Aula 02 Equipamentos RevB
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Equipamentos Elétricos
Parte I - Transformadores
Material baseado no Manual de equipamentos elétricos, 3ª edição, LTC, 2014
Transformador
▪ Equipamento de operação estática que transfere energia, por meio de indução
eletromagnética, a um ou mais circuitos com a mesma frequência e diferentes tensões e
correntes
Transformador de distribuição
▪ Utilizado para rebaixamento da tensão do sistema primário para o sistema secundário
▪ A tensão primária varia de 2.4 a 35kV
▪ Padrão Nema tensão primária H1, H2 e H3
▪ A tensão secundária varia de 120 a 600V
▪ Padrão Nema tensão primária X0, X1, X2 e X3
▪ Potência varia de 5 a 500kVA
Transformador de distribuição
▪ Aquecimento é o fator limitante no carregamento dos transformadores
▪ Tipos de transformadores
▪ Transformador isolado a seco
▪ Refrigerado
▪ Isolado
▪ Transformador isolado com líquido
▪ Óleo
▪ Inerte
Transformador de distribuição
▪ A vida útil mínima é de 20 anos
▪ Os transformadores monofásicos e bifásicos são mais empregados em redes rurais
▪ O tipo de ligação dos terminais pode ser estrela, triângulo ou zig-zag
▪ Delta-Delta
▪ Estrela-Estrela
▪ Estrela-Triângulo
▪ Triângulo-Estrela
▪ A ligação zig-zag elimina o 3º harmônico, possui 3 níveis de tensão e é o mais caro
Transformador de distribuição
▪ Transformadores monofásicos
▪ Possuem um enrolamento primário e dois secundários
▪ Padrão Nema, H1 para conexão primária
▪ Padrão Nema, X1, X2, X3 para conexão secundária
Transformador de distribuição
▪ Transformadores trifásicos
▪ Padrão Nema, H1 para conexão primária
▪ Padrão Nema, X1, X2, X3 para conexão secundária
Transformador de distribuição
▪ Em instalações subterrâneas empregam-se transformadores: submersos ou abrigados
para instalações semi-enterradas (pedestral)
Subterrâneo
Abrigado
Detalhe dos enrolamentos
Transformador de distribuição
▪ Detalhe de instalação de transformadores
▪ O poste para instalação de transformador deve
suportar no mínimo 600daN
Transformador de corrente - TC
▪ É um transformador destinado a reproduzir, proporcionalmente em seu circuito
secundário, a corrente do seu circuito primário com sua posição fasorial mantida
▪ A corrente no secundário é normalmente 5A
▪ São utilizados para medição e proteção, suprindo baixas correntes a aparelhos de baixa
impedância, tais como: relés, medidores de energia e amperímetros
▪ A relação entre correntes do primário e secundário e o número de espiras é
inversamente proporcional
Transformador de corrente - TC
▪ TC tipo barra
▪ O enrolamento primário é constituído por uma barra fixa
▪ Empregado em painéis de comando de elevada corrente e subestações de MT e AT
Transformador de corrente - TC
▪ Classe de exatidão
▪ Exprime o erro do TC considerando a RTC e o defasamento entre as correntes do primário e
secundário
▪ Os TCs destinados a medição devem possuir classe de exatidão igual ou inferior a 0,3%
▪ Os TCs destinados a proteção possuem classe de exatidão de 0,6%
▪ Para medição de corrente indicativa são utilizados TCs com classe de exatidão de 1,2%
𝐼𝑐
𝜀 % = . 100
𝐼𝑠
Transformador de potencial - TP
▪ É destinado a reproduzir, proporcionalmente
em seu circuito secundário, a tensão do seu
circuito primário com sua posição fasorial
mantida
• A tensão do secundário é normalmente 115V
• São utilizados para medição e proteção, suprindo
baixas tensões a aparelhos de elevada impedância
tais como: relés de tensão, bobina de tensão dos
medidores de energia e voltímetros
• A relação entre tensões do primário e secundário e
o número de espiras é proporcional
• Podem ser isolados a óleo ou a seco
Transformador de potencial - TP
▪ Características construtivas
▪ TP indutivo
▪ Para divisão da tensão até 138 kV
▪ TP capacitivo
▪ Para divisão da tensão superior a 138 kV
Transformador de potencial - TP
▪ É Classe de exatidão
▪ Exprime o erro do TP considerando a RTC e o defasamento entre as tensões do primário e secundário
▪ Os TPs destinados a medição devem possuir classe de exatidão igual ou inferior a 0,3%
▪ Os TPs destinados a proteção possuem classe de exatidão de 0,6%
▪ Para medição de tensão indicativa são utilizados TPs com classe de exatidão de 1,2%
𝑉𝑠 − 𝑉𝑝
𝜀 % = 𝑅𝑇𝑃. . 100
𝑉𝑝
Pára-raios
▪ Utilizados para conduzir correntes de descarga associadas a variações tensões induzidas
na rede e interromper as correntes subsequentes que sucedem as correntes de descarga
após sua condução a terra
▪ Tem como função reduzir o efeito de sobretensões transitórias nos equipamentos
elétricos de um circuito de forma que o isolamento dos equipamentos não seja
danificado
▪ As sobretensões são de origem:
▪ Descargas atmosféricas
▪ Manobras de equipamentos
▪ São fabricados com elementos não lineares
▪ Resistor não-linear de carboneto de silício (SiC)
▪ Resistor não-linear de óxido de zindo (ZnO)
▪ Não atraem os raios como os captores de instalações elétricas prediais
▪ As correntes de descarga variam entre 10kA e 80kA
▪ A taxa de falha é de 5% e principalmente devido a penetração de umidade
Pára-raios
▪ Resistor não-linear de carboneto de silício (SiC)
▪ Constituído de porcelana vitrificada
▪ Capaz de conduzir altas correntes de descargas com baixas tensões
▪ Necessita de centelhador para evitar aquecimento devido a elevada corrente na tensão de operação
Pára-raios
▪ Resistor não-linear de óxido de zindo (ZnO)
▪ Não necessita de centelhador porque a corrente para a terra é muito baixa na tensão de operação
(30x10-6A), incapaz de provocar aquecimento
▪ Podem ser de porcelana ou polimérico
Pára-raios
▪ Curva característica de tensão x corrente dos varistores SiC e ZnO
Pára-raios
▪ Detalhe de instalação de para-raios
▪ Os para-raios podem ser instalados em
qualquer tipo de estrutura
Descarregadores de chifre
▪ Protegem os sistemas RDAs contra descargas atmosféricas
▪ São mais empregados em RDAs rurais ou urbanas de baixa densidade
▪ Possuem custo inferior aos para-raios
▪ Para grandes correntes de descargas simultâneas os para-raios podem falhar, levando a
atuação da proteção do sistema. Neste caso os descarregadores de chifre levam
vantagem
▪ Atua com um equipamento de retaguarda para efetuar a abertura e fechamento do
circuito, normalmente um religador
▪ Possuem duas hastes, uma ligada a fase e outra ligada a terra. Para a tensão nominal
operam como um circuito aberto, durante a descarga o arco formado entre as hastes é
descarregado a terra
Descarregadores de chifre
▪ Curva característica de tensão x corrente dos varistores SiC e ZnO
▪ Tipos elétricos:
• H, K e T
Argola
Elemento fusível
Chave fusível
▪ Detalhe de instalação
▪ A chave-fusível pode ser instalada em qualquer
tipo de estrutura
Relés
▪ São responsáveis por comandar o desligamento (ou o religamento) de equipamentos de
interrupção quando a intensidade de uma variável pre-fixada é ultrapassada por um
determinado período de tempo
▪ Funções
▪ Relé de sobrecorrente instantâneo, função 50
▪ Atuação em menos de 10ms
▪ Relé de sobrecorrente temporizado, função 51
▪ Relé de religamento, função 79
▪ Comando instantâneo e com retardo
▪ Aplicado a disjuntores e religadores
▪ As unidades temporizadas dos relés de sobrecorrente são utilizadas para melhorar a seletividade
com outros equipamentos
▪ As unidades instantâneas dos relés de sobrecorrente são utilizadas para proteção contra elevadas
correntes de curto-circuito
Relés eletrônicos
▪ Transistorizados ou microprocessados (digitais)
▪ Supervisionam, através de dispositivos eletrônicos, a corrente secundária dos TCs
comandando a abertura instantânea e temporizada do disjuntor
Disjuntores automáticos
▪ É um dispositivo capaz de abrir ou fechar um circuito sobre condições normais de
operação e sobre falta
▪ A abertura e fechamento dos contatos, sobre carga, pode criar um arco voltaico logo,
óleo, SF6, o vácuo e ar comprimido são empregados para evitar este efeito
▪ Os disjuntores são equipamentos utilizados nas saídas dos alimentadores das
subestações, comandados por relés
▪ Relés de sobrecorrente de fase (50/51)
▪ Relés de sobrecorrente de neutro (50N/51N)
▪ Relés de religamento (79)
Disjuntores automáticos
▪ GVO x PVO
▪ SE de MT Câmara de
comprimento
▪ Consumidores de médio e pequeno porte curto
Câmara de
comprimento
longo
Disjuntores automáticos
▪ Vácuo
▪ Utilizados onde a frequência de manobras é intensa
▪ SF6 e Ar comprimido
▪ Classe de tensão superior a 230kV
Chave seccionadora
▪ É um dispositivo mecânico de manobra capaz de abrir ou fechar um circuito
▪ As chaves seccionadoras são classificadas como chaves para operação sem carga, com
carga e de aterramento rápido.
▪ Sua função é:
▪ Estabelecer bypass em equipamentos de SEs: disjuntores e capacitores em série para a execução de
manutenção ou por necessidade operativa
▪ Isolar equipamentos: disjuntores, capacitores em série, barramentos, transformadores, reatores,
geradores e linhas para a execução de manutenção ou operação sem carga
▪ Manobrar circuitos: transferência de circuitos entre os barramentos de uma subestação
▪ Seccionar alimentadores de redes de distribuição
▪ Podem ser monopolares ou tripolares
▪ Podem operar sob carga em circuitos com baixa corrente de magnetização
▪ A operação pode ser manual (com vara) ou motorizada
Chave seccionadora
▪ Maioria monopolar
▪ Utilizada em redes de distribuição
Lâmina
Terminal de
carga
Terminal de
fonte
Isolador
Base
Chaves seccionadoras
▪ Seccionadora de abertura lateral
▪ Acarretam espaçamentos maiores entre os eixos de fases, o que torna crítico a aplicação em SEs de
tensão elevada
Terminal
Terminal de carga
de fonte
Haste
isolante de
manobra
Alavanca
de Isolador
manobra tipo
pedestral
Aula 02 – Equipamentos Elétricos
Rev. C – Abril/2020 – Gustavo Dill
Aula 02 – Equipamentos Elétricos – Parte I - Transformadores
Bucha
passante
Religador automático
▪ É um dispositivo, instalado em série com redes aéreas, para proteção contra
sobrecorrentes.
▪ Atua religando o circuito após uma falta transitória com uma sequência pré-determinada de abertura
e fechamento
▪ O objetivo é manter o sistema operando após a ocorrência de uma falta temporária
▪ Possui a função bloqueio Inrush para inibir a atuação quando transformadores são energizados
▪ Podem ser monofásicos e trifásicos
▪ Operações:
▪ Uma rápida e três lentas
▪ Duas rápidas e duas lentas
▪ Três rápidas e uma lenta
▪ Quatro rápidas
Religador automático
▪ Numero máximo de operações de bloqueio = 4
▪ Os tempos de atuação são definidos por curvas rápidas e lentas, em função da
coordenação e seletividade com outros equipamentos em retaguarda
▪ É possível ajustar o número de operações para correntes de fase e neutro
▪ Nos religadores eletrônicos e microprocessados é possível somar tempos a uma curva
para atuação com retardo
Religador automático
▪ Com controle por ação eletromagnética (Hidráulico)
▪ As correntes são detectadas pelas bobinas de disparo que são ligadas em série com a rede. Quando a
corrente da rede é superior a mínima do religador, o núcleo móvel da bobina é atraído para o seu
interior, provocando a abertura dos contatos do religador
Religador automático
▪ Com controle por ação eletrônica
▪ Transistorizados e microprocessados (digitais)
▪ As correntes de defeito são detectadas por componentes eletrônicos, os quais comandam a abertura,
tempo e fechamento dos contatos
Religador automático
▪ A óleo
▪ Indicados para instalações ao tempo ou abrigada
▪ Utilizados em RDAs urbanas e rurais ou SE de distribuição
▪ Podem ser de PVO ou GVO
Religador automático
▪ A váculo
▪ Utilizados em SEs e RDAs
Religador automático
▪ A SF6
▪ Utilizados em SEs e RDAs
Religador automático
• Detalhe de instalação de
religador
Banco de capacitores
▪ Banco de capacitores: utilizados corrigir o fator de potência da rede e possíveis quedas
de tensão
▪ Podem ser fixos ou variáveis
▪ São instalados diretamente na rede primária ou com chaveamento automático através
de relés
▪ São instalados próximos aos consumidores de potência reativa
▪ Benefícios:
▪ Diminuição das perdas do alimentador
▪ Melhoria do FP
▪ Aumento da disponibilidade de carga
▪ Aumento do nível de tensão
Banco de capacitores
• Detalhe de instalação de banco de
capacitores
• O poste para instalação de banco de
capacitores deve suportar no mínimo
600daN
Regulador de tensão
▪ Regulador de tensão: utilizados para corrigir valores de tensão fora dos limites aceitáveis
e correção do FP para limites acima dos aceitáveis
▪ Consiste de um autotransformador com várias derivações no enrolamento série
Regulador de tensão
▪ Regulador de tensão auto-booster
▪ Muito utilizado nas redes rurais e
alimentadores com baixa densidade de carga
▪ Só pode ser ajustado ou para aumentar ou
para diminuir a tensão
▪ Podem ser ligados em série com banco de
capacitores fixos ou automáticos
Regulador de tensão
▪ Regulador de tensão de 32 graus
▪ Pode elevar ou reduzir a tensão em seus terminais
▪ Composto por um autotransformador dotado de várias
derivações no enrolamento série e uma chave reversora
para adicionar ou subtrair tensão
▪ São utilizados em redes rurais de longa distância, na saída
do alimentador da SE ou em determinados pontos da rede
▪ São instalados onde a tensão, para patamares de carga
leve e pesada, fique fora dos limites do Prodist
Religador automático
▪ Detalhe de instalação de regulador de tensão automático
▪ Bitolas:
▪ Rede subterrânea : 50mm², 120mm² e 240mm²
▪ Rede primária e secundária aérea compacta: cabos de 35mm² e 240mm²
▪ Rede primária e secundária aérea isolada: cabos de 35mm² a 240mm²
Postes
▪ Poste de Madeira
▪ Utiliza pinho ou eucalipto tratado com produto a base de alcatrão para evitar apodrecimento, fungos
e cupins
▪ São feitas bandagens no topo e no pé com arame galvanizado
▪ É mais barato, mais leve que o de concreto e são mais usados em redes rurais
▪ Poste de concreto:
▪ É mais pesado e mais caro que o de madeira porém suporta maior esforço mecânico
▪ É o mais usado em todos os tipos de rede aérea
▪ Podem ser: Circular; Duplo T (maior resistência mecânica)
▪ Poste de aço
▪ É mais utilizado para iluminação ornamental
▪ São mais leves e mais caros que os postes de concreto
▪ Requerem manutenção constante (pintura)
Postes
Postes de Madeira
Poste Polimérico
Postes
▪ Dimensões e características
Postes
▪ Dimensões e características
Cruzetas
Cruzetas de concreto
Cruzetas de madeira
Cruzeta Polimérica
Isoladores
▪ Os isoladores são utilizados para suportar os esforços produzidos pelos condutores.
▪ Eletricamente, exercem a função de isolar os condutores, submetidos a uma diferença
de potencial em relação à terra ou entre fases.
Isoladores de apoio
▪ São aqueles nos quais se apoiam os condutores ou cabo mensageiro
▪ Pino: É utilizado geralmente em redes aéreas primárias. São fabricados em porcelana
vitrificada ou vidro temperado
▪ Roldana: É utilizado predominantemente nas redes aéreas secundárias. São fabricados
em porcelana vitrificada, como em vidro recozido
Isolador pino
polimérico (15 kV)
Isolador pino
porcelana (15 kV)
Isolador pedestal
Isoladores de suspensão
▪ Os isoladores são utilizados para suportar os esforços produzidos pelos condutores.
▪ São aqueles que, quando fixados a estrutura de sustentação, permitem o livre
deslocamento em relação à vertical, através da rotação do seu dispositivo de fixação
▪ Disco : São utilizados em redes de distribuição primária. São fabricados em porcelana
vitrificada, como em vidro temperado.
Isoladores
▪ Ferragens de estruturas de redes convencionais
▪ Mão francesa: impede a rotação de uma cruzeta
▪ Pino isolador: utilizado para fixação do isolador na cruzeta
Pino isolador
Armação secundária
Mão francesa
Cinta de apoio
p mão francesa
Isoladores
▪ Ferragens de estruturas de redes compactas
▪ Braço tipo “L” – sustentação do cabo mensageiro
Afastador vertical
Afastador losangular
Isoladores
▪ Ferragens de estruturas de redes compactas
▪ Braço tipo “C” – sustentação dos cabos
Detalhe de aplicação
Exterior
Interior
Detalhe de aplicação
Detalhe da isolação
Contra-poste