Codigo Deontoologico

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 3

Considerações ético-deontológicas

Código Deontológico da OPP


“A avaliação psicológica corresponde a um processo compreensivo
(abrangendo áreas relacionadas com o pedido de avaliação e os problemas
identificados) e diversificado (recorrendo potencialmente a vários interlocutores
pode assumir distintos objetivos, reconhece diferentes tipos de informações,
considera variados resultados). Pretende, igualmente, ser um processo justo
(reconhecendo e não penalizando diferenças relativas a grupos minoritários,
incluindo pessoas com deficiências físicas, sensoriais, linguísticas ou outras
fragilidades, a menos que sejam estas variáveis a mensurar e considerando as
consequências dos resultados)...concretiza -se através do recurso a protocolos
válidos e deve responder a necessidades objetivas de informação,
salvaguardando o respeito pela privacidade da pessoa.”

Princípios Específicos da Avaliação Psicológica em:


Código Deontológico da OPP
a. Natureza da avaliação psicológica: a avaliação psicológica é um ato
exclusivo da Psicologia e um elemento distintivo da autonomia técnica
dos/as psicólogos/as relativamente a outros profissionais.

b. Competências específicas: As técnicas e instrumentos de avaliação


são utilizados por psicólogos/as qualificados/as com base em formação
atualizada, experiência e treino específicos, exceto quando tal uso é
realizado com supervisão apropriada com objetivos de treino ou
formação.

c. Utilização apropriada: A utilização apropriada de técnicas e


instrumentos de avaliação refere-se à administração, cotação,
interpretação (incluindo o recurso a programas informáticos) e usos da
informação obtida, e requer investigação e evidência de utilidade.
d. Consentimento informado para a avaliação: Os psicólogos/as obtêm
consentimento informado para os processos de avaliação ou
diagnóstico, exceto quando estes fazem parte da rotina institucional,
organizacional ou educacional, que corresponda a uma solicitação
regulamentada na lei ou pretendam identificar a capacidade de tomada
de decisão.

e. Materiais de avaliação, sua proteção e segurança: Os/as


psicólogos/as têm a responsabilidade de selecionar e utilizar, de modo
apropriado, protocolos de avaliação suficientemente válidos, atualizados
e fundamentados do ponto de vista científico. Estes protocolos incluem
entrevistas, testes e outros instrumentos de avaliação psicológica que
são utilizados para justificar formulações e conclusões incluídas em
avaliações, diagnósticos, relatórios, pareceres, recomendações e outros
tipos de comunicação. Os materiais e protocolos de avaliação, incluindo
manuais, itens, e sistemas de cotação e interpretação, não são
disponibilizados aos clientes ou a outros profissionais não qualificados.
Os/as psicólogos/as asseguram a proteção e segurança dos materiais
de avaliação, prevenindo a sua divulgação para o domínio público.

f. Instrumentos: Os/as psicólogos/as utilizam instrumentos de avaliação


que foram objeto de investigação científica prévia fundamentada, e que
incluem estudos psicométricos relativos à validade e fiabilidade dos seus
resultados com pessoas de populações específicas examinadas com
esses instrumentos, bem como dados atualizados e representativos de
natureza normativa. O uso de instrumentos supõe um conhecimento
rigoroso dos respetivos manuais, incluindo o domínio de modelos
teóricos subjacentes, condições de administração, cotação,
interpretação, bem como o conhecimento da investigação científica
atualizada.

g. Dimensão da interpretação: Na interpretação dos resultados, os/as


psicólogos/as consideram o objetivo da avaliação, variáveis que os
testes implicam, características da pessoa avaliada (incluindo diferenças
individuais — linguísticas, culturais ou outras) e situações ou contextos
que podem reduzir a objetividade ou influenciar os juízos formulados.

h. Comunicação dos resultados: Os/as psicólogos/as proporcionam


explicações objetivas acerca da natureza e finalidades da avaliação,
bem como dos limites dos instrumentos, resultados e interpretações
formuladas à pessoa ou seu representante legal, ou a outros
profissionais ou instituições a quem prestam serviços de avaliação,
estes últimos com o consentimento do cliente. O cliente tem direito de
acesso aos resultados da avaliação, bem como informação adicional
relevante para a sua interpretação. Preferencialmente, os/as
psicólogos/as fazem uma entrevista de devolução dos resultados da
avaliação, prévia ao envio do relatório, onde explicam os dados
constantes no relatório e possibilitam ao cliente a manifestação de
dúvidas e o seu esclarecimento.

i. Fundamentação dos pareceres: Os/as psicólogos/as fundamentam a


avaliação, as decisões relativas à intervenção ou as recomendações em
dados ou resultados de testes reconhecidamente úteis e apropriados
para os objetivos gerais e específicos da avaliação.

j. Relatórios psicológicos: Os relatórios psicológicos devem ser


documentos escritos objetivos, rigorosos e inteligíveis para o(s)
destinatário(s), procurando introduzir apenas informação relevante que
permita dar resposta às questões e pedidos de avaliação considerados
pertinentes. Os/as psicólogos/as devem ponderar as consequências das
informações disponibilizadas nos relatórios psicológicos, considerar
criticamente o carácter relativo das avaliações e interpretações, e
especificar o alcance, limites e grau de certeza dos conteúdos
comunicados. Os relatórios incluem como elemento de identificação o
nome do psicólogo e o número da cédula profissional.

k. Relações profissionais: Se o cliente pretender uma segunda opinião


por parte de outro/a psicólogo/a, dados mais completos de avaliação
poderão ser diretamente enviados a este último, para evitar
interpretações incorretas por parte do cliente e assegurar a segurança e
integridade dos materiais de avaliação.

Você também pode gostar