O documento discute as relações entre natureza e cultura segundo o autor Philippe Descola. Ele explica que povos como os Achuar da Amazônia e os Cree do Canadá veem os animais como pessoas e acreditam que as almas podem se reencarnar entre espécies. Além disso, povos aborígenes da Austrália consideram animais, plantas e humanos como parte da mesma espécie.
O documento discute as relações entre natureza e cultura segundo o autor Philippe Descola. Ele explica que povos como os Achuar da Amazônia e os Cree do Canadá veem os animais como pessoas e acreditam que as almas podem se reencarnar entre espécies. Além disso, povos aborígenes da Austrália consideram animais, plantas e humanos como parte da mesma espécie.
O documento discute as relações entre natureza e cultura segundo o autor Philippe Descola. Ele explica que povos como os Achuar da Amazônia e os Cree do Canadá veem os animais como pessoas e acreditam que as almas podem se reencarnar entre espécies. Além disso, povos aborígenes da Austrália consideram animais, plantas e humanos como parte da mesma espécie.
O documento discute as relações entre natureza e cultura segundo o autor Philippe Descola. Ele explica que povos como os Achuar da Amazônia e os Cree do Canadá veem os animais como pessoas e acreditam que as almas podem se reencarnar entre espécies. Além disso, povos aborígenes da Austrália consideram animais, plantas e humanos como parte da mesma espécie.
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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
PÓLO UNIVERSITÁRIO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES
INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL E CIÊNCIAS DA SOCIEDADE DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA 2020.1
Trabalho da Disciplina: Antropologia II.
Grupo: Betina Ferreira Assad, Jéssica Madeira Barboza, Yan Guimarães Palhares.
Referência Bibliográfica: DESCOLA, Philippe. Outras naturezas, outras culturas. São Paulo: Editora, v. 34, 2016.
De acordo com o autor, existe uma relação de fatores da natureza e fatores
cultura, é explicado a natureza ao seu redor e o que foi feito pelo homem, os que nos rodeiam são as situações naturais e culturais ao mesmo tempo. A fome é uma necessidade natural, se uma pessoa não come, ela pode morrer, mas existem várias formas de saciar a fome e a maneira de comer e alimentar o corpo é uma escolha cultural. O autor cita: "Contudo, a ciência que pratica a antropologia, desconfia muito do bom senso. Ao contrário do que dizia o filósofo Descartes, o bom senso não é a coisa mais bem distribuída do mundo. Os antropólogos concordam mais com um contemporâneo de Descartes, o grande filósofo e matemático pascal, que dizia o seguinte: “ Verdade deste lado dos Pirineus, erro do outro lado.” Em outras palavras, os hábitos que são normais na França não o são na Espanha, e vice e versa.(pág.8) É questionada a diferença entre humanos e não humanos, seres que pertencem à natureza e os pertencentes à cultura, e também é relatado sobre o que aconteceu a 30 anos atrás, na alta amazônia e na fronteira com o Equador com o Peru. As dificuldades dele em aprender o idioma, ele aprendeu a comunicar-se com os Achuar convivendo com eles, quanto mais aprendia, mais conseguia identificar o que pensavam, especialmente quando falavam em sonhos, sempre perguntava aos Achuar sobre os animais, eles respondiam que eram pessoas como nós. Mas o texto mostra que essas situações não são realidade apenas na Amazônia, Adrian Tanner, que analisou a tribo dos cri, no norte de Quebec, relata que para esse povo os animais são apenas uma representação física de uma pessoa, no qual através dos sonhos ela se mostra na sua forma real para revelar algo. Esses fatores são algumas das quatro formas citadas na entrevista sobre as relações com os não humanos, a primeira por exemplo, pode explicar o caso do povo cri, uma vez que consiste na ideia de que os não humanos possuem a mesma alma ou consciência que a dos humanos, mas diferenciam-se fisicamente. São variados os povos nos quais o ambiente faz parte muito além de um cenário exterior. Além de ser um fato que não se situa apenas na América, assim comprova o padre Kemlin que viveu junto ao povo reungao nos planaltos do Vietnã central, ele faz relato de um pacto entre uma mulher e um tigre que é revelado como se ele fosse o pai dela, afirmando essa relação de animais e humanos presente e de uma maneira diferente das manifestadas em outros lugares. O povo aborígene australiano, é um outro forte exemplo, pois mesmo tendo várias línguas espalhadas, consideram os animais e plantas parte da mesma espécie, todos possuem o sistema totêmico onde as regras de composição são homogêneas, ou seja, eles viam todos os seres igualmente, mesmo com corpos que se diferem entre si. Para essa caracterização, se levava em conta as qualidades de forma abstrata, como o comportamento, temperamento, forma, consistência e cor, mas a aparência do formato desigual era explicada por uma gênese no totem, o animal que dá nome ao grupo totêmico, no qual os outros se derivam dele. A cosmologia, termo usado na entrevista para definir que existem diversas visões de mundo, é uma explicação para essas análises do campo da antropologia. Sendo assim, existe a ideia de que o ser humano é fruto da mistura do natural com o cultural, sendo a biologia a parte natural, aquilo que chegou antes de nós, que se produz sem a influência da humanidade e o cultural, aquilo que se produz com a ação humana. Podemos notar o destaque do texto ao animismo, uma crença que diversos povos possuem, no qual é acreditado que qualquer ser vivo ou até os seres inanimados, podem carregar uma alma humana de alguém que já tenha deixado este plano e que por isso, esse ciclo de reencarnações nunca terminará. Os povos citados no texto tem costume de enxergar um “semelhante” em outras espécies, desconhecem até mesmo o plástico, que é algo que hoje em dia é impossível imaginarmos fora de nossas vidas. Isso, no entanto, nos ajudou de tal forma mas trouxe alguns problemas, tais como poluição, alteração no bioma marinho derivado dessa poluição e até a dependência de um simples produto. Já os Achuar, não tem esse problema pois não desenvolveram tecnologia para exploração, sua cultura que faz uma relação de semelhança com a natureza faz com que busquem apenas o essencial para viver. Diante disso, vale refletir sobre essa forma de viver como uma solução para os nossos problemas no futuro, não que tenhamos apenas que sobreviver, mas entender que as nossas ações impactam diretamente a natureza. Essa cultura de desenvolvimento sem limite, a longo prazo traz mais malefícios que benefícios, enquanto aqueles povos que enxergam a natureza como uma extensão de seu povo tem seus recursos inesgotáveis, pois estes respeitam os ciclos. Portanto, uma cultura tão diferente, tão natural, pode a princípio nos causar estranheza pois não é o que estamos acostumados. Porém, estas também foram idealizadas por seres humanos assim como nós, o que diferencia nossos modos de vida é o fato de vivermos muito mais do cultural que do natural.
Na Obraâ Cultura Um Conceito Antropolã Gicoâ de Autoria de Roque de Barros Laraia, Foi Publicado em 1986, o Livro Aborda o Conceito de Cultura Na Antropologia