NORMA TÉCNICA 1.03. REGULARIZACAO DE MOVEIS SITUADOS EM CONDOMINIOS - BGE 105, de 31MAIO21

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DATA DE 13MAIO2021 NT Nº 1.

03
ATUALIZAÇÃO

CBMPE
DIESP
NORMA TÉCNICA Nº 1.03

LEGISLAÇÃO GERAL

REGULARIZAÇÃO DE IMÓVEIS SITUADOS EM


CONDOMÍNIOS

Homologada pelo CSAT através da Ata nº 092,


de 13MAIO21.
Aprovada pela Portaria do Comando Geral nº
176, de 27MAIO21, publicada no BGE/CBMPE nº
105, de 31MAIO21 e referenciada no DOE nº
SUMÁRIO 104, de 1ºJUN21.
1 Objetivo
2 Aplicação Esta Norma Técnica é original.
3 Expediente técnico Origem: Processo SEI nº
3900000416.000028/2021-98).
Revisão nº “0” (zero)
Válida a partir de 1ºJUL21
08 (oito) páginas. Sem anexos.
1. OBJETIVO

1.1 Definir critérios para regularização de imóveis/


empreendimentos situados em condomínios para a obtenção do
Atestado de Regularidade (AR).

2. APLICAÇÃO

2.1 Esta Norma Técnica (NT) aplica-se a todas as edificações


construídas até 13 de março de 1997, previstas no art. 7º do
COSCIP seguindo critérios estabelecidos no expediente técnico.

2.2 Para fins de aplicação do disposto no item anterior faz-se


necessária a comprovação documental do ano de construção da
edificação.

3. EXPEDIENTE TÉCNICO

3.1 CRITÉRIOS PARA NÃO COBRANÇA DO ATESTADO DE REGULARIDADE DO


CONDOMÍNIO

3.1.1 Quando os empreendimentos/imóveis estiverem enquadrados nos


critérios abaixo, não será exigido, pelo CBMPE, o Atestado de
Regularidade do Condomínio e/ou edificação ao qual o imóvel faz
parte. Apenas será exigida a Regularização para obtenção do
Atestado de Regularidade para cada empreendimento/imóvel,
individualmente.

I.Existindo acesso comum entre os empreendimentos pertencentes à


mesma edificação:

a) A edificação/condomínio possuir área construída menor que


750m²;

b) Possuir até 02 (dois) pavimentos (térreo e superior);

c) Ter o acesso do 1º pavimento (térreo) direto para o passeio


público;

d) Ter o acesso do 2º pavimento (superior) aberto para o


exterior (balcão ou marquise);

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e) Ter os empreendimentos que compõem os imóveis definidos nesta
norma técnica, áreas construídas de até 200 m²(duzentos metros
quadrados);

f) A distância percorrida no pavimento superior para atingir a


escada deverá ser de até 30 m (trinta metros), considerando o
ponto mais afastado no pavimento.

II.Não existindo acessos comuns entre os empreendimentos


pertencentes à mesma edificação:

a) Possuir altura de até 8 m (oito metros), medidos entre o


nível de acesso do prédio, junto à fachada, e a linha horizontal
passando pelo ponto mais alto do imóvel, excetuando-se o
reservatório superior;

b) Possuir até 02 (dois) pavimentos (térreo e superior);

c) Ter o acesso do 1º pavimento (térreo) direto para o passeio


público ou área de descarga;

d) Não existir portas ou qualquer outro tipo de abertura entre


os empreendimentos;

e) Ter isolamento através de paredes e portas corta fogo com


Tempo Requerido de Resistência ao Fogo (TRRF) mínimo de 120 min
(cento e vinte minutos), nos termos do art. 254, II do COSCIP;

f) Ter a coberta em laje ou sua estrutura ser individual para


cada empreendimento constituinte do todo, obedecendo ao critério
de compartimentação horizontal indicados em norma específica.

III.Havendo acesso comum através de arruamentos (área privada)


entre edificações afastadas fisicamente, serão consideradas
isoladas:

a) Possuir distância entre as edificações mínima 8m (oito


metros), desde que não pertençam às classes de ocupação “E”, “L”,
“O” e “Q”, tudo do art. 7º do COSCIP, vide figura 01;

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Figura 1: Separação entre edificações

b) Possuir uma parede corta-fogo entre as edificações que se


projete em no mínimo 1 m (um metro) do limite da coberta entre as
edificações e as suas paredes laterais, com TRRF mínimo de 120
min (cento e vinte minutos);

c) Nas paredes corta-fogo, caso as edificações afastadas possuam


diferença entre cobertas superior a 1 m (um metro), a parede
poderá ter o tamanho mínimo da edificação maior, mas deverá
atender ao critério de projeção lateral;

d) Uma face das edificações poderá ser considerada como parede


corta-fogo, para fins de isolamento, desde que seja “cega” (sem
aberturas) e possua TRRF mínimo de 120 min (cento e vinte
minutos);

e) Caso as edificações obedeçam aos critérios da alínea “a”, mas


sejam interligadas por passagens cobertas, os seguintes critérios
devem ser identificados:

I- Possuir largura máxima de 3 m (três metros) e serem


utilizadas exclusivamente para o trânsito de pessoas, materiais
equipamentos de pequeno porte e trânsito de veículos;

II- Todos os materiais utilizados na construção das passagens


cobertas devem ser incombustíveis;

III- Possuir laterais totalmente abertas, sendo admissíveis apenas


guardas e proteções laterais, também incombustíveis;

IV- Serão admitidas nas áreas adjacentes às passagens cobertas


construções destinadas a sanitários, escadas com materiais
incombustíveis, elevadores, guarita de recepção, reservatórios de
água e similares;

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V- As passagens cobertas ou coberturas destinadas ao
estacionamento de veículos, equipamentos de grande porte ou
linhas de produção industriais descaracterizam o afastamento
entre as edificações;

VI- Havendo acesso comum através de arruamentos (área privada)


entre edificações contíguas (geminadas), serão consideradas
isoladas:

a) As edificações contíguas que possuírem parede corta fogo sem


aberturas entre elas, desde que a parede se projete em, no
mínimo, 1 m (um metro) do limite da coberta entre as edificações,
conforme indicado na figura 2;

Figura 2: Parede corta-fogo

b) As aberturas situadas em lados opostos de uma parede de


isolamento (exemplo de janelas com parede entre elas) devem estar
afastadas em no mínimo 2 m (dois metros) entre si, por trecho de
parede corta-fogo entre elas, conforme indicado na figura 3;

Figura 3: Estrutura corta-fogo

c) A distância da alínea “b” poderá ser substituída por uma aba


vertical, perpendicular ao plano das aberturas, com 0,9 m (zero
vírgula nove metros) de saliência, conforme figura 2 e 3;

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d) As armações dos telhados ou das cobertas não devem ser
engastadas a parede de isolamento de risco, mas podem ficar
apoiadas em consolo (suportes), fixados na parede e, para o caso
de dilatação da armação da cobertura decorrente de um incêndio,
deve ser prevista a distância necessária a essa dilatação;

e) A projeção da aba descrita na alínea “a” poderá ser


dispensada caso a laje da coberta atenda aos critérios de
compartimentação (corta-fogo) e possua TRRF de no mínimo 120 min
(cento e vinte minutos);

f) A parede ou estrutura corta-fogo deverá ter no mínimo TRRF de


120 min (cento e vinte minutos);

3.1.2 Poderá ser expedido o Atestado de Regularidade (AR) para


restaurantes, lojas e escritórios, inseridos edifícios, galerias,
conjuntos comerciais ou edificações congêneres, desde que sejam
térreos, não possuam acesso comum, tenham acesso direto para o
passeio público e atendendo ao seguinte:

a) Possuam seus sistemas preventivos dimensionados conforme as


normas vigentes, para o estabelecimento a ser analisado,
independente do condomínio.

b) Caso possua mezanino, este deve possuir no máximo 200 m2


(duzentos metros quadrados).

c) A regularização deste estabelecimento não poderá ser por


processo simplificado;

3.1.2.1 Para efeito do exposto no item 3.1.2, no processo da


expedição do AR, obrigatoriamente deverá constar a realização da
vistoria de regularização.

3.1.2.2 No caso da previsão do sistema de hidrantes e/ou


sprinklers, conforme alinha “a” do item 3.1.2, não
necessariamente precisará possuir um sistema de pressurização
(casa de bombas) para atender a rede hidráulica, caso exista uma
diferença de cota suficiente entre o sistema fixo e a Reserva
Técnica de Incêndio (RTI), que garanta a pressão e vazão prevista
no COSCIP para o grau de risco previsto para o estabelecimento em
questão.

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3.1.2.3 A confirmação do previsto no item anterior deverá ser
realizada através de medição local da pressão e vazão.

3.1.3 Os empreendimentos que compõem as edificações enquadradas


no 3.1.1 desta norma técnica, e que não for exigido pelo CBMPE o
Projeto de Segurança Contra Incêndio e Pânico, face às suas
características construtivas, deverá atender aos seguintes
critérios mínimos de segurança:

a) Os dispositivos de evacuação de emergência deverão ser


dimensionados para atender à população máxima prevista na
edificação;

b) Possuírem quantidade e tipo de extintores compatíveis com a


carga incêndio, atendendo aos artigos 32 e 33 do COSCIP;

c) Instalação de sinalização e iluminação de emergência de modo


adequado, quando for aplicável.

3.1.4 Nos imóveis cuja destinação do térreo seja diversa da


residencial, e os demais pavimentos apenas para fins
residenciais, o sistema de chuveiros automáticos poderá não ser
previsto desde que atendam aos seguintes critérios,
cumulativamente:

a) Ter acesso direto para a via pública sem comunicação com a


área comum da edificação e demais empreendimentos;
b) Ter isolamento entre os empreendimentos através de paredes
corta fogo com TRRF mínimo de 120 min (cento e vinte minutos),
nos termos do art. 254, II do COSCIP;

3.1.4.1 Não será exigida a apresentação do Atestado de


regularidade da edificação (Condomínio) quando se enquadrar nos
critérios previstos no item 3.1.4.

3.1.5 Os imóveis que atenderem aos critérios previstos no item


3.1.1 desta norma, deverão possuir projeto de segurança contra
incêndio e pânico, quando exigidos pelo CBMPE de acordo com norma
específica.

3.1.5.1 Para os casos previstos no Inciso I do item 3.1.1 da


presente norma, o projeto de segurança contra incêndio e pânico
deverá contemplar o empreendimento como um todo.

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3.1.5.2 Para os casos previstos no Inciso II do item 3.1.1 da
presente norma, os sistemas de prevenção de combate a incêndio
serão dimensionados de acordo com as características
construtivas, tipo de ocupação e grau de risco de cada
empreendimento individualmente, sem considerar a área total
ocupada prevista no art. 25, X do COSCIP, considerando que a
edificação está isolada.

3.1.5.3 Quando houver compartilhamento de sistemas fixos como


hidrantes, sprinklers, detecção e alarme, o condomínio deverá
possuir projeto de segurança contra incêndio e pânico e Atestado
de regularidade válido.

3.1.5.3.1 Deverá constar na planta do projeto de segurança contra


incêndio e pânico do condomínio, quando este não prever sistemas
preventivos dentro dos estabelecimentos, uma nota específica,
indicando que os sistemas previstos para cada área privativa
(economia habitável) a ser comercializada/locada, será de
responsabilidade do inquilino/novo proprietário, devendo ser
regularizados individualmente.

3.1.5.3.2 Quando acontecer o previsto no item 3.1.5.3.1, o


projeto de segurança contra incêndio do condomínio deverá prever
os sistemas mínimos exigidos na área comum da edificação
principal e, caso seja exigido sistemas fixos, de acordo com as
características da edificação, deverá ser previsto dispositivos
de espera para os sistemas de hidrantes, sprinklers, detecção e
alarme para cada área privativa (economia habitável) a ser
comercializada/locada.

3.1.5.4 Quanto às características dos elementos paredes e portas


corta-fogo, com TRRF mínimo de 120 min (cento e vinte minutos),
sua apresentação deverá estar destacada no projeto de segurança
contra incêndio e pânico, através de hachuras, legendas e
indicação do TRRF mínimo de 120 min (cento e vinte minutos).

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