A Bibliotecária de Auschwitz

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 3

Introdução:

 Eu escolhi esta obra devido a conteúdo ser cativante pois retrata uma história
verídica, mas também mostra e descreve um acontecimento terrível e marcante da
história humana- o holocausto. Para além disso acabei por escolher esta obra pois foi
a obra selecionada para o Concurso Nacional de Leitura, permitindo assim agrupar
dois interesses.

 É fundamental falar sobre este livro e este tema pois falar sobre o Holocausto, é uma
maneira de transmitir valores, princípios que podem ser decodificados a partir de
uma tragédia e evitar que a mesma se repita. Quando isso é transmitido para as
crianças, é uma forma de repassar valores como respeito, tolerância, democracia,
direitos humanos, valor à vida e até mesmo liberdade. Mas ainda mais importante
para enaltecer a atitude de heroismo literário.
Desenvolvimento:
 A Bibliotecária de Auschwitz é uma obra sobre o Holocausto, passada no ano de
1942, sobre um bloco particular e sobre uma jovem que o jornalista espanhol
Antonio G. Iturbe descobriu e quis dar a conhecer ao mundo. Dita é a bibliotecária
de Auschwitz que dá nome ao livro. É apenas uma rapariga com 14anos, checa e
judia, que foi levada para o gueto de Terezín e dali para Auschwitz. A jovem vive
rodeada pelos pais, amigas e os SS que observam cada passo que dão; menos no
Bloco 31, onde se juntam as crianças para as entreter durante o dia e onde Fredy
Hirsch ergueu uma verdadeira escola. Contra todas as expectativas, existem até oito
livros em papel, dos quais Dita se torna guardiã e distribuidora, recrutando
igualmente ‘livros vivos’ para contarem histórias e ensinarem as crianças. Num
campo onde o terror domina, a biblioteca clandestina, que para todos os efeitos
nunca existiu, é uma forma de voar para bem longe daquela prisão.

 Autor: Antonio G. Iturbe, nasceu em Zaragoza, em 1967 e, há mais de vinte anos,


dedica-se ao jornalismo cultural. Sua profissão o ajudou a encontrar a personagem
principal do livro, Dita Dorachova, que hoje tem mais de oitenta anos e fica
emocionada ao contar o cuidado que tem com os livros e o modo de guardá-los.
Alguns desses livros lembram o campo de concentração de Auschwitz. Antonio não
conta apenas a história da personagem principal, mas, sim, do holocausto, terrível
momento que marcou a humanidade.

 O livro não expõe relatos, mas, sim, fatos. Há personagens verídicos, porque o
próprio autor fez uma pesquisa profunda para encontrá-los.
 Dita Kraus - a bibliotecária de Auschwitz
 Rudi Rosenberg
 Elisabeth Volkenrath - uma integrante da SS que trabalhou como supervisora
 Rudolf Hoss ; Hans Schwarzhuber - um oficial alemão da SS nazista
 Adolf Eichmann- tenente-coronel da Alemanha Nazista, e um dos principais
organizadores do Holocausto
 Petr Ginz -menino judiaco
 Josef Mengele - cientista que faz experimentos nas vítimas de forma a atingir o
eugenismo da raça ariana.
 Margit Barnai - amiga mais próxima de Dita, embora seja 2 anos mais velha,
identifica-se com os valores da mesma.
 Fredy Hirsch- chefe do bloco 31 visto como um exemplo pela sua positividade
 O padre- personagem com poder e autoritário com as vitimas do holocausto, como
referido por Dita “asqueroso”.

 Espaços a destacar: Bloco 31, situado no campo de Auschwitz, onde se juntam as


crianças para as entreter durante o dia e onde Fredy Hirsch ergueu uma verdadeira
escola, sendo o espaço principal do livro e visto como uma salvação cultural. Gueto
de Terezin pois era o local onde judeus foram transportados para o campo, mais de
150.000 judeus, entre eles 15.000 crianças, foram mantidos em Terezin antes de
serem enviados para campos de morte em Treblinka e Auschwitz, sendo assim
caracterizada como um lugar de terror.

 A obra é narrada em terceira pessoa, em uma linguagem acessível a todos. Os


diálogos de narrações de Dita estão escritos num regime informal. Narrativa com
sequências descritivas e conversacionais. O autor consegue através da sua escrita
uma forma de cativar o leitor. Podemos estar minutos intermináveis a ler páginas
sucessivas que mais nos apetece. Um relato impressionante daquilo que marcou
pela negativa uma época -campo de concentração de Auschwitz.

 Ao longo do romance, Iturbe tece várias formas de arte e cultura na narrativa para
fornecer contexto e profundidade aos personagens e suas experiências - e,
finalmente, provar o poder que tem na vida dos detentos em Auschwitz. O primeiro
exemplo disso é quando ele usa trechos dos livros escondidos no Bloco 31 para
fornecer uma base à qual Dita pode se relacionar. Ela encontra-se, muitas vezes,
sozinha e sem ninguém para se conectar, já que se sente mais madura e não como
outras meninas de 14 anos trancadas em Auschwitz.

Os horrores de Auschwitz - Bing video


 Na minha opinião dita provou a todos que a leitura é a arma mais poderosa porque
adquirimos um conhecimento maior, foi isso que Edita fez, pois ela poderia entregar
os livros aos oficiais e até mesmo sofrer com as consequências, mesmo assim, lutou
em cada minuto, salvando cada página, consertando cada livro e o mais importante,
levando o conhecimento aos professores, às crianças, às mulheres, aos homens, em
meio da guerra, o que nos inspira e nos emociona pela atitude honrosa.

Conclusão:

 Concluindo a minha apresentação eu penso que a obra é cativante de fácil leitura,


mantendo sempre o leitor cativado e relata um testemunho de coragem e
resistência em tempos de guerra que devia ser exemplo para todos nós.
 Frase marcante: “Têm nas mãos algo que é rigorosamente proibido em Auschwitz
(…). Esses objetos, tão perigosos que a sua posse é motivo para pena máxima, não
disparam, não são cortantes, perfurantes ou contundentes. Aquilo que os
implacáveis guardiões do Reich tanto temem são livros: livros velhos, sem capas,
desfolhados, quase desfeitos (…) Os livros são perigosos, fazem pensar.”

Você também pode gostar