O Problema Do Nascimento Da Ciência Moderna No Séc XVII - 1 Slides

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Problema do Nascimento da 
Ciência Moderna no Séc. XVII
1. Tempos Modernos – Séc. XV­XVIII
1.1­ Cientificismo – domínio da Razão – 
Conhecimento Verdadeiro = Conhecimento 
Científico.
1.2­ Questionamentos
1.2.1­Existem outras formas culturais de saber?
1.2.2­ E a filosofia, a teologia, as artes, os mitos? Não 
têm valor de verdade?
1.2.3­ Será que o método científico consegue 
conhecer toda a realidade natural? A ciência 
abrange todos os campos do conhecimento? O 
que é a Ciência? 
   
2. História da Ciência
2.1­ A Ciência dos Sacerdotes, das Escolas Iniciáticas, dos 
Iniciados Ocultos, das Alquimias, dos Magos, dos Sábios, dos 
Druídas.
2.2­ O Conhecimento é uma dádiva dos Deuses:
– Observações dos Céus (a Astrologia, a Astronomia) 
– Economia da Terra (a Agricultura) 
– Medição do Solo (a Geometria)
– Construção dos tempos e palácios (as Matemáticas, a Arquitetura)
– Plantas, do arremesso das flechas, dos “curadores”, da magia (a 
Física, a Química, a Medicina)
– Magia, dos magos (os Filósofos, os Doutores).
2.3­ A Cultura Neolítica – agricultura, domesticações, tecelagens, 
cerâmica, metais, escritas, construção, transporte, religião – para 
tudo ele usa da observação e experimentação – CIÊNCIA
   
2.4 As Civilizações da 
Antigüidade Oriental
2.4.1­ Tradição polinésia de poderosas nações 
que em tempo remotíssimo se formaram na 
SAMOA e no TAITI.
2.4.2 ­ No Oceano Atlântico, da Islândia ao 
Pólo Sul, a elevação central marítima dá algum 
apoio à “lenda”que Platão realçou como uma 
“civilização florescida num continente situado 
entre a Europa e a Ásia tragado por uma 
subversão geológica (...).

   
Existe um platô submarino de 2000 a 3000 metros de 
profundidade no Atlântico, de Norte a Sul, ladeado à 
esquerda e à direita por profundezas de 5000 a 6000 
metros  A Civilização “perdida” de ATLÂNTIDA, ligação 
entre as culturas da Europa e do Iucatã (México); 
influência sobre a Civilização Egípcia e acredita­se que a 
América fosse parte dessa Civilização. “Berços” da 
Civilização na Ásia Central e Anau (ao Sul do 
Turquestão),  restos arqueológicos de culturas adiantadas, 
datando de 9000 anos, foram encontrados. Parentescos 
Culturais entre o Egito e a Mesopotâmia (Elam e Suméria 
antes do Egito). Hoje, todas as probabilidades são de que o 
risco delta dos rios da Mesopotâmia fosse o expectador das 
mais velhas cenas do drama histórico da civilização. – 
DURANT, Will. História da Civilização. Nossa Herança 
Oriental. p. 54 a 75.

   
2.4.3­ Das grandes Civilizações Milenares da 
Antigüidade Oriental para as Ilhas do Mar Egeu, 
do Mar Mediterrâneo e Península Balcânica fluem 
as sabedorias que vão encontrar na Grécia e suas 
Colônias, a partir do Séc. VII/VI aC, condições 
culturais propícias para a expansão do SABER, 
numa especificidade mais LÓGICA RACIONAL.

   
     2.4.4­ Tales de Mileto, Anaximandro, Anaxágora, 
Xenófanes, Protágoras, Hipócrates, Demócrito, Pitágoras, 
Parmênides, Heráclito, Sócrates, Platão, Aristóteles, 
Xenófanes, Anacreonte, Aristófanes e muitos outros 
dividiram­se quanto à forma de racionalizar o saber: uma 
NATURALISTA (Razão) outra MÍSTICA (Intuição)
2.4.5­ A transição medieval de 1000 anos conserva e 
obstrui muitos elementos da sabedoria antiga e são 
inúmeros os sujeitos que continuaram as interrogações do 
mundo dos homens e da natureza. 
O princípio paradigmático era o TEOCENTRISMO, 
controlado pela Igreja, e a tradição religiosa de 
Conhecimento se dispersou entre várias correntes de 
pensamento, sendo muito delas consideradas HERÉTICAS 
e perseguidas pela INQUISIÇÃO.
   
      2.4.6­ As TRADIÇÕES de 
CONHECIMENTOS persistem permeando todas as 
SOCIEDADES, todas as CULTURAS e todas as 
CIVILIZAÇÕES e o
       Séc. XIII explode em ESCOLAS, em 
UNIVERSIDADES, e o Paradigma HUMANISTA vai 
preparar as condições para a “explosão” 
RENASCENTISTA.

   
2.5 O Tempo do Renascimento
2.5.1­ Sociedade Pós­Feudal
♦ Desenvolvimento da Navegação
♦ Grandes Descobertas
♦ Comércio – Mercantilismo
♦ Manufaturas
♦ Acumulação de Capital – Pré­Condições para 
Industrialização (1770/80), Mecanização (1770/80), 
Sistema Capitalista (1800/1880­90)
♦ Afirmação da Burguesia Mercantil
♦ Burguesia Manufatureira

   
♦ Mão­de­obra livre e assalariada
♦ Contato com povos de culturas diversas   
Sociedades diferenciadas das Américas e 
Civilizações Orientais milenares  China, Índia, 
Japão, África
♦ Formação dos Estados Nacionais na Europa   
Centralização do Poder Real.
♦ Mudança de mentalidade Paradigmática   o 
Humanismo e o Antropocentrismo revelam a 
centralização das atenções dos pensadores e 
homens da Ciência   o Individualismo ou o 
“homem se faz por si mesmo”   oposição ao 
Teocentrismo
   
♦ O Homem ainda domina o outro para ser seu Servo e 
seu Escravo, seu Operário mas já se divulga princípios 
de “Liberalismo   Liberdade, Igualdade, Fraternidade”
♦ Homo Faber expressa todas as suas potencialidades: 
aceleração da Técnica, do Saber, da Mutabilidade 
Social, da Imprensa (a Comunicação Escrita), dos 
Artistas, dos Intelectuais, dos Cientistas, da RAZÃO 
♦ A Reforma (do Séc. XI ao XVI), culminando com 
Lutero (1517) e a Contra­Reforma
♦ A Santa Inquisição e a perseguição aos Filósofos­
Cientistas

   
♦ Mudança de Paradigma  o Racionalismo  o Mundo 
como uma Máquina.
♦ Desenvolvimento, Guerras de Religião, Revolução 
Científica na Física, na Astronomia, nas Matemáticas 
realizações de Copérnico, Galileu e Newton; novo 
MÉTODO DE INVESTIGAÇÃO a partir de Francis 
Bacon, Descartes  descrição matemática da natureza e 
método analítico de raciocínio   A Lógica Cartesiana.
♦ Séc. XVI/XVII   Idade da Revolução Científica.

   
2.6 A Revolução Científica 
começou com Nicolau Copérnico
2.6.1­ Opôs­se à concepção geocêntrica (Paradigma) 
de Ptolomeu e da Bíblia por mais de 1000 anos.
2.6.2­ A Terra deixou de ser o Centro do Universo   
mais um planeta, astro secundário nas fronteiras da 
galáxia.
2.6.3­ “Ofendeu”os dogmas da Igreja.
2.6.4­ O homem foi tirado de sua orgulhosa posição 
de figura central da criação de Deus.
2.6.5­ Retardou a publicação de seus trabalhos até 
1543 – ano de sua morte.
2.6.6­ Concepção Heliocêntrica como hipótese 
instituiu um novo Paradigma Científico.

   
2.7 A Revolução Científica 
continua com Johanes Kepler
2.7.1 – Cientista e Místico
2.7.2 – Descobrir a harmonia das esferas 
siderais
2.7.3 – Formulou suas célebre “Leis Empíricas 
do Movimento Planetário”, sustentando o 
sistema de COPÉRNICO

   
2.8 A Revolução Científica e a opinião 
decisiva de mudança paragigmática de 
Galileu Galilei
2.8.1 – “Descobridor” das “Leis da Queda 
dos Corpos”
2.8.2 – Atenção voltada para a Astronomia
2.8.3 – Uso do recém­inventado 
TELESCÓPIO, aplicando seu talento na 
OBSERVAÇÃO CIENTÍFICA dos 
fenômenos celestes 

   
2.8.4 – Superação do Paradigma 
GEOCÊNTRICO – velha cosmologia; não 
deixou margem para dúvidas e estabeleceu a 
hipótese de COPÉRNICO como TEORIA 
CIENTÍFICA VÁLIDA
2.8.5 – CONFLITO COM A IGREJA
2.8.6 – Combinou a EXPERIMENTAÇÃO 
CIENTIFICA com o USO da LINGUAGEM 
MATEMÁTICA para formular as LEIS da 
NATUREZA por ele descobertas 
   
2.8.7 – Considerado o “Pai da Ciência Moderna”. “A 
filosofia está escrita nesse grande livro que permanece 
sempre aberto diante de nossos olhos; mas não 
podemos entendê­la se não aprendermos primeiro a 
linguagem e os caracteres em que ela foi escrita.  Essa 
linguagem é a matemática, e os caracteres são 
triângulos, círculos e outras figuras geométricas
Da Idade Média até o séc. XIX, o termo FILOSOFIA 
foi usado numa acepção muito ampla e incluía o que 
hoje chamamos CIÊNCIA 

   
2.8.8 – Dois aspectos pioneiros de GALILEU:

♦ Abordagem Empírica e o Uso de uma Descrição 
Matemática da Natureza
♦ Esses aspectos tornaram­se as características 
dominantes da CIÊNCIA no séc. XVII e subsistiram 
como importantes critérios das Teorias Científicas 
até hoje.
♦ GALILEU entendeu que os CIENTISTAS deveriam 
restringir­se ao estudo das PROPRIEDADES 
ESSENCIAIS  dos CORPOS MATERIAIS   as 
FORMAS, as QUANTIDADES e os 
MOVIMENTOS. Todos eles podiam ser MEDIDOS e 
QUALIFICADO

   
♦ O SOM, a COR, o SABOR, o CHEIRO eram 
“projeções mentais subjetivas que deveriam ser 
excluídas do domínio da CIÊNCIA. A atenção 
dos CIENTISTAS deveriam estar voltadas 
para as PROPRIEDADES 
QUANTIFICÁVEIS da MATÉRIA  decisão 
muito bem sucedida em toda a CIÊNCIA 
MODERNA

   
♦ Esta decisão exigiu um pesado ônus para a 
Sociedade Moderna Ocidental: “Perderam­se a 
VISÃO, o SOM, o GOSTO, o TATO e o 
OLFATO, e com eles foram­se também a 
SENSIBILIDADE ESTÉTICA e ÉTICA, os 
VALORES, a QUALIDADE, a FORMA; todos os 
SENTIMENTOS, MOTIVOS, INTENÇÕES, a 
ALMA, a CONSCIÊNCIA, o ESPÍRITO. A 
EXPERIÊNCIA como tal foi expulsa do domínio 
do DISCURSO CIENTÍFICO. (R. D. Laing – 
Psiquiatra)
♦ Esta decisão científica traçou o paradigma dos 
últimos 400 anos, o que se tornou a obsessão dos 
cientistas pela MEDIÇÃO e pela 
QUANTIFICAÇÃO.  
   
Bibliografia

CAPRA, F.  O ponto de mutação.  São Paulo: Cultrix, 1982.

DURANT, W.  A história da civilização – nossa herança clássica.  3ª ed.  
Rio de Janeiro: Record, 1995. Volume 2.

HUHNE, L.M. (orga.)  Metodologia Científica.  Rio de Janeiro: Agir, 1992.

   

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