Direito Administrativo: Poderes Administrativos
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ADMINISTRATIVO
Poderes Administrativos
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
DIREITO ADMINISTRATIVO
Poderes Administrativos
Gustavo Scatolino
Apresentação..................................................................................................................3
Poderes Administrativos.................................................................................................4
1. Introdução...................................................................................................................4
2. Poderes Administrativos............................................................................................. 7
2.1. Poder Hierárquico..................................................................................................... 7
2.2. Poder Disciplinar.................................................................................................... 14
2.3. Poder Regulamentar ou Normativo........................................................................ 21
2.4. Poder Discricionário e Poder Vinculado. . ................................................................ 27
2.5. Poder de Polícia.....................................................................................................29
2.6. Delegação do Poder de Polícia aos Particulares..................................................... 37
2.7. Polícia Administrativa e Polícia Judiciária. . ..............................................................42
2.8. Prescrição. .............................................................................................................49
Resumo.........................................................................................................................53
Mapa Mental.................................................................................................................. 57
Questões de Concurso.................................................................................................. 58
Gabarito...................................................................................................................... 125
Gabarito Comentado. ................................................................................................... 128
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Poderes Administrativos
Gustavo Scatolino
Apresentação
Olá, amigo(a) concurseiro(a) guerreiro(a)!
Vamos para mais uma aula!
O tema desta aula são os poderes administrativos.
Muitos concursos cobram esse assunto. Mas, nas provas, no meu ponto de vista, as ques-
tões não são difíceis, você verá.
É um conteúdo relativamente pequeno, contudo, você deverá saber quais são os poderes
administrativos e as características de cada um.
“O rio corta a rocha não por causa de sua força, mas por causa de sua persistência...”
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Poderes Administrativos
Gustavo Scatolino
PODERES ADMINISTRATIVOS
1. Introdução
O exercício da atividade administrativa deve estar voltado, a todo instante, para o alcance
do interesse público. Desse modo, a Administração necessita de instrumentos para que o ob-
jetivo seja alcançado.
Os poderes administrativos têm esse caráter instrumental. São instrumentos colocados à
disposição do administrador público para atingir o interesse público.
Poderes administrativos não devem ser confundidos com Poderes do Estado (Executivo,
Legislativo e Judiciário).
A expressão “poder” administrativo também não deve ser entendida como uma faculdade
para a Administração, pois, quando a situação estiver configurada, o poder deve ser exercido.
Na verdade, a expressão mais adequada é “poder-dever” ou “dever-poder”, isto é, a Administra-
ção tem o dever de valer-se de todos os poderes que estão à sua disposição.
O não exercício de um poder administrativo pode levar à responsabilidade administrativa e
penal do agente público, bem como à responsabilidade civil da Administração, se causar dano
a particulares.
EXEMPLO
Um agente público não pode deixar de punir um subordinado quando ficar comprovado que a infra-
ção administrativa ocorreu; um superior não pode deixar de controlar e fiscalizar os atos de seus
subordinados; o Estado não pode deixar de restringir direito em benefício do interesse público.
Visto que o administrador tem poderes, ele, obviamente, tem deveres. São eles:
• Dever de agir: não pode o agente público manter-se inerte diante de situação em que o
poder deva ser exercido;
• Dever de prestar contas: tem o dever de ser transparente e expor a atividade desenvol-
vida e os custos dessa atividade;
• Dever de eficiência: o administrador deve desempenhar os poderes com eficiência
(presteza, perfeição, rendimento, qualidade e economicidade);
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• Dever de probidade: deve o agente público atuar com boa-fé, ética e honestidade, no
exercício de suas funções.
DICA!
Mnemônico PEPA!
Prestar contas; Eficiência; Probidade; Agir.
PODERES
Dever de agir
Prestar contas
Eficiência
Probidade
Agir
Por outro lado, o exercício dos poderes administrativos deve ser utilizado de modo correto,
para que o agente público não cometa o abuso de poder.
O abuso de poder ocorre de duas formas:
• quando a autoridade, embora competente para praticar o ato, ultrapassa os limites de
suas atribuições;
• quando a autoridade pratica ato visando ao interesse próprio ou utiliza atos para finali-
dades não previstas em lei.
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Gustavo Scatolino
EXEMPLO
O chefe da repartição, pela Lei n. 8.112/1990, somente pode aplicar, no máximo, a sanção de
advertência ou suspensão por até 30 dias. Se ele aplica a demissão, comete excesso de poder.
Ele tinha competência punitiva, mas avançou nas suas atribuições legais.
Desvio de finalidade ou desvio de poder: embora atuando nos limites de sua competência, a
autoridade pratica o ato por motivos pessoais ou com fins diversos dos objetivos dados pela
lei ou exigidos pelo interesse público.
Por exemplo, desapropriação para prejudicar desafeto político, remoção de servidor com cará-
ter punitivo.
Cai muito em prova! A remoção prevista na Lei n. 8.112/1990 NÃO PODE ter caráter puniti-
vo. A remoção desloca o servidor, mas não deve servir para puni-lo.
Errado.
Tanto o desvio de poder, quanto o excesso de poder podem ocorrer na forma omissiva e
comissiva.
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Poderes Administrativos
Gustavo Scatolino
Letra d.
O exercício dos poderes administrativos deve ser utilizado de modo correto, para que o agente
público não cometa o abuso de poder. O abuso de poder ocorre de duas formas:
• quando a autoridade, embora competente para praticar o ato, ultrapassa os limites de
suas atribuições;
• quando a autoridade pratica ato visando ao interesse próprio ou utiliza atos para fina-
lidades não previstas em lei. No caso, houve excesso de poder, que é quando a autori-
dade, embora competente para praticar o ato, vai além do permitido e exorbita no uso
de suas faculdades administrativas. O agente até tinha competência, mas a extrapolou.
2. Poderes Administrativos
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É necessário haver a hierarquia para que o superior possa comandar, dar ordens, corrigir os
atos, avocar atribuições aos seus subordinados. Resumindo, para que possa exercer os pode-
res que decorrem da hierarquia.
Poder de fiscalização e revisão: órgãos superiores fazem a fiscalização e a revisão de atos
praticados por órgãos inferiores para a verificação do exercício correto da atividade e para a
devida correção dos atos, seja revogando os inconvenientes e inoportunos, seja anulando os
ilegais (autotutela).
Poder de delegação e avocação: a delegação e a avocação ocorrem em situações nas
quais o sujeito que recebe atribuição da lei não pratica o ato. Na delegação, a autoridade trans-
fere parte de suas atribuições para outro agente praticar o ato em seu lugar. Na avocação, uma
autoridade chama para si o ato que seria de seu subordinado.
EXEMPLO
Decreto expedido pelo Presidente da República que transferiu para Ministros de Estado a com-
petência de aplicar demissão a servidores subordinados ao seu ministério.
EXEMPLO
Um Ministro que delega atribuição sua para outro Ministro.
Por outro lado, a avocação ocorre quando o superior hierárquico subtrai parte da compe-
tência atribuída originariamente ao seu subordinado. Veja: na avocação, deve haver a relação
de hierarquia.
Ao contrário da delegação, a avocação só ocorre em situações excepcionais e temporá-
rias. Assim, para haver avocação, deve existir uma autoridade superior, que chama para si ato
que seria de seu subordinado.
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Poderes Administrativos
Gustavo Scatolino
DELEGAÇÃO AVOCAÇÃO
Errado.
Realmente a avocação ocorre quando o superior hierárquico subtrai parte da competência
atribuída originariamente ao seu subordinado. Na avocação, deve haver a relação de hierar-
quia. Porém, ao contrário da delegação, a avocação só ocorre em situações excepcionais e
temporárias. Assim, a avocação não apresenta caráter ordinário e não pode ser por tempo
indeterminado.
Poder de punir: o exercício do poder de punir exige relação de hierarquia. Se não houvesse
na Administração uma estrutura dividida em vários órgãos e agentes, com relação de hierarquia entre
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si, não haveria a possibilidade de serem aplicadas sanções aos servidores, pois, para isso, é
essencial que um superior aplique punição ao seu subordinado.
Um cuidado: o poder de punir é o poder disciplinar que vamos ver mais adiante. Contudo,
para que o poder disciplinar possa ser exercido, é necessário haver, antes de tudo, uma relação
hierarquizada.
PODER HIERÁRQUICO
Certo.
O poder disciplinar é o poder de punir internamente as infrações funcionais dos servidores,
como no caso narrado, de aplicar sanções aos seus subordinados. Pode-se dizer que o poder
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disciplinar deriva do poder hierárquico, pois é necessário haver a hierarquia para que o superior
possa comandar, dar ordens, corrigir os atos, aplicar sanções.
Outro cuidado: nem todas as relações em que o Poder Público está presente são hierarqui-
zadas. Assim, não há hierarquia:
• Entre os poderes do Estado: entre os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário não há
hierarquia, pois são independentes e harmônicos entre si, conforme o art. 2º da CF;
• Entre administração direta e indireta: entre a administração direta e suas entidades, que
compõem a administração indireta, não há relação de subordinação, e sim de vincula-
ção;
EXEMPLO
Entre um Ministério e uma autarquia a ele vinculada (MF e INSS).
• Entre as pessoas políticas: as pessoas políticas que compõem a Federação são: União,
Estados, DF e Municípios. Entre elas não há hierarquia. O Presidente não manda no go-
vernador e o governador não manda no prefeito. Cada um tem a sua autonomia;
• Nas funções típicas do Poder Judiciário e Legislativo: quando o Poder Judiciário estiver
na sua função típica de julgar, não haverá relação de hierarquia entre os juízes e entre os
órgãos do Poder Judiciário.
Quando um juiz julga um caso, tem liberdade para proferir a decisão que entenda mais
adequada, sem relação de subordinação com ninguém.
O juiz de primeiro grau também tem as mesmas prerrogativas e independência que um
Ministro do STF tem.
Entre os órgãos do Poder Judiciário não há hierarquia. A primeira instância não é subordi-
nada à 2ª instância. E um Tribunal de Justiça não é subordinado ao STJ ou STF. Cada um terá
as suas atribuições e sua independência.
O mesmo ocorre no Poder Legislativo. Entre os seus órgãos (Câmara, Senado e Congresso
Nacional) não há hierarquia. Nenhum desses órgãos é superior ao outro.
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Poderes Administrativos
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Entretanto, no exercício de uma função administrativa (função atípica), exercida pelo Po-
der Judiciário e Poder Legislativo, há hierarquia. Entre os diversos juízes de um Tribunal, existe um
que organiza hierarquicamente esse órgão. Um juiz, para poder tirar férias ou licença, deve
solicitar ao juiz Presidente do Tribunal, para que a melhor data seja marcada, pois ele sofre as
consequências da hierarquia. O mesmo raciocínio ocorre no Poder Legislativo, em que há um
presidente da Casa Legislativa responsável por organizá-la administrativamente, o dia em que
ocorrerá as sessões, quando se encerram, quando se iniciam etc.
Letra b.
Poder hierárquico é o de que dispõe o Executivo para organizar e distribuir as funções de
seus órgãos, estabelecendo a relação de subordinação entre os servidores do seu quadro
de pessoal. O poder hierárquico tem como objetivo ordenar, coordenar, controlar e corrigir as
atividades administrativas, no âmbito interno da Administração Pública. Do poder hierárquico
são decorrentes certas faculdades implícitas ao superior, tais como dar ordens e fiscalizar o
seu cumprimento, delegar e avocar atribuições e rever atos dos inferiores, portanto, alternati-
va “b”.
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O recurso hierárquico (próprio) é aquele interposto dentro de uma relação que tem hierar-
quia. O recurso hierárquico impróprio é aquele interposto em relações nas quais não há hierar-
quia.
O recurso hierárquico próprio não depende de lei expressa para o seu cabimento, uma vez
que decorre da própria relação hierarquizada a possibilidade de recurso ao órgão superior.
Cabe recurso ao Ministério Supervisor de uma decisão proferida por entidade da adminis-
tração indireta? Cabe esse recurso hierárquico impróprio, uma vez que entre administração
direta e indireta não há hierarquia?
O assunto é divergente na doutrina:
• 1ª corrente (majoritária – Maria Sylvia Di Pietro e Celso Antônio): não cabimento, tendo
em vista a ausência de previsão expressa na legislação das agências dessa modalidade
recursal. Visa assegurar que a decisão final na esfera administrativa seja da autarquia
regulatória. Além disso, não obstante a direção superior da Administração pelo chefe do
Executivo ser garantida no art. 84, II, da CF, o art. 37, XIX, da CF consagra o princípio da
descentralização administrativa. As pessoas administrativas descentralizadas gozam
de autonomia administrativa, não havendo subordinação hierárquica entre elas e a admi-
nistração direta, sendo certo que a possibilidade aberta de revisão de ofício ou mediante
recurso hierárquico impróprio dos atos regulatórios pelo Executivo central aniquila a au-
tonomia inerente às agências;
• 2ª corrente: cabimento de revisão pelo chefe do Executivo ou respetivo Ministério da de-
cisão da agência por meio de provocação do interesse (recurso hierárquico impróprio)
ou de ofício (avocatória), com fundamento na direção superior exercida pelo chefe do
Executivo sobre toda a Administração Pública (art. 84, II, da CF).
O Parecer AC-051 da AGU entendeu possível quando o ato da agência extrapole os limites
legais de competência ou viole políticas públicas setoriais de competência do Ministério ou
da Administração Central. Esse parecer foi aprovado pelo Presidente da República e passou a
ostentar caráter vinculante para toda a Administração Pública Federal, na forma do art. 40, §
1º, da LC n. 73/1993.
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EXEMPLO
Advertência e multa.
EXEMPLO
Sanção que uma universidade aplica em seu aluno; sanção da Administração Pública ao con-
tratado na relação contratual.
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a) de polícia.
b) disciplinar.
c) hierárquico.
d) regulamentar.
e) vinculante.
Letra b.
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Letra c.
O poder disciplinar incide não só em relação aos servidores, mas também em relação aos
particulares que mantêm algum tipo de vínculo especial com o poder público, como, por exem-
plo, concessionários e permissionários, que podem sofrer determinadas sanções em razão de
inexecução contratual ou falha na execução.
EXEMPLO
Insubordinação; incontinência pública; conduta escandalosa; ato de improbidade adminis-
trativa.
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JURISPRUDÊNCIA
Mandado de Segurança. Servidor Público Civil. Processo Administrativo Disciplinar.
Mérito Administrativo. Reapreciação. Legalidade. Sanção Disciplinar. Aplicação. Aspecto
Discricionário. Inexistência. Comissão Disciplinar. Integrante. Servidor Público Não Está-
vel. Nulidade.
I – Descabido o argumento de impossibilidade de reapreciação do mérito administrativo
pelo Poder Judiciário no caso em apreço, pois a questão posta diz respeito exclusiva-
mente a vício de regularidade formal do procedimento disciplinar, qual seja, defeito na
composição da comissão processante.
II – Ademais, é de se registrar que inexiste aspecto discricionário (juízo de conveniência
e oportunidade) no ato administrativo que impõe sanção disciplinar. Nesses casos, o controle
jurisdicional é amplo e não se limita a aspectos formais (Precedente: MS n. 12.983/DF, 3ª
Seção, da minha relatoria, DJ de 15/02/2008).
III – É nulo o processo administrativo disciplinar cuja comissão processante é integrada
por servidor não estável (art. 149, caput, da Lei n. 8.112/1990). Ordem concedida. (MS
12.636/DF, Rel. Ministro FELIX FISCHER, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 27/08/2008, DJe
23/09/2008).
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que exige motivação com indicação dos fatos e fundamentos jurídicos, quando do ato resultar
imposição de sanção.
Professor, pode ocorrer de um servidor ser punido nas esferas CIVIL, PENAL e ADMINIS-
TRATIVA?
Sim! Se a infração disciplinar praticada pelo servidor caracterizar ilícito criminal, ele res-
ponderá também na esfera penal. Pela responsabilidade administrativa, o servidor responde
com o seu cargo, podendo resultar em advertência, suspensão ou demissão, como regra. Já
em relação à responsabilidade penal, o servidor poderá responder com a sua liberdade. Pode
responder, também, na esfera civil por ato de improbidade (perante o Poder Judiciário) ou ação
de indenização.
As três esferas são independentes. O servidor pode ser condenado ou absolvido em todas
as esferas, ou pode ser condenado na esfera administrativa e absolvido na esfera penal, e vice-
-versa. Entretanto, a via administrativa ficará vinculada à esfera penal na hipótese do art. 126
da Lei n. 8.112/1990:
Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição crimi-
nal que negue a existência do fato ou sua autoria.
De acordo com o dispositivo legal citado, se ficar PROVADO, na esfera penal, que o fato não
aconteceu ou que o servidor não foi o autor, a decisão absolutória da esfera penal deve deter-
minar também absolvição na via administrativa.
Se o servidor foi absolvido na esfera penal por “falta/ausência de provas”, essa hipótese
não vincula a decisão administrativa. Uma coisa é ficar provado que o fato não aconteceu ou
que não foi o servidor o autor; outra situação é uma decisão absolutória, na esfera penal, com
fundamento de não terem sido reunidas provas suficientes para imputar o crime ao agente.
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Civil
CONDENAÇÃO
Esferas Penal
DO SERVIDOR
Administrativa
Não precisa. De acordo com a Súmula Vinculante n. 5 do STF: “A falta de defesa técnica por
advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição”.
Um assunto sobre o poder disciplinar que geralmente é cobrado em provas é a prova em-
prestada do processo penal no PAD.
Caso o servidor pratique um ato que seja, ao mesmo tempo, ilícito penal e ilícito admi-
nistrativo, é possível transportar, para o processo administrativo, uma prova produzida na
esfera penal.
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JURISPRUDÊNCIA
EMENTA: PROVA EMPRESTADA. Penal. Interceptação telefônica. Escuta ambiental. Auto-
rização judicial e produção para fim de investigação criminal. Suspeita de delitos come-
tidos por autoridades e agentes públicos. Dados obtidos em inquérito policial. Uso em
procedimento administrativo disciplinar, contra os mesmos servidores. Admissibilidade.
Resposta afirmativa a questão de ordem. Inteligência do art. 5º, inc. XII, da CF, e do art.
1º da Lei federal n. 9.296/1996. Voto vencido. Dados obtidos em interceptação de comu-
nicações telefônicas e em escutas ambientais, judicialmente autorizadas para produção
de prova em investigação criminal ou em instrução processual penal, podem ser usados
em procedimento administrativo disciplinar, contra a mesma ou as mesmas pessoas em
relação às quais foram colhidos.(Inq 2424 QO, Relator(a): Min. CEZAR PELUSO, Tribu-
nal Pleno, julgado em 25/04/2007, DJe-087 DIVULG 23/08/2007 PUBLIC 24/08/2007 DJ
24/08/2007 PP-00055 EMENT VOL-02286-01 PP-00109 RTJ VOL-0020502 PP-00638).
resultado final do processo penal não repercute na esfera administrativa (STJ. 2ª Turma. RMS
Normalmente, fala-se em poder regulamentar; preferimos falar em poder normativo, já que aquele
não esgota toda a competência normativa da Administração Pública; é apenas uma de suas formas
de expressão […] (PIETRO, 2011, p. 91).
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Gustavo Scatolino
Porém, muitos autores entendem que Poder Regulamentar é privativo do chefe do PE, e o
Poder Normativo é da Administração Pública.
De fato, o poder da Administração Pública para detalhar as leis não se manifesta apenas
pela edição de decretos. Há vários atos administrativos que fazem isso: resoluções, instruções
normativas, portarias etc. Mas o ato clássico que explicita/ detalha as leis (gerais e abstratas)
são os decretos feitos pelos chefes do PE.
O Poder Legislativo, ao editar as leis, nem sempre possibilita que elas sejam executadas.
Cabe à Administração criar mecanismos de complementação, indispensáveis à efetiva aplica-
bilidade. As leis, por serem gerais e abstratas, por vezes necessitam de atos infralegais para
sua correta execução. O decreto é o ato que terá, como regra, função de explicitar a lei, fielmen-
te, para sua aplicação.
Conforme o art. 84 da CF, temos dois tipos de decretos.
Decreto Regulamentar ou de Execução (art. 84, IV, da CF): é de competência privativa do
chefe do Poder Executivo editá-los para a fiel execução das leis. Se o decreto é para a fiel exe-
cução da lei, ele não pode ampliar as determinações legais, bem como restringir o alcance da
lei. O instrumento jurídico que cria ou restringe direitos é a lei; o decreto tem por função dispor
como esses direitos originados da lei serão exercidos.
EXEMPLO
Se a Lei n. 8.112/1990 dispõe que devem ser reservadas até 20% das vagas nos concursos
para pessoas com deficiência, o decreto que regulamenta essa lei deve fixar a reserva até o
limite da lei. Não pode resolver ampliar para 30%, por exemplo. Também não pode o decre-
to criar reserva de 10% das vagas para indígenas, pois não há previsão em lei. Sua função é
apenas detalhar o que já está previsto em lei.
Caso o ato normativo venha a exorbitar (extrapolar) a sua função de regulamentar a lei, o
art. 49, V, da CF autoriza o Congresso Nacional a fazer a sustação desse ato.
O órgão que faz a sustação de atos normativos que EXORBITAM o poder regulamentar é o
Congresso Nacional (CN).
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Letra b.
O Poder Regulamentar não poderá inovar no mundo jurídico. Caso o ato normativo venha a
exorbitar (extrapolar) a sua função de regulamentar a lei, o art. 49, V, da CF autoriza o Congres-
so Nacional a fazer a sustação desse ato.
Decreto Autônomo ou Independente (art. 84, VI, da CF): o decreto autônomo ou indepen-
dente não tem por finalidade regulamentar lei. Sua existência independe de norma legal ante-
rior que exija regulamentação.
Já foi muito controversa, em nosso direito, a existência de decretos que não têm por fun-
ção fazer a complementação de leis.
Para Maria Sylvia Zanella Di Pietro, e esta também é a posição do STF, a CF/1988, original-
mente, não dava margem para a possibilidade de regulamentos autônomos. O art. 84, VI, da
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Mas, hoje, o assunto já está mais tranquilo, admitindo o decreto autônomo. Pelo menos
para as provas.
Atualmente, a doutrina admite esse decreto nas hipóteses das alíneas “a” e “b” do art. 84,
inciso VI, da CF. São as seguintes hipóteses:
• dispor sobre a organização e o funcionamento da Administração federal, na forma da lei,
quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;
• extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos.
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Letra a.
O Poder Normativo é o poder da Administração de editar atos normativos para a complemen-
tação das leis. A expressão poder regulamentar era utilizada para se referir à competência
dos chefes do Poder Executivo para editarem decretos visando à fiel execução das leis. Mas,
atualmente, o chamado poder regulamentar vem sendo conceituado como poder para editar
atos normativos (poder normativo). De fato, o poder da Administração Pública para detalhar
as leis não se manifesta apenas pela edição de decretos. Há vários atos administrativos que
fazem isso: resoluções, instruções normativas, portarias etc. Mas o ato clássico que explicita/
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detalha as leis (gerais e abstratas) são os decretos feitos pelos chefes do PE. Conforme o art.
84 da CF, temos dois tipos de decretos:
Regulamentar/execução
Competência privativa do chefe do
DECRETOS
Executivo para fiel execução de lei.
(ART. 84, CF)
Se exorbitar g o Congresso
Nacional sustará o ato
Autônomo/independente
Dispor sobre a organização e o
funcionamento da administração
federal, na forma da lei, quando não
implicar aumento de despesa nem
criação ou extinção de órgãos;
Extinção de funções ou cargos pú-
blicos, quando vagos.
Para Maria Sylvia e outros autores, somente a hipótese da alínea “a” configura regulamento
autônomo, pois a alínea “b” revelaria um mero ato de efeitos concretos.
É importante saber: mesmo antes da EC n. 32/2001, Hely Lopes (2004) já admitia a edição
de decretos autônomos, em razão da teoria implícita dos poderes. Para o autor, a Administra-
ção, tendo como função a execução dos fins determinados pelo Estado, bem como a efetiva-
ção de direitos fundamentais, não pode ficar à espera da edição de leis pelo Poder Legislativo
para o desempenho de suas atribuições.
Para Celso Antônio Bandeira de Mello, em nenhuma hipótese cabe o decreto autônomo.
Nunca vi perguntarem isso em prova, mas em uma prova discursiva ou oral, é importante citar
essa posição. Será o seu diferencial!!!
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O STF reconheceu o caráter normativo primário de resolução editada pelo CNJ, que restrin-
gia o nepotismo no âmbito do Poder Judiciário, sendo sua validade decorrente diretamente da
Constituição (ADC 12 MC/DF, rel. Min. Carlos Britto, 16/02/2006; Informativo n. 416 STF).
É verdade, esse é um assunto novo, mas que já tem caído em algumas provas, é bom sa-
ber. Significa que um assunto que antes era tratado por meio de LEI pode ser tratado por um
ato administrativo. A normatização de um tema sai do domínio da lei para o domínio do ato
regulamentar.
O caso que acabamos de citar, sobre a organização interna da Administração Pública, é um
caso de deslegalização. Antes, era somente a lei que poderia tratar de organização interna, mas
a Emenda Constitucional n. 32/2001 permitiu que o assunto fosse tratado por decreto. Saiu do
nível da lei e passou para o decreto. Temos vários assuntos na CF que, no regime constitucional
anterior, deveriam ser tratados por lei e que, atualmente, podem ser tratados por decreto.
Deslegalização não se confunde com desregulação: DESREGULAÇÃO é o fenômeno de
diminuição da quantidade de regras sobre determinados setores da economia, de modo a per-
mitir que o mercado se autorregule pela competição entre os diversos agentes.
Poder regulamentar não se confunde com Poder Regulatório. A regulação é uma função
diretiva, normativa e sancionatória, visando à intervenção direta ou indireta do Estado na ativi-
dade econômica. Tem como características:
• competência atribuída às entidades administrativas e exercida principalmente pelas
agências reguladoras;
• engloba o exercício de atividades normativas, executivas e judicantes;
• possui conteúdo técnico.
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Letra c.
O poder discricionário é a prerrogativa concedida aos agentes administrativos de elegerem,
entre as várias condutas possíveis, a que traduz maior conveniência e oportunidade para
o interesse público, como, por exemplo, a prorrogação de concurso público ou a autorização
para uso de bem público. Assim, quando o agente tem liberdade de agir, a doutrina considera
que ele manifesta o seu poder discricionário.
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a) poder hierárquico.
b) poder regulamentar.
c) poder de polícia.
d) poder disciplinar.
e) abuso de poder.
Letra c.
De fato, o poder de polícia é o poder do Estado de restringir, limitar ou condicionar o exercício
de direitos e da propriedade em benefício do interesse público. O que o poder de polícia faz não
é retirar o direito, e, sim, condicionar o seu exercício para o bem-estar coletivo.
O Estado pode cobrar TAXAS em razão de exercer o poder de polícia (memorize isso).
Cuidado! Somente TAXAS. Não pode ser imposto, tarifa ou contribuição.
EXEMPLO
Taxa de fiscalização ambiental; taxa da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Professor, eu entendia o poder de polícia como o poder DA polícia. Então, não significam
a mesma coisa?
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Não! O que a polícia (corporação: Polícia Civil e Federal) faz é uma expressão do poder
de polícia do Estado. Mas o poder de polícia vai muito além da área de segurança pública/
criminal.
Sobre toda atividade potencialmente danosa à coletividade, o Estado poderá exercer o seu
poder de polícia, por exemplo, saúde, consumo, construções, profissões, trânsito, meio am-
biente etc.
EXEMPLO
Regulamento que disciplina o uso de fogos de artifício ou que fixa o horário e a as condições
de venda de bebidas alcoólicas, resoluções do Contran.
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EXEMPLO
Fiscalização de restaurantes, lanchonetes, casas de show; fiscalização de cumprimento de
normas ambientais.
• Atos de sanção: por meio da sanção, o Estado exercerá o poder de polícia, em razão de
o administrado descumprir determinações impostas.
Para finalizar essa introdução da nossa aula, é importante sabe que o poder de polícia de-
corre do poder extroverso do Estado, que é a imposição de obrigações de forma unilateral na
esfera do administrado.
Todos os Entes Federativos têm competência para exercer atos do poder de polícia.
Terá competência para exercer o poder de polícia a Entidade Política que dispõe do poder
de regular (legislar) a matéria. Assim, assuntos de interesse nacional ficam sujeitos à
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JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 419 do STF
Os municípios têm competência para regular o horário do comércio local, desde que não
infrinjam leis estaduais ou federais válidas.
Súmula n. 645 do STF
É competente o município para fixar o horário de funcionamento de estabelecimento
comercial.
Súmula n. 646 do STF
Ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que impede a instalação de estabe-
lecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área.
Súmula n. 19 do STJ
A fixação do horário bancário, para atendimento ao público, e da competência da união.
Súmula n. 312 do STJ
No processo administrativo para imposição de multa de trânsito, são necessárias as noti-
ficações da autuação e da aplicação da pena decorrente da infração.
Súmula n. 434 do STJ
O pagamento da multa por infração de trânsito não inibe a discussão judicial do débito.
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ATRIBUTOS DO PODER
COERCIBILIDADE
DE POLÍCIA
AUTOEXECUTORIEDADE
Discricionariedade
Para que a atividade tenha sobre ela o exercício do poder de polícia, ela deve ter alguma “danosida-
de” para a sociedade. Deve ser uma atividade que possa causar alguma lesão aos demais particula-
res se for utilizada indevidamente, fazendo surgir a necessidade de que sejam impostas restrições
no seu exercício para o bem-estar da coletividade. Um exemplo que podemos citar é o uso de veí-
culo aéreo não tripulado e controlado remotamente, são os chamados drones. Esse “brinquedo” co-
meçou a ser usado, inicialmente, no Brasil para atividades recreativas, passando, rapidamente, para
uso de diversas tarefas como, por exemplo, entrega de encomendas, empresas de segurança e etc.
No entanto, o seu uso, no início, não tinha restrições, mas em razão dos possíveis danos o Estado
enxergou a potencialidade lesiva e, por consequência, fez surgir a necessidade de regulamentação
(quem pode pilotar, locais, altura, atividades a serem realizadas etc.), bem como de fiscalização por
órgãos do Poder Público (Manual de Direito Administrativo, Ed. JusPodivm, 2015).
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Então, note que o poder de polícia, em regra, é discricionário, pois há um certo espaço para
liberdade de atuação.
Mas veja só: o poder de polícia também pode se manifestar de modo vinculado, quando
o Estado exige licença para a realização de atividades. A licença é espécie de ato vinculado,
tendo em vista que é necessário o preenchimento de todas as exigências fixadas em lei geral
para o interessado ter direito ao que pediu, como acontece com a licença para construir ou
dirigir veículos.
Se a questão citar que o poder de polícia é discricionário, está certa. Se mencionar que é
puramente/estritamente discricionário, está errada. Se afirmar que é discricionário ou vincu-
lado, está certa. Se afirmar que pode ser discricionário ou vinculado, também estará correta.
Autoexecutoriedade
Significa a imediata e direta execução dos atos pela própria Administração, independente-
mente de ordem judicial.
EXEMPLO
Interdições de atividades ilegais e de obras clandestinas e a inutilização de gêneros impróprios
para o consumo.
Ou seja, para o Estado exercer o seu poder de polícia, não é preciso autorização prévia do
Poder Judiciário.
Contudo, cuidado: nem todas as medidas de polícia são dotadas de autoexecutoriedade,
uma vez que, em determinadas situações, a Administração depende de ordem judicial prévia
para a implementação do ato, como, por exemplo, a COBRANÇA DE MULTAS. Nesse caso, o
Estado não tem meios diretos para fazer uma cobrança de multa que não foi paga espontane-
amente. Se um fiscal da Anvisa multar um estabelecimento, e o proprietário não pagar a multa,
o fiscal não pode fechar o local ou apreender mercadorias para satisfazer o valor da multa. O
que ele faz, então? Inscreve em dívida ativa, e o Estado fará a cobrança pela via judicial.
Existe um caso em que a execução da multa é feita diretamente pela própria Administração.
Trata-se de multa decorrente de contrato administrativo, por adimplemento irregular, em que o
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contratado prestou garantia para a celebração do contrato, podendo, nesse caso, haver a execução
direta da penalidade, por meio da garantia oferecida (art. 80, III, Lei n. 8.666/1993). Porém, a
multa aplicada nessa hipótese decorre do poder disciplinar, e não do poder de polícia.
Celso Antônio Bandeira de Mello prefere falar em exigibilidade e executoriedade:
• a exigibilidade (privilège du préalable ou executoriedade indireta) é o poder de exigir do
cidadão o cumprimento de obrigações, mas recorrendo a meios indiretos de persuasão
(pela cominação de multa, por exemplo);
• a executoriedade (privilège d’action d’office) é o administrador poder executar material-
mente aquilo que impôs ao cidadão e este não cumpriu. Significa a possibilidade de a
Administração promover por si mesma a conformação do comportamento do particular
às injunções dela emanadas.
Coercibilidade
Significa a imposição coativa das medidas adotadas. Por ser imperativo, o ato de polícia
admite até mesmo o uso da força pública para o seu cumprimento, quando resistido pelo
administrado.
Assim, se alguém coloca uma barraquinha de camelô na calçada, um fiscal tem o poder de
mandar tirar. E o particular deverá removê-la do local, quer ele goste ou não. Se não retirar por
conta própria, o fiscal pode convocar força policial para obrigar a retirada.
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Letra a.
O poder de polícia é discricionário, porque há um certo grau de liberdade na sua atuação. O
Estado tem liberdade para escolher as atividades a serem “policiadas”, para fazer escolha da
sanção aplicável, bem como para escolher o melhor momento de agir. Também apresenta
autoexecutoriedade, que significa a imediata e direta execução dos atos pela própria Admi-
nistração, independentemente de ordem judicial. Além disso, é dotado de coercibilidade, que
é a imposição coativa das medidas adotadas. Por ser imperativo, o ato de polícia admite até
mesmo o uso da força pública para o seu cumprimento, quando resistido pelo administrado.
Esse tópico também é importantíssimo para concursos, pode cair na sua prova! Já foi ob-
jeto, muitas vezes, até de questão discursiva.
Não é possível delegar o poder de polícia aos particulares. Inclusive, o art. 4º, III, da Lei
das Parcerias Público-Privadas (Lei n. 11.079/2005) estabelece que não pode ser objeto de
contrato de PPP o exercício do poder de polícia, por consistir em transferir para particulares
essa atividade estatal.
Por que não?
Porque o Estado, para praticar os atos que decorrem do poder de polícia, age com seu po-
der de império, sua supremacia. E o particular não tem esse poder. Se fosse admitido, seria o
mesmo que repassar ao particular o poder de império do Estado.
Obs.: vale a pena saber isto: Celso Antônio Bandeira de Melo entende que somente em casos
excepcionais esses atos (do poder de polícia), que são de titularidade do Estado, pode-
riam ser delegados aos particulares, ou ser por eles praticados, por exemplo, a ativida-
de dos capitães de navio. Com efeito, ofenderia o equilíbrio entre os particulares em
geral, ensejando que uns oficialmente exercessem supremacia sobre outros.
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JURISPRUDÊNCIA
ADMINISTRATIVO. PODER DE POLÍCIA. TRÂNSITO. SANÇÃO PECUNIÁRIA APLICADA
POR SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. IMPOSSIBILIDADE.
1. (…)
2. No que tange ao mérito, convém assinalar que, em sentido amplo, poder de polícia
pode ser conceituado como o dever estatal de limitar-se o exercício da propriedade e da
liberdade em favor do interesse público. A controvérsia em debate é a possibilidade de
exercício do poder de polícia por particulares (no caso, aplicação de multas de trânsito
por sociedade de economia mista).
3. As atividades que envolvem a consecução do poder de polícia podem ser sumaria-
mente divididas em quatro grupo, a saber: (i) legislação, (ii) consentimento, (iii) fiscaliza-
ção e (iv) sanção.
4. No âmbito da limitação do exercício da propriedade e da liberdade no trânsito, esses
grupos ficam bem definidos: o CTB estabelece normas genéricas e abstratas para a
obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (legislação); a emissão da carteira corpo-
rifica a vontade o Poder Público (consentimento); a Administração instala equipamentos
eletrônicos para verificar se há respeito à velocidade estabelecida em lei (fiscalização); e
também a Administração sanciona aquele que não guarda observância ao CTB (sanção).
5. Somente os atos relativos ao consentimento e à fiscalização são delegáveis, pois
aqueles referentes à legislação e à sanção derivam do poder de coerção do Poder
Público.
6. No que tange aos atos de sanção, o bom desenvolvimento por particulares estaria,
inclusive, comprometido pela busca do lucro – aplicação de multas para aumentar a arre-
cadação.
7. Recurso especial provido.
(REsp 817.534/MG, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, jul-
gado em 10/11/2009, DJe 10/12/2009).
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JURISPRUDÊNCIA
É constitucional a delegação do poder de polícia, por meio de lei, a pessoas jurídicas de
direito privado integrantes da Administração Pública indireta de capital social majoritaria-
mente público que prestem exclusivamente serviço público de atuação própria do Estado
e em regime não concorrencial.
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Dissemos, há pouco, que o poder de polícia não pode ser delegado a particulares. Porém, ele
pode ser delegado para pessoa jurídica de direito público como, por exemplo, as autarquias. A lei
cria a autarquia e já lhe transfere a atividade que representa o poder de polícia. Em verdade, o que
muitas autarquias fazem (a maioria) é exercer descentralizadamente o poder de polícia, fiscali-
zando (profissão, trânsito, saúde), concedendo licenças (licença para dirigir ou exercer profissão)
e cassando-as quando o particular descumpre condições que deveria ter observado.
Letra a.
O poder de polícia é o poder do Estado de restringir, limitar ou condicionar o exercício de di-
reitos e da propriedade em benefício do interesse público. Então, o que o poder de polícia faz
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não é retirar o direito, e, sim, condicionar o seu exercício para o bem-estar coletivo. O poder de
polícia não proíbe que o cidadão tenha um carro e o dirija. Apenas coloca condições para que
ele faça isso. É importante destacar que há o conceito legal de poder de polícia positivado no
art. 78 do Código Tributário Nacional, pois o exercício do poder de polícia é fato gerador para a
exigência de taxas. De acordo com o CTN,
Por fim, O CICLO do poder de polícia, assim denominado pelo autor Diogo de Figueiredo Morei-
ra Neto, compreende a legislação de polícia, os atos de consentimento (ex.: licença e autoriza-
ção), fiscalização e os atos de sanção.
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A atuação da polícia administrativa incide sobre BENS, ATIVIDADES E DIREITOS. Sua con-
duta é regida por normas administrativas.
A polícia judiciária, em princípio, atua repressivamente, realizando investigação de crimes
já ocorridos. Essa atividade é desenvolvida por órgãos especializados, a exemplo da polícia
federal e da polícia civil, entre outras corporações que eventualmente tenham essa atribuição
conferida pelo art. 144 da Constituição Federal. Entretanto, ela pode também atuar de maneira
preventiva, evitando que crimes venham a ocorrer ou, até mesmo, nas fronteiras e aeroportos,
tendo um caráter mais ostensivo.
Errado.
O erro está em dizer que a polícia judiciária está adstrita ao Poder Judiciário, pois na verdade,
é ao Poder Executivo.
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Letra c.
A polícia administrativa visa assegurar a observância dos limites impostos pelo Estado para o
exercício de direitos, podendo ser por meio de atos de fiscalização, prevenção ou repressão. A
polícia administrativa atua preventivamente, visando evitar que danos aconteçam à socieda-
de. No entanto, os agentes de polícia administrativa também agem repressivamente, quando,
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por exemplo, interditam um estabelecimento comercial ou apreendem bens obtidos por meios
ilícitos. A atuação da polícia administrativa incide sobre BENS, ATIVIDADES E DIREITOS. Sua
conduta é regida por normas administrativas.
Resumindo:
A função de polícia judiciária das polícias das Casas Legislativas (ex.: polícia da Câmara e
do Senado) é restrita aos crimes ocorridos internamente, conforme Súmula n. 397 do STF: “o
poder de polícia da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, em caso de crime cometido
nas suas dependências, compreende, consoante o regimento, a prisão em flagrante do acusa-
do e a realização do inquérito”. Se ocorrer um crime na calçada em frente ao Senado, fora do
seu recinto, a competência será da polícia civil ou federal, conforme o caso.
Atenção ao tema a seguir, sobre as guardas municipais, tem caído em prova!
O STF entendeu que as guardas municipais, desde que autorizadas por lei municipal, têm
competência para fiscalizar o trânsito, lavrar auto de infração de trânsito e impor multas.
Para o Supremo, é constitucional a atribuição às guardas municipais do exercício do poder
de polícia de trânsito, inclusive para a imposição de sanções administrativas previstas em
lei. A fiscalização do trânsito, com aplicação das sanções administrativas (multas), constitui
mero exercício de poder de polícia, não havendo, portanto, proibição de que seja exercida por
órgãos que não fazem parte das carreiras policiais, como é o caso das guardas municipais,
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cuja atribuição descrita na CF, art. 144, § 8º, não é exaustiva. STF. Plenário. RE 658570/MG,
rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Roberto Barroso, julgado em 06/08/2015
(Info 793).
JURISPRUDÊNCIA
DIREITO ADMINISTRATIVO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PODER DE POLÍCIA. IMPOSI-
ÇÃO DE MULTA DE TRÂNSITO. GUARDA MUNICIPAL. CONSTITUCIONALIDADE. 1. Poder
de polícia não se confunde com segurança pública. O exercício do primeiro não é prer-
rogativa exclusiva das entidades policiais, a quem a Constituição outorgou, com exclusi-
vidade, no art. 144, apenas as funções de promoção da segurança pública. 2. A fiscalização
do trânsito, com aplicação das sanções administrativas legalmente previstas, embora
possa se dar ostensivamente, constitui mero exercício de poder de polícia, não havendo,
portanto, óbice ao seu exercício por entidades não policiais. 3. O Código de Trânsito Bra-
sileiro, observando os parâmetros constitucionais, estabeleceu a competência comum
dos entes da federação para o exercício da fiscalização de trânsito. 4. Dentro de sua
esfera de atuação, delimitada pelo CTB, os Municípios podem determinar que o poder de
polícia que lhe compete seja exercido pela guarda municipal. 5. O art. 144, § 8º, da CF, não
impede que a guarda municipal exerça funções adicionais à de proteção dos bens, servi-
ços e instalações do Município. Até mesmo instituições policiais podem cumular funções
típicas de segurança pública com exercício de poder de polícia.
Entendimento que não foi alterado pelo advento da EC n. 82/2014. 6. Desprovimento do
recurso extraordinário e fixação, em repercussão geral, da seguinte tese: é constitucional
a atribuição às guardas municipais do exercício de poder de polícia de trânsito, inclusive
para imposição de sanções administrativas legalmente previstas. (RE 658570, Relator(a):
Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. ROBERTO BARROSO, Tribunal Pleno,
julgado em 06/08/2015, ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL – MÉRITO DJe-
195 DIVULG 29-09-2015 PUBLIC 30-09-2015).
JURISPRUDÊNCIA
Não se pode associar poder de polícia, cuja competência é fixada legalmente a partir dos
parâmetros constitucionais incidentes em cada caso, com a instituição da polícia, à qual
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Poderes Administrativos
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Em uma situação um pouco diferente, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) entendeu que
a guarda municipal, por não estar entre os órgãos de segurança pública previstos pela Consti-
tuição Federal, não pode exercer atribuições das polícias civis e militares. Para o colegiado, a
sua atuação deve se limitar à proteção de bens, serviços e instalações do município.
O colegiado também considerou que só em situações absolutamente excepcionais a guar-
da pode realizar a abordagem de pessoas e a busca pessoal, quando a ação se mostrar direta-
mente relacionada à finalidade da corporação.
A tese foi firmada em julgamento de recurso no qual foram declaradas ilícitas as provas
colhidas em busca pessoal feita por guardas municipais durante patrulhamento rotineiro. Em
consequência, foi anulada a condenação do réu por tráfico de drogas. O relator, ministro Ro-
gerio Schietti Cruz, destacou a importância de se definir um entendimento da corte sobre o
tema, tendo em vista o quadro atual de expansão e militarização dessas corporações. (Resp
1977119).
Mas cuidado para não fazer confusão! Guarda municipal PODE exercer PODER DE POLÍ-
CIA (de trânsito), mas não pode exercer PODER DE POLÍCIA relativo às atribuições das POLÍ-
CIAS CIVIS E MILITARES.
Obs.: Se você tiver um tempinho, leia a ementa do voto do Resp 1977119. Não postei aqui
porque a ementa é um pouco grande, mas vale a leitura. Você encontra no site do STJ.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Poderes Administrativos
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Para finalizar este tópico da aula, vamos tratar da Súmula n. 510 do STJ:
JURISPRUDÊNCIA
A liberação de veículo retido apenas por transporte irregular de passageiros não está con-
dicionada ao pagamento de multas e despesas.
JURISPRUDÊNCIA
ADMINISTRATIVO. TRANSPORTE IRREGULAR DE PASSAGEIROS. APREENSÃO DO VEÍ-
CULO E CONDICIONAMENTO DA LIBERAÇÃO AO PAGAMENTO DE MULTAS. IMPOSSI-
BILIDADE. ENTENDIMENTO FIRMADO PELA PRIMEIRA SEÇÃO AO JULGAR O RESP
1.144.810/MG, MEDIANTE A LEI DOS RECURSOS REPETITIVOS.
Segundo disposto no art. 231, VIII, da Lei n. 9.503/1997, o transporte irregular de passa-
geiros é apenado com multa e retenção do veículo. Assim, é ilegal e arbitrária a apreen-
são do veículo, e o condicionamento da respectiva liberação ao pagamento de multas e
de despesas com remoção e estadia, por falta de amparo legal, uma vez que a lei apenas
prevê a medida administrativa de retenção.
Entendimento ratificado pela Primeira Seção desta Corte, ao julgar o REsp 1.144.810/MG,
mediante a sistemática prevista na Lei dos Recursos Repetitivos.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Poderes Administrativos
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2.8. Prescrição
Por fim, vamos falar sobre prescrição para aplicação de sanções.
A prescrição para a punição decorrente do poder de polícia ocorre em CINCO ANOS, con-
tados da data da prática do ato ou, em se tratando de infração permanente ou continuada, do
dia em que tiver cessado.
Porém, se o fato constituir crime, o prazo prescricional será o mesmo atribuído pela lei pe-
nal, conforme a Lei n. 9.873/1999.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Poderes Administrativos
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Letra c.
a) Errada. A questão disciplinar não possibilita atos restritivos dos direitos individuais dos
cidadãos. O poder que faz isso seria o poder de polícia. É até possível que o poder disciplinar
imponha sansões a particulares, desde que tenha vínculo especial, no entanto a questão não
entrou nessa exceção.
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b) Errada. O poder normativo não tem a ver com aplicação de punições, isso seria: o poder de
polícia se fosse punição para particulares, ou poder disciplinar se fosse no caso punições para
servidores por infrações constitucionais.
c) Certa. O poder de polícia se manifesta por atos preventivos para evitar danos e atos repreen-
sivos, quando algum dano já aconteceu, e ele visa restringir, limitar ou condicionar o exercício
de direito para o bem-estar da coletividade.
d) Errada. O poder regulamentar não é para editar normas autônomas em relação a toda e qual-
quer matéria de organização administrativa e complementares a lei não, poder complementar
é exercido nos estritos limites do artigo 84, inciso IV da Constituição e quanto a decretos autô-
nomos, nos limites do artigo 84 inciso VI.
e) Errada. Fala que o poder hierárquico autoriza a aplicação de penalidades; errado porque o
poder que autoriza a aplicação de penalidades a servidores é o poder disciplinar, e não o poder
hierárquico.
Letra e.
a) Errada. Essa fiscalização se justifica pelo Poder de Polícia.
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Poderes Administrativos
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PODERES ADMINISTRATIVOS
ABUSO DE PODER EXCESSO DE PODER – o agente vai além de suas atribuições.
DESVIO DE PODER – o agente pratica ato para interesse pessoal ou sem
atender ao seu fim legal.
PODER HIERÁRQUICO Poder de estabelecer hierarquia entre os órgãos e agentes públicos.
Não há hierarquia:
administração direta – indireta;
entre as pessoas políticas;
entre os três Poderes;
nas funções típicas do PL e PE.
PODER DISCIPLINAR É o poder que a administração tem de punir internamente as infrações fun-
cionais dos seus servidores e demais pessoas sujeitas à relação especial
com o Estado.
PODER É o poder de expedir atos normativos/decretos para a complementação
REGULAMENTAR/NORMATIVO das leis.
Obs.: decreto não pode inovar na ordem jurídica. Não pode contrariar a lei.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Poderes Administrativos
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RESUMO
Poderes administrativos não devem ser confundidos com os Poderes do Estado.
O vocábulo poder não deve ser entendido como uma faculdade para a Administração, pois
quando a situação estiver configurada, o poder deve ser exercido.
São deveres do administrador:
• dever de agir;
• dever de prestar contas;
• dever de eficiência;
• dever de probidade.
O exercício dos poderes administrativos deve ser utilizado de modo correto, a fim de que
o agente público não cometa o abuso de poder, podendo ocorrer pelo excesso (viola a compe-
tência) ou pelo desvio (viola a finalidade).
PODER HIERÁRQUICO: É o que dispõe a Administração para distribuir e escalonar as fun-
ções de seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes, estabelecendo a relação de
subordinação entre os servidores do seu quadro de pessoal.
Consequências da hierarquia:
• poder de fiscalização e revisão;
• poder de delegação e avocação; e
• poder de punir.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Poderes Administrativos
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que mantêm algum tipo de vínculo mais próximo com a Administração, por exemplo, conces-
sionários e permissionários.
Característica do poder disciplinar: discricionariedade.
A discricionariedade do poder disciplinar está no sentido de que a Administração não está
vinculada à prévia definição da lei sobre a infração funcional.
O segundo aspecto da discricionariedade do poder disciplinar está no sentido de que não
há a necessidade de prévia definição em lei da infração administrativa e da sanção a ser apli-
cada (atipicidade).
O STJ possui jurisprudência no sentido de ser ato vinculado o que aplica sanção disciplinar
ao servidor.
De acordo com a jurisprudência do STJ o prazo para a conclusão do processo administra-
tivo disciplinar (PAD) é de 140 dias.
Se a infração disciplinar praticada pelo servidor caracterizar ilícito criminal, o servidor res-
ponderá também na esfera penal.
As vias administrativa e penal são independentes. Contudo, a responsabilidade administra-
tiva do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou
sua autoria. Cuidado! Absolvição por falta/ausência de provas não vincula a via administrativa.
Súmula Vinculante n. 5 do STF: “a falta de defesa técnica por advogado no processo admi-
nistrativo disciplinar não ofende a Constituição”.
O STF entende possível transportar para o processo administrativo uma prova produzida
na esfera penal.
PODER REGULAMENTAR: é o poder conferido aos chefes do Poder Executivo de editar de-
cretos para a fiel execução das leis.
Decreto regulamentar ou de execução, art. 84, IV, da CF – competência privativa do chefe
do Poder Executivo de editá-los para a fiel execução das leis.
Decreto autônomo ou independente, art. 84, VI, da CF – não tem por finalidade regulamentar
lei. Sua existência independe de norma legal anterior que exija regulamentação. A doutrina pas-
sou a admitir sua existência em nosso ordenamento jurídico com o advento da Emenda Constitu-
cional 32/2001, que modificou a redação do art. 84, VI, da CF. Contudo, somente o Chefe do Poder
Executivo pode dispor sobre a organização e funcionamento da Administração, quando não im-
plicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos, bem como extinção de
funções ou cargos públicos, quando vagos.
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O Texto Constitucional, art. 145, II, e o art. 178 do CTN permitem a cobrança de TAXAS em
razão do exercício do poder de polícia.
Poder de polícia em sentido amplo compreende tanto os atos do Poder Legislativo quanto
do Executivo. Poder de polícia em sentido estrito compreende intervenções, gerais ou abs-
tratas, como os regulamentos, ou concretas e específicas, como autorizações e licenças do
Poder Executivo.
NÃO é possível delegar o poder de polícia aos particulares. STF, ADI 1.717/DF. Entretanto,
certos atos materiais que precedem/anteriores ou posteriores aos atos de polícia podem ser
praticados por particulares.
O poder de polícia será originário quando exercido diretamente pelos entes federados
(União, estados, Distrito Federal e municípios), por meio de suas respectivas Administrações
Diretas; derivado, quando os Entes federados outorgam por lei poder de polícia a entidades de
direito público integrantes de sua Administração Indireta.
A prescrição para o exercício do poder de polícia ocorre em cinco anos, contados da data
da prática do ato ou, em se tratando de infração permanente ou continuada, do dia em que tiver
cessado. Se o fato constituir crime, o prazo prescricional será o mesmo atribuído pela lei penal.
Súmula Vinculante n. 114 do STF no sentido de que “é direito do defensor, no interesse do
representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedi-
mento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respei-
to ao exercício do direito de defesa”.
JURISPRUDÊNCIA
Ofende os arts. 2º e 84, II, da Constituição Federal norma de legislação estadual que
estabelece prazo para o chefe do Poder Executivo apresentar a regulamentação de dis-
posições legais. Exemplo: Art. 9º O Chefe do Poder Executivo regulamentará a matéria no
âmbito da Administração Pública Estadual no prazo de 90 dias. Essa previsão é inconsti-
tucional. STF. Plenário. ADI 4728/DF, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 12/11/2021 (Info
1037).
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MAPA MENTAL
LEIS E ATOS NORMATIVOS
FISCALIZAÇÃO
MEIOS
CONSENTIMENTO
SANÇÃO
ORGANIZAR ÓRGÃO E
AGENTES
DISCRICIONARIEDADE
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (CESPE/MPE-CE/TÉCNICO MINISTERIAL/2020) Cada um do item a seguir
apresenta uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada, acerca dos pode-
res administrativos.
O corpo de bombeiros de determinada cidade, em busca da garantia de máximo benefício da
coletividade, interditou uma escola privada, por falta de condições adequadas para a evacua-
ção em caso de incêndio. Nesse caso, a atuação do corpo de bombeiros decorre imediatamen-
te do poder disciplinar, ainda que o proprietário da escola tenha direito ao prédio e a exercer o
seu trabalho.
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a) de polícia.
b) disciplinar.
c) hierárquico.
d) regulamentar.
e) vinculante.
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b) disciplinar.
c) de polícia.
d) regulamentar.
e) hierárquico.
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no referido órgão. Jorge, na figura de autoridade pública competente, abriu processo administra-
tivo disciplinar contra Bruno, que culminou na aplicação de pena de suspensão por 90 dias ao
insubordinado.
Considerando essa situação hipotética e os dispositivos da Lei n. 8.112/1990 e da Lei n.
9.784/1999, bem como as disposições a respeito dos poderes administrativos e da responsa-
bilidade civil do Estado no direito brasileiro, julgue o item subsequente.
A punição de Bruno exemplifica o exercício do poder de polícia pela administração pública.
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c) poder hierárquico.
d) poder disciplinar.
e) poder de polícia.
aproveitar o tempo vago para fazer um tour pela cidade, conhecendo os pontos turísticos.
O Gestor da Instituição de Ensino tomou conhecimento de tal atitude e deverá aplicar uma san-
ção disciplinar ao servidor. Essa atitude da administração pública está pautada em seu poder:
a) discricionário.
b) absoluto.
c) disciplinar.
d) normativo legal.
e) de polícia.
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b) Regulamento autônomo é aquele que complementa a lei, permitindo a sua fiel execução.
c) Hierarquia é o escalonamento em plano horizontal dos órgãos e agentes da Administração,
estabelecendo uma relação de coordenação.
d) O poder disciplinar permite a aplicação de sanções dos servidores da Administração Públi-
ca por infração funcional.
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d) disciplinar, eis que a ele cabe a gestão administrativa e legislativa em nível municipal, deven-
do praticar os atos normativos necessários para o atendimento do interesse público.
e) avocatório, haja vista que, na qualidade de Chefe do Poder Executivo, tem a prerrogativa de
trazer para si a competência para disciplinar as matérias de interesse local que configurem
direitos fundamentais.
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algum metal. Em seguida, com a concordância de Joaquim, José procedeu à sua revista pes-
soal, encontrando apenas um celular que o cidadão carregava no bolso, sendo-lhe franqueado
o acesso à Assembleia.
No caso em tela, a atuação de José foi embasada no poder administrativo
a) hierárquico, pois o agente público no exercício da função está em situação de superioridade
hierárquica em relação ao particular administrado.
b) normativo, pois o agente público no exercício da função tem o poder de estabelecer regras
concretas aplicáveis a cada caso, com objetivo de garantir a ordem na repartição.
c) disciplinar, pois o agente público no exercício da função detém a prerrogativa de disciplinar
as rotinas administrativas necessárias para segurança do órgão público.
d) de segurança pública, pois o agente público, no exercício de ação repressiva, tem o poder
discricionário de fixar regras gerais e abstratas para garantir a normalidade das atividades da
repartição, em razão da supremacia do interesse público.
e) de polícia, pois o agente público, no exercício de ação fiscalizadora e preventiva, tem o poder
de praticar atos concretos, na forma da lei, para condicionar a liberdade dos indivíduos, pela
supremacia do interesse público.
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b) disciplinar, que autoriza o poder público a impor penalidades a quem descumprir medidas
sanitárias legalmente impostas.
c) normativo, que incide individualmente sobre cada pessoa natural ou jurídica, após o devido
processo legal.
d) de regulamentação, que autoriza os agentes públicos estaduais a aplicarem discricionaria-
mente a sanção.
e) de polícia, que autoriza limitações ao exercício de liberdades individuais em prol do interes-
se coletivo.
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Pública utiliza seu poder para exercer atos administrativos com a finalidade de atender ao
interesse público. Em relação ao conceito de discricionariedade administrativa, assinale a afir-
mativa correta.
a) É a liberdade do administrador de tomar determinadas decisões, desde que esteja nos limi-
tes da lei.
b) É a expansão do ato administrativo por agentes putativos, em consonância com o arcabou-
ço legal.
c) É a ação realizada com desrespeito à ordem jurídica vigente, em função de um viés pessoal.
d) É a permissão da execução de ato pela administração, sem recorrer ao Poder Judiciário
e) É a vinculação de ato administrativo à lei, sem possibilidade de questionamento.
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a) vinculado.
b) de polícia.
c) discricionário.
d) hierárquico.
e) regulamentar.
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d) Os atos praticados com abuso de poder na espécie excesso de poder afrontam o princípio
da supremacia do interesse público e são nulos por vício no motivo.
e) Os atos praticados com abuso de poder na espécie desvio de finalidade são anuláveis por
vício na competência.
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Considerando essa situação hipotética, julgue o item seguinte a respeito do poder administra-
tivo de polícia.
A discricionariedade não é um atributo do poder de polícia, o que impede o agente público de
ter liberdade para agir de acordo com os limites da lei.
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A delegação deriva do poder hierárquico. Pode ser delegada, entre outros, a decisão de recur-
sos administrativos.
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d) hierárquico.
e) disciplinar.
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a) poder hierárquico.
b) poder regulamentar.
c) poder de polícia.
d) poder disciplinar.
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b) O poder administrativo regulamentar só pode ser exercido pelo chefe do Poder Executivo e
corresponde ao poder de expedir decretos.
c) Uma das formas de abuso de poder é o excesso de poder, pelo qual o agente público pratica
ato que, embora de sua competência, fere o interesse público.
d) A aplicação de penalidade de demissão a um agente público que praticou falta grave em
serviço é um exemplo de poder disciplinar da Administração Pública.
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III – Há situações em que o poder de polícia pode ser preventivo ou repressivo, como também
vinculado ou discricionário.
Assinale
a) se apenas a afirmativa I estiver correta.
b) se apenas a afirmativa II estiver correta.
c) se apenas a afirmativa III estiver correta.
d) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
e) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
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III – Nenhuma penalidade pode ser aplicada sem prévia apuração por meio de procedimento
legal, em que sejam assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos
a ela inerentes.
Estão corretas as afirmativas:
a) I, II e III
b) I e II apenas
c) II e III apenas
d) I e III apenas
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Questão 178 II. São atributos do Poder de Polícia: a discricionariedade, compreendida pela pri-
vação de liberdade estabelecida em lei ao administrador para decidir perante o caso concreto;
a autoexecutoriedade, uma vez que o ato é considerado obrigatório e admite o uso, pela Ad-
ministração, de atos indiretos para forçar o cumprimento da determinação; e a coercibilidade,
entendida como o direito do ente estatal de dar cumprimento às suas próprias decisões, sem
interferência do Poder Judiciário.
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GABARITO
1. E 28. E 55. c
2. C 29. C 56. b
3. e 30. e 57. d
4. b 31. a 58. b
5. E 32. E 59. d
6. E 33. E 60. a
7. c 34. c 61. d
8. E 35. E 62. d
9. b 36. E 63. b
10. E 37. c 64. d
11. E 38. C 65. e
12. C 39. E 66. d
13. b 40. d 67. a
14. d 41. E 68. c
15. E 42. b 69. c
16. E 43. E 70. a
17. E 44. E 71. b
18. E 45. c 72. d
19. C 46. d 73. d
20. E 47. a 74. c
21. C 48. c 75. a
22. c 49. b 76. c
23. C 50. c 77. b
24. C 51. b 78. e
25. E 52. b 79. b
26. C 53. d 80. c
27. d 54. a 81. b
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169. d
170. b
171. c
172. e
173. c
174. a
175. a
176. a
177. C
178. E
179. a
180. c
181. a
182. b
183. c
184. d
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GABARITO COMENTADO
Questão 1 (CESPE/MPE-CE/TÉCNICO MINISTERIAL/2020) Cada um do item a seguir
apresenta uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada, acerca dos pode-
res administrativos.
O corpo de bombeiros de determinada cidade, em busca da garantia de máximo benefício da
coletividade, interditou uma escola privada, por falta de condições adequadas para a evacua-
ção em caso de incêndio. Nesse caso, a atuação do corpo de bombeiros decorre imediatamen-
te do poder disciplinar, ainda que o proprietário da escola tenha direito ao prédio e a exercer o
seu trabalho.
Errado.
Essa atuação decorre do poder de polícia, que é o poder do Estado de restringir, limitar ou con-
dicionar o exercício de direitos e da propriedade em benefício do interesse público.
Certo.
O poder disciplinar é o poder de punir internamente as infrações funcionais dos servidores,
como no caso narrado, de aplicar sanções aos seus subordinados. Pode –se dizer que o poder
disciplinar deriva do poder hierárquico, pois é necessário haver a hierarquia para que o superior
possa comandar, dar ordens, corrigir os atos, aplicar sanções.
No curso também destacamos que o poder disciplinar é decorrente do poder hierárquico, pois
para o poder disciplinar existir é necessário, como regra, que se tenha antes de tudo uma rela-
ção hierarquizada.
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Letra e.
O poder de polícia pode se dar também mediante atos individuais/consentimento, que são
aqueles que possuem destinatários determinados, incidindo sobre bens, direitos ou atividades
de pessoa específica. Os atos individuais podem revestir-se de atos de consentimento estatal,
sendo a atividade exercida pelo Estado que defere uma pretensão solicitada pelo particular.
É o que ocorre com a autorização para o uso de arma e a licença para o exercício de determi-
nada atividade.
Poder de polícia não é exclusivo de órgão da segurança pública. Veja, por exemplo, o caso da
guarda municipal que tem competência para exercer o poder de polícia mas não integra os ór-
gãos da segurança pública. Outro exemplo é o DETRAN que também exerce o poder de polícia.
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Letra b.
O poder disciplinar é o poder de punir internamente as infrações funcionais dos servidores e
demais pessoas sujeitas à relação especial com a Administração Pública. O poder disciplinar
incide não só em relação aos servidores, mas também em relação aos particulares que man-
têm algum tipo de vínculo especial com o poder público, como no caso narrado.
Errado.
O erro está em dizer que a polícia judiciária está adstrita ao Poder Judiciário, pois na verdade,
é ao Poder Executivo.
Errado.
De acordo com o julgamento do STJ no RE1217234 PB, os atos de polícia são executados pela
própria autoridade administrativa, independentemente de autorização judicial. Se, todavia, o
ato de polícia tiver como objeto a demolição de uma casa habitada, a respectiva execução
deve ser autorizada judicialmente e acompanhada por oficiais de justiça.
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Gustavo Scatolino
b) poder regulamentar.
c) poder de polícia.
d) poder disciplinar.
e) abuso de poder.
Letra c.
De fato, o poder de polícia é o poder do Estado de restringir, limitar ou condicionar o exercício
de direitos e da propriedade em benefício do interesse público. O que o poder de polícia faz não
é retirar o direito, e, sim, condicionar o seu exercício para o bem-estar coletivo.
Errado.
Tanto o desvio de poder, quanto o excesso de poder podem ocorrer na forma omissiva e comissiva.
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Letra b.
As agências reguladoras exercem o poder de polícia restringindo, imitando ou condicionando
o exercício de direitos. Assim, esse poder não se manifesta apenas com atos de fiscalização e
punição, mas também mediante atos normativos.
Errado.
Realmente a avocação ocorre quando o superior hierárquico subtrai parte da competência
atribuída originariamente ao seu subordinado. Na avocação, deve haver a relação de hierar-
quia. Porém, ao contrário da delegação, a avocação só ocorre em situações excepcionais e
temporárias. Assim, a avocação não apresenta caráter ordinário e não pode ser por tempo
indeterminado.
Errado.
O poder da Administração Pública para detalhar as leis não se manifesta apenas pela edição
de decretos. Há vários atos administrativos que fazem isso: resoluções, instruções normati-
vas, portarias etc. Mas o ato clássico que explicita/ detalha as leis (gerais e abstratas) são os
decretos feitos pelos chefes do PE. Realmente, o decreto é para a fiel execução da lei, ele não
pode ampliar as determinações legais, bem como restringir o alcance da lei. Porém, esses atos
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derivados que estão abaixo das leis (decretos, resoluções, instruções, portarias) podem conter
obrigações diversas das leis, que trazem obrigações principais.
Certo.
Ao editar atos normativos como resoluções, portarias, instruções, a Administração também
poderá utilizar de seu Poder Hierárquico quando tais atos tem a finalidade de ordenar a atua-
ção de seus subordinados ou coordená-los.
Letra b.
O poder de polícia é exercido por meio da prática de atos específicos, de efeitos concretos,
e também pela edição de atos normativos abstratos, de alcance generalizado. Desse modo,
a competência das agências reguladoras para editar atos normativos visando à organização e
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à fiscalização das atividades por elas reguladas está inserida dentro do poder geral de polícia
da Administração. Assim, foi o entendimento o STF no Informativo n. 889:
Letra d.
O poder de polícia é o poder do Estado de restringir, limitar ou condicionar o exercício de direi-
tos e da propriedade em benefício do interesse público. O poder de polícia não se manifesta
apenas com atos de fiscalização e punição. Também pode se manifestar por meio de atos in-
dividuais/consentimento, que são aqueles que possuem destinatários determinados, incidindo
sobre bens, direitos ou atividades de pessoa específica. Os atos individuais podem revestir-se
de atos de consentimento estatal, sendo a atividade exercida pelo Estado que defere uma
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pretensão solicitada pelo particular. É o que ocorre com a autorização para o uso de arma e a
licença para o exercício de determinada atividade. Assim, licença, alvará, autorização também
são formas de condicionar a atuação do particular por meio do Poder de Polícia.
Errado.
O abuso de poder ocorre de duas formas:
• quando a autoridade, embora competente para praticar o ato, ultrapassa os limites de
suas atribuições;
• quando a autoridade pratica ato visando ao interesse próprio ou utiliza atos para fina-
lidades não previstas em lei. O abuso de poder pode ocorrer de forma comissiva (=
ação) ou omissiva. Na omissão, pode, por exemplo, deixar de praticar um ato visando
interesse próprio.
Errado.
Em regra, não é possível delegar o poder de polícia aos particulares. Inclusive, o art. 4º, III, da
Lei das Parcerias Público-Privadas (Lei n. 11.079/2005) estabelece que não pode ser objeto
de contrato de PPP o exercício do poder de polícia, por consistir em transferir para particula-
res essa atividade estatal. Assim, mesmo no caso e entidade privada ou concessionário, em
regra não há que se falar em delegação do Poder de Polícia.
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Errado.
O desvio de poder é o mesmo que desvio de finalidade e ocorre quando a atuação do agente,
embora dentro de sua competência, é feita por motivos pessoais ou com fins diversos dos objetivos
dados pela lei ou exigidos pelo interesse público. A questão troca o conceito de desvio de po-
der com o conceito de excesso de poder. Este sim, ocorre quando o ato é realizado por agente
público sem competência para a sua prática.
Errado.
A questão erra ao dizer que o poder hierárquico impõe o dever de obediência ainda que as
ordens proferidas sejam manifestamente ilegais. O art. 116, inciso IV, da Lei n. 8.112/1990
preceitua que os servidores públicos têm o dever de acatar e cumprir as ordens de seus supe-
riores hierárquicos, exceto quando manifestamente ilegais.
Certo.
Poder regulamentar é a prerrogativa conferida à Administração Pública de editar atos gerais para
complementar as leis e possibilitar sua efetiva aplicação. O Poder Legislativo, ao editar as leis,
nem sempre possibilita que elas sejam executadas de imediato. Assim, o poder regulamentar
explicita a aplicação das leis. Note que no conceito de Hely Lopes Meirelles, poder regulamentar
se refere apensas aos decretos editados pelo chefe do PE. Porém, atualmente se admite um
conceito mais amplo do poder regulamentar, também chamado de poder normativo.
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Certo.
De fato, as atividades da polícia judiciária não se confundem com o exercício do poder de polí-
cia administrativa. A polícia administrativa visa assegurar a observância dos limites impostos
pelo Estado para o exercício de direitos, podendo ser por meio de atos de fiscalização, preven-
ção ou repressão. Já a polícia judiciária visa à responsabilização daqueles que cometem ilícito
penal, reprimindo e prevenindo a prática de ilícitos criminais. Porém, não se esqueça que a
atividade da polícia judiciária é uma expressão do poder de polícia do Estado.
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Letra c.
O Poder de Polícia é a faculdade de que dispõe a administração pública para condicionar ou
restringir o uso de bens, atividades e direitos individuais em benefício da coletividade ou do
próprio Estado. O art. 78 do CTN, ao tratar dos fatos geradores das taxas, conceitua muito bem
o poder de polícia:
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou discipli-
nando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de inte-
resse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção
e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização
do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou
coletivos.
Certo.
O poder de polícia não se manifesta apenas com atos de fiscalização e punição. No exercício
do poder de polícia, pode a administração atuar tanto mediante a edição de atos normativos,
de conteúdo abstrato, genérico e impessoal, quanto por intermédio de atos concretos, preorde-
nados a determinados indivíduos.
Certo.
A avocação é o ato discricionário mediante o qual o superior hierárquico traz para si o exer-
cício temporário de determinada competência atribuída por lei a um subordinado. A Lei n.
9.784/1999, em seu artigo 15 dispõe que:
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Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados,
a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior.
Errado.
O excesso de poder ocorre quando o agente público atua fora dos limites de sua esfera de
competência e, mesmo que haja relevante interesse social, tal motivo não afasta o abuso e
excesso de poder.
Certo.
O abuso de poder pode ocorrer de forma comissiva (ação) ou omissiva. Na omissão, o agente
pode, por exemplo, deixar de praticar um ato visando ao interesse próprio.
Letra d.
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a) Errada. O poder disciplinar é consequência do poder hierárquico. Não há vedação para dele-
gação do poder disciplinar. Por exemplo, o Presidente da República delegou para seus Minis-
tros a atribuição de aplicar demissão a servidores de seus respectivos Ministérios.
b) Errada. A aplicação de multa de trânsito é manifestação do poder de polícia e não do poder
disciplinar.
c) Errada. O poder regulamentar é o poder de a administração pública editar atos que regulam
as leis em sentido estrito, e não editar leis em sentido estrito.
d) Certa. A possibilidade de a administração pública restringir o gozo da liberdade individual
em favor do interesse da coletividade decorre do poder de polícia.
e) Errada. Não existe hierarquia entre a administração direta e a indireta. O que ocorre neste
caso é um controle finalístico.
Errado.
Um dos atributos do poder de polícia é a coercibilidade, que se traduz na possibilidade de as
medidas adotadas pela administração pública serem impostas coativamente ao administrado,
inclusive mediante o emprego de forças, independentemente de sua vontade.
Certo.
De acordo com o art. 84, inciso VI, alínea “a” da CF/1988, o Presidente da República pode dis-
por mediante decreto autônomo sobre a organização e o funcionamento da administração federal,
quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos. Re-
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gulamento ou decreto autônomo é aquele que inova na ordem jurídica e normatiza, de forma
originária, as matérias expressamente definidas na Constituição.
Letra e.
É consequência do poder hierárquico a competência para editar atos normativos com o ob-
jetivo de ordenar a atuação dos órgãos subordinados. Trata-se de atos normativos de efeitos
internos (resoluções, portarias, instruções). Porém, essa questão é polêmica, pois a edição
de tais atos não deixam de ser expressão do poder regulamentar ou normativa. No entanto,
a ‘melhor’ opção é a letra “e”.
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Letra a.
O poder disciplinar é o poder de punir internamente as infrações funcionais dos servidores e
demais pessoas sujeitas à relação especial com a Administração Pública.
Errado.
O item troca o conceito de poder vinculado com o conceito de poder discricionário. Define-se
como poder vinculado aquele poder de que dispõe a administração para a prática de atos ad-
ministrativos em que é mínima ou inexistente a liberdade de atuação do agente. Não cabe à
administração tecer considerações de oportunidade e conveniência.
Errado.
A multa de trânsito, como sanção resultante do exercício do poder de polícia administrativa,
não possui a característica da autoexecutoriedade. Embora a administração, no exercício do
poder de polícia, possa impor multa a um particular sem necessidade de participação do Po-
der Judiciário, a cobrança forçada dessa multa só poderá ser efetuada por meio de uma ação
judicial.
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Letra c.
I – Errado. O poder de polícia incide sobre bens, atividades e direitos dos particulares, podendo
sim ter relação com o direito do consumidor. Basta pensarmos nas apreensões de mercado-
rias fora da validade ou na atuação da vigilância sanitária em relação a produtos estragados
ou impróprios para o consumo.
II – Errado. Não é correto afirmar que o poder de polícia será sempre exercido em caráter vincu-
lado e nos estritos termos da lei que autoriza o seu exercício, pois, em regra, o poder de polícia
caracteriza-se como discricionário, sendo excepcionalmente vinculado.
III – Certo. A polícia judiciária é privativa de corporações especializadas (polícia civil e militar),
enquanto a polícia administrativa se reparte entre diversos órgãos da Administração, incluin-
do, além da própria polícia militar, os vários órgãos de fiscalização aos quais a lei atribua esse
mister, como os que atuam nas áreas da saúde, educação, trabalho, previdência e assistência
social.
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Messias, ao punir João, valeu-se do poder de polícia administrativo; João, por sua vez, valeu-se
do poder hierárquico ao recorrer da decisão que lhe aplicou a sanção.
Errado.
Messias, ao punir valeu-se do poder disciplinar, enquanto João valeu-se do poder hierárquico,
por ter sido punido.
Errado.
A questão tratou do conceito de poder de polícia. O poder de polícia que é o poder de polícia é
o poder do Estado de restringir, limitar ou condicionar o exercício de direitos e da propriedade
em benefício do interesse público.
Letra c.
Segundo o STF : “é constitucional a delegação do poder de polícia, por meio de lei, a pesso-
as jurídicas de direito privado integrantes da Administração Pública indireta de capital social
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Errado.
A punição por ato infracional configura exercício do poder disciplinar.
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Letra d.
Como já visto, o poder de polícia pode se dar através de atos como a apreensão e retenção de
mercadorias, incidindo sobre bens, direitos ou atividades de pessoa específica.
Errado.
A punição por ato infracional configura exercício do poder disciplinar.
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Nessa situação hipotética, a chefia da unidade atuou com base no exercício do poder
a) disciplinar.
b) hierárquico.
c) regulamentar.
d) de polícia.
Letra b.
O poder hierárquico é o poder da Administração para estabelecer hierarquia entre órgãos e
agentes públicos. A relação hierarquizada dentro da Administração é essencial. Não é possível
imaginar uma estrutura administrativa que não tenha vários órgãos e agentes mantendo uma
relação de subordinação. É necessário haver a hierarquia para que o superior possa comandar,
dar ordens, corrigir os atos, avocar atribuições aos seus subordinados. Resumindo, para que
possa exercer os poderes que decorrem da hierarquia.
Errado.
O STJ admitiu que os atos de consentimento e fiscalização podem ser delegados a pessoas de
direito privado. Veja o acórdão, pois ele é bem didático:
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3. As atividades que envolvem a consecução do poder de polícia podem ser sumariamente divi-
didas em quatro grupo, a saber: (i) legislação, (ii) consentimento, (iii) fiscalização e (iv) sanção.
4. No âmbito da limitação do exercício da propriedade e da liberdade no trânsito, esses
grupos ficam bem definidos: o CTB estabelece normas genéricas e abstratas para a
obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (legislação); a emissão da carteira corpo-
rifica a vontade o Poder Público (consentimento); a Administração instala equipamentos
eletrônicos para verificar se há respeito à velocidade estabelecida em lei (fiscalização); e
também a Administração sanciona aquele que não guarda observância ao CTB (sanção).
5. Somente os atos relativos ao consentimento e à fiscalização são delegáveis, pois aque-
les referentes à legislação e à sanção derivam do poder de coerção do Poder Público.
6. No que tange aos atos de sanção, o bom desenvolvimento por particulares estaria, inclu-
sive, comprometido pela busca do lucro – aplicação de multas para aumentar a arrecadação.
7. Recurso especial provido.
(Rês 817.534/MG, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, jul-
gado em 10/11/2009, DJe 10/12/2009).
Errado.
Trata-se do poder disciplinar, que é o poder de punir internamente as infrações funcionais dos
servidores e demais pessoas sujeitas à relação especial com a Administração Pública.
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dos poderes políticos, que são estruturais e orgânicos, os poderes administrativos são instru-
mentais.
Uma adequada correlação entre o poder administrativo citado e sua utilização pela Adminis-
tração é:
a) o poder disciplinar possibilita às autoridades administrativas a práticas de atos restritivos
de direitos individuais dos cidadãos, nos limites previstos em lei.
b) o poder normativo autoriza a Administração a estabelecer condutas e as correspondentes
punições aos servidores públicos, para ordenar a atuação administrativa.
c) o poder de polícia comporta atos preventivos e repressivos, exercidos pela Administração
para condicionar ou restringir atividades ou direitos individuais, no interesse da coletividade
d) o poder regulamentar atribuído, pela Constituição Federal, ao Chefe do Executivo, o autoriza
a editar normas autônomas em relação a toda e qualquer matéria de organização administra-
tiva e complementares à lei em relação às demais matérias.
e) o poder hierárquico autoriza a aplicação de penalidades aos servidores públicos e demais
pessoas sujeitas à disciplina administrativa em razão de vínculo contratual estabelecido com
a Administração.
Letra c.
a) Errada. A questão disciplinar não possibilita atos restritivos dos direitos individuais dos
cidadãos. O poder que faz isso seria o poder de polícia. É até possível que o poder disciplinar
imponha sansões a particulares, desde que tenha vínculo especial, no entanto a questão não
entrou nessa exceção.
b) Errada. O poder normativo não tem a ver com aplicação de punições, isso seria: o poder de
polícia se fosse punição para particulares, ou poder disciplinar se fosse no caso punições para
servidores por infrações constitucionais.
c) Certa. O poder de polícia se manifesta por atos preventivos para evitar danos e atos repreen-
sivos, quando algum dano já aconteceu, e ele visa restringir, limitar ou condicionar o exercício
de direito para o bem-estar da coletividade.
d) Errada. O poder regulamentar não é para editar normas autônomas em relação a toda e qual-
quer matéria de organização administrativa e complementares a lei não, poder complementar
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é exercido nos estritos limites do artigo 84, inciso IV da Constituição e quanto a decretos autô-
nomos, nos limites do artigo 84 inciso VI.
e) Errada. Fala que o poder hierárquico autoriza a aplicação de penalidades; errado porque o
poder que autoriza a aplicação de penalidades a servidores é o poder disciplinar, e não o poder
hierárquico.
Letra d.
Se refere ao poder de polícia, então a letra d está certa. O poder de polícia é exercido com
autoexecutoriedade, dispensando autorização judicial prévia; e com coercibilidade, que é a
imposição do ato ao particular, independentemente da sua concordância.
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Letra a.
a) Certa. O poder disciplinar pode ser decorrente do hierárquico, mas também pode projetar
efeitos para além das relações travadas interna corporis, então o poder disciplinar realmente
decorre do hierárquico quando aplica sansão a servidores públicos.
No entanto, quando o poder disciplinar for aplicar sansão a particular que tenha vínculo es-
pecial, não decorre diretamente da hierarquia, pois não há hierarquia entre um contratado e a
administração. Aliás, ele pode ser projetado para relações travadas além das relações interna
corporis, que são relações internas do órgão.
b) Errada. O poder hierárquico decorre do poder disciplinar, seria o contrário, o poder disciplinar
decorre do poder hierárquico quando aplica sansão a servidores públicos, pois para aplicar
sansão tem que haver uma relação hierarquizada.
c) Errada. O poder hierárquico decorre do normativo. Errado porque não tem essa relação.
d) Errada. O poder disciplinar permite aplicação de sansão não prevista em lei. Está errada por-
que todas as sanções administrativas têm que ter previsão legal. O agente público não pode
inventar uma sansão e aplicá-la.
Está errada, também, porque menciona que o poder disciplinar aproxima-se dos atos pratica-
dos pelo poder normativo. São poderes com efeitos diversos.
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Letra c.
a) Errada. Via de regra, polícia administrativa atua preventivamente e a judiciária atua repreen-
sivamente, no entanto os autores hoje reconhecem que é comum ser preventiva ou repressiva,
tanto a polícia judiciária, quanto a polícia administrativa.
b) Errada. A atuação da polícia judiciária pode ser discricionária, a depender da situação, e a
polícia administrativa pode ser vinculada quando, por exemplo, pede licença para exercício de
alguma atividade.
c) Certa. Quem desenvolve a polícia judiciária são corporações especializadas, por exemplo,
polícia civil e a polícia federal e a polícia administrativa, está espalhada pelos vários órgãos
que compõe a administração pública.
d) Errada. Está mal explicada, afirma que a polícia judiciaria é exercida com alto executoriedade
e a administrativa com coercibilidade. Na verdade, as duas características, autoexecutoriedade e
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coercibilidade são comuns às duas polícias, que praticam autoexecutórios, dispensando al-
guma autorização judicial prévia e também com coercibilidade, apenas algumas situações da
polícia judiciaria que dependerão de autorização judicial, como por exemplo, a interceptação
telefônica.
e) Errada. A polícia judiciária atua com base exclusivamente no princípio da tipicidade, essa
parte da questão estaria correta, porque a tipicidade penal que significa que todos os crimes já
estão previstos em lei, e a polícia judiciária vai atuar com base nesse pressuposto.
Porém, a questão fica errada quando fala que a polícia administrativa atua com base exclusiva-
mente no princípio da atipicidade, a palavra “exclusivamente” deixou errada a questão, porque
a polícia administrativa atua com base na tipicidade também, uma vez que já tem muitas infra-
ções administrativas que já estão previstas em lei.
Letra b.
a) Errada. O poder disciplinar é compatível com a discricionariedade sim, pois vai ter atuação
discricionária, muitas vezes até para escolher a sansão prevista em lei a ser aplicada.
b) Certa. É uma posição de Maria Sylvia de Pietro, que fala que quando não houver lei que re-
gulamente é porque é uma atuação discricionária do administrador.
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c) Errada. Não há liberdade para decidir se instaura ou não, um procedimento para apurar uma
infração e para punir se ficar provado que o agente cometeu a infração.
d) Errada. Fala que tem discricionariedade para instaurar procedimento; errado, para instaurar
suposta infração, deve-se instaurar, não há liberdade.
e) Errada. Fala que ele é essencialmente vinculado; na verdade, ele é discricionário e pode ser
também vinculado quando houver para certas infrações a punição que vai ser aplicada.
Por exemplo: abandono de cargo, servidor faltou por mais de 30 dias consecutivos, e houve
a prova de que ele teve a intenção de abandonar, deve acontecer a demissão, não tem como
aplicar uma outra sanção.
Letra c.
a) Errada. Quando atingir além dos envolvidos terceiros, está errado porque o ato é ilegal sim,
porque atingem terceiros, mas não por vício na finalidade.
b) Errada. O erro é porque a forma estará errada, pois a motivação inexistente é vício de forma,
então a forma é que será violada.
c) Certa. É vício na finalidade quando a administração pratica um ato para um fim que não foi
previsto em lei, ou então para atingir o seu interesse partículas.
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d) Errada. Mas é por não respeitar a legalidade, e não por um simples vício de finalidade.
e) Errada. Porque se trata de vício no objeto, e não no elemento finalidade no ato administrati-
vo.
Letra b.
O ato praticado pelo servidor decorre do seu poder hierárquico, em que ele está dando ordens,
está comandando a administração pública.
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a) há discricionariedade quanto à forma do ato administrativo, no caso I, vez que a lei prevê
duas formas possíveis para atingir o mesmo fim.
b) há discricionariedade quanto ao objeto do ato administrativo, no caso I, vez que a lei prevê
dois objetos possíveis para atingir o mesmo fim
c) há discricionariedade quanto à finalidade do ato administrativo, no caso II, e desvio de fina-
lidade na atuação da Administração.
d) o caso II trata de exemplo de ato administrativo vinculado, havendo, na hipótese, vício de
motivo.
e) ambos os casos correspondem a atos administrativos vinculados; no entanto, apenas no
caso II, o ato administrativo está viciado, sendo, portanto, ilegal.
Letra b.
a) Errada. Fala que a liberdade é quanto à forma; errado, não é quanto à forma, seria quanto ao
conteúdo, no caso da primeira opção, a forma é pré-determinada e vai ser escrita.
b) Certa. Pois diz que há discricionariedade quanto ao objeto, que é o resultado final do proces-
so, no caso, da primeira situação, pois ele teria liberdade para decidir o resultado final, sendo
a qual sanção ele receberia.
c) Errada. Fala que há liberdade quanto à finalidade, no caso da segunda situação. Há vício de
finalidade já que a remoção foi utilizada para punir.
d) Errada. No segundo caso, é um ato discricionário quanto a essa liberdade de fazer ou não a
remoção. Não é vício de motivo, se fez a remoção para punir, é vício de finalidade.
e) Errada. Fala que ambos correspondem a atos vinculados; errado porque se a lei deu liberda-
de para escolher a punição, é um ato discricionário no caso 1.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Poderes Administrativos
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Letra d.
O poder de polícia, situação I, não é poder de polícia, é situação de serviço público a particula-
res e o mesmo se aplica ao inciso III. Já os itens II e IV são expressões do poder de polícia, au-
torização para venda de material de fogos de artifício e a construção de licença ambiental para
construção. O estado está controlando a atividade privada para o bem-estar da coletividade.
Letra a.
O poder disciplinar é derivado do poder hierárquico, o processo disciplinar decorre do poder
hierárquico e do poder disciplinar.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Poderes Administrativos
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b) sempre é exercida de forma discricionária, sendo que tal característica é impositiva, em ra-
zão do princípio da proporcionalidade.
c) nem sempre é prestada de forma gratuita pela Administração, havendo situações que impli-
cam em onerosidade de seu exercício.
d) é irrenunciável, de modo que não é possível a revogação de medidas de polícia administra-
tiva, uma vez que tenham sido aplicadas pela autoridade competente.
e) é dotada do atributo de imperatividade, que consiste na possibilidade que a Administração
tem de executar suas decisões com seus próprios meios, sem necessidade de provocação do
Poder Judiciário.
Letra c.
a) Errada. A atuação das corregedorias seria mais própria do poder disciplinar.
b) Errada. Fala que a polícia administrativa é exercida sempre de forma discricionária; errado,
ela pode ser discricionária ou vinculada.
c) Certa. Nem sempre é prestada de forma gratuita, como por exemplo, quando há a cobrança
de taxas pelo Estado para que ele exerça seu poder de polícia, taxa de fiscalização, taxa de
bombeiros, entre outras.
d) Errada. Fala que é irrenunciável de modo que não é possível a revogação das medidas; está
errada porque se adotar um ato legal que não é conveniente, pode fazer sim a revogação.
e) Errada. Imperatividade ou, coercibilidade que assim podemos chamar também, é a impo-
sição do ato ao particular, quando falamos de autoexecutoriedade que significa dispensar a
análise prévia judicial.
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Poderes Administrativos
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c) revisão dos atos discricionários pela própria Administração ou pelo Poder Judiciário, não
retroagindo efeitos seja no caso da anulação ou da revogação, em razão da presunção de ve-
racidade que reveste os atos administrativos.
d) possibilidade de anulação de atos discricionários somente pela própria administração ou
pelo Tribunal de Contas, nos casos de atos administrativos.
e) análise pelo Poder Judiciário de todos os aspectos dos atos discricionários, anulando-os ou
revogando-os diante do controle de políticas públicas realizado por esse Poder.
Letra b.
a) Errada. Não demanda previsão legal das ações postas ao administrador. Há situações que
a lei não pode prever, e vai ficar a seu critério qual conduta ele praticará.
b) Certa. Ele tem que praticar um ato dentro da sua liberdade, com um juiz de conveniência
e oportunidade, porém não afasta o controle, tanto pela própria administração (autotutela),
quanto pelo judiciário e também pelo tribunal de contas na sua competência.
c) Errada. O ato discricionário pode ser controlado até mesmo pelo judiciário no caso de anu-
lação, e na anulação, os efeitos são ex tunc retroativos.
d) Errada. Fala que pela possibilidade de anulação somente pela própria administração; errado
pois a anulação pode ser pela administração ou pelo judiciário.
e) Errada. O judiciário pode analisar todos os aspectos do ato discricionário; errado porque só
pode analisar requisitos de legalidade, que é competência, finalidade e forma. Motivo e objeto
são discricionários. O Poder Judiciário não vai poder analisar esses requisitos. E se for ilegal,
é caso de anulação, e não de revogação.
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b) o poder hierárquico, que atribui dever de subordinação dos servidores aos seus superiores,
cabendo a estes a apuração de infrações e aplicação de penalidades disciplinares.
c) o exercício do poder disciplinar, que se estende aos particulares e empresas contratados
pelo poder público para prestação de serviços em repartições públicas.
d) o exercício do poder de polícia, que pode limitar os direitos individuais com algum grau de
discricionariedade, mas sempre deve ter previsão legal.
e) o exercício do poder normativo-disciplinar, que se exterioriza na edição de normas de condu-
ta disciplinar, com elenco de infrações e sanções.
Letra d.
a) Errada. A questão afirma que o poder normativo será exercido sempre que houver lacunas
na lei, ou sua ausência. Não, ele vai ser exercido quando a lei assim falar expressamente que
naquele caso caberá a edição de um ato normativo.
b) Errada. Não é o poder hierárquico que apura infrações e aplica sansões, é o poder disciplinar.
c) Errada. O poder disciplinar se estende aos particulares. Ele se estende aos particulares, por
exemplo:
• Empresa contratada, sim.
• Para todos os particulares? não.
Ele se estende para servidores como regra geral, e de forma excepcional para os particulares
que tenham vínculo especial.
d) Certa. O poder de polícia limita, restringe, condiciona direitos e sempre com previsão legal.
e) Errada. Não existe um poder normativo disciplinar, existe um poder normativo ou disciplinar.
Normativo é edição de atos normativos; e o disciplinar, unindo, e não elencando funções.
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Poderes Administrativos
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b) IV, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I, III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
Letra b.
Os itens I, II e III – Apurar inflações, aplicar penalidades e instaurar processo disciplinar – são
expressões do poder disciplinar.
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Letra d.
a) Errada. Não há hierarquia quando se fala em descentralização. Entre administração centra-
lizada e descentralizada não há hierarquia.
b) Errada. Decretos não podem instituir. Criar pessoa jurídica tem que ser por meio de lei.
c) Errada. Poder normativo não faz descentralização, criando novas pessoas. Quem tem que
fazer essa criação de nova pessoa jurídica (por exemplo: uma autarquia) é a lei.
d) Certa. O poder hierárquico tem a ver com desconcentração, criando novos órgãos que não
têm personalidade jurídica própria.
e) Errada. Desconcentração se relaciona sim com poder discricionário, já que o poder discricio-
nário vai avaliar a conveniência e oportunidade e fazer ou não a criação de novos órgãos pela
desconcentração.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Poderes Administrativos
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Letra a.
O STF, ao julgar o RE n. 658.570, entendeu que as guardas municipais podem exercer o poder
de polícia, inclusive aplicando multas, pois poder de polícia não é exclusivo de órgãos da se-
gurança pública.
Letra d.
Trata-se de poder de polícia, porque restringe uma atividade privada em favor do interesse da
coletividade.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
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Letra d.
a) Errada. A Administração Direta não pode fazer revisão de atos da Administração Indireta.
b) Errada. O poder regulamentar NÃO autoriza a edição de atos sempre que houver lacuna na
lei. Ademais, os atos do poder regulamentar não têm natureza originária.
c) Errada. Dever haver fundamento legal para a prática dos atos do poder de polícia.
d) Certa. Em todos os casos devem ser observados os princípios referidos. Porém, a própria
Constituição e legislação possibilitam contratações em contratos e de agentes públicos sem
seleção pública prévia.
e) Errada. Pode ser revisto em âmbito administrativo, tendo em vista o princípio da autotutela.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Poderes Administrativos
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Letra b.
I – Errado. A Administração Pública pode utilizar sim de meios diretos de coerção. É a execu-
toriedade que falamos em aula.
II – Certo. O poder de polícia estará sempre limitado pela lei.
III – Certo. Trata-se de meio indireto de coerção (exigibilidade).
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Poderes Administrativos
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Letra d.
O STF julgou, no RE n. 685.570, que as guardas municipais podem exercer o poder de polícia,
inclusive aplicando sanções.
Letra e.
a) Errada. Dentre os atributos do poder de polícia está a autoexecutoriedade, que permite que
os atos possam ser impostos sem necessidade de autorização judicial.
b) Errada. De fato, não pode haver a imposição de proibições sem previsão de lei, dado o prin-
cípio da legalidade.
c) Errada. A edição de atos normativos não pode se dar de maneira originária.
d) Errada. A caracterização de dano ou prejuízo não precisa passar pelo controle do Legislativo
ou Judiciário.
e) Certa. Algumas atividades podem ser delegadas a particulares, como a fiscalização de atos.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Poderes Administrativos
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Letra d.
I – Errado. Licença é o ato administrativo vinculado e definitivo, por meio do qual o Poder Pú-
blico, verificando que o interessado atendeu a todas as exigências legais, possibilita o desem-
penho de determinada atividade.
II – Errado. Autorização é o ato administrativo discricionário e precário pelo qual o Poder Públi-
co torna possível ao pretendente a realização de certa atividade ou utilização de determinados
bens particulares ou públicos.
III – Certo. Por meio da sanção, o Estado exercerá o poder de polícia, em razão de o adminis-
trado descumprir determinações impostas.
IV – Certo. O poder de polícia pode ser delegado para pessoa jurídica de direito público, como
as autarquias. A lei cria a autarquia e já lhe transfere a atividade que representa o poder de polícia.
Em verdade, o que muitas autarquias fazem (a maioria) é exercer descentralizadamente o po-
der de polícia, fiscalizando (profissão, trânsito, saúde), concedendo licenças (licença para diri-
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Poderes Administrativos
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gir ou exercer profissão) e cassando-as quando o particular descumpre condições que deveria
ter observado.
V – Certo. O poder de polícia decorre do poder extroverso do Estado, que é a imposição de
obrigações de forma unilateral na esfera do administrado.
Letra a.
O poder normativo é o poder da Administração de editar atos normativos para a complemen-
tação das leis. A expressão poder regulamentar era utilizada para se referir à competência
dos chefes do Poder Executivo para editarem decretos visando à fiel execução das leis. Mas,
atualmente, o poder regulamentar vem sendo conceituado como poder para editar atos nor-
mativos (poder normativo). De fato, o poder da Administração Pública para detalhar as leis não
se manifesta apenas pela edição de decretos. Há vários atos administrativos que fazem isso:
resoluções, instruções normativas, portarias etc. Mas o ato clássico que explicita/detalha as
leis (gerais e abstratas) são os decretos feitos pelos chefes do PE. Conforme o Art. 84 da CF,
temos dois tipos de decretos:
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Poderes Administrativos
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Letra c.
O poder disciplinar incide não só em relação aos servidores, mas também em relação aos par-
ticulares que mantêm algum tipo de vínculo especial com o poder público, como concessionários e
permissionários, que podem sofrer determinadas sanções em razão de inexecução contratual
ou falha na execução.
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instalação, inclusive sem o devido cuidado com as normas sanitárias. Lavrou auto de infração
e imposição de multa, incluindo a interdição do estabelecimento por determinado prazo, para
que o responsável providenciasse a regularização ou a desativação da atividade não autorizada.
O responsável pelo estabelecimento apresentou defesa, deduzindo que teria havido abuso de
poder. A alegação do comerciante:
a) procede, tendo em vista que a autarquia não pode exercer poder de polícia repressiva, ape-
nas editar atos normativos que regulem o setor e a atuação dos administrados a ele subordi-
nados.
b) é infundada, tendo em vista que as autarquias possuem plenos poderes no setor que atuam,
cabendo ao decreto que as cria delimitar a esfera de competências e prerrogativas das mesmas.
c) não é aderente à legalidade, pois a atuação do servidor público tem fundamento no exercício
do poder de polícia, que permite a adoção de medidas repressivas e de urgência para obstar
ilegalidades e riscos aos administrados.
d) é improcedente tendo em vista que às autarquias é dado o exercício do poder de polícia em
sua integralidade, cabendo à lei que autoriza sua criação delegar aos servidores indicados a
competência para instituir multas e sanções, mesmo que não constantes expressamente de lei.
e) procede, pois embora o servidor possa interditar o estabelecimento, no regular exercício
do poder de polícia, a imposição de multa pecuniária depende previsão expressa em lei e de
decisão judicial.
Letra c.
O poder de polícia decorre do poder extroverso do Estado, que é a imposição de obrigações
de forma unilateral na esfera do administrado. Um dos atributos do poder de polícia
é a autoexecutoriedade, que significa a imediata e direta execução dos atos pela própria Ad-
ministração, independentemente de ordem judicial. Além disso, também há a coercibilidade,
que significa a imposição coativa das medidas adotadas. Por ser imperativo, o ato de polícia
admite até mesmo o uso da força pública para o seu cumprimento, quando resistido pelo ad-
ministrado.
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Administração Pública pode utilizar para cumprir seus objetivos e suas finalidades. Um exem-
plo desses poderes é a faculdade de que dispõe a Administração Pública para condicionar e
restringir o uso e o gozo de bens, atividades, e direitos individuais, em benefício da coletividade
ou do próprio Estado. O enunciado refere-se ao poder:
a) de polícia.
b) regulamentar.
c) normativo.
d) hierárquico.
e) disciplinar.
Letra a.
A letra “a” é o gabarito pois o poder de polícia é o poder do Estado de restringir, limitar ou con-
dicionar o exercício de direitos e da propriedade em benefício do interesse público.
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Letra d.
O poder disciplinar é o poder de punir internamente as infrações funcionais dos servidores e
demais pessoas sujeitas à relação especial com a Administração Pública. O poder disciplinar
incide não só em relação aos servidores, mas também em relação aos particulares que man-
têm algum tipo de vínculo especial com o poder público, como, por exemplo, concessionários e
permissionários, que podem sofrer determinadas sanções em razão de inexecução contratual
ou falha na execução.
Letra d.
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Letra c.
O poder disciplinar é o poder de punir internamente as infrações funcionais dos servidores e
demais pessoas sujeitas à relação especial com a Administração Pública.
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d) Poder discriminatório.
e) Poder liberal.
Letra a.
Os poderes inerentes à Administração Pública são: o poder hierárquico, o poder disciplinar,
o poder normativo, o poder discricionário, o poder vinculado e o poder de polícia. Logo, a letra
“a” é a alternativa correta.
Letra c.
O poder disciplinar é o poder de punir internamente as infrações funcionais dos servidores e
demais pessoas sujeitas à relação especial com a Administração Pública.
Letra b.
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É o poder da Administração para estabelecer hierarquia entre órgãos e agentes públicos. A re-
lação hierarquizada dentro da Administração é essencial. É necessário haver a hierarquia para
que o superior possa comandar, dar ordens, corrigir os atos, avocar atribuições aos seus su-
bordinados. A delegação e a avocação decorrem do poder hierárquico e ocorrem em situações
nas quais o sujeito que recebe atribuição da lei não pratica o ato. Na delegação, a autoridade
transfere parte de suas atribuições para outro agente praticar o ato em seu lugar. Na avocação,
uma autoridade chama para si o ato que seria de seu subordinado.
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decretos autônomos sobre matéria de sua competência ainda não disciplinada por lei denomi-
na-se:
a) Poder de Polícia.
b) Poder Regulamentar.
c) Poder Disciplinar.
d) Poder Hierárquico.
e) Poder Discricionário.
Letra b.
O Poder Regulamentar é o poder da Administração de editar atos normativos para a comple-
mentação das leis. A expressão poder regulamentar era utilizada para se referir à competência
dos chefes do Poder Executivo para editarem decretos visando à fiel execução das leis. Mas,
atualmente, o chamado poder regulamentar vem sendo conceituado como poder para editar
atos normativos (poder normativo).
Letra c.
O poder de polícia é o poder do Estado de restringir, limitar ou condicionar o exercício de direi-
tos e da propriedade em benefício do interesse público.
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a) O abuso de poder pode estar presente somente nos atos discricionários e não nos atos vin-
culados.
b) O abuso de poder pode ocorrer tanto por desvio de poder, ou finalidade, como por excesso
de poder.
c) O autor do abuso de poder será responsabilizado somente nas esferas administrativas e
criminal e não na esfera cível.
d) O abuso de poder pode estar presente somente nos atos ilegais e não nos atos legais.
e) Desvio de finalidade e abuso de poder são expressões sinônimas em termos conceituais.
Letra b.
O abuso de poder ocorre de duas formas: (i) quando a autoridade, embora competente para
praticar o ato, ultrapassa os limites de suas atribuições; (ii) quando a autoridade pratica ato
visando ao interesse próprio ou utiliza atos para finalidades não previstas em lei. Logo pode
• Excesso de poder: ocorre quando a autoridade, embora competente para praticar o ato,
• Desvio de finalidade ou desvio de poder: embora atuando nos limites de sua competên-
cia, a autoridade pratica o ato por motivos pessoais ou com fins diversos dos objetivos
Administrativos são elementos indispensáveis para persecução do interesse público. São Po-
a) Poder de Polícia.
b) Poder Regulamentar.
c) Poder Hierárquico.
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d) Poder Judicial.
e) Poder Disciplinar.
Letra d.
Os poderes inerentes à Administração Pública são: o poder hierárquico, o poder disciplinar,
o poder normativo, o poder discricionário, o poder vinculado e o poder de polícia. Portanto,
a letra “d” é a alternativa incorreta.
Letra d.
O poder discricionário é a prerrogativa concedida aos agentes administrativos de elegerem,
entre as várias condutas possíveis, a que traduz maior conveniência e oportunidade para o in-
teresse público, como, por exemplo, a prorrogação de concurso público ou a autorização para
uso de bem público. Assim, quando o agente tem liberdade de agir, a doutrina considera que
ele manifesta o seu poder discricionário.
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Letra b.
Para que o poder disciplinar possa ser exercido, é necessário haver, antes de tudo, uma relação
hierarquizada. Desse modo, o poder de punir/poder disciplinar decorre (é consequência) do
poder hierárquico. Por isso, deriva mediatamente (não imediatamente).
Errado.
É o contrário: o poder de punir/poder disciplinar decorre (é consequência) do poder hierárqui-
co.
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O poder disciplinar é aquele que confere à Administração Pública a capacidade de ordenar, co-
ordenar, controlar e corrigir as atividades administrativas no âmbito interno da Administração.
Está em consonância com a ordem disciplinar constante dos órgãos da Administração Públi-
ca, pois estes devem ser estruturados de tal forma que se cria uma relação de coordenação e
subordinação entre uns e outros, cada qual com atribuições definidas em lei.
Errado.
A questão apresentou a definição de poder hierárquico.
Certo.
A questão abordou os conceitos de poder discricionário e poder vinculado da Administração
Pública. O poder discricionário é a prerrogativa concedida aos agentes administrativos de ele-
gerem, entre as várias condutas possíveis, a que traduz maior conveniência e oportunidade
para o interesse público, como, por exemplo, a prorrogação de concurso público ou a autori-
zação para uso de bem público. De forma contrária, quando ele não tem liberdade e faz aquilo
que a lei já determinou, exerce o seu poder vinculado.
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Letra a.
a) Certa. O poder hierárquico é o poder da Administração para estabelecer hierarquia entre
órgãos e agentes públicos. A relação hierarquizada dentro da Administração é essencial. Não
é possível imaginar uma estrutura administrativa que não tenha vários órgãos e agentes man-
tendo uma relação de subordinação.
b) Errada. Não há relação de hierarquia entre os entes federativos, tampouco entre a Adminis-
tração direta e indireta. Entre essas última há apenas relação de vinculação.
c) Errada. A possibilidade de delegação e avocação de competências decorre do poder hierár-
quico.
d) Errada. A aplicação de multa decorre do poder de polícia.
e) Errada. O poder disciplinar é vinculado quanto ao dever de punir. Se ficar comprovado que
o servidor cometeu uma infração, ele deverá ser punido. No entanto, é discricionário quanto à
seleção da pena aplicável.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Poderes Administrativos
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Letra e.
O exercício do poder de polícia é fato gerador para a exigência de taxas. De acordo com o CTN:
O Estado pode cobrar taxas em razão de exercer o poder de polícia. Somente taxas. Não pode
ser imposto, tarifa ou contribuição.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Poderes Administrativos
Gustavo Scatolino
Letra b.
a) Errada. O poder discricionário é a prerrogativa concedida aos agentes administrativos de
elegerem, entre as várias condutas possíveis, a que traduz maior conveniência e oportunidade
para o interesse público, como, por exemplo, a prorrogação de concurso público ou a autoriza-
ção para uso de bem público.
b) Certa. O poder de polícia é o poder do Estado de restringir, limitar ou condicionar o exercício
de direitos e da propriedade em benefício do interesse público. É importante destacar que há
o conceito legal de poder de polícia positivado no art. 78 do Código Tributário Nacional, pois o
exercício do poder de polícia é fato gerador para a exigência de taxas. De acordo com o CTN:
Art. 78. Considera-se poder de polícia a atividade da Administração Pública que, limitando ou dis-
ciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de
interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produ-
ção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autoriza-
ção do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais
ou coletivos.
Certo.
O poder hierárquico é o poder da Administração para estabelecer hierarquia entre órgãos e
agentes públicos. A relação hierarquizada dentro da Administração é essencial. Não é possível
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Poderes Administrativos
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imaginar uma estrutura administrativa que não tenha vários órgãos e agentes mantendo uma
relação de subordinação.
Certo.
O poder disciplinar é o poder de punir internamente as infrações funcionais dos servidores e
demais pessoas sujeitas à relação especial com a Administração Pública. O poder disciplinar
incide não só em relação aos servidores, mas também em relação aos particulares que man-
têm algum tipo de vínculo especial com o poder público, como, por exemplo, concessionários e
permissionários, que podem sofrer determinadas sanções em razão de inexecução contratual
ou falha na execução.
Errado.
A polícia administrativa e a polícia judiciária são expressões do poder de polícia, ambas vol-
tadas ao interesse público. O que efetivamente distingue as duas espécies de polícia é que a
polícia administrativa visa impedir ou paralisar atividades antissociais, enquanto a polícia ju-
diciária visa à responsabilização daqueles que cometem ilícito penal. A polícia administrativa
atua preventivamente, visando evitar que danos aconteçam à sociedade. No entanto, os agentes
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Poderes Administrativos
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Letra d.
a) Certa. Conforme tivemos a oportunidade de explicar em nosso curso, os poderes adminis-
trativos nada mais são do que o instrumento concedido ao Estado e, para tal, é necessário
à persecução do interesse coletivo. Sem esses poderes, o ente público teria dificuldade em
alcançar seu escopo. O seu uso é uma prerrogativa conferida à Administração Pública e deve
ser feito em conformidade com a lei e em busca do benefício da coletividade.
Assim, se o exercício desses Poderes ultrapassar o caráter da instrumentalidade, ou seja, caso
sejam praticados além dos limites do estritamente necessário à busca do interesse público,
ocorrerá abuso de poder, sendo este, então, um ato ilícito.
b) Certa. Como tivemos a oportunidade de explicar, em decorrência do princípio da legalidade,
no direito privado, ao particular é permitido fazer tudo o que a lei não proíbe. Por seu turno, no
âmbito do Direito Administrativo, pela doutrina tradicional, existe uma dupla subordinação da
ação do administrador em função do que estabelece a lei, de forma que ele só pode agir nos
moldes e limites estabelecidos pela legislação.
Desse modo, agindo fora do desenho normativo estabelecido ou, ainda, em desrespeito ao
princípio da moralidade, tem-se que o eventual ato praticado se submete à nulidade e, como
tal, não produz efeitos.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Poderes Administrativos
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d) Certa. Para compreensão exata do exigido pelo examinador nessa questão, é necessário o
candidato ter conhecimento acerca do denominado ABUSO DE PODER, que é gênero, do qual
decorrem duas espécies: o EXCESSO DE PODER e o DESVIO DE PODER.
Segundo Hely Lopes Meirelles:
[...] o excesso de poder (repita-se, espécie de abuso de poder) ocorre quando a autoridade, embora
competente para praticar o ato, vai além do permitido e exorbita no uso de suas faculdades admi-
nistrativas.
Excede, portanto, sua competência legal e, com isso, invalida o ato. No excesso de poder ocor-
re sempre exagero e desproporcionalidade entre a situação de fato e a conduta praticada pelo
agente, o que não ocorre no desvio de poder. A prática de abuso de poder e crime nas hipóte-
ses tipificadas na Lei n. 4.898/1965.
Por sua vez, no DESVIO DE PODER (ou DE FINALIDADE), o agente é o detentor de determinada
competência legal, porém, atua visando interesse alheio ao interesse público.
e) Errada. É importante termos em mente que o abuso de poder pode decorrer de condutas
comissivas – quando o ato administrativo é praticado fora dos limites legalmente postos – ou
de condutas omissivas – situações nas quais o agente público deixa de exercer uma atividade
imposta a ele por lei, ou seja, quando se omite no exercício de seus deveres. Em ambos os
casos, o abuso de poder configura ilicitude que atinge o ato decorrente.
Letra b.
Ao que se extrai do enunciado, tratar-se-ia de lei que não deixaria qualquer margem de liberda-
de ao administrador público. Sua atuação, portanto, estaria completamente adstrita aos precisos
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termos da lei, sem espaço para critérios de conveniência e oportunidade, sem mérito adminis-
trativo, sem, portanto, discricionariedade.
Assim sendo, é de se concluir que a lei estaria impondo ao administrador o exercício do poder
vinculado (ou regrado), uma vez que, em síntese, esse poder é conceituado como:
[...] aquele que estabelece um único comportamento possível a ser tomado pelo administrador dian-
te de casos concretos, sem nenhum juízo de conveniência e oportunidade (Meirelles, Hely Lopes.
Direito Administrativo Brasileiro. 29. ed.).
Letra a.
A presente questão exigiu dos candidatos simples conhecimentos sobre o texto expresso da
Constituição da República, mais precisamente de seu art. 49, inciso V, que assim preceitua:
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Poderes Administrativos
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a) ato especial.
b) poder de polícia.
c) funcionamento regular.
d) intervencionismo burocrático.
Letra b.
O estabelecimento de limitações e restrições ao exercício de atividades e liberdades, pelos
particulares, em prol de toda a coletividade, como um imperativo de bem-estar social, constitui
clara noção relativa ao exercício do poder de polícia, cuja sede legal encontra-se no art. 78 do
CTN. Vejamos:
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou discipli-
nando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de inte-
resse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção
e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização
do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou
coletivos.
Nesse sentido, Celso Antônio Bandeira de Mello leciona que o Poder de Polícia é “a atividade
estatal de condicionar a liberdade e a propriedade, ajustando-as aos interesses coletivos desig-
na-se ‘poder de polícia” (Curso de Direito Administrativo, 30ª edição, 2012, p. 838).
Por oportuno, insta consignar que costuma-se apontar que PODER DE POLÍCIA possui os se-
guintes atributos:
• Discricionariedade: liberdade estabelecida em lei ao administrador para decidir peran-
te o caso concreto, e só pode ser reconhecida como atributo do poder de polícia quan-
do este for entendido em sentido amplo);
• Autoexecutoriedade: se traduz na possibilidade que a Administração tem de execu-
tar suas próprias decisões sem interferência do Poder Judiciário. Tal atributo apenas
existe quando há Lei permitindo ou situações urgentes, a exemplo de apreensão de
alimentos inviáveis para consumo, sendo o contraditório em tais situações exercido de
forma diferida ou postergada, isto é, após a execução do ato de polícia administrativa
pela Administração;
• Coercibilidade: torna o ato obrigatório, devendo este ser obedecido independentemen-
te da vontade do administrado, caso em que a Administração pode usar de meios indi-
retos de coerção para cumprir a determinação (ex.: aplicação de multa como forma de
coagir o cidadão a não estacionar em determinada via pública).
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Vale ressaltar ainda que, diante desses atributos, é uníssono o entendimento de que o PODER
DE POLÍCIA somente pode ser exercido por pessoas jurídicas de direito público e, portanto, é in-
delegável às pessoas jurídicas de direito privado.
VEJA COMO ESSAS CARACTERÍSTICAS FORAM EXIGIDAS EM OUTRO CERTAME: (CES-
PE/2013/PC-DF/AGENTE DE POLÍCIA) O poder de polícia administrativa, que se manifesta,
preventiva ou repressivamente, a fim de evitar que o interesse individual se sobreponha aos
interesses da coletividade, difere do poder de polícia judiciária, atividade estatal de caráter re-
pressivo e ostensivo que tem a função de reprimir ilícitos penais mediante a instrução policial
criminal. (GABARITO: CERTO)
É nesse contexto que se inserem as limitações ao exercício de profissões, bem assim é a cria-
ção de entidade com vistas a fiscalizá-las.
Logo, a opção correta encontra-se na letra b.
Letra d.
a) Certa. Conforme tivemos a oportunidade de explicar em nosso curso, os poderes adminis-
trativos nada mais são do que o instrumento concedido ao Estado e necessário à persecução
do interesse coletivo. Sem esses poderes, o ente público teria dificuldade em alcançar seu
escopo. O seu uso é uma prerrogativa conferida à Administração Pública e deve ser feito em
conformidade com a lei e em busca do benefício da coletividade.
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[...] o excesso de poder (repita-se, espécie de abuso de poder) ocorre quando a autoridade, embora
competente para praticar o ato, vai além do permitido e exorbita no uso de suas faculdades admi-
nistrativas.
Excede, portanto, sua competência legal e, com isso, invalida o ato. No excesso de poder ocor-
re sempre exagero e desproporcionalidade entre a situação de fato e a conduta praticada pelo
agente, o que não ocorre no desvio de poder. A prática de abuso de poder e crime nas hipóte-
ses tipificadas na Lei n. 4.898/1965.
Por sua vez, no DESVIO DE PODER (ou DE FINALIDADE), o agente é o detentor de determinada
competência legal, porém, atua visando interesse alheio ao interesse público. A título de apro-
fundamento, interessante consignar que a Teoria do desvio de poder (detournement de pouvoir) surgiu
na jurisprudência do Conselho de Estado francês, quando o contencioso francês se baseou
na teoria civilista do abuso de direito para anular o exercício de um poder usado para atingir
objetivo diverso daquele que foi conferido pela Lei.
e) Errada. É importante termos em mente o abuso de poder pode decorrer de condutas comis-
sivas – quando o ato administrativo é praticado fora dos limites legalmente postos – ou de
condutas omissivas – situações nas quais o agente público deixa de exercer uma atividade
imposta a ele por lei, ou seja, quando se omite no exercício de seus deveres. Em ambos os
casos, o abuso de poder configura ilicitude que atinge o ato decorrente.
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Você deve ter notado que a presente é idêntica à 01 já comentada, certo?! Coloquei essa agora
apenas para que você possa verificar que a mesma pode, por vezes, cair no mesmo concurso,
porém, para cargos diferentes, bem como ser repetida em outros certames promovidos pela
banca. Por essa razão, é imprescindível a realização do máximo de questões da banca do seu
concurso, para que assim você possa ganhar preciosos pontos e, assim, obter a almejada
aprovação.
Letra d.
a) Errada. Além do Poder de Polícia não ser amplo, devendo, assim, ter respaldo legal para
ser praticado, a edição dos denominados regulamentos autônomos e executórios decorrem
do denominado Poder Regulamentar, sendo que este somente pode ser exercido nos termos
autorizados pela lei.
Por oportuno, sobre o PODER NORMATIVO, podemos consignar que esse se traduz no poder
conferido à Administração Pública de expedir normas gerais, ou seja, atos administrativos ge-
rais e abstratos com efeitos para todos (ergma omnes). Não se trata de poder para edição de
leis, mas de editar esses atos e permitir sua efetiva aplicação sempre limitados pela lei. Cabe
ressaltar, em sintonia com os ensinamentos de José dos Santos de Carvalho Filho que:
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[...] a poder regulamentar não cabe contrariar a lei (contra legem) sob pena de sofrer invalidação. Seu
exercício somente pode dar-se secundum legem, ou seja, em conformidade com o conteúdo da lei e
nos limites que esta impuser.
Ressalta-se que, para alguns autores, o denominado PODER NORMATIVO seria sinônimo/igual
ao chamado PODER REGULAMENTAR. Contudo, para outros, este (PODER REGULAMENTAR)
seria apenas uma das formas (espécie) de exteriorização do poder normativo, porém que so-
mente pode ser desempenhado pelo Chefe do Poder Executivo, ao passo que o PODER NOR-
MATIVO (gênero) seria desenvolvido pelas demais autoridades administrativas.
Como essa diferenciação foi cobrada recentemente pelo CESPE: (PGM/FORTALEZA-PROCURA-
DOR/2017) O exercício do poder regulamentar é privativo do chefe do Poder Executivo da União,
dos estados, do DF e dos municípios. (GABARITO: CERTO)
b) Errada. Para compreender o erro da presente assertiva, é indispensável que o candidato
tenha conhecimento acerca das diferenças dos institutos do Poder de Polícia e do Poder Dis-
ciplinar. Vejamos:
• PODER DISCIPLINAR é o poder-dever de aplicação de sanções àqueles que estejam su-
jeitos à disciplina do ente estatal. Decorre do poder hierárquico, por exemplo, quando
aplica sanção a servidor público, mas pode decorrer, também, de uma relação contratual.
O importante é verificarmos um vínculo ou sujeição especial. Portanto, o PODER DISCI-
PLINAR do Estado é o poder de aplicação de sanções por parte do Poder Público, sendo
que essas sanções decorrem de vinculação especial entre o sancionado e o Estado, no-
tadamente, a relação hierárquica e a relação contratual;
• PODER DE POLÍCIA é o poder-dever de restringir ou limitar o exercício de liberdades individuais
e, até mesmo, o direito de propriedade em nome do interesse público. Decorre da supremacia
geral da Administração Pública e aplica-se a todos os particulares, sem a necessidade de de-
monstração de qualquer vínculo de natureza especial.
Ademais, é imperioso salientar que, para viabilizar o exercício legítimo do Poder Discipli-
nar, este deve observar às prescrições legais, sob pena de ser impregnado pela nulidade.
c
) Errada. Para a doutrina tradicional (Hely Lopes Meirelles), uma das características do PODER
DE POLÍCIA é a discricionariedade, isto é, a princípio, os atos de polícia são praticados pelo
agente público, no exercício de competência discricionária, podendo definir a melhor atuação
nos limites e contornos autorizado pela lei e, ainda, desde que respeitado os princípios que
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regem a atuação Administrativa, tais como os da proporcional e razoabilidade. Por essa razão,
a maioria das bancas de concurso adota a ideia de discricionariedade como característica do
poder de polícia.
CONTUDO, insta consignar que, conforme leciona Celso Antônio, não se pode dizer que o PODER
DE POLÍCIA é sempre discricionário, uma vez que ele também pode se manifestar por atos vincu-
lados, como, por exemplo, as licenças para construção. Nesses casos, a lei estabelece requisitos
objetivos para a concessão da licença e, uma vez cumpridos os requisitos legais, o particular
terá direito subjetivo à concessão do alvará pleiteado, sem que o agente público tenha qualquer
margem de escolha.
d) Certa. Como visto, o PODER DE POLÍCIA ADMINISTRATIVA, que encontra fundamento legal
no art. 98 do Código Tributário Nacional – CTN, pode ser compreendido como sendo a faculdade de
que dispõe a administração pública para condicionar e restringir o uso, o gozo de bens, ativida-
des e direitos individuais, em benefício da coletividade ou do próprio Estado. Refere-se ainda
a este poder como o mecanismo de frenagem de que dispõe a Administração Pública para
conter os abusos do direito individual. Sua finalidade, então, é a proteção ao interesse público.
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Letra a.
a) Errada. Inicialmente, temos de ter em mente que, tendo em vista o caráter restritivo que o
PODER DE POLÍCIA ADMINISTRATIVA impõe aos particulares, é disseminado o entendimento
de que este não pode ser delegado à particulares, ou seja, enquanto alguns serviços públicos
admitem delegação de sua execução, o PODER DE POLÍCIA não admite tal transferência de
responsabilidade, uma vez que, como dito, no exercício de tal poder, a Administração poderá
se valer de sua força, da superioridade dos interesses por ela tutelados.
Assim, o poder de polícia da Administração, EM REGRA, não pode ser delegado para con-
cessionárias e permissionárias de serviço público, nem mesmo outorgado para entidades da
administração indireta que possuam personalidade jurídica de direito privado.
Sobre a possibilidade de delegação das atividades acessórias do Poder de Polícia, é necessário
destacar a decisão do STJ (REsp no p2312/DF), na qual a Corte Cidadã decidiu que toda notifica-
ção de trânsito tem que ser lavrada por autoridade administrativa, sob o fundamento da impos-
sibilidade de delegação do Poder de Polícia, todavia, consignou a possibilidade de delegação dos
atos materiais que precedem ao ato jurídico, o que nos remete ao denominado CICLO DO PODER
DE POLÍCIA.
Na lição de Diogo de Figueiredo Moreira Neto, são quatro os CICLOS ou FASES do Poder de
Polícia; vejamos:
• ORDEM DE POLÍCIA: é o preceito legal elementar, uma determinação estatal que condu-
za o administrado à observância de uma determinada regra ou princípio. Normalmente,
traduzida em um comando negativo absoluto (não fazer), podendo ainda se revestir de
um comando negativo com reserva de consentimento, por meio do qual a Administra-
ção proíbe o uso de bem ou o exercício de atividade sem a sua prévia autorização, ou
ainda por um comando positivo (fazer) (ex.: A proibição de condução de veículo automo-
tor sob a influência de álcool);
• CONSENTIMENTO DE POLÍCIA: é o ato administrativo por meio do qual a Administração
verifica se a atividade ou o uso de propriedade estão adequadas às ordens de polícia.
O consentimento normalmente se exterioriza como um alvará, uma licença ou uma
autorização (ex.: emissão da carteira de motorista externa a vontade o Poder Público);
• FISCALIZAÇÃO DE POLÍCIA: é a aferição da observância das ordens e do consentimen-
to de polícia. A Administração tem o poder/dever de verificar se as determinações es-
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tatais estão sendo obedecidas e se não está sendo desempenhada nenhuma atividade
sem o devido consentimento administrativo. (Ex.: Redutores eletrônicos de velocidade·
equipados com câmeras);
• SANÇÃO DE POLÍCIA: é o ato administrativo que pune o desrespeito às ordens ou ao
consentimento de polícia. (Ex.: Aplicação de multa por autoridade de trânsito, sanitária,
ambiental, dentre outras).
Com base no conhecimento desse ciclo, deve o candidato ter em mente que, segundo orienta-
ção firmado pelo STJ, somente os atos dos ciclos de polícia denominados “consentimento” e
“fiscalização” são passíveis de delegação pela Administração Pública.
b) Certa. Conforme leciona CRETELLA JR:
[...] a faculdade repressiva não é, entretanto, ilimitada, estando sujeita a limites jurídicos: direitos
do cidadão, prerrogativas individuais e liberdades públicas asseguradas na Constituição e nas leis.
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Letra b.
a) Errada. De forma objetiva, podemos afirmar que entre ente federativo e autarquia NÃO HÁ
PODER HIERÁRQUICO, mas sim uma mera tutela finalística.
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Com efeito, este “controle finalístico” (porque não é ilimitado e diz respeito à finalidade da
entidade), também pode ser designado como vinculação ou tutela administrativa e, ainda, no
âmbito federal, pode ser utilizado o designativo de supervisão ministerial, haja vista o fato de
que essa tutela é exercida no âmbito dos ministérios responsáveis pelo serviço, que é exercido
pelo ente controlado.
Por oportuno, ressalta-se que não há hierarquia entre entidades com personalidades jurídicas
diversas, porque o poder hierárquico só se manifesta internamente, ou seja, entre órgãos e
agentes de uma mesma pessoa jurídica. Sendo assim, pode-se estabelecer que esse controle
exercido no âmbito dos Ministérios se configura somente uma supervisão ou tutela, não sendo
decorrência de manifestação do Poder Hierárquico.
b) Certa. Como visto alhures, o PODER HIERÁRQUICO é aquele conferido à autoridade admi-
nistrativa para distribuir e escalonar funções de seus órgãos, estabelecendo uma relação de
coordenação e subordinação entre os servidores sob sua chefia. Nas precisas palavras de Ma-
ria Sylvia, seria “o vínculo que coordena e subordina uns aos outros os órgãos do Poder Executi-
vo, graduando a autoridade de cada um”. (DICA: HIERARQUIA = controle interno entre órgãos e
agentes de uma mesma pessoa jurídica.)
c) Errada Para compreender o erro da presente assertiva, é indispensável que o candidato
tenha conhecimento acerca das diferenças dos institutos do Poder de Polícia e do Poder Dis-
ciplinar. Vejamos:
P
ODER DISCIPLINAR é o poder-dever de aplicação de sanções àqueles que estejam sujeitos à
disciplina do ente estatal. Decorre do poder hierárquico, por exemplo, quando aplica sanção a
servidor público, mas pode decorrer, também, de uma relação contratual. O importante é verifi-
carmos um vínculo ou sujeição especial. Portanto, o PODER DISCIPLINAR do Estado é o poder
de aplicação de sanções por parte do Poder Público, sendo que essas sanções decorem de vin-
culação especial entre o sancionado e o estado, notadamente, a relação hierárquica e a relação
contratual.
PODER DE POLÍCIA é o poder-dever de restringir ou limitar o exercício de liberdades individuais
e, até mesmo, o direito de propriedade em nome do interesse público. Decorre da supremacia
geral da Administração Pública e aplica-se a todos os particulares, sem a necessidade de de-
monstração de qualquer vínculo de natureza especial.
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Assim, a aplicação de multa a um particular que avança o sinal vermelho tem por fundamento
o PODER DE POLÍCIA (e não o Poder Hierárquico ou mesmo o Poder Disciplinar).
d) Errada. O PODER DISCIPLINAR trata da atribuição pública de aplicação de sanções àquelas
que estejam sujeitos à disciplina do ente estatal. Com efeito, é o poder de aplicar sanções e
penalidades, apurando infrações dos servidores ou outros que são submetidos à disciplina da
Administração, ou seja, a todos aquele que tenham vínculo de natureza especial com o Estado,
como é o exemplo daqueles particulares que celebram contratos com o Poder Público. Assim,
é possível concluir que o PODER DISCIPLINAR pode decorrer do Poder Hierárquico, haja vista
tratar-se a hierarquia de uma espécie de vinculação especial funcional, mas também pode de-
correr dos contratos celebrados pela Administração Pública, sejam regidos pelo direito público
ou pelo direito privado.
Assim, o poder disciplinar autoriza a Administração:
• a punir internamente as infrações funcionais de seus servidores;
• a punir infrações administrativas cometidas por particulares a ela ligados por algum
vínculo jurídico específico ( por exemplo, a punição pela Administração de um particular
que com ela tenha celebrado um contrato administrativo e descumpra as obrigações
contratuais que assumiu).
Nesse contexto, “a multa aplicada pelo poder concedente a uma concessionária de serviço pú-
blico tem base no PODER DISCIPLINAR”.
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d) O poder de polícia é exercido com vinculação estrita, obedecendo às limitações da lei relati-
vamente à competência, forma, fins, motivos e objeto.
Letra a.
a) Certa. O PODER VINCULADO está presente quando a lei atribui determinada competência
definindo todos os aspectos da conduta a ser adotada, sem atribuir margem de liberdade para
o agente público escolher a melhor forma de agir. Onde houver vinculação, o agente público
é um simples executor da vontade legal. O ato resultante do exercício dessa competência é
denominado de ato vinculado. Exemplo de poder vinculado é o de realização do lançamento
tributário (art. 3º do CTN). Em seu oposto, temos o PODER DISCRICIONÁRIO, visualizado quan-
do o legislador atribui certa competência à Administração Pública, reservando uma margem
de liberdade para que o agente público, diante da situação concreta, possa selecionar entre as
opções predefinidas qual a mais apropriada para defender o interesse público (mérito adminis-
trativo). Em vez de o legislador definir no plano da norma um único padrão de comportamento,
delega ao destinatário da atribuição a incumbência de avaliar a melhor solução para agir diante
das peculiaridades da situação concreta. 0 ato praticado no exercício de competência assim
conferida e chamado de ato discricionário (Exemplo: decreto expropriatório).
b) Errada. Para a doutrina tradicional (Hely Lopes Meirelles), uma das características do PO-
DER DE POLÍCIA é a discricionariedade, isto é, a princípio, os atos de polícia são praticados
pelo agente público, no exercício de competência discricionária, podendo definir a melhor atua-
ção nos limites e contornos autorizado pela lei e, ainda, desde que respeitado os princípios que
regem a atuação Administrativa, tais como os da proporcional e razoabilidade. Por essa razão,
a maioria das bancas de concurso adota a ideia de discricionariedade como característica do
poder de polícia.
CONTUDO, insta consignar que, conforme leciona Celso Antônio, não se pode dizer que o PO-
DER DE POLÍCIA é sempre discricionário, uma vez que ele também pode se manifestar por atos
vinculados, como, por exemplo, as licenças para construção. Nesses casos, a lei estabelece
requisitos objetivos para a concessão da licença e, uma vez cumpridos os requisitos legais,
o particular terá direito subjetivo à concessão do alvará pleiteado, sem que o agente público
tenha qualquer margem de escolha.
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c) Errada. Como vimos, o abuso de poder pode decorrer de condutas comissivas – quando o
ato administrativo é praticado fora dos limites legalmente postos – ou de condutas omissivas
– situações nas quais o agente público deixa de exercer uma atividade imposta a ele por lei,
ou seja, quando se omite no exercício de seus deveres. Em ambos os casos, o abuso de poder
configura ilicitude que atinge o ato decorrente.
d) Errada. Considerando que um dos atributos do poder de polícia é a discricionariedade, temos
que esse poder, em regra, é exercido com certa discricionariedade, cabendo à Administração valorar
qual o melhor momento de exercê-lo e qual é a sanção mais adequada no caso concreto den-
tre todas as que estão elencadas na lei, visto não ser factível que o Poder Legislativo venha a
prever todas as hipóteses possíveis de exercício da polícia administrativa.
Assim, é indevido dizer que o exercício do poder de polícia é exercido com vinculação estrita e,
portanto, os elementos motivos e objeto são passíveis de discricionariedade.
Letra d.
a) Errada. A função administrativa exige do Estado atuação na busca do interesse coletivo,
o que enseja a necessidade de algumas prerrogativas e poderes para instrumentalizar essa
atuação. Ocorre que todo poder corresponde a um dever. Com efeito, a Administração não só
pode como deve atuar em nome do interesse público e, todas as vezes que o interesse público
exigir essa atuação, o Estado não pode se eximir de agir.
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C
om efeito, o Estado sempre deve estar a serviço da coletividade e age por meio de seus agentes,
o elemento físico através do qual o Estado se movimenta para exercer suas funções. Para Celso
Antônio Bandeira de Mello, “existe função quando alguém está investido no dever de satisfazer dadas
finalidades no interesse de outrem, necessitando, para tanto, manejar os poderes requeridos para supri-
-las” sob pena de omissão ilícita.
Ocorre que, para o exercício dessas funções, é indispensável que o ente público tenha facilida-
des no exercício de sua atividade. Sendo assim, os poderes administrativos são chamados de
Poderes-deveres (ou deveres-poderes) e estes poderes são instrumentais, ou seja, não são
poderes em si mesmos, mas sim mecanismos ou instrumentos de trabalho por meio dos quais
os órgãos e entidades administrativas executam suas tarefas e cumprem suas funções. Daí a
característica da instrumentalidade. De fato, esses poderes são indispensáveis à persecução
do interesse coletivo e são mecanismos concedidos ao ente estatal para que ele consiga al-
cançar o fim público que almeja.
ESSES PODERES SÃO IRRENUNCIÁVEIS, logo, o administrador não pode dispor deles livre-
mente; e somente existem e são legitimamente exercidos enquanto instrumentos necessários
à busca do interesse público por parte do Estado.
b) Errada. O Poder Regulamentar é o poder conferido ao administrador, em regra, chefe do Po-
der Executivo, para a edição de normas complementares à lei, permitindo a sua fiel execução.
Como vimos, há certa divergência doutrinária no tocante à denominação dada a esse Poder,
também se admitindo a terminologia “Poder Normativo”, já que a expressão “Regulamentar”
não esgota toda a competência normativa da Administração, sendo apenas uma das suas
formas de expressão.
O exercício desse poder guarda algumas semelhanças com a função legiferante, apesar de não
se confundirem, pois ambos emanam normas gerais, atos com efeitos erga omnes e abstratos.
Assim, em síntese, podemos afirmar que ato normativo é todo ato emanado do Estado que visa
a regular determinada situação de forma geral e abstrata, complementando previsão constitu-
cional ou legal.
Para a doutrina, são reconhecidos dois tipos de regulamentos: o primeiro deles, regulamento
executivo, que complementa a lei, contendo normas para sua fiel execução, conforme previ-
são do art. 84, IV, da Constituição Federal. Esse regulamento não pode inovar a ordem jurídica,
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criando direitos, obrigações, proibições, em razão do princípio da legalidade, pelo qual nin-
guém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude de lei (art. 5º, II, CF).
O regulamento executivo representa o detalhamento das regras legais feito por aqueles que
conhecem, mais de perto, a rotina das tarefas executivas. Tais atos podem ser gerados pela
Presidência da República e por outros entes públicos, nesse caso denominado regulamento
executivo setorial.
De outro lado, o regulamento autônomo, também denominado independente, tem o poder de
inovar a ordem jurídica, estabelecendo normas sobre matérias não disciplinadas em lei, não
completando nem desenvolvendo nenhuma lei anterior.
N
o Brasil, há uma grande divergência sobre a possibilidade de decretos e regulamentos autôno-
mos. Todavia, para a grande maioria da doutrina, excluída essa hipótese do art. 84, VI, da CF/1988,
só existe, no Direito brasileiro, o regulamento de execução, hierarquicamente subordinado a uma
lei, sendo ato de competência privativa do Chefe do Poder Executivo. Assim, prevalece a orienta-
ção de que é possível regulamento autônomo no Brasil hoje, entretanto, o permissivo acontece
em caráter excepcionalíssimo e quando expressamente autorizado pelo texto constitucional.
c) Errada. A hierarquia é característica que integra a estrutura das pessoas jurídicas da Ad-
ministração Pública, sejam os entes da Administração Direta ou da Administração Indireta.
Trata-se de atribuição concedida ao administrador para organizar, distribuir e, principalmente,
escalonar as funções de seus órgãos, sendo este o Poder que a Administração tem de se
estruturar internamente determinando uma relação de hierarquia e subordinação entre seus
órgãos e agentes. Para José dos Santos Carvalho Filho “hierarquia é o escalonamento no PLA-
NO VERTICAL dos órgãos e agentes da Administração que tem como objetivo a organização da
função administrativa”.
d) Certa. Como vimos, O PODER DISCIPLINAR trata da atribuição pública de aplicação de san-
ções àquelas que estejam sujeitos à disciplina do ente estatal. Com efeito, é o poder de aplicar
sanções e penalidades, apurando infrações dos servidores ou outros que são submetidos à
disciplina da Administração, ou seja, a todos aquele que tenham vínculo de natureza especial
com o Estado, como é o exemplo daqueles particulares que celebram contratos com o Poder
Público. Assim, é possível concluir que o PODER DISCIPLINAR pode decorrer do Poder Hierár-
quico, haja vista tratar-se a hierarquia de uma espécie de vinculação especial funcional; mas
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também pode decorrer dos contratos celebrados pela Administração Pública, sejam regidos
pelo direito público ou pelo direito privado.
Assim, o poder disciplinar autoriza a Administração:
• a punir internamente as infrações funcionais de seus servidores;
• a punir infrações administrativas cometidas por particulares a ela ligados por algum
vínculo jurídico específico (por exemplo, a punição pela Administração de um particular
que com ela tenha celebrado um contrato administrativo e que descumpra as obriga-
ções contratuais que assumiu).
Nesse contexto, pode-se afirmar que “o poder disciplinar permite a aplicação de sanções dos
servidores da Administração Pública por infração funcional”.
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atualmente, o chamado poder regulamentar vem sendo conceituado como poder para editar
atos normativos (poder normativo).
Letra b.
O Poder Regulamentar não poderá inovar no mundo jurídico. Caso o ato normativo venha a
exorbitar (extrapolar) a sua função de regulamentar a lei, o art. 49, V, da CF autoriza o Congres-
so Nacional a fazer a sustação desse ato.
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d) Afigura-se inválido o ato de polícia praticado por um agente de ente federativo que não pos-
sua competência constitucional para regular a matéria.
e) O exercício do poder de polícia encontra fundamento no princípio da supremacia do interes-
se público.
Letra a.
Na verdade, somente as taxas podem ser cobradas pelo exercício do poder de polícia. A ex-
pressão “impostos” está errada.
CF/88
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tri-
butos:
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de servi-
ços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição.
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Letra a.
1) Incorreta. O Decreto Regulamentar ou de Execução (art. 84, IV, da CF) é de competência
privativa do chefe do Poder Executivo editá-los para a fiel execução das leis. Se o decreto é
para a fiel execução da lei, ele não pode ampliar as determinações legais, bem como restringir
o alcance da lei. O instrumento jurídico que cria ou restringe direitos é a lei; o decreto tem por
função dispor como esses direitos originados da lei serão exercidos. Logo, necessita da pree-
xistência de lei.
2) Incorreta. Discricionariedade é diferente de arbitrariedade. O poder discricionário é a prer-
rogativa concedida aos agentes administrativos de elegerem, entre as várias condutas
possíveis, a que traduz maior conveniência e oportunidade para o interesse público, como, por
exemplo, a prorrogação de concurso público ou a autorização para uso de bem público.
3) Incorreta. O poder de polícia que é o poder do Estado de restringir, limitar ou condicionar o
exercício de direitos e da propriedade em benefício do interesse público.
4) Correta. O excesso de poder ocorre quando a autoridade, embora competente para praticar
o ato, vai além do permitido e exorbita no uso de suas faculdades administrativas. O agente até
tinha competência, mas a extrapolou.
Letra a.
O poder de polícia é o poder do Estado de restringir, limitar ou condicionar o exercício de direi-
tos e da propriedade em benefício do interesse público.
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a) exerce a fiscalização garantindo o cumprimento das normas voltadas a obras e eventos que
interfiram na circulação normal de veículos e pedestres, bem como sobre obstáculos ou ele-
mentos que gerem desordem na sinalização, autuando e aplicando medidas administrativas
por infrações ocorridas.
b) realiza investigação criminal para elucidar a autoria de crime de homicídio, mediante a pro-
moção de diligências de apuração, como vistoria no local do delito, colheita de depoimentos e
apreensão de instrumentos e bens utilizados na prática do crime.
c) edita ordem de serviço contendo rotinas administrativas tendentes a regulamentar as fun-
ções a serem exercidas por cada servidor lotado no órgão, incluindo aquelas relativas à inves-
tigação de eventuais atos que configurem, em tese, falta funcional.
d) preside comissão permanente de apuração de falta funcional em processo administrativo
disciplinar, podendo realizar interrogatório do investigado, tomar depoimento de testemunhas,
juntar documentos e realizar acareação em caso de contradição.
e) participa de comissão tendente a estudar e formular sugestão de políticas públicas de fo-
mento a campanhas educativas de prevenção de acidentes e outros elementos relacionados à
segurança viária, cuja conclusão será encaminhada ao Prefeito.
Letra a.
O poder de polícia é o poder do Estado de restringir, limitar ou condicionar o exercício de di-
reitos e da propriedade em benefício do interesse público. Então, o que o poder de polícia faz
não é retirar o direito, e, sim, condicionar o seu exercício para o bem-estar coletivo. O poder de
polícia não proíbe que o cidadão tenha um carro e o dirija. Apenas coloca condições para que
ele faça isso. É importante destacar que há o conceito legal de poder de polícia positivado no
art. 78 do Código Tributário Nacional, pois o exercício do poder de polícia é fato gerador para a
exigência de taxas. De acordo com o CTN:
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Por fim, O CICLO do poder de polícia, assim denominado pelo autor Diogo de Figueiredo Morei-
ra Neto, compreende a legislação de polícia, os atos de consentimento (ex.: licença e autoriza-
ção), fiscalização e os atos de sanção.
Letra b.
O poder de polícia é o poder do Estado de restringir, limitar ou condicionar o exercício de di-
reitos e da propriedade em benefício do interesse público. Então, o que o poder de polícia faz
não é retirar o direito, e, sim, condicionar o seu exercício para o bem-estar coletivo. O poder de
polícia não proíbe que o cidadão tenha um carro e o dirija. Apenas coloca condições para que
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ele faça isso. É importante destacar que há o conceito legal de poder de polícia positivado no
art. 78 do Código Tributário Nacional, pois o exercício do poder de polícia é fato gerador para a
exigência de taxas. De acordo com o CTN:
Seguindo, o poder de polícia não se manifesta apenas com atos de fiscalização e punição. As
formas de o Estado exercê-lo são as seguintes:
• Leis e atos normativos – é possível o exercício do poder de polícia por meio de leis. Ci-
te-se o exemplo do Código de Trânsito ou Código Florestal. Os atos normativos gerais e
abstratos com alcance indeterminado dos destinatários, incidindo sobre todos aqueles
que se encontram na mesma situação, também caracterizam o poder de polícia;
• Atos individuais/consentimento – são aqueles que possuem destinatários determina-
dos, incidindo sobre bens, direitos ou atividades de pessoa específica. Os atos indivi-
duais podem revestir-se de atos de consentimento estatal, sendo a atividade exercida
pelo Estado que defere uma pretensão solicitada pelo particular. É o que ocorre com a
autorização para o uso de arma e a licença para o exercício de determinada atividade;
• Atos de fiscalização – trata-se de obrigação de suportar medidas administrativas que
têm por finalidade averiguar o cumprimento das determinações expedidas pela Admi-
nistração;
• Atos de sanção – por meio da sanção, o Estado exercerá o poder de polícia, em razão de
o administrado descumprir determinações impostas.
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Letra c.
O Poder Normativo é o poder da Administração de editar atos normativos para a complemen-
tação das leis. A expressão poder regulamentar era utilizada para se referir à competência dos
chefes do Poder Executivo para editarem decretos visando à fiel execução das leis. Mas, atu-
almente, o chamado poder regulamentar vem sendo conceituado como poder para editar atos
normativos (poder normativo).
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Letra d.
O poder de polícia é o poder do Estado de restringir, limitar ou condicionar o exercício de di-
reitos e da propriedade em benefício do interesse público. Então, o que o poder de polícia faz
não é retirar o direito, e, sim, condicionar o seu exercício para o bem-estar coletivo. O poder de
polícia não proíbe que o cidadão tenha um carro e o dirija. Apenas coloca condições para que
ele faça isso. É importante destacar que há o conceito legal de poder de polícia positivado no
art. 78 do Código Tributário Nacional, pois o exercício do poder de polícia é fato gerador para a
exigência de taxas. De acordo com o CTN:
Por fim, O CICLO do poder de polícia, assim denominado pelo autor Diogo de Figueiredo Morei-
ra Neto, compreende a legislação de polícia, os atos de consentimento (ex.: licença e autoriza-
ção), fiscalização e os atos de sanção.
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funções, exercia o controle dos acessos e das saídas das pessoas das instalações da Casa
Legislativa.
O cidadão Joaquim, para entrar no parlamento estadual, passou pelo portal detector de metais,
momento em que o aparelho emitiu som e acendeu a luz vermelha, constatando a presença de
algum metal. Em seguida, com a concordância de Joaquim, José procedeu à sua revista pes-
soal, encontrando apenas um celular que o cidadão carregava no bolso, sendo-lhe franqueado
o acesso à Assembleia.
No caso em tela, a atuação de José foi embasada no poder administrativo
a) hierárquico, pois o agente público no exercício da função está em situação de superioridade
hierárquica em relação ao particular administrado.
b) normativo, pois o agente público no exercício da função tem o poder de estabelecer regras
concretas aplicáveis a cada caso, com objetivo de garantir a ordem na repartição.
c) disciplinar, pois o agente público no exercício da função detém a prerrogativa de disciplinar
as rotinas administrativas necessárias para segurança do órgão público.
d) de segurança pública, pois o agente público, no exercício de ação repressiva, tem o poder
discricionário de fixar regras gerais e abstratas para garantir a normalidade das atividades da
repartição, em razão da supremacia do interesse público.
e) de polícia, pois o agente público, no exercício de ação fiscalizadora e preventiva, tem o poder
de praticar atos concretos, na forma da lei, para condicionar a liberdade dos indivíduos, pela
supremacia do interesse público.
Letra e.
O poder de polícia é o poder do Estado de restringir, limitar ou condicionar o exercício de di-
reitos e da propriedade em benefício do interesse público. Então, o que o poder de polícia faz
não é retirar o direito, e, sim, condicionar o seu exercício para o bem-estar coletivo. O poder de
polícia não proíbe que o cidadão tenha um carro e o dirija. Apenas coloca condições para que
ele faça isso. É importante destacar que há o conceito legal de poder de polícia positivado no
art. 78 do Código Tributário Nacional, pois o exercício do poder de polícia é fato gerador para a
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Seguindo, o poder de polícia não se manifesta apenas com atos de fiscalização e punição. As
formas de o Estado exercê-lo são as seguintes:
• Leis e atos normativos – é possível o exercício do poder de polícia por meio de leis. Ci-
te-se o exemplo do Código de Trânsito ou Código Florestal. Os atos normativos gerais e
abstratos com alcance indeterminado dos destinatários, incidindo sobre todos aqueles
que se encontram na mesma situação, também caracterizam o poder de polícia;
• Atos individuais/consentimento – são aqueles que possuem destinatários determina-
dos, incidindo sobre bens, direitos ou atividades de pessoa específica. Os atos indivi-
duais podem revestir-se de atos de consentimento estatal, sendo a atividade exercida
pelo Estado que defere uma pretensão solicitada pelo particular. É o que ocorre com a
autorização para o uso de arma e a licença para o exercício de determinada atividade;
• Atos de fiscalização – trata-se de obrigação de suportar medidas administrativas que
têm por finalidade averiguar o cumprimento das determinações expedidas pela Admi-
nistração.
• Atos de sanção – por meio da sanção, o Estado exercerá o poder de polícia, em razão de
o administrado descumprir determinações impostas.
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Letra c.
O poder de polícia é o poder do Estado de restringir, limitar ou condicionar o exercício de direi-
tos e da propriedade em benefício do interesse público. O fundamento do exercício do poder
de polícia é o interesse público. O Estado exerce esse poder em razão da supremacia do inte-
resse público sobre o interesse do particular. É importante destacar que há o conceito legal de
poder de polícia positivado no art. 78 do Código Tributário Nacional, pois o exercício do poder
de polícia é fato gerador para a exigência de taxas. De acordo com o CTN:
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No caso em tela, Mário pôde avaliar a conveniência e a oportunidade da prática do ato adminis-
trativo, ao escolher qual atividade seria desenvolvida pelos servidores naquele dia.
De acordo com a doutrina de Direito Administrativo, em matéria de classificação dos atos
administrativos quanto ao critério da liberdade de ação, Mário praticou um ato administrativo
a) arbitrário
b) discricionário
c) de polícia.
d) regulador
e) disciplinar
Letra b.
O poder de polícia é um ato discricionário (regra), porque há um certo grau de liberdade na sua
atuação. O Estado tem liberdade para escolher as atividades a serem “policiadas”, para fazer
escolha da sanção aplicável, bem como para escolher o melhor momento de agir.
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Letra c.
O poder de polícia é o poder do Estado de restringir, limitar ou condicionar o exercício de direi-
tos e da propriedade em benefício do interesse público. O fundamento do exercício do poder
de polícia é o interesse público. O Estado exerce esse poder em razão da supremacia do interesse
público sobre o interesse do particular. É importante destacar que há o conceito legal de poder
de polícia positivado no art. 78 do Código Tributário Nacional, pois o exercício do poder de po-
lícia é fato gerador para a exigência de taxas. De acordo com o CTN:
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c) deve ser acolhida, pois é inconstitucional a delegação do poder de polícia, em qualquer das
fases de seu ciclo, a pessoa jurídica de direito privado integrante da administração indireta;
d) deve ser acolhida parcialmente, pois é inconstitucional a delegação do poder de polícia, nas
fases de seu ciclo de ordem de polícia e de sanção de polícia, a pessoa jurídica de direito pri-
vado integrante da administração indireta;
e) deve ser acolhida parcialmente, pois, apesar de ser constitucional a delegação do poder de
polícia para o serviço público de fiscalização de trânsito, é inconstitucional tal delegação no
que concerne à aplicação de multa, que deve ser feita por pessoa jurídica de direito público.
Letra a.
Trata-se da tese de julgamento recente do STF:
JURISPRUDÊNCIA
“É constitucional a delegação do poder de polícia, por meio de lei a pessoas jurídicas de
direito privado integrantes da Administração Pública indireta de capital social majoritaria-
mente público que prestem exclusivamente serviço público de atuação própria do Estado
e em regime não concorrencial. STF. Plenário. RE 633782/MG, Rel. Min. Luiz Fux, julgado
em 23/10/2020 (Repercussão Geral – Tema 532) (Info 996).”
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Letra a.
De fato, o poder de polícia é o poder do Estado de restringir, limitar ou condicionar o exercício
de direitos e da propriedade em benefício do interesse público. Então, o que o poder de polícia
faz não é retirar o direito, e, sim, condicionar o seu exercício para o bem-estar coletivo.
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Letra c.
O poder disciplinar é o poder de punir internamente as infrações funcionais dos servidores
e demais pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços da Administração. Esse poder
incide não só em relação aos servidores da Administração, mas também em relação àqueles
que mantêm algum tipo de vínculo mais próximo com a Administração, por exemplo, conces-
sionários e permissionários.
Letra c.
O poder normativo é o poder da Administração de editar atos normativos para a execução das
leis, não apenas por meio de decretos, mas também por outros de conteúdo regulamentar, por
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exemplo, resoluções, sendo mais abrangente do que poder regulamentar. De fato, o poder da
Administração Pública para detalhar as leis não se manifesta apenas pela edição de decretos.
Há vários atos administrativos que fazem isso: resoluções, instruções normativas, portarias
etc. Mas o ato clássico que explicita/ detalha as leis (gerais e abstratas) são os decretos feitos
pelos chefes do Poder Executivo.
Letra e.
Como já visto, o poder de polícia é o poder do Estado de restringir, limitar ou condicionar o exer-
cício de direitos e da propriedade em benefício do interesse público. Então, o que o poder de
polícia faz não é retirar o direito, e, sim, condicionar o seu exercício para o bem-estar coletivo.
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Letra c.
O Estado contratante agiu corretamente, uma vez que o poder disciplinar é o poder de punir
internamente as infrações funcionais dos servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina
dos órgãos e serviços da Administração. Esse poder incide não só em relação aos servidores
da Administração, mas também em relação àqueles que mantêm algum tipo de vínculo mais
próximo com a Administração, por exemplo, concessionários e permissionários.
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Letra a.
O poder de polícia é o poder do Estado de restringir, limitar ou condicionar o exercício de direi-
tos e da propriedade em benefício do interesse público. Então, o que o poder de polícia faz não
é retirar o direito, e, sim, condicionar o seu exercício para o bem-estar coletivo.
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Letra b.
Indo direto ao ponto, o poder hierárquico é o poder que dispõe a Administração para distribuir
e escalonar as funções de seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes, estabele-
cendo a relação de subordinação entre os servidores do seu quadro de pessoal.
Letra a.
O poder discricionário é a prerrogativa concedida aos agentes administrativos de elegerem,
entre as várias condutas possíveis, a que traduz maior conveniência e oportunidade para o in-
teresse público, como, por exemplo, a prorrogação de concurso público ou a autorização para
uso de bem público. Assim, quando o agente tem liberdade de agir, a doutrina considera que
ele manifesta o seu poder discricionário, desde que dentro dos limites legais.
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Letra a.
O poder de polícia é discricionário, porque há um certo grau de liberdade na sua atuação.
O Estado tem liberdade para escolher as atividades a serem “policiadas”, para fazer escolha
da sanção aplicável, bem como para escolher o melhor momento de agir. Também apresenta
autoexecutoriedade, que significa a imediata e direta execução dos atos pela própria admi-
nistração, independentemente de ordem judicial. Além disso, é dotado de coercibilidade, que
é a imposição coativa das medidas adotadas. Por ser imperativo, o ato de polícia admite até
mesmo o uso da força pública para o seu cumprimento, quando resistido pelo administrado.
Letra b.
O poder de polícia é o poder do Estado de restringir, limitar ou condicionar o exercício de di-
reitos e da propriedade em benefício do interesse público. É importante saber que o poder
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Letra c.
O poder discricionário é a prerrogativa concedida aos agentes administrativos de elegerem,
entre as várias condutas possíveis, a que traduz maior conveniência e oportunidade para o interesse
público, como, por exemplo, a prorrogação de concurso público ou a autorização para uso de
bem público. Assim, quando o agente tem liberdade de agir, a doutrina considera que ele mani-
festa o seu poder discricionário.
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Letra a.
O poder de polícia é o poder do Estado de restringir, limitar ou condicionar o exercício de direi-
tos e da propriedade em benefício do interesse público. O fundamento do exercício do poder de
polícia é o interesse público. O Estado exerce esse poder em razão da supremacia do interesse
público sobre o interesse do particular.
Letra c.
O poder disciplinar é o poder de punir internamente as infrações funcionais dos servidores e
das demais pessoas sujeitas à relação especial com a administração pública. Devemos estar
atentos para o fato de que o poder disciplinar incide não só em relação aos servidores, mas
também em relação aos particulares que mantêm algum tipo de vínculo especial com o poder
público, como, por exemplo, concessionários e permissionários, que podem sofrer determina-
das sanções em razão de inexecução contratual ou falha na execução.
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c) O abuso de poder pode ocorrer na espécie desvio de poder quando o agente, embora dentro
da própria órbita de competências, acata a finalidade explícita ou implícita na lei que determi-
nou a atuação deste.
d) Os atos praticados com abuso de poder na espécie excesso de poder afrontam o princípio
da supremacia do interesse público e são nulos por vício no motivo.
e) Os atos praticados com abuso de poder na espécie desvio de finalidade são anuláveis por
vício na competência.
Letra b.
a) Errada. O abuso de poder pode se dar de forma comissiva ou omissiva.
b) Correta. O abuso de poder por excesso de poder ocorre quando a autoridade, embora com-
petente para praticar o ato, vai além do permitido e exorbita no uso de suas faculdades admi-
nistrativas. O agente até tinha competência, mas a extrapolou.
c) Errada. O abuso de poder na espécie desvio de poder ocorre quando, embora atuando nos
limites de sua competência, a autoridade pratica o ato por motivos pessoais ou com fins diver-
sos dos objetivos dados pela lei ou exigidos pelo interesse público.
d) Errada. O vício no excesso de poder é na competência.
e) Errada. O abuso de poder pelo desvio viola o requisito da finalidade.
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Letra c.
a) Errada. O controle também pode se dar de maneira Judicial. Esse controle será de legalida-
de e legitimidade do ato.
b) Errada. Como dito, poderá haver controle na legalidade e legitimidade do ato.
c) Correta. São as das formas de controle para atos do poder discricionário.
d) Errada. Sofrem o controle judicial e administrativo.
e) Errada. Pode ser feito pelo Poder Judiciário, assim como pelo Tribunal de Contas.
Letra c.
A polícia administrativa visa a assegurar a observância dos limites impostos pelo Estado para
o exercício de direitos, podendo ser por meio de atos de fiscalização, prevenção ou repres-
são. A polícia administrativa atua preventivamente, procurando evitar que danos aconteçam à
sociedade. No entanto, os agentes de polícia administrativa também agem repressivamente,
quando, por exemplo, interditam um estabelecimento comercial ou apreendem bens obtidos
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por meios ilícitos. A atuação da polícia administrativa incide sobre BENS, ATIVIDADES E DIREI-
TOS. Sua conduta é regida por normas administrativas.
Letra a.
O poder disciplinar é o poder de punir internamente as infrações funcionais dos servidores e
demais pessoas sujeitas à relação especial com a administração pública. O poder disciplinar
incide não só em relação aos servidores, mas também em relação aos particulares que man-
têm algum tipo de vínculo especial com o poder público, como, por exemplo, concessionários e
permissionários, que podem sofrer determinadas sanções em razão de inexecução contratual
ou falha na execução.
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lançou, na motivação do ato, a inconveniência da licença para o interesse público, eis que o
desfalque resultante da ausência não seria passível de ser suprido.
Com base nessa situação hipotética, julgue o item a seguir.
Há, na hipótese, evidente abuso de poder na modalidade de excesso.
Errado.
O desvio de poder ou desvio de finalidade ocorre quando a atuação do agente, embora dentro
de sua competência, é feita por motivos pessoais ou com fins diversos dos objetivos dados
pela Lei ou exigidos pelo interesse público. No caso apresentado, ocorre desvio de finalidade.
Certo.
O poder de polícia é a faculdade de que dispõe a Administração Pública para condicionar ou
restringir o uso de bens, atividades e direitos individuais em benefício da coletividade ou do
próprio Estado. O art. 78 do CTN, ao tratar dos fatos geradores das taxas, conceitua muito bem
o poder de polícia: “Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública
que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abs-
tenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem,
aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas
dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao
respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos”.
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Errado.
O poder disciplinar baseia-se em uma espécie de supremacia estatal especial e, por isso, al-
cança todas as pessoas que tenham algum tipo de vínculo diferenciado com o Estado, seja
estatutário, contratual, celetista ou temporário. Além do mais, o poder disciplinar também al-
cança os aposentados, exemplo de sua aplicação seria o caso de cassação da aposentadoria.
Errado.
Pelo contrário, a autoexecutoriedade, atributo do poder de polícia, permite que a Administração
execute suas próprias decisões, sem necessidade de manifestação judicial. Além disso, a au-
toexecutoriedade depende de que haja previsão e permissão em lei.
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O abuso de poder pode ser decorrente de condutas comissivas, mas não de condutas omissi-
vas.
Errado.
O abuso de poder pode ocorrer de forma comissiva (ação) ou omissiva. Na omissão, o agente
pode, por exemplo, deixar de praticar um ato visando ao interesse próprio.
Certo.
O poder hierárquico é uma prerrogativa que tem o Estado para organizar a sua estrutura, defi-
nindo funções de seus órgãos, bem como fiscalizar, ordenar e rever a atuação de seus agentes.
Vale lembrar que o poder disciplinar é correlato ao poder hierárquico e justamente por isso não
é errado afirmar que uma das prerrogativas do poder hierárquico seja aplicar sanções.
Certo.
O poder disciplinar é o poder de punir internamente as infrações funcionais dos servidores e
demais pessoas sujeitas à relação especial com a Administração Pública.
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Certo.
O abuso de poder pode ocorrer de duas formas: por excesso de poder (quando um agente pú-
blico vai além e extrapola sua competência) e por desvio de poder/desvio de finalidade (quan-
do um agente público pratica ato com finalidade estranha aos interesses da Administração).
Errado.
Na verdade, trata-se de desvio de poder. A questão troca o conceito de desvio de poder com o
conceito de excesso de poder. O excesso de poder ocorre quando o ato é realizado por agente
público sem competência para a sua prática ou extrapolando os limites de sua competência.
Errado.
Como se trata de uma situação de abuso de poder, uma ilegalidade, tanto a Administração
pode fazer a invalidação de ofício quanto o Judiciário pode fazer a invalidação mediante pro-
vocação.
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Errado.
Na verdade, todo abuso de poder, de fato, configura uma ilegalidade, mas nem toda ilegalidade
configura abuso de poder. É possível cometer uma ilegalidade sem que haja excesso na com-
petência e sem que haja desvio na finalidade da prática do ato.
Errado.
A polícia administrativa pode atuar de forma preventiva e repressiva, inclusive fiscalizando. A
fiscalização deve ser feita e é uma das fases do ciclo de polícia.
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Errado.
Ao contrário do que afirma a questão, a discricionariedade é um atributo do poder de polícia.
Três atributos são característicos do exercício do poder de polícia: a discricionariedade, a au-
toexecutoriedade e a coercibilidade.
Errado.
Os atos administrativos nascem com a presunção de que são legítimos, de que estão de acor-
do com a Lei e que os fatos apresentados são verdadeiros. Assim, presume-se que, ao editar
o ato administrativo, a Administração Pública fez tudo conforme a Lei autoriza e que todos os
fatos apresentados para a prática do ato realmente aconteceram, contudo, isso não retira do
autuado o direito de apresentar defesa, de recorrer e de tentar provar que aquela multa não foi
correta.
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Considerando essa situação hipotética, julgue o item seguinte a respeito do poder administra-
tivo de polícia.
As situações particulares que possam afetar os interesses da coletividade permitirão à Admi-
nistração Pública exercer o poder de polícia.
Certo.
O poder de polícia é a faculdade de que dispõe a Administração Pública para condicionar e
restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais em benefício da coletividade.
É o mecanismo de frenagem de que dispõe a Administração para conter os abusos do direito
individual.
Errado.
Trata-se do atributo da autoexecutoriedade. A Administração Pública possui a prerrogativa de
decidir e executar sua decisão por seus próprios meios, sem necessidade de intervenção judicial. A
autoexecutoriedade é a faculdade atribuída à Administração de impor diretamente as medidas
ou sanções de polícia administrativa necessárias à repressão da atividade lesiva ao interesse
coletivo que ela pretende coibir, independentemente de prévia autorização do Poder Judiciário.
Errado.
De fato, a delegação deriva do poder hierárquico. O erro da questão está em afirmar que é
possível a delegação da decisão dos recursos administrativos. De acordo com o art. 13 da Lei
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n. 9.784/1999, não podem ser objeto de delegação: a edição de atos de caráter normativo; a
decisão de recursos administrativos; as matérias de competência exclusiva do órgão ou au-
toridade.
Certo.
O poder regulamentar é a prerrogativa conferida à Administração Pública de editar atos gerais
para complementar as leis e possibilitar sua efetiva aplicação. É função típica do Poder Execu-
tivo, conferida com exclusividade ao Chefe do referido Poder. É um poder de caráter derivado
ou secundário, pois decorre da existência da Lei.
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II – A doutrina costuma apontar que o Poder Disciplinar pode decorrer do Poder Hierárqui-
co, haja vista tratar-se a hierarquia de uma espécie de vinculação especial, mas também
pode decorrer dos contratos celebrados pela Administração Pública, sejam regidos pelo
direito público ou pelo direito privado.
III – O Poder Disciplinar consiste em um sistema punitivo interno e por isso não se pode
confundir com o sistema punitivo exercido pela justiça penal, muito menos com o exer-
cício do Poder de Polícia. As pessoas que são atingidas por esse Poder possuem uma
sujeição especial, um vínculo com a Administração Pública.
Letra e.
I. Certo. O poder disciplinar é o poder de punir internamente as infrações funcionais dos servi-
dores e demais pessoas sujeitas à relação especial com a Administração Pública. É o caso dos
estudantes de uma escola pública ou de detentos sob a supervisão do Estado.
II+ Certo. Segundo o autor Matheus Carvalho, em sua obra Manual de Direito Administrativo, o
poder disciplinar pode decorrer do poder hierárquico, tendo em vista tratar-se a hierarquia de
uma espécie de vinculação especial, mas também pode decorrer dos contratos celebrados
pela Administração Pública.
III. Certo. O poder disciplinar não se dirige apenas aos servidores públicos. O conceito engloba
não só a atividade disciplinar dos agentes públicos como também se dirige a outras pessoas
que mantêm relação jurídica com a Administração, já que esse poder é a faculdade de punir
internamente as infrações funcionais dos servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina
dos órgãos e serviços da Administração.
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Letra e.
A subordinação é decorrente do poder hierárquico e admite todos os meios de controle do
superior sobre o inferior, já a vinculação é resultante do poder de supervisão ministerial sobre
a entidade vinculada e é exercida nos limites que a Lei estabelece, sem retirar a autonomia do
ente supervisionado. Na supervisão ministerial sobre a entidade vinculada não há que se falar
em hierarquia e subordinação.
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Certo.
O poder regulamentar é a prerrogativa conferida à Administração Pública de editar atos gerais
para complementar as leis e possibilitar sua efetiva aplicação. É função típica do Poder Exe-
cutivo, conferida com exclusividade ao Chefe do referido Poder. Em regra, o exercício do poder
regulamentar se materializa na edição de decretos e regulamentos. Os chamados decretos de
execução ou decretos regulamentares têm por objetivo definir procedimentos para a fiel execu-
ção das leis, nos termos do art. 84, IV, da CF/1988. Os decretos autônomos têm como objetivo
dispor sobre determinadas matérias de competência dos Chefes do Executivo, listadas no in-
ciso VI do art. 84 da CF/1988, as quais não são disciplinadas em lei.
Letra b.
Poder hierárquico é o de que dispõe o Executivo para organizar e distribuir as funções de seus
órgãos, estabelecendo a relação de subordinação entre os servidores do seu quadro de pes-
soal. O poder hierárquico tem como objetivo ordenar, coordenar, controlar e corrigir as ativi-
dades administrativas, no âmbito interno da Administração Pública. Do poder hierárquico são
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decorrentes certas faculdades implícitas ao superior, tais como dar ordens e fiscalizar o seu
cumprimento, delegar e avocar atribuições e rever atos dos inferiores, portanto, alternativa b.
Letra e.
O poder de polícia é a atividade do Estado consistente em limitar o exercício dos direitos in-
dividuais em benefício do interesse público. Dessa forma, a imposição de multa diz respeito a
uma atividade repressiva do poder de polícia administrativa, baseada na aplicação de sanções
administrativas como consequência da prática de infrações por parte dos particulares.
Letra e.
O poder disciplinar é o que cabe à Administração Pública para apurar infrações e aplicar pena-
lidades aos servidores públicos e demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa; é o caso
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dos estudantes de uma escola pública ou de detentos sob a supervisão do Estado. Dessa forma,
ao aplicar eventual sanção, o diretor de um estabelecimento prisional tem legitimidade para agir
em decorrência do poder disciplinar.
Letra e.
A questão menciona a possibilidade de o agente superior aplicar sanção aos agentes de nível
inferior; daí já podemos visualizar a atuação do poder disciplinar. O poder disciplinar é o que
cabe à Administração Pública para apurar infrações e aplicar penalidades aos servidores públi-
cos e demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa.
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d) Em sua execução, não pode chegar ao limite de impor restrições aos direitos individuais do
cidadão.
e) Por intermédio dele, a Administração atua com os próprios meios, mas deve executar suas
decisões por intermédio de intervenção do Poder Judiciário.
Letra c.
a) Errada. O poder de polícia administrativa e o poder de polícia judiciária não se distinguem sim-
plesmente por esse motivo apresentado na alternativa. Além do mais, tal diferença não é absolu-
ta, pois a polícia administrativa tanto pode agir preventivamente como pode agir repressivamente.
b) Errada. Conforme ensina a Prof.ª Maria Sylvia Zanella Di Pietro, considerando o poder de
polícia em sentido amplo, de modo que abranja as atividades do Legislativo e do Executivo, um
dos meios de que se utiliza o Estado para o seu exercício são os atos normativos em geral; a
saber, pela lei, criam-se as limitações administrativas ao exercício dos direitos e das atividades
individuais, estabelecendo-se normas gerais e abstratas dirigidas indistintamente às pessoas
que estejam em idêntica situação.
c) Certa. A discricionariedade é um dos atributos do poder de polícia, entretanto, alguns atos
de polícia são vinculados. Ex: concessão de licença.
d) Errada. O poder de polícia pode sim impor restrições aos direitos individuais do cidadão. Aliás,
o poder de polícia é exatamente isso, é a atividade do Estado consistente em limitar o exercício
dos direitos individuais em benefício do interesse público.
e) Errada. Um dos atributos do Poder de Policia é autoexecutoriedade, o qual dispensa, para
a prática de determinados atos, de prévia anuência do Poder Judiciário. É a possibilidade de
realizar diretamente a execução forçada, usando, se for o caso, da força pública para obrigar o
administrado a cumprir a decisão.
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a) poder hierárquico.
b) poder regulamentar.
c) poder de polícia.
d) poder disciplinar.
Letra b.
O poder regulamentar consiste em uma das formas pelas quais se expressa a função norma-
tiva do Poder Executivo. Pode ser definido como o que cabe ao Chefe do Poder Executivo da
União, dos Estados e dos Municípios, de editar normas complementares à lei, para sua fiel
execução. Este poder conferido à administração busca otimizar o funcionamento da máquina
publica, no que concerne à relação entre os administrados e as leis, visando a suprir a lacuna
de situações não elencadas nestas, conforme descrito no enunciado da questão.
Letra e.
a) Errada. Excesso de poder ocorre quando a autoridade atua extrapolando os limites da sua
competência. Quando a atuação do agente busca alcançar finalidade diversa do interesse público,
estaremos diante do desvio de poder.
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b) Errada. O exercício dos serviços de fiscalização das profissões regulamentadas são feitos
por autarquias, criadas por lei, com personalidade jurídica de direito público, que exercem ativi-
dade típica de Estado, relativa à fiscalização de desempenho de profissão.
c) Errada. Quando se fala em aplicação de sanções aos agentes públicos, em razão de faltas
funcionais, estamos diante do poder disciplinar, e não do poder de polícia.
d) Errada. Alguns atos administrativos são vinculados, ou seja, não dão margem de escolha
ao agente administrativo, devendo esse agir conforme a lei, e não de acordo com o juízo de
conveniência e oportunidade.
e) Certa. De acordo com a Súmula n. 127 do STJ é ilegal condicionar a renovação da licença de
veículo ao pagamento de multa, da qual o infrator não foi notificado.
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e) de polícia, pelo qual a autoridade administrativa intervém no exercício das atividades indivi-
duais suscetíveis de fazer perigar interesses gerais.
Letra e.
Note que o dentista não possui vínculo contratual ou vínculo funcional com o Conselho, ele
apenas está submetido à sua fiscalização. Portanto, o poder exercido, no caso, é o poder de
polícia; assim como o Estado aplica uma multa por infração de trânsito. No caso apresentado,
não há que se falar em poder disciplinar, pois tal poder não tem competência para aplicar mul-
tas e, de acordo com os ensinamentos de Hely Lopes Meirelles, “o poder disciplinar é a facul-
dade de punir internamente as infrações funcionais dos servidores e demais pessoas sujeitas
à disciplina dos órgãos e serviços da Administração”.
Letra c.
a) Errada. A concessão de licença é exemplo de um ato vinculado, e não discricionário.
b) Errada. O poder de polícia é a atividade do Estado consistente em justamente limitar o exer-
cício dos direitos individuais em benefício do interesse público.
c) Certa. São atributos do poder de polícia a discricionariedade (como regra geral), a autoexe-
cutoriedade (possibilidade de executar diretamente suas decisões por seus próprios meios,
sem intervenção do Judiciário) e a coercibilidade (possibilidade de imposição do ato de polícia
ao particular, independentemente de sua concordância).
d) Errada. O Poder Legislativo também pode exercer o poder de polícia. Conforme ensina a
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Prof.ª Maria Sylvia Zanella Di Pietro, “o Poder Legislativo, no exercício do poder de polícia que
incumbe ao Estado, cria, por lei, as chamadas limitações administrativas ao exercício das liber-
dades públicas”.
e) Errada. O poder de polícia não incide e nem impõe suas sanções em razão de ilícitos penais,
e sim de ilícitos administrativos.
Letra e.
A polícia administrativa é exercida sobre atividades privadas, bens ou direitos, enquanto a po-
lícia judiciária incide diretamente sobre pessoas. De acordo com o autor Hely Lopes Meirelles,
ao comparar a polícia administrativa e a polícia judiciária, a polícia administrativa incide sobre
bens, direitos e atividades; e a polícia judiciária, por usa vez, incide sobre pessoas. Portanto, a
apreensão da habilitação de motorista infrator tem respaldo na polícia administrativa.
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Letra c.
a) Errada. Segundo o autor Hely Lopes Meirelles, que defende o poder disciplinar como discri-
cionário,
Não se aplica ao poder disciplinar o princípio da pena específica que domina inteiramente o Direito Crimi-
nal comum, ao afirmar a inexistência da infração penal sem previa lei que a defina e apene. Esse princípio
não vigora em matéria disciplinar. O administrador, no seu prudente arbítrio, tendo em vista os deveres
do infrator em relação ao serviço e verificando a falta, aplicará a sanção que julgar cabível, oportuna e
conveniente, dentre as que estiverem enumeradas em lei ou regulamento para a generalidade das infra-
ções administrativas.
b) Errada. Ao contrário do que afirma a alternativa, toda condenação criminal por delito fun-
cional acarreta, sim, uma correspondente reprimenda na esfera administrativa. Segundo Hely
Lopes Meirelles,
[...] a punição disciplinar e a criminal têm fundamentos diversos, e diversa é a natureza das penas.
[...] daí resulta que toda condenação criminal por delito funcional acarreta a punição disciplinar, mas
nem toda falta administrativa exige sanção penal.
[...] a aplicação da pena disciplinar tem para o superior hierárquico o caráter de um poder-dever,
uma vez que a condescendência na punição é considerada crime contra a Administração Pública.
Todo chefe tem o poder e o dever de punir o subordinado quando este der ensejo, ou, se lhe faltar
competência para a aplicação da pena devida, fica na obrigação de levar o fato ao conhecimento da
autoridade competente.
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a) poder de polícia.
b) poder disciplinar.
c) poder hierárquico.
d) poder normativo.
e) poder regulamentar.
Letra c.
Conforme já expliquei em outras questões acima, o poder hierárquico é o poder que o admi-
nistrador tem para escalonar, hierarquizar e estruturar os quadros da administração. No caso
apresentado, quando o Delegado Geral da Polícia Civil organiza ou distribui as funções de seus
órgãos, estabelecendo a relação de subordinação entre os servidores do seu quadro de pesso-
al, está exercendo o seu poder hierárquico perante seus agentes subordinados.
Letra e.
O autor Hely Lopes Meirelles conceitua poder de polícia como
[...] a faculdade de que dispõe a administração pública para condicionar e restringir o uso, o gozo de
bens, atividades e direitos individuais, em benefício da coletividade ou do próprio Estado. Refere-se
ainda a este poder como o mecanismo de frenagem de que dispõe a administração pública para
conter os abusos do direito individual. Sua finalidade, então, é a proteção ao interesse público.
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Letra d.
a) Errada. O poder de polícia, normalmente, decorre do poder de aplicação de sanções a par-
ticulares(externo). Para se distinguir quando a multa decorre do poder de polícia ou do poder
disciplinar, deve-se verificar se o particular que sofre a sanção possui apenas um vínculo geral
(relação de supremacia geral) com o Estado, pois, nesse caso, a sanção decorrerá de expres-
são do poder de polícia. Por outro lado, se o administrado possui relação especial (supremacia
especial) com o Estado, a sanção decorrerá do poder disciplinar. Já o poder disciplinar é o
poder de punir internamente as infrações funcionais dos servidores e demais pessoas sujeitas
à relação especial com a Administração Pública.
b) Errada. O Poder Normativo é o poder da Administração de editar atos normativos para a
complementação das leis. Porém, o poder da Administração Pública para detalhar as leis não
se manifesta apenas pela edição de decretos. Há vários atos administrativos que fazem isso:
resoluções, instruções normativas, portarias etc. Mas o ato clássico que explicita/ detalha as
leis (gerais e abstratas) são os decretos feitos pelos chefes do PE.
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c) Errada. O excesso de poder ocorre quando a autoridade, embora competente para praticar o
ato, vai além do permitido e exorbita no uso de suas faculdades administrativas. O agente até
tinha competência, mas a extrapolou.
d) Certa. O poder disciplinar é o poder de punir internamente as infrações funcionais dos ser-
vidores e de aplicar sanções aos seus subordinados.
Letra b.
A prescrição para a punição decorrente do poder de polícia ocorre em 5 anos, contados da data
da prática do ato ou, em se tratando de infração permanente ou continuada, do dia em que tiver
cessado. Porém, se o fato constituir crime, o prazo prescricional será o mesmo atribuído pela
lei penal, conforme a Lei n. 9.873/1999. A prescrição ocorre também sobre procedimentos ad-
ministrativos paralisados por mais de três anos, na hipótese em que se aguarda despacho ou
julgamento da autoridade administrativa (art. 1º, § 1º, da Lei n. 9.873/1999).
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Letra c.
O exercício dos poderes administrativos deve ser utilizado de modo correto, para que o agente
público não cometa o abuso de poder. O abuso de poder (gênero) ocorre de duas formas (es-
pécies):
• excesso de poder: quando a autoridade, embora competente para praticar o ato, ultra-
passa os limites de suas atribuições;
• abuso de poder: quando a autoridade pratica ato visando ao interesse próprio ou utili-
za atos para finalidades não previstas em lei. No caso, houve excesso de poder, que é
quando a autoridade, embora competente para praticar o ato, vai além do permitido e
exorbita no uso de suas faculdades administrativas. O agente até tinha competência,
mas a extrapolou.
Letra e.
I – Errado. A questão é incorreta, uma vez que o abuso de poder pode ocorrer tanto por atos
discricionários quanto por atos vinculados.
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II – Certo. O poder de polícia poderá ser exercido por todos os órgãos e instituições públicas.
Vejo o que diz esse trecho do voto do Ministro Barroso:
JURISPRUDÊNCIA
Não se pode associar poder de polícia, cuja competência é fixada legalmente a partir dos
parâmetros constitucionais incidentes em cada caso, com a instituição da polícia, à qual
a Constituição atribuiu, com exclusividade, a promoção da segurança pública. A propó-
sito, vale lembrar algumas das inúmeras hipóteses em que o poder de polícia é exercido
por órgãos ou entidades não policiais, muitas vezes das três esferas da federação: poder
de polícia sanitário, poder de polícia para proteção do patrimônio público, poder de polícia
para proteção do meio ambiente, poder de polícia de consumo, poder de polícia alfande-
gário e poder de polícia tributário. As atividades de poder de polícia, distintas que são,
portanto, das de segurança pública, podem ser exercidas por diferentes órgãos e entes
estatais. Não há imposição constitucional ao seu exercício apenas por agentes policiais.
A segurança pública é que foi limitada, pelo art. 144 da Constituição, às polícias federais
e estaduais, com possibilidade de atuação das guardas municipais somente para prote-
ção de bens, serviços e instalações do Município.
III – Certo. Em regra, o poder de polícia é discricionário, porque há um certo grau de liberdade
na sua atuação. O Estado tem liberdade para escolher as atividades a serem “policiadas”, para
fazer escolha da sanção aplicável, bem como para escolher o melhor momento de agir. Porém,
o poder de polícia também pode se manifestar de modo vinculado, quando o Estado exige li-
cença para a realização de atividades. A licença é espécie de ato vinculado, tendo em vista que
é necessário o preenchimento de todas as exigências fixadas em lei geral para o interessado
ter direito ao que pediu, como acontece com a licença para construir ou dirigir veículos. Da
mesma forma, poderá ser repressivo ou preventivo. Desse modo, a polícia administrativa atua
preventivamente, visando evitar que danos aconteçam à sociedade. No entanto, os agentes
de polícia administrativa também agem repressivamente, quando, por exemplo, interditam um
estabelecimento comercial ou apreendem bens obtidos por meios ilícitos.
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Letra c.
a) Certa. O poder de polícia decorre do poder extroverso do Estado, que é a imposição de obri-
gações de forma unilateral na esfera do administrado.
b) Certa. Como dito acima, o poder de polícia é uma prerrogativa da Administração Pública.
c) Errada. O Texto Constitucional, art. 145, II, e o art. 178 do CTN permitem a cobrança de TA-
XAS em razão do exercício do poder de polícia.
d) Certa. Todos os Entes Federativos têm competência para exercer atos do poder de polícia.
Terá competência para exercer o poder de polícia a Entidade Política que dispõe do poder de
regular (legislar) a matéria. Assim, assuntos de interesse nacional ficam sujeitos à regulação
e ao policiamento da União; matérias de interesse regional sujeitam-se às normas e à polícia
estadual; e os assuntos de interesse local (comum) ficam sujeitos à disciplina municipal.
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II – O Poder Disciplinar não abrange as sanções impostas a particulares não sujeitos à discipli-
na interna da Administração, porque, nesse caso, as medidas punitivas encontram seu funda-
mento no Poder de Polícia do Estado.
III – Nenhuma penalidade pode ser aplicada sem prévia apuração por meio de procedimento
legal, em que sejam assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos
a ela inerentes.
Estão corretas as afirmativas:
a) I, II e III
b) I e II apenas
c) II e III apenas
d) I e III apenas
Letra a.
I – Certo. O poder disciplinar é o poder de punir internamente as infrações funcionais dos ser-
vidores e de aplicar sanções aos seus subordinados.
II – Certo. O poder disciplinar incide não só em relação aos servidores, mas também em rela-
ção aos particulares que mantêm algum tipo de vínculo especial com o poder público, como,
por exemplo, concessionários e permissionários. Porém, se os particulares não possuem esse
vínculo, não estão sujeitos ao poder disciplinar, e sim, ao poder de polícia.
III – Certo. As penalidades devem ser apuradas por meio de regular processo disciplinar. O art.
128 da Lei n. 8.112/1990 exige que, antes de ser aplicada a sanção, sejam analisados: a conduta
do servidor; os seus antecedentes; a gravidade da situação; e os danos gerados ao serviço públi-
co. Ou seja, todo esse conjunto deve ser aferido para que se possa aplicar uma penalidade.
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Letra a.
I – Certo. O poder de polícia é o poder do Estado de restringir, limitar ou condicionar o exercício
de direitos e da propriedade em benefício do interesse público.
II – Certo. O poder de polícia é discricionário, porque há um certo grau de liberdade na sua
atuação. Também possui autoexecutoriedade, que significa a imediata e direta execução dos
atos pela própria Administração, independentemente de ordem judicial. Além disso, o poder
de polícia possui coercibilidade, por ser possível a imposição coativa das medidas adotadas.
III – Certo. A polícia judiciária tem por função auxiliar a atuação do Poder Judiciário. Quando
ocorre um crime, ela realiza o inquérito policial e repassa as provas colhidas ao Poder Judiciá-
rio, ao qual caberá aplicar a lei penal.
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III – ( ) A competência para exercer o poder de polícia é, em princípio, da pessoa federativa à
qual a Constituição Federal conferiu o poder de regular a matéria.
IV – ( ) A delegação não pode ser outorgada a pessoas de iniciativa privada, desprovidas de vincu-
lação oficial com os entes públicos, visto que, por maior que seja a parceria que tenham com estes,
jamais serão dotadas da potestade (ius imperii) necessária ao desempenho da atividade de polícia.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.
a) V, V, V, V
b) V, V, F, F
c) V, F, V, V
d) V, F, F, V
e) F, F, V, V
Letra a.
I – Verdadeiro. O poder de polícia é o poder do Estado de restringir, limitar ou condicionar o
exercício de direitos e da propriedade em benefício do interesse público.
II – Verdadeiro. Todos os Entes Federativos têm competência para exercer atos do poder de
polícia. Os Entes podes cobrar taxas em razão de exercer o poder de polícia.
III – Verdadeiro. Terá competência para exercer o poder de polícia a Entidade Política que dispõe
do poder de regular (legislar) a matéria. Assim, assuntos de interesse nacional ficam sujeitos à
regulação e ao policiamento da União; matérias de interesse regional sujeitam-se às normas e à
polícia estadual; e os assuntos de interesse local (comum) ficam sujeitos à disciplina municipal.
IV – Verdadeiro. Em regra, não é possível delegar o poder de polícia aos particulares. Inclusive,
o art. 4º, III, da Lei das Parcerias Público-Privadas (Lei n. 11.079/2005) estabelece que não pode
ser objeto de contrato de PPP o exercício do poder de polícia, por consistir em transferir para
particulares essa atividade estatal. Isso porque o Estado, para praticar os atos que decorrem do
poder de polícia, age com seu poder de império, sua supremacia. E o particular não tem esse po-
der. Se fosse admitido, seria o mesmo que repassar ao particular o poder de império do Estado.
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Questão 177 I. O Poder Hierárquico configura um poder de estruturação interna da atividade públi-
ca de uma pessoa jurídica, determinando uma relação de hierarquia e subordinação entre os seus
órgãos e agentes. Tratam-se de prerrogativas oriundas desse poder a delegação e a avocação de
competência.
Certo.
O poder hierárquico é o que dispõe a Administração para distribuir e escalonar as funções de
seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes, estabelecendo a relação de subordi-
nação entre os servidores do seu quadro de pessoal.
Questão 178 II. São atributos do Poder de Polícia: a discricionariedade, compreendida pela privação
de liberdade estabelecida em lei ao administrador para decidir perante o caso concreto; a autoexecu-
toriedade, uma vez que o ato é considerado obrigatório e admite o uso, pela Administração, de atos
indiretos para forçar o cumprimento da determinação; e a coercibilidade, entendida como o direito do
ente estatal de dar cumprimento às suas próprias decisões, sem interferência do Poder Judiciário.
Errado.
O poder de polícia é discricionário, porque há um certo grau de liberdade na sua atuação.
Também possui autoexecutoriedade, que significa a imediata e direta execução dos atos pela
própria Administração, independentemente de ordem judicial. Além disso, o poder de polícia
possui coercibilidade, por ser possível a imposição coativa das medidas adotadas. Logo, os
atributos foram erroneamente conceituados.
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II – ( ) O Poder Hierárquico edita Atos Normativos com o intuito de ordenar genericamente os
subordinados.
III – ( ) Os atos editados pela Administração, em função do poder regulamentar, podem alterar
as leis.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.
a) V, V, F
b) F, V, V
c) V, F, F
d) F, V, F
Letra a.
I – Verdadeiro. É isso mesmo. É necessário haver a hierarquia para que o superior possa co-
mandar, dar ordens, corrigir os atos, avocar atribuições aos seus subordinados. Resumindo,
para que possa exercer os poderes que decorrem da hierarquia.
II – Verdadeiro. Uma das formas de manifestação do poder hierárquico é por meio de atos
normativos para a coordenação dos subordinados.
III – Falso. O Poder Normativo é o poder da Administração de editar atos normativos para a
complementação das leis. O Poder Legislativo, ao editar as leis, nem sempre possibilita que
elas sejam executadas. Cabe à Administração criar mecanismos de complementação, indis-
pensáveis à efetiva aplicabilidade. As leis, por serem gerais e abstratas, por vezes necessitam
de atos infralegais para sua correta execução. Logo, não poderá haver inovação legal.
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Letra c.
a) Errada. O poder disciplinar não se confunde com o poder punitivo do Estado na esfera penal,
uma vez que este o poder que a administração tem de punir internamente apenas as infrações
funcionais dos seus servidores e demais pessoas sujeitas à relação especial com o Estado.
b) Errada. É o contrário: o poder disciplinar é vinculado quanto ao dever de punir, mas não há a
necessidade de prévia definição em lei da infração administrativa e da sanção a ser aplicada,
sendo nesse sentido, discricionário.
c) Certa. Trata-se da explicação da alternativa anterior.
d) Errada. Neste caso, será o exercício do poder de polícia.
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Letra a.
I – Certo. A polícia administrativa e a polícia judiciária são expressões do poder de polícia, ambas
voltadas ao interesse público. O que efetivamente distingue as duas espécies de polícia é que a
polícia administrativa visa impedir ou paralisar atividades antissociais, enquanto a polícia judici-
ária visa à responsabilização daqueles que cometem ilícito penal. A polícia administrativa visa
assegurar a observância dos limites impostos pelo Estado para o exercício de direitos, podendo
ser por meio de atos de fiscalização, prevenção ou repressão sobre bens, direitos ou atividades.
II – Certo. O poder de polícia é discricionário, porque há um certo grau de liberdade na sua
atuação. Também possui autoexecutoriedade, que significa a imediata e direta execução dos
atos pela própria Administração, independentemente de ordem judicial. Além disso, o poder
de polícia possui coercibilidade, por ser possível a imposição coativa das medidas adotadas.
II – Certo. A polícia judiciária, em princípio, atua repressivamente, realizando investigação de
crimes já ocorridos. Essa atividade é desenvolvida por órgãos especializados, a exemplo da
polícia federal e da polícia civil, entre outras corporações que eventualmente tenham essa atri-
buição conferida pelo art. 144 da Constituição Federal.
Letra b.
A alternativa correta é a letra “b”, uma vez que o poder disciplinar é o poder que a administração
tem de punir internamente as infrações funcionais dos seus servidores e demais pessoas sujeitas
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à relação especial com o Estado. Logo, o poder disciplinar incide não só em relação aos servidores,
mas também em relação aos particulares que mantêm algum tipo de vínculo jurídico com o poder
público. Já o poder hierárquico autoriza a aplicação de penalidades por meio de atos normativos.
Isso porque o poder de punir/poder disciplinar decorre (é consequência) do poder hierárquico.
Letra c.
a) Errada. O poder disciplinar é aplicável aos servidores da administração direta e indireta e
demais pessoas sujeitas à relação especial com a Administração Pública.
b) Errada. Trata-se do conceito de poder de polícia.
c) Certa. O Poder Normativo é o poder da Administração de editar atos normativos para a com-
plementação das leis. A expressão poder regulamentar era utilizada para se referir à compe-
tência dos chefes do Poder Executivo para editarem decretos visando à fiel execução das leis.
d) Errada. Nem todas as relações em que o Poder Público está presente são hierarquizadas.
Assim, não há hierarquia:
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Entre os poderes do Estado: entre os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário não há hierar-
quia, pois são independentes e harmônicos entre si, conforme o art. 2º da CF;
Entre administração direta e indireta: entre a administração direta e suas entidades, que com-
põem a administração indireta, não há relação de subordinação, e sim de vinculação.
Letra d.
a) Errada. A atuação da polícia administrativa que incide sobre bens, atividades e direitos. Sua
conduta é regida por normas administrativas.
b) Errada. A polícia ostensiva não se difunde por toda a Administração Pública. Essa atividade
é desenvolvida por órgãos especializados.
c) Certa. Tanto a polícia administrativa quanto a polícia judiciária são expressões do poder de
polícia, ambas voltadas ao interesse público. O que efetivamente distingue as duas espécies
de polícia é que a polícia administrativa visa impedir ou paralisar atividades antissociais, en-
quanto a polícia judiciária visa à responsabilização daqueles que cometem ilícito penal.
d) Errada. A polícia administrativa atua preventivamente, visando evitar que danos aconteçam
à sociedade. No entanto, os agentes de polícia administrativa também agem repressivamente,
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Poderes Administrativos
Gustavo Scatolino
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