30 Dias - Blazute

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Cassia Brito

[email protected]

Semana 01
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido
qualquer tipo de repasse.

1. Esse material foi feito para você ler a Lei Seca, e resolver as questões ao mesmo tempo. No
cronograma, menciono os artigos que devem ser lidos por você. Assim, quando você estiver
fazendo a leitura dos dispositivos, você também estará resolvendo as questões, otimizando seus
estudos para o exame da ordem.
2. Sugestão* de questões diárias. Quantas horas você tem por dia para estudar?
Horas de
estudos
1h-2h 2h-4h 4h-6h 6h ou +
20-30 +30
Questões 5-10 questões 10-20 questões
questões questões

3. Site para fazer as questões: Qconcursos.com (recomendo a assinatura). Obs: As questões


já foram filtradas por mim, estando prontas para você resolver!
4. Caso não consiga fazer pelo site, recomendo a compra do livro de Questões Comentadas –
Revisaço OAB – Ed. Juspodivm - Henrique Correia e Rogério Sanches.
Cassia Brito
5. Passarei desafios diários [email protected]
grupo de estudos.

 Todos os dias você fará as questões de acordo com o cronograma, mesmo que nunca
tenha estudado o assunto, assim você aprenderá com as questões.
 Marque todos os artigos citados no Vade Mecum com o lápis de cor de acordo com a
cor do tema. Por exemplo: Civil (ROSA), marque os artigos e súmulas citadas. Além
disso, a cada artigo citado nas questões, coloque um asterisco * ao lado.
 Mas Professora, e se eu falhar um dia? Compense no outro dia ou então no final de
semana! Não desista!

 Sem dúvida alguma, a revisão é a parte mais importante do estudo, pois é a hora que
você sedimenta tudo aquilo que estudou.
 Quando chegar o dia da revisão (escolha um dia) você fará a leitura dos artigos *
marcados ao longo da semana.
 Dica: ao fazer uma questão, faça um asterisco no artigo que foi cobrado, pois, quando
for fazer a revisão, chamará mais atenção aos artigos que mais caem em prova e isso
facilitará a revisão de véspera da prova.
 Cuidado! É normal errar questões, ainda mais com a quantidade de informações que
nós vamos adquirir em pouco tempo. O ideal é que mesmo que você erre, você aprenda
com cada questão e depois de tantos “erros”, você começará a acertar, pois saberá
filtrar o que é necessário para acertar as questões.

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- Vamos lá, preparados?

CIVIL: *Arts.1º ao 103*


Ementa: Das pessoas. Das pessoas naturais. Das pessoas jurídicas. Do domicílio. Dos Bens.
Principais artigos do Código Civil:
Cai muito em prova!
Art.2º Art.3º Art.4º Art.5º Art.6º Art.7º Art. 11 Art.12 Art.14 Art.17
Art. 19 Art.21 Art.23 Art.25 Art.26 Art.37 Art.38 Art.39 Art.62 Art.63
Art.80 Art.81 Art.85 Art.96

1. Art. 2º O Enunciado 1 da I Jornada de Direito Civil estabelece que a proteção que o Código dá
ao nascituro alcança o natimorto no que concerne aos direitos da personalidade, tais como
nome, imagem e sepultura.
2. Artigo 3º do Código Civil “são absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os fatos
Cassia Brito
da vida civil os menores de [email protected]
(dezesseis) anos”.

3 Artigo 4º do Código Civil: São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os


exercer: I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; II - os ébrios habituais e os
viciados em tóxicos; III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem
exprimir sua vontade; IV - os pródigos.
5. Artigo 5º do Código Civil: Motivos que cessam a incapacidade para os menores.

I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento


público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o
tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
II - pelo casamento;
III - pelo exercício de emprego público efetivo;
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego,
desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia
própria.

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6. Morte presumida:

Art. 7º Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência:

I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;

II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos
após o término da guerra.
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida
depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do
falecimento.

7. Artigo 8º do Código Civil: O que significa comoriência?


“Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesmaBrito
Cassia ocasião, não se podendo averiguar se algum
dos comorientes precedeu [email protected]
outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos”.
8. Art 9º Serão registrados em registro público:

I - os nascimentos, casamentos e óbitos; II - a emancipação por outorga dos pais ou por


sentença do juiz; III - a interdição por incapacidade absoluta ou relativa; IV - a sentença
declaratória de ausência e de morte presumida.
OAB- XXXI Márcia, adolescente com 17 anos de idade, sempre demonstrou uma
maturidade muito superior à sua faixa etária. Seu maior objetivo profissional é o de tornar-se
professora de História e, por isso, decidiu criar um canal em uma plataforma on-line, na qual publica
vídeos com aulas por ela própria elaboradas sobre conteúdos históricos. O canal tornou-se um
sucesso, atraindo multidões de jovens seguidores e despertando o interesse de vários
patrocinadores, que começaram a procurar a jovem, propondo contratos de publicidade. Embora
ainda não tenha obtido nenhum lucro com o canal, Márcia está animada com a perspectiva de
conseguir custear seus estudos na Faculdade de História se conseguir firmar alguns desses
contratos. Para facilitar as atividades da jovem, seus pais decidiram emancipá-la, o que permitirá
que celebre negócios com futuros patrocinadores com mais agilidade. Sobre o ato de emancipação
de Márcia por seus pais, assinale a afirmativa correta.

Resposta correta: Deve, necessariamente, ser levado a registro no cartório competente do


Registro Civil de Pessoas Naturais.

9. Sucessão provisória - Art. 26 e ss:

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Art. 26. Decorrido um ano da arrecadação dos bens do ausente, ou, se ele deixou representante
ou procurador, em se passando três anos, poderão os interessados requerer que se declare a
ausência e se abra provisoriamente a sucessão.

10. Sucessão definitiva: Art.37 e ss:

Art. 37. Dez anos depois de passada em julgado a sentença que concede a abertura da
sucessão provisória, poderão os interessados requerer a sucessão definitiva e o levantamento
das cauções prestadas.

Resumindo:

Fases da morte presumida com declaração de ausência:

1o Arrecadação de bens;
2o Espera de 1 ano;
3o Declaração de ausência e abertura da sucessão provisória;
Cassia
4o Espera de 10 anos após o trânsito em Brito
julgado da decisão;
[email protected]
5 Decisão autorizando a abertura da sucessão definitiva.
o

Art. 38. Pode-se requerer a sucessão definitiva, também, provando-se que o ausente conta
oitenta anos de idade, e que de cinco datam as últimas notícias dele.

OAB-XXIX – Gumercindo, 77 anos de idade, vinha sofrendo os efeitos do Mal


de Alzheimer, que, embora não atingissem sua saúde física, perturbavam sua memória.
Durante uma distração de seu enfermeiro, conseguiu evadir-se da casa em que residia. A
despeito dos esforços de seus familiares, ele nunca foi encontrado, e já se passaram nove
anos do seu desaparecimento. Agora, seus parentes lidam com as dificuldades relativas à
administração e disposição do seu patrimônio. Assinale a opção que indica o que os parentes
devem fazer para receberem a propriedade dos bens de Gumercindo.

Resposta: Eles devem requerer a sucessão definitiva do ausente, pois ele já teria mais de
oitenta anos de idade, e as últimas notícias dele datam de mais de cinco anos.

Art. 39. Regressando o ausente nos dez anos seguintes à abertura da sucessão definitiva, ou
algum de seus descendentes ou ascendentes, aquele ou estes haverão só os bens existentes no
estado em que se acharem, os sub-rogados em seu lugar, ou o preço que os herdeiros e demais
interessados houverem recebido pelos bens alienados depois daquele tempo.

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Parágrafo único. Se, nos dez anos a que se refere este artigo, o ausente não
regressar, e nenhum interessado promover a sucessão definitiva, os bens arrecadados
passarão ao domínio do Município ou do Distrito Federal, se localizados nas respectivas
circunscrições, incorporando-se ao domínio da União, quando situados em território
federal.

10. Domicílio:
Domicílio da pessoa natural Domicílio da pessoa jurídica
1a Regra: 1ª Regra:
Local onde estabelece a sua residência com Local eleito no estatuto. Se não houver
ânimo definitivo. eleição, o local onde funcionarem as
diretorias ou administrações.
2ª Regra: + de uma residência?
Domicílio: qualquer uma delas. 2ª Regra:
Mais de um estabelecimento, cada um deles
3ª Regra: Não tem residência habitual?
Cassiaserá considerado domicílio para os atos nele
Brito
Local onde for encontrada praticados.
[email protected]
4ª Regra: Relações profissionais: 3ª Regra:
Local onde é exercido. Se a administração (ou diretoria) tiver sede
Domicílio necessário: no estrangeiro, haver-se-á por domicílio o
lugar do estabelecimento, no Brasil, a que ela
Do incapaz: o de seu represente ou corresponder.
assistente
Do servidor público: local onde exercer 4ª Regra:
permanente suas atribuições Pessoas jurídicas de direito público
Do militar: o local onde servir, e, sendo da interno:
Marinha ou Aeronáutica, a sede do comando União: DF;
a que se encontrar matriculado. Estados: Capitais.
Do preso: o lugar em que cumprir a sentença Municípios: o lugar onde funcione a
Administração

11. Das pessoas jurídicas (art.41 e 44 CC) :


Pessoas Jurídicas de Direito Público Pessoas Jurídicas de Direito Privado
I - a União; I - as associações;
II - os Estados, o Distrito Federal e os II - as sociedades;
Territórios; III - as fundações.
III - os Municípios; IV - as organizações religiosas;
IV - as autarquias, inclusive as associações V - os partidos políticos.
públicas;

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V - as demais entidades de caráter público


criadas por lei.

12. Art. 93 do CC: “São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se
destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro”.
Obs: Art. 94 do CC dispõe que “os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não
abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou
das circunstâncias do caso".

Bruna visitou a mansão neoclássica que André herdara de seu tio e cuja venda estava
anunciando. Bruna ficou fascinada com a sala principal, decorada com um piano do século XIX
e dois quadros do conhecido pintor Monet, e com os banheiros, ornados com torneiras
desenhadas pelos melhores profissionais da época. Diante disso, decidiu comprá-la. Na
ausência de acordo específico entre Bruna e André, por ocasião da transferência da
propriedade, Bruna receberá: Resposta: a mansão juntamente com as torneiras dos banheiros,
consideradas partes integrantes, mas não os quadros e o piano, considerados pertenças.
Cassia Brito
[email protected]

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Sugestão: Faça as 16 questões cobradas em prova


Número de Questões:
Acertos: Erros:

ESPAÇO PARA ANOTAÇÕES:

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CONSTITUCIONAL: PROCESSO LEGISLATIVO


Leitura obrigatória dos artigos 60 ao 69 da Constituição Federal.
Principais artigos da CF:
Cai muito em prova!
Art.60 Art.61§1 Art.62§1 Art.62§3º Art.62§10 Art.66

ASSISTA A AULA NA PLATAFORMA!


1. Memorizar o artigo 60 da Constituição, principalmente o quórum para aprovar uma Emenda à
constituição (Art. 60 § 2º da CF/88), legitimados (Art. 60, I, II, III da CF/88) e cláusulas pétreas
(artigo 60, §4º da CF/88).

Obs.: O voto obrigatório é cláusula pétrea?


Resposta: Cassia Brito
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AULA NA PLATAFORMA

Emenda à Constituição Lei

2. Artigo 61, §1º: Projetos de lei de iniciativa do Presidente da República.

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§ 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:


II. a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou
aumento de sua remuneração;
b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e
pessoal da administração dos Territórios;
c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos,
estabilidade e aposentadoria;

3. Memorizar o quórum da iniciativa popular:


Federal: Artigo 61, § 2º.A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara
dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado
nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por
cento dos eleitores de cada um deles
Estadual: Art.27 § 4º A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual.
Municipal: Art. 29 XIII - iniciativa popular
Cassia de projetos
Brito de lei de interesse específico do
Município, da cidade ou de bairros, através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento
[email protected]
do eleitorado;

4. Medida provisória:
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar
medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso
Nacional:

- Vedação a medida provisória:

§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:


I - relativa a:
a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral;
b) direito penal, processual penal e processual civil;
c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus
membros;
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e
suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º;

É permitida medida provisória para abertura de crédito extraordinário: Art.167


§ 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas
imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou

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calamidade pública, observado o disposto no art. 62.

II - que vise a detenção ou sequestro de bens, de poupança popular ou qualquer


outro ativo financeiro;
III - reservada a lei complementar
IV - já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de
sanção ou veto do Presidente da República.

- Eficácia da MP:

Prazo 60 dias, podendo ser prorrogada por igual período

Art. 62 §3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia,


desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos
termos do § 7º, uma vez por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por
decreto legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes.

§ 11. Não editado o decreto legislativo a que se refere o § 3º até sessenta dias após a
rejeição ou perda de eficácia de medida provisória, as relações jurídicas constituídas e
Cassia
decorrentes de atos praticados durante Britoconservar-se-ão por ela regidas.
sua vigência
[email protected]
- Apreciação da MP:
- 45 dias

Art. 62§6º Se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco dias contados
de sua publicação, entrará em regime de urgência, subseqüentemente, em cada uma das
Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as
demais deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando.

5. Projeto de lei:
Art. 65. O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto pela outra, em um só turno de
discussão e votação, e enviado à sanção ou promulgação, se a Casa revisora o aprovar, ou
arquivado, se o rejeitar.
Parágrafo único. Sendo o projeto emendado, voltará à Casa iniciadora.
Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao Presidente da
República, que, aquiescendo, o sancionará.
§ 1º Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional
(veto jurídico) ou contrário ao interesse público (veto político), vetá-lo-á total ou parcialmente,
no prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de
quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto.
§ 2º O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso
ou de alínea.

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§ 3º Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Presidente da República importará


sanção. (Sanção tácita)

§ 4º O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de seu
recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e
Senadores.

AULA NA PLATAFORMA

Esquema feito pela professora em aula:

Cassia Brito
[email protected]

AULA NA PLATAFORMA
PEC REJEITADA – Art. 60§5º MP REJEITADA – Art. 62§10 PL REJEITADO – Art. 67

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ADMINISTRATIVO: ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA

Principais artigos:
CF:
Art.37, XIX Art. 37 §9º Art.173

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1. Os órgãos não possuem personalidade jurídica própria, mas podem possuir personalidade
judiciária, que é sinônimo de capacidade processual,
Cassia ou seja, podem estar no polo ativo de uma
Brito
ação para a defesa de suas prerrogativas funcionais.
[email protected]
Exemplo: Súmula 525 do STJ.
A Câmara de Vereadores não possui personalidade jurídica, apenas personalidade judiciária,
somente podendo demandar em juízo para defender os seus direitos institucionais

2. Artigo 37, XIX CF/88 (artigo mais cobrado de administrativo): somente por lei específica
(lei ordinária) poderá ser criada autarquia (a fundação pública de direito público também, ou
seja, autarquia fundacional) e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de
economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas
de sua atuação.

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A Fundação pública é dotada de personalidade jurídica de direito público ou de direito


privado. Veja o esquema:

FUNDAÇÃO PÚBLICA DE DIREITO PÚBLICO FUNDAÇÃO PÚBLICA DE DIREITO


(Autarquia fundacional ou fundação autárquica) PRIVADO
Doutrina Prevista na CRFB
Autorizada a criação por lei específica
Criada por lei específica
(Precisa de registro)
( Art 37, XIX CRFB)
Regime de direito público com
Regime de direito público derrogações privadas
(Concurso, licitação) (Concurso, licitação).

Cassia Brito
3. As empresas públicas e sociedades de economia mista, são pessoas jurídicas de direito
[email protected]
privado.
4. Art. 173 CF/88: Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de
atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da
segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.

AULA NA PLATAFORMA
5. Distinção entre empresa pública e sociedade de economia mista:

Empresa pública Sociedade de economia mista


Forma
Societária
Capital

Foro

6. Art. 37 § 9º O disposto no inciso XI (teto remuneratório) aplica-se às empresas públicas e às


sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos
Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de
custeio em geral.

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7. Os empregados das empresas públicas e sociedades de economia mista serão CELETISTA.


Embora tenham que fazer concurso público, NUNCA terão estabilidade!
8. Sobre as autarquias: são pessoas jurídicas de direito público.
Obs: Lei 9.986/00. As agências reguladoras são autarquias em regime especial, que exercem o
controle e a fiscalização dos serviços públicos. a principal característica de uma agência
reguladora é o mandato fixo de seus dirigentes, não podendo ser exonerados livremente.

Novidade:
Os dirigentes de uma agência reguladora poderão perder o mandato?
Art. 9º O membro do Conselho Diretor ou da Diretoria Colegiada somente perderá o
mandato: (Redação dada pela Lei nº 13.848, de 2019)
I - em caso de renúncia;
II - em caso de condenação judicial transitada em julgado ou de condenação em
processo administrativo disciplinar; (Incluído pela Lei nº 13.848, de 2019) Vigência
NOVIDADE! III - por infringência de quaisquer das vedações previstas no art. 8º-B desta Lei.
Art. 8º-B. Ao membro do Conselho Diretor ou da Diretoria Colegiada é
vedado: Cassia Brito
I - Receber, a qualquer título [email protected]
sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas;
II - Exercer qualquer outra atividade profissional, ressalvado o exercício do magistério,
havendo compatibilidade de horários;
III - participar de sociedade simples ou empresária ou de empresa de qualquer espécie, na
forma de controlador, diretor, administrador, gerente, membro de conselho de administração
ou conselho fiscal, preposto ou mandatário;
IV - Emitir parecer sobre matéria de sua especialização, ainda que em tese, ou atuar como
consultor de qualquer tipo de empresa;
V - Exercer atividade sindical;
VI - Exercer atividade político-partidária;
VII - estar em situação de conflito de interesse, nos termos da Lei nº 12.813, de 16 de maio de
2013.
Obs.: O prazo da quarentena mudou... O que é a quarentena?

Art. 8º da Lei 9.986/00 Os membros do Conselho Diretor ou da Diretoria


Colegiada ficam impedidos de exercer atividade ou de prestar qualquer serviço no setor
regulado pela respectiva agência, por período de 6 (seis) meses, contados da exoneração
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ou do término de seu mandato, assegurada a remuneração compensatória. (Redação dada


pela Lei nº 13.848, de 2019).

9. Terceiro Setor: Pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos!

ORGANIZAÇÕES SOCIAIS
ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE
(OS)
TERCEIRO CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO
SETOR Lei 9.637/98
(OSCIP)
Principais artigos:
Lei 9.790/99
1º; 2º I, “b” e “d”
Pessoas
Jurídicas de
Sim. Constituída e em funcionamento
Direito Privado Sim
regular há, no mínimo 3 (três) anos.
sem fins
lucrativos?
Ensino, à pesquisa científica, I - promoção da assistência social;
ao desenvolvimento tecnológico, à II – promoção da cultura, defesa e
Cassia Brito
proteção e preservação do meio conservação do patrimônio histórico e
ambiente, à [email protected]
cultura e à saúde, artístico;
Principais atendidos aos requisitos previstos nesta III – promoção gratuita da educação,
Finalidades: lei. observando-se a forma complementar
de participação das organizações de
que trata esta lei;
(...)
Art. 3º da lei 9.790/99
Vínculo
Contrato de Gestão Termo de Parceria
jurídico
Qualificação Discricionária Art. 2, II. Vinculada

ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL (OSC) – lei 13.019/14

Pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos;

Exemplos: Sociedades cooperativas; e organizações religiosas que se dediquem a atividades ou


a projetos de interesse público e de cunho social distintas das destinadas a fins exclusivamente
religiosos;

Parcerias formalizadas por:

Termo de colaboração: propostas pela administração pública que envolvam a transferência de


recursos financeiros;

Termo de fomento: propostas pelas organizações da sociedade civil, que envolvam

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a transferência de recursos financeiros;

Acordo de cooperação: não envolvem transferências de recursos. O procedimento


adotado é como regra o Chamamento Público.

10. Consórcios Públicos


Lei 11.107/05 – Artigos importantes: Art 6º, Art 6§2º
Pessoa jurídica formada exclusivamente por entes da federação, na forma, para estabelecer
relações de cooperação federativa, com a realização de objetivos de interesse comum.
Consórcios públicos – personalidade jurídica de direito público.
(associação pública: autarquia);
Consórcios públicos – personalidade jurídica de direito privado sem fins econômicos.
Cuidado: após a constituição do consórcio, poderá ele promover desapropriação, pois
prevista no protocolo, mas a declaração de utilidade pública não pode ser feita pelo
consórcio.

Cassia Brito
[email protected]
A União somente participará de consórcios públicos em que também façam parte todos os
estados em cujos territórios estejam situados os municípios consorciados.
→ Novidade Legislativa! O consórcio público, com personalidade jurídica de direito
público ou privado, observará as normas de direito público no que concerne à realização de
licitação, à celebração de contratos, à prestação de contas e à admissão de pessoal, que
será regido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº
5.452, de 1º de maio de 1943. (Redação dada pela Lei nº 13.822, de 2019)

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Acertos: Erros:

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Processo do Trabalho: Competência + Partes e Procuradores


Art.114 da CF
Art. 791 ao 793 CLT
CLT

Art.791 Art.791§3º Art.793 Art.843 Art. 855-B 899§9ºe10

1. Competência art.114 da CF
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO - JULGAR:
I- as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e
da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios;
II- as ações que envolvam exercício do direito de greve;
Obs: Ações envolvendo greve dos servidores públicos estatutários não é da competência da
Justiça do Trabalho.
III- as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores,
e entre sindicatos e empregadores;
IV- os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato questionado
envolver matéria sujeita à sua jurisdição;Cassia Brito
V- os conflitos de competê[email protected]
entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no
art. 102, I, o;
Obs: Conflito entre varas do trabalho de sua jurisdição – TRT
Conflito entre Vara de Trabalho de mais de um TRT; TRT e Vara do trabalho de jurisdição de
TRT distinto - TST
VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho;
VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos
órgãos de fiscalização das relações de trabalho;
VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus
acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir;
IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei.

Não são processadas na Justiça do Trabalho:


Ação de cobrança de honorários por profissional liberal;
Ações envolvendo relações de consumo;
Representação comercial;
Complementação de aposentadoria;
Ações penais
Ações de acidente do trabalho em face do INSS

Observações:

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qualquer tipo de repasse.

 Compete à Justiça estadual processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por


profissional liberal contra cliente.
 Compete à Justiça do Trabalho julgar pedidos de direitos e vantagens previstos na
legislação trabalhista referente a período anterior à Lei 8.112/1990, mesmo que a ação
tenha sido ajuizada após a edição da referida lei. A superveniência de regime estatutário
em substituição ao celetista, mesmo após a sentença, limita a execução ao período
celetista.
 Nos termos do art. 114, VI, da CF/88, a Justiça do Trabalho é competente para
processar e julgar ações de indenização por dano moral e material, decorrentes da
relação de trabalho, inclusive as oriundas de acidente de trabalho e doenças a ele
equiparadas, ainda que propostas pelos dependentes ou sucessores do trabalhador
falecido.
 Nas ações que envolvem agentes comunitários de saúde/ agentes de combate às
endemias, a regra é ser da competência da Justiça do Trabalho, quando não houver lei
do ente respectivo submetendo os agentes a regime jurídico administrativo.
2. Competência territorial na Justiça do Trabalho: Local da prestação do serviço (Art.651
CLT) mesmo que a contratação tenha ocorrido em outro local ou no estrangeiro.

Exceções: Cassia Brito


[email protected]

 Agente ou viajante comercial:

 Competência da Vara do Trabalho que a empresa tenha agência ou filial


e a esta o empregado esteja subordinado.
 Na falta de agência ou filial ou se o empregado não estiver subordinado
a qualquer uma delas, ele poderá optar entre ajuizar a ação no seu
domicílio ou a localidade mais próxima.

 Empregado que trabalha no exterior:

 Agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro


e não haja convenção internacional dispondo em contrário.

 Empregador que promove a prestação dos serviços fora do lugar da


celebração do contrato:

 O empregado pode escolher entre: a Vara do Trabalho da celebração


do contrato ou; a Vara do trabalho do local de prestação do serviço.
Partes e Procuradores

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3. Honorários de sucumbência: 5% a 15 % - art. 791-A da CLT.

Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de
sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze
por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido
ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa.

Art. 791, §3º, da CLT: A constituição de procurador com poderes para o


foro em geral poderá ser efetivada, mediante simples registro em ata de audiência, a
requerimento verbal do advogado interessado, com anuência da parte representada.

4. Leitura do 843, §2º CLT:

Art.843 § 2º Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente


comprovado, não for possível ao empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se
Cassia Brito
representar por outro empregado que pertença à mesma profissão, ou pelo seu
sindicato. [email protected]

5. Sobre o depósito recursal: Memorizar quem é isento art. 899 § 10º da CLT e quem deposita
pela metade: 899 § 9º CLT.

Art. 899
§ 9º O valor do depósito recursal será reduzido pela metade para entidades sem fins
lucrativos, empregadores domésticos, microempreendedores individuais, microempresas e
empresas de pequeno porte.
§ 10. São isentos do depósito recursal os beneficiários da justiça gratuita, as entidades
filantrópicas e as empresas em recuperação judicial.

6. JUS POSTULANDI – Na Justiça do Trabalho, em regra as partes não necessitam de


advogados, limitando-se a Vara do trabalho, TRT.

Súmula 425 do TST:


"O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho
e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar,
o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do
Trabalho."

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MACETE: o JUS POSTULANDI não pode AMAR A EX: (Necessita de advogado):


Ação rescisória;
Mandado de segurança;
Ação cautelar;
Recurso ao TST;
Acordo extrajudicial.

7. Súmula 418 do TST:


A homologação de acordo constitui faculdade do juiz, inexistindo direito líquido e certo
tutelável pela via do mandado de segurança.

8. Art. 855-A. Aplica-se ao processo do trabalho o incidente de desconsideração da


personalidade jurídica previsto nos arts. 133 a 137 da Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 -
Código de Processo Civil.

Obs: Art. 135 CPC: Instaurado o incidente, o sócio ou a pessoa jurídica será citado para manifestar-se e
requerer as provas cabíveis no prazo de 15 (quinze) dias.

Cassia
§ 1º Da decisão interlocutória que acolher Brito
ou rejeitar o incidente
[email protected]
I - na fase de cognição, não cabe recurso de imediato, na forma do § 1º do art. 893 desta
Consolidação;

II - na fase de execução, cabe agravo de petição, independentemente de garantia do juízo;

III - cabe agravo interno se proferida pelo relator em incidente instaurado originariamente
no tribunal.

Exame XXXII - No decorrer de uma execução trabalhista, não se conseguiu


penhorar nenhum bem da empresa executada nem reter qualquer numerário dela em ativos
financeiros. Então, o exequente instaurou um incidente de desconsideração de personalidade
jurídica para direcionar a execução em face de um sócio. O referido sócio foi citado e, no
prazo de 15 dias, manifestou-se contrariamente à sua execução. Submetida a manifestação
ao contraditório e não havendo outras provas a produzir, o juiz julgou procedente o incidente e
incluiu o sócio no polo passivo da execução na condição de executado, sendo, então,
publicada essa decisão. Considerando a situação retratada e os ditames da CLT, assinale a
afirmativa correta.

Resposta correta: O sócio em questão poderá recorrer da decisão independentemente de


garantia do juízo.

9. Homologação de acordo extrajudicial

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Art. 855-B. O processo de homologação de acordo extrajudicial terá início por petição conjunta,
sendo obrigatória a representação das partes por advogado.
§ 1º As partes não poderão ser representadas por advogado comum.
§ 2ºFaculta-se ao trabalhador ser assistido pelo advogado do sindicato de sua categoria.

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Sugestão: Faça no mínimo 10 questões


Número de Questões:
Acertos: Erros:

Cassia Brito
[email protected]

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ESPAÇO PARA ANOTAÇÕES:

Cassia Brito
[email protected]

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TRABALHO: RELAÇÃO LABORAIS + CONTRATO DE TRABALHO


Ementa: Contrato de trabalho. Duração do contrato de trabalho. Relação de trabalho. Relação de
emprego. CTPS. Teletrabalho. Empregador. Grupo econômico. Sucessão de empresas. Trabalho do
menor. Trabalho doméstico. Trabalho do aprendiz. Emprego rural
O que você deve saber?
Leitura obrigatória da CLT:
Art.2º Art.3º Art.4º Art. 6º Art.8º Art.10 Art.29
Art. 75-A-E Art.301 Art. 402 Art.404 Art.405 Art.428 Art.442
Art.442-A Art.445 Art.451 Art.452 Art.456-A - -

Lei complementar 150/2015 – Do trabalho doméstico


Art.1º Art 2º Art.10 Art.12 Art.13 Art.14 Art.18 Art.21 Art.25 Art.26

1. Contrato de Trabalho: Art.442 e SS


Cassia Brito
[email protected]
 Acordo tácito ou expresso correspondente à relação de emprego

Art. 442-A. Para fins de contratação, o empregador não exigirá do candidato a emprego
comprovação de experiência prévia por tempo superior a 6 (seis) meses no mesmo tipo de
atividade.

 Anotação da CTPS: 5 dias úteis.

A presunção de veracidade é relativa, cabendo prova em contrário.

As anotações apostas pelo empregador na carteira profissional do empregado não geram


presunção "juris et de jure", mas apenas "juris tantum".

Art. 29 § 8º O trabalhador deverá ter acesso às informações da sua CTPS no prazo de até 48
(quarenta e oito) horas a partir de sua anotação.

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Art. 611-B,I, CLT Constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou de acordo


coletivo de trabalho, exclusivamente, a supressão ou a redução dos seguintes direitos: I -
normas de identificação profissional, inclusive as anotações na Carteira de Trabalho e
Previdência Social.

 Duração do contrato de trabalho:

Regra: Prazo indeterminado – princípio da continuidade da relação de emprego.

Exceção: Prazo determinado – Art. 443§1 CLT:

 Em quais casos?
 de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do
prazo; (máximo 2 anos, permitida uma prorrogação desde que na somatória
não ultrapasse 2 anos).
 de atividades empresariais de caráter transitório; (máximo 2 anos, permitida
uma prorrogação desdeCassia
que na somatória
Brito não ultrapasse 2 anos).
 de contrato de experiência; (máximo
[email protected] dias, permitida uma prorrogação desde
que na somatória não ultrapasse 90 dias).

Art. 452 - Considera-se por prazo indeterminado todo contrato que suceder, dentro de 6 (seis)
meses, a outro contrato por prazo determinado, salvo se a expiração deste dependeu da
execução de serviços especializados ou da realização de certos acontecimentos.

Art. 479-Nos contratos que tenham termo estipulado, o empregador que, sem justa causa,
despedir o empregado, será obrigado a pagar-lhe, a título de indenização, e por metade, a
remuneração a que teria direito até o temo do contrato.

Obs: Art. 481 - Aos contratos por prazo determinado, que contiverem cláusula asseguratória
do direito recíproco de rescisão antes de expirado o termo ajustado, aplicam-se, caso seja
exercido tal direito por qualquer das partes, os princípios que regem a rescisão dos contratos por
prazo indeterminado.

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qualquer tipo de repasse.

OAB XVII - Verônica foi contratada, a título de experiência, por 30 dias. Após 22 dias de
vigência do contrato, o empregador resolveu romper antecipadamente o contrato, que não
possuía cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão.
Sobre o caso, de acordo com a Lei de Regência, assinale a opção correta.
Resposta: Verônica terá direito à remuneração, e por metade, a que teria direito até o termo
do contrato.

2. Cláusula compromissória de arbitragem nos contratos individuais de trabalho

Art. 507-A. Nos contratos individuais de trabalho cuja remuneração seja superior a duas
vezes o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência
Social, poderá ser pactuada cláusula compromissória de arbitragem, desde que por iniciativa
do empregado ou mediante a sua concordância expressa, nos termos previstos na Lei
no 9.307, de 23 de setembro de 1996.(Incluído
Cassia pelaBrito
Lei nº 13.467, de 2017)
[email protected]
Exemplo:

OAB XXXI - Gervásia é empregada na Lanchonete Pará desde fevereiro de 2018, exercendo
a função de atendente e recebendo o valor correspondente a um salário mínimo por
mês.Acerca da cláusula compromissória de arbitragem que o empregador pretende inserir no
contrato da empregada, de acordo com a CLT, assinale a afirmativa correta.

Resposta correta: A cláusula compromissória de arbitragem não poderá ser inserida no


contrato citado, em razão do salário recebido pela empregada.

3. Conceito de empregado:
 Art. 3º - Considera-se empregada toda pessoa física que prestar serviços de natureza
não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
Requisitos do vínculo empregatício: “SHOPP”.

Subordinação;
Habitualidade;
Onerosidade
Pessoalidade
Pessoa Física

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qualquer tipo de repasse.

Obs: Relação de trabalho é gênero, tendo como espécies: Trabalho autônomo; eventual, avulso,
voluntário, estágio, inclusive relação de emprego.

Súmula 386, TST: Preenchidos os requisitos do art. 3º da CLT, é legítimo o reconhecimento


de relação de emprego entre policial militar e empresa privada, independentemente do
eventual cabimento de penalidade disciplinar prevista no Estatuto do Policial Militar.

4. Do teletrabalho: Arts. 75-A e SS

Art. 75-B. Considera-se teletrabalho a prestação de serviços preponderantemente fora das


dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação
que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo.
Parágrafo único. O comparecimento às dependências do empregador para a realização de
atividades específicas que exijam a presença do empregado no estabelecimento não
descaracteriza o regime de teletrabalho.
Cassia Brito
Art. 75-C. A prestação de serviços na modalidade de teletrabalho deverá constar
[email protected]
expressamente do contrato individual de trabalho, que especificará as atividades que serão
realizadas pelo empregado.

§ 2ºPoderá ser realizada a alteração do regime de teletrabalho para o presencial por


determinação do empregador, garantido prazo de transição mínimo de quinze dias, com
correspondente registro em aditivo contratual.

Art. 75-D. As disposições relativas à responsabilidade pela aquisição, manutenção ou


fornecimento dos equipamentos tecnológicos e da infraestrutura necessária e adequada à
prestação do trabalho remoto, bem como ao reembolso de despesas arcadas pelo empregado,
serão previstas em contrato escrito.
Parágrafo único. As utilidades mencionadas no caput deste artigo não integram a remuneração
do empregado.

Exemplo:
OAB XXXII - Luiz e Selma são casados e trabalham para o mesmo empregador. Ambos são
teletrabalhadores, tendo o empregador montado um home office no apartamento do casal,
de onde eles trabalham na recepção e no tratamento de dados informatizados. Para a
impressão dos dados que serão objeto de análise, o casal necessitará de algumas resmas
de papel, assim como de toner para a impressora que utilizarão.
Assinale a opção que indica quem deverá arcar com esses gastos, de acordo com a CLT.
Resposta: A responsabilidade por esse gasto deverá ser prevista em contrato escrito.

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qualquer tipo de repasse.

5. Trabalho do menor: Art, 7º XXXIII da CF; Art. 402 – 441 CLT


Art. 7º XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e
de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir
de quatorze anos.

Regramento diferenciado para doméstica: É vedada a contratação de menor


de 18 (dezoito) anos para desempenho de trabalho doméstico.
Art. 404 CLT - Ao menor de 18 (dezoito) anos é vedado o trabalho noturno, considerado este
o que for executado no período compreendido entre as 22 (vinte e duas) e as 5 (cinco) horas.
 Obs: Ao menor não será permitido o trabalho em locais ou serviços prejudiciais à sua
moralidade.
O trabalho exercido nas ruas, praças e outros logradouros dependerá de prévia autorização
do Juiz de Menores, ao qual cabe verificar se a ocupação é indispensável à sua própria
subsistência ou à de seus pais, avós ou irmãos e se dessa ocupação não poderá advir
prejuízo à sua formação moral. Cassia Brito
[email protected]
 É vedado o trabalho do menor em atividades que demandem força muscular superior a
20kg e 25kg, respectivamente, para o trabalho contínuo e ocasional, salvo se realizado
por meios mecânicos.
6. Do empregado aprendiz – Art. 428 ao 433 da CLT
 Conceito: empregado maior de 14 anos e o menor de 24 anos que celebra contrato de
aprendizagem!
 Requisitos:
 Contrato escrito
 Prazo determinado: máximo 2 anos, exceto pessoas com deficiência.
 Anotação CTPS
 Matrícula e frequência escolar
 Inscrição em programa de aprendizagem

 Jornada de trabalho: 6 horas por dia ou 8 horas por dia, para aquele que possui ensino
fundamental completo e horas destinadas a ensino teórico.

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qualquer tipo de repasse.

As prorrogações e compensação de jornadas são proibidas!


 Extinção do contrato:
 Termo do contrato, ou quando o empregado completar 24 anos,
exceto para as pessoas com deficiência.
7. Do empregado doméstico - Lei complementar 150/2015
 Conceito: Art. 1º LC 150/2015 - Ao empregado doméstico, assim considerado aquele
que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de
finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais
de 2 (dois) dias por semana, aplica-se o disposto nesta Lei.
 Jornada de trabalho: Regra – 8 horas/dia e 44 horas/semanais. Exceção: Acordo de
compensação (art.2§4º e 5º da LC 150/2015)
 Contrato de empregado doméstico com prazo determinado: Art.4º
 Rescisão antecipada nos contratos com prazo determinado: Art.6º e 7º
 Estabilidade provisória: Art. 25
 Empregado doméstico em viagem: Cassia Brito mínimo de 25% (art.11§2º) Art. 18. É
Adicional
vedado ao empregador [email protected]
doméstico efetuar descontos no salário do empregado por
fornecimento de alimentação, vestuário, higiene ou moradia, bem como por despesas
com transporte, hospedagem e alimentação em caso de acompanhamento em
viagem.
Pode haver desconto salarial: Não pode ultrapassar 20% do salário
 “Moradia” – residência diversa àquele em que o empregado presta os serviços
+ consentimento expresso das partes.
 Planos de assistência médico-hospitalar e odontológica
 Seguro e previdência privada
 Adiantamento de salário

8. Emprego rural
 Conceito: O empregador deve explorar atividade agroeconômica, e o trabalho deve ser
desenvolvido em propriedade rural ou prédio rústico

 Trabalho noturno: Adicional de 25% (não se aplica a hora fictamente reduzida)


Lavoura: 21 horas às 05 horas

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Pecuária: 20 horas às 04 horas


 Desconto nos salários - Regra não se aplicam descontos, salvo:
Moradia: até 20%
Alimentação: até 25%
9. Truck System? Cláusulas del credere?
É vedado o truck system.
Caracterizado pelo pagamento mediante o fornecimento de vales, fichas ou bonus que
vinculem o empregado a somente poder comprar mercadorias em armazéns ou outros locais
de fornecimento vinculados ao empregado.

É vedada no contrato de representação comercial a inclusão de cláusulas del credere.


A cláusula “del credere” corresponde ao instituto ou previsão da parte contratante ou
representada descontar os valores de comissões ou vendas do representante comercial na
hipótese da venda ou da transação ser cancelada ou desfeita.

Cassia Brito
[email protected]
Exemplo:
Um representante comercial ajuíza ação na Justiça do Trabalho pedindo a devolução de
descontos. Ele explica que sua comissão sobre as vendas é de 5%, mas que pode optar pelo
percentual de 10%, desde que se comprometa a pagar o valor da venda, caso o comprador
fique inadimplente. Alega que sempre fez a opção pelos 10%, e que, nos casos de
inadimplência, teve de pagar o valor do negócio para depois tentar reaver a quantia do
comprador, o que caracterizaria transferência do risco da atividade econômica. Diante do caso
apresentado e da lei de regência, assinale a afirmativa correta:
Resposta: A situação caracteriza a cláusula del credere, vedada pela Lei de Representação
Comercial.

10. Conceito de empregador:

Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos


da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.

Equiparam-se a empregador:
 Profissionais liberais
 Instituições de beneficência
 Associações recreativas
 Instituições sem fins lucrativos

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Súmula 51 TST
I - As cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens deferidas anteriormente,
só atingirão os trabalhadores admitidos após a revogação ou alteração do regulamento. II -
Havendo a coexistência de dois regulamentos da empresa, a opção do empregado por um
deles tem efeito jurídico de renúncia às regras do sistema do outro.

O Artigo 611-A, VI da CLT dispõe que as negociações coletivas prevaleçam sobre a lei no que
dispuserem sobre regulamento empresarial.

11. Grupo de empresas – Art. 2§2º e 3º

§2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica
própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo
guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis
solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego.

§ 3º Não caracteriza grupo econômico aCassia


mera identidade
Brito de sócios, sendo necessárias, para
a configuração do grupo, a demonstração do interesse
[email protected] integrado, a efetiva comunhão de
interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes.

Súmula nº 129 do TST


CONTRATO DE TRABALHO. GRUPO ECONÔMICO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e
21.11.2003
A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a
mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de
trabalho, salvo ajuste em contrário.

12. Sucessão de empresas: Art. 10, 10-A, 448 CLT


Requisitos: Transferência do estabelecimento e continuidade na prestação laboral.

Art. 448-A. Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista nos arts.


10 e 448 desta Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em
que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de responsabilidade do
sucessor.
Parágrafo único. A empresa sucedida responderá solidariamente com a sucessora quando
ficar comprovada fraude na transferência.

 Responsabilidade do sócio retirante:

Art. 10-A. O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da


sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até

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dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a seguinte ordem de


preferência:
I - a empresa devedora;
II - os sócios atuais; e
III - os sócios retirantes.

Parágrafo único. O sócio retirante responderá solidariamente com os demais quando ficar
comprovada fraude na alteração societária decorrente da modificação do contrato.

13. Sociedade Cooperativa: Ler o artigo 442 parágrafo único da CLT. Lei 12.690: Art. 6º, 7º,10.

Art. 442 - Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à


relação de emprego.

Parágrafo único – Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade cooperativa, não
existe vínculo empregatício entre ela e seus associados, nem entre estes e os tomadores de
serviços daquela

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Sugestão: Faça no mínimo 20 questões
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Número de Questões:
Acertos: Erros:

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PROCESSO PENAL: APLICAÇÃO DA LEI PENAL PROCESSUAL + INQUÉRITO POLICIAL


O que você deve saber? Previsão art. 1º ao 26 do CPP
Leitura obrigatória do CPP:

Art.2º Art.4º Art.5º Art.5§3º Art.5§5º Art.7º Art.17 Art.18


Art. 23 Art. 28 Art.155 Art.158 Art.167 Art.184 - -

1.Princípio do tempus regit actum:


Art.2º CPP - Aplicar-se a lei vigente no momento de sua execução. Logo, se um ato foi praticado
com observância da legislação processual vigente à época, a superveniência de legislação não
interferirá na sua validade.
Exemplo:
OAB- XXII - Em 23 de novembro de 2015 (segunda feira), sendo o dia seguinte dia útil em
todo o país, Técio, advogado de defesa de réu em ação penal de natureza condenatória, é
intimado da sentença condenatória de seu cliente. No curso do prazo recursal, porém, entrou
em vigor nova lei de natureza puramente processual, que alterava o Código de Processo
Penal e passava a prever que o prazo para apresentação
Cassia Brito de recurso de apelação seria de 03
dias e não mais de 05 dias. No dia 30 de novembro de 2015, dia útil, Técio apresenta recurso
[email protected]
de apelação acompanhado das respectivas razões. Considerando a hipótese narrada, o
recurso do advogado é
Resposta: tempestivo, aplicando-se o princípio do tempus regit actum (o tempo rege o ato), e
o antigo prazo recursal deve ser observado.

2. Sobre o Inquérito policial


Procedimento administrativo dispensável que tem por finalidade colher elementos de
informação para apuração de uma infração penal.

 Características:
1.Inquisitivo / Dispensável: não é obrigatório, portanto, não há direito ao
contraditório nem à ampla defesa
2. Indisponível: Art. 17 CPP- A autoridade policial não pode arquivar o IP, pois a
atribuição para tal prática é do judiciário.
Dessa forma, o inquérito policial NUNCA será arquivado pela autoridade policial. O
arquivamento deve ser OFERECIDO pelo ministério público, titular da ação penal
pública e HOMOLOGADO pelo juiz. Art. 17 do CPP: A autoridade policial não poderá
mandar arquivar autos de inquérito.
3. Escrito: Art.9º CPP
4. Oficiosidade: Art.5º CPP Tratando-se de ação penal pública incondicionada o
delegado deve agir de ofício, instaurando o IP.
5. Discricionário: o delegado tem discricionariedade para adotar as medidas e

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diligências que entender adequadas.


6. Sigiloso: Art.20 CPP no IP não vigora o princípio da publicidade. Obs: o sigilo não
alcança o juiz, o advogado, o MP.
Obs: Súmula vinculante 14
É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos
de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão
com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de
defesa.
7. Administrativo: Por ser conduzido por uma autoridade policial possui caráter
administrativo.

 Instauração do IP nos crimes de ação penal pública incondicionada:

a) De ofício : Tratando-se de ação penal pública incondicionada o delegado deve


agir de ofício, instaurando o IP.
Notitia criminis: Art. 5º § 3o Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de
infração penal em que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à
autoridade policial, e esta, verificada a procedência das informações, mandará instaurar
inquérito. Cassia Brito
b) Requisição do juiz ou MP: art 5ºII CPP - mediante requisição da autoridade
[email protected]
judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver
qualidade para representá-lo.
c) Requerimento da vítima ou de seu representante: Art.5º II CPP - mediante
requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do
ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.

Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá


recurso para o chefe de Polícia.
O STF e STJ têm admitido a denúncia anônima apenas quando precedida de diligências
preliminares que atestem a verossimilhança dos fatos narrados.

Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem
Unificado - XXVII - Primeira Fase
Após receber denúncia anônima, por meio de disque-denúncia, de grave crime de
estupro com resultado morte que teria sido praticado por Lauro, 19 anos, na semana
pretérita, a autoridade policial, de imediato, instaura inquérito policial para apurar a
suposta prática delitiva. Lauro é chamado à Delegacia e apresenta sua identidade
recém-obtida; em seguida, é realizada sua identificação criminal, com colheita de digitais
e fotografias.

Em que pese não ter sido encontrado o cadáver até aquele momento das investigações,
a autoridade policial, para resguardar a prova, pretende colher material sanguíneo do
indiciado Lauro para fins de futuro confronto, além de desejar realizar, com base nas

35
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qualquer tipo de repasse.

declarações de uma testemunha presencial localizada, uma reprodução simulada dos


fatos; no entanto, Lauro se recusa tanto a participar da reprodução simulada quanto a
permitir a colheita de seu material sanguíneo. É, ainda, realizado o reconhecimento de
Lauro por uma testemunha após ser-lhe mostrada a fotografia dele, sem que fossem
colocadas imagens de outros indivíduos com características semelhantes.
Ao ser informado sobre os fatos, na defesa do interesse de seu cliente, o(a) advogado(a)
de Lauro, sob o ponto de vista técnico, deverá alegar que
Resposta: o inquérito policial não poderia ser instaurado, de imediato, com base em
denúncia anônima isoladamente, sendo exigida a realização de diligências preliminares
para confirmar as informações iniciais.

 Instauração do IP nos crimes de ação pública condicionada à representação ou à


requisição do Ministro da Justiça.
Art. 5º (...) § 4º CPP O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação,
não poderá sem ela ser iniciado.

Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá
Cassia
no direito de queixa ou de representação, se nãoBrito
o exercer dentro do prazo de seis meses,
contado do dia em que vier a [email protected]
saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em
que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia.

Obs: a requisição do Ministro da Justiça não está sujeita a prazo decadencial, podendo ser
exercitada enquanto o crime ainda não estiver prescrito.

 Instauração do IP nos crimes de ação pena privada:


O IP só poderá ser instaurado por requerimento da vítima ou seu representante legal.
Poderá ocorrer pela requisição do MP ou do Juiz, caso seja acompanhada do requerimento do
ofendido o autorizando a instauração do IP.
Art. 5º, §5º estabelece que “a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a
requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la.”

Art. 38 CPP. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito de
queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que
vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o
oferecimento da denúncia.

Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão
judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge,
ascendente, descendente ou irmão.

Conclusão do IP:

36
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Regra:
Art. 10 do CPP:
Se o indiciado tiver PRESO: 10 dias
Se o indiciado tiver SOLTO: 30 dias prorrogável por iguais períodos.

Exceções:
a) Crimes de competência da justiça federal:
Se o indiciado tiver PRESO: 15 dias (prorrogável por igual período)
Se o indiciado tiver SOLTO: 30 dias

b) Lei de drogas (11.343/2006)


Se o indiciado tiver PRESO: 30 dias (pode ser duplicado)
Se o indiciado tiver SOLTO: 90 dias (pode ser duplicado)
Cassia Brito
c) Crimes contra a economia popular
[email protected]
Se o indiciado tiver PRESO: 10 dias
Se o indiciado tiver SOLTO: 10 dias

d) Crimes militares
Se o indiciado tiver PRESO: 20 dias
Se o indiciado tiver SOLTO: 40 dias pode ser prorrogado por mais 20 dias

Art. 18 do CPP: Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por
falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de
outras provas tiver notícia.
3. Súmulas

Súmula vinculante 14
É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova
que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de
polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.
Súmula 524 - STF
Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a requerimento do promotor de justiça, não
pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas.

37
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Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2021 - OAB - Exame de Ordem
Unificado XXXII - Primeira Fase
Após concluído inquérito policial para apurar a prática do crime de homicídio em desfavor de
Jonas, o Ministério Público requereu o seu arquivamento por falta de justa causa, pois não
conseguiu identificar o(s) autor(es) do delito, o que restou devidamente homologado pelo juiz
competente. Um mês após o arquivamento do inquérito policial, uma testemunha, que não
havia sido anteriormente identificada, compareceu à delegacia de polícia alegando possuir
informações quanto ao autor do homicídio de Jonas.
A família de Jonas, ao tomar conhecimento dos fatos, procura você, como advogado(a) da
família, para esclarecimentos. Diante da notícia de existência de novas provas aptas a
identificar o autor do crime, você deverá esclarecer aos familiares da vítima que o órgão
ministerial
Resposta: poderá promover o desarquivamento do inquérito, pois a decisão de arquivamento
fez apenas coisa julgada formal no caso concreto.

Obs: O Ministério Público poderá promover o desarquivamento quando houver novas prova (O
depoimento de uma nova testemunha que Cassia Brito
não havia sido identificada constitui nova prova e
não mera notícia), pois, em regra a decisão do arquivamento não faz coisa julgada material.
[email protected]
Entretanto, quando for arquivado por atipicidade do fato, extinção da punibilidade, fará coisa
julgada material, não podendo ser desarquivado.

Súmula 714 - STF


É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do ministério público, condicionada
à representação do ofendido, para a ação penal por crime contra a honra de servidor público em
razão do exercício de suas funções.
4. Acordo de não-persecução penal (ANPP- 28-A do CPP)
Admite-se que o MP realize acordo com o autor do delito em infrações de médio potencial
ofensivo, mitigando o princípio da obrigatoriedade da ação penal, buscando conferir maior
celeridade na aplicação das sanções.
Art. 28-A Não sendo caso de arquivamento e tendo o investigado confessado formal e
circunstancialmente a prática de infração penal sem violência ou grave ameaça e com pena
mínima inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério Público poderá propor acordo de não
persecução penal, desde que necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime...

O reincidente não faz jus ao benefício.

5. Dicas finais sobre Inquérito Policial


1) Cabe ao Ministério Público promover pelo arquivamento, cabendo ao juiz analisar o pedido

38
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qualquer tipo de repasse.

de decidir pelo arquivamento, na forma do art. 28 do CPP.


Art. 28. Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer elementos informativos
da mesma natureza, o órgão do Ministério Público comunicará à vítima, ao investigado e à
autoridade policial e encaminhará os autos para a instância de revisão ministerial para
fins de homologação, na forma da lei.
2) A autoridade policial não pode mandar arquivar os autos do IP –
Art. 17 CPP. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito.
3) O Inquérito Policial é dispensável? Sim.
Art. 39 § 5º CPP - O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se com a
representação forem oferecidos elementos que o habilitem a promover a ação penal, e, neste
caso, oferecerá a denúncia no prazo de quinze dias.
Art. 107 CPP - Não se poderá opor suspeição às autoridades policiais nos atos do inquérito,
mas deverão elas declarar-se suspeitas, quando ocorrer motivo legal.
Art. 16 CPP- O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à autoridade
policial, senão para novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia.
Admite-se a condenação fundada, exclusivamente, em inquérito policial?
Não, mas as informações do IP podem servir de reforço à prova produzida no curso do
processo. Art.155 CPP.
O Juiz pode decretar a incomunicabilidade do investigado durante o processo?
Não. O art. 21 do CPP não foi recepcionadoCassia Brito
pela CF.
[email protected]

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Cassia Brito
[email protected]

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ADMINISTRATIVO: SERVIÇOS PÚBLICOS

AULA NA PLATAFORMA

Leitura obrigatória:
Lei 8.987/95
Art.2º Art. 6º Art.7º Art.11 Art.16 Art.32 Art.33 Art.34
Art.35 Art.36 Art.37 Art.38 Art.39 - - -

Lei 11.079/04
Cassia Brito
Art.2º Art.5º[email protected]
Art.6º Art.9º Art.10§3º

1) Art. 175 da CF: Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de
concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
 A outorga de concessão ou permissão de serviço público tem caráter de exclusividade?
Art. 16 – 8987/95. A outorga de concessão ou permissão não terá caráter de exclusividade,
salvo no caso de inviabilidade técnica ou econômica justificada no ato a que se refere o art. 5º
desta Lei.

Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2015 - OAB - Exame de Ordem Unificado -
XVI - Primeira Fase
O Estado X, após regular processo licitatório, celebrou contrato de concessão de serviço
público de transporte intermunicipal de passageiros, por ônibus regular, com a sociedade
empresária “F”, vencedora do certame, com prazo de 10 (dez) anos. Entretanto, apenas 5
(cinco) anos depois da assinatura do contrato, o Estado publicou edital de licitação para a
concessão de serviço de transporte de passageiros, por ônibus do tipo executivo, para o
mesmo trecho.
Diante do exposto, assinale a afirmativa correta.
Resposta: A outorga de concessão ou permissão não terá caráter de exclusividade, salvo no
caso de inviabilidade técnica ou econômica devidamente justificada.

41
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2) Classificação de Serviços Públicos quanto aos destinatários:


Uti Universi (individuais, serviços gerais) Uti individual (divisível, singular)
Prestado a um número indeterminado de Prestado a um número determinado de
indivíduos. Não pode ser feita por cobrança indivíduos. Há como mensurar sua
de taxa. É financiado por imposto. utilização. É remunerado por taxa.
Exemplo: Iluminação Pública Exemplo: Água, luz, telefonia

3) Diferença entre Concessão, Permissão e Autorização de serviços públicos.


Concessão Permissão Autorização

Quem presta o
serviço público?

Licitação
Cassia Brito
[email protected]
4) Qual é a responsabilidade civil da concessionária?
Art. 37 § 6º CR/88 + 25 da lei 8987/95 - Por ser pessoa jurídica de direito privado
PRESTADORA DE SERVIÇO público, a concessionária responderá OBJETIVAMENTE pelos
danos causados a terceiros, independente se o particular é ou não usuário de serviço público.
Existe responsabilidade subsidiária (e objetiva) do Estado, caso a concessionária não tenha
condições de arcar com os prejuízos.
5) É possível, que além da tarifa a concessionária, haja outras fontes provenientes de receitas
alternativas?
Sim. Há a possibilidade de o edital prever outras fontes provenientes de receitas alternativas,
complementares, com ou sem exclusividade, com vistas a favorecer a modicidade das tarifas,
devendo ser consideradas para aferição do equilíbrio econômico-financeiro. Exemplo: ônibus
com propaganda atrás.

6) Quais as hipóteses em que se admite a interrupção da prestação do serviço público?


Art. 6º§ 3º Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação
de emergência ou após prévio aviso, quando:
I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e,
II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade.

42
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NOVIDADE LEGISLATIVA: Art 6º§ 4º A interrupção do serviço na hipótese prevista no inciso II


do § 3º (por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade) deste artigo
não poderá iniciar-se na sexta-feira, no sábado ou no domingo, nem em feriado ou no dia
anterior a feriado. (Incluído pela Lei nº 14.015, de 2020)
7) Possibilidade de Intervenção:
Art. 32. O poder concedente poderá intervir na concessão, com o fim de assegurar a
adequação na prestação do serviço, bem como o fiel cumprimento das normas contratuais,
regulamentares e legais pertinentes.
Parágrafo único. A intervenção far-se-á por decreto do poder concedente, que conterá a
designação do interventor, o prazo da intervenção e os objetivos e limites da medida.
Art. 33. Declarada a intervenção, o poder concedente deverá, no prazo de trinta dias, instaurar
procedimento administrativo para comprovar as causas determinantes da medida e apurar
responsabilidades, assegurado o direito de ampla defesa.
§ 1º Se ficar comprovado que a intervenção não observou os pressupostos legais e
regulamentares será declarada sua nulidade, devendo o serviço ser imediatamente devolvido
à concessionária, sem prejuízo de seu direito à indenização.
§ 2º O procedimento administrativo a que se refere o caput deste artigo deverá ser concluído no
prazo de até cento e oitenta dias, sob pena de considerar-se inválida a intervenção.
Art. 34. Cessada a intervenção, se nãoCassia Brito
for extinta a concessão, a administração do serviço
será devolvida à concessionária, precedida de prestação de contas pelo interventor, que
[email protected]
responderá pelos atos praticados durante a sua gestão.

8) Memorizar os casos de EXTINÇÃO DA CONCESSÃO: CAI MUITO!

ANULAÇÃO CADUCIDADE RESCISÃO ENCAMPAÇÃO

9) Não confunda Concessão comum, patrocinada e Administrativa.

Concessão comum Patrocinada(PPP) Administrativa(PPP)


Quem paga a tarifa é o Quem paga a tarifa é o usuário + Quem paga a tarifa é o Poder
usuário poder público Púbico, pois ostenta a qualidade

43
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Art 2º§1 da lei 11.079/04 de usuário do serviço público


Art 2º §2º da lei 11.079/04

OAB XXXII - O Município Alfa pretende formalizar uma parceria público-privada para a
realização de obras, instalação de postes e prestação de serviços de iluminação pública. A
contraprestação da concessionária vencedora da licitação seria inteiramente custeada pela
Administração Pública local, mediante ordem bancária e por outorga de direitos sobre bens
públicos dominicais do município. Sobre essa situação hipotética, assinale a afirmativa
correta.
Resposta: O Município Alfa deveria utilizar-se de concessão administrativa para a
formalização da contratação pretendida.

ParceriaCassia Brito (PPP)


Público-Privada
[email protected]
VEDAÇÃO – PPP: Art 2º §4 da lei 11.079/04

a) o valor do contrato for inferior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais);


b) o período de prestação do serviço for inferior a 5 (cinco) anos;
* (Obs: não pode ser inferior a 5 anos, nem superior a 35 anos, incluindo eventual prorrogação).
c) quando tenha como objeto único o fornecimento de mão-de obra,fornecimento e instalação
de equipamentos ou a execução de obra pública.
* Obs: Deve ser acompanhado de algum serviço público para ser permitida a PPP.

A contratação de parceria público-privada será precedida de licitação na modalidade


concorrência ou diálogo competitivo.

Antes da celebração do contrato, deverá ser constituída sociedade de propósito específico,


incumbida de implantar e gerir o objeto da parceria.

10) É possível a arbitragem na concessão comum e na PPP.


11) Súmulas:
 Súmula Vinculante 19 - A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos
de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de
imóveis, não viola o artigo 145, II, da Constituição Federal.

44
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 Súmula Vinculante 27 - Compete à Justiça estadual julgar causas entre consumidor e


concessionária de serviço público de telefonia, quando a ANATEL não seja litisconsorte
passiva necessária, assistente, nem opoente.

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Cassia Brito
[email protected]

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CONSTITUCIONAL: CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

AULA NA PLATAFORMA
Constituição Federal:
 Cláusula de Reserva de Plenário: Art 97 CF
 ADI, ADC: 102, I, a , 102, “p”
 Legitimados controle concentrado: Art 103
 Arts. 102§2; 103§1º§2º§3º CF
 125§2 CF
 Súmula vinculante: 10

1. Inconstitucionalidade formal e material

Formal (Nomodinâmica): Vício decorre da inobservância do processo legislativo.

a) Subjetiva: Vício na iniciativa.Cassia Brito


Exemplo: O Deputado XY apresentou um projeto de lei sobre aumento da
[email protected]
remuneração dos servidores públicos.
A competência é do Presidente da República (art.61§1,II,a) logo
inconstitucionalidade formal subjetiva.

b) Objetiva: Vício no Quórum


Exemplo: Uma lei complementar foi aprovada por maioria simples.
Lei complementar deve ser aprovada por maioria absoluta – Art 69 CF.

c) Orgânica: Vício na competência


Exemplo: Estado legislando sobre direito penal. Competência privativa da União.
Art 22, I CF.

b) Material (Nomoestática): O conteúdo da norma é contrário ao conteúdo constitucional.


Exemplo: Uma lei dando autonomia ao Território.
Território é descentralização da União, não é considerado ente, nem possui autonomia. Art 18§2
CF.

2. Controle Preventivo judicial: É feito de forma excepcional, (pois a norma não está pronta e
acabada), exemplo: projeto de lei, proposta de emenda à constituição. Esse controle só pode ser
exercido pelo Poder Judiciário (STF) quando um parlamentar (só o parlamentar), por meio de um
Mandado de Segurança, argumenta a violação ao devido processo legislativo, exemplo: violação
as Cláusulas Pétreas.

OBS: A perda superveniente da condição de parlamentar ocasiona a extinção do Mandado de


segurança.
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3. Controle Repressivo judicial (Regra): Diferença entre controle DIFUSO e controle


CONCENTRADO de constitucionalidade:

Concentrado (abstrato): ADI; ADC; ADPF;


Difuso (concreto)
ADO
É realizado por qualquer juiz ou tribunal Constituição Federal: STF
Constituição Estadual: TJ
- Efeito inter partes
Obs.: se a decisão for proferida pelo STF é - Efeito erga omnes
erga omnes.
- A atuação do Senado: Artigo 52, X, da
CF/88 apenas para fins de publicidade à
decisão.
- Efeitos ex tunc (retroativos); - Efeitos ex tunc (retroativos);
É possível a modulação dos efeitos temporais É possível a modulação dos efeitos temporais
da sentença, quando causar risco à daBrito
Cassia sentença, quando causar risco à segurança
segurança jurídica ou ao interesse social. jurídica ou ao interesse social.
[email protected]
(Atuação de 2/3 do STF para dar efeitos ex (Atuação de 2/3 do STF para dar efeitos ex
nunc) nunc)
- - Efeitos vinculantes, exceto o próprio STF e a
função legislativa
Legitimidade ampla Legitimados no artigo 103 da CF

4. Cláusula de reserva de plenário Art. 97 da CF: Somente pelo voto da maioria absoluta de
seus membros ou dos membros do órgão especial é que a inconstitucionalidade pode ser
declarada.

5. Súmula Vinculante 10 do STF: Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a
decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta sua incidência, no todo ou
em parte.

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6. Memorizar os legitimados do controle concentrado: art. 103 da CF.


(podem ajuizar ADI/ADC/ADO/ADPF)

Art 103 CF
 Legitimados Universais (U)
 Legitimados Especiais (E) – devem demonstrar pertinência temática
 Quem precisa de Advogado (A)?

3 pessoas 3 mesas 3 entidades

Cassia Brito
[email protected]
7. O governador pode impugnar normas editadas em outras entidades da federação, exemplo:
o governador de Goiás propõe ADI para impugnar norma editada no Estado do Acre, a partir da
demonstração que a proposição da norma ofende, de alguma forma, os interesses do Estado no
qual ele exerce a governança.

8. Modulação dos efeitos temporais:

A decisão de mérito em ADI tem efeito vinculante, erga omnes e, em regra, efeitos ex tunc.
Ocorre que, havendo razões de segurança jurídica ou excepcional interesse social, o STF, por
2/3 de seus membros, poderá modular os efeitos temporais da decisão para que esta produza os
seus efeitos em outro momento (ex nunc). Segundo entendimento do STF, poderá haver a
modulação dos efeitos temporais também em suas decisões de inconstitucionalidade proferidas
no controle difuso.

9. As decisões no controle concentrado não vinculam o legislativo e o próprio STF. (cai


muito)

10. As normas constitucionais originárias não podem ser declaradas inconstitucionais ( exemplo:
art 2º CF) , já as normas constitucionais derivadas ( emendas constitucionais) estão sujeitas ao
controle de constitucionalidade.

11. Ações do Controle Concentrado

ADI ADC ADO ADPF


Lei ou ato normativo Lei ou ato normativo Objetiva tornar a Leis pré-

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Federal ou Estadual Federal norma constitucional constitucionais;


(pós-constitucional) (pós-constitucional) efetiva. Lei Municipal X CF

12. Os Tribunais de Justiça podem realizar controle concentrado de Constitucionalidade


tendo como parâmetro a Constituição Federal.
Art. 125§2º CF:
§ 2º Cabe aos Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade de leis ou atos
normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual, vedada a atribuição
da legitimação para agir a um único órgão.

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PENAL: TEORIA DO CRIME

Ementa: Da aplicação da lei penal.Teoria Geral do


delito.Tipicidade.Antijuridicidade.Culpabilidade.

Leitura obrigatória dos arts.1º ao 28 do CP.

Principais artigos do CP:

Art.13 Art.16 Art.20§1º Art.23 Art.24 Art.25 Art.26 Art.27 Art.28


Art.65 Art.73 Art. 74 - - - - - -

1. Eficácia da Lei Penal no Tempo:

Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o
momento do resultado. Como regra, adota-se a teoria da atividade (o tempo do crime é o
momento da conduta). Cassia Brito
[email protected]

Ano: 2020 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2020 - OAB - Exame de Ordem
Unificado XXXI - Primeira Fase
André, nascido em 21/11/2001, adquiriu de Francisco, em 18/11/2019, grande quantidade de
droga, com o fim de vendê-la aos convidados de seu aniversário, que seria celebrado em
24/11/2019. Imediatamente após a compra, guardou a droga no armário de seu quarto.
Em 23/11/2019, a partir de uma denúncia anônima e munidos do respectivo mandado de
busca e apreensão deferido judicialmente, policiais compareceram à residência de André,
onde encontraram e apreenderam a droga que era por ele armazenada. De imediato, a mãe
de André entrou em contato com o advogado da família.
Considerando apenas as informações expostas, na Delegacia, o advogado de André deverá
esclarecer à família que André, penalmente, será considerado
Resposta: imputável, podendo responder pelo delito de tráfico de drogas, mesmo adotando o
Código Penal a Teoria da Atividade para definir o momento do crime.
Obs: André iniciou a conduta ainda menor de idade, ocorre que o crime praticado é um crime
permanente, ou seja, a sua consumação se prolonga no tempo, assim, André responderá
pelo crime de tráfico de drogas, pois foram apreendidas quando ele já havia completado a
maioridade.

2. O que é Abolitio Criminis?

Art. 2º CP - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime,
cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.

51
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Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos
anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.
3. Súmula 711, DO STF:

A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua
vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência.

Ano: 2014 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2014 - OAB - Exame de Ordem Unificado -
XIII - Primeira Fase
Considere que determinado agente tenha em depósito, durante o período de um ano, 300 kg
de cocaína. Considere também que, durante o referido período, tenha entrado em vigor uma
nova lei elevando a pena relativa ao crime de tráfico de entorpecentes. Sobre o caso sugerido,
levando em conta o entendimento do Supremo Tribunal Federal sobre o tema, assinale a
afirmativa correta.
Resposta: Deve ser aplicada a lei mais severa, qual seja, aquela que passou a vigorar
durante o período em que o agente ainda estava com a droga em depósito.

4. Eficácia da Lei Penal no Espaço: Cassia Brito


[email protected]
Regra: Princípio da territorialidade – aplica-se a lei brasileira ao crime cometido no território
nacional, englobando embarcações ou aeronaves públicas ou a serviço do governo (extensão do
território brasileiro.

Ano: 2016 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2016 - OAB - Exame de
Ordem Unificado - XXI - Primeira Fase
Revoltado com a conduta de um Ministro de Estado, Mário se esconde no interior de uma
aeronave pública brasileira, que estava a serviço do governo, e, no meio da viagem, já no
espaço aéreo equivalente ao Uruguai, desfere 05 facadas no Ministro com o qual estava
insatisfeito, vindo a causar-lhe lesão corporal gravíssima.
Diante da hipótese narrada, com base na lei brasileira, assinale a afirmativa correta.
Resposta: Mário poderá ser responsabilizado, segundo a lei brasileira, com base no
critério da territorialidade.

 Aplica-se a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações


estrangeiras de propriedade privada?

Sim. Art. 5º § 2º CP. - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de
aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso
no território nacional ou em voo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar
territorial do Brasil.

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 Qual regra se aplica aos chamados crimes à distância ou de espaço máximo? (infrações
penais que envolvem mais de um país, ocorrendo a conduta e o resultado em países
distintos).

Teoria mista ou da ubiquidade – Art. 6º CP - Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar


em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou
deveria produzir-se o resultado.

 Art. 7º CP prevê de forma excepcional as hipóteses de extraterritorialidade, em que a


legislação penal se aplica para além do território nacional. (Faça a leitura).

5. Teoria do Crime:

Fato típico Ilicitude Culpabilidade


- Conduta Excludentes: - Imputabilidade
- Resultado -Estado de necessidade - Potencial conhecimento da
- Nexo Causal - Legítima defesa ilicitude
- Tipicidade - Estrito cumprimento do - Exigibilidade de conduta
Cassia Brito
dever legal diversa
[email protected]
- Exercício regular do direito

6. Conduta
Conduta:
Crime doloso – Art. 18, I CP - quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-
lo;
Crime culposo - Art.18,II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência
(conduta ativa – age sem o dever de cuidado), negligência (conduta negativa – deixa de
observar o dever de cuidado) ou imperícia (falta de aptidão técnica) .
Crime preterdoloso – Quando o agente atua com dolo no antecedente e culpa no consequente
Exemplo: João tem o dolo de lesionar a vítima (antecedente), mas, por culpa, acaba por causar-
lhe a morte (consequente).

Ano: 2013 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2013 - OAB - Exame de
Ordem Unificado - XII - Primeira Fase
Wilson, competente professor de uma autoescola, guia seu carro por uma avenida à beira-mar.
No banco do carona está sua noiva, Ivana. No meio do percurso, Wilson e Ivana começam a
discutir: a moça reclama da alta velocidade empreendida. Assustada, Ivana grita com Wilson,
dizendo que, se ele continuasse naquela velocidade, poderia facilmente perder o controle do
carro e atropelar alguém. Wilson, por sua vez, responde que Ivana deveria deixar de ser
medrosa e que nada aconteceria, pois se sua profissão era ensinar os outros a dirigir, ninguém
poderia ser mais competente do que ele na condução de um veículo. Todavia, ao fazer uma
curva, o automóvel derrapa na areia trazida para o asfalto por conta dos ventos do litoral, o

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carro fica desgovernado e acaba ocorrendo o atropelamento de uma pessoa que passava pelo
local. A vítima do atropelamento falece instantaneamente. Wilson e Ivana sofrem pequenas
escoriações. Cumpre destacar que a perícia feita no local constatou excesso de velocidade.

Nesse sentido, com base no caso narrado, é correto afirmar que, em relação à vítima do
atropelamento, Wilson agiu com
Resposta: culpa consciente.
Obs: Na Culpa consciente, com previsão ou "ex lascivia" ocorre quando o agente, após prever
o resultado objetivamente previsível, realiza a conduta acreditando sinceramente que ele não
ocorrerá. Por sua vez a culpa inconsciente, sem previsão ou "ex ignorantia" é aquela em que o
agente não prevê o resultado objetivamente previsível.
Fonte: MASSON, Cleber. Direito Penal Esquematizado

Erros essenciais:

Erro de tipo incriminador


Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a
punição por crime culposo, se previsto em lei.

Cassia
Profª Blazute não entendi nada! Calma, veja só Brito
o exemplo:
[email protected]
“Maria transporta um pacote de cocaína acreditando ser farinha de trigo”.
“Blazute vê um óculos que comprou na Shein semelhante ao seu e o leva, acreditando que se
trata daquele que o pertence.

O que você precisa saber sobre o erro de tipo incriminador?


 Se inevitável/invencível/escusável - Afasta o dolo/culpa: fato atípico.
 Se evitável/vencível/inescusável - Afasta o dolo: responderá pela forma culposa (se
houver previsão em lei)

Veja outro exemplo:

OAB – XX - Wellington pretendia matar Ronaldo, camisa 10 e melhor jogador de futebol do


time Bola Cheia, seu adversário no campeonato do bairro. No dia de um jogo do Bola Cheia,
Wellington vê, de costas, um jogador com a camisa 10 do time rival. Acreditando ser Ronaldo,
efetua diversos disparos de arma de fogo, mas, na verdade, aquele que vestia a camisa 10
era Rodrigo, adolescente que substituiria Ronaldo naquele jogo. Em virtude dos disparos,
Rodrigo faleceu.
Considerando a situação narrada, assinale a opção que indica o crime cometido por
Wellington.
Resposta: Homicídio consumado, considerando-se as características de Ronaldo, pois houve
erro sobre a pessoa.

Erro de tipo permissivo “descriminantes putativas” (putativo = imaginário)

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§ 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe
situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando
o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo.

Incide sobre causas excludentes da ilicitude.


Se inevitável/invencível/escusável - Afasta o dolo/culpa: isenta a pena.
Se evitável/vencível/inescusável - Afasta o dolo: Culpa imprópria, podendo gerar tentativa
de crime “culposo”

Exemplo: Pedro está sozinho em casa, à noite, e escuta um barulho estranho. Ao verificar pela
janela vê que alguém estava entrando em sua casa. Como o local é escuro, e já foi existiram
vários assaltos, ele vai à cozinha e pega uma arma, mira no vulto e atira, vindo a causar a morte
da pessoa. Posteriormente, chama a polícia e verifica-se que a vítima era seu filho, João, que
saiu e esqueceu a chave de casa.

Erro de proibição
Art. 21 - O desconhecimento da lei Cassia BritoO erro sobre a ilicitude do fato, se
é inescusável.
inevitável, isenta de pena; [email protected]
evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço.
Exemplo¹:
Eslow, holandês e usuário de maconha, que nunca antes havia feito uma viagem
internacional, veio ao Brasil para a Copa do Mundo. Assistindo ao jogo Holanda x Brasil
decidiu, diante da tensão, fumar um cigarro de maconha nas arquibancadas do estádio.
Imediatamente, os policiais militares de plantão o prenderam e o conduziram à Delegacia de
Polícia. Diante do Delegado de Polícia, Eslow, completamente assustado, afirma que não
sabia que no Brasil a utilização de pequena quantidade de maconha era proibida, pois, no seu
país, é um hábito assistir a jogos de futebol fumando maconha.
Sobre a hipótese apresentada, assinale a opção que apresenta a principal tese defensiva.
Resposta: Eslow está em erro de proibição direto inevitável, razão pela qual deve ser isento
de pena

Exemplo²:
OAB XXII - Tony, a pedido de um colega, está transportando uma caixa com cápsulas que
acredita ser de remédios, sem ter conhecimento que estas, na verdade, continham Cloridrato
de Cocaína em seu interior. Por outro lado, José transporta em seu veículo 50g de Cannabis
Sativa L. (maconha), pois acreditava que poderia ter pequena quantidade do material em sua
posse para fins medicinais. Ambos foram abordados por policiais e, diante da apreensão das
drogas, denunciados pela prática do crime de tráfico de entorpecentes. Considerando apenas
as informações narradas, o advogado de Tony e José deverá alegar em favor dos clientes,
respectivamente, a ocorrência de
Resposta: erro de tipo e erro de proibição.

Erros Acidentais:
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Erro sobre a pessoa – Há 2 pessoas envolvidas.


Art.20 § 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena.
Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da
pessoa contra quem o agente queria praticar o crime.
Resumindo: responde pelo crime, como se tivesse atingido a vítima pretendida e não a
vítima efetivamente atingida.

Exemplo:

OAB XXX - Regina dá à luz seu primeiro filho, Davi. Logo após realizado o parto, ela, sob
influência do estado puerperal, comparece ao berçário da maternidade, no intuito de matar
Davi. No entanto, pensando tratar-se de seu filho, ela, com uma corda, asfixia Bruno, filho
recém-nascido do casal Marta e Rogério, causando-lhe a morte. Descobertos os fatos, Regina
é denunciada pelo crime de homicídio qualificado pela asfixia com causa de aumento de pena
pela idade da vítima.
Diante dos fatos acima narrados, o(a) advogado(a) de Regina, em alegações finais da
primeira fase do procedimento do Tribunal do Júri, deverá requerer

Resposta: a desclassificação para o crime de infanticídio,


Cassia Brito diante do erro sobre a pessoa,
não podendo ser reconhecida a agravante pelo fato de quem se pretendia atingir ser
[email protected]
descendente da agente.
Obs: Não incidem as circunstâncias agravantes presentes no artigo 61,II, e (crime
praticado contra descendente) e h (crime praticado contra criança), pois já integram a
descrição típica do infanticídio.

Aberratio ictus: Erro na execução


Art. 73 - Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de
atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse
praticado o crime contra aquela, atendendo-se ao disposto no § 3º do art. 20 deste Código. No
caso de ser também atingida a pessoa que o agente pretendia ofender, aplica-se a regra do
art. 70 deste Código.
Resumindo: Não exclui dolo nem culpa, e o agente responde pelo crime considerando as
qualidades da vítima pretendida, e não da efetivamente atingida.

Ano: 2016 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2016 - OAB - Exame de
Ordem Unificado - XIX - Primeira Fase
Pedro e Paulo bebiam em um bar da cidade quando teve início uma discussão sobre futebol.
Pedro, objetivando atingir Paulo, desfere contra ele um disparo que atingiu o alvo desejado e
também terceira pessoa que se encontrava no local, certo que ambas as vítimas faleceram,
inclusive aquela cuja morte não era querida pelo agente.
Para resolver a questão no campo jurídico, deve ser aplicada a seguinte modalidade de erro -
Resposta: aberratio ictus.

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Aberratio criminis (aberratio delicti – Art. 74 do CP) – Erro quanto ao crime praticado
Art. 74 - Fora dos casos do artigo anterior, quando, por acidente ou erro na execução do
crime, sobrevém resultado diverso do pretendido, o agente responde por culpa, se o fato é
previsto como crime culposo; se ocorre também o resultado pretendido, aplica-se a regra do
art. 70 deste Código.
Exemplo: O agente quer causar um dano ao patrimônio. acaba errando o alvo e atinge uma
pessoa causando-lhe a morte.
Objetivo: afastar a tentativa de dano doloso praticada, respondendo por homicídio culposo
produzido.

7. Relação de causalidade:

Art. 13 do CP - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem


lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.
Princípio da intranscendência.

Superveniência de causa independente:


Cassiaindependente
§ 1º - A superveniência de causa relativamente Brito exclui a imputação quando, por si
só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou.
[email protected]

Exemplo:

OAB XXIX - Após discussão em uma casa noturna, Jonas, com a intenção de causar lesão,
aplicou um golpe de arte marcial em Leonardo, causando fratura em seu braço. Leonardo,
então, foi encaminhado ao hospital, onde constatou-se a desnecessidade de intervenção
cirúrgica e optou-se por um tratamento mais conservador com analgésicos para dor, o que
permitiria que ele retornasse às suas atividades normais em 15 dias.
A equipe médica, sem observar os devidos cuidados exigidos, ministrou o remédio a Leonardo
sem observar que era composto por substância à qual o paciente informara ser alérgico em
sua ficha de internação. Em razão da medicação aplicada, Leonardo sofreu choque
anafilático, evoluindo a óbito, conforme demonstrado em seu laudo de exame cadavérico.
Recebidos os autos do inquérito, o Ministério Público ofereceu denúncia em face de Jonas,
imputando-lhe o crime de homicídio doloso.
Diante dos fatos acima narrados e considerando o estudo da teoria da equivalência, o(a)
advogado(a) de Jonas deverá alegar que a morte de Leonardo decorreu de causa
superveniente
Resposta: relativamente independente, que, por si só, produziu o resultado, devendo haver
desclassificação para o crime de lesão corporal, não podendo ser imputado o resultado morte.

Teoria da imputação objetiva no direito penal – Apenas devem ser imputadas as condutas
que signifiquem um incremento, um aumento do risco ao bem jurídico penalmente tutelado.

José conversava com Antônio em frente a um prédio. Durante a conversa,

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José percebe que João, do alto do edifício, jogara um vaso mirando a cabeça de seu
interlocutor. Assustado, e com o fim de evitar a possível morte de Antônio, José o empurra
com força. Antônio cai e, na queda, fratura o braço. Do alto do prédio, João vê a cena e fica
irritado ao perceber que, pela atuação rápida de José, não conseguira acertar o vaso na
cabeça de Antônio.
Com base no caso apresentado, segundo os estudos acerca da teoria da imputação objetiva,
assinale a afirmativa correta.
Resposta: O resultado não pode ser imputado a José, ainda que entre a lesão e sua conduta
exista nexo de causalidade.
Obs: Como não houve incremento do risco, José não responde por ter empurrado Antônio,
visto que sua conduta reduziu o risco frente a queda do vaso.

8. Iter Criminis

Iter Criminis
Desistência Voluntária Arrependimento Arrependimento
(art.15) Eficaz (art.15) Posterior (art.16)
Cassia Brito
O agente inicia os atos O agente inicia e completa Nos crimes cometidos
executórios e, durante sua [email protected]
todos os atos executórios, e sem violência ou grave
realização, voluntariamente por sua escolha atua ameaça à pessoa,
desiste de continuar e eficazmente e impede a reparado o dano ou
abandona a prática dos atos consumação. restituída a coisa, até o
em curso. Assim, o agente só responderá recebimento da denúncia
Ou seja, não há consumação! pelos atos anteriormente ou da queixa, por ato
Assim, o agente só responderá praticados, não responderá voluntário do agente, a
pelos atos anteriormente pela tentativa do crime visado. pena será reduzida de
praticados, sendo ATÍPICA a um a dois terços.
tentativa do crime visado.

Vamos treinar?

OAB XXIX - Durante a madrugada, Lucas ingressou em uma residência e subtraiu um


computador. Quando se preparava para sair da residência, ainda dentro da casa, foi
surpreendido pela chegada do proprietário. Assustado, ele o empurrou e conseguiu fugir com
a coisa subtraída.
Na manhã seguinte, arrependeu-se e resolveu devolver a coisa subtraída ao legítimo dono, o
que efetivamente veio a ocorrer. O proprietário, revoltado com a conduta anterior de Lucas,
compareceu em sede policial e narrou o ocorrido. Intimado pelo Delegado para comparecer
em sede policial, Lucas, preocupado com uma possível responsabilização penal, procura o
advogado da família e solicita esclarecimentos sobre a sua situação jurídica, reiterando que já
no dia seguinte devolvera o bem subtraído.
Na ocasião da assistência jurídica, o(a) advogado(a) deverá informar a Lucas que poderá ser
reconhecido(a)
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Respostas: a atenuante da reparação do dano, apenas, não sendo, porém, afastada a


tipicidade da conduta.
Obs: o agente somente faz jus à atenuante da reparação do dano, na forma do art. 65, III,
alínea 'b' do CP.
Cuidado: O arrependimento posterior, que só incide nos crimes sem violência ou grave
ameaça.

OAB XIX Durante uma discussão, Theodoro, inimigo declarado de Valentim, seu cunhado,
golpeou a barriga de seu rival com uma faca, com intenção de matá-lo. Ocorre que, após o
primeiro golpe, pensando em seus sobrinhos, Theodoro percebeu a incorreção de seus atos e
optou por não mais continuar golpeando Valentim, apesar de saber que aquela única facada
não seria suficiente para matá-lo.
Resposta: Neste caso, Theodoro responderá pelo crime de lesão corporal, em virtude de sua
desistência voluntária.

9. Crime de moeda falsa de R$ 3,00 não existe: Crime impossível;


Art. 17 CP - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta
impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.
Cassia Brito
[email protected]
Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2015 - OAB - Exame de
Ordem Unificado - XVII - Primeira Fase
Cristiane, revoltada com a traição de seu marido, Pedro, decide matá-lo. Para tanto, resolve
esperar que ele adormeça para, durante a madrugada, acabar com sua vida. Por volta das
22h, Pedro deita para ver futebol na sala da residência do casal. Quando chega à sala,
Cristiane percebe que Pedro estava deitado sem se mexer no sofá. Acreditando estar
dormindo, desfere 10 facadas em seu peito. Nervosa e arrependida, liga para o hospital e,
com a chegada dos médicos, é informada que o marido faleceu. O laudo de exame
cadavérico, porém, constatou que Pedro havia falecido momentos antes das facadas em
razão de um infarto fulminante. Cristiane, então, foi denunciada por tentativa de homicídio.
Você, advogado(a) de Cristiane, deverá alegar em seu favor a ocorrência de
Resposta: crime impossível por absoluta impropriedade do objeto.

10. Excludentes da ilicitude

Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato:


I - em estado de necessidade;
II - em legítima defesa;
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
Excesso punível
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo
excesso doloso ou culposo.

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Estado de necessidade:
Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo
atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou
alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.
§1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo.

§ 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser
reduzida de um a dois terços.

Legítima defesa: Art. 25 do CP - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente


dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
 Por que a legítima defesa só é possível contra a ação de um ser
humano?

A legitima defesa somente pode ser alegada contra


Cassia agressão de um ser humano e, no caso de
Brito
ataque de animal, configura-se o Estado de Necessidade,
[email protected] a não ser que a agressão se
originou de um ser humano (cão usado como instrumento para cometimento do crime) o que
viabiliza a legitima defesa.

Exemplo:

OAB XXX Enquanto assistia a um jogo de futebol em um bar, Francisco começou a provocar
Raul, dizendo que seu clube, que perdia a partida, seria rebaixado. Inconformado com a
indevida provocação, Raul, que estava acompanhado de um cachorro de grande porte, atiça o
animal a atacar Francisco, o que efetivamente acontece. Na tentativa de se defender,
Francisco desfere uma facada no cachorro de Raul, o qual vem a falecer. O fato foi levado à
autoridade policial, que instaurou inquérito para apuração.
Francisco, então, contrata você, na condição de advogado(a), para patrocinar seus interesses.
Considerando os fatos narrados, com relação à conduta praticada por Francisco, você, como
advogado(a), deverá esclarecer que seu cliente
Resposta: atuou escorado na excludente de ilicitude da legítima defesa.

Estrito cumprimento de um dever legal.


Relaciona-se com situações em que os agentes públicos, no desempenho de suas funções,
cumprem o determinado pelo ordenamento jurídico, desse modo, uma conduta lícita
(PRADO,2010).
Exemplo: policial que prende alguém em flagrante.

11. Súmula 542 do STJ: A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência
doméstica contra a mulher é pública incondicionada.

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Exemplo:
OAB XXXII - Paulo e Júlia viajaram para Portugal, em novembro de 2019, em comemoração
ao aniversário de um ano de casamento. Na cidade de Lisboa, dentro do quarto do hotel, por
ciúmes da esposa que teria olhado para terceira pessoa durante o jantar, Paulo veio a agredi-
la, causando-lhe lesões leves reconhecidas no laudo próprio. Com a intervenção de
funcionários do hotel que ouviram os gritos da vítima, Paulo acabou encaminhado para
Delegacia, sendo liberado mediante o pagamento de fiança e autorizado seu retorno ao Brasil.
Paulo, na semana seguinte, retornou para o Brasil, sem que houvesse qualquer ação penal
em seu desfavor em Portugal, enquanto Júlia permaneceu em Lisboa. Ciente de que o fato já
era do conhecimento das autoridades brasileiras e preocupado com sua situação jurídica no
país, Paulo procura você, na condição de advogado(a), para obter sua orientação.
Considerando apenas as informações narradas, você, como advogado(a), deve esclarecer
que a lei brasileira
Resposta: poderá ser aplicada diante do retorno de Paulo ao Brasil, independentemente do
retorno de Júlia e de sua manifestação de vontade sobre o interesse de ver o autor
responsabilizado criminalmente. Cassia Brito
[email protected]
12. Culpabilidade

O imputável é aquele que se responsabiliza pelos seus atos, podendo ser imputado um fato
típico e ilícito.
Por sua vez, o Código Penal traz hipóteses de inimputabilidade:

Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental
incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de
perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era
inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento.
Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às
normas estabelecidas na legislação especial.
Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal:
I - a emoção ou a paixão;
II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos.
1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou
força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o
caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
§ 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez,
proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a
plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com
esse entendimento.

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Exigibilidade de Conduta Diversa:


Para existir culpa do agente, é necessário que tenha atuado em situações normais.

Quais são as situações de inexigibilidade de conduta diversa?


Art. 22 CP - Se o fato é cometido sob coação irresistível ( coação MORAL) ou em estrita
obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da
coação ou da ordem.

Durante um assalto a uma instituição bancária, Antônio e Francisco, gerentes


do estabelecimento, são feitos reféns. Tendo ciência da condição deles de gerentes e da
necessidade de que suas digitais fossem inseridas em determinado sistema para abertura do
cofre, os criminosos colocam, à força, o dedo de Antônio no local necessário, abrindo, com
isso, o cofre e subtraindo determinada quantia em dinheiro. Além disso, sob a ameaça de
morte da esposa de Francisco, exigem que este saia do banco, levando a sacola de dinheiro
juntamente com eles, enquanto apontam uma arma de fogo para os policiais que tentavam
efetuar a prisão dos agentes.
Analisando as condutas de Antônio e Francisco, com base no conceito tripartido de crime, é
correto afirmar que Cassia Brito
Gabarito: Antônio não responderá pelo crime por ausência de tipicidade (coação FÍSICA
[email protected]
irresistível), enquanto Francisco não responderá por ausência de culpabilidade em sua
conduta (coação MORAL irresistível).

Link para questões

Sugestão: Faça no mínimo 20 questões


Número de Questões:
Acertos: Erros:

62
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ESPAÇO PARA ANOTAÇÕES

Cassia Brito
[email protected]

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PROCESSO CIVIL: ART.1º AO 187 CPC


Ementa: Das normas fundamentais e da aplicação das normas processuais. Da função jurisdicional. Da
competência interna. Dos sujeitos do processo. Dos procuradores. Do litisconsórcio. Da intervenção de
terceiros
Artigos de leitura obrigatória
Art.3º Art.21 Art.46 Art.47 Art.49 Art.50 Art.53 Art.55 Art.56 Art.57
Art.62 Art.63 Art.64 Art.65 Art.72 Art.73 Art.75 Art.76 Art.78 Art.79
Art.81 Art.84 Art.85 Art.95 Art.99 Art.100 Art.104 Art.106 Art.109 Art.110
Art.112 Art.113 Art.115 Art.119 Art.123 Art.125 Art.130 Art.134 Art.141 Art.144
Art.145 Art.148 Art.165 Art.167 Art.172 Art.178 Art.790 Art.1005 - -

1. Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra:
I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil;
II - em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular e ao
inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de
nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional;
III - em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à partilha de
bens situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio
fora do território nacional. Cassia Brito
[email protected]
Veja como caiu:

OAB XXXIII Carlyle Schneider, engenheiro suíço, morava em Madison, Wisconsin, Estados
Unidos da América, há 12 anos.Em meados de 2015, participou da construção de dois
edifícios em Florianópolis, Brasil, dos quais se afeiçoou de tal modo, que decidiu adquirir uma
unidade residencial em cada prédio. Portanto, apesar de bem estabelecido em Madison, era o
Sr. Schneider proprietário de dois imóveis no Brasil.Em 10/12/2017, viajou à Alemanha e, ao
visitar um antigo casarão a ser restaurado, foi surpreendido pelo desabamento da construção
sobre si, falecendo logo em seguida. Carlyle Schneider deixou 3 (três) filhos, que moravam na
Suíça.
A respeito dos limites da jurisdição nacional e da cooperação internacional, com base nas
normas constantes do Código de Processo Civil, assinale a afirmativa correta.
Resposta: Em matéria de sucessão hereditária, compete exclusivamente ao Estado
brasileiro, local de situação dos imóveis, proceder ao inventário e à partilha dos dois bens
imóveis.

2.Competência:

Art. 48 CPC - O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o


inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a
impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu,
ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.
Parágrafo único. Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente:
I - o foro de situação dos bens imóveis;
II - havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes;
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qualquer tipo de repasse.

III - não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio.

OAB XXVIII - João Paulo faleceu em Atibaia (SP), vítima de um ataque cardíaco fulminante.
Empresário de sucesso, domiciliado na cidade de São Paulo (SP), João Paulo possuía
inúmeros bens, dentre os quais se incluem uma casa de praia em Búzios (RJ), uma fazenda
em Lucas do Rio Verde (GO) e alguns veículos de luxo, atualmente estacionados em uma
garagem em Salvador (BA). Neste cenário, assinale a opção que indica o foro competente
para o inventário e a partilha dos bens deixados por João Paulo.
Resposta: O foro de São Paulo (SP).

3. Dos deveres das partes e de seus procuradores

NOVIDADE!

Art. 77. Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e
de todos aqueles que de qualquer forma participem do processo:

VII - informar e manter atualizados seus dados cadastrais perante os órgãos do Poder
Judiciário e, no caso do § 6º do art. 246 deste Código, da Administração Tributária, para
recebimento de citações e intimações. Cassia Brito
(Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)
[email protected]
4. Caução:

Art. 83. O autor, brasileiro ou estrangeiro, que residir fora do Brasil ou deixar de residir no país
ao longo da tramitação de processo prestará caução suficiente ao pagamento das custas e dos
honorários de advogado da parte contrária nas ações que propuser, se não tiver no Brasil bens
imóveis que lhes assegurem o pagamento.

§ 1º Não se exigirá a caução de que trata o caput :


I - quando houver dispensa prevista em acordo ou tratado internacional de que o Brasil faz
parte;
II - na execução fundada em título extrajudicial e no cumprimento de sentença;
III - na reconvenção.

5.Honorários:

Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor.


§ 1º São devidos honorários advocatícios na reconvenção, no cumprimento de sentença,
provisório ou definitivo, na execução, resistida ou não, e nos recursos interpostos,
cumulativamente.

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§ 2º Os honorários serão fixados entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre
o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre
o valor atualizado da causa...

Ação Civil Pública: Art. 18 da lei 7347/85: Nas ações de que trata esta lei, não
haverá adiantamento de custas, emolumentos, honorários periciais e quaisquer outras
despesas, nem condenação da associação autora, salvo comprovada má-fé, em
honorários de advogado, custas e despesas processuais.

Art. 17. Em caso de litigância de má-fé, a associação autora e os diretores responsáveis pela
propositura da ação serão solidariamente condenados em honorários advocatícios e ao
décuplo das custas, sem prejuízo da responsabilidade por perdas e danos.

6. Perícia:

Art. 95 do CPC: Cada parte adiantará Cassia Brito do assistente técnico que houver
a remuneração
indicado, sendo a do perito adiantada pela parte que houver requerido a perícia ou rateada
[email protected]
quando a perícia for determinada de ofício ou requerida por ambas as partes.

Exemplo:

OAB XXVIII - O fornecimento de energia elétrica à residência de Vicente foi interrompido em 2


de janeiro de 2018, porque, segundo a concessionária de serviço público, haveria um “gato”
no local, ou seja, o medidor de energia teria sido indevidamente adulterado. Indignado,
Vicente, representado por um(a) advogado(a), propôs, aproximadamente um mês depois,
demanda em face da fornecedora e pediu o restabelecimento do serviço, pois o medidor
estaria hígido. A fim de provar os fatos alegados, o autor requereu a produção de prova
pericial. Citado poucos meses depois da propositura da demanda, a ré defendeu a correção
de sua conduta, ratificou a existência de irregularidade no medidor de energia e, tal qual o
autor, requereu a produção de perícia. Em dezembro de 2018, após arbitrar o valor dos
honorários periciais e antes da realização da perícia, o juiz atribuiu apenas ao autor, que
efetivamente foi intimado para tanto, o pagamento de tal verba. Sobre a hipótese apresentada,
assinale a afirmativa correta.

Resposta: O juiz decidiu de modo incorreto, pois se ambas as partes requererem a produção
de perícia, autor e réu devem adiantar os honorários periciais.

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Art. 790-B§3º CLT Não confundir! Em Processo do Trabalho o juízo não poderá exigir
adiantamento de valores para realização de perícias.

7. Intervenção de terceiros:

DENUNCIAÇÃO DA LIDE (ART. 125) CHAMAMENTO AO PROCESSO (ART.130)


CABIMENTO: CABIMENTO:

I-O alienante imediato, no processo relativo à I – do afiançado, na ação em que o fiador for
coisa cujo domínio foi transferido ao réu;
denunciante, a fim de que possa exercer os
direitos que da evicção lhe resultam; II – dos demais fiadores, na ação proposta
contra um ou alguns deles;
II-àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo
contrato, a indenizar, em ação regressiva, o III – dos demais devedores solidários, quando
prejuízo de quem for vencido no processo. o credor exigir de um ou de alguns o
pagamento da dívida comum.
Exemplo clássico: quando envolver seguros/
seguradoras  Solidariedade!
Cassia Brito
[email protected]

Exemplo:

OAB-XXX Daniel, sensibilizado com a necessidade de Joana em alugar um apartamento,


disponibiliza-se a ser seu fiador no contrato de locação, fazendo constar nele cláusula de
benefício de ordem. Um ano e meio após a assinatura do contrato, Daniel é citado em ação
judicial visando à cobrança de aluguéis atrasados. Ciente de que Joana possui bens
suficientes para fazer frente à dívida contraída, Daniel consulta você, como advogado(a),
sobre a possibilidade de Joana também figurar no polo passivo da ação. Diante do caso
narrado, assinale a opção que apresenta a modalidade de intervenção de terceiros a ser
arguida por Daniel em sua contestação.

Resposta: Chamamento ao processo.

Veja mais um exemplo:

Felipe, a fim de cobrar dívida proveniente de contrato de mútuo firmado com Aline, ajuizou
demanda de conhecimento em face de João Alberto, fiador. Surpreendido pela citação, João
Alberto procura, no mesmo dia, um(a) advogado(a).Diante de tal quadro, assinale a opção que
apresenta a medida mais adequada a ser adotada pelo(a) advogado(a) para obter a
responsabilização de Aline.

Resposta: Realizar o chamamento ao processo de Aline.

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8. Sobre a desconsideração da personalidade jurídica:

Art. 133, 134 + 795§4º CPC

 Finalidade de atingir o patrimônio pessoal dos sócios administradores quando a


sociedade estiver se utilizando de sua personalidade jurídica para cometer fraude ou
abuso de direito.
 O incidente de desconsideração da personalidade jurídica será instaurado a pedido
da parte ou do Ministério Público. Art. 133 CPC.
 O incidente de desconsideração da personalidade jurídica é cabível em todas as fases
do processo de conhecimento, no cumprimento de sentença e na execução fundada em
título executivo extrajudicial. Art. 134 CPC.

Exemplo:
OAB XXVIII – Amauri ingressou com ação Cassia Brito
ordinária em face de Mercadinho dos Suínos Ltda.,
em decorrência do consumo de [email protected]
alimento inapropriado vendido pelo réu. O pedido foi julgado
procedente em decisão transitada em julgado, condenando a pessoa jurídica ré a indenizar o
autor em R$ 10.000,00 (dez mil reais). Na fase de cumprimento de sentença, não foram
encontrados bens penhoráveis pertencentes à sociedade, razão pela qual o juízo competente
decretou, de ofício, a desconsideração da personalidade jurídica, penhorando um automóvel
pertencente a Flávio, sócio majoritário da sociedade ré.
Diante de tal cenário, assinale a afirmativa correta.
Resposta: A decisão está incorreta, pois a desconsideração da personalidade jurídica exige,
cumulativamente, o requerimento da parte interessada e a instauração do incidente, nos
termos do CPC.

9. Impedimento e Suspeição do Magistrado


Impedimento Art.144 Suspeição- Art. 145
I – em que interveio como mandatário da parte, I – amigo íntimo ou inimigo de qualquer das
oficiou como perito, funcionou como membro do partes ou de seus advogados;
Ministério Público ou prestou depoimento
como testemunha; II – que receber presentes de pessoas que
tiverem interesse na causa antes ou depois de
II – de que conheceu em outro grau de iniciado o processo, que aconselhar alguma das
jurisdição, tendo proferido decisão; partes acerca do objeto da causa ou que
subministrar meios para atender às despesas do
III – quando nele estiver postulando, como litígio;
defensor público, advogado ou membro do
Ministério Público, seu cônjuge ou III – quando qualquer das partes for sua
companheiro, ou qualquer parente, credora ou devedora, de seu cônjuge ou

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qualquer tipo de repasse.

consanguíneo ou afim, em linha reta ou companheiro ou de parentes destes, em linha


colateral, até o terceiro grau, inclusive; reta até o terceiro grau, inclusive;

IV – quando for parte no processo ele próprio, IV – interessado no julgamento do processo


seu cônjuge ou companheiro, ou parente, em favor de qualquer das partes.
consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral,
até o terceiro grau, inclusive;

V – quando for sócio ou membro de direção ou


de administração de pessoa jurídica parte no
processo;

VI – quando for herdeiro presuntivo, donatário


ou empregador de qualquer das partes;

VII – em que figure como parte instituição de


ensino com a qual tenha relação de emprego ou
decorrente de contrato de prestação de
serviços;

VIII – em que figure como parte cliente do


Cassia Brito
escritório de advocacia [email protected]
seu cônjuge,
companheiro ou parente, consanguíneo ou
afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro
grau, inclusive, mesmo que patrocinado por
advogado de outro escritório;

IX – quando promover ação contra a parte ou


seu advogado.

10. Prazos diferenciados para a prática de atos processuais:


Regra:
Art. 183 CPC – A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas
autarquias e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas
manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal.
Exceções ao prazo em dobro:

Art. 535. A Fazenda Pública será intimada na pessoa de seu representante judicial, por carga,
remessa ou meio eletrônico, para, querendo, no prazo de 30 (trinta) dias e nos próprios
autos, impugnar a execução, podendo arguir:

Art. 629. A Fazenda Pública, no prazo de 15 (quinze) dias, após a vista de que trata o art.
627 , informará ao juízo, de acordo com os dados que constam de seu cadastro imobiliário, o

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valor dos bens de raiz descritos nas primeiras declarações.


Art. 910. Na execução fundada em título extrajudicial, a Fazenda Pública será citada para
opor embargos em 30 (trinta) dias.

Link para questões

Sugestão: Faça as 19 questões cobradas em prova


Número de Questões
Acertos: Erros:

Espaço para Anotações

Cassia Brito
[email protected]

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DIA 04/06: Sábado


TRABALHO: REMUNERAÇÃO E SALÁRIO (CLT)
Ler do Art. 457 ao 500 da CLT.

Art.58 Art.58-A Art.59 Art. 457 Art. 462 Art.507-B Art.611-A Art.620
Outros artigos importantes:

1. Art. 457 CLT - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos


legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do
serviço, as gorjetas que receber.
§ 1º Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e as comissões
pagas pelo empregador.
§ 2º As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação,
vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a
remuneração do empregado, não se incorporam
Cassia ao contrato de trabalho e não constituem base
Brito
de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário.
[email protected]
Exemplo:
OAB XXXII - Desde abril de 2019, Denilson é empregado em uma indústria de cosméticos,
com carteira profissional assinada. No último contracheque de Denilson verifica-se o
pagamento das seguintes parcelas: abono, prêmio, comissão e diária para viagem.
Considerando essa situação, assinale a opção que indica a verba que, de acordo com a CLT,
integra o salário e constitui base de incidência de encargo trabalhista.
A) Abono.
B) Prêmio.
C) Comissão.
D) Diária para viagem.
Resposta: Letra C

§3º Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao


empregado, como também o valor cobrado pela empresa, como serviço ou adicional, a qualquer
título, e destinado à distribuição aos empregados.

Súmula n. 354 do TST


As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de serviço ou oferecidas espontaneamente pelos
clientes, integram a remuneração do empregado, não servindo de base de cálculo para as
parcelas de aviso-prévio, adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado.

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Não confunda: Remuneração (soma dos pagamentos feitos pelo empregador e


terceiros) com Salário (pagamentos feitos pelo empregador).

Ano: 2018 Banca: FGV - XXVI - Primeira Fase


Jorge era caixa bancário e trabalhava para o Banco Múltiplo S/A. Recebia salário fixo de R$
4.000,00 mensais. Além disso, recebia comissão de 3% sobre cada seguro de carro, vida e
previdência oferecido e aceito pelos clientes do Banco, o que fazia concomitantemente com suas
atividades de caixa, computando-se o desempenho para suas metas e da agência. Os produtos
em referência não eram do banco, mas, sim, da Seguradora Múltiplo S/A, empresa do mesmo
grupo econômico do empregador de Jorge.
Diante disso, observando o entendimento jurisprudencial consolidado do TST, bem como as
disposições da CLT, assinale a afirmativa correta.
Resposta: Os valores recebidos a título de comissão devem integrar a remuneração de Jorge.
Obs: As principais parcelas salariais são: salário-base, 13º, adicionais em geral, comissões.

2. O que não é considerado salário: Art. 458 §2 da CLT.


Cassia Brito
Art.458 §2º: Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as
[email protected]
seguintes utilidades concedidas pelo empregador:

I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no


local de trabalho, para a prestação do serviço;
II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores
relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático;
III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não
por transporte público;
IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-
saúde;
V – seguros de vida e de acidentes pessoais;
VI – previdência privada;
VIII - o valor correspondente ao vale-cultura

Obs: O cigarro não se considera salário utilidade em face de sua nocividade à saúde.

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§ 3º - A habitação e a alimentação fornecidas como salário-utilidade deverão atender aos


fins a que se destinam e não poderão exceder, respectivamente, a 25% (vinte e cinco por
cento) e 20% (vinte por cento) do salário-contratual.
Resumindo:
Salário- Utilidade: Urbano Rural
Habitação 25% 20%
Alimentação 20% 25%

Obs: A habitação, a energia elétrica e veículo fornecidos pelo empregador ao empregado,


quando indispensáveis para a realização do trabalho, não têm natureza salarial, ainda que, no
caso de veículo, seja ele utilizado pelo empregado também em atividades particulares.
3. Descontos Salariais.
Descontos Salariais
Regra: Veda-se os descontos no salário.
Exceções:
 Previsão legal/ contrato coletivo
 Adiantamentos Cassia Brito
 Dano doloso [email protected]
 Dano culposo (desde que autorizado pelo empregado)
 Descontos salariais com a autorização prévia e por escrito (exemplos: planos de
assistência odontológica, médico-hospitalar, seguro...)

Descontos Salariais – Domésticos – LC 150


Art. 18. É vedado ao empregador doméstico efetuar descontos no salário do empregado por
fornecimento de alimentação, vestuário, higiene ou moradia, bem como por despesas com
transporte, hospedagem e alimentação em caso de acompanhamento em viagem.
§ 1º É facultado ao empregador efetuar descontos no salário do empregado em caso de
adiantamento salarial e, mediante acordo escrito entre as partes, para a inclusão do empregado
em planos de assistência médico-hospitalar e odontológica, de seguro e de previdência
privada, não podendo a dedução ultrapassar 20% (vinte por cento) do salário.
§ 2º Poderão ser descontadas as despesas com moradia de que trata o caput deste artigo
quando essa se referir a local diverso da residência em que ocorrer a prestação de serviço,
desde que essa possibilidade tenha sido expressamente acordada entre as partes.

4. Princípio da irredutibilidade salarial – Art. 7º, VI, CF.


Veda-se a redução do salário nominal pelo empregador.
Exceção:

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 Autorização por negociação coletiva.


 Não se aplica para parcelas de salário condição (pagas em virtude de condição mais
gravosa ou circunstâncias temporárias).
Exemplo: O trabalhador somente faz jus ao pagamento do adicional de insalubridade enquanto
permanecer exposto a agentes de risco à sua saúde, independentemente do tempo em que
percebeu o aludido adicional.

Súmula 248 do TST.


A reclassificação ou a descaracterização da insalubridade, por ato da autoridade competente,
repercute na satisfação do respectivo adicional, sem ofensa a direito adquirido ou ao princípio da
irredutibilidade salarial.

5. Décimo Terceiro Salário

- Constituição Federal: Art. 7º, VIII.


- O décimo terceiro será pago pelo empregador até o dia 20 de dezembro de cada ano,
compensada a importância que, a título de adiantamento, o empregado houver recebido na
forma do artigo seguinte.
Cassia Brito
- Entre os meses de fevereiro e novembro de cada ano, o empregador pagará, como
[email protected]
adiantamento da gratificação referida no artigo precedente, de uma só vez, metade do salário
recebido pelo respectivo empregado no mês anterior.

- Art. 611-B. Constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou de acordo coletivo de trabalho,
exclusivamente, a supressão ou a redução dos seguintes direitos: V - valor nominal do décimo
terceiro salário;

Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2019 - OAB - Exame de
Ordem Unificado XXX - Primeira Fase
Reinaldo é empregado da padaria Cruz de Prata Ltda., na qual exerce a função de auxiliar de
padeiro, com jornada de segunda a sexta-feira, das 12h às 17h, e pausa alimentar de 15
minutos. Aproxima-se o final do ano, e Reinaldo aguarda ansiosamente pelo pagamento do 13º
salário, pois pretende utilizá-lo para comprar uma televisão. A respeito do 13º salário, assinale a
afirmativa correta.
Resposta: A gratificação natalina deve ser paga em duas parcelas, sendo a primeira entre os
meses de fevereiro e novembro e a segunda, até o dia 20 de dezembro de cada ano.

6. Artigo 486 da CLT: fato do príncipe.


Art. 486 - No caso de paralisação temporária ou definitiva do trabalho, motivada por ato de
autoridade municipal, estadual ou federal, ou pela promulgação de lei ou resolução que
impossibilite a continuação da atividade, prevalecerá o pagamento da indenização, que ficará a
cargo do governo responsável.

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7.Memorizar o artigo 4º, §2º da CLT: não é considerado tempo a disposição do empregador.
Art 4º§ 2º Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será computado
como período extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de
cinco minutos previsto no § 1º do art. 58 desta Consolidação, quando o empregado, por
escolha própria, buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más
condições climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para
exercer atividades particulares, entre outras:
I-práticas religiosas;
II - descanso;
III - lazer;
IV - estudo;
V - alimentação;
VI - atividades de relacionamento social;
VII - higiene pessoal;
VIII - troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca na
empresa.

8. Saber sobre o intervalo intrajornada (artigo 71, §4º da CLT).


Cassia Brito
§ 4º A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e
[email protected]
alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de natureza indenizatória,
apenas do período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da
remuneração da hora normal de trabalho.
9. Insalubridade e Periculosidade
Insalubridade Periculosidade
Base de cálculo: salário-mínimo Incide sobre o salário básico
Adicional: Adicional:
Grau mínimo: 10% 30%
Grau médio: 20%
Grau máximo: 40%

 Art.193 da CLT:
São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada
pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho,
impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a:
I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica;
II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de
segurança pessoal ou patrimonial;
§ 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de
30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios
ou participações nos lucros da empresa.

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§ 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja
devido.
§ 3º Serão descontados ou compensados do adicional outros da mesma natureza eventualmente
já concedidos ao vigilante por meio de acordo coletivo.
§ 4º São também consideradas perigosas as atividades de trabalhador em motocicleta.

Exemplo:
OAB XXX - Edimilson é vigia noturno em um condomínio residencial de apartamentos. Paulo é
vigilante armado de uma agência bancária. Letícia é motociclista de entregas de uma empresa
de logística. Avalie os três casos apresentados e, observadas as regras da CLT, assinale a
afirmativa correta.
Resposta: Paulo e Letícia exercem atividade perigosa e fazem jus ao adicional de
periculosidade. A atividade de Edimilson não é considerada perigosa, e, por isso, ele não deve
receber adicional.

10. Equiparação Salarial – Súmula 6 TST e Art. 461 CLT


Requisitos:
a) Identidade de função
b) Identidade de empregador Cassia Brito
[email protected]
c) Identidade de estabelecimento
d) Simultaneidade no exercício da função
e) Diferença de tempo na função não seja superior a dois anos.
f) Diferença de tempo de serviço para o mesmo empregador não seja superior a quatro anos.

O que afasta a equiparação salarial?


a) Perfeição técnica
b) Produtividade
c) Existência de quadro de carreira ou plano de cargos e salários.

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