Guia de Sobrevivência Ao Sistema Nervoso
Guia de Sobrevivência Ao Sistema Nervoso
Guia de Sobrevivência Ao Sistema Nervoso
GUIA DE SOBREVIVÊNCIA
AO SISTEMA NERVOSO
FÁBIO SERRA
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ÍNDICE
Índice..............................................................................................................2
Apresentação .................................................................................................4
Nervos Cranianos.........................................................................................43
(MENESES, 3ª. ed, Cap. 12)
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APRESENTAÇ ÃO
Este guia foi inicialmente idealizado para auxiliar o estudo da Neuroanatomia no
Módulo Integrador Vertical 7 do curso de Medicina da Universidade Federal da Paraíba. Seu
autor foi monitor da disciplina e reuniu os resumos que fez durante seus estudos e durante
o período de monitoria (2017.2 e 2018.1). Os resumos utilizaram como base a literatura
padrão, referenciada ao início de cada capítulo, e as aulas do Prof. Dr. André Oliveira,
professor da disciplina e orientador de monitoria, a quem o autor é muito grato.
Por fim, o autor espera, de todo o coração, estar auxiliando na formação de novos
profissionais, bem como assume poder ter cometido equívocos na transcrição de
informações. Por esse motivo, alerta-se que este conteúdo não deve ser utilizado como
bibliografia e que seria de bom grado entrar em contato com o autor, para que a correção
seja feita em eventuais novas versões.
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• Ameba: Ao ser tocada por uma microagulha (irritada), transmite informações a outra
regiões da célula (condutibilidade), para retrair-se de um lado e emitir pseudópodes de
outro (contratilidade)
• Esponjas (Porifera): Desenvolveu-se uma célula especializada para a contração, uma célula
muscular primitiva, havendo outras apenas para irritabilidade e condutibilidade. Quando
estas percebem substâncias irritantes na água, enviam sinais ao músculo primitivo,
fazendo-o contrair-se, fechando os orifícios do organismo
• (Até agora, o Sistema Nervoso estava exposto, difuso e desorganizado; entretanto, a partir dos
platelmintos e anelídeos, inicia-se sua segmentação)
• Minhoca (Anelídeo): Surge divisão entre neurônios aferentes (sensitivos), que recebem o
estímulo e transmitem até os corpos celulares centrais nos anéis, onde há a sinapse com
os neurônios eferentes (motores) que levam estímulo ao efetuador, no caso, ao músculo.
Dessa forma, o Sistema Nervoso passa a ser protegido do ambiente, e há agora
elementos de um arco reflexo simples intrassegmentar. Entretanto, há também os neurônios
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levando a perna para frente. A medula espinal dos vertebrados é também segmentada,
mas mais complexa e menos visível que a corda ventral dos anelídeos. Além disso, há
também os arcos reflexos intersegmentares, tendo-se como exemplo o “reflexo de coçar”
do cão: mesmo com uma secção do encéfalo, para tirar-lhe a influência, observa-se que o
cão percebe, por neurônios aferentes, um estímulo na pele, transmite a um neurônio de
associação de longo axônio que chega ao corpo celular do neurônio motor de outra pata,
fazendo sinapse com este, que gera a contração dos músculos necessários a coçar. Vale
lembrar, também, que o Sistema Nervoso dos vertebrados é originário do ectoderma,
cujas pregas se fecham formando o tubo neural e as cristas neurais (neuroectoderma), que
se desenvolvem no Sistema Nervoso Central e no Sistema Nervoso Periférico,
respectivamente.
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ANOMALIAS EMBRIOLÓGICAS DO
SISTEMA NERVOSO
(MOORE, Embriologia Clínica)
Espinha Bífida Não formação dos Arcos Vertebrais Cisto dorsal mediano com meninges e
líquor geralmente L e S, associação a
Cística com
outros DFTN e níveis altos de ∂-
Meningocele
fetoproteína
Espinha Bífida Não formação dos Arcos Vertebrais Cisto dorsal mediano com meninges,
líquor, medula e raízes nervosas,
Cística com
geralmente L e S, associada a
Meningomielocel
Merencefalia e Craniolacuna, níveis
e altos de ∂-fetoproteína
Espinha Bífida Não formação dos Arcos Vertebrais Medula aberta, associada a
nem fechamento do Tubo Neural por Merencefalia e Iniencefalia, níveis altos
Cística com
crescimento excessivo da placa neural de ∂-fetoproteína
Mielosquise
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Microcefalia Desconhecida, mas pode estar ligada Calvária e encéfalo pequenos e face
a infecções virais, como do Zika vírus normal
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H I S T O L O G I A D O S I S T E9 M A NERVOSO
Tecido Nervoso 1
- Introdução As dime
longamento
celular pod
• Células: (1) Neurônios, com grandes prolongamentos e (2)
As células Células
nervosas da sãoGlia,
ou neurônios que
responsaveJS
as células n
medir até 1
pela recepção, transmissão e processamento de estúnulos.
participam da sustentação, nutrição, defesa dos neurônios
Além disso, influenciam diversas atividades do organismo
isolada, é v
nados célul
e liberam neurotransmissores e outras moléculas informa-
células dos
cionais. Os neurônios são formados pelo corpo celular ou
•
diâmetro.
Substância cinzenta: porção principalmente formada por corpos
pericário, celulares
que contém o núcleo dos neurônios
e do qual partem prolon-e
De acord
gamentos. Em geral, o volume total dos prolongamentos de
por células da glia no SNC
classificado
um neurônio é maior do que o volume do corpo celular.
Os neurônios apresentam morfologia complexa, porém • Neurôn
quase todos apresentam três componentes (Figura 9.2): prolong
•Substância branca: porção principalmente formada por prolongamentos
• Dendritos, de neurônios
prolongamentos numerosos, especializadose •
•
Neurôn
Neurôn
na função de receber os estímulos do meio ambiente, de
por células da glia no SNC, recebendo esse nome devido à epiteliais
células cor dasensoriais
mielina ou deque
outrosenvolve
neurônios os
ximo ao
logo se
• Corpo celular ou pericário, que é o centro trófico da
prolongamentos célula e também capaz de receber estímulos
periferia
Os neu
embrionári
- Neurônio - Axônio de outro
axônio e um
neurônio tas do peri
longamento
• Descrição: Célula excitável capaz de transmitir percurso, p
Os dois
impulso nervoso, formando circuitos com seus r------ Pericário
por suas c
são axônios
prolongamentos, responsáveis pela recepção, Cone de implantação rico recebe
Axônio tipo de neu
transmissão e processamento de estímulos de mielina sita diretam
corpo celul
t ..,,---Ramo colateral A grand
• Morfologia
do axônio bipolares sã
Nodo de Ranvier
.-- Sistema nervoso central
sistema nervõso-p;nfériêo- - -
na retina e
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que não são multo numerosos no tecido nervoso, são neurônios do tipo multipolar.
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Tipos de neurônios
Axônio
- --Axônios - - -
pericário em um único, que se divide para o
SNC e para o SNP Terminal axônico Terminal axônico Terminal axônico
Figura 9.4 Representação simplificada da m()rfologla dos três tipos principais de neurônios.
• Classificação quanto à função
- Motores: controlam órgãos efetores, como
músculos ou glândulas, geralmente multipolares
- Sensoriais: recebem estímulos dos meios interno
9 1 Tecido Nervoso
ou externo, sendo bipolares ou pseudo - celular grânulo esférico. A cromatina sexual é constituída por um
cromossomo X que permanece condensado e inativo na
estabelecendo circuitos complexos, sendo dos, indicando a alta atividade sintética dessas células. Cada
núcleo tem em geral apenas um nucléolo, grande e central
A quantidade de retículo endoplasmático granuloso
varia com o tipo e o estado funcional dos neurônios, sendo
Próximo ao nucléolo ou à membrana nuclear observa-se, mais abundante nos maiores, particularmente nos neurô-
encontrados em diversas formas no sexo feminino, cromatina sexual, sob a forma de um nios motores (Figura 9.6).
- Corpo Celular
Nissl
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padrões de comportamento, como os relacionados com a • Axôni
alimentação, reprodução, defesa e interação com outros de im
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S O vivos.
- FÁ B I O S E R R A - 2 018 para o
As dim
- Dendritos longame
celular p
• Função: aumentam a superfície celular, tornando possível
As células nervosas ou neurônios são responsaveJS
as célula
medir até
receber e integrar impulsos trazidos por diversos terminais
pela recepção, transmissão e processamento de estúnulos.
isolada, é
Além disso, influenciam diversas atividades do organismo
axônicos e liberam neurotransmissores e outras moléculas informa-
nados cél
células do
cionais. Os neurônios são formados pelo corpo celular ou
• Morfologia: numerosos, exceto no neurônio bipolar;
pericário, que contém o núcleo e do qual partem prolon-
diâmetro
De aco
gamentos. Em geral, o volume total dos prolongamentos de
diminuem seu diâmetro à medida que se ramificam;
um neurônio é maior do que o volume do corpo celular. classifica
Célula piramidal Célula de
emitem espículas para ampliar a área de recepção Os neurônios apresentam morfologia complexa,
do córtex cerebral
porém
Purkinje • Neurô
Neur
quase todos apresentam três componentes (Figura 9.2):
(cerebelo) daprolon
área
• Espículas dendríticas (gêmulas): primeiro local prolongamentos
• Dendritos, de numerosos, especializados
• Neurô
• Neurô
na função de receber os estímulos do meio ambiente, de
processamento de informações, contendo receptores
células epiteliaisespecíficos
sensoriais ou de(membrana
outros neurônios pós-
ximo
logo s
sináptica); relacionadas à plasticidade (actina),
• àCorpo
memória
celular e
ouao aprendizado
pericário, que é o centro trófico da Neu
perife
célula e também capaz de receber estímulos do s
Os n
- Axônios Neurônio
embrioná
secretor da
hipófise - Axônio de outro
axônio e
!
três placas motoras que transmitem oimpulso neivoso para as fibras mUSOJlares estriadas SNP
ATPases;
esqueléticas. Assetas indicam a
partículas prejudiciais, como o vírus da raiva, provocando encefalite, ou a toxina tetânica
pode haver o
do impulso nerioso.
transporte de
Direç
termina em apresenta
doosim
órgãos se
Axônio
p
• Telodendro: porção final do axônio bastante ramificada, para aumentar sua área de atuação
! Direção
do impulso
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- --Axônios - - -
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- Potenciais de Membrana
• Os anestésicos locais se ligam aos canais de Na+, para impedir o transporte desse íon,
impedindo a despolarização e, portanto, o impulso nervoso de dor
Histolog
ma-se axodendrítica e entre dois axônios chama-se axoaxô- exocitose durante a transmissão do impulso. O exc
nica (Figura 9.8). O terminal pré-sináptico contém vesículas membrana que se forma no terminal pré-sináptico
sinápticas com neurotransmissores e também muitas mito- tado por endocitose para ser reutilizado na forma
côndrias (Figuras 9.7 e 9.9). P Á G I(Figura
novas vesículas sinápticas NA 1 3 Alguns neur
9.7).
Geralmente, os neurotransmissores são sintetizados no missores são sintetizados no compartimento pré-sin
côndrias (Figuras 9.7 e 9.9). novas vesículas sinápticas (Figura 9.7). Alg
Geralmente, os neurotransmissores são sintetizados no missores são sintetizados no compartiment
G U I A D E S O B R E V I V Ê N C I A A O S I S T E M A N Ecorpo
R VdoO neurônio
S O - eFarmazenados
Á B I O Sem ER vesículas no termi- com a participação de enzimas e precurso
R A - 2 018
nal pré-sináptico, sendo liberados na fenda sináptica por corpo do neurônio pelo transporte axônico
• O l i g o d e n d ró c i t o s e C é l u l a s d e S c h w a n n :
respectivamente no SNC e no SNP, produzem
a bainha de mielina, enrolando seus
prolongamentos de membrana ao redor dos
axônios
• Células ependimárias: TER cilíndrico possivelmente ciliado e/ou com microvilos que
reveste o canal central da medula e os ventrículos do cérebro, sendo unidas por
desmossomos
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Histolo
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.' : . , .. • .
A dura-máter é a meninge mais externa, co
•Tumores: os Astrocitomas primários representam •80% •• dos tumores do por SNconjuntivo denso, contínuo com o
tecido ..
dos ossos da caíxa craniana. A dura-máter, que
•
des entre as traves conjuntivas formam o espaço sub
Substância Branca deo, que contém LCR, comunica-se com os ventríc
braís, mas não tem comunicação com o espaço sub
-
Fibras mielínicas e amielínicas, a depender do tipo de informação espaço carregada
subaracnóideo, cheio pelos
de líquido, constitui
chão hidráulico que protege o sistema nervoso cent
neurônios traumatismos. A aracnoide é formada por tecido c
sem vasos sanguíneos e suas superfícies são todas r
-
Oligodendrócitos formando a bainha de mielina, Astrócitos fibrosos pelo mesmoe micróglia
tipo de epitélio simples pavimentoso, d
mesenquimatosa, que reveste a dura-máter.
A aracnoide forma, em certos locaís, expansões
•Substância Cinzenta furam a dura-máter e provocam saliências em se
sos, onde terminam como dilatações fechadas: as
-
Corpos celulares de neurônios (Núcleos), fibras amielínicasdes(segmentos da aracnoide. iniciais) e
Figura 9.17 Fotomicrografia que mostra as três camadas da substância cinzenta do A função dessas vilosidades é transferir LCR pa
poucas mielínicas cerebelo easubstância branca, constituída apenas por fibras nervosas ecélulas da glia. gue. O líquido atravessa a parede da vilosidade e
(Hematoxilína-eosina. Pequeno aumento.) venoso até chegar ao sangue.
- Astrócitos protoplasmáticos, micróglia e poucos oligodendrócitos
• Cerebelo
- Camada molecular: corpos celulares esparsos, devido
à grande quantidade de dendritos das células de
Purkinje
- Células de Purkinje: corpos celulares piriformes,
grandes e visíveis
- Camada granulosa: neurônios muito pequenos e
bastante compactos
c e n t r a l d a m e d u l a , r o d e a d o s pFigura
o r9.19 No centro, aparece amedula espinal observada em corte transversal, com vista desarmada. Àesquerda, demonstra-se aestrutura da substância cinzenta, e, àdireita, a
da substânciabranca.
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G U I A D E S O B R E V I V Ê N C I A AO S I S T E M A N E RVO S O - FÁ B I O S E R R A - 2 018 Histologia B
- Meninges Pia-máter
• Dura-Máter
- Meninge mais externa, constituída
Espaço subdural
• Aracnoide
- Tecido conjuntivo avascular coberto por epitélio simples pavimentoso
- Parte Membranosa: em contato
Figura 9.22com adasdura-máter
Estrutura meninges, que mostra asuperposição da pía-rnáter, aracnoide e dura-máter.Os astrócitos formam um arcabouço tridimensional que éocupado pel
rônios (não mostrados).Os prolongamentos dosastrócltos formam uma camada contínua envolvendo os vasos sanguíneos, contribuindo para aestruturação da barreira hematenc
- Parte Trabecular: forma o espaço subaracnoideo, por onde passa líquor e que se
(Reproduzida, com autorização, de Krstié RV:Mi<lOscopicHuman Anatomy. Springer-Verlag, 1991.)
- Possui as
nervoso, embora não fique em contato direto com células ou embrionário.
vilosidades aracnoideas, expansões
fibras nervosas. quee osperfuram
Entre a pia-máter a dura-máter,
elementos nervosos Os vasos sanguíneosprovocando
penetram o tecido nervoso
situam-se prolongamentos dos astrócitos, que, formando meio de túneis revestidos por pia-máter, os espaços p
saliências nos seios venososuma e lançando
camada muito líquor para firmemente
delgada, unem-se o sangue à face vasculares. A pia-máter desaparece antes que os vaso
interna da pia-máter. A superfície externa da pia-máter é transformem em capilares. Os capilares do sistema ner
• Pia-máter
- Muito vascularizada, está em contato com prolongamentos de astrócitos (neurópilo)
em uma união firme; formada por tecido conjuntivo frouxo
- Vasos sanguíneos perfuram a pia-máter e penetram o tecido nervoso por meio de
túneis de pia-máter (espaços perivasculares), que desaparece antes de se tornarem
capilares
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entre as células endoteliais. Essas células não são fenes- por mililitro. t produzido de modo contínuo, e isso exp
tradas e mostram raras vesículas de pinocitose. J?, possível a saída constante de líquido nas lesões cranianas que alc
que os prolongamentos dos astrócitos, que envolvem com-
GUIA DE SOBREVIVÊNCIA AO SISTEMA N ERVOSO - FÁBIO SERRA -
pletamente os capilares, também façam parte da barreira
2çam
0 1a 8aracnoide. O LCR é absorvido pelas vilosidades a
noides, passando para os seios venosos cerebrais (no
hematencefálica. Além de uma possível participação direta tema nervoso central não existem vasos linfáticos).
- Barreira Hematencefálica
na barreira, há estudos que mostram que as junções oclu-
sivas desses capilares são induzidas pelos prolongamentos
dos astrócitos. 4'-0 Histologia aplicada
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Mielencéfalo
Gânglio ótico
influência do SNC
3 cervical
superior
4
Cervical Gânçilio
5 cervical
Sacral
Figura 9.36 Esquema geraldas vias eferentes do sistema nervoso autônomo. As fibras nervosas pré-ganglionares estão representadas por linhas cheias eas pós-ganglionares, por
axônios saem pela raiz ventral até a cadeia paravertebral e plexos situados próximos às
vísceras, tendo como neurotransmissor pós-ganglionar a norepinefrina
• Parassimpático: núcleos craniossacrais (III, VII, IX, X e S2-S4), com gânglios menores e
intramurais, com Ach como neurotransmissor pós-ganglionar, sendo destruído pela
acetilcolinesterase na fenda (motivo pelo qual o parassimpático tem ações breves e
localizadas)
• Balanço: órgãos geralmente recebem informações de ambas as divisões simpática e
parassimpática, de forma antagonista
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OSTEOLOGIA DA COLUNA
VERTEBRAL
uorso
(Gray’s Anatomia para Estudantes; SOBOTTA, 23ª. ed)
- Vértebra Típica
• Consiste em um corpo e um arco vertebrais
• Corpo vertebral: anterior, seu tamanho aumenta quanto mais
inferior for de CII a LV, para suportar o peso do corpo,
sendo ligados os corposuorso
por discos intervertebrais e por
ligamentos; prende o arco vertebral através de dois
pedículos
• Arcos vertebrais: alinhados para formar as paredes posterior vértebra C l à vértebra LV. Os discos intervertebrais fibrocartila- Cada
e lateral do canal vertebral; possui 1 processo espinhoso, 2 ginosos separam os corpos vertebrais de vértebras adjacentes.
O arco vertebral ancora-se firmemente à superfície posterior
estes el
lam c o
internos), gordura (ligamento amarelo) e ligamentos (LLP) jeções características, que servem como: tipo de
Os m
• fixações para músculos e ligamentos; tos dos
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racterísticas (Fig. 2 . 2 I A ) : 0 dente do áxis atua como pivô que permite que o atlas e a
cabeça fixada rodem sobre o áxis, no sentido lateral.
GUIA DE SOBREVIVÊNC
• IoA A vertebral
corpo O S I Sé T E Mem
curto Aaltura
N EeRtem
VO S Oquadrada
forma - F Á B I OOsSprocessos
E R R Atransversos
- 2 0 1do8 atlas são grandes e fazem pro-
quando visto de cima, c o m superfície superior côncava e trusão ainda mais lateralmente que os das outras vértebras
• C7 é proeminente
- Atlas (C I)
Continua
• Não possui corpo vertebral, tendo forma de anel e duas
massas laterais, conectadas pelos arcos anterior e posterior Uninorte - PY
PJC
• Cada face articular superior se articula com um côndilo occipital
(articulação atlantoccipital), e cada face articular
inferior ao processo articular superior do Áxis (C
II)
- Áxis (C II)
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• Processos transversos robustos e espessos que também possuem uma fóvea costal
- Vértebra Lombar (5)
- Sacro (5)
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- Cóccix (1-5)
- Costelas
- Esterno
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OSTEOLOGIA DO CRÂNIO
(MOORE, 7ª. ed, Cap. 7; SOBOTTA 23ª. ed, Cap. 8)
- Divisão Anatômica
• Neurocrânio
- Sendo a caixa óssea do encéfalo, é formado pela calvária, seu
teto formado por ossificação intramembranosa, e pela base do
crânio, seu assoalho formado por ossificação endocondral ou
mista
- É formado por 8 ossos: 4 ímpares (Frontal, Etmoide, Esfenoide e
Occipital) e 2 pares (Temporal e Parietal)
- Os ossos da calvária são unidos por suturas; na infância,
esfenoide e occipital são ligados por cartilagem hialina
(sincondroses) e a medula espinal se continua com o encéfalo
através do Forame Magno
• Viscerocrânio
- Forma o esqueleto facial, composto por 15 ossos irregulares:
3 ímpares (Vômer, Mandíbula e Etmoide) e 6 pares bilaterais
Ponto Localização
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- Maxilas: esqueleto da arcada dentária superior, maior parte do esqueleto facial superior
- Mandíbula: esqueleto da arcada dentária inferior, móvel, articulando-se com as fossas
mandibulares dos temporais (articulações temporomandibulares)
• Informações adicionais
- Ossos pneumáticos: Frontal, Temporal, Etmoide e Esfenoide contêm espaços, seios ou
células aéreos, que reduzem o peso do crânio
- Posição anatômica (Plano horizontal de Frankfort): a margem inferior da órbita deve estar
na mesma linha horizontal da margem superior do poro acústico externo do meato
acústico externo
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• Occipúcio: ossos que se encaixam com o occipital = processos mastoides dos temporais e
partes posteriores dos parietais
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- Pontos Craniométricos
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• Partes orbitais do frontal: sustentam lobos frontais do telencéfalo e formam o teto das
órbitas, possuindo impressões encefálicas dos giros dos lobos frontais
• Crista frontal: extensão óssea mediana do frontal, em cuja base está o forame cego,
passagem de vasos fetais, mas insignificante no nascido
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• Sela turca✝: formação óssea no corpo do esfenoide, circundada pelos processos clinoides
anteriores e posteriores (clinoide, pé de cama), delimitando a Fossa hipofisária, o “leito” da
hipófise; a sela pode ser dividida em 3 partes:
1. Tubérculo da sela: elevação mediana que limita posteriormente o sulco pré-quiasmático
e anteriormente a fossa hipofisária
2. Fossa hipofisária: depressão mediana que acomoda a Hipófise
3. Dorso da sela: lâmina quadrada, projetada para cima, que limita tanto a sela turca
quando a fossa média do crânio; seus ângulos superolaterais formam os processos
clinoides posteriores
• Meia-lua de forames: de cada lado do corpo do esfenoide, 4 forames formam uma meia-
lua:
1. Fissura orbital superior: entre as asas do esfenoide, dá passagem aos Nn. oculomotor
(III), troclear (IV), abducente (VI) e oftálmico (V1), ou primeiro ramo do N. trigêmeo
(V), além das Vv. oftálmicas
2. Forame redondo: passagem do N. Maxilar (V2), para a fossa pterigopalatina
3. Forame oval: passagem do N. Mandibular (V3) e da A. meníngea acessória
4. Forame espinhoso: passagem de ramo meníngeo do V3 e das Aa. e Vv. meníngeas médias
• Forame lacerado: artefato visto no crânio seco, pois, durante a vida, é fechado por uma
lâmina de cartilagem, subjacente à passagem da A. carótida interna e de seus
acompanhantes. Alguns ramos da A. meníngea e pequenas veias atravessam
verticalmente a cartilagem, enquanto que alguns nervos atravessam-na horizontalmente
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• Maior e mais profunda, abriga o cerebelo, a ponte e o bulbo, formada pelo occipital,
pelas partes petrosa e mastoidea do temporal e pelo dorso da sela turca (como seu limite
anterior central)
• Clivo: continuação posterior do dorso da sela, leva ao forame magno e abriga o tronco
encefálico
• Crista occipital interna: vai da protuberância occipital interna medialmente até o forame
magno, dividindo o occipital nas fossas cerebelares direita e esquerda
• Seio sigmoide e seio transverso: seios venosos, cujos trajetos mostrados por seus sulcos
vestigiais no crânio
• Forame jugular: local de saída do seio sigmoide como V. jugular interna e dos Nn.
glossofaríngeo (IX), vago (X) e acessório (XI)
• Meato acústico interno: passagem dos Nn. facial (VII) e vestibulococlear (VII)
• Canal do N. hipoglosso: superior à margem anterolateral do forame magno, dá passagem ao
N. hipoglosso (XII)
- Resumo dos Forames, Aberturas e seus Conteúdos
Forames/Aberturas Conteúdo
Fissura orbital superior N. oculomotor (NC III), N. troclear (NC IV), N. oftálmico (NC V1),
N. abducente (VI), Vv. oftálmicas e fibras simpáticas
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Forames/Aberturas Conteúdo
Canal condilar V. emissária que segue do seio sigmoide até Vv. vertebrais do
pescoço
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ANATOMIA MACROSCÓPIC A DA
MEDULA ESPINAL
(MACHADO e HAERTEL, 3ª. ed, Cap. 4)
- Generalidades
• Tamanho aproximado = 45 cm no
homem, tendo limites:
• Terminação caudal: Cone medular, continua com delgado filamento meníngeo de pia-máter:
o filamento terminal
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• Funículo posterior —> entre sulcos posterolaterais e o sulco mediano posterior, está
ligado à substância cinzenta através do septo intermédio posterior, que divide o
funículo posterior em fascículo grácil medial e fascículo cuneiforme lateral
- Conexões com os nervos espinais
• Filamentos radiculares: Filamentos nervosos que se ligam para formar raízes nervosas
ventrais e dorsais dos nervos espinhais, respectivamente, nos sulcos anterolaterais e
posterolaterais. A união entre as raízes ocorre distalmente ao gânglio espinal existente
na raiz dorsal
- Topografia Vertebromedular
• Cauda equina: conjunto de meninges e raízes nervosas dos últimos nervos
espinhais, em torno do cone medular e do filamento terminal. A medula
termina ao nível L2, enquanto que o canal vertebral continua até S5
• Diferença entre medula e coluna: Até 4º. mês IU, coluna e medula crescem
juntos, com os nervos formando 90º. nos forames intervertebrais.
Entretanto, a partir do 4º. mês, a coluna cresce mais que a medula na
porção caudal. As raízes nervosas continuam suas relações com os forames
intervertebrais, tendo de se alongar e diminuir seu ângulo
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- Envoltórios da Medula
• Dura-Máter (Paquimeninge)
- Composição: Abundantes fibras colágenas
- Envolve: Toda a medula, sendo um “dedo de luva”, chamado saco dural
- Limites: Dura-máter craniana <—> “Fundo-de-saco” em S2
- Prolongamentos embainham raízes nervosas, continuando com o epineuro e, portanto,
obliterando os orifícios de passagem, a impedir a saída de líquor
• Aracnoide
- Localização: Entre Dura-máter e Pia-máter
- Composição: Folheto justaposto à dura-máter e um emaranhado de trabéculas
aracnoideas (unem o folheto à pia-máter)
• Pia-Máter
- Mais delicada e interna camada, aderida ao tecido nervoso da medula
- Quando a medula termina no cone medular, a pia-máter continua como filamento
terminal, depois perfura o fundo-de-saco da dura-máter
- Após atravessar o fundo-de-saco, unida à dura-máter, passa a se chamar filamento da
dura-máter espinal, cuja parte caudal inserida no periósteo dorsal do cóccix passa a se
chamar ligamento coccígeo (Essa parte é bastante confusa de início, mas basta entender
que a pia-máter vai “ganhando” envoltórios, à medida que desce no canal vertebral, ao
mesmo tempo que vai mudando de nome a cada envoltório adicionado)
- De cada lado da medula, forma uma prega lateral chamada ligamento denticulado, em
plano frontal, cujas margens mediais se alternam com as raízes nervosas e que inserem
firmemente a medula
- Espaços entre as meninges
Espaço Localização Conteúdo
Epidural Entre dura-máter e periósteo do canal vertebral Tecido adiposo e plexo venoso vertebral interno
Subdural Espaço virtual entre dura-máter e aracnoide Pequena quantidade de líquido
Subaracnoide Entre aracnoide e pia-máter Líquor
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- Correlações Anatomoclínicas
• A introdução de agulhas entre L2 e S2, i.e. depois do fim da medula e antes do fim do
saco dural, permite a entrada no espaço subaracnoideo com grande quantidade de líquor,
para punção lombar (retirada de líquor), para mielografia (contraste), para anestesias
raquidianas e para a administrar medicamentos. Além disso, a introdução nesse nível
diminui o risco de lesão medular iatrogênica, visto que o final da medula está por volta
de L1-L2
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ANATOMIA MACROSCÓPIC A DO
TRONCO ENCEFÁLICO
(MENESES, 3ª. ed, Cap. 10)
- Considerações gerais
• Localização: Clivo do Occipital, inferiormente ao cérebro (continua-se cranialmente com
o diencéfalo), anteriormente ao cerebelo (comunicando-se através de pedúnculos) e
cranialmente com a medula espinal através do forame magno, não havendo distinção
anatômica clara
• Divisões: Pode ser dividido em Mesencéfalo, Ponte e Cerebelo do sentido cranial para
caudal; no plano transversal de ventral para dorsal, apresenta a base, tegmento e teto
(este apenas no mesencéfalo)
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• Olivas bulbares: proeminências devidas ao volume dos núcleos olivares inferiores subjacentes,
relacionados ao aprendizado motor; ventralmente às olivas, surgem os filamentos
radiculares do N. hipoglosso (XII)
• Sulco posterolateral (lateral posterior): Local de emergência dos filamentos radiculares dos
Nn. glossofaríngeo (IX) e vago (X) e, mais caudalmente, da raiz craniana do N. acessório (XI)
• Sulco mediano posterior: divide-se para formar o véu medular inferior, limites inferolaterais
do IV ventrículo
• Pedúnculos cerebelares inferiores: conexão com o cerebelo para diversas vias, entre as quais a
espinocerebelar posterior; contêm os corpos restiformes, local de passagem das conexões
entre cerebelo e vestíbulo (equilíbrio)
- Ponte
• Origem embrionária: Metencéfalo (Rombencéfalo)
• Sulco pontino inferior ou sulco bulbopontino: local de emergência dos Nn. abducente (VI),
facial (VII) e vestibulococlear (VIII), podendo aparecer entre estes dois o N. intermédio
(difícil identificação), raiz sensorial do NC VII
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• Base da Ponte: a região ventral da ponte, que repousa sobre o clivo do occipital e sobre o
dorso da sela turca do esfenoide, apresenta estriações transversais, devido a feixes de fibras
que a atravessam; possui relação com o neocerebelo e com o neocórtex, tendo surgido
juntos
• Sulco basilar: depressão ventral longitudinal em que a A. basilar se aloja, sendo local
frequente de aneurismas
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• Braços dos colículos: ligam os colículos respectivos aos seus corpos geniculares
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• Teto caudal: nódulo do cerebelo, véu medular inferior e tela coroide do IV ventrículo (epitélio
ependimrio)
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NERVOS CRANIANOS
(MENESES, 3ª. ed, Cap. 12)
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ANATOMIA MACROSCÓPIC A DO
CEREBELO
(MACHADO e HAERTEL, 3ª. ed, Cap. 5)
- Generalidades
• Localização: dorsalmente ao bulbo e à ponte, formando o teto do IV ventrículo; repousa
sobre a fossa cerebelar do occipital, separado do lobo occipital pela tenda do cerebelo,
uma prega de dura-máter
• Conexões: o pedúnculo cerebelar inferior o liga à medula e ao bulbo; o médio (distinto da
ponte pela emergência do N. trigêmeo) o liga à ponte; o superior o liga ao mesencéfalo
• Função: postura, equilíbrio, coordenação e aprendizado motores (além de suspeitas de
atividade cognitiva)
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- Lóbulos e Fissuras
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ANATOMIA MACROSCÓPIC A DO
DIENCÉFALO
(MACHADO e HAERTEL, 3ª. ed, Cap. 6; SOBOTTA, 21ª. ed, Cap. 12)
- Introdução
- III Ventrículo
- Tálamo
• Massas ovoides laterodorsais, com eminência anterior (Tubérculo anterior do tálamo) que
participa da delimitação do forame interventricular
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• Cápsula interna: feixe de fibras que separa lateralmente o tálamo do telencéfalo conecta
córtex cerebral a núcleos subcorticais (veja que, apesar de delimitar o tálamo, não
compõe a massa ovoide, i.e. não compõe o tálamo)
- Hipotálamo
• Função: controle das funções viscerais (SNA), regulação da temperatura, sistema límbico
(emoções), sede, diurese, fome.
• Corpos mamilares: eminências arredondadas de substância cinzenta, na parte anterior da
fossa interpeduncular, as quais se conectam com o hipocampo através do fórnice
(sistema límbico = emoções)
• Quiasma óptico: local de cruzamento da metade medial das fibras no N. óptico, antes de
originarem os tratos ópticos. O quiasma forma a parte anterior do assoalho do III
ventrículo, delimitando o recesso supra-óptico
• Túber cinéreo: local de massa cinzenta aonde se prende a hipófise, através do infundíbulo,
delimitando o espaço chamado recesso do infundíbulo
• Infundíbulo: sua extremidade superior se dilata para constituir a eminência mediana do
túber cinéreo, enquanto que a inferior se continua com o processo infundibular ou lobo
nervoso da neuro-hipófise; em geral, quando se retira o encéfalo de um cadáver, o
infundíbulo se rompe, deixando a hipófise na fossa hipofisária da sela turca
- Epitálamo
• Pineal: glândula endócrina, ímpar, mediana e posterior, presa ao diencéfalo pela comissura
posterior (ponto em que aqueduto de Sylvius se liga ao III ventrículo) e pela comissura das
habênulas (continua anteriormente com as estrias medulares do tálamo e se situa entre
os trígonos das habênulas). Entre as duas comissuras, a pineal delimita um espaço
chamado recesso pineal. Esta glândula produz a melatonina, hormônio relacionado ao
sono.
- Subtálamo
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ANATOMIA MACROSCÓPIC A DO
TELENCÉFALO
(MACHADO e HAERTEL, 3ª. ed, Cap. 7; SOBOTTA, 21ª. ed, Cap. 12)
- Introdução ao Telencéfalo
• Conteúdo: os dois hemisférios cerebrais e a lâmina terminal na porção anterior do III
ventrículo
• Ligação: os hemisférios se ligam por várias fibras comissurais (eg corpo caloso)
• Cavidades: ventrículos laterais direito e esquerdo, que se comunicam com o III ventrículo
através dos forames de Monro (interventriculares)
• Polos: frontal, temporal e occipital
• Faces: dorsolateral ou superolateral (convexa), medial (plana) e inferior (irregular,
repousando nas fossas anterior e média da base do crânio e na tenda do cerebelo)
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se para frente e para baixo até o ramo posterior do sulco lateral, dividindo lobos frontal e
parietal; ladeado pelos giro pré-central (motricidade) e giro pós-central (sensibilidade)
• Lobo frontal: superior ao sulco lateral e
adiante do sulco central
• Lobo occipital: inferior à linha entre o
sulco parietooccipital e a incisura pré-
occipital (borda inferolateral, a 4 cm do
polo occipital)
• Lobo temporal: adiante inferiormente do ponto médio da linha limite do lobo occipital e
abaixo do sulco lateral
• Lobo parietal: adiante superiormente do ponto médio da linha limite do lobo occipital,
acima do sulco lateral e posterior ao sulco central
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- Lobo temporal
• Sulco temporal superior: inicia-se próximo ao polo temporal, seguindo paralelo ao sulco
lateral, até o lobo parietal
• Sulco temporal inferior: paralelo ao sulco temporal superior, formado por duas ou mais
partes descontínuas
• Giro temporal superior: entre sulco lateral e sulco temporal superior
• Giro temporal médio: entre
sulcos temporais superior
e inferior
• Giro temporal inferior: entre
sulco temporal inferior e
sulco occipito-temporal
• Giro temporal transverso
anterior: onde se localiza o
córtex auditivo primário, é
o giro mais evidente,
quando se afastam os
lábios do sulco lateral
- Lobo parietal
• Sulco pós-central: paralelo ao sulco central, geralmente dividido em dois
• Sulco intraparietal: geralmente perpendicular ao pós-central, podendo unirem-se, e se
continua até o lobo occipital
• Giro pós-central: entre sulco central e sulco pós-
central, área somestésica
• Lóbulo parietal superior: localiza-se acima do sulco
intraparietal
• Lóbulo parietal inferior: localiza-se entre o sulco
intraparietal e a linha limite do lobo occipital,
dividido em giros supramarginal e angular
• Giro supramarginal: ladeia a terminação do ramo
posterior do sulco lateral
Giro temporal transverso anterior
• Giro angular: ladeia a terminação do sulco
temporal superior
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- Lobo occipital
• Apresenta pequenos sulcos e giros irregulares (*Sulco lunatus/semi-lunar)
- Ínsula
• Recoberta pelos lobos cerebrais, apresenta o sulco circular da ínsula, sulco central da
ínsula, giros curtos e giro longo da ínsula
• Face Medial
- Formações inter-hemisféricas
• Corpo caloso: maior comissura, ligando áreas equivalentes dos hemisférios cerebrais,
cujo tronco se estende posteriormente como esplênio e, anteriormente como joelho; este
se afila inferiormente para formar o rostro, que termina na comissura anterior; entre a
comissura anterior e o quiasma óptico, temos a lâmina terminal, outra comissura
• Fórnix: outra comissura, emerge abaixo do esplênio do corpo caloso, chegando à
comissura anterior; é dividido em duas metades anteriormente (colunas do fórnix), a
partir do corpo do fórnix, e em mais duas posteriores (pernas do fórnix), que divergem,
penetrando de cada lado de seu ventrículo lateral, para chegar ao hipocampo
• Septo pelúcido: delgada lâmina, entre joelho do corpo caloso e fórnix, separando os
ventrículos laterais
- Lobo occipital
• Sulco calcarino: inicia-se abaixo do esplênio do corpo caloso, indo até o polo occipital;
está relacionado à área visual do córtex, havendo uma estria branca a olho nu
• Sulco parietooccipital: separa lobos parietal e occipital, formando ângulo agudo com o
sulco calcarino
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• Face inferior
- Lobo temporal
• Sulco occipito-temporal: limita, com o sulco
temporal inferior, o giro temporal inferior; limita
medialmente, com o sulco colateral, o giro
occipito-temporal lateral
• Sulco colateral: inicia-se próximo ao polo
occipital, seguindo a delimitar o giro occipito-
temporal medial (ou lingual, com o sulco
calcarino) e o giro para-hipocampal (com o sulco
hipocampal), cuja porção anterior ladeia a terminação do sulco hipocampal, para
formar o úncus; o sulco colateral pode se continuar com o sulco rinal, que separa o giro
para-hipocampal do restante do lobo temporal; o sulco rinal e o sulco colateral
dividem o cérebro em paleocórtex (medial) e neocórtex (lateral)
• Sulco hipocampal: continuação do sulco do corpo caloso, após o esplênio do corpo
caloso; continua até o úncus, no lobo temporal
• Istmo do cíngulo: giro estreito que liga o giro do cíngulo ao giro para-hipocampal
• Lobo límbico: úncus, giro para-hipocampal, istmo do giro do cíngulo e giro do cíngulo;
a parte anterior do giro para-hipocampal, a área entorrinal, é importante na formação
memória e uma das primeiras regiões lesadas no mal de Alzheimer
- Lobo frontal
• Bulbo olfatório: dilatação ovoide, que
recebe ramos do N. olfatório que
atravessam a lâmina cribriforme do
etmoide; continua-se como trato
olfatório acomodado no sulco olfatório,
até se bifurcar no trígono olfatório,
formando estrias olfatórias medial e
lateral, atrás do qual se apresenta a
substância perfurada anterior
• Giro reto: medial ao sulco olfatório
• Giros e sulcos orbitários: numerosos e
irregulares da região inferior do lobo
frontal
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- Núcleos da Base
• Núcleo caudado: relacionado à motricidade, estende-se por todo o ventrículo lateral, tendo
cabeça, corpo e cauda, respectivamente em contato com o corno anterior, com a parte
central e com o corno inferior do ventrículo lateral; sua cabeça se funde com o putâmen
• Núcleo lentiforme: relacionado à função motora e em formato de castanha, relaciona-se
medialmente com a cápsula interna, que o separa do tálamo e do núcleo denteado, e
lateralmente com o córtex da ínsula, sendo separados pelo claustrum; divide-se em
putâmen (lateral e maior) e globo pálido (medial e mais pálido pela mielina), sendo este
dividido em porções medial e lateral; forma, junto ao núcleo caudado, o corpo estriado
dorsal
• Claustrum: em sequência medial para lateral —> III ventrículo - tálamo - globo pálido medial -
globo pálido lateral - putâmen - cápsula externa - claustrum - cápsula extrema - ínsula
• Amígdala: fortemente relacionada ao medo, massa esferoide em relação com a porção
terminal da cauda do núcleo caudado
• Accumbens: área de prazer, fica entre putâmen e cabeça do núcleo caudado
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• Fibras de projeção
- Fórnix: liga córtex do hipocampo aos corpos mamilares
- Cápsula interna: maioria das fibras que entram ou saem do córtex cerebral; localiza-se
entre o núcleo lentiforme (medial) e o núcleo caudado e o tálamo (laterais); Coroa
radiada: fibras comissurais acima na cápsula interna; Perna anterior: entre núcleos
caudado e lentiforme; Perna posterior: maior, entre núcleo lentiforme e tálamo; as pernas
se ligam no joelho da cápsula interna
- Peso do Encéfalo
• Em níveis diferentes, com mesmo peso corporal, maior encéfalo terá o de maior nível de
encefalização
• Não há relação direta entre o peso de encéfalo e o nível intelectual da espécie, tampouco
entre indivíduos da mesma espécie, apesar de que se saiba que, por exemplo, o peso
mínimo para o encéfalo de um indivíduo de inteligência normal é de cerca de 900g
• Há métodos para calcular o número de neurônios de um indivíduo que são mais eficazes
que o simples peso do encéfalo, haja vista que um encéfalo pesado pode ser apenas um
grande aglomerado de células da glia
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VA S C U L A R I Z AÇ Ã O D O S I S T E M A
NERVOSO CENTRAL
(MACHADO, Ângelo, 3ª. ed, Cap. 9)
- A irrigação do encéfalo é feita pelas Aa. carótida interna e vertebral, que formam um
circuito anastomótico na base do crânio, o polígono de Willis, não havendo, pois, um hilo.
As artérias cerebrais têm, de modo geral,
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4. A. cerebelar superior —> nasce da basilar, exatamente atrás das A. cerebral posterior.
Supre mesencéfalo e parte superior do cerebelo
- O polígono de Willis se localiza na base do
crânio, onde circunda quiasma óptico e
túber cinéreo e se relaciona à fossa
interpeduncular. É formado pelas Aa.
comunicantes anterior e posteriores e pelas
porções proximais das Aa. cerebrais
anteriores, médias e posteriores. As ACoPs
comunicam cada A. carótida interna à ACP
ipsilateral, embora não tenha grande fluxo
em condições normais, mas podem permitir
o fluxo de sangue no caso de obstrução. As ACA, ACM e ACP emitem ramos corticais
(córtex) e ramos centrais (fibras subjacentes), sendo estes emergentes do circuito arterial
e colaboradores no suprimento de núcleos da base, diencéfalo e cápsula interna.
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- A circulação venosa é muito lenta, e sua pressão é muito baixa, devido à grande
distensibilidade. O sistema venoso superficial drena o córtex e a substância branca
subjacente, através das Vv. cerebrais superficiais, que desembocam nos seios da dura-
máter, havendo distinção entre Vv. cerebrais superficiais superiores e inferiores. O sistema
venoso profundo drena o central core (corpo estriado, cápsula interna, diencéfalo e grande
parte do centro branco medular do cérebro).
1. Vv. cerebrais superficiais superiores —> vêm da face medial e da metade superior da
face dorsolateral para desembocar no seio sagital superior
2. Vv. cerebrais superficiais inferiores —> provêm da face inferior e da metade inferior da
face dorsolateral, para terminar nos seios da base (petroso superior e cavernoso) e no
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ramos (Figura 4)30,31
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anterior15. A importância anatômica da drenagem
seio transverso. A principal superficial inferior é a V. cerebral média superficial, que
percorre
anatômica a fissura
do sistema sylviana
arterial e geralmente
(Figura termina no seio cavernoso
3) e não será
3. V. cerebral magna (de Galeno) —> principal veia do sistema profundo, é um curto
tronco venoso ímpar e mediano, formado pela confluência das veias cerebrais internas e
que desemboca28no seio reto
.
- Injetando-se contraste na A. vertebral ou na A. carótida interna e se tirando uma
irrigando a medula espinhal na altura torácica, ela
sequência de radiografias, pode-se ver em tempos sucessivos as artérias, veias e seios do
encéfalo. Atualmente, as angiografias são preferencialmente feitas por RM, podendo
diagnosticas aneurismas, malformações arteriovenosas, tromboses, embolias,
hemorragias, lesões traumáticas e outras lesões.
- Introdução
• Definição: Núcleos da base são massas de substância cinzenta situadas na base do
telencéfalo
• Núcleo Lentiforme: Globo Pálido e Putâmen
• Corpo estriado dorsal: Núcleo caudado, Putâmen e Globo Pálido, age modulando o trato
corticoespinal e também está envolvido com processos cognitivos, emocionais e
motivacionais; também chamado Corpo Estriado
• Corpo estriado ventral: Núcleo basal de Meynert e Accumbens
• Claustrum: localizado entre o accumbens e o córtex da ínsula, conecta-se a todas as áreas
do córtex, mas ainda não possui função definida (talvez visual)
• Núcleo basal de Meynert: ver capítulo 20, vias colinérgicas
• Accumbens: localiza-se entre a cabeça do núcleo caudado e o putâmen
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- Corpo Estriado
• Neoestriado (Striatum): composto pelo núcleo caudado e pelo putâmen, mais recente
filogeneticamente
• Paleoestriado (Pallidum): composto pelo globo pálido, sendo este dividido em globos
pálidos medial e lateral, tem diversas ligações provindas do neoestriado, gerando uma
coloração mais clara devido aos axônios
• Corpo Estriado Ventral: é dividido em estriado ventral (striatum ventral) e pálido ventral
(pallidum ventral); sendo o primeiro composto pelo Accumbens (integrante do sistema
límbico, atuando na regulação do comportamento emocional) e pelo tubérculo olfatório;
o segundo corresponde à substância inominata (Núcleo basal de Meynert)
• Conexões e Circuitos
- Não se liga diretamente à medula, recebendo fibras do córtex e emitindo para o
tálamo, que dirige posteriormente fibras às áreas corticais de origem, evidenciando sua
característica moduladora
- Circuito motor: vindo áreas motora e somestésica do córtex, regulação da motricidade
voluntária
- Circuito oculomotor: começa e termina no campo ocular motor, movimentos oculares
- Circuito pré-frontal dorsolateral: córtex pré-frontal (área dorsolateral) —> núcleo caudado
—> globo pálido —> tálamo (núcleo dorsomedial) —> córtex pré-frontal;
motricidade
- Circuito pré-frontal orbitofrontal: córtex pré-frontal (área orbitofrontal) —> núcleo
caudado —> globo pálido —> tálamo (núcleo dorso medial) —> córtex pré-frontal;
manutenção da atenção e supressão de comportamentos indesejáveis
- Circuito límbico: áreas neocorticais (parte anterior do giro do cíngulo) —> striatum
ventral (accumbens) —> tálamo (núcleo anterior); processamento das emoções
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• Circuito Motor
- Via direta: Córtex motor suplementar —excita—> putâmen (striatum) — inibe —>
Pálido Medial — inibiria—> Tálamo (VA e VL) — consegue ativar—> Córtex motor
primário —> trato corticoespinal —> movimento
- Substância Negra (Mesencéfalo): ligada ao putâmen, liberando dopamina nas sinapses que
pode ser recebido por receptores D1 (excitatórios) ou por D2 (inibitórios); a ativação
de receptores de D1 atua promovendo o movimento, assim como na via direta; a
ativação de receptores de D2 atua impedindo o movimento, assim como na via indireta
- Relações Anatomoclínicas
• Função do Striatum
- Tendo como principal função a modulação motora, apenas inicia sua atividade após o
movimento estar acontecendo; funciona como um freio tônico para movimentos
indesejados
- A via indireta freia e suaviza o movimento, enquanto a direta o facilitaria; dessa forma,
a composição de amplitude e de velocidade do movimento se dá a partir do balanço
entre vias direta e indireta
- Síndromes extrapiramidais: acometimento do striatum, devido a alterações do equilíbrio
entre as vias
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• Hemibalismo
- Geralmente causado por AVEs no núcleo subtalâmico, diminuindo sua atividade
excitatória do globo pálido medial, impedindo que este iniba o tálamo. Dessa forma,
este vai excitar descontroladamente o córtex motor
- Caraterizado por movimentos involuntários ipsilaterais de grande amplitude e forte
intensidade, podendo não desaparecer com o sono (o que leva o indivíduo à exaustão)
—> movimentos hipercinéticos e hipotônicos
• Parkinson
- A disfunção da substância negra do mesencéfalo diminui a quantidade de dopamina
que chega ao striatum. Em
situação comum, os receptores
D1 fariam mais efeito que os D2,
induzindo uma inibição do GPM,
impedindo que este inibisse o
tálamo, que fica livre para ativar
o córtex motor (via direta).
Entretanto, no caso da falta de
dopamina, percebe-se que a ação
dos receptores D2 de inibição do
GPL é mais efetiva, o que
aumenta a influência da via
indireta, inibindo o movimento —> movimentos hipocinéticos hipertônicos
- Bradicinesia: lentidão e diminuição do movimento voluntário, na ausência de paralisia
- Tremor em repouso: nas extremidades, quando paradas, desaparecendo com o movimento
- Rigidez: hipertonia da musculatura esquelética, apresentando o sinal da roda denteada
(oposto ao formato sinal em estilete)
- L-Dopa: isômero levógiro da Dopa que atravessa a barreira hematoencefálica, é captado
pelos neurônios dopaminérgicos e transformado em dopamina, melhorando os
sintomas pela reposição do neurotransmissor
- Dopamina: sua ingestão pura necessitaria de altas doses, que são tóxicas para o
organismo
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- Núcleo subtalâmico: como D2 inibe o globo pálido lateral, que inibiria o núcleo
subtalâmico, este está mais ativo, ativando o globo pálido medial, que inibe o tálamo,
impedindo que este ative o córtex motor, o que gera o transtorno hipocinético. A lesão
cirúrgica estereotáxica do núcleo subtalâmico ou do globo pálido medial pode gerar
melhoras nos sintomas
• Coreia de Sydenham
- Autoimune: destruição de núcleos da base, principalmente em crianças
- Movimentos coreicos: dança, movimentos involuntários e rápidos, hipotônicos e
hipercinéticos —> comprometimento do circuito motor
- Distúrbios neuropsiquiátricos: labilidade afetiva, TOC e TDAH —> comprometimento de
circuitos pré-frontais
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- Somestesia
• Bm 1,2 e 3 —> Áreas Somestésicas Primárias (S1), estando a área 3 dentro do sulco
central, homúnculo de Penfield (de medial para lateral, área genital, pé, perna, pelve,
trono, braço, antebraço, mão, dedos, face superior, boca, queixo, língua, faringe), lesão
gerando perda da localização da sensibilidade, embora se distinguam as modalidades
sensoriais, da distinção do grau da sensação e da discriminação (incluindo aqui
estereognosia), ficando praticamente intactos dor, tato protopático e temperatura
(conscientes no tálamo)
• Bm 5 e 7a —> Áreas Somestésicas Secundárias (S2), sua lesão causa agnosia tátil, i.e.
incapacidade de reconhecer objetos pelo tato
- Bm 5 —> quinto posterior do lóbulo paracentral e finalzinho posterior da parte
superior do giro pós-central
- Bm 7a —> terço anterior do lóbulo parietal superior e do pré-cúlneo
- Visão
• Bm 17 —> Área Visual Primária (V1), recebe radiações ópticas do corpo geniculado
lateral correspondente, sulco calcarino com retinotopia (lábio superior = retina superior,
lábio inferior = retina inferior, parte mais anterior do sulco = parte mais anterior da
retina, parte mais posterior do sulco = parte mais posterior da retina, incluindo
mácula), lesão gera cegueira completa, embora ainda se consiga desviar de objetos, pois
nem toda a visão está corticalizada
• Bm 18, 19, 20, 21 e 37 —> Áreas Visuais Secundárias (V2, V3, V4 e V5), a via ventral
interpreta cor e reconhece objetos e faces com lesão gerando agnosia visual (incluindo
prosopagnosia), a via dorsal (V5) percebe o movimento dos
objetos com lesão gerando acinetopsia
- Bm 18 —> círculo externo à Bm 17 e interno à Bm 19
- Bm 19 —> círculo externo à Bm 18 e limitada
exteriormente pela linha limite do lobo occipital (sulco
parieto-occipital e sua projeção até a incisura pré-occipital,
que fica a aproximadamente 4 cm do polo occipital)
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- Audição
• Bm 41 e 42 —> Área Auditiva Primária (A1), giro temporal transverso anterior (giro de
Heschl), recebe radiação auditiva do corpo geniculado medial, tendo cada lado
representações de ambas as cócleas, o que significa que uma lesão bilateral gera uma
surdez completa, mas uma unilateral causaria um déficit auditivo pequeno; possui
tonotopia (representação pela frequência)
• Bm 22 —> Área Auditiva Secundária (A2), giro temporal superior, com função pouco
conhecida, mas provavelmente tipos especiais de informação auditiva
- Equilíbrio
• Não possui área definida, embora seja uma pequena região no lobo parietal próxima à
região somestésica da face, o que faz sentido pois seus receptores são uma espécie de
proprioceptores especiais da cabeça, informando posição
- Olfato
• Parte anterior do úncus e do giro para-hipocampal, também sendo chamada de córtex
piriforme (Bm 27), uma epilepsia focal no úncus gera alucinação olfatória (geralmente
cacosmia) nas crises uncinadas
- Gustação
• Área Gustativa Primária —> Parte posterior da ínsula, com neurônios sensíveis também
a somestesia e ao olfato, área que pode ser ativada apenas com a visão ou com o
pensamento de um alimento sabidamente saboroso
• Área Gustativa Secundária —> Região orbitofrontal, recebendo fibras insulares
- Motricidade
• Bm 4 —> Área Motora Primária (M1), giro pré-central, somatotopia de Penfield (lesão,
estímulo encefálico profundo ou epilepsia focal gera movimentos do grupo relacionado à
área), presença das células de Betz, controla movimentos do lado oposto através dos
tratos corticoespinais e corticonucleares, recebe fibras do tálamo (VA e VL), das áreas
pré-motoras e motora suplementar
• Bm 6 (face superolateral) —> Área Pré-Motora, adiante da Bm 4, tendo neurônios menos
excitáveis e menor resolução (ativa apenas grupos grupos musculares, não Mm.
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- Área Pré-Frontal
• Área Pré-Frontal Dorsolateral —> superfície anterior e dorsolateral do lobo frontal,
participando do circuito córtico-estriado(putâmen)-tálamo-cortical, tendo como função
a capacidade de planejar estratégias comportamentais física e socialmente, de avaliar
consequências de problemas novos e ser responsável pela memória operacional (memória
de curto prazo para a realização de uma tarefa em andamento)
• Área Pré-Frontal Orbitofrontal —> superfície ventral do lobo frontal (adjacente às órbitas),
nos giros orbitais, participando do circuito córtico-estriado(NC-GP)-tálamo(DM)-
cortical e tendo como função o processamento de emoções, a supressão de
comportamentos socialmente indesejáveis (superego Freudiano) e a manutenção da
atenção. Sua lesão gera tamponamento psíquico (caso de Phineas Gage) e déficit de atenção
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- Sistema Límbico
• Composto por hipocampo, giro denteado, sulco para-hipocampal, giro do cíngulo, ínsula
anterior e área pré-frontal orbitofrontal, relaciona-se à memória e às emoções, sendo o
terço anterior do giro do cíngulo relacionado às emoções e os dois terços posteriores
relacionados à memória
- Linguagem
• A área anterior da linguagem é a área de Broca, localizada nas partes opercular (Bm 44) e
triangular (Bm 45) do giro frontal inferior, ligada à expressão da linguagem; e a posterior
é a área de Wernicke, parte mais posterior do giro temporal superior (Bm 22), relacionada
ao entendimento da linguagem ouvida ou lida. Na afasia motora, de expressão ou de
Broca, a pessoa entende o que ouve e o que lê, mas não consegue se expressar ao falar
ou ao escrever. Na afasia sensitiva, de percepção ou de Wernicke, a pessoa não consegue
entender o que ouve o ou que lê. Lesões dessas áreas isoladas trazem menos déficits do
que o caso de se atingirem seus arredores. Lesões do giro angular, por exemplo, podem
causar dificuldade de ler (dislexia), que pode estar acompanhada da dificuldade de
escrever (disgrafia). Wernicke e Broca se ligam (geralmente no lado esquerdo do
cérebro) pelo fascículo longitudinal superior (fascículo arqueado), cujas lesões geram afasia
de condução, com sintomatologia da dificuldade da repetição, da leitura em voz alta, da
escrita em ditado e da reprodução de ritmos.
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- Elementos
• Receptor: terminação nervosa segmentar, podendo ser especializada, transmitindo uma
informação específica (discriminação sensorial no córtex)
• Trajeto periférico: nervo e seu gânglio sensitivo associado
• Trajeto central: trajeto no sistema nervoso central, através de feixes (tratos, fascículos,
lemniscos)
• Área de projeção cortical: córtex cerebral (consciente) ou cerebelar (inconsciente)
- Etapas das Vias Aferentes
• Neurônio I: geralmente fora do SNC e pseudounipolar, cujo dendraxônio se bifurca em
um ramo periférico e outro central; o primeiro se liga ao receptor, e o segundo, penetra o
SNC pela raiz dorsal da medula espinal ou por nervos cranianos
• Neurônio II: localiza-se no corno posterior da medula ou em núcleos do TE (exc. vias
óptica e olfatória)
• Neurônio III: localiza-se no tálamo e emite radiação talâmica
ao córtex (exc. olfato)
- Dor e Temperatura
• Receptores: terminações nervosas livres
• Via neoespinotalâmica
- Neurônio I: gânglios espinais, conexão com receptor e com
neurônio II do corno posterior da medula
- Neurônio II: cruza plano mediano pela comissura branca,
sobe pelo trato espinotalâmico lateral e, ao nível da ponte,
une-se com o espinotalâmico anterior para formar o
lemnisco espinal, que termina no tálamo
- Neurônio III: núcleo VPL, emite radiações talâmicas pela
cápsula interna e pela coroa radiada, chegando ao giro pós-
central (Bm - 1,2,3)
- Infor mação: dor aguda e precisa e temperatura
contralaterais
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• Via paleoespinotalâmica
- Neurônio I: gânglios espinais, conexão com receptor e com neurônio II do corno
posterior da medula
- Neurônio II: axônios para funículos laterais do mesmo lado e do lado oposto, no trato
espinorreticular, que sobe junto ao espinotalâmico lateral e termina em vários níveis da
formação reticular
- Neurônio III: fibras retículo-talâmicas que chegam ao grupo medial do tálamo,
principalmente os núcleos intralaminares; alguns projetam-se para a amígdala
(componente afetivo da dor)
- Neurônio IV: dirigem-se a diferentes regiões do córtex, para ativá-las, mas a dor já se fez
consciente
- Informação: dor crônica, em queimação
• Neurocirurgia
- Cordotomia anterolateral: lesiona ambos os tratos
- Lesão estereotáxica no VPL: apenas via neoespinotalâmica
- Lesão estereotáxica nos núcleos intralaminares: só via paleoespinotalâmica
- Parte anterior do giro do cíngulo e da ínsula: responsáveis pela parte emocional da dor; uma
lesão nessa região faz o paciente sentir a dor, mas não se importar com ela
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• Neurônios III: VPL do tálamo, emitem radiações talâmicas pela cápsula interna e pela
coroa radiada, chegando à área somestésica do córtex cerebral
• Informação: tato e pressão do tronco e dos membros, conscientes no tálamo
- Propriocepção Consciente, Tato Epicrítico, Estereognosia e Vibração
• Receptores: Corpúsculos de Ruffini e de Meissner e terminais do pelo (tato); fusos
neuromusculares e órgãos neurotendinosos (propriocepção); Pacini (vibração)
• Neurônio I: gânglios espinais, perifericamente em contato com o receptor e centralmente
se dividindo em ramos ascendente (longo, sinapse no bulbo) e descendente (curto);
ambos nos fascículos grácil e cuneiforme
• Neurônio II: núcleos grácil e cuneiforme do bulbo, mergulhando ventralmente (fibras
arqueadas internas), cruzam o plano mediano e formam o lemnisco medial
• Neurônio III: VPL do tálamo, emitem radiações talâmicas pela cápsula interna e pela coroa
radiada, chegando à área somestésica do córtex cerebral
• Informação: consciente no córtex, TE + PC = estereognosia; vibração; CL
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- Propriocepção Inconsciente
• Receptores: OTGs e fusos neuromusculares
• Neurônio I: gânglio espinal, conexão periférica com o receptor e prolongamento central se
dividindo em ramo ascendente longo e ramo descendente curto
• Neurônio II
- a) Núcleo torácico (coluna posterior): ispilateral, trato espinocerebelar anterior,
terminando no cerebelo, penetrando pelo pedúnculo cerebelar inferior
- b) Base da coluna posterior e substância cinzenta intermédia: ipsilateral, cruza no
início do neurônio e antes de entrar no pedúnculo cerebelar superior; trato
espinocerebelar anterior
- Sensibilidade Visceral
• Receptor: terminação nervosa livre ou corpúsculos de Pacini
• Via: nervos que seguem o simpático ou o segmento sacral do parassimpático
• Informação: geralmente dolorosa
• Vísceras pélvicas e abdominais: espinotalâmico lateral ou sobem medial e centralmente ao
fascículo grácil, fazendo sinapse no núcleo grácil do bulbo, VPL e córtex da ínsula
• Vísceras torácicas: muda apenas que sobe medial ao fascículo cuneiforme
• Mielotomia da linha média: elimina dor resistente a analgésicos (CA torácico)
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- Via Gustativa
1 Quem está solitário come; quem come ativa sua via gustativa
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- Via Olfatória
• Receptores: neurônios bipolares, que emitem dilatações quimiorreceptoras em vesículas
olfatórias no neuroepitélio, na porção mais alta da cavidade nasal
• Neurônio I: Células olfatórias (receptores), com alta capacidade de renovação, atravessam
a lâmina cribriforme do etmoide, terminando no bulbo olfatório; em conjunto, formam o
N. olfatório
• Neurônios II: Células mitrais, cujos dendritos formam os glomérulos olfatórios, para receber
prolongamentos centrais das células olfatórias; seus axônios seguem o trato olfatório e
se dividem nas estrias olfatórias medial e lateral
- Estria olfatória lateral: segue para úncus (córtex piriforme), que envia para tálamo, que,
por sua vez, envia para giros reto
e olfatório —> consciente
• Sistema límbico, e.g. aversão
(amígdala), prazer (accumbens)
- Estria olfatória medial: segue para
comissura anterior e se incorpora
ao bulbo olfatório do lado oposto
• Peculiaridades
1. Apenas 2 neurônios
2. Neurônio I em mucosa, não em
gânglio
3. Impulsos conscientes vão ao
córtex sem relê talâmico
4. Área de projeção cortical em
alocortéx, não isocortéx
5. Totalmente homolateral2
2Confuso, pois a estria olfatória medial se comunica ao bulbo olfatório do lado oposto, mas copiei o que havia
no Ângelo
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- Via Auditiva
• Receptores: Células ciliadas do órgão de Corti, cujos cílios são sensibilizados pela vibração
da endolinfa, que recebeu a vibração da perilinfa
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- Via Vestibular
• Receptores: células ciliadas que capturam informação sobre aceleração linear nas máculas
do sáculo e do utrículo e sobre a aceleração angular nas ampolas dos ductos
semicirculares
• Neurônio I: neurônio bipolar; liga-se ao receptor perifericamente e centralmente atravessa
o meato acústico interno, formando a parte vestibular do VIII
• Neurônio II: núcleos vestibulares
- Via inconsciente: fascículo vestibulocerebelar, que passa pelo pedúnculo cerebelar
inferior (exc. algumas fibras que não passam pelos núcleos vestibulares, indo direto
para o córtex do cerebelo)
- Via consciente: provavelmente passa
pelo tálamo e chega ao córtex no
lobo parietal, próximo à área
somestésica do rosto
• Informação: aceleração, para postura
e marcha, e reflexos oculares para
estabilização da imagem na retina
(fascículo longitudinal medial)
- Via Óptica
• Estrutura da retina
- Camada mais externa: pigmentar, impede a reflexão dos raios, impedindo erros de
interpretação
- Camada de cones e bastonetes: células
fotorreceptoras, mais cones na mácula (apenas
na fóvea e na fovéola), mais bastonetes
próximo à ora serrata
- Camada de neurônios bipolares (nuclear externa,
histo.): recebem sinapse dos fotorreceptores e
envia impulsos para células ganglionares
- Camada de neurônios ganglionares (nuclear
interna, histo.): compõe o nervo óptico,
atravessando a papila (disco) óptica, incisura
orbital superior até chegar ao quiasma óptico
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• Trajeto da Via
- Os Nn. ópticos convergem para o quiasma
óptico, onde há decussação parcial, o qual se
bifurca nos tratos ópticos que seguem para os
corpos geniculados laterais
- Retina nasal: metade medial da retina
- Retina temporal: metade lateral da retina
- Campo visual: porção do espaço que um olho
pode ver
- Campo temporal: campo visual lateral,
percebido pela retina nasal
- Campo nasal: campo visual medial, percebido
pela retina temporal
- Campo binocular: superposição de imagens
ocorrida em homens e animais
- Quiasma óptico: fibras da retina nasal cruzam,
e da retina temporal seguem
• Implicação: trato óptico direito, p.e., recebe
informação das metades direitas das
retinas, isto é, dos campos visuais
esquerdos; sendo assim, o corpo geniculado
lateral e o córtex visual direitos recebem
informação sensitiva do lado esquerdo do
campo visual (assim como a maioria da sensibilidade)
• Fibras da Via
- Retino-hipotalâmicas: destacam-se do quiasma para o núcleo supra-quiasmático do
hipotálamo; relação com o ritmo circadiano
- Retinotectais: do corpo geniculado lateral, vão para o colículo superior e estão
relacionados a reflexos dos olhos ou das pálpebras, e.g. piscar e mudar rapidamente o
ponto de fixação visual de uma área para outra
- Retino-pré-tectais: área pré-tectal (parte rostral do colículo superior), reflexo fotomotor
direto e consensual
- Retinogeniculadas: 90% das fibras da retina, únicas relacionadas à visão, neurônio IV no
corpo geniculado lateral, com representação retinotópica da metade contralateral do
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• Lesões da Via
- Escotoma: cegueira de parte do campo visual
F. Lesão do córtex visual primário (Bm 17): hemianopsias homônimas contralaterais, mas
geralmente são lesões parciais, gerando escotomas homônimos contralaterais; e.g.
lesão no lábio inferior do sulco calcarino geram quadrantanopsia superior homônima
contralateral
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• Líquido extracelular = Na+, Cl-, HCO3-, O2, C6H12O6, Ácidos Graxos e AAs
- Homeostasia = manutenção de condições quase constantes no meio interno
• Sistema circulatório
- Troca entre capilares sanguíneos e espaços intercelulares por difusão de moléculas ou
de grandes quantidades de fluido, permitindo que proteínas e grandes macromoléculas
também atravessem, ou passando entre as células dos vasos
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• Proteção do corpo
- Sistema Imunitário_ distinção das próprias células e destruição de invasores
• Reprodução
- Sistema Reprodutor_ perpetuação da espécie
• Feedback negativo
• Feedback positivo
O T R A N S P O R T E D E S U B S TÂ N C I A S AT R AV É S DA S
M E M B R A N A S C E L U L A R E S ( C A P. 4 )
• Passagem de lipossolúveis por membrana, água e íons selecionados por canais ou por
proteínas transportadoras que sofrem alterações conformacionais
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- Tipos:
• Mecanodependentes
• Ligante-dependentes
- Difusão facilitada
- Fatores influentes
• Potencial de Nernst
- Dado por:
• Diferença de pressão
• Osmose
- Conceito de pressão osmótica
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- Primário
- Manutenção do volume celular => passagem efetiva de um íon positivo para fora,
unido à baixa permeabilidade de Na+, mantém os íons fora, carregando água
juntamente
• Bomba de Ca2+
- Na membrana celular (jogando Ca2+ pra fora) e nas membranas internas (jogando
Ca2+ para dentro das organelas, como o retículo sarcoplasmático)
• Cotransporte
- (Na+ e Glicose) => 2 sítios de ligação ocupados => alteração conformacional
• Contratransporte
- (Na+ e Ca2+) => Na+ entra e Ca2+ sai, ao mesmo tempo que a bomba de Ca2+
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- (Na+ e H+) => Na+ entra e H+ sai (túbulos renais), ao mesmo tempo da bomba
de H+, menos potente, mas carregando muitos prótons
- Superfícies frentes ao lúmens permeáveis a Na+ e a água, Na+ entra na célula epitelial
por difusão e a água vai junto (carreando, portanto, substâncias consigo), do outro
lado, há osmose que levam a água e bombas que liberam Na+, no conjuntivo
P O T E N C I A I S D E M E M B R A N A E D E AÇ Ã O ( C A P. 5 )
• A célula troca com o meio internos diversos íons (Na+, K+, Cl-, Mg2+), implicando
que cada um deles têm determinada participação no Potencial de Nernst, sendo mais ou
menos influentes de acordo com a sua permeabilidade em cada instante. O instante é
importante, pois proteínas canais podem abrir-se e se fechar, a depender dos estímulos
celulares, e tais ações geram diferenças na permeabilidade do íon em questão. Para
encontrar o potencial de membrana, considerando-se todos os íons, deve-se utilizar a
Equação de Goldman
• Bomba de Sódio e Potássio => eletrogênese de um íon positivo pra fora, contribuindo
para o potencial intracelular negativo
• Canais de Na+ e de K+ => permitem a passagem dos íons pelas porosidades existentes
na membrana. No repouso, o K+ passa com bem mais facilidade
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• Contribuição da Na+/K+ ATPase => levar um íon positivo a mais vai gereando um
potencial adicional de -4mV dentro da membrana
• Início do potencial de ação => estímulo inicial gera potencial que ultrapassa limiar de
excitação, e, depois, inicia-se um feedback positivo da abertura de canais de Na+, gerando a
despolarização
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• Uma região tem a permeabilidade aumentada para o sódio => regiões adjacentes vão
também tendo sua permeabilidade aumentada em feedback positivo (na fibra nervosa,
chama-se impulso nervoso)
• Princípio do Tudo ou Nada => caso o potencial não ultrapasse o limiar, não ocorre de
forma alguma o potencial. Da mesma forma, caso ocorra o potencial de ação em alguma
região da fibra, ele será transmitido a toda a fibra
• Após vários impulsos nervosos, as concentrações desses íons nas fibras nervosas tende a
variar levemente. Sendo assim, algo precisa restabelecer o status inicial
- Ritmicidade de Espontânea
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• A partir desse ciclo, pode-se inferir que haverá a ritmicidade, cujo período depende do
período de hiperpolarização gerado pelos canais de K+
• As células de Schwann envolvem o axônio com sua membrana depois gira várias vezes,
mas em suas voltas há a proteína esfingomielina, que é um ótimo isolante elétrico.
Sendo, assim, forma-se uma bainha de mielina percorrendo o axônio. Entre células de
Schwann sucessivas, há partes não isoladas: os nodos de Ranvier
• Sendo assim, o potencial de ação só precisa ocorrer nos nodos, fazendo com que a
corrente elétrica flua pelo meio extracelular,
- Estímulos
• Divisão = Receptores Sensoriais => neurônios aferentes => porção somática (medula
espinal, formação bulborreticular, tálamo, cerebelo e córtex)
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- Comparação a um computador
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- Proteínas receptoras
• Organização geral = (1) Componente de ligação + (2) Ionotrópico ou Metabotrópico
• Canais Iônicos
- Proteínas de transporte ligante-dependentes, catiônicas (excitatórias, no caso do Na+
e do Ca2+) ou aniônicas (inibitórias)
• Sistema de segundos mensageiros
- Proteína G recebe neurotransmissor, liberando sua subunidade α, que pode:
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- Neurotransmissores
• Moléculas pequenas e Ação Rápida
- Geralmente se liga a canais iônicos catiônicos ou aniônicos
- As vesículas desses neurotransmissores, após liberarem seu conteúdo, passam um
tempo na membrana pré-sináptica e depois se invaginam de volta ao citoplasma
- Alguns neurotransmissores
• Aminoácidos
- GABA: sempre inibitório
- Glutamina: sempre excitatório
• Aminas
- Acetilcolina: gânglios da base, Mm. esqueléticos, SNA
- Norepinefrina: locus ceruleus da ponte, SNA
- Dopamina: em geral, inibitório
- Serotonina: inibidor de vias de dor
• Neuropeptídeos
- Produzidos no corpo celular, transportados pela dineína e sem reciclagem de vesículas
- Ação mais duradoura e mais potente, compensando sua menor quantidade
- E.g. dimorfina, encefalinas, somatotastina
- Eventos elétricos na excitação neuronal
• Concentrações de Na+, K+ e Cl-
- Na+ extra > Na+ intra (bomba de Na+)
- K+ intra > K+ extra (bomba de K+)
- Cl- extra > Cl- intra (bomba de Cl-)
• Líquido intracelular
- Alta condutividade => distribuição uniforme do potencial
interno
• Potencial Excitatório Pós-Sináptico (PEPS)
- Mudança no potencial causada por uma sinapse em um
receptor excitatório (canal de Na+) no sentido de
diminuir a negatividade da membrana
- A somação dos PEPS induz o início do potencial de ação
no segmento inicial do axônio, pois há maior quantidade de canais de Na+
- A propagação também ocorre na direção retrógrada, mas a baixa quantidade de canais
de Na+ no corpo celular e nos dendritos não gera potencial de ação facilmente
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- Com o potencial mais negativo, torna-se mais difícil se ultrapassar o limiar de excitação
• Inibição pré-sináptica
- GABA induz a abertura de aniônicos, permitindo o Cl- entrar na célula, o que diminui
o efeito excitatório que seria transmitido pelo impulso nervoso de abrir os canais de
Na+. Sendo assim, impede-se a transmissão do impulso.
- Somação
• Somação Espacial
- PEPS de uma sinapse = [0.5,1]mV => não alcança limiar
- Sendo assim, caso várias sinapses ocorram em diferentes dendritos, os PEPS podem se
somar, gerando um PEPS ainda maior, que se torna cada vez mais próximo do limiar de
excitação
• Somação Temporal
- PEPS de uma sinapse = 15 ms
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• Facilitação
- Quando um PEPS não atinge o limiar, o potencial fica um pouco mais positivo, ainda
que não gere um potencial de ação. Dessa forma, potenciais subsequentes terão maior
facilidade para chegar ao limiar. Durante esse estado do PEPS, diz-se que o neurônio
está facilitado
• Dendritos
- Apesar de não gerar potenciais de ação, há correntes eletrotônicas nos fluidos dos
dendritos, propagando parte dos PEPS ou PIPS em direção ao corpo celular
• Frequência de disparo
- A depender da somação de PEPS e de PIPS ocorrendo em um neurônio pós-sináptico
em determinado instante, pode-se encontrar um estado excitatório (caso haja mais
excitação que inibição) ou um estado inibitório (caso haja mais inibição que excitação)
• Efeito do pH
- Quanto mais básico, maior a excitabilidade neuronal. Sendo assim, um alto pH pode
induzir ataques epilépticos (que só param após a fadiga)
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- Quanto mais ácido, menor a excitabilidade neuronal. Sendo assim, um baixo pH pode
induzir o coma
• Hipóxia
- Pode provocar a completa ausência de excitabilidade em neurônios. 3 a 7s de hipóxia
podem ser suficientes para levar à inconsciência
• Fármacos
- Podem diminuir ou aumentar a excitabilidade neuronal, induzindo estados excitatórios
ou inibitórios, bloqueando ou abrindo canais iônicos
• Retardo sináptico
- O tempo mínimo para que ocorra a descarga de neurotransmissores na fenda sináptica,
a difusão para a membrana pós-sináptica, a ação do neurotransmissor na membrana, a
ação do receptor e a difusão de sódio para dentro da célula
- Comunicação célula-célula
• Junções comunicantes
- Proteínas (conexinas) ligam-se formando um conexon
- Permite a troca de íons e pequenas moléculas
- Permite a sinapse elétrica
• Sinais dependentes de contato
- Interação entre duas membranas
- Diapedese, sistema imunitário (plasmócito e macrófago)
• Comunicação local
- Ocorre através da difusão no espaço intercelular
- Parácrina: sensibilizar célula próxima
- Autócrina: sensibilizar a si mesma
• Comunicação a longa distância
- Sistema Endócrino: hormônios
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- Vias de sinalização
• Padrão geral de sinalização
- Molécula sinalizadora —> proteína receptora —> moléculas sinalizadoras
intracelulares —> proteínas alvo —> resposta
• Interferência da polaridade das moléculas sinalizadoras
- Hidrofóbicas: conseguem atravessar a membrana, para se ligarem a receptores
citosólicos ou nucleares. Geralmente, induzem a síntese de novos RNAm (tempo de
resposta mais lento)
- Hidrofílicas: não entram, ligando-se a receptores de membrana, ativando cascatas
enzimáticas (tempo de resposta mais rápido)
• Transdução de sinal
- Conversão e amplificação da informação da
molécula sinalizadora extracelular em
resposta
- Amplificação de sinal
1. Sinalizador extracelular se liga
2. Receptor ativa cinase ou amplificadoras
(AMPc)
3. A m p l i fi c a d o r a s a t i v a m s e g u n d o s
mensageiros
4. Segundos mensageiros abrem canais,
aumentam Ca2+ ou alteram fosfatases
5. Fosfatases alteram enzimas metabólicas,
transportadores, regulação gênica e
atividade muscular
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• Receptores de membrana
- Ionotrópico = Canal iônico
- Metabotrópicos
• Receptores enzimáticos
- Região receptora ativa região enzimática
- GTP -> GMPc; ou
- Cinase fosforila proteína
• Receptores ligados à proteína G
- Proteína G libera sua subunidade α, que pode
• Via de AMPc
- Ativar adenilato ciclase
- Gerar AMPc
- Ativar PK-A
- Fosforilar proteínas
- Gerar resposta
• Segundos mensageiros
- Ativar PL-C
- Converte fosfolipídios em:
• DAG -> ativa PK-C -> fosforila proteínas
• IP3 -> abre canais de Ca2+ do RE
• Integrinas
- Geram alterações no citoesqueleto, através de proteínas de ancoragem
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- Características Básicas
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- Muscarínicos = Tecidos-alvo
- Nicotínicos = Gânglios e Mm. esqueléticos
• Ações excitatórias e inibitórias da estimulação simpática e parassimpática
- Para se descobrir o efeito em cada órgão, deve-se pensar no que é benéfico para cada
situação
• “Fight or flight" = Luta ou fuga = estimulação do simpático implica em maior
frequência cardiorrespiratória, dilatação dos brônquios, diminuição do peristaltismo,
dilatação da pupila, vasoconstrição no TGI, vasodilatação em músculos, aumento da
sudorese, aumento da glicemia, contração do esfíncter da uretra
• “Rest and digest” = Descansar e digerir = estimulação do parassimpático implica em
menor frequência cardiorrespiratória, aumento do peristaltismo, contração da pupila,
vasodilatação no TGI, contração das glândulas, vasoconstrição em músculos
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• Controle pelos centros autônomos no encéfalo = a ativação de determinados centros pode gerar
resultados simpáticos ou parassimpáticos, para aumentar a PA ou diminuir salivação e
movimentos do TGI
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