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Teste de Tração

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INTRODUÇÃO

Na fabricação moderna, conhecer as propriedades mecânicas de um material


é essencial para o processo de desenvolvimento de um novo produto, pois as
propriedades mecânicas como Elasticidade, ductilidade, dureza e tenacidade são
determinantes para determinar a qualidade e resistência a danos do produto final.
Com aumento da complexidade dos constructos industriais, se torna necessária a
controle da qualidade das matérias-primas para garantir a ausência de defeitos e
prevenir acidentes durante a operação.
O ensaio de tração é amplamente utilizado como um teste para verificar a
resistência de uma determinada matéria-prima por meio da aplicação de uma força
crescente em único eixo, sendo assim possível determinar a variação do
comprimento da peça e avaliar a capacidade elástica e observar as deformações
plásticas do material. (figura 1)

Figura 2: Esquema de um corpo de


prova e aparato de teste de tração Figura 1: Ponto
de estricção

Segundo a Lei de Hooke, um material é dito elástico quando ao ser liberada a


tensão, ele retorna para seu comprimento original não exibindo nenhuma
deformação permanente. Depois de certo limite de força (Gráfico 3), tem-se início a
fase de deformação plástica irreversível, onde inicia o escoamento, onde ocorrem
quebras de ligações do retículo cristalino do material, causando um cisalhamento
deslocando partículas, o processo pode ser observado macroscopicamente com a
formação de estricções, regiões em que ocorre diminuição na sessão transversal da
peça, levando a um alongamento e fragilidade. Aumentando a força aplicada,
eventualmente ocorre a ruptura da peça em um ponto de estricção. (Figura 2)
Figura 3: Gráfico Tensão x Tamanho do corpo de prova

OBJETIVO

Avaliar e comparar as propriedades elásticas e observar a fase plástica até o ponto


de ruptura de amostras de elásticos borracha e folhas de EVA (Acetato de Vinila) de
forma qualitativa.

MATERIAIS

• Folhas de EVA pretas tamanho A4;


• Elásticos padrões escritório de borracha;
• Pinças de madeira
• Tesoura
• Régua
MÉTODOLOGIA

Para a repetição do experimento, elásticos de borracha foram cortados em


fios iguais de 9 cm e o EVA foi cortado em tiras de 20 cm de comprimento por 1 cm
de largura, sendo as tiras retiradas de uma folha comercial padrão de 2,5 mm de
espessura.
Em cada tira de amostra de EVA ou borracha, o material é preso com o auxílio
da pinça de madeira pela sua extremidade longitudinal (de maior comprimento), e
então o é puxado simultaneamente para ambas as direções. Devido à ausência de
um equipamento de aferição de força, foram realizados três testes qualitativos, cada
um com três replicatas, cada uma realizada por um operador diferente:
• Verificação da elasticidade: É realizada uma tração com força mínima pelo
operador do experimento, aonde é verificado se o comprimento se mantêm
inalterado
• Verificação do ponto máximo de elasticidade: O operador aplica uma força de
tração suficiente para que se perceba o início do escoamento do material, e então a
interrompe e anota-se o comprimento do material.
• Limite de plasticidade: O operador utiliza grande força até que se perceba a
eminente ruptura do material, então interrompe e anota-se o comprimento
• Verificação do ponto de ruptura: O operador aplica toda a força necessária para
romper o material, e então anota o comprimento dos dois pedaços resultantes do
material e então os soma num comprimento total.

RESULTADO E DISCUSSÃO

No experimento, foi possível observar claramente os efeitos citados de


escoamento e estricção, e com isso determinar o provável ponto de ruptura do
material, o estudo gerou os seguintes dados:

Comprimento final Borracha EVA


Elasticidade 9,6 9,5 9,4 n/a n/a n/a
Plasticidade 10 11 10 24 21 20,5
Ruptura 11,5 11,2 11,1 24,2 26,5 26,5
Nos ensaios realizados, as amostras de EVA apresentaram pouca ou
nenhuma elasticidade, tendo uma deformação permanente com uma mínima força
aplicada, não sendo possível observar retorno ao tamanho original em nenhum dos
testes com esse material. Também notou-se que esse efeito causa a formação muito
rápida de grandes estricções no corpo de prova o que se traduz numa janela de
deformação plástica muito curta antes da ruptura.
O teste com o elástico de borracha, como esperado, demandou grande força
para “vencer” sua fase elástica, portanto quando o material chega no seu limite de
estiramento, de forma semelhante ao EVA, possui uma breve janela de deformação
plástica antes da ruptura.
Outro ponto a se notar é que cada replicata do teste foi realizada por
operadores com diferentes forças aplicadas e subjetividades na obtenção dos
dados, porém observa-se que ainda há uma boa correlação entre todos os
comprimentos obtidos, o que nos sugere que a deformação específica do material
depende apenas de suas propriedades e é reprodutível não importando a técnica.

CONCLUSÃO
O experimento permitiu notar características importantes nas propriedades
mecânicas dos materiais, a borracha possui grande elasticidade e resistência a
deformação plástica, o que combina com seu uso habitual como elástico de
escritório para prender itens sem conferir força excessiva a eles. O EVA é um
material que possui resistência grande a deterioração, porém possui propriedades
mecânicas muito fracas, podendo ser rompido com facilidade. Por esse motivo, o
EVA tem utilidade em folhas como item de decoração, destinado a ficar parado no
mesmo lugar por muito tempo sem sofrer manipulações.

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