sucessivos conflitos com seringueiros. Nesse mesmo período,
os garimpeiros chegavam às centenas, vasculhando a região atrás de diamantes, ouro e cassiterita, e os
conflitos passaram a eclodir cada vez mais dramáticos. Nos últimos anos dessa década, as hostilidades
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se acirraram de maneira acentuada, com casos de Cinta Larga flechando brancos e sendo alvejados a
tiros por seringueiros e outros habitantes da região.

Em 1969 a população Cinta Larga foi estimada em cerca de 2.000 pessoas; em 1981 não
ultrapassavam 500 indivíduos. Na década de 1990, com a criação das terras indígenas que habitam hoje,
a população voltou a crescer, atingindo a casa dos 1.032 indivíduos em 2001 e chegando, em 2003, a
um total, aproximado, de 1.300 indivíduos. Pesquisa de 2014 constatou a existência 1.954 indígenas
dessa etnia (ISA, 2016).

Ao longo de sua história de contato, a relação entre os Cinta Larga e a sociedade branca é
bastante singular: todos os contatos amistosos foram estabelecidos por iniciativa dos indígenas. Alguns
chegam a afirmar que se pode dizer que foram os Cinta Larga que pacificaram os brancos

Tradicionalmente a aldeia Cinta Larga era constituída por uma ou duas casas que abrigavam
uma linhagem patrilinear, porém, com a intensificação dos contatos, passaram a constituir aldeias com
casas que abrigam uma família nuclear de diferentes linhagens. A poligamia é largamente praticada
pelos Cinta Larga, ocorrendo em arranjos variados.

Essa etnia, tem a peculiaridade de dedica um tempo reduzido às práticas agrícolas, as quais são,
inclusive, depreciadas frente à caça. Assim, as derrubadas e queimadas são realizadas pelos homens,
mas a plantação e a colheita são tarefas das mulheres. A partir de 1980, os Cinta Larga também
começaram a extrair borracha e coletar castanhas, visando à comercialização. Entretanto, o isolamento
da área, as dificuldades de transporte e a pequena escala da produção propiciaram um retorno monetário
pouco significativo (JUNQUEIRA, 2002).

Atualmente, os indígenas Cinta Larga, cujas casas não têm sistema de esgoto, nem água
encanada, que frequentam escolas e postos de saúde precários e que produzem nas roças um montante
inferior ao necessário para sua sobrevivência devido à falta de maquinário, insumos, assistência técnica
e crédito bancário, moram em cima da maior mina de diamantes do mundo, com capacidade para
exploração de um milhão de quilates de pedras preciosas por ano. A exploração ilegal dessas pedras
preciosas ganhou forças em 1998 e chegou a reunir 5 mil garimpeiros em 2004. O garimpo levou às
reservas mais do que os visíveis danos ambientais, os problemas sociais envolvendo drogas e
prostituição multiplicaram-se entre indígenas e não-indígenas ali residentes. A violência acentuou-se
sobremaneira, os processos na Justiça passaram a fazer parte do cotidiano dos Cinta Larga, aos quais a
sociedade branca, rapidamente, deu a fama de milionários e o estigma de assassinos e bandidos. Há 11
anos, um grupo de Cinta Larga matou 29 garimpeiros; o massacre ocorreu devido à disputa por jazidas
de diamantes e o caso, que ganhou repercussão internacional, não foi julgado ainda (ARANDA, 2015).

3.3.2.9 Djeoromitxí

Conhecidos como “Jabuti”, os Djeoromitxí ocupavam, tradicionalmente, terras na região sul de


Rondônia, porém, após entrarem em contato de maneira regular com não indígenas no início do século,
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essa etnia sofreu severas baixas demográficas e foi deslocada para a região onde, atualmente, residem,
próximos ao rio Branco e ao rio Guaporé.

A origem do nome do grupo não é fácil de traçar. É possível que seja o termo dado a um clã,
cujo significado vem a ser um tipo de palmeira (MALDI, 1991).

Entre os séculos XVII e XIX, há relatos de contatos esporádicos de indígenas dessa etnia com
viajantes, porém, o contato regular com não indígenas iniciou-se somente no fim do século XIX. À
época, conflitos e epidemias resultaram em alta mortandade entre os Djeoromitxí, dizimando grande
parte desse povo antes mesmo que os primeiros trabalhos de documentação fossem feitos.

Assim como os Arikapú, nas décadas de 1930 a 1960, os Djeoromitxí também foram levados à
colônias e seringais, onde eram forçados a trabalhar em condições insalubres e, muitas vezes, de maneira
quase escrava. Dada a situação, muitos indígenas fugiram e migraram para outros locais, causando uma
dispersão da etnia. Em 2014, haviam 225 índios dessa etnia, os quais encontravam-se dispersos por
várias terras indígenas de Rondônia (ISA, 2016).

A língua dos Djeoromitxí, assim como a de seus vizinhos Arikapú, permanecia praticamente
não-documentada até recentemente. Hoje, essa língua encontra-se sob ameaça de extinção, ainda que se
mantenha fortalecida em núcleos familiares que procuram manter essa tradição em todas as gerações.
Na TI Rio Guaporé há o ensino de português e da língua materna nas escolas primárias, mas, na TI Rio
Branco, essa língua é falada somente por poucos indivíduos. A maioria dos falantes de Djeoromitxí
também fala o português e há alguns que dominam, ainda, outras línguas indígenas (PIRES, 1992).

Em termos culturais, os Djeoromitxí se aproximam bastante de outros grupos do sudoeste de


Rondônia e com eles compartilham muitas características, tais como a ocupação de grandes malocas em
forma de colmeia e a subsistência baseada na pesca, caça, coleta de frutas e insetos, e agricultura de
roçado (MALDI, 1991).

3.3.2.10 Ikolen

Os Ikolen são falantes de uma língua do tronco Tupi e da família linguística Mondé (Tupi-
Mondé). Habitam a bacia do igarapé Lourdes e outros afluentes do rio Machado (ou Ji-Paraná), no
estado de Rondônia, próximo à divisa com o Mato Grosso. Sua população distribui-se em seis aldeias.
A autodenominação do grupo é “Ikolen” que, em sua língua significa “Gavião”, motivo pelo qual os
indígenas também são conhecidos e denominados por órgãos indigenistas de Gavião.

Os primeiros contatos com não índios ocorreram em meados da década de 1940. Estes foram
intermediados pelo povo Karo, também habitante da mesma região, que mantinham relações com
seringalistas nas margens do rio Machado. Na década de 1950, quando houve um grande crescimento
da exploração da borracha e o início das atividades de mineração na região, os Ikolen viveram um
momento de grande mortandade, com a eclosão de conflitos e epidemias. Em 1965/1966, chegaram à

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área funcionários do Serviço de Proteção ao Índio (SPI), que buscavam o aldeamento e a aproximação
dos Ikolen e dos Karo, bem como missionários da Missão Novas Tribos do Brasil, que iniciaram
trabalhos de evangelização dessa etnia. Essas atividades incluíam catequese, estudo de cartilhas
educativas e a introdução de conceitos e valores contrapostos à cultura Ikolen, o que fez com que muitos
abandonassem suas práticas rituais tradicionais. Assim, por conta de um proselitismo missionário, pelo
preconceito da população não indígena e pelo descaso do SPI e da Funai, inibiu-se a reprodução cultural
tradicional dos Ikolen (MOORE, 1987).

Em meados de 1970, entretanto, as festas e atividades xamanísticas foram retomadas. Em 1980,


o ressurgimento de um xamã na comunidade possibilitou um reencontro dos Ikolen com sua própria
cultura, ainda que sob um movimento sincrético entre a religiosidade ocidental e as práticas tradicionais.
Assim, atualmente, além das cerimônias tradicionais ligadas à colheita e à cura pelo xamanismo, os
Ikolen celebram festas tipicamente ocidentais, como Natal, Ano Novo, além de aniversários e festas
juninas (MOORE, 1987).

Sua sobrevivência está ligada a atividades produtivas bastante diversificadas, incluindo caça,
pesca, agricultura de roçado e criação de animais, que são destinadas tanto ao consumo próprio como à
comercialização. De modo geral, as atividades são executadas por todos os membros da comunidade,
independente do sexo e idade, organizados de forma familiar e comunitária. Nas atividades
comunitárias, todos os membros da comunidade participam e têm acesso igual ao que é produzido (ISA,
2016).

Interessante notar que, no aspecto demográfico, após o primeiro período de contato com não
índios, em 1940, marcado pela alta mortalidade de indígenas, a partir de 1960, com a assistência da
Funai e de missionários, a população Ikolen aumentou significativamente. Assim, as aldeias Ikolen são
formadas, em sua maioria, por jovens; cerca de 40% da população tem idade igual ou inferior a dez
anos, e as pessoas com idade inferior a vinte anos representam mais de 60% do total. Por outro lado, o
número de pessoas mais velhas é extremamente baixo, o que pode impactar negativamente sua
reprodução cultural, uma vez que são justamente essas pessoas que detém a memória de importantes
aspectos da cultura Ikolen, como músicas, mitos, ritos, língua e cultura material (KANINDÉ, 2006).

3.3.2.11 Juma

A história de contato entre brancos e o povo Juma é marcada por conflitos sangrentos. Ferrarine
(1980) afirma que os Juma se distinguiam por serem uma etnia arredia ao contato com os brancos.
Caracterizados pela antropofagia, eram considerados ferozes e perversos, de modo que conseguiram se
manter isolados até quase a metade do século XX.

Durante todo o tempo, mesmo padecendo de perseguições contínuas, os Juma tentavam manter
seu território e sua integridade. Inúmeros conflitos irromperam e, enquanto a etnia defendia seu território

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de invasores, a população não indígena organizava-se em expedições punitivas com o intuito de


exterminar os índios.

Assim, no até o início da década de 1960, os Juma tentavam impedir o avanço da exploração
em suas terras, enquanto os invasores tentavam limpar a área, afugentando os índios com tiros, que
revidavam em ataques aos exploradores. O ano de 1964 foi marcado por um verdadeiro massacre; um
comerciante arrecadou dinheiro com seus pares e organizou uma expedição que, oficialmente, tinha
como finalidade extrair sorva e castanha no território Juma, porém, na verdade, o que o grupo fez foi
uma chacina do povo Juma. Um de seus membros afirmou, posteriormente, que eles foram responsáveis
pela morte de mais de 60 índios (FREIRE, 1996). Ao ataque, sobreviveram sete indígenas, os quais
permaneceram ali já sem representar qualquer perigo aos invasores responsáveis pelo etnocídio.

Estima-se que, no século XVIII, os Juma somassem de 12 a 15 mil índios. Após sucessivos
massacres e a expansão das frentes extrativistas, viram-se reduzidos a poucas dezenas na década de
1960. Em 2002, restavam apenas cinco indivíduos: um pai com suas três filhas e uma neta. Segundo
dados recentes, restam apenas quatro indígenas dessa etnia (UCHIDA, 2016).

O território tradicionalmente ocupado pelo grupo está localizado no município de Canutama, no


Amazonas, porém, no final de 1998, os Juma foram transferidos pela Funai para a Casa do Índio de
Porto Velho e, posteriormente, para a aldeia Alto Jamary, na Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau, onde o
pai e as filhas da família Juma casaram-se com indivíduos dessa outra etnia. Pelo menos até 2002, ainda
habitavam nessa aldeia e viviam um impasse relativo ao retorno ou não à sua antiga região (ISA, 2016).

Os Juma são um povo de filiação linguística Tupi-Guarani e constituem um subgrupo


Kagwahiva. Como os demais povos Kagwahiva, os Juma caracterizam-se por um complexo sistema de
metades exogâmicas, de linhagem patrilinear dividido em dois grandes grupos que baseiam a ordem dos
casamentos, só devendo os mesmos serem realizados de forma intergrupal, salvo grande distância
geográfica que os impedisse. Tal sistema não vigora mais atualmente, dado que, como mencionado, os
remanescentes do povo Juma constituem apenas um núcleo familiar, estando todos casados com
indivíduos Uru-Eu-Wau-Wau (ISA, 2016).

3.3.2.12 Kanoê

Os remanescentes do povo Kanoê estão dispersos na região sul do estado de Rondônia, em áreas
próximas à fronteira com a Bolívia. Atualmente, grande parte reside em terras indígenas ao longo das
margens do rio Guaporé; uma única família habita a Terra Indígena Rio Omerê.

Mais do que uma divisão geográfica, é possível reconhecer duas situações bastante distintas em
termos de assimilação cultural desses grupos. Os Kanoê da beira do rio Guaporé apresentam uma antiga
inserção no modo de vida da sociedade brasileira; a maior parte encontra-se casada com membros de
outras etnias ou com não índios e apenas três indivíduos conhecem a língua nativa. Já os Kanoê da TI

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Rio Omerê, uma única família composta por cinco integrantes, foram contatados pela Funai somente
em 1995 e, desde então, procuram manter-se em relativo isolamento (ISA, 2016).

Esses grupos Kanoê, cada qual a seu modo, são marcados por histórias trágicas que resultaram
numa significativa redução populacional. Os Kanoê, uma nação de milhares no século XIX, totalizavam,
em 2014, 319 índios; a língua Kanoê, também conhecida como Kapixaná (Kapishana) ou Kapixanã, é
falada, atualmente, por apenas sete pessoas (ISA, 2016).

O primeiro grupo Kanoê habitava a margem do Rio Pimenta Bueno. Em 1940, o Serviço de
Proteção aos Índios (SPI) os retirou da área e os reassentou no então Território do Guaporé.
Estabelecidos no antigo Posto Indígena Ricardo Branco, hoje P.I. Guaporé, junto com outras etnias, os
Kanoê transferidos foram cedidos para o trabalho servil nos seringais, de modo a suprir a mão-de-obra
indígena perdida em decorrência de epidemias de gripe, malária e sarampo.

Além das péssimas condições de um trabalho quase escravo, não havia infraestrutura para
atender à quantidade de indígenas deslocada para a área. No local de reassentamento de inúmeras etnias
não havia roças e os índios eram obrigados a empregar todo o seu tempo na coleta da borracha,
alimentando-se de gêneros fornecidos pelos seringalistas: charque, feijão e farinha. Bastante debilitados
por conta da alimentação à qual não estavam acostumados e da extenuante jornada de trabalho a que
eram submetidos, pouco depois de chegarem muitos Kanoê contraíram sarampo; a mortalidade foi
tamanha que esse povo quase se viu exterminado. Começava aí um processo de ocupação do rio Guaporé
marcado por inúmeros massacres de indígenas durante todo a segunda metade do século XX (MALDI,
1984).

Apesar de distinta, a história da família residente na TI Omerê também é marcada por tragédias.
Não se sabe ao certo a cronologia, mas de acordo com relatos de uma das integrantes desse grupo,
haviam cerca de 50 indígenas na região, predominando mulheres e algumas crianças. Preocupados com
a reprodução do grupo, os homens partiram em expedição à procura de outros povos para negociar
casamentos. Durante essa viagem, um encontro fortuito com fazendeiros fez com que todos eles fossem
assassinados. Quando as mulheres da aldeia descobriram, resolveram fazer um pacto de suicídio
coletivo, porém duas mulheres adultas e três crianças se salvaram. A etnia garantiu sua sobrevivência a
partir de um homem Aktunsu, que engravidou uma das, já crescidas, crianças (VALADÃO, 1996).

Atualmente com cinco integrantes, a família, que é monolíngue em Kanoê, refugiou-se numa
reserva de floresta de uma fazenda, apartada do contato direto com o homem branco e, a despeito dos
possíveis massacres terem resultado na quase dissolução do grupo, conseguiu sobreviver.

Atualmente, todos os Kanoê, independente de sua localização geográfica, lutam por sua
sobrevivência física e cultural numa região vastamente ocupada por madeireiros, grileiros e outros
agentes que, não raro, ameaçam a integridade e o usufruto exclusivo de suas terras.

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3.3.2.13 Karipuna de Rondônia

Os Karipuna de Rondônia fazem parte do grupo Kawahib, da família linguística Tupi-Guarani.


A autodenominação dos assim chamados Karipuna de Rondônia é ahé, que, em sua língua, significa
“gente verdadeira”. Não se sabe a origem da denominação “Karipuna”. Os primeiros relatos sobre esses
índios os designavam como “Bocas Pretas” devido à tatuagem permanente de jenipapo que ostentam ao
redor da boca.

Em 2004 haviam somente 14 sobreviventes dessa etnia, resultado de uma desastrosa história de
contato desse grupo com não-indígenas. Até a década de 1970, conseguiram manter-se relativamente
distantes dos brancos, porém, o ciclo da borracha em Rondônia deu início à uma sequência de invasões
em seu território, causando mortes por conflitos e doenças. Esse povo também foi bastante afetado pela
construção da Ferrovia Madeira-Mamoré, que levou milhares de migrantes para a região de seu território
(MEIRELES, 1983).

Em 1976 a Funai criou uma Frente de Atração para contatar os Karipuna de Rondônia, enviada
ao Jacy-Paraná para estabelecer contato com os indígenas que eram acusados do rapto de mulheres
brancas. A política de distribuição de brindes no Posto da Funai foi, ao mesmo tempo, de bastante
sucesso e desastrosa. Os indígenas visitavam sistematicamente o Posto à procura de brindes, o que
facilitou a aproximação com os mais arredios, porém, isso ocasionou rápidas mudanças de hábitos
tradicionais; em pouco tempo após o contato com o Posto, muitos Karipuna de Rondônia já haviam
desenvolvido uma obsessão por armas de fogo e por roupas ocidentais. Em 1981-82, a maior parte dos
remanescentes dessa etnia já moravam nas imediações do Posto, o que foi catastrófico para esse povo.
O constante contato com os brancos causaram epidemias de gripe e pneumonia, às quais, os Karipuna,
sem os anticorpos necessários para combate-las, morriam rapidamente (MEIRELES, 1983).

Ao contrário de outros grupos da região, os quais após o impacto inicial do contato, conseguiram
refazer sua demografia, mantendo os padrões de organização social tradicional, a catástrofe demográfica
a que foram submetidos os Karipuna de Rondônia não lhes facultou chances de reprodução de suas
estruturas organizacionais. Muitos indígenas desposaram “civilizadas” e a maior parte das crianças já
não compreende a língua Karipuna. Não há mais xamãs na aldeia e, apesar das concepções nativas de
destino post-mortem continuarem vivas, incorporou-se a elas o personagem “jesús” como o espírito
predador que, ao devorar o coração do humano, consuma a sua passagem para o “céu” (KUROVSKI,
2005).

Em relação à sobrevivência, os Karipuna de Rondônia praticam a caça e a pesca, utilizando


armas de fogo para a primeira e linhadas e arco-flecha para a segunda. Como a maioria dos povos Tupi-
Guarani, os Karipuna tinham no milho a sua principal fonte de alimentação, porém, hoje já é superada
pela mandioca. O excedente de farinha produzido é vendido, assim como parte da produção de milho e
a castanha-do-pará coletada, entretanto, a renda dessas atividades é irrisória (ISA, 2016).

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3.3.2.14 Karitiana

Falantes da língua Karitiana, a única língua sobrevivente da família Arikém, uma das dez
representantes do tronco linguístico Tupi, não se conhece a origem ou a etimologia da palavra Karitiana;
os indígenas afirmam que a denominação lhes foi atribuída por seringueiros que penetraram seus
territórios no final do século XIX. Os Karitiana denominam-se simplesmente Yjxa, pronome da primeira
pessoa que significa “nós”, também traduzido como “gente” (LÚCIO, 1996).

Os primeiros contatos com brancos teriam ocorrido no final do século XVIII, mas pouco se sabe
acerca deles. Apesar da chegada maciça de seringueiros e caucheiros ao território habitado pelos
Karitiana em fins do século XIX, esse povo manteve-se arredio ao contato sistemático até os anos 50,
quando a intervenção do SPI e de missionários salesianos tornou a presença de brancos permanente na
região. A partir dessa década, os Karitiana viveram um brutal declínio demográfico, tendo sido,
inclusive, considerados extintos por Darcy Ribeiro em 1957 (MOSER, 1997).

Visando reverter a situação, o grupo adotou medidas extremas para reverter sua completa
extinção. Um antigo líder Karitiana, Antônio Morais, teria desposado inúmeras mulheres – de 7 a 10,
variando de acordo com diferentes versões –, violando, inclusive, alguns interditos das regras
matrimoniais tradicionais. Essa iniciativa gerou consequências genealógicas e genéticas graves para o
grupo: em 1991, o coeficiente de consanguinidade médio dos Karitiana era de 0,142, superior ao valor
de primos de primeiro grau, 0,125. Praticamente todos os Karitiana com menos de 16 anos descendem
do chefe Morais por diferentes vias genealógicas (VANDER VELDEN, 2012).

Nos últimos 30 anos a população Karitiana vem apresentando um alto crescimento. Na última
década, a etnia teve um acréscimo de 60% no número de indivíduos. Segundo Vander Velden (2012),
ao se chegar na aldeia Karitiana já se percebe o elevado número de recém-nascidos, assim como de
crianças e mulheres grávidas.

A subsistência dos Karitiana baseia-se na agricultura realizada nas terras ao redor da aldeia pelas
unidades familiares, na caça com armas de fogo – atividade eminentemente masculina –, e na pesca
realizada com redes, anzol e arco e flechas – atividade coletiva, que envolve, inclusive, crianças. A
dependência de gêneros alimentícios e bens industrializados leva os Karitiana a comercializarem parte
dos produtos de suas atividades na cidade: milho, café e feijão – além de algumas frutas como a laranja
e o açaí – são os principais gêneros comercializados em Porto Velho. O artesanato, bastante
diversificado, é produzido por todas as famílias da aldeia, também é comercializado, porém, o volume
de vendas é pequeno, razão pela qual os Karitiana vêm buscando alternativas para expandir as praças de
comercialização de sua cultura material (ISA, 2016).

Em relação à organização social dos Karitiana, chama atenção a cisão religiosa característica do
grupo. Essa cisão como fruto de um trabalho de conversão efetivado entre 1972 e 1978 por missionários,
que obtiveram apenas resultados parciais. Assim, a comunidade dividiu-se em dois grupos distintos: o
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“povo do pajé” e o “povo do pastor”. Por “povo do pajé”, entende-se as famílias que se mantêm fiéis ao
modo de vida e às crenças tradicionais dos Karitiana, anteriores ao contato; o “povo do pastor”, ou seja,
as famílias “crentes”, apregoam o caráter original de seu conhecimento acreditando que as concepções
religiosas verdadeiras são as que lhes foram ensinadas pelos missionários. Na vida cotidiana, ambos os
grupos se relacionam normalmente, inclusive com relações matrimoniais entre os dois, entretanto, essa
cisão religiosa recobre um conflito político significativo entre as principais lideranças Karitiana
(MOSER, 1997).

A eclosão das diferenças entre os dois grupos aparece, recorrentemente, no nível simbólico-
religioso ou naquele das práticas intimamente ligadas ao universo sobrenatural. O principal locus de
materialização da cisão religiosa entre os Karitiana são os rituais destinados a celebrar o contato com o
mundo sobrenatural buscando a “saúde” e a “felicidade” dos indígenas. Durante esses eventos, a
comunidade divide-se de maneira acentuada e os dois grupos revelam-se com nitidez: os rituais são
sempre realizados de modo binário, cada um preparado e assistido por um dos grupos (MOSER, 1997).
A gravidade de tal fato é que se coloca a própria história do grupo em jogo, dado que cada um dos
grupos afirma a ancestralidade de seus ritos e culpa o outro pelas mazelas enfrentadas pelos Karitiana,
julgando que os procedimentos rituais equivocados geram perdas acumuladas.

3.3.2.15 Cassupá

O povo Cassupá é originário da região do Cascata, na margem esquerda do Rio Pimenta Bueno,
onde atualmente é o município de Chupinguaia. Falantes da família linguística Aikaná, foram
deslocados de seu território tradicional na década de 1940 pelo Serviço de Proteção ao Índio (SPI) sob
a justificativa de que os indígenas estavam sob risco de serem dizimados por garimpeiros que invadiam
suas terras.

Durante as décadas seguintes, os Cassupá foram obrigados a realizar diversos deslocamentos.


Utilizados em frentes de atração promovidas pelo SPI, sua presença foi registrada em diversos
momentos em diferentes acampamentos de postos indígenas no estado de Rondônia (MACIEL, 2000).

Os conflitos entre os Cassupá e os diversos agentes do contato delinearam os percursos deste


deslocamento pelo território rondoniense. Ao longo das décadas, além das ameaças nítidas de
garimpeiros, seringueiros e os chamados “índios bravos”, os Cassupá ainda tiveram atritos com
organizações indigenistas, como SPI, Funai e CIMI, com os quais teceram relações que culminaram em
seus deslocamentos ao engajarem-se nas frentes de contato, justificando-se, assim, a sua não inserção
em áreas delimitadas e reconhecidas a outras etnias à época (CUNHA, 2013).

Atualmente, os Cassupá habitam a Terra Indígena Cassupá, localizada na área urbana do


município de Porto Velho. São apenas cinco hectares homologados, nos quais habitavam, em 2014, 149
indígenas (ISA, 2016). Muitos dos remanescentes dessa etnia ainda estão na área em que foram
instalados, mas outros já passaram a viver no centro de Porto Velho. Os mais velhos, entretanto, apesar
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PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
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de viverem tão próximos da cidade e se depararem com muitas dificuldades em terem seus direitos
indígenas reconhecidos, ainda guardam como referência a região do Cascata.

3.3.2.16 Kaxarari

Os Kaxarari ou Caxarari vivem hoje em quatro aldeias localizadas na Terra Indígena Kaxarari,
fronteira dos estados de Amazonas e Rondônia, são elas: Marmelinho, Barrinha, Paxiúba e Pedreira
(ISA, 2016). São falantes de uma língua da família Pano, semelhante ao idioma falado
pelos Yaminawa, Kaxinawa, Yawanawa, Nukini, Katukina e Poyanawa, que vivem no Acre
(AQUINO, 1985).

No início do século XX, a população Kaxarari foi estimada em cerca de dois mil índios. Na
década de 1980, entretanto, essa etnia viu-se reduzida a menos de 200 indígenas, resultado de anos de
conflitos violentos com caucheiro peruanos e seringalistas brasileiros, assim como de epidemias
viróticas às quais os Kaxarari não possuíam defesas.

A história desse povo é por três períodos distintos. O “tempo das correrias”, o início do contato,
quando a maior parte dessa população foi dizimada pelos caucheiros peruanos e seringalistas brasileiros
– as chamadas “correrias” eram organizadas por extrativistas com o objetivo de “limpar a área”,
expropriando as terras ocupadas por indígenas que eram ricas em seringa, caucho e castanha –; o
surgimento de doenças viróticas também é lembrado pelos índios como um marco desse período. O
“tempo do cativeiro” se deu quando da incorporação dos índios como trabalhadores a serviço dos
seringalistas; este período foi marcado pela exploração e escravização do povo Kaxarari. E, por fim, o
“tempo dos direitos”, momento que se inicia com a instalação de uma Ajudância da Funai no Acre, em
meados da década de 1970, culminando com a delimitação da área indígena em 1978 (ISA, 2016).

Ao longo de todo o século XX, os Kaxarari foram obrigados a se deslocar pela região em busca
de melhores condições de vida, uma vez que suas terras eram constantemente alvo de ações predatórias
de brancos. Hoje, estima-se que o povo Kaxarari tenha 445 membros, números que refletem um
crescimento populacional recente (ISA, 2016).

A base social para os Kaxarari é o clã de descendência patrilinear. A exogamia é regra, ou seja,
há interdito de casamento com pessoas do mesmo clã. No início dos anos oitenta, foram identificados
18 clãs nomeados, mas no passado eram mais numerosos (AQUINO, 1985).

Os indígenas vivem de roçados de subsistência, da coleta de frutas silvestres e, eventualmente,


trabalham como diaristas ou peões das fazendas e seringais próximos à Terra Indígena que ocupam. A
coleta de castanha e a extração de seringa tornaram-se as principais atividades econômicas, constituindo
a comercialização desses produtos na única fonte de recurso monetários do grupo (ISA, 2016).

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3.3.2.17 Kujubim

Também conhecidos como Kuyubi, ainda hoje, a etnia Kujubim é relativamente desconhecida.
São poucos os estudos publicados sobre esse povo, assim como os dados disponíveis em bases oficiais.
De acordo com o Instituto Socioambiental (2016), a população Kujubim era estimada, em 2014, em 140
indígenas.

Habitam as Terras Indígenas Rio Cautário e Rio Guaporé, ambas situadas no estado de
Rondônia. Falantes da família linguística Txapakura, assim como os povos Wari', Torá, Moré ou Itenes
e Oro Win. A língua, descoberta em 1991, encontra-se ameaçada de extinção (RODRIGUES, 2014).

Assim como uma grande parte das etnias indígenas, os Kujubim eram isolados até o início do
século XX. A construção da Ferrovia Madeira-Mamoré e a invasão de seus territórios pelos seringalistas
geraram inúmeros atritos com os indígenas. Em meados da década de 1950, o Serviço de Proteção ao
Índio iniciou um processo de “pacificação” com várias etnias, entre elas os Kujubim. Esse contato levou
a um decréscimo ainda maior da população, que já vinha sofrendo intensa mortandade por conta de
conflitos com brancos, epidemias de gripe e sarampo quase dizimaram essa etnia.

Os Kujubim caracterizavam-se por sua religião tradicional com práticas de antropofagia de


parentes falecidos, porém, essa parte de sua cultura foi sendo abandonada desde o início dos contatos
com os brancos, de modo que deixou de existir. Atualmente, os Kujubim vivem entre a aldeia de
Sagarana, o Posto Indígena Sotério e a cidade de Guajará-Mirim (BRAGA et al., 2011).

Hoje, a língua de comunicação diária é o português; a maioria dos jovens e praticamente todas
as crianças não falam a língua de seu grupo. Para a comunicação intertribal, os Kujubim adotaram a
língua Makurap durante o ápice da exploração da borracha, mas, depois da Segunda Guerra Mundial,
porém, esta foi sendo abandonada em prol do Português. De acordo com Rodrigues (2014), restam
apenas dois falantes do Kujubim.

3.3.2.18 Kwazá

Expulsos de suas terras por fazendeiros após a abertura da BR-364 na década de 60, o povo
Kwazá perdeu muitos dos seus integrantes e de sua cultura. Dados da Secretaria Especial de Assuntos
Indígenas (SESAI) afirmam que, em 2014, haviam apenas 54 integrantes dessa etnia, os quais vivam
em conjunto com os Aikanã e os Nambiquara no sul de Rondônia (ISA, 2016).

A língua Kwazá, dentre várias outras do estado de Rondônia, pode ser classificada como
'isolada', ou seja, não se relaciona com outras línguas ou famílias linguísticas conhecidas. Boa parte dos
Kwazá é trilíngue, falando também o Aikanã e o Português, mas só algumas pessoas falam apenas o
Kwazá. Não há confirmação da existência de Kwazá fora do país, de modo que essa língua é considerada
“ameaçada de extinção”, visto que poucas pessoas a falam e não há a transferência de seu conhecimento
para novas gerações (RODRIGUES, 1986).

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Várias práticas tradicionais dos Kwazá desapareceram depois do início de seu contato com a
sociedade não-indígena. A organização social e política da sociedade tradicional era bastante igualitária,
o povo era dividido em subgrupos territoriais, provavelmente clãs. Acredita-se que não existia um nível
de liderança acima desses subgrupos, embora o pajé mantivesse uma posição importante como médico
e intermediário espiritual, porém, que não lhe dava nenhum status especial fora dessas esferas.
Informações mais acuradas sobre a vida tradicional dos Kwazá são de difícil acesso, uma vez que os
mais velhos cresceram em tempos bastante perturbados por causa do contato com os brancos.

A subsistência dos Kwazá é fruto da combinação da caça e da plantação de roça com a


exploração de seringa. Na década de 1930 começaram a fornecer mão-de-obra para os brancos
seringalistas em troca de produtos exógenos, como café, açúcar e armas de fogo. Nos anos 70 os Kwazá
começaram a trabalhar para si mesmos, vendendo borracha na cidade. Posteriormente, começaram a
envolver-se na exploração de madeira nobre, trocando mogno por carros e artigos de supermercado,
imergindo em um modo de vida do branco (MALDI, 1991).

Os missionários que chegaram na região em meados da década de 1960 acabaram minando


importantes partes da cultura indígena, principalmente no que diz respeito às funções dos pajés. Neste
processo de aculturação, os Kwazá ficaram dependentes de produtos para alimentação e de remédios,
perdendo grande parte de sua autonomia. Hoje, em terras pouco férteis, sem minerais de valor e cuja
madeira nobre praticamente acabou, os Kwazá dependem, sobretudo de aposentadorias e salários de
assessores de saúde e professores indígenas para compor suas fontes de renda familiar (ISA, 2016).

Ressalta-se que alguns Kwazá moram em cidades como Porto Velho e Pimenta Bueno, sem
contato com os índios que vivem nas aldeias, de modo que, provavelmente, já não mantêm mais laços
culturais com a etnia e tenham perdido a língua Kwazá.

3.3.2.19 Makurap

Os Makurap, historicamente, possuem posição de destaque no complexo interétnico da margem


direita do Guaporé. Sua língua, proveniente da família linguística Tupari, do tronco Tupi, converteu-se
em uma espécie de “língua franca” na região desde o início do século XX, porém, o português é, hoje,
a língua de comunicação cotidiana da população Makurap mais jovem (BRAGA, 1992). Em 2014,
contabilizavam-se 579 Makurap.

Historicamente, a cronologia desse povo é marcada por conflitos e invasões. Ainda no século
XVIII, iniciaram-se os contatos entre membros dessa etnia e brancos, uma vez que a área se tratava de
região fronteiriça entre colônias portuguesas e espanholas, dando às populações indígenas importância
como exércitos a serem cooptados em caso de guerra. À medida que o Guaporé foi perdendo essa
importância geopolítica, houve um esvaziamento da povoação branca na área. O segundo momento de
contatos intensos entre indígenas e brancos se deu no boom da exploração de borracha, quando o
território tradicional desses grupos foi invadido por seringais, cujos patrões impuseram aos índios o
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PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
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regime de aviamento. As condições de trabalho extremamente precárias, beirando a escravização, os


conflitos e as epidemias avassaladoras dizimaram boa parte da etnia (ISA, 2016).

Entre os Makurap, as relações intersocietárias se davam, e ainda hoje ocorrem, sobretudo,


através de dois mecanismos: as festas de chicha e os casamentos. Nas festas de chicha, as aldeias se
alternam nos papéis de anfitriã/convidada, criando redes de solidariedade e reciprocidade (MALDI,
1991). O xamanismo, como nas demais sociedades da região oriental do Guaporé, caracteriza-se pelo
uso de um alucinógeno: as sementes de angico, que são maceradas até virarem pó e misturadas com um
tipo especial de fumo, cultivado para este fim.

No tocante à cultura material, alguns elementos tradicionais visualizados entre os Makurap


atestam inequívoca similaridade entre eles e os grupos dessa região, podendo-se citar: a ausência do
cultivo da mandioca "brava" e da farinha na alimentação; a construção de casas redondas, com esteio
central, abrigando uma família extensa patrilocal; o consumo da chicha de milho na alimentação regular
e da chicha fermentada em ocasiões cerimoniais; e a confecção do marico (PRATES, 1983).

3.3.2.20 Miqueleno

O povo Miqueleno ainda não tem seu território tradicionalmente ocupado demarcado. A Terra
Indígena Migueleno, grafia pela qual a etnia também é conhecida, encontra-se em processo de
identificação por contrato CLTO 1188, de 30 de agosto de 2010 (ISA, 2016).

Desde 2000, os remanescentes dessa etnia realizam encontros anuais para solicitar a demarcação
de seu território tradicional, além de iniciativas de educação e saúde específicas. Os Miqueleno de voltar
à localidade Limoeiro, situada no município de São Francisco do Guaporé, de onde foram retirados pelo
Ibama, em 1986, para a criação da Reserva Biológica do Guaporé. Outra parte de seu território foi
loteada, vendida ou grilada por fazendeiros (CIMI, 2005).

Falantes da família linguística Puruborá, em 2014, estimava-se a existência de 267 indígenas da


etnia Miqueleno (ISA, 2016).

3.3.2.21 Nambiquara

O termo Nambiquara é de origem Tupi e pode ser traduzido como “orelha furada”. O etnônimo
ainda pode ser grafado de outras formas: Nambikwara, Nambicuara e Nhambicuara. Desde o início do
século XX, este termo é usado para designar diversos grupos que ocupavam a região do noroeste do
estado do Mato Grosso e as adjacências do estado de Rondônia, entre os afluentes dos rios Juruena e
Guaporé até as cabeceiras dos rios Ji-Paraná e Roosevelt (PRICE, 1969).

Os primeiros registros sobre os Nambiquara nessa região datam de 1770, quando foi organizada
uma expedição com os objetivos de construir uma estrada ligando o Forte Bragança à Vila Bela e a
procura de ouro (ISA, 2016).

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Em outubro de 1968, foi criada a Reserva Nambiquara, delimitada pelos rios Juína e Camararé.
A região demarcada, habitada tradicionalmente por apenas 1/6 dos grupos Nambiquara, era composta,
em quase sua totalidade, por um solo extremamente pobre e árido. O projeto, do Governo Federal, tinha
como objetivo transferir todos os grupos Nambiquara para este local, liberando o restante do território
para empreendimentos agropastoris. Posteriormente à demarcação da Reserva Nambiquara, a recém-
criada Funai iniciou a emissão de Certidões Negativas, atestando que não haviam índios na área do Vale
do Guaporé (COSTA, 2002).

Assim, no final da década de 1960, as terras do Vale do Guaporé, área do território tradicional
Nambiquara que possuía o solo mais fértil, estavam sendo vendidas a empresas agropastoris, que foram
beneficiadas pelos recursos federais da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia, gerando
muito atrito entre indígenas e fazendeiros. Em 1973, em uma tentativa de minimizar os conflitos, uma
faixa de terra entre o rio Camararé e o rio Doze de Outubro foi adicionada à Reserva Nambiquara.
Todavia, pouco tempo depois, parte dessas terras foram reocupadas pelos fazendeiros.

Os grupos que ocupavam e que ainda ocupam a Chapada dos Parecis, o Vale do Guaporé e a
região norte, entre o rio Iquê e os rios Cabixi e Piolho, falam línguas da família linguística Nambiquara.
Trata-se de uma família linguística sem qualquer relação comprovada com outras famílias linguísticas
da América do Sul (PRICE, 1969).

O território tradicionalmente ocupado pelos Nambiquara pode ser dividido em três áreas
geográficas. A primeira é formada pela Chapada dos Parecis que corresponde à parte oriental do
território Nambiquara. A segunda compreende a região do Vale do Guaporé corresponde ao oeste do
território Nambiquara, entre o limite do planalto acima mencionado e o rio Guaporé, sendo 85% da
região coberta por floresta. A terceira área compreende o norte da área Nambiquara, as florestas cobrem
a região ao longo dos rios Roosevelt e Ji-Paraná, assim como seus afluentes (ISA, 2016).

Os Nambiquara consistem em um povo de grupos separados sem coesão e liderança central.


Para eles, viver em comunidade é dar e trocar, afirmando laços de obrigações entre os membros e
suprindo a necessidade básica de coesão entre o grupo. Essa etnia é caracterizada pela endogamia e os
casamentos são uxorilocal, de preferência realizado entre primos cruzados bilaterais. O casamento é
visto como uma 'troca' para conseguir mais influência e mão-de-obra. Não há, entre eles, a preocupação
em acumular bens, pois não os consideram de propriedade privada, uma vez que tudo pode ser pedido
emprestado. Trocar e emprestar confirmam os laços que formam a comunidade (COSTA, 2002).

A sua espiritualidade não permite a inclusão da cultura do branco, todos os acontecimentos são
explicados a partir do prazer ou da ira dos espíritos. Para os pajés, a espiritualidade e o uso da própria
língua são os meios para manter a identidade étnica, explicando, em parte, a demarcação de Terras
Indígenas (SANTOS, 2007).

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Seus instrumentos musicais são vistos como o meio de contato com os espíritos ancestrais e da
natureza. No meio do pátio central da aldeia os homens constroem uma choupana para os rituais e dentro
entoam as flautas de taquara e flautas nasais durante as festas da colheita. As flautas são guardas no
mato fora da vista das mulheres (COSTA, 2009).

Apesar do recente crescimento populacional, em 2014 estimava-se 2.332 indígenas dessa etnia,
muitos grupos foram extintos e outros foram reduzidos a poucos indivíduos. Este foi o caso de parte dos
grupos Nambiquara do Norte, cujos remanescentes juntaram-se a outros grupos mais numerosos,
passando a compor um único grupo (ISA, 2016).

3.3.2.22 Oro Win

Autodenominam-se Oro Win ou Oro Towati’. Oro, nessa língua da família Txapakura, significa
"coletivo" ou "grupo". Os remanescentes dessa etnia vivem na Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau, nas
cabeceiras do rio Pacaás Novos (ISA, 2016).

Presume-se que os Oro Win tenham vindo da região do alto Mamoré (Bolívia), atravessando a
fronteira nos tempos pós-colombianos para fugir da autoridade dos jesuítas espanhóis. Até o final do
século XIX muitos grupos indígenas que viviam próximos ou às margens do Guaporé e do Mamoré,
entre os quais os Oro Win, deslocaram-se para as cabeceiras dos grandes afluentes, protegidos pelas
encostas das serras escarpadas, ficando protegidos, temporariamente, do primeiro ciclo da borracha
(MEIRELLES, 1989).

Os seringueiros adentraram o território desses indígenas em 1940, no alto rio Cautário. Em 1963,
foi implantado o seringal São Luís, no qual os Oro Win foram forçados a trabalhar por quase vinte anos,
antes de irem morar nas terras da etnia Wari'. Apenas em 1991, com a expulsão do proprietário do
Seringal São Luís, os Oro Win puderam retornar à sua área tradicional (BRITO, 2000).

Ao longo de toda a sua história de contato, o povo Oro Win sofreu inúmeros massacres, dos
quais restaram poucos sobreviventes. Em 1962, um genocídio de mulheres e crianças foi marcado pela
crueldade: crianças indígenas foram atiradas para o alto e espetadas na ponta dos facões e, mulheres
grávidas, amarradas em troncos, foram mortas lentamente com a barriga rasgada por terçados. O último
massacre registrado contra os Oro Win foi em agosto de 1963, os sobreviventes foram então levados
para o Seringal São Luís e obrigados a trabalhar na extração de borracha, com suas mulheres sendo
violentadas constantemente (BRITO, 2000).

Atualmente, o antigo Seringal São Luís abriga a maior parte da população Oro Win que, em
2014, somava 88 pessoas. A tímida retomada demográfica foi acompanhada de outras iniciativas de
fortalecimento político e cultural, como a criação de uma associação própria e a inclusão de aulas da
língua Oro Win nas escolas. A língua, quase extinta, era falada somente por seis pessoas, todas idosas
(ISA, 2016).

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3.3.2.23 Puruborá

Essa etnia, que, em 2014, contava com 243 representantes, os Puruborá ainda não têm sua terra
indígena reconhecida, demarcada e homologada. Espalhados por várias cidades em Rondônia, o grupo
reconhece o antigo sítio de D. Emília, onde hoje está a aldeia Aperoi, como centro de referência de seu
território atual. Podem ser encontrados, também, em áreas da TI Uru-Eu-Wau-Wau. A Terra Indígena
Puruborá encontra-se TI em processo de identificação, conforme Portaria nº 1.582 de 27/10/2010 (ISA,
2016).

A única aldeia Puruborá atual, a aldeia Aperoi, está localizada às margens da rodovia BR-429,
entre a rodovia e o rio Manuel Correia. A aldeia dista cerca de 32 km de Seringueiras, sentido Costa
Marques e seu território se espalha entre os municípios de Seringueiras e de São Francisco do
Guaporé, leste do estado de Rondônia.

Os Puruborá – o “povo que se transforma em onças” – foram contatados, oficialmente, por


Rondon no início do século XX no vale do rio Guaporé. A partir da década de 1920, com a chegada de
seringalistas a seu território, foram oprimidos e explorados, sendo obrigados a trabalhar nos seringais e
ceder as mulheres Puruborá para casamentos com produtores de látex. As condições extremamente
precárias de trabalho, assim como os conflitos, as epidemias de doenças e a dispersão desse povo pelo
território, fizeram com que houvesse um decréscimo acentuado da etnia, principalmente dos homens.
Durante décadas foram considerados extintos, misturados às muitas levas de seringueiros que ocuparam
a região que futuramente viria a ser conhecida como Rondônia (CATHEU, 2001).

A língua Puruborá é a única representante conhecida da família linguística Puruborá, do tronco


Tupi. Está entre as línguas do tronco Tupi com maior risco de desaparecimento em um futuro próximo,
pois há muito deixou de ser utilizada como veículo de comunicação e não é ensinada às crianças há,
pelo menos, três gerações. Não são encontrados mais falantes fluentes de Puruborá, apenas
pouquíssimos semi-falantes (ISA, 2016).

Se, outrora, os Puruborá foram oprimidos, violentados e expulsos de suas terras, hoje, vivem
um momento histórico ímpar. A cacique e as mulheres da aldeia são articuladas na luta pela demarcação
territorial, participam de cursos, seminários, e congressos, fazem faculdade e escolhem seus maridos. O
catastrófico impacto do contato, quando a maior parte dos homens Puruborá desapareceu nos trabalhos
em seringais, fez com que as mulheres, que desposaram seringueiros não indígenas, se tornassem o
início de praticamente todas as genealogias traçadas pelos Puruborá (VANDER VELDEN, 2013).

3.3.2.24 Sakurabiat

Os Sakurabiat vivem nas Terras Indígenas Rio Guaporé e Rio Mequéns, no estado de Rondônia.
A TI Rio Mequéns fica no município de Cerejeira e localiza-se na região habitada pelos Sakurabiat
desde tempos imemoriais. Trata-se de uma área próxima às cabeceiras dos rios Mequéns e Verde, ambos
tributários dos rios Colorado e Guaporé (ISA, 2016).
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Os primeiros contatos entre os Sakurabiat e os brancos remontam ao século XVII, quando


houveram expedições portuguesas à área. Entretanto, a etnia conseguiu se manter isolada ao escolher
locais de difícil acesso como para morar. Os contatos entre os povos indígenas da região e os
colonizadores passaram a ser retomados a partir do final da década de 1930 e início da década de 1940,
quando por conta da exploração da borracha e do caucho, muitos seringueiros passaram a ocupar as
áreas próximas aos tributários do rio Guaporé, entrando em conflito com os povos indígenas (MALDI,
1991).

Nessa época, inúmeros conflitos e epidemias de gripe e sarampo causaram uma vertiginosa
mortandade entre os Sakurabiat. Muito indígenas também foram forçados a trabalhar na extração de
borracha em condições de semiescravidão. Passado o boom da exploração de borracha, essa etnia viu-
se envolvida em intensos conflitos com madeireiros, que invadiram seu território e lá montaram
serrarias. Na luta pela demarcação de sua terra, foram acusados pelos invasores de serem eles os intrusos
em uma terra ocupada por seus pares desde tempos imemoriais. Esse histórico de contato reflete,
atualmente, no número de indígenas dessa etnia que podem ser encontrados: em 2014 eram apenas 219
indivíduos (ISA, 2016).

Informações sobre a cultural material e o modo de vida tradicional das populações indígenas
habitantes da região do rio Guaporé, entre as quais estão os Sakurabiat, apesar de esparsas, dão conta de
que esses povos tinham o milho e o amendoim entre suas principais fontes de alimentação, enquanto a
mandioca possuía uma importância secundária (MALDI, 1991).

Atualmente, o milho ainda possui um papel central na alimentação dos Sakurabiat. São
cultivadas quatro variedades de milho fofo, usados para a fabricação de chicha e para o consumo direto.
Também cultivam a mandioca mansa para o consumo direto, para o preparo da chicha e para a fabricação
de farinha puba (ISA, 2016).

3.3.2.25 Suruí Paiter

Os Suruí Paiter habitam a Terra Indígena Sete de Setembro, localizada em uma região
fronteiriça, ao norte do município de Cacoal-RO, que se estende até o município de Aripuanã, no Mato
Grosso. Esse, entretanto, não é o seu território de ocupação tradicional. Acredita-se que os Paiter teriam
emigrado da região de Cuiabá para Rondônia, ainda no século XIX, fugindo da perseguição de brancos.
Durante a fuga, os choques com outros grupos indígenas e não indígenas fizeram com que a sua
população se reduzisse drasticamente (MINDLIN, 1984).

Os Suruí de Rondônia se autodenominam Paiter, que significa "gente de verdade, nós mesmos".
Falam uma língua do grupo Tupi e da família linguística Mondé. Em 2014, a população estimada dessa
etnia era de 1.375 indígenas (ISA, 2016).

Assim como outros grupos indígenas em Rondônia, entre fins do século XIX e a década de
1920, os Suruí Paiter foram vítimas do intenso fluxo migratório para Rondônia por conta da exploração
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de borracha, da construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré e da instalação de linhas telegráficas


do Projeto Rondon (MINDLIN, 1984).

Entre 1971 a 1981, houve uma sucessão de choques armados entre os Suruí e invasores. Calcula-
se que houvesse cerca de mil famílias não indígenas na TI. Apesar da demarcação da área em 1979 e de
sua homologação em 1983, a entrada de migrantes em seu território continuava a ser estimulada. Os
Paiter, então, começaram a expulsar, por conta própria os não indígenas. Em 1980 havia 87 famílias de
invasores no interior da Terra Indígena, as quais foram gradativamente retiradas - recebendo terras em
projetos de colonização - e, um ano depois, restavam apenas três. Em 1981 todos os invasores foram
expulsos, passando os Paiter a viver em aldeias formadas onde havia as plantações de café deixadas
pelos não indígenas (MINDLIN, 1985).

Em 1988, foi criada a Organização Metareilá do Povo Indígena Paiter, objetivando expulsar os
madeireiros da Terra Indígena, destituir as lideranças que vendiam madeira e escolher líderes
compromissados com a defesa do meio ambiente. De 1988 a 1990 não houve venda de madeira com a
conivência dos Paiter. No entanto, a partir de 1991, sem apoio para as suas atividades e sem recursos
para dar atendimento às necessidades da comunidade, a Metareilá perdeu poder e alguns líderes voltaram
a fazer acordo com madeireiros. Mesmo assim, a Metareilá tem buscado uma saída para os problemas
dos Paiter e continua a defender a conservação dos recursos naturais (ISA, 2016).

As pressões sofridas por parte dos não índios têm contribuído para diversas mudanças no grupo.
As narrativas tradicionais vêm, continuamente, sendo substituídas pelas novas religiões cristãs, apesar
de certa resistência de algumas famílias e comunidades. Os pajés foram discriminados e sofreram
enorme pressão dos missionários. Ouvir estória de pajés se tornou raro, pois as religiões não indígenas
com presença missionária na área proíbem que sejam repassadas aos mais novos. Alguns membros da
comunidade se ressentem deste fato e afirmam que as religiões cristãs têm impactado negativamente sua
cultura.

Os membros dos clãs que compõem a sociedade Suruí partilham o mesmo conjunto de regras
sociais, devendo obrigações uns aos outros. São separados, na vida em comunidade, em duas metades:
uma ligada ao mato e outra à roça, mudando, as famílias, de lado em ciclos anuais. Tradicionalmente,
todas as atividades econômicas organizam-se em torno do parentesco (MINDLIN, 1984). Dedicam-se à
coleta de frutos, mel, larvas, palmito e outros produtos da floresta. Após 1981, quando ocuparam os
cafezais dos invasores expulsos, passaram a vender café para o mercado local, utilizando a renda gerada
para a aquisição de roupas, ferramentas e alimentos (ISA, 2016).

3.3.2.26 Tupari

Os Tupari, falantes de língua proveniente da família linguística Tupari, atualmente, habitam as


Terras Indígenas Rio Branco e Rio Guaporé. Estimativas recentes apontam para a existência de 607
indígenas dessa etnia (ISA, 2016).
160
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Como muitos povos amazônicos, os Tupari também tiveram uma história de contato marcada
por conflitos e pela exploração e expropriação. Em contatos iniciais com brancos, nas primeiras décadas
do século XX, os Tupari os denominaram “Tarüpa”, que significa em sua língua "maus-espíritos", uma
vez que os não indígenas foram os portadores de muitas adversidades e uma série de doenças que quase
dizimaram esse povo.

Os primeiros contatos registrados datam da década de 1920. À época, estimava-se a existência


de, aproximadamente, três mil indígenas dessa etnia. Nos anos seguintes a população viveu um
decréscimo acentuado: em 1934, somavam 250 indivíduos, em 1948 passaram para 200 e, em 1955,
apenas 66. A chegada de seringalistas ao território tradicionalmente ocupado pelos Tupari trouxe não só
epidemias de sarampo, gripe e malária, mas, também um sistema de semi-escravização dos indígenas,
que eram colocados para trabalhar em seringais sob condições inumanas (CASPAR, 1976).

Em 1980, com a identificação da Funai sobre o que viria a se tornar a Terra Indígena Rio Branco,
demarcada em 1983, a realidade do trabalho escravo de indígenas foi exposta ao mundo e começou-se
a se tomar medidas para acabar com essa condição. Entretanto, ainda hoje, os Tupari são expropriados
e explorados por madeireiros e garimpeiros. Nos últimos anos, os Tupari vêm procurando reverter esse
quadro e lutam, com outros povos da região, contra a instalação de barragens no rio Branco (ISA, 2016).

A organização econômica dos Tupari baseia-se na soma de suas atividades tradicionais com a
extração de borracha e de castanha para venda e/ou troca nos mercados locais. A agricultura é
extremamente importante para essa etnia. O trabalho nas roças, além de garantir a sobrevivência, é a
base para a divisão social dos papéis entre homens e mulheres. A regra de residência tradicional entre
os Tupari é uxorilocal, o que quer dizer que o noivo passa a morar com seu sogro, precisando trabalhar
para ele. Há xamãs em todas as aldeias Tupari. Nos rituais xamanísticos faz-se o uso de sementes de
angico, que apresentam teor alucinógeno (CASPAR, 1976).

3.3.2.27 Uru-Eu-Wau-Wau

Os Uru-Eu-Wau-Wau, como eram conhecidos os Jupaú, vivem na Terra Indígena homônima,


distribuídos em seis aldeias. Na mesma TI vivem também outras etnias, como os Amondawa e os Oro
Win, com os quais os Uru-Eu-Wau-Wau convivem de forma pacífica. Antes do contato possuíam grande
mobilidade espacial, havendo aldeamentos fixos em determinadas épocas do ano e acampamentos
temporários espalhados por toda a área de ocupação.

O contato dessa etnia com os brancos se deu no início da década de 1970, quando a frente
expansionista adentrou o território por eles tradicionalmente ocupado, causando inúmeros conflitos por
conta de invasões. Nessa época ocorreu um significativo decréscimo populacional, cerca de 2/3 foram
eliminados em razão desses conflitos e das sucessivas doenças que assolavam as aldeias, principalmente
as infecto-respiratórias. A partir de 1980 foram iniciadas frentes de contato pela Funai, visando a atração

161
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

e pacificação dos indígenas, porém, os conflitos continuaram a ocorrer ao longo dessa década
(NASCIMENTO et al., 2002).

Historicamente, essa etnia é hostil ao contato com brancos. Como fator motivador para essa
posição pode-se citar, no início do século XX, as invasões das frentes econômicas colonizadoras, ou
seja, de seringalistas e garimpeiros e, mais tarde, nas três últimas décadas, as invasões de pecuaristas,
agricultores, garimpeiros e madeireiros que já furtaram, em uma década mais de 500.000 metros cúbicos,
principalmente de madeira nobre.

Ressalta-se que a dinâmica populacional se modificou nos anos seguintes a 1993, quando foi
demarcada a Terra Indígena que habitam. A partir de então, houve uma pequena retomada no
crescimento populacional, que se credita em parte à demarcação, fiscalização e vigilância da TI (ISA,
2016).

Os Uru-Eu-Wau-Wau dividem-se em grupos de parentesco, cada qual com um chefe,


organizados em duas metades: Mutum e Arara. Os casamentos são, tradicionalmente, poligâmicos e se
dão entre as duas metades. Nos últimos anos, devido à escassez de mulheres e à influência do contato
com os não-índios, as relações têm se tornado monogâmicas, havendo inclusive casos de poliandria
(NASCIMENTO et al., 2002).

A caça é uma atividade masculina e ocorre próxima às aldeias, em um raio de,


aproximadamente, 3 a 5 km. A pesca é uma atividade realizada tanto pelo homem quanto pela mulher
e, Mesmo com a introdução de novas técnicas, a pesca tradicional ainda é realizada com o arco e flecha
(ISA, 2016).

3.3.2.28 Wajuru

Os Wajuru possuem um sistema distinto de auto identificação. Os mais antigos, do tempo em


que a presença dos brancos, se não inexistente, era bastante fraca, são chamados de Wayurú ou Ayurú;
já aqueles que nasceram e vivem numa época de constante contato com não indígenas são conhecidos
como Wajuru ou Ajuru (ISA, 2016).

A língua Wajuru foi classificada como pertencente ao tronco linguístico Tupi e à família Tuparí.
Entre os mais velhos é comum o domínio de mais de uma língua indígena, porém, os jovens, em grande
parte, são apenas falantes passivos da língua Wajuru, dominando completamente o Português. Por
ocuparem uma região de fronteira internacional, muitas pessoas também manejam bem o castelhano.

Os primeiros contatos com os brancos datam da década de 1920, quando exploradores e


seringalistas adentraram o território ocupado por esse povo nas proximidades dos rios Terebito e
Colorado, afluentes da margem direita do médio rio Guaporé. Atualmente, os Wajuru se dividem em
duas principais povoações, uma no interior da TI Rio Guaporé, que conta com cerca de 90 indígenas, e

162
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

a outra em Porto Rolim de Moura do Guaporé, povoado à beira do rio Mequéns, onde se encontra outro
agrupamento importante composto por mulheres Wajuru, seus maridos e filhos (ISA, 2016).

As trocas regulares de cônjuges, músicas e conhecimentos com outros povos garantem um rico
contexto multiétnico para os Wajuru, dependendo, os arranjos sociais mais importantes, dessa interação
com outras etnias indígenas. As chichadas, festas regadas a bebidas fermentadas, condensam as
principais relações e acontecimentos da vida aldeã e cosmológica dos Wajuru, ocorrendo de maneira
frequente e reunindo indígenas de diversos grupos étnicos (SOARES-PINTO, 2009).

O casamento, também fato gerador de intensas interações sociais entre essa etnia, é
caracterizado pela dispersão das mulheres e concentração dos homens no território. Enquanto as
mulheres, muitas vezes, mudam-se para locais longínquos de onde viveram até então, os homens
raramente se deslocam para áreas distantes de onde viveram com seus pais. A chicha também exerce
importante papel no matrimônio de filhas, uma vez que permite a intensificação das relações sociais
entre sogro e genro; para os Wajuru, casar uma filha é ter mais um local para tomar chicha (SOARES-
PINTO, 2009).

A base da alimentação Wajuru é a macaxeira, além de peixes e carnes de caça. Há, também,
roçados de milho, arroz, feijão, cará, amendoim e abacaxi. Alguns indígenas possuem renda extra
proveniente de programas sociais e aposentadoria, utilizando-a para comprar produtos industrializados
para sua alimentação (ISA, 2016).

3.3.2.29 Wari’

O povo Wari’ é designado Pakaa Nova por terem sido avistados, pela primeira vez, no rio
homônimo em Rondônia. Porém, é com o termo Wari’, que, na língua deles, significa “gente” ou “nós”,
que preferem ser chamados com quem mantêm contato mais estreito. Sua língua é a Wari (Pakaa Nova),
da família linguística Txapakura (ISA, 2016).

Segundo o Instituto Socioambiental, o povo Waki’, em 2014, era composto por 3.956
indivíduos, estando todos distribuídos por seis terras indígenas em Rondônia, a saber: Igarapé Lage,
Igarapé Ribeirão, Pacaás Novas, Rio Guaporé, Rio Negro Ocaia e Sagarana.

Historicamente, o povo Wari’ manteve-se isolado até o início do século XX, provavelmente por
viverem em áreas de acesso difícil e pouco interesse econômico. Entretanto, o ciclo da borracha e a
construção da Ferrovia Madeira-Mamoré iniciaram um período de graves conflitos entre os indígenas e
os trabalhadores brancos. Na década de 1950 esses conflitos atingiram seu auge, com expedições de
extermínio organizadas por seringueiros e assassinato de trabalhadores como forma de vingança dos
indígenas. O conflito tomou tamanha proporção que o Serviço de Proteção ao Índio (SPI) foi obrigado
a intervir, iniciando um processo de “pacificação”, em 1956, que só teve fim em meados de 1969.
Durante esse período de “pacificação”, mais de dois terços da população Wari’ foi exterminada, muitos

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PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
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por conta de conflitos, mas, a maior parte, por causa das epidemias trazidas pelos brancos (CATHEAU,
1996).

As relações sociais são estruturadas não só em relação com os demais indígenas, mas, também
com outros seres; muitas espécies animais, alguns poucos vegetais e certos fenômenos naturais são
considerados humanos pelos Wari’ por serem dotados de espírito. Assim, grande parte da mitologia e
dos rituais dessa etnia relaciona-se com a possibilidade de comunicação entre os Wari’ e os componentes
do cosmos de significados que os cercam. Tal visão de mundo explica, em parte, o fato de que até a
chamada “pacificação”, os Wari’ eram praticantes do canibalismo funerário como meio de produzir uma
relação entre o “que comia” e o “que era comido”, prática que se estendia dos inimigos mortos em
combate aos mortos do próprio grupo (VILAÇA, 1993).

Praticantes do xamanismo, os Wari’ logo após os primeiros contatos com os brancos diminuíram
a intensidade e o número de rituais realizados. Porém, a partir da década de 1980 a prática foi retomada,
ocorrendo um reavivamento. Até hoje, na maioria das aldeias, muitas famílias dependem dos xamãs
para tratarem doenças que acreditam ser causadas por espíritos animais. Entretanto, doenças
identificadas como doenças de brancos são tratadas por técnicas de cura ocidentais (CATHEAU, 1996).

Em relação à sua subsistência, os Wari’ buscam mobilidade para usufruir os recursos florestais
dispersos pelo território. O cultivo de milho, leguminosa que baseia a subsistência Wari’, é de extrema
importância, assim como a caça e a pesca. Muitas famílias coletam e vendem borracha e castanha-do-
pará, porém não há dependência dessa venda como fonte de renda.

Atualmente duas polêmicas têm se formado nos territórios Wari’: a obtenção de dinheiro com a
venda de borracha e castanha-do-Brasil, bem como dos excedentes agrícolas tem sido direcionada para
a compra de munição, roupas e outros bens de consumo que descaracterizam a convivência tradicional
indígena nas aldeias; e a questão da comercialização dos recursos florestais, pleiteada pelos Wari’ e
negada pela Funai, que acredita que o comércio da madeira em larga escala pode abrir a porta para a
exploração do povo e dos recursos de seu território por terceiros (ISA, 2016).

3.3.3 Comunidades Quilombolas


As comunidades quilombolas são constituídas por grupos étnicos-raciais com trajetórias
históricas próprias que se autodefinem a partir das relações com a terra, o parentesco, o território, a
ancestralidade, as tradições e as práticas culturais próprias. A presunção de ancestralidade negra nessas
comunidades relaciona-se com a resistência à opressão histórica sofrida (ANJOS, 2006).

Estima-se que existam mais de três mil comunidades quilombolas no Brasil, mas, o chamado
Território Remanescente de Comunidade Quilombola é uma categoria social relativamente recente.
Embora desde a promulgação da Constituição Federal, em 1988, já fosse reconhecido o direito dos
remanescentes dessas comunidades de posse definitiva da terra ocupada, foi apenas em 2003, com o
Decreto nº 4.887, de 20 de novembro, que se regulamentou o procedimento para identificação,
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PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação dessas áreas (ARRUTI, 2006). Nesse mesmo
dispositivo legal, transferiu-se do Ministério da Cultura para o Incra a competência para a delimitação
das terras quilombolas, bem como a determinação de suas demarcações e titulações.

A identificação dos limites das terras das comunidades é feita a partir da avaliação conjunta das
indicações da própria comunidade e de estudos técnicos e científicos, inclusive relatórios
antropológicos, fornecendo uma caracterização espacial, econômica, ambiental e sociocultural da terra
ocupada pela comunidade quilombola.

Atualmente, são reconhecidas comunidades quilombolas em 24 estados brasileiros, entretanto,


apenas 18 deles possuem instrumentos legais próprios, para além dos federais, que versam sobre os
direitos dessas comunidades. A Fundação dos Palmares, instituição pública voltada para promoção e
preservação da arte e da cultura afro-brasileira, fundada em 1988 e vinculada ao Ministério da Cultura,
já certificou mais de 2.600 comunidades quilombolas no país. Entretanto, estima-se que outras centenas,
senão milhares, de comunidades ainda estejam lutando pelo direito de propriedade das terras
historicamente ocupadas (GOMES, 2015).

De acordo com o INCRA (2016), existem 130 processos abertos para reconhecimento de
comunidades quilombolas na região Norte, destes apenas seis, ou seja, menos de 5% do total, encontram-
se em território do estado de Rondônia. A TABELA 3.30 apresenta a distribuição desses processos pelos
estados da região Norte.

TABELA 3.30 - DISTRIBUIÇÃO DO NÚMERO DE PROCESSOS ABERTOS NO INCRA PARA RECONHECIMENTO DE


COMUNIDADES QUILOMBOLAS, 2016

Superintendência Regional Estado Número de Processos % sobre Total


SR-01 Pará 37 28,5
SR-15 Amazonas 04 3,1
SR-17 Rondônia 06 4,6
SR-21 Amapá 32 24,6
SR-26 Tocantins 33 25,4
STR-30 Pará (intendência de Santarém) 18 13,8
Total - 130 100%
Fonte: INCRA (2016).

Ainda de acordo com o INCRA (2015), até junho de 2015 já haviam sido expedidas
certificações, através da Fundação Cultural Palmares (FCP), para oito comunidades quilombolas no
Amazonas, 34 no Amapá, 232 no Pará, sete em Rondônia e 38 em Tocantins. As informações
disponíveis acerca das comunidades remanescentes de quilombolas, certificadas pela Fundação, no
estado de Rondônia são apresentadas na TABELA 3.31.

165
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
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TABELA 3.31.- COMUNIDADES QUILOMBOLAS CERTIFICADAS POR MUNICÍPIO DE LOCALIZAÇÃO, PROCESSO DE


CERTIFICAÇÃO E DATA DE PUBLICAÇÃO NO DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO (DOU), RONDÔNIA, 2015

Município Comunidade Processo – FCP Publicação – DOU


Alta Floresta d’Oeste Rolim de Moura do Guaporé 01420.002954/2005-91 20/01/2006
Alta Floresta d’Oeste/São
Pedras Negras 01420.001295/2005-76 19/08/2005
Francisco do Guaporé
Forte Príncipe da Beira 01420.001406/2005-44 19/08/2005
Costa Marques
Santa Fé 01420.002941/2006-01 07/02/2007
Pimenteiras do Oeste Laranjeiras 01420.002078/2005-01 20/01/2006
São Francisco do Guaporé Santo Antônio do Guaporé 01420.000359/2003-50 04/06/2004
São Francisco do
Jesus 01420.000556/2006-11 28/07/2006
Guaporé/Seringueiras
Fonte: INCRA (2015).

Também no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA, 2016) podem ser
encontradas informações adicionais sobre algumas comunidades quilombolas de Rondônia que se
encontram em fases mais avançadas do procedimento de reconhecimento de pertencimento territorial,
sendo elas Pedras Negras, Santo Antônio do Guaporé, Jesus e Santa Fé. Na TABELA 3.32 estão
expostas as informações adicionais do Instituto para essas comunidades.

Observando-se os dados da TABELA 3.32, percebe-se que já foi delimitado um total de


92.591,3282 hectares de áreas de comunidades quilombolas em Rondônia. Esse território, de pouco mais
de 925 km2, representa apenas 0,38% da área total do estado. Na área identificada e delimitada, vive um
total de 100 famílias quilombolas.

O município de São Francisco do Guaporé conta com três das sete comunidades quilombolas
certificadas ocupando áreas de seu território, sendo que a comunidade de Santo Antônio do Guaporé,
com área total de 41.600 hectares, abrigando 21 famílias, encontra-se totalmente inserida no território
municipal. Em Costa Marques são encontradas outras duas comunidades quilombolas, assim como em
Alta Floresta d’Oeste, ainda que neste último, uma comunidade encontre-se completamente alocada e
outra dividida com áreas do município de São Francisco do Guaporé. Seringueiras e Pimenteiras do
Oeste são os outros dois municípios rondonienses onde podem ser encontrados remanescentes de
quilombos.

166
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
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TABELA 3.32 - COMUNIDADES QUILOMBOLAS EM FASE AVANÇADA DE RECONHECIMENTO, DOCUMENTOS LEGAIS DE CERTIFICAÇÃO, LOCALIZAÇÃO, ÁREA E NÚMERO DE
FAMÍLIAS, RONDÔNIA, 2016

Portaria no Decreto no
Nº Processo Comunidade Município Área/ha Nº de Famílias Edital RTID* no DOU Título
DOU DOU
São Francisco do Guaporé (10/10/05 anulada)
54300.000745/2005-36 Pedras Negras 43.911,1000 26 - - -
e Alta Floresta d'Oeste 31/10/11 e 01/11/11
Santo Antônio do (10/10/05 anulada) 04 e
54300.000746/2005-81 São Francisco do Guaporé 41.600,0000 21 - - -
Guaporé 05/12/08
São Miguel do Guaporé e
54300.002174/2008-74 Jesus 5.627,3058 12 24 e 26/12/07 22/01/09 Não precisa 25/08/10
Seringueiras

54300.001012/2008-61 Santa Fé Costa Marques 1.452,9224 41 17/11/15 - - -

*Relatório Técnico de Identificação e Delimitação.


Fonte: INCRA (2016).

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FIGURA 3.38.- DISTRIBUIÇÃO DAS COMUNIDADES QUILOMBOLAS EM RONDÔNIA CONSIDERANDO OS LIMITES


MUNICIPAIS
Fonte: Adaptado de A .

Nos próximos itens serão apresentadas informações específicas sobre as comunidades


quilombolas certificadas, bem como notícias atualizadas de seu processo de reconhecimento quando
considerado de relevância para o estudo.

3.3.3.1 Comunidade Quilombola Rolim de Moura do Guaporé

A comunidade quilombola Rolim de Moura do Guaporé, localizada no município de Alta


Floresta d'Oeste, ocupa uma área de, aproximadamente, 1.500 hectares. Sua formação encontra-se
intimamente ligada à fundação de Vila Bela da Santíssima Trindade, a primeira capital de Mato Grosso,
em meados do século XVIII; nessa época pessoas que fugiram da escravidão da cidade migraram para
a região onde, hoje, encontra-se a comunidade. Os negros fugidos do sistema escravocrata encontraram
vários povos indígenas que ocupavam a região, gerando conflitos ao longo do processo de consolidação
da comunidade quilombola (CRUZ, 2012).

No auge do ciclo da borracha, a área foi ocupada por seringalistas, que exploraram a mão-de-
obra indígena e de descendentes de quilombolas. Nesse período, intensificaram-se os conflitos entre os
povos e, como no restante da Amazônia, houve um verdadeiro genocídio levado a cabo pelos brancos
(PINTO, 2009).

Após a desativação dos seringais, em 1984, o Governo do Estado de Rondônia realizou um


loteamento na região, constituindo 53 chácaras onde foram construídas casas de madeira, que foram

168
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entregues aos moradores. As famílias, então, mudaram-se da área de beira do rio, onde residiam, para
as chácaras organizadas pelo governo. A ação governamental interferiu profundamente no modo de vida
dessa população acostumada ao uso coletivo da terra, criando entre eles a noção de propriedade
individual ou familiar.

Em 2012, podiam ser encontrados na comunidade, aproximadamente, 600 habitantes,


distribuídos em 94 famílias, na maioria jovens e crianças, bem como uma comunidade indígena da etnia
Sakurabiat. A infraestrutura local é composta por três igrejas (uma católica e duas evangélicas), uma
escola de Ensino Fundamental e Médio, um posto de saúde, um ginásio de esportes, um posto da polícia
ambiental em parceira com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente de Rondônia (SEDAM), a
associação Ecológica Comunitária de Conservadores do Rio Guaporé e seus Afluentes (ECOMEG), um
posto da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do estado de Rondônia (IDARON), uma usina
de energia, antena de telecomunicação da Embratel, cinco pousadas, um campo de futebol e pequenos
comércios (CRUZ, 2012).

A partir da abertura da Rodovia R0-139, situada nas proximidades da comunidade, o Governo


do Estado passou a incentivar o turismo ecológico; a criação da Associação Ecológica do Rio Mequéns
e Guaporé (ECOMEG) incentivou e acelerou as atividades ligadas ao turismo, sobretudo aquele ligado
à pesca esportiva. Entretanto, essa fluência de turistas para a região, apesar de aquecer a economia local,
provoca prejuízos para os antigos moradores, com a degradação dos recursos naturais locais (CRUZ,
2012).

Apesar de, historicamente, significativa parcela de a população local ser proveniente de


quilombolas, durante uma reunião, em 2005, com representante da Fundação Cultural Palmares, os
presentes não quiseram se identificar como remanescentes de quilombos para ter um território
quilombola. Tudo indica que os moradores ficaram com medo de perder suas propriedades individuais
e, por esse motivo, não quiseram um território coletivo, como é o caso de um de remanescentes de
quilombo. Curiosamente, foi expedida pela Fundação Palmares uma Certidão de Auto-Reconhecimento
da Comunidade como Remanescentes de Comunidades de Quilombos, em 20 de janeiro de 2006, mas
o processo está parado por não ser de interesse dos moradores.

3.3.3.2 Comunidade Quilombola Pedras Negras

Localizada no município de São Francisco do Guaporé, em área da Reserva Extrativista


homônima, a comunidade quilombola Pedras Negras, em 2016, era composta por 26 famílias, num total
de mais de 80 pessoas ali residentes (INCRA, 2016). O território é isolado, a 240km de Costa Marques
por via fluvial, só podendo ser acessado por embarcações ou aviões de pequeno porte fretados.

O povoamento do lugar remonta ao século XVIII, quando ali foi instalada uma Companhia
Militar. A presença dos militares promoveu Pedras Negras à categoria de terceiro núcleo de povoamento
do Guaporé. Entretanto, em fins do século XIX, a região de Pedras Negras foi abandonada,
169
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permanecendo, no local, somente os negros, os quais, em sua maioria, tinham origens em Vila Bela da
Santíssima Trindade, antiga capital do Mato Grosso (GONÇALVES, 2009).

No início do século XX, relatos confirmam que a comunidade era diminuta; habitavam ali
poucos habitantes e quase não havia nenhum tipo de infraestrutura social. Na década de 1940, com a
reativação dos seringais na região, houve um crescimento populacional significativo e o povoado
conheceu um período de prosperidade. Entretanto, o momento não durou muito e a decadência da
economia da borracha gerou uma grave crise econômica, provocando a migração da maioria das famílias
para cidades próximas (CRUZ, 2012).

Nas últimas décadas várias melhorias foram implementadas na comunidade; hoje, há energia
elétrica disponível 24 horas por dia, água encanada e serviço de telefonia através de orelhões públicos.
Foram construídas uma igreja e uma escola, bem como adquiridos equipamentos para limpeza da área
e beneficiamento da produção agrícola.

Em 1995, foi reconhecido o território como Reserva Extrativista (Resex) de Pedras Negras, com
uma área de 124.409 ha. Já a luta pela regularização do território quilombola iniciou-se, formalmente,
em 2004, quando a comunidade se reconheceu como remanescente de quilombos e encaminhou pedido
de reconhecimento à Fundação Cultural Palmares. A certidão de auto-reconhecimento foi expedida em
19 de agosto de 2005 e, atualmente, o processo de regularização fundiária está tramitando no INCRA.
Ressalta-se que essa discussão para transformar a Reserva Extrativista em território quilombola está
trazendo prejuízos para a comunidade, uma vez que a proposta de demarcação diminuiria o território
ocupado e utilizado pela comunidade para sua sobrevivência em quase 2/3 (CRUZ, 2012).

Um dos principais produtos explorados pela comunidade de Pedras Negras é a castanha.


Entretanto, durante muitos anos, em épocas recentes, um dos principais castanhais da área foi apropriado
indevidamente por um fazendeiro da região, o qual obrigava todos os quilombolas a venderem a castanha
exclusivamente para ele em um sistema rudimentar de comércio através de troca de mercadorias. Nesse
aspecto, a discussão para a transformação de Resex em território quilombola trouxe um grande avanço,
dado que, quando questionado pelas autoridades, esse fazendeiro não pôde provar a propriedade do
castanhal foi liberado para extração e comercialização livre de toda a comunidade (CRUZ, 2012).

Atualmente, os moradores da comunidade enfrentam uma situação econômica bastante crítica.


Apesar da produção anual de castanha ser grande, o produto tem vivenciado sucessivas quedas de preço
e os extrativistas acabam ficando reféns de atravessadores, que limitam ainda mais o ganho dos
moradores. Assim, hoje, um dos maiores desafios para Pedras Negras é descobrir formas de
comercialização que dispensem a figura do atravessador, de modo que a castanha volte a ser uma fonte
de renda segura e satisfatória.

170
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

3.3.3.3 Comunidade Quilombola Forte Príncipe da Beira

O Forte Príncipe da Beira é um dos monumentos históricos mais importantes de Rondônia. A


sua construção e a constituição da comunidade quilombola homônima está intimamente interligada;
centenas de escravos negros do Vale do Guaporé foram transladados em meados de 1700 para a
construção da fortaleza, muitos não abandonaram a região e deram origem aos remanescentes
quilombolas que hoje se encontram na região.

A obra da fortaleza foi realizada entre 1776 e 1783, havendo evidências de marcante presença
de escravos negros e de indígenas no processo de construção da fortificação e, também, na formação de
suas guarnições. No século posterior, o forte foi praticamente abandonado e suas ruínas só foram
visitadas novamente em 1914 pelo Marechal Cândido de Rondon. Após essa visita, iniciaram-se
movimentações para uma retomada da ocupação militar da área, culminando com a chegada do chamado
Contingente Especial de Fronteira de Forte Príncipe da Beira em 1932 (JÚNIOR, 2013).

Os militares que ali se estabeleceram, desconsideraram o fato de que a área já estava habitada
por famílias descendentes dos escravos negros e dos indígenas que trabalharam na construção da
fortaleza. A ocupação da área por estes ia dali até a antiga Fortaleza de Conceição (antigo Forte de
Bragança). Com a nova implantação de instalações militares, as famílias residentes nas proximidades
do Forte Príncipe da Beira passaram a ser constrangidas e pressionadas a deixarem suas terras
tradicionalmente ocupadas (JÚNIOR, 2013).

A área, de fato, pertence ao Exército Brasileiro que tem se mantido irredutível em relação ao
que afirma ser um conflito de legislações pertinentes que não permite que a zona fronteiriça seja ocupada
por comunidades tradicionais. Essa posição tem sido discutida entre integrantes do exército e técnicos
do Incra, porém, até 2015 não havia nenhum passo rumo à resolução desse conflito. Durante a realização
de uma oficina de mapas em 2014, parte do projeto de mapeamento social efetuado pela Nova
Cartografia Social da Amazônia (PNCSA, 2014), foram relatados inúmeros casos de abuso por parte
dos militares, como prisões de quilombolas que pescam ou praticam atividades agrícolas e constante
constrangimento de estudantes negros que frequentam a unidade escolar estadual localizada dentro do
quartel.

Em 2012, a população quilombola era de aproximadamente 450 pessoas, divididas em cerca de


200 famílias, cuja sobrevivência dependia das atividades econômicas ligadas à pesca. Além destas, a
caça também era realizada, ainda que por poucos e com finalidade de alimentação familiar, bem como
as atividades em pequenos roçados e a coleta de castanhas e frutos para venda e subsistência. Com as
imposições e sanções dos militares, muitos remanescentes da comunidade quilombola se viram
obrigados a trabalharem como empregados domésticos nas casas dos próprios militares (MONTEIRO,
2013).

171
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
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A comunidade conta com rede elétrica e abastecimento de água vinculadas às instalações


militares, bem como poços nas residências. O saneamento básico é feito por meio de fossas individuais.
Não há posto de saúde no local, mas há registros de atendimento de quilombolas pelos médicos do
pelotão ali instalado. Como mencionado, há uma escola de Ensino Fundamental estadual dentro do
quartel, que pode ser acessada pelos jovens quilombolas, mas o Ensino Médio só é ofertado em Costa
Marques, impossibilitando a frequência dos alunos devido há falta de transporte público na estrada de
terra que dá acesso ao centro do município e há dificuldade e demora no mesmo trajeto realizado por
via fluvial (MONTEIRO, 2013).

3.3.3.4 Comunidade Quilombola Santa Fé

Essa comunidade originou-se em 1870, com o início da primeira onda de exploração da


borracha, como resultado de movimentações de grupos negros provenientes de diversas localidades do
Vale do Guaporé, notadamente Vila Bela da Santíssima Trindade, localizada no Mato Grosso. Com o
declínio dessa economia, centenas de moradores deixaram o local e os habitantes remanescentes,
compostos por poucas famílias negras, voltaram-se para atividades de subsistência ligadas à pesca, à
caça e à coleta de poalha.

No fim da década de 1980, chegou à área um fazendeiro que reivindicava para si as terras de
Santa Fé. Dezenas de famílias foram expulsas de suas casas e despojadas de seus bens, sendo forçadas
a migrar para as proximidades da sede da cidade de Costa Marques, onde passam por um período
marcado por graves dificuldades. O Bispo de Guajará-Mirim à época, Paulo Verdier, publica, então um
artigo, em um jornal regional, denunciando a situação que ganha ampla cobertura da mídia, forçando
políticos locais a tomarem partido na situação. Esse movimento culmina com uma decisão do Tribunal
de Justiça de Guajará-Mirim para que seja realizada imediata reintegração de posse aos habitantes de
Santa Fé. Após alguma intercalações judiciais, são apresentados documentos de distribuição real de terra
realizados pelo INCRA e a permanência dos quilombolas em suas terras é garantida. Assim, o confronto
de meses chega ao fim e ficam estabelecidos 49 lotes de 100 metros cada para as famílias, que têm seus
direitos de propriedade finalmente reconhecidos (MONTEIRO, 2013).

Em 2014, um relatório técnico de identificação realizado pelo INCRA, dava conta de uma área
de 1.510 hectares, onde viviam 89 pessoas em cerca de 20 casas próximas ao rio Guaporé. A comunidade
vive da agricultura e da pecuária de subsistência, apesar de estar localizada em uma área inundável.
Entre as atividades agrícolas destacam-se a plantação e o beneficiamento da mandioca para a produção
de farinha, combinados com criação de animais e com atividades de extrativismo. Há também fontes de
trabalho assalariado, com moradores trabalhando como agentes de saúde e de venda de serviço a
produtores rurais vizinhos, assim como na construção civil (INCRA, 2014).

Na comunidade pode ser encontrada uma Associação, que conta com sede própria. É ali que se
realizam festejos, com destaque para a Festa do Divino Espírito Santo. No local funciona um polo de

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PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
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Educação para Jovens e Adultos, sendo que as demais crianças frequentam escolas do município de
Costa Marques, cuja sede dista cerca de 7km da comunidade (MONTEIRO, 2013).

3.3.3.5 Comunidade Quilombola Laranjeiras

A comunidade quilombola Laranjeiras situa-se no município de Pimenteiras d'Oeste, no interior


da área delimitada como de Proteção Integral do Parque Estadual Corumbiara. Quando da criação dessa
Unidade de Conservação, em 1990, a comunidade já se encontrava ali, sua existência foi praticamente
ignorada no decreto legislativo que criou o parque. Comprimida entre a área de proteção e uma
tradicional fazenda local, a fazenda Laranjeiras, a comunidade encontrava-se em difícil situação até
2006, quando a Fundação Cultural Palmares, reconheceu a área como remanescente quilombola (CPT-
RO, 2011).

A matriz de onde se originou o processo de ocupação da área foi a Vila Bela da Santíssima
Trindade. O deslocamento dos negros fugitivos dessa área consolidou-se com a formação do povoado
da Fazenda Santa Cruz, em consequência do Primeiro Ciclo da Borracha. Os descendentes dos escravos
fugidos desta área formam hoje a comunidade Laranjeiras (FERRAZ, 2011).

As famílias que ali se fixaram, quando dos ciclos da borracha, foram arregimentadas por
seringalistas para trabalharem na extração da borracha. Com a decadência dessa economia, em 1980,
algumas famílias optaram por permanecer na comunidade Laranjeiras, passando a subsistir da
agricultura de subsistência e da criação de pequenos animais. Com a criação do Parque Estadual
Corumbiara, em 1990, os moradores foram proibidos de fazer seus roçados na área deste parque. Por
outro lado, também não podiam plantar na área da Fazenda Laranjeiras, complicando a situação desses
moradores negros (CRUZ, 2012).

Em 2012, a população era constituída por cinco famílias com um interessante caráter
intercultural, quatro são formadas da miscigenação de homens negros com mulheres bolivianas ou
descendentes de bolivianos; e a outra de um descendente de italiano com uma mulher boliviana. Esta
pluralidade cultural é característica de uma região de fronteira (CRUZ, 2012).

A comunidade não contava, em 2011, com fornecimento de energia elétrica ou rede de água
encanada. No local há uma escola, que funciona na modalidade multiseriada, com cerca de 5 alunos;
essa escola funciona como uma extensão da Escola Municipal Paulo Freire, do município de Pimenteiras
do Oeste. As aulas acontecem no horário matutino e o professor é um membro da própria comunidade
(FERRAZ, 2011).

Atualmente, a comunidade aguarda ansiosa a regularização de seu território, a ser desmembrado


do Parque Estadual Corumbiara, para que possam continuar vivendo em Laranjeiras, com seus modos
de vida herdados de seus ancestrais, pois muitos já se mudaram para as cidades em busca de uma vida
melhor. O estudo antropológico que dará base para a produção do Relatório Técnico de Delimitação e
Identificação (RTDI), pelo INCRA, em Laranjeiras, já está sendo realizado.
173
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
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3.3.3.6 Comunidade Quilombola Santo Antônio do Guaporé

A comunidade Santo Antônio do Guaporé situa-se no município e São Francisco do Guaporé,


tendo sido constituída a partir de um grupo quilombola formado por escravos que trabalharam na
construção do Forte Príncipe da Beira. A eles somaram-se negros foragidos de outros quilombos que
foram destruídos no século XIX. Por ocasião do ciclo da borracha que se deu no início do século XX,
assomaram-se à comunidade muitas famílias negras que desceram o Guaporé para trabalhar em seringais
e na extração de castanha (TEIXEIRA, 2004).

Apesar de estar bastante isolada de centros urbanos, a comunidade, que dista cerca de 100km
de Costa Marques e cujo acesso se dá apenas por via fluvial, viveu um período de consideráveis
acréscimos populacionais entre 1940 e 1960. Porém, durante a década de 1980, o cenário inverteu-se;
iniciou-se um ciclo de acentuado declínio no número de habitantes, marcado pela criação da Reserva
Biológica do Guaporé, na região, em 1982, e pelo esgotamento da economia da borracha.

A comunidade vivia da exploração das florestas ricas em poaia e borracha até os anos 1960,
porém, na década seguinte, a produção extrativista cedeu lugar à produção agropastoril. A instalação da
REBIO do Guaporé, no início dos anos 1980, inviabilizou a pecuária local e impôs pesados obstáculos
à produção local, fazendo com que a comunidade passasse por um processo de decadência e
pauperização. Os conflitos entre autoridades do IBAMA e moradores da comunidade se intensificaram,
dando origem a uma série de discussões de modelos para garantir a permanência dos quilombolas em
terras tradicionalmente ocupadas e a sustentabilidade ambiental da Reserva Biológica do Guaporé
(TEIXEIRA, 2006).

Em 2004, com o reconhecimento da comunidade quilombola pela Fundação Palmares, as


discussões tomaram um rumo inesperado e, apesar da insistência por parte do IBAMA para que os
quilombolas fossem transferidos para outra área, em 2010, os comunitários entraram em acordo com os
órgãos ambientais para a delimitação de uma área de 3.495 hectares. Atualmente o RTID está sendo
realizado pelo INCRA na área (INCRA, 2016).

Nas imediações do centro do povoado encontra-se um centro comunitário e uma escola de


ensino fundamental em condições precárias. Há ali, também, a capela de Santo Antônio, um ponto
marcante que, uma vez por ano, realiza a festa do Divino, a principal festividade da região, celebrada
entre maio e junho. Há oferta de energia elétrica, ainda que racionada, mas as condições de
abastecimento de água e saneamento básico são ou extremamente precárias ou inexistentes para muitos
moradores (GOVEIA, 2012).

A comunidade, que chegou a ter mais de 200 habitantes, em 2006 abrigava 18 famílias em um
total aproximado de 70 habitantes, reduzindo-se ainda mais, em 2011, quando foram registradas apenas
11 famílias remanescentes no local. Em 2016, entretanto, um levantamento do INCRA (2016) revelou
que a população voltou a crescer, contando com 21 famílias no total àquele ano.
174
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
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3.3.3.7 Comunidade Quilombola Jesus

Situada às margens do rio São Miguel, afluente do rio Guaporé, no município de São Miguel do
Guaporé, essa comunidade quilombola tem limitação com a área onde foi instalado o Projeto de
Colonização Agropastoril Primavera e a Reserva Biológica do Guaporé. A comunidade de Jesus
constitui-se na mais afastada comunidade de remanescentes de quilombos em relação ao Vale do
Guaporé rondoniense. Em 2012, a população, de 39 pessoas, era composta, somente, por descendentes
de Jesus Gomes de Oliveira, que deu nome à comunidade, e sua esposa, Luísa Assunção. Os ancestrais
de Jesus são provenientes de Vila Bela da Santíssima Trindade, no Mato Grosso (CRUZ, 2012).

As origens da comunidade remontam à década de 1940, quando Jesus abandonou seus trabalhos
na coleta de látex em colocações de seus irmãos nas imediações de Limoeiro, no rio São Miguel, e
dirigiu-se para a região onde, hoje, está situada a comunidade da qual é o patriarca. Explorando borracha
e sobrevivendo da caça, da pesca e da coleta de cacau, as famílias que ali residiam à época passaram por
períodos difíceis quando o preço da borracha caiu a preços inferiores ao mínimo satisfatório
(TEIXEIRA, 2008).

Com o declínio do extrativismo, as famílias mergulharam em um período de penúria e muitas


deixaram o local, passando a família Oliveira ser a única com residência permanente na comunidade.
Para garantir a sobrevivência de seus 12 filhos, o patriarca passou a investir na coleta e venda da
Castanha-do-Pará e no plantio de mandioca para a produção de farinha.

Nos anos 1970 e 1980, as terras da região do São Miguel passaram por sucessivos processos de
ocupação e colonização de base agropastoril, consequência do avanço das frentes de expansão
econômica advindas do eixo da BR-364. Neste contexto, as terras ocupadas pela família Oliveira foram,
paulatinamente, ocupadas por colonos do Projeto Primavera. O assentamento transformou-se,
rapidamente, em objeto de especulação imobiliária e as terras, destinadas aos colonos, terminaram sendo
vendidas a fazendeiros, os quais transformaram a região em área de latifúndios ocupados por pecuaristas
(CRUZ, 2012).

Assim, a comunidade quilombola vive, hoje, cercada por grandes proprietários. As terras firmes,
onde antes eram exploradas a castanha, a caça e outros produtos da floresta, foram transformadas em
pastos para gado e a família Oliveira foi obrigada a migrar e ocupar as áreas alagadiças localizadas nos
limites das terras que foram transformadas, em 1982, na Reserva Biológica Guaporé. Nunca houve
registro de conflitos entre os quilombolas da comunidade e o IBAMA, uma vez que as terras da REBIO
não avançaram sobre as terras da comunidade. O próprio IBAMA mostra-se interessado na conclusão
do processo de delimitação fundiária da comunidade quilombola, dado que ela poderá servir como uma
espécie de anteparo aos avanços dos fazendeiros sobre as terras imediatamente contíguas à REBIO
Guaporé (TEIXEIRA, 2008).

175
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
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Atualmente, a comunidade vive da agricultura e da pecuária de subsistência, permanecendo em


uma região onde os terrenos são, em sua maioria absolutamente inundáveis e, portanto, pouco propensos
à agricultura e ao desenvolvimento da pecuária. A comunidade recebeu o título definitivo de território
quilombola no dia 23 de outubro de 2010, quando se delimitou sua área total em 5.627,30 hectares; foi
a primeira do estado de Rondônia a receber o título e a primeira a ser georreferenciada em nível nacional
(CRUZ, 2012).

3.3.4 Unidades de Conservação


Unidades de Conservação (UC) são porções de territórios – ou águas marinhas – sob regimes
especiais de administração, visando assegurar a proteção e/ou a exploração sustentável de suas
características naturais reconhecidas como de grande relevância ecológica. As UCs podem ser
instituídas pelas várias esferas de poder público – municipal, estadual ou federal – com diferentes
objetivos, os quais variam desde a proteção integral de amostras de habitats e ecossistemas até o uso
sustentável dos recursos naturais de forma racional por populações tradicionais, preservando o
patrimônio biológico existente.

Instituídas com a promulgação da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, dispositivo legal que
criou o Sistema Nacional de Conservação da Natureza (SNUC), estas áreas estão sujeiras a normas e
regras especiais. A participação da sociedade na implantação e gestão das UCs é regulamentada por
mecanismos estabelecidos na supracitada legislação.

O SNUC divide as Unidades de Conservação em dois grandes grupos: as Unidades de Proteção


Integral e as Unidades de Uso Sustentável. As primeiras têm como princípio a preservação e a proteção
da natureza e, por esse motivo, possuem regras e normas bastante restritivas; não é permitido o uso
direto de seus recursos, salvo casos previstos em leis, resumindo-se as atividades permitidas àquelas em
que não haja consumo, coleta ou danos aos recursos naturais (BRASIL, 2000). As Unidades de Proteção
Integral apresentam-se em cinco categorias distintas: Estação Ecológica (ESEC), Reserva Biológica
(REBIO), Parque, Monumento Natural e Refúgio de Vida Silvestre.

Já as Unidades de Uso Sustentável têm como objetivo a conciliação da conservação com o uso
sustentável dos recursos naturais, de modo que se permite a presença humana em áreas protegidas. São
permitidas, nessa categoria de UCs, as atividades diretas de exploração, porém, estas devem ser
praticadas de forma assegurar a perenidade dos recursos ambientais (BRASIL, 2000). São sete as
categorias de uso sustentável, a saber: Área de Relevante Interesse Ecológico, Floresta Nacional (Flona),
Reserva de Fauna, Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS), Reserva Extrativista (Resex), Área
de Proteção Ambiental (APA) e Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN).

Em Rondônia, atualmente, existem 62 Unidades de Conservação, sendo 23 federais, que se


dividem em sete de proteção integral e 16 de uso sustentável; 38 estaduais, divididas em sete de proteção
integral e 31 de uso sustentável; e uma UC de proteção integral municipal (MMA, 2017). As Unidades
176
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
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de Conservação federais e estaduais ocupam uma área total de, aproximadamente, 8.005.100 hectares,
o que corresponde a cerca de 34% do total de extensão territorial de Rondônia.

As UCs de Proteção Integral Federais abrangem mais de 50% do total de áreas sob jugo de
unidades de conservação em Rondônia. Apesar de mais numerosas, em um quadro geral as UCs de Uso
Sustentável Estaduais compreendem apenas 15% do total sob conservação no estado.

A TABELA 3.33 apresenta os totais de Unidades de Conservação no estado de Rondônia


subdivididos em categorias de acordo com a esfera de poder a que estão vinculados.

TABELA 3.33 - NÚMERO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO, POR ESFERA DE ADMINISTRAÇÃO E CATEGORIA DE


GESTÃO, NO ESTADO DE RONDÔNIA, EM 2017

Tipo de Unidade de Categoria de Unidade


Federal Estadual Municipal Total
Conservação de Conservação
Estação Ecológica 01 02 - 03
Reserva Biológica 02 02 - 04
Proteção Integral
Parque 04 03 01 08
SUBTOTAL 07 07 01 15
Área de Proteção
- 01 - 01
Ambiental
Floresta
03 09 - 12
Nacional/Estadual
Uso Sustentável Reserva Extrativista 04 21 - 25
Reserva Particular do
09 - - 09
Patrimônio Natural
SUBTOTAL 16 31 - 47
TOTAL GERAL 23 38 01 62
Fonte: MMA (2017).

Preponderam, em Rondônia, as Unidades de Uso Sustentável (76%), total influenciado,


principalmente, pelo grande número de Reservas Particulares do Patrimônio Natural criadas pelo
Governo Federal e pelo número mais significativo ainda de Reservas Extrativistas instituídas pelo
Governo do Estado. Já na categoria de Proteção Integral, cujo número de UCs corresponde a 24% do
total de áreas de conservação em Rondônia, há maior número de Parques em comparação com as demais.

Na TABELA 3.34 são apresentadas as principais informações sobre as Unidades de


Conservação em Rondônia, considerando como base os dados disponibilizados pelo Ministério do Meio
Ambiente.

177
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

TABELA 3.34 - UNIDADES DE CONSERVAÇÃO POR ESFERAS DE ADMINISTRAÇÃO, CATEGORIAS, ANO DE CRIAÇÃO, SUPERFÍCIE E DESMATAMENTO ACUMULADO, NO
ESTADO DE RONDÔNIA, EM 2017
Desmat. acumulado Desmat./ Superfície
Esfera Grupo Categoria Unidade de Conservação Ano de criação Superfície (ha)
(ha) (%)
ESEC Estação Ecológica de Cuniã 2001 189.661,00 1.137,08 0,6%
Parque Nacional da Serra da Cutia 2001 283.611,00 280,55 0,09%
Parque Nacional de Pacaás Novos 1979 764.801,00 858,06 0,1%
PARNA
Proteção Parque Nacional dos Campos Amazônicos 2006 961.320,00 4.895,41 0,5%
Integral Parque Nacional Mapinguari 2008 1.744.862,00 12.832,67 0,73%
FEDERAL Reserva Biológica do Guaporé 1982 600.000,00 1.900,67 0,31%
REBIO
Reserva Biológica do Jaru 1961 353.335,00 9.879,90 2,79%
SUBTOTAL 7 unidades - 4.897.590,00 31.784,34 0,64%
Floresta Nacional de Bom Futuro 1988 97.357 13.726,00 14,09%
FLONA Floresta Nacional de Jacundá 2004 220.645 3.423,96 1,55%
Uso Sustentável
Floresta Nacional do Jamari 1984 215.000,00 7.704,93 3,58%
RESEX Reserva Extrativista do Rio Cautário 2001 73.817,00 938,38 1,27%
Reserva Extrativista Barreiro das Antas 2001 107.234,00 58,42 0,05%
RESEX Reserva Extrativista Lago do Cuniã 2001 55.850,00 845,68 1,51%
Reserva Extrativista Rio Ouro Preto 1990 204.583,00 17.952,07 8,77%
Reserva Particular do Patrimônio Natural
2000 48,00 - -
Água Boa
Reserva Particular do Patrimônio Natural
FEDERAL Uso Sustentável 2005 487,00 - -
Fazenda Bosco
Reserva Particular do Patrimônio Natural
RPPN 2012 31,00 - -
Gibeão
Reserva Particular do Patrimônio Natural
2012 41,00 - -
Irmãos Sales
Reserva Particular do Patrimônio Natural
2011 19,00 - -
Nova Aurora
Reserva Particular do Patrimônio Natural
2001 995,00 - -
Parque Natural Leonildo Ferreira 1
Reserva Particular do Patrimônio Natural
2001 981,00 - -
Parque Natural Leonildo Ferreira 2
RPPN Reserva Particular do Patrimônio Natural
1997 623,00 - -
Seringal Assunção
FEDERAL Uso Sustentável
Reserva Particular do Patrimônio Natural
1999 66,00 - -
Vale das Antas

TOTAL PARCIAL 16 unidades - 977.777,00 44.649,44 4,56%

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Desmat. acumulado Desmat./ Superfície


Esfera Grupo Categoria Unidade de Conservação Ano de criação Superfície (ha)
(ha) (%)
TOTAL 23 unidades - 5.875.367,00 76.433,78 1,3%
Estação Ecológica Samuel 1989 71.061,00 3.543,11 4,98%
ESEC
Estação Ecológica Serra dos Três Irmãos 1990 89.847,00 30,88 0,03%
Reserva Biológica Rio Ouro Preto 1990 46.438,00 5,22 0,01%
REBIO
Proteção Reserva Biológica Traçadal 1990 22.540,00 13,01 0,05%
ESTADUAL
Integral Parque Estadual de Corumbiara 1990 424.339,00 8.305,06 1,95%
PES Parque Estadual de Guajará-Mirim 1990 216.568,00 8.519,64 3,93%
Parque Estadual Serra dos Reis 1995 36.442,00 1.474,91 4,04%
SUBTOTAL 7 unidades - 907.235,00 21.891,83 2,41%
Área de Proteção Ambiental do Rio
APA 1991 5.554,00 3.287,68 59,19%
Madeira
Floresta Estadual de Rendimento
1996 965,00 747,1 49,12%
Sustentável Araras
Floresta Estadual de Rendimento
1996 2.567,00 488,35 19,02%
Sustentável Cedro
Floresta Estadual de Rendimento
1990 175.781,00 531,38 0,30%
Sustentável do Rio Machado
Floresta Estadual de Rendimento
1996 51.856,00 4.407,05 8,49%
Sustentável do Rio Madeira “B”
ESTADUAL Uso Sustentável
Floresta Estadual de Rendimento
FERS 1996 440,00 211,6 48,09%
Sustentável Gavião
Floresta Estadual de Rendimento
1996 11.471,00 6.572,28 57,29%
Sustentável Mutum
Floresta Estadual de Rendimento
1996 1.163,00 857,51 73,73%
Sustentável Periquito
Floresta Estadual de Rendimento
1990 4.127,00 1.167,19 28,13%
Sustentável Rio Vermelho (C)
Floresta Estadual de Rendimento
1996 660,00 119,32 18,07%
Sustentável Tucano
Reserva Extrativista Angelim 1993 8.923,00 737,85 8,26%
Reserva Extrativista Aquariquara 1995 18.100,00 994,19 5,49%
Reserva Extrativista Castanheira 1995 10.200,00 477,97 4,68%
ESTADUAL Uso Sustentável RESEX Reserva Extrativista Curralinho 1995 1.758,00 73,2 4,16%
Reserva Extrativista do Itaúba 1995 1.758,00 66,09 3,75%
Reserva Extrativista Freijó 1995 600,00 96,56 16,09%
Reserva Extrativista Garrote 1995 803,00 27,77 0,39%
Reserva Extrativista Ipê 1995 815,00 148,32 18,19%
ESTADUAL Uso Sustentável RESEX Reserva Extrativista Jaci-Paraná 1996 191.234,00 65.234,94 34,11%
Reserva Extrativista Jatobá 1995 1.135,00 392,55 34,58%

179
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
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Desmat. acumulado Desmat./ Superfície


Esfera Grupo Categoria Unidade de Conservação Ano de criação Superfície (ha)
(ha) (%)
Reserva Extrativista Maracatiara 1995 9.503,00 1.047,26 11,01%
Reserva Extrativista Massaranduba 1995 5.566,00 1.131,17 20,32%
Reserva Extrativista Mogno 1995 2.450,00 81,05 3,30%
Reserva Extrativista Pedras Negras 1995 124.409,00 193,18 0,15%
Reserva Extrativista Piquiá 1995 1.449,00 166,81 11,51%
Reserva Extrativista Rio Cautário 1995 146.400,00 2.225,06 1,51%

Reserva Extrativista Rio Preto-Jacundá 1996 95.300,00 1.917,34 2,01%


Reserva Extrativista Pacaás Novos 1995 342.904,00 2.082,58 0,60%
Reserva Extrativista Roxinho 1995 882,00 104,59 11,85%
Reserva Extrativista Seringueira 1995 537,00 45,84 8,53%
Reserva Extrativista Sucupira 1995 3.188,00 130,72 4,10%
TOTAL PARCIAL 31 unidades - 1.222.498,00 95.764,50 7,83%
TOTAL 38 unidades - 2.129.733,00 117.656,33 5,52%
Proteção Parque Natural
MUNICIPAL Parque Natural de Porto Velho 1990 391,00 - -
Integral Municipal
TOTAL 62 UNIDADES - 8.005.491,00 194.090,11 2,42%
Fonte: MMA (2017).

180
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

3.3.4.1 Unidades de Conservação Federais

Como mencionado anteriormente, em Rondônia são encontradas 23 UCs administradas pelo


Governo Federal. São sete unidades de proteção integral e 16 de uso sustentável, predominando, entre
as primeiras, os Parques Nacionais e, entre as segundas, as Reservas Particulares do Patrimônio Natural
(MMA, 2017).

A TABELA 3.35 apresenta as UCs federais divididas em categorias com seus percentuais de
representação em relação às categorias e aos totais de unidades.

TABELA 3.35 - UNIDADES DE CONSERVAÇÃO FEDERAIS, POR CATEGORIA E REPRESENTAÇÕES PERCENTUAIS EM


RELAÇÃO AOS TOTAIS, EM RONDÔNIA

Tipo de Unidade de Categoria de Unidade de Número de % em relação ao % em relação ao total de


Conservação Conservação unidades tipo de proteção UCs
Estação Ecológica 01 14% 4,3%
Reserva Biológica 02 28,5% 8,7%
Proteção Integral
Parque 04 57,5% 17,4%
TOTAL 07 100% 30,4%
Área de Proteção Ambiental - - -
Floresta Nacional/Estadual 03 18,75% 13,1%
Uso Sustentável Reserva Extrativista 04 25% 17,4%
Reserva Particular do Patrimônio
09 56,25% 39,1%
Natural
Total 16 100% 69,6%
TOTAL 23 100% 100%
Fonte: MMA (2017).

Há um uma área de 5.875.367 hectares sob jugo de Unidades de Conservação Federais em


Rondônia; desse total, o desmatamento acumulado é de, aproximadamente, 76.433,78 hectares, o que
corresponde a, apenas, 1,3% do território ocupado pela UCs.

Percebe-se que há um predomínio do número de Unidades de Conservação de Uso Sustentável,


que representam 69,6% do total, sendo a categoria predominante nessa esfera de proteção a RPPN, que
contribui com um percentual de 39,1%. Esse tipo de UC é criada em área privada por ato voluntário do
proprietário, então caracteriza-se por ser particular; apesar de possuir caráter perpétuo e ser instituída
pelo poder público, uma vez que depende da vontade do proprietário, é ele que define o tamanho da área
da reserva (BRASIL, 2000).

As Unidades de Conservação de Proteção Integral ocupam uma área de 4.897.590 hectares, um


percentual de quase 84% do total do território em conservação federal em Rondônia. O desmatamento
acumulado, para essas unidades, é de pouco menos de 32.000 hectares, representando 0,65% do total.
Já as Unidades de Conservação de Uso Sustentável, apresentam quase 45.000 hectares desmatados para
o seu total de área de 977.777 hectares, o que representa 4,6%.

Nos próximos tópicos estão dispostas algumas informações relevantes sobre cada uma das
Unidades de Conservação Federais de Rondônia.

181
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

3.3.4.1.1 Estação Ecológica de Cuniã

Localizada entre Rondônia e Amazonas, a Estação Ecológica de Cuniã ocupa parte dos
municípios de Porto Velho, bem como de Humaitá e Canutama, no estado do Amazonas. Essa UC foi
criada por Decreto em 2001, especificando-se 53.221 hectares como a área do perímetro sobre proteção.
Posteriormente, foi ampliada três vezes, ocorrendo essas modificações em 2007, 2008 e 2010. Hoje, a
Estação Ecológica conta com uma área de 189.661 hectares (MMA, 2017).

A ESEC, sob responsabilidade do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade


(ICMBio), possui Conselho Gestor, mas não conta com Plano de Manejo. Sua criação está atrelada à
proteção das nascentes dos igarapés Aponiã e Cuniãzinho, afluentes do médio Madeira, bem como de
ecossistemas de transição Savana/Floresta presentes na área.

A unidade, de proteção integral, assim como a grande maioria das Estações Ecológicas, não está
aberta à visitação pública e não conta com benfeitorias de infraestrutura. Não há ligação à rede elétrica,
o abastecimento se dá através de geradores a diesel, mas há abastecimento de água por meio da rede
local.

Embora a situação fundiária não esteja completamente regularizada, a ESEC tem 100% de sua
área demarcada, sendo 95% do território titulado pela União e os outros 5% de titulação desconhecida.
O acesso se dá a partir da BR-319 e o município com sede mais próxima é Porto Velho.

Em relação à presença humana, na área de amortização, em 2014, viviam 1.000 indivíduos de


comunidades não tradicionais e 5.000 de comunidades tradicionais (MMA, 2017).

O total desmatado acumulado até 2013 era de 1.137,08 hectares, o que corresponde a 0,6% do
total territorial da Unidade de Conservação. Foram registrados picos de desmatamento em 2005,
chegando a quase 300 hectares no ano e, em menor grau, em 2012, quando foram contabilizados cerca
de 50 hectares de desmatamento a mais. Atualmente o desmatamento/ano encontra-se muito próximo
de zero (ISA, 2017).

3.3.4.1.2 Parque Nacional da Serra da Cutia

Localizado no território dos municípios de Costa Marques e Guajará-Mirim, o Parque Nacional


(PARNA) da Serra da Cutia possui área demarcada de 283.611 hectares. Instituída por Decreto Federal
em 01 de agosto de 2001, a Unidade de Conservação de Proteção Integral é gerida pelo ICMBio.

Os objetivos do PARNA da Serra da Cutia envolvem não só a preservação de importante parcela


da floresta e de cerrados amazônicos, mas também a proteção de nascentes que contribuem para a
formação dos rios Cautário, Sotério e Novo. Também entre os objetivos da área de proteção integral
estão a garantia da conectividade ambiental no Vale do Rio Guaporé, no corredor ecológico
Brasil/Bolívia, e o fomento do desenvolvimento sustentável no Distrito de Surpresa e nas comunidades
extrativistas e indígenas de seu entorno (MMA, 2017).
182
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

O Parque possui Plano de Manejo como instrumento de gestão e seu Conselho Consultivo foi
criado em 2007, por meio da Portaria no 30 do Ibama, com a finalidade de contribuir para a implantação
e implementação do Plano de Manejo, bem como de cumprir os objetivos de sua criação (ISA, 2017).

O Parque Nacional da Serra da Cutia integra um mosaico de áreas protegidas formado por várias
Unidades de Conservação e Terras Indígenas, constituindo o Corredor Ecológico Guaporé/Itenez-
Mamoré. A área interna do Parque tem uma rica biodiversidade, abrigando cerca de 290 espécies de
aves, 72 espécies de peixes, 140 espécies de anfíbios e répteis e mais de 30 espécies de mamíferos
(MMA, 2017).

De acordo com dados do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (MMA, 2017), o


entorno do Parque é habitado por uma comunidade de assentados (Distrito de Surpresa), extrativistas e
indígenas. Em 2016, viviam na zona de amortização da UC, 1.560 pessoas de comunidades não
tradicionais, 310 membros de comunidades tradicionais e 1.100 indígenas de várias etnias.

Apesar do difícil acesso, o Parque e demais áreas protegidas de seu entorno sofrem intensas
pressões de atividades ilegais de caça, garimpo, desmatamento e grilagem de terras. O desmatamento
acumulado era de 280,55 hectares até 2013, ano, inclusive, em que as informações disponibilizadas pelo
ISA (2017) registram um pico de área desmatada.

3.3.4.1.3 Parque Nacional de Pacaás Novos

Criado pelo Decreto 84.019, de 21 de setembro de 1979, o Parque Nacional de Pacaás Novos
possui uma área total de 764.801 hectares, havendo sobreposição, em parte desse território, com a Terra
Indígena Uru-Eu-Wau-Wau (ISA, 2017).

O objetivo do Parque, de proteção integral, cuja gestão compete ao ICMBio, é a preservação


das amostras representativas de transição entre o Cerrado e a Floresta Amazônica, bem como a proteção
de cerca de duas mil nascentes de três das principais sub-bacias de Rondônia. Contribuir para a
integridade do Mosaico Central do estado e proteger espécies da fauna e da flora ameaçadas de extinção
também fazem parte do rol de propósitos da Unidade de Conservação (MMA, 2017). Nesse Parque, de
belezas cênicas marcantes, encontra-se o Pico do Tracoá, o ponto mais alto do estado, com 1.230 m,
porém, a visitação não é aberta ao público, sendo realizada apenas com autorização especial.

O PARNA de Pacaás Novos possui Plano de Manejo, porém, seu Conselho Gestor ainda não
foi criado. Toda a área do Parque é titulada à União e seu território encontra-se 100% demarcado e
regularizado na esfera fundiária. O acesso ao PARNA se dá pelo município Campo Novo de Rondônia,
mas o Parque ocupa territórios dos municípios de Alvorada d’Oeste, Guajará-Mirim, Nova Mamoré,
Campo Novo de Rondônia, Governador Jorge Teixeira e São Miguel do Guaporé (MMA, 2017).

Apesar de ter sido criado sobre área tradicionalmente ocupada por população indígena, dados
do Ministério do Meio Ambiente (2017) afirmam que a presença humana só é registrada na área de
183
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

amortização do Parque, onde viviam, em 2010, cerca de 350 indígenas. Recentes invasões de
madeireiros e grileiros nas terras indígenas têm causado sérios danos ambientais aos ecossistemas
presentes no Parque, o que vem motivando várias operações da Polícia Federal para barrar a entrada
ilegal no local.

O desmatamento na Unidade de Conservação de Proteção Integral apresenta uma tendência


decrescente, ficando próximo de zero em 2010 e assim se mantendo desde então, segundo dados do ISA
(2017). O mesmo Instituto aponta que, até 2009, o desmatamento acumulado era de 858,06 hectares,
equivalente a pouco mais de 0,10% da área total sob conservação.

3.3.4.1.4 Parque Nacional dos Campos Amazônicos

Criado em 22 de junho de 2006, com uma área de 873.570 hectares, o Parque Nacional dos
Campos Amazônicos, de proteção integral, justifica sua existência por proteger o principal enclave de
cerrado na Amazônia. Os campos naturais encontrados nesse território abrigam enorme diversidade,
inclusive com espécies endêmicas. A criação dessa Unidade de Conservação tinha, também, como
objetivo, conter o avanço da fronteira agrícola no local (MMA, 2017).

Gerida pelo ICMBio, a UC ocupa territórios dos municípios de Novo Aripuanã (AM), Manicoré
(AM), Machadinho d'Oeste (RO) e Colniza (MT). O PARNA possui Plano de Manejo e teve seu
Conselho Consultivo criado em 2012 (ISA, 2017). Também em 2012 houve uma revisão dos limites da
área que, a partir da Lei no 12.678, passou a ser de 961.320 hectares, passando a incluir-se sob a tutela
de proteção a área do entorno da estrada do estanho.

A região abrange trechos dos rios Machado e Roosevelt, protegendo as cabeceiras dos rios
Marmelos e Manicoré. Não há registro de presença humana no interior e/ou na área de amortização do
Parque, mas são permitidas as atividades minerárias autorizadas pelo DNPM na zona de amortecimento
(ISA, 2017).

Há visitação não manejada no PARNA, já tendo o mesmo recebido visitantes regionais,


nacionais e internacionais. Entretanto, como obstáculos à implementação do manejo dessa visitação
estão a logística e o fato de que empresas privadas já realizam essa atividade na área. São identificados
21 atrativos para turismo no Parque Nacional dos Campos Amazônicos, sendo nove no interior e 12 na
zona de amortecimento (MMA, 2017).

O desmatamento acumulado até 2013 era de 4.895,41 hectares, o que corresponde a 0,5% do
total da área sob proteção. De acordo com dados do ISA (2017), houve picos de desmatamento no ano
de 2007, quando foram desmatados pouco mais de 1.500 hectares; em 2013 esse total foi de menos de
250 hectares.

184
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

3.3.4.1.5 Parque Nacional Mapinguari

O Parque Nacional Mapinguari foi criado, por meio de Decreto, em 05 de junho de 2008, no
estado do Amazonas, abrangendo os municípios de Canutama e Lábrea. Em 11 de junho de 2010, o
PARNA foi ampliado e passou a ocupar parte do estado de Rondônia, no município de Porto Velho. Em
2012 os limites da UC foram delineados novamente, excluindo as áreas a serem inundadas pelos
reservatórios das UHEs Jirau e Santo Antônio. Sobreposto ao PARNA Mapinguari há um polígono de
restrição de uso, instituído pela Portaria nº 1.665 da FUNAI, para fins de controle administrativo da
Terra Indígena Jacareúba/Katawixi (MMA, 2017).

Com uma área total de 1.744.852 hectares, o Parque, unidade de proteção integral, ainda não
possui Plano de Manejo, mas teve seu Conselho Consultivo constituído em 2013 (ISA, 2017). Além
disso, no local pode ser encontrada uma base de campo, construída em parceria com a iniciativa privada,
de apoio às ações de prevenção e combate a incêndios florestais nas áreas de cerrado. Desde o ano de
2011, são mantidas, no Parque, atividades de capacitação e contratação de brigadistas para atuarem na
prevenção e combate aos incêndios florestais na região. Ressalta-se que, após o início desses trabalhos,
o número de incêndios florestais declinou substancialmente na área do PARNA e em sua zona de
amortecimento (MMA, 2017).

Em 2015 foi registrada a presença de oito indivíduos de comunidades não tradicionais e 21 de


comunidades tradicionais no interior do Parque. Não há registro, entretanto, de pessoas morando em sua
zona de amortecimento (MMA, 2017).

O Parque encontra-se fechado para visitação, mas a UC apresenta grande potencial para essa
atividade, havendo a necessidade de realização de diagnósticos para melhor avaliar o panorama em
relação ao uso público. As atividades de pesquisa no PARNA foram iniciadas em 2012 e, desde então,
já foram realizados inventários de mamíferos de grande porte, primatas, vegetação, bem como um
trabalho envolvendo o conflito entre pecuaristas e felinos na zona de amortecimento da UC (MMA,
2017).

O desmatamento acumulado até 2013 era de 12.832,67 hectares, o que corresponde a 0,75% do
total da área sob proteção. De acordo com dados do ISA (2017), houve picos de desmatamento no ano
de 2006, quando foram desmatados 2.460 hectares, e em 2012, quando esse total foi 1.200 hectares.

3.3.4.1.6 Reserva Biológica do Guaporé

Instituída em 1982 por meio do Decreto 87.587, de 20 de setembro, a REBIO do Guaporé foi
criada com o objetivo de proteger uma amostra representativa do ecossistema de transição entre o
Cerrado e a Floresta Amazônica. Ainda dentre os intuitos de sua criação estão a preservação de espécies
raras, ameaçadas ou em perigo de extinção, bem amostras de ecossistemas aquáticos, campos e florestas
inundáveis. Ressalta-se que essa Reserva Biológica, de proteção integral, é a UC que apresenta maior

185
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

diversidade de paisagens em Rondônia, sendo contabilizados, em seu interior, 14 tipos de vegetação


(MMA, 2017).

O órgão gestor responsável pela Reserva Biológica do Guaporé é o ICMBio. A reserva possui
tanto Conselho Gestor, um conselho consultivo criado em 2013, quanto Plano de Manejo (ISA, 2017).

A REBIO do Guaporé não está aberta à visitação pública, mas o uso de seus recursos admite
atividades indiretas, visando possibilitar a exploração por meio de pesquisas e visitas com objetivos
educacionais.

A área da REBIO, 600.000 hectares, localizada nos municípios de Alta Floresta d’Oeste e São
Francisco do Guaporé, está completamente regularizada em sua situação fundiária, apresentando-se
100% demarcada. Todo o território é titulado pela União (MMA, 2017). O total identificado de
desmatamento acumulado até 2013 era de 1.900,67 hectares, o que corresponde a apenas 0,3% do total
territorial da Reserva Biológica do Guaporé (ISA, 2017).

No ano 2000, viviam em seu entorno, área de amortização, 200 pessoas de comunidades não
tradicionais e 70 indivíduos representantes de comunidades tradicionais. Também podiam ser
encontrados, à época, 30 membros de quilombos na área de amortização e 40 quilombolas no interior
da REBIO (MMA, 2017).

A questão da sobreposição de terras quilombolas à Unidade de Conservação causou algumas


polêmicas nos últimos anos. Em outubro de 2005, o Incra publicou a Portaria no 29, determinando a
demarcação do quilombo Santo Antônio, sobreposto à REBIO Guaporé. Entretanto, tal sobreposição, às
vistas do órgão ambiental responsável pela UC, era ilegal. Iniciou-se uma série de conflitos entre as
demandas dos dois órgãos governamentais. O Incra afirmava o direito tradicional dos quilombolas de
ocuparem a área e sua importância para a proteção dos recursos naturais, já o Ibama – responsável pela
UCs à época – questionava não só a legalidade da existência de tal comunidade no interior de uma UC
de Proteção Integral, mas, também a artificialidade dos limites da área quilombola (WEIS, 2005).

Tal situação só foi ser resolvida em meados do ano 2011, quando institui-se uma Câmara de
Conciliação e Arbitragem da Advocacia Geral da União (AGU), a qual deliberou que deveria ser
realizada uma audiência pública na comunidade visando conciliar nova delimitação do território que
atendesse às demandas dos órgãos pleiteantes. Essa audiência foi realizada em 02 de agosto de 2011 e
novas coordenadas geográficas do território, mensuradas por grupo de trabalho do Incra, foram
aprovadas, reconhecidas e declaradas. Assim, o Conselho Diretor do Incra, através da Resolução no 26,
publicada em 06 de dezembro de 2011, deu fim à disputa, reduzindo a área demarcada da Comunidade
Remanescente de Quilombo de Santo Antônio do Guaporé quilombola de 41.600 hectares para 7.221,42
ha (BRASIL, 2011).

186
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

3.3.4.1.7 Reserva Biológica do Jaru

Criada em 25 de julho de 1961 como Reserva Florestal do Jaru, passou a ser denominada
Reserva Biológica do Jaru com a promulgação do Decreto 83.716 em 11 de julho de 1979. O dispositivo
legal de 1979 demarcava a área sob proteção em um total de 268.150 hectares. Em maio de 2006, foi
ampliada via Decreto em 60.000 hectares. Atualmente, a REBIO conta com uma área de 353.335
hectares (ISA, 2017).

Localizada nos municípios de Vale do Anari, Machadinho d’Oeste e Ji-Paraná, a REBIO do


Jaru, de proteção integral, visa a preservação da biota e dos atributos naturais existentes em seus limites,
impedindo a interferência humana direta a não ser em casos de medidas de recuperação de ecossistemas
alterados e ações de manejo objetivando a conservação do equilíbrio natural e da diversidade biológica
(MMA, 2017).

De administração federal, tem como órgão gestor o ICMBio. A REBIO do Jaru possui Plano de
Manejo como instrumento de gestão e seu Conselho Consultivo foi instituído em 2006. Sua área está
parcialmente regularizada na questão fundiária e 83% do território é de titulação da União, sendo os
demais 17% de área particular (MMA, 2017).

Não há presença humana no interior da Reserva, mas, na área de amortização, em 2016, haviam
650 pessoas de comunidades não tradicionais e 180 indígenas. A visitação é permitida mediante
autorização especial, mas desde que tenha fins educacionais, estando restrita a programas de educação
ambiental e apoio à formação de pesquisadores. Ainda no aspecto educacional, ressalta-se que o
Conselho Consultivo dessa Unidade de Conservação estabelece parcerias com instituições públicas e
privadas visando promover campanhas de conscientização e de educação ambiental (MMA, 2017).

O desmatamento acumulado até 2012 era de 9.879,9 hectares, correspondendo a 2,8% da área
total da Unidade de Conservação. Ressalta-se, entretanto, que, de acordo com indicadores do ISA
(2017), o número de hectares desmatados vem se reduzindo significativamente nos últimos anos, ficando
próximo de zero a partir de 2011.

3.3.4.1.8 Floresta Nacional de Bom Futuro

Criada em 21 de junho de 1988 pelo Decreto no 96.188, a Floresta Nacional de Bom Futuro foi
instituída com uma área total de 280.000 hectares. Entretanto, em 14 de junho de 2010, a Lei Ordinária
no 12.249 reduziu os limites dessa UC, que passou a ter 97.357 hectares. Antes a FLONA abrangia áreas
dos municípios de Porto Velho e Buritis, porém, após a redução ficou restrita ao primeiro (MMA, 2017).

Localizada na parte noroeste do estado de Rondônia, apesar de não possuir Plano de Manejo, o
Conselho Consultivo dessa Unidade de Conservação de Uso Sustentável foi criado em 2014 (ISA, 2017).

187
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

A presença humana, em 2011, se restringia a 11 moradores de comunidades não tradicionais no


interior da FLONA, que conta com abastecimento de água da rede local e está efetivamente conectada
ao sistema de energia elétrica. A destinação do esgoto é dada através de fossa e/ou sumidouro.

A área, cujos limites ainda não foram demarcados, possui sérios problemas de invasão de
madeireiros e posseiros, especialmente a na zona limítrofe leste de seu território. Imagens de satélite
mostram, que, no ano de 1995, a FLONA estava praticamente intacta, porém, dada a ausência de ações
para garantir sua implantação, iniciou-se um processo de invasão de grileiros, especuladores de terras,
madeireiros e políticos locais a partir do ano de 2000. Inicialmente, empresas madeireiras locais
invadiram visando a retirada ilegal de madeira. Em seguida, grileiros que passaram a operar no interior
e no entorno, loteando áreas dentro da própria Unidade Conservação (ISA, 2017).

O total identificado de desmatamento na FLONA, acumulado até 2014, era de 13.726 hectares,
o que representa 14% de sua área total. O percentual médio de desmatamento anual entre os anos de
2002 e 2007 foi de 4,34%, números recordes para o desmatamento dentro de áreas protegidas no estado
de Rondônia. Ressalta-se, ainda que, além das áreas desmatadas, grande parte da sua cobertura florestal
têm sido objeto de queimadas e exploração madeireira predatória, contrariando seus objetivos como
Unidade de Conservação de uso sustentável dos recursos naturais (ISA, 2017).

3.3.4.1.9 Floresta Nacional de Jacundá

Criada por Decreto em 01 de dezembro de 2004, a Floresta Nacional de Jacundá, de área total
igual a 220.645 hectares, é uma Unidade de Conservação de Uso Sustentável que tem como objetivos o
uso múltiplo sustentável dos recursos florestais e a pesquisa científica, com ênfase em métodos para
exploração sustentável de florestas nativas (MMA, 2017).

Localizada nos municípios de Porto Velho e Candeias do Jamari, a FLONA de Jacundá possui
Plano de Manejo e Conselho Consultivo, tendo este último sido instituído no próprio ano de sua criação,
2004 (ISA, 2017).

Em 2012, haviam 13 pessoas de comunidades tradicionais vivendo no interior da Floresta e


outras 4.800 na zona de amortização, sendo 4.500 indivíduos representantes de comunidades
tradicionais. Apesar desse grande contingente populacional, a FLONA não conta com nenhuma
benfeitoria de infraestrutura e não é atendida pelo sistema de energia. O abastecimento de água é local
e não há informações sobre a destinação do esgoto (MMA, 2017).

Em 2012 foi realizada a concessão florestal de 111.692 hectares, sendo a área dividida em 4
Unidades de Manejo Florestal (UMF), que variam de 13 a 38 mil hectares. Além disso, o zoneamento
da Floresta Nacional de Jacundá destinou uma área de 50.330 hectares ao uso comunitário dos
moradores tradicionais residentes no interior e no entorno da FLONA. Essa área tem duplo objetivo:
manter um ambiente natural com um mínimo impacto humano por meio da exploração de recursos

188
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

florestais não madeireiros, bem como garantir a integração da FLONA na vida social e econômica destas
populações. As comunidades tradicionais ainda podem praticar atividades de pesca de subsistência nos
Lagos do Mururé e Piranhas e no Rio Preto e seus afluentes (MMA, 2017).

A visitação é realizada, porém de forma não manejada, estando condicionada à autorização da


chefia da Unidade de Conservação. Mencionam-se como possíveis pontos de interesse para visitação
manejada o Lago Mururé e os Rios Miriti/Ajuricaba e Preto, onde existem duas cachoeiras de grande
beleza cênica, mas que ficam em local de difícil acesso, bastante isoladas (MMA, 2017).

Em relação ao desmatamento, até 2014, o acumulado era de 3.423,96 hectares desmatados,


correspondendo a 1,55% do território total da unidade. De acordo com informações do ISA (2017), após
um pico de pouco mais de 1.200 hectares desmatados em 2005, os níveis apresentaram-se em uma série
marcada pela queda, aproximando-se de 0 em 2009 e mantendo-se constantes desde então.

3.3.4.1.10 Floresta Nacional do Jamari

A Floresta Nacional do Jamari foi criada pelo Decreto no 90.224, em 25 de setembro de 1984.
Com uma área total de 215.000 hectares, a Unidade de Conservação de Uso Sustentável visa possibilitar
o uso múltiplo sustentável dos recursos florestais e a pesquisa científica, desde que respeitados os
métodos de exploração sustentável (MMA, 2017).

A FLONA do Jamari localiza-se na parte norte do estado de Rondônia, sua drenagem é tributária
das bacias do rio Jamari - a UE faz limite com o reservatório da UHE de Samuel - e do rio Machado,
por intermédio do rio Jacundá.

Situada em território dos municípios de Itapuã do Oeste e Cujubim, essa FLONA possui Plano
de Manejo e seu Conselho Consultivo foi instituído em 2003. Essa é a Floresta Nacional em estágio
mais avançado de implantação em Rondônia, sendo palco de uma experiência piloto de concessão
florestal, no marco da Lei de Gestão de Florestas Públicas (Lei 11.284/2006), realizada pelo Serviço
Florestal Brasileiro.

A FLONA possui cerca de 10.000 ha de área ocupada pela presença humana, por estradas, lagos
artificiais e também pela sede da mineradora Jacundá, mas não há dados oficiais sobre os números de
residentes no interior e/ou na zona de amortização da unidade.

O desmatamento acumulado, até 2010, era de 7.704,93 hectares, o que corresponde a um


percentual de pouco mais de 3,5% do território total da FLONA. Além dos problemas relacionados ao
desmatamento, a invasão da área por garimpeiros de cassiterita tem se mostrado conflituosa, estudando-
se a implantação de projetos de recuperação das áreas danificadas por essas atividades ilegais de
garimpo. A concessão florestal também é ameaçada pela falta de efetivo combate ao crime ambiental na
região. A grilagem de terras públicas e a exploração ilegal de madeira nas proximidades da Floresta

189
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Nacional do Jamari estão comprometendo áreas protegidas vizinhas, como a Estação Ecológica de
Samuel, a Resex Rio Preto Jacundá e a FLONA Bom Futuro.

3.3.4.1.11 Reserva Extrativista do Rio Cautário

Criada por Decreto em 07 de agosto de 2001, a Reserva Extrativista do Rio Cautário faz divisa
com o Parque Nacional da Serra da Cutia, no município de Guajará-Mirim. Segundo o Ministério do
Meio Ambiente (2017), a Resex está inserida em uma região de fundamental importância para a
conservação da biodiversidade e dos recursos naturais amazônicos. Sua localização também a faz de
imensa importância para a manutenção não só de populações tradicionais como de comunidades
indígenas. Ainda, trata-se de uma área estratégica para o desenvolvimento econômico do estado de
Rondônia, possuindo grandes áreas utilizadas para a pecuária e para a expansão da fronteira agrícola.

O Conselho Consultivo da unidade, sob responsabilidade do ICMBio, foi criado em 2009. A


Reserva ainda não possui Plano de Manejo instituído. De acordo com informações do ISA (2017), a
área, de 73.817 hectares, foi ocupada por seringueiros no século passado, mas, atualmente ali se
encontram populações tradicionais que, com a criação da Resex, tiveram garantido o uso da terra e
protegidos seus meios de vida.

Em 2016, no interior da Resex viviam 45 membros de comunidades tradicionais. Na área de


amortização, à época, podiam ser encontrados 350 indígenas e outros 243 representantes de
comunidades tradicionais. A Resex conta com abastecimento de água da rede local e está ligada ao
sistema de energia elétrica; a destinação de esgoto é feita através de fossa e/ou sumidouro.

A área, totalmente regularizada, não é aberta à visitação pública, mas por se enquadrar na
categoria de uso sustentável, permite a exploração de alguns recursos naturais pelas populações
tradicionais extrativistas que a habitam. A essas comunidades é garantida a execução de atividade de
extrativismo da castanha, da borracha e da copaíba, bem como a pesca de subsistência (MMA, 2017).

O total identificado de desmatamento, no acumulado, em 2014, era de 938,38 hectares, o que


corresponde a um percentual de 1,27% do total do território sob proteção. Recentemente a área tem
sofrido com a exploração de madeireiros, potencializada pela queda do preço da borracha; em 2013, por
exemplo, foi registrado um pico no total anual de área desmatada, passando de 0 hectares, em 2012, para
445 hectares no ano seguinte (ISA, 2017).

3.3.4.1.12 Reserva Extrativista Barreiro das Antas

A área dessa Unidade de Conservação, criada por Decreto em 07 de agosto de 2001, encontra-
se no mosaico da Serra da Cutia, do qual fazem parte o PARNA Serra da Cutia, a Resex Estadual do
Pacaás Novos, as Resex Federal e Estadual do Rio Cautário e as Terras Indígenas Pacaás Novos, Rio
Negro Ocaia e Uru-Eu-Wau-Wau, além de outras áreas protegidas que compõem o Corredor Ecológico
Guaporé-Itenez/Mamoré (Brasil-Bolívia).
190
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

A Resex Barreiro das Antas, de área total igual a 107.234 hectares, situa-se no município de
Guajará-Mirim. De acordo com dados do ISA (2017), a unidade possui Plano de Manejo e seu Conselho
Consultivo foi criado em 2008.

Em 2006, ano das informações oficiais mais recentes disponíveis, habitavam, no interior da
Resex, 27 extrativistas de comunidades tradicionais, aos quais são permitidas as atividades de extração
de castanha e látex, bem como a pesca e a caça de subsistência. Os recursos não madeireiros extraídos
são comercializados pela comunidade, mas o pescado não é vendido. A caça realizada é apenas para a
subsistência e complementarmente à pesca e à criação de pequenos animais. Há uso dos produtos
madeireiros na construção das casas dos comunitários, embarcações e equipamentos, como remos, para
uso da própria comunidade (MMA, 2017).

Na zona de amortização da Resex, que tem limites com o Parque Nacional da Serra da Cutia,
em 2016, eram encontrados 1.062 indígenas, 1.301 moradores de comunidades não tradicionais e outros
140 extrativistas de comunidades tradicionais. Apesar de estar conectada ao sistema de abastecimento
de água local, a Resex não conta com fornecimento de energia elétrica por rede; a destinação do esgoto
se dá por meio de fossa séptica.

Os níveis de desmatamento no interior da Reserva são baixos. Até 2008, o total acumulado da
área desmatada era de 58,42 hectares, um percentual de apenas 0,05% do total territorial da Resex.

3.3.4.1.13 Reserva Extrativista Lago do Cuniã

Criada por Decreto em 27 de setembro, a Reserva Extrativista Lago do Cuniã abriga 50 famílias,
cerca de 400 pessoas, cuja principal atividade econômica é a pesca. A UC, de 55.850 hectares é banhada
pelo rio Madeira e alguns de seus afluentes diretos. O Lago do Cuniã, com área aproximada de 18.000
ha, é alimentado pelos igarapés Cuniã Grande e Cuniazinho, ambos com suas nascentes na ESEC Cuniã,
unidade no entorno da Resex. A reserva localiza-se no município de Porto Velho. (MMA, 2017).

Um projeto que envolve a conservação e o manejo do pirarucu é desenvolvido pelo Ibama e pela
comunidade no interior da Unidade de Conservação. Além desta espécie, peixes como pirara, curimatá,
jatuarana e tucunaré são fundamentais para as populações ribeirinhas locais, servindo como fonte de
alimento e geradores de recursos a partir de sua venda para centros urbanos próximos (ISA, 2017).

Além do manejo do pirarucu, há um projeto de manejo de jacarés, tradicionalmente abundantes


na área da Reserva. Seus estudos, envolvendo diversas ações de pesquisa e desenvolvimento para
organizar uma nova cadeia produtiva da sociobiodiversidade e a capacitação dos chamados
“jacarezeiros” foram iniciados em 2004. Em 2011, começaram as atividades de produção de manejo de
jacarés das espécies Melanosuchus niger (jacaré-açu) e Caiman crocodilus (jacaretinga). Atualmente, a
Resex tem 85 cooperados beneficiários envolvidos diretamente no projeto; toda a produção de carne,

191
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

montante em torno de 14 toneladas entre os anos de 2011 e 2015, foi comercializada diretamente com
um supermercado de Porto Velho (ICMBIO, 2016).

Outras atividades autorizadas dentro da Reserva são a coleta de frutos, como a castanha-do-
Brasil e o açaí, nos meses de novembro a maio. Há ainda a fabricação de farinha para consumo próprio,
venda interna na unidade e no município de Porto Velho. Na zona de amortização da Resex vivem 4.100
pessoas de comunidades não tradicionais.

A Reserva Extrativista possui um Conselho Deliberativo, criado em 2006, assim como Plano de
Manejo instituído. Há oferta de abastecimento de água pela rede local, mas não há ligação com o sistema
de energia elétrica; a destinação do esgoto se dá através de fossa e/ou sumidouro.

O desmatamento acumulado na unidade, até 2008, era de 845,68 hectares, ou seja, algo em torno
de 1,5% do total da área da Reserva (ISA, 2017).

3.3.4.1.14 Reserva Extrativista Rio Ouro Preto

A Reserva Extrativista Rio Ouro Preto foi umas das quatro primeiras unidades de Uso
Sustentável criadas no Brasil. O Decreto no 99.166 a implantou em 13 de março de 1990, com uma área
total de 204.583 hectares, nos municípios de Guajará-Mirim e Nova Mamoré (MMA, 2017).

A Resex fica no meio de um mosaico de áreas protegidas na porção noroeste de Rondônia.


Consta como área prioritária de proteção, devido às ameaças a que está submetida e ao valor estratégico
que possui. A unidade integra o maior bloco de área protegida do estado, limitando-se ao norte com a
Terra Indígena Lage e o Parque Estadual de Guajará-Mirim; a leste com a Terra Indígena Uru-Eu-Wau-
Wau; a sul e oeste com a Reserva Biológica Estadual do Rio Ouro Preto e a Floresta Estadual Extrativista
do Pacaás Novos (ISA, 2017).

No perímetro da Resex, situa-se a maior parte da bacia hidrográfica do Rio Ouro Preto. A bacia
é considerada uma região de vale periodicamente inundável, com poucas áreas de terra firme não-
alagável. O nível das águas do Ouro Preto pode variar em até 3 metros, e por isso, no 'inverno', quando
as águas estão mais altas, ele costuma ser navegável por embarcações de 15 a 30 toneladas, enquanto
no 'verão', com as águas mais baixas, apenas pequenas embarcações e canoas conseguem transpô-las.
Isso tem forte implicância na vida da população, que precisa adaptar-se à sazonalidade da natureza em
suas formas de vida e subsistência econômica. Por conta disso, as casas da Reserva são semelhantes a
palafitas.

Em 2007, haviam 642 representantes de comunidades tradicionais vivendo no interior da Resex


e outros 1.384 em sua zona de amortecimento (MMA, 2017). A principal atividade econômica dos
moradores é a extração da borracha, que responde por metade da renda mensal das famílias. Cada família
tem uma área média para explorar borracha e outros recursos, chamada de colocação.

192
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Também são realizadas atividades de coleta de castanha-do-Brasil – principalmente nos meses


de dezembro a fevereiro – onde homens, mulheres e crianças engajam-se na coleta e quebra dos ouriços.
Há poucos terrenos não inundáveis com potencial agrícola perto das colocações; nestes planta-se
mandioca, milho, arroz, feijão e outras culturas. A agropecuária familiar é uma atividade que predomina
no inverno. Algumas famílias possuem estradas de seringa num local e "residência de inverno" em outro,
com roças; muitos comunitários migram para as cidades, com destaque para Guajará-Mirim, para
engajarem-se em atividades temporárias nos períodos de verão (SACRAMENTO, 2002).

A unidade conta com Conselho Deliberativo, criado em 2006, e Plano de Manejo instituído. A
situação fundiária é complexa porque existem vários imóveis titulados e falhas nos levantamentos
realizados quando da criação da Resex. Tais ocorrências quase causaram a redução de sua área de
204.583 ha para 167.625 ha. A resolução da questão fundiária tem sido prejudicada pelo não-
envolvimento do INCRA, já que, segundo a normativa que criou as Resex, a responsabilidade pela
desapropriação seria do IBAMA (OLMOS et al., 1999), hoje ICMBio.

O total identificado de desmatamento acumulado até 2014 era de 17.952,07 hectares, o que
corresponde a quase 9% do território da Reserva. Não há visitação pública; visitantes pesquisadores
devem ter autorização do Ibama e da Associação dos Seringueiros da Reserva do Rio Ouro Preto e da
Associação dos Seringueiros do Baixo Rio Ouro Preto.

3.3.4.1.15 Reservas Particulares do Patrimônio Natural

A RPPN é uma categoria de Unidade de Conservação, gravada com perpetuidade na matrícula


do imóvel, com o objetivo de conservar a diversidade biológica; a criação de unidades deste tipo não
afeta a titularidade do imóvel. São permitidas, em seu interior, atividades de pesquisas científicas e
visitação com objetivos turísticos, recreativos e educacionais.

O ICMBio define a RPPN como uma categoria criada pela iniciativa de proprietários rurais,
apresentando como principal característica a conservação da diversidade biológica, ao mesmo tempo
em que garantem ao proprietário a titularidade do imóvel. Com isso, ainda de acordo com o supracitado
órgão, busca-se “a sensibilização do cidadão comum para a conservação de parte da biodiversidade
existente em sua propriedade particular” (ICMBIO, 2012).

Por serem UCs de propriedade privada, para as quais, quando de sua criação, não são necessários
estudos preliminares, há poucos dados disponíveis em bases oficiais acerca das mesmas. A TABELA
3.36 apresenta as principais informações de acesso público sobre as RPPN localizadas em Rondônia.
TABELA 3.36 - RESERVAS PARTICULARES DO PATRIMÔNIO NATURAL, POR LOCALIZAÇÃO, ÁREA E DATA DE
CRIAÇÃO, EM RONDÔNIA, EM 2017

RPPN Município Data de criação* Área total (ha)


RPPN Água Boa Cacoal 31/03/2000 48
RPPN Fazenda Bosco Alto Alegre dos Parecis 29/04/2005 487
RPPN Gibeão Presidente Médici 15/06/2012 31

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RPPN Município Data de criação* Área total (ha)


RPPN Irmãos Satelis Presidente Médici 09/11/2012 41
RPPN Nova Aurora Presidente Médici 27/12/2011 19
RPPN Parque Natural Leonildo
Pimenta Bueno 28/11/2001 995
Ferreira 1
RPPN Parque Natural Leonildo
Pimenta Bueno 28/11/2001 981
Ferreira 2
RPPN Seringal Assunção Porto Velho 19/06/1997 623
RPPN Vale das Antas Teixeiropólis 19/07/1999 66
TOTAL - - 3.291
* Nesse caso, a data de criação corresponde ao dia da publicação das portarias que criaram as unidades.
Fonte: MMA (2017).

Existem nove Reservas Particulares do Patrimônio Natural em Rondônia. O total da área sob a
proteção desse tipo de categoria é de 3.291 hectares. Há grande variabilidade em seus tamanhos
territoriais, variando de 19 ha até 995 ha, assim como em seus momentos de criação, sendo a mais
antiga de 1997 e as mais recentes criadas em 2012.

Esse cenário reflete as características básicas das RPPN, que podem ser criadas por pessoas
físicas ou jurídicas proprietárias de imóveis rurais ou urbanos, desde que apresentem potencial para a
conservação da natureza; além disso, não há área mínima ou máxima para seus territórios.

3.3.4.2 Unidades de Conservação Estaduais

Podem ser encontradas, em Rondônia, 38 Unidades de Conservação administradas pelo


Governo do Estado. São sete unidades de proteção integral e 31 de uso sustentável, predominando, entre
as primeiras, os Parques Nacionais e, entre as segundas, as Reservas Extrativistas (MMA, 2017).

A TABELA 3.37 apresenta a distribuição dessas UCs estaduais, divididas em categorias com
seus respectivos percentuais de representação em relação às categorias e aos totais de unidades.

TABELA 3.37 - UNIDADES DE CONSERVAÇÃO ESTADUAIS EM RONDÔNIA, POR CATEGORIA E REPRESENTAÇÕES


PERCENTUAIS EM RELAÇÃO AOS TOTAIS

Tipo de Unidade de Categoria de Unidade de Número de % em relação ao % em relação ao total de


Conservação Conservação unidades tipo de proteção UCs
Estação Ecológica 02 28,6% 5,2%
Reserva Biológica 02 28,6% 5,2%
Proteção integral
Parque 03 42,8% 8%
SUBTOTAL 07 100% 18,34%
Área de Proteção Ambiental 01 3,2% 2,6%
Floresta Nacional/Estadual 09 29% 23,7%
Uso sustentável
Reserva Extrativista 21 67,8% 55,3%
Subtotal 31 100% 81,6%
TOTAL GERAL 38 100% 100%
Fonte: MMA (2017).

Predominam as Unidades de Conservação de Uso Sustentável, representando 81,6% do total,


sendo a categoria mais proeminente nessa esfera de proteção a Reserva Extrativista, que contribui com
um percentual de 67,8%. As Unidades de Conservação de Proteção Integral são bem menos numerosas,
há apenas sete, o que corresponde a 18,34% do total de UCs estaduais; nesse tipo de unidades a
distribuição é mais paritária, com um número semelhante para cada categoria.
194
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Há um uma área de 2.129.733 hectares sob jugo de Unidades de Conservação Estaduais em


Rondônia, desse total, o desmatamento acumulado é de, aproximadamente, 117.656,33 hectares, o que
corresponde a 5,2% do território ocupado pela UCs.

As Unidades de Conservação de Proteção Integral ocupam uma área de 907.235 hectares, um


percentual de 42% do total do território em conservação estadual em Rondônia. O desmatamento
acumulado, para essas unidades, é de pouco menos de 22.000 hectares, representando 2,41% do total.
Já as Unidades de Conservação de Uso Sustentável, apresentam quase 96.000 hectares desmatados para
o seu total de área de 1.222.498 hectares, o que representa 5,52%.

3.3.4.2.1 Estação Ecológica Samuel

A Estação Ecológica Samuel foi criada em 1989, por iniciativa da Eletronorte, como forma de
compensação ambiental da construção da Hidrelétrica de Samuel. Localizada na margem direita do Rio
Jamari, a ESEC Estadual de Samuel integra a bacia hidrográfica do Rio Jamari e abrange percentual
significativo do reservatório da UHE de Samuel (ISA, 2017).

Essa ESEC foi a primeira unidade de conservação criada em empreendimentos da Eletronorte.


Inicialmente, sua área total era de 28.500 hectares. Em 1997, a área da Estação Ecológica foi ampliada
pela Secretaria de Desenvolvimento Ambiental do Estado de Rondônia (SEDAM), órgão gestor dessa
Unidade de Conservação de Proteção Integral, passando a contar com 71.061 hectares. O objetivo da
criação dessa UC era a preservação de amostras representativas de ecossistemas inundados com a
construção da Usina Hidrelétrica de Samuel (MMA, 2017).

A área da ESEC, que não apresenta ocupação humana em seu interior e zona de amortização,
está completamente regularizada em sua situação fundiária. Não há visitação pública na unidade.

O desmatamento acumulado, até 2008, era de 3.543,11 hectares, o que corresponde a quase 5%
do total territorial sob proteção. Em 2007 uma ação interinstitucional que reuniu órgãos ambientais
estaduais e federais realizou uma operação de fiscalização para retirar invasores desta Unidade de
Conservação. No entanto, como na maioria das UCs estaduais sem apoio do programa federal Áreas
Protegidas da Amazônia (ARPA), a Estação Ecológica de Samuel não possui Plano de Manejo ou
Conselho Consultivo operante, caracterizando-se como efetivamente abandonada. A Eletronorte não
oferece apoio sistemático para a proteção da área (GTA, 2008).

3.3.4.2.2 Estação Ecológica Serra dos Três Irmãos

A ESEC Estadual Serra dos Três Irmãos situa-se na região noroeste do estado, à margem
esquerda do rio Madeira, no município de Porto Velho. Criada em 1990, com uma área total de 99.813
hectares, a Unidade de Conservação de Proteção Integral é de responsabilidade da Secretaria de Estado
do Desenvolvimento Ambiental de Rondônia e localiza-se no município de Porto Velho (MMA, 2017).

195
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Essa Unidade de Conservação é fruto da implementação do Plano Agropecuário e Florestal de


Rondônia (Planafloro), uma iniciativa do Governo Federal em conjunto com o Governo do Estado e o
Banco Mundial para promover o desenvolvimento sustentável considerando as vocações territoriais
traçadas no Zoneamento Ecológico de Rondônia (PARAGUASSU, 2011).

Apesar de ser beneficiada pelo programa federal Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA), a
ESEC não possui Plano de Manejo e nem conta com Conselho Consultivo/Deliberativo. Não há registro
de presença humana no interior e na zona de amortecimento da unidade.

A ESEC Serra dos Três Irmãos teve seu tamanho reduzido em 9.966 hectares, que foram
incorporados ao Parque Nacional do Mapinguari, em 2010, resultado de uma negociação com o Governo
do Estado para a promoção da regularização fundiária da Floresta Nacional do Bom Futuro. Assim, hoje,
a ESEC tem área total de 89.847 hectares (PARAGUASSU, 2011).

O total desmatado acumulado até 2013 era de apenas 30,88 hectares, o que corresponde a 0,03%
do total territorial da Unidade de Conservação. O desmatamento, entretanto, é recente; analisando a base
de dados do ISA (2017), percebe-se o aparecimento de uma pequena mancha de área desmatada nos
limites inferiores da unidade em 2013, último ano disponível para a série.

3.3.4.2.3 Parque Estadual de Corumbiara

Criado no município de Cerejeiras, em 1990, o Parque Estadual de Corumbiara, com 424.339


hectares, também abrange áreas dos municípios de Alta Floresta d'Oeste, Alto Alegre do Parecis,
Corumbiara e Pimenteiras do Oeste. Localizado à margem direita do rio Guaporé, acompanhando a foz
do rio Corumbiara, no sudoeste do estado de Rondônia, embora tenha sido criado, em 1990, com a
extensão de 586.031 hectares, a emissão de contratos de promessa de compra e venda (CPCVs) pelo
INCRA, entre 1991 e 1992, resultou na redução da área do parque em 152.215 hectares, desprotegendo,
exatamente, as cabeceiras dos rios que drenam para a UC (OLMOS et al., 1999).

As reduções comprometeram de maneira considerável a importância ambiental do Parque,


excluindo, como mencionado, áreas de grande importância para a proteção de nascentes de rios, bem
como refúgios de fauna na terra firme durante o período de alagações. Na área excluída constatou-se um
desmatamento total de 31,2 mil hectares até julho de 2007 (GTA, 2008).

Apesar do PES Corumbiara ser apoiado pelo Programa ARPA, possuir Plano de Manejo e
Conselho Consultivo desde 2010, documentos divulgados pelo Sistema de Proteção da Amazônia
(Sipam)/Projeto Curupira indicam o desmatamento de centenas de hectares nos anos de 2004 e 2005.
Além disso, foram identificados muitos focos de calor no interior do Parque, ilustrando a prática de
queimadas por pecuaristas. Há, ainda, indícios da presença de índios isolados na região do Parque
Estadual Corumbiara, que podem ser prejudicados por práticas predatórias de exploração dos recursos
naturais realizadas por invasores (GTA, 2008).

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PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Não há registro da presença humana no interior e na zona de amortização de forma permanente,


excetuando-se os já mencionados invasores, os quais, infelizmente, não fazem parte das estatísticas
oficiais. No Parque são permitidas atividades indiretas de pesquisa científica mediante autorização do
órgão responsável, mas não há visitação pública (MMA, 2017).

O desmatamento acumulado, até 2011, era de 8.305,06 hectares, o que corresponde a quase 2%
do total territorial sob proteção integral (ISA, 2017).

3.3.4.2.4 Parque Estadual de Guajará-Mirim

O Parque Estadual de Guajará-Mirim foi criado pelo Decreto no 4.575 de 23 de março de 1990,
em uma área de 258.813 hectares nos municípios de Guajará-Mirim e Nova Mamoré. Situado na parte
centro-oeste do estado de Rondônia, abrangendo afluentes da bacia do rio Jaci-Paraná, em 1996, o
Parque perdeu 51.665 ha de áreas ecologicamente frágeis de serras, sob o argumento de ser uma área de
domínio privado. Em 2002 houve nova alteração de limites, excluiu-se, ao norte do PES, uma área de
4.906 ha, mas ampliou-se a Unidade de Conservação em 14.325 ha a sudeste, totalizando uma área de
216.568 hectares (ISA, 2017).

Além das polémicas envolvendo as alterações de limites do Parque Estadual de Guajará-Mirim,


a liberação para a construção de 14 km da BR- 421, na porção norte da UC, que cruza o Parque e, de
algum modo, segmenta o Corredor Ecológico Guaporé-Mamoré, também foi alvo de críticas de
ambientalistas (GTA, 2008).

Em 1999 já eram observadas áreas desmatadas junto ao igarapé Corrente, porém, ainda não
havia registros de posseiros habitando seu interior (OLMOS et al., 1999). O Conselho Consultivo do
Parque foi criado em 2002, mas a unidade ainda não possui Plano de Manejo instituído.

Segundo o MMA (2017), até 2015 não era registrada presença humana no interior ou na zona
de amortização do Parque, que faz parte do ARPA e tem visitação fechada ao público, sendo, mediante
autorização especial, apenas, realizadas atividades de pesquisa científica.

O desmatamento acumulado no PES de Guajará-Mirim é igual a 8.519,64 hectares, o que


corresponde a quase 4% da área total do Parque. Pela série apresentada, acerca do número de hectares
desmatados anualmente, pelo Instituto Socioambiental, é possível perceber que os picos e as quedas
alternam-se com frequência, caracterizando uma zona exposta às interferências humanas, ainda que estas
sejam ilegais (ISA, 2017).

3.3.4.2.5 Parque Estadual Serra dos Reis

O Parque Estadual Serra dos Reis foi criado em 1995, mas seus limites legais só foram definidos
pela Lei Estadual 764, de 29 de dezembro de 1997. Inserido na parte sudoeste do estado de Rondônia,
em uma área cuja rede de drenagem contribui para a bacia do rio Guaporé, o Parque teve parte de sua
área alterada devido à sobreposição com áreas já ocupadas (OLMOS et al., 1999).
197
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
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Situado no município de Costa Marques, o Parque é gerido pela SEDAM-RO e, embora ainda
não possua Plano de Manejo, seu Conselho Consultivo existe desde 2002. De acordo com dados oficiais,
a área, de 36.442 hectares, apresenta biodiversidade conservada, com apenas, aproximadamente, 5%
parcialmente alterado pela ação humana (MMA, 2017).

A importância da implantação desta Unidade de Conservação reside no seu papel protetor das
nascentes, contribuindo para a manutenção do potencial hídrico da região do município de Costa
Marques. Não há registro de presença humana permanente no interior e na zona de amortização do
Parque (MMA, 2017).

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (2017), o Parque possui uma grande vocação
turística, que poderá ser aproveitada quando da definição de seu Plano de Manejo, respeitando a
legislação pertinente às Unidades de Conservação de Proteção Integral. Ainda segundo esse órgão, a
configuração geomorfológica da serra, onde localiza-se o Parque Estadual, oferece inúmeros sítios de
interesse educativo, turístico e científico. Atualmente, entretanto, encontra-se fechado para visitação.

O desmatamento apresenta-se em série decrescente, tendo mostrado pico em 2002, quando


foram desmatados 178 hectares. Até 2013, o desmatamento acumulado era de 1.474,91 hectares,
representando um percentual de pouco mais de 4% da área total sob proteção.

3.3.4.2.6 Reserva Biológica Rio Ouro Preto

A Reserva Biológica Rio Ouro Preto foi criada em 28 de março de 1990, pelo Decreto Estadual
no 4.580. O referido dispositivo legal criou a REBIO no município de Guajará-Mirim, com área de
46.438 ha, subordinando-a à estrutura básica da Secretaria de Estado do Meio Ambiente de Rondônia
(ISA, 2017).

A Reserva, que não possui Plano de Manejo ou Conselho Gestor, apresenta todo o seu território
sob domínio da União, não havendo posseiros ou títulos de propriedade em seu interior. Sua criação
está intimamente ligada à preservação de uma amostra representativa do ecossistema no Vale do
Guaporé/Mamoré (MMA, 2017).

A REBIO, que integra a rede de drenagem da bacia hidrográfica do rio Pacaás Novos, está
completamente demarcada, situando-se em meio a uma espécie de mosaico de unidades de conservação
e terras indígenas no centro-oeste do estado de Rondônia.

Os últimos dados disponíveis acerca do desmatamento acumulado são antigos e dão conta de
que, em 2001, a área desmatada acumulada na unidade era de apenas 5,22 hectares, o que corresponde
a 0,01% de seu território total (ISA, 2017).

198
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

3.3.4.2.7 Reserva Biológica Traçadal

Assim como a REBIO Rio Ouro Preto, a Reserva Biológica Traçadal também foi criada em 28
de março de 1990. O Decreto no 4.583, que a instituiu no município de Guajará-Mirim, definiu como
área total sob proteção integral 22.540 hectares (ISA, 2017).

O objetivo dessa UC, assim como a outra única representante estadual de sua categoria, é a
preservação do ecossistema no Vale do Guaporé/Mamoré. A REBIO não tem Plano de Manejo instituído
e nem Conselho Gestor criado (MMA, 2017).

Inserida na parte oeste do estado de Rondônia, a Reserva é drenada por tributários do rio Pacaás
Novos. Situa-se em área de uso especial do exército e é administrada pela SEDAM-RO. Sua localização
em área remota fez com que nenhuma medida de conservação in situ fosse, de fato, tomada. Até 2000,
além da demarcação e do início do processo de regularização fundiária, nada havia sido realizado. Em
1999, haviam duas famílias, totalizando sete pessoas, em colocações ao longo do Rio Novo, no limite
norte da Reserva (OLMOS et al., 1999).

Delimitada ao norte e oeste pela Terra Indígena Pacaás Novas, a leste pela Resex do Rio Pacaás
Novas e ao sul pela Resex Barreiro das Antas, a REBIO Traçadal encontra-se inserida em um verdadeiro
mosaico de Unidades de Conservação, no centro de uma área, pelo menos teoricamente, amplamente
protegida. Até 2003, o desmatamento acumulado era de apenas 13,01 hectares, em torno de 0,05% do
território total da REBIO (ISA, 2017).

3.3.4.2.8 Área de Proteção Ambiental do Rio Madeira

Em 06 de junho de 1991, por meio do Decreto Estadual no 5.124, foi declarada, como área de
proteção especial do Governo de Rondônia, o trecho do rio Madeira compreendido a montante das
corredeiras do Santo Antônio até abaixo do Igarapé Belmont, constituindo a Área de Proteção Ambiental
do Rio Madeira, com um total de 6.741 hectares.

Em 13 de setembro de 2011, a Lei Complementar 633 alterou seus limites, excluindo cerca de
798 hectares da APA em virtude da formação do lago artificial da barragem da Usina Hidrelétrica de
Santo Antônio. A área total dessa Unidade de Conservação de Uso Sustentável passou a ser 5.554
hectares.

A UC, que não possui Plano de Manejo e Conselho Consultivo/Deliberativo, tem como objetivo
a proteção da diversidade biológica, bem como intui disciplinar o processo de ocupação e assegurar a
sustentabilidade dos recursos naturais (MMA, 2017).

Apesar da série de indicadores de área desmatada anual apresentar-se em declínio, o


desmatamento acumulado observado na APA é de 3.287,68 hectares, o que corresponde a quase 60%
do território total (ISA, 2017). Outra grande pressão sobre os recursos naturais sob proteção no local é
o garimpo ilegal. Apesar de o decreto de criação, expressamente, proibir as atividades minerais e ou
199
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

garimpeiras de qualquer natureza no trecho do rio Madeira e suas margens na área descrita, ainda há
grande incidência dessas atividades na região.

3.3.4.2.9 Floresta Estadual de Rendimento Sustentável Araras

Criada no município de Cujubim, em 08 de outubro de 1996, pelo Decreto Estadual no 7.605, a


Floresta Estadual de Rendimento Sustentável Araras possui uma área aproximada de 965 hectares
(MMA, 2017).

A FERS Araras, que não possui Conselho Gestor ou Plano de Manejo, está subordinada e integra
a estrutura básica da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (SEDAM). O objetivo de sua
criação é o uso múltiplo dos recursos florestais, destinando seu espaço territorial à aplicação de sistemas
silviculturais, garantindo a capacidade produtiva da floresta com o mínimo de alteração dos ecossistemas
(ISA, 2017).

Localizada no noroeste do estado, integra a rede de drenagem da bacia do rio Machado. A FERS
Araras origina-se de uma das reservas "em bloco" do Projeto de Assentamento Cujubim, criado em
1984. Um plano de manejo para as reservas foi elaborado em 1996, por meio da Colaboração Técnica
do PNUD ao Planafloro (OLMOS et al., 1999).

A área pertence à União e está demarcada por picadas e pilares de sinalização. Não foi
constatada ocupação humana em seu interior. O total de desmatamento acumulado, até 2014, era de
747,1 hectares, correspondendo a quase 50% do território total da FERS.

3.3.4.2.10 Floresta Estadual de Rendimento Sustentável Cedro

Em 08 de outubro de 1996, com o Decreto Estadual no 7.601, foi criada, no município de


Machadinho d’Oeste, a Floresta Estadual de Rendimento Sustentado Cedro. O referido dispositivo legal
definiu sua área em 2.567 hectares (MMA, 2017).

A FERS Cedro, que não possui Conselho Gestor ou Plano de Manejo, está subordinada e integra
a estrutura básica da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (SEDAM). O objetivo de sua
criação está intimamente ligado à produção auto sustentada dos recurso naturais renováveis, bem como
à condução da regeneração natural do povoamento remanescente, garantindo, assim, a utilização da
floresta em sua capacidade produtiva sem agredir os ecossistemas (ISA, 2017).

Localiza-se na porção noroeste do estado de Rondônia, em área drenada por tributários do rio
Machado. As terras da UC são de domínio da União, com o perímetro demarcado e sem registro de
ocupações ou posses (OLMOS et al., 1999).

O desmatamento acumulado, até 2010, era de 488,35 hectares, área correspondente a 19% do
território total da FERS. A dinâmica desse indicador, de acordo com a série apresentada pelo Instituto

200
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Socioambiental (2017), apresenta-se elástica e volátil, com ápices e reduções de quantidade de áreas
desmatadas se alternando durante os anos.

3.3.4.2.11 Floresta Estadual de Rendimento Sustentável do Rio Machado

Em 23 de março de 1990 foi criada a Floresta Estadual de Rendimento Sustentável do Rio


Machado no extremo nordeste de Rondônia. O Decreto Estadual no 4.571, responsável pela criação dessa
Unidade de Conservação de Uso Sustentável nos municípios de Machadinho d’Oeste e Porto Velho,
determinou sua área em 175.781 hectares (ISA, 2017).

A demarcação da área ocorreu em 1995, no âmbito do Planafloro, quando a sua área foi
reduzida, informalmente, em virtude da existência de títulos de propriedade privada incidentes na região.
Atualmente, sua área não oficial é de 115.750 hectares. A Floresta Estadual não conta com Plano de
Manejo e nem Conselho Gestor. Medidas básicas de implantação também não foram tomadas, deixando-
a praticamente abandonada (GTA, 2008).

A área em que se localiza a FERS do Rio Machado é drenada por tributários do rio homônimo.
As terras da UC são de domínio da União, com o perímetro demarcado e sem registro de ocupações ou
posses (OLMOS et al., 1999).

Entre 2002 e 2003, houve um desmatamento ilegal de mais de 600 hectares no interior e zona
de amortização da Floresta, ação autuada pelo Ibama, porém, sem resultados até o momento (GTA,
2008). O desmatamento acumulado no interior da FERS, até 2007, era de 531,38, o que corresponde a
0,3% de sua área oficial (ISA, 2017).

3.3.4.2.12 Floresta Estadual de Rendimento Sustentável do Rio Madeira “B”

Criada em 8 de outubro de 1996, a FERS do Rio Madeira “B”, localizada no município de Porto
Velho, foi delimitada em 51.856 hectares pelo Decreto Estadual no 7.600. Em 19 de fevereiro de 2014,
o Decreto Legislativo no 508 revogou o dispositivo legal responsável por sua criação. Aproximadamente
dois meses depois, em 14 de abril de 2014, o Ministério Público do Estado de Rondônia concedeu
liminar suspendendo a revogação da unidade, alegando a urgência de tal medida pelo fato de que a área
estava sendo rapidamente degradada. Em 2 de maio de 2016, o Tribunal de Justiça de Rondônia julgou
procedente a ADI, confirmando manutenção da Floresta (ISA, 2017).

Subordinada à SEDAM, o dispositivo legal de sua criação afirma que sua implantação deve ser
feita enquanto um espaço destinado à aplicação de sistemas silviculturais em florestas através de uma
produção auto sustentada e da condução da regeneração natural (MMA, 2017).

Localizada na porção norte do estado de Rondônia, em área drenada pelo rio Madeira, as terras
da UC são de domínio da União, com o perímetro demarcado e sem registro de ocupações ou posses.
Originalmente, estava prevista uma área de 82.437 ha, mas houve redução devido à presença de títulos
particulares na área (OLMOS et al., 1999).
201
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

O total identificado de desmatamento acumulado até 2014 era de 4.407,05 hectares, indicando
que mais de 8% da área total já se encontra desmatada. Somente em 2013, foram desmatados 462
hectares.

3.3.4.2.13 Floresta Estadual de Rendimento Sustentável Gavião

A FERS Gavião localiza-se na porção noroeste do estado de Rondônia. Inserida na bacia do rio
Madeira, seu território é drenado por tributários do rio Machado. Essa UC de Uso Sustentável é
originária de uma das reservas "em bloco" do Projeto de Assentamento Cujubim, criado em 1984, e sua
criação se deve a um Plano de Manejo para reservas elaborado, em 1996, numa colaboração técnica do
PNUD ao Planafloro (OLMOS et al., 1999).

Criada pelo Decreto Estadual no 7.604, de 8 de outubro de 1996, a Floresta encontra-se no


município de Cujubim, ocupando uma área de 440 hectares. As terras desta Unidade de Conservação
são de domínio da União e seu perímetro já foi demarcado (MMA, 2017).

Apesar de não haver registros de ocupações ou posses permanentes dentro da unidade, quase
metade de sua área já foi desmatada, o que revela a ocorrência de atividades de extração ilegal de
madeira mesmo após sua delimitação como área sob proteção. O desmatamento acumulado, até 2014,
era de 211,6 hectares, o que representava, à época, que 48% das suas terras já haviam sido desmatadas
(ISA, 2017).

3.3.4.2.14 Floresta Estadual de Rendimento Sustentável Mutum

Criada pelo Decreto Estadual no 7.602, de 8 de outubro de 1996, a Floresta Estadual de


Rendimento Sustentável Mutum também tem origem do desmembramento de uma das reservas “em
bloco” do Projeto de Assentamento Cujubim. Como as demais FERS originadas desse fracionamento
de áreas do PA Cujubim, a Unidade de Conservação em análise também só surgiu por conta da
colaboração técnica do PNUD ao Planafloro, que gerou um Plano de Manejo para todas essas reservas
florestais (OLMOS et al., 1999).

A FERS Mutum localiza-se na porção noroeste do estado de Rondônia, estando inserida


completamente na bacia do rio Madeira e sendo área drenada por tributários do rio Machado. As terras
da unidade são de domínio da União, com o perímetro demarcado e sem registro de ocupações ou posses.

Sua área total, 11.471 hectares, situa-se no município de Cujubim. O território delimitado prevê
a utilização de sistemas de silvicultura e manejo florestal sustentável capazes de garantir o uso dos
recursos naturais sem prejudicar os ecossistemas locais (MMA, 2017). A Unidade de Conservação de
Uso Sustentável, no entanto, ainda não possui Plano de Manejo.

De acordo com o ISA (2017), o total identificado de desmatamento acumulado, até 2014, era de
6.572,28 hectares, apresentando, na unidade, uma situação bastante devastada, dado que quase 60% de
sua cobertura já foi desmatada. Somente em 2007 foram desmatados 1.192 hectares e, em 2014, último
202
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

ano da série foram 764 ha, o que mostra que não tem havido redução dos índices de desmatamento na
FERS Mutum, tornando a situação ainda mais grave.

3.3.4.2.15 Floresta Estadual de Rendimento Sustentável Periquito

Criada no município de Cujubim, em 08 de outubro de 1996, pelo Decreto Estadual no 7.606, a


Floresta Estadual de Rendimento Sustentável Periquito possui uma área aproximada de 1.163 hectares
(MMA, 2017).

A FERS Periquito, que também não possui Conselho Gestor ou Plano de Manejo, está
subordinada e integra a estrutura básica da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental de
Rondônia (SEDAM-RO). O objetivo de sua criação é o uso múltiplo dos recursos florestais, destinando
seu espaço territorial à aplicação de sistemas silviculturais, garantindo a capacidade produtiva da floresta
com o mínimo de alteração dos ecossistemas (ISA, 2017).

Localizada no noroeste do estado, integra a rede de drenagem da bacia do rio Machado, estando
completamente inserida na bacia do rio Madeira. Como as demais Florestas Estaduais localizadas em
Cujubim, a FERS Periquito origina-se de uma das reservas "em bloco" do Projeto de Assentamento
Cujubim. Sua criação foi possibilitada pela formulação de um Plano de Manejo para essas áreas de
reserva foi elaborado em 1996, por meio da Colaboração Técnica do PNUD ao Planafloro (OLMOS et
al., 1999).

A área pertence à União e está totalmente demarcada. Não foi constatada ocupação humana em
seu interior. O total de desmatamento acumulado, até 2014, era de 857,51 hectares, correspondendo a
quase 75% do território total da FERS. Apesar do número de áreas desmatadas apresentar tendência
decrescente desde 2005, quando foram desmatados 300 hectares, a situação da Floresta Estadual de
Rendimento Sustentável Periquito é alarmante.

3.3.4.2.16 Floresta Estadual de Rendimento Sustentável Rio Vermelho (C)

Criada em 23 de março de 1990, a FERS Rio Vermelho (C), localizada no município de Porto
Velho, teve sua área oficial delimitada, pelo Decreto Estadual no 4.567, em 20.215 hectares. Entretanto,
a Lei Complementar no 633, de 13 de setembro de 2011, excluí da FERS milhares de hectares,
destinando tais áreas para formação do lago artificial da barragem da Usina Hidrelétrica de Santo
Antônio. Assim, restaram à Floresta Estadual Rio Vermelho apenas 4.127 hectares (ISA, 2017).

Em 19 de fevereiro de 2014, a Unidade de Conservação de Uso Sustentável sofreu novo golpe,


o Decreto Legislativo no 509 revogou o dispositivo legal responsável por sua criação. Porém, em 14 de
abril de 2014, o Ministério Público do Estado de Rondônia concedeu liminar suspendendo a revogação
da unidade, alegando a urgência de tal medida pelo fato de que a área estava sendo rapidamente
degradada. Enfim, em 2 de maio de 2016, o Tribunal de Justiça de Rondônia julgou procedente a ADI,
confirmando manutenção da Floresta (ISA, 2017).
203
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Subordinada à SEDAM, o dispositivo legal de sua criação afirma que sua implantação deve ser
feita enquanto um espaço destinado à aplicação de sistemas silviculturais em florestas através de uma
produção auto sustentada e da condução da regeneração natural (MMA, 2017).

Localizada na porção norte do estado de Rondônia, em área drenada pelo rio Madeira e inserida
na bacia do rio homônimo, as terras da UC são de domínio da União, com o perímetro demarcado e sem
registro de ocupações ou posses (OLMOS et al., 1999). Informações contraditórias foram apresentadas
pelo Grupo de Estudo Amazônico em 2008, quando denúncias acerca de invasores das áreas das FERS
Rio Madeira “B” e Rio Vermelho (C), que haviam recebido documentos de posse expedidos por
funcionários do Incra e pela Secretaria de Agricultura do município de Porto Velho, vieram à tona (GTA,
2008).

O total identificado de desmatamento acumulado até 2012 era de 1.161,19 hectares, indicando
que pouco mais de 28% de sua área total já se encontra desmatada. Somente em 2005, foram desmatados
241 hectares, mas a boa notícia é que a quantidade de hectares desmatados anualmente vem sofrendo
paulatinas quedas desde então (ISA, 2017).

3.3.4.2.17 Floresta Estadual de Rendimento Sustentável Tucano

A FERS Tucano localiza-se na porção noroeste do estado de Rondônia, no município de


Cujubim. Inserida na bacia do rio Madeira, seu território é drenado por tributários do rio Machado. Essa
UC de Uso Sustentável é outra Floresta Estadual originária de uma das reservas "em bloco" do Projeto
de Assentamento Cujubim, e como nos demais casos, sua criação só foi possível pela elaboração, em
1996, de um Plano de Manejo para reservas, resultado de uma colaboração técnica do PNUD ao
Planafloro (OLMOS et al., 1999).

Criada pelo Decreto Estadual no 7.603, de 8 de outubro de 1996, a Floresta ocupa uma área de
660 hectares. As terras desta Unidade de Conservação são de domínio da União e seu perímetro foi
demarcado por picadas e pilares de sinalização (ISA, 2017).

Apesar de não haver registros de ocupação humana permanente no interior da unidade, o


desmatamento acumulado, até 2014, era de 119,32 hectares, o que representava, à época, que quase 20%
das suas terras já haviam sido desmatadas. Ressalta-se que a quantidade de hectares desmatados atingiu
seu pico anual recentemente, com 69 hectares de desmatamento somente no ano 2013 (ISA, 2017).

3.3.4.2.18 Reserva Extrativista Angelim

A Resex Angelim foi criada pelo Decreto Estadual no 7.095, em 4 de setembro de 1995.
Localizada no município de Machadinho d’Oeste, sua área foi delimitada em 8.923 hectares, destinados
à exploração sustentável e conservação dos recursos renováveis pelas populações agroextrativistas
tradicionais que ali habitam (MMA, 2017).

204
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

A unidade, completamente inserida na bacia hidrográfica do rio Madeira, não possui Plano de
Manejo ou demais instrumentos de planejamento e gestão. De acordo com o Ministério do Meio
Ambiente, a Resex possui, entretanto, Conselho Gestor.

Subordinada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental de Rondônia, não foram


encontradas informações oficiais acerca de quantas pessoas residem no interior da Unidade de
Conservação de Uso Sustentável. Entretanto, pesquisas feitas pela a ONG ÍNDIA, em 1994, apontava
para a existência de 10 moradores na área; em 2000, um levantamento realizado pela Associação de
Seringueiros de Machadinho d’Oeste, mostrou que haviam sete moradores, ocupando três colocações
distintas (SANTANA, 2007). Em 2013, durante uma pesquisa de campo, observou-se que restava apenas
um agroextrativista com residência permanente na unidade (COSTA; CAMPOS, 2013).

No local, o principal produto explorado é a borracha, além da castanha e do óleo de copaíba.

A Resex Angelim está situada próxima a rodovia RO-205 e tem sido alvo de investidas de
madeireiros e grileiros organizados que partem do município de Cujubim e chegam à região buscando
madeiras nobres ou terras não ocupadas para serem ilegalmente loteadas e vendidas. Essas invasões
colocam em risco não somente as florestas remanescentes, mas, também, a vida das famílias de
seringueiros que ocupam a área desde o século passado (PLANS, 2016).

O total de desmatamento acumulado na unidade, até 2014, era de 737,85 hectares, o equivalente
a pouco mais de 8% de seu total territorial. Dado que o ápice, na série de área desmatada/ano
disponibilizada pelo ISA (2017), do número de hectares desmatados ocorreu em 2013, em um total de
148 ha, bem como as notícias recentes sobre invasões, presume-se que esse percentual de área desmatada
tem se ampliado acentuadamente nos últimos anos.

3.3.4.2.19 Reserva Extrativista Aquariquara

Em 04 de setembro de 1995 foi criada a Resex Aquariquara no município de Machadinho


d’Oeste. O Decreto Estadual no 7.106, responsável por sua criação, delimitou a área da unidade em
18.100 hectares (MMA, 2017).

Segundo a ONG ÍNDIA, possuía 181 moradores em 1994. Já de acordo com o levantamento da
Associação de Seringueiros de Machadinho (ASM), em 2000, o número era de 91 moradores,
distribuídos em 03 comunidades, ocupando 27 colocações (SANTANA, 2007). Em pesquisa de campo
de 2013, apontava-se a existência de 37 famílias, totalizando 97 pessoas.

Na Resex são desenvolvidos projetos de manejo florestal e de manufatura e comercialização da


farinha de babaçu. Esses projetos são executados, em parceria, pela Organização de Seringueiros de
Rondônia (OSR), pela Associação de Seringueiros de Machadinho (ASM) e pela associação
ambientalista ECOPORÉ. Essas iniciativas vêm ajudando a manter os seringueiros dentro das reservas,
dando-lhes melhores alternativas de renda (SANTANA, 2007).
205
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

O manejo da farinha de babaçu foi iniciado em 1998, com considerável sucesso. A produção é
escoada para as escolas e para o comércio do município de Machadinho d’Oeste. Além dos projetos de
manejo, na Resex de Aquariquara, há considerável e diversificada produção agrícola, com destaque para
o café (OLMOS et al., 1999). A reserva, que iniciou o processo para criar seu Plano de Manejo em 1995,
iniciou a exploração de madeira apenas em 1998.

O desmatamento tem se apresentado decrescente ao longo da última década; no acumulado, em


2014, haviam 994,19 hectares desmatados no interior da Resex, o que correspondia, à época, a pouco
mais de 5% da área total da unidade (ISA, 2017). Ressalta-se que existem denúncias acerca de venda
irregular de colocações na reserva afirmando-se que alguns dirigentes e moradores poderiam ter vendido
lotes abandonados para comerciantes e agricultores de outras regiões (SANTANA, 2007).

3.3.4.2.20 Reserva Extrativista Castanheira

Criada em 04 de setembro de 1995, pelo Decreto Estadual no 7.105, a Resex Castanheira abrange
uma área de 10.200 hectares situada no município de Machadinho d’Oeste (MMA, 2017).

Não há informações oficiais sobre a quantidade de agroextrativistas que residem em seu interior,
porém, em 1994, de acordo com a ONG ÍNDIA, haviam 27 moradores. O levantamento da ASM, em
2000, registrou a presença de 25 moradores, os quais ocupavam, à época, 10 colocações (SANTANA,
2007). Em 2013, foi apontada a residência permanente de 11 famílias, em um total de 43 pessoas
(COSTA; CAMPOS, 2013).

Os principais produtos extraídos pelos residentes são a borracha, a castanha-do-Brasil e o óleo


de copaíba. Há, também, algumas atividades agrícolas, mas, em sua maioria, são realizadas para a
própria subsistência das famílias extrativistas (ISA, 2017).

A maior ameaça à integridade da reserva é a retirada clandestina de madeira. Se entre 2001 e


2004 foi registrada apenas uma ocorrência de exploração madeireira nos limites da unidade, por outro
lado houveram denúncias de venda irregular de colocações, bem como de derrubadas acima dos limites
estabelecidos (SANTANA, 2007).

O desmatamento acumulado até 2014 era de 477,97 hectares, o que corresponde a pouco mais
de 4% da área total da reserva. Ressalta-se que, observando a série de área desmatada ao longo da última
década, é possível perceber uma redução acentuada no número de hectares desmatados anualmente,
aproximando-se de 0 em 2007 e ali permanecendo até 2014 (ISA, 2017).

3.3.4.2.21 Reserva Extrativista Curralinho

Localizada no município de Costa Marques, a Resex Curralinho foi criada pelo Decreto Estadual
o
n 6.952, de 14 de julho de 1995. É originária do antigo seringal Curralinho, explorado desde o início
do século XIX e conta com uma área total de 1.758 hectares (ISA, 2017).

206
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

A Resex possui, aproximadamente, 20% de sua área alterada pela presença humana, percentual
que pode ser considerado baixo dado que a área tem sido utilizada para a extração de borracha há mais
de 100 anos. A borracha continua sendo um dos produtos mais explorados, mas há, também, atividades
de pesca. Não há, entretanto, atividades agrícolas consideráveis, excetuando-se alguns cultivos de
subsistência (OLMOS et al., 1999).

Inexistem informações oficiais sobre a população residente em seu interior. Em 1994, segundo
dados da ONG ÍNDIA, haviam 35 moradores ocupando 6 das 15 colocações existentes. Em 2002, novo
levantamento indicou a presença de apenas oito famílias na reserva. Em 2004 contava com sete famílias,
mas somente dois homens habitavam a reserva; outras famílias viviam em seu entorno, na divisa com a
cidade. O entorno foi escolhido como residência por muitos agroextrativistas porque permite usufruir
dos benefícios urbanos como escola e trabalho, ao mesmo tempo em que permite que se utilize a reserva
para extrair borracha e pescar. As colocações são ocupadas por extrativistas somente no período de
estiagem, durante as cheias, a população permanece na Vila das Pedras Negras (SANTANA, 2007).

Quem cuida da gestão desta UC é a Associação de Seringueiros Aguapé, e o plano de


desenvolvimento já foi elaborado (OLMOS et al., 1999).

Uma interessante iniciativa de promoção do uso sustentado dos recursos da Resex é o


ecoturismo. No local situa-se o Centro de Visitantes e Educação Ambiental João Marques, onde se pode
conhecer a história dos seringueiros e sua importância para o desenvolvimento local e para a
conservação das florestas tropicais. A reserva inovou promovendo a comercialização de produtos
confeccionados à base de látex de seringa, com demonstração do método tradicional de colheita e
defumação aos visitantes. Os principais produtos à venda são pequenas peças de borracha pura
confeccionadas pelas mulheres do local, como bolas, botas e brinquedos, bem como o artesanato com
sementes de seringa, coco e fibras (EMBRAPA, 2006).

Até 2006, segundo o ISA (2017), apenas 73,2 hectares compunham o total de desmatamento
acumulado na unidade, o que representava, à época, 4% de seu território total.

3.3.4.2.22 Reserva Extrativista do Itaúba

A Reserva Extrativista do Itaúba foi criada pelo Decreto Estadual n o 7.100, em 4 de setembro
de 1995. Localizada no município de Machadinho d'Oeste, a área total da unidade, segundo o dispositivo
legal de sua criação, é de 1.758 hectares (MMA, 2017)

A unidade situa-se na área da bacia hidrográfica do rio Madeira e não possui Plano de Manejo
ou demais instrumentos, reconhecidos oficialmente, de planejamento e gestão. A Resex possui,
entretanto, Conselho Gestor e Plano de Utilização já formulado (OLMOS et al., 1999).

Subordinada à SEDAM-RO, não foram encontradas informações oficiais acerca de quantas


pessoas residem no interior dessa Unidade de Conservação de Uso Sustentável, cujo principal objetivo
207
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

é proteger o meio e a cultura das populações agroextrativistas tradicionais a partir do uso sustentável
dos recursos naturais (MMA, 2017).

Em relação à população residente, estão disponíveis apenas dados da ONG ÍNDIA, que, em
levantamento realizado em 1994, registrou a presença de três moradores. Já em 2000, segundo pesquisa
da ASM, contava com sete moradores ocupando três colocações. Em 2013, foi registrada a presença de
três famílias, totalizando 11 pessoas residentes no interior da reserva. No local, o principal produto
explorado é a borracha, além da castanha e do óleo de copaíba (SANTANA, 2007).

O total de desmatamento acumulado na unidade, até 2006, era de 66,09 hectares, o equivalente
a pouco menos de 4% de seu total territorial. Hoje, a maior ameaça à integridade da reserva ainda é a
retirada clandestina de madeira (ISA, 2017).

3.3.4.2.23 Reserva Extrativista Freijó

Criada em 04 de setembro de 1995, pelo Decreto Estadual no 7.097, a Resex Freijó abrange uma
área de 600 hectares situada no município de Machadinho d’Oeste (MMA, 2017).

Não há informações oficiais sobre a quantidade de agroextrativistas que residem em seu interior,
porém, em 1994, de acordo com a ONG ÍNDIA, haviam quatro moradores. O levantamento da ASM,
em 2000, registrou a presença de cinco moradores, os quais ocupavam, à época, apenas uma colocação
(SANTANA, 2007). Em pesquisa realizada em 2013, apontou-se a existência de apenas um
agroextrativista dentro da reserva (COSTA; CAMPOS, 2013).

Os principais produtos extraídos pelos residentes são a borracha, a castanha-do-Brasil e o óleo


de copaíba. Há, também, algumas atividades agrícolas, mas, em sua maioria, são realizadas para a
própria subsistência das famílias extrativistas (ISA, 2017).

As maiores ameaças à integridade da reserva são a retirada clandestina de madeira e a caça, não
sendo registrada a presença de posseiros e conflitos fundiários. O desmatamento acumulado até 2009
era de 96,56 hectares, o que corresponde a 16% da área total da reserva. Ressalta-se que, observando a
série de área desmatada ao longo da última década, é possível perceber uma redução acentuada no
número de hectares desmatados anualmente, aproximando-se de 0 em 2004 e ali permanecendo até 2009
(ISA, 2017).

3.3.4.2.24 Reserva Extrativista Garrote

Em 04 de setembro de 1995 foi criada a Resex Garrote no município de Machadinho d’Oeste.


O Decreto Estadual no 7.109, responsável por sua criação, delimitou a área da unidade em 803 hectares
(MMA, 2017).

Apesar de não haver dados oficiais disponíveis acerca do número de agroextrativistas residentes
no interior da unidade, segundo a ONG INDIA, a Resex possuía nove moradores em 1994. Já de acordo

208
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

com o levantamento da Associação de Seringueiros de Machadinho (ASM), em 2000, o número era de


11 moradores, distribuídos em duas colocações (SANTANA, 2007). Em 2013, o número de residentes
na Resex Garrote era de apenas uma família, composta por quatro integrantes (COSTA; CAMPOS,
2013).

Os principais produtos extraídos são o látex da borracha, a castanha-do-Brasil e o óleo de


copaíba. A extração de açaí é realizada, mas apenas para consumo dos próprios agroextrativistas. As
atividades agrícolas concentram-se na produção de mandioca, café e milho, com outros produtos sendo
cultivados apenas para a subsistência das famílias (COSTA; CAMPOS, 2013)

O desmatamento apresentou tendência decrescente entre 2000 e 2004; no acumulado, em 2004,


haviam 27,77 hectares desmatados no interior da Resex, o que correspondia, à época, a pouco menos de
0,4% da área total da unidade (ISA, 2017).

3.3.4.2.25 Reserva Extrativista Ipê

A Reserva Extrativista Ipê está localizada no município de Machadinho D`Oeste. Criada pelo
Decreto Estadual no 7.101, de 04 de setembro de 1995, a reserva apresenta uma área total de 815 hectares
(MMA, 2017).

Inexistem informações em plataformas de dados oficiais a respeito da quantidade de


agroextrativistas residentes no interior da Resex. Estudo realizado em 1994 pela ONG ÍNDIA, registrou
a presença de 28 moradores na área. Já o segundo levantamento disponível, datado de 2000 e realizado
pela ASM, constatou que esse número caiu para somente dois moradores, os quais ocupavam duas
colocações distintas (SANTANA, 2007).

Em 2011, uma pesquisa de campo (COSTA; CAMPOS, 2013) relatou que, em função de
conflitos gerados pelas atividades dos madeireiros na Resex, todos os moradores haviam se retirado da
área. Representantes de extrativistas da região afirmam que não incentivam a ocupação da reserva por
outros comunitários, uma vez que temem conflitos violentos com madeireiros.

Essa informação já permite antever as maiores ameaças à manutenção da área como um local
de proteção dos ecossistemas e da cultura das populações tradicionais. Atualmente, o maior problema é
justamente a retirada de madeira de forma clandestina por madeireiros da região.

Até 2010, segundo o ISA (2017), 148,32 hectares compunham o total de desmatamento
acumulado na unidade, o que representava, à época, quase 20% de seu território total. Apesar de ter
diminuído entre 2003 e 2010, os relatos mais recentes dão a crer que o número de áreas desmatadas
pode ter aumentado vertiginosamente desde a desocupação da reserva por agroextrativistas.

209
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

3.3.4.2.26 Reserva Extrativista Jaci-Paraná

A Reserva Extrativista Jaci-Paraná foi criada pelo Decreto Estadual no 7.335, em 17 de janeiro
de 1996. Tal dispositivo legal definiu a área da reserva em 205 mil hectares; entretanto, em 27 de
dezembro de 1996, foi aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado

a Lei Estadual no 692, que reduziu a área total da Resex para 191.234 hectares, uma diminuição
de 13.766 hectares, ou 6,7% de sua área original, em virtude da formação do lago artificial da barragem
da UHE Santo Antônio (GTA, 2008).

Um outro dispositivo legal, de 19 de fevereiro de 2014, o Decreto Legislativo n o 506, revogou


o decreto de criação da Resex Jaci-Paraná. Após dois meses de sua entrada em vigor, em 14 de abril de
2014, o Ministério Público do Estado de Rondônia concedeu liminar suspendendo a revogação da
unidade, alegando a urgência de tal medida pelo fato de que a área estava sendo rapidamente degradada.
Em 2 de maio de 2016, o Tribunal de Justiça de Rondônia julgou procedente a ADI, confirmando
manutenção da Resex (ISA, 2017).

Localizada na parte nordeste do estado de Rondônia, nos municípios de Porto Velho, Nova
Mamoré e Buritis, englobando tributários do rio Madeira, com destaque para o Jaci-Paraná, a reserva
foi criada em uma área integrada por vários seringais ocupados há mais de um século. Quem cuida da
gestão desta UC é a Associação de Seringueiros de Jaci-Paraná e o Plano de Utilização já foi elaborado.
A área é de domínio da União, e há oito posses no interior (OLMOS et al., 1999).

Estima-se haver 75 colocações, das quais 23 estariam ocupadas por 25 famílias, num total de 55
moradores no interior da unidade (COSTA; CAMPOS, 2013). Esses agroextrativistas coletam frutos
nativos, como o cupuaçu e o açaí, mas os produtos extraídos em maior quantidade são a castanha-do-
Brasil e o látex da borracha. Grande parte dos moradores pratica, em alguma medida, a caça e a pesca,
e a atividade agrícola predominante é a plantação de mandioca (OLMOS et al., 1999).

A Resex Estadual Jaci-Paraná está entre as Unidades de Conservação de Rondônia, e da


Amazônia brasileira, com ritmo mais acelerado de desmatamento. A taxa média anual de desmatamento
na Resex, entre 2002 e 2007, foi de 3,74%, inferior apenas à observada na FLONA Bom Futuro, 4,34%
(GTA, 2008). O desmatamento acumulado até 2014, segundo o ISA (2017), era de 65.234,94 hectares,
o equivalente a 34% da área total da reserva.

Além da pressão do desmatamento, a reserva tem sido alvo de invasões de grileiros e


madeireiros, que atuam de maneira ilícita e ameaçam as lideranças locais que se posicionam frente às
suas atividades. A presença de muitos colonos e comerciantes no interior da reserva também vem se
intensificando ao longo dos anos e reflete no aumento da violência, do roubo de madeiras e do
desmatamento (GTA, 2008).

210
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

3.3.4.2.27 Reserva Extrativista Jatobá

Criada em 04 de setembro de 1995, pelo Decreto Estadual no 7.102, a Resex Jatobá abrange uma
área de 1.135 hectares situada no município de Machadinho d’Oeste (MMA, 2017).

Não há informações em bases de dados oficiais sobre a quantidade de agroextrativistas que


residem em seu interior. Em 1994, de acordo com pesquisa realizada pela ONG ÍNDIA, haviam três
moradores na Resex. O levantamento da ASM, em 2000, registrou a presença de sete moradores,
ocupantes de três colocações diferentes (SANTANA, 2007). Em 2013, o número de residentes na Resex
Jatobá se viu reduzido a apenas um extrativista (COSTA; CAMPOS, 2013).

Os principais produtos extraídos pelos residentes são o látex de borracha e a castanha-do-Brasil.


As atividades agrícolas, salvo a plantação de mandioca que atinge maior volume e cujo excedente é
vendido de maneira a gerar renda para os comunitários, são, em sua maioria, realizadas para a própria
subsistência das famílias extrativistas (ISA, 2017).

A retirada clandestina de madeira, principal causa da expansão da área desmatada na reserva, é


a maior ameaça à manutenção de seus recursos naturais. Apesar de não ser registrada oficialmente a
presença de posseiros e conflitos fundiários acirrados, o desmatamento acumulado até 2008 era de
392,55 hectares, o que corresponde a 34% da área total da reserva (ISA, 2017).

3.3.4.2.28 Reserva Extrativista Maracatiara

Criada pelo Decreto Estadual no 7.096, em 4 de setembro de 1995, a Resex Maracatiara localiza-
se no município de Machadinho d’Oeste e abrange uma área total de 9.503 hectares (MMA, 2017).

Embora não existam informações de fontes oficiais sobre o número de agroextrativistas


residentes em seu interior, uma pesquisa feita pela ONG ÍNDIA constatou que haviam 66 moradores na
área em 1994. Seis anos depois, a ASM realizou novo levantamento no local e registrou 51 moradores,
os quais ocupavam 21 colocações (SANTANA, 2007). Em 2013, foi observado que 18 famílias residiam
na reserva, num total de 64 moradores (COSTA; CAMPOS, 2013).

Além da extração de borracha, há grande destaque para a quantidade extraída de castanha-do-


Brasil na Resex. A produção agrícola concentra-se na roça de mandioca e café, mas apresenta totalidades
relativamente baixas que, provavelmente, devem atender, majoritariamente, a subsistência das famílias.
Alguns outros produtos, como cacau, feijão e banana, são cultivados, mas apresentam-se em menor
quantidade ainda (COSTA; CAMPOS, 2013).

O desmatamento tem se apresentado decrescente ao longo da última década; no acumulado, em


2014, haviam 1.047,26 hectares desmatados no interior da Resex, o que correspondia, à época, a pouco
mais de 11% da área total da unidade (ISA, 2017). Ressalta-se que existem denúncias acerca de venda
irregular de colocações na reserva e derrubadas acima dos limites estabelecidos (SANTANA, 2007).

211
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

3.3.4.2.29 Reserva Extrativista Massaranduba

Em 04 de setembro de 1995 foi criada a Resex Massaranduba no município de Machadinho


d’Oeste. O Decreto Estadual no 7.103, responsável por sua criação, delimitou a área da unidade em 5.566
hectares (MMA, 2017).

Apesar de não haver dados oficiais disponíveis acerca do número de agroextrativistas residentes
no interior da unidade, segundo a ONG INDIA, a Resex possuía cinco moradores em 1994. Já de acordo
com o levantamento da Associação de Seringueiros de Machadinho (ASM), em 2000, o número era de
apenas dois moradores, que ocupavam a mesma colocação (SANTANA, 2007). Na pesquisa realizada
em 2013 (COSTA; CAMPOS, 2013) foi registrada a presença de três famílias, num total de nove
pessoas.

Os principais produtos extraídos são o látex da borracha e a castanha-do-Brasil. A extração de


açaí e cupuaçu é realizada para o consumo dos próprios agroextrativistas. Atividades agrícolas visam,
apenas, à subsistência das famílias (COSTA; CAMPOS, 2013).

O desmatamento apresentou tendência decrescente entre 2000 e 2014; no acumulado, em 2014,


haviam 1.131,17 hectares desmatados no interior da Resex, o que correspondia, à época, a 20% da área
total da unidade (ISA, 2017). Ainda hoje, a extração ilegal de madeira é a maior ameaça não só ao
ecossistema como também às populações tradicionais que ali residem.

3.3.4.2.30 Reserva Extrativista Mogno

A Resex Mogno foi criada em 04 de setembro de 1995 pelo Decreto Estadual n o 7.099.
Pertencente do chamado Complexo Machadinho, que abrange várias outras Reservas Extrativistas, esta
unidade situa-se no município de Machadinho d’Oeste e abrange uma área de 2.450 hectares (MMA,
2017).

Inexistem informações em bases oficiais acerca da quantidade de residentes permanentes no


interior da Reserva. Os dados disponíveis são provenientes de uma pesquisa realizada em 1994 pela
ONG ÍNDIA, que apontou para a existência de 13 moradores. Entretanto, seis anos depois, quando foi
feito um levantamento pela ASM, foi registrado que havia apenas um morador na área. Em 2013, novo
estudo constatou que a Resex Mogno abrigava três famílias, em um total de 10 habitantes (COSTA;
CAMPOS, 2013).

Como as demais reservas existentes na região, os agroextrativistas têm como principais produtos
o látex e a castanha-do-Brasil. As atividades agrícolas são escassas e a produção serve apenas como
contribuinte para a dieta das famílias ali residentes, os poucos excedentes, quando coletados, são
comercializados no próprio município (COSTA; CAMPOS, 2013).

A retirada clandestina de madeira, principal causa da expansão da área desmatada na reserva, é


a maior ameaça à manutenção de seus recursos naturais. A caça predatória ilegal também pressiona os
212
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

recursos naturais da Resex. Não é registrada, oficialmente, a presença de posseiros e conflitos fundiários
acirrados. O desmatamento acumulado até 2012 era de 81,05 hectares, o que corresponde a pouco mais
de 3% da área total da reserva (ISA, 2017).

3.3.4.2.31 Reserva Extrativista Pedras Negras

A Resex Estadual Pedras Negras localiza-se na parte sudoeste de Rondônia, nos municípios de
Costa Marques e Alta Floresta d’Oeste, às margens do rio Guaporé. A Reserva possui, apenas, cerca de
2% de sua área alterada pela presença humana. Criada pelo Decreto no 6.954, de 14 de julho de1995,
abrange uma área de 124.409 hectares (MMA, 2017).

Para nenhum período há dados oficiais acerca da população residente na Resex. Entretanto,
segundo informações coletadas pela ONG ÍNDIA em 1994, haviam 19 famílias permanentes no local.
Um levantamento posterior, feito pela ASM, constatou a existência de 17 famílias na área (SANTANA,
2007). Estima-se que hajam 113 colocações no interior da Resex, mas, em 2013, apenas 21 famílias
habitam a reserva, totalizando 84 moradores (COSTA; CAMPOS, 2013).

As famílias permanecem, em sua maioria, na Vila de Pedras Negras, característica definida pelas
cheias periódicas na região; as colocações são ocupadas pelos trabalhadores apenas no período de
estiagem. A reserva possui três escolas, um posto de saúde, dois rádios amadores e barcos comunitários.
Acredita-se que a reserva tenha potencial para a implantação do ecoturismo devido à vila centenária de
Pedras Negras e as praias que se formam ao longo dos rios. Foi implantada uma "casa teste" para
incentivar o turismo, mas o projeto não foi encaminhado por falta de maiores investimentos
(SANTANA, 2007).

A castanha-do-Brasil é o principal produto extraído na Resex, mas, são também de relevância


as atividades agrícolas e a pesca, dado que este é o trecho do Guaporé onde a reserva se encontra é
considerado dos mais piscosos. A área é de domínio integral da União, havendo apenas uma área de
domínio privado amparada por um título definitivo (OLMOS et al., 1999).

O total acumulado de desmatamento, até 2012, era de 193,18 hectares, o que representa apenas
0,15% do território total da unidade, porém, há que se ressaltar que o número de ha desmatados vem
crescendo e atingiu seu ápice, na série apresentada pelo ISA (2017), em 2011, com 52 hectares
desmatados.

3.3.4.2.32 Reserva Extrativista Piquiá

Em 04 de setembro de 1995 foi criada a Resex Piquiá no município de Machadinho d’Oeste. O


Decreto Estadual no 7.098, responsável por sua criação, delimitou a área da unidade em 1.449 hectares
(MMA, 2017).

Apesar de não haver dados oficiais disponíveis acerca do número de agroextrativistas residentes
no interior da unidade, segundo a ONG ÍNDIA, a Resex possuía 16 moradores em 1994. Já de acordo
213
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

com o levantamento da Associação de Seringueiros de Machadinho (ASM), em 2000, o número era de


apenas cinco moradores, ocupando somente uma colocação (SANTANA, 2007). Em 2013, foi
observado que quatro famílias residiam na Resex, porém, cada uma com um integrante apenas,
totalizando quatro moradores (COSTA; CAMPOS, 2013).

Os principais produtos extraídos são o látex da borracha e a castanha-do-Brasil. A extração de


açaí é realizada para consumo dos próprios agroextrativistas e quando há excedente este é
comercializado localmente. As atividades agrícolas são voltadas, em sua maioria, para a subsistência
das famílias (COSTA; CAMPOS, 2013)

O desmatamento acumulado, em 2014, era de 166,81 hectares, correspondendo a pouco mais de


11% da área total da unidade. Ao longo dos últimos anos, o total de áreas desmatadas apresentou-se
decrescente, porém, em 2013 voltou a crescer, ainda que em percentual menor do que nos primeiros
anos da década (ISA, 2017).

3.3.4.2.33 Reserva Extrativista Rio Cautário

A Resex Rio Cautário localiza-se na parte sudoeste de Rondônia. Criada pelo Decreto Estadual
no 7.028, de 08 de agosto de 1995, abrange uma área de 146.400 hectares nos municípios de Guajará-
Mirim e Costa Marques. A drenagem local é tributária das bacias do rio Guaporé, por intermédio do rio
Cautário. (MMA, 2017).

Devido à presença de posseiros, a reserva teve seus limites alterados, acarretando uma redução
de 42.000 hectares em relação à área inicialmente proposta. Esse território excluído é ocupado por 15
famílias de posseiros e três latifundiários (SANTANA, 2007).

A Resex possui cerca de 6,5% de sua área alterada pela presença humana, percentual
considerado baixo em vistas da utilização dessas terras para a extração de borracha há mais de 100 anos.
Ainda hoje, a borracha continua sendo um dos produtos mais importantes na reserva, mas há, também,
extração de castanha em volume considerável e uma recente expansão da atividade agrícola (OLMOS
et al., 1999).

A gestão desta UC é feita pela Associação de Seringueiros Aguapé, a única dentre as associações
de extrativistas que não possui contrato assinado com empresas madeireiras em Rondônia. Os planos de
desenvolvimento e utilização elaborados quando da Cooperação Técnica do PNUD ao PLANAFLORO,
em 1997, servem como guias para o manejo florestal. Há no local uma serraria comunitária, onde é
beneficiada a madeira extraída desse projeto de manejo.

Na Resex, em 1999, havia duas escolas e dois postos de saúde em funcionamento. Do mesmo
ano é a estimativa de que se encontravam no território da reserva 60 colocações, das quais 41 estariam
ocupadas (OLMOS et al., 1999). Segundo dados da ONG ÍNDIA, haviam 282 moradores na unidade,
em 1994; já no levantamento realizado pela ASM, em 2000, verificou-se a presença de 42 famílias
214
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

(SANTANA, 2007). Em 2013, uma pesquisa apontou para 48 famílias de extrativistas no interior da
Resex, num total de 192 pessoas; esses dados mostram que a Reserva Extrativista Rio Cautário é a Resex
estadual mais povoada do estado de Rondônia (COSTA; CAMPOS, 2013).

Os principais problemas visualizados atualmente na reserva são causados pela permanência na


área de pessoas que não são extrativistas quando de sua criação. Essa população não tradicional acaba
ocasionando conflitos ligados à grilagem de terras, ao roubo de madeira e peixes e ao desmatamento
ilegal (SANTANA, 2007). Em relação às áreas desmatadas, no acumulado, em 2013, haviam 2.225,06
hectares desmatados no interior da reserva, o que correspondia, à época, a um percentual de 1,5% de
seu território total (ISA, 2016).

3.3.4.2.34 Reserva Extrativista Rio Preto-Jacundá

Situada nos municípios de Machadinho d’Oeste e Cujubim, a Resex foi criada pelo Decreto
Estadual no 7.336, de 17 de janeiro de 1996, abrangendo uma área de 95.300 hectares (MMA, 2017).

O rio Preto, que dá nome à unidade de conservação é o mais importante da área, sendo um
tributário do rio Machado. Em 1999, menos de 1% de sua vegetação havia sido alterada por atividades
humanas.

Localizada na parte nordeste de Rondônia, a Resex Rio Preto-Jacundá é oriunda da área de dois
antigos seringais, Jatuarana e Vera Cruz, instalados desde 1930. Ainda hoje, a borracha continua sendo
o produto mais importante, seguida pela coleta de castanha e pela extração do óleo de copaíba (OLMOS
et al., 1999). As atividades agrícolas relacionadas à cultura da mandioca e do café também são muito
expressivas na reserva (COSTA; CAMPOS, 2013).

Inexistem dados oficiais acerca da população residente no interior da reserva, mas, em 1994, a
ONG ÍNDIA realizou uma pesquisa e apontou para a existência de 139 moradores. Em 1999, estimava-
se haver 50 colocações, das quais 38 estavam ocupadas à época. Em 2000, quando do levantamento
populacional feito pela ASM, foram registrados 117 moradores, distribuídos em duas comunidades,
ocupando 30 colocações (SANTANA, 2017). Em 2013, durante uma pesquisa de campo, observou-se
que 24 famílias, em um total de 123 pessoas, residiam de forma permanente na Resex (COSTA;
CAMPOS, 2013).

A gestão desta UC é feita pela Associação de Seringueiros, Pescadores e Artesãos Tabajara e,


embora haja uma escola a 5 km da colocação, em Serra Nova, não há posto de saúde nas proximidades.
A área tem alguns títulos definidos e emitidos pelo INCRA quando da criação do estado de Rondônia,
assim como títulos pertencentes a antigos "soldados da borracha"; estes títulos perfazem uma área total
de 25.400 ha, e o restante das terras pertence à União (OLMOS et al., 1999).

Há denúncias sobre a venda irregular de colocações e derrubadas acima dos limites


estabelecidos. O Plano de Manejo prevê uma área de 45.000 hectares, com área anual de exploração de
215
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

2.500 ha; trata-se de um horizonte muito amplo para as cerca de 20 famílias que residem no local.
Segundo o Grupo de Trabalho Amazônico (2008), esse montante elevado se dá por conta da autorização,
cedida pelo Governo do Estado, para uma empresa de Ariquemes explorar madeira dentro da Resex Rio
Preto-Jacundá. Afirma-se que os principais focos de antropização da reserva, em sua porção sul, são
justamente os locais onde esta empresa atua.

Na região sul da Resex, além do desmatamento avançado, é verificada a existência de ocupações


de pequenos agricultores "assentados" irregularmente. Na porção oeste, há um processo acelerado de
invasão para a extração ilegal de madeiras nobres. Já em áreas localizadas às margens dos rios Machado
e Preto (limite natural da reserva), fazendeiros desconsideram a demarcação da Unidade de Conservação
ao delimitar suas propriedades (GTA, 2008).

O total de desmatamento acumulado em 2014 era de 1.917,34 hectares, o que equivale a cerca
de 2% do total territorial da unidade (ISA, 2017). Porém, a exploração ilegal de madeiras por corte
seletivo é responsável pela degradação de uma área bem superior (GTA, 2008). Outras ameaças ao
ecossistema e às populações tradicionais que ali residem são a grilagem de terras e a pesca ilegal.

3.3.4.2.35 Reserva Extrativista Rio Pacaás Novos

Localizada no município de Guajará-Mirim, a Resex Rio Pacaás Novos foi criada pelo Decreto
Estadual no 6.953, de 14 de julho de 1995, abrangendo uma área de 342.904 hectares (MMA, 2017).
Situada na parcela oeste do estado de Rondônia, engloba tributários do rio Guaporé, por meio do rio
Pacaás Novos.

Apesar de não haver dados em bases oficiais a respeito da quantidade de agroextrativistas


residentes no interior da reserva, em 1994, segundo um levantamento realizado pela ONG ÍNDIA,
haviam 40 famílias na Resex, num montante de 155 moradores (SANTANA, 2007). Em 1999, estimava-
se a existência de 80 colocações no interior da reserva, das quais 60 estariam ocupadas à época. Uma
pesquisa de campo de 2013 apontou para um total de 41 famílias tradicionais na área, totalizando 162
pessoas (COSTA; CAMPOS, 2013).

A extração da borracha, que já foi a principal atividade na Resex, encontra-se em declínio. Hoje,
o produto mais explorado é a castanha-do-Brasil. Os moradores praticam agricultura comercial em
pequena escala, e o feijão é a cultura dominante. Além das atividades agrícolas de subsistência, a caça
e a pesca têm relevância acentuada na alimentação da população local (OLMOS et al., 1999).

O Plano de Utilização foi elaborado por meio da Cooperação Técnica do PNUD ao


PLANAFLORO, em 1998. A unidade mantém arquivos atualizados sobre o projeto de implantação do
plano de manejo florestal e tem apoio da Organização dos Seringueiros de Rondônia (OSR) na assessoria
ao manejo (SANTANA, 2007).

216
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Em 2007, haviam três escolas e um posto de saúde na reserva. Mais de 99% da área é de domínio
da União, mas há três posses e três Contratos de Promessa de Compra e Venda de terras, emitidos pelo
INCRA, que somam 2.100 hectares (OLMOS et al., 1999).

A pesca comercial, visando fins lucrativos, é uma das principais ameaças à reserva. O
desmatamento acumulado, até 2014, era da ordem de 2.082,58 hectares, correspondendo a 0,6% do total
territorial da unidade. O número de hectares desmatados anualmente apresenta tendência decrescente
desde 2004, mas em 2013 voltou a crescer, com um total de 33 hectares desmatados nesse último ano.

3.3.4.2.36 Reserva Extrativista Roxinho

Em 04 de setembro de 1995 foi criada a Resex Roxinho no município de Machadinho d’Oeste,


integrante do chamado Complexo Machadinho. O Decreto Estadual no 7.107, responsável por sua
criação, delimitou a área da unidade em 882 hectares (MMA, 2017).

Apesar de não haver dados oficiais disponíveis acerca do número de agroextrativistas residentes
no interior da unidade, em 2013, uma pesquisa realizada em campo apontou para a existência de apenas
duas famílias na Resex, totalizando três habitantes somente (COSTA; CAMPOS, 2013). Levantamento
anterior, realizado pela ASM em 2000, mostrava que, à época, residiam cinco extrativistas, distribuídos
em duas colocações. Uma pesquisa ainda mais antiga, de 1994, feita pela ONG ÍNDIA, constatou a
presença de 13 moradores na reserva naquele ano (SANTANA, 2007).

Os principais produtos extraídos, assim como nas outras Resex situadas na mesma região, são
o látex da borracha e a castanha-do-Brasil. Atividades agrícolas, quando realizadas, visam, apenas, à
subsistência das famílias (COSTA; CAMPOS, 2013).

O desmatamento, no acumulado, em 2006, era de 104,59 hectares, o que correspondia, à época,


a quase 12% da área total da unidade (ISA, 2017). Ainda hoje, a extração ilegal de madeira e a caça são
as maiores ameaças não só ao ecossistema como também às populações tradicionais que ali residem.

3.3.4.2.37 Reserva Extrativista Seringueira

A Resex Seringueira é uma das 15 pequenas reservas extrativistas localizadas em uma área
relativamente pequena do chamado Complexo Machadinho. Situada no município de Machadinho
d’Oeste, essa Resex tem origem na área de antiga reserva de projeto de colonização local. Criada pelo
Decreto Estadual no 7.108, em 4 de setembro de 1995, a unidade abrange uma área total de 537 hectares
(OLMOS et al., 1999).

Administrada pela Associação dos Seringueiros de Machadinho (ASM), a exploração prioritária


é a da borracha, seguida da castanha-do-Brasil. As atividades agrícolas são reduzidas, visando, apenas,
à subsistência das famílias residentes no interior da reserva.

217
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Os dados populacionais da reserva estão indisponíveis em plataformas oficiais, mas, uma


pesquisa realizada pela ONG ÍNDIA, em 1994, dava conta da presença de quatro moradores na Resex;
em 2000, quando de um levantamento da ASM, visualizou-se a residência permanente de oito
moradores, os quais ocupavam duas colocações (SANTANA, 2007). Em uma pesquisa de campo de
2013, apontou-se que havia restado apenas um morador na Reserva Extrativista Seringueira (COSTA;
CAMPOS, 2013).

A Resex dispõe de plano de utilização, mas não há dados sobre manejo de madeira sendo
realizada na mesma. Criada em terras de domínio da União, não são relatadas situações de conflito
fundiário ou de presença de posseiros (OLMOS et al., 1999). O desmatamento, entretanto, é uma
variável de pressão a ser considerada; até 2006, haviam sido desmatados 45,84 hectares, o que
representava, à época, 8,5% do total territorial dessa Unidade de Conservação de Uso Sustentável (ISA,
2017).

3.3.4.2.38 Reserva Extrativista Sucupira

Localizada em Machadinho D`Oeste, a Reserva Extrativista Sucupira foi criada pelo Decreto
Estadual no 7.104, em 04 de setembro de 1995. Parte do chamado Complexo Machadinho, esta Resex
possui área igual a 3.188 hectares.

No ano 2000, quando foi realizado um levantamento populacional em todas as Resex do estado
pela Associação de Seringueiros de Machadinho d’Oeste, não havia presença humana no interior da
reserva, ou seja, nenhum extrativista residia ou explorava a área da unidade. Dentre os principais
motivos que levaram os moradores a deixarem a reserva, acredita-se, está a ausência de infraestrutura,
saúde e educação (SANTANA, 2007). Em 2013, uma pesquisa de campo revelou que uma família,
constituída por três pessoas, havia se instalado na reserva (COSTA; CAMPOS, 2013).

O desmatamento acumulado, em 2007, era de 130,72 hectares, correspondendo a pouco mais de


4% da área total da unidade. Observaram-se picos de número de hectares desmatados em 2002 e 2003,
com, respectivamente, 14 e 20 hectares anuais de desmatamento. (ISA, 2017).

3.3.4.3 Unidades de Conservação Municipais

Como já foi mencionado, há apenas uma Unidade de Conservação sob administrações


municipais em Rondônia. Essa unidade, um Parque Natural, localiza-se na capital do estado, Porto
Velho, e mais informações acerca da mesma estão dispostas a seguir.

3.3.4.3.1 Parque Natural de Porto Velho

Situado no município de Porto Velho, capital do estado, o Parque Natural é a única Unidade de
Conservação sob responsabilidade municipal em Rondônia. Instituído pelo Decreto nº 3.816, publicado
em três de janeiro de 1990, o Parque Natural de Porto Velho compreende uma área de 391 hectares sob
jugo de proteção integral.
218
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

O Parque possui Conselho Gestor e Plano de Manejo, contando com uma infraestrutura de
benfeitorias adequada para seu propósito. Está parcialmente regularizado em relação à situação
fundiária, mas 100% da área é titulada e demarcada pela União.

Suas dependências estão abertas à visitação durante a semana, quando são realizadas atividades
de educação ambiental para alunos do ensino formal, atividades educativas voltadas para os visitantes
em geral e trilhas guiadas.

3.3.4.4 Distribuição Geográfica das Terras Indígenas e Unidades de Conservação

Exibidas as informações acerca das particularidades de cada Terra Indígena e Unidade de


Conservação, é preciso analisar algumas variáveis interessantes que surgem quando se observa o
mosaico de áreas sob algum tipo de tutela de conservação no estado de Rondônia como um todo.
Entre TIs e UCs, somam-se 14.136.105 hectares sob algum tipo de proteção e/ou restrição em
Rondônia, esse total é equivalente a praticamente 60% de todo o território estadual. Retirando-se as
Unidades de Conservação de Uso Sustentável, ou seja, que admitem algum tipo de exploração dos
recursos naturais, que, em conjunto, abrangem 5.804.825 hectares, tem-se que 35% do estado estão sob
jurisdição de unidades de alta restrição de uso, que visam, prioritariamente, a proteção de suas áreas
com o mínimo possível de intervenção humana. A FIGURA 3.39 a seguir apresenta as TIs e UCs de
acordo com os limites municipais.
Considerando que Rondônia, geograficamente, é dividida em duas mesorregiões e 8
microrregiões, bem como observando-se que Unidades de Conservação e Terras Indígenas podem
abranger áreas, ao mesmo tempo, de mais de uma microrregião e até estarem divididas entre as duas
mesorregiões, tem-se a TABELA 3.38, que apresenta, por município, as TIs e UCs do estado.

219
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

FIGURA 3.39 - DISTRIBUIÇÃO DA TERRAS INDÍGENAS E UNIDADES DE CONSERVAÇÃO EM RONDÔNIA


CONSIDERANDO OS LIMITES MUNICIPAIS
Fonte: Adaptado de A .

Das 22 terras indígenas rondonienses, oito abrangem mais de uma microrregião, são
elas: Igarapé-Laje, Massaco, Seringueiras, Rio Branco, Rio Mequéns, Roosevelt, Tanaru e Uru-Eu-
Wau-Wau. Também oito, das 62 unidades de conservação, situam-se, simultaneamente, em mais
de uma
microrregião de Rondônia, a saber: Resex Estadual Pedras Negras, Floresta Estadual Rio
Machado, Parque Estadual Guajará-Mirim, Parque Estadual Corumbiara, Resex Federal Rio Ouro
Preto, REBIO Jaru, REBIO do Guaporé e Parque Nacional de Pacaás Novos.

220
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

TABELA 3.38 - TERRAS INDÍGENAS E UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DE ACORDO COM SUA LOCALIZAÇÃO EM RELAÇÃO À MESORREGIÃO, MICRORREGIÃO E MUNICÍPIOS

Mesorregião Microregião Municípios TI UC


Rio Branco
Alvorada d'Oeste PARNA de Pacaás Novos
Uru-Eu-Wau-Wau
Nova Brasilândia d'Oeste
Alvorada d'Oeste Rio Branco
São Miguel do Guaporé PARNA de Pacaás Novos
Uru-Eu-Wau-Wau
Puruborá
Seringueiras
Uru-Eu-Wau-Wau
Alto Paraíso
Ariquemes
Cacaulândia Uru-Eu-Wau-Wau
Resex Sucupira
Resex Seringueira
Resex Roxinho
Resex Rio Preto-Jacundá
Resex Piquiá
Resex Mogno
Resex Massaranduba
Resex Maracatiara
LESTE Resex Jatobá
Resex Ipê
Ariquemes Machadinho d'Oeste
Resex Garrote
Resex Freijó
Resex Itaúba
Resex Castanheira
Resex Aquariquara
Resex Angelim
FERS Rio Machado
FERS Cedro
REBIO Jaru (F)
PARNA dos Campos Amazônicos
Monte Negro Uru-Eu-Wau-Wau
Rio Crespo
Vale do Anari REBIO Jaru (F)
Resex Pedras Negras
Alta Floresta d'Oeste Massaco PES Corumbiara
Cacoal
REBIO do Guaporé (F)
Alto Alegre dos Parecis Rio Mequéns PES Corumbiara

221
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Mesorregião Microregião Municípios TI UC


RPPN Fazenda Bosco
Cacoal Sete de Setembro RPPN Água Boa
Castanheiras
Roosevelt
Espigão d'Oeste
Sete de Setembro
Ministro Andreazza
Novo Horizonte do Oeste
Rolim de Moura
Santa Luzia d'Oeste
Cabixi
Cerejeiras Rio Mequéns
Colorado do Oeste
Colorado do Oeste
Rio Omerê
Corumbiara PES Corumbiara
Tanaru
Pimenteiras do Oeste Tanaru PES Corumbiara
Governador Jorge Teixeira Uru-Eu-Wau-Wau
Jaru Uru-Eu-Wau-Wau
Ji-Paraná Igarapé-Lourdes REBIO Jaru (F)
Mirante da Serra Uru-Eu-Wau-Wau
Nova União
Ouro Preto do Oeste
Ji-Paraná RPPN Gibeão
Presidente Médici RPPN Irmãos Satelis
RPPN Nova Aurora
Teixeiropólis RPPN Vale das Antas
Theobroma
Urupá
Vale do Paraíso
Tanaru
Chupinguaia
Tubarão/Latundê
Kwazá
Parecis Rio Mequéns
Tanaru
Vilhena
RPPN Parque Leonildo Ferreira 1
Pimenta Bueno Roosevelt
RPPN Parque Leonildo Ferreira 2
Primavera de Rondônia
São Felipe d'Oeste
Vilhena Parque do Aripuanã

222
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Mesorregião Microregião Municípios TI UC


Resex Rio Cautário
Rio Cautário Resex Pedras Negras
Costa Marques Resex Curralinho
PES Serra dos Reis
Uru-Eu-Wau-Wau
PARNA Serra da Cutia
Igarapé-Laje Resex Pacaás Novos
Pacaás Novas Resex Rio Cautário
Rio Cautário REBIO Traçadal
Rio Guaporé REBIO Ouro Preto
Guajará-Mirim
PES Guajará-Mirim
Guajará-Mirim Rio Negro Ocaia
RESEX Rio Ouro Preto (F)
RESEX Barreiro das Antas (F)
Sagarana
RESEX do Rio Cautário (F)
PARNA de Pacaás Novos
Uru-Eu-Wau-Wau
PARNA Serra da Cutia
Massaco
São Francisco do Guaporé Puruborá REBIO do Guaporé (F)
Rio Branco
Buritis Resex Jaci-Paraná
MADEIRA GUAPORÉ
Campo Novo de Rondônia Uru-Eu-Wau-Wau
ESEC Samuel
Candeias do Jamari
FLONA Jacundá
Resex Rio Preto-Jacundá
FERS Tucano
FERS Periquito
Cujubim FERS Mutum
FERS Gavião
FERS Araras
Porto Velho
FLONA do Jamari
ESEC Samuel
Itapuã d'Oeste
FLONA do Jamari
Igarapé-Laje Resex Jaci-Paraná
Igarapé-Ribeirão PES Guajará-Mirim
Nova Mamoré
Karipuna RESEX Rio Ouro Preto (F)
Uru-Eu-Wau-Wau PARNA de Pacaás Novos
Parque Natural de Porto Velho
Porto Velho Cassupá Resex Jaci-Paraná
FERS Rio Vermelho

223
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Mesorregião Microregião Municípios TI UC


FERS Rio Madeira
FERS Rio Machado
Karipuna
APA Rio Madeira
ESEC Serra dos Três Irmãos
RPPN Seringal Assunção
Karitiana RESEX do Lago do Cuniã (F)
FLONA Jacundá
FLONA de Bom Futuro
Kaxarari PARNA Mapinguari
ESEC de Cuniã
Fonte: Adaptado de MMA (2017).

224
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Na TABELA 3.39, as unidades mencionadas acima são contabilizadas mais de uma vez e, por
esse motivo, os totais apresentados na tabela para o estado não correspondem aos números absolutos
mostrados anteriormente. A intenção aqui é proporcionar uma visão geral aproximada da distribuição
geográfica das terras indígenas e unidades de conservação no Estado.

TABELA 3.39 - RESUMO DA DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DE TERRAS INDÍGENAS E UNIDADES DE CONSERVAÇÃO


EM RONDÔNIA DE ACORDO COM NÚMEROS ABSOLUTOS EM MESORREGIÕES E MICRORREGIÕES

Mesoregião Microrregião TI UC Total


Alvorada d’Oeste 03 01 04
Ariquemes 01 20 21
Cacoal 04 05 09
Mesorregião Leste Colorado d’Oestes 03 01 04
Ji-Paraná 02 05 07
Vilhena 06 02 08
TOTAL 19 34 53
Guajará-Mirim 10 14 24
Mesorregião Madeira-
Porto Velho 08 25 33
Guaporé
TOTAL 18 39 57
Fonte: Adaptado de MMA (2017).

O número total de Terras Indígenas e Unidades de Conservação em ambas as mesorregiões é


bastante próximo, com leve predominância na mesorregião Madeira-Guaporé.

Nessa mesorregião, os municípios de maior destaque são Guajará-Mirim e Porto Velho, que
abrigam uma grande quantidade de TIs e UCs. Abaixo algumas curiosidades, ligadas à territórios
protegidos e sustentabilidade, sobre esses municípios.

Guajará-Mirim é conhecida como Cidade Verde, título que recebeu do Instituto Ambiental
Biosfera em 2009, dado que mais de 90% de seu território é de áreas preservadas. O município, que tem
história entrelaçada com a construção da Estrada de Ferro Madeira- Mamoré, abriga 32 aldeias com uma
população total de 4.721 indígenas. A cidade é a segunda maior em extensão e também a segunda mais
antiga do estado, ficando atrás apenas de Porto Velho. Em Guajará-Mirim vivem 46.203 moradores, os
quais distribuem-se de forma bastante desigual pelos cerca de 25 mil km2 do município.

Porto Velho, capital do estado, abriga uma população de pouco mais de 500 mil pessoas em
uma área total de 34.082 km2. No município encontram-se os últimos remanescentes de importantes
etnias indígenas, como os Karitiana e os Cassupá, estando a TI habitada por estes últimos, muito próxima
da sede do município, em área urbana. Em Porto Velho encontra-se a única Unidade de Conservação
municipal, o Parque Natural de Porto Velho e ali são encontradas várias Florestas Estaduais e uma das
maiores Reservas Extrativistas do estado, a Resex do Lago do Cuniã.

Na mesorregião Leste, os números totais de unidades de conservação são inflados pelo chamado
Complexo do Machadinho, situado no município de Machadinho d’Oeste, onde estão localizadas 15
pequenas reservas extrativistas oriundas de reservas ambientais de um projeto de assentamento local.
Oito das nove RPPN que existem no estado encontram-se na mesorregião Leste. Essas informações
permitem observar que, apesar de, em números absolutos, as duas mesorregiões estarem muito
225
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

próximas, em termos de área há franco predomínio das terras indígenas e unidades de conservação na
mesorregião Leste.

3.3.4.4.1 Terras Indígenas e Unidades de Conservação no contexto das Unidades Hidrográficas de


Gestão

As Tis e UCs, sejam de proteção integral ou uso sustentável, são áreas de baixos impactos sobre
os recursos naturais, dado que estão expostas a inúmeras restrições de uso e são constantemente
fiscalizadas por órgãos ambientais. No contexto das UHGs, isso é de extrema importância, uma vez que
um mosaico intenso de áreas protegidas resulta em menores impactos e pressões sobre as bacias e os
cursos d’água. Abaixo é apresentada a distribuição das TIs e UCs no estado, considerando as UHGs
(FIGURA 3.40).

FIGURA 3.40 - DISTRIBUIÇÃO DA TERRAS INDÍGENAS E UNIDADES DE CONSERVAÇÃO EM RONDÔNIA


CONSIDERANDO OS LIMITES MUNICIPAIS, AAS BACIAS HIDROGRÁFICAS E UNIDADES HIDROGRÁFICAS DE
GESTÃO
Fonte: Adaptado de A .

Percebe-se, pela FIGURA 3.40 , que grande parte do território estadual se encontra submetido
às normas de restrição ambiental competentes às Terras Indígenas e Unidades de Conservação. A
delimitação dessas áreas especiais é uma importante ferramenta para conservação dos recursos hídricos,
flora e fauna, dado que, para os povos que as habitam – no caso das TIs e das UCs de Uso Sustentável
– é essencial proteger os recursos naturais para assegurar sua sobrevivência. Áreas sob proteção integral
são ainda menos suscetíveis a danos em seus ecossistemas, uma vez que praticamente toda atividade
humana que possa intervir em sua biota é proibida.
226
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Outro aspecto a ser considerado é a distribuição das sedes municipais em relação às TIs, UCs e
UHGs, uma vez que as sedes dos municípios, geralmente mais populosas do que o resto de seus
territórios, exercem maiores pressões sobre os recursos hídricos e permitem maior acesso às áreas sob
proteção, o que pode desencadear números maiores de invasões desses territórios para a exploração
ilegal de seus recursos naturais. A FIGURA 3.41 apresenta essa disposição.

FIGURA 3.41 - RECORTE DAS TERRAS INDÍGENAS, UNIDADES DE CONSERVAÇÃO E UNIDADES HIDROGRÁFICAS
DE GESTÃO EM RELAÇÃO ÀS SEDES MUNICIPAIS EM RONDÔNIA
Fonte: Adaptado de A .

Observa-se uma maior concentração das sedes municipais acompanhando o eixo da BR-364.
Já as Terras Indígenas e Unidades de Conservação distanciam-se desse mesmo eixo, localizando-se
nas extremidades do território do estado. Isso indica uma menor pressão sobre as áreas de proteção,
ainda que muitas estejam sujeitas às atividades de exploração madeireira e garimpagem, como já
atestado no presente estudo, seu distanciamento dos centros urbanos fornece uma espécie de
barreira geográfica para a interferência humana de maneira significativa.

Em relação às Unidades Hidrográficas de Gestão, com base na distribuição das sedes


municipais, é possível perceber que as UHGs sob maior pressão demográfica são Médio Rio Machado,
Margem Direita do Rio Jamari e Rio Jaru, nas quais, a proporção de sedes de municípios é inversa ao
número de Terras Indígenas e Unidades de Conservação, gerando maior impacto sobre os recursos
hídricos, os quais são mais demandados e estão sujeitos a maiores intervenções humanas.

227
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Para a análise, em separado, as Terras Indígenas, que ocupam cerca de 25% do território
rondoniense, num total aproximado de 6.131.005 hectares, apresenta-se a FIGURA 3.42, com a
distribuição espacial dessas terras no estado, inserindo-as no mapa com indicações sobre as Unidades
Hidrográficas de Gestão.

São visualizadas significativas concentrações de áreas indígenas na porção central e oeste de


Rondônia, havendo, também, uma mancha de grandes dimensões na porção sudeste, divisa com o estado
de Mato Grosso.

Três bacias hidrográficas concentram a maior parte das áreas de terras indígenas, sendo elas: a
Bacia do Rio Mamoré, a Bacia do Rio Guaporé e a Bacia do Rio Roosevelt. Áreas menos expressivas
de TIs são encontradas na Bacia do Rio Madeira, na Bacia do Rio Jamari e na Bacia do Rio Machado.
Na Bacia do Rio Abunã situa-se apenas uma parte da TI Kaxarari.

Em relação às Unidades Hidrográficas de Gestão, estabelecidas para o presente trabalho,


destaca-se que, dentre as 19 UHGs, apenas em sete não há presença de Terras Indígenas, sendo elas:
Margem Esquerda do Rio Madeira, Médio Rio Madeira, Baixo Rio Madeira, Baixo Rio Jamari, Baixo
Rio Machado, Margem Direita Rio Jamari e Alto Rio Guaporé.

FIGURA 3.42 - LOCALIZAÇÃO DAS TERRAS INDÍGENAS NO ESTADO DE RONDÔNIA DE ACORDO COM AS UNIDADES
HIDROGRÁFICAS DE GESTÃO E BACIAS HIDROGRÁFICAS
Fonte: Adaptado de MMA (2017).

A maior concentração de TIs se dá, a oeste, nas unidades Baixo Rio Guaporé, Rio Branco e Rio
Colorado, Alto Rio Mamoré e Alto Rio Jamari, sendo esta última praticamente 100% coberta por terras
228
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

indígenas. Essas UHGs provavelmente estão sob menor pressão, uma vez que a ocupação humana nas
TIs é baixa e o consumo e os impactos sobre os recursos hídricos são menores nessas áreas. A outra
mancha de relevância, por suas dimensões, encontra-se na porção sudeste e abrange a UHG Rio
Roosevelt.
Considerando, na sequência, as Unidades de Conservação, que ocupam cerca de 35% do
território rondoniense, num total aproximado de 8.005.100 hectares, apresenta-se a FIGURA 3.43, com
a distribuição espacial dessas terras no estado, inserindo-as no mapa com indicações sobre as Unidades
Hidrográficas de Gestão.

FIGURA 3.43 - LOCALIZAÇÃO DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NO ESTADO DE RONDÔNIA DE ACORDO COM AS
UNIDADES HIDROGRÁFICAS DE GESTÃO E BACIAS HIDROGRÁFICAS
Fonte: Adaptado de MMA (2017).

A concentração de áreas de Unidades de Conservação é visualizada nas porções oeste e nordeste


do estado. A região sudeste não apresenta nenhuma mancha indicando UC no local. Essa distribuição
corresponde ao afastamento das unidades do eixo da BR-364, como mencionado anteriormente.

A maior parte das áreas de unidades de conservação estão nas Bacias do Rio Mamoré, do Rio
Guaporé e do Rio Madeira. Na porção norte da Bacia do Rio Machado também são encontradas manchas
expressivas de UCs. Existem três pequenas áreas sob conservação na Bacia do Rio Jamari, mas, nas
bacias do Rio Abunã e do Rio Roosevelt, não são encontradas nenhuma unidade de conservação.

Em relação às Unidades Hidrográficas de Gestão, observa-se que em somente quatro das 19


UHGs, não são visualizadas manchas de Unidades de Conservação, a saber: Rio Abunã, Rio Roosevelt,
Alto Rio Guaporé e Alto Rio Machado. As UHGs Médio Rio Madeira, Baixo Rio Jamari, Margem
229
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Esquerda do Rio Jamari, Margem Direita do Rio Jamari, Alto Rio Jamari e Médio Rio Machado
apresentam pequenas manchas que compõem mosaicos maiores de unidades de conservação em outras
unidades hidrográficas.

A maior concentração de UCs encontra-se nas unidades Baixo Rio Machado e Rio Mamoré.
Também podem ser observadas manchas expressivas nas porções oeste das UHGs Rio Branco e
Colorado e Médio Rio Guaporé, bem como na porção norte da UHG Rio Jaru. As unidades hidrográficas
Margem Esquerda do Rio Madeira e Baixo Rio Madeira estão praticamente encobertas por unidades de
conservação. Assim, considerando uma baixa ocupação humana nas UCs, acredita-se que essas
Unidades Hidrográficas de Gestão estão submetidas a menores pressões sobre seus recursos hídricos.

Analisando o conjunto de Terras Indígenas e Unidades de Conservação que compõem o mosaico


de áreas sob alguma espécie de proteção em Rondônia, tem-se que as Unidades Hidrográficas de Gestão
submetidas a maiores impactos são justamente as que acompanham o eixo da BR-364. Ali há maior
concentração populacional e são raras as manchas correspondentes às áreas de preservação. Nesse
contexto, ressalta-se a importância de permanente avaliação das UHGs como um todo e, também,
considerando o exposto neste tópico, de fornecer atenção especial às unidades Alto Rio Guaporé, Alto
Rio Machado, Médio Rio Machado, Rio Jaru, Margem Direita do Rio Jamari, Margem Esquerda do Rio
Jamari, Baixo Rio Jamari e Rio Abunã.

3.4 ANÁLISE INSTITUCIONAL E LEGAL

Os objetivos deste capítulo são mapear as principais instituições, políticas e programas que
apresentam interface com a gestão dos recursos hídricos e o meio ambiente, em níveis federal e estadual,
e analisar atribuições, abrangência espacial e setorial e formas de atuação relevantes para o Plano
Estadual de Recursos Hídricos do Estado de Rondônia (PERH-RO).

A pesquisa identificou quatro categorias: (i) planos regionais de desenvolvimento; (ii)


programas de incentivo socioeconômico; (iii) ordenamento territorial; (iv) meio ambiente e recursos
hídricos.

O primeiro tópico analisa três planos de desenvolvimento regional: o Plano de Desenvolvimento


Estadual Sustentável de Rondônia (PDES-RO) 2015-2030; o Plano Estratégico 2016-2020 - Rondônia
de Oportunidades e o Plano de Desenvolvimento Integrado de Fronteira do Estado de Rondônia – (PDIF-
RO).

O segundo tópico apresenta programas e políticas setoriais de incentivo socioeconômico:


Programa Integrado de Desenvolvimento e Inclusão Socioeconômica do Estado de Rondônia (PIDISE);
Programas de Apoio à Agropecuária; Política de Fomento à Pesca e Aquicultura. Também menciona a
existência de um conselho específico do setor.

230
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

O terceiro tópico analisa o Zoneamento Socioeconômico-Ecológico de Rondônia (ZSEE) e os


Planos Diretores Municipais.

Por último, o quarto tópico apresenta o Sistema Estadual de Desenvolvimento Ambiental, que
inclui a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Ambiental (SEDAM); o Sistema de Unidades de
Conservação; outras iniciativas relevantes para a conservação dos recursos naturais em Rondônia; a
Política Estadual de Recursos Hídricos e o Programa de Saneamento Básico.

As políticas selecionadas para análise e o sistema institucional que lhes dá suporte não esgota
todas as iniciativas existentes no estado de Rondônia. O que se busca é identificar as interfaces entre
ações que podem gerar impactos sobre os recursos hídricos estaduais e as que contribuem para sua
proteção e uso sustentável.

3.4.1 Planos Regionais de Desenvolvimento


3.4.1.1 Plano de Desenvolvimento Estadual Sustentável de Rondônia 2015-2030 (PDES-RO)

O "Plano de Desenvolvimento Estadual Sustentável de Rondônia 2010-2030 (PDES-RO)" foi


elaborado com base nas diretrizes da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR),
instituída pelo Decreto nº 6.047/2007, de responsabilidade do Ministério da Integração Nacional (MI),
com apoio técnico do Instituto Interamericano de Cooperação para Agricultura (IICA) e elaboração pela
empresa de consultoria CON&SEA, em parceria com técnicos do Governo do Estado.

O objetivo estratégico do PDES é estabelecer o planejamento do desenvolvimento sustentável


do estado de Rondônia, com base no conhecimento de sua realidade e nas políticas públicas voltadas ao
desenvolvimento socioeconômico, mediante a execução de um conjunto de diretrizes, programas e
projetos. O Plano apresenta quatro diretrizes estratégicas, 28 programas e 157 projetos prioritários, com
metas e ações para os próximos 5, 10 e 15 anos.

Além desse objetivo estratégico o Plano visa também a superação das desigualdades sociais e a
promoção da elevação da qualidade de vida da população por meio da valorização dos recursos
endógenos socioeconômicos e ambientais do estado. Em síntese, o fomento ao desenvolvimento social,
regional e local e à infraestrutura logística por meio de atividades econômicas socialmente inclusivas,
economicamente dinâmicas, tecnologicamente inovadoras e ambientalmente sustentáveis. O Plano
considera também a inserção da Região Norte no mercado internacional no contexto de novos
investimentos em infraestrutura planejados para Rondônia.

O Plano foi elaborado com base em um Diagnóstico Situacional Participativo debatido durante
dois anos em mais de 10 audiências públicas, com forte participação de todos os setores da sociedade
regional. Está fundamentado em sete dimensões: histórica, geoambiental, demográfica, econômica,
social, infraestrutura e logística e político-institucional, inspiradas na PNDR.

O resultado dos estudos e debates públicos deu origem às quatro diretrizes do PDES:

231
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

I - Territorialização e Gestão Ambiental: inclui a abordagem territorial, a gestão ambiental e a


sustentabilidade.

II – Bem-Estar Social: envolve a ação do estado na promoção e acesso aos serviços públicos.

III - Competitividade Sustentável: inclui dotação de infraestrutura logística e fomento do


desenvolvimento econômico inclusivo com base nos ativos regionais.

IV - Modernização da Gestão Pública: institui mecanismos de governança e gestão de excelência


na administração pública e no planejamento do desenvolvimento do estado.

A existência de um plano de desenvolvimento sustentável que, se for transformado em lei,


orientará o futuro de Rondônia nos próximos 30 anos, traz alguma segurança para a gestão dos recursos
hídricos do estado. No âmbito das diretrizes mencionadas, alguns programas e projetos foram
selecionados pela relação direta que apresentam com o tema deste estudo.

Diretriz I - Territorialização e Gestão Ambiental

Territorialização

• Implementação e execução do Zoneamento Socioeconômico-Ecológico de Rondônia (ZSEE-


RO) e elaboração de Planos Territoriais de Desenvolvimento Rural Sustentável (PTDRS).

Gestão Ambiental

• Projetos que influenciam sobre a qualidade dos recursos hídricos: regularização fundiária e
cadastro ambiental rural; criação e gestão de unidades de conservação estaduais; recuperação de
áreas degradadas; acordos de pesca, controle de desmatamento e queimadas; gestão de recursos
hídricos.
• Plano de Desenvolvimento Integrado de Fronteira de Rondônia (PDIF-RO).

Diretriz II – Bem-Estar Social

• Programa Saneamento: projetos de esgotamento sanitário, de gestão de recursos sólidos e de


drenagem urbana.

Diretriz III - Competitividade Sustentável

• Programas que podem impactar os recursos hídricos: apoio à lavoura cafeeira, cacaueira e à
cadeia produtiva da soja; ao desenvolvimento industrial, especialmente ao processamento de
couro; consolidação do setor mineral.
• Programas que utilizam a base de recursos naturais: sustentabilidade no setor madeireiro;
organização dos produtos da sociobiodiversidade; promoção do turismo.
• Projeto de infraestrutura portuária, navegação e hidrovia.

232
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Diretriz IV - Modernização da Gestão Pública

Dentre os objetivos voltados para a modernização da gestão pública deve-se salientar a proposta
de construção de um modelo de gestão do PDES-RO. Para a sua execução está prevista a implementação
de um fluxo de informações a serem disponibilizadas no Observatório de Desenvolvimento Regional
(ODR), de estratégias de implementação, da correlação entre os programas e projetos com o PPA
Federal e Estadual, de resultados esperados com o uso de indicadores, além das fontes de financiamento
e incentivos fiscais disponíveis.

Essa iniciativa pode ser considerada inovadora em termos de gestão pública. Se o PDES de
Rondônia for transformado em lei, o sistema de gestão poderá impedir a descontinuidade das ações de
interesse público a cada mudança governamental e assegurar o aperfeiçoamento continuado dos
programas e projetos em benefício da sociedade.

3.4.1.2 Plano Estratégico 2016-2020 - Rondônia de Oportunidades

O "Plano Estratégico 2016-2020 - Rondônia de Oportunidades" é uma revisão do plano com o


mesmo nome executado no período 2013-2015, cobrindo as duas gestões do governador Confúcio
Moura. Está alinhado com o PDES-RO, ajustando a execução dos programas e projetos para um período
de tempo mais curto e imediato.

O Plano Estratégico afirma que Rondônia continua sendo um estado de oportunidades, mas que
é preciso explorar suas potencialidades. O estado deve avançar para se tornar moderno e eficiente na
utilização dos recursos públicos, mais acessível ao cidadão, competitivo e sustentável, com municípios
prósperos, proporcionando à sociedade bem-estar e cidadania plena.

O Plano está fundamentado em quatro perspectivas integradas em um conjunto de ações e


projetos que visam assegurar os resultados estabelecidos: modernização da gestão pública,
competitividade sustentável, desenvolvimento dos municípios e bem-estar social. Para os fins deste
trabalho é interessante salientar as diretrizes para competitividade sustentável e desenvolvimento dos
municípios.

O ponto de partida é a constatação do IBGE de que Rondônia é o estado brasileiro que mais
cresce e que deve continuar no mesmo ritmo até 2020. Entretanto, esse desempenho na economia gerou
impactos ambientais e o estado é recordista nacional em desmatamento de acordo com dados do
Ministério do Meio Ambiente. O Plano Estratégico parte da premissa do equilíbrio entre o crescimento
econômico e a sustentabilidade ambiental e propõe medidas que simultaneamente agreguem
competitividade e contribuam para o desenvolvimento social e a preservação do meio ambiente.

233
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Competitividade Sustentável

Três áreas estão agrupadas nesse tema: fomento a empreendimentos e atividades, gestão
ambiental e inovação, ciência e tecnologia. No que se refere à proteção e/ou ameaça aos recursos
hídricos algumas ações e projetos devem ser mencionados.

Fomento a Empreendimentos e Atividades – Metas:

• Elevar para 25% a participação do agronegócio do PIB no estado.


• Elevar em 25% a produção industrial.
• Reduzir em 60% de tempo médio de emissão de licenças ambientais.
• Reduzir o tempo médio para de inspeção estadual.

As metas dessa área são ambiciosas e certamente vão ampliar os impactos sobre os recursos
naturais uma vez que a legislação ambiental não vem sendo respeitada no estado nos últimos anos.

Gestão Ambiental – Metas:

• Reduzir em 100% o índice de desmatamento ilegal.


• Capacitar 40% das cooperativas e associações produtivas.
• Implantar planos do manejo em 40% das unidades de conservação.
• Recuperar 60% das áreas degradadas.

O estado reconhece a importância da pecuária na economia e afirma que sua expansão tem
agravado a degradação ambiental, limitando a expansão de áreas de produção e reduzindo a
biodiversidade. Um dos objetivos é reduzir os índices de exploração ilegal, fortalecer a gestão das
unidades de conservação e recuperar as áreas degradadas.

Desenvolvimento dos Municípios

O plano parte do pressuposto que as políticas são executadas no municípios e iniciativas


estratégicas do ponto de vista da proteção aos recursos hídricos estão delineados nesse tópico:
ordenamento territorial e urbanização de Porto Velho.

Ordenamento Territorial – Metas:

• Aumentar em 30% a participação do setor produtivo no PIB.


• Atualizar o ZSEE.
• Reduzir a zero o desmatamento nas unidades de conservação.
• Reduzir a zero o índice de desmatamento ilegal.
• Reduzir 50% dos conflitos fundiários.
• Fomentar a atualização de 100% dos planos diretores municipais.

234
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

A ocupação desordenada de Rondônia em decorrência dos diferentes fluxos migratórios já


analisados, marcaram a dinâmica territorial com impactos sobre a qualidade de vida urbana, o
desmatamento e a degradação ambiental. O desafio será conciliar metas de redução do desmatamento
com o crescimento do PIB.

Os desafios são a atualização e reestruturação do ZSEE e a articulação das políticas de


ordenamento com a gestão ambiental e a promoção do desenvolvimento. São necessárias, também, ações
de ordenamento fundiário e territorial em áreas críticas.

Urbanização de Porto Velho

A situação crítica do saneamento na cidade de Porto Velho (apenas 2% dos domicílios


atendidos), assim como a baixa qualidade de vida na cidade levaram o governo a priorizar ações na
capital. A meta é elevar para 70% o número de domicílios atendidos com saneamento básico (água e
esgoto) até dezembro de 2020.

Governança

Na primeira versão do Plano Estratégico Rondônia de Oportunidades (2013-2018) foi criado um


modelo de governança e gestão voltado para resultados, sendo definidos programas estruturantes,
projetos prioritários, metas e indicadores que são acompanhados, monitorados e avaliados pela
Secretaria de Estado de Assuntos Estratégicos (SEAE), através do Escritório de Gerenciamento de
Programas e Projetos (EGPP). A mesma estrutura foi mantida para governança e gestão do plano
atualizado para o período 2016-2020.

3.4.1.3 Plano de Desenvolvimento Integrado de Fronteira do Estado de Rondônia (PDIF-RO)

O estado de Rondônia tem aproximadamente 1.342 km de fronteira com a Bolívia, banhada


pelos rios Guaporé, Mamoré, Madeira e Abunã. O "Plano de Desenvolvimento Integrado de Fronteira
do Estado de Rondônia (PDIF-RO)" está voltado para os 27 municípios que fazem fronteira com aquele
país ou estão na faixa dos 150 km da linha de fronteira. Foi elaborado em 2016 pelo Núcleo Estadual
para o Desenvolvimento e Integração da Faixa de Fronteira (NEIFRO) e está estruturado em três eixos:

• Modelo de Desenvolvimento para Faixa de Fronteira.


• Política de Desenvolvimento Regional Fronteiriça.
• Organização dos Programas e Projetos em Eixos Estratégicos.

O NEIFRO tem como objetivo mobilizar instituições atuantes na faixa de fronteira visando
sistematizar as demandas locais, analisar propostas de ação e formular o PDIF-RO. Foi criado pelo
Decreto nº 16.612/12 e está ligado à Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão
(SEPOG).

A criação do NEIFRO e a elaboração do PDIF-RO foram resultado de ações do Governo


Estadual realizadas em conjunto com o Governo Federal, que atuou por meio da Comissão Permanente
235
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

para o Desenvolvimento e a Integração da Faixa de Fronteira (CDIF), do Ministério de Integração


Nacional.

O PDIF-RO objetiva estruturar ações em eixos temáticos, elencando projetos e programas


integradores para a região fronteiriça almejando a inclusão socioeconômica, a melhoria da qualidade de
vida e a preservação ambiental. Promove a estruturação física e econômica, buscando o
desenvolvimento regional, fortalecendo a cidadania, potencializando a geração de trabalho e renda a
partir da cooperação, articulação e inovação das instituições locais.

Segundo o PDIF-RO, Rondônia pode vir a ser um grande polo de desenvolvimento sustentável
da Região Norte, com receitas oriundas da geração de energia das hidroelétricas do Madeira e da
exportação, destacando-se os seguintes setores:

• Geração de energia: é o terceiro polo de geração de energia hidroelétrica do Brasil.


• Mineração: o estado possui jazidas de cassiterita, ouro, calcário, columbita, nióbio, topázio,
ametista, diamante, manganês, rochas ornamentais e agregados de uso imediato na construção
civil.
• Agricultura: o estado ocupa lugar de destaque na Região Norte sendo 3ª posição em produção
de grãos e 1º lugar na produção de café e feijão.
• Pecuária: possui o 7º maior rebanho de gado de corte do país, com 13,2 milhões de cabeças de
gado, o segundo da região Norte.
• Piscicultura: primeira posição no ranking nacional com 75 mil toneladas de peixes/ano
produzidas, usando águas públicas e tanques escavados.

Por outro lado, ainda segundo o PDIF, a região de fronteira é pouco desenvolvida
economicamente e historicamente abandonada pelo estado, marcada pela dificuldade de acesso a bens
e serviços públicos, limitada coesão social e cidadania. Está distante do eixo de desenvolvimento
estadual, a BR-364, afastada dos grandes centros consumidores, sendo região de difícil acesso por falta
infraestrutura logística.

Os municípios situados na região de fronteira têm aproximadamente 90% de suas áreas


destinadas a unidades de conservação e terras indígenas. A economia é baseada na agropecuária e no
extrativismo e a população é caracterizada por ribeirinhos, remanescentes de quilombos, indígenas,
pescadores e seringueiros. A Área de Livre Comércio Guajará-Mirim tem impacto econômico limitado
e Zona Franca Verde só dará resultados com a implantação de um polo industrial da sociobiodiversidade.

236
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

3.4.2 Programas de Incentivo Socioeconômico


3.4.2.1 Programa Integrado de Desenvolvimento e Inclusão Socioeconômica do Estado de
Rondônia (PIDISE)

O "Programa Integrado de Desenvolvimento e Inclusão Socioeconômica do Estado de Rondônia


(PIDISE)" visa ampliar e modernizar a infraestrutura social e econômica do estado, por meio da
organização do processo de desenvolvimento, com sustentabilidade e inclusão social.

O PIDISE foi instituído em 2012 pela Lei nº 2.864/12 e é gerenciado pelo Núcleo Especial de
Gestão do Programa Integrado de Desenvolvimento e Inclusão Socioeconômica (NUGEP/PIDISE)
ligado à Secretaria de Estado de Assuntos Estratégicos (SEAE). Os recursos para a execução do
Programa vêm de um empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES) cujo valor total é de R$ 542.627.000,00, incluindo a contrapartida do Governo do Estado.

Os programas do PIDISE estão focados no eixo da BR-364, no complexo hidrelétrico do rio


Madeira e nas linhas de transmissão de energia elétrica. São beneficiários diretos do programa: pequenos
e médios produtores da cadeia produtiva do pescado e da agroindústria; famílias de baixa renda
contempladas em programas de proteção social e de habitação; comunidades escolares da área rural e
urbana; usuários dos serviços públicos de segurança, saúde, saneamento; empresários e instituições
públicas.

O programa apoia atividades relevantes para as questões ambientais e de produção sustentável


notadamente os seguintes subprogramas: Implantação, Melhorias e Ampliação dos Serviços de Saúde e
Saneamento; Desenvolvimento do Turismo e Preservação e Conservação do Patrimônio Histórico e
Cultural e Desenvolvimento Econômico, Competitividade e Fortalecimento dos Arranjos Produtivos. O
PIDISE foi instalado em 2012, os contratos de obras iniciaram em 2014 e continuam sendo
implementados.

3.4.2.2 Programas de Apoio à Agropecuária

Os programas de apoio à agropecuária foram selecionados para análise por focarem nos
pequenos produtores rurais, segmento relevante na estrutura fundiária e produtiva de Rondônia e
historicamente responsáveis por parte relevante do desmatamento da Amazônia. A implementação de
mudanças nos processos produtivos destes agricultores pode mudar esta realidade.

- Programa Nacional do Crédito Fundiário em Rondônia (PNCF)

O "Programa Nacional do Crédito Fundiário em Rondônia (PNCF)" beneficiou mais de 500


famílias desde que foi criado em 2007. Em 2015 foram aplicados mais de R$ 35 milhões, beneficiando
250 pequenos agricultores familiares e suas comunidades. Para 2017 projeta-se um atendimento de 400
famílias no primeiro semestre, um investimento de R$ 45 milhões.

237
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

O Programa é administrado pela Unidade Técnica Estadual (UTE) da Secretaria da Agricultura,


Pecuária, Desenvolvimento e Regularização Fundiária (SEAGRI) e abrange infraestrutura comunitária,
construção de casas, consolidação de projetos produtivos, acompanhamento e monitoramento de
unidades familiares, regularização e revitalização de comunidades.

- Arranjos Produtivos Locais (APL)

O "Núcleo Estadual de Arranjos Produtivos Locais (NEAPL/RO)" foi instituído pelo Decreto
Estadual nº 13.666, de 16 de junho de 2008, sob a coordenação da Secretaria da Agricultura e envolve
28 instituições do governo e da sociedade.

As atividades do NEAPL/RO são as seguintes: prover infraestrutura para o crescimento dos


APLs; apoiar o ensino e treinamento de mão-de-obra; apoiar atividades e centros de pesquisa e
desenvolvimento; financiar investimentos cooperativos; fazer investimentos públicos que gerem
externalidades; ser interlocutor, estruturador e promover o aperfeiçoamento das entidades
representativas dos empresários da cadeia produtiva.

Os APLs priorizados são os seguintes: apicultura em Vilhena; piscicultura em Pimenta Bueno e


Ariquemes; pecuária de leite em Ji –Paraná; sistemas agroflorestais em Ouro Preto; madeira móveis em
Ariquemes; fruticultura em Porto Velho, Cacoal e Rolim de Moura; confecção em Pimenta Bueno;
hortigranjeiro em Porto Velho; turismo e produtos da sociobiodiversidade da região do Mamoré em
Guajará-Mirim.
- Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Pecuária Leiteira (PROLEITE)

O "Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Pecuária Leiteira (PROLEITE)" visa promover


o desenvolvimento, a competitividade e a sustentabilidade da pecuária leiteira, por meio da implantação
de ações e projetos estruturantes. Foi criado em 1999 tendo como gestores a SEAGRI e a EMATER-
RO.

Cobre 35 dos 52 municípios do estado atendendo aproximadamente 35 mil produtores. O parque


industrial lácteo estadual é composto por 97 indústrias sendo que 48 possuem Serviço de Inspeção
Federal-SIF; 29 possuem Serviço de Inspeção Estadual-SIE; e 38 possuem Serviço de Inspeção
Municipal-SIM. O mercado consumidor de Rondônia absorve 35% da produção láctea do estado e os
65% restantes são comercializados com outros estados da federação (SEBRAE/RO, 2015).

- Pequena Produção Agropecuária do Estado de Rondônia (PROVE-RO)

O programa "Pequena Produção Agropecuária do Estado de Rondônia (PROVE-RO)" objetiva


incentivar os pequenos proprietários rurais a produzir, industrializar e comercializar seus produtos
diretamente, visando a inclusão no processo de agroindustrialização, com a finalidade de agregar valor
à produção, gerar renda, oportunizar trabalho e permanência da família no meio rural. São beneficiados

238
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

empreendimentos como polpa de frutas, produtos lácteos, panificação, mel, defumados, frigoríficos,
entre outros.

- Programa de Assistência de Técnica e Extensão Rural (PROATER)

O "Programa de Assistência de Técnica e Extensão Rural (PROATER) atua nas dimensões


econômica, social e ambiental. Usa uma abordagem territorial, na qual a participação das organizações
de agricultores é fundamental para a definição de prioridades em nível de comunidade, distrito,
município ou território.

A dimensão econômica compreende o apoio à produção vegetal e animal. A produção vegetal é


composta por culturas perenes (café, urucum, mandioca e cacau), culturas anuais (arroz, milho, feijão),
olericultura (hortaliças folhosas, tuberosas e de frutos) e fruticultura (banana, abacaxi e maracujá). A
produção animal compreende pecuária de leite, pecuária de corte (na agricultura familiar), pequenos
animais (ovinos, suínos, aves e abelhas) e piscicultura. A dimensão social dá ênfase aos programas de
inclusão do governo federal (Programa de Aquisição de Alimentos – PAA e Programa Nacional de
Alimentação Escolar – PNAE) e organização social rural.

Na dimensão ambiental é dada ênfase à regularização ambiental pelo Cadastro Ambiental Rural
(CAR), conservação de solo e água, com ênfase nas bacias hidrográficas, destinação dos resíduos
sólidos, preservação e conservação de matas ciliares, implantação e manutenção de Sistemas
Agroflorestais – (SAFs), recuperação de pastagens degradadas, integração lavoura-pecuária-floresta,
florestas plantadas e outras práticas de agricultura sustentável.

O PROATER em 2016 planejou atender a 1.121 organizações sociais sendo: 918 associações,
49 cooperativas, 108 conselhos e 46 sindicatos e fornecer assistência a cerca de 41 mil famílias de
agricultores.

- Políticas para Fomento à Pesca e Aquicultura

A Lei nº 1.038 de 22 de janeiro de 2002 regula as atividades da pesca e da aquicultura, com


vistas à preservação da biota aquática do estado de Rondônia. O Decreto nº 14.084/09 estabelece
diretrizes para proteção à pesca e estímulos à aquicultura do estado de Rondônia.

A permissão, proibição, fiscalização, utilização de aparelhos, métodos e técnicas utilizadas na


exploração da atividade pesqueira e o sistema de licenciamento são regulamentados pelo Decreto nº
10.227/02.

Define também que, para o exercício das atividades de pesca profissional, amadora, científica,
importação e exportação de qualquer espécime do grupo dos peixes no estado, deverá ser obtida licença
ou registro junto à SEDAM. O Decreto detalha as normas e procedimentos para a obtenção desta licença.

239
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

- Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável - CEDRS

O Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável (CEDRS) é um colegiado


integrante da estrutura organizacional da Secretaria de Estado da Agricultura (SEAGRI) com o objetivo
de promover, em consonância com programas e políticas do Governo Federal, o desenvolvimento rural
sustentável do estado, o fortalecimento da agricultura familiar, o acesso à terra e a diversificação das
economias rurais.

O CEDRS por instituído pela Lei Complementar nº 844 de 27 de novembro de 2015 e é


composto por representantes de 35 órgãos públicos, privados e da sociedade civil:

• Secretaria de Estado da Agricultura - SEAGRI


• Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental - SEDAM
• Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão - SEPOG
• Secretaria de Estado de Finanças - SEFIN
• Superintendência de Desenvolvimento do Estado de Rondônia - SUDER
• Empresa Estadual de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia - EMATER-
RO
• Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira - CEPLAC
• Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia - IDARON
• Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA
• Centro de Pesquisa Agroflorestal de Rondônia - CPAFRO EMBRAPA
• Superintendência Regional de Rondônia da Companhia Nacional de Abastecimento - CONAB
• Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento em Rondônia - SFA -
• RO/MAPA
• Superintendência Estadual do Banco do Brasil S/A - BB
• Superintendência Regional do Banco da Amazônia S/A - BASA
• Superintendência da Caixa Econômica Federal em Rondônia - CEF
• Assembleia Legislativa do Estado de Rondônia
• Delegacia Federal do Desenvolvimento Agrário - DFDA/MDA
• Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Rondônia - SEBRAE/RO
• Sistema OCB/SESCOOP – RO
• Associação das Escolas Famílias Agrícolas no Estado de Rondônia - AEFARO
• Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Rondônia - FETAGRO
• Articulação Central das Associações Rurais para Ajuda Mútua- ACARAM
• Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Rondônia - FAPERON
• Associação Rondoniense de Municípios - AROM

240
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

• Sistema de Cooperativas de Crédito Rural com Interação Solidária - CRESOL BASE


RONDÔNIA
• Associação de Crédito Cidadão de Rondônia - ACRECID / BANCO DO POVO
• Comissão Pastoral da Terra - CPT
• Cooperativa Central de Crédito do Norte do Brasil - SICOOB-NORTE
• Associação dos Pequenos Agricultores de Rondônia - APARO
• Organização dos Seringueiros de Rondônia - OSR
• Rede Estadual de Territórios da Cidadania
• Cooperativa de Trabalho Agroambiental de Rondônia - COOTRARON
• Conselho dos Secretários Municipais de Agricultura do Estado de Rondônia - CONSEMAGRI
• Centro de Estudos da Cultura e do Meio Ambiente da Amazônia - Centro de Estudos Rio Terra
• Federação de Pescadores e Aquicultores do Estado de Rondônia - FEPEARO.

As competências do Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável – CEDRS são


as seguintes:

Promover a adequação das políticas públicas estaduais às necessidades do desenvolvimento


rural sustentável, em articulação com as respectivas políticas públicas de âmbito federal.

Acompanhar e avaliar a execução dos programas de desenvolvimento rural sustentável que


promovam o fortalecimento da agricultura familiar, a reforma agrária e a diversificação das economias
rurais.

Articular-se com as unidades administrativas dos agentes financeiros, com vistas a solucionar
eventuais dificuldades encontradas em nível municipal na concessão de financiamentos fundiários, de
infraestrutura e serviços municipais e financiamentos produtivos aos agricultores familiares, relatando
fatos relevantes ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável, quando for o caso.

Avaliar e aprovar as propostas de financiamentos para aquisição de terras do Programa Nacional


de Crédito Fundiário.

3.4.3 Ordenamento Territorial


3.4.3.1 Zoneamento Socioeconômico-Ecológico de Rondônia (ZSEE)

O asfaltamento da BR-364, ligando Rondônia ao sul do Brasil, foi parte do Programa de


Desenvolvimento da Região Noroeste do Brasil (Poloroeste) firmado entre o governo militar e o Banco
Mundial na década de 1980. O alto impacto ambiental e o crescimento acelerado do desmatamento no
eixo da estrada deram origem a um novo programa, o Plano Agropecuário e Florestal de Rondônia
(Planafloro), voltado para corrigir os impactos do anterior e realizar o ordenamento territorial do estado,
de forma pioneira na Amazônia e no Brasil. Áreas protegidas foram criadas e espaços territoriais
específicos foram definidos para as diferentes áreas da economia estadual.

241
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

A 1ª Aproximação do Zoneamento Socioeconômico-Ecológico (ZSEE) do estado de Rondônia


foi instituída pelo Decreto 3.782 de 14 de junho de 1988, na escala de 1:1000.000, incorporando a ideia
do ordenamento territorial a uma ótica de sustentabilidade em uma perspectiva de longo prazo. Foram
definidas seis zonas sócio-econômico-ecológicas segundo características regionais específicas e
capacidade de ofertas ambientais. Em 1991, a Lei Complementar nº 52 ratificou o ZSEE como
instrumento básico de planejamento e orientação de políticas e diretrizes governamentais necessárias ao
desenvolvimento harmônico e integrado do estado nas áreas social, econômica e ecológica.

A Lei Complementar nº 233, de 06 de junho de 2000, deu origem à 2ª Aproximação do ZSEE,


na escala de 1:250.000. Por esta lei o estado foi reorganizado nas seguintes zonas: Zona 1, subdividida
em 4 subzonas destinadas ao uso agropecuário, agroflorestal e florestal; Zona 2, subdividida em 2
subzonas destinadas à conservação dos recursos naturais, passíveis de uso sob manejo sustentável; Zona
3, subdividida em 3 subzonas que são as áreas institucionais, constituídas pelas Unidades de
Conservações e Terras Indígenas.

A Lei Complementar nº 312 de 06 de maio de 2005 acrescentou e revogou dispositivos na Lei


Complementar nº 233/00, compatibilizando-a com o Código Florestal.

O Decreto nº 16.312/11 constituiu o Grupo Ocupacional Transitório (GOT), no âmbito da


Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (SEDAM) visando atualizar a 2ª Aproximação do
Zoneamento Socioeconômico-Ecológico. O Decreto nº. 16.694/12 e o Decreto nº 17.811/13
prorrogaram o prazo para funcionamento do GOT. A atualização foi iniciada em 2016 por meio de
contrato com uma empresa privada.

De forma geral, o ZSEE tem por objetivo orientar a implementação de medidas de elevação do
padrão socioeconômico das populações, por meio de ações que levem em conta as potencialidades, as
restrições de uso e a proteção dos recursos naturais, permitindo que se realize o pleno desenvolvimento
das funções sociais e do bem-estar de todos, de forma sustentável. Por outro lado, à medida em que
ocorre o desenvolvimento econômico do estado, acentua-se a pressão sobre as áreas protegidas elevando
o desmatamento e fazendo com que os critérios de uso definidos pelo zoneamento percam sua função.
As novas aproximações resultam da necessidade de ajustar o zoneamento à realidade flexibilizando as
regras vigentes. Apesar das altas taxas de desmatamento no estado de Rondônia e da fragilidade do
sistema de áreas protegidas, o ZSEE contribuiu para diminuir o ritmo da degradação e evitar que o
território todo fosse incorporado às frentes de expansão agropecuária nos últimos 30 anos.

3.4.3.2 Planos Diretores Municipais

Foram identificados 25 Planos Diretores no estado de Rondônia de um total de 52 municípios


(TABELA 3.40). A maioria deles foi elaborada na última década com exceção do município de Colorado
do Oeste cujo Plano Diretor foi elaborado em 1992. Em 20 municípios os planos estão regulamentados
por lei municipal.
242
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Os Planos foram analisados do ponto de vista do Plano de Recursos Hídricos avaliando se os


mesmos possuíam instrumentos para a gestão ambiental municipal e para o desenvolvimento
sustentável. Dois municípios não apresentam estas características: o de Colorado do Oeste e o de Ouro
Preto do Oeste. O primeiro provavelmente por ter sido elaborado em 1992 e o segundo porque apresenta
baixa qualidade técnica.

TABELA 3.40 – PLANOS DIRETORES MUNICIPAIS DE RONDÔNIA


Instrum.
para meio
Município Leis Ano criação Nome ambiente e
desenv.
sustentável
Plano Diretor Participativo de Desenvolvimento
Buritis Lei nº 409/2008 2008 Sim
Urbano e Rural
Plano Diretor Municipal Participativo de
Corumbiara 2016 Sim
Corumbiara
Plano Municipal de Desenvolvimento Urbano
Presidente Médici Portaria nº 681/02 2002 Sim
PMDU
Governador Jorge Plano Diretor Municipal Participativo de
2014 Sim
Teixeira Governador Jorge Teixeira
Theobroma 2014 Plano Diretor Municipal Participativo de Theobroma Sim
Vilhena Lei nº 2065/06 2006 Plano Diretor Participativo Sim
Plano Diretor de Desenvolvimento do município de
Alta Floresta d’ Oeste Lei nº 1008/10 2010 Sim
Alta Floresta
Ariquemes Lei nº 1273/06 2006 Plano Diretor Participativo de Ariquemes Sim
Cacoal Lei nº 2016/06 2006 Plano Diretor Municipal Sim
Candeias do Jamari Lei nº 660/12 2012 Plano Diretor Municipal Sim
Cerejeiras Lei nº 2307/14 2014 Plano Diretor Participativo e Sustentável Sim
Colorado do Oeste Lei nº 1063/92 1992 Plano Diretor Urbano Não
Espigão d’ Oeste Lei nº 1.107/06 2006 Plano Diretor Municipal Sim
Jaru Lei nº 953/06 2006 Plano Diretor Participativo Sim
Ji-Paraná Lei nº 2187/11 2011 Plano Diretor Municipal Sim
Plano Diretor Participativo de Desenvolvimento
Machadinho d’ Oeste Lei nº 1077/11 2011 Sim
Urbano e Rural
Nova Mamoré Lei nº 910/12 2012 Plano Diretor Participativo Sim
Ouro Preto do Oeste 2006 Plano Diretor Participativo Não
Parecis Lei nº 14/14 2014 Plano Diretor Participativo Sim
Pimenta Bueno Lei nº 1476/08 2008 Plano Diretor Municipal Sim
Porto Velho Lei nº 311/08 2008 Plano Diretor Municipal Sim
Alto Paraíso 2016 Plano Diretor Participativo e Sustentável Sim
Rio Crespo Lei nº 017/16 2016 Plano Diretor Participativo Sim
Rolim de Moura Lei nº 51/08 2008 Plano Diretor Participativo Sim
São Miguel do Guaporé Lei nº 757/07 2007 Plano Diretor Municipal Sim

3.4.4 Meio Ambiente e Recursos Hídricos


3.4.4.1 Sistema Estadual de Desenvolvimento Ambiental de Rondônia (SEDAR)

A Lei nº 547 de 30 de dezembro de 1993 instituiu o Sistema Estadual de Desenvolvimento


Ambiental de Rondônia (SEDAR), que estabeleceu medidas de proteção e melhoria da qualidade do
meio ambiente, definiu a Política Estadual de Desenvolvimento Ambiental e criou o Fundo Especial de
Desenvolvimento Ambiental (FEDARO) e o Fundo Especial de Reposição Florestal (FEREF), a

243
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (SEDAM) e o Conselho Estadual de Política


Ambiental (CONSEPA)

A Política Estadual de Desenvolvimento Ambiental tem os seguintes princípios:

Organização e utilização racional do solo, subsolo, da água e do ar, com vistas a compatibilizar
o uso com as condições exigidas para a conservação e melhoria da qualidade ambiental.

Proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas para a qualidade do meio
ambiente, incluindo a conservação de espaços territoriais especialmente protegidos.

Estabelecimento de critérios e padrões de qualidade ambiental e normas relativas ao uso e


manejo de recursos ambientais.

O SEDAR é composto pelas seguintes instituições:

• Conselho Estadual de Política Ambiental - CONSEPA


• Fundo Especial de Proteção Ambiental - FEPRAM
• Fundo Especial de Desenvolvimento Ambiental – FEDARO
• Fundo Especial de Reposição Florestal - FEREF
• Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental - SEDAM.

3.4.4.2 Conselho Estadual de Política Ambiental (CONSEPA)

O Conselho Estadual de Política Ambiental (CONSEPA) é um órgão de natureza normativa,


deliberativa e recursal, integrante do Sistema Estadual de Desenvolvimento Ambiental – SEDAR e tem
por finalidade formular e acompanhar a execução da Política Estadual de Desenvolvimento Ambiental,
sendo coordenado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM.

O CONSEPA é composto por um representante dos seguintes órgãos:

I - Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM.

II - Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento e Reforma Agrária – SEAGRI.

II - Secretaria de Estado do Planejamento e Coordenação Geral – SEPLAN.

IV - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis – IBAMA.

V - Federação das Indústrias do Estado de Rondônia - FIER.

VI - Fórum das Organizações não Governamentais.

VII - Companhia de Polícia Florestal e Proteção do Meio Ambiente da Polícia Militar de


Rondônia.

VIII - Secretaria de Estado da Segurança Pública de Rondônia, através da Delegacia de Defesa


Ambiental

244
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

IX - Ministério Público do Estado de Rondônia.

Compete ao CONSEPA organizar, regulamentar e administrar o Fundo Especial de Proteção


Ambiental-FEPRAM.

3.4.4.3 Fundo Especial de Desenvolvimento Ambiental (FEDARO)

O FEDARO é constituído por receitas provenientes das seguintes fontes: orçamento geral do
estado; 100% (cem por cento) dos recolhimentos oriundos de licenças ambientais, multas e taxas ou
emolumentos; empréstimos e outras formas de financiamento tomados pelo estado para execução das
ações de proteção e gerenciamento ambiental.

Os recursos do FEDARO somente poderão ser utilizados em ações de fortalecimento dos órgãos
estaduais e municipais de meio ambiente, no monitoramento, fiscalização, estudos e pesquisas
ambientais, na criação, implantação, estudos e pesquisas ambientais, na criação, implantação de
unidades de conservação e preservação ambiental e em programas de educação ambiental, estudos
socioeconômicos e culturais.

3.4.4.4 Fundo Especial de Reposição Florestal (FEREF)

O Fundo Especial de Reposição Florestal (FEREF) é destinado a custear a execução dos projetos
de reflorestamento para garantir o abastecimento dos consumidores de produtos e subprodutos florestais.
Somente podem ser utilizados em planejamento, implantação, manutenção e acompanhamento de
projetos de reflorestamento e pesquisas e manejo florestal que visem o fornecimento de matéria prima
para os consumidores de produtos e subprodutos florestais.

3.4.4.5 Conselho Estadual de Política Agrícola para Florestas Plantadas (CONSEPAF)

O Conselho Estadual de Política Agrícola para Florestas Plantadas (CONSEPAF) foi instituído
pela Lei nº 873/16. Trata-se de um órgão de natureza consultiva e deliberativa com a finalidade de
formular e acompanhar a execução da Política Agrícola para Florestas Plantadas do Estado de Rondônia,
sendo coordenado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM.

3.4.4.6 Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental (SEDAM)

A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental (SEDAM) foi instituída pela Lei


Complementar nº 42/91 e reformada pela Lei Complementar nº 827/15.

Cabe à SEDAM a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais, de forma a evitar o seu
esgotamento e manter o equilíbrio ecológico, bem como garantir qualidade de vida saudável a todos os
cidadãos do estado de Rondônia, a partir do exercício das seguintes competências:

• Implantação, coordenação e execução da política ambiental.


• Exercício das atividades de vigilância, fiscalização e proteção à natureza, compreendida como
tal a fauna, a flora terrestre e aquática, bem como os recursos hídricos, solos e ar.

245
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

• Promoção de contatos com entidades públicas e privadas, cujas atividades tenham relação direta
ou indireta com a preservação e o controle ambiental.
• Promoção junto aos órgãos públicos e privados, de programas de conscientização e educação
ambiental, visando à recuperação e à defesa do meio ambiente.
• Implantação e a administração dos parques e das reservas naturais de propriedade do estado,
fiscalizando seu uso diretamente ou em convênio com outras entidades públicas.
• Pesquisa da disponibilidade de recursos do meio ambiente, estabelecendo a política estadual de
aproveitamento dos recursos naturais.
• Desenvolvimento de estudos, pesquisas e projetos relativos à hidrografia, águas subterrâneas,
hidrogeologia, limnologia, imigração, drenagem, derivação de águas, combate à inundação, à
seca e à erosão.

A SEDAM está estruturada nas seguintes Coordenadorias:

1. Coordenadoria de Controle Interno – CCI;


2. Coordenadoria de Desenvolvimento Florestal – CODEF;
3. Coordenadoria de Educação Ambiental - CEAM;
4. Coordenadoria de Florestas Plantadas – CFP;
5. Coordenadoria de Geociências – COGEO;
6. Coordenadoria de Recursos Humanos – CRH;
7. Coordenadoria de Licenciamento – COLMAM;
8. Coordenadoria de Patrimônio, Administração e Finanças – COFAP;
9. Coordenadoria de Planejamento e Orçamento – CPO;
10. Coordenadoria de Povos Indígenas – COPIR;
11. Coordenadoria de Proteção Ambiental – COPAM;
12. Coordenadoria de Recursos Hídricos – COREH;
13. Coordenadoria de Regularização Ambiental Rural - COMRAR;
14. Coordenadoria de Unidades de Conservação – CUC;
15. Coordenadoria de Tecnologia de Informação – CTI.

Os instrumentos da Política Estadual de Desenvolvimento Ambiental são o licenciamento


ambiental, o Zoneamento Socioeconômico-Ecológico (ZSEE) e o estabelecimento de padrões de
qualidade ambiental.

O Decreto nº 7.903/97 que regulamentou a Lei nº 547/93 estabelece, em seu artigo 1º, que cabe
ao Poder Público e às comunidades a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais, de forma a
evitar o seu esgotamento e manter o equilíbrio ecológico, bem como garantir qualidade de vida saudável
a todos os cidadãos do Estado de Rondônia. Estabelece as competências da SEDAM, define os padrões
de qualidade de água, por meio do sistema de classificação das águas e padrões de qualidade do ar,

246
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

estabelece o sistema de licenciamento das fontes potencialmente poluidoras e as normas relativas à


poluição do solo e sonora.

A Lei nº 3.686/15 alterada pela Lei nº 3.769/16 regulamentam o Sistema de Licenciamento


Ambiental do Estado de Rondônia.

O art. 2º da Lei nº 3.686/15 determina que estão sujeitos ao Licenciamento Ambiental os


empreendimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais, considerados efetiva ou
potencialmente poluidores, bem como os capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental.
No seu art. 4º da Lei nº 3.686/15 informa que os instrumentos do Sistema de Licenciamento Ambiental
do Estado de Rondônia são os seguintes: I- Licença Ambiental; II - Autorização Ambiental; III -
Certidão Ambiental; IV - Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos; e V - Documento de
Averbação.

O art. 14 da Lei nº 3.686/15 informa a Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos como
ato administrativo mediante o qual o órgão ambiental autoriza o uso de recursos hídricos, superficiais
ou subterrâneos, por prazo determinado, nos termos e condições que especifica. A normatização
referente aos pedidos de outorga e ao direito de uso dos recursos hídricos é apresentada de forma
detalhada no item 3.4.4.9.1 Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos.

3.4.4.7 Sistema Estadual de Unidades de Conservação da Natureza de Rondônia (SEUC/RO)

Criado pela Lei nº 1.144, de 12 de dezembro de 2002, é constituído pelo conjunto de unidades
de conservação estaduais, municipais e federais existentes no estado. O SEUC foi criado com os
seguintes objetivos, de acordo com o art. 4º da Lei:

I - Contribuir para a manutenção da diversidade biológica e dos recursos genéticos no território


estadual e águas jurisdicionais.

II - Proteger espécies endêmicas, ameaçadas de extinção, raras e ou migratórias.

III - Contribuir para a preservação, recuperação e restauração da diversidade de ecossistemas


naturais e manutenção dos processos ecológicos fundamentais.

IV - Proteger paisagens naturais de notável beleza cênica.

V - Proteger as características relevantes de natureza geológica, geomorfológicas, espeleológica,


arqueológica, paleontológica e cultural.

VI - Proteger e recuperar os recursos hídricos e edáficos.

VII - Proteger os recursos naturais necessários à subsistência de populações tradicionais,


respeitando e valorizando seu conhecimento e sua cultura e promovendo-as social e economicamente.

247
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

VIII - Proporcionar meios e incentivos para as atividades de pesquisa científica, estudos e


monitoramento ambiental, educação e interpretação ambiental, a recreação, o lazer e o turismo
sustentável e

IX - Promover o desenvolvimento sustentável.

3.4.4.8 Outras Iniciativas

- Fórum de Mudanças Climáticas, Biodiversidade e Serviços Ambientais de Rondônia

O Fórum de Mudanças Climáticas, Biodiversidade e Serviços Ambientais de Rondônia, foi


instituído pelo Decreto no. 16.232/11 com objetivo geral mobilizar e conscientizar a sociedade
rondoniense sobre o fenômeno das mudanças climáticas globais.

- Projeto de Desenvolvimento Socioeconômico e Ambiental Integrado (PDSEAI)

O Projeto de Desenvolvimento Socioeconômico e Ambiental Integrado (PDSAI) tem por


objetivo contribuir para o combate ao desmatamento e à degradação florestal no estado de Rondônia por
meio do apoio à gestão ambiental, incluindo ações para proteger as unidades de conservação estaduais,
a consolidação do Cadastro Ambiental Rural – CAR e o fortalecimento da gestão ambiental municipal.
Conta com recursos da ordem de R$ 1,8 milhão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social – BNDES e do Fundo Amazônia.

- Plano de Prevenção, Controle e Alternativas Sustentáveis ao Desmatamento em


Rondônia – PPCAD/RO

O Plano de Prevenção, Controle e Alternativas Sustentáveis ao Desmatamento em Rondônia –


PPCAD/RO foi instituído pelo Decreto Estadual Nº 15.240/10. Visa reduzir gradualmente as taxas de
desmatamento de Rondônia até atingir zero de incremento anual em 2015, garantindo a proteção e o
manejo de áreas especiais (terras indígenas e unidades de conservação) e a gestão sustentável das
propriedades rurais.

- Projeto de Carbono Florestal Suruí

O Projeto de Carbono Florestal Suruí – PCFS é o primeiro projeto de REDD+ em terras


indígenas no Brasil, em implementação na TI Sete de Setembro, em Rondônia. O projeto é liderado pela
Associação Metareilá do Povo Indígena Suruí, em parceria com a Associação de Defesa Etnoambiental
Kanindé, Forest Trends e o Grupo Katoomba, Equipe de Conservação da Amazônia – ECAM e Fundo
Brasileiro para a Biodiversidade - FUNBIO.

3.4.4.9 Política Estadual de Recursos Hídricos

A Lei Complementar nº 255/02 instituiu a Política Estadual de Recursos Hídricos, criou o


Sistema de Gerenciamento e o Fundo de Recursos Hídricos do Estado de Rondônia. O Decreto nº
10.114/02 regulamentou a Lei Complementar nº 255.

248
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

A Política Estadual de Recursos Hídricos de Rondônia tem por objetivos básicos promover o
uso racional, o gerenciamento integrado e o uso múltiplo das águas de domínio do estado, superficiais
e subterrânea (art. 3º).

Os instrumentos de gestão dos recursos hídricos estaduais são os seguintes:

• Plano Estadual de Recursos Hídricos - PRH/RO.


• Planos de Bacias Hidrográficas.
• Outorga dos direitos de uso das águas.
• Cobrança pela utilização das águas.
• Enquadramento dos corpos de água em classes.
• Sistema de informações sobre Recursos Hídricos.

3.4.4.9.1 Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos

O Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos tem a finalidade de coordenar a


gestão integrada desses recursos e implementar a Política Estadual (art. 4º). Integram o Sistema Estadual
de Gerenciamento de Recursos Hídricos os seguintes órgãos:

• Conselho Estadual de Recursos Hídricos – CRH.


• Comitês de Bacia Hidrográfica – CBH.
• Agências de Bacia Hidrográfica - ABH.

3.4.4.9.2 Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CRH)

O Conselho Estadual de Recursos Hídricos foi instituído pela Lei Complementar nº 255/02 e
regulamentado pelo Decreto Estadual nº 10.114/02. O CRH integra o Sistema Estadual de
Gerenciamento de Recursos Hídricos, na qualidade de órgão consultivo e deliberativo.

Cabe ao CHR promover e supervisionar a implementação da Política Estadual de Recursos


Hídricos do Estado de Rondônia (art. 6º).

O CRH é um órgão consultivo e deliberativo, com dotação orçamentária própria e organizado


em Regimento especifico que determina as seguintes competências (Art 1º):

1. Fixar as diretrizes para elaboração do Plano Estadual de Recursos Hídricos - PERH/RO e


acompanhar sua implantação;
2. Aprovar e fazer publicar o Plano Estadual de Recursos Hídricos - PERH/RO;
3. Indicar ao Governo do Estado a conveniência da instituição de Comitês de Bacia Hidrográfica
bem como aprovar os critérios para sua composição e os respectivos Regimentos Internos;
4. Incentivar a formação e consolidação de Comitês de Bacia Hidrográfica;
5. Analisar e aprovar os planos de bacia, encaminhados pelos respectivos Comitês;

249
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

6. Estabelecer os critérios gerais de cobrança pelo direito de uso da água propostos e homologar
os estabelecidos ad referendum dos Comitês de Bacia;
7. Autorizar a criação de Agências de Bacia Hidrográfica, propostas pelos respectivos Comitês
de Bacia;
8. Arbitrar, em última instância administrativa, no âmbito do Sistema Estadual de Recursos
Hídricos, os conflitos advindos do uso da água, inclusive entre os Comitês de Bacia;
9. Enquadrar os corpos de água estaduais em classes de uso preponderante, de acordo com as
diretrizes do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA, por proposta dos CBH;
10. Homologar o uso da água, considerado inexpressivo e não conflitante com os interesses
maiores do gerenciamento dos recursos hídricos da bacia, para efeito de isenção de outorga do
direito de uso;
11. Acompanhar os critérios da distribuição aos municípios, da compensação financeira, referida
no § 1° do art. 20, da Constituição Federal, pela exploração de potenciais hidroenergéticos nos
respectivos territórios;
12. Delegar ao Município que, a seu critério, esteja devidamente organizado técnica e
administrativamente, o gerenciamento de recursos hídricos do domínio do Estado, de interesse
exclusivamente local.

De acordo com art. 2º do Regimento Interno o Conselho Estadual de Recursos Hídrico tem a
seguinte estrutura: Presidente e Vice-Presidente; Secretário Executivo; Órgãos Colegiados: a) Plenária;
b) Câmaras Técnicas.

§ 1º A Presidência será exercida pelo titular da Secretaria de Estado do Desenvolvimento


Ambiental/ SEDAM, órgão gestor dos Recursos Hídricos do Estado de Rondônia.

§ 2º A Vice-Presidência será exercida por um dos Conselheiros, eleito entre seus pares.

De acordo com o art. 4º do mesmo Regimento, são integrantes da Plenária do Conselho Estadual
de Recursos Hídricos:

• Um representante da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental - SEDAM;


• Um representante do Ministério da Agricultura e do Abastecimento - DFAARA/RO;
• Um representante do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos;
• Um representante das empresas públicas geradoras de energia hidrelétrica;
• Um representante da Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia - CAERD;
• Um representante da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA/RO;
• Um representante da Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de
Rondônia - EMATER/RO;
• Um representante da Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais - Serviço Geológico do
Brasil - CPRM;
250
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

• Um representante da Universidade Federal de Rondônia - UNIR;


• Um representante da Secretaria Estadual de Saúde - SESAU/RO;
• Um representante da Polícia Ambiental/RO;
• Um representante do Conselho Regional de Administração – CRA
• Um representante do Conselho Regional de Biologia - CRB;
• Um representante do Conselho Regional de Economia - CORECON;
• Um representante do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CREA/RO;
• Um representante do Conselho Regional de Farmácia e Bioquímica - CRF;
• Um representante do Conselho Regional de Química - CRQ;
• Um representante da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Rondônia - OAB/RO;
• Três representantes dos Comitês de Bacia Hidrográfica - CBH;
• Um representante da Federação dos Trabalhadores Rurais de Rondônia - FETAGRO;
• Um representante da Federação das Colônias de Pescadores;
• Um representante da Coordenação da União das Nações e Povos Indígenas de Rondônia,
Noroeste do Mato Grosso e Sul do Amazonas - CUNPIR;
• Um representante da Organização dos Seringueiros de Rondônia - OSR;
• Um representante das empresas privadas geradoras de energia hidrelétrica;
• Um representante das faculdades privadas;
• Um representante do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas do Estado de
Rondônia - SINDUR;
• Um representante dos Movimentos de Cidadania pelas Águas de Rondônia;
• Um representante dos consórcios intermunicipais de bacias hidrográficas.

3.4.4.9.3 Comitês de Bacia Hidrográfica (CBH)

Os Comitês de Bacias Hidrográficas são parte da Política Nacional de Recursos Hídricos


definida pela lei nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997. Foram criados para gerenciar o uso dos recursos
hídricos de forma integrada e descentralizada com a participação da sociedade.

De acordo com a Lei Complementar nº 255/02, no seu Artigo 14, os Comitês de Bacia
Hidrográfica têm as seguintes atribuições:

• Aprovar e encaminhar ao Conselho Estadual de Recursos Hídricos – CRH/RO a proposta de


Plano de Recursos Hídricos da Bacia, para referendo.
• Acompanhar a execução do Plano de Recursos Hídricos da Bacia.
• Manifestar-se quanto às solicitações de outorga do direito de uso dos recursos hídricos quando
requeridas pelo órgão gestor, buscando compatibilizar os interesses dos diferentes usuários.

251
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

• Aprovar, ad referendum do Conselho Estadual de Recursos Hídricos – CRH/RO, os critérios de


cobrança pelo uso dos recursos hídricos da bacia respectiva.
• Propor ao Conselho Estadual de Recursos Hídricos – CRH/RO o enquadramento dos corpos de
água, em classes de uso preponderante, conforme disposto na legislação federal.
• Avaliar e aprovar as condições e critérios de rateio dos custos das obras de uso múltiplo, ou de
interesse comum ou coletivo, a serem executadas na área da bacia.
• Dirimir, em primeira instância administrativa, os eventuais conflitos sobre questões advindas
do uso dos recursos hídricos.
• Propor ao Conselho Estadual de Recursos Hídricos – CRH/RO a criação da respectiva Agência
de Bacia.
• Promover o debate das questões relacionadas a recursos hídricos e articular a atuação das
entidades intervenientes.

A seguir é apresentada a lista dos Comitês de Bacia Hidrográfica de Rondônia já instituídos com
seus respectivos decretos de criação:

• CBH - RSM-VL (Rio São Miguel - Vale do Guaporé), instituído pelo Decreto nº. 19.057/14.
• CBH - AM (Rio Alto e Médio Machado), instituído pelo Decreto nº 19.058/14.
• CBH - JBM (Rio Jaru - Baixo Machado), instituído pelo Decreto nº 19.059/14.
• CBH - JAMARI (Rio Jamari), instituído pelo Decreto nº 19.060/14.
• CBH - RBC (Rio Branco e Rio Colorado), instituído pelo Decreto nº 19.061/14.

3.4.4.9.4 Agências de Bacia Hidrográfica (ABH)

Quando criadas as Agências de Bacia Hidrográfica – ABH prestarão assistência técnica e


administrativa a um ou mais Comitês de Bacia (art. 15).

3.4.4.9.5 Outorga do Direito de Uso de Recursos Hídricos

A Outorga do Direito de Uso de Recursos Hídricos está descrita no art. 14 da Lei Estadual nº
3.686, de 08 de dezembro de 2015, que dispõe sobre o Sistema de Licenciamento Ambiental do Estado
de Rondônia e dá outras providências.

A SEDAM é a instituição responsável pela emissão de Outorga no domínio dos recursos hídricos
superficiais e subterrâneos que nascem e deságuam dentro do limite estadual, que não banhem outro
estado ou sirvam de fronteiras com outros países ou, ainda, se estendam a estes ou deles provenham. Os
reservatórios decorrentes de obras da União não seguem estas normas.

A Portaria SEDAM nº 038, de 02 de fevereiro de 2004 aprovou a Norma de Outorga e os Anexos


de I a XV que disciplinam o uso dos Recursos Hídricos no Estado de Rondônia. A Portaria SEDAM n°
081/GB/SEDAM, de 23 de março de 2017 altera essa Portaria visando facilitar e disciplinar os

252
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

procedimentos administrativos e documentação necessária para a emissão de autorização para o uso dos
recursos hídricos superficiais e subterrâneos do Estado de Rondônia.

3.4.4.9.6 Progestão

O Progestão é um programa nacional organizado pela Agência Nacional de Águas – ANA,


visando o fortalecimento institucional e o gerenciamento de recursos hídricos dos sistemas estaduais.
Em Rondônia foi instituído pelo Decreto Estadual nº.18.045/13.

O Progestão estimula os estados a adotarem várias ações como o aperfeiçoamento da rede de


monitoramento de rios, formação de banco de dados relativo à disponibilidade hídrica ou emissão de
outorga (autorização) para uso dos recursos hídricos, elaboração de estudos e planos de bacia,
capacitação ou implantação da cobrança pelo uso dos recursos hídricos.

Com apoio do Progestão foi organizada a "Sala de Situação", um centro de gestão de situações
de crise para acompanhar os eventos hidrológicos críticos de secas e inundações. Também foi
implantado o Cadastro Nacional de Usuários de Recursos Hídricos – CNARH e foi estruturado o
Cadastro de Barragens.

O CNARH foi instituído pela Resolução ANA nº 317/2003 e adotado pela SEDAM em 2006.
Trata-se de uma base de dados que reflete o conjunto de usos reconhecidos de recursos hídricos. Ele é
alimentado pelo processo de cadastramento de usuários e usa os principais instrumentos da gestão de
recursos: outorga, cobrança e fiscalização.

O Cadastro de Barragens é feito por meio do preenchimento de formulário da ANA, como parte
do instrumento da Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB), estabelecida pela Lei Federal
nº 12.334, de 20 de setembro de 2010.

3.4.4.9.7 Programa de Saneamento Básico

De acordo com o Instituto Trata Brasil (2016) com base em dados de 2010, em Rondônia o
abastecimento da rede de água tratada atende menos de 40% dos domicílios estaduais e a maioria dos
domicílios utiliza poço ou nascente na propriedade e somente 27 municípios do estado apresentam oferta
de água satisfatória. A Agência Nacional de Água informa que para regularizar o abastecimento urbano
de água nos 25 demais municípios são necessários investimentos na ordem de R$ 124,0 milhões. A
situação do esgotamento sanitário é ainda pior pois em nível estadual menos de 3,5% do esgoto é
coletado. Em Porto Velho apenas 2% do esgoto é captado e todo o resíduo da capital é descartado in
natura no rio Madeira.

O Plano Estratégico 2016-2020 - Rondônia de Oportunidades definiu como meta atender 70%
dos domicílios de Porto Velho com saneamento básico (agua e esgoto) e parte dos recursos deverá vir
do PEDISE. Entretanto, os dados atuais, apresentados na TABELA 3.41 abaixo mostram o desafio para
atingir esta meta.
253
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

TABELA 3.41 - PERCENTUAL DE ESGOTAMENTO E REDE PLUVIAL NOS PRINCIPAIS MUNICÍPIOS DE RONDÔNIA

Município Percentual de Esgotamento e Rede Pluvial


Porto Velho 10,1
Ji-Paraná 3,5
Ariquemes 1,2
Vilhena 1,2
Cacoal 40,1
Jaru 0,9
Rolim de Moura 0,7
Guajará-Mirim 8,4
Ouro Preto do Oeste 1,1
Pimenta Bueno 8,0
Machadinho D Oeste 0,1
Espigão D Oeste 0,4
Alta Floresta D Oeste 0,3
Nova Mamoré 0,1
São Miguel do Guaporé 0,3
Presidente Médici 0,0
Candeias do Jamari 0,0
Nova Brasilândia D Oeste 0,0
Demais municípios 2,0
Porto Velho 10,1
Ji-Paraná 3,5
Ariquemes 1,2
Vilhena 1,2
Cacoal 40,1
Jaru 0,9
Rolim de Moura 0,7
Guajará-Mirim 8,4
Ouro Preto do Oeste 1,1
Pimenta Bueno 8,0
Fonte: Instituto Trata Brasil (2016).

- Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia – CAERD

A Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (CAERD) é responsável pela coordenação,


planejamento, execução, operação e exploração dos serviços públicos de saneamento básico
(abastecimento d’água e esgotos sanitários) no Estado de Rondônia. As atividades são executadas
mediante convênios e/ou contratos de programas com os municípios. Trata-se de uma sociedade de
economia mista criada pelo Decreto-Lei nº 490, de 04 de março de 1969, que atende a 42 municípios de
Rondônia.

- Consórcio Intermunicipal de Saneamento da Região Central de Rondônia – CISAN


CENTRAL/RO

Outra iniciativa é o CISAN-CENTRAL/RO, pessoa jurídica de direito público interno, do tipo


associação pública, formada para o desenvolvimento de planos, programas e projetos conjuntos
destinados à conservação e melhoria das condições ambientais. O Consórcio foi formado em 2009 para
promover atividades em prol do desenvolvimento do saneamento básico junto aos seguintes Municípios
Consorciados: Alto Paraíso; Ariquemes; Cacaulândia; Campo Novo de Rondônia; Cujubim; Buritis;

254
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Governador Jorge Teixeira; Itapuã Do Oeste; Jaru; Machadinho D'Oeste; Monte Negro; Rio Crespo;
Theobroma e Vale do Anari.

3.5 EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Nas últimas décadas, a consciência da importância da aplicação dos conhecimentos científicos


e tecnológicos desenvolvidos para promover a Educação Ambiental (EA) vem ganhando forças no
ambiente de governança brasileira. A EA vem sendo entendida pelo Governo Federal e por inúmeros
Governos Estaduais como uma importante ferramenta para a melhoria das relações entre o homem e a
natureza (JACOBI, 2003).

De acordo com a Carta da Terra, publicada em 2011, a Educação Ambiental deve procurar
fornecer instrumentos para iniciar discussões e ações concretas em relação às questões ambientais,
garantindo que a população esteja mais consciente e preparada para solucionar os possíveis problemas
ambientais que surjam por conta da interferência danosa do homem nos ecossistemas (MMA, 2017).

A aplicação de propostas direcionadas à interdisciplinaridade da EA pode trazer soluções para


diversos problemas relativos ao meio ambiente. Cabe à sociedade colocar em prática os princípios
educativos que permitam garantir a existência de um ambiente sadio, de modo a sensibilizar a população
para que todos estejam envolvidos no processo (MMA, 2017).

Assim, para fins do presente trabalho, é importante reconhecer os principais agentes que possam
intervir, a partir de uma formação adequada, no Plano de Recursos Hídricos do Estado de Rondônia,
contribuindo de forma positiva para o andamento dos processos. Dessa maneira, no presente tópico,
serão expostas informações a respeito dos possíveis egressos do sistema formal de graduação e pós-
graduação capazes de cooperar dividindo seus conhecimentos, bem como iniciativas de sucesso no
campo da Educação Ambiental.

3.5.1 Histórico da Educação Ambiental


Até a década de 1970, o sistema de produção rondoniense estava fincado sobre o extrativismo
da borracha, da castanha e de outros produtos regionais, entretanto, nas décadas seguintes houve uma
transformação profunda nesse cenário. Os inúmeros projetos, implantados pelo Governo Federal,
visando à organização e à integração do espaço geográfico, induzindo o povoamento, foram
responsáveis pela geração de conflitos socioambientais ligados à posse da terra e aos recursos naturais.

Esse intenso processo de ocupação e colonização não contava com políticas voltadas para as
questões ambientais; o que interessava era o desenvolvimento socioeconômico da região, independente
de se alinhar este a um modelo de sustentabilidade ambiental e social. As consequências foram
praticamente imediatas: concentração fundiária, crescimento acelerado de cidades e a destruição de um
sistema ecológico pouco conhecido.

255
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Tanto os prejuízos ambientais quanto sociais ocasionados nessa época deram margem a
inúmeras discussões, gerando a estruturação de uma Legislação Ambiental em Rondônia, na década de
80. Entretanto, a maioria das leis, decretos e resoluções vinham da necessidade de se atender a acordos
internacionais e para a liberação de recursos governamentais (BOTELHO, 1998). Assim, tem-se que
nesse momento, apesar da iniciativa formal de legislatura, ainda não se pode falar em maturidade da
conscientização ambiental no estado.

Em 1987, foi criada a Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Estado de Rondônia


(SEMARO) e, por conseguinte, o Departamento de Educação Ambiental. Esses órgãos constituíram um
significativo avanço para o estado, uma vez que eram responsáveis por ações de fiscalização e controle
de atividades relativas ao meio ambiente (NEVES, 2003).

Em 1989, com a promulgação da Constituição Estadual, ficava definido:

É dever do Poder Público, (...): Promover a EA com implementação


em toda a rede estadual, a começar pela pré-escola e ensino
fundamental, alcançando todos os níveis, de forma interdisciplinar, e
propiciar à comunidade a informação das questões ambientais
(RONDÔNIA, 1989).

Assim, a Educação Ambiental passou a ser inserida nas políticas públicas em programas e
projetos voltados para o chamado desenvolvimento sustentável da região.

Data também da segunda metade da década de 1980, o Plano Agropecuário e Florestal de


Rondônia (Planafloro). Esse plano foi elaborado pelo Governo do Estado com o objetivo de obter
recursos para financiar uma política de ordenamento ambiental do território de Rondônia e para
“promover um esquema abrangente de Educação Ambiental visando à conservação dos recursos naturais
e a biodiversidade” (NEVES, 2003). O Planafloro, que começou a ser operado em 1993, com recursos
do Banco Mundial e do Governo Federal e Estadual, financiou experiências interessantes de Educação
Ambiental, tais como cursos de capacitação de professores, programas de rádio destinados a debater
sustentabilidade e encontros com comunidades moradores do entorno de Unidades de Conservação. No
Levantamento de Experiências em Educação Ambiental afirma-se: “As iniciativas mais explícitas de
EA, desenvolvidas a partir de um esquema de planejamento, monitoramento e avaliação foram
implementadas no âmbito do Planafloro” (WWF, 2000).

Em 1997, o Governo do Estado buscou o Banco Mundial para discutir alternativas para
Rondônia, substituindo o Planafloro. Foi realizado o primeiro planejamento para o desenvolvimento do
estado, o Projeto Úmidas. Neste plano formulou-se uma Agenda de Diretrizes Estratégicas, que deveria
servir como referência para as decisões políticas, de modo a assegurar o desenvolvimento sustentável.
Entretanto, o documento não foi aprovado por conta de questões orçamentárias, ficando apenas no papel
(ALMEIDA, 2009).

256
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Em 2006, um novo regimento interno foi aprovado pela comissão da Comissão Interinstitucional
de Educação Ambiental do Estado de Rondônia (CIEARO), uma instituição criada em 1988 com o
intuito de articular discussões de políticas públicas de EA em um fórum de discussão. Desde sua criação,
até meados de 2006, essa comissão nunca teve muito êxito ou visibilidade, uma vez que não havia sido
institucionalizada, o que aconteceu com a promulgação do decreto e a definição do regulamento no
referido ano. De acordo com o art.1º a CIEARO possui a seguinte finalidade:

Art. 1º O Regimento da Comissão Interinstitucional de Educação


Ambiental instituída pelo Decreto n. 12.180, de 11 de maio de 2006,
com as atribuições de promover a discussão, o acompanhamento e
avaliação da gestão e coordenação da política de educação ambiental
no Estado de Rondônia, inclusive propor normas, observadas as
disposições legais vigentes. (CIEARO, Cap. I, 2006).

Nas últimas décadas, a temática ambiental passou a fazer parte da educação escolar. Em 1991,
o MEC aprovou a Portaria no 678, determinando que a EA permeasse todos os níveis e modalidades de
ensino, de forma transversal. Os Novos Parâmetros Curriculares, estabelecidos pelo mesmo Ministério
em 1996, incluíam a Educação Ambiental como tema transversal do currículo. Entretanto, sem a
preparação dos docentes, em Rondônia e nos demais estados, essa inserção da EA tem ficado bastante
aquém de seus objetivos. Segundo Neves (2003), em Rondônia, entre 1990 e 2001, os únicos subsídios,
para tanto, dados aos professores foram cursos pontuais de 24 horas sem ligação entre si.

Dessa maneira, ainda que se tenha avançado muito desde a década de 1970 no concernente à
Educação Ambiental em Rondônia, ainda é necessário que a mesma seja considerada de forma uniforme
e global, com iniciativas que permitam sua implantação efetiva e que possam gerar os resultados
esperados.

3.5.2 Agentes e Projetos que Operacionalizam a Educação Ambiental


A nível federal, o principal agente de Educação Ambiental no Estado é o IBAMA, entretanto,
em Rondônia, as ações de EA executadas por esse órgão são pontuais. O trabalho é focado em grupos
sociais afetados por impactos ambientais, residentes de Unidades de Conservação e entorno, e nos
técnicos e gestores ambientais (ALMEIDA, 2009).

O Núcleo de Educação Ambiental (NEA), mantido pelo IBAMA há 16 anos em Rondônia, tem
como objetivo formular e implementar ações educativas para a preservação e conservação do meio
ambiente, promovendo a EA formal e não-formal de forma permanente e interdisciplinar. Assim, os
projetos desenvolvidos por esse Núcleo são reflexos de um trabalho socioambiental realizado a partir
dos problemas cotidianos das comunidades.

Entre os projetos desenvolvidos pelo NEA, estão cursos para agentes ambientais voluntários,
realização de oficinas, participação nas oficinas de formação dos conselhos das UCs e capacitação do

257
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

coletivo de educadores ambientais. Destaque ao projeto "Cooperação e Integração Técnica para o


Desenvolvimento Sustentável na Área de Proteção Ambiental de Cuniã", no qual são desenvolvidos
trabalhos de intervenção em nível de educação ambiental com o intuito de sensibilizar a comunidade,
internalizando os conceitos de Educação Ambiental, numa perspectiva de desenvolvimento sustentável
(ALMEIDA, 2009).

O principal órgão, a nível estadual, responsável por ações, programas e projetos de educação
ambiental é a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental de Rondônia (SEDAM-RO).
Instituída em 19 de março de 1991 pela Lei Complementar nº 42 e reformada pela Lei Complementar
nº 827 de 15 de julho de 2015, a SEDAM tem como principal função a formulação e a execução de
políticas voltadas para o desenvolvimento ambiental rural e urbano, bem como a fiscalização e a
elaboração de diretrizes normativas para as atividades relacionadas com a qualidade de vida, do
ambiente e dos recursos naturais. À ela cabe também a promoção da gestão das unidades de conservação
estaduais e compete o planejamento e execução de políticas de regularização ambiental rural
(ALMEIDA, 2009).

Dentro da SEDAM existem inúmeras divisões, uma delas é a Coordenadoria de Educação


Ambiental (CEAM), cujas funções precípuas são a promoção da capacitação de gestores e agentes
multiplicadores em educação ambiental, a elaboração de diagnósticos e estudos sobre culturas locais,
bem como de programas de desenvolvimento, a fim de subsidiar programas e projetos de implantação
nas redes de ensino e nas comunidades.

A chamada comunicação para a EA também é de responsabilidade da CEAM, que executa


projetos de produção e reprodução de cartilhas, folder, placas informativas, filmes, apoio a peças teatrais
e campanhas educativas, visando dar visibilidade a temas ambientais. A CEAM, periodicamente, produz
diversas campanhas de conscientização e educação ambiental, em 2016, dentre elas, tiveram destaque
as voltadas ao combate às queimadas e ao desmatamento. A FIGURA 3.44 apresenta parte desses
materiais informativos produzidos pela coordenadoria e disponibilizado no site da SEDAM.

Além de ações como essa, a CEAM também mantém um importante projeto voltado para
agricultores familiares; o Programa de Educação Ambiental e Agricultura Familiar (PEEAAF) é
desenvolvido pelo Departamento de Educação Ambiental da Secretaria de Articulação Institucional e
Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (DEA/SAIC/MMA) e destina-se aos envolvidos
com a agricultura familiar, sejam agricultores propriamente ditos ou agentes que trabalham diretamente
com este segmento. O objetivo do programa é desenvolver ações educativas para uma construção
coletiva de estratégias para enfrentar e resolver os problemas socioambientais de áreas rurais (SILVA,
2016).

258
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

FIGURA 3.44 - PANFLETOS ELABORADOS PELA CEAM, EM 2016, PARA CAMPANHAS CONTRA O DESMATAMENTO E
AS QUEIMADAS
Fonte: CEAM (2016).

O PEEAAF é uma importante iniciativa na área de Educação Ambiental, uma vez que parte da
realização de oficinas com agricultores, representantes de órgãos ambientais e membros do governo, de
modo que se cria um espaço de diálogo e discussão bastante rico. Esse programa começou a ser
implementado, de forma paulatina, no estado de Rondônia em 2011. Entretanto, somente quase quatro
anos após as primeiras ações, o debate foi retomado. Em 2015 foram realizados seminários que
discutiram os rumos a serem tomados pelo Plano, de modo que o mesmo possa ser implementado
enquanto política pública; a reativação do programa foi realizada através de uma parceria institucional
entre a SEDAM e o MMA (SILVA, 2016). Em 2016, novas oficinas foram realizadas com o intuito de
constituir um grupo gestor, responsável por definir e implantar o PEEAAF no estado; o projeto não deve
contar com fundo específico, mas ser inserido, enquanto concepção de agricultura, nos programas de
governo que já existem, por meio de parcerias com a SEDAM, a EMATER e o INCRA (ROCHA, 2016).

O Programa do Núcleo de Educação Ambiental da SEDAM executa diversos projetos de


sensibilização da sociedade sobre questões ambientais através de reuniões técnicas, bem como é
responsável pela reestruturação da CIEARO e pela capacitação de docentes e discentes. Esse mesmo
núcleo, coordenado pela CEAM, criou 21 Grupos de Trabalho de Educação Ambiental, cujo objetivo é
mobilizar a comunidade para participar das ações de EA; a manutenção desses grupos é um trabalho
contínuo da CEAM, desenvolvendo atividades periódicas com toda a comunidade local (ALMEIDA,
2009).

259
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Ainda de responsabilidade da CEAM, é a capacitação ambiental de educadores. Esta atividade


prevê o fornecimento de subsídios técnicos na gestão, no planejamento e no desenvolvimento de ações
em Educação Ambiental.

Outro órgão que desenvolve trabalhos interessantes em EA é o Batalhão da Polícia Ambiental


(BPA), que desenvolve práticas educativas de forma sistêmica e lúdica sobre o meio ambiente,
atendendo ao público infantil, adolescente e adulto. Desde 2003, o BPA desenvolve o Programa de
Conscientização Ambiental (PROCAM), que incorpora dois principais projetos: o Centro Temático de
Educação Ambiental, composto de salas equipadas para tratar de temas referentes aos recursos hídricos,
fauna e flora, abertas às escolas estaduais e municipais e à população em geral; e o Centro de
Recuperação de Áreas Desflorestadas, um amplo espaço com viveiro, onde os alunos visitantes podem
plantar mudas de árvores nativas (ALMEIDA, 2009).

A Secretaria de Estado da Educação de Rondônia (SEDUC-RO) tem papel importante nas ações
de EA voltadas ao âmbito escolar. Atualmente, a iniciativa de maior notoriedade desenvolvida pela
SEDUC em relação à Educação Ambiental é a implementação do programa nacional “Vamos Cuidar do
Brasil com as Escolas”. Este projeto, fruto de uma parceria do MEC e do MMA com as Secretarias
Estaduais e Municipais de Educação e Meio Ambiente, as universidades, as ONGs e o IBAMA, tem
como objetivo a formação de Comissões de Meio Ambiente e Qualidade de Vida na Escola, as quais,
por sua vez, são responsáveis pela construção da Agenda 21 nas escolas e pelo acompanhamento das
atividades de EA desenvolvidas. Cabe à SEDUC-RO, nesse programa, estimular, cobrar e acompanhar
a implementação dessas comissões, envolvendo os alunos e trabalhando a EA de forma interdisciplinar
e permanente.

Saindo da esfera governamental, é preciso ressaltar o trabalho de algumas Organizações não


Governamentais (ONG) e Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) que atuam no
estado. Existem inúmeras pequenas organizações distribuídas pelos municípios de Rondônia, porém,
aqui, só serão tratadas as mais expressivas e atuantes. A partir dessa premissa, dentre as ONGs
rondonienses, têm destaque: a Associação de Defesa Etnoambiental – KANINDÉ, localizada em Porto
Velho; a Ação Ecológica Guaporé – ECOPORÉ, também de Porto Velho; o Centro de Estudos da
Cultura e do Meio Ambiente da Amazônia – RIOTERRA, da capital do estado; o Grupo Ambientalista
do Rio Machado e seus Afluentes – GARSA, do município Presidente Médici; a H2O Amazônia
Ambiental, situada em Cacoal; e o Instituto de Desenvolvimento Socioambiental, Saúde e Bem Estar –
DESAM, também de Cacoal.

A Associação de Defesa Etnoambiental – KANINDÉ foi fundada em novembro de 1992 por


um grupo que trabalhava com o povo indígena Uru-Eu-Wau-Wau em Rondônia. Essas pessoas, atuantes
em causas ambientais, juntaram-se e criaram a OSCIP que, hoje, desenvolve inúmeras atividades, tais
como ações de vigilância em áreas protegidas, assessoria a organizações indígenas, diagnóstico

260
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

etnoambiental participativo em terras indígenas, etnozoneamento, plano de gestão de terras indígenas,


elaboração de projetos e acompanhamento de políticas públicas. Com um corpo técnico e de associados
formado por profissionais de diversas áreas, a organização também trabalha com comunidades em ações
voltadas para a Educação Ambiental. Nesse sentido, dentre os inúmeros projetos da organização, tem
destaque o “Gestão Ambiental Participativa Comunitária, que atua há mais de 20 anos como instrumento
de educação ambiental na comunidade Jardim Flamboyant, orientando os moradores na adoção de
práticas ambientais saudáveis e contribuindo como referência para implementação de propostas
ambientais na comunidade e em suas adjacências.

A Ação Ecológica Guaporé (ECOPORÉ) foi criada em 25 de junho de 1988. Sua instituição
enquanto organização visava legitimar as ações desenvolvidas por seus membros contra a exploração
predatória de madeiras, o desmatamento ilegal e o processo de invasão de várias Unidades de
Conservação de Rondônia. Inicialmente sediada no município de Rolim de Moura, interior do estado,
posteriormente, em 2000, transferiu sua sede para a capital Porto Velho. Os projetos executados, desde
1988, estão voltados à conservação ambiental e à sustentabilidade, sendo fruto de parcerias com
instituições governamentais e não governamentais e populações tradicionais. A organização tem
experiência em levantamentos socioeconômicos e ambientais, apoio a organizações comunitárias,
pesquisas biológicas de fauna e flora, monitoramento das condições do rio Madeira, projetos de
recuperação de matas ciliares, entre outros. A ECOPORÉ também atua em escolas e nas comunidades
em ações de Educação Ambiental e campanhas de valorização de matas ciliares, águas e reservas legais.
Destaca-se que o trabalho dessa organização foi fundamental para a criação das Reservas Extrativistas
Estaduais, desdobrando-se, posteriormente, na execução de projetos de alternativas econômicas e
assessoria técnica para os extrativistas.

O Centro de Estudos da Cultura e do Meio Ambiente da Amazônia (RIOTERA) foi criado em


1999 com o objetivo de propor um novo modelo de desenvolvimento para a Amazônia, aliando
conservação e sustentabilidade à melhoria da qualidade de vida das populações locais. Essa OSCIP
busca associar seus trabalhos de pesquisa e desenvolvimento às atividades de formação e assessoria
técnica, visando o fortalecimento do capital social amazônico. Norteada pelos princípios de valorização
das diferenças culturais, respeito às necessidades regionais e à capacidade de suporte dos recursos
naturais, a organização desenvolve diversos projetos, dentre os quais um muito importante na área de
Educação Ambiental. A Rede de Comunicação e Formação de Jovens TMM teve início no biênio
2007/2008, quando se formou um grupo de cooperação entre ONGs de Rondônia para discutir impactos
e alternativas das grandes obras de infraestrutura planejadas para o sudoeste da Amazônia com a
sociedade; no âmbito desse projeto, a RIOTERRA foi responsável por desenvolver mecanismos de
comunicação para disseminar informações e formar comunicadores sociais entre as populações
tradicionais e indígenas, criando uma rede regional de comunicação.

261
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

O Grupo Ambientalista do Rio Machado e seus Afluentes (GARSA) foi criado em 2002 no
município Presidente Médici. Segundo o blog da instituição, a ONG foi formada por um grupo de
moradores e realiza trabalhos de educação e conscientização ambiental nos limites municipais. Os
voluntários promovem limpezas periódicas no rio Machado e nos corpos hídricos subjacentes, bem
como atividades de conscientização sobre a importância de não se descartar resíduos nas margens e nos
próprios rios, voltadas para crianças e adultos.

A H2O Amazônia Ambiental é fruto de uma reunião de um colegiado de pesquisadores, em


2002, preocupados com a situação socioambiental de Rondônia. Fundada em 2003 no município de
Cacoal, de acordo com o blog da instituição, possui 10 participantes ativos que realizam atividades na
área de Educação Ambiental. Desde sua criação, foram efetuadas ações de limpeza em corpos hídricos
em parceria com outras organizações não governamentais, órgãos de governo e escolas. Até 2006, a
H2O Amazônia Ambiental possuía um programa semanal na Rádio Samaúma, onde eram veiculadas
notícias ambientais e feitas campanhas educativas.

Também situado no município de Cacoal, o Instituto de Desenvolvimento Socioambiental,


Saúde e Bem Estar (DESAM), instituído em 10 de fevereiro de 2009, apesar de ter como principal
objetivo a promoção de qualidade de vida aos moradores pauperizados, acompanhando as famílias
menos favorecidas cadastradas em seu banco de dados, também realiza inúmeras atividades voltadas
para a preservação e a conscientização ambiental, como distribuição de mudas de plantas nativas,
limpeza de corpos hídricos e campanhas educativas.

Ainda, dentre as organizações listadas pelo MMA como homologadas e atuantes em Rondônia,
estão: a Associação de Desenvolvimento e Preservação Ambiental Yelica Carla (APAIK), fundada em
27 de agosto de 2002 no município Ouro Preto do Oeste; a Proteção Ambiental Cacoalense (PACA),
constituída em 31 de agosto de 1990 na cidade de Cacoal; e a Karipunas Associação Ecológica da
Amazônia, de Porto Velho.
Todos os agentes listados neste tópico são potenciais parceiros para implementação do Plano
Estadual de Recursos Hídricos em Rondônia, devendo ser considerados como tais em todas as etapas do
trabalho. Sejam organizações governamentais, ou não, é preciso levar em conta a experiência desses
agentes no contexto rondoniense e procurar aproveitar o know-how por eles adquiridos ao longo de anos
de criação e viabilização de projetos de mobilização e Educação Ambiental.
3.5.3 Sistema Formal para Educação Ambiental
Neste item serão apresentados os cursos de graduação e pós-graduação, relacionados com a
questão ambiental, ofertados em Rondônia. A importância da análise dessas informações reside na
visualização das potencialidades da rede de ensino pública e privada na formação de atores importantes
no processo de construção de um cenário ambientalmente saudável.
Elencaram-se como os cursos de graduação de maior interesse para o presente projeto: Gestão
Ambiental (GA); Ecologia (ECO); Engenharia Ambiental (EA); Engenharia Ambiental e Sanitária
262
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

(EAS); Engenharia Florestal (EF); Engenharia Hídrica (EH); Engenharia de Pesca (EP); Ciências
Biológicas (CB); e Ciências Naturais (CN).
Em primeiro lugar, apresentar-se uma breve descrição sobre os cursos relacionados ao meio
ambiente, julgados de interesse neste trabalho, bem como as competências a serem desenvolvidas
durante a graduação, de modo que possa se traçar uma espécie de perfil dos egressos (TABELA 3.42).

TABELA 3.42 - DESCRIÇÃO DOS CURSOS DE INTERESSE E COMPETÊNCIAS DESEJADAS NOS GRADUADOS

Curso Descrição Competências do graduado

Voltado para o entendimento da relação entre o homem


- Desenvolvimento e implementação de programas de
e o meio ambiente. Busca, em primeiro lugar, capacitar
reciclagem e educação ambiental;
seus egressos para garantir o uso racional de recursos
Gestão Ambiental - Análise do impacto das atividades humanas sobre o
naturais, de modo a preservar a biodiversidade. Os
solo, a água e o ar e orientações acerca de técnicas
graduados podem trabalhar em áreas urbanas ou rurais,
menos danosas de exploração dos recursos naturais.
bem como em áreas florestais degradadas.

Estuda as relações existentes entre o homem e a - Avaliação de impactos ambientais causados por obras
natureza, com foco na preservação ambiental. e indústrias;
Investigação a estrutura e o funcionamento de - Planejamento do crescimento de núcleos urbanos,
Ecologia ecossistemas, analisando o impacto das atividades preservando os recursos naturais;
humanas sobre o ambiente, visando evitar ou - Apoio logístico para a manutenção de espécies
minimizar desequilíbrios e elaborando planos para a animais e vegetais em parques ecológicos e áreas de
proteção dos recursos naturais. preservação ambiental.

- Realização de estudos de avaliação ambiental;


- Estabelecimento de instrumentos para a gestão
Voltado para o desenvolvimento sustentável, busca ambiental;
integrar as dimensões social, ecológica, tecnológica e - Desenvolvimento de estudos de impacto ambiental
Engenharia
econômica do meio ambiente. O principal objetivo do decorrentes da implantação de atividades;
Ambiental
curso é capacitar seus egressos para desenvolverem - Estabelecimento de medidas mitigadoras ou
técnicas de preservação do ar, da água e do solo. corretivas de impactos ambientais;
- Construção de programas de monitoramento
ambiental.

- Construção e gerenciamento de sistemas de obtenção


e distribuição de água, de coleta e tratamento de esgoto
Busca a preservação dos recursos naturais e a proteção
e do descarte ou da reciclagem de resíduos sólidos;
da saúde humana, com egressos capazes de
- Diagnóstico, avaliação e prevenção da poluição do ar,
Engenharia implementar medidas que reduzam os danos causados
do solo ou da água, causada por indústrias e construção
Ambiental e Sanitária ao meio ambiente pelas atividades ligadas à criação e
de residências em áreas vulneráveis, como encostas e
manutenção de sistemas de abastecimento de água e
mananciais;
coleta e tratamento de esgoto.
- Construção de sistemas de drenagem, para prevenir
enchentes.

Ramo da Engenharia que trabalha com a exploração - Implantação, manutenção, manejo e utilização de
sustentável e a produção de bens da floresta. Espera de plantações florestais e de florestas naturais;
seus egressos a capacidade de avaliar o potencial de - Garantia do desenvolvimento com a manutenção da
Engenharia Florestal
ecossistemas florestais e planejar seu aproveitamento, biodiversidade a partir dos estudos dos ecossistemas;
sempre levando em consideração a manutenção do - Transformação da árvore como matéria-prima nos
equilíbrio dos ecossistemas e do bioma. mais diferentes produtos e processos produtivos.
- Análise da captação, do transporte, do emprego e do
Setor da Engenharia que cuida da exploração, do uso e tratamento da água para atender à população;
da gestão dos recursos hídricos. Espera que seus - Cálculo da demanda e da disponibilidade hídrica nas
egressos sejam capazes de planejar e orientar a bacias;
Engenharia Hídrica utilização das águas de bacias hidrográficas, - Auxílio na implantação de políticas de uso e controle
prevenindo os impactos negativos que elas possam de qualidade da água, bem como da manutenção e
sofrer em consequência de atividades industriais, recuperação de mananciais;
agrícolas e urbanas - Operação de reservatórios e no planejamento dos
recursos hídricos no setor energético.
- Aplicação de novos métodos e tecnologias na
Foca na melhoria do aproveitamento dos recursos
localização, captura, beneficiamento e conservação de
naturais disponíveis a partir do manejo da aquicultura.
peixes, crustáceos e moluscos;
Os egressos devem desenvolver capacidades que
Engenharia de Pesca - Atendimento dos aspectos administrativos e de gestão
permitam um melhor trabalho com a cultura de
da pesca ou da aquicultura;
organismos aquáticos, de modo a preservar os estoques
- Instalação e manutenção de equipamentos usados
pesqueiros e a fauna aquática.
pela indústria pesqueira e de beneficiamento.

263
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Curso Descrição Competências do graduado

- Aplicação de organismos para o desenvolvimento de


Estudo de todas as formas de vida, macroscópica ou medicamentos;
microscópica; suas origens, evolução, estrutura e - Consultoria para o setor industrial, em áreas de
Ciências Biológicas funcionamento. Seu egresso deve ser capaz de analisar fabricação de bebidas e de alimentos;
as relações entre os diversos seres e entre eles e o meio - Lecionar;
ambiente. - Desenvolver ações educativas em museus, Unidades
de Conservação, ONGs, empresas e escolas.

Dá uma visão global da área de ciências e do meio


Ciências Naturais - Lecionar.
ambiente.
Fonte: Guia do Estudante (2017).

A TABELA 3.43 apresenta uma síntese da oferta dos cursos de graduação mencionados
anteriormente.

264
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

TABELA 3.43 - CURSOS DE GRADUAÇÃO DE INTERESSE, SEGUNDO MODALIDADE, DE ACORDO COM AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO QUE OS OFERTAM EM RONDÔNIA
Data de No de
Curso Modalidade Grau Instituição Município
criação vagas
Buritis
Ji-Paraná
Centro Universitário Claretiano (CEUCLAR) Porto Velho 2006 300*
São Miguel do Guaporé
Vilhena
Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) Porto Velho 2008 1.400*
Ariquemes
Cacoal
Cerejeiras
Jaru
Gestão Ambiental À distância Tecnológico Ji-Paraná
Universidade Pitágoras (integrante do grupo UNOPAR) 2007 37.520*
Machadinho d’Oeste
Pimenta Bueno
Porto Velho
Rolim de Moura
Vilhena
Guajará-Mirim
Ji-Paraná
Pimenta Bueno
Universidade Paulista (UNIP) 2013 60*
Porto Velho
Rolim de Moura
Vilhena
Ji-Paraná
Universidade Luterana do Brasil (ULBRA) 2016 2.500*
Porto Velho
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL) Porto Velho 2007 150*
Jaru
Centro Universitário de Maringá (UNICESUMAR) Ji-Paraná 2011 1.500*
Porto Velho
Ariquemes
Costa Marques
Gestão Ambiental À distância Tecnológico
Jaru
Faculdade Educacional da Lapa (FAEL) Nova Mamoré 2014 6.000*
Rolim de Moura
São Miguel do Guaporé
Vilhena
Centro Universitário Estácio de Ribeirão Preto Ariquemes 2013 5.000*
Ji-Paraná
Centro Universitário Leonardo da Vinci (UNIASSELVI) 2004 1.600*
Rolim de Moura
Bacharelado Universidade Federal de Rondônia (UNIR) Guajará-Mirim 2009 50
Faculdade de Educação de Jaru (integrante do grupo
Jaru 2009 100
UNICENTRO)
Gestão Ambiental Presencial
Tecnológico Faculdade Interamericana de Porto Velho (integrante do
Porto Velho 2004 100
grupo UNIRON)
Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal (FACIMED) Cacoal 2007 50
265
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Data de No de
Curso Modalidade Grau Instituição Município
criação vagas
Faculdade de Educação e Meio Ambiente (FAEMA) Ariquemes 2013 100
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de
Colorado do Oeste 2006 80
Rondônia (IFRO)
Ecologia - - - - - -
Buritis
Ji-Paraná
Centro Universitário Claretiano (CEUCLAR) Porto Velho 2015 200*
À distância Bacharelado São Miguel do Guaporé
Vilhena
Universidade de Santo Amaro (UNISA) Cacoal 2008 1.700*
Faculdade de Educação e Cultura de Vilhena (FAEV) Vilhena 2015 80
Faculdade de Educação de Porto Velho (integrante do
Eng. Ambiental Porto Velho 2016 80
grupo UNIRON)
Faculdade de Informática de Ouro Preto do Oeste
Ouro Preto do Oeste 2014 120
(FIOURO)
Presencial Bacharelado Faculdades Integradas de Cacoal (integrante do grupo
Cacoal 2010 100
UNESC)
Faculdade Panamericana de Ji-Paraná Ji-Paraná 2015 100
Faculdade de São Paulo (FSP) Rolim de Moura 2015 100
Universidade Federal de Rondônia (UNIR) Ji-Paraná 2006 45
Ji-Paraná
À distância Bacharelado Universidade Luterana do Brasil (ULBRA) 2012 1.000*
Porto Velho
Eng. Ambiental e Faculdade de Educação de Porto Velho (integrante do
Sanitária Porto Velho 2016 140
Presencial Bacharelado grupo UNIRON)
Faculdade de Educação e Meio Ambiente (FAEMA) Ariquemes 2016 100
Faculdade de Rondônia (FARO) Porto Velho 2001 150
Eng. Florestal Presencial Bacharelado
Universidade Federal de Rondônia (UNIR) Rolim de Moura 2008 50
Eng. Hídrica - - - - - -
Eng. de Pesca Presencial Bacharelado Universidade Federal de Rondônia (UNIR) Presidente Médici 2008 50
Buritis
Ji-Paraná
Bacharelado Centro Universitário Claretiano (CEUCLAR) Porto Velho 2014 300*
São Miguel do Guaporé
Vilhena
Ji-Paraná
Universidade Luterana do Brasil (ULBRA) 2012 1.000
Porto Velho
Ciências Biológicas À distância Guajará-Mirim
Ji-Paraná
Pimenta Bueno
Licenciatura Universidade Paulista (UNIP) 2013 60*
Porto Velho
Rolim de Moura
Vilhena
Ariquemes
Universidade Pitágoras (integrante do grupo UNOPAR) 2016 17.000*
Cacoal
266
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Data de No de
Curso Modalidade Grau Instituição Município
criação vagas
Cerejeiras
Jaru
Ji-Paraná
Machadinho d’Oeste
Pimenta Bueno
Porto Velho
Rolim de Moura
Vilhena
Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná
Ji-Paraná 2012 100
(CEULJI/ULBRA)
Centro Universitário São Lucas (FSL) Porto Velho 2001 150
Bacharelado Faculdade de Educação de Porto Velho (integrante do
Porto Velho 2014 100
grupo UNIRON)
Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal (FACIMED) Cacoal 2001 100
Universidade Federal de Rondônia (UNIR) Porto Velho 1995 30
Faculdades Integradas de Ariquemes (FIAR) Ariquemes 2009 120
Faculdades Integradas Aparício Carvalho (FIMCA) Porto Velho 2004 200
Presencial Centro Universitário São Lucas (FSL) Porto Velho 2001 150
Faculdade de Educação de Porto Velho (integrante do
Porto Velho 1995 50
grupo UNIRON)
Licenciatura Faculdade de Educação de Jaru (integrante do grupo
Jaru 2009 100
UNICENTRO)
Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal (FACIMED) Cacoal 2001 100
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Ariquemes 2011 40
Rondônia (IFRO) Colorado do Oeste 2013 80
Porto Velho 1995 20
Universidade Federal de Rondônia (UNIR)
Presidente Médici 2015 50
Ariquemes
Porto Velho
Ciências Naturais À distância Licenciatura Universidade Federal de Rondônia (UNIR) 2005 200
Rolim de Moura
Vilhena
*Total de vagas ofertadas para todo o Brasil, distribuídas nos municípios de acordo com a demanda.
Fonte: MEC (2017).

267
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

A primeira informação que salta aos olhos, quando da análise da TABELA 3.43, é a ausência
dos cursos de graduação em Ecologia e Engenharia Hídrica. Embora o primeiro seja um curso
relativamente novo e, portanto, ainda majoritariamente desconhecido, o curso de Engenharia Hídrica é
um ramo importante da escola de engenharia e o estudo nele compreendido de imensa importância para
estados amazônicos, os quais possuem um potencial hídrico riquíssimo.

Vale ressaltar a presença de inúmeras instituições de ensino de outros estados, como Rio Grande
do Sul, Santa Catarina e São Paulo, as quais ofertam vários cursos na modalidade de Ensino à Distância
(EaD). No caso destas, o número de vagas ofertadas é meramente uma estimativa total para o país, não
podendo ser desmembrado em estados ou municípios, uma vez que o preenchimento das vagas é feito
de acordo com a demanda, não sendo programados totais para cada localidade. Nessa modalidade
predominam os cursos tecnológicos de Gestão Ambiental.

A seguir a TABELA 3.44 apresenta uma síntese das informações sobre as modalidades de
ensino e as vagas ofertadas em relação aos cursos de graduação de interesse.

TABELA 3.44 - SÍNTESE DAS PRINCIPAIS INFORMAÇÕES SOBRE OS CURSOS DE GRADUAÇÃO DE INTERESSE EM
RONDÔNIA

No de instituições No de vagas
Curso % vagas /total
À distância Presencial À distância* Presencial
Gestão Ambiental 10 06 - 480 16,0%
Eng. Ambiental 02 07 - 625 21,0%
Eng. Ambiental e
01 02 - 240 8,0%
Sanitária
Eng. Florestal - 02 - 200 6,7%
Eng. De Pesca - 01 - 50 1,7%
Ciências Biológicas 04 13 - 1.390 46,6%
Ciências Naturais 01 - - - -
TOTAL 08 25 - 2.985 100%
*As vagas são ofertadas para todo o Brasil, distribuídas nos municípios de acordo com a demanda, de modo que não há
números apenas para o Estado de Rondônia.
Fonte: MEC (2017).

O curso com maior oferta de vagas é o de Ciências Biológicas, ofertado por quatro instituições
na modalidade EaD e 13 na presencial; são 1.390 vagas presenciais, que representam quase 50% do total
de vagas dos cursos de interesse. Tal informação não chega a ser díspar da realidade, uma vez que esse
curso, por abrir um leque de possibilidades no mercado de trabalho e ser uma formação de conhecimento
geral, é bastante popular entre estudantes de todo o território brasileiro. O graduando pode optar por
Bacharelado ou Licenciatura neste curso, sendo a segunda opção mais ampla em número de instituições
e vagas.

O segundo curso em vagas ofertadas é Engenharia Ambiental, formação tradicional no campo


de atuação da Engenharia. São 625 vagas para futuros bacharéis em sete instituições da modalidade
presencial, o que representa 21% do total de vagas. Na sequência, destaca-se o curso tecnológico de
Gestão Ambiental; apenas a Universidade Federal dispõe de bacharelado para essa formação. Os

268
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

interessados em se tornar técnicos em Gestão Ambiental podem optar por cursos de EaD em 10
instituições ou disputar uma das 480 vagas presenciais.

No lado oposto, o curso de Ciências Naturais é ofertado por apenas uma instituição de ensino
na modalidade EaD. Já para os interessados em Engenharia de Pesca, são apenas 50 vagas a serem
disputadas na Universidade Federal de Rondônia. Engenharia Florestal e Engenharia Ambiental e
Sanitária são ofertados em poucas instituições, com um número semelhante de vagas.

TABELA 3.45 - DISTRIBUIÇÃO DOS CURSOS DE INTERESSE E RESPECTIVAS VAGAS, NA MODALIDADE PRESENCIAL,
POR MUNICÍPIO

Número de vagas*
Município Total
GA EA EAS EF EP CB CN
Ariquemes 100 - 100 - - 160 - 360
Cacoal 50 100 - - - 200 - 350
Colorado do Oeste 80 - - - - 80 - 160
Guajará-Mirim 50 - - - - - - 50
Jaru 100 - - - - 100 - 200
Ji-Paraná - 145 - - - 100 - 245
Ouro Preto do Oeste - 120 - - - - - 120
Porto Velho 100 80 140 150 - 700 - 1.170
Presidente Médici - - - - 50 50 - 100
Rolim de Moura - 100 - 50 - - - 150
Vilhena - 80 - - - - - 80
TOTAL 480 625 240 200 50 1.390 - 2.985
* GA = Gestão Ambiental; EA = Engenharia Ambiental; EAS = Engenharia Ambiental e Sanitária; EF = Engenharia
Florestal; EP = Engenharia de Pesca; CB = Ciências Biológicas; CN = Ciências Naturais.
Fonte: MEC (2017).

A distribuição das vagas, com exceção da capital Porto Velho, é relativamente homogênea. Para
isso, contribui o fato de que a Universidade Federal de Rondônia tem campus em vários municípios e
distribui a oferta de seus cursos e vagas por todo o território estadual.

Porto Velho concentra quase 40% do total de vagas dos cursos de interesse. Na capital, dentre
os cursos elencados, apenas não se pode encontrar Engenharia de Pesca – que é ofertado apenas pela
Universidade Federal de Rondônia em Presidente Médici – e Ciências Naturais, curso que só pode ser
acessado na modalidade EaD no estado.

Ariquemes e Cacoal apresentam os segundos maiores totais de vagas ofertadas para os cursos
de interesse, refletindo os seus montantes populacionais elevados. Nestes municípios é possível
encontrar os cursos de Gestão Ambiental, Engenharia Ambiental, Engenharia Ambiental e Sanitária e
Ciências Biológicas.

Ji-Paraná, o segundo município em número de moradores de Rondônia, tem um número 45%


menor de vagas do que Ariquemes, terceiro município mais populoso do estado. Ali há apenas oferta
dos cursos de Engenharia Ambiental e Ciências Biológicas.

Os demais municípios apresentam distribuição bastante próxima em termos de número de vagas


dos cursos de interesse. Já Vilhena, quarto no ranking populacional de Rondônia, apresenta apenas 80

269
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

vagas em Engenharia Ambiental e, Guajará-Mirim, oitavo município em moradores, tem somente 50


vagas para Gestão Ambiental, relativas ao bacharelado oferecido pela Universidade Federal de
Rondônia.

A FIGURA 3.45 apresenta a distribuição das instituições de ensino com oferta de cursos de
graduação considerados de interesse, na modalidade presencial, em Rondônia.

FIGURA 3.45.- INSTITUIÇÕES DE ENSINO QUE OFERTAM VAGAS DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO CONSIDERADOS DE
INTERESSE NA MODALIDADE PRESENCIAL EM RONDÔNIA
Fonte: Adaptado de MEC (2017).

Na modalidade EaD, esses cursos podem ser encontrados em diversos municípios, porém, como
não é possível, tal como mencionado anteriormente, divisar a quantidade de vagas desses cursos por
município, a TABELA 3.46 apresenta apenas a incidência dos cursos pelo território rondoniense.

TABELA 3.46 - DISTRIBUIÇÃO DOS CURSOS DE INTERESSE EM INSTITUIÇÕES DE ENSINO DE ABRANGÊNCIA


NACIONAL, DE ACORDO COM OS MUNICÍPIOS ONDE PODEM SER ACESSADOS

Cursos*
Município
GA EA EAS CB CN
Ariquemes X X X
Buritis X X X
Cacoal X X X
Cerejeiras X X
Costa Marques X
Guajará-Mirim X X
Jaru X X
Ji-Paraná X X X X
Machadinho D’Oeste X X
Nova Mamoré X
Pimenta Bueno X X
Porto Velho X X X X X

270
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Cursos*
Município
GA EA EAS CB CN
Rolim de Moura X X
São Miguel do Guaporé X X X X
Vilhena X X X X
* GA = Gestão Ambiental; EA = Engenharia Ambiental; EAS = Engenharia Ambiental e Sanitária; CB = Ciências Biológicas.
CN = Ciências Naturais.
Fonte: MEC (2017).

Com a modalidade EaD, percebe-se que moradores de municípios que não possuem instituições
de ensino de graduação com cursos presenciais podem acessar esses cursos relacionados a questões
ambientais. Entre eles encontram-se Buritis, Cerejeiras, Costa Marques, Machadinho d’Oeste, Nova
Mamoré, Pimenta Bueno e São Miguel do Guaporé.

O curso tecnológico de Gestão Ambiental é o único com oferta em todos os municípios da


TABELA 3.46. Em Nova Mamoré e Costa Marques, inclusive, apenas esse curso está disponível aos
alunos interessados em uma formação mais voltada para o meio ambiente. Na sequência, destaque para
Ciências Biológicas, que só não é oferecido em Nova Mamoré.

O único município que conta com a oferta de todos os cursos elencados como de interesse na
modalidade EaD é Porto Velho. Em São Miguel do Guaporé e Vilhena só não é possível acessar turmas
de Engenharia Ambiental e Sanitária, enquanto em Ji-Paraná os alunos não encontram apenas o curso
de Ciências Naturais.

Na FIGURA 3.46 é possível distinguir os municípios onde estão disponíveis aos alunos
rondonienses os cursos de interesse na modalidade EaD.

Na sequência, analisar-se-á os cursos de pós-graduação e/ou especialização em áreas


relacionadas ao meio ambiente. Foram elencados como importantes no contexto deste trabalho: Análise
Ambiental (AA); Auditoria e Perícia Ambiental (APA); Auditoria, Perícia e Gestão Ambiental (APGA);
Direito Ambiental (DA); Educação, Gestão, Perícia e Auditoria Ambiental (EGPA); Engenharia
Sanitária e Ambiental (ESA); Gestão Ambiental (GA); Perícia Ambiental e Desenvolvimento de
Projetos (PADP); Educação Ambiental (EA); Geoprocessamento Ambiental (GA); Ecologia e
Biodiversidade (EB); Ecologia Educacional (EE); e Zoologia e Ecologia da Conservação (ZEC).

271
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

FIGURA 3.46 - INSTITUIÇÕES DE ENSINO QUE OFERTAM VAGAS DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO CONSIDERADOS DE
INTERESSE NA MODALIDADE EAD EM RONDÔNIA
Fonte: Adaptado de MEC (2017).

Todos os cursos de especialização ou pós-graduação são listados, oficialmente, como


presenciais, entretanto, alguns são ofertados de maneira semipresencial para todo o Brasil, de modo que
seus dados não são admitidos apenas para o estado de Rondônia. Por este motivo, optou-se por separar,
na TABELA 3.47, as principais informações sobre os cursos de pós-graduação/especialização
oferecidos por instituições de ensino rondoniense e, na TABELA 3.48, os dados sobre as instituições de
abrangência nacional, que serão tratados como se fossem parte de uma modalidade de EaD para fins de
análise numérica.

272
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

TABELA 3.47 - CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO E ESPECIALIZAÇÃO NAS ÁREAS DE INTERESSE, DE ACORDO COM AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO DE RONDÔNIA QUE OS
OFERTAM, MUNICÍPIO EM QUE SE ENCONTRAM, NÚMERO DE VAGAS E NÚMERO DE EGRESSOS

Curso Grau Instituição Município Criação NO de vagas NO de egressos*


Faculdade de Educação de Jaru (UNICENTRO) Jaru 2013 40 32
Análise Ambiental Faculdade de Educação e Meio Ambiente
Ariquemes 2016 60 -
(FAEMA)
Faculdade de Rolim de Moura (FAROL) Vilhena 2012 30 17
Auditoria e Perícia Ambiental Faculdade Interamericana de Porto Velho
Porto Velho 2014 50 -
(UNIRON)
Faculdade Panamericana de Ji-Paraná Ji-Paraná 2012 50 08
Faculdade de Rondônia (FARO) Porto Velho 2011 50 10
Auditoria, Perícia e Gestão Ambiental
Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal
Cacoal 2010 50 05
(FACIMED)
Direito Ambiental Faculdade da Amazônia (FAMA) Vilhena 2015 30 22
Engenharia Sanitária e Ambiental Lato-sensu Faculdade São Paulo (FSP) Rolim de Moura 2013 50 -
Porto Velho
Gestão Ambiental Faculdades Integradas Aparício Carvalho (FIMCA) 2012 35 35
Vilhena
Perícia Ambiental e Desenvolvimento
Faculdade de Pimenta Bueno (FAP) Pimenta Bueno 2012 50 -
de Projetos
Faculdade Interamericana de Porto Velho
Perícia e Auditoria Ambiental Porto Velho 2014 30 10
(UNIRON)
Instituto Federal de Educação, Ciência e
Geoprocessamento Ambiental Colorado do Oeste 2012 25 25
Tecnologia (IFRO)
Faculdade de Informática de Ouro Preto do Oeste
Ouro Preto do Oeste 2014 50 -
Zoologia, Ecologia e Conservação (FIOURO)
Faculdade Rolim de Moura (FAROL) Porto Velho 2012 40 36
* O número de egressos é um total calculado desde o início das atividades do curso de pós-graduação.
Fonte: MEC (2017).

273
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

TABELA 3.48 - CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO E ESPECIALIZAÇÃO NAS ÁREAS DE INTERESSE, DE ACORDO COM AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO DE ABRANGÊNCIA NACIONAL
QUE OS OFERTAM, MUNICÍPIO EM QUE SE ENCONTRAM, NÚMERO DE VAGAS E NÚMERO DE EGRESSOS

Curso Grau Instituição Município Criação No de vagas No de egressos*


Análise Ambiental Faculdade Centro-Sul do Paraná (FACSPAR) Porto Velho 2012 1.000 13
Lato-sensu Faculdade de Nanuque (FANAN) Pimenta Bueno 2012 100 02
Direito Ambiental Faculdade Lusocapixaba (FLC) Vilhena 2015 200 100
Faculdade de Pinheiros (FAP) Pimenta Bueno 2016 100 -
Engenharia Sanitária e Ambiental Lato-sensu (MBA) Instituto de Pós-Graduação e Graduação (IPOG) Porto Velho 2011 360 26
Educação Ambiental Faculdade Mario Schenberg (FMS) Vilhena 2009 50 30
Ecologia e Biodiversidade Faculdade Centro-Sul do Paraná (FACSPAR) Porto Velho 2012 1.000 12
Faculdade de Nanuque (FANAN) Pimenta Bueno 2012 100 20
Pimenta Bueno
Ecologia Educacional
Faculdade de Pinheiros (FAP) São Francisco do 2015 150 -
Guaporé
Lato-sensu Alvorada d’Oeste
Ariquemes
Buritis
Educação, Gestão, Perícia e Auditoria
Faculdade Santo André (FASA) Guajará-Mirim 2015 40 -
Ambiental
Jaru
Ji-Paraná
Porto Velho Vilhena
* O número de egressos é um total calculado desde o início das atividades do curso de pós-graduação.
Fonte: MEC (2017).

274
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Diferentemente da graduação, na pós-graduação o MEC permite que as instituições de ensino


tenham mais flexibilidade na construção pedagógica e de conteúdo dos cursos. Embora esses cursos de
especialização somente possam ser oferecidos por instituições de ensino superior credenciadas e na área
em que possuem competência, experiência e capacidade instalada, a instituição é diretamente
responsável pelo curso, incluindo projeto pedagógico, corpo docente e metodologia. Os cursos de pós-
graduação lato-sensu independem de autorização, reconhecimento e renovação do reconhecimento após
o credenciamento da instituição que os oferece. Dada essa parte normativa dos cursos de pós-graduação,
é fácil entender a grande quantidade de diferentes denominações para cursos e distintos vieses de
conteúdo abordado.

Em Rondônia, foram elencados 14 cursos como possíveis formadores de agentes da Educação


Ambiental. Quatro deles – Educação Ambiental, Ecologia e Biodiversidade, Ecologia Educacional e
Educação, Gestão e Perícia Ambiental – são ofertados apenas na modalidade semipresencial por
instituições de ensino que atuam em todo o território nacional. Usualmente, nesses casos, há algumas
aulas presenciais em polos mantidos nos municípios e o restante do conteúdo é acessado em plataformas
digitais. No presente trabalho foi realizada essa distinção a título de poder analisar de forma mais
acurada a distribuição de vagas, uma vez que as vagas ofertadas para estes cursos são divididas por
muitos estados e não é possível distinguir as que são utilizadas por estudantes de Rondônia.

A seguir, a TABELA 3.49 apresenta uma síntese das informações sobre as modalidades de
ensino e as vagas ofertadas, em instituições de ensino de Rondônia, em relação aos cursos de pós-
graduação considerados como de interesse.

TABELA 3.49 - SÍNTESE DAS PRINCIPAIS INFORMAÇÕES SOBRE OS CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO DE INTERESSE
OFERTADOS POR INSTITUIÇÕES DE RONDÔNIA
% vagas No de % egressos
Curso No de inst. No de vagas
/total egressos /total
Análise Ambiental 02 100 15,6% 32 16,0%
Auditoria e Perícia Ambiental 02 80 12,5% 17 8,5%
Auditoria, Perícia e Gestão Ambiental 03 150 23,4% 23 11,5%
Direito Ambiental 01 30 4,7% 22 11,0%
Engenharia Sanitária e Ambiental 01 50 7,8% - -
Gestão Ambiental 01 35 5,6% 35 17,5%
Perícia Ambiental e Desenvolvimento de
01 50 7,8% - -
Projetos
Perícia e Auditoria Ambiental 01 30 4,7% 10 5,0%
Geoprocessamento Ambiental 01 25 3,9% 25 12,5%
Zoologia, Ecologia e Conservação 02 90 14,0% 36 18,0%
TOTAL 15 640 100% 200 100%
Fonte: MEC (2017).

Todos os cursos de pós-graduação/especialização ofertados por instituições de Rondônia de


forma presencial são lato-sensu, ou seja, possuem duração mínima de 360 horas e fornecem certificados
e não diplomas. Diferentemente dos stricto-sensu, estes cursos não requerem que o aluno passe por
processo seletivo, mas não conferem graus de mestre ou doutores aos seus egressos (BRASIL, 1996).

275
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

O curso com maior oferta de vagas é o de Auditoria, Perícia e Gestão Ambiental, ofertado por
três instituições na modalidade presencial; são 150 vagas, que representam mais de 20% do total de
vagas dos cursos de interesse. Esse curso visa especializar os profissionais para desempenhar funções
relativas ao gerenciamento de questões ambientais, tanto no setor público quanto no privado. Também
capacita o estudante para a obtenção do Certificado de Auditor Ambiental – ISO 14001–2004 (Auditor
Interno), bem como para atuar em Perícia Judicial nessa área. Esse curso é mais antigo no estado, com
oferta iniciada em meados de 2010 por uma das faculdades; o número de egressos desde a data de criação
dos cursos é igual a 23, o que mostra que apesar de ser o mais proeminente em número de vagas, essas
não são preenchidas e não se formam alunos, anualmente, nestes cursos.

O segundo curso em vagas ofertadas é Análise Ambiental, com 100 vagas para futuros bacharéis
em duas instituições da modalidade presencial, o que representa pouco mais de 15% do total de vagas.
Uma das faculdades que tem esse curso disponível iniciou as atividades dele em 2016 e não possui
egressos; a outra, que tem o curso desde 2013, já formou 32 analistas ambientais. O curso é voltado para
profissionais que queiram dentro do sistema de licenciamento ambiental brasileiro, auxiliando, com
assessoramento e análise ambiental, nas tomadas de decisão relativas à intervenções de instituições
públicas e privadas.

No lado oposto, os cursos com menores disponibilidades de vagas são Direito Ambiental e
Geoprocessamento Ambiental. O primeiro só pode ser cursado em uma instituição, que oferece,
regularmente, 30 vagas para os interessados. Desde o início de suas atividades, em 2015, já são 22
egressos, o que mostra que esta é uma das pós-graduações de maior procura em Rondônia. Já o curso
de Geoprocessamento Ambiental, também oferecido por somente uma instituição, atua desde 2012,
ofertando 25 vagas em periodicidade eventual. Esse último é um curso gratuito ofertado pelo Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), o que leva a crer que apenas uma
turma desse curso foi constituída desde 2012, dado que são 25 egressos contabilizados no total.

Ressalta-se que, no âmbito da pós-graduação stricto sensu, a Universidade Federal de Rondônia


(UNIR) oferece um Mestrado em Ciências Ambientais, em que são ofertadas vagas semestralmente
através de processo seletivo. Em 2016, foram admitidos 48 estudantes no curso. O programa tem como
área de concentração a “Biodiversidade amazônica e Agricultura Sustentável”, reconhecendo que o
desenvolvimento sustentável passa pelo conhecimento da sociobiodiversidade, assim como do
estabelecimento de técnicas e tecnologias agrícolas que permitam o uso racional dos recursos naturais e
que reconhecem as diferentes formas de manifestação do conhecimento das populações tradicionais.

Também na UNIR, há oferta de Mestrado e Doutorado em Desenvolvimento Regional e Meio


Ambiente. Com processo seletivo semestral, em 2016, o curso contava com 10 mestrandos e 6
doutorandos. A área de concentração desse programa é “Desenvolvimento Sustentável e Diagnóstico

276
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Ambiental”, possuindo duas linhas distintas de pesquisa: “Ambiente, Saúde e Sustentabilidade” e


“Políticas Públicas e Desenvolvimento Sustentável”.

TABELA 3.50 - DISTRIBUIÇÃO DOS CURSOS DE INTERESSE E RESPECTIVAS VAGAS, EM INSTITUIÇÕES DE ENSINO
DE RONDÔNIA, POR MUNICÍPIO

Número de vagas*
Município Total
AA APA APGA DA ESA GA GeoA PA PADP ZEC
Ariquemes 60 - - - - - - - - - 60
Cacoal - - 50 - - - - - - - 50
Colorado do Oeste - - - - - - 25 - - - 25
Jaru 40 - - - - - - - - - 70
Ji-Paraná - - 50 - - - - - - - 50
Ouro Preto do
- - - - - - - - - 50 50
Oeste
Pimenta Bueno - - - - - - - - 50 - 50
Porto Velho - 50 50 - - 35 - 30 - 40 175
Rolim de Moura - - - - 50 - - - - - 50
Vilhena - 30 - 30 - - - - - - 60
TOTAL 100 80 150 30 50 35 25 30 50 90 640
* AA = Análise Ambiental; APA = Auditoria e Perícia Ambiental; APGA = Auditoria, Perícia e Gestão Ambiental; DA =
Direito Ambiental; ESA = Engenharia Sanitária e Ambiental; GA = Gestão Ambiental; GeoA = Geoprocessamento Ambiental;
PA = Perícia e Auditoria Ambiental; PADP = Perícia Ambiental e Desenvolvimento de Projetos; ZEC = Zoologia, Ecologia
e Conservação.
Fonte: MEC (2017).

A maioria dos municípios oferece apenas um dos cursos de pós-graduação considerados de


interesse. As exceções são Porto velho, com quatro cursos, e Vilhena, com dois.

Porto Velho concentra quase 30% das vagas dos cursos de interesse e, no município, dentre os
cursos elencados, pode-se encontrar turmas de: Auditoria e Perícia Ambiental; Auditoria, Perícia e
Gestão Ambiental; Gestão Ambiental; Perícia e Auditoria Ambiental; e Zoologia, Ecologia e
Conservação. O total de alunos formados nesses cursos, no município, é de 91, o que corresponde a 45%
do total dos pós-graduados rondonienses dos cursos de interesse.

Vilhena é o outro único município com mais de um curso de interesse sendo ofertado. Ali podem
ser acessadas turmas de Auditoria e Perícia Ambiental e Direito Ambiental. Este último, bastante
procurado, é oferecido apenas em Vilhena pela Faculdade da Amazônia (FAMA). O total de pós-
graduados, nesse município, é de 39 alunos, quase 20% do total.

Colorado do Oeste tem a única turma de Geoprocessamento Ambiental de Rondônia, curso que
é oferecido pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRO) e tem 22 egressos, 11%
do total dos pós-graduados nesses cursos considerados de interesse.

A FIGURA 3.47 apresenta a disposição geográfica dessas instituições de ensino em Rondônia.

277
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

FIGURA 3.47 - INSTITUIÇÕES DE ENSINO QUE OFERTAM VAGAS DOS CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO
CONSIDERADOS DE INTERESSE NA MODALIDADE PRESENCIAL EM RONDÔNIA
Fonte: Adaptado de MEC (2017).

Na modalidade semipresencial, podem ser encontrados cursos de interesse, também, nos


municípios de Jaru, Buritis, Guajará Mirim e São Francisco do Guaporé. Como mencionado
anteriormente, não é possível divisar a quantidade de vagas desses cursos nos municípios, por esse
motivo, a TABELA 3.51 apresenta apenas a incidência dos cursos pelo território rondoniense.

TABELA 3.51 - DISTRIBUIÇÃO DOS CURSOS DE INTERESSE EM INSTITUIÇÕES DE ENSINO DE ABRANGÊNCIA


NACIONAL, DE ACORDO COM OS MUNICÍPIOS ONDE PODEM SER ACESSADOS

Cursos*
Município
AA DA ESA EA EB EE EGPA
Alvorada d’Oeste X
Ariquemes X
Buritis X
Guajará-Mirim X
Jaru X
Ji-Paraná X
Pimenta Bueno X X
Porto Velho X X X X
São Francisco do Guaporé X
Vilhena X X X
* AA = Análise Ambiental; DA = Direito Ambiental; ESA = Engenharia Sanitária e Ambiental; EA = Ecologia Ambiental;
EB = Ecologia e Biodiversidade; EE = Ecologia Educacional; EGPA = Educação, Gestão, Perícia e Auditoria Ambiental.
Fonte: MEC (2017).

A oferta de pós-graduação na modalidade semipresencial alcança menos municípios do que a


graduação em EaD. Um possível motivo para tanto é que, na especialização, é necessário que a
instituição de ensino conte, obrigatoriamente, com um polo presencial no local, o que encarece os custos
para as faculdades e impossibilita a oferta de cursos em municípios menores. Mesmo nessa modalidade,
278
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

percebe-se que a oferta de cursos distintos é pequena. A maior parte dos municípios contam com apenas
um. Nesse cenário, destacam-se Porto Velho e Vilhena, sendo que, no primeiro, os alunos podem cursar
pós-graduações na área de Análise Ambiental, Engenharia Sanitária e Ambiental, Ecologia e
Biodiversidade e Ecologia, Gestão, Perícia e Auditoria Ambiental; enquanto no segundo, os alunos têm
à disposição Direito Ambiental, Educação Ambiental e Ecologia, Gestão, Perícia e Auditoria Ambiental.
Vilhena, inclusive, é o único município onde pode ser cursada a pós-graduação em Educação Ambiental
em Rondônia. Na FIGURA 3.48 é possível observar a distribuição desses polos de ensino semipresencial
no estado de Rondônia.

FIGURA 3.48.- INSTITUIÇÕES DE ENSINO QUE OFERTAM VAGAS DOS CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO
CONSIDERADOS DE INTERESSE NA MODALIDADE SEMIPRESENCIAL EM RONDÔNIA
Fonte: Adaptado de MEC (2017).

Dentre os municípios que não contam com instituições em seus territórios, mas podem acessar
os polos de pós-graduação semipresencial, estão Alvorada d’Oeste, Buritis, Guajará-Mirim e São
Francisco do Guaporé. Os demais cursos listados na TABELA 3.51, além da modalidade semipresencial,
também contam com cursos presenciais.

3.5.4 Considerações Finais


Considerando o relativo recente histórico de ações concretas de Educação Ambiental no estado,
bem como o reduzido número de agentes que, atualmente, atuam e operacionalizam iniciativas voltadas
a EA, tem-se um cenário contraditório ao fato de Rondônia ser um dos líderes em número de áreas
voltadas para a preservação e conservação.

279
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Enquanto grande parte do território rondoniense encontra-se sob tutela de normas restritivas que
visam à preservação de seus recursos naturais ou o seu uso sustentável, poucos são os programas e
projetos em andamento que conciliam conservação e cidadania. Embora exista o registro de várias
organizações não governamentais que atuam na área de EA, poucas são as ações de que se tem notícia
que são implementadas com sucesso.

Nesse ponto, ressalta-se a importância do sistema de educação formal de graduação e pós-


graduação em áreas relacionadas com as questões ambientais, uma vez que dele podem surgir novos
agentes, devidamente capacitados para atuar na gestão das iniciativas de EA.

A partir do exposto no presente relatório, é possível notar que os cursos relacionados ao meio
ambiente não são muito numerosos no estado, estando sua oferta concentrada na capital e nos municípios
mais populosos. A educação à distância pode se tornar uma ferramenta eficaz na ampliação do número
de alunos de cursos considerados de viés ambiental, porém, até o presente, ainda não foi capaz de
aumentar consideravelmente a oferta dessa área de conhecimento.

O fato é que incrementos de áreas desmatadas e invasões de Terras Indígenas e Unidades de


Conservação andam lado a lado com a falta de conscientização da população acerca da importância
ambiental dos recursos naturais rondonienses. Reverter um cenário depredativo das florestas parte não
apenas de restrições de uso e demarcações de área, é preciso que a população seja informada e
conscientizada, daí a importância de se ter um conjunto de iniciativas de Educação Ambiental.

3.6 IDENTIFICAÇÃO DE SEGMENTOS SOCIAIS ESTRATÉGICOS

Este item do relatório tem quatro objetivos:

1 - Identificar os atores sociais atuantes na gestão dos recursos ambientais, com enfoque
prioritário nos usuários da água, caracterizando formas de organização, abrangência espacial, tipos de
atuação, capacidade de liderança e seu potencial, visando articulação e apoio a ações de
desenvolvimento para novos programas de educação ambiental voltados ao uso racional e à conservação
dos recursos hídricos.

2 - Mapear todas as organizações de grupos sociais que direta ou indiretamente se constituem


em parceiros estratégicos na condução da política de gestão ambiental (os sindicatos patronais e de
trabalhadores, as organizações comunitárias, os clubes de serviços, as organizações ambientalistas, as
cooperativas de usuários da água, as organizações de profissionais técnico-científicos, as universidades
regionais, as redes municipal e estadual de ensino e instituições públicas tais como Prefeituras, Câmaras
de Vereadores, Conselhos Municipais), com potencial de parceria para o processo de comunicação e de
mobilização social, na escala estadual.

3 - Identificar e avaliar quais são, e em que condições de organização e atuação se encontram,


os diferentes grupos sociais a serem envolvidos, ou a se constituírem em parceiros no estabelecimento
280
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

das estratégias que deverão ser empregadas na informação, na formação, na mobilização e no


engajamento da população, tanto para a construção coletiva do estudo como um todo, quanto para o
processo permanente de gestão ambiental.

4 - Mapear os principais atores sociais atuantes especificamente no que tange ao uso da água.

3.6.1 Metodologia
O mapeamento de atores e segmentos sociais estratégicos para a gestão dos recursos ambientais,
em especial dos recursos hídricos, no estado de Rondônia, foi realizado em três etapas: na primeira, com
base em pesquisa do IBGE de 2010 foi estimado o universo das instituições que atuam no estado de
Rondônia; na segunda, foi realizada uma ampla pesquisa na internet para identificar as instituições de
interesse para o estudo que foram organizadas em categorias; por último foi realizada uma seleção das
instituições consideradas estratégicas do ponto de vista deste estudo e que podem vir a participar dos
debates públicos do PERH-RO e de sua gestão quando aprovado.

3.6.1.1 Pesquisa IBGE 2010 - Entidades Privadas sem Fins Lucrativos

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realiza o levantamento de Fundações


Privadas e Associações Sem Fins Lucrativos – FASFIL com o objetivo principal de analisar a
distribuição espacial e o campo de atuação destas instituições (IBGE 2012).

O FASFIL partiu, em 2002, de informações advindas do Cadastro Central de Empresas –


CEMPRE, que cobre o universo das organizações inscritas no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica
(CNPJ) identificando as entidades sem fins lucrativos. Posteriormente, classificou-as e enquadrou-as em
cinco critérios:

• Privadas, não integrantes, portanto, do aparelho de estado.


• Sem fins lucrativos, isto é, organizações que não distribuem eventuais excedentes entre os
proprietários ou diretores e que não possuem como razão primeira de existência a geração de
lucros, podendo até gerá-los, desde que aplicados nas atividades fins.
• Institucionalizadas, isto é, legalmente constituídas.
• Auto administradas ou capazes de gerenciar suas próprias atividades.
• Voluntárias, na medida em que podem ser constituídas livremente por qualquer grupo de
pessoas, isto é, a atividade de associação ou de fundação da entidade é livremente decidida pelos
sócios ou fundadores.

Nesta classificação enquadrando-se entidades com os seguintes códigos de natureza jurídica:

306-9: Fundação Privada

320-4: Estabelecimento, no Brasil, de Fundação ou Associação Estrangeira

322-0: Organização Religiosa

281
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

399-9: Associação Privada

A partir de 2006 o IBGE aprimorou os critérios e faz a classificação por finalidade de uso, isto
é, por objetivo a que serve, mais apropriada do que por tipo de atividade econômica. Para isso usou a
classificação do COPNI (Classificação dos Objetivos das Instituições sem Fins Lucrativos ao Serviço
das Famílias) das Nações Unidas e organizou as instituições em 10 grupos e respectivos subgrupos,
como segue:

Grupo 01: Habitação

01.0 Habitação

Grupo 02: Saúde

2.1 Hospitais

2.2 Outros serviços de saúde

Grupo 03: Cultura e Recreação

3.1 Cultura e arte

3.2 Esporte e recreação

Grupo 04: Educação e Pesquisa

4.1 Educação infantil

4.2 Ensino fundamental

4.3 Ensino médio

4.4 Educação superior

4.6 Estudos e pesquisas de direitos

4.7 Educação profissional

4.8 Outras formas de educação/ensino

Grupo 05: Assistência Social

05.0 Assistência social

Grupo 06: Religião

6.0 Religião

Grupo 07: Partidos Políticos, Sindicatos, Associações Patronais e Profissionais

07.3 Associações empresariais e patronais

07.5 Associações de produtores rurais


282
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

07.4 Associações profissionais

Grupo 08: Meio Ambiente e Proteção Animal

08.0 Meio ambiente e proteção animal

Grupo 09: Desenvolvimento e Defesa de Direitos

09.1 Associação de moradores

09.2 Centros e associações comunitárias

09.3 Desenvolvimento rural

09.4 Emprego e treinamento

09.5 Defesa de direitos de grupos e minorias

09.6 Outras formas de desenvolvimento e defesa

Grupo 10: Outras Instituições Privadas Sem Fins Lucrativos

10.8 Outras instituições privadas sem fins lucrativos não classificadas anteriormente.

No último grupo a pesquisa relaciona condomínios, cartórios, entidades de medição e


arbitragem, comissões de conciliação prévia, conselhos e consórcios municipais, cemitérios, funerárias
e todas as demais instituições privadas sem fins lucrativos que não pertençam a nenhum outro grupo
anteriormente citado.

3.6.1.2 Entidades Privadas sem Fins Lucrativos no Estado de Rondônia

A pesquisa FASFIL (2010) faz dois levantamentos um que identifica Fundações Privadas e
Associações sem Fins Lucrativos e outro, mais abrangente, que lista Entidades Privadas sem Fins
Lucrativos.

No estado de Rondônia foram identificadas 57 Fundações Privadas e 2.316 Associações sem


Fins Lucrativos, perfazendo um total de 2.373 instituições, como pode ser observado na Tabela 7 do
IBGE do ANEXO 1 (IBGE, 2012). No levantamento que inclui todas as Entidades Privadas sem Fins
Lucrativos do estado de Rondônia foram identificadas 3.797 entidades, classificadas por finalidade de
uso de acordo com a classificação do COPNI, como pode ser observado na Tabela 16 do IBGE no
ANEXO 2 (IBGE, 2012).

Na TABELA 3.52 foram sistematizadas as informações disponibilizadas na Tabela 16 do IBGE;


as 3.797 entidades foram classificadas por grupos e subgrupos de acordo com a classificação do COPNI.
Deste total, seguindo os mesmos critérios classificatórios, foram selecionadas 950 entidades como sendo
as relevantes para este trabalho. Entende-se como entidades relevantes para este estudo aquelas incluídas
em categorias que, de forma direta ou indireta, apresentam relação com os recursos hídricos do estado.

283
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

TABELA 3.52 - ENTIDADES PRIVADAS SEM FINS LUCRATIVOS, SEGUNDO CLASSIFICAÇÃO DO COPNI E
RELEVÂNCIA PARA O ESTUDO DOS RECURSOS HÍDRICOS, NO ESTADO DE RONDÔNIA – 2010

Número de entidades
Categoria
Classificadas Relevantes
01 Habitação 1
Habitação 1
02 Saúde 18
Hospitais 2
Outros serviços de saúde 16
03 Cultura e recreação 189
Cultura e arte 40
Esportes e recreação 149
04 Educação e pesquisa 1 057
Educação infantil 10
Ensino fundamental 35
Ensino médio 20
Educação superior 11
Caixas escolares e similares 936
Estudos e pesquisas 13
Educação profissional 3
Outras formas de educação / ensino 29
05 Assistência social 144
Assistência social 144
06 Religião 691
Religião 691
07 Partidos Políticos, sindicatos, associações patronais e profissionais 1 042
Partidos políticos 35
Sindicatos, federações e confederações 182 182
Associações empresariais e patronais 37 37
Associações profissionais 204
Associações de produtores rurais 584 584
08 Meio ambiente e proteção animal 15
Meio ambiente e proteção animal 15 15
09 Desenvolvimento e defesa de direitos 135
Associação de moradores 35 35
Centros e associações comunitárias 47 47
Desenvolvimento rural 13 13
Emprego e treinamento 5
Defesa de direitos de grupos e minorias 25 25
Outras formas de desenvolvimento e defesa de direitos 10 10
10 Outras instituições privadas sem fins lucrativos 505
Condomínios 175
Cartórios 73
Sistema S 19
Entidade de mediação e arbitragem -
Comissão de conciliação prévia -
Conselhos, fundos e consórcios municipais 2 2
Cemitérios e funerárias 2
Outras instituições privadas sem fins lucrativos não especificadas anteriormente 234
TOTAL 3.797 950
Fonte: IBGE (2010).

3.6.1.3 Fontes de Pesquisa

A TABELA 3.52 permitiu uma referência numérica para a pesquisa realizada na etapa seguinte,
ou seja, identificado o total de entidades sem fins lucrativos e as potencialmente relevantes para este
trabalho, na base de dados do IBGE, o passo seguinte foi mapear as entidades existentes em Rondônia
nas áreas previamente classificadas.

Foram utilizadas quatro fontes principais de pesquisa:

284
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

• Portal da Transparência do Governo Federal: Neste portal foi realizada pesquisa para identificar
as instituições de Rondônia que celebraram convênios com instituições federais. Fonte:
http://www.portaltransparencia.gov.br/
• Sites especializados em temas da pesquisa: No site do Instituto Socioambiental foram levantadas
todas as entidades que atuam em áreas protegidas (terras indígenas e unidades de conservação).
Fontes: https://terrasindigenas.org.br/; https://uc.socioambiental.org/
• Pesquisa em bancos de dados institucionais: Foram utilizadas duas fontes: Trade Nosis, rede
mundial de negócios e empresas e Apontador, site de informações sobre serviços e facilidades
online. Em ambos pode-se buscar instituições, consumidores, clientes, fornecedores e
oportunidades de negócios. As empresas e instituições são identificadas com nome, endereço e
CNPJ. Fontes: http://trade.nosis.com/pthttp://www.apontador.com.br/
• Outras fontes: Pesquisa nos sites das instituições selecionadas e em referências de artigos,
estudos e pesquisas.

3.6.2 Resultados da Pesquisa


Conforme apresentado anteriormente, na primeira etapa da pesquisa foram identificadas na base
de dados do IBGE 950 entidades sem fins lucrativos relevantes para este estudo existentes no estado de
Rondônia. Na segunda etapa foram mapeadas 797 instituições que atuam na área ambiental e nas áreas
agropecuárias, comerciais e industriais do estado de Rondônia.

Foram excluídas desta pesquisa as seguintes instituições: associação de feirantes, de médicos,


de comerciantes (excetuado as associações comerciais), de cooperação, associação de servidores
públicos, associação de mulheres não ligadas diretamente à área produtiva, associações de classe,
CREAs, cooperativas de trabalho, de crédito, de profissionais liberais, entidades religiosas e partidos
políticos.

3.6.2.1 Categorização das Instituições Pesquisadas

As instituições foram separadas por categorias, identificadas por nome e sigla (quando
existente), separadas por município ou unidade de conservação e listados os respectivos endereços;
telefone, e-mail e site foram anotados quando disponíveis.

Com o objetivo de expressar a realidade pesquisada, e para os fins deste estudo, a classificação
apresentada na TABELA 3.52 foi recategorizada em 18 grupos. A TABELA 3.53 e a FIGURA 3.49
apresentam a lista das categorias, quantidades e percentuais relativos ao total das instituições.

285
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

TABELA 3.53 - NÚMERO DE INSTITUIÇÕES PESQUISADAS POR CATEGORIA E PARTICIPAÇÃO NO TOTAL, EM


RONDÔNIA EM 2017

Categoria Nº %
1 Associação Comercial/Empresarial 32 4,0
2 Associação de Moradores 47 5,9
3 Associação de Municípios 1 0,1
4 Associação de Produtores Rurais 93 11,7
5 Associação de Produtores Rurais em Assentamento 297 37,3
6 Associação/Cooperativa Indígena 34 4,3
7 Associação/Cooperativa Extrativista 39 4,9
8 Colônia/Associação de Pescadores 5 0,6
9 Comunidade Remanescente de Quilombo 9 1,1
10 Conselhos 4 0,5
11 Cooperativa, Associação e Sindicato de Garimpeiros e Mineradores 27 3,4
12 Cooperativa de Produtores Rurais 134 16,8
13 Escola Família Agrícola 4 0,5
14 Federação 9 1,1
15 Organização Não Governamental - ONG 43 5,4
16 Sindicato de Indústrias/Empresas 3 0,4
17 Sindicato de Trabalhadores 10 1,3
18 Sindicato Rural 6 0,8
TOTAL 797 100,0

Associação Comercial/Empresarial
1% 1%
0% Associação de Moradores
1%
1% 4% 0%
5% 6% Associação de Municípios

Associação de Produtores Rurais


12% Associação de Produtores Rurais em Assentamento
17%
Associação/Cooperativa Indígena

Associação/Cooperativa Extrativista
3% Colônia/Associação de Pescadores
1%
1% Comunidade Remanescente de Quilombo
5%
1%
4% 37% Conselhos

Coop. Associação e Sind. de Garimpeiros e


Mineradores
Cooperativa de Produtores Rurais

.
FIGURA 3.49 - NÚMERO DE INSTITUIÇÕES PESQUISADAS POR CATEGORIA E PARTICIPAÇÃO NO TOTAL, EM
RONDÔNIA, 2017

3.6.2.2 Listagem das Instituições Pesquisadas.

As tabelas apresentadas a seguir (TABELA 3.54 a TABELA 3.71) mostram o resultado da


pesquisa das instituições pesquisadas, por categoria.

286
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

TABELA 3.54 - ASSOCIAÇÃO COMERCIAL/EMPRESARIAL

Sigla Nome Endereço Município


ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE MACHADINHO d’ OESTE LIN 25, KM 2 LT 4 GL 4 S N MACHADINHO d’ OESTE
APEC ASSOCIAÇÃO DOS PECUARISTAS DE CACAULÂNDIA RUA DO CACAU SN, ST DE GDES AREAS CACAULÂNDIA
APRRO ASSOCIAÇÃO DOS PROPRIETARIOS RURAIS DE RONDÔNIA RUA GOIAS 522, TUCUMANZAL, PORTO VELHO
ASSOCIAÇÃO RONDONIENSE DOS PRODUTORES E CONSUMIDORES DE FLORESTA
ARFLORA RUA TIRADENTES, 842 OURO PRETO DO OESTE
PLANTADA
ASCRIMIR ASSOCIAÇÃO DOS CRIADORES DE MIRANTE DA SERRA RUA JORGE TEIXEIRA , S/N MIRANTE DA SERRA
ASFEROM ASSOCIAÇÃO DOS FEIRANTES DE ROLIM DE MOURA RUA 25 DE AGOSTO SN, CENTRO ROLIM DE MOURA
ASSOCIAÇÃO DOS FEIRANTES E PEQUENOS CHACAREIROS DE ESPIGÃO DO OESTE-
ASPEPOF SAO GABRIEL, KM 1, ZONA URBANA, ESPIGÃO DO OESTE
RO
ASROLIM ASSOCIAÇÃO RURAL DE ROLIM DE MOURA AV. 25 DE AGOSTO, KM 3 ROLIM DE MOURA
ASSOCIAÇÃO DOS AGROPECUARISTAS DE ALTA FLORESTA d’OESTE AV JOSE LINHARES, 2930 ALTA FLORESTA d'OESTE
ASSOCIAÇÃO RURAL DE RONDÔNIA JI PARANÁ RUA GOV JORGE TEIXEIRA 0, NOVA BRASILIA, JI PARANÁ
ASSOCIAÇÃO RURAL DE ALVORADA d’ OESTE RUA GUIMARAES ROSA 4906, CENTRO, ALVORADA d’ OESTE
ASSOCIAÇÃO RURAL DE ESPIGÃO d’ OESTE RO 387 SN, KM 2, ESPIGÃO d’ OESTE
ASSOCIAÇÃO AGRORURAL DE JARU ROD BR-364 , S/N, KM. 430 JARU
ASSOCIAÇÃO RURAL DE PIMENTA BUENO BR-364, KM 201 S N, PIMENTA BUENO
ASCEPRUB ASSOCIAÇÃO CENTRAL DE PRODUTORES RURAIS RECIFE 548, CENTRO, NOVA ANDIA D OESTE
ASSIMOVEL ASSOCIAÇÃO DAS INDUSTRIAS DE MÓVEIS DE VILHENA MAJ AMARANTE 3466, SL 1, CENTRO, VILHENA
SPAM SOCIEDADE DOS PECUARISTAS DO AMANHA LIN C 54 THEOBROMA
ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE JI PARANA AV. MAL RONDON, UNIAO, JI PARANA
ASSOCIAÇÃO COMERCIAL E INDUSTRIAL DE CEREJEIRAS RUA PORTUGAL 1832, SL A, CENTRO CEREJEIRAS
ACIAT ASSOCIAÇÃO COMERCIAL INDUSTRIAL E AGROPECUARIA DE THEOBROMA RUA 13 DE FEVEREIRO 1431, CENTRO, THEOBROMA
ACICA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL E INDUSTRIAL DE CACAULÂNDIA RUA DO CACAU 1762, CENTRO, CACAULÂNDIA
ACIMIS ASSOCIAÇÃO COMERCIAL E INDUSTRIAL DE MIRANTE DA SERRA RUA D PEDRO I, CENTRO, MIRANTE DA SERRA
ACIPB ASSOCIAÇÃO COMERCIAL E INDUSTRIAL DE PIMENTA BUENO RUA 76 A 4, ST 12 GL CORUM LINHA 145 SN PIMENTA BUENO
ACISGM ASSOCIAÇÃO COMERCIAL, INDUSTRIAL E SERVIÇOS DE GUARAJÁ-MIRIM RUA DR MENDONCA LIMA 311, CENTRO, GUAJARÁ MIRIM
ACOMERIS ASSOCIAÇÃO COMERCIAL E INDUSTRIAL DE SERINGUEIRAS RUA PRINC ISABEL, CENTRO, SERINGUEIRAS
ASSOCIAÇÃO COMERCIAL E INDUSTRIAL DE PIMENTA BUENO RUA FAGUNDES VARELA, 320 PIMENTA BUENO
ROD BR 429, KM 01, LOTE RURAL 10, GLEBA 02/A ,
ASSOCIAÇÃO RURAL COMERCIAL E INDUSTRIAL DE SERINGUEIRAS SERINGUEIRAS
S/N
ASSOCIAÇÃO COMERCIAL E INDUSTRIAL DE ARIQUEMES BR-364, SENTIDO PORTO VELHO KM 519 S N, ARIQUEMES

287
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Sigla Nome Endereço Município


ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE MACHADINHO d’ OESTE RUA RIO DE JANEIRO 2377, B, CENTRO, MACHADINHO d’ OESTE
ASSOCIAÇÃO COMERCIAL E INDUSTRIAL DE ARIQUEMES RUA JK 1769, ST INSTITUCIONAL ARIQUEMES
ASSOCIAÇÃO DOS PECUARISTAS DE ARIQUEMES RODOVIA BR-364, KM 519 ARIQUEMES
INSTITUTO FECOMERCIO DE PESQUISAS E DESENVOLVIMENTO DO ESTADO DE
AVENIDA CARLOS GOMES, 400, EMBRATEL, PORTO VELHO
RONDO

TABELA 3.55 - ASSOCIAÇÃO DE MORADORES

Sigla Nome Endereço Município


ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DO JARDIM NOVA REPUBLICA RUA PARANAVAÍ, 4766, ARIQUEMES
ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DO BAIRRO NOVA FLORESTA LNHA 40, LT 11 S N, DISTRITO NOVO PLANO, PORTO VELHO
ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES E AMIGOS DO BAIRRO DOM BOSCO LIN 140, LADO SUL KM 12 S N, ZONA RURL, JI PARANA
ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DE FORTALEZA DO ABUNA RUA TOMBO SN, FORTALEZA DO ABUNA, PORTO VELHO
ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DOS CONJ R MAMORE E R GUAPORE RUA A 9, RIO GUAPORE, PORTO VELHO
ASSOCIAÇÃO COMUNITARIA DOS MORADORES DO BAIRRO AREIA BRANCA RUA ITAPUÃ 2525, AREIA BRANCA, PORTO VELHO
ABJT ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DO BAIRRO JORGE TEIXEIRA RUA SENA MADUREIRA 3563, JORGE TEIXEIRA, JI PARANA
ABSJ ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DO BAIRRO SAO JOSE RUA CINTA LARGA 2269, SAO JOSE, ESPIGÃO DO OESTE
ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE MORADORES DO BAIRRO PLANALTO E
ACOMBAPLA RUA 5 8, TANCREDO NEVES, PORTO VELHO
ADJACENCIAS
AMBJS ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DO BAIRRO JARDIM DAS SERINGUEIRAS RUA B 0, JORGE TEIXEIRA, JI-PARANÁ
AMBNPV ASSOCIAÇÃO. DE MORADORES DO BAIRRO NOVA PORTO VELHO RUA 24 DE JULHO 130, NOVA PORTO VELHO, PORTO VELHO
AMBT ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DO BAIRRO TUCUMANZAL RUA GOIAS 522, TUCUMANZAL, PORTO VELHO
AMCHA ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DO CONJ HABITAC DE ARIQUEMES RUA ALVORADA d’ OESTE 2101, BNH, ARIQUEMES
AMOJANARE ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DO JARDIM NOVA REPUBLICA SETOR 09 RUA PARANAVAI 4766, SETOR 9, ARIQUEMES
AMOSDOP ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DO SETOR 02 RUA EPITACIO PESSOA SN, CENTRO, OURO PRETO DO OESTE
AMOSEO ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DO SETOR OITO 4 3004, ST OITO, ARIQUEMES
AMPROMM ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DO PROGRAMA MORAR MELHOR RUA PRES DUTRA, TER, ST 2, VALE DO ANARI
AMVIR ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DA VILA RESIDL DE PORTO VELHO RUA 11, ST OESTE, VILA ELETRONORTE, PORTO VELHO
ASCOBAFLOR ASSOCIAÇÃO COMUNITARIA DO BAIRRO FLORESTA RUA ANTONIO DE PAULA NUNES 3179, FLORESTA, CACOAL
ASCOM BAMA ASSOCIAÇÃO COMUNITARIA DOS MORADORES DO BAIRRO MARIANA RUA ROSALINA GOMES 9871, MARIANA, PORTO VELHO
ASCOMABAMF ASSOCIAÇÃO COMUN MORADORES E AMIGOS DO BAIRRO MARCOS FREIRE RUA OLINDA SN, NOVA FLORESTA, PORTO VELHO
ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DO CONJUNTO MORAR MELHOR DE MONTE
ASMOCOMM LIN 4, SITIO SAO JORGE KM 45 SETRO IPOCYSSARA S N MONTE NEGRO
NEGRO
288
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Sigla Nome Endereço Município


ASMORSOL ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DO BAIRRO ROTA DO SOL RUA URSA MENOR 4504, ROTA DO SOL, ARIQUEMES
ASMOSD ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DO SETOR DOZE RUA BANDARRA 1980, ST 12, ARIQUEMES
ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DO CONJUNTO LEONARDO DA VINCI RUA 6 3575, CUNIA, PORTO VELHO
ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DOS BAIRROS TRIANGULO E INDUSTRIAL RUA COSTA MARQUES SN, QD 11C ST 1, TRIANGULO GUAJARA MIRIM
ASSOCIAÇÃO COMUNITARIA DOS MORADORES E AMIGOS DO BAIRRO COHAB RUA GEN OSORIO, CENTRO, PORTO VELHO
ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DO BAIRRO JARDIM SANTANA RUA RAIMUNDO CANTUARIA 10245, JARDIM SANTANA, PORTO VELHO
ASSOCIAÇÃO COMUNITARIA DO BAIRRO DA MANGUEIRA RUA ANTONIO SERAFIM SN, ST 3, BAIRRO DA MANGUEIRA, COSTA MARQUES
ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DO BAIRRO CAETANO RUA 12 DE OUTUBRO 3216, ESCOLA SAUL BENNESBKI, CAETANO, GUAJARA MIRIM
ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DO BAIRRO CRISTO REI RUA BOUCINHA DE MENEZES 63, CRISTO REI, GUAJARA MIRIM
ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DO BAIRRO SAO JOSE RUA FIRMO DE MATOS SN, SAO JOSE, GUAJARA MIRIM
ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DE TARILANDIA RUA CENTRAL SN, TARILANDIA, JARU
ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DO JARDIM BELA VISTA DO MUNICIPIO DE
RUA MILTOM PINTO 3455, JARDIM BELA VISTA, JARU
JARU
ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DO SETOR 02 RUA EPITACIO PESSOA SN, CENTRO, OURO PRETO DO OESTE
ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DO BAIRRO NOVA REPUBLICA RUA 3 E MEIO SN, FLORESTA, PORTO VELHO
ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DA RUA NOVA ESPERANCA BAIRRO
RUA NOVA ESPERANCA 3201, CALADINHO, PORTO VELHO
TIRADENTES
ASSOCIAÇÃO COMUNITARIA DOS MORADORES DA VILA PRINCESA RUA FRANCISCO FONTINELE 5, VILA PRINCESA PORTO VELHO
ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DO BAIRRO ELETRONORTE RUA DAS FAVEIRAS SN, ELETRONORTE PORTO VELHO
ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DO SETOR INDUSTRIAL RUA 349 315, VILA OPERARIA, INDUSTRIAL VILHENA
ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DO BAIRRO NOVA FLORESTA RUA DAS FAVEIRAS, ELETRONORTE PORTO VELHO
ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES E AMIGOS DO BAIRRO DOM BOSCO RUA D BOSCO, CS PRETA JI PARANA
ACMDT ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE MORADORES DO DISTRITO DE TRIUNFO LINHA 631, KM 30, DISTRITO TRIUNFO CANDEIAS DO JAMARI
ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES RUA RAPOSO TAVARES, 3296, JARDIM ELDORADO JARU
AMAPA ASSOCIAÇÃO DE MORADORES E AMIGOS DO PARAÍSO DAS ACACIAS BR-364 KM 30 LINHA DO CHAGUINHA LT 146 GL 5 S N CANDEIAS DO JAMARI
ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DO LOTEAMENTO PARQUE SAO PEDRO RUA MATO GROSSO SN, CENTRO, JI-PARANÁ
UMAM UNIAO MUNICIPAL DE ASSOCIACOES DE MORADORES RUA SERGIPE 417, BRIZON CACOAL

TABELA 3.56 - ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS

Sigla Nome Endereço Município


AROM ASSOCIAÇÃO RONDONIENSE DE MUNICÍPIOS RUA TABAJARA, 451 PORTO VELHO

289
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

TABELA 3.57 - ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES RURAIS

Sigla Nome Endereço Município


CENTRAL DE ASSOCIACOES DE PRODUTORES RURAIS DO MUNICIPIO
CAPREO RUA PIAUI 3385, LIBERDADE, ESPIGÃO d’ OESTE
DE ESPIGÃO DO OESTE
CEAMAR CENTRAL DE ASSOCIACOES DO MUNICIPIO DE ARIQUEMES RUA CAP SILVIO 3150, LT 3 C QD 4, GRANDES AREAS, ARIQUEMES
ASAGUAM ASSOCIAÇÃO DOS AÇAIZEIROS DE GUAJARÁ-MIRIM GUAJARÁ MIRIM
ASSOCIAÇÃO DOS CHAC DE HORTAGRICOLA E REFLORESTAMENTO DE
ACHARPECO RUA SALVADOR LIRAS 262, GL ALIANCA ST SANTA HELENA, PORTO VELHO
PROTECAO A ECOLOGIA
APIS ASSOCIAÇÃO DOS APICULTORES DA CHAPADA DOS PARECIS CASTANHEIRAS LINHA 172, KM 25 - LOTE NOVA JARDINÓPOLIS CHAPADA DOS PARECIS
ASPRUBD ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS BARRA DO DIA RUA 25 DE AGOSTO SN, CENTRO BURITIS
ASPRUNA ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS NOVOS AMIGOS RUA JK 1769, ST INSTITUCIONAL SÃO MIGUEL DO GUAPORÉ
APA ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES ALTERNATIVOS RUA GONCALVES DIAS 3671, BELA FLORESTA, OURO PRETO DO OESTE
ASR ASSOCIAÇÃO SAO ROQUE DE PRODUTORES RURAIS RUA PRINCIPAL SN, CENTRO, OURO PRETO DO OESTE
AAPEAL ASSOCIAÇÃO DOS AGROPECUARISTAS DE ALVORADA d’ OESTE RUA MAL RONDON 5225, CENTRO, ALVORADA d’ OESTE
ASSOCIAÇÃO DOS AGRICULTORES BURITINENSES ORGANICOS
ABOA RUA VILHENA 2376, ST 4, BURITIS
ASSOCIADOS
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS AGROSSILVICULTORES DO RAMAL
ABV RUA BAIXA VERDE SN, KM 14, NOVA CALIFORNIA, PORTO VELHO
BAIXA VERDE
ACAP ASSOCIAÇÃO DOS CAFEICULTORES DE ALTO PARAÍSO RUA JORGE TEIXEIRA SN, LTS 23 E 24 QD 8, CENTRO, ALTO PARAÍSO
ACC ASSOCIAÇÃO COMUNITARIA DE CUJUBIM RUA CUJUBIM 2312, ST 2, CUJUBIM
ACMJP ASSOC COMUNITARIA DOS MORADORES DO DIST DE JACY PARANA RUA GENEROSO PONCE 92, CS, JACY PARANA, PORTO VELHO
AGUAPÉ ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DO VALE DO GUAPORÉ RESEX RIO CAUTÁRIO RESEX
AJORPAM ASSOCIAÇÃO JI PARANAENSE ORGANIZADA PARA AJUDA MUTUA RUA TRIANGULO MINEIRO 337, SAO FRANCISCO JI-PARANÁ
AMPREME ASSOCIAÇÃO MISTA DOS PRODUTORES RURAIS DE PRES MEDICI BR-364 KM 399 PRESIDENTE MÉDICI
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES ALTERNATIVOS DE OURO PRETO DO
APA AVENIDA GONÇALVES DIAS, 3671 - BAIRRO BELA FLORESTA OURO PRETO DO OESTE
OESTE
APAMA ASSOCIAÇÃO DE APICULTORES E MELIPONICULTORES DA AMAZÔNIA RUA TENREIRO ARANHA 3240, OLARIA PORTO VELHO
APICOL ASSOCIAÇÃO DE APICULTORES DE COLORADO DO OESTE RUA ACÁCIA, 3635 COLORADO DO OESTE
ASSOCIAÇÃO DOS APICULTORES FLORA DA AMAZÔNIA DE ESPIGÃO d’
APIFLORA RUA INDEPENDÊNCIA, 2002 ESPIGÃO d’ OESTE
OESTE
APRANE ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES AGRICOLAS NOVA ESPERANCA BR-364 165, KM CHUPINGUAIA
APRIBE ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS IDOSOS DE BOA ESPERANCA RUA TANCREDO NEVES SN, CENTRO, CHUPINGUAIA
ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES RURAIS DO IGARAPE E RIO
APRIRC KM EST DO CALCARIO SN, 48 KM DE P BUENO PIMENTA BUENO
COMEMORACAO
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES CHACAREIROS E
APROCHOP RUA 30 SN, CAIXA D AGUA, ST CHACAREIRO, PRIMAVERA DE RONDÔNIA
HORTIFRUTIGRANJEIRO DE PRIMAVERA DE RONDÔNIA
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DO PLANALTO
APROCIS RUA FLORA 1574, ST OITO, VILHENA
PARECIS
290
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Sigla Nome Endereço Município


ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS E COMUNIDADES DA BR-319 E
APROCOM BR319 40, KM 40 PORTO VELHO
ALTO MUCUIM
APRODIM ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DIMBA RUA KAPA 72, SN, ST DIMBA, PIMENTA BUENO
APRUBAN ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DA COMUNIDADE BANDARRA BELA UNIAO, KM 6, ESPIGÃO d’ OESTE
ARAPAM ASSOCIAÇÃO RURAL DOS AGRICULTORES PARA AJUDA MUTUA RUA KAPA 100, LT DISTRITO DE URUCUMACUAM 36 PIMENTA BUENO
ARCA ASSOCIAÇÃO RURAL DE CACOAL ROD BR-383, 1 - KM-3 CACOAL
ARME ASSOCIAÇÃO RURAL MISTA DE EXTREMA RUA CASTELO BRANCO 440, NACIONAL, PORTO VELHO
ASCAM ASSOCIAÇÃO DA COMUNIDADE ATIVA DE MACHADINHO d’ OESTE RUA JOAO BATISTA 2891, CENTRO, MACHADINHO d’OESTE
ASCCOL ASSOCIAÇÃO DOS CRIADORES DE COLORADO DO OESTE RUA MAL RONDON 3683, CENTRO, COLORADO DO OESTE
ASCONUN ASSOCIAÇÃO COMUNITARIA NOVA UNIÃO RUA 6 SN, CENTRO, NOVA UNIÃO
ASSOCIAÇÃO DE DESENVOVIMENTO AGRICOLA COMERCIAL E
ASDACHANOMUN RUA DA PAZ SN, NACIONAL, PORTO VELHO
AMBIENTAL DOS CHACAREIROS DO SETOR NOVO MUNDO E ENTORNO
ASDAMP ASSOCIAÇÃO DE APOIO AS MULHERES DE JACI PARANA RUA ANATORIO GELHERINO 1035, ANEXO DIST DE JACI PARANA PORTO VELHO
ASSOCIAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO AGRICOLA E AMBIENTAL DE
ASDAPROTA BR 425, KM 17 S N, AREA RURAL, PORTO VELHO
PRODUTORES E PRODUTORAS RURAIS TAQUARA E ENTORNO
ASSOCIAÇÃO DOS AGRIC FAMILIARES DE PRODUTORES AGRICOLAS E
ASFARJA RUA PORTO VELHO 2084, JARDINOPOLIS, CASTANHEIRAS
HORTICULTORES DE JARDINOPOLIS
ASHFRUT ASSOCIAÇÃO DE HORTIFRUTIGRANJEIROS DO NOVO PLANO RUA KAPA 48, SN, NOVO PLANO, CHUPINGUAIA
ASMIPROR BR-364 ASSOCIAÇÃO MISTA DOS PRODUTORES RURAIS DA BR-364 BR-364, GL R NOVO OU SAO SALV KM 447 LT 3 AREA 7 S N JARU
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DA NASCENTE DO
ASPPROL 823 1571, ALTO ALEGRE, VILHENA
RIO IQUE
ASPRO ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS PORTO VELHO AVENIDA LAURO JOSÉ, 3301, NACIONAL PORTO VELHO
ASPROBE ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DA COM BOA ESPERANCA BR 421 SN, KM 74 MONTE NEGRO
ASPROBEF ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS BEIJA FLOR RUA CAP CASTRO 4514, CENTRO, VILHENA
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS COMUNIDADE SÃO
ASPROJOSE AVENIDA TAMOIOS, 4887, CENTRO CABIXI
JOSÉ
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS E MORADORES DE PORTO-
ASPROMOCHU COMUNIDADE DE PORTO CHUELO SN, GARAPE PORTO CHUELO PORTO VELHO
CHUELO
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DA NASCENTE DO
ASPRONP RUA JOSE DE ALENCAR 4210, SL C, CENTRO, VILHENA
RIO PIMENTA
ASPRONU ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DE NOVA UNIÃO BR 429, KM 16 S N SERINGUEIRAS
ASPRORTI ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES DO PROJETO HORTIFRUTIGRANJEIRO BR RO I SN, KM 16 ARIQUEMES
ASPRUSEG ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS SERRA GRANDE RUA PARAÍSO SN, TER, ST 2, NOVO HORIZONTE DO OESTE
ASPRUVEM ASOCIACAO DOS PRODUTORES RURAIS UNIDOS VENCERAM RUA FAGUNDES VARELA 320, CENTRO, URUPÁ
ASRUBRAS ASSOCIAÇÃO RURAL DE NOVA ANDIA BR RO 10, KM 2 ESQU C LH 11 S N NOVA INDIA DO OESTE
ASSOCIAÇÃO
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS AMANHECER RUA TUPY 2493, CRUZEIRO, COLORADO DO OESTE
AMANHECER
291
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Sigla Nome Endereço Município


ASSOCIAÇÃO
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS TERRA BOA RUA PAULO DE ASSIS RIBEIRO 3864, CENTRO, COLORADO DO OESTE
MARE
ASSOCIAÇÃO DOS TRABALHADORES E PRODUTORES RURAIS FLOR DA
ATPRFA BR-364 KM 45 LT 108 ENT PELO BAL RIO PRETO LN 1 DO SIVAN CANDEIAS DO JAMARI
AMAZONIA
AVA ASSOCIAÇÃO VILHENENSE DE APICULTORES RUA GOIÁS, 2619 VILHENA
CABIXI ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DA ROD. BR 429 KM 115 BR 429, KM 115 S N SAO MIGUEL DO GUAPORÉ
CONSORCIO DAS ASSOCIACOES DE PRODUTORES RURAIS DE ALTO
CONAPRA RUA RONDÔNIA 3721, CENTRO, ALTO PARAÍSO
PARAÍSO
SÃO FRANCISCO DO
ECOVALE ASSOCIAÇÃO COMUNITARIA ECOLOGICA DO VALE DO GUAPORE ROD BR 429, S/N, KM 110
GUAPORÉ
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS AGROSSILVICULTORES DO PROJETO
RECA BR-364 – CP522 NOVA CALIFORNIA
RECA
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DA LINHA 40 LOTE
VITORIA BR 429, LH 28 LT 8 GL 28 KM 2 S N, ST MACACO PRETO, CHUPINGUAIA
11
ASSOCIAÇÃO DOS CRIADORES DE CEREJEIRAS AVENIDA DAS NAÇÕES 1187 CEREJEIRAS
ASSOCIAÇÃO DO FORUM DE DESENVOLVIMENTO LOCAL DE CABIXI RUA BOROROS - 3234 CABIXI
ASSOCIAÇÃO DOS AGROPECUARISTAS DE ALTA FLORESTA d’ OESTE RUA NEREU RAMOS SN, REDONDO, ALTA FLORESTA d’ OESTE
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS AGUA AZUL FAZ PROJETO DE ASSENT HUGO DA SILVEIRA HEREDIA , SN BURITIS
ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES RURAIS DO SETOR SAO DOMINGOS BR 429 SN, KM 26, ST SAO DOMINGOS, COSTA MARQUES COSTA MARQUES
ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES RURAIS DO KM 58 DA BR 429 BR 429 SN, KM 58 COSTA MARQUES
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DO VALE DO MAMORE RUA PALHETA SN, PARQ EXP, SANTA LUZIA, GUAJARA MIRIM
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES ALTERNATIVOS RUA GONCALVES DIAS 3671 OURO PRETO DO OESTE
ASSOCIAÇÃO DE PEQUENOS AGRICULTORES DO RAMAL DOS
RUA PIONEIROS SN, KM 12 PORTO VELHO
PIONEIROS DO KM 12
ASSOCIAÇÃO DE APICULTORES CHAPADA DOS PARECIS RUA SAO LUIZ 4820, CENTRO, ROLIM DE MOURA
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS ST LUZIA AV. 7 DE SETEMBRO SN, SANTA LUZIA d’ OESTE
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS ESPLENDOR RUA FERNANDAO 931, DOM BOSCO SAO MIGUEL DO GUAPORE
ASSOCIAÇÃO DE MULHERES NA LUTA DE JI-PARANÁ-RO RUA FERNANDAO 931, DOM BOSCO JI PARANA
AFRUTAR ASSOCIAÇÃO DOS FRUTICULTORES DE ARIQUEMES BR-364, SENTIDO PORTO VELHO KM 519 S N, ARIQUEMES
ASSOCIAÇÃO DE MORADORES, PRODUTORES E AMIGOS DO DISTRITO
AMPAN RUA PAULISTA SN, MARGEM ESQ RIO MADEIR, NAZARE, PORTO VELHO
DE NAZARÉ
ASPRUC ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DE CUJUBIM AVENIDA ROUXINOL, S/N RIO CRESPO
ASSOCIAÇÃO DOS AGROPECUARISTAS DA COMUNIDADE DA SANTA
AGROSIL LINHA HC 42,5 COMUNIDADE STA LUZIA, ARIQUEMES
LUZIA DA LHC 42,5
ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DO RESIDENCIAL JARDIM VICTORIA -
AVENIDA JATUARANA, 940, NOVA FLORESTA, PORTO VELHO
LAGOA
APROSAM ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES DE GRAOS DO SUL DO AMAZONAS AVENIDA PINHEIRO MACHADO, 1523, IGARAPÉ, PORTO VELHO

292
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Sigla Nome Endereço Município


ASSOCIAÇÃO COMERCIAL E INDUSTRIAL ST LUZIA d'OESTE RUA DOM PEDRO I 2654, SANTA LUZIA d’ OESTE
ASSOCIAÇÃO DE PRESERVACAO DO PATRIMONIO HISTORICO DO
AVENIDA PINHEIRO MACHADO, 768, IGARAPÉ, PORTO VELHO
ESTADO DE RONDÔNIA
ASPRO ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DE PORTO VELHO AVENIDA LAURO SODRÉ, 3301, PORTO VELHO
APRUPE ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS PADRE EZEQUIEL RUA RIO NEGRO, 1080, FLORESTA CACOAL
ASSOCIAÇÃO MICRO PEQUENAS EMPRESAS DE VILHENA AVENIDA PRES. NASSER, 1026 VILHENA
ASSOCIAÇÃO RURAL DE CACOAL RUA RUI BARBOSA, 1684, PRINCESA ISABEL, CACOAL
ASPRO ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DE PORTO VELHO PORTO VELHO
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS PARA REFORMA AGRARIA
APRAPV AGROVILA III 4 LINHA SETOR LEITAO, ASSENT CHICO MENDES PRESIDENTE MÉDICI
PEQUENA VANESSA
ASPRON ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS OURO NEGRO ROTARY CLUBE AVENIDA MAL. RONDON, PIMENTA BUENO
ASSOCIAÇÃO RONDONIENSE DOS PRODUTORES E CONSUMIDORES DE
ARFLORA R TIRADENTES, 842 OURO PRETO DO OESTE
FLORESTAS PLANTADA
CENTRAL DE ASSOCIAÇÕES DE PEQUENOS PRODUTORES RURAIS
CEAPRA CH LINHA CAREVEL, CHACARA 10, SETOR 12, LOTE 67 VILHENA
PORTAL DA AMAZÔNIA

TABELA 3.58.- ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES RURAIS EM ASSENTAMENTO

Sigla Nome Endereço Município


ASSOCIAÇÃO DE MULHERES, HOMENS E JOVENS
AGRIFAMILIA AGROV 7, SETIMA LH ASSEN CH MENDES III SN PRESIDENTE MÉDICI
AGRICULTORES DO ASSENTAMENTO CHICO MENDES III
ABUAP ASSOCIAÇÃO BOA UNIAO ASSENTAMENTO PALMARES AGROVILA BOA UNIAO 0, GL 4, PROJ A PALMARES, NOVA UNIÃO
ASSOCIAÇÃO DE FAMILIAS PRODUTORAS DO ASSENTAMENTO
AFAGRI AGROVILA 5, ASSENTAMENTO CHICO MENDES SN PRESIDENTE MÉDICI
CHICO MENDES II
ASSOCIAÇÃO DE MULHERES, HOMENS E JOVENS AGRIC ASSEN
AGRIFAMILIA AGROV 7, SETIMA LH ASSEN CH MENDES III SN, PRESIDENTE MÉDICI
CH MENDES III
AGRISEL ASSOCIAÇÃO DE AGRICULTORES DO SETOR LEITAO LH 44, ST LEITAO LT 35 GL 13 S N PRESIDENTE MÉDICI
AGRORURAL ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DA ZERO EIXO LINHA 6, KM 16Ù5 RUMO RIO COLORADO S N COLORADO DO OESTE
ASSOCIAÇÃO DOS LAVRADORES DO PROJETO TANCRETO
ALPTN LIN TN 10, LT 332 GL 1 URUPÁ
NEVES
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS POT AGRIC
APA 207 LH 207, KM 16 SN JI-PARANÁ
LH 207
APAC ASSOCIAÇÃO DO PEQUENO AGRICULTOR DO CALADINHO LH 66, LT 1 GL 5 KM 7 SN PIMENTA BUENO
APA-C58 ASSOCIAÇÃO DE PEQUENOS AGRICULTORES DA LINHA C - 58 SIT LINHA C - 58 KM 10, S/N, VALE DO ARARI
APACA ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES ALIANÇA DO CANDEIAS BR-364, LINHA 632 KM 2 CANDEIAS DO JAMARI
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS AGRICULTORES DE
APAM LINHA MA 5, LT 1022 GL 2 KM 35 SNR, PROJETO DE ASSENTAMENTO, MACHADINHO d’ OESTE
MACHADINHO d’OESTE

293
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Sigla Nome Endereço Município


ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES DO ASSENTAMENTO NOVO
APANA BR-364, KM 460 PA MARIA J RIQU GL 2 LINHA C 18 S N ARIQUEMES
AMANHECER
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS AGRICULTORES RURAIS DO
APARAR LIN 101, AREA EXTRATIVISTA KM 52 SN, UNIAO BANDEIRANTE, PORTO VELHO
ASSENTAMENTO RENASCER
ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORAS E PRODUTORES RURAIS DE
APARON LINHA FP 16, LT 437 S N SAO FELIPE DO OESTE
RONDÔNIA
APARP ASSOCIAÇÃO DE PEQUENOS AGRICULTORES DO RIO PRETO LINHA SME 2, PA SANTA MARIA II SN MACHADINHO d’ OESTE
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS AGRICULTORES RURAIS DA LH C-
APEGRIL LIN C 55, BR-364 S N ARIQUEMES
55 BR-364
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DO
APPRAJC LIN C 70, KM 24 LT 23 S N VALE DO ANARI
ASSENTAMENTO JOSE CARLOS
APPRU ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS UNIAO LH 45, KM 4 ESQUINA C LINHA 188 SN SANTA LUZIA d’ OESTE
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES E PRODUTORAS RURAIS DA
APPRULIS LIN FP 6, LT 272 GL 1 C FA S N SAO FELIPE DO OESTE
LINHA FP06
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DO ALTO
APRAL LIN MC 2, GL 1 S N, NUCLEO ALTO ALEGRE, VALE DO ANARI
ALEGRE
ASSOCIAÇÃO DAS PRODUTORAS E PRODUTORES RURAIS DE
APRAM LINHA 168, LADO NORTE KM 13Ù5 S N, ROLIM DE MOURA, ROLIM DE MOURA
ROLIM DE MOURA
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS E AGROPECUARIO
APRANA LIN T 2, COMUN MONTE SERRATT LT 18 GL 6 S N URUPÁ
NOVA ALIANCA
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS E AGROPECUARIO
APRANE LIN 15, LT 104 GL 1 SN URUPÁ
NOVA ESPERANCA
APRAVIVA ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS AGUA VIVA LIN 5, ESQU COM A PRIMEIRA EIXO SN COLORADO DO OESTE
APRAZUL ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DO AZUL LIN AZUL II 0, COM AZUL I II E III KM 12 ITAPUÃ DO OESTE
APRER ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DA COM ENTRE RIOS LIN C 30, TB 40 SN CACAULNDIA
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS FLOR DO CANDEIAS
APRFC BR-364, SENTIDO CUIABA KM 4Ù5 S N CANDEIAS DO JAMARI
DA LINHA 64, KM 4,5
APRINZE ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES RURAIS DA LINHA 15 LH LINHA 15, SN, ALVORADA d’ OESTE
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DA AGRICULTURA
APROAF LINHA 128, LT 1 GL 45 NOVO RIACHUELO S N PRESIDENTE MÉDICI
FAMILIAR
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS
APRODOZE LH LINHA 12, SN, ALVORADA d’ OESTE
DA LINHA 12
APROFLORA ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS FLOR DO AMAZONAS RIACHUELO LINHA 128, SN JI-PARANÁ
APROFS ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS FLOR DA SERRA LIN T 4, SN URUPÁ
APROMA ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS PROGRESSO LH P 18, NOVA SN SANTA LUZIA d’ OESTE
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DO OESTE DE
APROMAR LIN SAO DOMINGOS, KM 3 MACHADINHO d’ OESTE
MACHADINHO
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DA LINHA
APRONOVA LIN 27, PROJ NOVO HORIZONTE SN, SIDNEY GIRAO, NOVA MAMORÉ
27
ASSOCIAÇÃO DE PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DO PROJETO
APROSFRAN BR RO 1, LT 131 GL BURAREIRO LINHA C 70 S N ARIQUEMES
SAO FRANCISCO

294
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Sigla Nome Endereço Município


ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DA LINHA
APROZERO LH 117, ZERO SN ALTA FLORESTA d’ OESTE
117 ZERO
APRU ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS LIN 152, KM 8 NOVO HORIZONTE d’ OESTE
ASSOCIAÇÃO DE PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DO UNIAO
APRUAA LIN C 85, TRAVESSAO B 0 LT 96 GL 68 S N ALTO PARAÍSO
DO ALTO ALEGRE
APRUBER ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS BEIRA RIO LIN 164, KM 7Ù5 LADO NORTE KM 7Ù5 NOVO HORIZONTE DO OESTE
APRUBF ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS BOM FUTURO APRUBF LIN 621, KM 33 SN GOVERNADOR JORGE TEIXEIRA
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUYTORES RURAIS DA CAPA
APRUCCAM LIN 180, LADO SUL KM 6Ù5 S N SANTA LUZIA d’ OESTE
CINQUENTA P AJUDA M
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DA COMUNIDADE S.
APRUCOSV LIN 86, PROJ NOVA VIDA LT 7 GL 5 S N JI-PARANÁ
VICENTE
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DA COMUNIDADE
APRUCRIR LICHA C 110, TER TB 40 BR 421 S N, COM CRISTO REDENTOR, ALTO PARAÍSO
CRISTO REDENTOR
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS ESPERANCA E
APRUEST LH C 65, BR 421 S N, COM S BENTO, ARIQUEMES
TRABALHO
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DA GLEBA
APRUGU LIMHA PEMASA C LINHA 2, SN CASTANHEIRAS
UATURUMBO
APRULAD ASSOCIAÇÃO PRODUTORES RURAIS UNIDOS LINHA P 44 LIN P 44, KM 15 ALTA FLORESTA d’ OESTE
ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES RURAIS DA LINHA C- 62
APRULINS LINHA C 62, LT KM 8 S N VALE DO ANARI
APRULINS
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DA LINHA (9) PROJETO
APRULNOVE LIN 9, LT 1 S N, JACI PARANA, PORTO VELHO
MORRINHOS
APRUMACA ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS MARIO E CANDIDO LINHA 152, KM 2 SUL 0 NOVO HORIZONTE DO OESTE
ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES RURAIS DO MANOEL DE SOUZA
APRUMASC LIN 45, ASSENT MANOEL S CAR SN PRIMAVERA DE RONDONIA
CARDOSO
APRUME ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DA LINHA MINI EIXO LIN 5, KM 8 5 RE SN, CABIXI
APRUNE ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS NOVA ESPERANCA LH 196, KM 5 5 SN ROLIM DE MOURA
APRUP ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS UNIAO E PROGRESSO LINHA 192, KM 9 NORTE S N ROLIM DE MOURA
ASSOCIAÇÃO DE PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DA LINHA
APRUP 10 LINHA MP 10, LT 756 KM 3 S N VALE DO ANARI
MP 10
APRUPA ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES RURAIS DA PEDRA AZUL BR-364, ST URUCUMACUA KM 165 LADO DIREITO S N, PIMENTA BUENO
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS PADRE EZEQUIEL
APRUPE RUA RIO NEGRO, 1080, FLORESTA CACOAL
RAMIN
APRUPE ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS PADRE EZEQUIEL LIN 12, PROJETO NOVO COMUNIDADE SAO PEDRO S N CACOAL
APRUPU ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS POVO UNIDO LINHA 144, LT 113 KM 14 S N NOVO HORIZONTE DO OESTE
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DO PROJETO
APRUPY LH UNIAO SN, PROJETO PYRINEUS, JI-PARANÁ
PYRINEUS
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DO PROJETO
APRUR D BOSCO, CS PRETA JI PARANA
RIACHUELO
APRURIC ASSOCIAÇÃO DE PROD.RURAIS DO RIO CLARO LIN ZE FERNANDES SN, KM 21, ESPIGÃO DO OESTE

295
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Sigla Nome Endereço Município


APRUSAL ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS SERRA AZUL SIT LOTE 43 GLEBA 2 LH TN 39 VILA SNT ANTONIO, S/N PRESIDENTE MÉDICI
APRUVE ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS UNIDOS VENCEREMOS LIH C 70, BR 421 SN, C SAO PEDRO, ARIQUEMES
ASSOCIAÇÃO DOS AGRICULTORES E PECUARISTAS SERRA DO
APSEV LIN 4, SITIO SAO JORGE KM 45 SETRO IPOCYSSARA S N MINISTRO ANDREAZZA
VALERIO DA LH. QUATRO
ARA ASSOCIAÇÃO RURAL DO AGRICULTOR LIN 621, COMUN SANTA CECILIA KM 45 S N JARU
ARCA ASSOCIAÇÃO REGIONAL DE COOPERAÇÃO AGRICOLA LINHA P 34, KM 2 S N ALTO ALEGRE DOS PARECIS
ARF ASSOCIAÇÃO RURAL FAMILIAR LH 605, TRAV 12 GL 25 LT 54 SN THEOBROMA
ASSOCIAÇÃO RURAL DAS FAMILIAS TRABALHADORAS NA
ARFATA LIN 10, KM 8 LT 16 GL 10 SN CACOAL
AGRICULTURA
ARPA ASSOCIAÇÃO RURAL DOS PRODUTORES DA AMAZONIA LIN 106 JI-PARANÁ
ARSA ASSOCIAÇÃO RURAL DE SANTO AFONSO LI 605, LT 16 GL 27 KM 45 SN THEOBROMA
ARUV ASSOCIAÇÃO RURAL UNIDOS VENCEREMOS DE BURITIS 209, P A SANTA HELENA GL 1 BURITIS
ASSOCIAÇÃO CAMPONESA DO ASSENTAMENTO SANTA
ASCAMASC LIN 4, LT 95 GL 1 SN THEOBROMA
CATARINA - EXPANSAO
ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE MORADORES, PRODUTORES
ASCOMOPRE (AS) RURAIS, EXTRATIVISTAS DA COMUNIDADE DE CUJUBIM L 28, RAMAL CUJ GRANDE SN PORTO VELHO
GRANDE E ENTORNO
ASCOSMAC ASSOCIAÇÃO DA COMUNIDADE SAO MARCOS LIN 5, KM 4 RUMO ESCONDIDO S N COLORADO DO OESTE
ASFAMA ASSOCIAÇÃO FAMILIAR DO MARIMBONDO OTR LINHA 3, KM 8Ù0 DA 3 PARA 2 EIXO RUMO COLORADO S N CORUMBIARA
ASSOCIAÇÃO DOS AGRICULTORES FAMILIARES DO VERDE
ASFAVERDES LINHA 8, KM 2 P A VERDE SERINGAL S N CORUMBIARA
SERINGAL
ASFEROM ASSOCIAÇÃO DOS FEIRANTES DE ROLIM DE MOURA AGROV 7, SETIMA LH ASSEN CH MENDES III SN ROLIM DE MOURA
ASSOCIAÇÃO DOS PEQ PROD RURAIS DA COM SAO JOAO
ASJOB LH BR 421, C 80 S N, COM S JOAO BATISTA ALTO PARAÍSO
BATISTA
ASMUPRAZ ASSOCIAÇÃO DE MULHERES RURAIS LIN 160, KM 18 SN CASTANHEIRAS
ASMURNE ASSOCIAÇÃO DE MULHERES RURAIS NOVA ESPERANCA LIN 201, LT 149 GL 27 0 VALE DO PARAÍSO
ASSOCIAÇÃO DE MULHERES RURAIS DO SETOR NOVO
ASMURNOH LIN 29, B SN, PROJ NOVO HORIZONTE, NOVA MAMORÉ
HORIZONTE
ASMURSSA ASSOCIAÇÃO DE MULHERES RURAIS DO SETOR SANTO AFONSO LIN 605, KM 45 LT 16 GL 6 S N THEOBROMA
ASSOCIAÇÃO NOVA PEDRA DE PEQUENOS PRODUTORES
ASNOP LINHA 04 P.A. PEDRA DO ABISMO , S/N, BURITIS
RURAIS DA LINHA 04
ASPAM ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES DE ARROZ MECANIZADO LIN 25, LADO SUL KM 24 0 NOVO HORIZONTE DO OESTE
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RIRAIS DA LH 118-
ASPEPRUR LIN 118, KM 12 SUL SN SAO MIGUEL DO GUAPORÉ
SUL - KM 12
ASPLA ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES LESTE DO ANARI LIN C 74, KM 11 SN VALE DO ANARI
ASPLAM ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DO LAMARCA LINHA C 50, ASSENTAMENTO LAMARCA SN, THEOBROMA
ASPLAN ASSOCIAÇÃO PLANALTO LIN 114, LADO NORTE KM 5 S N, NOVA BRASILANDIA DO OESTE

296
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Sigla Nome Endereço Município


ASPLUQ ASSOCIAÇÃO DE PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DA LINHA 4 LINHA 4, KM 7 3 P 2 EIXO S N CEREJEIRAS
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTRES RURAIS JOSE GREGORIO DA
ASPOGREGO LH KM 7 SN MINISTRO ANDREAZZA
COSTA
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DA COMUNIDADE
ASPRA LIN C 55, TB 40 SN ARIQUEMES
RAINHA DOS APOSTOLOS
ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES RURAIS DE AGRICULTURA
ASPRAF LH 12, GL 11 LT 71 S N CACOAL
FAMILIAR
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS E MORADORES DE
ASPRALTO LINHA C 85, VILA ALTO ALEGRE SN ALTO PARAÍSO
ALTO ALEGRE
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DA ESTRADA
ASPRAN COMU PRINC IZABEL, GL LH ANDRADINA LT 25, ESPIGÃO d’ OESTE
ANDRADINA
ASPREBE ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS BOA ESPERANCA LIN 668, LT 11 GL 98 A KM 22 SN GOVERNADOR JORGE TEIXEIRA
ASPRIP ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS RIO PRETO LIMH 1, PROJETO CACHOEIRA GL 5 KM 45 S N ESPIGÃO d’ OESTE
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DA GLEBA
ASPROAMIRLANDO DE TERRAL RURAL A 19, ASSOCIAÇÃO SN, MONTE NEGRO
AMIR LANDO
ASPROARC ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS CAFEZAL OTR LINHA 188, LADO NORTE KM 4 S N ROLIM DE MOURA
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS BOA ESPERANCA DA
ASPROBOA D LINHA 14, LT 165 GL 1 S N ALVORADA d’ OESTE
LINHA 14 D
ASPROCA ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES DA CASTANHEIRA LINH 5, COM S J BATISTA P VITORIA DA UNIAO SN, CORUMBIARA
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DOS RIOS
ASPROCAL LIN 120, SN, RIO CONCEICAO, ITAPUÃ DO OESTE
CONCEICAO E ALEGRIA
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTOS RURAIS DA LINHA 114 NORTE KM
ASPROCEM LIN 114, S NR SAO MIGUEL DO GUAPORÉ
8
ASPROCHAJA ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DA LINHA C-66 OTR LINHA C 66, KM 11 S N VALE DO ANARI
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DA
ASPROCONSA LH 56, KM 4 LT 17 GL 20 N SN MIRANTE DA SERRA
COMUNIDADE N S SALETE
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DA COMUNIDADE SAO
ASPROCOSG LIN 8, GL 3 ST 13 S N ESPIGÃO d’ OESTE
GABRIEL
ASSOCIAÇÃO PRODUTORES RURAIS DA LH CENTO E VINTE E
ASPROCVD LH 122, KM 18 LD NORTE NOVA BRASILANDIA DO OESTE
DOIS
ASPRODAVE ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DOIS VIZINHOS 1 SN, LT 72, PA SANTA HELENA, BURITIS
ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES RURAIS DO ESCURAO DO SETOR
ASPROESC LINHA 75, ST CORUMBIARA KAPA 80 SN PIMENTA BUENO
CORUMBIARA
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DE OURO P OESTE LH
ASPROESTE 8 A LINHA 31, KM 8 GL 8 LT 25 S N OURO PRETO DO OESTE
08 A
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DA
ASPROFAM LINHA 81, LT 15 GL 50 KM 54 S N MIRANTE DA SERRA
AGRICULTURA FAMILIAR DE MIRANTE DA SERRA
ASPROFOR ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS UNIDOS PELA FORCA PRAINHA LINHA 94, KM 34 S N JI-PARANÁ
ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES RURAIS DO ASSENTAMENTO DO
ASPROJECASULO LIN 10, ASS PROJ CASULO KM 32 ST ABAITARA PIMENTA BUENO
PROJETO CASULO
ASPROJO ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DO RIO SAO JOAO BR-364, SITIO KM 30 LT 250 LINHA C 50 0 ARIQUEMES
ASPROL - 5 ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DA LINHA 05 LIN 5, LT 80 GL 4 S N CACOAL
297
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Sigla Nome Endereço Município


ASPROLEITE ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES DE LEITE DA LINHA 203 LH 203, PICOP GL 28 LT 44 S N OURO PRETO DO OESTE
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DA LINHA 112
ASPROMACRE LIN 114, KM 65 SN ALTA FLORESTA d’ OESTE
TRAVESSAO C/LINHA 114
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DA LINHA 632 DE
ASPROMAR LIN 632, MARGENS DIR E ESQ ATE RIO SAO MARCOS S N, LINHA 632 CANDEIAS DO JAMARI
CANDEIAS DO JAMARI
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS LINHA 8
ASPROMAR LINH 8, GL 37 KM 9 LT 19 SN CABIXI
COMUNIDADE MARCOIRIS
ASPROMINAS ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DA MINIUZINA LIN 85, KM 50 ESQ C A LINHA 152 SN ALTA FLORESTA d’ OESTE
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DO SETOR MACACO
ASPROMP AGROVILA 5, ASSENTAMENTO CHICO MENDES SN COSTA MARQUES
PRETO
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DO
ASPRON LIN T 15, KM 80 LT SAO DANIEL S N, NUCLEO ORIENTE NOVO, MACHADINHO d’ OESTE
PROJETO ORIENTE NOVO
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS NOVA
ASPRONOV LIN 615, GL 58 LT 62 A SN VALE DO PARAÍSO
VIDA
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DO NUCLEO
ASPRONUCLEO LIN 11, ASSENT JOANA D ARC I SN, ASSENT JOANA D ARC I PORTO VELHO
DA LINHA XI
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DO
ASPROP LIN 165, KM 8, ST PEROBAL, VILHENA
PEROBAL
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DA LINHA 153 DO
ASPROR - 153 LIN 153, LT 15 GL 9 A SN OURO PRETO DO OESTE
MUNICIPIO DE OURO PRETO DO OESTE
ASPROR 08 ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS LINHA 08 81 LIN 8, LT 42 GL 20A 81 SN OURO PRETO DO OESTE
ASPROR 80 ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DA LINHA 80 LIN 11 SN, GL 18 OURO PRETO DO OESTE
ASPROR-24 ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DA LINHA 24-B LIN 24, SITIO FORTES B KM 17, PROJ FLORIANO MAGNO, NOVA MAMORÉ
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DA QUARTA LINHA
ASPROR-4 QUARTA LINHA DO RIBEIRAO SN, PROJETO ASSENTAMENTO NOVA MAMORÉ
DO RIBEIRAO
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DE RIO
ASPRORA LIN 615, COMUN SAO CIBRIANO KM 12Ù5 SN JARU
ALTO
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DO RAMAL
ASPRORC OTR RAMAL CACHOERINHA SN, KM 60, CACHOERINHA, GUAJARA MIRIM
CACHOERINHA
ASPROR-CAV ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS CAMPO - VERDE LIN 25, PROJ A IGARAPE AZUL KM 25 S N, PROJETO SIDNEY GIRAO, NOVA MAMORÉ
ASPRORE ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DO SETOR ORIENTE LC LC-38 KM 30 , S/N THEOBROMA
ASPRORIO ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DA LC 22 LINHA C 22, RIO ALTO SN, CAMPO NOVO DE RONDÔNIA
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES UNIDOS DO RIO
ASPRORIOPARDO LC 35, GL 37 LT 106 S N CACAULANDIA
PARDO
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DO RIO
ASPRORIS LIN 601, KM 8 S N JARU
SURUBIM
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS E PECUARISTAS
ASPRORUPE LIN 142, SN ALTA FLORESTA d’ OESTE
DA LINHA 142
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DA LINHA
ASPROS LIN C 10, SN BURITIS
C-01 KM 10
ASPROSAR ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES RURAIS SANTA RITA DE CASSIA LINH 6, KM 3 5 4 P 5 EIX SN CEREJEIRAS
ASPROSOL ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS SETOR SOL NASCENTE LIN 18, KM 32 S N COSTA MARQUES
298
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Sigla Nome Endereço Município


ASPROT ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DA LINHA 13 LIN 13, KM 6 S N, SERINGUEIRAS
ASSOCIAÇÃO DE PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DA LINHA T-
ASPROTEC LINHA T 15, KM 5 LT 9 GL 1 S N, PA MARIA MENDES, MACHADINHO d’ OESTE
15 E ADJACENCIAS
ASSOCIAÇÃO DE PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DE
ASPROTEOVALE OTR LINHA C 62, KM 23 S N VALE DO ANARI
THEOBROMA E VALE DO ANARI
ASSOCIAÇÃO DE PEQUENOS PRODUTORES RURAIS NOVA
ASPROUNIAO LIN 115, GL CORUMBIARA CAPA 150 SN VILHENA
UNIÃO
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DO VALE
ASPROVA 12 DA LINHA 135, GL CORUMBIARA KM 25 VILHENA
DO RIO AVILA
ASPROVALE ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS VALE DA ESPERANCA BR 429 0, KM 92 LINHA 33, BR 429, COSTA MARQUES
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PROD RURAIS DO VALE DO RIO
ASPROVARIJA BR 421, LT 17 GL 37 LINHA C 10 S N MONTE NEGRO
JAMARI
ASPROVE ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS OURO VERDE LIN 1, ESQ DA QUARTA EIXO SN CEREJEIRAS
ASPROVEN ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS VALE DO ENGANADO LIN 4, RUMO ESCONDIDO KM 12 MINI EIXO SN COLORADO DO OESTE
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DO SETOR RIO
ASPROVER VELHA DE COLORADO INT C RIO VERMELHO VILHENA
VERMELHO - ASPROVER
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS JOSE
ASPROZEM LIN 95, KM 28 A S N SAO FRANCISCO DO GUAPORÉ
MARIA
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DA CONQUISTA DA
ASPRUC PROJ DE ASSENT BURAREIRO SN, LT 226 DA PARCELA 2, LC 55 ARIQUEMES
LINHA C- 55 RO I
ASPRUCAZ ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DA CAPA ZERO KAPA ZERO, LT 107, ST SAO FELIPE, PIMENTA BUENO
ASPRUDO ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DOZE DE OUTUBRO AGROVILA 12, GL 4 DE OUTUBRO SN THEOBROMA
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS ENTRE
ASPRUER LINHA 11 SN SAO FRANCISCO DO GUAPORÉ
RIOS
ASPRUET ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS UNIAO E TRABALHO LIN P 40, SN ALTA FLORESTA d’ OESTE
ASSOCIAÇÃO DE PEQUENOS PRODUTORES RURAIS FLOR DO
ASPRUFC LIN 236, GL 2 LINHA LJ 11 MACHADINHO d’ OESTE
CACAU
ASSOCIAÇÃO DE PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DA GLEBA
ASPRUFEVE LINHA RO 133, GL 3 PA TABAJARA I LT 41 MACHADINHO d’ OESTE
04 E ADJACENCIAS FE PARA VENCER
ASPRUFS ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS UNIAO DA SERRA FLOR DA SERRA, LINHA 14 DE ABRIL KM 50 ESPIGÃO d’ OESTE
ASPRUGG ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DA GLEBA GARCA PAULO LEAL 977, NOSSA SENHORA DAS GRACAS, PORTO VELHO
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DA LINHA
ASPRUGOI KM 84 LINHA DOS GOIOANOS S N SAO FRANCISCO DO GUAPORÉ
DOS GOIANOS
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DO VALE
ASPRUIZA KM 110 SN, LH 152 ESQ C 125, IZIDOLANDIA, ALTA FLORESTA d’ OESTE
DO COLORADO
ASPRUJ ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DE JEQUITIBA LINHA 45, GL MURIE LT 4 S N CANDEIAS DO JAMARI
ASPRULI ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS LIDERANCA AR SOCIAL DA, GL 9 ASSENTAMENTO PADRE EZEQUIEL S N MIRANTE DA SERRA
ASPRULIN ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES RURAIS DA LINHA SAO PAULO LIN SAO PAULO, KM 3 ESPIGÃO d’ OESTE
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS E MORADORES DO
ASPRUMEJAM STA MARIA, MARG DIR RIO JAMARI, OLARIA, PORTO VELHO
MEDIO JAMARI

299
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Sigla Nome Endereço Município


ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DO MORRO DO CEM
ASPRUMOC KM 63, DA BR 470 SN MIRANTE DA SERRA
GRAMA
ASPRUNE ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES RURAIS NOVA ESPERANCA LINHA E SN, KM 13, NUAR NOVA ESPERANCA, ESPIGÃO d’ OESTE
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DA
ASPRUNSMIG LINHA 634, A ELETRONICA SN MIRANTE DA SERRA
COMUNIDADE N S DOS MIGRANTES
ASPRUNU ASSSOCIACAO DOS PRODUTORES RURAIS NOVA UNIÃO LH 617, KM 35 SN GOVERNADOR JORGE TEIXEIRA
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS UNIAO E
ASPRUP LIN 8, ST PORTO MURTINHO S N SAO FRANCISCO DO GUAPORÉ
PROGRESSO
ASPRUPRE ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES RURAIS RIO PRETO 102 LINHA MA 11, GL 2 SN MACHADINHO d’ OESTE
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS PARA
ASPRURAM LIN 45, KM 11Ù5 S N SANTA LUZIA d’ OESTE
AJUDA MUTUA
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DO RIO
ASPRURC LIN 101, KM 137 SN, UNIAO BANDEIRANTE, PORTO VELHO
CONTRA
ASPRURS ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DO SABIA LIN P 50, KM 10 S N ALTA FLORESTA d’ OESTE
ASPRUSER ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DO SERRANO LIN 65, CX POSTAL 59 KM 23 S N ALTA FLORESTA d’ OESTE
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DA COMUNIDADE DE
ASPRUSFA 104 GL 27 LINHA 202 VALE DO PARAÍSO
S.FRANCISCO DE ASSIS
ASPRUSI ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DE SANTA INES LIN 648, LT 28 GL 100 KM 8 S N GOVERNADOR JORGE TEIXEIRA
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DA TERCEIRA LINHA
ASPRUTELIR LIN 1 SN, CJ MORAR MELHOR, NOVA MAMORÉ
DO RIBEIRAO
ASPRUVINO ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS VIDA NOVA LIN 627, PROJETO JARU U ARU KM 80 S N, TARILANDIA, JARU
ASRPE ASSOCIAÇÃO RURAL E PECUARIA DA LINHA 11, KM 06 LIN 11, KM 6 S N SAO MIGUEL DO GUAPORÉ
ASSOCIAÇÃO ASSOCIAÇÃO DOS AGRICULTORES DA LINA 78 KM 12 VALE
LIN 78, KM 12 LADO SUL SN SAO MIGUEL DO GUAPORÉ
AGRIVER VERDE
ASSOCIAÇÃO ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DA COM MENINO
LH SETOR LEITAO 96, PRESIDENTE MÉDICI
ARMED DEUS
ASSOCIAÇÃO BOA ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DA LINHA 128 C/A
LH 148, COM BOA ESPERANCA C LINHA 65 SN ALTA FLORESTA d’ OESTE
ESPERANCA LINHA 65
ASSOCIAÇÃO BOA
ASSOCIAÇÃO DE PEQUENOS PRODUTORES RURAIS BOA SORTE LIN 110, KM 12 LADO SUL SN SAO MIGUEL DO GUAPORÉ
SORTE
ASSOCIAÇÃO BOM ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS BOM
LHA 6, LT 75 GL 5 CACOAL
FUTURO FUTURO
ASSOCIAÇÃO
ASSOCIAÇÃO NOVA CANAA DE TRABALHADORES RURAIS AGROVILA NOVA CANAA SN, ASSENT PALMARES NOVA UNIÃO
NOVA CANAA
ASSOCIAÇÃO SAO ASSOCIAÇÃO DE PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DA LINHA
LIN 138, KM 6 LT 29 SN ALTA FLORESTA d’ OESTE
JOSE 138.
ASSOGLECOL ASSOCIAÇÃO RURAL DA GLEBA CARACOL LINHA 7, SITIO SAO JOSE S N PORTO VELHO
ASSPPRO 66/70 ASSOCIAÇÃO DOS PEQ. PROD.RURAIS ORG.DA LH 66/70 LH 66, LT 1 GL 5 KM 7 SN, ALVORADA d’ OESTE
ASTROBOF ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES RURAIS BOM FUTURO LIN 614, LT 16 GL 57A SN VALE DO PARAÍSO
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DO VALE DO
ASVAMA BR 421, LINHA C 60 S N ARIQUEMES
MASSANGANA
300
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Sigla Nome Endereço Município


COOPERATIVA DO PROJETO DOS ASSENTADOS JOANA d'ARC III
COOPROAJA LIN 19, LTS 43 P 43 A E 44 SN, PORTO VELHO
- SETOR CLAUDEMIR
ASSOCIAÇÃO MISTA PRODUTORES RURAIS COMUNIDADE N S
MIPRORAL LIN 16, GL 8 B LT 28 SN TEIXEIRÓPOLIS
AUXILIADORA
NOVO TEMPO ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DA LINHA 176 LH 176 SN, RADO KM 4 5 RUMO COLO COLORADO DO OESTE
ASPROJECASULO ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES RURAIS DO ASSENTAMENTO DO
10, ASS PROJ CASULO KM 32 ST ABAITARA PIMENTA BUENO
DE ABAITARA PROJETO CASULO
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DA LH C-10
KISSIA 1026, ESP DA COMUNIDADE, PORTO VELHO
CUNIA
ASSOCIAÇÃO DOS AGRICULTORES DA LINHA A 86 S LH 86, KM 12 S S N, ZONA RURA SAO MIGUEL DO GUAPORE
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DA LINHA 101 LIN 101, KM 3 SN SERINGUEIRAS
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS MARCAO LIN P 50, KM 30 SN, MARCAO, ALTA FLORESTA d’ OESTE
ASSOCIAÇÃO DOS PESCADORES ALTO RIO BRANCO LINHA 47, ANEXO KM 25 5 SN ALTA FLORESTA d’ OESTE
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DA LINHA
LH 13, SN ALVORADA d’ OESTE
13
ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES RURAIS CRISTO REI
LIN 58, LT 58 GL 12 LH 13 GL 12 LINHA 13, CACOAL
DA LINHA 13
ASSOCIAÇÃO RURAL RIO SAO PEDRO LIN 3, LT 6 GL 2 S N, ST PROPESRIDADE, CACOAL
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS UNIAO CAPIXABA LH 11, LT 1 GL 11 KM 18, COM NSA APARECIDA, CACOAL
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS UNIAO CAPIXABA LH 11, LT 1 GL 11 KM 18, COM NSA APARECIDA, CACOAL
ASSOCIAÇÃO RURAL ARISTIDES FONSECA LH 10, LT 19 KM 20 CACOAL
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS - PORTO FRANCO LIN BR 421, KM 15 S N CAMPO NOVO DE RONDÔNIA
ASSOCIAÇÃO DOS PROD RURAIS DA PEDRA DO ABISMO LINHA UNIAO 0 CAMPO NOVO DE RONDÔNIA
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DA LINHA 176 LH 176 SN, RADO KM 4 5 RUMO COLO COLORADO DO OESTE
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DA ESTANCIA TRES LINHA ZERO 1, KM 3 RUMO RIO COLORADO SN COLORADO DO OESTE
ASSOCIAÇÃO RURAL COLORADENSE PARA AJUDA MUTUA LINHA 1, LT 54 QD 43 KM 12Ù5 RUMO COLORADO S N COLORADO DO OESTE
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DO
LIN CA 22, GELBA 1 LT 20 0 CUJUBIM
PROJETO DE ASSENTAMENTO CUJUBIM II
ASSOCIAÇÃO DOS PROD RURAIS DE PROD E COMER COMUN LH
LINH 5, ST CORUMBIARA KM 36 KAPA 80 SN ESPIGÃO DO OESTE
KAPA 80
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DA PONTE BONITA
PONTE BONITA, KM 32 ESPIGÃO d’ OESTE
APRUPO
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DE SAO DOMINGOS LIN 632, KM 25 SN JARU
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS SANTA
LIN 614, LT 100 GL 57 KM 35 SN JARU
HELENA
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PROD RURAIS DA COM SANTA
GIB GLEBA G SN, TERCEIRA LINHA JI-PARANÁ
TEREZINHA
ASSOCIAÇÃO DE PEQUENOS PRODUTORES RURAIS
LINHA MA 16, 1, NUCLEO VILA RICA MACHADINHO d’ OESTE
DA LINHA MA 16 VALA RICA
301
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Sigla Nome Endereço Município


ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DO PA
LINHA MC 1, KM 17 GL 3 PA UNIAO LT 132 MACHADINHO d’ OESTE
UNIAO
ASSOCIAÇÃO DE PEQUENOS PRODUTORES RURAIS FLOR DO
LIN 236, GL 2 LINHA LJ 11, MACHADINHO d’ OESTE
CACAU
ASSOCIAÇÃO DOS AGROPECUARISTAS DE NOVA UNIÃO LINHA 81, KM 39 LT 18 GL 16 G SN NOVA UNIÃO
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DA FAMILIA LINHA 203, LT 6 KM 3 5 GL 29 SN OURO PRETO DO OESTE
ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES RURAIS SAO DOMINGOS BR-319, RAMAL SAO DOMINGOS KM 4Ù5 S N PORTO VELHO
ASSOCIAÇÃO DOS PROD RURAIS DA COMUNIDADE SANTA
4 LINHA PRESIDENTE MÉDICI
LUZIA
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS BRACO FORTE DA
ROD BR-364, LINHA C-80, LOTE 63, GLEBA 16, S/N RIO CRESPO
LINHA C 80 BR-364
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DA LC 100
BR-364, L C 100 S N, N SENHORA DE FATIMA, RIO CRESPO
BR-364 BOM SUCESSO
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS PROGRESSO LH P 18, NOVA SN SANTA LUZIA d’ OESTE
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS LH 184, KM 1 C LINHA 45 SN SANTA LUZIA d’ OESTE
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS NOVA ESTRELA LINHA 90, KM 8 LADO SUL SN SAO MIGUEL DO GUAPORÉ
ASSOCIAÇÃO DOS AGRICULTORES DA LINHA A 86 S LH 86, KM 12 S S N SAO MIGUEL DO GUAPORÉ
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS ESPLENDOR LIN 25, KM 2 LT 4 GL 4 S N SAO MIGUEL DO GUAPORÉ
ASSOCIAÇÃO DOS AGRICULTORES DA LINHA 09 S LINHA 09 KM 07-S , SN, KM 07 S SÃO MIGUEL DO GUAPORÉ
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS MAROSAN LIN 105, SERINGUEIRAS
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DE SANTA LUZIA LIN 108, KM 4 SN, SERINGUEIRAS
ASSOCIAÇÃO PRODUTORES ALT AGROFLORESTAL
LH C 19, ASSENT 14 AGOSTO KM 2 S N THEOBROMA
ASSENTAMENTO REFORMA AGRARIA
ASSOCIAÇÃO DE PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DA LINHA C
LIN C 62, KM 13Ù5 S N, VALE DO ANARI
62 KM 13 5
ASSOCIAÇÃO DE PEQUENOS PRODUTORES RURAIS SAO
NUC SAO MARCOS VALE DO ANARI
MARCOS
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS E MÉDIOS PRODUTORES DA
WASHINGTON LUIZ 5367, 5 BEC, VILHENA
GLEBA CORUMBIARIA IQUE
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS NOVA
BR 174 1, KM 40, INTERIOR, VILHENA
ESPERANCA
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DE RIO
COM RIO CLARO SN, GL IQUE VILHENA
CLARO
ASSOCIAÇÃO DE MULHERES NA LUTA DE JI-PARANÁ-RO LIN SERINGAL SAO PEDRO P A BURITIS SN, JI PARANA
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DA COMUNIDADE
LINHA 14, GL 14, CACOAL
SANTO ANTÔNIO
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS ESPLENDOR LIN 25, KM 2 LT 4 GL 4 S N SAO MIGUEL DO GUAPORE
ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DOS PEQUENOS PRODUTORES DO
ACPPROPOC 26 LINHA 45, PONTO CAPIXABA SN SAO FELIPE DO OESTE
PONTO CAPIXABA

302
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Sigla Nome Endereço Município


ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS PRUDENTE DE
APRUM LIN C 4 URUPÁ
MORAES
AAPU ASSOCIAÇÃO AGROPECUARISTA DE URUPÁ LINHA C 4, LT 31 GL 4 SN URUPÁ
ACOAGRIC ASSOCIAÇÃO COMUNITARIA DE AGRICULTURA DO CEDRAO LH 196, CEDRAO SN CACOAL
ACOMAPROR ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DA LINHA ZERO UM LINHA ZERO 1, KM 8Ù5 RUMO ESCONDIDO S N, COLORADO DO OESTE
ASSOCIAÇÃO DOS AGRICULTORES (AS) FAMILIARES
ADAFAI 1 LINHA DO IATA SN, KM 15, ZONA RURA, GUAJARA MIRIM
AGROECOLOGICOS DO IATA
ADAJA ASSOCIAÇÃO DOS AGRICULTORES DE JARU UARU LH 628, KM 80 GL 3 LT 63 JARU
ADPPRU ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DE URUPÁ LIN C 4, LT 14 GL 24 URUPÁ
AFRUTAR ASSOCIAÇÃO DOS FRUTICULTORES DE ARIQUEMES LH 12, GL 11 LT 71 S N ARIQUEMES
ASSOCIAÇÃO MULHERES, HOMENS EJOVENS AGRIC ASSEN CH
AGRIFAMILIA LIN 90, SN, PROJETO RIACHUELO PRESIDENTE MÉDICI
MENDES III
ASPRORIN ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES DO RIO NOVO LH 647, SN CANDEIAS DO JAMARI
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DO VALE
SPRUIZA KM 110 SN, LH 152 ESQ C 125, IZIDOLANDIA, ALTA FLORESTA d’ OESTE
DO COLORADO
UNIAGRO UNIAO DOS AGRICULTORES DA LINHA C 110 LIN C 110, TRAVESSAO B 10 SN ALTO PARAÍSO
UNISERMA UNIAO DOS SERICICULTORES DO RIO MADEIRA LINHA 631, GL 3 P R PRETO CANDEIAS KM 45 LT N 41 S N CANDEIAS DO JAMARI
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DA LINHA 120
RUA FERNANDO DE NORONHA 14556, CENTRO, ITAPUÃ DO OESTE
TRAVESSAO B-20
ASSOCIAÇÃO DOS AGRICULTORES E PECUARIATS DA SERRA
APSEV RUA ERMELINDO MILANI 1040, SL, CENTRO, MINISTRO ANDREAZZA
DO VALERIO DA LH. QUATRO
ASSOCIAÇÃO DE MULHERES PRODUTORAS RURAIS
AMPRUC LIN P 30, KM 2 S N ALTO ALEGRE DOS PARECIS
CONQUISTANDO SEU ESPACO
AUPRAM ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS LINHA 148, KM 4 SUL SN, NOVO HORIZONTE DO OESTE
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DA COM
GIB GLEBA G SN, TERCEIRA LINHA JI PARANÁ
SANTA TEREZINHA
ASPPRSE ASSOCIACAO DOS PRODUTORES RURAIS DO P. A. SANTA ELISA BR 421, GL 1 LINHA C 6 S N CAMPO NOVO DE RONDÔNIA
APRUBA ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS BONS AMIGOS LINHA C-50 - PROJETO RIO ALTO, P. A. SANTA CRUZ BURITIS
APRUP ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS UNIAO E PROGRESSO LINHA 192, KM 09, NORTE, S/N ROLIM DE MOURA
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS NOVA ESTRELA LINHA 90, S/N, SÃO MIGUEL DO GUAPORÉ
APRURP ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS RIO PALHA LINHA 168 KM 20 LADO NORTE, S/N CASTANHEIRAS
ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES E PRODUTORAS RURAIS JULIA
AMARJUMAC 2 LINHA, PRESIDENTE MÉDICI
MARIA DA COSTA
ASPRUMARQ ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DO MARCO 40 LINHA C-05, MARCO 40, BURITIS
ASPROCHAJA ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DA LINHA C-66 LINHA C-66 KM 11, S/N VALE DO ANARI
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES DO SETOR
APRUSRIA LINHA ONZE, 128 JI-PARANÁ
RIACHUELO

303
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Sigla Nome Endereço Município


ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DO NOVO
APRONA BR-364 LINHA C - 18 GLEBA 03, PA MARIA JOSE RIQUE ARIQUEMES
AMANHECER
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS COLIBRI LINHA 200, LOTE 26, GLEBA 25 , VALE DO PARAÍSO
ASSOCIAÇÃO DE PEQUENOS PRODUTORES RURAIS NOVO
ASPRUNHO LINHA 110 KM. 08, LADO NORTE SÃO MIGUEL DO GUAPORÉ
HORIZONTE DA LINHA 110 LADO NORTE
ASPROVINSE ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DA LINHA P-26 LINHA P-26 - KM 29 ALTO ALEGRE DOS PARECIS
APRUVA ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DA LINHA C-70 VALE DO ANARI VALE DO ANARI
APRUP ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES RURAIS PLANALTO LINHA 06, KM 03, S/N, PARECIS
APRUP ASSOCIAÇÃO DOS PISCICULTORES DE PARECIS LINHA 2/A - LOTE 58 - GLEBA 01, S/N CAMPO NOVO DE RONDÔNIA
APRURCA ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES RURAIS PLANALTO LINHA 25, KM 01, S/N, NOVA ESTRELA, ROLIM DE MOURA
ASPROL ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DA LINHA 05 LINHA 203, S/N OURO PRETO DO OESTE
ASPRORB ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS RIO BRANCO LINHA 82 KM 20, SN SÃO MIGUEL DO GUAPORÉ
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS NOSSA SENHORA
ASPRUNHA LINHA 260, KM 02, LADO NORTE, S/N NOVO HORIZONTE DO OESTE
APARECIDA
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS NOSSA SENHORA
APPRG RODOVIA BR-429, S/N SÃO MIGUEL DO GUAPORÉ
APARECIDA
APRORTU ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS TODOS UNIDOS LINHA 160, KM 12, S/N NOVO HORIZONTE DO OESTE
ASPRORRMAGRO ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS RIO MATO GROSSO LINHA 199, LOTE 44-B GLEBA 25-A GLEBA 25-A, VALE DO PARAÍSO
ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES RURAIS VALE DO RIO SÃO
APRUVASP LINHA 196, KM 17,5, S/N CASTANHEIRAS
PEDRO
ASPPRSE ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DO P. A. SANTA ELISA BR 421 LINHA C-06 GLEBA 01 CAMPO NOVO DE RONDÔNIA
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES E PRODUTORAS RURAIS BOM
ASPROBOM LINHA 41 SERINGUEIRAS
SUCESSO
ASPRUNA ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS NOVOS AMIGOS LINHA T - 2, KM 03, LADO NORTE SÃO MIGUEL DO GUAPORÉ
ARPA ASSOCIAÇÃO RURAL PONTAL DA AMAZÔNIA LINHA 13 LOTE 12 GLEBA 13 CACOAL
ASSOCIAÇÃO NOVA ESPERANCA DE PEQUENOS
ANEPAR LINHA C-70 LOTE 37 GLEBA 17 VALE DO ANARI
AGRICULTORES RURAIS
ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES RURAIS DE ITAPUÃDO OESTE RUA SENADOR OLAVO PIRES ITAPUÃ DO OESTE
PARA ASSOCIAÇÃO DOS PROD RURAIS DE ARIQUEMES LINHA C 65, S/N ARIQUEMES
APARO ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS AGRICULTORES DE RONDÔNIA LINHA 199, GLEBA 25 - A, LOTE 128 VALE DO PARAÍSO
AECA ASSOCIAÇÃO ESTADUAL DE COOPERACAO AGRICOLA ASSENTAMENTO PALMARES , S/N, LINHA 81, KM 41 NOVA UNIÃO

304
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

TABELA 3.59 - ASSOCIAÇÃO E COOPERATIVA INDÍGENA

Sigla Nome Endereço Município


ANPIAR ASSOCIAÇÃO NUNERIMANÊ DO POVO INDÍGENA APURINÃ DE RONDÔNIA AV JUSCELINO KUBITSCHEK 5776 CACOAL
APIZ ASSOCIAÇÃO DO POVO INDIGENA ZORO PANGYJEJ RUA GUARULHOS - 3354 - ALTO ALEGRE JI-PARANÁ
ABYTUCU APOIKA RAÍZES DO POVO KARIPUNA RUA BARBOSA, 1407 ARIGOLÂNDIA PORTO VELHO
AAPIRB ASSOCIAÇÃO AGRÁRIA DO POVO INDÍGENA DE RIO BRANCO AV. VITÓRIA RÉGIA, 900 2º ANDAR, SALA 2 JIPARANÁ
AAPIIL ASSOCIAÇÃO AGRÁRIA DO POVO INDÍGENA DO IGARAPÉ LOURDES RUA MANOEL FRANCO, 1820 B.N BRASÍLIA JIPARANÁ
ASSOCIAÇÃO DO POVO DA FLORESTA KABANEY SURUÍ KABAN RUA GERALDO CARDOSO CAMPOS, 4343 JOSINO BRITO CACOAL
ASSOCIAÇÃO DO POVO INDÍGENA AMONDAWA PURUEN AMONDAWA POSTO INDÍGENA TRINCHEIRA TERRA INDÍGENA MIRANTE DA SERRA
APIA ASSOCIAÇÃO DO POVO INDÍGENA ARARA ITERAP RUA MANOEL FRANCO, 1820 CENTRO JIPARANÁ
ASSOCIAÇÃO DO POVO INDÍGENA ARUÁ E MAKURAP DOATXATÔ RUA MANOEL FRANCO, 1820 CENTRO JIPARANÁ
ASSOCIAÇÃO DO POVO INDÍGENA CINTA LARGA PAERENÃ RUA CLODOALDO NUNES DE ALMEIDA, 2053 CACOAL
AIJ ASSOCIAÇÃO DO POVO INDÍGENA JAMAITÔ AV. CONSTITUÇÃO, 542 GUAJARÁ MIRIM
ASSOCIAÇÃO DO POVO INDÍGENA KANOÉ POROROKA AV. CONSTITUIÇÃO, 542 GUAJARAMIRIM
APISIG ASSOCIAÇÃO DO POVO INDÍGENA SURUÍ GAMIR POSTO INDÍGENA LINHA 14 FUNAI CACOAL
APIZ ASSOCIAÇÃO DO POVO INDÍGENA ZORÓ PANGYJEJ RUA MANOEL FRANCO, 1780 NOVA BRASÍLIA JI PARANÁ
APK ASSOCIAÇÃO DO POVO KARITIANA AKOT PYTIM ADNIPA RUA DOM PEDRO II, 650 CENTRO PORTO VELHO
ASSOCIAÇÃO DOS ÍNDIOS APURINÃ DE NUNERIMANÊ RUA FLORIANÓPOLIS PEIXOTO, 1683 JARDIM ELODOALDO CACOAL
ASSOCIAÇÃO DOS POVOS INDÍGENAS DO RIO GUAPORÉ AV. CONSTITUIÇÃO, 542 GUAJARÁMIRIM
ASSOCIAÇÃO FÓRUM DAS ORGANIZAÇÕES DO POVO PAITER SURUÍ DE
DESDE A LINHA 07 ATÉ A LINHA 15, S/N RIOZINHO CACOAL
PAITEREY
ASSOCIAÇÃO INDÍGENA AWO XO'HWARA AIAXH AV. CONSTITUIÇÃO, 542 GUAJARÁMIRIM
AIRO ASSOCIAÇÃO INDÍGENA RIO NEGRO OCAIA AV. CONSTITUÇÃO, 542 GUAJARÁMIRIM
ASSOCIAÇÃO INDÍGENA SANTO ANDRÉ AV. CONSTITUIÇÃO, 542 (FUNAI) CENTRO GUAJARÁ MIRIM
AIW ASSOCIAÇÃO INDÍGENA WÃIPA ALDEIA COLORADO, KM 110 TERRA INDÍGENA RIO BRANCO ALTA FLORESTA d'OESTE
ASSOCIAÇÃO KEONPURA DO POVO INDÍGENA SAKIRABIAR KEONPURA RUA FLORIANÓPOLIS, 1879 CACOAL
ASSOCIAÇÃO MASSAKÁ DOS POVOS INDÍGENAS AIKANÃ, LATUNDÊ E
ALDEIA TUBARÃO CENTRAL TI TUBARÃO LATUNDÊ VILHENA
KWASÁ
ASSOCIAÇÃO METAREILÁ DO POVO INDÍGENA SURUÍ GAMEBEY RUA GERALDO CARDOSO CAMPOS, 4343 JOSINO BRITO CACOAL
ASSOCIAÇÃO NUNERIMANE DOS POVOS INDÍGENAS APURINÃ DE ANPIAR AV. JK, 5776 DISTRITO RIOZINHO CACOAL
ASSOCIAÇÃO PAMARÉ DO POVO CINTA LARGA PAMARÉ RODOVIA BR-364 KM 482 RIOZINHO CACOAL
ASSOCIAÇÃO PAMAUR DE PROTEÇÃO AOS POVOS INDÍGENAS PAYTERYTER
RUA GERALDO CARDOSO CAMPOS, 4343 JOSINO BRITO CACOAL
DE PAMAUR

305
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Sigla Nome Endereço Município


COORDENAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES INDÍGENAS DO POVO CINTA LARGA
RUA JOÃO PAULO I, 5910 DISTRITO DE RIOZINHO CACOAL
PATJAMAAJ
INSTITUTO FLORESTAL YABNER SURUÍ ALDEIA JOAQUIM LINHA 11, KM 45 TI SETE DE SETEMBRO CACOAL
ORGANIZAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES INDÍGENAS DE JIPARANÁ PANDEREJ RUA MANOEL FRANCO, 1820 JIPARANÁ
COOP ART IND COOPERATIVA DE TRABALHO DOS ARTESAOS INDIGENAS DE RONDONIA
RUA ALFAZEMA 181, COHAB, PORTO VELHO
YAWITER LTDA
COOPECIL COOPERATIVA EXTRATIVISTA CINTA LARGA RUA ASBERON 1218, SANTO ANTONIO, CACOAL
COOP ART INDÍGENA COOPERATIVA DE TRABALHO DE ARTESÃOS INDÍGENAS DE YAWITER RUA CAPITÃO RUI LUIZ TEIXEIRA, 1666 RIOZINHO CACOAL

TABELA 3.60.- ASSOCIAÇÃO/COOPERATIVA EXTRATIVISTA

Sigla Nome Endereço Município


AGUAPÁ ASSOCIAÇÃO DOS SERINGUEIROS DO VALE DO GUAPORÉ RESEX DO RIO CAUTÁRIO RESEX
ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DAS COMUNIDADES PESQUEIRAS E EXTRATIVISTAS
ACCPESC MARGEM ESQUERDA DO RIO MADEIRA SN PORTO VELHO
DE SÃO CARLOS
ASAEX ASSOCIAÇÃO DOS SERIGUEIROS E AGRO-EXTRATIVISTA EM GUAJARÁ MIRIM RESEX RIO OURO PRETO RESEX
ASAGUAM ASSOCIAÇÃO DOS AÇAIZEIROS AGROEXTRATIVISTA DE GUAJARÁ MIRIM RESEX RIO OURO PRETO RESEX
ASSOCIAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO AGRICOLA E AMBIENTAL DE PRODUTORES
ASDAPROTA BR 425, KM 17 S N, AREA RURAL, PORTO VELHO
RURAIS DA REGIAO DO TAQUARA E ENTORNO
ASEVA ASSOCIAÇÃO DOS EXTRATIVISTAS DO VALE DO ANARI AV TANCREDO NEVES, 3883, CENTRO VALE DO ANARI
ASM ASSOCIAÇÃO DOS SERINGUEIROS DE MACHADINHO RESEX SUCUPIRA RESEX
ASM ASSOCIAÇÃO DOS SERINGUEIROS DE MACHADINHO RESEX DO MOGNO RESEX
ASM ASSOCIAÇÃO DOS SERINGUEIROS DE MACHADINHO RESEX GARROTE RESEX
ASM ASSOCIAÇÃO DOS SERINGUEIROS DE MACHADINHO RESEX CASTANHEIRA RESEX
ASM ASSOCIAÇÃO DOS SERINGUEIROS DE MACHADINHO RESEX DO ITAÚBA RESEX
ASM ASSOCIAÇÃO DOS SERINGUEIROS DE MACHADINHO RESEX DO PIQUIÁ RESEX
ASM ASSOCIAÇÃO DOS SERINGUEIROS DE MACHADINHO RESEX FREIJÓ RESEX
ASM ASSOCIAÇÃO DOS SERINGUEIROS DE MACHADINHO RESEX IPÊ RESEX
ASM ASSOCIAÇÃO DOS SERINGUEIROS DE MACHADINHO RESEX MASSARANDUBA RESEX
ASM ASSOCIAÇÃO DOS SERINGUEIROS DE MACHADINHO RESEX ROXINHO RESEX
ASM ASSOCIAÇÃO DOS SERINGUEIROS DE MACHADINHO RESEX SERINGUEIRA RESEX
ASM ASSOCIAÇÃO DOS SERINGUEIROS DE MACHADINHO RESEX JATOBÁ RESEX
ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES EXTRATIVISTAS PRODUTORES RURAIS DA
ASMOCUN MARG LAGO DO CUNIA, SN PORTO VELHO
RESERVA EXTRATIVISTA DO LAGO DO CUNIA

306
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Sigla Nome Endereço Município


ASMOREMA ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DA RESEX MARACATIARA RESEX MARACATIARA RESEX
ASMOREX ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DA RESEX RIO PRETO JACUNDÁ RESEX RIO PRETO/JACUNDÁ RESEX
ASSOCIAÇÃO DOS PROD.RURAIS E EXTRAT.DO RIO CASTANHA E MADEIRA DO
ASPRECAM BR 425 SN, KM 1 PORTO VELHO
ABUNA
ASRJP ASSOCIAÇÃO DOS SERINGUEIROS E RIBEIRINHOS DO JACIPARANA RUA GENEROSO POCO SN, JACI PARANA, PORTO VELHO
ASROP ASSOCIAÇÃO DOS SERINGUEIROS DO RIO OURO PRETO RESEX RIO OURO PRETO RESEX
ASSOCIAÇÃO DOS SERINGUEIROS E AGROEXTRATIVISTAS DA RESERVA DO RIO
BENTEVI RESEX DO RIO JACI-PARANÁ RESEX
JACY-PARANÁ.
COOP - VIDA COOPERATIVA DOS MORADORES DA RESERVA EXTRATIVISTA ESTADUAL DO RIO
AV BEIRA RIO SN, TRIANGULO GUAJARÁ MIRIM
NOVA PACAAS NOVOS E RESERVA EXTRATIVISTA FEDERAL BARREIRO DAS ANTAS
COPROSER COOPERATIVA DE PRODUCAO E SERVICOS DO SERINGUEIRO LTDA LIN TN 9, LT 8, ALVORADA d’ OESTE, ALVORADA d’ OESTE
OSR ASSOCIAÇÃO ORGANIZAÇÃO DOS SERINGUEIROS DE RONDÔNIA RESEX RIO OURO PRETO RESEX
PORONGA ORGANIZACAO DOS SERINGUEIROS E SOLDADOS DA BORRACHA DE JI-PARANÁ RUA RIO NEGRO 471, JARDIM DOS MIGRANTES, JI-PARANÁ
PRIMAVERA ASSOCIAÇÃO DE SERINGUEIROS DO RIO PACAÁS NOVOS RESEX DOS PACAÁS NOVOS RESEX
ASSOCIAÇÃO DE SERINGUEIROS AGUAPÉ RESEX DO CURRALINHO RESEX
ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DA RESERVA EXTRATIVISTA AQUARIQUARA RESEX AQUARIQUARA RESEX
ASSOCIAÇÃO DE SERINGUEIROS AGUAPÉ RESEX PEDRAS NEGRAS RESEX
CAEX-RO COOPERATIVA AGROPECUARIA E EXTRATIVISTA DE RONDÔNIA LTDA BR-364, KM 180, FLORESTA PORTO VELHO
COOPERATIVA DOS EXTRATIVISTAS DE MADEIRA E AGROFLORESTAL DE
CEMAC RUA CONDOR 1932, ST 2, CUJUBIM
CUJUBIM
ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DA RESERVA EXTRATIVISTA
COOPERA RESEX ANGELIM RESEX
ANGELIM
COOPEX COOPERATIVA DOS EXTRATIVISTAS DO VALE DO ANARI AV TANCREDO NEVES, 3883, CENTRO VALE DO ANARI
COOPFLORA COOPERATIVA DOS EXTRATIVISTAS DA FLORESTA DE RONDÔNIA LTDA RUA GETULIO VARGAS 3300, CENTRO MACHADINHO d’ OESTE
COOSERON COOPERATIVA DOS SERINGUEIROS EXTRATIVISTAS DE RONDÔNIA BR-364, DISTRITO INDUSTRIAL KM 17 QD C, FLORESTA, PORTO VELHO

TABELA 3.61.- COLÔNIA/ASSOCIAÇÃO DE PESCADORES

Sigla Nome Endereço Município


SOPESCAR ASSOCIAÇÃO DOS PESCADORES AMADORES DE RONDÔNIA RUA TENREIRO ARANHA 2451, CENTRO, PORTO VELHO
COLONIA DE PESCADORES Z 6 DO MUN DE C DO JAMARY RO RUA EMANOEL PONTES PINTO 201, SATELITE, CANDEIAS DO JAMARI
COLONIA DE PESCADORES Z 1 TENENTE SANTANA RUA PRUDENTE DE MORAES 2174, MOCAMBO, PORTO VELHO
COLONIA DE PESCADORES E AQUICULTORES Z-10 DE SAO FRANCISCO DO
RUA TIRADENTES 4720, CIDADE ALTA, SAO FRANCISCO DO GUAPORÉ
GUAPORE
COLONIA DE PESCADORES Z2 GUAJARA MIRIM AV BEIRA RIO, S/N - CENTRO GUAJARA MIRIM

307
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

TABELA 3.62.- COMUNIDADE REMANESCENTE DE QUILOMBO

Sigla Nome Endereço Município


COMUNIDADE REMANESCENTE DE QUILOMBO JESUS SÃO MIGUEL DO GUAPORÉ
COMUNIDADE REMANESCENTE DE QUILOMBO PEDRAS NEGRAS SÃO FRANCISCO DO GUAPORÉ
COMUNIDADE REMANESCENTE DE QUILOMBO SANTO ANTÔNIO SÃO FRANCISCO DO GUAPORÉ
COMUNIDADE REMANESCENTE DE QUILOMBO PORTO ROLIM DE MOURA ALTA FLORESTA d’ OESTE
COMUNIDADE REMANESCENTE DE QUILOMBO PIMENTEIRAS PIMENTEIRAS
COMUNIDADE REMANESCENTE DE QUILOMBO LARANJEIRAS PIMENTEIRAS
COMUNIDADE REMANESCENTE DE QUILOMBO SANTA CRUZ PIMENTEIRAS
COMUNIDADE REMANESCENTE DE QUILOMBOS DE SANTA FÉ COSTA MARQUES
COMUNIDADE REMANESCENTE DE QUILOMBO FORTE PRÍNCIPE DA BEIRA COSTA MARQUES

TABELA 3.63.- CONSELHOS

Sigla Nome Endereço Município


CONACOBAM CONSELHO DAS ASSOCIACOES E COOPERATIVAS DO MEDIO E BAIXO MADEIRA RUA EST DE FERRO MADEIRA MAMORE SN, CENTRO, PORTO VELHO
CONSELHO DA COMUNIDADE DA COMARCA DE BURITIS RUA IBIARA - 81 BURITIS
CONSELHO DA COMUNIDADE DA COMARCA DE BURITIS RUA TAGUATINGA 1391, ST 3, BURITIS
CONSELHO DA COMUNIDADE DE JARU-RO RUA RAIMUNDO CATANHEDE 1080, CENTRO JARU

TABELA 3.64 - COOPERATIVA, ASSOCIAÇÃO E SINDICATO DE GARIMPEIROS E MINERADORES

Sigla Nome Endereço Município


MINACOOP COOPERATIVA DOS GARIMPEIROS, MINERAÇAO E AGROPECUARIA LTDA RUA HENRIQUE SORO 6301, CJ RIO TROMBETAS, PORTO VELHO
COOBEGAM COOPERATIVA DE BENEFICIADORES DE GEMAS DA AMAZONIA RUA BRASILIA 2694, SL A E B, SETOR 3, ARIQUEMES
MINERALCOOP COOPERATIVA DE GARIMPEIROS BR-364, KM 580 LT 2 GL 5 PROJ FUNDIARIO ALTO MADEIRA S N ITAPUÃ DO OESTE
ASPAR COOPERATIVA DE EXTRACAO MINERAL DE JI-PARANÁ BR-364 SN, KM 333 JI-PARANÁ
CEMAL COOPERATIVA ESTANIFERA DE MINERADORES DA AMAZONIA LEGAL LTDA LIN C 50, MINA DE MASSANGANA BR 421 S N, LINHA C 50, MONTE NEGRO
CFC DA
COOPERATIVA DOS FUNDIDORES DE CASSITERITA DA AMAZONIA RUA PORTO RICO 100, RAIO DE LUZ, ARIQUEMES
AMAZONIA
CGC CENTRAL DAS COOPERATIVAS DE GARIMP DO EST DE ROND LTDA RUA CAMPOS SALES 2924, SL 2, CENTRO, PORTO VELHO
COOGARI COOPERATIVA DE PRODUTORES DOS GARIMPEIROS DE ARIQUEMES LTDA RUA TANCREDO NEVES 1501, 2 AND SL 11, SETOR 1, ARIQUEMES
COOGARIMA COOPERATIVA DOS GARIMPEIROS DO RIO MADEIRA RUA DA BEIRA 273, ROQUE, PORTO VELHO

308
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Sigla Nome Endereço Município


COOGER COOPERATIVA DOS GARIMPEIROS DO ESTADO DE RONDÔNIA LTDA RUA JUNDIAI 790, BR 421, NOVA LONDRINA, ARIQUEMES
COOPERATIVA DE GARIMPEIROS EXTRATIVISTA DE PRODUTOS MINERAIS
COOGEXPROM RUA 7 DE SETEMBRO 1361, CENTRO, ITAPUÃ DO OESTE
LTDA
COOMIGA COOPERATIVA MINERADORA DOS GARIMPEIROS DE ARIQUEMES LTD RUA JARU 4290, SETOR 4, ARIQUEMES
COOMITA COOPERATIVA DE MINERACAO ITAPORANGA LTDA RUA BAHIA 2426, SL B 1 AND, CENTRO, ESPIGÃO d’ OESTE
COOPERATIVA DOS GARIMPEIROS E MINERADORES DE MACHADINHO DO
COOPEGAM RUA MAL DEODORO 2999, CENTRO, MACHADINHO d’ OESTE
OESTE
COOPEGARA COOPERATIVA DOS GARIMPEIROS DO ARARAS LTDA RUA GETULIO VARGAS 2162, LJ 3, SAO CRISTOVAO, PORTO VELHO
COOPERCAM COOPERATIVA DE GARIMPEIROS DE CAMPO NOVO DE RONDÔNIA LTDA BR 421, KM 105 S N, ST 4, CAMPO NOVO DE RONDONIA
COOPERSANTA COOPERATIVA DE GARIMPEIROS DE SANTA CRUZ LTDA LIN C 75, KM 42, GARIMPO BOM FUTURO, ARIQUEMES
COOPEXMI COOPERATIVA DE EXTRATIVISTA MINERAIS DO ESTADO DE RONDONIA RUA PE ADOLPHO RHOL 2909, CENTRO JARU
COPEGRO COOPERATIVA DOS GARIMPEIROS DE RONDÔNIA LTDA RUA CAMPOS SALES 2924, SL 2 E 3, CENTRO, PORTO VELHO
COOGAMPA COOPERATIVA DOS GARIMPEIROS DE MUTUM PARANA BR-364 SN, ST SAO LOURENCO KM 168, FLORESTA, PORTO VELHO
CORIMA COOPERATIVA DE EXPLORACÃO AURIFERA RIO MADEIRA LTDA RUA DO AMANHECER 7741, PARQUE DOS BURITIS PORTO VELHO
COOPERATIVA DOS GARIMPEIROS DO RIO MADEIRA RUA DA BEIRA, 5350, FLORESTA PORTO VELHO
COOGAM COOPERATIVA DOS GARIMPEIROS DA AMAZÔNIA R PAULO LEAL, 431, PORTO VELHO
COOMIRO COOPERATIVA DOS MINERADORES DO ESTADO DE RONDÔNIA ALM BARROSO CENTRO, CENTRO, PORTO VELHO
COOPERATIVA DE PEQUENOS MINERADORES DA AMAZONIA LEGAL DE
COOPEMIAL AV 7 DE SETEMBRO 2837, SL 1, CENTRO, ESPIGÃO d’ OESTE
ESPIGÃO DO OESTE LTDA
AGAL ASSOCIAÇÃO DOS GARIMPOS DA AMAZONIA LEGAL RUA TENREIRO ARANHA 2114, SL 3, CENTRO, PORTO VELHO
SINGRO SINDICATO DOS GARIMPEIROS DO ESTADO DE RONDÔNIA RUA SALGADO FILHO, 1037 PORTO VELHO

309
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

TABELA 3.65 - COOPERATIVA DE PRODUTORES RURAIS

Sigla Nome Endereço Município


AMAZONIA EM COOPERATIVA DOS PRODUTORES DE FLORES AMAZONICAS DE
RUA TRANSCONTINENTAL 592, CASA PRETA, JI-PARANÁ
FLORES RONDÔNIA
COOPERATIVA AGROPECUÁRIA DOS PRODUTORES RURAIS DE
COAPRUJAR LINH LINH K ZERO C LINHA 172, SN, JARDINOPOLIS, CASTANHEIRAS
JARDINOPOLIS
COOPERATIVA AGROPECUARIA DOS PRODUTORES DE LEITE E CAFE DE JI-
COOPERLEITE LIN 8, GL 4 LT 24 S N JI-PARANÁ
PARANÁ LTDA
COOPERATIVA MISTA DE EXTRATIVISMO AGRICULTURA FAMILIAR
COOMEAFES LIN 81, ASSENT MARG ALVES KM 30 GL 4 AREA SOCIAL SN NOVA UNIÃO
ECOLOGISMO E PRESTACAO DE SERVICOS
GOVERNADOR JORGE
COOPLENE COOPERATIVA DOS PRODUTORES DE LEITE NOVA ESPERANCA LTDA LIN 651, KM 24 S N
TEIXEIRA
COOPERATIVA AGRICOLA DOS PRODUTORES DO ASSENTAMENTO
COAPAC LIN 6, PROJETO A CACHOEIRA KM 30 GL 1 S N ESPIGÃO d’ OESTE
CACHOEIRA
COAPROR COOPERATIVA AGROPECUARIA DOS PRODUTORES DO RIO PRETO LTDA LIN 631, LT 27 GL 2 SN, PROJ R PRET CANDEIAS, CANDEIAS DO JAMARI
COOPERATIVA AGROPECUÁRIA DOS PRODUTORES RURAIS DE
COAPRUJAR LINH LINHA K ZERO C LINHA 172, SN, JARDINOPOLIS, CASTANHEIRAS
JARDINOPOLIS
COMAO COOPERATIVA MISTA AGROPECUARIA DE MACHADINHO d’ OESTE LIN MC 3, 3999, ST INDUSTRIAL, MACHADINHO d’ OESTE
COMASP COOPERATIVA MISTA AGROPECUARIA SAO PAULO LTDA LIN ZERO 2, RUMO ESCONDIDO KM 3 5 SN COLORADO DO OESTE
COMAVERSE COOPERATIVA MISTA AGROPECUARIA VERDE SERINGAL LTDA LIN ZERO 8, KM 4 SN, VERDE SERINGAL, CORUMBIARA
COOAPRITA COOPERATIVA AGROPECURIA DE PRODUTORES RURAIS ITAPIREMA LIN 8, PROJETO ITAPIREMA JI-PARANÁ
COOPERATIVA AGROPECUARIA DOS PRODUTORES DE LEITE DE ROLIM
COOAPROLIM LIN 184, KM 6 LT 90 GL 15 SN ROLIM DE MOURA
DE MOURA -
COOPERATIVA DE PRODUCAO DA AGRICULTURA FAMILIAR DE
COOPAFRO LINHA 4, ASSENT VITORIA DA UNIAO KM 6 LT 93 GL 1 S N CORUMBIARA
CORUMBIARA
COOPAGROFRUTI COOPERATIVA DE PRODUCAO AGROPECUARIA E FRUTICOLA DE
LIN 15, PA JOANA DARC III LT 172 ST 3 S N PORTO VELHO
COLA RONDÔNIA
COOPAZMA COOPERATIVA DOS AQUICULTORES DA ZONA DA MATA LINHA 25, TRAV DO CINTURAO VERDE LADO SUL KM 50 S N ROLIM DE MOURA
COOPCAST COOPERATIVA MISTA AGROPECUARIA DE CASTANHEIRAS LTDA LINHA 2, KM KM 2 CASTANHEIRAS
COOPERGRAO COOPERATIVA DOS PRODUTORES DE GRAOS LTDA LIN 603, KM 30 S N THEOBROMA
COOPERATIVA AGROPECUARIA DOS PRODUTORES DO VALE DO RIO
COOPERIODOCE LIN 631, KM 30 S N, TRIUNFO, PORTO VELHO
DOCE LTDA
COOPERVALE COOPERATIVA AGRO- INDUSTRIAL PIONEIRA DO VALE LTDA LIN 25, LT 4 GL 1 KM 15 S N SAO MIGUEL DO GUAPORÉ
COOPLAM COOPERATIVA DOS PLASTICULTORES DA AMAZONIA FUND LH 6, LT 79 A GL 6 S N, ZORA RURAL, CACOAL
COOPLEAGRI COOPERATIVA DE PRODUTORES DE LEITE E AGRICOLA LIN 207, KM 16 LT 61 GL 33 S N JI-PARANÁ
GOVERNADOR JORGE
COOPLENE COOPERATIVA DOS PRODUTORES DE LEITE NOVA ESPERANCA LTDA LIN 651, KM 24 S N
TEIXEIRA
GOVERNADOR JORGE
COOPLENE COOPERATIVA DOS PRODUTORES DE LEITE NOVA ESPERANCA LTDA LIN 651, KM 24 S N
TEIXEIRA
GOVERNADOR JORGE
COOPLENU COOPERATIVA DOS PRODUTORES DE LEITE NOVA UNIÃO OTR LINHA 621, KM 45 S N
TEIXEIRA

310
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Sigla Nome Endereço Município


COOPRAM COOPERATIVA DE PRODUTORES RURAIS ALTERNATIVOS DA AMAZONIA LINHA FP 15, SITIO LT 346 KM 3 GL 1 0 SAO FELIPE DO OESTE
COOPERATIVA DE PRODUTORES DE LEITE E AGRICOLA LIN 207, KM 16 LT 61 GL 33 S N JI-PARANÁ
PRODIGIOS COOPERATIVA MISTA DE PRODUCAO, SERVICOS E ATIVIDADES RUA 7 DE SETEMBRO 5445, SL B, CENTRO ALVORADA d’ OESTE
COOPERATIVA DOS PECUARISTAS DA REGIÃO DE ARIQUEMES LTDA ROD BR-364 KM 511 SENTIDO CUIABA - S/N ARIQUEMES
COMACON COOPERATIVA MISTA AGROPECUARIA CONQUISTA LTDA RUA 3 SN, CHACARA 1, NOVA CONQUISTA, VILHENA
SAO FRANCISCO DO
COOMASFRAN COOPERATIVA MISTA AGROPECUARIA DE SAO FRANCISCO DO GUAPORE CHICO MENDES SN, CENTRO,
GUAPORÉ
COOPERATIVA DOS HORTIFRUTIGRANJEIROS E AGROPECUARISTAS DE
COOPAJA RUA SERGIPE 1035, CENTRO, JARU
JARU E REGIAO
COOPERFRUT COOPERATIVA DOS PRODUTORES DE FRUTICULTURA DE RONDÔNIA LINHA 164, KM 21 NORTE S N CASTANHEIRAS
COOPERFRUTOS COOPERATIVA DOS FRUTICULTORES DE VILHENA 174 3, KM 12 CHACARA, GL NR 1, VILHENA
RUA MAL DEODORO DA FONSECA 571, ARMAZEM, ST
COOPEROURO COOPERATIVA AGROPECUARIA DE OURO PRETO DO OESTE OURO PRETO DO OESTE
INDUSTRIAL
COOPERATIVA MISTA CENTRAL DE PRODUTORES RURAIS PARA O
COOPERVIDA RUA MAL RONDON 422, ALVORADA, OURO PRETO DO OESTE
DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL
COOPERATIVA DE PRODUTORES DE LEITE E AGROPECUARISTAS DE
COOPLAV RUA JOSE DE ALENCAR 4210, SL C, CENTRO, ALVORADA d’ OESTE
ALVORADA DO OESTE
COPESCA COOPERATIVA DOS PRODUTORES DE PEIXE DE RONDÔNIA LTDA RUA 13 DE MAIO SN, CAI NAGUA, MOCAMBO, PORTO VELHO
CIRA OP COOPERATIVA INTEGRAL DE REFORMA AGRARIA OURO PRETO RUA GONCALVES DIAS 1395, CENTRO, OURO PRETO DO OESTE
COABS COOPERATIVA AGROPECUARIA BOM SUCESSO RUA EMBRATEL SN, CS, CENTRO, TEIXEIRÓPOLIS
COOPERATIVA AGRO-FLORESTAL FAMILIAR DE NOVA UNIÃO E REGIAO
COAF-NU RUA JORGE TEIXEIRA SN, CENTRO, NOVA UNIÃO
LTDA
COAGEO COOPERATIVA AGROPECUARIA DE ESPIGÃO DO OESTE RUA ALAGOAS 2632, CENTRO, ESPIGÃO d’ OESTE
COOPERATIVA DOS AGROPECUARISTAS E PRODUTORES DE LEITE DO
COAMA RUA CALAMA 1675, SAO JOAO BOSCO, PORTO VELHO
ESTADO DE RONDONIA
COOPERATIVA DOS AGROPECUARISTAS DE MACHADINHO d' OESTE E
COAMAVA RUA RONDONIA 3409, ANEXO, MACHADINHO d’ OESTE
VALE DO ANARI
COAMAZON COOPERATIVA AGROP E AGROFLORESTAL DA AMAZONIA RUA CASTELO BRANCO 40, ANEXO A, NACIONAL, PORTO VELHO
COAMERON COOPERATIVA AGROPECUARIA MISTA DE EST DE RONDÔNIA LTDA ESTRELA DE RONDÔNIA, PRESIDENTE MÉDICI
COAPA COOPERATIVA DE AGRO-NEGOCIOS DOS PRODUTORES DA AMAZONIA RUA SAO PAULO 3280, JARDIM CLODOALDO, CACOAL
COAPEX COOPERATIVA AGROPECUÁRIA E EXTRATIVISTA DA AMAZONIA LTDA BR-364 KM 180, FLORESTA, PORTO VELHO
GOVERNADOR JORGE
COAPOVEL COOPERATIVA AGROPECUARIA OURO VERDE LTDA RUA PEDRAS BRANCAS 2673
TEIXEIRA
COASFP COOPERATIVA AGROPECUARIA DE SAO FELIPE E PRIMAVERA RUA JUDITE PACHECO SN, QD 12 ST 3, CENTRO, SAO FELIPE DO OESTE
COOPERATIVA DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL, ECONOMICO E RUA BOM FUTURO 933, NOVO JACI,
CODEJAP PORTO VELHO
AMBIENTAL DA COMUNIDADE DE JACY PARANA PORTO VELHO
COMACER COOPERATIVA MISTAAGROPECUARIA DE CEREJEIRAS LTD RUA ARACAJU SN, QD 86 87 88, CENTRO, CEREJEIRAS

311
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Sigla Nome Endereço Município


COMACOL COOPERATIVA MISTA AGROPEC DE COLORADO DO OESTE LTDA RUA PARANA 4070, CENTRO, COLORADO DO OESTE
COMAROL COOPERATIVA MISTA AGROPECUARIA DO RIO OMERE LTDA RUA PRINCIPAL SN, QD 61 E 62, VITORIA DA UNIAO, CORUMBIARA
COMARON COOPERATIVA MISTA AGROPECUARIA DE RONDÔNIA RUA HENRIQUE DIAS 307, CENTRO, PORTO VELHO
CONFIANCA
COOPERATIVA AGRICOLA REGIONAL DE OURO PRETO DO OESTE RUA MAL RONDON 1963, JARDIM NOVO ESTADO, OURO PRETO DO OESTE
CEREAIS
COOAC COOPERATIVA AGROFLORESTAL DE CUJUBIM RUA SANHACU COM RUA GAVIAO SN, QD 41, CENTRO, CUJUBIM
COOAFCAN COOPERATIVA AGRO-FLORESTAL DE CANDEIAS DO JAMARI MARGINAL SN, CENTRO, CANDEIAS DO JAMARI
COOAJA COOPERATIVA AGRORURAL DE JARU LTDA BR-364, KM 430 S N JARU
COOPERATIVA AGROPECUARIA DE AGRICULTURA SOLIDARIA E
COOASA RUA 15 DE NOVEMBRO SN, CAETANO, GUAJARÁ MIRIM
AGROECOLOGICA DE GUAJARA MIRIM
COOAT COOPERATIVA AGROPECUARIA DE TEIXEIRÓPOLIS RUA EMBRATEL 2325, CENTRO, TEIXEIRÓPOLIS
COOPERATIVA CONSTR BEM DE TRABALHO DE CONSTRUCAO CIVIL E
COOBEM RUA LEOPOLDO DE MATOS 1390, TAMANDARE, GUAJARÁ MIRIM
OBRAS
COOPERATIVA DOS PRODUTORES RURAIS ORGANIZADOS PARA AJUDA RUA ORESTES MATANA 690, ST INDUSTRIAL, DISTRITO
COOCARAM JI-PARANÁ
MUTUA INDUSTRIAL,
COOCRAM COOPERATIVA DOS CRIADORES DE AVESTRUZ DE MIRANTE DA SERRA BR 470, KM 55 S N MIRANTE DA SERRA
COOFCAN COOPERATIVA AGRO-FLORESTAL DE CANDEIAS DO JAMARI MARGINAL SN, CENTRO, CANDEIAS DO JAMARI
COOMAC COOPERATIVA MISTA AGROPECUARIA DE CACOAL LTDA BR-364 SN, KM 470, INCRA, CACOAL
COOMARI COOPERATIVA DE MOVELEIROS DE ARIQUEMES RUA LINHAO SN, QD 9, ST COMUNITARIO, ARIQUEMES
COOMPAL COOPERATIVA MISTA DE PRODUTORES AGROFLORESTAIS LTDA LIN 184, KM 1 S N, CENTRO, SANTA LUZIA d’ OESTE
COOPERATIVA DO CENTRO INTEGRADO DE CONFECÇOES E ARTESANATO
COONFECARTE RUA SAO PAULO 4500, BEIRA RIO, ROLIM DE MOURA
DE ROLIM DE MOURA
ALTO ALEGRE DOS
COOPAAP COOPERATIVA AGRICOLA DE ALTO ALEGRE DOS PARECIS RUA TANCREDO NEVES 4016, CENTRO,
PARECIS
COOPAC COOPERATIVA AGRICOLA DE COSTA MARQUES LTDA RUA ANTONIO PSURIADAKIS 240, CENTRO, COSTA MARQUES
COOPERATIVA DE PRODUTORES AGRICOLAS FAMILIAR PARA O
COOPAFAVEL RUA TANCREDO NEVES SN, QD 10, AREA INDUSTRIAL, SAO MIGUEL DO GUAPORÉ
DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL LOCAL
COOPAJUL COOPERATIVA AGROPECUARIA MISTA DE JARU LTDA RUA D PEDRO I 2518, CENTRO, JARU
COOPAMESF COOPERATIVA AGROPECUARIA MISTA EXTRATIVISTA SANTA FE P 50 580, CENTRO, ALTA FLORESTA d’ OESTE
COOPAMNU COOPERATIVA AGROPECUARIA MISTA DE NOVA UNIÃO LTDA RUA PRINCIPAL 0, CENTRO, NOVA UNIÃO
364 1, SEDE DA COOPERATIVA KM 17, CIDADE
COOPAR COOPERATIVA DOS PRODUTORES AGROFRUTIGRANJEIROS DE RONDÔNIA PORTO VELHO
HORTIFRUTIGRA,
COOPERATIVA AGROPECUARIA DOS PRODUTORES RURAIS DO VALE DO
COOPARAISO RUA GIRASSOL 4520, CENTRO, VALE DO PARAÍSO
PARAÍSO
COOPERATIVA AGROPECUARIA DOS AQUICULTORES DA REGIAO
COOPARCE-RO RUA JK 1043, CASA PRETA, JI-PARANÁ
CENTRAL DE RONDÔNIA
COOPERATIVA AGRO-FLORESTAL SUSTENTAVEL DE PRODUTORES
COOPASPRO RUA TRIANGULO SN, ST INDUSTRIAL KM 1 PORTO VELHO
RURAIS DO ESTADO DE RONDÔNIA

312
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Sigla Nome Endereço Município


COOPEAAP COOPERATIVA AGROPECUARIA DE ALTO PARAÍSO RONDÔNIA 3721, CENTRO, ALTO PARAÍSO
COOPERATIVA DE PRODUCAO E COMERCIALIZACAO DO P. A. CASULO
COOPECA RODOVIA 10, PROJETO CASULO ST ABAITARA KM 32 S N PIMENTA BUENO
FORMIGUINHA –
COOPEMAGRI COOPERATIVA MISTA AGRO-INDUSTRIAL DE PIMENTA BUENO RUA CASSIMIRO DE ABREU 395, CENTRO, PIMENTA BUENO
COOPENRIOS COOPERATIVA AGROPECCUARIA MISTA ENTRE RIOS RUA EMBOABAS 31, QD 3 CS 3L, B N H 1 PIMENTA BUENO
COOPEOESTE COOPERATIVA AGROINDUSTRIAL DE ESPIGÃO DO OESTE LTDA RUA BAIHA 2672, CENTRO, ESPIGÃO d’OESTE
COOPERAC COOPERATIVA DE PRODUTORES RURAIS E AGROPECUARIOS DE CUJUBIM RUA ENTRE RIO PRETO CUJ E TRAIRA SN CUJUBIM
ALTO ALEGRE DOS
COOPERALTO COOPERATIVA AGROPECUARIA DE ALTO ALEGRE DOS PARECIS RUA TANCREDO NEVES 2635, CENTRO,
PARECIS
COOPERAMA COOPERATIVA DE PRODUTORES DA AMAZONIA LTDA BR-364, KM 127 S N ITAPUÃ DO OESTE
COOPERANDO COOPERATIVA DE MULTIPLOS TRABALHOS DE OURO PRETO DO OESTE BR-364, KM 325 S N OURO PRETO DO OESTE
COOPERAPAM COOPERATIVA DOS AGRICULTORES FAMILIARES DE ALVORADA d’ OESTE RUA GUIMARAES 4150, CENTRO, ALVORADA d’ OESTE
COOPERARI COOPERATIVA DOS PECUARISTAS DA REGIAO DE ARIQUEMES LTDA BR-364, CAIXA POSTAL 460 KM 511 SENTIDO CUIABA MT S N ARIQUEMES
COOPERATIVA DE PRODUTORES RURAIS DA AGRICULTURA FAMILIAR DE
COOPERAZZA AV PAU 4956, CENTRO, MINISTRO ANDREAZZA
MINISTRO ANDREAZZA
COOPERATIVA AGROPECURIA DE AGRICULTORES FAMILIARES DE
COOPERCACOAL PRCA ISABEL 1640, LIBERDADE, CACOAL
CACOAL
COOPERATIVA AGRICOLA DOS CACAUICULTORES E PRODUTORES
COOPERCOL RUA MAL RONDON ESQ COM AV TOCATINS, ST CHACARA, COLORADO DO OESTE
RURAIS DO SUL DE RONDONIA
COOPERFAMILIA COOPERATIVA DE PRODUCAO DAS FAMILIAS CACOALENSES RUA PORTO ALEGRE 1163, NOVO CACOAL, CACOAL
COOPERFRUTOS COOPERATIVA DOS FRUTICULTORES DE VILHENA 174 3, KM 12 CHACARA, GL NR 1, VILHENA
COOPERGUAPOR
COOPERATIVA AGROINDUSTRIAL DO VALE DO RIO GUAPORE LTDA RUA DQ DE CAXIAS 467, CENTRO, VILHENA
E
COOPERATIVA AGROPECUARIA E EXTRATIVISTA DOS AGRICULTORES DE CAMPO NOVO
COOPERLANDIA BR 421, KM 170 S N, DIST DE JACILANDIA,
JACILANDIA DE RONDÔNIA
COOPERATIVA DOS PRODUTORES DE PEIXE DO MUNICIPIO DE
COOPERMAR RUA CAP SILVIO 1954, GRANDES AREAS, ARIQUEMES
ARIQUEMES LTDA
COOPERATIVA DOS PRODUTORES DE PEIXE DO MUNICÍPIO DE
COOPERMAR AVENIDA CAPITÃO SILVIO, 2920, ÁREAS ESPECIAIS ARIQUEMES
ARIQUEMES LTDA
COOPERMON COOPERATIVA DOS AGROPECUARISTAS DO MUNICIPIO DE MONTE NEGRO RUA MAL CANDIDO RONDON 2368, CENTRO, MONTE NEGRO
COOPERNORTE COOPERATIVA DOS PRODUT DE HORTIFRUTIG NORTE LTDA RUA TERRA RICA SN, CHACARA 9, TERRA RICA, VILHENA
COOPEROCARNE COOPERATIVA RONDONIENSE DE CARNE LTDA AV CASTELO BRANCO 665, SL 3, PIONEIROS, PIMENTA BUENO
COOPERATIVA DOS AGROPECUARISTAS E PRODUTORES DE LEITE DO
COOPEROLAC CAP SILVIO, LT 2 E 3 QD 1, ST 3, MONTE NEGRO
ESTADO DE RONDONIA LTDA
COOPER-RECA COOPERATIVA AGROPECUARIA E FLORESTAL DO PROJETO RECA BR-364, KM 107Ù1 S N PORTO VELHO
COOPERSATA COOPERATIVA DOS AGRICULTORES FAMILIARES DE TARILANDIA RUA FRANCISCO VIEIRA DE SOUZA SN, TARILANDIA, JARU
COOPERVE COOPERATIVA AGROSILVOPASTORIL RIO VERMELHO RUA PRINCIPAL 286, EXTREMA, PORTO VELHO

313
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Sigla Nome Endereço Município


COOPERVIL-RO COOPERATIVA MISTA-AGRO-INDUSTRIAL DE VILHENA LTDA RUA RONDÔNIA SN, QD 41 ST 19, DISTRITO INDUSTRIAL, VILHENA
COOPERATIVA DOS PISCICULTORES, HORTICULTORES, AVICULTORES E
COOPHAFRUT BR-364, SENTIDO CUIABA KM 4Ù5 LINHA 64 S N CANDEIAS DO JAMARI
FRUTICULTORES
COOPERATIVA AGROPECUARIA DOS HORTIFRUTIGRANJEIROS DE
COOPHVERDE RUA JO SATO, ESQ COM A RUA RIO DE JANEIRO,, VILHENA
VILHENA
COOPERATIVA DOS PRODUTORES DE LEITE DA AGRICULTURA FAMILIAR
COOPLAB M SN, ST 10, BURITIS
DO MUNICIPIO DE BURITIS LTDA
COOPLASC COOPERATIVA DOS PRODUTORES DE LEITE,CAFE E SUCOS DE FRUTAS CAP SILVIO SN, QD 4 LT 3, AREAS ESPECIAIS 1, ARIQUEMES
COOPLAU COOPERATIVA DOS PRODUTORES DE LEITE E AGRICOLA DE URUPÁ 694 MOGNO 3780, LT 4 QD 6, CENTRO, URUPÁ
COOPMARCRE COOPERATIVA MISTA AGROPECUARIA DE RIO CRESPO RUA SAO FRANCISCO 4554, CENTRO, RIO CRESPO
COOPPESCA COOPERATIVA DE PRODUCAO DE PESCADO DE JI-PARANÁ E REGIAO RUA DAS MANGUEIRAS 2619, JARDIM DOS MIGRANTES, JI-PARANÁ
COOPRERON COOPERATIVA DE RECICLAGEM DO ESTADO DE RONDÔNIA RUA TANCREDO NEVES 1851, AND 1, MARCOS FREIRE, VILHENA
COOP-RURAL COOPERATIVA DE TRABALHADORES RURAIS DE RONDÔNIA 22 36, QD 70 SL 1, BNH, VILHENA
COOPEROCARNE COOPERATIVA RONDONIENSE DE CARNE LTDA BR-364 KM 207 S/N PIMENTA BUENO
COPAF COOPERATIVA DE PRODUTORES NA AGRICULTURA FAMILIAR RUA JOSE DE ALENCAR 4210, SL A, CENTRO, ALVORADA d’ OESTE
COPAGIN COOPERATIVA DE PRODUCAO AGRO-INDUSTRIAL RUA JAGUARIBE 5760, NAO POSSUI, CENTRO, ROLIM DE MOURA
COPATEL COOPERATIVA AGRICOLA MISTA TERRA BOA LTDA RUA CANAA SN, SETOR 1, ARIQUEMES
COPESCA COOPERATIVA DOS PRODUTORES DE PEIXE DE RONDÔNIA LTDA RUA 13 DE MAIO SN, CAI NAGUA, MOCAMBO, PORTO VELHO
COOPERATIVA DOS PRODUTORES DE BOVINOS E DERIVADOS DE
COPIB RUA RUI BARBOSA SN, CENTRO, PIMENTA BUENO
PIMENTA BUENO LTDA
COPRAER COOPERATIVA DOS PRODUTORES RURAIS DE ARIQUEMES E REGIAO RUA PIRAIBA 1675, QD 0 BL 12 LT 16 UN 1 B, AREAS ESPECIAIS, ARIQUEMES
COOPERATIVA AGROPECUARIA DOS CAFEICULTORES DA ZONA DA MATA
RONDOCOOP RUA BAHIA 4044, CENTRO, ALTA FLORESTA DO OESTE
DE RONDÔNIA LTDA
COOPERATIVA AGROPECUARIA DOS PRODUTORES RURAIS DE OURO
RUA MAL RONDON 2129, NOVO ESTADO, OURO PRETO DO OESTE
PRETO DO OESTE E REGIAO
COOPERATIVA DOS AGRICULTORES PECUARISTAS E INDUSTRIAIS DE
RUA CODORNAS 5272, BOM FUTURO, MACHADINHO d’ OESTE
MACHADINHO d'OESTE
COOPERMAR COOPERATIVA DOS PRODUTORES DO MUNICIPIO DE ARIQUEMES AV CAPITO SILVIO 2920 ARIQUEMES
ORGANIZACAO DAS COOPERATIVAS BRASILEIRAS NO ESTADO DE
OCB R QUINTINO BOCAIUVA, 1671 PORTO VELHO
RONDÔNIA
ORGANIZACAO DAS COOPERATIVAS BRASILEIRAS NO ESTADO DE
OCB R QUINTINO BOCAIUVA, 1671 PORTO VELHO
RONDÔNIA
COOPEROCARNE COOPERATIVA RONDONIENSE DE CARNE LTDA BR-364 S/N Km 207 - PIONEIROS PIMENTA BUENO
COAPROR COOPERATIVA AGROPECUÁRIA DOS PRODUTORES DO RIO PRETO LINHA 631 - LOTE 27 - GLEBA 02, SN, PROJ.R.PRET.CANDEIAS, CANDEIAS DO JAMARI
COOTRARON COOPERATIVA DE TRABALHO AGROAMBIENTAL DE RONDÔNIA Av. Presidente Dutra, 2965 - Centro PORTO VELHO
COOPERATIVA AGROPECUARIA MISTA DOS PRODUTORES DE OVINOS
OVINOCOOP-RO MAL RONDON 191, UNIAO, JI PARANÁ
CAPRINOS E OUTROS ANIMAIS DO ESTADO DE RONDÔNIA
COOPRUVAU COOPERATIVA DOS PRODUTORES RURAIS DO VALE DO UBIRAJARA RODOVIA BR-364, LT 21 E LT 21 QD R KM 425 S N JARU
314
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

TABELA 3.66 - ESCOLA FAMÍLIA AGRÍCOLA

Sigla Nome Endereço Município


AEFARO ASSOCIAÇÃO DAS ESCOLAS FAMÍLIA AGRÍCOLA DE RONDÔNIA AV. DOIS DE JUNHO - 2919 CACOAL
AEFAVAG ASSOCIAÇÃO ESCOLA FAMÍLIA AGRÍCOLA KM 110 SN, LH 152 ESQ C 125, IZIDOLANDIA, ALTA FLORESTA d’ OESTE
AEFAVAG ASSOCIAÇÃO ESCOLA FAMILIA AGRICOLA LIN 15, LT 104 GL 1 SN SAO FRANCISCO DO GUAPORE
AEFAVAG ASSOCIAÇÃO ESCOLA FAMILIA AGRICOLA VALE DO GUAPORE BR 429, KM 65 LINHA 20 S N SAO FRANCISCO DO GUAPORE

TABELA 3.67 - FEDERAÇÃO

Sigla Nome Endereço Município


FEDERAÇÃO INTERESTADUAL DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS NOS
FITRAC AV. CALAMA, 1041, FUNDOS PORO VELHO
ESTADOS DE RONDÔNIA E ACRE
FEDERACAO DE PESCADORES DO ESTADO DE RONDÔNIA RUA TENREIRO ARANHA 2114, SL 201, CENTRO, PORTO VELHO
FACER FEDERACAO DAS ASSOCIACOES COMERCIAIS E INDUSTRIAIS RUA D PEDRO II 637, ED CENTRO EMPRESARIAL AND 3 SL 301 PORTO VELHO
FEDERACAO DE PESCADORES ARTESANAIS E AQUICULTORES DO ESTADO DE
FEPEARO R TENREIRO ARANHA, 2114 PORTO VELHO
RONDÔNIA
FEPERO FEDERAÇÃO DOS PESCADORES DO ESTADO DE RONDÔNIA RUA PRUDENTE DE MORAES, 2174 - CENTRO PORTO VELHO
FETAGRO FEDERACAO DOS TRABALHADORES NA AGRICULTURA DE RONDÔNIA RUA PE ADOLFO ROHL 696, CS PRETA JI-PARANÁ
FIERO FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE RONDÔNIA RUA RUI BARBOSA, 1112 PORTO VELHO
FEDERAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES DE RONDÔNIA NOROESTE DO MATO
FOIR RUA RUY BARBOSA, 1407 – ARIGOLÂNDIA. CEP. 78.902-240 PORTO VELHO
GROSSO SUL DO AMAZONAS
FAPERON FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DE RONDÔNIA Rua João Goulart, 1843 PORTO VELHO

315
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

TABELA 3.68 - ORGANIZAÇÃO NÃO GOVERNAMENTAL - ONG

Sigla Nome Endereço Município


MOVIMENTO DE APOIO AS COMUNIDADES EXTRATIVISTAS E A
MATA RUA PEDRAS NEGRAS, CENTRO, COSTA MARQUES
PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE
IEJAC INSTITUTO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS PARA A CIDADANIA ALDEIA AMARAL, LINHA 11 TI SETE DE SETEMBRO CACOAL
ASSOCIAÇÃO PRO-DESENVOLVIMENTO DE MIRANTE DA SERRA BR 470, KM 55Ù5 S N MIRANTE DA SERRA
ASSOCIAÇÃO COM DE GUIAS DE TUR ECO, MOT FLUVIAIS E CONSERV DO RIO
ECOMEG RUA DQ DE CAXIAS 3030, CENTRO, ALTA FLORESTA d’ OESTE
GUAPORE E SEUS AFLUENTES
ASSOCIAÇÃO DO FORUM DE DE DESENVOLVIMENTO LOCAL INTEGRADO E
FORUM DELIS RUA ACRE 2340, SL 1, SAO JOSE, ESPIGÃO D OESTE
SUSTENTAVEL
ASSOCIAÇÃO
GRUPO RURAL UNIAO E TRABALHO EM ASSOCIATIVISMO SALAO PAROQUIAL SANTA CATARINA SN, LINHA 72 KM 13 MIRANTE DA SERRA
GRUTA
AGUAPA ASSOCIAÇÃO GUAPORENSE DE PRESERVACAO AMBIENTAL TUPINAMBAS 3884, SL, CENTRO, CABIXI
BOIUNA SOCIEDADE AMBIENTAL E CULTURAL RUA MONALISA 3554, JARDIM DAS MANGUEIRAS, CUNIA, PORTO VELHO
ONGML ORGANIZAÇÃO NÃO-GOVERNAMENTAL MARILDES LIMA RUA PORTO ALEGRE, 141 - PORTO VELHO
AEB ASSOCIAÇÃO ECOLOGICA DOS BURITIS RUA PE ADOLFO 606, CS PRETA, JI-PARANÁ
ASSOCIAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO E PRESERVACAO AMBIENTAL YELICA
APAIK R JOAO BATISTA, 63 OURO PRETO DO OESTE
CARLA
CEPAC CENTRO DE ESTUDO E PESQUISA AMBIENTAL NA AGRICULTURA CAMPONESA ASSENTAMENTO PE EZEQUIEL, GL 1 MIRANTE DA SERRA
CPPT CENTRO DE PESQUISAS DE POPULAÇÕES TRADICIONAIS CUNIÃ RUA BUENO AIRES, 1950, EMBRATEL PORTO VELHO
ECAM EQUIPE DE CONSERVAÇÃO DA AMAZÔNIA AV. DOIS DE JUNHO, 2340 CACOAL
ECOPORÉ ACAO ECOLOGICA GUAPORE RUA RAFAEL VAZ E SILVA 3335, ROQUE, PORTO VELHO
ECO-RESGATE ASSOCIAÇÃO ACAO ECOLOGICA RESGATE RUA CAMPOS SALES 2817, CENTRO, PORTO VELHO
GARSA GRUPO AMBIENTALISTA DO RIO MACHADO E SEUS AFLUENTES AVENIDA NOVO ESTADO, 1539 PRESIDENTE MÉDICI
IDEM INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL E DEFESA DA CIDADANIA AV. 25 DE AGOSTO - 4953 - 2º ANDAR ROLIM DE MOURA
IDES INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO ECONOMICO E SOCIAL RUA TANCREDO NEVES SN, BOX 17, AREAS ESPECIAIS, ARIQUEMES
INDAM INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO DA AMAZONIA RUA RIO DE JANEIRO 2377, B, CENTRO, PORTO VELHO
INDIA INSTITUTO DE PESQUISA EM DEFESA DA IDENTIDADE AMAZÔNICA - RUA GUAPORE 149, JARDIM DAS MANGUEIRAS PORTO VELHO
INDIA- ORGANIZACAO DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PUBLICO INDIA-
RUA GUAPORE 3555, AGENOR DE CARVALHO, PORTO VELHO
AMAZONIA AMAZONIA
IPARY INSTITUTO DE PESQUISA E ESTUDO DR. ARY TUPINAMBA PENNA PINHEIRO MARGEM ESQ KM 150 - 150 - RIO MADEIRA PORTO VELHO
IPRODEC INSTITUTO DE PROTEÇÃO E DEFESA DO CIDADÃO R. MINAS GERAIS, 425 OURO PRETO DO OESTE
INSTITUTO DE PROT E PRESER DO MEIO AMBIENTE E PROM DA SAÚDE E
IPROMA AV. AMAZONAS, 2745 PORTO VELHO
CULTURA NA AMAZÔNIA
IRAD INSTITUTO RONDÔNIA DE ALTERNATIVAS DE DESENVOLVIMENTO RUA FORTALEZA 2717 ARIQUEMES
KANINDÉ ASSOCIAÇÃO DE DEFESA ETNOAMBIENTAL D PEDRO II 1892, SL 7, NOSSA SENHORA DAS GRACAS, PORTO VELHO

316
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Sigla Nome Endereço Município


MAPORÉ INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL MAMORE E GUAPORE AV CONSTITUICAO , 227-C GUAJARÁ-MIRIM
OMAVERON OSCIP MATAS VERDE DE RONDÔNIA RUA ALAGOAS - 2632-B ESPIGÃO d’ OESTE
ONG
MARILDES ORGANIZACAO NAO-GOVERNAMENTAL MARILDES LIMA PORTO ALEGRE 141, SL B, EMBRATEL, PORTO VELHO
LIMA
ORDESAM ORGANIZACAO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL E AMBIENTAL DA AMAZONIA ROD BR 421, LT KM 170 JACILANDIA S N CAMPO NOVO DE RONDONIA
PACA PROTEÇÃO AMBIENTAL CACOALENSE RUA GERALDO CARDOSO CAMPOS, 4343 CACOAL
RIO TERRA CENTRO DE ESTUDOS DA CULTURA E DO MEIO AMBIENTE DA AMAZÔNIA RUA PADRE CHIQUINHO, 1651 PORTO VELHO
SISAD SISTEMA DE APOIO E DESENVOLVIMENTO AV JATUARANA - 3654 - PORTO VELHO
INSTITUTO
INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO SOCIOAMBIENTAL, SAÚDE E BEM ESTAR RUA ANTÔNIO DE PAULA NUNES, 712 CACOAL
DESAM
ORGANIZACAO SOCIAL CIVIL PARA O DESENVOLVIMENTO ECONOMICO-
AVENIDA SETE DE SETEMBRO, 2638 CACOAL
SOCIAL
ASSOCIAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO E AÇÃO COMUNITÁRIA DO IATA RUA TERRITÓRIO FEDERAL DE RONDÔNIA - 1042 GUAJARÁ-MIRIM
VIDA VALORIZAÇÃO INTEGRADA PARA DESENVOLVIMENTO DA AMAZÔNIA RUA VILAGRAN CABRITA - 1015 - ANDAR1º, ANEXO 2, SALA 2 JI-PARANÁ
ORGANIZACAO DE MUDANCA SOCIAL AME A AMAZONIA RUA PEDRO TEIXEIRA 1437 JI-PARANÁ
AMAZON CARBON INSTITUTE RUA ARRUDA FONTES CABRAL - 1159 - PORTO VELHO
ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE DEFESA DO MEIO AMBIENTE AV PRESIDENTE DUTRA 4000 PORTO VELHO
MAPINGUARI ASSOCIAÇÃO AMAZONIA SUSTENTAVEL ALM BARROSO 1155, B, CENTRO, PORTO VELHO
INSTITUTO RONDONIENSE DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL E CIDADANIA RUA CEL LIMA 9032, SOCIALISTA, PORTO VELHO
ASSOCIAÇÃO AMBIENTALISTA VERDE VIDA RUA MÉXICO, 2512, NOVA PORTO VELHO, PORTO VELHO

TABELA 3.69 - SINDICATO DE INDÚSTRIAS/EMPRESAS

Sigla Nome Endereço Município


SINDICAFE SINDICATO DA INDUSTRIA DE CAFE DO ESTADO DE RONDÔNIA RUA KAPA 48, SN, NOVO PLANO, JI PARANA
SINDILEITE SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE LATICÍNIOS NO ESTADO DE RONDÔNIA LINHA 180, KM 01 – LADO SUL ROLIM DE MOURA
SINDICATO DAS EMPRESAS DE TRAVESSIA E NAVEGAÇÃO, TRANSPORTE DE
SINDIFLUVIAL PASSAGEIROS, VEÍCULOS E CARGAS LACUSTRE E FLUVIAL DO ESTADO DE RUA JOSÉ DE ALENCAR Nº 4066 SALA A - OLARIA PORTO VELHO
RONDÔNIA

317
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

TABELA 3.70 - SINDICATO DE TRABALHADORES

Sigla Nome Endereço Município


SINDICATO DOS TRABALHADORES DA MOVELARIA E MERCENARIA EM GERAL DE
SINTRAMENG RUA BRG EDUARDO GOMES 1872, NOVA VILHENA, VILHENA
VILHENA
STTRs SINDICATOS DE TRABALHADORES E TRABALHADORAS RURAIS RUA JOSE EDUARDO VIEIRA 343, SAO FRANCISCO, JI PARANÁ
STTRs SINDICATOS DE TRABALHADORES E TRABALHADORAS RURAIS RUA JOAO BATISTA 2891, CENTRO, JARU
STTRs SINDICATOS DE TRABALHADORES E TRABALHADORAS RURAIS RUA GETULIO VARGAS 4908, CENTRO, ALVORADA d’ OESTE
STTRs SINDICATOS DE TRABALHADORES E TRABALHADORAS RURAIS AV DR LEWERGER, 1004 SÃO JOSE GUAJARÁ MIRIM
STTRs SINDICATOS DE TRABALHADORES E TRABALHADORAS RURAIS RUA SAO FRANCISCO 4554, CENTRO, SAO FRANCISCO DO GUAPORE
STTRs SINDICATOS DE TRABALHADORES E TRABALHADORAS RURAIS RUA JOAO BATISTA 2891, CENTRO, JARU
STTRs SINDICATOS DE TRABALHADORES E TRABALHADORAS RURAIS PRCA ISABEL, LIBERDADE, CACOAL
STTRs SINDICATOS DE TRABALHADORES E TRABALHADORAS RURAIS RUA PRINCIPAL 1937, CENTRO CUJUBIM
SINDICATO DOS SOLDADOS DA BORRACHA E SERINGUEIROS DO ESTADO DE
RUA TREZE DE MAIO, S/N, MOCAMBO, PORTO VELHO
RONDÔNIA

TABELA 3.71.- SINDICATO RURAL

Sigla Nome Endereço Município


SINDICATO RURAL DE VALE DO PARAÍSO PARAÍSO SN, TER, ST 2, VALE DO PARAÍSO
SINDICATO DOS PRODUTORES RURAIS DE JARU RUA CEARÁ, 2939 CENTRO FONE JARU
SINDICATO RURAL DE ESPIGÃO DO OESTE RUA RIO GRANDE SUL, 2721 ESPIGÃO d’ OESTE
SINDICATO RURAL DE ITAPUÃ DO OESTE R 7 DE SETEMBRO, 1349 ITAPUÃ DO OESTE
SINDICATO RURAL DE JI-PARANÁ RUA MIS GUNNAR VINGREN 916, N 3, NOVA IA JI-PARANÁ
SINDICATO RURAL DE NOVA BRASILANDIA RUA PIONEIROS, 3294 NOVA BRASILANDIA DO OESTE

318
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

3.6.3 Maiores Consumidores de Água


Outro segmento relevante para a política de recursos hídricos de Rondônia é a identificação dos
maiores consumidores de água. Foram identificados os 18 maiores consumidores de água do estado nas
outorgas autorizadas de 2010 a 2014 com vazões acima de 480 m³/h, segundo informações da Secretaria
de Desenvolvimento Ambiental de Rondônia (SEDAM) (TABELA 3.72).

TABELA 3.72 - LISTA DOS MAIORES CONSUMIDORES DE ÁGUA ENTRE 2010 E 2014 EM RONDÔNIA

Nome Município
1 Paulo Sérgio Jaconini Rolim de Moura
2 Kaefer Agro Industrial Ltda Espigão d’Oeste
3 José Owswaldo Delazari Espigão d’Oeste
4 José Claodiocir Cesca Porto Velho
5 Construtora Noberto Odebrecht S/A Porto Velho
6 Toshiba Sistemas de Transmissão Porto Velho
7 Campanhia de Águas e Esgoto de Rondônia Jaru
8 Residencial Vilhena Empreendimentos Imobiliários Vilhena
9 Ivo Souza de Lima Nova Brasilândia
10 Magrit Krueger Theobroma
11 Prefeitura Municipal de Espigão d’ Oeste Espigão d’ Oeste
12 Mauro Shigueo Yamagishai Ariquemes
13 Jones Sanguanini Alto Paraíso
14 Antônio Del Vecchio Ariquemes
15 Beatriz da Rosa Cacaulândia
16 Lemuel Soares Lenk Cacaulândia
17 Serviço Autônomo de Águas e Esgoto Vilhena
18 Prefeitura Municipal de Ariquemes Ariquemes

3.7 SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO

Este trabalho visa organizar informações sobre as emissoras de televisão e empresas rádios que
atuam no estado de Rondônia pois estes devem ser os meios de comunicação social mais importantes
para organizar uma campanha de divulgação para o Plano Estadual de Recursos Hídricos do Estado de
Rondônia.

As informações coletadas sobre esses meios de comunicação serão úteis para as empresas que
irão planejar e executar campanhas publicitárias e educativas e para os gestores que venham a contratar
estes serviços pois os dados coletados auxiliam no processo decisório.

3.7.1 Metodologia
Foram realizadas pesquisas na internet e contatos telefônicos com vistas a identificar a emissora
nacional, a emissora local (que pode atuar como retransmissora ou afiliada), o nome da empresa gestora,
qual canal ou canais veicula, a banda (ou bandas) de frequência que opera, a cobertura no estado de
Rondônia, e em qual município está situada. Informa ainda se as rádios são de propriedade das empresas
gestoras pesquisadas.

319
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Foi realizado um levantamento da cobertura digital das emissoras de televisão em Rondônia.


Este levantamento é importante para identificar qual o formato de vídeo a ser usado para a produção de
materiais e a qualidade de transmissão final.

Foram identificadas as empresas de rádio comerciais que possuem a melhor cobertura no estado,
sendo identificados o nome da rádio, a empresa gestora, a frequência (ou frequências) que opera, o
município sede da rádio, seguido de endereço e telefone.

Foram também identificadas as rádios comunitárias que atuam no estado, sendo identificados o
nome da rádio, a instituição gestora, a frequência (ou frequências) que opera, o município sede da rádio,
seguido de endereço e telefone. Não foi possível identificar as frequências e endereços completos de
todas as rádios comunitárias.

3.7.2 Emissoras de Televisão


São 15 as emissoras de televisão que atuam no estado de Rondônia, cujas informações relevantes
estão resumidas na TABELA 3.73 e apresentadas de forma detalhada na TABELA 3.74.

A emissora nacional GLOBO cobre 82% do estado, a maior cobertura dentre as emissoras
pesquisadas, sendo a emissora local a TV Rondônia. A empresa gestora é a Rede Amazônica de Rádio
e Televisão que também opera a CBN Amazônia em Guajará-Mirim (WIKIPÉDIA).

A segunda cobertura mais importante é da emissora nacional REDE TV! cobrindo 77% do
Estado e atuando como emissora local a REDE TV! Rondônia sendo a empresa gestora o Sistema
Gurgacz de Comunicação que inclui a TV Maira que transmite a emissora ESPORTE INTERATIVO,
dedicada somente ao esporte, cobrindo 7728% do Estado. O Sistema Gurgacz administra ainda a TV
TV Gazeta e as rádios Alvorada AM e a Rádio Globo FM (WIKIPÉDIA).

A emissora nacional SBT atua em Rondônia como emissora local nominada TV Allamanda cuja
empresa gestora é o Grupo Furtado de Comunicação, cobrindo 70% do estado. O Grupo administra
também a Clube Cidade FM (WIKIPÉDIA).

A emissora nacional BOAS NOVAS atua em Rondônia usando a mesma denominação nacional
sendo a instituição gestora a Fundação Evangélica Boas Novas e cobre 55% do estado. A Fundação
administra também a Rádio Boas Novas AM 660 (WINKIPÉDIA).

A emissora nacional BAND atua como emissora local TV Meridional que pertence à empresa
gestora Rede Meridional HDTV que cobre 50% do estado. A empresa gestora administra ainda as
seguintes rádios: Rede Meridional FM Jaru 91,1 MHz; Pimenta Bueno 93,5 MHz; Vilhena 91,3 MHz;
Colorado do Oeste 94,1 MHz (WIKIÉDIA).

A emissora nacional RIT usando a mesma denominação nacional sendo a instituição gestora a
Igreja Internacional da Graça e cobre 45% do estado (RIT TV).

320
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

A emissora nacional REDE VIDA atuando em Rondônia usando a mesma denominação


nacional sendo a instituição gestora o Instituto Brasileiro de Comunicação Cristã –
INBRAC/REDEVIDA e cobre 40% do estado (INBRAC/REDEVIDA).
A emissora nacional TV MUNDIAL, atuando no estado com a mesma denominação nacional,
pertence à RBN - Rede Brasil Norte de Televisão Ltda. e cobre 36% do estado (IMPD).
A emissora nacional RECORD atua em Rondônia pela rede local denominada TV Candelária
pertence à empresa Sistema Imagem de Comunicação (SIC TV) e cobre 32% do estado. A SIC TV
administra a Rádio Parecis FM - 98,1 FM (WIKIPÉDIA).
A emissora nacional TV APARECIDA atua no estado usando a mesma denominação nacional
que pertence à Rede Aparecida de Comunicação, cobrindo 30% do estado (TV APARECIDA).
A TV Maira, com 28% de cobertura, já foi citada acima. A emissora nacional REDE atua como
rede local denominada TV Novo Tempo que pertence à Rede Novo Tempo de Comunicação, cobrindo
25% do estado (WINKIPÉDIA).
Finalmente a rede nacional AMAZON SAT atua em Rondônia usando a mesma denominação
nacional sendo a empresa gestora a Amazonas distribuidora, que faz parte do grupo Rede Amazônica.
Esta emissora cobre 100% do Estado mas foi listada por último por que seus programas são organizados
em formato diferente das demais emissoras (WIKIPÉDIA).
TABELA 3.73 - EMISSORAS DE TELEVISÃO QUE ATUAM EM RONDÔNIA

Emissora nacional Nome emissora local Empresa/instituição gestora Tipo de sinal Cobertura (%)
GLOBO TV Rondônia Rede Amazônica Digital 82
REDE TV! Rede TV! Rondônia Sistema Gurgacz de Comunicação Digital 77
SBT TV Allamanda Grupo Furtado de Comunicação Digital 70
BOAS NOVAS Boas Novas Fundação Evangélica Boas Novas Digital 55
BAND TV Meridional Rede Meridional HDTV Digital 50
RIT RIT Igreja Internacional da Graça 45
REDE VIDA Rede Vida INBRAC REDEVIDA 40
RBN - Rede Brasil Norte de
TV MUNDIAL TV Mundial 36
Televisão Ltda.
Sistema Integrado de Comunicação
Independente TV Jornet /TV Meio Norte 35
Meio Norte
Sistema Imagem de Comunicação
RECORD TV Candelária 32
SIC TV
TV APARECIDA TV Aparecida Rede Aparecida de Comunicação 30
Comunidade Evangélica Sara Nossa
REDE GÊNESIS Rede Gênesis 30
Terra
ESPORTE
TV Maira Sistema Gurgacz de Comunicação 77
INTERATIVO
Rede Novo Tempo de
REDE TV Novo Tempo 25
Comunicação
AMAZON SAT AmazonSat Amazonas Distribuidora 100

A TABELA 3.74 apresenta informações detalhadas sobre as emissoras de televisão, identifica


a emissora nacional, a emissora local, o nome da empresa gestora, qual canal ou canais utiliza, qual a
banda (ou bandas) de frequência que opera, qual a cobertura no estado de Rondônia, em que município
está localizada a empresa gestora, seguido de endereço, telefone e site. Foram identificados na última
coluna rádios que são de propriedade das empresas gestoras pesquisadas.

321
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

TABELA 3.74 - INFORMAÇÕES SOBRE AS EMISSORAS DE TV ATUANTES EM RONDÔNIA

Nome
Emissora Empresa/instituição Tipo de
emissora Canal Banda Cobertura (%) Município Endereço Telefone Site Rádios
nacional gestora sinal
local
Av. Gov. Jorge CBN Amazônia
GLOBO TV Rondônia Rede Amazônica 4 VHF 82 Digital Porto Velho 69 3217-7000 http://redeglobo.globo.com/redeamazonica/
Teixeira, 546 (Guajará-Mirim)
Rede TV! Sistema Gurgacz de Av. Calama, Nº Alvorada AM;
REDE TV! 16 UHF 77 Digital Porto Velho 69 2182.3434 http://www.redetvro.com.br/redetv/
Rondônia Comunicação 2666 Rádio Globo FM
Sistema Gurgacz de Av. Calama, Nº
REDE TV! TV Gazeta 25 Digital Porto Velho 69 2182.3434 http://www.redetvro.com.br/redetv/
Comunicação 2666
Grupo Furtado de Rua da Alegria,
SBT TV Allamanda 13 VHF 70 Digital Porto Velho 69 3228 4000 http://www.sbt.com.br/tv/tvallamanda/ Clube Cidade FM
Comunicação 4494 - Floresta
Fundação Estrada dos
Rádio Boas
BOAS NOVAS Boas Novas Evangélica Boas 49 UHF 55 Rio de Janeiro Bandeirantes, 21 2112-6300 www.boasnovas.tv
Novas AM 660
Novas 5920 .
REDE
MERIDIONAL
FM Jarú 91,1
MHz; Pimenta
TV Rede Meridional Rua João
BAND 9 VHF 50 Digital Porto Velho 69 3224-5405 www.tvmeridional.com.br Bueno 93,5
Meridional HDTV Goulart, 1716
MHz; Vilhena
91,3 MHz;
Colorado do
Oeste 94,1 MHz.
Estrada dos
Bandeirantes,
Igreja Internacional
RIT RIT 46 UHF 45 Rio de Janeiro 1000 - 69 3223 -5578 www.rittv.com.br
da Graça
Taquara. Rio de
Janeiro
INBRAC 19 e Rua Traipu, 273
REDE VIDA Rede Vida UHF 40 São Paulo 11 2202-8432 http://redevida.com.br/tag/rondonia
REDEVIDA 20 - Perdizes
RBN - Rede Brasil Avenida Rio de
TV MUNDIAL TV Mundial Norte de Televisão 6 VHF 36 Porto Velho Janeiro, 4073 - https://www.impd.org.br/tv/
Ltda. Nova
Sistema Imagem de Av. Rio RADIO
RECORD TV Candelária Comunicação SIC 11 VHF 32 Porto Velho Madeira, nº 69 3219-9000 http://www.sictv.com.br/ PARECIS FM -
TV 2964 98,1 FM
Sistema Integrado de Av. Pinheiro
TV Jornet /TV
Independente Comunicação Meio 29 UHF 35 Porto Velho Machado, 4146 69 98421-9145 www.meionorte.com
Meio Norte
Norte - São Cristóvão
Avenida Doutor
TV Rede Aparecida de Júlio Prestes,
TV Aparecida 33 UHF 30 São Paulo 12 3104-1000 www.a12.com
APARECIDA Comunicação S/Nº - Ponte
Alta Aparecida
QMSW 4 Lote
Comunidade
REDE 7/8, Sudoeste
Rede Gênesis Evangélica Sara 54 UHF 30 Brasília 61 3035-9090 www.redegenesis.tv.br
GÊNESIS Brasília- Df
Nossa Terra
70680-400
322
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Nome
Emissora Empresa/instituição Tipo de
emissora Canal Banda Cobertura (%) Município Endereço Telefone Site Rádios
nacional gestora sinal
local

Rod. SP 66 Km
TV Novo Rede Novo Tempo
REDE 2 VHF 25 São Paulo 86 Nº 5876 12 21273000 http://novotempo.com/tv/
Tempo de Comunicação
Jacareí, SP
ESPORTE Sistema Gurgacz de Av. Calama, Nº
TV Maira 25 UHF 77 Porto Velho 69 2182.3434 http://www.redetvro.com.br/redetv/
INTERATIVO Comunicação 2666
Avenida André
AMAZON Amazonas 22 e
AmazonSat UHF 100 Manaus Araújo, 1555 - 92 81118653 www.amazonsat.com.br
SAT Distribuidora 23
Aleixo

323
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

3.7.3 Emissoras de Rádio


A TABELA 3.75 apresenta informações sobre as principais rádios comerciais de Rondônia. As
rádios que foram citadas nas TABELA 3.73 e TABELA 3.74 acima não serão citadas novamente nesta
tabela.

A Rádio Rondônia da empresa Rádio Rondônia de Comunicação possui a maior rede no estado
com oito estações. A sede da empresa gestora é em Porto Velho. A segunda maior rádio do estado é a
Transamérica com quatro estações. A empresa gestora é a Transamérica Rondônia e está situada em
Porto Velho. As outras rádios FM são as seguintes: Rádio Rio Madeira FM; Rádio Cultura FM; Rádio
Aleluia FM e Deus é Amor FM. A Rádio Globo AM é ativa no estado (APONTADOR).

TABELA 3.75.- RÁDIOS COMERCIAIS EM RONDÔNIA


Empresa
Nome Frequência Município Endereço Telefone
gestora
Porto Velho 93,3 FM,
Guajará Mirim 89,9 FM,
Ariquemes 1030 AM, Ouro
Rádio Av. Pinheiro
Preto 91,5 FM, Presidente
RÁDIO RONDÔNIA Rondônia de Porto Velho Machado, 1231 – 69 3222-7324
Médici 91,9 FM, Cacoal 1070
Comunicação Olaria
AM, Pimenta Bueno 1080
AM, Rolim de Moura 93,1
FM
105.5 Ji-Paraná; 99,7
Transamérica Rua da Alegria, 4494,
TRANSAMERICA FM Guaporé; 91,9 Cone Sul, 94,1 Porto Velho 69 3228-1000
Rondônia Floresta
FM
Rádio Rio Rua Angico, 4420 –
RADIO MADEIRA FM 105,9 FM Porto Velho 69 3229-9142
Madeira FM Vila Eletronorte

Rádio Cultura Avenida Mamoré S/N


RADIO CULTURA FM 107,9 FM Porto Velho 69 3219-1079
FM Cascalheira

Rádio Aleluia Santo Amaro, Rua dos Missionários,


RADIO ALELUIA FM 11 5644-8978
FM SP 139 / 2 andar
Deus é Amor Avenida do Estado,
DEUS É AMOR FM 96,9 FM São Paulo, SP 69 3347-4736
FM 4568
Radio Globo
RADIO GLOBO AM 1310 KHz Porto Velho AV. Calama, 2666
AM

A TABELA 3.76 apresenta as rádios comunitárias identificadas nesta pesquisa.

TABELA 3.76 - RÁDIOS COMUNITÁRIAS EM RONDÔNIA

Nome Instituição gestora Frequência Município Endereço Telefone

Associação Comunitária
Alto Alegre Rua Pres. Médici 3358, Cs,
ASDICPA de Rádio Difusão
dos Parecis Centro,
Chapada dos Parecis
Associação Comunitária
RADIO FM PIMENTA Rua Pres. Kennedy 192,
de Rádio em Pimenta 87,9 FM Pimenta Bueno
BUENO Centro,
Bueno
Associação Comunitária
Rua dos Imigrantes S/N,
A.C.R.U.B. de Radiodifusão União Porto Velho
União Bandeirantes
Bandeirantes

Associação Rádio
RADIO VERDE Travessa Claudine de
Comunitária Educativa 87,9 FM Ariquemes 69 32382112
AMAZÔNIA Almeida, 3581
Verde Amazônia FM

A rádio ASDICPA é administrada pela Associação Comunitária de Rádio Difusão Chapada dos
Parecis-ASDICPA e está sediada no município de Alto Alegre dos Parecis. A Rádio Pimenta Bueno é
324
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

administrada pela Associação Comunitária de Rádio em Pimenta Bueno e está situada na cidade
homônima.

A rádio ACRUB é administrada pela Associação Comunitária de Radiodifusão União


Bandeirantes – ACRUB e está situada em Porto Velho. A Rádio Verde Amazônia é administrada pela
Associação Rádio Comunitária Educativa Verde Amazônia FM situada em Ariquemes (AGÊNCIA
ABRAÇO).

4 CENÁRIOS ALTERNATIVOS DAS DEMANDAS HÍDRICAS

Para estimativa das demandas futuras de água nas bacias hidrográficas do estado de Rondônia
apresentam-se 3 cenários alternativos, a saber: i.) Cenário Inercial, que assume a hipótese de que as
tendências de uso da água no presente serão mantidas no futuro; ii.) Cenário Incremental, estruturado a
partir da articulação da previsão de novos investimentos e do planejamento municipal e iii.) Cenário
Setorial, que incorporou procedimentos relevantes e o uso de base georreferenciada de dados, alocando-
se com maior precisão as demandas dos recursos hídricos.

O Cenário Inercial partiu da premissa da permanência das condições socioeconômicas descritas


no desenho da realidade existente, realizando-se apenas uma projeção das demandas hídricas da situação
atual.

Para o Cenário Incremental, foram realizadas análises de tendências de ordenamento territorial


e verificação da correspondência entre os riscos identificados e diretrizes de planejamento, sintetizando-
se as ideias centrais dos principais planos regionais e municipais relacionados ao uso do solo e com
respaldo na utilização e qualidade dos recursos hídricos. As avaliações integradas entre uso do solo,
desastres naturais e perspectivas de planejamento do território são sintetizadas por Unidade Hidrográfica
de Gestão, com a identificação e o mapeamento dos principais riscos provenientes do efeito das
atividades antrópicas e eventos críticos nos recursos hídricos, frente às expectativas de desenvolvimento
da área de estudo.

O Cenário Setorial foi construído a partir das taxas de crescimento observadas nos dados
censitários para cada setor de uso da água, conforme metodologia do projeto “Estudos de Estimativa de
Demandas e Usos Consuntivos da Água”4 executado pela empresa RHA Engenharia e Consultoria SS
Ltda., contratado pela Agência Nacional de Águas (ANA), e mediante aplicação da ferramenta
computacional denominada AGUA – Aplicativo Georreferenciado dos Usos da Água. A metodologia
do referido projeto foi detalhada no Relatório de Etapa 01 (RE 01).

4Contrato 036/ANA/2014 - Estudo de Estimativa de Demandas e Usos Consuntivos da Água Para o País. Realização: Agência
Nacional de Águas. Execução: RHA Engenharia e Consultoria SS Ltda.
325
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Os resultados das demandas hídricas futuras para cada cenário considerado consistiram na
aplicação das taxas de crescimento estimadas para cada categoria de uso da água sobre as demandas
hídricas atuais, obtidas no capítulo 6. “Diagnóstico das Demandas e Variabilidades Hídricas” do RE 01.
Ainda, a partir das demandas futuras e considerando-se a disponibilidade hídrica em cada UHG foram
gerados os respectivos balanços com auxílio do AcquaNet, com a identificação das regiões com déficit
hídrico e comprometimento da qualidade da água.

Para a projeção dos cenários relativos à qualidade da água foi utilizada a metodologia adotada
no Capítulo 4.5 “Qualidade da Água Superficial” do RE 01, referente à carga poluidora proveniente dos
efluentes domésticos, da pecuária e agricultura para cada município do estado de Rondônia. As
projeções para os diferentes horizontes foram realizadas com base nas taxas de crescimento das variáveis
população total, rebanho e área plantada, obtidas para cada cenário considerado. Dessa forma, para os 3
cenários foram obtidas projeções da carga poluidora de origem doméstica, animal e da agricultura.

Os horizontes temporais neste processo de planejamento foram definidos como: 05 anos, para o
curto prazo; 10 anos, para o médio prazo e 20 anos, para longo prazo. Conforme apresentado no RE 01,
o ano-base de 2016 foi definido para a representação da situação atual. Dessa maneira, os resultados das
demandas hídricas para os cenários do PERH/RO correspondem aos anos 2021, 2026 e 2036.

Os setores considerados para a estimativa das demandas de água abrangeram:

• Abastecimento humano urbano;


• Abastecimento humano rural;
• Dessedentação animal e manutenção das estruturas de confinamento;
• Indústria de transformação;
• Usinas Termelétricas;
• Mineração;
• Irrigação; e
• Evaporação líquida de reservatórios.

4.1 CENÁRIO INERCIAL

4.1.1 Projeções de Demanda Hídrica


O Cenário Inercial foi elaborado com o intuito de estimar os usos consuntivos da água para os
horizontes de planejamento assumindo a hipótese de que as tendências de uso da água observadas no
passado recente serão mantidas no futuro. Sendo assim, a taxa de crescimento no período 2014-2036
para cada tipo de uso da água por município foi determinada por meio da tendência observada nos dados
censitários de 2003 a 2013 de cada setor. As taxas de crescimento assim determinadas foram ainda
transformadas em taxas médias anuais equivalentes e então aplicadas sobre as vazões de usos

326
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

consuntivos para cada tipo de uso considerado, segundo resultados das demandas para o ano de 2013, o
último para o qual se dispunha de dados observados.

A taxa de crescimento acumulada e a taxa média anual equivalente foram determinadas pelas
seguintes expressões:
(𝑸𝟐𝟎𝟏𝟑 −𝑸𝟐𝟎𝟎𝟑 )
𝑰= (Equação 4.1)
𝑸𝟐𝟎𝟎𝟑

1⁄
𝑖 = (1 + 𝐼) 10 −1 (Equação 4.2)

Em que:

I = taxa de crescimento acumulada


Q2013 = demanda hídrica no ano de 2013
Q2003 = demanda hídrica no ano de 2003
i = taxa média anual equivalente

Cabe salientar que a extensão temporal utilizada na determinação das tendências retrocedeu em
média 10 anos ao ano de 2013 (2003-2013), projetando-se anualmente as demandas hídricas até 2036.
Entretanto, o retrocesso adotado em alguns casos específicos variou em função da disponibilidade de
dados segundo o tipo de uso consuntivo considerado e também visando preservar as características atuais
de cada uso e município. Ressalta-se, ainda, que a consideração de dados de períodos mais extensos em
direção ao passado levaria a distorções nas projeções que estariam baseadas em condições econômicas
e territoriais que não são características do presente.

A TABELA 4.1 apresenta, para o Cenário Inercial, as vazões de retirada para todas as categorias
de uso da água e horizontes de planejamento considerados.

TABELA 4.1 – VAZÕES DE RETIRADA POR TIPO DE USO PARA O CENÁRIO INERCIAL

Vazões (m³/s)
Uso
2021 2026 2036
Abastecimento humano urbano 7,23 8,53 12,13
Abastecimento humano rural 0,51 0,51 0,55
Dessedentação animal 10,04 12,30 20,74
Indústria 1,81 2,68 7,06
Usinas Termelétricas 0,97 0,75 0,44
Mineração 0,07 0,19 3,41
Irrigação 2,03 2,32 3,49
Evaporação líquida de reservatórios -7,93 -9,91 -15,49

As vazões do Cenário Inercial discretizadas por UHG e para os horizontes de projeto


considerados são apresentadas nas tabelas a seguir.

327
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

TABELA 4.2 – VAZÕES DE RETIRADA PARA O CENÁRIO INERCIAL POR UHG EM 2021

Abastecimento Abastecimento Dessedentação


Sub-bacia UHG Indústria Termelétrica Mineração Irrigação Evaporação
humano urbano humano rural animal

Alto Rio Madeira 0,32 0,04 1,36 0,02 0,00 0,00 0,04 -1,86
Margem Esquerda do Rio
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00 -0,46
Rio Madeira Madeira
Médio Rio Madeira 2,64 0,00 0,07 0,18 0,00 0,00 0,02 -1,57
Baixo Rio Madeira 0,11 0,00 0,02 0,01 0,00 0,01 0,00 0,00
Alto Rio Machado 0,38 0,02 0,46 0,21 0,00 0,01 0,11 -0,51
Médio Rio Machado 1,40 0,11 1,91 0,66 0,00 0,01 0,77 -0,01
Rio Machado
Rio Jaru 0,33 0,08 1,22 0,25 0,00 0,00 0,08 0,00
Baixo Rio Machado 0,08 0,02 0,21 0,00 0,00 0,00 0,00 -0,13
Alto Rio Jamari 0,00 0,00 0,05 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Margem Direita Rio Jamari 0,48 0,03 0,73 0,14 0,00 0,00 0,02 -0,05
Rio Jamari
Margem Esquerda Rio Jamari 0,44 0,04 0,97 0,07 0,97 0,02 0,06 -0,02
Baixo Rio Jamari 0,03 0,01 0,09 0,01 0,00 0,00 0,01 -3,27
Rio Roosevelt Rio Roosevelt 0,10 0,02 0,36 0,03 0,00 0,00 0,47 0,00
Baixo Rio Guaporé 0,15 0,05 1,17 0,17 0,00 0,00 0,10 0,00
Médio Rio Guaporé 0,02 0,02 0,29 0,00 0,00 0,00 0,02 -0,01
Rio Guaporé
Rio Branco e Colorado 0,05 0,02 0,45 0,01 0,00 0,00 0,22 -0,05
Alto Rio Guaporé 0,10 0,01 0,37 0,02 0,00 0,00 0,03 0,00
Rio Mamoré Rio Mamoré 0,26 0,01 0,12 0,01 0,00 0,00 0,05 0,00
Rio Abunã Rio Abunã 0,32 0,01 0,20 0,02 0,00 0,00 0,05 0,00

328
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

TABELA 4.3 – VAZÕES DE RETIRADA PARA O CENÁRIO INERCIAL POR UHG EM 2026
Abastecimento Abastecimento Dessedentação
Sub-Bacia UHG Indústria Termelétrica Mineração Irrigação Evaporação
humano urbano humano rural animal
Alto Rio Madeira 0,39 0,05 2,05 0,03 0,00 0,01 0,04 -2,32
Margem Esquerda do Rio
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00 -0,57
Rio Madeira Madeira
Médio Rio Madeira 3,20 0,00 0,09 0,20 0,00 0,01 0,01 -1,96
Baixo Rio Madeira 0,14 0,00 0,02 0,01 0,00 0,02 0,00 0,00
Alto Rio Machado 0,45 0,03 0,48 0,27 0,00 0,03 0,15 -0,64
Médio Rio Machado 1,55 0,10 1,94 0,94 0,00 0,05 0,84 -0,01
Rio Machado
Rio Jaru 0,38 0,08 1,31 0,40 0,00 0,00 0,07 0,00
Baixo Rio Machado 0,14 0,02 0,30 0,00 0,00 0,00 0,00 -0,16
Alto Rio Jamari 0,00 0,00 0,06 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Margem Direita Rio Jamari 0,56 0,03 0,82 0,19 0,00 0,00 0,02 -0,06
Rio Jamari
Margem Esquerda Rio Jamari 0,53 0,05 1,38 0,12 0,75 0,06 0,06 -0,03
Baixo Rio Jamari 0,03 0,01 0,10 0,01 0,00 0,00 0,01 -4,09
Rio Roosevelt Rio Roosevelt 0,12 0,02 0,38 0,05 0,00 0,00 0,52 0,00
Baixo Rio Guaporé 0,17 0,05 1,74 0,38 0,00 0,00 0,10 0,00
Médio Rio Guaporé 0,02 0,01 0,31 0,00 0,00 0,00 0,02 -0,01
Rio Guaporé
Rio Branco e Colorado 0,06 0,02 0,52 0,01 0,00 0,00 0,28 -0,06
Alto Rio Guaporé 0,10 0,01 0,39 0,03 0,00 0,00 0,04 0,00
Rio Mamoré Rio Mamoré 0,29 0,01 0,14 0,02 0,00 0,00 0,11 0,00
Rio Abunã Rio Abunã 0,39 0,01 0,27 0,02 0,00 0,00 0,04 0,00

329
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

TABELA 4.4 – VAZÕES DE RETIRADA PARA O CENÁRIO INERCIAL POR UHG EM 2036
Abastecimento Abastecimento Dessedentação
Sub-Bacia UHG Indústria Termelétrica Mineração Irrigação Evaporação
humano urbano humano rural animal
Alto Rio Madeira 0,61 0,05 4,80 0,06 0,00 0,03 0,04 -3,62
Margem Esquerda do Rio
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,06 0,00 -0,89
Rio Madeira Madeira
Médio Rio Madeira 4,73 0,00 0,16 0,26 0,00 0,02 0,01 -3,07
Baixo Rio Madeira 0,20 0,00 0,04 0,01 0,00 0,07 0,00 0,00
Alto Rio Machado 0,65 0,04 0,52 0,53 0,00 0,18 0,34 -1,00
Médio Rio Machado 1,88 0,09 2,04 2,03 0,00 2,34 1,07 -0,01
Rio Machado
Rio Jaru 0,50 0,08 1,58 1,01 0,00 0,01 0,05 0,00
Baixo Rio Machado 0,45 0,03 0,64 0,00 0,00 0,01 0,01 -0,25
Alto Rio Jamari 0,00 0,00 0,08 0,00 0,00 0,00 0,00 -0,01
Margem Direita Rio Jamari 0,78 0,03 1,08 0,46 0,00 0,01 0,03 -0,09
Rio Jamari
Margem Esquerda Rio Jamari 0,76 0,05 2,90 0,38 0,44 0,38 0,07 -0,04
Baixo Rio Jamari 0,04 0,01 0,14 0,06 0,00 0,00 0,03 -6,39
Rio Roosevelt Rio Roosevelt 0,18 0,02 0,41 0,26 0,00 0,00 0,69 0,00
Baixo Rio Guaporé 0,21 0,07 4,18 1,83 0,00 0,31 0,13 0,00
Médio Rio Guaporé 0,02 0,01 0,34 0,00 0,00 0,00 0,03 -0,01
Rio Guaporé
Rio Branco e Colorado 0,07 0,02 0,67 0,02 0,00 0,00 0,46 -0,10
Alto Rio Guaporé 0,10 0,01 0,43 0,04 0,00 0,00 0,07 0,00
Rio Mamoré Rio Mamoré 0,36 0,02 0,24 0,06 0,00 0,00 0,43 0,00
Rio Abunã Rio Abunã 0,58 0,01 0,48 0,03 0,00 0,00 0,03 0,00

330
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

A espacialização demandas hídricas para os 52 municípios de Rondônia para os anos de 2021,


2026 e 2036 são apresentadas no MAPA 3 em anexo.

4.1.2 Projeções de Qualidade da Água


Assim como para as demandas hídricas, a estimativa da carga poluidora de origem doméstica
utilizou como base os dados censitários de 2003 e 2013 da população total, em escala municipal, para
obtenção da taxa média anual equivalente de crescimento e, assim, realizar a projeção anual da
população até 2036. Já para a estimativa da carga poluidora de origem pecuária, a taxa média anual
equivalente de crescimento foi obtida com base no número de cabeças por tipo de rebanho entre 2014 e
2016 (passado mais recente com dados disponíveis), a qual foi aplicada anualmente até 2036 para a
projeção dos rebanhos por município. Da mesma maneira, para a estimativa das cargas poluidoras da
agricultura, determinou-se a taxa média anual equivalente de crescimento da área irrigada entre 2006 e
2014 (passado mais recente com dados disponíveis), aplicando-a sobre a área plantada atual por
município, anualmente até 2036, admitindo-se que as taxas de crescimento da área irrigada e área
plantada são iguais.

As metodologias de cálculo das cargas poluidoras e os valores de carga unitária (per capita, por
cabeça animal e por hectare) adotados foram apresentados no RE 01. Os resultados são ilustrados no
MAPA 4 em anexo.
Ainda como parte do prognóstico da qualidade da água foram analisadas e projetadas as cargas
de DBO, fósforo e nitrogênio das outorgas de lançamento de efluentes fornecidas pela SEDAM, de
modo a complementar a estimativa realizada em termos de fontes de poluição. Para as projeções foram
utilizadas as mesmas taxas de crescimento estimadas na demanda hídrica para cada horizonte, UHG e
setor. Os resultados são apresentados na TABELA 4.5.
TABELA 4.5 – PROJEÇÃO DA CARGA POLUIDORA COM BASE NAS OUTORGAS NO CENÁRIO INERCIAL

2021 2026 2036


UHG Finalidade DBO P N DBO P N DBO P
N (ton)
(ton) (ton) (ton) (ton) (ton) (ton) (ton) (ton)
Alto Rio Guaporé Indústria 96,0 0,0 3,2 210,6 0,0 7,0 1026,1 0,0 34,2
Alto Rio Machado Indústria 342,0 53,1 229,1 749,9 116,5 502,4 3653,8 567,6 2447,7
Baixo Rio Guaporé Indústria 834,2 3,6 3521,6 1829,3 7,8 7722,6 8912,8 38,0 37627,6
Margem Direita Rio Jamari Esg. sanitário 215,8 0,0 0,0 473,2 0,0 0,0 2305,4 0,0 0,0
Margem Esquerda Rio Esg. sanitário 393,6 15,5 9,8 863,1 34,0 21,4 4205,2 165,9 104,3
Jamari Indústria 7,1 0,0 0,0 15,5 0,0 0,0 75,6 0,0 0,0
Médio Rio Guaporé Esg. sanitário 16,2 0,0 0,0 35,6 0,0 0,0 173,4 0,0 0,0
Consumo
137,8 8,3 0,4 302,1 18,2 0,8 1472,0 88,5 4,1
Humano
Médio Rio Machado Esg. sanitário 88639,7 123,7 15,5 194381,2 271,4 34,0 947097,9 1322,2 165,7
Indústria 162,3 11,1 45,2 355,9 24,4 99,1 1734,3 118,8 483,0
Consumo
77,2 2,5 1,1 169,2 5,4 2,4 824,6 26,3 11,6
Médio Rio Madeira Humano
Esg. sanitário 214689,8 133,3 25,6 470801,3 292,2 56,2 2293919,8 1423,8 273,7
Esg. sanitário 34,8 34,8 34,8 76,3 76,3 76,3 371,6 371,6 371,6
Rio Jaru
Indústria 342,9 0,8 1,0 751,9 1,7 2,1 3663,8 8,2 10,3
Rio Mamoré Esg. sanitário 3,6 0,1 0,1 7,9 0,2 0,2 38,5 0,8 0,8

331
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Por fim, realizou-se uma projeção dos quantitativos de resíduos sólidos, considerando seus
impactos indiretos sobre a qualidade da água, com base nas quantidades atuais de resíduos por tipo e
nas taxas de crescimento dos setores populacional e industrial. A TABELA 4.6 apresenta os resultados.

TABELA 4.6 – ESTIMATIVA DE RESÍDUOS SÓLIDOS TOTAIS PARA O CENÁRIO INERCIAL

Quantidade de resíduos (toneladas/ano)


Município de localização Município de origem dos resíduos
2021 2026 2036

Alta Floresta D Oeste Alta Floresta D'Oeste 5.544 5.758 6.214


Alto Alegre dos Parecis Alto Alegre dos Parecis 484 566 801
Alvorada D Oeste Alvorada D'Oeste 1.255 1.259 1.269
Ariquemes Ariquemes 52.403 62.706 89.992
Ariquemes Cacaulândia 712 779 932
Buritis Buritis 4.778 4.931 5.252
Cabixi Cabixi 3.405 3.377 3.321
Campo Novo de Rondônia Campo Novo de Rondônia 561 554 541
Colorado do Oeste Colorado do Oeste 4.519 4.533 4.560
Cujubim Cujubim 18.441 32.993 105.602
Espigão D Oeste Espigão D'Oeste 7.775 9.274 13.195
Guajará-Mirim Guajará-Mirim 18.815 20.120 23.262
Itapuã do Oeste Itapuã do Oeste 906 1.065 1.473
Ji-Paraná Ji-Paraná 29.399 32.377 39.267
Monte Negro Monte Negro 7.468 8.156 9.728
Nova Mamoré Nova Mamoré 3.464 4.542 7.809
Porto Velho Porto Velho 239.143 283.312 398.842
Primavera de Rondônia Primavera de Rondônia 666 671 680
Rolim de Moura Rolim de Moura 15.229 16.959 21.031
Theobroma Theobroma 481 508 569
Urupá Urupá 1.521 1.583 1.712
Vale do Anari Vale do Anari 1.327 1.580 2.293
Vilhena Cacoal 33.185 37.067 46.246
Vilhena Corumbiara 1.832 668 782
Vilhena Espigão D'Oeste 5.754 11.536 16.414
Vilhena Pimenta Bueno 673 29.393 35.417
Vilhena Vilhena 734 32.179 48.232

4.2 CENÁRIO INCREMENTAL

O Cenário Incremental foi concebido a partir da reunião de investimentos previstos ou em curso


pelo conjunto de planos e projetos - regionais e municipais - que envolvem o estado de Rondônia. Assim,
este cenário pretendeu simular a tendência de incremento das polarizações municipais, na situação de
consolidação das propostas contidas no planejamento territorial do estado, rebatendo as mesmas nas
demandas e disponibilidades hídricas geridas pelo PERH/RO.

Com este objetivo foram selecionados os principais planos regionais e municipais com
influência no planejamento dos recursos hídricos.

332
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

4.2.1 Planejamento Regional


Percebe-se, das leituras dos planos regionais de Rondônia, na esfera federal ou estadual, uma
preocupação comum quanto ao desenvolvimento sustentável, incluindo à articulação com os demais
estados e fronteiras que compartilham o Bioma Amazônico, contendo particularidades de
biodiversidade, populações tradicionais e ativos de recursos naturais.

O Cenário Incremental do PERH/RO buscou sintetizar os planos que reúnem esta ideia,
destacando as principais contribuições dos mesmos às tendências de incremento de polarização do
estado e municípios.

4.2.1.1 Plano Amazônia Sustentável (PAS)

O Plano Amazônia Sustentável (PAS), foi consolidado em 2008, sob coordenação no Ministério
do Meio Ambiente (MMA), visando promover na região um desenvolvimento fundamentado na
valorização do patrimônio natural, com suporte de infraestrutura e tecnologia, aumentando a qualidade
de vida da população, sem prejuízo à conservação da biodiversidade.

Mediante o contexto amazônico, buscou-se a promoção do ordenamento territorial, o incentivo


de atividades econômicas sustentáveis fazendo uso de inovação tecnológica, o investimento em
infraestrutura urbana e regional, a inclusão social no processo de gestão territorial e a construção de
modelo de financiamento para geração de renda a partir do adequado dos recursos naturais.

Para o estado de Rondônia, além do conjunto geral de estratégias que abrangem a totalidade da
Amazônia, as diretrizes específicas do PAS envolvem a estruturação da cadeia produtiva de laticínios.

4.2.1.2 Macrozoneamento Ecológico-Econômico da Amazônia Legal (MacroZEE)

Por definição, os zoneamentos ecológico-econômicos são instrumentos para planejar e ordenar


o território, equilibrando as relações econômicas, sociais e ambientais que nele acontecem (MMA,
2012). O MacroZEE da Amazônia Legal (2010) abrange nove estados, incluindo o de Rondônia. A
elaboração do zoneamento foi coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente, visando articular as
políticas públicas de desenvolvimento dos estados sobrepostos a Amazônia Legal, mantendo a qualidade
dos respectivos biomas e fomentando a prosperidade da população local.

O MacroZEE estabelece estratégias de ocupação e uso do território, por macrozona, não apenas
visando replicar a intenção nacional na escala regional, mas também buscando a otimização
interestadual de instrumentos de planejamento e gestão e complementariedade entre sistemas e cadeias
produtivos.

O objetivo geral do MacroZEE consiste em promover um modelo de desenvolvimento


integrado, diversificado e sustentável, apoiado em uma estratégia institucional de articulação dos estados
envolvidos. Tem como principais estratégias:

• Promover a regularização fundiária urbana e rural.


333
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

• Criar novas Unidades de Conservação e fortalecer a gestão das mesmas.


• Reconhecer as territorialidades de comunidades tradicionais.
• Fortalecer as cadeias de produtos da sociobiodiversidade.

No contexto de planejamento do MacroZEE, o estado de Rondônia articula-se em dois


territórios-rede5 diferenciados. As UHGs do Alto Rio Machado e do Alto Guaporé integram a teia de
regulação e inovação para implantação de complexo agroindustrial, em uma rede que se estende pelo
sul do Mato Grosso. As demais UHGs do PERH/RO fazem parte da rede de ordenamento e consolidação
do polo logístico de integração com o Pacífico, interligando-se com Rio Branco (AC). A TABELA 4.7
apresenta as diretrizes do MacroZEE da Amazônia Legal e ao estado de Rondônia.

TABELA 4.7 – DIRETRIZES DO MACROZEE DA AMAZÔNIA LEGAL AO ESTADO DE RONDÔNIA

Territórios - Rede Síntese das Principais Diretrizes


Promover o dinamismo e a sustentabilidade das atividades econômicas, formando um
complexo agroindustrial;
Diversificar a produção agropecuária, com apoio de indústrias estrategicamente posicionadas;
Estimular a estruturação de um polo de produção de insumos, rações e fertilizantes;
Melhorar e intensificar a pecuária;
Regulação e inovação para
Articular os grandes projetos de infraestrutura logística do governo federal com as estratégias
implantação de complexo
estaduais;
agroindustrial (UHGs do Alto Rio
Promover a instalação de cadeias produtivas sustentáveis da aquicultura;
Machado e do Alto Guaporé e Sul do
Coibir o desmatamento ilegal, recuperar os mananciais, recompor as matas ciliares, sustar as
Mato Grosso)
invasões a Terras Indígenas e UCs;
Promover os mecanismos de controle da Agência Nacional de Águas (ANA) para o uso da
água na irrigação agrícola.
Desenvolver programas de recuperação de áreas degradadas, de controle de erosões, de
alocação e adequação de rodovias e estradas rurais em posições adequadas.
Adequar o modo de implantação dos empreendimentos logísticos e reforçar a intermodalidade;
Antecipar a criação de áreas protegidas a partir da identificação de áreas estratégicas e
vulneráveis, promovendo a geração de renda a partir dos serviços ambientais prEstados pelas
comunidades locais;
Fortalecer instâncias trinacionais (Brasil, Peru e Bolívia)
Ordenamento e consolidação do polo
Adequar linhas de crédito às espeficificidades dos sistemas agroflorestais;
logístico de integração com o Pacífico
Fomentar à agroindustrialização
(demais UHGs e Rio Branco -AC)
Proteger à produção familiar, com o fomento do cooperativismo;
Valorizar a floresta para fins de manutenção dos serviços ambientais que prestam;
Estimular a conversão dos sistemas de pecuária extensiva em sistemas sustentáveis de
pecuária;
Responsabilizar os grandes laticínios por ações de apoio aos produtores.
Fonte: MMA (2010).

4.2.1.3 Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) Brasil-Bolívia

O ZEE Brasil-Bolívia foi um projeto consolidado em 2000 pela Companhia de Pesquisa de


Recursos Minerais (CPRM), buscando o desenvolvimento sustentável da porção amazônica
compartilhada pelos dois países. A área fronteiriça de planejamento envolve a UHG Alto Rio Madeira
e as sub-bacias Abunã, Mamoré e Guaporé, no Brasil, e parte das bacias dos rios Beni, Madre de Dios,
Mamoré, Yata, Negro e San Ramón, na Bolívia.

A Carta-Síntese de subsídios à gestão territorial, na porção brasileira identifica três tipologias


de situações: Áreas Produtivas, onde a incorporação de tecnologia no uso dos recursos naturais pode

5As áreas com povoamentos consolidados, configurados por ocupações descontínuas, populações móveis e fluxos passíveis de
sobreposição.
334
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

promover melhor qualidade de vida à população; Áreas Críticas, que necessitam de técnicas de manejo
especiais para o seu uso; e as Áreas de Projetos Especiais, destinadas a fornecer subsídios técnico-
científicos ao desenvolvimento, permanecendo protegidas (terras indígenas, unidades de conservação,
sítios arqueológicos, e demais áreas já institucionalizadas).

As Áreas Produtivas dividem-se em:

• Zonas de consolidação: áreas com média a alta potencialidade socioeconômica, sem conflito
entre as atividades praticadas e à aptidão natural da região, entretanto com impossibilidades de
expansão física em função de condicionantes ambientais das áreas adjacentes.
• Zonas de expansão: áreas com elevada estabilidade natural e baixa potencialidade
socioeconômica, destinadas a futuros planos de ocupação.

As Áreas Críticas podem ser:

• Zonas de recuperação: áreas que sofreram alterações inadequadas à sua aptidão natural,
necessitando de medidas de resgate da qualidade ambiental.
• Zonas de conservação: áreas protegidas legalmente em função da qualidade das suas
características naturais ou populações tradicionais.

As áreas situadas no Brasil reúnem zonas das quatro tipologias. A TABELA 4.8 sintetiza as
diretrizes gerais para o conjunto delas, por bacia hidrográfica.

TABELA 4.8 – DIRETRIZES DAS ÁREAS DE GESTÃO TERRITORIAL PARA AS BACIAS BRASILEIRAS DO ZEE BRASIL-
BOLÍVIA

Bacia Síntese das Principais Diretrizes


Exploração de ecoturismo e de estudo da biodiversidade, pesca artesanal e esportiva
controladas;
Rio Abunã
Consolidação de atividades agropecuárias, agroindustriais e florestais;
Recuperação de áreas degradas por meio de vegetação secundária.
Desenvolvimento das atividades agropecuária, florestais, agroindústria, aquicultura e
ecoturismo;
Rio Madeira
Recuperação de áreas degradadas por meio de lavouras permanentes ou vegetação secundária;
Manutenção de Terras Indígenas e preservação de área fossiIífera.
Recuperação de áreas degradadas com lavoura perene e essências nativas;
Exploração de ecoturismo e de estudos da biodiversidade;
Rio Mamoré Expansão das atividades agropecuárias, agroindustriais, usos florestais e outros;
Proposta para atividades comerciais e hortifrutigranjeiras;
Manutenção de áreas de conservação institucionais.
Estudos para a reposição florestal;
Exploração de ecoturismo e de estudos da biodiversidade;
Guaporé
Proposta para atividades agropecuárias, agroindustriais, usos florestais e outros;
Manutenção e conservação de áreas institucionais;
Fonte: CPRM (2000).

4.2.1.4 Zoneamento Ecológico Econômico Social de Rondônia (ZEES)

O Zoneamento Socioeconômico-Ecológico de Rondônia (ZEES) foi regulamentado pela Lei


Complementar nº 233/2.000, consolidando um instrumento regional de planejamento territorial,
articulando o uso do solo e os recursos naturais do estado.

335
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

O objetivo maior do ZEES é promover o desenvolvimento socioeconômico das populações de


forma equilibrada com a conservação do meio ambiente. Para tanto, divide o território de Rondônia em
três zonas, conforme suas restrições e potencialidades econômicas, ambientais e sociais:

• Zona 1: composta de áreas de uso agropecuário, agroflorestal e florestal, direcionadas ao


desenvolvimento das atividades primárias em áreas já desmatadas ou habitadas, com práticas
adequadas e manejo no uso dos recursos naturais.
• Zona 2: formada de áreas de uso especial, destinada à conservação dos recursos naturais,
passíveis de uso sob manejo sustentável.
• Zona 3: abrange áreas institucionais, constituídas por aquelas protegidas de uso restrito e
controlado.

As Zonas do ZEES e suas subdivisões foram condicionantes para a proposta de delimitação das
Unidades Hidrográficas de Gestão do PERH/RO, incorporando ao planejamento dos recursos hídricos
as particularidades físico-ambientais do estado, assim como as diretrizes de desenvolvimento
socioeconômico.
4.2.1.5 Plano Estratégico de Recursos Hídricos da Bacia Amazônica - Afluentes da Margem direita
(PMDA)

O PMDA, coordenado pela Agência Nacional de Águas (ANA), complementa e integra as


diretrizes do PAS e ZEES. O PMDA tem um caráter preventivo, visando uma gestão integrada dos
recursos hídricos compatível com as peculiaridades regionais de cada bacia hidrográfica que compõe a
margem direita do Rio Amazonas.
Além de programas que abrangem a totalidade dos afluentes do PMDA, como os de natureza
institucional, os programas e ações direcionados para a Interbacia Bacia do Rio Madeira/Purus
(sobreposta ao estado de Rondônia) estão destacados na TABELA 4.9.
TABELA 4.9 - PROGRAMAS E AÇÕES DIRECIONADOS PARA A INTERBACIA BACIA DO RIO MADEIRA/PURUS

PMDA Interbacia Rio Madeira / Purus


ETE em Porto Velho e em Guajará-Mirim; Avaliação do problema do Mercúrio; implementação de
Ações recomendadas para o rede de monitoramento de qualidade da água; criação de Unidades de Conservação em áreas
enquadramento prioritárias para conservação da biodiversidade; implantação de rede de esgotos; estimar carga
poluidora de áreas agrícolas
Apoio à Organização e Funcionamento de Instâncias Binacionais e/ou Trinacionais voltadas à
gestão de recursos hídricos fronteiriços e transfronteiriços na MDA
Elaboração de Estudos de Viabilidade de Obras de Grande Porte Incluídas no PERHMDA pelos
Setores Usuários Responsáveis
Integração dos Instrumentos Legais e Institucionais do Brasil, Peru e Bolívia para a Gestão dos
Recursos Hídricos Fronteiriços e Transfronteiriços
Projetos Ambientais e de Inserção Regional dos Empreendimentos
Projetos de Recuperação das Áreas Degradadas e de Passivos Ambientais
Programas / Subprogramas Obras de Aproveitamentos Múltiplos de Recursos Hídricos
Aproveitamentos Hidrelétricos
Transporte Hidroviário
Agricultura Irrigada
Caracterização das Áreas Úmidas da MDA
Rede de Monitoramento Hidrológico: Ampliação, Melhoramentos e Integração da Rede Existente
Rede de Monitoramento da Qualidade das Águas: Ampliação, Melhoramentos e Integração da Rede
Existente
Implantação de Sistemas de Previsão e Defesa de Eventos Extremos
Fonte: ANA (2010).
336
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

4.2.1.6 Plano de Desenvolvimento Integrado de Fronteira (PDIF)

O PDIF, revisado em 2016, tem como objetivos principais a inclusão socioeconômica, a


melhoria da qualidade de vida e a preservação ambiental na região fronteiriça de Rondônia. Seus eixos
temáticos são a segurança, inclusão social, infraestrutura, interesses econômicos e sustentabilidade
ambiental. A TABELA 4.10 resume os eixos estruturantes do PDIF.

TABELA 4.10 - PRINCIPAIS EIXOS TEMÁTICOS DO PDIF

Eixo Aspectos Estruturantes


Desenvolvimento de Escolas Binacionais de Fronteira
Instituto Técnico de Fronteira
Educação Intercâmbio de Professores Brasil/Bolívia
Intercâmbio de Estudantes Brasil/Bolívia
Projeto Integração Histórica – UNIR/RO
Sistema Integrado de Saúde na Fronteira – SIS (Ministério da Saúde).
Saúde Intercâmbio de médicos e outros profissionais de saúde exclusivamente na Faixa de Fronteira.
Campanhas de Vacinação Integrada
Infraestrutura Urbana
Infovia
Hidrovia da Bacia do Madeira
Portos Hidroviários (Guajará-Mirim, Costa Marques e Cabixi)
Infraestrutura
Ponte Binacional em Guajará-Mirim
Hidroelétrica Binacional do Ribeirão em Guajará-Mirim
Rodovia do Pacífico Brasil/Peru
Logística do Transporte de Cargas
Zona de Processamento de Exportação – ZPE/Porto Velho
Zona Franca Verde Guajará-Mirim
Cooperativa dos Produtores Rurais do Vale do Guaporé
Econômico
Inclusão Produtiva (APLs)
Polo Industrial de transformação Guajará-Mirim
Turismo
Segurança Plano Integrado de Segurança na Fronteira de Rondônia
Ambiental Plano de exploração de Unidades de Conservação de Uso sustentável e políticas de resíduos sólidos
Acordos Internacionais Fronteiriços
Sócio-Política Questões Migratórias Emprego (Ministério do Trabalho e Emprego)
Funcionamento Integrado de Aduanas
Fonte: PDIF (2016).

4.2.1.7 Plano Estadual de Desenvolvimento Sustentável (PEDES)

O PEDES visa reduzir as desigualdades entre as regiões de planejamento do estado de Rondônia


e direcionar o potencial da diversidade existente para o desenvolvimento regional sustentável. Possui
quatro diretrizes estratégicas: a territorialização e gestão ambiental, o bem-estar social, a
competitividade sustentável e a modernização da gestão pública. Os principais programas por diretriz
estratégica do PEDES são apresentados na TABELA 4.11.

TABELA 4.11 - PRINCIPAIS PROGRAMAS POR DIRETRIZ ESTRATÉGICA DO PEDES

Eixo Aspectos Estruturantes


Implementação e Execução do ZSEE-RO
Territorialização e Gestão Desenvolvimento Territorial
Ambiental Gestão Ambiental
Programa de Desenvolvimento Integrado de Fronteira de Rondônia
Programa Enfrentamento à Pobreza
Programa Educação
Programa Saúde
Bem-Estar Social Programa Habitação
Programa Saneamento
Programa de Segurança Pública
Programa de Esporte
Programa Estratégico de Desenvolvimento de APL no Estado
Competitividade Sustentável
Programa de Desenvolvimento da Bovinocultura de Corte e da Bovinocultura de Leite
337
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Eixo Aspectos Estruturantes


Programa Fortalecimento da Agricultura Familiar
Programa de Transição para a Agropecuária de Baixa Emissão de Carbono
Programa de Apoio à Aquicultura
Programa de Apoio à Lavoura Cafeeira e à Lavoura Cacaueira
Programa de Apoio ao Fortalecimento da Cadeia Produtiva da Soja.
Programa Ordenamento e Fomento à Sustentabilidade no Setor Madeireiro
Programa de Apoio e Fomento à Produção Sustentável e Industrialização de Produtos da
Sociobiodiversidade
Programa de Desenvolvimento da Indústria
Programa de Desenvolvimento e Consolidação do Setor Mineral
Programa de Promoção da Cultura e Apoio ao Desenvolvimento da Economia Criativa
Programa de Promoção do Turismo
Programa de Infraestrutura Logística
Modernização da gestão pública Programa de Apoio à Modernização da Gestão Pública
Fonte: Governo do Estado de Rondônia (2015).

4.2.1.8 Programa Integrado de Desenvolvimento e Inclusão Socioeconômica do Estado de


Rondônia (PIDIS)

O objetivo geral do PIDIS é a ampliação e modernização da infraestrutura social e econômica


do estado, através da organização do processo de desenvolvimento, com sustentabilidade e inclusão
social.

Os principais investimentos do PIDIS são direcionados à segurança pública e direitos humanos;


ampliação e modernização da infraestrutura da educação, desporto e lazer; implantação, melhorias e
ampliação dos serviços de saúde e saneamento; desenvolvimento do turismo e preservação e
conservação do patrimônio histórico e cultural, desenvolvimento econômico, competitividade e
fortalecimento dos arranjos produtivos; modernização da infraestrutura fazendária, tecnologia da
informação, habitação de interesse social e fortalecimento e modernização da infraestrutura da
assistência social.

4.2.2 Planejamento Municipal


Para a coesão e sinergia entre as diferentes esferas de planejamento, incluindo o PERH/RO,
interessa que os municípios não apenas exercitem o ordenamento territorial, mas também, que os Planos
Municipais estejam alinhados às diretrizes dos Planos Regionais, fato que inclui a atualidade dos
mesmos frente às datas dos Planos Regionais, especialmente àqueles que marcam novos formas de
pensar o território.

Quanto ao planejamento municipal, buscou-se verificar a presença e atualidade de dois planos


que se relacionam diretamente com o planejamento dos recursos hídricos: o Plano Diretor Municipal e
o Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB).

As pesquisas foram realizadas nos sites oficiais das prefeituras dos 52 municípios de Rondônia
e complementadas pela base de dados recebida da SEDAM.

338
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

4.2.2.1 Plano Diretor Municipal

O Plano Diretor é o instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana,


assegurando o atendimento das necessidades dos cidadãos quanto à qualidade de vida, à justiça social e
ao desenvolvimento das atividades econômicas (Lei nº 10.257/2001).

A ausência do Plano Diretor, em especial em municípios de maior porte, também preocupa o


planejamento e gestão dos recursos hídricos, uma vez que o crescimento desordenado da população e
atividades econômicas impactam diretamente a qualidade e disponibilidade da água.

Entre os municípios do estado, 25 não disponibilizam Planos Diretores em suas páginas oficiais.
Entre estes, apenas um possui obrigatoriedade de elaboração, por possuir mais de 20 mil habitantes
(exigência da Lei nº 10.257/2001).

Apenas um dos planos vigentes é anterior à elaboração do ZEES. Entretanto, sete já estão há
mais de dez anos sem revisão (TABELA 4.12).

TABELA 4.12 - SITUAÇÃO DOS PLANOS DIRETORES MUNICIPAIS

Município Plano Diretor Municipal Data


Alta Floresta d`Oeste Lei nº 1008/10 2010
Alto Alegre dos Parecis - -
Alto Paraíso em elaboração 2016
Alvorada d’Oeste Lei 1008/10 2010
Ariquemes Lei nº 1273/06 2006
Buritis Lei nº 409/2008 em atualização
Cabixi Lei 584/08 2008
Cacaulândia Lei 1.273/06 2006
Cacoal Lei 407/08 2008
Campo Novo de Rondônia - -
Candeias do Jamari - -
Castanheiras Lei 2016/06 2006
Cerejeiras Lei nº 2307/14 2014
Chupinguaia Lei 660/12 2012
Colorado do Oeste Lei nº 1063/92 1992
Corumbiara Lei 2307/14 2014
Costa Marques - -
Cujubim Lei 1.063/92 1992
Espigão d’Oeste Lei nº 1.107/06 Em atualização
Governador Jorge Teixeira - 2014
Guajará-Mirim - -
Itapuã do Oeste Lei 1.929/16 2016
Jaru Lei nº 953/06 em atualização
Ji-Paraná Lei nº 2187/11 2011
Machadinho d’Oeste Lei nº 1077/11 2011
Ministro Andreazza Lei 0953/06 2006
Mirante da Serra Lei 2.187/11 2011
Monte Negro Lei 1.077/11 2011
Nova Brasilândia d’Oeste - -
Nova Mamoré Lei nº 910/12 2012
Nova União - -
Novo Horizonte do Oeste - -
Ouro Preto do Oeste Lei 910/12 2012
Parecis Lei nº 14/14 2014
Pimenta Bueno Lei nº 1476/08 2008
Pimenteiras do Oeste - Em elaboração
Porto Velho Lei 14/14 2014
Presidente Médici Lei 1561/09 2009
339
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Município Plano Diretor Municipal Data


Primavera de Rondônia - -
Rio Crespo Lei 311/08 2008
Rolim de Moura Lei nº 51/08 2008
Santa Luzia d’Oeste - -
São Felipe d`Oeste Lei 17/16 2016
São Francisco do Guaporé Lei 51/08 2008
São Miguel do Guaporé Lei nº 757/07 2007
Seringueiras - -
Teixeirópolis - -
Theobroma Lei 757/07 2007
Urupá - -
Vale do Anari - -
Vale do Paraíso - Em elaboração
Vilhena 8/15 2015
Fonte: Site das Prefeituras Municipais (2016) e Base de Dados recebida da SEDAM.

4.2.2.2 Plano Municipal de Saneamento Básico

O saneamento básico envolve temáticas diretamente relacionadas à gestão de recursos hídricos:


abastecimento de água potável; esgotamento sanitário; limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e
drenagem e manejo das águas pluviais urbanas.

A elaboração do PMSB é obrigatória, como condicionante de repasse de verbas federais aos


municípios a partir de 2014. No deu desenvolvimento deve considerar e incorporar as diretrizes
nacionais de saneamento estabelecidas pela Lei nº 11.445/2007.

Os Planos de Saneamento dos municípios de Rondônia começaram a ser publicados a partir do


ano de 2013 e já foram concluídos para dez municípios (19%). Entretanto, mais da metade dos
municípios do estado (54%) ainda não anunciaram o PMSB e 14 municípios (27%) estão em processo
de elaboração (TABELA 4.13).

TABELA 4.13 - SITUAÇÃO DOS PLANOS MUNICIPAIS DE SANEAMENTO BÁSICO

Município Plano Data


Alta Floresta d`Oeste - -
Alto Alegre dos Parecis - -
Alto Paraíso Plano Municipal de Saneamento Básico Em elaboração
Alvorada d’Oeste Plano Municipal de Saneamento Básico Em elaboração
Ariquemes - -
Buritis Plano Municipal de Saneamento Básico Em elaboração
Cabixi - -
Cacaulândia Plano Municipal de Saneamento Básico 2013
Cacoal - -
Campo Novo de Rondônia Plano Municipal de Saneamento Básico Em elaboração
Candeias do Jamari Plano Municipal de Saneamento Básico Em elaboração
Castanheiras - -
Cerejeiras Plano Municipal de Saneamento Básico 2015
Chupinguaia - -
Colorado do Oeste - -
Corumbiara - -
Costa Marques - -
Cujubim - -
Espigão d’Oeste Plano Municipal de Saneamento Básico 2014
Governador Jorge Teixeira - -
Guajará-Mirim - -
Itapuã do Oeste Plano Municipal de Saneamento Básico Em elaboração
Jaru Plano Municipal de Saneamento Básico Em elaboração
Ji-Paraná Plano Municipal de Saneamento Básico, Drenagem Urbana e Manejo de Águas Pluviais 2013

340
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Município Plano Data


Machadinho d’Oeste - -
Ministro Andreazza - -
Mirante da Serra Plano Municipal de Saneamento Básico Com financiamento
Monte Negro - -
Nova Brasilândia d’Oeste Plano Municipal de Saneamento Básico Em elaboração
Nova Mamoré Plano Municipal de Saneamento Básico 2014
Nova União Plano Municipal de Saneamento Básico 2014
Novo Horizonte do Oeste - -
Ouro Preto do Oeste - -
Parecis - -
Pimenta Bueno Plano Municipal de Saneamento Básico 2015
Pimenteiras do Oeste - -
Porto Velho Plano Municipal de Saneamento Básico Em licitação
Presidente Médici - -
Primavera de Rondônia - -
Rio Crespo Plano Municipal de Saneamento Básico Em elaboração
Rolim de Moura Plano Municipal de Saneamento Básico Em revisão
Santa Luzia d’Oeste Plano Municipal de Saneamento Básico 2014
São Felipe d`Oeste - -
São Francisco do Guaporé Plano Municipal de Saneamento Básico Com financiamento
São Miguel do Guaporé - -
Seringueiras Plano Municipal de Saneamento Básico 2014
Teixeirópolis Plano Municipal de Saneamento Básico Com financiamento
Theobroma - -
Urupá - -
Vale do Anari - -
Vale do Paraíso - -
Vilhena Plano Municipal de Saneamento Básico 2013
Fonte: Site das prefeituras municipais (Acesso em dez 2016) e Base de Dados recebida da SEDAM.

Ressalta-se que o Plano Estadual de Resíduos Sólidos do Estado está em processo de licitação,
indicando um potencial de melhoria geral nas condições de coleta e tratamento do lixo nos municípios
de Rondônia.
4.2.3 Tendências de Incremento de Polarização no Cenário Incremental
As tendências de incremento de polarização foram estimadas a partir da mesma estrutura que
diagnosticou a intensidade dos polos atuais no RE 01. Assim, as estimativas de incremento resgatam
quatro componentes:

• Incremento do componente concentração populacional: inclui propostas relativas à


infraestrutura urbana e atração populacional.
• Incremento do componente pluralidade econômica: incorpora tendência de investimentos nos
setores agropecuário, industrial e de serviços.
• Incremento do componente oportunidade: soma intenções de investimento em saneamento,
educação, saúde e prosperidade social.
• Incremento do componente conectividade: considera propostas de infraestrutura de transporte e
logística para os diferentes modais.

Neste contexto, a TABELA 4.14, resumindo a leitura dos Planos Regionais, apresenta o perfil
tendencial dos investimentos que devem direcionar o desenvolvimento dos Componentes de Polarização
no Estado.

341
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

TABELA 4.14 – PERFIL TENDENCIAL DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL POR COMPONENTE

Componentes
Concentração Populacional Pluralidade Econômica Oportunidade Conectividade
Cadeia produtiva de soja e
Agricultura familiar
expansão das lavouras de café
Infraestrutura urbana Linhas de créditos Consolidação de hidrovias e
Ampliação do setor mineral
(pavimentação, iluminação, Desenvolvimento de APL instalação de novos portos
Expansão da pecuária
revitalização, equipamentos Cadeias de produtos da Ampliação de aeroportos
Agroindústria
públicos, etc.) sóciobiodiversidade Conexões e pavimentações
Zonas industriais e de
Habitação social Economia criativa viárias
exportação
Regularização fundiária Regularização fundiária rural Novas conexões por
Piscicultura e pesca esportiva
urbana Fomento da educação, saúde e ferrovia
Florestas plantadas
segurança
Turismo (ecoturismo)
Fonte: Planos regionais.

Quando os Planos Regionais propuseram intervenções específicas aos municípios, estas foram
incorporadas no incremento dos componentes de polarização das respectivas localidades. De forma
complementar, foram consideradas as previsões de investimento do Governo do Estado e das Prefeituras
Municipais noticiadas em páginas institucionais, mas ainda não consolidadas em documentos oficiais.
Além de propostas e projetos, investimentos realizados recentemente (2012 a 2015) também foram
incorporados, quando seus impactos foram considerados futuros.

4.2.3.1 Metodologia da Estimativa de Incremento dos Componentes de Polarização Municipal

A estimativa de incremento da polarização municipal adotou a mesma metodologia da


concepção da polarização atual. Os componentes são configurados pelas mesmas temáticas, que
continuam sendo consideradas de forma binária. Foram consideradas atendidas as temáticas que
possuem previsão de investimentos afins, conforme apresenta a TABELA 4.15.

TABELA 4.15 – INVESTIMENTOS CONSIDERADOS PARA O INCREMENTO DOS COMPONETES DE POLARIZAÇÃO NO


CENÁRIO INCREMENTAL

Componente Temática Investimentos


Pavimentação, iluminação, habitação, regularização fundiária, existência de
População total
Concentração plano diretor municipal atualizado
Populacional Projeções de crescimento populacional acima de 1,2%aa no horizonte de 30
Taxa de urbanização
anos.
Valor Adicionado da
Investimentos na agropecuária
Pluralidade Agropecuária
Econômica Valor Adicionado da Indústria Investimentos na indústria
Valor Adicionado de Serviços Investimentos na oferta de serviços e comércio
Índice de coleta de resíduos
Investimento em coleta, reciclagem e destinação final de resíduos.
sólidos
Investimento em rede e tratamento de esgotos; existência de plano de
Índice de coleta de esgotos
saneamento municipal
Oportunidade Índice de abastecimento de Investimento em tratamento e rede de abastecimento de água; existência de
água plano de saneamento municipal
Atendimento Hospitalar Investimento em hospital regional
Ensino Superior Investimento em ensino superior
Vulnerabilidade Social Investimentos em saúde, educação, agricultura familiar e geração de renda
Conexão Rodoferroviária Investimentos em rodovias e ferrovias de abrangência regional
Conexão Hidroviária Investimento em hidrovias
Conectividade
Terminal Portuário Investimento em portos
Terminal Aéreo Investimento em aeroportos

Para cada temática que apresentou um dos investimentos considerados na TABELA 4.15, foi
atribuído o valor 1,0. O incremento de cada componente – todos com o mesmo peso - é resultado da
342
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

média aritmética entre as temáticas que o compõe, ou seja, os valores de incremento por componente
variam de 0 a 1,0.

∑temáticas com investimento


𝐼𝑛𝑐𝑟𝑒𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑜𝑛𝑒𝑛𝑡𝑒 =
nº temáticas

A Tabela de Investimentos Municipais (APÊNDICE 1) apresenta os investimentos que foram


considerados para cada município, organizados por componentes e temáticas de polarização.

O incremento de polarização foi obtido pela soma dos valores incrementais dos componentes.
Assim, o potencial de incremento para cada município variou entre 0 a 4 (baixo 0 a 1,0; médio baixo
1,1 a 2,0; médio alta 2,1 a 3; alto 3,1 a 4).

Incremento de 𝑃𝑜𝑙𝑎𝑟𝑖𝑧𝑎çã𝑜 = ∑incremento componentes

4.2.3.2 Incremento dos Componentes de Polarização Municipal

Mesmo sendo diversos os investimentos previstos para os municípios de Rondônia, a maior


parte dos municípios (44%) revelam baixas tendências de incremento de polarização.

O resultado foi alto para Porto Velho e Guajará-Mirim. Tendências de incremento média alta
foram apontadas para oito cidades (15%) e média baixa para 19 (37%) (TABELA 4.16).

TABELA 4.16 - TENDÊNCIA DE INCREMENTO DE POLARIZAÇÃO POR MUNICÍPIO NO CENÁRIO INCREMENTAL

Tendência de incremento
Município Componente Componente
Componente Componente
concentração pluralidade Polarização
oportunidade Conectividade
populacional econômica
Alta Floresta d’Oeste 0,5 0,3 0,7 0,3 1,8 Média baixa
Alto Alegre dos
0,0 0,3 0,2 0,3 0,8 Baixa
Parecis
Alto Paraíso 0,5 0,0 0,2 0,0 0,7 Baixa
Alvorada d’Oeste 0,5 0,0 0,5 0,0 1,0 Baixa
Ariquemes 0,5 1,0 0,7 0,5 2,7 Média alta
Buritis 1,0 0,7 0,7 0,0 2,3 Média alta
Cabixi 0,5 0,3 0,0 0,5 1,3 Média baixa
Cacaulândia 0,0 0,3 0,5 0,0 0,8 Baixa
Cacoal 0,5 0,7 0,5 0,5 2,2 Média alta
Campo Novo de
1,0 0,0 0,5 0,0 1,5 Média baixa
Rondônia
Candeias do Jamari 1,0 0,3 0,7 0,0 2,0 Média baixa
Castanheiras 0,5 0,0 0,2 0,0 0,7 Baixa
Cerejeiras 0,5 0,3 0,5 0,5 1,8 Média baixa
Chupinguaia 0,5 0,0 0,2 0,0 0,7 Baixa
Colorado do Oeste 0,0 0,0 0,2 0,0 0,2 Baixa
Corumbiara 0,0 0,3 0,2 0,3 0,8 Baixa
Costa Marques 1,0 0,7 0,3 1,0 3,0 Média alta
Cujubim 1,0 0,3 0,2 0,0 1,5 Média baixa
Espigão d’Oeste 0,5 0,0 0,5 0,0 1,0 Baixa
Governador Jorge
0,5 0,0 0,0 0,0 0,5 Baixa
Teixeira
Guajará-Mirim 1,0 1,0 1,0 1,0 4,0 Alta
Itapuã do Oeste 0,5 0,3 0,5 0,0 1,3 Média baixa
Jaru 0,5 0,3 0,5 0,0 1,3 Média baixa
Ji-Paraná 0,5 0,7 0,8 0,3 2,3 Média alta

343
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Tendência de incremento
Município Componente Componente
Componente Componente
concentração pluralidade Polarização
oportunidade Conectividade
populacional econômica
Machadinho d’Oeste 0,5 0,7 0,0 0,0 1,2 Média baixa
Ministro Andreazza 0,0 0,0 0,2 0,0 0,2 Baixa
Mirante da Serra 0,5 0,0 0,7 0,0 1,2 Média baixa
Monte Negro 0,5 0,0 0,0 0,0 0,5 Baixa
Nova Brasilândia
0,5 0,0 0,7 0,0 1,2 Média baixa
d’Oeste
Nova Mamoré 1,0 0,3 0,7 0,0 2,0 Média baixa
Nova União 0,0 0,0 0,7 0,0 0,7 Baixa
Novo Horizonte do
0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 Baixa
Oeste
Ouro Preto do Oeste 0,5 1,0 0,2 0,0 1,7 Média baixa
Parecis 0,5 0,0 0,0 0,0 0,5 Baixa
Pimenta Bueno 0,5 1,0 0,7 0,3 2,4 Média alta
Pimenteiras do Oeste 0,5 0,3 0,0 0,5 1,3 Média baixa
Porto Velho 1,0 1,0 0,8 1,0 3,8 Alta
Presidente Médici 0,5 0,3 0,2 0,0 1,0 Baixa
Primavera de
0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 Baixa
Rondônia
Rio Crespo 0,5 0,3 0,5 0,0 1,3 Média baixa
Rolim de Moura 0,5 0,3 0,8 0,5 2,2 Média alta
Santa Luzia d’Oeste 0,5 0,0 0,5 0,3 1,3 Média baixa
São Felipe d`Oeste 0,0 0,0 0,2 0,3 0,4 Baixa
São Francisco do
0,5 0,0 0,8 0,0 1,3 Média baixa
Guaporé
São Miguel do
0,5 0,0 0,7 0,0 1,2 Média baixa
Guaporé
Seringueiras 0,5 0,0 0,7 0,0 1,2 Média baixa
Teixeirópolis 0,5 0,0 0,2 0,0 0,7 Baixa
Theobroma 0,0 0,0 0,2 0,3 0,4 Baixa
Urupá 0,5 0,0 0,0 0,3 0,8 Baixa
Vale do Anari 0,5 0,0 0,2 0,0 0,7 Baixa
Vale do Paraíso 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 Baixa
Vilhena 0,5 1,0 0,7 0,5 2,7 Média alta

Em geral, mantiveram-se as classes de incremento de polarização no mesmo intervalo da


polarização atual, ou seja, um município tem polarização atual baixa, teve propensão a apresentar baixa
tendência de incremento. Permaneceram constantes 65% dos municípios, indicando uma tendência
inercial de crescimento para maioria do estado.

4.2.4 Projeções de Demanda Hídrica


Para o rebatimento do incremento de polarização regional na evolução das demandas hídricas,
foram consideradas as variações dos componentes de polaridade (e suas temáticas) entre o cenário atual
e o incremental (TABELA 4.18). Variações positivas resultaram em uma expectativa de crescimento
alta, a não variação foi atribuída à inercia e a variação negativa foi associada a uma expectativa de baixo
crescimento. A relação entre as temáticas dos componentes de polaridade e os usos consuntivos
obedeceu a TABELA 4.17.

344
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

TABELA 4.17 – INVESTIMENTOS CONSIDERADOS PARA O INCREMENTO DOS COMPONETES DE POLARIZAÇÃO NO


CENÁRIO INCREMENTAL

Tipo de uso Componente / Temáticas associadas à variação de demanda hídrica


Abastecimento Concentração Populacional, Pluralidade Econômica (investimentos em indústria e serviços), Oportunidade
humano (urbano) (investimentos em saneamento e equipamentos públicos), Conectividade
Abastecimento Pluralidade Econômica (investimentos em agropecuária), Oportunidade (investimentos em agricultura familiar,
humano (rural) habitação e escola rurais), Conectividade
Dessedentação
Pluralidade Econômica (investimentos em pecuária) e Conectividade
animal
Industria Pluralidade Econômica (investimentos em indústria) e Conectividade
Mineração Pluralidade Econômica (investimentos em mineração) e Conectividade
Irrigação Pluralidade Econômica (investimentos em agricultura) e Conectividade

TABELA 4.18 – PREVISÃO DE EVOULUÇÃO DAS TAXAS DE DEMANDAS HÍDRICAS NO CENÁRIO INCREMENTAL

Abastecimento Abastecimento
Dessedentação
Município humano humano Indústria Mineração Irrigação Reservatório
animal
(urbano) (rural)
Alta Floresta d'Oeste Alta Baixa Baixa Baixa Inercial Baixa Inercial
Alto Alegre dos Parecis Baixa Inercial Inercial Baixa Inercial Inercial Inercial
Alto Paraíso Baixa Baixa Baixa Baixa Inercial Baixa Inercial
Alvorada d'Oeste Inercial Baixa Baixa Baixa Inercial Baixa Inercial
Ariquemes Baixa Inercial Inercial Inercial Inercial Inercial Inercial
Buritis Alta Inercial Inercial Inercial Inercial Inercial Inercial
Cabixi Alta Alta Alta Alta Inercial Alta Inercial
Cacaulândia Alta Inercial Inercial Baixa Inercial Inercial Inercial
Cacoal Baixa Inercial Inercial Inercial Inercial Inercial Inercial
Campo Novo de Rondônia Alta Baixa Baixa Baixa Inercial Baixa Inercial
Candeias do Jamari Alta Baixa Baixa Baixa Inercial Baixa Inercial
Castanheiras Alta Inercial Inercial Inercial Inercial Inercial Inercial
Cerejeiras Inercial Alta Alta Alta Inercial Alta Inercial
Chupinguaia Alta Baixa Baixa Baixa Inercial Baixa Inercial
Colorado do Oeste Baixa Baixa Baixa Baixa Inercial Baixa Inercial
Corumbiara Inercial Alta Alta Alta Inercial Alta Inercial
Costa Marques Alta Alta Alta Alta Inercial Alta Inercial
Cujubim Baixa Alta Alta Inercial Inercial Alta Inercial
Espigão d'Oeste Baixa Baixa Baixa Baixa Inercial Baixa Inercial
Governador Jorge Teixeira Inercial Baixa Baixa Baixa Inercial Baixa Inercial
Guajará-Mirim Alta Alta Alta Inercial Inercial Alta Inercial
Itapuã do Oeste Alta Baixa Baixa Inercial Inercial Baixa Inercial
Jaru Baixa Baixa Baixa Baixa Inercial Baixa Inercial
Ji-Paraná Baixa Inercial Inercial Baixa Inercial Inercial Inercial
Machadinho d'Oeste Baixa Inercial Inercial Alta Alta Inercial Inercial
Ministro Andreazza Baixa Baixa Baixa Baixa Inercial Baixa Inercial
Mirante da Serra Alta Baixa Baixa Baixa Inercial Baixa Inercial
Monte Negro Baixa Baixa Baixa Baixa Inercial Baixa Inercial
Nova Brasilândia d'Oeste Alta Baixa Baixa Baixa Inercial Baixa Inercial
Nova Mamoré Alta Baixa Baixa Baixa Inercial Baixa Inercial
Nova União Alta Baixa Baixa Baixa Inercial Baixa Inercial
Novo Horizonte do Oeste Baixa Baixa Baixa Baixa Inercial Baixa Inercial
Ouro Preto do Oeste Baixa Inercial Inercial Baixa Inercial Inercial Inercial
Parecis Inercial Inercial Inercial Inercial Inercial Inercial Inercial
Pimenta Bueno Baixa Inercial Inercial Baixa Inercial Inercial Inercial
Pimenteiras do Oeste Alta Baixa Baixa Inercial Inercial Baixa Inercial
Porto Velho Inercial Inercial Inercial Inercial Inercial Inercial Inercial
Presidente Médici Inercial Baixa Baixa Inercial Alta Baixa Inercial
Primavera de Rondônia Baixa Baixa Baixa Baixa Inercial Baixa Inercial
Rio Crespo Alta Inercial Inercial Baixa Inercial Inercial Inercial
Rolim de Moura Baixa Alta Alta Alta Inercial Alta Inercial
Santa Luzia d'Oeste Alta Inercial Inercial Inercial Inercial Inercial Inercial
São Felipe d'Oeste Inercial Inercial Inercial Inercial Inercial Inercial Inercial
São Francisco do Guaporé Alta Baixa Baixa Baixa Inercial Baixa Inercial
São Miguel do Guaporé Inercial Baixa Baixa Baixa Inercial Baixa Inercial
Seringueiras Alta Baixa Baixa Baixa Inercial Baixa Inercial
Teixeirópolis Baixa Baixa Baixa Baixa Inercial Baixa Inercial

345
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Abastecimento Abastecimento
Dessedentação
Município humano humano Indústria Mineração Irrigação Reservatório
animal
(urbano) (rural)

Theobroma Baixa Inercial Inercial Inercial Inercial Inercial Inercial


Urupá Baixa Inercial Inercial Inercial Inercial Inercial Inercial
Vale do Anari Inercial Inercial Inercial Inercial Inercial Inercial Inercial
Vale do Paraíso Baixa Baixa Baixa Baixa Inercial Baixa Inercial
Vilhena Baixa Inercial Inercial Inercial Inercial Inercial Inercial

Quantitativamente, as demandas hídricas no período 2014-2036 para o Cenário Incremental


foram determinadas a partir das taxas anuais de crescimento para cada tipo de uso da água por município,
por meio da tendência observada nos dados censitários de 2003 a 2013 de cada setor, conforme já
realizado para o Cenário Inercial. Entretanto, para correlacionar o crescimento com a polarização de
cada município, as taxas anuais determinadas foram ordenadas de maneira crescente e agrupadas em
taxas altas, médias e baixas. Assim, para cada tipo de uso considerado, para os municípios com
polarização alta foi aplicada a média das taxas mais altas de crescimento municipal sobre as vazões de
usos consuntivos para o ano de 2013; para municípios com polarização inercial, utilizou-se a média das
taxas médias de crescimento municipal e para municípios com polarização baixa, a média das taxas mais
baixas de crescimento municipal.

Cabe ressaltar o retrocesso médio foi de 10 anos (2003-2013), porém em alguns casos
específicos essa extensão variou em função da disponibilidade de dados segundo o tipo de uso
consuntivo considerado e também visando preservar as características atuais de cada uso e município,
evitando resultados incoerentes.

A TABELA 4.19 demonstra os resultados obtidos a partir da projeção do Cenário Incremental


para cada categoria de uso da água e horizontes de planejamento considerados.

TABELA 4.19 – VAZÕES DE RETIRADA POR TIPO DE USO PARA O CENÁRIO INCREMENTAL

Vazões (m³/s)
Uso
2021 2026 2036
Abastecimento humano urbano 6,53 7,47 10,89
Abastecimento humano rural 0,56 0,65 1,55
Dessedentação animal 8,19 9,75 23,17
Indústria 1,20 1,64 6,64
Usinas Termelétricas 1,48 1,48 1,48
Mineração 0,10 0,20 2,49
Irrigação 1,42 1,61 4,59
Evaporação líquida de reservatórios -6,53 -7,23 -8,85

O MAPA 5 em anexo, demonstra a espacialização das demandas hídricas municipais para os


anos 2021, 2026 e 2036.

As tabelas apresentadas na sequência contemplam as vazões do Cenário Incremental por UHG


e para os diferentes horizontes de planejamento.

346
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

TABELA 4.20 – VAZÕES DE RETIRADA PARA O CENÁRIO INCREMENTAL POR UHG EM 2021
Abastecimento Abastecimento Dessedentação
Sub-bacia UHG Indústria Termelétrica Mineração Irrigação Evaporação
humano urbano humano rural animal
Alto Rio Madeira 0,33 0,04 0,91 0,02 0,00 0,00 0,04 -1,53
Margem Esquerda do Rio Madeira 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00 -0,38
Rio Madeira
Médio Rio Madeira 2,30 0,00 0,05 0,18 0,00 0,00 0,02 -1,29
Baixo Rio Madeira 0,10 0,00 0,01 0,01 0,00 0,01 0,00 0,00
Alto Rio Machado 0,32 0,13 0,41 0,09 0,00 0,00 0,04 -0,42
Médio Rio Machado 1,18 0,10 1,52 0,53 0,00 0,01 0,61 -0,01
Rio Machado
Rio Jaru 0,24 0,07 0,89 0,14 0,00 0,00 0,06 0,00
Baixo Rio Machado 0,04 0,03 0,38 0,00 0,00 0,00 0,01 -0,10
Alto Rio Jamari 0,00 0,00 0,03 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Margem Direita Rio Jamari 0,33 0,02 0,59 0,08 0,00 0,00 0,02 -0,04
Rio Jamari
Margem Esquerda Rio Jamari 0,54 0,03 0,66 0,04 1,48 0,03 0,04 -0,02
Baixo Rio Jamari 0,04 0,00 0,05 0,01 0,00 0,00 0,00 -2,69
Rio Roosevelt Rio Roosevelt 0,07 0,02 0,29 0,02 0,00 0,00 0,28 0,00
Baixo Rio Guaporé 0,24 0,04 1,03 0,02 0,00 0,00 0,05 0,00
Médio Rio Guaporé 0,01 0,02 0,34 0,01 0,00 0,00 0,02 0,00
Rio Guaporé
Rio Branco e Colorado 0,07 0,02 0,35 0,00 0,00 0,00 0,09 -0,04
Alto Rio Guaporé 0,08 0,01 0,35 0,03 0,00 0,00 0,03 0,00
Rio Mamoré Rio Mamoré 0,35 0,01 0,17 0,01 0,00 0,00 0,05 0,00
Rio Abunã Rio Abunã 0,28 0,01 0,16 0,02 0,00 0,00 0,05 0,00

347
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

TABELA 4.21 – VAZÕES DE RETIRADA PARA O CENÁRIO INCREMENTAL POR UHG EM 2026
Abastecimento Abastecimento Abastecimento
Sub-Bacia UHG Indústria Termelétrica Mineração Irrigação Evaporação
Humano Urbano Humano Rural Animal
Alto Rio Madeira 0,45 0,03 1,08 0,02 0,00 0,01 0,03 -1,69
Margem Esquerda do Rio Madeira 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00 -0,42
Rio Madeira
Médio Rio Madeira 2,57 0,00 0,06 0,21 0,00 0,00 0,02 -1,43
Baixo Rio Madeira 0,11 0,00 0,02 0,01 0,00 0,01 0,00 0,00
Alto Rio Machado 0,35 0,19 0,39 0,07 0,00 0,01 0,03 -0,47
Médio Rio Machado 1,18 0,08 1,39 0,77 0,00 0,04 0,71 -0,01
Rio Machado
Rio Jaru 0,23 0,08 0,82 0,19 0,00 0,00 0,07 0,00
Baixo Rio Machado 0,05 0,05 0,86 0,00 0,00 0,00 0,01 -0,11
Alto Rio Jamari 0,00 0,00 0,02 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Margem Direita Rio Jamari 0,32 0,02 0,61 0,08 0,00 0,00 0,02 -0,04
Rio Jamari
Margem Esquerda Rio Jamari 0,76 0,03 0,74 0,04 1,48 0,10 0,03 -0,02
Baixo Rio Jamari 0,06 0,00 0,04 0,02 0,00 0,00 0,00 -2,98
Rio Roosevelt Rio Roosevelt 0,07 0,01 0,26 0,02 0,00 0,00 0,25 0,00
Baixo Rio Guaporé 0,37 0,06 1,89 0,03 0,00 0,00 0,05 0,00
Médio Rio Guaporé 0,02 0,02 0,40 0,05 0,00 0,00 0,04 -0,01
Rio Guaporé
Rio Branco e Colorado 0,08 0,02 0,35 0,00 0,00 0,00 0,09 -0,05
Alto Rio Guaporé 0,07 0,01 0,36 0,09 0,00 0,00 0,10 0,00
Rio Mamoré Rio Mamoré 0,47 0,02 0,27 0,01 0,00 0,00 0,11 0,00
Rio Abunã Rio Abunã 0,32 0,01 0,19 0,03 0,00 0,00 0,04 0,00

348
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

TABELA 4.22 – VAZÕES DE RETIRADA PARA O CENÁRIO INCREMENTAL POR UHG EM 2036
Abastecimento Abastecimento Abastecimento
Sub-Bacia UHG Indústria Termelétrica Mineração Irrigação Evaporacao
Humano Urbano Humano Rural Animal
Alto Rio Madeira 0,91 0,03 1,52 0,02 0,00 0,02 0,03 -2,07
Margem Esquerda do Rio Madeira 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 0,00 -0,51
Rio Madeira
Médio Rio Madeira 3,21 0,00 0,09 0,28 0,00 0,01 0,01 -1,75
Baixo Rio Madeira 0,14 0,00 0,02 0,01 0,00 0,04 0,00 0,00
Alto Rio Machado 0,49 0,32 0,39 0,05 0,00 0,02 0,02 -0,57
Médio Rio Machado 1,26 0,07 1,23 2,15 0,00 0,86 1,76 -0,01
Rio Machado
Rio Jaru 0,22 0,18 0,78 0,75 0,00 0,02 0,29 0,00
Baixo Rio Machado 0,06 0,20 4,78 0,02 0,00 0,00 0,08 -0,14
Alto Rio Jamari 0,00 0,00 0,02 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Margem Direita Rio Jamari 0,29 0,04 0,89 0,07 0,00 0,00 0,06 -0,05
Rio Jamari
Margem Esquerda Rio Jamari 1,72 0,03 1,00 0,06 1,48 1,18 0,03 -0,02
Baixo Rio Jamari 0,14 0,00 0,03 0,15 0,00 0,00 0,00 -3,65
Rio Roosevelt Rio Roosevelt 0,07 0,01 0,22 0,01 0,00 0,00 0,19 0,00
Baixo Rio Guaporé 0,92 0,17 9,88 0,64 0,00 0,31 0,12 0,00
Médio Rio Guaporé 0,02 0,02 0,57 0,67 0,00 0,00 0,18 -0,01
Rio Guaporé
Rio Branco e Colorado 0,14 0,02 0,37 0,00 0,00 0,00 0,12 -0,06
Alto Rio Guaporé 0,06 0,01 0,44 1,68 0,00 0,00 1,22 0,00
Rio Mamoré Rio Mamoré 0,86 0,03 0,67 0,02 0,00 0,00 0,43 0,00
Rio Abunã Rio Abunã 0,39 0,00 0,25 0,03 0,00 0,00 0,03 0,00

349
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

4.2.5 Projeções de Qualidade da Água


Para previsões sobre o incremento na qualidade da água, o Cenário Incremental considerou o
planejamento municipal e os investimentos previstos para infraestrutura de abastecimento e tratamento
de água, coleta e tratamento de resíduos sólidos e esgotos sanitários. Nos municípios com Planos
Municipais de Saneamento concluídos ou em processo de desenvolvimento, assim como aqueles onde
estão sendo esperadas novas infraestruturas ou ampliações nos sistemas correlatos, foram presumidos
incremento na qualidade da água. Para os demais (47%) foi mantida a qualidade da água atual,
esperando-se que a infraestrutura existente tenda a acompanhar o ritmo da evolução dos efluentes
urbanos e rurais (TABELA 4.23).

TABELA 4.23 – PREVISÕES DE EVOLUÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA

Município Previsão de evolução da qualidade da água


Alta Floresta d'Oeste Incremental
Alto Alegre dos Parecis Incremental
Alto Paraíso Inercial
Alvorada d'Oeste Incremental
Ariquemes Incremental
Buritis Inercial
Cabixi Inercial
Cacaulândia Incremental
Cacoal Incremental
Campo Novo de Rondônia Incremental
Candeias do Jamari Incremental
Castanheiras Incremental
Cerejeiras Inercial
Chupinguaia Incremental
Colorado do Oeste Inercial
Corumbiara Incremental
Costa Marques Incremental
Cujubim Inercial
Espigão d'Oeste Incremental
Governador Jorge Teixeira Incremental
Guajará-Mirim Incremental
Itapuã do Oeste Incremental
Jaru Incremental
Ji-Paraná Incremental
Machadinho d'Oeste Incremental
Ministro Andreazza Inercial
Mirante da Serra Inercial
Monte Negro Incremental
Nova Brasilândia d'Oeste Inercial
Nova Mamoré Incremental
Nova União Incremental
Novo Horizonte do Oeste Incremental
Ouro Preto do Oeste Inercial
Parecis Inercial
Pimenta Bueno Inercial
Pimenteiras do Oeste Inercial
Porto Velho Incremental
Presidente Médici Inercial
Primavera de Rondônia Incremental
Rio Crespo Inercial
Rolim de Moura Incremental
Santa Luzia d'Oeste Inercial
São Felipe d'Oeste Inercial

350
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Município Previsão de evolução da qualidade da água


São Francisco do Guaporé Inercial
São Miguel do Guaporé Inercial
Seringueiras Incremental
Teixeirópolis Incremental
Theobroma Inercial
Urupá Inercial
Vale do Anari Inercial
Vale do Paraíso Inercial
Vilhena Inercial

Na Tabela de Investimentos Municipais Previstos (APÊNDICE 1), constam as descrições das


melhorias projetadas por município.

A mesma metodologia de determinação das taxas aplicadas às demandas hídricas para o Cenário
Incremental foi reproduzida apenas para a estimativa da carga poluidora de origem doméstica, uma vez
que esta era a única categoria para a qual se dispunha de dados de 2003-2013, permitindo o ordenamento
das taxas e determinação de taxas médias altas, médias e baixas. Adicionalmente, apenas para esta
categoria a previsão de evolução da qualidade da água foi considerada, alterando-se a eficiência de
remoção de carga de 50% para 70% (VON SPERLING, 2005) para os municípios que apresentaram
incremento na qualidade, assumindo que nesses casos haverá a implantação de um sistema de tratamento
de esgotos do tipo intermediário, tal como como lagoas ou reatores anaeróbios. Na ausência de séries
temporais que pudessem subsidiar a mesma metodologia para a estimativa da carga poluidora de origem
agropecuária, adotou-se para essas categorias os mesmos valores obtidos para o Cenário Inercial.

O MAPA 6 em anexo sintetiza as informações acerca da qualidade da água para o Cenário


Incremental.

Ainda, como parte do prognóstico da qualidade da água foram analisadas e projetadas as


concentrações de DBO, fósforo e nitrogênio das outorgas de lançamento de efluentes fornecidas pela
SEDAM. Foram utilizadas as taxas de crescimento estimadas na projeção das demandas hídricas para
cada horizonte, UHG e setor específico do Cenário Incremental. Os resultados são apresentados na
TABELA 4.24.

TABELA 4.24 - PROJEÇÃO DA CARGA POLUIDORA COM BASE NAS OUTORGAS NO CENÁRIO INCREMENTAL

2021 2026 2036


UHG Finalidade DBO P N DBO P N DBO P
N (ton)
(ton) (ton) (ton) (ton) (ton) (ton) (ton) (ton)
Alto Rio Guaporé Indústria 8,7 0,0 0,3 18,1 0,0 0,6 360,1 0,0 12,0
Alto Rio Machado Indústria 31,2 4,8 20,9 64,6 10,0 43,3 1282,2 199,2 858,9
Baixo Rio Guaporé Indústria 76,0 0,3 320,8 157,6 0,7 665,2 3127,7 13,3 13204,2
Margem Direita Rio Jamari Esg. sanitário 19,7 0,0 0,0 40,8 0,0 0,0 809,0 0,0 0,0
Esg. sanitário 35,9 1,4 0,9 74,3 2,9 1,8 1475,7 58,2 36,6
Margem Esquerda Rio Jamari
Indústria 0,6 0,0 0,0 1,3 0,0 0,0 26,5 0,0 0,0
Médio Rio Guaporé Esg. sanitário 1,5 0,0 0,0 3,1 0,0 0,0 60,9 0,0 0,0
Consumo
12,5 0,8 0,0 26,0 1,6 0,1 516,6 31,1 1,4
Médio Rio Machado humano
Esg. sanitário 8074,6 11,3 1,4 16742,7 23,4 2,9 332353,8 464,0 58,1

351
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

2021 2026 2036


UHG Finalidade DBO P N DBO P N DBO P
N (ton)
(ton) (ton) (ton) (ton) (ton) (ton) (ton) (ton)

Indústria 14,8 1,0 4,1 30,7 2,1 8,5 608,6 41,7 169,5
Consumo
7,0 0,2 0,1 14,6 0,5 0,2 289,4 9,2 4,1
Médio Rio Madeira humano
Esg. sanitário 19557,1 12,1 2,3 40551,8 25,2 4,8 804978,0 499,6 96,1
Esg. sanitário 3,2 3,2 3,2 6,6 6,6 6,6 130,4 130,4 130,4
Rio Jaru
Indústria 31,2 0,1 0,1 64,8 0,1 0,2 1285,7 2,9 3,6
Rio Mamoré Esg. sanitário 0,3 0,0 0,0 0,7 0,0 0,0 13,5 0,3 0,3

Por fim, realizou-se uma projeção dos quantitativos de resíduos sólidos, considerando seus
impactos indiretos sobre a qualidade da água, com base nas quantidades atuais de resíduos por tipo e
nas taxas de crescimento dos setores populacional e industrial. A TABELA 4.25 apresenta os resultados.

TABELA 4.25 - ESTIMATIVA DE RESÍDUOS SÓLIDOS TOTAIS PARA O CENÁRIO INCREMENTAL

Quantidade de resíduos (toneladas/ano)


Município de localização Município de origem dos resíduos
2021 2026 2036

Alta Floresta D Oeste Alta Floresta D'Oeste 5.184 10.078 17.569


Alto Alegre dos Parecis Alto Alegre dos Parecis 381 154 72
Alvorada D Oeste Alvorada D'Oeste 1.248 1.409 1.558
Ariquemes Ariquemes 40.555 35.989 32.435
Ariquemes Cacaulândia 628 977 1.413
Buritis Buritis 4.572 17.064 51.137
Cabixi Cabixi 3.444 1.833 1.084
Campo Novo de Rondônia Campo Novo de Rondônia 570 2.151 6.507
Colorado do Oeste Colorado do Oeste 4.500 2.537 1.574
Cujubim Cujubim 8.168 11.100 14.333
Espigão D Oeste Espigão D'Oeste 6.074 6.887 7.647
Guajará-Mirim Guajará-Mirim 17.231 29.544 46.407
Itapuã do Oeste Itapuã do Oeste 722 1.980 4.591
Ji-Paraná Ji-Paraná 25.685 21.592 18.683
Monte Negro Monte Negro 6.601 2.095 805
Nova Mamoré Nova Mamoré 2.371 8.152 22.812
Porto Velho Porto Velho 206.549 254.825 327.342
Primavera de Rondônia Primavera de Rondônia 660 303 158
Rolim de Moura Rolim de Moura 13.100 13.113 13.123
Theobroma Theobroma 444 130 47
Urupá Urupá 1.440 509 214
Vale do Anari Vale do Anari 1.024 1.592 2.325
Vilhena Cacoal 28.424 30.308 31.973
Vilhena Corumbiara 1.641 1.878 2.101
Vilhena Espigão D'Oeste 4.614 5.222 5.799
Vilhena Pimenta Bueno 591 592 594
Vilhena Vilhena 553 572 589

352
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

4.3 CENÁRIO SETORIAL

A metodologia de obtenção das séries de vazões de usos consuntivos para o Cenário Setorial
baseou-se no projeto “Estudos de Estimativa de Demandas e Usos Consuntivos da Água”, cuja
metodologia foi detalhada no RE 01, obtendo séries de vazões de retirada, consumo e retorno para todos
os municípios brasileiros entre os anos de 1931 a 2030, séries estas aprovadas pela equipe técnica da
ANA no que diz respeito a validação das estimativas realizadas.

A extensão das séries de 2031 até 2036 foi realizada mediante aplicação da taxa média anual
equivalente, considerando a tendência observada nos dados de 2020 a 2030 de cada setor.

4.3.1.1 Abastecimento Humano Urbano e Rural

Levando-se em consideração o arcabouço metodológico dos estudos já desenvolvidos no Brasil


e no mundo relacionados a estimativas dos volumes de água referentes ao abastecimento humano, a
diretriz adotada teve como base a utilização dos dados de retirada e uso per capita da água, inventariados
Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento - SNIS (BRASIL, 2015), utilizando dados
relacionados ao contingente populacional como variável explicativa para estimativa da demanda hídrica.

Para a estimativa da população total por município, no ano t, foi utilizada a projeção
populacional de 2014 a 2030 para os estados brasileiros (IBGE, 2013) e o método de desagregação, por
município, proposto por Madeira; Simões (1973). Este método, também utilizado pelo IBGE nas
estimativas anuais de população municipal, utiliza a população de uma área geográfica hierarquicamente
superior (população estadual) para o ano de interesse. A população em cada município, para o tempo t,
é dada por:
𝑃𝑖 (𝑡) = 𝑎𝑖 . 𝑃(𝑡) + 𝑏𝑖 (Equação 4.3)

Em que:

Pi(t) = população em cada município, no ano t


P(t) = população estadual, no ano t
ai = coeficiente de proporcionalidade do incremento da população do município i em relação ao incremento da população
estadual
bi = coeficiente linear de correção

A determinação dos coeficientes é dada por:

𝑃𝑖 (𝑡1 )−𝑃𝑖 (𝑡0 )


𝑎𝑖 = 𝑃(𝑡1 )−𝑃(𝑡0 )
(Equação 4.4)

𝑏𝑖 = 𝑃𝑖 (𝑡0 ) − 𝑎𝑖 ∙ 𝑃(𝑡0 ) (Equação 4.5)

No caso das estimativas de população municipal referentes ao ano t, 2014 a 2030, foi
considerado 𝑡0 = 2010 (Censo Demográfico), 𝑡1 = 2013 (Estimativa anual da população) e t = 2014,
2015, ..., 2030, anos de referência da estimativa.

353
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Uma vez que a população rural e urbana não é informada nas projeções realizadas pelo IBGE,
para estabelecer a divisão da população no cenário inercial optou-se por estimar a população urbana.
Desta forma, a população urbana de um município qualquer, no ano t, é dada por:

𝑃𝑖𝑢 (𝑡) = 𝑃𝑖𝑢 (𝑡 − 1) ∙ 𝐷𝑢 (Equação 4.6)

Em que:
𝑃𝑖𝑟 (𝑡) = a população urbana de um determinado município no ano t
𝑃𝑖𝑢 (𝑡 − 1) = a população urbana do mesmo município no ano t-1
𝐷𝑢 = a taxa anual de incremento da população urbana, determinada por:

𝐷𝑢 = [𝑃𝑖𝑢 (2030)⁄𝑃𝑖𝑢 (2010)][1⁄(2030−2010)] (Equação 4.7)

Em que

𝑃𝑖𝑢 (2030) = população urbana do município, no ano de 2030, determinada conforme estimativa do modelo “Máquina de
Cenários”
𝑃𝑖𝑢 (2010) = população urbana do município, no ano de 2010, determinado pelo Censo de 2010

A população rural, por sua vez, é determinada pela diferença entre a população total do
município e a população urbana, conforme:

𝑃𝑖𝑟 (𝑡) = 𝑃𝑖 (𝑡) − 𝑃𝑖𝑢 (t) (Equação 4.8)

Em que:

𝑃𝑖𝑟 (𝑡) = população rural do município, para o ano t

Uma adequação utilizada buscou reproduzir o padrão da evolução populacional relativa a cada
mesorregião, ajustado para espelhar as projeções populacionais realizadas pelo IBGE, no período de
2014 a 2030. Uma vez de posse da estimativa populacional, com o viés do referido modelo, novo ajuste
proporcional foi realizado para garantir a totalização das respectivas populações das UFs, no valor exato
em relação ao apresentado pelo IBGE. A demanda de água para abastecimento humano é estimada com
base na população municipal urbana e rural, consideradas no método proposto como variáveis
explicativas (TABELA 4.26).

TABELA 4.26 - VARIÁVEIS COMPONENTES DA CENARIZAÇÃO DAS VAZÕES ASSOCIADAS AO ABASTECIMENTO


HUMANO

Cenarização
Variável de cálculo Fonte Escala Projeção
2014-2030
Coeficientes per capita
Calculado Valores do Diagnóstico Municipal -
urbanos
Coeficientes per capita
Bibliografia Valores do Diagnóstico Estadual -
rurais
Mesorregional, a partir da tendência urbana 2000-2010
População Urbana IBGE Projetada Municipal
ajustada às estimativas, por UF, do IBGE até 2030.
Mesorregional, a partir da tendência rural 2000-2010
População Rural IBGE Projetada Municipal
ajustada às estimativas por UF do IBGE até 2030.

354
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4.3.1.2 Dessedentação Animal

Os principais usos consuntivos da água, em escala global, ocorrem na agricultura e pecuária.


Além dos usos ligados a práticas agrícolas (i.e., irrigação), a utilização de água nas estruturas de
dessedentação, criação e ambiência nos sistemas de criação de animais - retirada e o retorno de volumes
utilizados para gestão e manutenção de dispositivos em instalações de confinamento - correspondem a
parte deste montante total.
O consumo de água diário para pecuária varia significativamente em função da espécie animal.
O tamanho e estágio de desenvolvimento fisiológico são fatores determinantes na demanda hídrica per
capita, sendo ainda influenciados pelas condições ambientais e de manejo (WARD; MCKAGUE, 2007).
Para projeção dos rebanhos em base municipal para o período 2015 - 2030 partiu-se dos dados
dos rebanhos em 2014 (Tabelas 3939 e 94, SIDRA –IBGE, agrupados por mesorregião) e aplicou-se as
taxas de crescimento definidas para estimativa dos rebanhos correspondentes às 137 mesorregiões do
país, como apresentado no RE 01.

A projeção dos rebanhos foi realizada conforme apresentado na Equação 4.7

𝑅𝑒𝑏2030 (𝑒𝑠𝑝é𝑐𝑖𝑒,𝑎𝑛𝑖𝑛𝑎𝑖𝑠) = 𝑅𝑒𝑏2014 (𝑒𝑠𝑝é𝑐𝑖𝑒,𝑎𝑛𝑖𝑛𝑎𝑖𝑠) . (𝑡𝑥𝑒𝑠𝑝é𝑐𝑖𝑒,𝑚𝑒𝑠𝑜𝑟𝑟𝑒𝑔𝑖ã𝑜 )16 (Equação 4.9)

Em que:

Reb2030 = quantitativo de animais por determinada espécie para determinada mesorregião para 2030 (número de cabeças)
Reb2014 = quantitativo de animais por determinada espécie para determinado município para o ano base - 2014 (número de
cabeças)
Tx = taxa de crescimento ajustada para 4 grandes grupos de rebanhos animais (bovinos, galináceos, suínos e outros) por
mesorregião (%)

Desta maneira, obteve-se as projeções dos rebanhos de 4 classes para as mesorregiões


brasileiras. Considerando os rebanhos utilizados na estimativa das demandas hídricas e as 4 classes
utilizadas para as projeções, a TABELA 4.27 apresenta as correspondências adotadas para projeção de
todas as espécies de animais consideradas na matriz de coeficientes técnicos.

TABELA 4.27 - CORRESPONDÊNCIA ENTRE OS AGRUPAMENTOS PARA OBTENÇÃO DAS TAXAS DE PROJEÇÃO E
REBANHOS
Agrupamentos para obtenção das taxas de
Rebanhos Correspondentes
projeção
Bovinos Bovinos e Vacas Ordenhadas
Galináceos Galináceos, Galináceos – Galinhas e Codornas
Suínos Suínos
Outros Bubalinos, Caprinos, Equinos e Ovinos

Os rebanhos (Bovinos, Suínos, Bubalinos, Equinos, Ovinos, Caprinos, Galináceos, Codornas e


Vacas Ordenhadas) foram agrupados em cinco grupos para a cenarização: vacas ordenhadas, bovinos
(exceto vacas ordenhadas), galináceos, suínos e outros. As projeções (taxas) foram estabelecidas por
mesorregião, sendo aplicadas posteriormente aos seus municípios.

Os rebanhos foram projetados utilizando as séries históricas de dados da PPM entre 2000 e 2014.
Após análise anual da distribuição dos dados e em consulta a documentos setoriais e governamentais
355
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(MAPA, 2011; UFMG, 2015; FIESP, 2015), foi selecionado o período 2006-2014 como representativo
de tendência de médio prazo para os grupos bovinos. Para os demais grupos, as taxas foram extrapoladas
a partir da média das taxas mesorregionais de curto prazo (2006-2014) e médio prazo (2000-2014).

Especificamente com relação à pecuária de corte (grupo bovinos exceto vacas ordenhadas), o
resultado das projeções foi ajustado aos resultados do estudo da UFMG para os estados da Amazônia
Legal (UFMG, 2015), cujo estado de Rondônia se enquadra. Desta forma, os incrementos do rebanho
da pecuária de corte nestes estados foram ajustados para o horizonte de 2030 e considerados para ajuste
dos resultados estimados com a simples aplicação da taxa de curto prazo (2006-2014). A distribuição
do incremento de rebanho em cada mesorregião seguiu a proporção encontrada anteriormente,
mantendo, portanto, a dinâmica intraestadual da projeção original (mesorregiões com crescimento
diferenciado). Para interpolação dos rebanhos em base municipal entre os anos de 2014 a 2030, utilizou-
se a função “Série – tendência linear” no software Microsoft Excel. Por fim, a TABELA 4.28 sistematiza
os dados e método utilizado para estimativa dos rebanhos de 2015 - 2030, considerando o detalhamento
por rebanho.

TABELA 4.28 - SUMÁRIO DOS DADOS, BASES TERRITORIAIS E MATRIZ DE COEFICIENTES UTILIZADOS PARA
PROJEÇÃO DOS REBANHOS E ESTIMATIVA DA DEMANDA HÍDRICA NO PERÍODO 2015 - 2030
Base Base Matriz de
Grupamento Dado
Rebanho territorial territorial Observação coeficientes
taxas projeção (2014)
(2014) (2015 - 2030) técnicos
3939
Bovino Bovinos
(IBGE)
3939
Suínos Suínos
(IBGE)
3939
Bubalino Outros
(IBGE)
3939
Equino Outros Rebanhos de 2030 projetado com
(IBGE)
base nas taxas de curto (2006 –
3939
Ovino Outros 2014) e médio (2000 – 2014). Idem período
(IBGE)
Municipal Mesorregião Especificamente para os bovinos, os de diagnóstico
3939
Caprino Outros resultados da projeção foram (1931 – 2014)
(IBGE)
ajustados com base nas projeções de
Galináceos – 3939
Galináceos UFMG (2015).
Total (IBGE)
Galináceos – 3939
Galináceos
Galinhas (IBGE)
3939
Codornas Galináceos
(IBGE)
Vacas 94
Bovinos
Ordenhadas (IBGE)

4.3.1.3 Indústria de Transformação

A estimativa das séries de vazões de retirada, consumo e retorno do setor de Indústrias de


Transformação para o período 2015 - 2030 foi realizada considerando a aplicação do mesmo método
definido para a estimativa da demanda hídrica do período 1931 - 2014, detalhado no RE 01. A FIGURA
4.1 apresenta o fluxograma da metodologia que foi utilizada para obtenção das vazões de retirada,
consumo e de retorno para o período 2015 - 2030, em base municipal, baseado na projeção de vínculos
ativos ligados à indústria de transformação em base mesoregional a partir de dados do MTE-RAIS (ano
base 2014) e na matriz de coeficientes técnicos elaborada a partir do banco de dados do Cadastro
Nacional de Usuários de Recursos Hídricos – CNARH, da Agência Nacional de Águas.
356
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Foram utilizados dois métodos para estimativa das taxas de crescimento das indústrias de
transformação para o país considerando dois horizontes de análise, isto é, um a curto prazo (2015 - 2016)
com a aplicação de indicadores conjunturais e outro de médio-longo prazo (2017 - 2030) a partir das
taxas de crescimento tendenciais para projeção do número vínculos ativos em base municipal.

FIGURA 4.1 - FLUXOGRAMA DA METODOLOGIA UTILIZADA PARA DETERMINAÇÃO DAS VAZÕES DE RETIRADA,
CONSUMO E RETORNO DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO PARA O PERÍODO DE 2015 – 2030

Considerando o cenário de curto prazo (2015 - 2016), foi utilizado como fator de projeção a
variável índice base mensal – Pessoal Ocupado Assalariado obtido junto à Pesquisa Industrial Mensal
de Emprego e Salário (PIMES), Tabela 1628 (SIDRA/IBGE).

Desta maneira, o índice observado por tipologia industrial foi utilizado para projeção da variável
vínculos ativos (ano base 2014) para os anos de 2015 e 2016, conforme a Equação 4.8.

𝑉𝑖𝑛𝐴𝑡𝑖𝑣2016,2015 = 𝑉𝑖𝑛𝐴𝑡𝑖𝑣2014 ∗ 𝑇𝑥𝑃𝑂𝐴 (Equação 4.10)

VíncAtiv2014 = número de vínculos ativos para 2014, por tipologia industrial, em base municipal
TxPOA = índice base mensal – Pessoal Ocupado Assalariado, por tipologia industrial
VíncAtiv2016,2015 = número de vínculos ativos para os anos de 2015 e 2016, por tipologia industrial, em base municipal

Para projeção do total de vínculos ativos para o país nos anos de 2017 - 2030, procedeu-se com
a aplicação de taxas tendenciais obtidas por mesorregião, a partir do agrupamento de indústrias dada a
natureza da sua operação (rural ou urbana).

Desta maneira, para obtenção das taxas de crescimento tendencial, obteve-se o incremento
médio entre a variação das vazões de retirada para 2 tipologias industriais genéricas (i.e. rurais e urbanas)
na escala da mesorregião considerando os anos de 2002 - 2013 (horizonte de longo prazo) e 2008 - 2013
(horizonte de curto prazo). Neste sentido, optou-se pela utilização das taxas médias devido à atenuação
do crescimento levando-se em consideração um ritmo cenário tendencial equilibrado entre fatores que
afetam o ritmo de crescimento da demanda industrial no curto e no longo prazo. As taxas de crescimento
por tipologia industrial para cada mesorregião do país foram obtidas de acordo com a equação abaixo:

357
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Qretf 1
tX TipInd = ( )fi (Equação 4.11)
Qreti

TxTipInd = taxa de crescimento para um determinado tipo de indústria (rural ou urbana), para uma determinada região, para
os intervalos 2002 – 2013 ou 2008 – 2013
Qretf = vazões de retirada obtidas para um determinado tipo de indústria (rural ou urbana), para uma determinada região,
para 2013
Qretf = vazões de retirada obtidas para um determinado tipo de indústria (rural ou urbana), para uma determinada região,
para 2002 e/ou 2008
fi = período de anos considerado na análise (2013 – 2002, taxas de crescimento de longo prazo ou 2013 – 2008, taxas de
crescimento de curto prazo)

Considerando que o crescimento médio de vínculos ativos no país para os períodos de 2002 -
2013 e 2008 - 2013 apresentou uma taxa média de 3,86% ao ano, realizou-se a projeção de vínculos
ativos para o país para o ano de 2030 com a aplicação desta taxa de crescimento constante. Desta
maneira, ajustou-se um limite máximo para aplicação das taxas de crescimento obtidas, utilizando o
total de vínculos ativos obtidos pela aplicação da taxa de crescimento médio para o país como fator
limitante do crescimento dos agrupamentos industriais por mesorregião. Limitou-se o crescimento
máximo das indústrias a 6,5% ao ano. A série de vínculos ativos para base municipal e por tipologia
industrial considerou a aplicação das taxas médias de crescimento com aplicação do fator limitante para
a mesorregião correspondente e a taxa obtida pelo agrupamento industrial (i.e. rural ou urbana) para
determinada tipologia industrial.

4.3.1.4 Usinas Termelétricas

O uso da água em instalações de Usinas Termelétricas (UTEs) está relacionado ao acionamento


de turbinas por vapor de água e à necessidade do uso sistemas de resfriamento (DZIEGIELEWSKI,
2006). Sendo assim, a demanda de água em usinas termelétricas depende das tecnologias de geração,
tipo de combustível e sistema de resfriamento, bem como, de condições meteorológicas que influenciem
esses processos (DIEHL et al., 2013).

As demandas hídricas de termelétricas iniciaram-se em 1952 no estado de São Paulo e, até 1960,
concentram-se neste estado e no estado do Rio Grande do Sul, totalizando 2,23 m³/s. Entre os anos de
1980 e 2000, observou-se no Brasil uma maior distribuição espacial das termelétricas, resultando neste
período num aumento das vazões de retirada, com registros variando de 57 m³/s, em 1980, a 90 m³/s,
em 2000. No ano de 2013, estima-se em cerca de 200 m³/s esta vazão de atendimento às termelétricas.

A TABELA 4.29 lista as usinas termelétricas existentes ou previstas para o estado de Rondônia.

TABELA 4.29 – USINAS TERMELÉTRICAS NO ESTADO DE RONDÔNIA

Nome Município Potência (kW) Estágio


CNH Vista Alegre Porto Velho 5000 Construção não iniciada
Surpresa ÔÇô BBF RO Guajará-Mirim 660 Construção com outorga
CNH Cujubim Cujubim 12000 Operação
Costa Marques Costa Marques 4986 Operação
Conceição da Galera Porto Velho 53 Operação
Vila de Extrema Porto Velho 6291 Construção não iniciada
Colorado do Oeste Colorado do Oeste 10946 Operação
São Carlos ÔÇô BBF RO Porto Velho 1682 Construção com outorga
358
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Nome Município Potência (kW) Estágio


Nazaré ÔÇô BBF RO Porto Velho 742 Construção com outorga
CNH São Francisco São Francisco do Guaporé 7500 Construção não iniciada
Termo Norte II Porto Velho 426530 Operação
Rovema Bandeirantes Porto Velho 1632 Operação
Nova Mamoré Nova Mamoré 3200 Construção não iniciada
Conceição da Galera ÔÇô BBF RO Porto Velho 198 Construção com outorga
Abunã Porto Velho 3180 Operação
CNH União Bandeirantes Porto Velho 1500 Construção com outorga
São Sebastião Porto Velho 80 Operação
DTCEA-PV II Porto Velho 400 Operação
CNH Pacarana Espigão D'Oeste 2200 Construção com outorga
Rolim de Moura do Guaporé São Francisco do Guaporé 274 Operação
CNH Vale do Anari Vale do Anari 3500 Construção com outorga
Machadinho do Oeste Machadinho D'Oeste 10061 Operação
Central Geradora de Emergência - CSAC Porto Velho 9125 Operação
Demarcação Porto Velho 156 Operação
Calama Porto Velho 1039 Operação
Demarcação ÔÇô BBF RO Porto Velho 286 Construção com outorga
CNH Campo Novo Campo Novo de Rondônia 2500 Construção não iniciada
Alto Guarajus Corumbiara 232 Construção não iniciada
Rical Vilhena 2288 Operação
CNH Machadinho Machadinho D'Oeste 15000 Operação
Vale do Anari Vale do Anari 4384 Operação
Pacarana Espigão D'Oeste 2384 Operação
Campo Novo Campo Novo de Rondônia 3362,96 Operação
Nova Califórnia Porto Velho 2530 Operação
CNH Alvorada do Oeste Alvorada D'Oeste 5000 Construção não iniciada
Mutum Paraná Porto Velho 1080 Operação
Pedras Negras ÔÇô BBF RO São Francisco do Guaporé 232 Construção com outorga
Santa Catarina ÔÇô BBF RO Porto Velho 234 Construção com outorga
DTCEA-GM Guajará-Mirim 408 Operação
Vista Alegre do Abunã Porto Velho 8060 Operação
Vilhena Vilhena 23750 Operação
Marfrig Rolim de Moura Rolim de Moura 1120 Operação
Rovema-Triunfo Candeias do Jamari 4340 Operação
Calama - BBF RO Porto Velho 1694 Construção com outorga
Jaci-Paraná Porto Velho 3700 Operação
Rio Madeira Porto Velho 119350 Operação
CNH Buritis Buritis 18000 Operação
Rolim de Moura do Guaporé ÔÇô BBF RO Alta Floresta D'Oeste 662 Construção com outorga
DTCEA-PV Porto Velho 528 Operação
Cujubim Cujubim 10888 Operação
DTCEA-GM II Guajará-Mirim 136 Operação
Urucumacuã Chupinguaia 904 Operação
Tabajara Machadinho D'Oeste 97 Operação
Fortaleza do Abunã Porto Velho 384 Desativado
Bom Princípio Costa Marques 224 Construção não iniciada
CNH Costa Marques Costa Marques 500 Construção não iniciada
Nova Buritis Buritis 18894 Operação
CNH Urucumacuã Chupinguaia 880 Construção não iniciada
Shopping Porto Velho Porto Velho 4015 Operação
Surpresa Guajará-Mirim 410 Operação
A.C.D.A. Importação e Exportação PVH Porto Velho 600 Operação
CNH Nova Califórnia Porto Velho 2100 Construção não iniciada
Maici Porto Velho 34 Operação
Santa Catarina Porto Velho 155 Operação
Nazaré Porto Velho 480 Operação
Marfrig Chupinguaia Chupinguaia 2000 Operação
Amazonbio - Indústria e Comércio de Biodiesel da Amazônia Ji-Paraná 1000 Operação
DTCEA-VH Vilhena 528 Operação
CNH Distrito de Triunfo Itapuã do Oeste 3400 Construção com outorga
Nova Geaze Rolim de Moura 48 Construção não iniciada
Chupinguaia Chupinguaia 3821 Operação

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Nome Município Potência (kW) Estágio


CNH Izidolandia Alto Alegre dos Parecis 880 Operação
CNH Vila Extrema Porto Velho 3000 Construção não iniciada
Izidrolândia Alta Floresta D'Oeste 537 Operação
Pedras Negras São Francisco do Guaporé 132 Operação
Pimenta Bueno Pimenta Bueno 13000 Operação
Aeroporto Internacional Governador Jorge Teixeira Porto Velho 797 Operação
Rondon II Pimenta Bueno 24000 Construção com outorga
São Carlos Porto Velho 1440 Operação
Alvorada d'Oeste Alvorada D'Oeste 6311 Operação
São Francisco do Guaporé São Francisco do Guaporé 9422 Operação
Fonte: ANEEL (2017).

No cenário futuro, com a inclusão das usinas termelétricas previstas e da continuidade da


operação das atualmente ativas, estima-se um aumento de 19% na vazão de retirada, neste setor,
totalizando uma vazão correspondente a cerca de 240 m³/s. O cenário para termelétricas foi elaborado
de forma a manter o mesmo método de estimativa. O cenário assumiu a continuidade da operação das
usinas, atualmente ativas, e pela identificação de novas usinas com previsão de entrada de operação no
período de 2014-2030.

As 103 usinas em operação tiverem suas séries de geração estendidas até 2030. Para as 41 usinas
operadas pelo ONS, com séries mensais entre 2000 e 2015, foi assumido que a geração futura é igual
média da geração para cada mês do ano. Para as demais usinas, que não possuem séries de geração, foi
assumido que a geração mensal é igual à correspondente potência outorgada.

Para identificar termelétricas, com início de operação previsto para o período de elaboração do
cenário, foi utilizado como referência o Boletim de Acompanhamento das Centrais Geradoras
Termelétricas da ANEEL. No estado de Rondônia não foram identificadas Usinas com previsão de início
de operação.

4.3.1.5 Mineração

O método proposto, aplicado sobre esta base de dados da produção mineral, constrói as séries
de demandas hídricas, da Indústria Extrativa Mineral, para o período 1931 a 2030. As demandas hídricas
da mineração cobrem todo o período desde 1931 e nesta atividade considera-se que apenas cerca de 1/5
do volume de água retirado é realmente consumido, sendo que o volume restante, 80% do retirado,
retorna à bacia original. No cenário futuro, estima-se um crescimento anual de cerca de 1%, para a
demanda hídrica setorial, totalizando uma vazão de retirada estimada de 55 m³/s, em 2030.

A principal referência de estudo setorial que aborda o cenário futuro do setor de mineração é o
Plano Nacional de Mineração (MME, 2010), no qual foram definidas taxas de crescimento para diversas
classes de minérios para um futuro próximo (2022) e distante (2030). Como referência para a definição
das taxas de crescimento da produção mineral o PNM considerou a projeção de crescimento do PIB de
5,1% além do histórico da produção de cada substância mineral e de conjunturas que pudessem
influenciar a projeção. No entanto, a projeção do PIB utilizada no PMN é bastante otimista e como

360
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consequência produz um aumento na demanda hídrica incompatível com o observado na série recente
de dados. Sendo assim, para considerar as análises do plano e mantendo uma projeção compatível com
a série de dados foi utilizada a média entre o cenário estabelecido do PNM e a projeção linear das
produções minerais. A projeção linear utilizou dados do Anuário mineral (DNPM, 2004) para o ano de
2004 e do Prodlist/IBGE para os anos de 2005 a 2013.

4.3.1.6 Irrigação

A TABELA 4.30 descreve as variáveis consideradas nas projeções para o uso por irrigação, para
o período de 2015-2030, contendo informações sobre as fontes dos dados, suas escalas originais e
demais observações.

TABELA 4.30 - VARIÁVEIS CONSIDERADAS NA PROJEÇÃO DA IRRIGAÇÃO 2015-2030


Cenarização Escala/base do
Variável de cálculo Fonte Projeção Observação
2014-2030 dado
Mesorregional, a partir da
tendência do passado e de
limitações da indústria de Compilação dos dados dos
Área irrigada equipada equipamentos de censos agropecuários do
IBGE e
(arroz inundado; cana de Projetada Municipal irrigação. Foram IBGE; Valores de área
ANA
açúcar; demais culturas) projetadas separadamente irrigada da ANA para os
as áreas irrigadas de arroz anos 2013 e 2014
inundado, cana de açúcar e
demais culturas.
A área colhida municipal foi
calculada a partir a área
irrigada municipal, por meio
de uma proporção entre
ambas obtida com base no
Área colhida IBGE Calculada Municipal -
censo 2006. Para as culturas
de arroz inundado e cana de
açúcar a área colhida foi
considerada igual a área
irrigada.
Adotado para todo a período
Valores do
Calendário de cultura IBGE Municipal - o calendário de cultura
Diagnóstico
levantado no Censo 2006.
Adotado para todo a período
a distribuição de culturas do
Valores do
Distribuição das culturas IBGE Municipal - Censo 2006 (tipo de cultura e
Diagnóstico
proporção de área colhida no
município).
Valores médios mensais Foram utilizadas as séries
Precipitação ANA Calculada Pontual da série histórica por históricas de 10.083 estações
estação. pluviométricas.
Foram utilizadas as séries
Valores médios mensais históricas de 524 estações
Evapotranspiração
INMET Calculada Pontual da série histórica por meteorológicas
(dados meteorológicos)
estação. (convencionais e
automáticas).

Bibliografia Valores do
Eficiência de aplicação Municipal - .
e IBGE Diagnóstico

4.3.1.7 Evaporação Líquida de Reservatórios

A estimativa das séries futuras de vazão de evaporação líquida foi realizada procurando seguir
a fundamentação metodológica e organização de dados apresentada anteriormente. Para o período

361
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

futuro, foi utilizada a média mensal das alturas de evaporação líquida interpoladas para o local do
reservatório e a área mapeada da superfície do lago.

O fato de utilizar como variável a altura de evaporação líquida, a qual é calculada para o local
das estações meteorológicas e interpolada para os locais de reservatório, permite projetar séries futuras
também para reservatórios ainda inexistentes, mas para os quais se conheça a data futura de instalação
e a área prevista do espelho de água.

Na TABELA 4.31 constam os valores médios anuais, totalizados para o Brasil e para os dois
tipos considerados, para os anos base de 2014 e 2030. Nota-se que apesar do método de projeção
considerar valores médios de clima e de área de superfície evaporante, a vazão total para o País em 2030
resultou 12% superior a observada em 2014, totalizando 705 m³/s.

TABELA 4.31 – VAZÃO DE EVAPORAÇÃO LÍQUIDA NO BRASIL EM 2014 E 2030

Vazão de evaporação líquida média anual (m³/s)


Ano
ONS Outros Total do País
2014 439,62 191,66 631,28
2030 517,89 187,77 705,66
Incremento 18% -2% 12%

Cabe ressaltar que resultados negativos de evaporação líquida de reservatórios indicam que a
evapotranspiração real da bacia hidrográfica no local do reservatório sem sua implantação seria maior
do que a evaporação real da superfície do lago do reservatório. Esse fenômeno pode ser observado em
regiões com cobertura vegetal densa. A FIGURA 4.2 apresenta a localização dos espelhos d’água e
usinas hidrelétricas (UHE) com reservatório no estado de Rondônia, podendo-se constatar que, de fato,
os reservatórios artificiais substituíram áreas de floresta.

362
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

FIGURA 4.2 – ESPELHOS D’ÁGUA NO ESTADO DE RONDÔNIA


Fonte: Adaptado de ANEEL (2017); IBGE (2016).

4.3.2 Projeções de Demanda Hídrica


A TABELA 4.38 apresenta as vazões de retirada para o Cenário Setorial para as categorias de
uso da água e horizontes de planejamento considerados.

TABELA 4.32 – VAZÕES DE RETIRADA POR TIPO DE USO PARA O CENÁRIO SETORIAL

Vazões (m³/s)
Uso
2021 2026 2036
Abastecimento humano urbano 6,49 6,88 7,65
Abastecimento humano rural 0,47 0,47 0,47
Dessedentação animal 9,55 10,51 12,73
Indústria 1,34 1,73 2,91
Usinas Termelétricas 2,50 2,50 2,50
Mineração 0,03 0,04 0,06
Irrigação 2,09 2,14 2,23
Evaporação líquida de reservatórios -6,50 -6,50 -6,50

A espacialização das vazões de retirada para os municípios de Rondônia e para os horizontes de


planejamento considerados é apresentada no MAPA 7, em anexo.

As vazões do Cenário Setorial discretizadas por UHG e para os horizontes de planejamento


considerados são apresentadas nas tabelas a seguir.

363
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

TABELA 4.33 – VAZÕES DE RETIRADA PARA O CENÁRIO SETORIAL POR UHG EM 2021

Abastecimento Abastecimento Dessedentação


Sub-bacia UHG Indústria Termelétrica Mineração Irrigação Evaporação
humano urbano humano rural animal

Alto Rio Madeira 0,27 0,04 1,09 0,02 0,00 0,00 0,07 -1,52
Margem Esquerda do Rio
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -0,37
Rio Madeira Madeira
Médio Rio Madeira 2,29 0,00 0,06 0,17 0,00 0,00 0,03 -1,29
Baixo Rio Madeira 0,10 0,00 0,02 0,01 0,00 0,00 0,01 0,00
Alto Rio Machado 0,31 0,02 0,52 0,18 0,00 0,00 0,06 -0,42
Médio Rio Machado 1,31 0,11 2,08 0,52 0,00 0,00 0,77 -0,01
Rio Machado
Rio Jaru 0,33 0,07 1,23 0,15 0,00 0,00 0,13 0,00
Baixo Rio Machado 0,04 0,02 0,18 0,00 0,00 0,00 0,01 -0,10
Alto Rio Jamari 0,00 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Margem Direita Rio Jamari 0,40 0,03 0,70 0,12 0,00 0,00 0,02 -0,04
Rio Jamari
Margem Esquerda Rio Jamari 0,42 0,04 0,83 0,04 2,50 0,01 0,09 -0,02
Baixo Rio Jamari 0,03 0,01 0,11 0,00 0,00 0,00 0,01 -2,68
Rio Roosevelt Rio Roosevelt 0,08 0,02 0,38 0,03 0,00 0,00 0,42 0,00
Baixo Rio Guaporé 0,17 0,04 0,91 0,05 0,00 0,00 0,13 0,00
Médio Rio Guaporé 0,02 0,02 0,29 0,00 0,00 0,00 0,02 0,00
Rio Guaporé
Rio Branco e Colorado 0,06 0,02 0,42 0,00 0,00 0,00 0,21 -0,04
Alto Rio Guaporé 0,10 0,01 0,37 0,02 0,00 0,00 0,02 0,00
Rio Mamoré Rio Mamoré 0,28 0,01 0,13 0,01 0,00 0,00 0,02 0,00
Rio Abunã Rio Abunã 0,28 0,01 0,19 0,02 0,00 0,00 0,08 0,00

364
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

TABELA 4.34 – VAZÕES DE RETIRADA PARA O CENÁRIO SETORIAL POR UHG EM 2026
Abastecimento Abastecimento Dessedentação
Sub-Bacia UHG Indústria Termelétrica Mineração Irrigação Evaporação
humano urbano humano rural animal
Alto Rio Madeira 0,30 0,05 1,33 0,02 0,00 0,00 0,07 -1,52
Margem Esquerda do Rio
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -0,37
Rio Madeira Madeira
Médio Rio Madeira 2,49 0,01 0,08 0,22 0,00 0,00 0,03 -1,29
Baixo Rio Madeira 0,11 0,00 0,02 0,01 0,00 0,00 0,01 0,00
Alto Rio Machado 0,31 0,02 0,55 0,24 0,00 0,00 0,06 -0,42
Médio Rio Machado 1,32 0,11 2,15 0,67 0,00 0,00 0,79 -0,01
Rio Machado
Rio Jaru 0,34 0,07 1,27 0,20 0,00 0,00 0,13 0,00
Baixo Rio Machado 0,05 0,02 0,22 0,00 0,00 0,00 0,01 -0,10
Alto Rio Jamari 0,00 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Margem Direita Rio Jamari 0,41 0,03 0,74 0,15 0,00 0,00 0,02 -0,04
Rio Jamari
Margem Esquerda Rio Jamari 0,46 0,04 0,99 0,04 2,50 0,01 0,09 -0,02
Baixo Rio Jamari 0,03 0,01 0,13 0,00 0,00 0,00 0,01 -2,68
Rio Roosevelt Rio Roosevelt 0,08 0,02 0,40 0,04 0,00 0,00 0,43 0,00
Baixo Rio Guaporé 0,18 0,04 1,06 0,07 0,00 0,00 0,13 0,00
Médio Rio Guaporé 0,02 0,02 0,30 0,00 0,00 0,00 0,02 0,00
Rio Guaporé
Rio Branco e Colorado 0,06 0,02 0,45 0,00 0,00 0,00 0,22 -0,04
Alto Rio Guaporé 0,11 0,01 0,38 0,02 0,00 0,00 0,02 0,00
Rio Mamoré Rio Mamoré 0,30 0,01 0,16 0,01 0,00 0,00 0,02 0,00
Rio Abunã Rio Abunã 0,31 0,01 0,24 0,03 0,00 0,00 0,09 0,00

365
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

TABELA 4.35 – VAZÕES DE RETIRADA PARA O CENÁRIO SETORIAL POR UHG EM 2036
Abastecimento Abastecimento Dessedentação
Sub-Bacia UHG Indústria Termelétrica Mineração Irrigação Evaporação
humano urbano humano rural animal
Alto Rio Madeira 0,35 0,05 1,92 0,04 0,00 0,00 0,07 -1,52
Margem Esquerda do Rio
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -0,37
Rio Madeira Madeira
Médio Rio Madeira 2,92 0,01 0,12 0,37 0,00 0,00 0,03 -1,29
Baixo Rio Madeira 0,12 0,01 0,03 0,02 0,00 0,01 0,01 0,00
Alto Rio Machado 0,32 0,02 0,61 0,40 0,00 0,00 0,07 -0,42
Médio Rio Machado 1,34 0,10 2,30 1,15 0,00 0,00 0,82 -0,01
Rio Machado
Rio Jaru 0,36 0,07 1,35 0,32 0,00 0,00 0,14 0,00
Baixo Rio Machado 0,06 0,02 0,30 0,00 0,00 0,01 0,01 -0,10
Alto Rio Jamari 0,00 0,00 0,05 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Margem Direita Rio Jamari 0,41 0,02 0,82 0,26 0,00 0,01 0,02 -0,04
Rio Jamari
Margem Esquerda Rio Jamari 0,54 0,04 1,37 0,07 2,50 0,02 0,09 -0,02
Baixo Rio Jamari 0,03 0,01 0,18 0,00 0,00 0,00 0,01 -2,68
Rio Roosevelt Rio Roosevelt 0,08 0,02 0,43 0,07 0,00 0,00 0,45 0,00
Baixo Rio Guaporé 0,21 0,04 1,42 0,11 0,00 0,00 0,14 0,00
Médio Rio Guaporé 0,02 0,01 0,34 0,00 0,00 0,00 0,02 0,00
Rio Guaporé
Rio Branco e Colorado 0,06 0,02 0,50 0,01 0,00 0,00 0,23 -0,04
Alto Rio Guaporé 0,11 0,01 0,42 0,03 0,00 0,00 0,02 0,00
Rio Mamoré Rio Mamoré 0,36 0,01 0,23 0,01 0,00 0,00 0,02 0,00
Rio Abunã Rio Abunã 0,36 0,01 0,34 0,05 0,00 0,00 0,09 0,00

366
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

4.3.3 Projeções de Qualidade da Água


Para a projeção da qualidade da água do Cenário Setorial foram utilizadas as taxas de
crescimento das variáveis população humana, rebanho e área irrigada, resultantes do projeto “Estudos
de Estimativa de Demandas e Usos Consuntivos da Água”, conforme metodologia detalhada no capítulo
“4.3.1. Projeções de Demanda Hídrica”, até o ano de 2030. A extensão de 2030 até 2036, foi realizada
da mesma maneira que para as demandas hídricas, ou seja, com base na taxa média anual equivalente
de cada categoria de uso da água. As taxas de crescimento foram aplicadas às variáveis população
humana, rebanho e área plantada, determinadas para a situação atual.

Os resultados estão ilustrados no MAPA 8 em Anexo.

A projeção das concentrações de DBO, fósforo e nitrogênio das outorgas de lançamento de


efluentes, fornecidas pela SEDAM, realizadas com base nas taxas de crescimento da demanda hídrica
de cada UHG, setor e horizonte, estão apresentadas na TABELA 4.36.

TABELA 4.36 - PROJEÇÃO DA CARGA POLUIDORA COM BASE NAS OUTORGAS NO CENÁRIO SETORIAL

2021 2026 2036


UHG Finalidade DBO P N DBO P N DBO P N
(ton) (ton) (ton) (ton) (ton) (ton) (ton) (ton) (ton)
Alto Rio Guaporé Indústria 29,6 0,0 1,0 37,7 0,0 1,3 61,3 0,0 2,0
Alto Rio Machado Indústria 105,4 16,4 70,6 134,2 20,9 89,9 218,4 33,9 146,3
Baixo Rio Guaporé Indústria 257,2 1,1 1085,8 327,5 1,4 1382,5 532,8 2,3 2249,5
Margem Direita Rio
66,5 0,0 0,0 84,7 0,0 0,0 137,8 0,0 0,0
Jamari Esg. sanitário
Margem Esquerda Rio Esg. sanitário 121,3 4,8 3,0 154,5 6,1 3,8 251,4 9,9 6,2
Jamari Indústria 2,2 0,0 0,0 2,8 0,0 0,0 4,5 0,0 0,0
Médio Rio Guaporé Esg. sanitário 5,0 0,0 0,0 6,4 0,0 0,0 10,4 0,0 0,0
Consumo humano 42,5 2,6 0,1 54,1 3,3 0,2 88,0 5,3 0,2
Médio Rio Machado Esg. sanitário 27328,8 38,2 4,8 34797,3 48,6 6,1 56621,7 79,0 9,9
Indústria 50,0 3,4 13,9 63,7 4,4 17,7 103,7 7,1 28,9
Consumo humano 23,8 0,8 0,3 30,3 1,0 0,4 49,3 1,6 0,7
Médio Rio Madeira
Esg. sanitário 66191,9 41,1 7,9 84280,9 52,3 10,1 137140,8 85,1 16,4
Esg. sanitário 10,7 10,7 10,7 13,7 13,7 13,7 22,2 22,2 22,2
Rio Jaru
Indústria 105,7 0,2 0,3 134,6 0,3 0,4 219,0 0,5 0,6
Rio Mamoré Esg. sanitário 1,1 0,0 0,0 1,4 0,0 0,0 2,3 0,0 0,0

Por fim, realizou-se uma projeção dos quantitativos de resíduos sólidos, considerando seus
impactos indiretos sobre a qualidade da água, com base nas quantidades atuais de resíduos por tipo e
nas taxas de crescimento dos setores populacional e industrial. A TABELA 4.37 apresenta os resultados.

367
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

TABELA 4.37 - ESTIMATIVA DE RESÍDUOS SÓLIDOS TOTAIS PARA O CENÁRIO SETORIAL

Quantidade de resíduos (toneladas/ano)


Município de localização Município de origem dos resíduos
2021 2026 2036
Alta Floresta D Oeste Alta Floresta D'Oeste 5.423 5.550 5.831
Alto Alegre dos Parecis Alto Alegre dos Parecis 425 449 505
Alvorada D Oeste Alvorada D'Oeste 1.287 1.316 1.376
Ariquemes Ariquemes 44.338 47.775 58.094
Ariquemes Cacaulândia 659 682 731
Buritis Buritis 5.217 5.732 6.921
Cabixi Cabixi 3.598 3.711 3.950
Campo Novo de Rondônia Campo Novo de Rondônia 675 762 970
Colorado do Oeste Colorado do Oeste 4.560 4.604 4.693
Cujubim Cujubim 9.235 10.081 12.014
Espigão D Oeste Espigão D'Oeste 6.155 6.214 6.334
Guajará-Mirim Guajará-Mirim 19.341 21.044 24.913
Itapuã do Oeste Itapuã do Oeste 821 900 1.082
Ji-Paraná Ji-Paraná 25.792 25.869 26.024
Monte Negro Monte Negro 6.787 6.924 7.205
Nova Mamoré Nova Mamoré 2.699 2.962 3.565
Porto Velho Porto Velho 236.317 279.749 400.886
Primavera de Rondônia Primavera de Rondônia 698 726 786
Rolim de Moura Rolim de Moura 13.204 13.279 13.431
Theobroma Theobroma 488 522 597
Urupá Urupá 1.510 1.562 1.672
Vale do Anari Vale do Anari 1.159 1.223 1.372
Vilhena Cacoal 28.695 28.890 29.284
Vilhena Corumbiara 1.758 1.847 2.040
Vilhena Espigão D'Oeste 4.667 4.712 4.802
Vilhena Pimenta Bueno 594 597 601
Vilhena Vilhena 554 555 557

4.4 COMPARAÇÃO DAS DEMANDAS HÍDRICAS DOS CENÁRIOS

Sob a ótica comparativa das vazões demandadas pelos diferentes usos consuntivos abordados,
as TABELA 4.38 a TABELA 4.40 apresentam as vazões retiradas em cada uso, para cada cenário e
horizontes de planejamento.

TABELA 4.38 - VAZÕES DE RETIRADA POR TIPO DE USO PARA O HORIZONTE 2021

Uso Inercial Incremental Setorial


Abastecimento humano urbano 7,23 6,53 6,49
Abastecimento humano rural 0,51 0,56 0,47
Dessedentação animal 10,04 8,19 9,55
Indústria 1,81 1,2 1,34
Usinas Termelétricas 0,97 1,48 2,50
Mineração 0,07 0,1 0,03
Irrigação 2,03 1,42 2,09
Evaporação líquida de reservatórios -7,93 -6,53 -6,50
TOTAL 14,74 12,95 15,97

368
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

TABELA 4.39 - VAZÕES DE RETIRADA POR TIPO DE USO PARA O HORIZONTE 2026

Uso Inercial Incremental Setorial


Abastecimento humano urbano 8,53 7,47 6,88
Abastecimento humano rural 0,51 0,65 0,47
Dessedentação animal 12,30 9,75 10,51
Indústria 2,68 1,64 1,73
Usinas Termelétricas 0,75 1,48 2,50
Mineração 0,19 0,2 0,04
Irrigação 2,32 1,61 2,14
Evaporação líquida de reservatórios -9,91 -7,23 -6,50
TOTAL 17,37 15,57 17,76

TABELA 4.40 - VAZÕES DE RETIRADA POR TIPO DE USO PARA O HORIZONTE 2036

Uso Inercial Incremental Setorial


Abastecimento humano urbano 12,13 10,89 7,65
Abastecimento humano rural 0,55 1,55 0,47
Dessedentação animal 20,74 23,17 12,73
Indústria 7,06 6,64 2,91
Usinas Termelétricas 0,44 1,48 2,50
Mineração 3,41 2,49 0,06
Irrigação 3,49 4,59 2,23
Evaporação líquida de reservatórios -15,49 -8,85 -6,50
TOTAL 32,33 41,96 22,05

As TABELA 4.41 a TABELA 4.43 apresentam as somas das vazões retiradas nas UHGs do
PERH/RO para os cenários e horizontes de planejamento de curto, médio e longo prazo (2021, 2026 e
2036), respectivamente. Cabe ressaltar que, face ao resultado negativo das vazões de evaporação líquida
dos reservatórios, estas não foram adicionadas às vazões totais de retiradas par fins de comparação.

TABELA 4.41 - VAZÕES DE RETIRADA POR UHG PARA O HORIZONTE 2021

Sub-bacia UHG Inercial Incremental Setorial


Alto Rio Madeira 1,79 1,34 1,49
Margem Esquerda do Rio Madeira 0,01 0,01 0,01
Rio Madeira
Médio Rio Madeira 2,90 2,56 2,56
Baixo Rio Madeira 0,15 0,14 0,14
Alto Rio Machado 1,19 0,98 1,09
Médio Rio Machado 4,87 3,94 4,79
Rio Machado
Rio Jaru 1,96 1,40 1,92
Baixo Rio Machado 0,32 0,45 0,25
Alto Rio Jamari 0,05 0,03 0,05
Margem Direita Rio Jamari 1,40 1,05 1,27
Rio Jamari
Margem Esquerda Rio Jamari 2,58 2,82 3,91
Baixo Rio Jamari 0,14 0,10 0,15
Rio Roosevelt Rio Roosevelt 0,99 0,68 0,93
Baixo Rio Guaporé 1,64 1,38 1,30
Médio Rio Guaporé 0,34 0,41 0,34
Rio Guaporé
Rio Branco e Colorado 0,76 0,53 0,72
Alto Rio Guaporé 0,53 0,50 0,52
Rio Mamoré Rio Mamoré 0,46 0,60 0,45
Rio Abunã Rio Abunã 0,60 0,52 0,59

369
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

TABELA 4.42 - VAZÕES DE RETIRADA POR UHG PARA O HORIZONTE 2026

Sub-bacia UHG Inercial Incremental Setorial


Alto Rio Madeira 2,57 1,61 1,77
Margem Esquerda do Rio Madeira 0,02 0,01 0,01
Rio Madeira
Médio Rio Madeira 3,52 2,87 2,83
Baixo Rio Madeira 0,19 0,16 0,15
Alto Rio Machado 1,41 1,05 1,18
Médio Rio Machado 5,42 4,18 5,05
Rio Machado
Rio Jaru 2,24 1,39 2,01
Baixo Rio Machado 0,48 0,97 0,29
Alto Rio Jamari 0,06 0,02 0,05
Margem Direita Rio Jamari 1,63 1,05 1,35
Rio Jamari
Margem Esquerda Rio Jamari 2,94 3,19 4,12
Baixo Rio Jamari 0,17 0,12 0,18
Rio Roosevelt Rio Roosevelt 1,10 0,61 0,97
Baixo Rio Guaporé 2,44 2,40 1,48
Médio Rio Guaporé 0,36 0,53 0,36
Rio Guaporé
Rio Branco e Colorado 0,88 0,54 0,75
Alto Rio Guaporé 0,56 0,63 0,54
Rio Mamoré Rio Mamoré 0,58 0,87 0,50
Rio Abunã Rio Abunã 0,73 0,58 0,67

TABELA 4.43 - VAZÕES DE RETIRADA POR UHG PARA O HORIZONTE 2036

Sub-bacia UHG Inercial Incremental Setorial


Alto Rio Madeira 5,59 2,53 2,44
Margem Esquerda do Rio Madeira 0,06 0,04 0,01
Rio Madeira
Médio Rio Madeira 5,19 3,60 3,45
Baixo Rio Madeira 0,33 0,22 0,19
Alto Rio Machado 2,26 1,29 1,41
Médio Rio Machado 9,45 7,32 5,72
Rio Machado
Rio Jaru 3,22 2,24 2,23
Baixo Rio Machado 1,14 5,15 0,39
Alto Rio Jamari 0,09 0,02 0,05
Margem Direita Rio Jamari 2,38 1,37 1,55
Rio Jamari
Margem Esquerda Rio Jamari 4,99 5,50 4,62
Baixo Rio Jamari 0,29 0,32 0,24
Rio Roosevelt Rio Roosevelt 1,56 0,51 1,05
Baixo Rio Guaporé 6,73 12,04 1,91
Médio Rio Guaporé 0,41 1,47 0,39
Rio Guaporé
Rio Branco e Colorado 1,23 0,65 0,82
Alto Rio Guaporé 0,66 3,42 0,58
Rio Mamoré Rio Mamoré 1,11 2,01 0,63
Rio Abunã Rio Abunã 1,13 0,72 0,85

Inicialmente, pode-se observar, em geral, o aumento de vazões retiradas para atender às


demandas dos diversos usos consuntivos em relação às demandas atuais apresentadas no RE 01. Este
aumento é bastante significativo para o horizonte de planejamento de longo prazo (20 anos – 2036), em
virtude do caráter exponencial de crescimento das variáveis e atividades que demandam água.

Por outro lado, foi observada uma redução das demandas no Cenário Incremental nas UHGs
Rio Jamari e Rio Roosevelt em relação à situação atual, justificada pelo fato de que para a maioria dos
municípios inseridos nessas unidades as tendências de incremento determinadas anteriormente foram
baixas.
370
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Variação nas demandas - Cenário Inercial (2021)


80

60

40
Variação (%)

20

-20

-40

FIGURA 4.3 – VARIAÇÃO NAS DEMANDAS HÍDRICAS PARA O CENÁRIO INERCIAL NO HORIZONTE DE CURTO
PRAZO (2021)

Variação nas demandas - Cenário Incremental (2021)


120

100

80

60
Variação (%)

40

20

-20

-40

FIGURA 4.4 – VARIAÇÃO NAS DEMANDAS HÍDRICAS PARA O CENÁRIO INCREMENTAL NO HORIZONTE DE CURTO
PRAZO (2021)

371
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Variação nas demandas - Cenário Setorial (2021)


25

20
Variação (%)

15

10

FIGURA 4.5 – VARIAÇÃO NAS DEMANDAS HÍDRICAS PARA O CENÁRIO SETORIAL NO HORIZONTE DE CURTO
PRAZO (2021)

Isto se reflete também para os horizontes de 05 e 10 anos (2021 e 2026), com as demandas
hídricas totais maiores para o Cenário Inercial do que para o Cenário Incremental, já que para a maioria
dos municípios as tendências de incremento determinadas foram mais baixas do que altas, conforme já
havia sido observado com a análise das TABELA 4.16 e TABELA 4.18.

Para o horizonte de planejamento de longo prazo, referente ao ano 2036, verifica-se que as
demandas hídricas totais para o Cenário Setorial são consideravelmente inferiores às dos demais
cenários, uma vez que esse cenário incorpora em sua composição variáveis socioeconômicas e não
apenas o crescimento matemático puro.

4.5 CONSIDERAÇÕES SOBRE LIMITES AMBIENTAIS

Rondônia, principalmente por integrar o Bioma Amazônico, apresenta uma diversidade de áreas
protegidas por Unidades de Conservação e Terras Indígenas, somando aproximadamente 36% do
território estadual. As áreas de preservação permanente também são numerosas, especialmente os
fundos de vale promovidos pela riqueza hídrica. Igualmente, a legislação prevê para a região uma
proporção de 80% das propriedades rurais preservadas por Reservas Legais. O conjunto destes usos,
voltados à valorização da biodiversidade e equilíbrio ambiental, condicionam limites à expansão
territorial de algumas atividades produtivas, destacando-se a agricultura de grande porte e a pecuária
extensiva.

372
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Considerando que a dessedentação animal e a irrigação somam mais de 50% das demandas
hídricas do estado estimadas para 2016 (42% e 10% respectivamente), interessa avaliar a possibilidade
de ampliação destes usos frentes ao limitantes ambientais de natureza legal.

Para esta análise foram realizadas simulações, ambas partindo da área atualmente ocupada pela
agricultura irrigada e pelo gado de corte6, prevendo duas possibilidades de expansão. A primeira, frente
aos remanescentes de Reserva Legal e a segunda considerando apenas o recorte das áreas abrangidas
por Unidades de Conservação de Proteção Integral.

Sob a perspectiva das Reservas Legais previstas pelo Código Florestal (Lei Federal nº
12.651/2012) para a Amazônia Legal, o estado de Rondônia já apresenta um déficit de 10% de mata
nativa. Distribuído os índices no território, a grosso modo, pondera-se que 20% das áreas municipais
estariam aptas a atividades produtivas e os demais deveriam permanecer com vegetação original
preservada. Partindo-se desta simulação apenas sete municípios apresentariam áreas remanescentes para
expansão (Guajará-Mirim, Machadinho d' Oeste, Porto Velho, Vilhena, Candeias do Jamari, Itapuã do
Oeste e Pimenteiras do Oeste). Cerejeiras estaria no limite da área possível e o restante dos municípios
precisariam reverter suas áreas ocupadas pela atividade agropecuária e recuperar áreas de mata nativa.
A TABELA 4.44 apresenta a proporção das áreas municipais disponíveis à expansão, excetuando-se a
estimativa de Reservas Legais.
TABELA 4.44 – MUNICÍPIOS COM POSSIBILIDADE DE EXPANSÃO DE ATIVIDADES AGROPECUÁRIAS, EXCETUANDO
SE AS ÁREAS DE RESERVA LEGAL
Proporção de área rural sem atividades produtivas e
Município
livres de Reserva Legal
Guajará-Mirim 84%
Machadinho d'Oeste 10%
Porto Velho 31%
Vilhena 70%
Candeias do Jamari 10%
Itapuã do Oeste 40%
Pimenteiras do Oeste 35%

Se as restrições de crescimento fossem limitadas as Unidades de Conservação de Proteção


Integral, 16 municípios já teriam atingido a ocupação máxima da área rural. Os demais teriam, em média,
46% da área produtiva ainda livre para expansão agropecuária (TABELA 4.33).

TABELA 4.45 – MUNICÍPIOS COM POSSIBILIDADE DE EXPANSÃO DE ATIVIDADES AGROPECUÁRIAS, EXCETUANDO


SE AS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DE PROTEÇÃO INTEGRAL
Proporção de área rural sem atividades produtivas e
Município
livres de UC de Proteção Integral
Alta Floresta d'Oeste 45%
Alto Alegre dos Parecis 51%
Alto Paraíso 45%
Alvorada d'Oeste 15%
Ariquemes 43%
Buritis 10%
Cabixi 42%

6Foi considerado que cada cabeça de gado ocupa 1,25 há, com fonte no relatório de Cenários para Pecuária de Corte Amazônica
(CENTRO DE SENSORIAMENTO REMOTO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, 2015).
373
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Proporção de área rural sem atividades produtivas e


Município
livres de UC de Proteção Integral

Cacaulândia 14%
Cacoal Limite atingido
Campo Novo de Rondônia 14%
Candeias do Jamari 80%
Castanheiras 22%
Cerejeiras 65%
Chupinguaia 49%
Colorado do Oeste Limite atingido
Corumbiara 35%
Costa Marques 67%
Cujubim 75%
Espigão d'Oeste 20%
Governador Jorge Teixeira Limite atingido
Guajará-Mirim 91%
Itapuã do Oeste 88%
Jaru Limite atingido
Ji-Paraná Limite atingido
Machadinho d'Oeste 79%
Ministro Andreazza Limite atingido
Mirante da Serra 7%
Monte Negro 6%
Nova Brasilândia d'Oeste 43%
Nova Mamoré 46%
Nova União Limite atingido
Novo Horizonte do Oeste Limite atingido
Ouro Preto do Oeste Limite atingido
Parecis 56%
Pimenta Bueno 74%
Pimenteiras do Oeste 78%
Porto Velho 83%
Presidente Médici Limite atingido
Primavera de Rondônia 20%
Rio Crespo 53%
Rolim de Moura Limite atingido
Santa Luzia d'Oeste 3%
São Felipe d'Oeste Limite atingido
São Francisco do Guaporé 38%
São Miguel do Guaporé 26%
Seringueiras 38%
Teixeirópolis Limite atingido
Theobroma 24%
Urupá Limite atingido
Vale do Anari 59%
Vale do Paraíso Limite atingido
Vilhena 86%

Observa-se que no cumprimento integral da legislação vigente, há pouca possibilidade de


expansão de demandas hídricas voltadas à atividade de pecuária extensiva. Pode-se pensar em aumento
da irrigação em áreas já agricultáveis. Na simulação respeitando-se apenas as áreas de Proteção Integral
existe a possibilidade de expansão de ambas as atividades, embora muitos municípios já tenham
superado os limites ou estejam muito próximo dele.

374
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

5 BALANÇO HÍDRICO PARA OS CENÁRIOS

Uma vez determinadas as demandas futuras de água a partir dos cenários prospectivos, realizou-
se o balanço hídrico para cada um dos cenários, visando avaliar as compatibilidades entre as
disponibilidades e as demandas hídricas.

5.1 BALANÇO HÍDRICO SUPERFICIAL

Para o balanço hídrico superficial dos cenários aplicou-se novamente o modelo de rede de fluxo
LabSidAcquaNet 2013, mantendo-se a mesma estrutura geográfica da rede elaborada para o balanço
hídrico atual, apresentada e explicada no RE 01. Entretanto, foram atualizados os valores das vazões
demandadas e vazões de retorno, segundo os resultados das projeções efetuadas para cada cenário.
Ainda, na alimentação do modelo utilizou-se apenas as demandas consideradas oriundas de mananciais
superficiais, estimadas com base na proporção existente para os dados outorgados fornecidos pela
SEDAM.

As tabelas na sequência apresentam os resultados das vazões afluentes e efluentes para cada
UHG, cenário e horizonte de planejamento.

TABELA 5.1 – BALANÇO HÍDRICO SUPERFICIAL POR UHG PARA O CENÁRIO INERCIAL (2021)

Fração da
Vazão afluente Demanda hídrica Vazão efluente
Sub-bacia UHGs vazão captada
(m³/s) superficial (m³/s) (m³/s)
(%)
Esquerda e Alto Madeira 3927,56 1,72 3925,84 0,04
Rio Madeira Médio Rio Madeira 3934,43 2,79 3931,64 0,07
Baixo Rio Madeira 4368,49 0,15 4368,34 0,00
Alto Rio Machado 133,00 1,14 131,86 0,86
Médio Rio Machado 195,41 4,67 190,74 2,39
Rio Machado
Rio Jaru 253,79 1,96 251,83 0,77
Baixo Rio Machado 309,55 0,32 309,23 0,10
Alto Rio Jamari 5,00 0,05 4,95 0,99
Margem Direita Rio Jamari 18,96 1,34 17,62 7,08
Rio Jamari
Margem Esquerda Rio Jamari 45,00 2,48 42,52 5,51
Baixo Rio Jamari 74,34 0,13 74,21 0,17
Rio Roosevelt Rio Roosevelt 113,00 0,95 112,05 0,84
Baixo Rio Guaporé 134,00 1,57 132,67 1,17
Médio Rio Guaporé 103,00 0,33 102,67 0,32
Rio Guaporé
Rio Branco e Colorado 107,00 0,73 106,27 0,68
Alto Rio Guaporé 56,00 0,50 55,50 0,90
Rio Mamoré Rio Mamoré 20,00 0,44 19,56 2,20
Rio Abunã Rio Abunã 7,00 0,58 6,42 8,23

375
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

TABELA 5.2 – BALANÇO HÍDRICO SUPERFICIAL POR UHG PARA O CENÁRIO INERCIAL (2026)

Fração da
Vazão afluente Demanda hídrica Vazão efluente
Sub-bacia UHGs vazão captada
(m³/s) superficial (m³/s) (m³/s)
(%)
Esquerda e Alto Madeira 3926,65 2,49 3924,16 0,06
Rio Madeira Médio Rio Madeira 3932,95 3,38 3929,57 0,09
Baixo Rio Madeira 4365,96 0,19 4365,77 0,00
Alto Rio Machado 133,00 1,35 131,65 1,02
Médio Rio Machado 195,31 5,20 190,11 2,66
Rio Machado
Rio Jaru 253,50 2,24 251,27 0,88
Baixo Rio Machado 309,09 0,48 308,61 0,15
Alto Rio Jamari 5,00 0,06 4,94 1,16
Margem Direita Rio Jamari 18,96 1,56 17,40 8,24
Rio Jamari
Margem Esquerda Rio Jamari 45,00 2,82 42,18 6,26
Baixo Rio Jamari 73,88 0,16 73,72 0,22
Rio Roosevelt Rio Roosevelt 113,00 1,05 111,95 0,93
Baixo Rio Guaporé 134,00 2,34 131,66 1,75
Médio Rio Guaporé 103,00 0,34 102,66 0,33
Rio Guaporé
Rio Branco e Colorado 107,00 0,84 106,16 0,79
Alto Rio Guaporé 56,00 0,54 55,46 0,96
Rio Mamoré Rio Mamoré 20,00 0,56 19,44 2,78
Rio Abunã Rio Abunã 7,00 0,70 6,30 10,05

TABELA 5.3 – BALANÇO HÍDRICO SUPERFICIAL POR UHG PARA O CENÁRIO INERCIAL (2036)

Fração da
Vazão afluente Demanda hídrica Vazão efluente
Sub-bacia UHGs vazão captada
(m³/s) superficial (m³/s) (m³/s)
(%)
Esquerda e Alto Madeira 3923,33 5,42 3917,91 0,14
Rio Madeira Médio Rio Madeira 3927,54 4,98 3922,56 0,13
Baixo Rio Madeira 4355,77 0,32 4355,45 0,01
Alto Rio Machado 133,00 2,16 130,84 1,63
Médio Rio Machado 194,94 9,07 185,87 4,65
Rio Machado
Rio Jaru 251,59 3,22 248,36 1,28
Baixo Rio Machado 306,54 1,14 305,40 0,37
Alto Rio Jamari 5,00 0,08 4,92 1,65
Margem Direita Rio Jamari 18,94 2,29 16,65 12,08
Rio Jamari
Margem Esquerda Rio Jamari 45,00 4,79 40,21 10,65
Baixo Rio Jamari 72,18 0,28 71,90 0,38
Rio Roosevelt Rio Roosevelt 113,00 1,50 111,50 1,33
Baixo Rio Guaporé 134,00 6,45 127,55 4,82
Médio Rio Guaporé 103,00 0,39 102,61 0,38
Rio Guaporé
Rio Branco e Colorado 107,00 1,18 105,82 1,11
Alto Rio Guaporé 56,00 0,63 55,37 1,13
Rio Mamoré Rio Mamoré 20,00 1,07 18,93 5,35
Rio Abunã Rio Abunã 7,00 1,08 5,92 15,48

376
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

TABELA 5.4 – BALANÇO HÍDRICO SUPERFICIAL POR UHG PARA O CENÁRIO INCREMENTAL (2021)

Fração da
Vazão afluente Demanda hídrica Vazão efluente
Sub-bacia UHGs vazão captada
(m³/s) superficial (m³/s) (m³/s)
(%)
Esquerda e Alto Madeira 3927,72 1,29 3926,43 0,03
Rio Madeira Médio Rio Madeira 3934,93 2,46 3932,47 0,06
Baixo Rio Madeira 4370,40 0,13 4370,27 0,00
Alto Rio Machado 133,00 0,94 132,06 0,71
Médio Rio Machado 195,51 3,78 191,73 1,93
Rio Machado
Rio Jaru 254,43 1,40 253,03 0,55
Baixo Rio Machado 310,45 0,45 309,99 0,15
Alto Rio Jamari 5,00 0,03 4,97 0,52
Margem Direita Rio Jamari 18,98 1,00 17,98 5,29
Rio Jamari
Margem Esquerda Rio Jamari 45,00 2,70 42,30 6,01
Baixo Rio Jamari 74,75 0,10 74,65 0,13
Rio Roosevelt Rio Roosevelt 113,00 0,65 112,35 0,58
Baixo Rio Guaporé 134,00 1,33 132,67 0,99
Médio Rio Guaporé 103,00 0,39 102,61 0,38
Rio Guaporé
Rio Branco e Colorado 107,00 0,51 106,49 0,48
Alto Rio Guaporé 56,00 0,48 55,52 0,86
Rio Mamoré Rio Mamoré 20,00 0,57 19,43 2,87
Rio Abunã Rio Abunã 7,00 0,50 6,50 7,13

TABELA 5.5 – BALANÇO HÍDRICO SUPERFICIAL POR UHG PARA O CENÁRIO INCREMENTAL (2026)

Fração da
Vazão afluente Demanda hídrica Vazão efluente
Sub-bacia UHGs vazão captada
(m³/s) superficial (m³/s) (m³/s)
(%)
Esquerda e Alto Madeira 3926,74 1,56 3925,18 0,04
Rio Madeira Médio Rio Madeira 3933,79 2,75 3931,04 0,07
Baixo Rio Madeira 4368,60 0,15 4368,45 0,00
Alto Rio Machado 133,00 1,00 132,00 0,75
Médio Rio Machado 195,49 4,01 191,48 2,05
Rio Machado
Rio Jaru 254,32 1,39 252,93 0,55
Baixo Rio Machado 310,13 0,97 309,16 0,31
Alto Rio Jamari 5,00 0,02 4,98 0,43
Margem Direita Rio Jamari 18,99 1,01 17,98 5,30
Rio Jamari
Margem Esquerda Rio Jamari 45,00 3,06 41,94 6,81
Baixo Rio Jamari 74,62 0,12 74,50 0,16
Rio Roosevelt Rio Roosevelt 113,00 0,59 112,41 0,52
Baixo Rio Guaporé 134,00 2,31 131,69 1,72
Médio Rio Guaporé 103,00 0,51 102,49 0,49
Rio Guaporé
Rio Branco e Colorado 107,00 0,52 106,48 0,49
Alto Rio Guaporé 56,00 0,60 55,40 1,08
Rio Mamoré Rio Mamoré 20,00 0,83 19,17 4,17
Rio Abunã Rio Abunã 7,00 0,55 6,45 7,92

377
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

TABELA 5.6 – BALANÇO HÍDRICO SUPERFICIAL POR UHG PARA O CENÁRIO INCREMENTAL (2036)

Fração da
Vazão afluente Demanda hídrica Vazão efluente
Sub-bacia UHGs vazão captada
(m³/s) superficial (m³/s) (m³/s)
(%)
Esquerda e Alto Madeira 3917,61 2,47 3915,14 0,06
Rio Madeira Médio Rio Madeira 3924,23 3,45 3920,78 0,09
Baixo Rio Madeira 4352,76 0,21 4352,55 0,00
Alto Rio Machado 133,00 1,24 131,76 0,93
Médio Rio Machado 195,42 7,03 188,39 3,60
Rio Machado
Rio Jaru 252,69 2,24 250,45 0,89
Baixo Rio Machado 306,34 5,15 301,19 1,68
Alto Rio Jamari 5,00 0,02 4,98 0,34
Margem Direita Rio Jamari 18,99 1,31 17,68 6,91
Rio Jamari
Margem Esquerda Rio Jamari 45,00 5,27 39,73 11,72
Baixo Rio Jamari 73,59 0,31 73,28 0,42
Rio Roosevelt Rio Roosevelt 113,00 0,49 112,51 0,44
Baixo Rio Guaporé 134,00 11,56 122,44 8,62
Médio Rio Guaporé 103,00 1,41 101,59 1,37
Rio Guaporé
Rio Branco e Colorado 107,00 0,63 106,37 0,59
Alto Rio Guaporé 56,00 3,28 52,72 5,85
Rio Mamoré Rio Mamoré 20,00 1,93 18,07 9,63
Rio Abunã Rio Abunã 7,00 0,69 6,31 9,89

TABELA 5.7 – BALANÇO HÍDRICO SUPERFICIAL POR UHG PARA O CENÁRIO SETORIAL (2021)

Fração da
Vazão afluente Demanda hídrica Vazão efluente
Sub-bacia UHGs vazão captada
(m³/s) superficial (m³/s) (m³/s)
(%)
Esquerda e Alto Madeira 3927,64 1,44 3926,20 0,04
Rio Madeira Médio Rio Madeira 3934,71 2,46 3932,25 0,06
Baixo Rio Madeira 4369,06 0,13 4368,93 0,00
Alto Rio Machado 133,00 1,05 131,95 0,79
Médio Rio Machado 195,43 4,60 190,83 2,35
Rio Machado
Rio Jaru 253,77 1,92 251,84 0,76
Baixo Rio Machado 309,54 0,25 309,28 0,08
Alto Rio Jamari 5,00 0,04 4,96 0,87
Margem Direita Rio Jamari 18,97 1,22 17,75 6,43
Rio Jamari
Margem Esquerda Rio Jamari 45,00 3,75 41,25 8,34
Baixo Rio Jamari 74,52 0,14 74,38 0,19
Rio Roosevelt Rio Roosevelt 113,00 0,89 112,11 0,79
Baixo Rio Guaporé 134,00 1,25 132,75 0,93
Médio Rio Guaporé 103,00 0,33 102,67 0,32
Rio Guaporé
Rio Branco e Colorado 107,00 0,69 106,31 0,65
Alto Rio Guaporé 56,00 0,50 55,50 0,88
Rio Mamoré Rio Mamoré 20,00 0,43 19,57 2,14
Rio Abunã Rio Abunã 7,00 0,56 6,44 8,07

378
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

TABELA 5.8 – BALANÇO HÍDRICO SUPERFICIAL POR UHG PARA O CENÁRIO SETORIAL (2026)

Fração da
Vazão afluente Demanda hídrica Vazão efluente
Sub-bacia UHGs vazão captada
(m³/s) superficial (m³/s) (m³/s)
(%)
Esquerda e Alto Madeira 3927,42 1,71 3925,707 0,04
Rio Madeira Médio Rio Madeira 3934,29 2,72 3931,569 0,07
Baixo Rio Madeira 4368,09 0,15 4367,94 0,00
Alto Rio Machado 133,00 1,13 131,87 0,85
Médio Rio Machado 195,39 4,85 190,539 2,48
Rio Machado
Rio Jaru 253,58 2,01 251,56 0,79
Baixo Rio Machado 309,28 0,29 308,99 0,09
Alto Rio Jamari 5,00 0,05 4,95 0,90
Margem Direita Rio Jamari 18,96 1,29 17,673 6,83
Rio Jamari
Margem Esquerda Rio Jamari 45,00 3,96 41,04 8,79
Baixo Rio Jamari 74,32 0,17 74,146 0,23
Rio Roosevelt Rio Roosevelt 113,00 0,93 112,07 0,82
Baixo Rio Guaporé 134,00 1,42 132,58 1,06
Médio Rio Guaporé 103,00 0,34 102,66 0,33
Rio Guaporé
Rio Branco e Colorado 107,00 0,72 106,28 0,67
Alto Rio Guaporé 56,00 0,52 55,48 0,92
Rio Mamoré Rio Mamoré 20,00 0,48 19,52 2,41
Rio Abunã Rio Abunã 7,00 0,64 6,36 9,13

TABELA 5.9 – BALANÇO HÍDRICO SUPERFICIAL POR UHG PARA O CENÁRIO SETORIAL (2036)

Fração da
Vazão afluente Demanda hídrica Vazão efluente
Sub-bacia UHGs vazão captada
(m³/s) superficial (m³/s) (m³/s)
(%)
Esquerda e Alto Madeira 3926,86 2,35 3924,51 0,06
Rio Madeira Médio Rio Madeira 3933,26 3,31 3929,95 0,08
Baixo Rio Madeira 4365,94 0,18 4365,76 0,00
Alto Rio Machado 133,00 1,36 131,64 1,02
Médio Rio Machado 195,28 5,49 189,79 2,81
Rio Machado
Rio Jaru 253,21 2,23 250,97 0,88
Baixo Rio Machado 308,77 0,39 308,38 0,13
Alto Rio Jamari 5,00 0,05 4,95 0,97
Margem Direita Rio Jamari 18,96 1,48 17,48 7,82
Rio Jamari
Margem Esquerda Rio Jamari 45,00 4,44 40,56 9,86
Baixo Rio Jamari 73,94 0,23 73,71 0,31
Rio Roosevelt Rio Roosevelt 113,00 1,01 111,99 0,89
Baixo Rio Guaporé 134,00 1,84 132,16 1,37
Médio Rio Guaporé 103,00 0,38 102,62 0,37
Rio Guaporé
Rio Branco e Colorado 107,00 0,78 106,22 0,73
Alto Rio Guaporé 56,00 0,56 55,44 1,00
Rio Mamoré Rio Mamoré 20,00 0,61 19,39 3,03
Rio Abunã Rio Abunã 7,00 0,82 6,18 11,66

A partir da metodologia adotada, com a estimativa das demandas hídricas de maneira ao mesmo
tempo discretizada e generalizada por Unidade Hidrográfica de Gestão, porém compatível com os
objetivos dos Planos Estaduais de Recursos Hídricos, não foram determinadas áreas com déficit hídrico
para os cenários prospectados.

379
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Ainda dentre os resultados obtidos, destaca-se a baixa magnitude das vazões efluentes nas
UHGs do Rio Jamari, em especial a UHG Alto Rio Jamari, e nas UHGs Rio Abunã e Rio Mamoré, as
quais poderão vir a ser áreas críticas quanto ao atendimento às demandas.

Por fim, é importante destacar que problemas pontuais de desabastecimento dentro das UHGs
deverão ser abordados no âmbito dos Planos de Bacias Hidrográficas.

Tendo em vista a fragilidade da metodologia de determinação da disponibilidade hídrica


subterrânea, dada a carência de dados mais fidedignos à realidade da dinâmica hídrica subterrânea, não
foi possível realização do balanço hídrico subterrâneo para os cenários.

380
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392
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

APÊNDICES

Apêndice 1 – Tabela de Investimentos Municipais Previstos

393
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

APÊNDICE 1 – TABELA DE INVESTIMENTOS MUNICIPAIS PREVISTOS

Previsão de Investimentos
crescimento pop.
Município anual superior à Coleta e
Conexão
média nacional (1,2% tratam. Coleta e tratam. Abastecimento e Educação e geração Conexão Infraestrutura Infraestrutura
Área urbana Agropecuária Industrial Serviços Hospital regional Ensino superior rodoviária ou
aa) resíduos esgotos sanitários tratam. água de renda hidroviária portuária aeroporto
ferroviária
sólidos

(1) Construção da (2) Povos indígenas


Avenida Amapá discutem em Alta
(1) Início da
(1) Iluminação de (2) Recebimento Floresta agenda de
taxa de (2) Conclusão da
vias públicas de equipamentos (1) Ampliação do (1) Recuperação negócios para a
resíduos RO - 383
Alta Floresta d'Oeste (1) Obras de agrícolas e de tratamento de do Hospital produção de
sólidos. (2) Pavimentação
pavimentação apoio a água Municipal castanha.
Campanha da RO - 135
(1) Plano Diretor piscicultura (2) Facilitação de
Cidade Limpa
Municipal crédito para a
atualizado agricultura familiar.
(2)
Beneficiamento
com mudas de
(2) Fortalecimento (2) Restauração da
Alto Alegre dos Parecis café clonal.
do pequeno produtor RO - 490
(2) Investimento
em mudas de
cacau.
(2) Liberação de
(1) Pavimentação de
Alto Paraíso microcrédito ao
vias urbanas
pequeno produtor

(1) Plano Diretor (3) Plano (3) Plano (3) Plano


Municipal Municipal de Municipal de Municipal de
Alvorada d'Oeste atualizado Saneamento Saneamento Saneamento
(2) Pavimentação de Básico em Básico em Básico em
vias urbanas elaboração elaboração elaboração

(1) Estudos de
(2) obras de (2) Ampliação da
concepção de
revitalização urbana (1) Lançamento do infraestrutura do
infraestruturas (2) Aprovação da
(2) repasse para (1) Discussão de Programa de aeródromo -
em manejo de construção de (2) Conexão por
pavimentação de (1) Discussão de projeto de Aquisição de previsão de
resíduos Centro de Estudo nova ponte na
vias urbanas (2) Projeto de projeto de Desenvolvimento (2) Novo hospital Alimentos consolidação
sólidos Tecnológico BR–364
Ariquemes (4) Implantação da entreposto Desenvolvimento Econômico regional em (1) Lançamento do como aeroporto
(2) Inauguração (4) Ampliação de (2) Construção de
Infraestrutura para pesqueiro Econômico Territorial (DET) construção Programa Cultivar (4) Plano de
de usina de campus ponte de mão
Viabilizar Territorial (DET) (4) Promoção do Rural Investimento em
destruição universitário dupla na BR-421
Habitação de ecoturismo (PDIF) (4) APL Piscicultura Logística
térmica de (PDES)
Interesse Social (NEAPL) Aeroportuária
resíduos
(PIDISE) (PDES)
perigosos.
(1) Plano Diretor
Municipal (2) Incentivo a
(3) Plano (3) Plano (3) Plano
(4) Previsão de atualizado produção de leite (2) Estabelecidas (2) Investimentos
Municipal de Municipal de Municipal de
crescimento (2) obras de (2) Recursos parcerias para o para reforma e
Buritis Saneamento Saneamento Saneamento
populacional acima de pavimentação e para ampliação fortalecimento do ampliação do
Básico em Básico em Básico em
1,2% aa (ANA) revitalização urbana da produção de Turismo Hospital Regional
elaboração elaboração elaboração
(2) regularização Cacau
fundiária

(2) Projeto de
regularização
(4) Polo de
fundiária
indústria
(2) Repasse de (2) Previsão de
moveleira (PDES)
verbas para obras de recuperação da (4) Proposição de
Cabixi (4) Proposição de
infraestrutura (4) rodovia Cabixi a porto hidroviário
Industrialização
Investimento em Comodoro-MT
do Urucum
infraestrutura
(PDIF)
urbana - praça de
fronteira (PDIF)
(3) Plano (3) Plano (3) Plano
(1) Projeto de Municipal de Municipal de Municipal de
Cacaulândia
Piscicultura Saneamento Saneamento Saneamento
Básico (2013) Básico (2013) Básico (2013)

394
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Previsão de Investimentos
crescimento pop.
Município anual superior à Coleta e
Conexão
média nacional (1,2% tratam. Coleta e tratam. Abastecimento e Educação e geração Conexão Infraestrutura Infraestrutura
Área urbana Agropecuária Industrial Serviços Hospital regional Ensino superior rodoviária ou
aa) resíduos esgotos sanitários tratam. água de renda hidroviária portuária aeroporto
ferroviária
sólidos
(4) Plano de
Aviação Regional
(2) Pesquisa de - Previsão de
(4) Implantação da
tratamento de (2) Investimentos ampliação do
Infraestrutura para (4) APL Confecção,
(4) Polo produtor esgoto sanitário Estadual para a (2) Inauguração da terminal de
Viabilizar (4) Polo produtor APL Café e APL
Cacoal de móveis para o tratamento consolidação Ponte de acesso à passageiros e
Habitação de de café (PDES) Fruticultura
(PDES) de efluentes em como polo de BR-364 instalação de
Interesse Social (NEAPL)
sistemas alagados saúde regional equipamentos de
(PIDISE)
construídos auxílio à
navegação aérea
(PDES)

(3) Plano (3) Plano (3) Plano


(4) Previsão de (4) Investimento em
Municipal de Municipal de Municipal de
Campo Novo de crescimento infraestrutura
Saneamento Saneamento Saneamento
Rondônia populacional acima de urbana - praça de
Básico em Básico em Básico em
1,2% aa (ANA) fronteira (PDIF)
elaboração elaboração elaboração

(1) Plano Diretor


(3) Plano (3) Plano (3) Plano
(4) Previsão de Municipal (2)
Municipal de Municipal de Municipal de
crescimento atualizado Disponibilização (2) Lançamento da
Candeias do Jamari Saneamento Saneamento Saneamento
populacional acima de (2) Projeto de de recursos para Casa Família Rural
Básico em Básico em Básico em
1,2% aa (ANA) regularização agroindústria
elaboração elaboração elaboração
fundiária

(2) Aprovado
orçamento (2) Projeto de
Castanheiras destinado a Trabalho Técnico
pavimentação de Social (PTTS)
vias urbanas
(1) Plano Diretor
Municipal
atualizado (2) (4) Aprovação
(2) Liberação de da pavimentação
(2) Potencial de (3) Plano (3) Plano (3) Plano
orçamento para de trecho da BR- (4) Início da
aumento da Municipal de Municipal de Municipal de
Cerejeiras pavimentação 435 (RO-399) - de operação do
produção de Saneamento Saneamento Saneamento
urbana Cerejeiras a aeroporto (PDES)
urucum Básico (2015) Básico (2015) Básico (2015)
(4) Investimento em Pimenteiras
infraestrutura (PDIF)
urbana - praça de
fronteira (PDIF)
(2) Investimentos
em pavimentação
urbana
(2) Inauguração de
(2) Investimento em
Chupinguaia Usina de Energia
escolas indígenas
(4) Investimento em
infraestrutura
urbana - praça de
fronteira (PDIF)
(2) Incentivos para a
agricultura familiar
Colorado do Oeste (2) Programa para
Aquisição de
Alimentos
(2) Potencial de
(2) Projeto de (2) Projeto de
aumento da
Corumbiara Trabalho Técnico asfaltamento da
produção de
Social (PTTS) RO-370
urucum

395
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Previsão de Investimentos
crescimento pop.
Município anual superior à Coleta e
Conexão
média nacional (1,2% tratam. Coleta e tratam. Abastecimento e Educação e geração Conexão Infraestrutura Infraestrutura
Área urbana Agropecuária Industrial Serviços Hospital regional Ensino superior rodoviária ou
aa) resíduos esgotos sanitários tratam. água de renda hidroviária portuária aeroporto
ferroviária
sólidos

(2) Estudo de (4) Projeto de


(4) Projeto de
(4) Programa de conexão com início de
Urbanização da orla (4) Proposta de (2) Projeto de
(4) Previsão de (2) Potencial de apoio a infraestrutura (4) Projeto de Trindad - Bolívia operação (PDES)
urbana (PDIF) ampliação do canal de (4) Previsão de
crescimento aumento da turística (PDIF) Implantação de (2) Projeto de (4) Ampliação do
Costa Marques (4) Investimento em sistema de exportação porto público
populacional acima de produção de (4) Desenvolvimento escola binacional obras para a BR- terminal e
infraestrutura esgotamento (instalação de (PDES e PDIF)
1,2% aa (ANA) urucum do Ecoturismo em (PDIF) 429, que vai de Modernização do
urbana - praça de sanitário (PDIF) balsas)
Rondônia (PDIF) Presidente Médici aeroporto
fronteira (PDIF)
a Costa Marques. municipal (PDIF)

(2)
(4) Previsão de
(2) Investimentos Investimentos (2) Fortalecimento
crescimento
Cujubim em pavimentação em maquinários da agricultura
populacional acima de
urbana e insumos familiar
1,2% aa (ANA)
agrícolas

(3) Plano
(1) Plano Diretor Municipal de
(3) Plano (3) Plano
Municipal Saneamento
Municipal de Municipal de
Espigão d'Oeste atualizado Básico (2014)
Saneamento Saneamento
(1) Obras de (1)
Básico (2014) Básico (2014)
pavimentação Implementação da
rede de esgoto

(2) Projeto de
Governador Jorge
regularização
Teixeira
fundiária
(2) Estratégias para o
desenvolvimento
turístico, com apoio
de plano empresarial
(4) Programa de
(2)
promoção do turismo
Regulamentação (4) Inciativa de APL
(2) Autorização e ecoturismo (PDES
da Zona Franca Sociobiodiversidade (4) Projeto de (4) Previsão de
para o manejo do e PDIF)
Verde (PDES) Reativação da construção de
Pirarucu (4) Hidroelétrica (2) Investimentos (4) Previsão de
(4) Previsão de (2) Discussão (2) Implantação (4) Projeto (2) Inauguração (4) Projeto (4) Projeto Escolas Estrada de Ferro porto junto à (4) Previsão de
(4) Potencial Binacional do para o Laboratório ampliação e
crescimento (4) Urbanização da sobre a Zona de de nova estação Sistema de Esgoto do barco hospital, Escolas Técnicas Bilíngues de Madeira Mamoré Hidrelétrica construção de
Guajará-Mirim* produtivo de Ribeirão (PDIF) de Fronteira reforma do
populacional acima de orla urbana (PDIF) Processamento de de tratamento de Guajará-Mirim em parceria com a de Fronteira Fronteira (PDIF) (PDIF) Ribeirão porto público
látex (PDES) (4) Promoção de (qualidade da aeroporto (PDES
1,2% aa (ANA) Exportação e polo de água (PDES) Bolívia (PDIF) (4) APL Turismo e (4) Implantação de Binacional Brasil- (PDES e PDIF)
(4) Programa empresas e água) e PDIF)
empresarial APL da Infovia Aduanas Bolívia (PDES e
Aquicultura microempresas
(4) Polo Industrial Sociobiodiversidade Integrada (PDIF) PDIF)
(PDIF) (PDIF)
de transformação (NEAPL)
(4) Projeto de Polo
(PDIF)
industrial
Sóciobiodiversidade
- MPE (PDIF)
(4) Área de Livre
Comércio (PDIF)
(3) Plano (3) Plano (3) Plano
(4) Previsão de
(2) Previsão de Municipal de Municipal de Municipal de
crescimento
Itapuã do Oeste frigorífico de Saneamento Saneamento Saneamento
populacional acima de
pescado Básico em Básico em Básico em
1,2% aa (ANA)
elaboração elaboração elaboração
(2) Investimentos
para pavimentação
urbana (2) Assinatura de
(2) Programa de (4) Presença de convênio para
regularização um dos principais obras de
(3) Plano de (3) Plano de
fundiária e casa grupos esgotamento
Saneamento Saneamento
Jaru populares exportadores de sanitário
Básico Municipal Básico Municipal
(4) Prioridade para a carne e polo de (3) Plano de
em elaboração em elaboração
implantação de indústria Saneamento
Infraestrutura para moveleira (PDES) Básico Municipal
Viabilizar em elaboração
Habitação de
Interesse Social

396
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Previsão de Investimentos
crescimento pop.
Município anual superior à Coleta e
Conexão
média nacional (1,2% tratam. Coleta e tratam. Abastecimento e Educação e geração Conexão Infraestrutura Infraestrutura
Área urbana Agropecuária Industrial Serviços Hospital regional Ensino superior rodoviária ou
aa) resíduos esgotos sanitários tratam. água de renda hidroviária portuária aeroporto
ferroviária
sólidos
(2) Projeto de
interligação de
(1) Plano Diretor
adutora
Municipal
(2) (2) (2)
atualizado
Investimentos Investimentos
(2) Recursos para
para garantir para garantir
novas moradias (4) (3) Plano
100% de 100% de esgoto
(2) Projeto de Fortalecimento Municipal de (2) Projeto de Centro
abastecimento tratado (4) Ampliação de
regularização do Agronegócio (4) Polo de Saneamento de Formação de (4) Ampliação e
de água (3) Plano campus
Ji-Paraná fundiária (PDES) indústria Básico, Drenagem Agricultores reforma do
(3) Plano Municipal de universitário
(4) Priorização para (4) APL Pecuária moveleira (PDES) Urbana e Manejo (2) Incentivo à aeroporto (PDES)
Municipal de Saneamento (PDES)
Implantação de de Leite de Águas Pluviais agricultura familiar
Saneamento Básico, Drenagem
Infraestrutura para (NEAPL) (2013)
Básico, Urbana e Manejo
Viabilizar
Drenagem de Águas Pluviais
Habitação de
Urbana e (2013)
Interesse Social
Manejo de
(PDES)
Águas Pluviais
(2013)
(2)
Beneficiamento
com maquinários
(1) Plano Diretor
e insumos
Municipal (4) Concentração
agrícolas
atualizado das principais
Machadinho d'Oeste (2) Incentivo à
(2) Investimento na jazidas de granito
expansão
recuperação de vias (PDES)
cafeeira
urbanas
(4) Potencial
para a produção
de látex (PDES)
(2) Incentivo à
Ministro Andreazza agricultura familiar -
café clonal
(3) Plano (3) Plano (3) Plano
Municipal de Municipal de Municipal de
(2) Investimentos (2) Fomento de
Saneamento Saneamento Saneamento
Mirante da Serra em pavimentação moradias a
Básico com Básico com Básico com
urbana e acessos produtores rurais
financiamento financiamento financiamento
aprovado aprovado aprovado

(2) Investimento em
Monte Negro melhorias urbanas e
acessos

(1) Investimento em
(3) Plano (3) Plano (3) Plano (2) Beneficiamento
infraestrutura
Municipal de Municipal de Municipal de com crédito
Nova Brasilândia urbana
Saneamento Saneamento Saneamento fundiário
d'Oeste (4) Investimento em
Básico em Básico em Básico em (2) Investimento em
praça de fronteira
elaboração elaboração elaboração Programas Sociais
(PDIF)
(1) Plano Diretor
(2) Apoio à
(4) Previsão de Municipal (3) Plano (3) Plano (3) Plano
(4) Desenvolvimento agricultura familiar
crescimento atualizado Municipal de Municipal de Municipal de
Nova Mamoré do ecoturismo (2) Projeto de
populacional acima de (2) Investimento em Saneamento Saneamento Saneamento
(PDIF) Trabalho Técnico
1,2% aa (ANA) obras urbanas e Básico (2014) Básico (2014) Básico (2014)
Social
acessos
(3) Plano (3) Plano (3) Plano
(2) Investimentos do
Municipal de Municipal de Municipal de
Nova União Programa Nacional
Saneamento Saneamento Saneamento
de Habitação Rural
Básico (2014) Básico (2014) Básico (2014)
Novo Horizonte do
Oeste
Ouro Preto do Oeste (2) Previsão de nova
(1) Projeto de
(2) Investimento em (2) Investimento (4) Concentração Agência de Rendas
Estância Turística
pavimentação e em entreposto de indústria (2) Programa
(2) Investimento no
acessos pesqueiro moveleira (PDES) Nacional de
turismo
Habitação Rural
397
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Previsão de Investimentos
crescimento pop.
Município anual superior à Coleta e
Conexão
média nacional (1,2% tratam. Coleta e tratam. Abastecimento e Educação e geração Conexão Infraestrutura Infraestrutura
Área urbana Agropecuária Industrial Serviços Hospital regional Ensino superior rodoviária ou
aa) resíduos esgotos sanitários tratam. água de renda hidroviária portuária aeroporto
ferroviária
sólidos
(4) Desenvolvimento (4) APL SAFs
do turismo (PDES) (PDIF)

(1) Plano Diretor


Municipal
atualizado
(2) Investimento em
Parecis
pavimentação
(2) Programa de
regularização
Fundiária

(2) Incentivo à
(1) Plano Diretor agricultura familiar -
(2) Tendência de
Municipal tecnologia para o
plantação de
atualizado cultivo de Inhame
florestas de (2) Plano de (3) Plano (3) Plano (3) Plano
(2) Investimento em (4) Concentração (2) Beneficiamento (4) Previsão de
eucalipto para incentivo ao turismo Municipal de Municipal de Municipal de
Pimenta Bueno pavimentação e de indústria com o Programa de reforma do
abastecer a Usina - conselho Saneamento Saneamento Saneamento
acessos moveleira (PDES) Crédito Fundiário aeroporto (PDES)
de Biomassa empresarial Básico (2015) Básico (2015) Básico (2015)
(2) Projetos de (4) APL Piscicultura
(4) Diferentes
regularização e APL Confecção de
APLs (PDES)
fundiária Pimenta Bueno
(NEAPL)

(2) Investimento em (2) Investimentos


pavimentação de (4) Promoção do para a
(4) Proposta de
vias urbanas turismo (PDES) pavimentação de
porto para
Pimenteiras do Oeste (4) Investimento em (4) Desenvolvimento trecho da BR-435
embarque e
infraestrutura do ecoturismo (RO-399), de
desembarque
urbana - praça de (PDIF) Cerejeiras a
fronteira Pimenteiras

(1) Plano Diretor


Municipal (4) Previsão de
atualizado corredor Porto
(2) Investimentos
(1) Terminal de Velho-Rio
no Distrito (2) Previsão de
integração e Branco-Assis- (4) Projeto Orla -
Industrial Programa de
pavimentação de ias Puerto Madonado- infraestrutura
(4) Educação Ambiental
urbanas (2) Programa Brasil (1) Concessão de Cuzco (PDES) logística (PDES)
Fortalecimento do e Agricultura
(2) Fomento de mais Produtivo bolsas de estudo (4) Programa de (4) Previsão ações
(1) Programa de Distrito Industrial Familiar (4) Projeto de
moradia (2) Plano de (3) Plano (3) Plano (3) Plano aos estudantes da Desenvolvimento de dragagem e (4) Previsão de
(4) Previsão de Bovinocultura de Porto Velho e (2) Programa de sistema portuário
(2) Investimento em incentivo ao turismo Municipal de Municipal de Municipal de Faculdade da Integrado de sinalização da ampliação do
crescimento Leiteira de Novos Projetos Aquisição de de Porto Velho e
Porto Velho ações urbanísticas e - conselho Saneamento Saneamento Saneamento Prefeitura Fronteira de Hidrovia do aeroporto para o
populacional acima de (4) APL de Industriais Alimentos melhorias nos
acessos empresarial Básico em Básico em Básico em (4) Ampliação do Rondônia - Madeira (PDES) transporte de
1,2% aa (ANA) Hortifrutigranjeir Estratégicos (2) Programa portos existentes
(4) Implantação da (4) Promoção do licitação licitação licitação campus conexões por (4) Previsão de cargas (PDES)
o (PDES) (4) Projeto de Morada Nova (PDES)
Infraestrutura para turismo (PDES) e universitário pontes (PEDES) manutenção e
Fortalecimento da (4) APL da
Viabilizar ecoturismo (PDIF) (PDES) (4) Previsão de produção de
ZPE Fruticultura e
Habitação de Ferrovia equipamentos de
(4) Concentração Hortigranjeiro
Interesse Social Transcontinental - navegação
de indústria (NEAPL)
(PDES) EF-354 - Brasil
moveleira (PDES)
(4) Programa Peru-Atlântico
Energia e Luz para a Pacífico (PDES)
Fronteira (PDIF)

(2) Incentivo ao
(2) Investimentos pequeno produtor
(4) Jazidas de
Presidente Médici em pavimentação de rural
granito (PDES)
vias urbanas (2) Implantação de
agência de rendas

Primavera de Rondônia

398
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Previsão de Investimentos
crescimento pop.
Município anual superior à Coleta e
Conexão
média nacional (1,2% tratam. Coleta e tratam. Abastecimento e Educação e geração Conexão Infraestrutura Infraestrutura
Área urbana Agropecuária Industrial Serviços Hospital regional Ensino superior rodoviária ou
aa) resíduos esgotos sanitários tratam. água de renda hidroviária portuária aeroporto
ferroviária
sólidos
(1) Plano Diretor
(3) Plano (3) Plano (3) Plano
Municipal
(2) Potencial de Municipal de Municipal de Municipal de
atualizado
Rio Crespo* cultivo de Saneamento Saneamento Saneamento
(2) Investimentos
urucum Básico em Básico em Básico em
em pavimentação
elaboração elaboração elaboração
urbana

(1) Plano Diretor


Municipal
atualizado
(1) Investimento em
pavimentação e
(2) Beneficiamento
acessos
com mudas de café (2) Projeto de
(2) Programa (4) Importante (3) Plano
(3) Plano (3) Plano (4) Ampliação de clonal pavimentação da
Morada Nova grupo de Municipal de
Municipal de Municipal de campus (2) Investimentos em (2) Recuperação pista de pouso
Rolim de Moura (2) Investimentos exportação de Saneamento
Saneamento Saneamento universitário habitações na zona da RO - 383 (4) Entrada em
em pavimentação de carne e indústria Básico em
Básico em revisão Básico em revisão (PDES) rural operação do
vias urbanas moveleira (PDES) revisão
(4) APL Fruticultura aeroporto (PDES)
(4) Implantação da
(NEAPL)
Infraestrutura para
Viabilizar
Habitação de
Interesse Social
(PEDS)

(2) Projeto de
regularização (3) Plano (3) Plano (3) Plano
fundiária Municipal de Municipal de Municipal de (2) Recuperação
Santa Luzia d'Oeste
(2) Investimentos Saneamento Saneamento Saneamento da RO - 383
em pavimentação Básico (2014) Básico (2014) Básico (2014)
urbana
(2) Beneficiamento
(2) Melhorias na
São Felipe d'Oeste com crédito
RO - 489
fundiário
(3) Plano
(3) Plano (3) Plano (1) Programa a Hora
(4) Previsão de Municipal de
Municipal de Municipal de (1) Abertura da do Produtor
São Francisco do crescimento Saneamento
Saneamento Saneamento Universidade (2) Capacitação para
Guaporé populacional acima de Básico com
Básico com fonte Básico com fonte Paulista produção de
1,2% aa (ANA) fonte de
de financiamento de financiamento castanha-do-pará
financiamento
(2) Incentivo à
agricultura familiar
(2) Projeto de
(1) Plano Diretor
(1) Discussão trabalho técnico
Municipal (1) Discussão (1) Discussão
sobre o Plano social
atualizado sobre o Plano de sobre o Plano de
São Miguel do Guaporé de Saneamento (2) Ordem de serviço
(4) Investimento em Saneamento Saneamento
Básico para construção do
infraestrutura Básico Municipal Básico Municipal
Municipal Centro de Educação
urbana (PDIF)
de Jovens e Adultos
(2) Agência do
Banco do Povo
(2) Projeto de
regularização (3) Plano (3) Plano (3) Plano
fundiária Municipal de Municipal de Municipal de (2) Incentivo à (1) recuperação de
Seringueiras
(2) Investimentos Saneamento Saneamento Saneamento agricultura familiar estradas
em pavimentação Básico (2014) Básico (2014) Básico (2014)
urbana

(2) Investimentos
(2) Incentivo à
Teixeirópolis em pavimentação de
agricultura familiar
vias urbanas

399
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Previsão de Investimentos
crescimento pop.
Município anual superior à Coleta e
Conexão
média nacional (1,2% tratam. Coleta e tratam. Abastecimento e Educação e geração Conexão Infraestrutura Infraestrutura
Área urbana Agropecuária Industrial Serviços Hospital regional Ensino superior rodoviária ou
aa) resíduos esgotos sanitários tratam. água de renda hidroviária portuária aeroporto
ferroviária
sólidos

(2) Projeto de
(2) Incentivo ao pavimentação da
produtor rural RO-463, ligando
Theobroma
(2) Incentivo à Theobroma ao
plantação de cacau distrito de
Palmares

(1) Plano Diretor (2) previsão de


Urupá Municipal pavimentação da
atualizado RO - 473
(2) Investimentos (2) Incentivo à
Vale do Anari* em pavimentação de agricultura familiar -
vias urbanas plantio de café
Vale do Paraíso

(1) Recursos para


infraestrutura
(2) Previsão de (1) Plano (4) Projeto da
urbana
grande frigorífico Municipal de Ferrovia
(4) Implantação da (2) Investimentos
(4) Projeto de Saneamento Transcontinental
Infraestrutura para (1) Plano (1) Plano (2) Incentivo à do Plano de
Apoio ao Setor Básico (2013) (PDES)
Viabilizar (2) Incentivo à (4) Desenvolvimento Municipal de Municipal de agricultura familiar Aviação Regional
Vilhena Metal-Mecânico (4) Programa (4) Projeto de
Habitação de floresta plantada do turismo (PDES) Saneamento Saneamento (4) APL Agricultura (4) Reforma e
(PDES) para criação de Extensão da
Interesse Social Básico (2013) Básico (2013) (NEAPL) ampliação do
(4) Incentivo à uma usina de Ferrovia de
(PIDISE) aeroporto (PDES)
indústria reciclagem Integração Centro-
(4) Investimento em
moveleira (PDES) (PDIF) Oeste
infraestrutura
(PDIF)

(1) Notícia da Prefeitura Municipal; (2) Notícia do Governo do Estado; (3) Planejamento Municipal; (4) Planejamento Estadual / Regional
*Site da prefeitura municipal em manutenção ou não encontrado.

400
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

ANEXOS

Anexo 1 – Tabela 7 do IBGE (Unidades locais, pessoal ocupado assalariado em 31.12 e salários e outras
remunerações das Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos, por tipo de entidade, segundo
Grandes Regiões e Unidades da Federação - Brasil – 2010).

Anexo 2 – Tabela 16 do IBGE (Unidades locais, pessoal ocupado assalariado em 31.12 e salários e
outras remunerações das Entidades Privadas sem Fins Lucrativos, segundo Unidades da Federação e
classificação das entidades sem fins lucrativos - Brasil – 2010).

401
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

ANEXO 1 – TABELA 7 DO IBGE (UNIDADES LOCAIS, PESSOAL OCUPADO ASSALARIADO EM 31.12 E SALÁRIOS E
OUTRAS REMUNERAÇÕES DAS FUNDAÇÕES PRIVADAS E ASSOCIAÇÕES SEM FINS LUCRATIVOS, POR TIPO DE
ENTIDADE, SEGUNDO GRANDES REGIÕES E UNIDADES DA FEDERAÇÃO - BRASIL – 2010)

Salários e outras
Pessoal ocupado
Grandes Regiões Unidades locais remunerações
assalariado em 31.12
e (1000 R$)
Unidades da Federação
Total % Total % Total %
Fundações Privadas
Total 7 664 100,0 330 658 100,0 8 888 065 100,0
Norte 327 4,3 8 837 2,7 225 946 2,5
Rondônia 57 0,7 282 0,1 4 320 0,0
Acre 20 0,3 220 0,1 4 323 0,0
Amazonas 72 0,9 4 855 1,5 139 410 1,6
Roraima 15 0,2 99 0,0 2 532 0,0
Pará 106 1,4 2 662 0,8 58 623 0,7
Amapá 15 0,2 85 0,0 2 447 0,0
Tocantins 42 0,5 634 0,2 14 291 0,2
Nordeste 1 788 23,3 51 532 15,6 1 045 610 11,8
Maranhão 128 1,7 3 711 1,1 60 382 0,7
Piauí 162 2,1 1 421 0,4 21 294 0,2
Ceará 260 3,4 5 914 1,8 131 843 1,5
Rio Grande do Norte 119 1,6 1 471 0,4 28 313 0,3
Paraíba 129 1,7 2 474 0,7 44 548 0,5
Pernambuco 199 2,6 7 655 2,3 135 208 1,5
Alagoas 288 3,8 4 057 1,2 79 787 0,9
Sergipe 58 0,8 9 222 2,8 206 643 2,3
Bahia 445 5,8 15 607 4,7 337 592 3,8
Sudeste 3 483 45,4 198 129 59,9 5 702 451 64,2
Minas Gerais 1 210 15,8 60 368 18,3 1 314 233 14,8
Espírito Santo 176 2,3 4 297 1,3 91 611 1,0
Rio de Janeiro 660 8,6 31 603 9,6 1 042 527 11,7
São Paulo 1 437 18,8 101 861 30,8 3 254 080 36,6
Sul 1 477 19,3 56 650 17,1 1 604 584 18,1
Paraná 431 5,6 9 365 2,8 187 623 2,1
Santa Catarina 395 5,2 18 824 5,7 576 466 6,5
Rio Grande do Sul 651 8,5 28 461 8,6 840 495 9,5
Centro-Oeste 589 7,7 15 510 4,7 309 473 3,5
Mato Grosso do Sul 102 1,3 1 590 0,5 28 856 0,3
Mato Grosso 116 1,5 2 045 0,6 35 093 0,4
Goiás 223 2,9 7 997 2,4 100 458 1,1
Distrito Federal 148 1,9 3 878 1,2 145 067 1,6
Associações sem Fins Lucrativos
Total 283 028 100,0 1 797 349 100,0 37 345 062 100,0
Norte 13 801 4,9 62 427 3,5 1 146 524 3,1
Rondônia 2 316 0,8 7 878 0,4 154 285 0,4
Acre 718 0,3 4 854 0,3 86 804 0,2
Amazonas 2 288 0,8 14 284 0,8 298 234 0,8
Roraima 317 0,1 1 273 0,1 22 211 0,1
Pará 6 081 2,1 25 997 1,4 453 638 1,2
Amapá 376 0,1 3 181 0,2 48 208 0,1
Tocantins 1 705 0,6 4 960 0,3 83 143 0,2
Nordeste 64 741 22,9 244 813 13,6 3 987 433 10,7
Maranhão 6 520 2,3 16 873 0,9 352 102 0,9
Piauí 4 114 1,5 10 367 0,6 138 755 0,4
Ceará 12 742 4,5 55 195 3,1 770 976 2,1
Rio Grande do Norte 4 034 1,4 15 720 0,9 212 414 0,6
Paraíba 5 499 1,9 10 713 0,6 165 755 0,4
Pernambuco 8 734 3,1 45 332 2,5 804 782 2,2
Alagoas 1 994 0,7 15 154 0,8 179 973 0,5

402
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

Salários e outras
Pessoal ocupado
Grandes Regiões Unidades locais remunerações
assalariado em 31.12
e (1000 R$)
Unidades da Federação
Total % Total % Total %

Sergipe 2 724 1,0 7 083 0,4 111 020 0,3


Bahia 18 380 6,5 68 376 3,8 1 251 656 3,4
Sudeste 125 136 44,2 1 038 892 57,8 23 042 164 61,7
Minas Gerais 35 549 12,6 181 875 10,1 3 036 781 8,1
Espírito Santo 6 217 2,2 31 123 1,7 641 634 1,7
Rio de Janeiro 25 221 8,9 179 085 10,0 3 944 035 10,6
São Paulo 58 149 20,5 646 809 36,0 15 419 714 41,3
Sul 61 156 21,6 329 310 18,3 6 526 398 17,5
Paraná 20 308 7,2 124 215 6,9 2 246 737 6,0
Santa Catarina 16 122 5,7 60 663 3,4 1 077 096 2,9
Rio Grande do Sul 24 726 8,7 144 432 8,0 3 202 564 8,6
Centro-Oeste 18 194 6,4 121 907 6,8 2 642 543 7,1
Mato Grosso do Sul 3 631 1,3 24 933 1,4 375 121 1,0
Mato Grosso 3 954 1,4 17 062 0,9 277 309 0,7
Goiás 6 386 2,3 34 320 1,9 656 060 1,8
Distrito Federal 4 223 1,5 45 592 2,5 1 334 053 3,6
Fonte: IBGE (2010).

403
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

ANEXO 2 – TABELA 16 DO IBGE (UNIDADES LOCAIS, PESSOAL OCUPADO ASSALARIADO EM 31.12 E SALÁRIOS E
OUTRAS REMUNERAÇÕES DAS ENTIDADES PRIVADAS SEM FINS LUCRATIVOS, SEGUNDO UNIDADES DA
FEDERAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DAS ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS - BRASIL – 2010)
Pessoal ocupado assalariado Salários e outras
Unidades da Federação e Classificação Unidades locais
em 31.12 remunerações (1000 R$)
Brasil 556 846 2 893 854 57 651 563
Norte 24 126 97 671 1 766 597
Rondônia 3 797 11 026 207 797
Habitação 1 x x
Habitação 1 x x
Saúde 18 656 8 625
Hospitais 2 x x
Outros serviços de saúde 16 x x
Cultura e recreação 189 183 1 812
Cultura e arte 40 29 244
Esportes e recreação 149 154 1 568
Educação e pesquisa 1 057 3 397 67 409
Educação infantil 10 71 727
Ensino fundamental 35 527 11 920
Ensino médio 20 279 4 281
Educação superior 11 827 13 943
Caixas escolares e similares 936 136 1 919
Estudos e pesquisas 13 544 14 976
Educação profissional 3 8 71
Outras formas de educação / ensino 29 1 005 19 572
Assistência social 144 259 3 036
Assistência social 144 259 3 036
Religião 691 1 201 13 385
Religião 691 1 201 13 385
Partidos Políticos, sindicatos, associações
1 042 2 238 46 165
patronais e profissionais
Partidos políticos 35 14 186
Sindicatos, federações e confederações 182 616 5 798
Associações empresariais e patronais 37 93 1 293
Associações profissionais 204 192 2 208
Associações de produtores rurais 584 1 323 36 681
Meio ambiente e proteção animal 15 x x
Meio ambiente e proteção animal 15 x x
Desenvolvimento e defesa de direitos 135 584 15 742
Associação de moradores 35 9 158
Centros e associações comunitárias 47 389 13 521
Desenvolvimento rural 13 10 105
Emprego e treinamento 5 95 710
Defesa de direitos de grupos e minorias 25 53 409
Outras formas de desenvolvimento e defesa
10 28 838
de direitos
Outras instituições privadas sem fins
505 2 483 51 280
lucrativos
Condomínios 175 1 017 9 824
Cartórios 73 295 3 061
Sistema S 19 675 27 317
Entidade de mediação e arbitragem - - -
Comissão de conciliação prévia - - -
Conselhos, fundos e consórcios municipais 2 x x
Cemitérios e funerárias 2 x x
Outras instituições privadas sem fins
234 383 9 990
lucrativos não especificadas anteriormente
Fonte: IBGE (2010)

404
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA - PERH/RO

MAPAS

MAPA 1 – Distribuição dos Municípios em Rondônia por Classes de Totais Populacionais

MAPA 2 – Distribuição das Populações Municipais Urbanas e Rurais em Relação aos Totais
Populacionais

MAPA 3 – Demandas hídricas para o Cenário Inercial

MAPA 4 – Qualidade da água para o Cenário Inercial

MAPA 5 – Demandas hídricas para o Cenário Incremental

MAPA 6 – Qualidade da água para o Cenário Incremental

MAPA 7 – Demandas hídricas para o Cenário Setorial

MAPA 8 – Qualidade da água para o Cenário Setorial

405
66°0'W 64°0'W 62°0'W 60°0'W LEGENDA

PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DE RONDÔNIA


®
População Total
Limite Municipal
Amazonas
2,417 - 15,000
8°0'S

15,000 - 30,000
£
¤
319

30,000 - 100,000

100,000 - 200,000

200,000 - 511,219

Candeias
do Jamari Unidades Hidrográficas de Gestão
Porto
Velho _
^

Bacias Hidrográficas
Itapuã
do Oeste
Cujubim Machadinho
D'Oeste

Capital
Alto
Paraíso
Rio
Crespo _
^
Fortaleza Vale do
£
¤
364
Ing.
Anari

Palacios Manchas Urbanas


Ariquemes
10°0'S

£
¤
425 Buritis
Theobroma
Mato Grosso
Villa £
¤
460 Monte Negro
Vale do
Bella Cacaulândia Jaru Paraíso
Nova Sistema Viário
Campo Novo Governador
Mamoré
de Rondônia Jorge
Teixeira Ouro
Preto do
!
¢ Federal

DEZEMBRO DE 2017
Oeste Estadual

£
¤421 Nova
União Teixeirópolis
Ji-Paraná
Mirante da Serra
Limites
Urupá Ministro
Andreazza
Presidente Limite Municipal
Médici
Limites Estaduais
Castanheiras Cacoal Limite do Estado de Rondônia
Espigão
Alvorada D'Oeste
D'Oeste Fonte:
Pimenta
Rolim de Bueno
Drenagem: ANA, 2010
Novo
Nova Moura Rodovias, Massas D'água, Capital, Cidades e Limites: IBGE, 2016
Brasilândia Horizonte
Seringueiras São Unidades Hidrográficas de Gestão: RHA, 2017
D'Oeste do Oeste Santa
Luzia Felipe Manchas Urbanas: IBGE, 2011.
São D'Oeste D'Oeste
Alta
Miguel do
Floresta Venezuela Guiana Guiana
São Francisco Guaporé Primavera
12°0'S

D'Oeste Francesa
do Guaporé de Rondônia Colômbia RR
Suriname
LOCALIZAÇÃO
Alto Alegre AP
£
¤ 429 dos Parecis

Parecis AM
PA MA CE
RN
PI PE PB
Costa
Marques £
¤
174 AC
RO TO SE AL

Peru BA
Chupinguaia MT
DF
GO
Bolívia Bolívia

MS
MG
ES
SP RJ
Vilhena Paraguai
Chile PR

SC
Corumbiara Argentina
RS
Uruguai

Cerejeiras Colorado
do Oeste Coordenadas Geográficas I South America | Datum SIRGAS2000 | MC 51ºW

Escala do mapa 1:3.000.000 | 1 cm = 30 km


Pimenteiras km
do Oeste Cabixi 0 25 50 100 150

M
POPULAÇÃO MUNICIPAL TOTAL A
P

Realização

Execução
A
14°0'S

RONDÔNIA
Governo do Estado

66°0'W 64°0'W 62°0'W 60°0'W


01
Contrato N° 356/PGE/2016
66°0'W 64°0'W 62°0'W 60°0'W LEGENDA

PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DE RONDÔNIA


®
Amazonas
Tamanhos Proporcionais
8°0'S

a População Total do Município


£
¤319

População Urbana

População Rural

Unidades Hidrográficas de Gestão


Porto
Velho _
^

Bacias Hidrográficas

Capital
_
^
£
¤
364
Manchas Urbanas
Ariquemes
10°0'S

Ji-Paraná
£
¤
425 Mato Grosso
Sistema Viário
£
¤
460

!
¢ Federal
Estadual

DEZEMBRO DE 2017
£
¤421

Limites
Cacoal
Limite Municipal
Limites Estaduais
Limite do Estado de Rondônia

Fonte:
Drenagem: ANA, 2010
Rodovias, Massas D'água, Capital, Cidades e Limites: IBGE, 2016
Unidades Hidrográficas de Gestão: RHA, 2017
Manchas Urbanas: IBGE, 2011.
Rolim de
Moura Venezuela Guiana Guiana
12°0'S

Colômbia RR Francesa LOCALIZAÇÃO


Suriname
AP

£
¤ 429

AM
PA MA CE
RN
PI PE PB
£
¤
174 AC
RO TO SE AL

Vilhena Peru MT
BA

DF
GO
Bolívia Bolívia

MS
MG
ES
SP RJ
Paraguai
Chile PR

SC
Argentina
RS
Uruguai

Coordenadas Geográficas I South America | Datum SIRGAS2000 | MC 51ºW

Escala do mapa 1:3.000.000 | 1 cm = 30 km


km
0 25 50 100 150

POPULAÇÃO MUNICIPAL M
A
URBANA E RURAL
P

Realização

Execução
A
14°0'S

RONDÔNIA
Governo do Estado

66°0'W 64°0'W 62°0'W 60°0'W


02
Contrato N° 356/PGE/2016
66°0'W 64°0'W 62°0'W 60°0'W 66°0'W 64°0'W 62°0'W 60°0'W LEGENDA

PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DE RONDÔNIA


Amazonas Amazonas

®
2021 2026

8°0'S
8°0'S

£
¤
319 Baixo Rio
Madeira
£
¤
319 Baixo Rio
Madeira
Unidades Hidrográficas de Gestão

Baixo Rio Baixo Rio Baixo Rio Baixo Rio


Médio Rio Jamari Machado Médio Rio Jamari Machado Bacias Hidrográficas
Madeira Madeira
Margem Margem Margem Margem
Esquerda Rio Esquerda Esquerda Rio Esquerda
Rio Madeira Rio Jamari Rio Madeira Rio Jamari
Abunã Abunã
Sistema Viário
Alto Rio Rio Jaru Alto Rio Rio Jaru

10°0'S
10°0'S

Madeira Margem Mato Grosso Madeira Margem


Direita
Mato Grosso !
¢ Federal
Direita
Rio Jamari
£
¤425
£
¤460
Rio Jamari
£
¤425
£
¤460

Limites
Alto Alto
£
¤
421 Rio £
¤
421 Rio Limites Estaduais
Jamari Jamari
Limite do Estado de Rondônia
Rio Médio Rio Rio Médio Rio
Mamoré Machado Mamoré Machado
Rio Rio
Roosevelt Roosevelt
Fonte:
Baixo Rio £
¤
429 Baixo Rio £
¤
429 Drenagem: ANA, 2010

12°0'S
12°0'S

Guaporé £
¤364 Guaporé £
¤364 Rodovias, Massas D'água, Capital, Cidades e Limites: IBGE, 2016
Unidades Hidrográficas de Gestão: RHA, 2017
Alto Rio Alto Rio Cenários: RHA, 2017
Rio Branco Machado
£
¤
174 Rio Branco
e Colorado
Machado
£
¤
174
e Colorado

Bolívia Médio Rio


Guaporé
Bolívia Médio Rio
Guaporé
Alto Rio Alto Rio
Guaporé Guaporé

OUTUBRO DE 2017
14°0'S
14°0'S

Amazonas
2036
8°0'S

VA Z Ã O C E N Á R I O I N E R C I A L
£
¤
319 Baixo Rio
Madeira

Baixo Rio Baixo Rio Vazão (m³/s)


Médio Rio Jamari Machado
Madeira
Margem Margem
Esquerda Rio Esquerda
Rio Madeira 0,060 - 1,188 Venezuela Guiana Guiana
Rio Jamari Francesa
Abunã Colômbia RR
Suriname
LOCALIZAÇÃO
AP
Alto Rio Rio Jaru
10°0'S

Madeira Margem Mato Grosso 1,189 - 3,776


Direita AM
PA MA CE
Rio Jamari
£
¤425
£
¤460
RN
PI PE PB
AC SE AL
TO
3,777 - 4,870 RO
Alto Peru MT
BA

£
¤
421 Rio
GO
DF
Jamari Bolívia
MG
ES
4,871 - 5,420 MS
Rio Médio Rio SP RJ
Machado Paraguai
Mamoré Chile PR
Rio
SC
Roosevelt
5,421 - 9,450 Argentina
RS

Baixo Rio £
¤
429
Uruguai
12°0'S

Guaporé £
¤364
Coordenadas Geográficas I South America | Datum SIRGAS2000 | MC 51ºW
Alto Rio
Rio Branco Machado
£
¤
174 Escala do mapa 1:6.000.000 | 1 cm = 60 km
e Colorado km
0 45 90 180 270

Bolívia Médio Rio


M
Guaporé
Alto Rio
DEMANDAS HÍDRICAS CENÁRIO INERCIAL A
Guaporé P

Realização

Execução
RONDÔNIA A
Governo do Estado
14°0'S

MA

66°0'W 64°0'W 62°0'W 60°0'W


03
Contrato N° 356/PGE/2016
66°0'W 64°0'W 62°0'W 60°0'W 66°0'W 64°0'W 62°0'W 60°0'W LEGENDA

PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DE RONDÔNIA


Amazonas Amazonas

®
2021 2026

8°0'S
8°0'S

£
¤
319 Baixo Rio
Madeira
£
¤
319 Baixo Rio
Madeira
Unidades Hidrográficas de Gestão

Baixo Rio
Médio Rio Médio Rio Machado
Madeira Madeira
Baixo Rio Baixo Rio
Machado Machado Bacias Hidrográficas

Margem Margem Margem


Margem
Esquerda Rio Esquerda Rio Esquerda Rio Rio Jaru
Esquerda Rio
Madeira Jamari Alto Rio Jamari
Rio Rio Madeira Madeira
Abunã Abunã
Sistema Viário
Alto Rio Rio Jaru Alto Rio Rio Jaru

10°0'S
10°0'S

Madeira Mato Grosso Madeira Mato Grosso !


¢ Federal

£
¤
425 £
¤ 460
Margem
£
¤425
Margem
Direita
Direita
Rio Jamari Limites
Rio Jamari
£
¤ 421
Alto Rio
Médio Rio
Machado
£
¤ Alto
421 Rio
Jamari
Médio Rio
Machado
Limites Estaduais
Rio Jamari Rio Alto Rio Limite do Estado de Rondônia
Mamoré Mamoré Jamari
Rio Baixo Rio
Roosevelt Rio Rio Roosevelt
Mamoré Guaporé
Fonte:
£
¤
364 £
¤ 364 Drenagem: ANA, 2010

12°0'S
12°0'S

Baixo Rio
Guaporé
£
¤
429
£
¤
429 Rodovias, Massas D'água, Capital, Cidades e Limites: IBGE, 2016
Rio Branco Unidades Hidrográficas de Gestão: RHA, 2017
Alto Rio Baixo Rio Alto Rio Cenários: RHA, 2017
e Colorado
Machado
£
¤
174 Guaporé Machado
£
¤
174

Alto Rio
Rio Branco Rio Branco
Machado
e Colorado e Colorado
Médio Rio Alto Rio Médio Rio
Bolívia Guaporé Guaporé Bolívia Guaporé

Alto
Médio Rio
Rio Guaporé
Guaporé

DEZEMBRO DE 2017
14°0'S
14°0'S

Amazonas
2036 QUALIDADE DA ÁGUA
8°0'S

£
¤
319 Baixo Rio
Madeira
Baixo
Rio Fósforo (kg/dia)
Médio Rio Machado
Madeira Baixo Rio Agricultura
Machado
Margem 0,00 - 5,00
Esquerda Rio Margem
Madeira Esquerda Rio Rio Jaru
Jamari
Rio 5,01 - 10,00 Venezuela Guiana Guiana
Abunã Alto Rio Colômbia RR Francesa
Suriname
LOCALIZAÇÃO
Madeira AP
Margem Rio Jaru
10°0'S

Direita Mato Grosso 10,01 - 25,00


Rio Jamari AM
PA MA CE
£
¤
425
Alto Rio
RN
PI PE PB
Madeira Alto Rio AC SE AL
25,01 - 50,00 RO TO
Jamari Peru BA
MT
£
¤ 421
Alto Rio
Médio Rio
Machado Bolívia
GO
DF

Rio Jamari 50,01 - 125,00 MG


ES
MS
Mamoré SP RJ
Paraguai
Rio Chile PR
Rio Roosevelt SC
Mamoré 2021 - DBO (t/dia) 2026 - DBO (t/dia) 2036 - DBO (t/dia) Argentina
RS
Baixo Rio
Guaporé £
¤
429
£
¤
364
Uruguai
12°0'S

8,4 9,9 14
Rio Branco Coordenadas Geográficas I South America | Datum SIRGAS2000 | MC 51ºW
Baixo Rio Alto Rio
e Colorado
Guaporé Machado
£
¤
174 8,4 9,9 14 Escala do mapa 1:6.000.000 | 1 cm = 60 km
Alto Rio km
Rio Branco 0 45 90 180 270
Machado
e Colorado
Médio Rio Alto Rio
Bolívia Guaporé Guaporé M
Médio Rio DBO Doméstico DBO Doméstico DBO Doméstico QUALIDADE DA ÁGUA CENÁRIO INERCIAL A
Guaporé P

Realização

Execução
RONDÔNIA A
DBO Animal DBO Animal DBO Animal Governo do Estado
14°0'S

MA

66°0'W 64°0'W 62°0'W 60°0'W


04
Contrato N° 356/PGE/2016
66°0'W 64°0'W 62°0'W 60°0'W 66°0'W 64°0'W 62°0'W 60°0'W LEGENDA

PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DE RONDÔNIA


Amazonas Amazonas

®
2021 2026

8°0'S
8°0'S

£
¤
319 Baixo Rio
Madeira
£
¤
319 Baixo Rio
Madeira
Unidades Hidrográficas de Gestão

Baixo Rio Baixo Rio Baixo Rio Baixo Rio


Médio Rio Jamari Machado Médio Rio Jamari Machado Bacias Hidrográficas
Madeira Madeira
Margem Margem Margem Margem
Esquerda Rio Esquerda Esquerda Rio Esquerda
Rio Madeira Rio Jamari Rio Madeira Rio Jamari
Abunã Abunã
Sistema Viário
Alto Rio Rio Jaru Alto Rio Rio Jaru

10°0'S
10°0'S

Madeira Margem Mato Grosso Madeira Margem


Direita
Mato Grosso !
¢ Federal
Direita
Rio Jamari
£
¤425
£
¤460
Rio Jamari
£
¤425
£
¤460

Limites
Alto Alto
£
¤
421 Rio £
¤
421 Rio Limites Estaduais
Jamari Jamari
Limite do Estado de Rondônia
Rio Médio Rio Rio Médio Rio
Mamoré Machado Mamoré Machado
Rio Rio
Roosevelt Roosevelt
Fonte:
Baixo Rio £
¤
429 Baixo Rio £
¤
429 Drenagem: ANA, 2010

12°0'S
12°0'S

Guaporé £
¤364 Guaporé £
¤364 Rodovias, Massas D'água, Capital, Cidades e Limites: IBGE, 2016
Unidades Hidrográficas de Gestão: RHA, 2017
Alto Rio Alto Rio Cenários: RHA, 2017
Rio Branco Machado
£
¤
174 Rio Branco
e Colorado
Machado
£
¤
174
e Colorado

Bolívia Médio Rio


Guaporé
Bolívia Médio Rio
Guaporé
Alto Rio Alto Rio
Guaporé Guaporé

DEZEMBRO DE 2017
14°0'S
14°0'S

Amazonas VA Z Ã O C E N Á R I O I N C R E M E N TA L
2036
8°0'S

£
¤
319 Baixo Rio
Madeira

Baixo Rio Baixo Rio Vazão (m³/s)


Médio Rio Jamari Machado
Madeira
Margem Margem
Esquerda Rio Esquerda
Rio Madeira 0,020 - 2,406 Venezuela Guiana Guiana
Rio Jamari Francesa
Abunã Colômbia RR
Suriname
LOCALIZAÇÃO
AP
Alto Rio Rio Jaru
10°0'S

Madeira Margem Mato Grosso 2,407 - 3,940


Direita AM
PA MA CE
Rio Jamari
£
¤425
£
¤460
RN
PI PE PB
AC SE AL
TO
3,941 - 4,180 RO
Alto Peru MT
BA

£
¤
421 Rio
GO
DF
Jamari Bolívia
MG
ES
4,181 - 9,624 MS
Rio Médio Rio SP RJ
Machado Paraguai
Mamoré Chile PR
Rio
SC
Roosevelt
9,625 - 12,040 Argentina
RS

Baixo Rio £
¤
429
Uruguai
12°0'S

Guaporé £
¤364
Coordenadas Geográficas I South America | Datum SIRGAS2000 | MC 51ºW
Alto Rio
Rio Branco Machado
£
¤
174 Escala do mapa 1:6.000.000 | 1 cm = 60 km
e Colorado km
0 45 90 180 270

Bolívia Médio Rio


Guaporé DEMANDAS HÍDRICAS M
Alto Rio CENÁRIO INCREMENTAL A
Guaporé P

Realização

Execução
RONDÔNIA A
Governo do Estado
14°0'S

MA

66°0'W 64°0'W 62°0'W 60°0'W


05
Contrato N° 356/PGE/2016
66°0'W 64°0'W 62°0'W 60°0'W 66°0'W 64°0'W 62°0'W 60°0'W LEGENDA

PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DE RONDÔNIA


Amazonas Amazonas

®
2021 2026

8°0'S
8°0'S

£
¤
319 Baixo Rio
Madeira
£
¤
319 Baixo Rio
Madeira
Unidades Hidrográficas de Gestão

Médio Rio Médio Rio


Madeira Baixo Rio Madeira Baixo Rio
Machado Machado
Bacias Hidrográficas

Margem Baixo Rio Margem Baixo Rio


Esquerda Rio Jamari Esquerda Rio Jamari
Alto Rio
Rio Madeira Rio Madeira
Alto Rio Madeira
Abunã Abunã
Madeira
Sistema Viário
Rio Jaru Rio Jaru

10°0'S
10°0'S

Mato Grosso Mato Grosso !


¢ Federal

£
¤425 £
¤425
Margem
Direita
Rio Jamari Limites
£
¤
421
Alto Rio
Médio Rio
Machado
£
¤421
Alto Rio
Médio Rio
Machado
Limites Estaduais
Rio Jamari Jamari Limite do Estado de Rondônia
Mamoré
Rio Rio
Roosevelt Rio Roosevelt
Mamoré
Fonte:
£
¤
429
£
¤364 £
¤
429
£
¤ 364 Drenagem: ANA, 2010

12°0'S
12°0'S

Baixo Rio Baixo Rio Rodovias, Massas D'água, Capital, Cidades e Limites: IBGE, 2016
Guaporé Alto Rio Guaporé Alto Rio Unidades Hidrográficas de Gestão: RHA, 2017
Machado Machado Cenários: RHA, 2017
£
¤
174
£
¤
174

Rio Branco Rio Branco


e Colorado e Colorado
Médio Rio Médio Rio Alto Rio
Bolívia Guaporé Bolívia Guaporé Guaporé

Alto
Rio
Guaporé

DEZEMBRO DE 2017
14°0'S
14°0'S

Amazonas QUALIDADE DA ÁGUA


2036
8°0'S

£
¤
319 Baixo Rio
Madeira
Fósforo (kg/dia)

Agricultura
Médio Rio
Madeira Baixo Rio
Machado 0,00 - 5,00

Margem
Baixo Rio
Esquerda Rio 5,01 - 10,00
Jamari
Rio Madeira Venezuela Guiana Guiana
RR Francesa LOCALIZAÇÃO
Abunã Colômbia
Suriname
AP
Alto Rio Rio Jaru
10°0'S

Mato Grosso 10,01 - 25,00


Madeira
AM
PA MA CE
£
¤425
Margem
RN
PI PE PB
Direita 25,01 - 50,00 AC
TO SE AL
Rio Jamari RO
Peru BA
MT
£
¤
421
Alto Rio
Médio Rio
Machado GO
DF

Jamari 50,01 - 125,00 Bolívia


MG
ES
MS
SP RJ
Paraguai
Rio Chile PR
Rio Roosevelt SC
Mamoré 2021 - DBO (t/dia) 2026 - DBO (t/dia) 2036 - DBO (t/dia) Argentina
RS

£
¤
429
£
¤
364
Uruguai
12°0'S

Baixo Rio 4,7 5,2 7,8


Guaporé Alto Rio Coordenadas Geográficas I South America | Datum SIRGAS2000 | MC 51ºW
Machado
£
¤
174 4,7 5,2 7,8 Escala do mapa 1:6.000.000 | 1 cm = 60 km
km
Rio Branco 0 45 90 180 270
e Colorado
Médio Rio Alto Rio
Bolívia Guaporé Guaporé M
DBO Doméstico DBO Doméstico DBO Doméstico
QUALIDADE DA ÁGUA CENÁRIO INCREMENTAL A
P

Realização

Execução
RONDÔNIA A
DBO Animal DBO Animal DBO Animal Governo do Estado
14°0'S

MA

66°0'W 64°0'W 62°0'W 60°0'W


06
Contrato N° 356/PGE/2016
66°0'W 64°0'W 62°0'W 60°0'W 66°0'W 64°0'W 62°0'W 60°0'W LEGENDA

PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DE RONDÔNIA


Amazonas Amazonas

®
2021 2026

8°0'S
8°0'S

£
¤
319 Baixo Rio
Madeira
£
¤
319 Baixo Rio
Madeira
Unidades Hidrográficas de Gestão

Baixo Rio Baixo Rio Baixo Rio Baixo Rio


Médio Rio Jamari Machado Médio Rio Jamari Machado Bacias Hidrográficas
Madeira Madeira
Margem Margem Margem Margem
Esquerda Rio Esquerda Esquerda Rio Esquerda
Rio Madeira Rio Jamari Rio Madeira Rio Jamari
Abunã Abunã
Sistema Viário
Alto Rio Rio Jaru Alto Rio Rio Jaru

10°0'S
10°0'S

Madeira Margem Mato Grosso Madeira Margem


Direita
Mato Grosso !
¢ Federal
Direita
Rio Jamari
£
¤425
£
¤460
Rio Jamari
£
¤425
£
¤460

Limites
Alto Alto
£
¤
421 Rio £
¤
421 Rio Limites Estaduais
Jamari Jamari
Limite do Estado de Rondônia
Rio Médio Rio Rio Médio Rio
Mamoré Machado Mamoré Machado
Rio Rio
Roosevelt Roosevelt
Fonte:
Baixo Rio £
¤
429 Baixo Rio £
¤
429 Drenagem: ANA, 2010

12°0'S
12°0'S

Guaporé £
¤364 Guaporé £
¤364 Rodovias, Massas D'água, Capital, Cidades e Limites: IBGE, 2016
Unidades Hidrográficas de Gestão: RHA, 2017
Alto Rio Alto Rio Cenários: RHA, 2017
Rio Branco Machado
£
¤
174 Rio Branco
e Colorado
Machado
£
¤
174
e Colorado

Bolívia Médio Rio


Guaporé
Bolívia Médio Rio
Guaporé
Alto Rio Alto Rio
Guaporé Guaporé

DEZEMBRO DE 2017
14°0'S
14°0'S

Amazonas
2036
8°0'S

VA Z Ã O C E N Á R I O S E T O R I A L
£
¤
319 Baixo Rio
Madeira

Baixo Rio Baixo Rio Vazão (m³/s)


Médio Rio Jamari Machado
Madeira
Margem Margem
Esquerda Rio
Rio Madeira
Esquerda
Rio Jamari
0,010 - 1,142 Venezuela Guiana Guiana
RR Francesa LOCALIZAÇÃO
Abunã Colômbia
Suriname
AP
Alto Rio Rio Jaru
10°0'S

Madeira Margem Mato Grosso


Direita 1,143 - 2,284 AM
PA MA CE
Rio Jamari
£
¤425
£
¤460
RN
PI PE PB
AC SE AL
2,285 - 4,790
TO
RO
Alto Peru MT
BA

£
¤
421 Rio
GO
DF
Jamari Bolívia
MG

Rio Médio Rio 4,791 - 5,050 MS


SP
ES

RJ
Machado Paraguai
Mamoré Chile PR
Rio
SC
Roosevelt
5,051 - 5,720 Argentina
RS

Baixo Rio £
¤
429
Uruguai
12°0'S

Guaporé £
¤364
Coordenadas Geográficas I South America | Datum SIRGAS2000 | MC 51ºW
Alto Rio
Rio Branco Machado
£
¤
174 Escala do mapa 1:6.000.000 | 1 cm = 60 km
e Colorado km
0 45 90 180 270

Bolívia Médio Rio


M
Guaporé
Alto Rio
DEMANDAS HÍDRICAS CENÁRIO SETORIAL A
Guaporé P

Realização

Execução
RONDÔNIA A
Governo do Estado
14°0'S

66°0'W 64°0'W 62°0'W 60°0'W


07
Contrato N° 356/PGE/2016
66°0'W 64°0'W 62°0'W 60°0'W 66°0'W 64°0'W 62°0'W 60°0'W LEGENDA

PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DE RONDÔNIA


Amazonas Amazonas

®
2021 2026

8°0'S
8°0'S

£
¤
319 Baixo Rio
Madeira
£
¤
319 Baixo Rio
Madeira
Unidades Hidrográficas de Gestão

Médio Rio Médio Rio


Madeira Madeira
Baixo Rio Baixo Rio
Machado Machado Bacias Hidrográficas

Margem Margem Margem Margem


Esquerda Rio Esquerda Rio Esquerda Rio Esquerda Rio
Madeira Jamari Madeira Jamari
Rio Rio
Abunã Abunã
Sistema Viário
Alto Rio Rio Jaru Alto Rio Rio Jaru

10°0'S
10°0'S

Madeira Mato Grosso Madeira Mato Grosso !


¢ Federal

£
¤425
Margem
£
¤
425
Margem
Direita Direita
Rio Jamari Rio Jamari Limites
£
¤
421
Alto Rio
Médio Rio
Machado
£
¤421
Alto Rio
Médio Rio
Machado
Limites Estaduais
Rio Jamari Rio Jamari Limite do Estado de Rondônia
Mamoré Mamoré
Rio Rio
Roosevelt Roosevelt

Fonte:
£
¤
364 £
¤ 364 Drenagem: ANA, 2010

12°0'S
£
12°0'S

Baixo Rio
Guaporé
£
¤
429 Baixo Rio
Guaporé
¤
429 Rodovias, Massas D'água, Capital, Cidades e Limites: IBGE, 2016
Unidades Hidrográficas de Gestão: RHA, 2017
Alto Rio Alto Rio Cenários: RHA, 2017
Machado
£
¤
174 Machado
£
¤
174

Rio Branco Rio Branco


e Colorado e Colorado
Médio Rio Alto Rio Médio Rio
Bolívia Guaporé Guaporé Bolívia Guaporé

Alto
Rio Guaporé

DEZEMBRO DE 2017
14°0'S
14°0'S

Amazonas QUALIDADE DA ÁGUA


2036
8°0'S

£
¤
319 Baixo Rio
Madeira
Fósforo (kg/dia)

Agricultura
Médio Rio
Madeira Baixo Rio
Machado 0,00 - 5,00

Margem
Margem
Esquerda Rio 5,01 - 10,00
Esquerda Rio
Jamari
Rio Madeira Venezuela Guiana Guiana
Abunã Alto Rio Colômbia RR Francesa
Suriname
LOCALIZAÇÃO
Madeira AP
Rio Jaru
10°0'S

Mato Grosso 10,01 - 25,00


AM
PA MA CE
£
¤425
Margem
RN
PI PE PB

Direita 25,01 - 50,00 AC


TO SE AL
RO
Rio Jamari Peru MT
BA

£
¤
421
Alto Rio
Médio Rio
Machado GO
DF

Rio Jamari 50,01 - 125,00 Bolívia


MG
ES
MS
Mamoré SP RJ
Paraguai
Rio Chile PR
Roosevelt 2021 - DBO (t/dia) 2026 - DBO (t/dia) 2036 - DBO (t/dia) SC
Argentina
RS

£
¤
429
£
¤
364
7,6 8,1 9,1 Uruguai
12°0'S

Baixo Rio
Guaporé Coordenadas Geográficas I South America | Datum SIRGAS2000 | MC 51ºW
Alto Rio 7,6 8,1 9,1
Machado
£
¤
174 Escala do mapa 1:6.000.000 | 1 cm = 60 km
km
Rio Branco 0 45 90 180 270
e Colorado
Médio Rio Alto Rio
Bolívia Guaporé Guaporé M
DBO Doméstico DBO Doméstico DBO Doméstico
QUALIDADE DA ÁGUA CENÁRIO SETORIAL A
P

Realização

Execução
DBO Animal DBO Animal DBO Animal
RONDÔNIA A
Governo do Estado
14°0'S

MA

66°0'W 64°0'W 62°0'W 60°0'W


08
Contrato N° 356/PGE/2016
Plano Estadual
de Recursos Hídricos
do Estado de Rondônia

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