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Aula 11 - Estratégia ITA

Este documento discute funções exponenciais e logarítmicas. Ele começa definindo potenciação e radiciação, incluindo suas propriedades. Em seguida, discute equações e funções exponenciais, assim como funções logarítmicas, incluindo suas definições, propriedades e gráficos. Por fim, aborda equações funcionais e apresenta uma série de exercícios resolvidos sobre o assunto.

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ITA 2023

FUNÇÕES EXPONENCIAIS E LOGARÍTMICAS

AULA 11

Prof. Victor So

www.estrategiamilitares.com.br
Prof. Victor So

Sumário
APRESENTAÇÃO 4

1. FUNÇÃO EXPONENCIAL 5

1.1. POTENCIAÇÃO E RADICIAÇÃO 5


1.1.1. DEFINIÇÃO 5
1.1.2. PROPRIEDADES DA POTENCIAÇÃO 5
1.1.3. PROPRIEDADES DA RADICIAÇÃO 6
1.1.4. TEOREMA 1 8
1.1.5. TEOREMA 2 11
1.1.6. TEOREMA 3 11
1.1.7. TEOREMA 4 12

1.2. EQUAÇÕES EXPONENCIAIS 12

1.3. INEQUAÇÕES EXPONENCIAIS 15

1.4. FUNÇÕES EXPONENCIAIS 17


1.4.1. DEFINIÇÃO 17
1.4.2. CASO 1 18
1.4.3. CASO 2 19

2. FUNÇÃO LOGARÍTMICA 27

2.1. DEFINIÇÃO 27

2.2. PROPRIEDADES 31

2.3. FUNÇÕES LOGARÍTMICAS 36


2.3.1. DEFINIÇÃO 36
2.3.2. PROPRIEDADES 37
2.3.3. GRÁFICO 39

2.4. EQUAÇÕES LOGARÍTMICAS 46

2.5. INEQUAÇÕES LOGARÍTMICAS 50

2.6. LOGARITMOS DECIMAIS 53


2.6.1. CARACTERÍSTICA E MANTISSA 53
2.6.2. TEOREMA DA MANTISSA 54

2.7. SISTEMAS DE LOGARITMOS USANDO SEQUÊNCIAS 54

2.8. CÁLCULO DE ÁREAS USANDO LOGARITMOS 54

3. FUNÇÃO PISO E FUNÇÃO TETO 57

3.1. DEFINIÇÃO 57
3.1.1. Propriedades 57

3.2. GRÁFICO 58

4. EQUAÇÕES FUNCIONAIS 60

4.1. EQUAÇÕES FUNCIONAIS BÁSICAS 60

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 2


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4.1.1. EQUAÇÕES FUNCIONAIS DE CAUCHY 60


4.1.2. EQUAÇÃO FUNCIONAL DE JENSEN 60
4.1.3. EQUAÇÃO FUNCIONAL DE D`ALAMBERT 60
4.1.4. EQUAÇÕES FUNCIONAIS TRIGONOMÉTRICAS 61

4.2. COMO RESOLVER UMA EQUAÇÃO FUNCIONAL 61

5. QUESTÕES NÍVEL 1 64

GABARITO 74

RESOLUÇÃO 75

6. QUESTÕES NÍVEL 2 96

GABARITO 111

RESOLUÇÃO 112

7. QUESTÕES NÍVEL 3 140

GABARITO 159

RESOLUÇÃO 160

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS DA AULA 236

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 236

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 3


Prof. Victor So

APRESENTAÇÃO
Na aula de hoje, estudaremos as funções exponencial e logarítmicas, assuntos muito
cobrados nas provas militares. Tente fazer todos os exercícios dessa aula, pois é bem provável
que você encontre uma dessas questões no seu concurso. Também aprenderemos a resolver
equações funcionais e outras funções que podem ser cobradas na prova.
Caso tenha alguma dúvida entre em contato conosco através do fórum de dúvidas do
Estratégia ou se preferir:

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 4


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1. FUNÇÃO EXPONENCIAL

1.1. POTENCIAÇÃO E RADICIAÇÃO

1.1.1. DEFINIÇÃO
Vamos relembrar alguns conceitos de potenciação. Vejamos alguns exemplos:
1) 23 = ⏟
2∙2∙2
3 𝑣𝑒𝑧𝑒𝑠

2) 45 = ⏟
4∙4∙4∙4∙4
5 𝑣𝑒𝑧𝑒𝑠
100
3) 3 =⏟
3∙3∙3∙…∙3
100 𝑣𝑒𝑧𝑒𝑠

Potenciação é usada para representar a multiplicação de um mesmo número várias vezes.


Chamamos de expoente ou potência o número de vezes que esse número é multiplicado e base
é o próprio número. No exemplo (1), o número 2 é a base e 3 é o expoente. No exemplo (2), 4 é
a base e 5 é o expoente. No exemplo (3), 3 é a base e 100 é o expoente.
Vamos ver a definição de potenciação:
Para 𝑎 ∈ ℝ, 𝑛 ∈ ℕ, temos:
𝑎𝑛 = ⏟
𝑎 ∙ 𝑎 ∙ 𝑎 ∙…∙ 𝑎
𝑛 𝑣𝑒𝑧𝑒𝑠

𝑎𝑛 representa o produto de 𝑛 fatores iguais a 𝑎, onde 𝑛 é o expoente e 𝑎 é a base.


Para 𝑛 = 1, temos 𝑎1 . Como não temos um produto de mais fatores, consideramos 𝑎1 =
𝑎. Disso, podemos extrair a definição indutiva de potenciação:
𝑎𝑛+1 = 𝑎 ∙ 𝑎𝑛
Como consequência da definição, temos:

1.1.2. PROPRIEDADES DA POTENCIAÇÃO


P1) 𝑎𝑚 ∙ 𝑎𝑛 = 𝑎𝑚+𝑛
𝑎𝑚
P2) 𝑎𝑛
= 𝑎𝑚−𝑛 , 𝑚 > 𝑛
P3) (𝑎𝑏)𝑚 = 𝑎𝑚 ∙ 𝑏𝑚
𝑎 𝑚 𝑎𝑚
P4) (𝑏) = 𝑏𝑚 , 𝑏 ≠ 0
P5) (𝑎𝑚 )𝑛 = 𝑎𝑚∙𝑛
P6) 𝑎 > 1 ⇒ 1 < 𝑎 < 𝑎2 < ⋯ < 𝑎𝑛 , 𝑛 ∈ ℕ
P7) 0 < 𝑎 < 1 ⇒ 1 > 𝑎 > 𝑎2 > ⋯ > 𝑎𝑛 , 𝑛 ∈ ℕ
A propriedade P1 nos diz que para multiplicação de potências de mesma base,
conservamos a base e somamos os expoentes.

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 5


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Um detalhe para essa propriedade é se 𝑚 = 0 e 𝑛 ∈ ℕ∗ , usando a propriedade, obtemos:


𝑎0 ∙ 𝑎𝑛 = 𝑎0+𝑛 = 𝑎𝑛
⇒ 𝒂𝟎 = 𝟏
Portanto, devemos considerar que um número elevado a 0 resulta no número 1.
As propriedades vistas até aqui são válidas para um expoente 𝑛 natural. Vamos ver o que
acontece quando estendemos o conceito para expoentes reais.
Começando pelos expoentes inteiros:
Para 𝑎 ∈ ℝ, 𝑚, 𝑛 ∈ ℤ e 𝑚 = −𝑛, usando a propriedade P1, temos:
𝑎𝑚 ∙ 𝑎𝑛 = 𝑎−𝑛 ∙ 𝑎𝑛 = 𝑎𝑛−𝑛 = 𝑎0 = 1
𝑎−𝑛 ∙ 𝑎𝑛 = 1
𝟏
⇒ 𝒂−𝒏 =
𝒂𝒏
Usando esse resultado, podemos provar que todas as propriedades válidas para os
expoentes naturais também são válidas para os inteiros.
Agora, vejamos para expoentes racionais:
Aqui, surge o conceito de radiciação. Além da potenciação, temos a operação chamada de
radiciação. O que muda entre elas é a sua forma de representação. Tipicamente, a definição de
radiciação é dada por:
𝑛
𝑏 = √𝑎 ⇔ 𝑏𝑛 = 𝑎
Sendo 𝑎 ∈ ℝ∗+ , 𝑏 ∈ ℝ∗+ , 𝑛 ∈ ℕ∗ .
𝑏 é a raiz n-ésima de 𝑎.
𝑛 é o índice da radiciação.
𝑎 é o radicando.
√ é o radical.
Vejamos as propriedades para radiciação:

1.1.3. PROPRIEDADES DA RADICIAÇÃO


𝑛 𝑛
R1) 𝑛√𝑎 ∙ √𝑏 = √𝑎 ∙ 𝑏
𝑛
𝑛 𝑎 √𝑎
R2) √𝑏 = 𝑛
√𝑏
,𝑏 ≠0
𝑚
R3) ( 𝑛√𝑎) = ( 𝑛√𝑎𝑚 )
𝑛
R4) √ 𝑚√𝑎 = 𝑛∙𝑚
√𝑎
𝑛∙𝑝
R5) 𝑛√𝑎𝑚 = √𝑎𝑚∙𝑝
Essas propriedades decorrem daquelas válidas para a potenciação.

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 6


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𝑝
Voltando ao conceito de potenciação de expoentes racionais, temos que se 𝑛 = , tal que
𝑞

𝑝 ∈ ℤ, 𝑞 ∈ ℤ , 𝑛 ∈ ℚ, temos:
𝑝
𝑞
𝑎𝑛 = 𝑎𝑞 = √𝑎𝑝
Para expoentes racionais juntamos os conceitos de potenciação e radiciação.
Usando a definição:
𝑝 𝑟
Sendo 𝑎 ∈ ℝ, 𝑛 = , 𝑚 = , 𝑞, 𝑠 ∈ ℕ∗ , temos:
𝑞 𝑠
𝑟 𝑝
𝑞
𝑎𝑚 ∙ 𝑎𝑛 = 𝑎𝑠 ∙ 𝑎𝑞 = 𝑠√𝑎𝑟 ∙ √𝑎𝑝
Aqui, devemos igualar os índices para conseguir juntar os números em um mesmo radical.
Para isso, basta fazer:
𝑟 𝑞𝑟
𝑎𝑠 = 𝑎𝑞𝑠
𝑝 𝑝𝑠
𝑎𝑞 = 𝑎𝑞𝑠

Desse modo:
𝑟 𝑝 𝑞𝑟 𝑝𝑠 𝑞𝑟+𝑝𝑠 𝑟 𝑝
𝑞𝑠 𝑞𝑠 𝑞𝑠 𝑞𝑠 +𝑞
𝑎𝑠 ∙ 𝑎𝑞 = 𝑎𝑞𝑠 ∙ 𝑎𝑞𝑠 = √𝑎𝑞𝑟 ∙ √𝑎𝑝𝑠 = √𝑎𝑞𝑟 ∙ 𝑎𝑝𝑠 = √𝑎𝑞𝑟+𝑝𝑠 = 𝑎 𝑞𝑠 = 𝑎𝑠
𝒓 𝒑 𝒓 𝒑
+
⇒ 𝒂𝒔 ∙ 𝒂𝒒 = 𝒂𝒔 𝒒
Usando esse resultado podemos provar todas as propriedades da potenciação.
Portanto, as propriedades são válidas para expoentes racionais.
Não veremos o estudo dos expoentes irracionais, pois isso foge ao escopo do curso. Mas
saiba que todas aquelas propriedades podem ser usadas para expoentes reais.

1
𝑎+√𝑏
Como eliminamos o radical do denominador do número acima?
Lembra da fatoração 𝑥2 − 𝑦2 = (𝑥 − 𝑦)(𝑥 + 𝑦)? Vamos usá-la.
Para remover o radical, devemos multiplicar o numerador e denominador por 𝑎 −
√𝑏. Com isso, obtemos:
1 𝑎−√𝑏 𝑎−√𝑏

𝑎+√𝑏 𝑎−√𝑏
= 𝑎2 −𝑏
Esse processo chama-se racionalização.

Vamos ver 2 teoremas que nos ajudarão a resolver as questões da prova:

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 7


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1.1.4. TEOREMA 1
Para 𝑛 ∈ ℝ e 𝑎 ∈ ℝ:
𝒂 > 𝟏 𝒆 𝒂𝒏 > 𝟏 ⇔ 𝒏 > 𝟎
Demonstração:
A prova desse teorema deve ser feita por etapas. Primeiro, provamos que é válido para os
inteiros, depois os racionais e por último os irracionais.
Vamos iniciar para os inteiros:
Lema 1
Sendo 𝑎 ∈ ℝ, 𝑎 > 1 e 𝑛 ∈ ℤ, temos:
𝑎𝑛 > 1 ⇔ 𝑛 > 0
Usando PIF, vamos provar que 𝑛 > 0 ⇒ 𝑎𝑛 > 1.
Para 𝑛 = 1, temos 𝑎1 = 𝑎 > 1. Logo, ela é válida para 𝑛 = 1.
Para 𝑘 ∈ ℤ, precisamos provar que 𝑎𝑘 > 1 ⇒ 𝑎𝑘+1 > 1.
Multiplicando a desigualdade 𝑎𝑘 > 1 por 𝑎 > 1, temos:
𝑎𝑘 ∙ 𝑎 > 𝑎
𝑎𝑘+1 > 𝑎 > 1
⇒ 𝑎𝑘+1 > 1
Portanto, é válida a implicação 𝑛 > 0 ⇒ 𝑎𝑛 > 1.
Usando o que acabamos de provar, vamos mostrar que 𝑎𝑛 > 1 ⇒ 𝑛 > 0.
Supondo 𝑛 ≤ 0, temos:
−𝑛 > 0
Vimos que 𝑛 > 0 ⇒ 𝑎𝑛 > 1, então:
−𝑛 > 0 ⇒ 𝑎−𝑛 > 1
1
>1
𝑎𝑛
⇒ 𝑎𝑛 < 1
Absurdo! Pois contraria a hipótese 𝑎𝑛 > 1!
Portanto, 𝑎𝑛 > 1 ⇒ 𝑛 > 0.
Agora, vamos mostrar a prova para 𝑛 ∈ ℚ:
Lema 2
Sendo 𝑎 ∈ ℝ, 𝑎 > 1 e 𝑛 ∈ ℚ, temos:
𝑎𝑛 > 1 ⇔ 𝑛 > 0
Vamos iniciar por 𝑛 > 0 ⇒ 𝑎𝑛 > 1.
Fazendo 𝑛 = 𝑝/𝑞, com 𝑝 ∈ ℕ e 𝑞 ∈ ℕ∗ , temos:

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𝑝
𝑎𝑛 = 𝑎 𝑞
1 𝑞
Escrevendo 𝑎 = (𝑎 𝑞 ) > 1 e usando o lema 1:

Se 𝑞 > 0:
1
⇒ 𝑎 𝑞 >1
1
Mas, se 𝑎𝑞 > 1 e 𝑝 > 0, temos:
1 𝑝
(𝑎𝑞 ) >1

⇒ 𝑎𝑛 > 1
Portanto: 𝑛 > 0 ⇒ 𝑎𝑛 > 1.
Agora, para a segunda parte: 𝑎𝑛 > 1 ⇒ 𝑛 > 0
Fazendo 𝑛 = 𝑝/𝑞, com 𝑝 ∈ ℤ e 𝑞 ∈ ℤ∗ , temos:
𝑝 1 𝑝
𝑎𝑛 = 𝑎𝑞 = (𝑎𝑞 )

1
Supondo 𝑞 > 0 e usando o resultado 𝑎 > 1: 𝑞

𝑝
Da hipótese 𝑎𝑞 > 1, usando o lema 1, podemos escrever:
𝑝 1 𝑝
𝑎𝑞 = ( 𝑎𝑞 ) >1⇒𝑝>0

Dessa forma:
𝑝
𝑞 > 0𝑒𝑝 >0 ⇒ 𝑛 = >0
𝑞
1 1 𝑝 1 −𝑝
−𝑞 ( ) −𝑞
Supondo 𝑞 < 0, temos −𝑞 > 0. Se 𝑎 > 1 e (𝑎 𝑞 ) = (𝑎 ) > 1:

⇒ −𝑝 > 0
⇒𝑝<0
Portanto, concluímos:
𝑝
𝑞 < 0𝑒𝑝 <0 ⇒ 𝑛 = >0
𝑞
Uma consequência que decorre do lema 2 é:
Se 𝒂 ∈ ℝ, 𝒂 > 𝟏, 𝒙, 𝒚 ∈ ℚ, temos:
𝒂𝒙 > 𝒂𝒚 ⇔ 𝒙 > 𝒚
Demonstração:
Supondo 𝑎𝑥 > 𝑎𝑦 e multiplicando a desigualdade por 𝑎−𝑦, obtemos:
𝑎𝑥 𝑎−𝑦 > 𝑎𝑦 𝑎−𝑦

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 9


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𝑎𝑥−𝑦 > 𝑎0 = 1
𝑎𝑥−𝑦 > 1
Pelo lema 2, podemos concluir:
𝑥−𝑦>0⇒𝑥 >𝑦
Lema 3
Vamos terminar a demonstração do teorema, provando que 𝑛 pode ser irracional.
Sendo 𝑎 ∈ ℝ, 𝑎 > 1 e 𝛽 ∈ ℝ − ℚ, temos:
𝑎𝛽 > 1 ⇔ 𝛽 > 0
Parte 1) 𝛽 > 0 ⇒ 𝑎𝛽 > 1
Supondo 𝑥, 𝑦 ∈ ℚ e 𝛽 ∈ ℝ − ℚ, se 0 < 𝑥 < 𝛽 < 𝑦:
Pelo lema 2, como 𝑎 > 1 e 𝑥, 𝑦 > 0, podemos escrever:
𝑎𝑥 > 1 𝑒 𝑎𝑦 > 1
Pela consequência do lema 2:
Como 𝑎 > 1 e 𝑥 < 𝑦, temos:
1 < 𝑎𝑥 < 𝑎𝑦
Sendo a função exponencial contínua em ℝ, podemos escrever:
1 < 𝑎 𝑥 < 𝑎𝛽 < 𝑎 𝑦
Portanto:
𝑎𝛽 > 1
Parte 2) 𝑎𝛽 > 1 ⇒ 𝛽 > 0
Supondo 𝛽 < 0, com 𝛽 ∈ ℝ − ℚ, temos −𝛽 > 0.
Então, usando o que acabamos de provar, podemos escrever:
𝑎−𝛽 > 1
Multiplicando ambos os membros da desigualdade por 𝑎𝛽 > 0, temos:
𝑎−𝛽 𝑎𝛽 > 𝑎𝛽
𝑎0 > 𝑎 𝛽
1 > 𝑎𝛽
⇒ 𝑎𝛽 < 1
Absurdo! Pois, contraria a hipótese 𝑎𝛽 > 1.
Portanto, 𝛽 > 0.
Assim, provamos que 𝒂 > 𝟏 𝒆 𝒂𝒏 > 𝟏 ⇔ 𝒏 > 𝟎 é válido para 𝑛 ∈ ℝ.

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1.1.5. TEOREMA 2

Para 𝑎, 𝑥, 𝑦 ∈ ℝ e 𝒂 > 𝟏, temos:


𝒂𝒙 > 𝒂𝒚 ⇔ 𝒙 > 𝒚
Demonstração:
𝑎𝑥 > 𝑎 𝑦
Dividindo a inequação por 𝑎𝑦 > 0:
𝑎𝑥
>1
𝑎𝑦
𝑎𝑥−𝑦 > 1
Usando o teorema 1:
𝑥−𝑦 > 0
𝑥>𝑦

1.1.6. TEOREMA 3
Para 𝑛 ∈ ℝ e 𝑎 ∈ ℝ:
𝟎 < 𝒂 < 𝟏 𝒆 𝒂𝒏 > 𝟏 ⇔ 𝒏 < 𝟎
Demonstração:
Se 0 < 𝑎 < 1, temos:
1
>1
𝑎
Escrevendo 𝑏 = 1/𝑎 e usando o teorema 1:
𝑏−𝛽 > 1 ⇔ −𝛽 > 0
Substituindo 𝑏 = 1/𝑎 na implicação acima, obtemos:
−𝛽
1
( ) >1
𝑎
𝑎𝛽 > 1 ⇔ 𝛽 < 0

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1.1.7. TEOREMA 4

Para 𝑎, 𝑥, 𝑦 ∈ ℝ e 𝟎 < 𝒂 < 𝟏, temos:


𝒂𝒙 > 𝒂𝒚 ⇔ 𝒙 < 𝒚
Demonstração:
𝑎𝑥 > 𝑎 𝑦
Dividindo a inequação por 𝑎𝑦 > 0:
𝑎𝑥
>1
𝑎𝑦
𝑎𝑥−𝑦 > 1
Usando o teorema 3, temos:
𝑥−𝑦 < 0
𝑥<𝑦

1.2. EQUAÇÕES EXPONENCIAIS


Aprendemos as operações básicas de potenciação e radiciação. Agora, somos capazes de
resolver equações exponenciais.
Vamos ver algumas equações e aprender a resolvê-las:
1) 𝟐𝒙 = 𝟏𝟎𝟐𝟒
Como encontramos o valor de 𝑥 que satisfaz a equação acima?
A técnica, nesse caso, é escrever os números de modo a obter uma base em comum.
Vamos fatorar o número 1024:
1024 = 210
Assim, fazendo a substituição, obtemos:
2𝑥 = 210
Sabendo que a função 2𝑥 é injetora, para a igualdade ser verdadeira devemos ter:
𝑥 = 10

2) 𝟗𝒙 + 𝟑𝒙+𝟏 = 𝟒
𝑥 2
Para essa equação, devemos ver que 9𝑥 = (32 ) = (3𝑥 ) e 3𝑥+1 = 3𝑥 ∙ 3

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 12


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Assim, fazendo as substituições na equação, temos:


𝑥 2 𝑥
(3 ) + 3 ∙ 3 = 4
Vamos chamar 𝑦 = 3𝑥 > 0, ∀𝑥 ∈ ℝ:
𝑦2 + 3𝑦 = 4
𝑦2 + 3𝑦 − 4 = 0
(𝑦 + 4)(𝑦 − 1) = 0
Com isso, vemos que 𝑦 = −4 u 𝑦 = 1 são soluções da equação acima. Vamos encontrar 𝑥
para cada uma delas:
Para 𝑦 = −4:
3𝑥 = −4
Sabemos que 3𝑥 > 0, ∀𝑥 ∈ ℝ. Então, ∄𝑥 que satisfaz a equação.
Para 𝑦 = 1:
3𝑥 = 1
⇒𝑥=0
Portanto, a equação possui apenas uma solução:
𝑆 = {0}
3) 𝟒𝒙 + 𝟔𝒙 = 𝟐 ∙ 𝟗𝒙
Vamos reescrever a equação:
2 𝑥 2 𝑥
(2 ) + ( 2 ∙ 3 ) 𝑥 = 2 ∙ ( 3 )
𝑥 2 𝑥 𝑥 𝑥 2
( 2 ) + 2 ∙ 3 = 2 ∙ (3 )
2 2
O bizu aqui é dividir a equação por (2𝑥 ) (poderia ser também (3𝑥 ) ), já que esse número
é diferente de zero para todo 𝑥 real:
𝑥 2 𝑥 𝑥 𝑥 2
(2 ) + 2 ∙ 3 (3 )
= 2∙
𝑥 2 𝑥 2
(2 ) (2 )
3𝑥 3𝑥 2
1 + 𝑥 = 2 ∙ ( 𝑥)
2 2
3 𝑥 3 2𝑥
1+( ) = 2∙( )
2 2
3 𝑥
Agora, chamamos 𝑦 = ( ) :
2

1 + 𝑦 = 2𝑦 2
2𝑦 2 − 𝑦 − 1 = 0
Encontrando a solução:

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 13


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1 ± √1 + 8 1 ± 3 1
𝑦= = = 1 𝑜𝑢 −
4 4 2
Para encontrar a solução em 𝑥, basta testar os valores de 𝑦:
Para 𝑦 = 1:
𝑥
3
( ) =1
2
⇒𝑥=0
1
Para 𝑦 = − :
2
𝑥
3 1
( ) =−
2 2
⇒ ∄𝑥 ∈ ℝ que satisfaz a igualdade
∴ 𝑆 = { 0}
𝟏
𝒙𝟐 + 𝟖𝟏
4) 𝟑 𝒙𝟐 = 𝟏
𝟑𝒙+𝒙
1
Nessa equação, perceba os fatores 𝑥 + . Se elevarmos esse número ao quadrado,
𝑥
obtemos:
2
1 1
(𝑥 + ) = 𝑥 2 + 2 + 2
𝑥 𝑥
Temos que fazer surgir o fator 2 no expoente do número à esquerda. Vamos multiplicar a
equação por 32 :
1 81
𝑥2 + 2
3 𝑥 ∙ 32 = 1 ∙ 32
3𝑥+𝑥
1 729
𝑥2 + 2 +2
3 𝑥 = 1
3𝑥+𝑥
1 2 729
(𝑥+𝑥 )
3 = 1
3𝑥+𝑥
1
Substituindo 𝑦 = 𝑥 + na equação:
𝑥
2 729
3𝑦 =
3𝑦
2
3𝑦 ∙ 3𝑦 = 729
2 +𝑦
3𝑦 = 36
Dividindo por 36 :
2 +𝑦
3𝑦
=1
36

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 14


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2 +𝑦−6
3𝑦 = 30
As potências possuem a mesma base. Desse modo, podemos igualar os expoentes:
𝑦2 + 𝑦 − 6 = 0
(𝑦 + 3)(𝑦 − 2) = 0
⇒ 𝑦 = −3 𝑜𝑢 𝑦 = 2
Testando os valores:
Para 𝑦 = −3:
1
𝑥+ = −3
𝑥
𝑥2 + 3𝑥 + 1 = 0
−3 ± √9 − 4 −3 ± √5
𝑥= =
2 2
Para 𝑦 = 2:
1
𝑥+ =2
𝑥
𝑥2 − 2𝑥 + 1 = 0
( 𝑥 − 1) 2 = 0
⇒𝑥=1
Portanto, a equação possui 3 soluções distintas:
−3 − √5 −3 + √5
𝑆 = {1, , }
2 2

1.3. INEQUAÇÕES EXPONENCIAIS


Vamos aprender a resolver inequações exponenciais. O método de resolução deve seguir
a seguinte ideia:
𝒙, 𝒚 ∈ ℝ
𝑺𝒆 𝒂 > 𝟏 𝒆 𝒂𝒙 > 𝒂𝒚 ⇒ 𝒙 > 𝒚
𝑺𝒆 𝟎 < 𝒂 < 𝟏 𝒆 𝒂𝒙 > 𝒂𝒚 ⇒ 𝒙 < 𝒚

1) 2𝑥 − 1 > 21−𝑥
Inicialmente, devemos organizar os números da inequação:
2
2𝑥 − 1 >
2𝑥
2
2𝑥 − 1 − >0
2𝑥

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 15


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2𝑥 ∙ 2𝑥 − 2𝑥 − 2
>0
2𝑥
𝑥 2 𝑥
(2 ) − 2 − 2
>0
2𝑥
O denominador da inequação acima é sempre maior que 0, ∀𝑥 ∈ ℝ:
2𝑥 > 0, ∀𝑥 ∈ ℝ
Então, devemos ter:
𝑥 2 𝑥
(2 ) − 2 − 2 > 0
Fazendo a substituição 2𝑥 = 𝑦, encontramos a seguinte inequação do segundo grau:
𝑦2 − 𝑦 − 2 > 0
(𝑦 − 2)(𝑦 + 1) > 0
Analisando o sinal:

Assim, 𝑦 deve pertencer ao intervalo:


𝑦 < −1 𝑜𝑢 𝑦 > 2
Agora, devemos retornar à variável 𝑥:
2𝑥 < −1 𝑜𝑢 2𝑥 > 2
Sabemos que 2𝑥 > 0, ∀𝑥 ∈ ℝ, então, a única solução é 2𝑥 > 2:
2𝑥 > 2 ⇒ 2 𝑥 > 2 1
Como as bases da inequação acima são iguais e maiores do que 1, podemos comparar usar
a mesma desigualdade e escrever:
𝑥>1
Portanto, a solução da inequação é:
𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ|𝑥 > 1}

1. (ITA/1988) Para 𝑎 ∈ ℝ, 0 < 𝑎 < 1, resolva a inequação:


𝑎2𝑥 − (𝑎 + 𝑎2 )𝑎𝑥 + 𝑎3 < 0
Resolução:

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Perceba que a inequação dada é difícil de ser analisada nesse formato. Vamos substituir
𝑎𝑥 = 𝑦 > 0, ∀𝑥 ∈ ℝ:
𝑦2 − (𝑎 + 𝑎2 )𝑦 + 𝑎3 < 0
Encontramos uma função do segundo grau na variável 𝑦. Vamos calcular Δ para verificar
a forma dessa função:
Δ = 𝑏2 − 4𝑎𝑐 = (𝑎 + 𝑎2 )2 − 4 ∙ 1 ∙ 𝑎3
Δ = 𝑎2 + 2𝑎3 + 𝑎4 − 4𝑎3
Δ = 𝑎2 − 2𝑎3 + 𝑎4
Δ = (𝑎 − 𝑎 2 )2
O enunciado afirma que 0 < 𝑎 < 1, então 𝑎 ≠ 1 e 𝑎 ≠ 0. Disso, temos:
Δ = (𝑎 − 𝑎 2 )2 > 0
A função na variável 𝑦 sempre possui 2 raízes reais distintas. Vamos encontrá-las:
−𝑏±√Δ (𝑎+𝑎 2 )±√(𝑎−𝑎 2 )2 (𝑎+𝑎 2 )±|𝑎−𝑎 2 |
𝑦= = =
2𝑎 2 2
Da desigualdade 0 < 𝑎 < 1, usando 𝑎 < 1 e multiplicando ambos os lados por 𝑎, temos:
𝑎2 < 𝑎 ⇒ 0 < 𝑎 − 𝑎 2 ⇒ 𝑎 − 𝑎 2 > 0
Assim, o número 𝑎 − 𝑎2 é sempre positivo, então, podemos remover o módulo:
(𝑎+𝑎 2 )±(𝑎−𝑎 2 )
𝑦=
2
𝑦1 = 𝑎2
𝑦2 = 𝑎
2
Como 𝑎 < 𝑎, o estudo do sinal da função fica:

𝑦2 − (𝑎 + 𝑎2 )𝑦 + 𝑎3 < 0
Queremos os valores da função negativos, então 𝑦 deve pertencer ao intervalo:
𝑎2 < 𝑦 < 𝑎
Retornando à variável 𝑥:
𝑎2 < 𝑎𝑥 < 𝑎1
Disso, concluímos:
1<𝑥<2
∴ 𝑆 =]1, 2[
Gabarito: 𝑺 =]𝟏, 𝟐[

1.4. FUNÇÕES EXPONENCIAIS

1.4.1. DEFINIÇÃO
A função exponencial é dada por:
𝒇: ℝ → ℝ∗+
𝒇 ( 𝒙) = 𝒂 𝒙 ; 𝒂 > 𝟎 𝒆 𝒂 ≠ 𝟏
Perceba que a condição da base da função é 𝑎 > 0 e 𝑎 ≠ 1. Vamos ver a razão disso:

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 17


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Suponha 𝑎 = −3, então:


𝑓 (𝑥) = (−3)𝑥
Se 𝑥 = 1/2, temos:
1 1
𝑓 ( ) = (−3)2 = √−3 ∉ ℝ
2
O número resultante é irracional e não pertence ao conjunto dos reais!
Agora, suponha 𝑎 = 0 ou 𝑎 = 1, nesses casos, temos as funções constantes:
𝑎 = 0 ⇒ 𝑓 (𝑥) = 0, ∀𝑥 ∈ ℝ
𝑎 = 1 ⇒ 𝑓 (𝑥) = 1𝑥 = 1, ∀𝑥 ∈ ℝ
Temos dois casos diferentes de função exponencial, vamos estudar cada um deles.

1.4.2. CASO 1
O primeiro caso é para base 0 < 𝑎 < 1, vamos ver o que acontece com a forma da função:
𝑓 (𝑥 ) = 𝑎 𝑥
Verificando a monotonicidade da função:
∀𝑥2 , 𝑥1 ∈ ℝ, tal que 𝑥2 < 𝑥1 ⇒ 𝑥2 − 𝑥1 < 0
Usando o Teorema 2, temos:
𝟎 < 𝒂 < 𝟏 𝒆 𝒂𝒏 > 𝟏 ⇔ 𝒏 < 𝟎
Fazendo 𝑛 = 𝑥2 − 𝑥1 :
𝑥2 − 𝑥1 < 0 ⇒ 𝑎𝑥2−𝑥1 > 1
𝑎𝑥2
>1
𝑎𝑥1
⇒ 𝑎 𝑥2 > 𝑎 𝑥1
Assim, encontramos a seguinte implicação:
𝑥2 < 𝑥1 ⇒ 𝑎𝑥2 > 𝑎𝑥1 ⇒ 𝑓(𝑥2 ) > 𝑓(𝑥1 )
Portanto, a função é estritamente decrescente para 0 < 𝑎 < 1.
Nesse caso, o gráfico da função fica:

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 18


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Note que 𝑓 (𝑥) > 0, ∀𝑥 ∈ ℝ. A função exponencial nunca se zera!


Chamamos de assíntota, a reta que limita o valor que a função admite. No exemplo acima,
a assíntota é a reta 𝑦 = 0 e coincide com o eixo 𝑥. Aumentando-se os valores de 𝑥, a função tende
a se aproximar do valor 0!

1.4.3. CASO 2
O segundo caso é para 𝑎 > 1. Vamos analisar a monotonicidade da função:
∀𝑥2 , 𝑥1 ∈ ℝ, tal que 𝑥2 > 𝑥1 , temos 𝑥2 − 𝑥1 > 0. Usando o Teorema 1:
𝒂 > 𝟏 𝒆 𝒂𝒏 > 𝟏 ⇔ 𝒏 > 𝟎
Fazendo 𝑛 = 𝑥2 − 𝑥1 > 0, podemos escrever:

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 19


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𝑥2 − 𝑥1 > 0 ⇒ 𝑎𝑥2−𝑥1 > 1


𝑎𝑥2
>1
𝑎𝑥1
𝑎𝑥2 > 𝑎 𝑥1
Desse modo, temos a seguinte implicação:
𝑥 2 > 𝑥 1 ⇒ 𝑎 𝑥2 > 𝑎𝑥1 ⇒ 𝑓 ( 𝑥 2 ) > 𝑓 ( 𝑥 1 )
A função é estritamente crescente para o caso 𝑎 > 1.
Se gráfico é dado por:

Perceba que o gráfico dessa função tende a zero quando 𝑥 tende a menos infinito.

A função exponencial 𝑓(𝑥) = 𝑎 𝑥 é injetora, pois para 𝑎 > 1, a função é estritamente crescente e
para 0 < 𝑎 < 1, a função é estritamente decrescente. Consequentemente, temos:
𝑥2 = 𝑥1 ⇒ 𝑎 𝑥2 = 𝑎 𝑥1
A imagem da função exponencial é o conjunto dos reais positivos:
𝐼𝑚(𝑓) = ℝ∗+
Portanto, se o contra-domínio da função 𝑓 for ℝ∗+ , ela é sobrejetora. Logo, é bijetora.

(Exercícios de Fixação)

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 20


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2. Resolva as seguintes equações:


a) 6 ∙ 32𝑥 − 13 ∙ 6𝑥 + 6 ∙ 22𝑥 = 0
b) 4𝑥 − 3𝑥−0,5 = 3𝑥+0,5 − 22𝑥−1
2
2𝑥 −4𝑥−3
c) 5 = 625
2𝑥 2 −7𝑥+4
d) 𝑥 =𝑥
e) 1 + 3 + 3 + 33 + ⋯ + 3𝑥 − 9841 = 0
2

f) 𝑥𝑥 + 139𝑥−𝑥 − 108𝑥−2𝑥 = 32
Resolução:
a) 6 ∙ 32𝑥 − 13 ∙ 6𝑥 + 6 ∙ 22𝑥 = 0
Perceba os termos 2𝑥 e 3𝑥 :
6 ∙ 32𝑥 − 13 ∙ (2𝑥 ) ∙ (3𝑥 ) + 6 ∙ 22𝑥 = 0
Vamos dividir toda a equação por 22𝑥:
6∙32𝑥−13∙(2𝑥)∙(3𝑥)+6∙22𝑥
=0
22𝑥
3 2𝑥 3 𝑥
6∙( ) − 13 ∙ ( ) + 6 = 0
2 2
3 𝑥
Agora, basta substituir = 𝑦:
(2)
6𝑦 2 − 13𝑦 + 6 = 0
Encontrando as raízes na variável 𝑦:
13±√25 13±5 2 3
𝑦= = = 𝑜𝑢
12 12 3 2
Retornando à variável 𝑥, temos:
2 3 𝑥1
𝑦1 = 3 = (2)
⇒ 𝑥1 = −1
3 3 𝑥2
𝑦2 = 2 = (2)
⇒ 𝑥2 = 1
Portanto, a solução é:
𝑆 = {±1}

b) 4𝑥 − 3𝑥−0,5 = 3𝑥+0,5 − 22𝑥−1


Vamos reescrever a equação:
2𝑥 3𝑥 𝑥 22𝑥
(2 ) − √3 = √3 ∙ 3 − 2
3 1
2
∙ 22𝑥 = 3𝑥 (√3 + √3)
4
22𝑥−1 = 3𝑥−1 (√3)
22𝑥−3 = 3𝑥−1,5
2 𝑥−1,5
= 3𝑥−1,5
(2 )
4𝑥−1,5 = 3𝑥−1,5
Dividindo a equação por 3𝑥−1,5 > 0, ∀𝑥 ∈ ℝ, temos:
4 𝑥−1,5
(3) =1
Desse modo, encontramos:
𝑥 − 1,5 = 0
𝑥 = 1,5

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 21


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⇒ 𝑆 = {1,5}

𝑥2 −4𝑥−3
c) 52 = 625
Fatorando 625, obtemos:
𝑥2 −4𝑥−3
52 = 54
Agora, basta igualar os expoentes:
2 −4𝑥−3
2𝑥 = 4 = 22
Novamente:
𝑥2 − 4𝑥 − 3 = 2
𝑥2 − 4𝑥 − 5 = 0
𝑥 = (2 ± √9) = 2 ± 3 = −1 𝑜𝑢 5
⇒ 𝑆 = {−1; 5}
2
d) 𝑥2𝑥 −7𝑥+4 = 𝑥
Nessa equação, se fizermos 𝑥 = 1 ou 𝑥 = 0, a equação sempre é verdadeira. Logo, 𝑥 =
1 e 𝑥 = 0 são soluções.
Para as outras soluções, devemos igualar os expoentes:
2𝑥 2 − 7𝑥 + 4 = 1
2𝑥 2 − 7𝑥 + 3 = 0
7±√25 7±5 1
𝑥= = = 𝑜𝑢 3
4 4 2
Portanto, a solução é dada por:
1
𝑆 = {0; ; 1; 3}
2

e) 1 + 3 + 32 + 33 + ⋯ + 3𝑥 − 9841 = 0
Vamos reescrever a equação:
1 + 3 + 32 + 33 + ⋯ + 3𝑥 = 9841
Perceba que o lado esquerdo da equação é uma PG de razão 3. Sabemos que a soma de
uma PG é dada por:
𝑎 (𝑞𝑛−1)
𝑆𝑛 = 1 𝑞−1
Nesse caso, 𝑎1 = 30 e 𝑞 = 3:
3𝑥+1 −1 3𝑥+1 −1
𝑆𝑥+1 = 3−1
= 2
Substituindo na equação, temos:
3𝑥+1 −1
2
= 9841
𝑥+1
3 = 19683
𝑥+1
3 = 39
𝑥+1= 9
𝑥=8
⇒ 𝑆 = { 8}

f) 𝑥𝑥 + 139𝑥−𝑥 − 108𝑥−2𝑥 = 32
Vamos multiplicar toda a equação por 𝑥2𝑥:

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𝑥3𝑥 + 139𝑥𝑥 − 108 = 32𝑥2𝑥


𝑥3𝑥 − 32𝑥2𝑥 + 139𝑥𝑥 − 108 = 0
Fazendo 𝑥𝑥 = 𝑦, temos:
𝑦3 − 32𝑦2 + 139𝑦 − 108 = 0
Fatorando a equação:
𝑦3 − 32𝑦2 + 108𝑦 + 32𝑦 − 𝑦 − 108 = 0
𝑦3 − 𝑦 + 108𝑦 − 108 − 32𝑦2 + 32𝑦 = 0
𝑦(𝑦 2 − 1) + 108(𝑦 − 1) − 32𝑦(𝑦 − 1) = 0
(𝑦 − 1)(𝑦(𝑦 + 1) + 108 − 32𝑦) = 0
(𝑦 − 1)(𝑦2 + 𝑦 + 108 − 32𝑦) = 0
(𝑦 − 1)(𝑦2 − 31𝑦 + 108) = 0
Raízes:
𝑦1 = 1
31±√961−432 31±√529 31±23
𝑦2,3 = 2
= 2
= 2
= 27 𝑜𝑢 4
𝑥
𝑦1 = 1 ⇒ 𝑥 = 1 ⇒ 𝑥1 = 1
𝑦2 = 4 ⇒ 𝑥𝑥 = 4 = 22 ⇒ 𝑥2 = 2
𝑦3 = 27 ⇒ 𝑥𝑥 = 27 = 33 ⇒ 𝑥3 = 3
𝑆 = {1; 2; 3}
𝟏
Gabarito: a) 𝑺 = {±𝟏} b) 𝑺 = {𝟏, 𝟓} c) 𝑺 = {−𝟏; 𝟓} d) 𝑺 = {𝟎; ; 𝟏; 𝟑} e) 𝑺 = {𝟖} f) 𝑺 =
𝟐
{𝟏; 𝟐; 𝟑}

3. Resolva as seguintes inequações:


2
a) 1 < 3|𝑥 −𝑥| < 9
b) √9𝑥 − 3𝑥+2 > 3𝑥 − 9
c) 25 ∙ 2𝑥 − 10𝑥 + 5𝑥 > 25
𝑥2 −𝑥
d) (4𝑥2 + 2𝑥 + 1) >1
e) 2√𝑥 − 21−√𝑥 ≤ 1
f) 8𝑥 + 18𝑥 − 2 ∙ 27𝑥 > 0
Resolução:
2
a) 1 < 3|𝑥 −𝑥| < 9
2
30 < 3|𝑥 −𝑥| < 32
Podemos comparar os expoentes:
0 < |𝑥 2 − 𝑥 | < 2
Agora, temos duas inequações:
| 𝑥2 − 𝑥| > 0
|𝑥(𝑥 − 1)| > 0
Como o módulo de qualquer número é maior ou igual a zero, temos nessa desigualdade:
⇒ 𝑥 ≠ 0𝑒𝑥 ≠1
| 𝑥2 − 𝑥| < 2
−2 < 𝑥 2 − 𝑥 < 2
2
{𝑥 2− 𝑥 > −2
𝑥 −𝑥 <2
2−𝑥+2>0
𝑥
{ 2
𝑥 −𝑥−2<0

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 23


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Resolvendo cada uma separadamente:


𝑥2 − 𝑥 + 2 > 0 ⇒ Δ = 1 − 8 = −7 < 0 ⇒ 𝑥2 − 𝑥 + 2 > 0, ∀𝑥 ∈ ℝ
𝑥2 − 𝑥 − 2 < 0
(𝑥 − 2)(𝑥 + 1) < 0
Analisando o sinal dessa inequação, encontramos:
−1 < 𝑥 < 2
Fazendo a intersecção das soluções, obtemos:
𝑆 = ] − 1, 0[ ∪ ]0, 1[ ∪ ]1, 2[
b) √9𝑥 − 3𝑥+2 > 3𝑥 − 9
Substituindo 3𝑥 = 𝑦, temos:
√𝑦2 − 9𝑦 > 𝑦 − 9
Analisando a condição de existência:
𝑦2 − 9𝑦 ≥ 0
𝑦 (𝑦 − 9) ≥ 0
Estudando o sinal, encontramos:
𝑦 ≤ 0 𝑜𝑢 𝑦 ≥ 9
𝑥
Como 𝑦 = 3 > 0, ∀𝑥 ∈ ℝ, temos uma única condição:
3𝑥 ≥ 9 ⇒ 3𝑥 ≥ 3 2 ⇒ 𝑥 ≥ 2
Agora, vamos dividir a inequação em dois casos:
Caso 1) Se o lado direito for negativo, qualquer 𝑦 que esteja na condição de existência
será solução.
√𝑦2 − 9𝑦 > 0
{ ⇒ 𝑦 < 9 ⇒ 3𝑥 < 3 2 ⇒ 𝑥 < 2
𝑦−9<0
Não convém, devido à condição de existência 𝑥 ≥ 2.
Caso 2) Se o lado direito for positivo. Podemos elevar ambos os membros ao quadrado
e analisar a inequação:
𝑦2 − 9𝑦 > (𝑦 − 9)2
𝑦2 − 9𝑦 > 𝑦2 − 18𝑦 + 81
9𝑦 > 81
𝑦 > 9 ⇒ 3 𝑥 > 32 ⇒ 𝑥 > 2
Portanto, 𝑥 > 2 está contido na condição de existência e satisfaz a inequação:
𝑆 = (2, +∞)

c) 25 ∙ 2𝑥 − 10𝑥 + 5𝑥 > 25
Fatorando as expressões:
25 ∙ 2𝑥 − 2𝑥 5𝑥 + 5𝑥 − 25 > 0
2𝑥 (25 − 5𝑥 ) − (25 − 5𝑥 ) > 0
𝑥 𝑥
(2 − 1)(25 − 5 ) > 0
Agora, basta analisar os dois casos possíveis:
𝑥
{ 2 − 1𝑥> 0
25 − 5 > 0
2𝑥 > 20 ⇒ 𝑥 > 0
25 − 5𝑥 > 0
52 > 5𝑥 ⇒ 𝑥 < 2
Nesse caso, temos o intervalo ]0, 2[.

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 24


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𝑥
{ 2 − 1𝑥< 0
25 − 5 < 0
2𝑥 < 20 ⇒ 𝑥 < 0
25 − 5𝑥 < 0
52 < 5𝑥 ⇒ 𝑥 > 2
Não temos solução nesse caso, pois 𝑥 < 0 e 𝑥 > 2.
Portanto, temos a solução:
𝑆 = ]0, 2[

𝑥2 −𝑥
d) (4𝑥2 + 2𝑥 + 1) >1
Vamos verificar o discriminante da expressão quadrática 4𝑥 2 + 2𝑥 + 1:
Δ = 4 − 16 = −12 < 0
Portanto, essa expressão sempre resulta em valores positivos.
Então, temos dois casos possíveis:
2 𝑥2 −𝑥 𝑥2 −𝑥
{(4𝑥 + 2𝑥 + 1) > 1 𝑜𝑢 {(4𝑥2 + 2𝑥 + 1) >1
2 2
4𝑥 + 2𝑥 + 1 > 1 0 < 4𝑥 + 2𝑥 + 1 < 1
Para o primeiro caso:
𝑥2 −𝑥
(4𝑥2 + 2𝑥 + 1) >1
2
Como 4𝑥 + 2𝑥 + 1 > 1, temos:
𝑥2 − 𝑥 > 0
𝑥 (𝑥 − 1) > 0
⇒ 𝑥 < 0 𝑜𝑢 𝑥 > 1
𝑆1 =] − ∞, 0[ ∪ ]1, +∞[
4𝑥 2 + 2𝑥 > 0
2𝑥 (2𝑥 + 1) > 0
1
⇒ 𝑥 < − 𝑜𝑢 𝑥 > 0
2
1
𝑆2 =] − ∞, − 2 [ ∪ ]0, +∞[
Fazendo a intersecção das soluções, encontramos:
𝑆 = 𝑆1 ∩ 𝑆2 =] − ∞, −1/2[ ∪ ]1, +∞[
Para o segundo caso:
𝑥2 −𝑥
(4𝑥2 + 2𝑥 + 1) >1
2
Como 0 < 4𝑥 + 2𝑥 + 1 < 1, temos:
𝑥2 − 𝑥 < 0
𝑥 (𝑥 − 1) < 0
⇒0<𝑥<1
𝑆3 = ]0, 1[
2
4𝑥 + 2𝑥 + 1 < 1
2𝑥 (2𝑥 + 1) < 0
1
⇒− <𝑥<0
2
1
𝑆4 = ] − 2 , 0[
Fazendo a intersecção das soluções:
𝑆 = 𝑆3 ∩ 𝑆4 = ∅
Portanto, a solução do problema é dada por:

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𝑆 = ] − ∞, −1/2[ ∪ ]1, +∞[

e) 2√𝑥 − 21−√𝑥 ≤ 1
Analisando a condição de existência:
𝑥≥0
√𝑥
Substituindo 2 = 𝑦:
2
𝑦− ≤1
𝑦
𝑦2 −𝑦−2
𝑦
≤0
Temos apenas um caso possível, pois 𝑦 = 2√𝑥 > 0.
Então, precisamos resolver apenas a inequação:
𝑦2 − 𝑦 − 2 ≤ 0
(𝑦 − 2)(𝑦 + 1) ≤ 0
⇒ −1 ≤ 𝑦 ≤ 2
Como 𝑦 > 0, temos:
0 < 𝑦 ≤ 2 ⇒ 0 < 2√𝑥 ≤ 21
Fazendo a intersecção com a condição de existência:
⇒0≤𝑥≤1
𝑆 = [0, 1]

f) 8𝑥 + 18𝑥 − 2 ∙ 27𝑥 > 0


Reescrevendo a inequação, temos:
23𝑥 + 2𝑥 32𝑥 − 2 ∙ 33𝑥 > 0
Dividindo a inequação por 33𝑥 :
2 3𝑥 2 𝑥
(3) + (3) − 2 > 0
2 𝑥
Fazendo 𝑦 = ( ) :
3
𝑦3 + 𝑦 − 2 > 0
Fatorando:
𝑦3 + 𝑦 − 1 − 1 > 0
(𝑦3 − 1) + (𝑦 − 1) > 0
(𝑦 − 1)(𝑦2 + 𝑦 + 1 + 1) > 0
(𝑦 − 1)(𝑦2 + 𝑦 + 2) > 0
Como 𝑦2 + 𝑦 + 2 possui Δ = −7 < 0, ela sempre será positiva. Então:
2 𝑥 3 −𝑥
𝑦 − 1 > 0 ⇒ ( ) > 1 ⇒ ( ) > 1 ⇒ −𝑥 > 0
3 2
𝑥<0
Atente-se ao valor numérico da base, pois se a base for menor do que 1, a desigualdade
é invertida!
𝑆 =] − ∞, 0[

Gabarito: a) 𝑺 = ] − 𝟏, 𝟎[ ∪ ]𝟎, 𝟏[ ∪ ]𝟏, 𝟐[ b) 𝑺 = (𝟐, +∞) c) 𝑺 = ]𝟎, 𝟐[ d) 𝑺 =] −


𝟏
∞, − [ ∪ ]𝟎, +∞[ e) 𝑺 = [𝟎, 𝟏] f) 𝑺 =] − ∞, 𝟎[
𝟐

4. Resolva a equação para 𝑎 ∈ ℝ:

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 26


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144|𝑥| − 2 ∙ 12|𝑥| + 𝑎 = 0
Resolução:
Fazendo 12|𝑥| = 𝑦 ≥ 1 (|𝑥| ≥ 0, ∀𝑥 ∈ ℝ):
𝑦2 − 2𝑦 + 𝑎 = 0
Vamos dividir o problema em casos:
1) Δ = 4 − 4𝑎 < 0 ⇒ 4𝑎 > 4 ⇒ 𝑎 > 1
Para 𝑎 > 1, nunca teremos solução.
2) Δ ≥ 0 ⇒ 𝑎 ≤ 1
Se 𝑎 = 1, temos:
𝑦2 − 2𝑦 + 1 = 0 ⇒ (𝑦 − 1)2 = 0 ⇒ 𝑦 = 1
12|𝑥| = 1 ⇒ 𝑥 = 0
Se 𝑎 < 1, teremos 2 raízes distintas:
𝑦2 − 2𝑦 + 𝑎 = 0
2±√4−4𝑎
𝑦= = 1 ± √1 − 𝑎
2
| 𝑥|
12 = 1 ± √1 − 𝑎
|𝑥| = log12 (1 ± √1 − 𝑎)
𝑥 = ± log12 (1 ± √1 − 𝑎)
Ainda não estudamos logaritmo, mas tente entender a solução da questão. Se você não
sabe nada de logaritmo, tente resolver essa questão depois de estudar esse capítulo.
Perceba que log12 (1 − √1 − 𝑎) devemos satisfazer a condição de existência:
1 − √1 − 𝑎 > 0 ⇒ 1 > √1 − 𝑎 ⇒ 1 > 1 − 𝑎 ⇒ 𝑎 > 0
Então, temos a solução dada por:
𝑎>1⇒𝑆=∅
𝑎=1⇒𝑥=0
0 < 𝑎 < 1 ⇒ 𝑆 = {± log12 (1 ± √1 − 𝑎)}
𝑎 ≤ 0 ⇒ 𝑆 = {± log12 (1 + √1 − 𝑎)}
Gabarito: 𝑎 > 1 ⇒ 𝑆 = ∅
𝑎=1⇒𝑥=0
0 < 𝑎 < 1 ⇒ 𝑆 = {± log12 (1 ± √1 − 𝑎)}
𝑎 ≤ 0 ⇒ 𝑆 = {± log12 (1 + √1 − 𝑎)}

2. FUNÇÃO LOGARÍTMICA

2.1. DEFINIÇÃO

Iniciaremos o estudo das funções logarítmicas. Esse tema é muito explorado nas provas
militares, então, preste bastante atenção!

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 27


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Preliminarmente, vamos ver como se deu sua criação.


Aprendemos no capítulo anterior, como resolver equações funcionais de bases iguais, por
exemplo:
3𝑥 = 9
3𝑥 = 3 2
⇒𝑥=2
Mas o que aconteceria se as bases fossem diferentes? Como no exemplo abaixo:
2𝑥 = 5
Vimos que a função exponencial é contínua e injetora, então, podemos esboçar o gráfico
da função e verificar qual intervalo que 𝑥 pertence:

Se 𝑥 = 𝛼, vemos que 2 < 𝛼 < 3. Podemos representar o valor de 𝛼 usando a definição de


logaritmo:
2𝛼 = 5 ⇔ 𝛼 = log2 5
Dizemos que 𝛼 é o expoente que na base 2 resulta em 5. Perceba que a função logarítmica
é a função inversa da função exponencial!
Vejamos sua definição formal:
Para 𝑎, 𝑏, 𝑥 ∈ ℝ, 𝑎, 𝑏 > 0 e 𝑏 ≠ 1, temos:
𝐥𝐨𝐠𝒃 𝒂 = 𝒙 ⇔ 𝒃𝒙 = 𝒂
log𝑏 𝑎 lê-se: logaritmo de 𝑎 na base 𝑏.
𝑎 é o logaritmando ou antilogaritmo.
𝑏 é a base do logaritmo.

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 28


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𝑥 é o logaritmo.
Exemplos:
1) log2 16 = 4, pois 24 = 16
2) log5 125 = 3, pois 53 = 125
3) log7 49 = 2, pois 72 = 49
Decorre da definição as seguintes propriedades:
I) 𝐥𝐨𝐠𝒃 𝟏 = 𝟎
Sabemos que qualquer base elevada a 0 resulta em 1. Logo, o logaritmo de 1 em qualquer
base é 0.
II) 𝐥𝐨𝐠𝒃 𝒃 = 𝟏
III) 𝒃𝐥𝐨𝐠𝒃 𝒂 = 𝒂
Sabemos que:
𝑎 = 𝑏𝑐 ⇔ 𝑐 = log 𝑏 𝑎
Basta substituir 𝑐 = log 𝑏 𝑎 em 𝑎 = 𝑏𝑐 :
𝑎 = 𝑏 log𝑏 𝑎

IV) 𝐥𝐨𝐠𝒃 𝒂 = 𝐥𝐨𝐠𝒃 𝒄 ⇔ 𝒂 = 𝒄


Vamos demonstrar essa propriedade:
log𝑏 𝑎 = log𝑏 𝑐
Usando a definição de logaritmo, temos:
𝑎 = 𝑏 log𝑏 𝑐
Usando a propriedade III:
⇒𝑎=𝑐
Portanto, a função logarítmica é injetora.
Além dessas propriedades, temos alguns casos específicos de logaritmos:
𝟏
𝒂) 𝒄𝒐𝒍𝒐𝒈𝒂 𝒃 = − 𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒃 𝒐𝒖 𝒄𝒐𝒍𝒐𝒈𝒂 𝒃 = 𝐥𝐨𝐠 𝒂 ( )
𝒃

Definição de cologaritmo. O IME já cobrou questão envolvendo esse número na prova


objetiva de 2017/2018. O importante é saber que 𝑐𝑜𝑙𝑜𝑔𝑎 𝑏 = − log 𝑎 𝑏.
𝒃) 𝐥𝐧 𝒃 = 𝐥𝐨𝐠 𝒆 𝒃
Essa é a definição de logaritmo natural de um número 𝑏 > 0. Ele é o logaritmo de 𝑏 na
base 𝑒.
𝑒 é um número e é chamado de número de Euler devido ao matemático Leonhard Euler.
O seu valor aproximado é 𝑒 ≅ 2,71.

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 29


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𝒄) 𝐥𝐨𝐠 𝒃 = 𝐥𝐨𝐠 𝟏𝟎 𝒃
Quando não dizemos qual base o logaritmo está escrito, subentende-se que a base é a
decimal.
𝒅) 𝒂𝒏𝒕𝒊𝒍𝒐𝒈𝒂 𝒙 = 𝒂𝒙
Definição de antilogaritmo, em símbolos, se 𝑎, 𝑥 ∈ ℝ e 𝑎 > 0 e 𝑎 ≠ 1:
log𝑎 𝑏 = 𝑥 ⇔ 𝑏 = 𝑎𝑛𝑡𝑖𝑙𝑜𝑔𝑎 𝑥

5. Calcule o valor de:


a) log2 32
b) log3 27
c) log5 625
d) log9 81
e) 7log7 49
f) 21+log2 11
g) 32−log3 1000
Resolução:
a) log2 32
Fatorando o número 32, obtemos:
32 = 25
Desse modo:
log2 32 = log2 25 = 5
b) log3 27
log3 27 = log3 33 = 3
c) log5 625
log5 625 = log5 54 = 4
d) log9 81
log9 81 = log9 92 = 2
e) 7log7 49
Usando a propriedade 𝑏log𝑏 𝑎 = 𝑎, temos:
7log7 49 = 49
f) 21+log2 11
21+log2 11 = 2 ∙ 2log2 11 = 2 ∙ 11 = 22
g) 32−log3 1000
32 32 9
32−log3 1000 = = 1000 = 1000 = 0,009
3log3 1000

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 30


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Gabarito: a) 𝟓 b) 𝟑 c) 𝟒 d) 𝟐 e) 𝟒𝟗 f) 𝟐𝟐 g) 𝟎, 𝟎𝟎𝟗

2.2. PROPRIEDADES
Para 𝑎, 𝑏, 𝑐 > 0 e 𝑎 ≠ 1, as seguintes propriedades são válidas:
𝑷𝟏) 𝑙𝑜𝑔𝑎 (𝑏𝑐) = 𝑙𝑜𝑔𝑎 𝑏 + 𝑙𝑜𝑔𝑎 𝑐
𝑏
𝑷𝟐) log 𝑎 ( ) = 𝑙𝑜𝑔𝑎 𝑏 − log 𝑎 𝑐
𝑐
𝑷𝟑) log 𝑎 𝑏𝛼 = 𝛼 log 𝑎 𝑏 ; 𝛼 ∈ ℝ
log 𝑐 𝑏
𝑷𝟒) log 𝑎 𝑏 =
log 𝑐 𝑎
1
𝑷𝟓) log 𝑎 𝑏 =
log 𝑏 𝑎
1
𝑷𝟔) log 𝑎𝛽 𝑏 = log 𝑎 𝑏 ; 𝛽 ∈ ℝ∗
𝛽
𝑷𝟕) 𝑎log𝑐 𝑏 = 𝑏 logc 𝑎

Demonstrações:
𝑷𝟏) 𝑙𝑜𝑔𝑎 (𝑏𝑐) = 𝑙𝑜𝑔𝑎 𝑏 + 𝑙𝑜𝑔𝑎 𝑐
Vamos nomear os logs acima:
log𝑎 (𝑏𝑐) = 𝑥
log𝑎 𝑏 = 𝑦
log𝑎 𝑐 = 𝑧
Queremos provar que 𝑥 = 𝑦 + 𝑧.
Usando a definição de logaritmo:
𝑏𝑐 = 𝑎 𝑥
𝑏 = 𝑎𝑦
𝑐 = 𝑎𝑧
Fazendo as substituições 𝑏 = 𝑎 𝑦 e 𝑐 = 𝑎 𝑧 em 𝑏𝑐 = 𝑎 𝑥 , temos:
𝑎 𝑦 𝑎 𝑧 = 𝑎𝑥
𝑎𝑦+𝑧 = 𝑎𝑥
Como a função exponencial é injetora, concluímos:
⇒𝑥 =𝑦+𝑧
∴ 𝑙𝑜𝑔𝑎 (𝑏𝑐) = 𝑙𝑜𝑔𝑎 𝑏 + 𝑙𝑜𝑔𝑎 𝑐

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 31


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𝑏
𝑷𝟐) log 𝑎 ( ) = 𝑙𝑜𝑔𝑎 𝑏 − log 𝑎 𝑐
𝑐
Podemos usar a mesma ideia da demonstração de P1. Nomeando os logs, temos:
𝑏
log𝑎 ( ) = 𝑥
𝑐
log𝑎 𝑏 = 𝑦
log𝑎 𝑐 = 𝑧
Queremos provar:
𝑥 =𝑦−𝑧
Usando a definição de logaritmo:
𝑏
= 𝑎𝑥
𝑐
𝑏 = 𝑎𝑦
𝑐 = 𝑎𝑧
Substituindo 𝑏 e 𝑐 na primeira equação, temos:
𝑎𝑦
= 𝑎𝑥
𝑎𝑧
𝑎𝑦−𝑧 = 𝑎𝑥
⇒𝑥 =𝑦−𝑧
𝑏
∴ log 𝑎 ( ) = 𝑙𝑜𝑔𝑎 𝑏 − log 𝑎 𝑐
𝑐

𝑷𝟑) log 𝑎 𝑏𝛼 = 𝛼 log 𝑎 𝑏 ; 𝛼 ∈ ℝ


Fazendo log𝑎 𝑏 = 𝑥 e log𝑎 𝑏𝛼 = 𝑦, queremos provar que 𝑦 = 𝛼𝑥.
Usando a definição do logaritmo:
𝑏 = 𝑎𝑥
𝑏𝛼 = 𝑎𝑦
Substituindo uma na outra:
( 𝑎 𝑥 ) 𝛼 = 𝑎𝑦
𝑎𝛼𝑥 = 𝑎𝑦
⇒ 𝑦 = 𝛼𝑥
∴ log 𝑎 𝑏𝛼 = 𝛼 log 𝑎 𝑏
log 𝑐 𝑏
𝑷𝟒) log 𝑎 𝑏 =
log 𝑐 𝑎

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 32


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Essa propriedade é muito útil na resolução de questões envolvendo logaritmos! Ela é


conhecida como a propriedade da mudança de base.
Vejamos sua demonstração:
Considerando log𝑎 𝑏 = 𝑥, log𝑐 𝑏 = 𝑦 e log𝑐 𝑎 = 𝑧, temos:
log𝑎 𝑏 = 𝑥 𝑏 = 𝑎𝑥
{log𝑐 𝑏 = 𝑦 ⇒ { 𝑏 = 𝑐𝑦
log𝑐 𝑎 = 𝑧 𝑎 = 𝑐𝑧
Queremos provar 𝑥 = 𝑦/𝑧:
Substituindo 𝑎 = 𝑐 𝑧 em 𝑏 = 𝑎 𝑥 , temos:
𝑏 = (𝑐 𝑧 )𝑥 = 𝑐 𝑥𝑧
Mas 𝑏 = 𝑐 𝑦 , então:
𝑐𝑦 = 𝑐𝑥𝑧
𝑦 = 𝑥𝑧
𝑦
⇒𝑥=
𝑧
log 𝑐 𝑏
∴ log 𝑎 𝑏 =
log 𝑐 𝑎
*Podemos também escrever:
log𝑎 𝑏 ∙ log𝑐 𝑎 = log𝑐 𝑏
1
𝑷𝟓) log 𝑎 𝑏 =
log 𝑏 𝑎
Vamos usar a propriedade 𝑃4 e escrever log𝑎 𝑏 na base 𝑏:
log𝑏 𝑏
log𝑎 𝑏 =
log𝑏 𝑎
1
⇒ log 𝑎 𝑏 =
log 𝑏 𝑎

1
𝑷𝟔) log 𝑎𝛽 𝑏 = log 𝑎 𝑏 ; 𝛽 ∈ ℝ∗
𝛽
Nessa demonstração, temos que mostrar para dois casos:
𝑏 =1𝑒𝑏≠1

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 33


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Para 𝑏 = 1, temos:
log𝑎 1 = 0
log𝑎𝛽 1 = 0
Assim, temos a igualdade:
1
log𝑎𝛽 1 = log 1 , 𝛽 ∈ ℝ∗
𝛽 𝑎
Para 𝑏 ≠ 1, usando 𝑃5, temos:
1 1 1
log𝑎𝛽 𝑏 = = = log 𝑏
log𝑏 𝑎𝛽 𝛽 log𝑏 𝑎 𝛽 𝑎

𝑷𝟕) 𝑎log𝑐 𝑏 = 𝑏 logc 𝑎


Vamos escrever 𝑎 = 𝑏log𝑏 𝑎 . Dessa forma, temos:
log𝑐 𝑏
𝑎log𝑐 𝑏 = (𝑏log𝑏 𝑎 )

𝑎log𝑐 𝑏 = 𝑏log𝑏 𝑎∙log𝑐 𝑏


Usando a 𝑃4, podemos escrever:
log𝑏 𝑎 ∙ log𝑐 𝑏 = log𝑐 𝑎
Portanto, concluímos:
𝑎log𝑐 𝑏 = 𝑏log𝑐 𝑎

6. Usando as propriedades dos logaritmos, resolva:


a) log 3√16 √2
b) 3log3 5
c) 𝑎𝑛𝑡𝑖𝑙𝑜𝑔3 (−2)
d) ∑10
𝑖=1 log 𝑖
e) 𝑒 ln 𝑥

f) 5log25 2
5
g) log log √ √10
h) log3 7 ∙ log7 5 ∙ log5 4 + 1
i) log3 2 ∙ log4 3 ∙ log5 4 ∙ log6 5 ∙ log7 6 ∙ log8 7
j) Calcule log30 8 se log 5 = 𝑥 e log 3 = 𝑦.
k) Calcule log3 5 se log6 2 = 𝑎 e log6 5 = 𝑏.

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 34


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l) 2log3 5 − 5log3 2
√log3 2 √log2 3
m) 3 −2
log(log 𝑎)
n) Simplifique a expressão: 𝑎 log 𝑎
Resolução:
a) log 3√16 √2
Vamos simplificar os números envolvidos:
1 1
3
log 4 22 = 2
4 =8
23 3

b) 3log3 5
3log3 5 = 5

c) 𝑎𝑛𝑡𝑖𝑙𝑜𝑔3 (−2)
𝑎𝑛𝑡𝑖𝑙𝑜𝑔3 (−2) = 𝑥
1
log3 𝑥 = −2 ⇒ 𝑥 = 3−2 = 9

d) ∑10
𝑖=1 log 𝑖
log 1 + log 2 + ⋯ + log 10
log(1 ∙ 2 ∙ 3 ∙ … ∙ 10)
log 10!
10! É o número que fatorial do número 10.

e) 𝑒− ln 𝑥
−1 1
𝑒− ln 𝑥 = 𝑒ln 𝑥 = 𝑥−1 = 𝑥

f) 5log25 2
log5 2 1
log25 2 log 2 2 log5 22
5 =5 5 =5 2 =5 = √2

5
g) log log √ √10
1
1
log log √ √10 = log log √10 = log log 1010 = log 10 = log 10−1 = −1
5 10

h) log3 7 ∙ log7 5 ∙ log5 4 + 1


log3 7 ∙ log7 5 ∙ log5 4 + 1
log3 5 ∙ log5 4 + 1
log3 4 + 1
log3 4 + log3 3
log3 12

i) log3 2 ∙ log4 3 ∙ log5 4 ∙ log6 5 ∙ log7 6 ∙ log8 7


log4 2 ∙ log6 4 ∙ log8 6
log6 2 ∙ log8 6

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 35


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log8 2
1
log23 2 = 3

j) Calcule log30 8 se log 5 = 𝑥 e log 3 = 𝑦.


Vamos trabalhar com os números. Reescrevendo o logaritmo na base 10:
10
log 8 log 23 3 log 2 3 log( )
5 3(1−log 5) 3(1−𝑥)
log30 8 = log 30 = log(10∙3) = 1+log 3 = 1+log 3
= 1+log 3
= 1+𝑦

k) Calcule log3 5 se log6 2 = 𝑎 e log6 5 = 𝑏.


Reescrevendo o logaritmo na base 6:
log 5 log6 5 log 5 𝑏
log3 5 = log6 3 = 6 = 1−log6 = 1−𝑎
6 log6 (2) 62

l) 2log3 5 − 5log3 2
Podemos usar a propriedade:
𝑎log𝑐 𝑏 = 𝑏log𝑐 𝑎
2log3 5 − 5log3 2 = 5log3 2 − 5log3 2 = 0

√log3 2 √log2 3
m) 3 −2
log3 2 = 𝑥 ⇒ 2 = 3𝑥
1 1
√ log3 2 √log2 3
3 −2 = 3√𝑥 − 2√𝑥 = 3√𝑥 − (3𝑥 )√𝑥 = 3√𝑥 − 3√𝑥 = 0

log(log 𝑎)
n) Simplifique a expressão: 𝑎 log 𝑎

log 𝑎 = 𝑥 ⇒ 𝑎 = 10𝑥
log 𝑥 log 𝑥
𝑥
𝑎 𝑥 = (10 ) 𝑥 = 10log 𝑥 = 𝑥 = log 𝑎
Gabarito:
𝟑(𝟏−𝒙) 𝒃
a) 𝟑/𝟖 b) 𝟓 c) 𝟏/𝟗 d) 𝒍𝒐𝒈 𝟏𝟎! e) 𝟏/𝒙 f) √𝟐 g) −𝟏 h) 𝒍𝒐𝒈𝟑 𝟏𝟐 i) 𝟏/𝟑 j) 𝟏+𝒚 k) 𝟏−𝒂 l) 𝟎
m) 𝟎 n) 𝒍𝒐𝒈 𝒂

2.3. FUNÇÕES LOGARÍTMICAS

2.3.1. DEFINIÇÃO
Definimos a função logarítmica do seguinte modo:
𝒇: ℝ∗+ → ℝ
𝒇(𝒙) = 𝐥𝐨𝐠𝒂 𝒙

A função logarítmica possui uma condição de existência:


𝑥>0

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 36


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𝑎 > 0e𝑎 ≠ 1
Vamos ver alguns exemplos de funções logarítmicas:
1) 𝑓 (𝑥) = log 𝑥
2) 𝑔(𝑥) = ln 𝑥
3) ℎ(𝑥) = log 3 𝑥
2

2.3.2. PROPRIEDADES
P1) Se 𝑓: ℝ → ℝ∗+ e 𝑔: ℝ∗+ → ℝ, tal que 𝑓 (𝑥) = 𝑎 𝑥 e 𝑔(𝑥) = log 𝑎 𝑥, para 𝑎 > 0 e 𝑎 ≠ 1.
Então, 𝑓 e 𝑔 são funções inversas.
Demonstração:
Se 𝑓 e 𝑔 são inversas, então, de acordo com o diagrama, temos:

𝑓 (𝑎) = 𝑏 ⇒ 𝑓(𝑔 (𝑏)) = 𝑏


𝑔 (𝑏) = 𝑎 ⇒ 𝑔(𝑓 (𝑎)) = 𝑎
Com isso, temos que mostrar que 𝑓(𝑔(𝑥)) = 𝑥 e 𝑔(𝑓 (𝑥)) = 𝑥.
Calculando 𝑓𝑜𝑔 e 𝑔𝑜𝑓:
𝑓𝑜𝑔 (𝑥) = 𝑓(𝑔 (𝑥)) = 𝑎 𝑔(𝑥 ) = 𝑎log𝑎 𝑥 = 𝑥
𝑔𝑜𝑓 (𝑥) = 𝑔(𝑓 (𝑥)) = log 𝑎 𝑓 (𝑥) = log 𝑎 𝑎 𝑥 = 𝑥
Chegamos à identidade que queríamos:
𝑓(𝑔 (𝑥)) = 𝑥

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 37


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𝑔(𝑓 (𝑥)) = 𝑥
Portanto, 𝑓 e 𝑔 são inversas!
P2) A função logarítmica 𝑓 (𝑥) = log 𝑎 𝑥 é estritamente crescente para 𝑎 > 1 e
estritamente decrescente para 0 < 𝑎 < 1. Logo, ela é uma função injetora. Ela também é
sobrejetora, já que o contradomínio dessa função é o conjunto dos reais. Portanto, ela é bijetora
e por isso é inversível.

𝒇(𝒙) = 𝐥𝐨𝐠𝒂 𝒙 ⇒ { 𝒆𝒔𝒕𝒓𝒊𝒕𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒄𝒓𝒆𝒔𝒄𝒆𝒏𝒕𝒆 ⇔ 𝒂 > 𝟏


𝒆𝒔𝒕𝒓𝒊𝒕𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒅𝒆𝒄𝒓𝒆𝒔𝒄𝒆𝒏𝒕𝒆 ⇔ 𝟎 < 𝒂 < 𝟏
Demonstração:
Vamos provar inicialmente para o caso 𝑎 > 1:
Temos que mostrar a ida:
𝑎 > 1 ⇒ (𝑥2 > 𝑥1 ⇒ log 𝑎 𝑥2 > log 𝑎 𝑥1 )
Se 𝑥2 > 𝑥1 , podemos usar a definição de logaritmo e escrever:
𝑎log𝑎 𝑥2 > 𝑎log𝑎 𝑥1
Vimos no capítulo de função exponencial que se 𝑎 > 1 e 𝑎𝛼 > 𝑎𝛽, então, 𝛼 > 𝛽.
Então:
𝑎 > 1 𝑒 𝑎 log𝑎 𝑥2 > 𝑎log𝑎 𝑥1 ⇒ log 𝑎 𝑥2 > log 𝑎 𝑥1
Agora, devemos mostrar a volta:
(log𝑎 𝑥2 > log𝑎 𝑥1 ⇒ 𝑥2 > 𝑥1 ) ⇒ 𝑎 > 1
Fazendo log𝑎 𝑥2 = 𝑦2 e log𝑎 𝑥1 = 𝑦1 , temos:
𝑥2 = 𝑎𝑦 2
𝑥1 = 𝑎𝑦 1
Como log𝑎 𝑥2 > log𝑎 𝑥1 , escrevendo em termos de 𝑦:
𝑦2 > 𝑦1
Se 𝑦2 > 𝑦1 , então, 𝑎𝑦2 > 𝑎𝑦1 . Portanto 𝑥2 > 𝑥1 .
log𝑎 𝑥2 > log𝑎 𝑥1 ⇒ 𝑥2 > 𝑥1 , 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑎 > 1
Logo, para 𝑎 > 1, a função logaritmo é estritamente crescente.
Vamos provar o outro caso, para 0 < 𝑎 < 1:
Podemos usar a mesma ideia usada no item anterior, o que mudará será a relação de
desigualdade entre os números.
Ida:
0 < 𝑎 < 1 ⇒ (𝑥2 > 𝑥1 ⇒ log 𝑎 𝑥2 < log 𝑎 𝑥1 )
Se 𝑥2 > 𝑥1 , temos:
𝑎log𝑎 𝑥2 > 𝑎log𝑎 𝑥1

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 38


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Como 0 < 𝑎 < 1, sabemos que a desigualdade acima resulta:


log𝑎 𝑥2 < log𝑎 𝑥1
Volta:
(log𝑎 𝑥2 > log𝑎 𝑥1 ⇒ 𝑥2 < 𝑥1 ) ⇒ 0 < 𝑎 < 1
Fazendo log𝑎 𝑥2 = 𝑦2 e log𝑎 𝑥1 = 𝑦1 , temos:
𝑥2 = 𝑎𝑦 2
𝑥1 = 𝑎𝑦 1
Se log𝑎 𝑥2 > log𝑎 𝑥1 , escrevendo em termos de 𝑦:
𝑦2 > 𝑦1
Sendo 0 < 𝑎 < 1, podemos escrever:
𝑎𝑦 2 < 𝑎 𝑦 1
𝑎log𝑎 𝑥2 < aloga 𝑥1
⇒ 𝑥2 < 𝑥1
Portanto, provamos a ida e a volta da propriedade, logo a função logaritmo é estritamente
decrescente para 0 < 𝑎 < 1.

2.3.3. GRÁFICO
Vimos que a função exponencial é a inversa da função logarítmica. Pela definição de função
inversa, essas funções são simétricas em relação à reta 𝑦 = 𝑥. Também estudamos que a função
logarítmica 𝑓 (𝑥) = log 𝑎 𝑥 é crescente para 𝑎 > 1 e decrescente para 0 < 𝑎 < 1.
Vamos esboçar o gráfico para esses dois casos:
Para 𝑎 > 1, temos:

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 39


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Para 0 < 𝑎 < 1, temos:

Vamos aprender a esboçar o gráfico usando exemplos:


1) 𝑓 (𝑥) = log 2 (2𝑥 + 8)
Condição de existência:
2𝑥 + 8 > 0 ⇒ 2𝑥 > −8 ⇒ 𝑥 > −4
Raiz:

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 40


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log2 (2𝑥 + 8) = 0
2𝑥 + 8 = 20 = 1
7
𝑥=−
2
Para 𝑥 = 0, temos: 𝑓 (0) = log 2 8 = 3.
Devemos verificar a monotonicidade da função:
𝑥2 > 𝑥 1
2𝑥2 > 2𝑥1
2𝑥2 + 8 > 2𝑥1 + 8
log2 (2𝑥2 + 8) > log2 (2𝑥1 + 8)
⇒ 𝑓 (𝑥2 ) > 𝑓 (𝑥1 )
𝑓 é crescente.
Para esboçar o gráfico, devemos traçar a reta que limita os valores de 𝑥, a reta assíntota
𝑥 = −4:

7
Depois, colocamos os pontos (− 2 , 0) e (0, 3):

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 41


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Como a função é crescente, temos o seguinte esboço (lembrando que a função nunca
encosta na assíntota!):

2) 𝑓 (𝑥) = log 2 (−2𝑥 + 8)


Condição de existência:
−2𝑥 + 8 > 0 ⇒ −2𝑥 > −8 ⇒ 2𝑥 < 8 ⇒ 𝑥 < 4

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 42


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Raiz:
−2𝑥 + 8 = 1
−2𝑥 = −7
7
𝑥=
2
Para 𝑥 = 0, temos 𝑓 (0) = log 2 8 = 3.
Verificando a monotonicidade:
𝑥2 > 𝑥 1
−𝑥2 < −𝑥1
−2𝑥2 < −2𝑥1
−2𝑥2 + 8 < −2𝑥1 + 8
log2 (−2𝑥2 + 8) < log2 (−2𝑥1 + 8)
⇒ 𝑓 (𝑥2 ) < 𝑓 (𝑥1 )
Logo, a função é decrescente.
Esboçando o gráfico, obtemos:

3) 𝑓 (𝑥) = log 2 (𝑥 2 − 4𝑥 + 3)

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O ITA já cobrou questões pedindo para esboçar um gráfico desse tipo de função.
Condição de existência:
𝑥2 − 4𝑥 + 3 > 0
(𝑥 − 3)(𝑥 − 1) > 0

⇒ 𝑥 < 1 𝑜𝑢 𝑥 > 3
Raízes:
𝑓 (𝑥) = 0 ⇒ 𝑥 2 − 4𝑥 + 3 = 1
𝑥2 − 4𝑥 + 2 = 0
4 ± √8
𝑥= = 2 ± √2
2
Para 𝑥 = 0, temos 𝑓 (0) = log 2 3.
Monotonicidade:
Para 𝑥 < 1, a função 𝑥2 − 4𝑥 + 3 é decrescente, os valores da função diminuem ao se
aproximarem de 1. Para 𝑥 > 3, ela é crescente. A função logarítmica 𝑓 seguirá a mesma
monotonicidade da função interna a ela, isto é, 𝑥2 − 4𝑥 + 3. Vamos esboçar o gráfico:
O primeiro passo é traçar as retas assíntotas:
𝑥 =1𝑒𝑥=3

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O segundo passo é inserir os pontos de raízes e o ponto que cruza 𝑦:


(2 − √2, 0)

(2 + √2, 0)

(0, log2 3)

Sabendo que a função é decrescente para 𝑥 < 1 e crescente para 𝑥 > 3, basta traçar as
curvas que passam pelos pontos marcados de modo a obedecer monotonicidade da função. Desse
modo:

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 45


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2.4. EQUAÇÕES LOGARÍTMICAS


Aprendemos a usar as propriedades logarítmicas e o que é uma função logarítmica, agora,
podemos proceder à resolução de equações logarítmicas.
As equações logarítmicas podem ser divididas em 3 casos:
Caso 1) 𝐥𝐨𝐠𝒂 𝒇(𝒙) = 𝐥𝐨𝐠𝒂 𝒈(𝒙)
Para resolver esse tipo de equação, sempre devemos verificar as condições de existência
do logaritmo. Desse modo, temos que:
𝑎 > 0e𝑎 ≠ 1
𝑓 (𝑥 ) > 0
𝑔 (𝑥 ) > 0
log𝑎 𝑓(𝑥) = log𝑎 𝑔(𝑥) ⇒ 𝑓(𝑥) = 𝑔(𝑥)
Veja o exemplo:
1) Resolva a equação:
log3 (3𝑥 − 4) = log3 (𝑥 + 1)
Verificando as condições de existência, temos:
4
3𝑥 − 4 > 0 ⇒ 𝑥 >
3
𝑥 + 1 > 0 ⇒ 𝑥 > −1
Fazendo a intersecção, obtemos 𝑥 > 4/3.
Resolvendo a equação:
3𝑥 − 4 = 𝑥 + 1

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 46


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2𝑥 = 5
5 4
𝑥=
>
2 3
Como 𝑥 = 5/2 > 4/3, temos que ela é solução da equação:
5
𝑆={ }
2
Caso 2) 𝐥𝐨𝐠𝒂 𝒇(𝒙) = 𝜷, 𝜷 ∈ ℝ
Esse tipo de equação é resolvido fazendo:
𝑓 (𝑥 ) = 𝑎 𝛽
Para 𝑎 ≠ 1 e 𝑎 > 0.
Não precisamos verificar as condições de existência do logaritmo, pois:
𝑓 (𝑥) = 𝑎𝛽 > 0, ∀𝛽 ∈ ℝ
Veja o exemplo:
2) Resolva a equação:
log4 (5𝑥 + 1) = 2
Vamos proceder usando a definição de logaritmo:
5𝑥 + 1 = 42 = 16
5𝑥 = 15
⇒𝑥=3

Caso 3) Incógnita auxiliar


Esse tipo de equação se resume a substituir uma incógnita por outra de modo a facilitar o
entendimento da equação. Lembre-se de prestar atenção às condições de existência quando fizer
essa substituição!
Vejamos um exemplo:
3) Resolva a equação:
2
(log3 𝑥) − 2 log3 𝑥 = 3
Condição de existência:
𝑥>0
Nesse caso, basta fazer log3 𝑥 = 𝑦:
𝑦2 − 2𝑦 = 3
𝑦2 − 2𝑦 − 3 = 0
Essa é uma equação do segundo grau. Sabemos que suas raízes são dadas por:
𝑦 = 1 ± √4 = 1 ± 2 = 3 𝑜𝑢 − 1

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Para 𝑦 = −1, temos:


1
log3 𝑥 = −1 ⇒ 𝑥 = 3−1 =
3
Para 𝑦 = 3, temos:
log3 𝑥 = 3 ⇒ 𝑥 = 33 = 27
Portanto, a solução é dada por:
1
𝑆 = { ; 27}
3

7. (ITA/1968) Sejam 𝑎 e 𝑏 ∈ ℝ∗+ com 𝑎 ≠ 1 e 𝑏 ≠ 1. Que relação devem satisfazer 𝑎 e 𝑏


para que a equação 𝑥2 − (log𝑏 𝑎)𝑥 + 2 log𝑎 𝑏 = 0 tenha duas raízes reais e iguais.
Resolução:
Para que a equação tenha duas raízes reais e iguais, devemos ter Δ = 0:
8 (log𝑏 𝑎 )3 −8
Δ = (log 𝑏 𝑎)2 − 8 log 𝑎 𝑏 = (log 𝑏 𝑎)2 − = =0
log𝑏 𝑎 log𝑏 𝑎
3
(log𝑏 𝑎) − 8 = 0
3 3
(log𝑏 𝑎) = 2
log𝑏 𝑎 = 2
𝑎 = 𝑏2
2
Para 𝑎 = 𝑏 , temos duas raízes reais e iguais.
Gabarito: 𝒂 = 𝒃𝟐

8. (ITA/1969) Resolva a equação 𝑎2𝑥 + 𝑎𝑥 − 6 = 0, com 𝑎 > 1.


Resolução:
Fazendo 𝑎𝑥 = 𝑦:
𝑦2 + 𝑦 − 6 = 0
(𝑦 + 3)(𝑦 − 2) = 0
Raízes:
𝑦1 = −3 𝑜𝑢 𝑦2 = 2
Retornando à variável 𝑥:
𝑎𝑥 = −3 ⇒ 𝑖𝑚𝑝𝑜𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑙
𝑎𝑥 = 2 ⇒ 𝑥 = log𝑎 2
Logo, temos uma única solução:
𝑆 = {log 𝑎 2}
Gabarito: 𝑺 = {𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝟐}

9. (ITA/1970) Dados log 2 = 𝑎 e log 3 = 𝑏, calcule log9 20.

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 48


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Resolução:
Vamos reescrever o logaritmo na base 10:
log 20 log(2∙10) 1+log 2 1+𝑎
log9 20 = log 9 = 2 = 2 log 3 = 2𝑏
log 3

𝟏+𝒂
Gabarito: 𝟐𝒃

10. (ITA/1975) Resolver a equação 4𝑥 + 6𝑥 = 9𝑥 .


Resolução:
Perceba os termos escondidos 2𝑥 e 3𝑥 , vamos dividir a equação por 22𝑥:
4𝑥 + 6𝑥 = 9𝑥
3 𝑥 3 2𝑥
1+( ) =( )
2 2
3 𝑥
Fazendo 𝑦 = ( ) , temos:
2
1 + 𝑦 − 𝑦2 = 0
−𝑦 2 + 𝑦 + 1 = 0
−1±√5 1±√5
𝑦= =
−2 2
1−√5
Como 2
< 0, temos uma única possibilidade:
1+√5
𝑦=
2
3 𝑥 1+√5
(2) = 2
1+√5
𝑥 = log 3
2 2
Portanto, a solução é:
1+√5
𝑆 = {log 3 }
2 2
𝟏+√𝟓
Gabarito: 𝑺 = {𝐥𝐨𝐠 𝟑 }
𝟐 𝟐
11. (ITA/1998) Resolver a equação log𝑥 49 = log𝑥2 7 + log2𝑥 7.
Resolução:
Vamos reescrever todos os logaritmos na base 10:
log 72 log 7 log 7
log 𝑥
= log 𝑥 2 + log 2𝑥
2 log 7 log 7 log 7
log 𝑥
= 2 log 𝑥 + log 2+log 𝑥
2 1 1
log 𝑥
= 2 log 𝑥 + log 2+log 𝑥
Substituindo log 𝑥 = 𝑦:
2 1 1
𝑦
= 2𝑦 + log 2+𝑦
2(2𝑦)(log 2 + 𝑦) = 𝑦(log 2 + 𝑦) + 2𝑦 2
Podemos cortar 𝑦, pois 𝑦 ≠ 0.
4(log 2 + 𝑦) = log 2 + 𝑦 + 2𝑦
4 log 2 + 4𝑦 = log 2 + 𝑦 + 2𝑦
3 log 2 = −𝑦
𝑦 = −3 log 2
log 𝑥 = −3 log 2

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 49


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𝑥 = 10−3 log 2
∴ 𝑆 = {10−3 log 2 }
Gabarito: 𝑺 = {𝟏𝟎−𝟑 𝐥𝐨𝐠 𝟐 }

2.5. INEQUAÇÕES LOGARÍTMICAS


Para resolver inequações logarítmicas, devemos lembrar que a função logaritmo é
crescente para base 𝑎 > 1 e decrescente se 0 < 𝑎 < 1.
Assim, podemos escrever:
𝒇(𝒙) > 𝒈(𝒙) > 𝟎 𝒔𝒆 𝒂 > 𝟏
𝐥𝐨𝐠𝒂 𝒇(𝒙) > 𝐥𝐨𝐠𝒂 𝒈(𝒙) ⇔ { 𝒐𝒖
𝟎 < 𝒇(𝒙) < 𝒈(𝒙) 𝒔𝒆 𝟎 < 𝒂 < 𝟏
Vamos resolver algumas inequações:
1) Resolva a inequação:
log2 (3𝑥 − 6) > log2 (𝑥 − 1)
Antes de resolver uma inequação, sempre devemos verificar sua condição de existência:
3𝑥 − 6 > 0 ⇒ 𝑥 > 2
𝑥−1>0⇒𝑥 >1
⇒𝑥>2
Agora, podemos proceder à resolução:
Como a base é 2 > 1, podemos escrever:
log2 (3𝑥 − 6) > log2 (𝑥 − 1) ⇒ 3𝑥 − 6 > 𝑥 − 1
2𝑥 > 5
5
𝑥>
2
Fazendo a intersecção com a condição de existência, temos:
5 5
𝑥> 𝑒𝑥 >2⇒𝑥>
2 2
5
∴ 𝑆 = ( , +∞)
2

12. (ITA/1971) Resolva a inequação 2(ln 𝑥)2 − ln 𝑥 > 6.


Resolução:

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 50


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Analisando a condição de existência, temos:


𝑥>0
Substituindo 𝑦 = ln 𝑥:
2𝑦 2 − 𝑦 − 6 > 0
Raízes:
1±√49 1±7 3
𝑦= = = 2 𝑜𝑢 −
4 4 2
3 3
( 𝑦 − 2) ( 𝑦 + ) >0⇒𝑦< −2 𝑜𝑢 𝑦 > 2
2
Para 𝑦 < −3/2:
3
ln 𝑥 < − 2
3
𝑥 < 𝑒 −2
Para 𝑦 > 2:
ln 𝑥 > 2
𝑥 > 𝑒2
Assim, a solução da inequação é dada por:
3
𝑆 = ]0; 𝑒 −2 [ ∪ ]𝑒 2 , +∞[
𝟑
Gabarito: 𝑺 = ]𝟎; 𝒆−𝟐 [ ∪ ]𝒆𝟐 , +∞[
13. (ITA/1973) Resolva a inequação
1 1
ln 𝑥
+ log >1
𝑥 𝑒−1
Resolução:
Sempre devemos analisar a condição de existência inicialmente:
Dos logaritmos:
𝑥>0
𝑥≠1
Dos denominadores:
𝑙𝑛𝑥 ≠ 0 ⇒ 𝑥 ≠ 1
log𝑥 𝑒 − 1 ≠ 0 ⇒ log𝑥 𝑒 ≠ 1 ⇒ 𝑥 ≠ 𝑒
1
Vamos reescrever log𝑥 𝑒 = ln 𝑥:
1 1
ln 𝑥
+ 1 >1
−1
ln 𝑥
Fazendo ln 𝑥 = 𝑦:
1 𝑦
𝑦
+ 1−𝑦 − 1 > 0
1−𝑦+𝑦2 −𝑦(1−𝑦)
𝑦(1−𝑦)
>0
2𝑦2 −2𝑦+1
𝑦 (1−𝑦)
>0
Analisando as raízes de 2𝑦 2 − 2𝑦 + 1:
Δ = 4 − 8 = −4 < 0
Como Δ < 0 e a parábola possui concavidade para cima, a expressão sempre é positiva.
Logo, devemos ter:
𝑦 (1 − 𝑦 ) > 0 ⇒ 0 < 𝑦 < 1
0 < ln 𝑥 < 1
𝑒0 < 𝑥 < 𝑒1
𝑥 ∈ ]1, 𝑒[

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Gabarito:
14. (ITA/1977) Resolva a inequação
log1(log4 (𝑥2 − 5)) > 0
3
Resolução:
Analisando a condição de existência:
𝑥2 − 5 > 0 ⇒ |𝑥| > √5
log4 (𝑥2 − 5) > 0
𝑥2 − 5 > 1 ⇒ 𝑥2 > 6 ⇒ |𝑥| > √6
1
Agora, podemos resolver a inequação. Como a base do logaritmo mais externo é 3 < 1,
podemos escrever:
1 0
log4 (𝑥2 − 5) < (3)
𝑥 2 − 5 < 4 ⇒ 𝑥 2 < 9 ⇒ | 𝑥| < 3
Fazendo a intersecção com a condição de existência:
√6 < |𝑥| < 3
Gabarito: √𝟔 < |𝒙| < 𝟑

15. (ITA/1991) Resolva a inequação


3 log 𝑥 + log(2𝑥 + 3)3 ≤ 3 log 2
Resolução:
Analisando a condição de existência:
𝑥>0
2𝑥 + 3 > 0
3
𝑥>−
2
Vamos unir os termos logaritmos:
3 log 𝑥 + log(2𝑥 + 3)3 ≤ 3 log 2
log 𝑥3 + log(2𝑥 + 3)3 − log 23 ≤ 0
𝑥3 (2𝑥+3)3
log [ 8
] ≤0
𝑥(2𝑥+3) 3
⇒[ ] ≤1
2
𝑥(2𝑥+3)
≤1
2
𝑥 (2𝑥 + 3) ≤ 2
2𝑥 2 + 3𝑥 − 2 ≤ 0
Raízes:
−3±√25 −3±5 1
𝑥= = = −2 𝑜𝑢
4 4 2
1
2(𝑥 + 2) (𝑥 − ) ≤ 0
2
⇒ −2 ≤ 𝑥 ≤ 1/2
Fazendo a intersecção com a condição de existência:
1
𝑆 = (0; ]
2
𝟏
Gabarito: 𝑺 = (𝟎; ]
𝟐

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2.6. LOGARITMOS DECIMAIS


Vamos estudar o sistema de logaritmos na base 10.

2.6.1. CARACTERÍSTICA E MANTISSA


Qualquer número positivo pode ser comparado entre potências de base 10 de expoentes
consecutivos.
Exemplo:
1) 0,012 ⇒ 10−2 < 0,012 < 10−1
2) 32 ⇒ 101 < 32 < 102
3) 1252 ⇒ 103 < 1252 < 104
Usando essa ideia, podemos escrever para 𝑥 ∈ ℝ+ e 𝑐 ∈ ℤ:
10𝑐 < 𝑥 < 10𝑐+1
log 10𝑐 < log 𝑥 < log 10𝑐+1
𝑐 < log 𝑥 < 𝑐 + 1
Dessa desigualdade, temos:
log 𝑥 = 𝑐 + 𝑚, 0 ≤ 𝑚 < 1
𝑐 é chamado de característica do logaritmo decimal 𝑥 e 𝑚 é chamado de mantissa do
logaritmo decimal 𝑥.
Vamos aprender a calcular a característica e a mantissa.
Devemos dividir em dois casos:
Caso 1) 𝑥 > 1
𝑥 é um número com 𝑛 algarismo na parte inteira. Então:
𝑐 =𝑛−1
Caso 2) 0 < 𝑥 < 1
𝑥 é um número com 𝑛 algarismo zero antes do primeiro algarismo significativo.
𝑐 = −𝑛
Exemplos:
1) 124,3
𝑛=3⇒𝑐=2
2) 0,015
𝑛 = 2 ⇒ 𝑐 = −2
A mantissa é obtida através das tabelas de logaritmos. Ela, geralmente, é um número
irracional e por esse motivo as tabelas fornecem valores aproximados dos logaritmos dos
números inteiros.

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2.6.2. TEOREMA DA MANTISSA


Os logaritmos decimais 𝑥 e 𝑥 ∙ 10𝑝 para 𝑥 ∈ ℝ∗+ e 𝑝 ∈ ℤ, possuem a mesma mantissa.
Demonstração:
log 𝑥 = 𝑐 + 𝑚, 𝑐 ∈ ℤ 𝑒 𝑚 ∈ [0,1)
log 𝑥 ∙ 10𝑝 = log 𝑥 + 𝑝 = 𝑐⏟+ 𝑝 + 𝑚

𝑝
A característica de 𝑥 ∙ 10 é 𝑐′ = 𝑐 + 𝑝 e a mantissa é a mesma de 𝑥.
Exemplos:
log 2 = 0,3010 = 0 + 0,3010
A mantissa de log 2 é 0,3010 e sua característica é 𝑐 = 0.
log 3 = 0,4771 = 0 + 0,4771
A mantissa de log 3 é 0,4771 e sua característica é 𝑐 = 0.

2.7. SISTEMAS DE LOGARITMOS USANDO SEQUÊNCIAS


Seja uma PG da forma (𝑎1 , 𝑎2 , … , 𝑎𝑛 ) com 𝑎𝑖 > 0 e 𝑞 > 0.
Usando a forma geral, temos:
𝑎𝑛 = 𝑎1 𝑞𝑛−1
Aplicando logaritmo na base b:
log𝑏 𝑎𝑛 = log𝑏 (𝑎1 𝑞𝑛−1 )
log𝑏 𝑎𝑛 = log𝑏 𝑎1 + (𝑛 − 1) log𝑏 𝑞
Perceba que ao aplicar o logaritmo na forma geral da PG, obtemos uma PA de razão log𝑏 𝑞.

2.8. CÁLCULO DE ÁREAS USANDO LOGARITMOS


Podemos usar as propriedades dos logaritmos para calcular áreas.
Para uma função 𝑦 = 1/𝑥, temos o seguinte gráfico:

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 54


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𝐴 é a área da região colorida.


Se integrarmos o gráfico entre os pontos 𝑎 e 𝑏, obtemos a seguinte fórmula:
𝑏
1
𝐴=∫ 𝑑𝑥 = ln 𝑏 − ln 𝑎
𝑎 𝑥
Podemos usar essa equação para calcular o valor numérico de ln 𝑥. A área pode ser
aproximada para um trapézio. Veja a figura:
Para 𝑥 > 1:

Nesse caso, a área é dada por:


𝐴 ≅ ln 𝑥 − ln 1 = ln 𝑥

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⇒ ln 𝑥 ≅ 𝐴
Ainda não estudamos a área de um trapézio, veremos na aula de Geometria Plana. Saiba
que a área do trapézio é dada por:
(𝐵 + 𝑏 )ℎ
𝐴=
2
Onde 𝐵 é a base maior, 𝑏 é a base menor e ℎ é a altura.
Nesse caso, temos:
1
(1 + ) (𝑥 − 1) 𝑥 2 − 1
𝐴= 𝑥 =
2 2𝑥
2
𝑥 −1
ln 𝑥 ≅
2𝑥
Para 0 < 𝑥 < 1:

𝐴 ≅ ln 1 − ln 𝑥 = − ln 𝑥
ln 𝑥 ≅ −𝐴
1
(1 + ) (1 − 𝑥)
𝐴= 𝑥
2
(1 − 𝑥 2 )
𝐴=
2𝑥
𝑥2 − 1
ln 𝑥 ≅
2𝑥
Exemplo:
1) Calcule o valor aproximado de ln 3:

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 56


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𝑥2 − 1
ln 𝑥 ≅
2𝑥
32 − 1 4
ln 3 = = ≅ 1,33
6 3
Esse valor é uma aproximação, o valor de ln 3 é:
ln 3 = 1,0986122887
Perceba que são valores bem próximos.

3. FUNÇÃO PISO E FUNÇÃO TETO


Vamos estudar rapidamente duas funções que podem ser cobradas na prova, as funções
piso e as funções teto.

3.1. DEFINIÇÃO
A função piso é denotada por 𝑓 (𝑥) = ⌊𝑥⌋. Ele representa o maior inteiro que é menor ou
igual a 𝑥. Na prática, o que fazemos é um “arredondamento para baixo”, de modo a obter um
número inteiro que satisfaz os requisitos.
Ao contrário da função piso, temos a função teto, denotada por 𝑔(𝑥) = ⌈𝑥⌉. Ele representa
o menor inteiro que é maior ou igual a 𝑥. Nesse caso, fazemos o “arredondamento para cima” e
pegamos o menor valor inteiro que satisfaz os requisitos da função. Vamos ver a definição formal
de cada um deles:
𝒇(𝒙) = ⌊𝒙⌋ = 𝐦𝐚𝐱{𝒎 ∈ ℤ|𝒎 ≤ 𝒙}
𝒈(𝒙) = ⌈𝒙⌉ = 𝐦𝐢𝐧{𝒏 ∈ ℤ|𝒏 ≥ 𝒙}
É possível representar a parte fracionária de 𝑥, usando a seguinte função:
𝒉(𝒙) = {𝒙} = 𝒙 − ⌊𝒙⌋
{𝑥} representa a parte fracionária do número real 𝑥.
Exemplos:
1) ⌊1,5⌋ = 1
2) ⌈√3⌉ = 2
3) ⌊√3⌋ = 1
4) {3,14159} = 3,14159 − ⌊3,14159⌋ = 3,14159 − 3 = 0,14159

3.1.1. Propriedades
P1) 𝑥 − 1 < ⌊𝑥⌋ ≤ 𝑥
P2) 𝑥 ≤ ⌈𝑥⌉ < 𝑥 + 1

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3.2. GRÁFICO
Vamos esboçar o gráfico das funções piso, teto e a fracionária.
Para 𝑓: ℝ → ℤ tal que 𝑓 (𝑥) = ⌈𝑥⌉, temos:

Para 𝑔: ℝ → ℤ tal que 𝑔(𝑥) = ⌊𝑥⌋, temos:

Para ℎ: ℝ → ℝ tal que ℎ(𝑥) = {𝑥}, temos:

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16. Resolva as seguintes equações:


a) ⌈𝑥⌉2 − 2⌈𝑥⌉ − 3 = 0
b) {𝑥} + 2⌊𝑥⌋ = 1, para 𝑥 ∈ ]3, 4[
Resolução:
a) ⌈𝑥⌉2 − 2⌈𝑥⌉ − 3 = 0
Vamos fazer a substituição 𝑦 = ⌈𝑥⌉. Desse modo:
𝑦2 − 2𝑦 − 3 = 0
(𝑦 − 3)(𝑦 + 1) = 0
Assim, encontramos as raízes:
𝑦1 = −1 𝑜𝑢 𝑦2 = 3
Retornando à variável 𝑥:
⌈𝑥⌉ = −1 ⇒ −2 < 𝑥 ≤ −1
⌈𝑥 ⌉ = 3 ⇒ 2 < 𝑥 ≤ 3
A solução é dada por:
𝑆 =] − 2, −1] ∪ ]2, 3]
1
b) {𝑥} + {𝑥} = 1, para 𝑥 ∈ ]3, 4[
Vamos escrever {𝑥} = 𝑥 − ⌊𝑥⌋:
1 1
𝑥 − ⌊𝑥⌋ + − ⌊ ⌋ = 1
𝑥 𝑥
Como 𝑥 ∈ ]3, 4[, temos ⌊𝑥⌋ = 3.
Para 1/𝑥:
3<𝑥<4

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1 1 1
4
<𝑥<3
Então:
1
⌊𝑥 ⌋ = 0
Substituindo na equação, obtemos:
1
𝑥−3+ −0=1
𝑥
1
𝑥+ −4=0
𝑥
𝑥2 − 4𝑥 + 1 = 0
Encontrando as raízes:
𝑥 = (2 ± √3)
Assim, a solução é dada por:
𝑆 = {2 ± √3}
Gabarito: a) 𝑺 =] − 𝟐, −𝟏] ∪ ]𝟐, 𝟑] b) 𝑺 = {𝟐 ± √𝟑}

4. EQUAÇÕES FUNCIONAIS
Equações funcionais são equações cujas incógnitas são funções, vamos estudar as
principais e aprender a resolver algumas. As outras podem ser resolvidas usando a mesma ideia.

4.1. EQUAÇÕES FUNCIONAIS BÁSICAS

4.1.1. EQUAÇÕES FUNCIONAIS DE CAUCHY


𝐼) 𝑓 (𝑥 + 𝑦) = 𝑓 (𝑥) + 𝑓 (𝑦)
𝐼𝐼) 𝑓 (𝑥 + 𝑦) = 𝑓 (𝑥) ∙ 𝑓(𝑦)
𝐼𝐼𝐼) 𝑓 (𝑥 ∙ 𝑦) = 𝑓 (𝑥) + 𝑓(𝑦)
𝐼𝑉) 𝑓 (𝑥 ∙ 𝑦) = 𝑓 (𝑥) ∙ 𝑓(𝑦)

4.1.2. EQUAÇÃO FUNCIONAL DE JENSEN


𝑥+𝑦 𝑓 ( 𝑥 ) + 𝑓 (𝑦 )
𝑓( )=
2 2

4.1.3. EQUAÇÃO FUNCIONAL DE D`ALAMBERT


𝑓 (𝑥 + 𝑦) + 𝑓 (𝑥 − 𝑦) = 2 ∙ 𝑓 (𝑥) ∙ 𝑓(𝑦)

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4.1.4. EQUAÇÕES FUNCIONAIS TRIGONOMÉTRICAS


𝐼) 𝑔(𝑥 + 𝑦) = 𝑓 (𝑥) ∙ 𝑔(𝑦) + 𝑓 (𝑦) ∙ 𝑔(𝑥)
𝐼𝐼) 𝑔(𝑥 ∙ 𝑦) = 𝑓 (𝑥) ∙ 𝑔 (𝑦) − 𝑓 (𝑦) ∙ 𝑔(𝑥)
𝐼𝐼𝐼) 𝑓 (𝑥 + 𝑦) = 𝑓 (𝑥) ∙ 𝑓 (𝑦) − 𝑔(𝑥) ∙ 𝑔(𝑦)
𝐼𝑉) 𝑓 (𝑥 − 𝑦) = 𝑓 (𝑥) ∙ 𝑓 (𝑦) + 𝑔(𝑥) ∙ 𝑔(𝑦)

4.2. COMO RESOLVER UMA EQUAÇÃO FUNCIONAL


1) Vamos resolver a primeira equação funcional de Cauchy:
𝒇(𝒙 + 𝒚) = 𝒇(𝒙) + 𝒇(𝒚)
Para resolver esse tipo de problema, devemos usar o bom senso e ver quais informações
conseguimos extrair dessa equação.
Vamos verificar, inicialmente, o valor de 𝑥 = 𝑦 = 0:
𝑓 (0 + 0) = 𝑓 (0) + 𝑓 (0) = 2𝑓 (0)
⇒ 𝑓 (0) = 0
Agora, podemos proceder verificando sua paridade, fazendo 𝑥 ∈ ℝ e 𝑦 = −𝑥:
𝑓 (𝑥 − 𝑥) = 𝑓 (𝑥) + 𝑓 (−𝑥)
𝑓 (0) = 𝑓 (𝑥) + 𝑓 (−𝑥)
𝑓 (0) = 0 ⇒ −𝑓 (𝑥) = 𝑓 (−𝑥)
Dessa forma, podemos afirmar que a paridade da função é ímpar.
E o que acontece se fizermos 𝑦 = 𝑥, 2𝑥, 3𝑥, 4𝑥, …?
𝑓 (𝑥 + 𝑥 ) = 𝑓 ( 𝑥 ) + 𝑓 (𝑥 )
𝑓(2𝑥) = 2𝑓(𝑥)
𝑓 (𝑥 + 2𝑥) = 𝑓 (𝑥) + 𝑓 (2𝑥)
𝑓 (3𝑥) = 3𝑓 (𝑥)
𝑓 (𝑥 + 3𝑥) = 𝑓 (𝑥) + 𝑓 (3𝑥)
𝑓 (4𝑥) = 4𝑓 (𝑥)

Podemos deduzir que 𝑓 (𝑘𝑥) = 𝑘𝑓(𝑥). Vamos provar por PIF:
Para 𝑘 = 1, temos 𝑓 (𝑥) = 𝑓 (𝑥).
Para 𝑘 ∈ ℕ, devemos provar que 𝑓 (𝑘𝑥) = 𝑘𝑓 (𝑥) ⇒ 𝑓((𝑘 + 1)𝑥) = (𝑘 + 1)𝑓 (𝑥):
Usando a equação funcional e fazendo 𝑦 = 𝑘𝑥, temos:
𝑓 (𝑥 + 𝑘𝑥) = 𝑓 (𝑥) + 𝑓 (𝑘𝑥)
𝑓((𝑘 + 1)𝑥) = 𝑓 (𝑥) + 𝑘𝑓 (𝑥)

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⇒ 𝑓((𝑘 + 1)𝑥) = (𝑘 + 1)𝑓 (𝑥)


Concluímos que a função também possui a forma 𝑓 (𝑘𝑥) = 𝑘𝑓(𝑥).
Podemos também usar a indução vulgar e provar que 𝑓 (−𝑘𝑥) = −𝑘𝑓(𝑥).
Se 𝑓 (−𝑘𝑥) = −𝑘𝑓(𝑥), temos:
𝑓 (−𝑥 − 𝑘𝑥) = 𝑓 (−𝑥) + 𝑓 (−𝑘𝑥)
Como 𝑓 é ímpar temos 𝑓 (−𝑥) = −𝑓(𝑥):
𝑓 (−(𝑘 + 1)𝑥) = −𝑓 (𝑥) − 𝑘𝑓 (𝑥)
⇒ 𝑓 (−(𝑘 + 1)𝑥) = −(𝑘 + 1)𝑓 (𝑥)
Com isso, provamos que 𝑓 (𝑘𝑥) = 𝑘𝑓 (𝑥), 𝑘 ∈ ℤ 𝑒 𝑥 ∈ ℝ.
E se fizermos 𝑥 = 1?
𝑓 (𝑘 ∙ 1) = 𝑘𝑓 (1)
𝑓 (𝑘) = 𝑘𝑓 (1)
Perceba que 𝑓 (1) pode ser escrito como uma constante, vamos defini-la como a constante
𝑐:
⇒ 𝑓 (𝑘) = 𝑘 ∙ 𝑐, 𝑘 ∈ ℤ
Se tomarmos 𝑘 = 𝑥 ∈ ℤ e substituir na equação acima, temos:
𝑓 (𝑥) = 𝑐𝑥, 𝑥 ∈ ℤ
Vamos verificar se 𝑥 pode ser racional, fazendo 𝑥 = 𝑝/𝑞, com 𝑝 ∈ ℤ e 𝑞 ∈ ℤ∗ :
𝑝
𝑥 = ⇒𝑞∙𝑥 = 𝑝∙1
𝑞
𝑓 (𝑞 ∙ 𝑥 ) = 𝑓 (𝑝 ∙ 1 )
𝑞𝑓 (𝑥) = 𝑝𝑓 (1)
𝑝
𝑓 (𝑥 ) = 𝑓 (1 )
𝑞
⇒ 𝑓 (𝑥) = 𝑥𝑓(1)
Portanto, 𝑓 (𝑥) = 𝑐𝑥, 𝑥 ∈ ℚ e 𝑓 (1) = 𝑐.
Usando o Teorema de Dedekind, podemos provar que 𝑓 (𝑥) = 𝑐𝑥, 𝑥 ∈ ℝ. Não veremos
essa demonstração nesta aula, pois ela foge ao escopo do curso.
⇒ 𝑓 (𝑥) = 𝑐𝑥, 𝑥 ∈ ℝ

2) Vamos aprender a resolver a equação funcional de Jensen:


𝒙+𝒚 𝒇(𝒙) + 𝒇(𝒚)
𝒇( )=
𝟐 𝟐
Inicialmente, vamos verificar o que ocorre quando 𝑥 ∈ ℝ e 𝑦 = 0:

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𝑥+0 𝑓 ( 𝑥 ) + 𝑓 (0 )
𝑓( )=
2 2
𝑥 𝑓 (𝑥 ) + 𝑓 (0)
⇒ 𝑓( ) =
2 2
Assim, vamos fazer 𝑓 (0) = 𝑏 e substituir na equação:
𝑥 𝑓 (𝑥 ) + 𝑏
⇒𝑓( )=
2 2
Usando essa equação, podemos escrever:
𝑥+𝑦 𝑓 (𝑥 + 𝑦 ) + 𝑏
𝑓( )=
2 2
Mas a equação funcional também pode ser:
𝑥+𝑦 𝑓 ( 𝑥 ) + 𝑓 (𝑦 )
𝑓( )=
2 2
Então, temos a igualdade:
𝑓(𝑥 + 𝑦) + 𝑏 𝑓(𝑥) + 𝑓(𝑦)
=
2 2
𝑓 (𝑥 + 𝑦 ) + 𝑏 = 𝑓 (𝑥 ) + 𝑓 (𝑦 )
Olha o bizu! Vamos subtrair −2𝑏 nos dois lados da equação:
𝑓 (𝑥 + 𝑦) + 𝑏 − 2𝑏 = 𝑓 (𝑥) + 𝑓 (𝑦) − 2𝑏
𝑓 (𝑥 + 𝑦) − 𝑏 = [𝑓 (𝑥) − 𝑏] + [𝑓 (𝑦) − 𝑏]
Tomando 𝑔(𝑥) = 𝑓 (𝑥) − 𝑏 e substituindo, temos:
𝑔(𝑥 + 𝑦) = 𝑔(𝑥) + 𝑔(𝑦)
A equação acima é a primeira equação de Cauchy, então, podemos escrever:
𝑔(𝑥) = 𝑐𝑥, 𝑥 ∈ ℝ
Retornando à função 𝑓:
𝑔 ( 𝑥 ) = 𝑓 (𝑥 ) − 𝑏
𝑐𝑥 = 𝑓 (𝑥) − 𝑏
⇒ 𝑓 (𝑥) = 𝑐𝑥 + 𝑏, 𝑥 ∈ ℝ
Portanto, a função que satisfaz a equação funcional de Jensen é a função linear acima.

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5. QUESTÕES NÍVEL 1
1. (ESA/2018)
Seja a função definida por 𝒇: ℝ → ℝ, tal que 𝒇(𝒙) = 𝟐𝒙 . Então 𝒇(𝒂 + 𝟏) − 𝒇(𝒂) é igual a:
a) 𝟐𝒇(𝒂)
b) 𝒇(𝒂)
c) 𝒇(𝟏)
d) 𝟐
e) 1

2. (EEAR/2018)
O valor real que satisfaz a equação 𝟒𝒙 − 𝟐𝒙 − 𝟐 = 𝟎 é um número
a) entre −𝟐 e 𝟐
b) entre 𝟐 e 𝟒
c) maior que 4
d) menor que −𝟐

3. (EEAR/2012)
No conjunto dos números reais, a equação (𝟑𝒙 )𝒙 = 𝟗𝟖 tem por raízes
a) um número positivo e um negativo.
b) um número negativo e o zero.
c) dois números negativos.
d) dois números positivos.

4. (EEAR/2009)
𝟐 𝒙
Se 𝒙 é a raiz da equação ( ) = 𝟐, 𝟐𝟓, então o valor de 𝒙 é
𝟑
a) 𝟓.
b) 𝟑.
c) −𝟐.
d) −𝟒.

5. (EEAR/2008)
𝟏
A raiz real da equação 𝟒𝒙−𝟏 = 𝟖 é um número
a) inteiro positivo.
b) inteiro negativo.
c) racional positivo.
d) racional negativo.

6. (EEAR/2008)
A raiz real da equação 𝟐𝟓√𝒙 − 𝟐𝟒 ⋅ 𝟓√𝒙 = 𝟐𝟓 é um número múltiplo de
a) 7.

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b) 5.
c) 3.
d) 2.

7. (EEAR/2005)
A soma dos valores de 𝒙 que verificam a equação 𝟓𝟐𝒙 − 𝟕 ⋅ 𝟓𝒙 + 𝟏𝟎 = 𝟎 é
a) 𝐥𝐨𝐠 𝟏𝟎
b) 𝐥𝐨𝐠 𝟓 𝟏𝟎
c) 𝐥𝐨𝐠 𝟐 𝟓 + 𝐥𝐨𝐠 𝟓 𝟐
d) 𝐥𝐨𝐠 𝟐 𝟐 + 𝐥𝐨𝐠 𝟐 𝟓

8. (EEAR/2004)
Na equação 𝟐𝒙+𝟏 + 𝟐−𝒙 = 𝟑, é verdadeira a afirmativa:
a) Uma das raízes é 1.
b) A soma das raízes é um número inteiro positivo.
c) O produto das raízes é um número inteiro negativo.
d) O quociente das raízes pode ser zero (0).

9. (EEAR/2003)
Todo número real positivo pode ser escrito na forma 𝟏𝟎𝒙 . Tendo em vista que 𝟖 ≈ 𝟏𝟎𝟎,𝟗𝟎 , então o
expoente 𝒙, tal que 𝟏𝟐𝟓 = 𝟏𝟎𝒙 , vale aproximadamente,
a) 1,90
b) 2,10
c) 2,30
d) 2,50

10. (EEAR/2003)
O valor da raiz da equação 𝟐𝒙+𝟏 + 𝟐𝒙−𝟏 = 𝟒𝟎 é um número
a) inteiro positivo
b) irracional
c) inteiro negativo
d) imaginário puro

11. (EEAR/2003)
Se 𝟎, 𝟎𝟔𝟐𝟓𝒙+𝟐 = 𝟎, 𝟐𝟓, então (𝒙 + 𝟏)𝟔 vale
𝟑
a) − 𝟐
𝟏
b) 𝟑𝟐
c) 𝟔𝟒
𝟏
d) 𝟔𝟒

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12. (EEAR/2002)
𝟐𝒙𝟐 +𝟏
Resolvendo a equação 𝟐𝟐 = 𝟐𝟓𝟔, concluímos que ela
a) não admite soluções reais
𝟑
b) admite √𝟐 como raiz.

c) admite duas soluções reais positivas.


d) admite duas soluções cuja soma é zero.

13. (EEAR/2002)
𝒙
Se 𝟖𝒙−𝟗 = 𝟏𝟔𝟐 , então 𝒙 é um número múltiplo de
a) 2
b) 3
c) 5
d) 7

14. (EEAR/2001)
Se 𝒙 e 𝒚 são números reais que tornam simultaneamente verdadeiras as sentenças 𝟐𝒙+𝒚 − 𝟐 = 𝟑𝟎
e 𝟐𝒙−𝒚 − 𝟐 = 𝟎, então 𝒙𝒚 é igual a:
a) 9
b) 8
𝟏
c) 𝟖
𝟏
d)
𝟗

15. (EEAR/2001)
Resolvendo a equação (𝟎, 𝟎𝟔𝟐𝟓)𝒙−𝟐 = 𝟎, 𝟐𝟓, obtemos 𝒙 igual a:
a) 𝟐/𝟗
b) 𝟐/𝟓
c) 𝟓/𝟐
d) 𝟗/𝟐

16. (ESA/2012)
O conjunto solução da equação exponencial 𝟒𝒙 − 𝟐𝒙 = 𝟓𝟔 é
a) {−𝟕, 𝟖}
b) {𝟑, 𝟖}
c) {𝟑}
d) {𝟐, 𝟑}
e) {𝟖}

17. (EEAR/2018)
𝒙+𝟐
Na função 𝒇(𝒙) = 𝟐𝟕 𝒙 , tal que 𝒙 ≠ 𝟎, o valor de 𝒙 para que 𝒇(𝒙) = 𝟑𝟔 , é um número
a) divisível por 2

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b) divisível por 3
c) divisível por 5
d) divisível por 7

18. (EEAR/2015)
𝟒
Se 𝒇(𝒙) = 𝒂𝒙 + 𝒃 é uma função tal que 𝒇(𝟎) = 𝟑 e 𝒇(−𝟏) = 𝟏, então o valor de 𝒂 é
a) 1
b) 2
c) 𝟏/𝟐
d) 𝟑/𝟐

19. (EEAR/2013)
Seja uma função real definida por 𝒇(𝒙) = (𝒙 + 𝟏) ⋅ 𝒎𝒙−𝟏 . Se 𝒇(𝟐) = 𝟔, então 𝒎 é igual a
a) 4.
b) 3.
c) 2.
d) 1.

20. (EEAR/2007)
𝟐 −𝒙
Sejam as funções 𝒇, 𝒈, 𝒉 e 𝒕 definidas, respectivamente, por 𝒇(𝒙) = (𝟑) , 𝒈(𝒙) = 𝝅𝒙 , 𝒉(𝒙) =
−𝒙 𝒙
√𝟏𝟎
(√𝟐) e 𝒕(𝒙) = (
𝟑
) .
Dessas quatro funções, é(são) decrescente(s)
a) todas.
b) somente três.
c) somente duas.
d) somente uma.

21. (EEAR/2001)
O conjunto imagem da função 𝒇(𝒙) = 𝟑𝒙 − 𝟓 é:
a) {𝒇(𝒙) ∈ ℝ|𝒇(𝒙) < −𝟒}
b) {𝒇(𝒙) ∈ ℝ|𝒇(𝒙) > −𝟒}
c) {𝒇(𝒙) ∈ ℝ|𝒇(𝒙) ≥ −𝟓}
d) {𝒇(𝒙) ∈ ℝ|𝒇(𝒙) > −𝟓}

22. (EEAR/2017)
𝟏 𝟑𝒙−𝟓 𝟏 𝒙
A desigualdade (𝟐) > (𝟒) tem como conjunto solução
a) 𝑺 = {𝒙 ∈ ℝ|𝒙 > 𝟏}
b) 𝑺 = {𝒙 ∈ ℝ|𝒙 < 𝟓}
c) 𝑺 = {𝒙 ∈ ℝ|𝒙 > 𝟓}

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d) 𝑺 = {𝒙 ∈ ℝ|𝟏 < 𝒙 < 𝟓}

23. (EEAR/2002)
A solução da inequação 𝒙𝟐𝒙−𝟏 < 𝒙𝟑 , sendo 𝒙 > 𝟎 e 𝒙 ≠ 𝟏, é o conjunto 𝑺 = {𝒙 ∈ ℝ| … }. Assinale a
alternativa que completa corretamente os pontilhados:
a) 𝒙 < 𝟐
b) 𝒙 > 𝟐
c) 𝟎 < 𝒙 < 𝟐
d) 𝟏 < 𝒙 < 𝟐

24. (EEAR/2002)
𝟐
Os valores de 𝒙 para os quais (𝟎, 𝟖)𝟒𝒙 −𝒙 > (𝟎, 𝟖)𝟑(𝒙+𝟏)
𝟑 𝟏
a) − 𝟐 < 𝒙 < 𝟐
𝟏 𝟑
b) − 𝟐 < 𝒙 < 𝟐
𝟑 𝟏
c) 𝒙 < − 𝟐 ou 𝒙 > 𝟐
𝟏 𝟑
d) 𝒙 < − 𝟐 ou 𝒙 > 𝟐

25. (ESA/2018)
𝟏
O valor da expressão 𝑨 = 𝐥𝐨𝐠 𝟐 (𝟐) + 𝐥𝐨𝐠 𝟖 𝟑𝟐 é:
a) −𝟏
b) 𝟓/𝟑
c) 𝟐/𝟑
d) 0
e) 1

26. (ESA/2018)
Adotando-se 𝐥𝐨𝐠 𝟐 = 𝒙 e 𝐥𝐨𝐠 𝟑 = 𝒚, o valor de 𝐥𝐨𝐠 𝟓 𝟏𝟐𝟎 será dado por:
𝒙+𝟐𝒚+𝟏
a) 𝟏−𝒚
𝒙+𝟐𝒚
b)
𝟏−𝒚
𝟒𝒙+𝟑𝒚
c)
𝒙+𝒚
𝟐𝒙+𝒚
d)
𝟏−𝒙
𝟐𝒙+𝒚+𝟏
e) 𝟏−𝒙

27. (ESA/2016)
𝟑
Utilizando os valores aproximados 𝐥𝐨𝐠 𝟐 = 𝟎, 𝟑𝟎 e 𝐥𝐨𝐠 𝟑 = 𝟎, 𝟒𝟖, encontramos para 𝐥𝐨𝐠 √𝟏𝟐 o
valor de:
a) 0,33
b) 0,36
c) 0,35

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 68


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d) 0,31
e) 0,32

28. (ESA/2015)
Dados 𝐥𝐨𝐠 𝟑 = 𝒂 e 𝐥𝐨𝐠 𝟐 = 𝒃, a solução de 𝟒𝒙 = 𝟑𝟎 é:
𝟐𝒂+𝟏
a) 𝒃
𝒂+𝟐
b) 𝒃
𝟐𝒃+𝟏
c) 𝒂
𝒂+𝟏
d) 𝟐𝒃
𝒃+𝟐
e) 𝒂

29. (ESA/2012)
𝟏
Sabendo que 𝐥𝐨𝐠 𝑷 = 𝟑 𝐥𝐨𝐠 𝒂 − 𝟒 𝐥𝐨𝐠 𝒃 + 𝐥𝐨𝐠 𝒄, assinale a alternativa que representa o valor de
𝟐
𝑷 (dados: 𝒂 = 𝟒, 𝒃 = 𝟐 e 𝒄 = 𝟏𝟔)
a) 12
b) 52
c) 16
d) 24
e) 73

30. (ESA/2010)
Se 𝐥𝐨𝐠 𝟐 𝟑 = 𝒂 e 𝐥𝐨𝐠 𝟐 𝟓 = 𝒃, então o valor de 𝐥𝐨𝐠 𝟎,𝟓 𝟕𝟓 é
a) 𝒂 + 𝒃
b) −𝒂 + 𝟐𝒃
c) 𝒂 − 𝒃
d) 𝒂 − 𝟐𝒃
e) −𝒂 − 𝟐𝒃

31. (EEAR/2019)
Sejam 𝒎, 𝒏 e 𝒃 números reais positivos, com 𝒃 ≠ 𝟏. Se 𝐥𝐨𝐠 𝒃 𝒎 = 𝒙 e se 𝐥𝐨𝐠 𝒃 𝒏 = 𝒚, então
𝒏
𝐥𝐨𝐠 𝒃(𝒎 ⋅ 𝒏) + 𝐥𝐨𝐠 𝒃 ( ) é igual a
𝒎
a) 𝒙
b) 𝟐𝒚
c) 𝒙 + 𝒚
d) 𝟐𝒙 − 𝒚

32. (EEAR/2017)
Se 𝐥𝐨𝐠 𝟐 = 𝟎, 𝟑 e 𝐥𝐨𝐠 𝟑𝟔 = 𝟏, 𝟔, então 𝐥𝐨𝐠 𝟑 = ___.
a) 0,4

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 69


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b) 0,5
c) 0,6
d) 0,7

33. (EEAR/2013)
Se 𝐥𝐨𝐠 𝒙 + 𝐥𝐨𝐠 𝒚 = 𝒌, então 𝐥𝐨𝐠 𝒙𝟓 + 𝐥𝐨𝐠 𝒚𝟓 é
a) 𝟏𝟎𝒌
b) 𝒌𝟏𝟎
c) 𝟓𝒌
d) 𝒌𝟓

34. (EEAR/2000)
𝐥𝐨𝐠 𝟐 𝒙 + 𝐥𝐨𝐠 𝟒 𝒚 = 𝟒
Resolvendo o sistema { , obtemos:
𝒙𝒚 = 𝟖
𝟏
a) 𝑺 = {(𝟑𝟐, 𝟒)}
b) 𝑺 = {(𝟖, 𝟏)}
c) 𝑺 = {(𝟐, 𝟒)}
𝟏
d) 𝑺 = {(𝟏𝟔, )}
𝟐

35. (EEAR/2016)
O valor de 𝒙 na equação 𝐥𝐨𝐠 𝟏 (𝐥𝐨𝐠 𝟐𝟕 𝟑𝒙) = 𝟏 é
𝟑

a) 1
b) 3
c) 9
d) 27

36. (ESPCEX/2017)
Resolvendo a equação 𝐥𝐨𝐠 𝟑 (𝒙𝟐 − 𝟐𝒙 + 𝟑) + 𝐥𝐨𝐠 𝟏 (𝒙 − 𝟏) = 𝐥𝐨𝐠 𝟑 (𝒙 + 𝟏), obtém-se:
𝟑

a) 𝑺 = {−𝟏}
b) 𝑺 = {𝟒, 𝟓}
c) 𝑺 = {𝟔}
d) 𝑺 = ∅
e) 𝑺 = {𝟒}

37. (EEAR/2002)
Se o logaritmo de um número na base 𝒏 é 4 e na base 𝒏/𝟐 é 8, então esse número está no intervalo
a) [𝟏, 𝟓𝟎]
b) [𝟓𝟏, 𝟏𝟎𝟎]
c) [𝟏𝟎𝟏, 𝟐𝟎𝟎]
d) [𝟐𝟎𝟏, 𝟓𝟎𝟎]

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 70


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38. (EEAR/2014)
Se 𝒇(𝒙) = 𝐥𝐨𝐠 𝒙 e 𝒂 ⋅ 𝒃 = 𝟏, então 𝒇(𝒂) + 𝒇(𝒃) é igual a
a) 0
b) 1
c) 10
d) 100

39. (EEAR/2013)
Para que exista a função 𝒇(𝒙) = 𝐥𝐨𝐠(𝒙 − 𝒎), é necessário que 𝒙 seja
a) maior que 𝒎.
b) menor que 𝒎.
c) maior ou igual a 𝒎.
d) menor ou igual a 𝒎.

40. (EEAR/2002)
Na figura abaixo, a curva representa o gráfico da função 𝒚 = 𝐥𝐨𝐠 𝒙, para 𝒙 > 𝟎.

Assim, a soma das áreas das regiões hachuradas é igual a


a) 𝐥𝐨𝐠 𝟐
b) 𝐥𝐨𝐠 𝟑
c) 𝐥𝐨𝐠 𝟒
d) 𝐥𝐨𝐠 𝟔

41. (EEAR/2003)
O gráfico abaixo representa a função 𝒚 = 𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒙.

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Dentro das condições de existência para que a operação de logaritmação seja sempre possível e de
resultado único, a base 𝒂 é
a) 𝟎 < 𝒂 < 𝟏
b) 𝒂 = 𝟎
c) 𝒂 > 𝟏
d) 𝒂 < 𝟎

42. (EEAR/2017)
As funções logarítmicas 𝒇(𝒙) = 𝐥𝐨𝐠 𝟎,𝟒 𝒙 e 𝒈(𝒙) = 𝐥𝐨𝐠 𝟒 𝒙 são, respectivamente,
a) crescente e crescente
b) crescente e decrescente
c) decrescente e crescente
d) decrescente e decrescente

43. (EEAR/2011)
Sejam as funções logarítmicas 𝒇(𝒙) = 𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒙 e 𝒈(𝒙) = 𝐥𝐨𝐠 𝒃 𝒙. Se 𝒇(𝒙) é crescente e 𝒈(𝒙) é
decrescente, então
a) 𝒂 > 𝟏 𝒆 𝒃 < 𝟏
b) 𝒂 > 𝟏 𝒆 𝟎 < 𝒃 < 𝟏
c) 𝟎 < 𝒂 < 𝟏 𝒆 𝒃 > 𝟏
d) 𝟎 < 𝒂 < 𝟏 𝒆 𝟎 < 𝒃 < 𝟏

44. (EEAR/2002)
O número de pontos de intersecção dos gráficos das funções definidas por 𝒇(𝒙) = 𝟑 𝐥𝐨𝐠 𝒙 e 𝒈(𝒙) =
𝐥𝐨𝐠 𝟗 + 𝐥𝐨𝐠 𝒙, sendo 𝒙 > 𝟎, é
a) 0
b) 1
c) 2
d) 3

45. (ESA/2018)
𝟏
Sejam 𝒇: {𝒙 ∈ ℝ|𝒙 > 𝟎} → ℝ e 𝒈: ℝ → ℝ, definidas por 𝒇(𝒙) = 𝐥𝐨𝐠 𝟐 𝒙 e 𝒈(𝒙) = 𝟒 ⋅ 𝟐𝒙 ,
respectivamente. O valor de 𝒇 𝒐 𝒈(𝟐) é:

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 72


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a) 0
b) 2
c) −𝟐
d) 4
e) −𝟒

46. (ESA/2011)
Se 𝒇(𝒙) = 𝐥𝐨𝐠 √𝟓 𝒙𝟐 , com 𝒙 real e maior que zero, então o valor de 𝒇(𝒇(𝟓)) é
𝟐 𝐥𝐨𝐠 𝟐
a) 𝟏+𝐥𝐨𝐠 𝟐
𝐥𝐨𝐠 𝟐
b) 𝐥𝐨𝐠 𝟐+𝟐
𝟓 𝐥𝐨𝐠 𝟐
c) 𝐥𝐨𝐠 𝟐+𝟏
𝟖 𝐥𝐨𝐠 𝟐
d) 𝟏−𝐥𝐨𝐠 𝟐
𝟓 𝐥𝐨𝐠 𝟐
e) 𝟏−𝐥𝐨𝐠 𝟐

47. (EEAR/2006)
O menor número inteiro que satisfaz a inequação 𝐥𝐨𝐠 𝟐 (𝟑𝒙 − 𝟓) > 𝟑 é um número
a) par negativo.
b) par positivo.
c) ímpar negativo.
d) ímpar positivo.

48. (ESPCEX/2000)
𝟑 𝟒 𝟓 𝒏
Considere a soma 𝑺 = 𝐥𝐨𝐠 (𝟐) + 𝐥𝐨𝐠 (𝟑) + 𝐥𝐨𝐠 (𝟒) + ⋯ + 𝐥𝐨𝐠 (𝒏−𝟏 ), em que 𝒏 é um número
natural. O menor valor de 𝒏 para o qual 𝑺 > 𝟏 é
a) 20
b) 21
c) 22
d) 25
e) 29

49. (EEAR/2003)
Se 𝒙 ∈ ℤ e 𝒇(𝒙) é uma função tal que 𝒇(𝒑 + 𝒒) = 𝒇(𝒑) ⋅ 𝒇(𝒒) e 𝒇(𝟐) = 𝟐, então 𝒇(𝟎) e 𝒇(−𝟐) são,
respectivamente,
𝟏
a) 𝟏 𝒆 𝟐
𝟏
b) 𝟎 𝒆
𝟐
c) 1 e 0
d) 1 e -4

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 73


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GABARITO
1. b
2. a
3. a
4. c
5. d
6. d
7. b
8. d
9. b
10. a
11. d
12. d
13. b
14. a
15. c
16. c
17. a
18. d
19. c
20. d
21. d
22. b
23. d
24. b
25. c
26. e
27. b
28. d
29. c
30. e
31. b
32. b
33. c
34. a
35. a
36. d
37. d
38. a
39. a
40. a
41. a
42. c
43. b
44. b
45. a
46. d
47. d

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 74


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48. b
49. a

RESOLUÇÃO
1. (ESA/2018)
Seja a função definida por 𝒇: ℝ → ℝ, tal que 𝒇(𝒙) = 𝟐𝒙 . Então 𝒇(𝒂 + 𝟏) − 𝒇(𝒂) é igual a:
a) 𝟐𝒇(𝒂)
b) 𝒇(𝒂)
c) 𝒇(𝟏)
d) 𝟐
e) 1
Comentários
Queremos:
𝑓 (𝑎 + 1) − 𝑓 (𝑎) = 2𝑎+1 − 2𝑎 = 2 ⋅ 2𝑎 − 2𝑎 = 2𝑎 (2 − 1) = 2𝑎
⇒ 𝑓 (𝑎 + 1 ) − 𝑓 (𝑎 ) = 2𝑎 = 𝑓 (𝑎 )
Gabarito: “b”.
2. (EEAR/2018)
O valor real que satisfaz a equação 𝟒𝒙 − 𝟐𝒙 − 𝟐 = 𝟎 é um número
a) entre −𝟐 e 𝟐
b) entre 𝟐 e 𝟒
c) maior que 4
d) menor que −𝟐
Comentários
Fazendo a substituição 2𝑥 = 𝑦, temos:
4𝑥 − 2𝑥 − 2 = 0 ⇒ 𝑦2 − 𝑦 − 2 = 0 ⇒ (𝑦 + 1)(𝑦 − 2) = 0
Resolvendo em 𝑦, encontramos:
𝑦 = 2 𝑜𝑢 𝑦 = −1
Como 2𝑥 > 0, ∀𝑥 ∈ ℝ, temos apenas a possibilidade 𝑦 = 2, logo:
2𝑥 = 2 ⇒ 𝑥 = 1
1 é um número entre −2 e 2.
Gabarito: “a”.
3. (EEAR/2012)
No conjunto dos números reais, a equação (𝟑𝒙 )𝒙 = 𝟗𝟖 tem por raízes
a) um número positivo e um negativo.
b) um número negativo e o zero.
c) dois números negativos.

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 75


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d) dois números positivos.


Comentários
𝑥𝑥 8 𝑥 2 2 𝑥 816 2
(3 ) = 9 ⇔ 3 = (3 ) ⇔ 3 = 3
⇒ 𝑥 2 = 16 ⇒ 𝑥 = ±4
Portanto, temos como solução um número positivo e um número negativo.
Gabarito: “a”.
4. (EEAR/2009)
𝟐 𝒙
Se 𝒙 é a raiz da equação (𝟑) = 𝟐, 𝟐𝟓, então o valor de 𝒙 é
a) 𝟓.
b) 𝟑.
c) −𝟐.
d) −𝟒.
Comentários
𝑥 2
2 9 3
( ) = 2,25 = = ( )
3 4 2
𝑥 2
2 3
( ) =( )
3 2
2 𝑥 2 −2
⇒( ) =( )
3 3
⇒ 𝑥 = −2
Gabarito: “c”.
5. (EEAR/2008)
𝟏
A raiz real da equação 𝟒𝒙−𝟏 = 𝟖 é um número
a) inteiro positivo.
b) inteiro negativo.
c) racional positivo.
d) racional negativo.
Comentários
1
4𝑥−1 =
8
⇒ 22(𝑥−1) = 2−3
⇒ 2(𝑥 − 1) = −3
⇒ 2𝑥 = −1
1
∴𝑥=−
2
Gabarito: “d”.

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 76


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6. (EEAR/2008)
A raiz real da equação 𝟐𝟓√𝒙 − 𝟐𝟒 ⋅ 𝟓√𝒙 = 𝟐𝟓 é um número múltiplo de
a) 7.
b) 5.
c) 3.
d) 2.
Comentários
25√𝑥 − 24 ⋅ 5√𝑥 = 25 ⇔ 52√𝑥 − 24 ⋅ 5√𝑥 − 25 = 0
Fazendo 5√𝑥 = 𝑦:
𝑦2 − 24𝑦 − 25 = 0
(𝑦 − 25)(𝑦 + 1) = 0
𝑦 = 25 𝑜𝑢 𝑦 = −1
Como 5√𝑥 > 0, temos:
5√𝑥 = 25 = 52 ⇒ √𝑥 = 2 ⇒ 𝑥 = 4
Portanto, a raiz é um número múltiplo de 2.
Gabarito: “d”.
7. (EEAR/2005)
A soma dos valores de 𝒙 que verificam a equação 𝟓𝟐𝒙 − 𝟕 ⋅ 𝟓𝒙 + 𝟏𝟎 = 𝟎 é
a) 𝐥𝐨𝐠 𝟏𝟎
b) 𝐥𝐨𝐠 𝟓 𝟏𝟎
c) 𝐥𝐨𝐠 𝟐 𝟓 + 𝐥𝐨𝐠 𝟓 𝟐
d) 𝐥𝐨𝐠 𝟐 𝟐 + 𝐥𝐨𝐠 𝟐 𝟓
Comentários
Substituindo 5𝑥 = 𝑦:
𝑦2 − 7𝑦 + 10 = 0
Resolvendo em 𝑦, encontramos:
𝑦 = 5 𝑜𝑢 𝑦 = 2
Portanto, temos como raízes:
5𝑥 = 5 ⇒ 𝑥 = 1
5𝑥 = 2 ⇒ 𝑥 = log5 2
A soma das raízes é:
𝑆 = 1 + log 5 2 = log 5 5 + log 5 2 = log 5 (5 ⋅ 2) = log 5 10
Gabarito: “b”.
8. (EEAR/2004)
Na equação 𝟐𝒙+𝟏 + 𝟐−𝒙 = 𝟑, é verdadeira a afirmativa:

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 77


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a) Uma das raízes é 1.


b) A soma das raízes é um número inteiro positivo.
c) O produto das raízes é um número inteiro negativo.
d) O quociente das raízes pode ser zero (0).
Comentários
Resolvendo a equação:
2𝑥+1 + 2−𝑥 = 3
1
2 ⋅ 2𝑥 + 𝑥 − 3 = 0
2
Fazendo 2𝑥 = 𝑦:
1
2𝑦 + −3= 0
𝑦
2𝑦 2 − 3𝑦 + 1 = 0
Resolvendo em 𝑦:
3 ± √9 − 8 3 ± 1 1
𝑦= = = 1 𝑜𝑢
4 4 2
Assim, temos como raízes:
2𝑥 = 1 ⇒ 𝑥 = 0
1
2𝑥 = = 2−1 ⇒ 𝑥 = −1
2
Analisando as alternativas, vemos que o quociente das raízes pode ser zero.
Gabarito: “d”.
9. (EEAR/2003)
Todo número real positivo pode ser escrito na forma 𝟏𝟎𝒙 . Tendo em vista que 𝟖 ≈ 𝟏𝟎𝟎,𝟗𝟎 , então o
expoente 𝒙, tal que 𝟏𝟐𝟓 = 𝟏𝟎𝒙 , vale aproximadamente,
a) 1,90
b) 2,10
c) 2,30
d) 2,50
Comentários
Veja que:
8 ≈ 100,90 ⇒ 23 ≈ 100,90
125 = 10𝑥 ⇒ 53 = 10𝑥
Vamos multiplicar as duas equações e tentar encontrar o valor aproximado de 𝑥:
23 ⋅ 53 ≈ 100,90 ⋅ 10𝑥
(2 ⋅ 5)3 ≈ 100,90+𝑥

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 78


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103 ≈ 100,90+𝑥
3 ≈ 0,90 + 𝑥
𝑥 ≈ 2,10
Gabarito: “b”.
10. (EEAR/2003)
O valor da raiz da equação 𝟐𝒙+𝟏 + 𝟐𝒙−𝟏 = 𝟒𝟎 é um número
a) inteiro positivo
b) irracional
c) inteiro negativo
d) imaginário puro
Comentários
Fazendo 2𝑥 = 𝑦, temos:
2𝑥
𝑥
2⋅2 + = 40
2
𝑦
2𝑦 + = 40
2
5𝑦 = 80
𝑦 = 16
⇒ 2𝑥 = 16 = 24
∴𝑥=4
Gabarito: “a”.
11. (EEAR/2003)
Se 𝟎, 𝟎𝟔𝟐𝟓𝒙+𝟐 = 𝟎, 𝟐𝟓, então (𝒙 + 𝟏)𝟔 vale
𝟑
a) − 𝟐
𝟏
b) 𝟑𝟐
c) 𝟔𝟒
𝟏
d)
𝟔𝟒

Comentários
Reescrevendo os números na forma fracionária:
2 𝑥+2
𝑥+2 1 1
0,0625 = 0,25 ⇔ [( ) ] =
4 4
2𝑥+4 1
1 1
( ) =( )
4 4
3
2𝑥 + 4 = 1 ⇒ 𝑥 = −
2
Portanto:

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 79


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6 6
3 1 1
(𝑥 + 1) 6 = ( − + 1 ) = (− ) =
2 2 64
Gabarito: “d”.
12. (EEAR/2002)
𝟐𝒙𝟐 +𝟏
Resolvendo a equação 𝟐𝟐 = 𝟐𝟓𝟔, concluímos que ela
a) não admite soluções reais
𝟑
b) admite √𝟐 como raiz.

c) admite duas soluções reais positivas.


d) admite duas soluções cuja soma é zero.
Comentários
2 2
2 2𝑥 +1 2 2𝑥 +1 3
2 = 256 ⇔ 2 = 2 8 = 22
2𝑥 2 + 1 = 3 ⇒ 2𝑥 2 = 2 ⇒ 𝑥 2 = 1 ⇒ 𝑥 = ±1
Portanto, a equação admite duas soluções cuja soma é −1 + 1 = 0.
Gabarito: “d”.
13. (EEAR/2002)
𝒙
Se 𝟖𝒙−𝟗 = 𝟏𝟔𝟐 , então 𝒙 é um número múltiplo de
a) 2
b) 3
c) 5
d) 7
Comentários
𝑥
3 𝑥−9 4 2
(2 ) = (2 )
23𝑥−27 = 22𝑥
3𝑥 − 27 = 2𝑥
𝑥 = 27
27 é um número múltiplo de 3.
Gabarito: “b”.
14. (EEAR/2001)
Se 𝒙 e 𝒚 são números reais que tornam simultaneamente verdadeiras as sentenças 𝟐𝒙+𝒚 − 𝟐 = 𝟑𝟎
e 𝟐𝒙−𝒚 − 𝟐 = 𝟎, então 𝒙𝒚 é igual a:
a) 9
b) 8
𝟏
c) 𝟖
𝟏
d) 𝟗

Comentários

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 80


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Da segunda equação, temos:


2𝑥−𝑦 = 2 ⇒ 𝑥 − 𝑦 = 1
Da primeira equação:
2𝑥+𝑦 = 32 = 25 ⇒ 𝑥 + 𝑦 = 5
𝑥−𝑦= 1
{
𝑥+𝑦= 5
Resolvendo o sistema, obtemos:
𝑥 = 3𝑒𝑦 = 2
Logo:
𝑥𝑦 = 3 2 = 9
Gabarito: “a”.
15. (EEAR/2001)
Resolvendo a equação (𝟎, 𝟎𝟔𝟐𝟓)𝒙−𝟐 = 𝟎, 𝟐𝟓, obtemos 𝒙 igual a:
a) 𝟐/𝟗
b) 𝟐/𝟓
c) 𝟓/𝟐
d) 𝟗/𝟐
Comentários
2 𝑥−2 2𝑥−4
1 1 1 1 5
[( ) ] = ⇒( ) = ⇒ 2𝑥 − 4 = 1 ⇒ 𝑥 =
4 4 4 4 2
Gabarito: “c”.
16. (ESA/2012)
O conjunto solução da equação exponencial 𝟒𝒙 − 𝟐𝒙 = 𝟓𝟔 é
a) {−𝟕, 𝟖}
b) {𝟑, 𝟖}
c) {𝟑}
d) {𝟐, 𝟑}
e) {𝟖}
Comentários
Substituindo 2𝑥 = 𝑦 e resolvendo a equação em 𝑦:
𝑦2 − 𝑦 − 56 = 0
1 ± √225 1 ± 15
𝑦= =
2 2
𝑦 = 8 𝑜𝑢 𝑦 = −7
Como 2𝑥 > 0, temos:
2𝑥 = 8 = 23 ∴ 𝑥 = 3

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 81


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Gabarito: “c”.
17. (EEAR/2018)
𝒙+𝟐
Na função 𝒇(𝒙) = 𝟐𝟕 𝒙 , tal que 𝒙 ≠ 𝟎, o valor de 𝒙 para que 𝒇(𝒙) = 𝟑𝟔 , é um número
a) divisível por 2
b) divisível por 3
c) divisível por 5
d) divisível por 7
Comentários
𝑥+2 𝑥+2 3𝑥+6
6 3
27 𝑥 = 3 ⇒ (3 ) 𝑥
= 36 ⇒ 3 𝑥 = 36 ⇒ 3𝑥 + 6 = 6𝑥 ⇒ 3𝑥 = 6
∴𝑥=2
Gabarito: “a”.
18. (EEAR/2015)
𝟒
Se 𝒇(𝒙) = 𝒂𝒙 + 𝒃 é uma função tal que 𝒇(𝟎) = e 𝒇(−𝟏) = 𝟏, então o valor de 𝒂 é
𝟑
a) 1
b) 2
c) 𝟏/𝟐
d) 𝟑/𝟐
Comentários
Usando os valores dados:
4 4 4 1
𝑓 (0) = ⇒ 𝑎0 + 𝑏 = ⇒ 1 + 𝑏 = ⇒ 𝑏 =
3 3 3 3
1 1 2 3
𝑓 (−1) = 1 ⇒ 𝑎−1 + = 1 ⇒ = ⇒ 𝑎 =
3 𝑎 3 2
Gabarito: “d”.
19. (EEAR/2013)
Seja uma função real definida por 𝒇(𝒙) = (𝒙 + 𝟏) ⋅ 𝒎𝒙−𝟏 . Se 𝒇(𝟐) = 𝟔, então 𝒎 é igual a
a) 4.
b) 3.
c) 2.
d) 1.
Comentários
𝑓 (2) = 6 ⇒ (2 + 1) ⋅ 𝑚2−1 = 6 ⇒ 3𝑚 = 6 ⇒ 𝑚 = 2
Gabarito: “c”.
20. (EEAR/2007)
𝟐 −𝒙
Sejam as funções 𝒇, 𝒈, 𝒉 e 𝒕 definidas, respectivamente, por 𝒇(𝒙) = (𝟑) , 𝒈(𝒙) = 𝝅𝒙 , 𝒉(𝒙) =
−𝒙 𝒙
√𝟏𝟎
(√𝟐) e 𝒕(𝒙) = ( 𝟑
) .
Dessas quatro funções, é(são) decrescente(s)

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 82


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a) todas.
b) somente três.
c) somente duas.
d) somente uma.
Comentários
Analisando cada função:
𝑥
2 −𝑥 2 −1 3 𝑥
𝑓 (𝑥) = ( ) = [( ) ] = ( )
3 3 2
3
Vemos que 𝑓 é uma função exponencial de base 2 > 1. Portanto, sabemos que é crescente,
pois quanto maior 𝑥, maior fica 𝑦 = 𝑓(𝑥).
𝑔 (𝑥 ) = 𝜋 𝑥
𝑔 é também uma função exponencial, de base 𝜋 > 1. Sabemos que é crescente, pois
quanto maior o valor de 𝑥, maior será o valor de 𝑦 = 𝑔(𝑥).
𝑥 𝑥
−𝑥 −1 𝑥 √2 1
ℎ(𝑥) = (√2) = [(√2) ] = ( ) = ( )
√2 2
√2
Assim, vemos que ℎ é uma função exponencial de base 2 < 1. Assim, quanto maior o valor
de 𝑥, menor será o valor de 𝑦 = ℎ(𝑥), sendo, portanto, uma função decrescente.
𝑥
√10
𝑡 (𝑥 ) = ( )
3
Sabemos que:
√10
√10 > √9 ⇒ √10 > 3 ⇒ >1
3
√10
Assim, 𝑡 é uma função exponencial de base 3 > 1, e, portanto, quanto maior o valor de
𝑥, maior será o valor de 𝑦 = 𝑡 (𝑥), sendo 𝑡, desse modo, uma função crescente.
Portanto, dentre as alternativas, apenas ℎ é decrescente.
Gabarito: “d”.
21. (EEAR/2001)
O conjunto imagem da função 𝒇(𝒙) = 𝟑𝒙 − 𝟓 é:
a) {𝒇(𝒙) ∈ ℝ|𝒇(𝒙) < −𝟒}
b) {𝒇(𝒙) ∈ ℝ|𝒇(𝒙) > −𝟒}
c) {𝒇(𝒙) ∈ ℝ|𝒇(𝒙) ≥ −𝟓}
d) {𝒇(𝒙) ∈ ℝ|𝒇(𝒙) > −𝟓}
Comentários
Para todo 𝑥 real, temos:
3𝑥 > 0 ⇒ 3𝑥 − 5 > −5 ⇒ 𝑓(𝑥) > −5

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 83


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Portanto, a imagem de 𝑓 é:
𝐼𝑚 (𝑓 ) = {𝑓 (𝑥) ∈ ℝ|𝑓 (𝑥) > −5}
Gabarito: “d”.
22. (EEAR/2017)
𝟏 𝟑𝒙−𝟓 𝟏 𝒙
A desigualdade (𝟐) > (𝟒) tem como conjunto solução
a) 𝑺 = {𝒙 ∈ ℝ|𝒙 > 𝟏}
b) 𝑺 = {𝒙 ∈ ℝ|𝒙 < 𝟓}
c) 𝑺 = {𝒙 ∈ ℝ|𝒙 > 𝟓}
d) 𝑺 = {𝒙 ∈ ℝ|𝟏 < 𝒙 < 𝟓}
Comentários
Vamos reescrever a inequação:
−1 3𝑥−5 𝑥
(2 ) > (2−2 )
25−3𝑥 > 2−2𝑥
5 − 3𝑥 > −2𝑥 ⇒ 5 > 𝑥
∴𝑥<5
Portanto, a solução é
𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ|𝑥 < 5}
Gabarito: “b”.
23. (EEAR/2002)
A solução da inequação 𝒙𝟐𝒙−𝟏 < 𝒙𝟑 , sendo 𝒙 > 𝟎 e 𝒙 ≠ 𝟏, é o conjunto 𝑺 = {𝒙 ∈ ℝ| … }. Assinale a
alternativa que completa corretamente os pontilhados:
a) 𝒙 < 𝟐
b) 𝒙 > 𝟐
c) 𝟎 < 𝒙 < 𝟐
d) 𝟏 < 𝒙 < 𝟐
Comentários
𝑥2𝑥−1 < 𝑥3
Para 𝑥 > 1:
2𝑥 − 1 < 3 ⇒ 2𝑥 < 4 ⇒ 𝑥 < 2
Temos como solução:
𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ|1 < 𝑥 < 2}
Para 0 < 𝑥 < 1:
2𝑥 − 1 > 3 ⇒ 2𝑥 > 4 ⇒ 𝑥 > 2 (𝑛ã𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑣é𝑚)
Gabarito: “d”.
24. (EEAR/2002)

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 84


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𝟐 −𝒙
Os valores de 𝒙 para os quais (𝟎, 𝟖)𝟒𝒙 > (𝟎, 𝟖)𝟑(𝒙+𝟏)
𝟑 𝟏
a) − 𝟐 < 𝒙 < 𝟐
𝟏 𝟑
b) − 𝟐 < 𝒙 < 𝟐
𝟑 𝟏
c) 𝒙 < − 𝟐 ou 𝒙 > 𝟐
𝟏 𝟑
d) 𝒙 < − 𝟐 ou 𝒙 > 𝟐

Comentários
Como a base é um número entre 0 e 1, temos que trocar o sinal de desigualdade, logo:
4𝑥 2 − 𝑥 < 3(𝑥 + 1) ⇒ 4𝑥 2 − 4𝑥 − 3 < 0
(2𝑥 − 3)(2𝑥 + 1) < 0
A solução dessa inequação é:
1 3
− <𝑥<
2 2
Gabarito: “b”.
25. (ESA/2018)
𝟏
O valor da expressão 𝑨 = 𝐥𝐨𝐠 𝟐 (𝟐) + 𝐥𝐨𝐠 𝟖 𝟑𝟐 é:
a) −𝟏
b) 𝟓/𝟑
c) 𝟐/𝟑
d) 0
e) 1
Comentários
1 5 2
𝐴 = log 2 ( ) + log 8 32 = log 2 2−1 + log 23 25 = −1 + =
2 3 3
Gabarito: “c”.
26. (ESA/2018)
Adotando-se 𝐥𝐨𝐠 𝟐 = 𝒙 e 𝐥𝐨𝐠 𝟑 = 𝒚, o valor de 𝐥𝐨𝐠 𝟓 𝟏𝟐𝟎 será dado por:
𝒙+𝟐𝒚+𝟏
a) 𝟏−𝒚
𝒙+𝟐𝒚
b) 𝟏−𝒚
𝟒𝒙+𝟑𝒚
c) 𝒙+𝒚
𝟐𝒙+𝒚
d)
𝟏−𝒙
𝟐𝒙+𝒚+𝟏
e) 𝟏−𝒙

Comentários
Vamos escrever o logaritmo na base 10 e tentar escrevê-lo em função de log 2 e log 3:
log 120 log(3 ⋅ 4 ⋅ 10) log 3 + log 4 + log 10 log 3 + log 22 + log 10
log5 120 = = = =
log 5 10 log 10 − log 2 log 10 − log 2
log ( )
2

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 85


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log 3 + 2 log 2 + log 10 𝑦 + 2𝑥 + 1


= =
log 10 − log 2 1−𝑥
Gabarito: “e”.
27. (ESA/2016)
𝟑
Utilizando os valores aproximados 𝐥𝐨𝐠 𝟐 = 𝟎, 𝟑𝟎 e 𝐥𝐨𝐠 𝟑 = 𝟎, 𝟒𝟖, encontramos para 𝐥𝐨𝐠 √𝟏𝟐 o
valor de:
a) 0,33
b) 0,36
c) 0,35
d) 0,31
e) 0,32
Comentários
Reescrevendo o logaritmo:
1
3 1 1
log √12 = log(22 ⋅ 3)3 = ⋅ (log 22 + log 3) = ⋅ (2 log 2 + log 3)
3 3
Substituindo os valores:
1 1
⋅ (2 ⋅ 0,30 + 0,48) = ⋅ 1,08 = 0,36
3 3
Gabarito: “b”.
28. (ESA/2015)
Dados 𝐥𝐨𝐠 𝟑 = 𝒂 e 𝐥𝐨𝐠 𝟐 = 𝒃, a solução de 𝟒𝒙 = 𝟑𝟎 é:
𝟐𝒂+𝟏
a) 𝒃
𝒂+𝟐
b) 𝒃
𝟐𝒃+𝟏
c)
𝒂
𝒂+𝟏
d) 𝟐𝒃
𝒃+𝟐
e) 𝒂

Comentários
Aplicando o logaritmo decimal na equação:
4𝑥 = 30 ⇔ 22𝑥 = 30 ⇔ log 22𝑥 = log 30 ⇔ 2𝑥 log 2 = log(3 ⋅ 10)
log 3 + log 10 𝑎 + 1
∴𝑥= =
2 log 2 2𝑏
Gabarito: “d”.
29. (ESA/2012)
𝟏
Sabendo que 𝐥𝐨𝐠 𝑷 = 𝟑 𝐥𝐨𝐠 𝒂 − 𝟒 𝐥𝐨𝐠 𝒃 + 𝟐 𝐥𝐨𝐠 𝒄, assinale a alternativa que representa o valor de
𝑷 (dados: 𝒂 = 𝟒, 𝒃 = 𝟐 e 𝒄 = 𝟏𝟔)
a) 12
b) 52

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c) 16
d) 24
e) 73
Comentários
1
log 𝑃 = 3 log 𝑎 − 4 log 𝑏 + log 𝑐
2
1
log 𝑃 = log 𝑎3 − log 𝑏4 + log 𝑐2
1
𝑎3 ⋅ 𝑐 2
log 𝑃 = log
𝑏4
1 1
𝑎3 ⋅ 𝑐 2 43 ⋅ 162 43 ⋅ 4 28
⇒𝑃= 4
= 4
= 4
= 4 = 24 = 16
𝑏 2 2 2
Gabarito: “c”.
30. (ESA/2010)
Se 𝐥𝐨𝐠 𝟐 𝟑 = 𝒂 e 𝐥𝐨𝐠 𝟐 𝟓 = 𝒃, então o valor de 𝐥𝐨𝐠 𝟎,𝟓 𝟕𝟓 é
a) 𝒂 + 𝒃
b) −𝒂 + 𝟐𝒃
c) 𝒂 − 𝒃
d) 𝒂 − 𝟐𝒃
e) −𝒂 − 𝟐𝒃
Comentários
1
log0,5 75 = log2−1 (3 ⋅ 52 ) = ⋅ (log2 3 + log2 52 ) = −(log2 3 + 2 log2 5) = −𝑎 − 2𝑏
−1
Gabarito: “e”.
31. (EEAR/2019)
Sejam 𝒎, 𝒏 e 𝒃 números reais positivos, com 𝒃 ≠ 𝟏. Se 𝐥𝐨𝐠 𝒃 𝒎 = 𝒙 e se 𝐥𝐨𝐠 𝒃 𝒏 = 𝒚, então
𝒏
𝐥𝐨𝐠 𝒃(𝒎 ⋅ 𝒏) + 𝐥𝐨𝐠 𝒃 ( ) é igual a
𝒎
a) 𝒙
b) 𝟐𝒚
c) 𝒙 + 𝒚
d) 𝟐𝒙 − 𝒚
Comentários
𝑛
log𝑏 (𝑚 ⋅ 𝑛) + log𝑏 ( ) = log𝑏 𝑚 + log𝑏 𝑛 + log𝑏 𝑛 − log𝑏 𝑚 = 2 log𝑏 𝑛 = 2𝑦
𝑚
Gabarito: “b”.
32. (EEAR/2017)
Se 𝐥𝐨𝐠 𝟐 = 𝟎, 𝟑 e 𝐥𝐨𝐠 𝟑𝟔 = 𝟏, 𝟔, então 𝐥𝐨𝐠 𝟑 = ___.
a) 0,4
b) 0,5

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 87


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c) 0,6
d) 0,7
Comentários
log 36 = 1,6
log 62 = 1,6
2 log(2 ⋅ 3) = 1,6
log 2 + log 3 = 0,8
Substituindo o valor de log 2:
0,3 + log 3 = 0,8
∴ log 3 = 0,5
Gabarito: “b”.
33. (EEAR/2013)
Se 𝐥𝐨𝐠 𝒙 + 𝐥𝐨𝐠 𝒚 = 𝒌, então 𝐥𝐨𝐠 𝒙𝟓 + 𝐥𝐨𝐠 𝒚𝟓 é
a) 𝟏𝟎𝒌
b) 𝒌𝟏𝟎
c) 𝟓𝒌
d) 𝒌𝟓
Comentários
log 𝑥5 + log 𝑦5 = 5 log 𝑥 + 5 log 𝑦 = 5(log 𝑥 + log 𝑦) = 5𝑘
Gabarito: “c”.
34. (EEAR/2000)
𝐥𝐨𝐠 𝟐 𝒙 + 𝐥𝐨𝐠 𝟒 𝒚 = 𝟒
Resolvendo o sistema { , obtemos:
𝒙𝒚 = 𝟖
𝟏
a) 𝑺 = {(𝟑𝟐, 𝟒)}
b) 𝑺 = {(𝟖, 𝟏)}
c) 𝑺 = {(𝟐, 𝟒)}
𝟏
d) 𝑺 = {(𝟏𝟔, )}
𝟐

Comentários
Da primeira equação, temos:
log2 𝑥 + log22 𝑦 = 4
1
log2 𝑥 + log2 𝑦 = 4
2
1
log2 𝑥 + log2 𝑦2 = 4
log2 𝑥√𝑦 = 4
⇒ 𝑥√𝑦 = 24 = 16 (𝑒𝑞. 𝐼)
Dividindo a 𝑒𝑞. 𝐼 pela segunda equação do sistema:

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 88


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√𝑦 1 1
= 2 ⇒ √𝑦 = ⇒𝑦=
𝑦 2 4
Para esse valor de 𝑦, temos da segunda equação:
1
⇒𝑥⋅ = 8 ⇒ 𝑥 = 32
4
1
Portanto, a solução é o par ordenado (32, 4)
Gabarito: “a”.
35. (EEAR/2016)
O valor de 𝒙 na equação 𝐥𝐨𝐠 𝟏 (𝐥𝐨𝐠 𝟐𝟕 𝟑𝒙) = 𝟏 é
𝟑

a) 1
b) 3
c) 9
d) 27
Comentários
log1 (log27 3𝑥) = 1
3
1
log27 3𝑥 =
3
1
3𝑥 = 273 = 3
∴𝑥=1
Gabarito: “a”.
36. (ESPCEX/2017)
Resolvendo a equação 𝐥𝐨𝐠 𝟑 (𝒙𝟐 − 𝟐𝒙 − 𝟑) + 𝐥𝐨𝐠 𝟏 (𝒙 − 𝟏) = 𝐥𝐨𝐠 𝟑 (𝒙 + 𝟏), obtém-se:
𝟑

a) 𝑺 = {−𝟏}
b) 𝑺 = {𝟒, 𝟓}
c) 𝑺 = {𝟔}
d) 𝑺 = ∅
e) 𝑺 = {𝟒}
Comentários
Vamos analisar a condição de existência dos logaritmos:
𝑥2 − 2𝑥 − 3 > 0 ⇒ (𝑥 − 3)(𝑥 + 1) > 0 ⇒ 𝑥 < −1 𝑜𝑢 𝑥 > 3
𝑥−1>0⇒𝑥 >1
𝑥 + 1 > 0 ⇒ 𝑥 > −1
Fazendo a interseção das condições, temos que 𝑥 > 3.
Agora, vamos resolver a equação:
log3 (𝑥2 − 2𝑥 − 3) + log1 (𝑥 − 1) = log3 (𝑥 + 1)
3

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 89


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log3 (𝑥2 − 2𝑥 − 3) + log3−1 (𝑥 − 1) = log3 (𝑥 + 1)


log3 (𝑥2 − 2𝑥 − 3) − log3 (𝑥 − 1) = log3 (𝑥 + 1)
𝑥2 − 2𝑥 − 3
log3 ( ) = log3 (𝑥 + 1)
𝑥−1
𝑥2 − 2𝑥 − 3
= 𝑥+1
𝑥−1
𝑥2 − 2𝑥 − 3 = 𝑥2 − 1
−2𝑥 − 3 = −1
−2𝑥 = 2
∴ 𝑥 = −1
Note que a condição de existência diz que 𝑥 > 3, logo não temos solução nesse caso, ou
seja,
𝑆=∅
Gabarito: D
37. (EEAR/2002)
Se o logaritmo de um número na base 𝒏 é 4 e na base 𝒏/𝟐 é 8, então esse número está no intervalo
a) [𝟏, 𝟓𝟎]
b) [𝟓𝟏, 𝟏𝟎𝟎]
c) [𝟏𝟎𝟏, 𝟐𝟎𝟎]
d) [𝟐𝟎𝟏, 𝟓𝟎𝟎]
Comentários
Seja 𝑥 o número mencionado. Assim, temos:
log𝑛 𝑥 = 4 ⇒ 𝑥 = 𝑛4
2
𝑛 8 (𝑛 4 )
log𝑛 𝑥 = 8 ⇒ 𝑥 = ( ) = 8
2 2 2
𝑥2
𝑥=
28
∴ 𝑥 = 28 = 256 ∈ [201, 500]
Gabarito: “d”.
38. (EEAR/2014)
Se 𝒇(𝒙) = 𝐥𝐨𝐠 𝒙 e 𝒂 ⋅ 𝒃 = 𝟏, então 𝒇(𝒂) + 𝒇(𝒃) é igual a
a) 0
b) 1
c) 10
d) 100
Comentários
𝑓 (𝑎) + 𝑓 (𝑏) = log 𝑎 + log 𝑏 = log(𝑎 ⋅ 𝑏) = log 1 = 0

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 90


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Gabarito: “a”.
39. (EEAR/2013)
Para que exista a função 𝒇(𝒙) = 𝐥𝐨𝐠(𝒙 − 𝒎), é necessário que 𝒙 seja
a) maior que 𝒎.
b) menor que 𝒎.
c) maior ou igual a 𝒎.
d) menor ou igual a 𝒎.
Comentários
Devemos analisar a condição de existência:
𝑥−𝑚 >0⇒𝑥 >𝑚
Gabarito: “a”.
40. (EEAR/2002)
Na figura abaixo, a curva representa o gráfico da função 𝒚 = 𝐥𝐨𝐠 𝒙, para 𝒙 > 𝟎.

Assim, a soma das áreas das regiões hachuradas é igual a


a) 𝐥𝐨𝐠 𝟐
b) 𝐥𝐨𝐠 𝟑
c) 𝐥𝐨𝐠 𝟒
d) 𝐥𝐨𝐠 𝟔
Comentários
Observe a figura:

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 91


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As áreas são dadas por:


𝑆1 = (log 3 − log 2)(3 − 2) = log 3 − log 2
𝑆2 = (log 4 − log 3)(4 − 3) = log 4 − log 3
Somando as áreas:
𝑆 = 𝑆1 + 𝑆2 = log 4 − log 2 = log 22 − log 2 = 2 log 2 − log 2 = log 2
Gabarito: “a”.
41. (EEAR/2003)
O gráfico abaixo representa a função 𝒚 = 𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒙.

Dentro das condições de existência para que a operação de logaritmação seja sempre possível e de
resultado único, a base 𝒂 é
a) 𝟎 < 𝒂 < 𝟏
b) 𝒂 = 𝟎
c) 𝒂 > 𝟏
d) 𝒂 < 𝟎
Comentários
Perceba que o gráfico é de uma função decrescente. Assim, a base 𝑎 deve ser um número
entre 0 e 1:
0<𝑎<1
Gabarito: “a”.
42. (EEAR/2017)
As funções logarítmicas 𝒇(𝒙) = 𝐥𝐨𝐠 𝟎,𝟒 𝒙 e 𝒈(𝒙) = 𝐥𝐨𝐠 𝟒 𝒙 são, respectivamente,
a) crescente e crescente
b) crescente e decrescente
c) decrescente e crescente
d) decrescente e decrescente
Comentários
Note que a base da função 𝑓 está entre 0 e 1, logo, ela é decrescente. Como a base de 𝑔 é
maior que 1, temos que ela é crescente.
Gabarito: “c”.
43. (EEAR/2011)

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 92


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Sejam as funções logarítmicas 𝒇(𝒙) = 𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒙 e 𝒈(𝒙) = 𝐥𝐨𝐠 𝒃 𝒙. Se 𝒇(𝒙) é crescente e 𝒈(𝒙) é
decrescente, então
a) 𝒂 > 𝟏 𝒆 𝒃 < 𝟏
b) 𝒂 > 𝟏 𝒆 𝟎 < 𝒃 < 𝟏
c) 𝟎 < 𝒂 < 𝟏 𝒆 𝒃 > 𝟏
d) 𝟎 < 𝒂 < 𝟏 𝒆 𝟎 < 𝒃 < 𝟏
Comentários
Analisando a função 𝑓:
𝑓 (𝑥) = log 𝑎 𝑥 = 𝑦
⇒ 𝑎𝑦 = 𝑥
Se 𝑓 é crescente, quanto maior 𝑦, maior será o valor de 𝑥. Portanto, perceba isso só ocorre
quando 𝑎 > 1.
Analisando a função 𝑔:
𝑔(𝑥) = log 𝑏 𝑥 = 𝑦
⇒ 𝑏𝑦 = 𝑥
Se 𝑔 é decrescente, então quanto maior 𝑦, menor deve ser o 𝑥. Isso só ocorre na última
igualdade acima, se 0 < 𝑏 < 1. Logo:
𝑎>1𝑒0<𝑏 <1
Gabarito: “b”.
44. (EEAR/2002)
O número de pontos de intersecção dos gráficos das funções definidas por 𝒇(𝒙) = 𝟑 𝐥𝐨𝐠 𝒙 e 𝒈(𝒙) =
𝐥𝐨𝐠 𝟗 + 𝐥𝐨𝐠 𝒙, sendo 𝒙 > 𝟎, é
a) 0
b) 1
c) 2
d) 3
Comentários
Vamos verificar quantas raízes encontramos para 𝑓 (𝑥) = 𝑔(𝑥):
3 log 𝑥 = log 9 + log 𝑥
2 log 𝑥 = log 32
log 𝑥2 = log 9
⇒ 𝑥 2 = 9 ⇒ 𝑥 = ±3
Da condição de existência dos logaritmos, temos que 𝑥 > 0, logo, existe apenas uma única
solução, 𝑥 = 3. Portanto, temos apenas 1 ponto de intersecção.
Gabarito: “b”.
45. (ESA/2018)

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 93


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𝟏
Sejam 𝒇: {𝒙 ∈ ℝ|𝒙 > 𝟎} → ℝ e 𝒈: ℝ → ℝ, definidas por 𝒇(𝒙) = 𝐥𝐨𝐠 𝟐 𝒙 e 𝒈(𝒙) = 𝟒 ⋅ 𝟐𝒙 ,
respectivamente. O valor de 𝒇 𝒐 𝒈(𝟐) é:
a) 0
b) 2
c) −𝟐
d) 4
e) −𝟒
Comentários
Sabemos que 𝑓 𝑜 𝑔 (𝑥) é a função composta 𝑓(𝑔(𝑥)). Portanto:
𝑓 𝑜 𝑔(2) = 𝑓(𝑔 (2))
Calculando primeiramente 𝑔 (2):
1 2
𝑔 (2) = ⋅2 =1
4
Assim:
𝑓 𝑜 𝑔 (2) = 𝑓(𝑔 (2)) = 𝑓 (1) = log 2 1 = 0
Gabarito: “a”.
46. (ESA/2011)
Se 𝒇(𝒙) = 𝐥𝐨𝐠 √𝟓 𝒙𝟐 , com 𝒙 real e maior que zero, então o valor de 𝒇(𝒇(𝟓)) é
𝟐 𝐥𝐨𝐠 𝟐
a) 𝟏+𝐥𝐨𝐠 𝟐
𝐥𝐨𝐠 𝟐
b) 𝐥𝐨𝐠 𝟐+𝟐
𝟓 𝐥𝐨𝐠 𝟐
c) 𝐥𝐨𝐠 𝟐+𝟏
𝟖 𝐥𝐨𝐠 𝟐
d) 𝟏−𝐥𝐨𝐠 𝟐
𝟓 𝐥𝐨𝐠 𝟐
e) 𝟏−𝐥𝐨𝐠 𝟐

Comentários
Calculando primeiramente 𝑓 (5):
log 5 25 2
𝑓 (5) = log √5 52 = log √5 25 = = =4
log 5 √5 1
2
Agora, queremos:
𝑓(𝑓 (5)) = 𝑓 (4) = log √5 16
Fazendo a mudança do log para a base 10:
log 16 log 24 4 log 2 8 log 2 8 log 2 8 log 2
𝑓(𝑓 (5)) = log √5 16 = = = = = =
1 1 log 5 10
log √5 log 5 2 log 5 log ( ) 1 − log 2
2 2
Gabarito: “d”.
47. (EEAR/2006)

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 94


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O menor número inteiro que satisfaz a inequação 𝐥𝐨𝐠 𝟐 (𝟑𝒙 − 𝟓) > 𝟑 é um número
a) par negativo.
b) par positivo.
c) ímpar negativo.
d) ímpar positivo.
Comentários
Como a base é maior que 1, temos:
13
3𝑥 − 5 > 23 ⇒ 3𝑥 > 13 ⇒ 𝑥 >
3
O menor inteiro que satisfaz a condição acima é
15
𝑥= =5
3
Que é um ímpar positivo.
Gabarito: “d”.
48. (ESPCEX/2000)
𝟑 𝟒 𝟓 𝒏
Considere a soma 𝑺 = 𝐥𝐨𝐠 (𝟐) + 𝐥𝐨𝐠 (𝟑) + 𝐥𝐨𝐠 (𝟒) + ⋯ + 𝐥𝐨𝐠 (𝒏−𝟏 ), em que 𝒏 é um número
natural. O menor valor de 𝒏 para o qual 𝑺 > 𝟏 é
a) 20
b) 21
c) 22
d) 25
e) 29
Comentários
Aplicando as propriedades dos logaritmos na soma, temos:
3 4 5 𝑛
𝑆 = log ( ) + log ( ) + log ( ) + ⋯ + log ( )
2 3 4 𝑛−1
3 4 5 𝑛
𝑆 = log [( ) ( ) ( ) … ( )]
2 3 4 𝑛−1
𝑛
𝑆 = log ( )
2
Para 𝑆 > 1:
𝑛 𝑛
log ( ) > 1 ⇒ > 10 ⇒ 𝑛 > 20
2 2
Sendo 𝑛 um número natural, o menor valor que satisfaz a condição acima é 𝑛 = 21.
Gabarito: “b”.
49. (EEAR/2003)
Se 𝒙 ∈ ℤ e 𝒇(𝒙) é uma função tal que 𝒇(𝒑 + 𝒒) = 𝒇(𝒑) ⋅ 𝒇(𝒒) e 𝒇(𝟐) = 𝟐, então 𝒇(𝟎) e 𝒇(−𝟐) são,
respectivamente,

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 95


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𝟏
a) 𝟏 𝒆 𝟐
𝟏
b) 𝟎 𝒆 𝟐
c) 1 e 0
d) 1 e -4
Comentários
Considerando que a relação dada é para quaisquer 𝑝, 𝑞 ∈ ℤ:
𝑓 (𝑝 + 𝑞 ) = 𝑓 ( 𝑝 ) ⋅ 𝑓 (𝑞 )
Portanto, substituindo 𝑝 = 2 e 𝑞 = 0, a equação continuará válida:
𝑓 (2 + 0) = 𝑓 (2) ⋅ 𝑓 (0) ⇒ 𝑓 (2) = 𝑓 (2) ⋅ 𝑓 (0) ⇒ 2 = 2𝑓 (0) ⇒ 𝑓 (0) = 1
Assim, para calcular 𝑓 (−2), basta substituir 𝑝 = 2 e 𝑞 = −2:
1
𝑓 (2 − 2) = 𝑓 (2) ⋅ 𝑓 (−2) ⇒ 𝑓 (0) = 𝑓 (2) ⋅ 𝑓 (−2) ⇒ 1 = 2𝑓 (−2) ⇒ 𝑓 (−2) =
2
Gabarito: “a”.

6. QUESTÕES NÍVEL 2
50. (AFA/2020)

Numa aula de Biologia da turma Delta do Colégio LOG, os alunos observam o crescimento de uma
cultura de bactérias.

Inicialmente tem-se uma amostra com 3 bactérias. Após várias observações, eles concluíram que o
número de bactérias dobra a cada meia hora.

Os alunos associaram as observações realizadas a uma fórmula matemática, que representa o


número 𝒇 de bactérias da amostra, em função de 𝒏 horas.

A partir da fórmula matemática obtida na análise desses alunos durante a aula de Biologia, o
professor de matemática da turma Delta propôs que eles resolvessem a questão abaixo, com 𝒏 ∈
ℕ.

Se 𝒈(𝒏) = 𝐥𝐨𝐠 𝟐 [𝒇(𝒏)] , 𝐥𝐨𝐠 𝟐 = 𝟎, 𝟑𝟎 e 𝐥𝐨𝐠 𝟑 = 𝟎, 𝟒𝟖 , então ∑𝟏𝟎𝟎


𝒏=𝟏 𝒈(𝒏) é um número cuja soma
dos algarismos é

a) 𝟔

b) 𝟕

c) 𝟖

d) 𝟗

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 96


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51. (AFA/2020)

Considere:
𝒙+𝟏 𝟏 −𝟏
• a matriz 𝑨 = ( 𝟎 𝟏 𝟎 ) cujo determinante é 𝐝𝐞𝐭 𝑨 = 𝑴
𝒙+𝟐 𝟏 𝒙+𝟏
𝟏 𝟎 𝟎 𝟎 𝟎
𝟎 𝟎 𝟎 𝟎 𝟏
• a matriz 𝑩 = 𝟎 𝟎 𝟎 −𝟏 𝟎 cujo determinante é 𝐝𝐞𝐭 𝑩 = 𝑵; e
𝟎 𝟎 𝟏 𝟎 𝟎
(𝟎 −𝟏 𝟎 𝟎 𝟎)
• 𝑻=𝟑−𝒙
Seja 𝒇 uma função real definida por 𝒇(𝒙) = 𝐥𝐨𝐠 𝑻 𝑴 + 𝐥𝐨𝐠 𝑻 𝑵.

Sobre o domínio de 𝒇, é correto afirmar que:

a) é o conjunto dos números reais.

b) possui apenas elementos negativos.

c) não tem o número 2 como elemento.

d) possui três elementos que são números naturais.

52. (AFA/2020)

Considere a função real 𝒈: ℝ → 𝑨 tal que 𝒈(𝒙) = −𝒃 − 𝒃−|𝒙| ; 𝒃 ∈ ℝ e 𝒃 > 𝟏; em que 𝑨 é o conjunto
imagem de 𝒈.

Com relação à função 𝒈, analise as alternativas e marque a verdadeira.

a) ∃𝒙 ∈ ℝ para os quais 𝒈(𝒙) > −𝒃

b) A função 𝒈 admite inversa.

c) O conjunto solução da equação 𝒈(𝒙) = −𝒃 − 𝟏 é unitário.

d) A função 𝒉 definida por 𝒉(𝒙) = 𝒈(𝒙) + 𝒃 + 𝟏 é positiva ∀𝒙 ∈ ℝ

53. (AFA/2020)

Sejam as funções reais 𝒇, 𝒈 e 𝒉 tais que:


• 𝒇 é função quadrática, cujas raízes são 𝟎 e 𝟒 e cujo gráfico tangencia o gráfico de 𝒈;
𝟐
𝟏 −𝟐𝒙 +𝟖𝒙+𝟑
• 𝒈 é tal que 𝒈(𝒙) = 𝒎 com 𝒎 > 𝟎 , em que 𝒎 é a raiz da equação (𝟐) = 𝟏𝟐𝟖;

• 𝒉 é função afim, cuja taxa de variação é 𝟏 e cujo gráfico intercepta o gráfico de 𝒇 na maior
das raízes de 𝒇

Considere os gráficos dessas funções num mesmo plano cartesiano.

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 97


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Analise cada proposição abaixo quanto a ser (V) Verdadeira ou (F) Falsa.
[𝒇(𝒙)]⋅[𝒉(𝒙)]𝟓
( ) A função real 𝒌 definida por 𝒌(𝒙) = [𝒈(𝒙)]𝟐
é NÃO negativa se, e somente se

𝒙 ∈ ] − ∞, 𝟎]
𝟒
( ) 𝒉(𝒙) < 𝒇(𝒙) ≤ 𝒈(𝒙) se, e somente se 𝒙 ∈] − 𝟓 , 𝟒[−{𝟐}

( ) A equação 𝒉(𝒙) − 𝒇(𝒙) = 𝟎 possui duas raízes positivas.

Sobre as proposições, tem-se que:

a) todas são verdadeiras.

b) apenas duas são verdadeiras.

c) apenas uma é verdadeira.

d) nenhuma delas é verdadeira.

54. (AFA/2019)

O domínio mais amplo da função real 𝒇 definida por 𝒇(𝒙) = √𝐥𝐨𝐠 𝒂 (𝒙𝟐 − 𝟑), em que 𝒂 ∈ ]𝟎, 𝟏[, é

a) [−𝟐, 𝟐]

b) ] − 𝟐, 𝟐[

c) ] − , −𝟐] ∪ [𝟐, +[


d) [−𝟐, −√𝟑[ ∪ ]√𝟑, 𝟐]

55. (AFA/2018)

Considere os números 𝑨, 𝑩 𝒆 𝑪 a seguir.

𝑨 = 𝐥𝐨𝐠 𝟐𝟓 𝟐𝟕 ∙ 𝐥𝐨𝐠 𝟒 𝟓 ∙ 𝐥𝐨𝐠 𝟑 √𝟐


𝒏
𝑩 = 𝐥𝐨𝐠 𝒏 (𝐥𝐨𝐠 𝒏 √ 𝒏√𝒏) (𝐧 é 𝐧𝐚𝐭𝐮𝐫𝐚𝐥 𝐦𝐚𝐢𝐨𝐫 𝐪𝐮𝐞 𝟐)

𝒂 𝐥𝐨𝐠 𝒄 𝒃 𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒄 𝐥𝐨𝐠 𝒃


𝑪=( ) ⋅( ) ⋅( ) {𝒂, 𝒃, 𝒄}  ℝ∗+
𝒃 𝒄 𝒂
A correta relação de ordem entre os números 𝑨, 𝑩 𝐞 𝑪 é

a) 𝑨 < 𝑩 < 𝑪

b) 𝑩 < 𝑨 < 𝑪

c) 𝑩 < 𝑪 < 𝑨
d) 𝑪 < 𝑨 < 𝑩

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 98


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56. (AFA/2017)

A função real 𝒇 definida por 𝒇(𝒙) = 𝒂. 𝟑𝒙 + 𝒃, sendo 𝒂 e 𝒃 constantes reais, está graficamente
representada abaixo.

Pode-se afirmar que o produto (𝒂. 𝒃) pertence ao intervalo real

a) [−𝟒, −𝟏[

b) [−𝟏, 𝟐[

c) [𝟐, 𝟓[

d) [𝟓, 𝟖]

57. (AFA/2016)

Considere a função real 𝒇 definida por 𝒇(𝒙) = 𝒂𝒙 com 𝒂 ∈ ]𝟎, 𝟏[ .

Sobre a função real 𝒈 definida por 𝒈(𝒙) = | − 𝒃 − 𝒇(𝒙)| com 𝒃 ∈] − ∞, −𝟏[ , é correto afirmar que

a) possui raiz negativa e igual a 𝐥𝐨𝐠 𝒂(−𝒃)

b) é crescente em todo o seu domínio.

c) possui valor máximo.

d) é injetora.

58. (AFA/2015)
Considere a função real 𝒇: ℝ → ℝ definida por 𝒇(𝒙) = 𝒂𝒙 − 𝒃, em que 𝟎 < 𝒂 < 𝟏 e 𝒃 > 𝟏.

Analise as alternativas abaixo e marque a FALSA.

a) Na função 𝒇, se 𝒙 > 𝟎, então −𝒃 < 𝒇(𝒙) < 𝟏 − 𝒃.

b) 𝑰𝒎(𝒇) contém elementos menores que o número real −𝒃.

c) A raiz da função 𝒇 é um número negativo.


d) A função real 𝒉, definida por 𝒉(𝒙) = 𝒇(|𝒙|) não possui raízes.

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 99


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59. (AFA/2014)

Pesquisas realizadas verificaram que, no planeta Terra, no início do ano de 2013, a população de
pássaros da espécie 𝑨 era 12 vezes a população de pássaros da espécie 𝑩.

Sabe-se que a população de pássaros da espécie 𝑨 cresce a uma taxa de 5% no ano, enquanto que
a população de pássaros da espécie 𝑩 cresce a uma taxa de 20% ao ano.

Com base nesses dados, é correto afirmar que, essas duas populações de pássaros serão iguais

(Considere: 𝒍𝒐𝒈𝟕 = 𝟎, 𝟖𝟓; 𝒍𝒐𝒈𝟔 = 𝟎, 𝟕𝟖; 𝒍𝒐𝒈𝟐 = 𝟎, 𝟑)

a) no 1º semestre do ano de 2034.

b) no 2º semestre do ano de 2034.

c) no 1º semestre do ano de 2035.

d) no 2º semestre do ano de 2035.

60. (AFA/2013)

No plano cartesiano, seja 𝑷(𝒂, 𝒃) o ponto de interseção entre as curvas dadas pelas funções reais f
𝟏 𝒙
e g definidas por 𝒇(𝒙) = (𝟐) e 𝒈(𝒙) = 𝐥𝐨𝐠 𝟏 𝒙.
𝟐

É correto afirmar que


𝟏
a) 𝒂 = 𝐥𝐨𝐠 𝟐 ( 𝟏 )
𝐥𝐨𝐠 𝟐 ( )
𝒂

b) 𝒂 = 𝐥𝐨𝐠 𝟐 (𝐥𝐨𝐠 𝟐 𝒂)
𝟏
c) 𝒂 = 𝐥𝐨𝐠 𝟏 (𝐥𝐨𝐠 𝟏 ( ))
𝟐 𝟐
𝒂

d) 𝒂 = 𝐥𝐨𝐠 𝟐 (𝐥𝐨𝐠 𝟏 𝒂)
𝟐

61. (AFA/2012)

Considere uma aplicação financeira denominada UNI que rende juros mensais de 𝑴 = 𝐥𝐨𝐠 𝟐𝟕 𝟏𝟗𝟔 e
outra aplicação financeira denominada DUNI que rende juros mensais de 𝑵 = − 𝐥𝐨𝐠 𝟏 𝟏𝟒.
𝟗

A razão entre os juros mensais 𝑴 e 𝑵, nessa ordem, é

a) 70%
𝟐
b) 𝟑
𝟒
c) 𝟑

d) 80%

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 100


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62. (AFA/2011)
𝟐
𝟏 𝟒𝒙−𝒙
Dada a expressão (𝟑) , em que 𝒙 é um número real qualquer, podemos afirmar que

a) o maior valor que a expressão pode assumir é 3.

b) o menor valor que a expressão pode assumir é 3.


𝟏
c) o menor valor que a expressão pode assumir é 𝟖𝟏.
𝟏
d) o maior valor que a expressão pode assumir é .
𝟐𝟕

63. (AFA/2011)

Um médico, apreciador de logaritmos, prescreveu um medicamento a um de seus pacientes,


também apreciador de logaritmo, conforme a seguir.

Tomar 𝒙 gotas do medicamento 𝜶 de 8 em 8 horas. A quantidade de gotas 𝒚 diária deverá ser


calculada pela fórmula 𝐥𝐨𝐠 𝟖 𝐲 = 𝐥𝐨𝐠 𝟐 𝟔
𝟑
Considerando 𝐥𝐨𝐠 𝟐 = 𝟏𝟎 e 𝐥𝐨𝐠 𝟑 = 𝟎, 𝟒𝟖 , é correto afirmar que 𝐥𝐨𝐠 𝟐 𝒙 é um número do intervalo

a) [3,4[

b) [4,5[

c) [5,6[

d) [6,7[

64. (AFA/2010 - Adaptada)

Sendo 𝑫 o maior domínio possível, sobre a função real 𝒇: 𝑫 → ℝ dada por 𝒇(𝒙) = 𝟏 + 𝐥𝐨𝐠 𝟐 (𝒙𝟐 ), é
INCORRETO afirmar que 𝒇 é

a) par

b) sobrejetora
c) crescente em [𝟏, +∞[

d) injetora

65. (AFA/2010)
𝟏
Sejam as funções reais dadas por 𝒇(𝒙) = 𝟐𝟐𝒙+𝟏 e 𝒈(𝒙) = 𝟑𝒙+𝟏 . Se 𝒃 ∈ ℝ tal que 𝒇 (𝟐) = 𝟐𝒈(𝒃) e
𝒑 = 𝐥𝐨𝐠 𝟑 𝒃, então sobre 𝒑 é correto afirmar que:

a) não está definido

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 101


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b) é positivo e menor que 1

c) é negativo e menor que 1

d) é positivo e maior que 1

66. (EFOMM/2021)
𝟐𝒙 , 𝒙 ≥ 𝟏 𝟏 − 𝒙𝟐 , 𝒙 ≥ 𝟎
Sejam f e g funções reais definidas por 𝒇(𝒙) = { 𝒆 𝒈(𝒙) = { 𝟐
𝒙, 𝒙 < 𝟏 𝒙 − 𝟏, 𝒙 < 𝟎
Sendo assim, pode-se dizer que 𝒇𝒐𝒈(𝒙) é definida por:
𝟏 − 𝒙𝟐 , 𝒙 > 𝟎
𝟐
𝟐𝟏−𝒙 , 𝒙 = 𝟎
a) 𝒇𝒐𝒈(𝒙) =
𝒙𝟐 − 𝟏, −√𝟐 < 𝒙 < 𝟎
𝟐
{ 𝟐𝒙 −𝟏 , 𝒙 ≤ −√𝟐
𝒙𝟐 − 𝟏, 𝒙 = 𝟎
𝟐
𝟐𝟏−𝒙 , 𝒙 > 𝟎
b) 𝒇𝒐𝒈(𝒙) =
𝟏 − 𝒙𝟐 , −√𝟐 ≤ 𝒙 < 𝟎
𝟐
{ 𝟐𝒙 −𝟏 , 𝒙 < −√𝟐
𝟏 − 𝒙𝟐 , 𝒙 > 𝟎
𝟐
𝟐𝟏−𝒙 , 𝒙 = 𝟎
c) 𝒇𝒐𝒈(𝒙) =
𝒙𝟐 − 𝟏, −√𝟐 < 𝒙 ≤ 𝟎
𝒙𝟐 −𝟏
{ 𝟐 , 𝒙 ≤ −√𝟐
𝟏 − 𝒙𝟐 , 𝟎 < 𝒙 < 𝟏
𝟐
𝟐𝟏−𝒙 , 𝒙 = 𝟎
d) 𝒇𝒐𝒈(𝒙) =
𝒙𝟐 − 𝟏, −√𝟐 ≤ 𝒙 ≤ 𝟎
𝒙𝟐 −𝟏
{ 𝟐 , 𝒙 < −√𝟐
𝟏 − 𝒙𝟐 , 𝒙 ≥ 𝟏
𝟐
𝟐𝟏−𝒙 , 𝟎 ≤ 𝒙 < 𝟏
e) 𝒇𝒐𝒈(𝒙) =
𝒙𝟐 − 𝟏, −√𝟐 ≤ 𝒙 < 𝟎
𝒙𝟐 −𝟏
{ 𝟐 , 𝒙 < −√𝟐

67. (EN/2021)
𝒍𝒐𝒈𝟓 𝒙 + 𝟑𝒍𝒐𝒈𝟑 𝒚 = 𝟕
Assinale a opção que apresenta uma solução, em 𝒙 e 𝒚, do sistema { .
𝒙𝒚 = 𝟓𝟏𝟐
a) 𝒙 = 𝟏𝟐𝟓 e 𝒚 = 𝟑

b) 𝒙 = 𝟑 e 𝒚 = 𝟏𝟐𝟓

c) 𝒙 = 𝟏𝟔𝟐𝟓e 𝒚 = 𝟑

d) 𝒙 = 𝟒 e 𝒚 = 𝟏𝟐𝟓

e) 𝒙 = 𝟑 e 𝒚 = 𝟒

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 102


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68. (EN/2021)

Um determinado país com 220 milhões de habitantes foi acometido por um vírus X. Verificou-se
que, no primeiro ano do aparecimento do vírus na população, havia 620 casos acumulados do vírus
X do dia 19 de março e constatou-se que a progressão de contaminação do vírus era constante a
cada 20 dias até o dia 18 de maio, conforme gráfico ilustrativo abaixo. Considerando que essa
progressão continuou constante até o dia 27 de junho, a porcentagem da população nessa data, por
casos acumulados, que foi contaminada é de aproximadamente:

a) 1,7%

b) 2,4%

c) 3,5%

d) 4,7%

e) 5,6%

69. (EFOMM/2020)

Seja 𝒇: ℕ → ℕ uma função tal que

𝒇(𝒎 ⋅ 𝒏) = 𝒏 ⋅ 𝒇(𝒎) + 𝒎 ⋅ 𝒇(𝒏)


para todos os naturais 𝒎 e 𝒏. Se 𝒇(𝟐𝟎) = 𝟑, 𝒇(𝟏𝟒) = 𝟏, 𝟐𝟓 e 𝒇(𝟑𝟓) = 𝟒, então, o valor de 𝒇(𝟖) é

a) 1

b) 2

c) 3

d) 4

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 103


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e) 5

70. (EFOMM/2018)
𝒇(−𝒚) 𝟏
Seja 𝒇: ℝ∗ → ℝ uma função tal que 𝒇(𝟏) = 𝟐 e 𝒇(𝒙𝒚) = − , ∀𝒙, 𝒚 ∈ ℝ∗ . Então, o valor de 𝒇 (𝟐)
𝒙
será

a) 𝟓

b) 𝟒

c) 𝟑

d) 𝟐

e) 𝟏

71. (EFOMM/2016)
𝒆𝒙 𝒆−𝒙
Um aluno precisa construir o gráfico da função real 𝒇, definida por 𝒇(𝒙) = + . Ele percebeu
𝟐 𝟐
que a função possui a seguinte característica:
𝒆−𝒙 𝒆−(−𝒙) 𝒆−𝒙 𝒆𝒙
𝒇(−𝒙) = + = + = 𝒇(𝒙).
𝟐 𝟐 𝟐 𝟐

Assinale a alternativa que representa o gráfico dessa função.

a)

b)

c)

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 104


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d)

e)

72. (EFOMM/2015)

Os números reais positivos 𝒂𝟏 , 𝒂𝟐 ,...,𝒂𝒏 formam, nessa ordem, uma progressão geométrica de razão
𝒒. Nesse caso, é correto afirmar que a sequência 𝐥𝐨𝐠 𝒂𝟏 , 𝐥𝐨𝐠 𝒂𝟐 ,..., 𝐥𝐨𝐠 𝒂𝒏 forma

a) uma progressão geométrica crescente, se 𝒒 > 𝟏.

b) uma progressão aritmética crescente, se 𝒒 > 𝟏.

c) uma progressão geométrica decrescente, se 𝟎 < 𝒒 < 𝟏.

d) uma progressão aritmética crescente, se 𝟎 < 𝒒 < 𝟏.

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 105


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e) uma progressão aritmética crescente, desde que 𝒒 > 𝟎.

73. (EFOMM/2013)

O número de bactérias 𝑩, numa cultura, após 𝒕 horas, é 𝑩 = 𝑩𝟎 𝒆𝒌𝒕 , onde 𝒌 é um a constante real.
𝑰𝒏 𝟐
Sabendo-se que o número inicial de bactérias é 𝟏𝟎𝟎 e que essa quantidade duplica em 𝝉 =
𝟐
horas, então o número 𝑵 de bactérias, após 2 horas, satisfaz:

a) 𝟖𝟎𝟎 < 𝑵 < 𝟏𝟔𝟎𝟎.

b) 𝟏𝟔𝟎𝟎 < 𝑵 < 𝟖𝟏𝟎𝟎.

c) 𝟖𝟏𝟎𝟎 < 𝑵 < 𝟏𝟐𝟖𝟎𝟎𝟎.

d) 𝟏𝟐𝟖𝟎𝟎𝟎 < 𝑵 < 𝟐𝟓𝟔𝟎𝟎𝟎.

e) 𝟐𝟓𝟔𝟎𝟎𝟎 < 𝑵 < 𝟓𝟏𝟐𝟎𝟎𝟎.

74. (EFOMM/2010)
Sabendo que o 𝐥𝐨𝐠 𝟑𝟎 𝟑 = 𝒂 e 𝐥𝐨𝐠 𝟑𝟎 𝟓 = 𝒃, que opção representa 𝐥𝐨𝐠 𝟏𝟎 𝟐?
𝟏−𝒂−𝒃
a) 𝟐+𝒂
𝟏−𝒂−𝒃
b) 𝒂−𝟏
𝟏−𝒂−𝒃
c) 𝟏+𝒂
𝟏−𝒂−𝒃
d) 𝟐−𝒂
𝟏−𝒂−𝒃
e) 𝟏−𝒂

75. (EFOMM/2009)

Numa embarcação é comum ouvirem-se determinados tipos de sons. Suponha que o nível sonoro
𝜷 e a intensidade 𝑰 de um desses sons esteja relacionado com a equação logarítmica 𝜷 = 𝟏𝟐 +
𝑰
𝒍𝒐𝒈𝟏𝟎 𝑰 , 𝒆𝒎 𝒒𝒖𝒆 𝜷 é medido em decibéis e I em watts por metro quadrado. Qual é a razão 𝑰𝟏 ,
𝟐

sabendo-se que 𝑰𝟏 corresponde ao ruído sonoro de 𝟖 decibéis de uma aproximação de dois navios e
que 𝑰𝟐 corresponde a 𝟔 decibéis no interior da embarcação?

a) 0,1

b) 1

c) 10
d) 100

e) 1000

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 106


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76. (EFOMM/2006)
𝒂
Se 𝐥𝐨𝐠 𝒂 = 𝟎, 𝟒𝟕𝟕𝟏 e 𝐥𝐨𝐠 𝒃 = 𝟎, 𝟑𝟎𝟏𝟎, então 𝐥𝐨𝐠 𝒃 é

a) 𝟎, 𝟏𝟕𝟔𝟏

b) −𝟎, 𝟏𝟕𝟔𝟏

c) 𝟎, 𝟕𝟕𝟖𝟏

d) 𝟎, 𝟖𝟐𝟑𝟗

e) −𝟎, 𝟖𝟐𝟑𝟗

77. (EFOMM/2005)

Determine o domínio da função real 𝒚 = √(𝐥𝐨𝐠 𝟏 𝒙 + 𝟐)


𝟐

a) 𝑫 = {𝒙 ∈ ℝ/𝟎 < 𝒙 ≤ 𝟒}

b) 𝑫 = {𝒙 ∈ ℝ/𝟎 > 𝒙 ≥ 𝟒}

c) 𝑫 = {𝒙 ∈ ℝ/𝟎 < 𝒙 ≤ 𝟐}

d) 𝑫 = {𝒙 ∈ ℝ/𝟎 > 𝒙 ≥ 𝟐}

e) 𝑫 = {𝒙 ∈ ℝ/𝒙 < 𝟒}

78. (Escola Naval/2019)

O Cruzeiro do Sul é uma das mais importantes constelações para os povos no hemisfério sul. Ela é
muito útil na navegação e está presente em nossa Bandeira Nacional, no Brasão Nacional, assim
como em símbolos de colégios, agremiações etc. Dentre as cinco principais estrelas há a Alpha Crucis
(𝜶), a mais brilhante, e a Epsilon Crucis (𝜺), a menos brilhante dentre as principais que formam uma
cruz, conforme figura abaixo.

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 107


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Pode-se medir, de forma aproximada, a distância até uma estrela pela equação 𝑴𝒅 = −𝟓 + 𝟓 ⋅
𝑫
𝐥𝐨𝐠 𝟏𝟎 𝟑,𝟑, tal que 𝑴𝒅 é o módulo de distância de uma estrela (uma medida de brilho na Astronomia)
e 𝑫 é a distância, em anos-luz. Considerando 𝑴𝒅 = 𝟓 para Alpha Crucis e 𝑴𝒅 = 𝟒, 𝟐 para Epsilon
Crucis, 𝑫𝒂 a distância até Alpha Crucis e 𝑫𝒆 a distância até Epsilon Crucis, ambas em anos-luz, pode-
se afirmar, de forma aproximada, que:

Dados: 𝒍𝒐𝒈𝟏𝟎 𝟑 = 𝟎, 𝟒𝟖 e 𝒍𝒐𝒈𝟏𝟎 𝟐𝟑 = 𝟏, 𝟑𝟔

a) 𝑫𝒆 > 𝑫𝒂

b) 𝑫𝒂 + 𝑫𝒆 = 𝟓𝟓𝟕, 𝟕

c) 𝑫𝒂 = 𝟑𝟑𝟎

d) 𝑫𝒆 = 𝟔𝟗

e) 𝑫𝒂 = 𝟏𝟎𝟎

79. (Escola Naval/2018)


𝒆𝒙 −𝒆−𝒙
Sejam 𝒇 e 𝒈 funções reais tais que 𝒈 é a inversa de 𝒇. Se 𝒇 é definida como 𝒇(𝒙) = 𝒆𝒙 +𝒆−𝒙 , calcule
𝟏
𝒆𝒈(𝟐) e assinale a opção correta.

a) 𝟐

b) √𝟐

c) 𝟑

d) √𝟑
e) −√𝟐

80. (Escola Naval/2015)


O elemento químico Califórnio, 𝑪𝒇𝟐𝟓𝟏 , emite partículas alfa, se transformando no elemento Cúrio,
𝑪𝒎𝟐𝟒𝟕 . Essa desintegração obedece à função exponencial 𝑵(𝒕) = 𝑵𝒐 𝒆−𝒂𝒕 , 𝒐𝒏𝒅𝒆 N(t) é quantidade
de partículas de 𝑪𝒇𝟐𝟓𝟏 no instante 𝒕 em determinada amostra; 𝑵𝟎 é a quantidade de partículas no
instante inicial; e 𝜶 é uma constante, chamada constante de desintegração. Sabendo que em 898
anos a concentração de 𝑪𝒇𝟐𝟓𝟏 é reduzida à metade, pode-se afirmar que o tempo necessário para
que a quantidade de 𝑪𝒇𝟐𝟓𝟏 seja apenas 𝟐𝟓% da quantidade inicial está entre

a) 𝟓𝟎𝟎 e 𝟏𝟎𝟎𝟎 anos.

b) 𝟏𝟎𝟎𝟎 e 𝟏𝟓𝟎𝟎 anos.

c) 𝟏𝟓𝟎𝟎 e 𝟐𝟎𝟎𝟎 anos.

d) 𝟐𝟎𝟎𝟎 e 𝟐𝟓𝟎𝟎 anos.

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 108


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e) 𝟐𝟓𝟎𝟎 e 𝟑𝟎𝟎𝟎 anos.

81. (Escola Naval/2014)


𝒙
𝟏𝟎𝟎
Considere as funções reais 𝒇(𝒙) = 𝟏+𝟐−𝒙 e 𝒈(𝒙) = 𝟐𝟐 , 𝒙 ∈ ℝ. Qual é o valor da função composta
(𝒈 𝒐 𝒇−𝟏 )(𝟗𝟎)?
a) 𝟏

b) 𝟑

c) 𝟗
𝟏
d) 𝟏𝟎
𝟏
e) 𝟑

82. (Escola Naval/2014)

Sabendo que 𝐥𝐨𝐠 𝒙 representa o logaritmo de 𝒙 na base 𝟏𝟎, qual é o domínio da função real de
𝒙
𝒂𝒓𝒄𝒄𝒐𝒔𝟑 (𝒍𝒐𝒈 𝟏𝟎)
variável real 𝒇(𝒙) = ?
√𝟒𝒙−𝒙𝟑

a) ]𝟎, 𝟐[
𝟏
b) ] , 𝟏[
𝟐

c) ]𝟎, 𝟏]

d) [𝟏, 𝟐[
𝟏
e) [ , 𝟐[
𝟐

83. (Escola Naval/2014)

Após acionado o flash de uma câmera, a bateria imediatamente começa a recarregar o capacitor do
−𝒕
flash, que armazena uma carga elétrica dada por 𝑸(𝒕) = 𝑸𝟎 (𝟏 − 𝒆 𝟐 ), onde 𝑸𝟎 é capacidade limite
de carga e 𝒕 é medido em segundos. Qual o tempo, em segundos, para recarregar o capacitor de
𝟗𝟎% da sua capacidade limite?

a)𝓵𝒏𝟏𝟎

b)𝓵𝒏(𝟏𝟎)𝟐
c)√𝓵𝒏𝟏𝟎

d)√(𝓵𝒏𝟏𝟎)−𝟏

e)√𝓵𝒏(𝟏𝟎)𝟐

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 109


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84. (Escola Naval/2014)


𝒙 𝒙
Considere as funções reais 𝒇(𝒙) = 𝟐 − 𝓵𝒏𝒙 e 𝒈(𝒙) = 𝟐 − (𝓵𝒏𝒙)𝟐 onde 𝓵𝒏𝒙 expressa o logaritmo de
𝒙 na base neperiana 𝒆 (𝒆 ≅ 𝟐, 𝟕). Se 𝑷 e 𝑸 são os pontos de interseção dos gráficos de 𝒇 e 𝒈,
podemos afirmar que o coeficiente angular da reta que passa por 𝑷 e 𝑸 é
𝒆+𝟏
a) 𝟐(𝒆−𝟑)

b) 𝒆 + 𝟏
𝒆−𝟏
c) 𝟐(𝒆+𝟏)

d) 𝟐𝒆 + 𝟏
𝒆−𝟑
e) 𝟐(𝒆−𝟏)

85. (Escola Naval/2013)

Considere 𝒇 uma função real de variável real tal que:

1. 𝒇(𝒙 + 𝒚) = 𝒇(𝒙)𝒇(𝒚)

2. 𝒇(𝟏) = 𝟑
3. 𝒇(√𝟐) = 𝟐

Então 𝒇(𝟐 + 𝟑√𝟐) é igual a

a) 𝟏𝟎𝟖
b) 𝟕𝟐

c) 𝟓𝟒

d) 𝟑𝟔

e) 𝟏𝟐

86. (Escola Naval/2013)


𝝅 𝝅 𝝅
Sabendo que 𝒃 = 𝐬𝐞𝐜 𝟑 ( 𝟑 + 𝟔 + 𝟏𝟐 + ⋯ ) então, o valor de 𝐥𝐨𝐠 𝟐 |𝒃| é

a) 𝟖

b) 𝟒

c) 𝟑

d) 𝟏

e) 𝟎

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 110


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87. (Escola Naval/2013)


𝝅 𝝅 𝝅
Sabendo que 𝒃 = 𝐜𝐨𝐬 ( 𝟑 + 𝟔 + 𝟏𝟐 + ⋯ ) então o valor de 𝐥𝐨𝐠 𝟐 |𝒃| é

a) 𝟏

b) 𝟎

c) −𝟏

d) −𝟐

e) 𝟑

88. (Escola Naval/2013)

Qual é o domínio da função real de variável real, definida por 𝒇(𝒙) = 𝐥𝐧(𝒙𝟐 − 𝟑𝒙 + 𝟐) +
√𝒆𝟐𝒙−𝟏 − 𝟏 ?
a) [𝟏, 𝟐[
𝟏
b) [𝟐 , 𝟐[ ∪ ]𝟑, +∞[

c) ]𝟐, +∞[
𝟏
d) [𝟐 , 𝟏[ ∪ ]𝟐, +∞[
𝟏
e) [𝟐 , +∞[

89. (Escola Naval/2012)

Sejam 𝑨 e 𝑩 conjuntos de números reais tais que seus elementos constituem, respectivamente, o
domínio da função 𝒇(𝒙) = 𝐥𝐧(𝟐 + 𝒙 + 𝟑|𝒙| − |𝒙 + 𝟏|) e a imagem da função 𝒈(𝒙) =
√𝟐(𝒙+|𝒙−𝟐|)
−𝟐 . Pode-se afirmar que
𝟐

a) 𝑨 = 𝑩

b) 𝑨 ∩ 𝑩 = ∅

c) 𝑨 ⊃ 𝑩

d) 𝑨 ∩ 𝑩 = ℝ+

e) 𝑨 − 𝑩 = ℝ_

GABARITO
50. d

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 111


Prof. Victor So

51. c
52. c
53. d
54. d
55. b
56. a
57. a
58. b
59. b
60. a
61. c
62. c
63. d
64. d
65. a
66. a
67. c
68. d
69. a
70. b
71. c
72. b
73. b
74. e
75. d
76. a
77. a
78. c
79. d
80. c
81. b
82. d
83. b
84. e
85. b
86. c
87. c
88. d
89. c

RESOLUÇÃO
50. (AFA/2020)

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 112


Prof. Victor So

Numa aula de Biologia da turma Delta do Colégio LOG, os alunos observam o crescimento de uma
cultura de bactérias.

Inicialmente tem-se uma amostra com 3 bactérias. Após várias observações, eles concluíram que o
número de bactérias dobra a cada meia hora.

Os alunos associaram as observações realizadas a uma fórmula matemática, que representa o


número 𝒇 de bactérias da amostra, em função de 𝒏 horas.

A partir da fórmula matemática obtida na análise desses alunos durante a aula de Biologia, o
professor de matemática da turma Delta propôs que eles resolvessem a questão abaixo, com 𝒏 ∈
ℕ.

Se 𝒈(𝒏) = 𝐥𝐨𝐠 𝟐 [𝒇(𝒏)] , 𝐥𝐨𝐠 𝟐 = 𝟎, 𝟑𝟎 e 𝐥𝐨𝐠 𝟑 = 𝟎, 𝟒𝟖 , então ∑𝟏𝟎𝟎


𝒏=𝟏 𝒈(𝒏) é um número cuja soma
dos algarismos é

a) 𝟔

b) 𝟕

c) 𝟖

d) 𝟗
Comentários
O crescimento da população de bactérias é dado pela equação funcional 𝑓 (𝑛 + 0,5) = 2 ⋅
𝑓 (𝑛 ), que tem a forma geral 𝑓 (𝑛 + 𝜏 ) = 𝑐 ⋅ 𝑓 (𝑛 ). A solução de uma equação desse tipo é uma
𝑛
função exponencial, a saber: 𝑓 (𝑛 ) = 𝑓(0) ⋅ 𝑐 𝜏 . No nosso caso:
𝑓 (𝑛 + 1) = 𝑓 (𝑛 + 0,5 + 0,5) = 2𝑓 (𝑛 + 0,5) = 4𝑓 (𝑛 ) ⇒ 𝑓 (𝑛 ) = 3 ⋅ 4𝑛 . Logo:
100 100 100 100
𝑛]
𝑆 = ∑ 𝑔(𝑛 ) = ∑ log 2 [𝑓 (𝑛 )] = ∑ log 2 [3 ⋅ 4 = ∑ log 2 3 + log 2 4𝑛 =
𝑛=1 𝑛=1 𝑛=1 𝑛=1
100
log 3 (1 + 100) ⋅ 100 0,48
= 100 log 2 3 + ∑ 2𝑛 = 100 ⋅ +2⋅ = 100 ⋅ + 10100 = 10260
log 2 2 0,30
𝑛=1

A soma dos algarismos de 𝑆 é 1 + 0 + 2 + 6 + 0 = 9.


Gabarito: “d”
51. (AFA/2020)

Considere:
𝒙+𝟏 𝟏 −𝟏
• a matriz 𝑨 = ( 𝟎 𝟏 𝟎 ) cujo determinante é 𝐝𝐞𝐭 𝑨 = 𝑴
𝒙+𝟐 𝟏 𝒙+𝟏

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 113


Prof. Victor So

𝟏 𝟎 𝟎 𝟎 𝟎
𝟎 𝟎 𝟎 𝟎 𝟏
• a matriz 𝑩 = 𝟎 𝟎 𝟎 −𝟏 𝟎 cujo determinante é 𝐝𝐞𝐭 𝑩 = 𝑵; e
𝟎 𝟎 𝟏 𝟎 𝟎
(𝟎 −𝟏 𝟎 𝟎 𝟎)
• 𝑻=𝟑−𝒙
Seja 𝒇 uma função real definida por 𝒇(𝒙) = 𝐥𝐨𝐠 𝑻 𝑴 + 𝐥𝐨𝐠 𝑻 𝑵.

Sobre o domínio de 𝒇, é correto afirmar que:

a) é o conjunto dos números reais.

b) possui apenas elementos negativos.

c) não tem o número 2 como elemento.

d) possui três elementos que são números naturais.


Comentários
Podemos calcular 𝑀 expandindo Laplace na segunda linha, que tem zeros:
𝑥+1 1 −1
𝑥+1 −1
𝑀=| 0 1 0 | = (−1)2+2 ⋅ 1 ⋅ | | = (𝑥 + 1)2 + (𝑥 + 2) = 𝑥 2 + 3𝑥 + 3
𝑥+2 𝑥+1
𝑥+2 1 𝑥+1
Calculamos 𝑁 de modo semelhante:
1 0 0 0 0
0 0 0 1
0 0 0 0 1 0 0 −1
0 0 −1 0
𝑁 = ||0 0 0 −1 0|| = | | = −| 0 1 0 | = ⋯ = 1
0 1 0 0
0 0 1 0 0 −1 0 0
−1 0 0 0
0 −1 0 0 0
Para 𝑓(𝑥) estar bem definida, devemos garantir que: 𝑇, 𝑀, 𝑁 > 0, 𝑇 ≠ 1. Já temos que
𝑁 = 1 > 0. Impomos então:
𝑥 2 + 3𝑥 + 3 > 0
⋆: { 3 − 𝑥 > 0
3−𝑥 ≠1
Resolvendo ⋆:
3 2 3
𝑥 2 + 3𝑥 + 3 = (𝑥 + ) + > 0, qualquer que seja 𝑥 ∈ ℝ.
2 4

Solução: 𝑥 < 3, 𝑥 ≠ 2
Observação: perceba que, se o candidato lesse as alternativas antes de partir para as
contas de maneira automática, ele marcaria diretamente a alternativa visto que sua verdade é de
fácil verificação.
Gabarito: “c”.
52. (AFA/2020)

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 114


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Considere a função real 𝒈: ℝ → 𝑨 tal que 𝒈(𝒙) = −𝒃 − 𝒃−|𝒙| ; 𝒃 ∈ ℝ e 𝒃 > 𝟏; em que 𝑨 é o conjunto
imagem de 𝒈.

Com relação à função 𝒈, analise as alternativas e marque a verdadeira.

a) ∃𝒙 ∈ ℝ para os quais 𝒈(𝒙) > −𝒃

b) A função 𝒈 admite inversa.

c) O conjunto solução da equação 𝒈(𝒙) = −𝒃 − 𝟏 é unitário.

d) A função 𝒉 definida por 𝒉(𝒙) = 𝒈(𝒙) + 𝒃 + 𝟏 é positiva ∀𝒙 ∈ ℝ


Comentários
Alternativa a incorreta. 𝑔(𝑥) > −𝑏 ⟺ −𝑏 − 𝑏 −|𝑥| > −𝑏 ⟺ 𝑏 −|𝑥| < 0, absurdo pois a
imagem de uma função exponencial é positiva.
Alternativa b incorreta. 𝑔(−𝑥) = 𝑔(𝑥) para todo 𝑥 ∈ ℝ, donde 𝑔 não é injetora e,
portanto, não admite inversa.
Alternativa c correta. 𝑔 (𝑥) = −𝑏 − 1 ⟺ 𝑥 = 0.
Alternativa d incorreta. ℎ(0) = 𝑔(0) + 𝑏 + 1 = −𝑏 − 1 + 𝑏 + 1 = 0, e é falso que 0 > 0.
Gabarito: “c”.
53. (AFA/2020)
Sejam as funções reais 𝒇, 𝒈 e 𝒉 tais que:
• 𝒇 é função quadrática, cujas raízes são 𝟎 e 𝟒 e cujo gráfico tangencia o gráfico de 𝒈;
𝟐
𝟏 −𝟐𝒙 +𝟖𝒙+𝟑
• 𝒈 é tal que 𝒈(𝒙) = 𝒎 com 𝒎 > 𝟎 , em que 𝒎 é a raiz da equação (𝟐) = 𝟏𝟐𝟖;

• 𝒉 é função afim, cuja taxa de variação é 𝟏 e cujo gráfico intercepta o gráfico de 𝒇 na maior
das raízes de 𝒇

Considere os gráficos dessas funções num mesmo plano cartesiano.

Analise cada proposição abaixo quanto a ser (V) Verdadeira ou (F) Falsa.
[𝒇(𝒙)]⋅[𝒉(𝒙)]𝟓
( ) A função real 𝒌 definida por 𝒌(𝒙) = [𝒈(𝒙)]𝟐
é NÃO negativa se, e somente se

𝒙 ∈ ] − ∞, 𝟎]
𝟒
( ) 𝒉(𝒙) < 𝒇(𝒙) ≤ 𝒈(𝒙) se, e somente se 𝒙 ∈] − 𝟓 , 𝟒[−{𝟐}

( ) A equação 𝒉(𝒙) − 𝒇(𝒙) = 𝟎 possui duas raízes positivas.

Sobre as proposições, tem-se que:

a) todas são verdadeiras.

b) apenas duas são verdadeiras.

c) apenas uma é verdadeira.

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 115


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d) nenhuma delas é verdadeira.


Comentários
0+4
Das duas primeiras informações se extrai que 𝑓 (2) = 𝑓 ( ) = 𝑚. Vamos calcular 𝑚:
2
2 +8𝑚+3
1 −2𝑚 1
( ) = 128 ⟺ (−2𝑚2 + 8𝑚 + 3) ⋅ log 2 ( ) = log 2 128 ⟺ 2𝑚2 − 8𝑚 − 3 = 7
2 2
⟺ 𝑚 − 4𝑚 − 5 = 0 ⟺ (𝑚 − 2) = 32 ⟺ 𝑚 = 5 𝑜𝑢 𝑚 = −1.
2 2

Como 𝑚 > 0, temos 𝑚 = 5. Portanto, temos que 𝑓 (𝑥) = 𝑎 ⋅ (𝑥 − 0) ⋅ (𝑥 − 4) e 𝑓 (2) =


5, donde:
5 5 5
5 = 𝑓 (2) = 𝑎 ⋅ 2 ⋅ (−2) = −4𝑎 ⇒ 𝑎 = − ⇒ 𝑓 (𝑥) = − ⋅ 𝑥(𝑥 − 4) = − 𝑥 2 + 5𝑥
4 4 4
Pela terceira informação, temos que ℎ(𝑥) = 𝑥 + 𝑡, sendo ℎ(4) = 0. Logo, ℎ(𝑥) = 𝑥 − 4.
Vamos agora analisar os itens:
[𝑓(𝑥 )]⋅[ℎ(𝑥 )]5 5
I) Falso. 𝑘 (𝑥) = [𝑔(𝑥 )]2
≥ 0 ⟺ 𝑓 (𝑥 ) ⋅ ℎ (𝑥 ) ≥ 0 ⟺ − ⋅ 𝑥 ⋅ (𝑥 − 4 )2 ≥ 0 ⟺ 𝑥 =
4
4 𝑜𝑢 𝑥 ≤ 0.
5
II) Falso. ℎ(𝑥) < 𝑓 (𝑥) ≤ 𝑔(𝑥) ⟺ 𝑥 − 4 < − 𝑥 2 + 5𝑥 ≤ 5 ⟺
4
5 2
𝑥 − 4𝑥 − 4 < 0
{ 4
5 2
𝑥 − 5𝑥 + 5 ≥ 0
4
5 4 4
Δ1 = (−4)2 − 4 ⋅ ⋅ (−4) = 36 ⇒ 𝑥1 = 4 𝑜𝑢 − ⇒ − < 𝑥 < 4
4 5 5
5
Δ2 = (−5)2 − 4 ⋅ ⋅ 5 = 0 ⇒ 𝑥 ∈ ℝ
4
Logo, o item é falso, uma vez que 𝑥 = 2 também vale.
III) Falso. As raízes não são ambas positivas.
5 5
ℎ(𝑥) = 𝑓 (𝑥) ⟺ 𝑥 − 4 = − 𝑥 (𝑥 − 4) ⟺ 𝑥 = 4 𝑜𝑢 1 = − 𝑥 ⟺ 𝑥 = 4 𝑜𝑢 𝑥 = −4/5
4 4
Gabarito: “d”
54. (AFA/2019)

O domínio mais amplo da função real 𝒇 definida por 𝒇(𝒙) = √𝐥𝐨𝐠 𝒂 (𝒙𝟐 − 𝟑), em que 𝒂 ∈ ]𝟎, 𝟏[, é

a) [−𝟐, 𝟐]

b) ] − 𝟐, 𝟐[

c) ] − , −𝟐] ∪ [𝟐, +[


d) [−𝟐, −√𝟑[ ∪ ]√𝟑, 𝟐]
Comentários

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 116


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Inicialmente, vamos estabelecer a condição de existência do logaritmo:


𝑎 >0𝑒𝑎≠1
𝑥 2 − 3 > 0 ⇒ 𝑥 2 > 3 ⇒ 𝑥 > √3 𝑜𝑢 𝑥 < −√3 (𝐼)
Analisando a condição de existência do radical:
log 𝑎 (𝑥 2 − 3) ≥ 0
Como a base é 0 < 𝑎 < 1, devemos ter:
𝑥 2 − 3 ≤ 1 ⇒ 𝑥 2 ≤ 4 ⇒ −2 ≤ 𝑥 ≤ 2 (𝐼𝐼)
Portanto fazendo a interseção de (𝐼) com (𝐼𝐼 ):
𝑥 ∈ [−2, −√3[ ∪ ]√3, 2]
Gabarito: “d”
55. (AFA/2018)

Considere os números 𝑨, 𝑩 𝒆 𝑪 a seguir.

𝑨 = 𝐥𝐨𝐠 𝟐𝟓 𝟐𝟕 ∙ 𝐥𝐨𝐠 𝟒 𝟓 ∙ 𝐥𝐨𝐠 𝟑 √𝟐


𝒏𝒏
𝑩 = 𝐥𝐨𝐠 𝒏 (𝐥𝐨𝐠 𝒏 √ √𝒏) (𝐧 é 𝐧𝐚𝐭𝐮𝐫𝐚𝐥 𝐦𝐚𝐢𝐨𝐫 𝐪𝐮𝐞 𝟐)

𝒂 𝐥𝐨𝐠 𝒄 𝒃 𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒄 𝐥𝐨𝐠 𝒃


𝑪=( ) ⋅( ) ⋅( ) {𝒂, 𝒃, 𝒄}  ℝ∗+
𝒃 𝒄 𝒂
A correta relação de ordem entre os números 𝑨, 𝑩 𝐞 𝑪 é

a) 𝑨 < 𝑩 < 𝑪

b) 𝑩 < 𝑨 < 𝑪

c) 𝑩 < 𝑪 < 𝑨

d) 𝑪 < 𝑨 < 𝑩
Comentários
1 1 1
log 33 log 5 log 22 3 log 3 log 5 2 log 2 3 ⋅ 2 3
𝐴= ⋅ ⋅ = ⋅ ⋅ = =
log 52 log 22 log 3 2 log 5 2 log 2 log 3 2⋅2 8
1
𝑛 𝑛 𝑛 𝑛 𝑛 𝑛 1 𝑛 1
𝑛𝐵
𝐵 = log 𝑛 (log 𝑛 √ √𝑛 ) ⇒ 𝑛 = log 𝑛 √ √𝑛 ⇒ 𝑛
𝐵
= √ √𝑛 = (𝑛 𝑛 ) = 𝑛 2
𝑛

1
⇒ 𝑛𝐵 = 2
= 𝑛 −2
𝑛
⇒ 𝐵 = −2.
𝑎 𝑏 𝑐
log 𝐶 = log 𝑐 ⋅ log ( ) + log 𝑎 ⋅ log ( ) + log 𝑏 ⋅ log ( )
𝑏 𝑐 𝑎
= log 𝑐 ⋅ (log 𝑎 − log 𝑏) + log 𝑎 ⋅ (log 𝑏 − log 𝑐) + log 𝑏 ⋅ (log 𝑐 − log 𝑎) = 0

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 117


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⇒ 𝐶 = 1.
3
Logo: 𝐵 = −2 < 𝐴 = < 𝐶 = 1
8

Gabarito: “b”
56. (AFA/2017)

A função real 𝒇 definida por 𝒇(𝒙) = 𝒂. 𝟑𝒙 + 𝒃, sendo 𝒂 e 𝒃 constantes reais, está graficamente
representada abaixo.

Pode-se afirmar que o produto (𝒂. 𝒃) pertence ao intervalo real

a) [−𝟒, −𝟏[

b) [−𝟏, 𝟐[

c) [𝟐, 𝟓[

d) [𝟓, 𝟖]
Comentários
Do gráfico, temos que:
𝑓 (2) = 8 ⇒ 𝑎. 32 + 𝑏 = 8 ⇒ 9. 𝑎 + 𝑏 = 8 9 17
{ 0 ⇒ 8𝑎 = 9 ⇒ 𝑎 = ⇒ 𝑏 = −
𝑓 (0) = −1 ⇒ 𝑎. 3 + 𝑏 = −1 ⇒ 𝑎 + 𝑏 = −1 8 8
Portanto:
9 17 153
𝑎⋅𝑏= ⋅ (− ) = −
8 8 64
⇒ −4 ≤ 𝑎 ⋅ 𝑏 < −1
Gabarito: “a”
57. (AFA/2016)

Considere a função real 𝒇 definida por 𝒇(𝒙) = 𝒂𝒙 com 𝒂 ∈ ]𝟎, 𝟏[ .

Sobre a função real 𝒈 definida por 𝒈(𝒙) = | − 𝒃 − 𝒇(𝒙)| com 𝒃 ∈] − ∞, −𝟏[ , é correto afirmar que

a) possui raiz negativa e igual a 𝐥𝐨𝐠 𝒂(−𝒃)


b) é crescente em todo o seu domínio.

c) possui valor máximo.

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 118


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d) é injetora.
Comentários
a) verdadeira. Primeiramente, observe que log 𝑎 (−𝑏) está bem definido, uma vez que 1 ≠
𝑎>0e
𝑏 ∈ ] − ∞, −1[ ⇒ −𝑏 > 0. Além disso, 𝑔 (log 𝑎 (−𝑏)) = |−𝑏 − 𝑎log𝑎(−𝑏) | = |−𝑏 − (−𝑏)| = 0.
Logo log 𝑎 (−𝑏) é raiz. Para mostrar que esse número é negativo, perceba que (inverte-se
a desigualdade uma vez que 0 < 𝑎 < 1):
log a (−𝑏) < 0 = log 𝑎 1 ⟺ −𝑏 > 1 ⟺ 𝑏 < −1, o que é verdadeiro.

b) falsa. 𝑔 não é crescente em todo o domínio porque a função dentro do módulo é


estritamente monótona e 𝑔 admite raiz.

c) falsa. A medida que 𝑥 vai para −∞, 𝑓 (𝑥) = 𝑎 𝑥 vai para ∞ e portanto 𝑔(𝑥) vai para
|−𝑏 − ∞| = ∞. Logo, não admite máximo.

𝑏 3𝑏
d) falsa. Não é injetora. Tome por exemplo 𝑥1 ≠ 𝑥2 com 𝑓 (𝑥1 ) = − e 𝑓 (𝑥2 ) = − .
2 2
𝑏 3𝑏
Teremos 𝑔(𝑥1 ) = 𝑔(𝑥2 ). Tais 𝑥1 e 𝑥2 existem porque − e − são positivos e 𝑓 (ℝ) = ℝ⋆+ .
2 2

Gabarito: “a”.
58. (AFA/2015)

Considere a função real 𝒇: ℝ → ℝ definida por 𝒇(𝒙) = 𝒂𝒙 − 𝒃, em que 𝟎 < 𝒂 < 𝟏 e 𝒃 > 𝟏.

Analise as alternativas abaixo e marque a FALSA.

a) Na função 𝒇, se 𝒙 > 𝟎, então −𝒃 < 𝒇(𝒙) < 𝟏 − 𝒃.

b) 𝑰𝒎(𝒇) contém elementos menores que o número real −𝒃.

c) A raiz da função 𝒇 é um número negativo.

d) A função real 𝒉, definida por 𝒉(𝒙) = 𝒇(|𝒙|) não possui raízes.


Comentários
a) verdadeira. 𝑥 > 0 ⟺ 0 < 𝑎 𝑥 < 𝑎0 = 1 ⟺ −𝑏 < 𝑓 (𝑥) = 𝑎 𝑥 − 𝑏 < 1 − 𝑏
b) falsa. 𝑓 (𝑥) < −𝑏 ⟺ 𝑎 𝑥 < 0, absurdo.
c) verdadeira. A raiz 𝑟 é: 𝑟 = log a 𝑏. Temos 𝑟 < 0 ⟺ 𝑏 = 𝑎𝑟 > 𝑎0 = 1, o que é verdade.
d) verdadeira. Pelo item c, para ℎ possuir raiz, teríamos que ter |𝑥| = 𝑟 < 0, absurdo.
Gabarito: “b”
59. (AFA/2014)

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 119


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Pesquisas realizadas verificaram que, no planeta Terra, no início do ano de 2013, a população de
pássaros da espécie 𝑨 era 12 vezes a população de pássaros da espécie 𝑩.

Sabe-se que a população de pássaros da espécie 𝑨 cresce a uma taxa de 5% no ano, enquanto que
a população de pássaros da espécie 𝑩 cresce a uma taxa de 20% ao ano.

Com base nesses dados, é correto afirmar que, essas duas populações de pássaros serão iguais

(Considere: 𝒍𝒐𝒈𝟕 = 𝟎, 𝟖𝟓; 𝒍𝒐𝒈𝟔 = 𝟎, 𝟕𝟖; 𝒍𝒐𝒈𝟐 = 𝟎, 𝟑)

a) no 1º semestre do ano de 2034.

b) no 2º semestre do ano de 2034.

c) no 1º semestre do ano de 2035.

d) no 2º semestre do ano de 2035.


Comentários
Pelos dados do enunciado, contando o tempo 𝑡 em anos, podemos montar as seguintes
fórmulas para a população de pássaros 𝐴(𝑡) e para 𝐵(𝑡),
𝐴(2013 + 𝑡) = 𝐴0 ⋅ (1,05)𝑡
𝐵 (2013 + 𝑡) = 𝐵0 ⋅ (1,20)𝑡
𝐴0 = 12𝐵0
Queremos achar o ano em que as populações são iguais:
𝐴(𝑡) 𝐴0 ⋅ (1,05)𝑡−2013 1,05 𝑡−2013 1,05
1= = = 12 ⋅ ( ) ⇒ 0 = log 12 + ( 𝑡 − 2013 ) log ( )
𝐵 (𝑡) 𝐵0 ⋅ (1,20)𝑡−2013 1,20 1,20
7
0 = log 2 + log 6 + (𝑡 − 2013) log ( ) ⇒ − log 2 − log 6 = (𝑡 − 2013) ⋅ (log 7 − 3 log 2)
8
log 2 + log 6 0,3 + 0,78 1,08
⇒ 𝑡 = 2013 + = 2013 + = 2013 + = 2013 + 21,6
3 log 2 − log 7 3 ⋅ 0,3 − 0,85 0,05
= 2034,6
Logo, as populações serão iguais em algum momento do 2°semestre de 2034.
Gabarito: “b”
60. (AFA/2013)

No plano cartesiano, seja 𝑷(𝒂, 𝒃) o ponto de interseção entre as curvas dadas pelas funções reais f
𝟏 𝒙
e g definidas por 𝒇(𝒙) = (𝟐) e 𝒈(𝒙) = 𝐥𝐨𝐠 𝟏 𝒙.
𝟐

É correto afirmar que


𝟏
a) 𝒂 = 𝐥𝐨𝐠 𝟐 ( 𝟏 )
𝐥𝐨𝐠 𝟐 ( )
𝒂

b) 𝒂 = 𝐥𝐨𝐠 𝟐 (𝐥𝐨𝐠 𝟐 𝒂)

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 120


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𝟏
c) 𝒂 = 𝐥𝐨𝐠 𝟏 (𝐥𝐨𝐠 𝟏 (𝒂))
𝟐 𝟐

d) 𝒂 = 𝐥𝐨𝐠 𝟐 (𝐥𝐨𝐠 𝟏 𝒂)
𝟐

Comentários
O ponto de intersecção (𝑎, 𝑏) satisfaz ambas as equações:
1
𝑓 (𝑎 ) = 𝑏 ⇒ =𝑏 1 1
{ 2𝑎 ⇒ 2𝑎 = ⇒ 𝑎 = log 2
𝑔(𝑎) = 𝑏 ⇒ log 1 𝑎 = 𝑏 𝑏 𝑏
2

Porém:
1 1 1
log 1 𝑎 = 𝑏 ⇒ 𝑏
= 𝑎 ⇒ = 2𝑏 ⇒ log 2 ( ) = 𝑏
2 2 𝑎 𝑎
Portanto:

1 1
𝑎 = log 2 ⇒ 𝑎 = log 2 ( )
𝑏 1
log 2 ( )
𝑎
Gabarito: “a”
61. (AFA/2012)

Considere uma aplicação financeira denominada UNI que rende juros mensais de 𝑴 = 𝐥𝐨𝐠 𝟐𝟕 𝟏𝟗𝟔 e
outra aplicação financeira denominada DUNI que rende juros mensais de 𝑵 = − 𝐥𝐨𝐠 𝟏 𝟏𝟒.
𝟗

A razão entre os juros mensais 𝑴 e 𝑵, nessa ordem, é

a) 70%
𝟐
b) 𝟑
𝟒
c) 𝟑

d) 80%
Comentários
log 196
𝑀 log 27 196 log 27 log 142 log 3−2 2 log 14 −2 log 3 4
= = =− ⋅ = − ⋅ =
𝑁 − log 1 14 log 14 log 33 log 14 3 log 3 log 14 3
9 − 1
log ( )
9
Gabarito: “c”
62. (AFA/2011)
𝟐
𝟏 𝟒𝒙−𝒙
Dada a expressão (𝟑) , em que 𝒙 é um número real qualquer, podemos afirmar que

a) o maior valor que a expressão pode assumir é 3.

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 121


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b) o menor valor que a expressão pode assumir é 3.


𝟏
c) o menor valor que a expressão pode assumir é 𝟖𝟏.
𝟏
d) o maior valor que a expressão pode assumir é 𝟐𝟕.

Comentários
2
1 4𝑥−𝑥 2 2 1 2
𝐸=( ) = (3−1 )4𝑥−𝑥 = 3𝑥 −4𝑥+4−4 = 4 ⋅ 3(𝑥−2)
3 3
2
A expressão acima cresce quando (𝑥 − 2) cresce. Portanto, 𝐸 atinge seu valor mínimo
1 1
para 𝑥 = 2. Nesse caso, 𝐸 = 4 = .
3 81

Gabarito: “c”
63. (AFA/2011)

Um médico, apreciador de logaritmos, prescreveu um medicamento a um de seus pacientes,


também apreciador de logaritmo, conforme a seguir.

Tomar 𝒙 gotas do medicamento 𝜶 de 8 em 8 horas. A quantidade de gotas 𝒚 diária deverá ser


calculada pela fórmula 𝐥𝐨𝐠 𝟖 𝐲 = 𝐥𝐨𝐠 𝟐 𝟔
𝟑
Considerando 𝐥𝐨𝐠 𝟐 = 𝟏𝟎 e 𝐥𝐨𝐠 𝟑 = 𝟎, 𝟒𝟖 , é correto afirmar que 𝐥𝐨𝐠 𝟐 𝒙 é um número do intervalo

a) [3,4[

b) [4,5[

c) [5,6[

d) [6,7[
Comentários
𝑥 gotas a cada 8 horas ⇒ 𝑦 = 3𝑥 gotas diárias.
log 3𝑥 log 6 log 3 + log 𝑥 log 2 + log 3
log 8 3𝑥 = log 2 6 ⇒ = ⇒ = ⇒
log 8 log 2 3 log 2 log 2
⇒ log 3 + log 𝑥 = 3 log 2 + 3 log 3 ⇒ log 𝑥 = 3 log 2 + 2 log 3 ⇒
3 log 2 + 2 log 3 2 log 3 2 ⋅ 0,48
⇒ log 2 𝑥 = =3+ = 3+ = 3 + 3,2 = 6,2
log 2 log 2 3
10
Gabarito: “d”
64. (AFA/2010 - Adaptada)
Sendo 𝑫 o maior domínio possível, sobre a função real 𝒇: 𝑫 → ℝ dada por 𝒇(𝒙) = 𝟏 + 𝐥𝐨𝐠 𝟐 (𝒙𝟐 ), é
INCORRETO afirmar que 𝒇 é
a) par
b) sobrejetora

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 122


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c) crescente em [𝟏, +∞[

d) injetora
Comentários
O maior domínio 𝐷 é ℝ⋆ .
𝑓 (−𝑥) = 1 + log 2 ((−𝑥)2 ) = 1 + log 2 (𝑥 2 ) = 𝑓 (𝑥)
Logo 𝑓 não é injetora, pois 𝑥 ≠ −𝑥 mas 𝑓 (𝑥) = 𝑓 (−𝑥).
Gabarito: “d”
65. (AFA/2010)
𝟏
Sejam as funções reais dadas por 𝒇(𝒙) = 𝟐𝟐𝒙+𝟏 e 𝒈(𝒙) = 𝟑𝒙+𝟏 . Se 𝒃 ∈ ℝ tal que 𝒇 (𝟐) = 𝟐𝒈(𝒃) e
𝒑 = 𝐥𝐨𝐠 𝟑 𝒃, então sobre 𝒑 é correto afirmar que:

a) não está definido

b) é positivo e menor que 1

c) é negativo e menor que 1

d) é positivo e maior que 1


Comentários
1 1
𝑓 ( ) = 2𝑔(𝑏) ⇒ 22⋅2+1 = 2 ⋅ 3𝑏+1 ⇒ 4 = 2 ⋅ 3𝑏+1 ⇒ log 3 2 = 𝑏 + 1 ⇒
2
log 2 log 2 − log 3 0,30 − 0,48
⇒ 𝑏 = log 3 2 − 1 = −1= ≈ <0
log 3 log 3 0,48
Logo, como 𝑏 < 0, não está definido 𝑝 = log 3 𝑏.
Gabarito: “a”
66. (EFOMM/2021)
𝟐𝒙 , 𝒙 ≥ 𝟏 𝟏 − 𝒙𝟐 , 𝒙 ≥ 𝟎
Sejam f e g funções reais definidas por 𝒇(𝒙) = { 𝒆 𝒈(𝒙) = { 𝟐
𝒙, 𝒙 < 𝟏 𝒙 − 𝟏, 𝒙 < 𝟎
Sendo assim, pode-se dizer que 𝒇𝒐𝒈(𝒙) é definida por:
𝟏 − 𝒙𝟐 , 𝒙 > 𝟎
𝟐
𝟐𝟏−𝒙 , 𝒙 = 𝟎
a) 𝒇𝒐𝒈(𝒙) =
𝒙𝟐 − 𝟏, −√𝟐 < 𝒙 < 𝟎
𝟐
{ 𝟐𝒙 −𝟏 , 𝒙 ≤ −√𝟐
𝒙𝟐 − 𝟏, 𝒙 = 𝟎
𝟐
𝟐𝟏−𝒙 , 𝒙 > 𝟎
b) 𝒇𝒐𝒈(𝒙) =
𝟏 − 𝒙𝟐 , −√𝟐 ≤ 𝒙 < 𝟎
𝟐
{ 𝟐𝒙 −𝟏 , 𝒙 < −√𝟐

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 123


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𝟏 − 𝒙𝟐 , 𝒙 > 𝟎
𝟐
𝟐𝟏−𝒙 , 𝒙 = 𝟎
c) 𝒇𝒐𝒈(𝒙) =
𝒙𝟐 − 𝟏, −√𝟐 < 𝒙 ≤ 𝟎
𝟐
{ 𝟐𝒙 −𝟏 , 𝒙 ≤ −√𝟐
𝟏 − 𝒙𝟐 , 𝟎 < 𝒙 < 𝟏
𝟐
𝟐𝟏−𝒙 , 𝒙 = 𝟎
d) 𝒇𝒐𝒈(𝒙) =
𝒙𝟐 − 𝟏, −√𝟐 ≤ 𝒙 ≤ 𝟎
𝟐
{ 𝟐𝒙 −𝟏 , 𝒙 < −√𝟐
𝟏 − 𝒙𝟐 , 𝒙 ≥ 𝟏
𝟐
𝟐𝟏−𝒙 , 𝟎 ≤ 𝒙 < 𝟏
e) 𝒇𝒐𝒈(𝒙) =
𝒙𝟐 − 𝟏, −√𝟐 ≤ 𝒙 < 𝟎
𝟐
{ 𝟐𝒙 −𝟏 , 𝒙 < −√𝟐
Comentários
Queremos encontrar:
2𝑔(𝑥) , g(𝑥) ≥ 1
𝑓𝑜𝑔 (𝑥) = 𝑓(𝑔(𝑥)) = {
𝑔(𝑥), g(𝑥) < 1
Para 𝑔(𝑥) ≥ 1:
1 − 𝑥2, 𝑥 ≥ 0
𝑔 (𝑥 ) = {
𝑥 2 − 1, 𝑥 < 0
Se 𝑥 ≥ 0:
𝑔(𝑥) = 1 − 𝑥 2 ≥ 1 ⇒ −𝑥 2 ≥ 0 ⇒ 𝑥 = 0
Se 𝑥 < 0:
𝑔(𝑥) = 𝑥 2 − 1 ≥ 1 ⇒ 𝑥 2 ≥ 2 ⇒ 𝑥 ≥ √2 𝑜𝑢 𝑥 ≤ −√2

Fazendo a interseção com 𝑥 < 0, obtemos 𝑥 ≤ −√2 .


Logo:
2
21−𝑥 , 𝑥 = 0
𝑓𝑜𝑔 (𝑥) = { 2
2𝑥 −1 , 𝑥 ≤ −√2
Para 𝑔(𝑥) < 1:
Se 𝑥 ≥ 0:
𝑔(𝑥) = 1 − 𝑥 2 < 1 ⇒ −𝑥 2 < 0 ∴ 𝑥 ≠ 0
Logo, temos 𝑥 > 0 .
Se 𝑥 < 0:
𝑔(𝑥) = 𝑥 2 − 1 < 1 ⇒ 𝑥 2 < 2 ⇒ −√2 < 𝑥 < √2
Fazendo a interseção, encontramos:

−√2 < 𝑥 < 0

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 124


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1 − 𝑥2, 𝑥 > 0
𝑓𝑜𝑔 (𝑥) = {
𝑥 2 − 1, − √2 < 𝑥 < 0
Assim, temos:
1 − 𝑥2, 𝑥 > 0
2
21−𝑥 , 𝑥 = 0
𝑓𝑜𝑔(𝑥) =
𝑥 2 − 1, −√2 < 𝑥 < 0
𝑥 2 −1
{ 2 , 𝑥 ≤ −√2
Gabarito: A
67. (EN/2021)
𝒍𝒐𝒈𝟓 𝒙 + 𝟑𝒍𝒐𝒈𝟑 𝒚 = 𝟕
Assinale a opção que apresenta uma solução, em 𝒙 e 𝒚, do sistema { .
𝒙𝒚 = 𝟓𝟏𝟐
a) 𝒙 = 𝟏𝟐𝟓 e 𝒚 = 𝟑

b) 𝒙 = 𝟑 e 𝒚 = 𝟏𝟐𝟓

c) 𝒙 = 𝟏𝟔𝟐𝟓e 𝒚 = 𝟑

d) 𝒙 = 𝟒 e 𝒚 = 𝟏𝟐𝟓

e) 𝒙 = 𝟑 e 𝒚 = 𝟒
Comentários
Lembrando que 𝑎log𝑎 𝑏 = 𝑏, respeitando as condições de existência do log, então podemos
reescrever a primeira equação do sistema como:
log 5 𝑥 + 𝑦 = 7
Por outro, lado, temos:
𝑥 𝑦 = 512
log 5 5
𝑦 = log 𝑥 512 = 12 ⋅ log 𝑥 5 = 12 ⋅
log 5 𝑥
Portanto:
1
𝑦 = 12 ⋅
log
⏟ 5𝑥
7−𝑦

Portanto:
𝑦 ⋅ (7 − 𝑦) = 12
𝑦 2 − 7𝑦 + 12 = 0
𝑦1 = 4 𝑜𝑢 𝑦2 = 3
Se 𝑦1 = 4, então:
𝑥 4 = 512 ∴ 𝑥 = 53 = 125
Se 𝑦2 = 3, então:

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 125


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𝑥 3 = 512 ∴ 𝑥 = 54 = 625
Solução:
𝑆 = {(125; 4); (625; 3)}
Gabarito: C
68. (EN/2021)
Um determinado país com 220 milhões de habitantes foi acometido por um vírus X. Verificou-se
que, no primeiro ano do aparecimento do vírus na população, havia 620 casos acumulados do vírus
X do dia 19 de março e constatou-se que a progressão de contaminação do vírus era constante a
cada 20 dias até o dia 18 de maio, conforme gráfico ilustrativo abaixo. Considerando que essa
progressão continuou constante até o dia 27 de junho, a porcentagem da população nessa data, por
casos acumulados, que foi contaminada é de aproximadamente:

a) 1,7%

b) 2,4%

c) 3,5%

d) 4,7%

e) 5,6%
Comentários
A cada 20 dias o número de contaminados é multiplicado por um valor, mantendo uma
progressão. Note que de 19/03 a 18/05 temos 60 dias. Então, se no dia 19/03 tínhamos 620 casos
e a cada 20 dias o número é multiplicado por um fator, então:
620 ⋅ 𝑟 3 = 212000
𝑟 3 = 343
𝑟=7

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 126


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De 18/05 até 27/06 nós temos 40 dias = 2x20. Então, até dia 27/06 temos duas razões.
Então:
𝑇 = 212000 ⋅ 72
𝑇 = 10.388.000
A porcentagem da população contaminada é de:
10.388.00
%𝑐𝑜𝑛𝑡𝑎𝑚𝑖𝑛𝑎𝑑𝑜𝑠 = ⋅ 100% = 4,7%
220.000.000
Gabarito: D
69. (EFOMM/2020)

Seja 𝒇: ℕ → ℕ uma função tal que

𝒇(𝒎 ⋅ 𝒏) = 𝒏 ⋅ 𝒇(𝒎) + 𝒎 ⋅ 𝒇(𝒏)


para todos os naturais 𝒎 e 𝒏. Se 𝒇(𝟐𝟎) = 𝟑, 𝒇(𝟏𝟒) = 𝟏, 𝟐𝟓 e 𝒇(𝟑𝟓) = 𝟒, então, o valor de 𝒇(𝟖) é

a) 1

b) 2

c) 3

d) 4

e) 5
Comentários
O segredo dessa questão está na fatoração.
𝑓 (20) = 𝑓 (4 ⋅ 5) = 5 ⋅ 𝑓 (4) + 4 ⋅ 𝑓 (5)
𝑓 (4 ) = 𝑓 (2 ⋅ 2) = 2 ⋅ 𝑓 (2 ) + 2 ⋅ 𝑓 ( 2 ) = 4 ⋅ 𝑓 (2 )
Logo, substituindo a segunda na primeira, 𝑓 (20) = 20 ⋅ 𝑓 (2) + 4 ⋅ 𝑓 (5).
𝑓 (14) = 𝑓 (7 ⋅ 2) = 2 ⋅ 𝑓 (7) + 7 ⋅ 𝑓 (2)
𝑓 (35) = 5 ⋅ 𝑓 (7) + 7 ⋅ 𝑓 (5).
𝑓 (8) = 𝑓 (2 ⋅ 4) = 4 ⋅ 𝑓 (2) + 2 ⋅ 𝑓 (4) = 4 ⋅ 𝑓 (2) + 2 ⋅ 4 ⋅ 𝑓 (2) = 12 ⋅ 𝑓 (2)
Montamos então um sistema, a fim de descobrir 𝑓 (2) e, portanto, descobrir 𝑓 (8):
3 = 𝑓 (20) = 20 ⋅ 𝑓 (2) + 4 ⋅ 𝑓(5)
{1,25 = 𝑓 (14) = 7 ⋅ 𝑓 (2) + 2 ⋅ 𝑓(7)
4 = 𝑓 (35) = 7 ⋅ 𝑓 (5) + 5 ⋅ 𝑓(7)
Resolvendo o sistema linear de três equações e três incógnitas, a saber, 𝑓 (2), 𝑓 (5), 𝑓(7),
obtemos:
1 1 1
𝑓 (2 ) = , 𝑓 (5) = , 𝑓 (7) = .
12 3 3
Logo 𝑓 (8) = 12𝑓 (2) = 1.

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 127


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Gabarito: “a”
70. (EFOMM/2018)
𝒇(−𝒚) 𝟏
Seja 𝒇: ℝ∗ → ℝ uma função tal que 𝒇(𝟏) = 𝟐 e 𝒇(𝒙𝒚) = − , ∀𝒙, 𝒚 ∈ ℝ∗ . Então, o valor de 𝒇 (𝟐)
𝒙
será

a) 𝟓

b) 𝟒

c) 𝟑

d) 𝟐

e) 𝟏
Comentários
1
1 𝑓( ) 1
2 = 𝑓 (1) = 𝑓 ((−2) ⋅ (− )) = − 2 ⇒ 𝑓 ( ) = 4
2 (−2) 2
Gabarito: “b”
71. (EFOMM/2016)
𝒆𝒙 𝒆−𝒙
Um aluno precisa construir o gráfico da função real 𝒇, definida por 𝒇(𝒙) = + . Ele percebeu
𝟐 𝟐
que a função possui a seguinte característica:
𝒆−𝒙 𝒆−(−𝒙) 𝒆−𝒙 𝒆𝒙
𝒇(−𝒙) = + = + = 𝒇(𝒙).
𝟐 𝟐 𝟐 𝟐

Assinale a alternativa que representa o gráfico dessa função.

a)

b)

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 128


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c)

d)

e)

Comentários
O aluno percebeu que 𝑓 (𝑥) = 𝑓(−𝑥), isto é, que a função é par e, portanto, seu gráfico é
𝑒0 𝑒 −0 1
simétrico em relação ao eixo y. Além disso, substituindo 𝑥 = 0, vemos que 𝑓 (0) = + = +
2 2 2

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 129


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1
= 1. O único gráfico simétrico em relação ao eixo y e que passa pelo ponto (0,1) é o da
2
alternativa c.
Gabarito: “c”
72. (EFOMM/2015)

Os números reais positivos 𝒂𝟏 , 𝒂𝟐 ,...,𝒂𝒏 formam, nessa ordem, uma progressão geométrica de razão
𝒒. Nesse caso, é correto afirmar que a sequência 𝐥𝐨𝐠 𝒂𝟏 , 𝐥𝐨𝐠 𝒂𝟐 ,..., 𝐥𝐨𝐠 𝒂𝒏 forma

a) uma progressão geométrica crescente, se 𝒒 > 𝟏.

b) uma progressão aritmética crescente, se 𝒒 > 𝟏.

c) uma progressão geométrica decrescente, se 𝟎 < 𝒒 < 𝟏.

d) uma progressão aritmética crescente, se 𝟎 < 𝒒 < 𝟏.

e) uma progressão aritmética crescente, desde que 𝒒 > 𝟎.


Comentários
Fórmula do termo geral da progressão geométrica: 𝑎𝑛 = 𝑎1 ⋅ 𝑞𝑛−1
Logo: 𝑏𝑛 = log 𝑎𝑛 = log 𝑎1 + (𝑛 − 1) ⋅ log 𝑞
Assim, (𝑏𝑛 ) é uma progressão aritmética de termo inicial 𝑏1 = log 𝑎1 e razão 𝑟 = log 𝑞.
Se 𝑞 > 1, log 𝑞 > 0 e a PA é crescente. Se 0 < 𝑞 < 1, log 𝑞 < 0 e a PA é decrescente.
Gabarito: “b”
73. (EFOMM/2013)

O número de bactérias 𝑩, numa cultura, após 𝒕 horas, é 𝑩 = 𝑩𝟎 𝒆𝒌𝒕 , onde 𝒌 é um a constante real.
𝑰𝒏 𝟐
Sabendo-se que o número inicial de bactérias é 𝟏𝟎𝟎 e que essa quantidade duplica em 𝝉 = 𝟐
horas, então o número 𝑵 de bactérias, após 2 horas, satisfaz:

a) 𝟖𝟎𝟎 < 𝑵 < 𝟏𝟔𝟎𝟎.

b) 𝟏𝟔𝟎𝟎 < 𝑵 < 𝟖𝟏𝟎𝟎.

c) 𝟖𝟏𝟎𝟎 < 𝑵 < 𝟏𝟐𝟖𝟎𝟎𝟎.

d) 𝟏𝟐𝟖𝟎𝟎𝟎 < 𝑵 < 𝟐𝟓𝟔𝟎𝟎𝟎.

e) 𝟐𝟓𝟔𝟎𝟎𝟎 < 𝑵 < 𝟓𝟏𝟐𝟎𝟎𝟎.


Comentários
ln 2 𝑘 𝑘
ln 2
A quantidade duplica em 𝜏 = horas ⇒ 2𝐵0 = 𝐵0 𝑒 𝑘⋅ 2 = 𝐵0 (𝑒 ln 2 )2 = 𝐵0 ⋅ 22 ⇒
2
𝑘
⇒ 2 = 22 ⇒ 𝑘 = 2.
O número inicial de bactérias é 100 ⇒ 𝐵0 = 100.
Após 2 horas (𝑡 = 2)

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 130


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𝑁 = 100 ⋅ 𝑒 2𝑡 = 100 ⋅ 𝑒 4 .
Sabe-se que 2 < 𝑒 < 3 ⇒ 16 = 24 < 𝑒 4 < 34 = 81 ⇒ 1600 < 𝑁 = 100𝑒 4 < 8100.
Gabarito: “b”
74. (EFOMM/2010)

Sabendo que o 𝐥𝐨𝐠 𝟑𝟎 𝟑 = 𝒂 e 𝐥𝐨𝐠 𝟑𝟎 𝟓 = 𝒃, que opção representa 𝐥𝐨𝐠 𝟏𝟎 𝟐?


𝟏−𝒂−𝒃
a) 𝟐+𝒂
𝟏−𝒂−𝒃
b) 𝒂−𝟏
𝟏−𝒂−𝒃
c) 𝟏+𝒂
𝟏−𝒂−𝒃
d) 𝟐−𝒂
𝟏−𝒂−𝒃
e) 𝟏−𝒂

Comentários
Nessa questão, todos os logaritmos sem base são na base 10.
log 3 log 3 log 3 1 1 𝑎
𝑎 = log 30 3 = = = ⇒ = 1+ ⇒ log 3 =
log 30 log 3 + log 10 log 3 + 1 𝑎 log 3 1−𝑎
log 5
𝑏 = log 30 5 =
log 30
𝑎
𝑎 log 30 3 log 3 log 3 log 3 log 3 𝑏
= = = = ⇒ 1 − log 2 = 𝑎 = 𝑎 𝑎 =
1 −
𝑏 log 30 5 log 5 log 10 1 − log 2 1−𝑎
2 𝑏 𝑏
𝑏 1−𝑎−𝑏
⇒ log 2 = 1 − =
1−𝑎 1−𝑎
Gabarito: “e”
75. (EFOMM/2009)
Numa embarcação é comum ouvirem-se determinados tipos de sons. Suponha que o nível sonoro
𝜷 e a intensidade 𝑰 de um desses sons esteja relacionado com a equação logarítmica 𝜷 = 𝟏𝟐 +
𝑰
𝒍𝒐𝒈𝟏𝟎 𝑰 , 𝒆𝒎 𝒒𝒖𝒆 𝜷 é medido em decibéis e I em watts por metro quadrado. Qual é a razão 𝟏 ,
𝑰𝟐
sabendo-se que 𝑰𝟏 corresponde ao ruído sonoro de 𝟖 decibéis de uma aproximação de dois navios e
que 𝑰𝟐 corresponde a 𝟔 decibéis no interior da embarcação?

a) 0,1

b) 1

c) 10
d) 100

e) 1000

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 131


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Comentários
8 = 12 + log10 𝐼1 ⇒ 𝐼1 = 10−4
6 = 12 + log10 𝐼2 ⇒ 𝐼2 = 10−6
𝐼1 10−4
= = 100
𝐼2 10−6
Gabarito: “d”
76. (EFOMM/2006)
𝒂
Se 𝐥𝐨𝐠 𝒂 = 𝟎, 𝟒𝟕𝟕𝟏 e 𝐥𝐨𝐠 𝒃 = 𝟎, 𝟑𝟎𝟏𝟎, então 𝐥𝐨𝐠 𝒃 é

a) 𝟎, 𝟏𝟕𝟔𝟏

b) −𝟎, 𝟏𝟕𝟔𝟏

c) 𝟎, 𝟕𝟕𝟖𝟏

d) 𝟎, 𝟖𝟐𝟑𝟗

e) −𝟎, 𝟖𝟐𝟑𝟗
Comentários
𝑎
log ( ) = log 𝑎 − log 𝑏 = 0,4771 − 0,3010 = 0,1761
𝑏
Gabarito: “a”
77. (EFOMM/2005)

Determine o domínio da função real 𝒚 = √(𝐥𝐨𝐠 𝟏 𝒙 + 𝟐)


𝟐

a) 𝑫 = {𝒙 ∈ ℝ/𝟎 < 𝒙 ≤ 𝟒}

b) 𝑫 = {𝒙 ∈ ℝ/𝟎 > 𝒙 ≥ 𝟒}

c) 𝑫 = {𝒙 ∈ ℝ/𝟎 < 𝒙 ≤ 𝟐}

d) 𝑫 = {𝒙 ∈ ℝ/𝟎 > 𝒙 ≥ 𝟐}

e) 𝑫 = {𝒙 ∈ ℝ/𝒙 < 𝟒}
Comentários
Devemos ter:
𝑥 > 0,
1 −2
log 1 𝑥 + 2 ≥ 0 ⟺ log 1 𝑥 ≥ −2 ⟺ 𝑥 ≤ ( ) = 4
2 2 2
Logo, 𝐷 = {𝑥 ∈ ℝ/0 < 𝑥 ≤ 4}.
Gabarito: “a”
78. (Escola Naval/2019)

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 132


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O Cruzeiro do Sul é uma das mais importantes constelações para os povos no hemisfério sul. Ela é
muito útil na navegação e está presente em nossa Bandeira Nacional, no Brasão Nacional, assim
como em símbolos de colégios, agremiações etc. Dentre as cinco principais estrelas há a Alpha Crucis
(𝜶), a mais brilhante, e a Epsilon Crucis (𝜺), a menos brilhante dentre as principais que formam uma
cruz, conforme figura abaixo.

Pode-se medir, de forma aproximada, a distância até uma estrela pela equação 𝑴𝒅 = −𝟓 + 𝟓 ⋅
𝑫
𝐥𝐨𝐠 𝟏𝟎 , tal que 𝑴𝒅 é o módulo de distância de uma estrela (uma medida de brilho na Astronomia)
𝟑,𝟑
e 𝑫 é a distância, em anos-luz. Considerando 𝑴𝒅 = 𝟓 para Alpha Crucis e 𝑴𝒅 = 𝟒, 𝟐 para Epsilon
Crucis, 𝑫𝒂 a distância até Alpha Crucis e 𝑫𝒆 a distância até Epsilon Crucis, ambas em anos-luz, pode-
se afirmar, de forma aproximada, que:

Dados: 𝒍𝒐𝒈𝟏𝟎 𝟑 = 𝟎, 𝟒𝟖 e 𝒍𝒐𝒈𝟏𝟎 𝟐𝟑 = 𝟏, 𝟑𝟔


a) 𝑫𝒆 > 𝑫𝒂

b) 𝑫𝒂 + 𝑫𝒆 = 𝟓𝟓𝟕, 𝟕

c) 𝑫𝒂 = 𝟑𝟑𝟎

d) 𝑫𝒆 = 𝟔𝟗

e) 𝑫𝒂 = 𝟏𝟎𝟎
Comentários
𝐷𝑎 𝐷𝑎
Para Alpha Crucis: 5 = −5 + 5 ⋅ log10 ⇒ 2 = log10 ⇒ 𝐷𝑎 = 3,3 ⋅ 102 = 330 anos-
3,3 3,3
luz
Já podemos marcar “c”. Mesmo assim, vamos continuar a análise:
Considerando log 2 = 0,30, para Epsilon Crucis:
𝐷𝑒 𝐷𝑒
4,2 = −5 + 5 ⋅ log10 ⇒ 1,84 = log10 ⇒ 𝐷𝑒 = 3,3 ⋅ 101,84 ≈ 3,3 ⋅ 106⋅0,30
3,3 3,3
6
= 3,3 ⋅ (10log 2 ) = 3,3 ⋅ 26 = 3,3 ⋅ 64 = 211,2 ≈ 220 anos-luz
(Arredondamos para cima porque sabemos que o valor era para ser maior, pois 1,84 > 6 ⋅
0,30.)

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 133


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Gabarito: “c”
79. (Escola Naval/2018)
𝒆𝒙 −𝒆−𝒙
Sejam 𝒇 e 𝒈 funções reais tais que 𝒈 é a inversa de 𝒇. Se 𝒇 é definida como 𝒇(𝒙) = 𝒆𝒙 +𝒆−𝒙 , calcule
𝟏
𝒆𝒈(𝟐) e assinale a opção correta.

a) 𝟐

b) √𝟐

c) 𝟑

d) √𝟑
e) −√𝟐
Comentários
1 1
Como queremos calcular 𝑎 = 𝑔 ( ), precisamos achar 𝑎 ∈ ℝ tal que 𝑓 (𝑎) = . Logo:
2 2
𝑎 −𝑎
1 𝑒 −𝑒 𝑎 −𝑎 𝑎 −𝑎 −𝑎 𝑎 2𝑎 𝑎
1
= 𝑎 ⇒ 𝑒 + 𝑒 = 2𝑒 − 2𝑒 ⇒ 3𝑒 = 𝑒 ⇒ 𝑒 = 3 ⇒ 𝑒 = 3 2 = √3
2 𝑒 + 𝑒 −𝑎
Gabarito: “d”
80. (Escola Naval/2015)

O elemento químico Califórnio, 𝑪𝒇𝟐𝟓𝟏 , emite partículas alfa, se transformando no elemento Cúrio,
𝑪𝒎𝟐𝟒𝟕 . Essa desintegração obedece à função exponencial 𝑵(𝒕) = 𝑵𝒐 𝒆−𝒂𝒕 , 𝒐𝒏𝒅𝒆 N(t) é quantidade
de partículas de 𝑪𝒇𝟐𝟓𝟏 no instante 𝒕 em determinada amostra; 𝑵𝟎 é a quantidade de partículas no
instante inicial; e 𝜶 é uma constante, chamada constante de desintegração. Sabendo que em 898
anos a concentração de 𝑪𝒇𝟐𝟓𝟏 é reduzida à metade, pode-se afirmar que o tempo necessário para
que a quantidade de 𝑪𝒇𝟐𝟓𝟏 seja apenas 𝟐𝟓% da quantidade inicial está entre

a) 𝟓𝟎𝟎 e 𝟏𝟎𝟎𝟎 anos.

b) 𝟏𝟎𝟎𝟎 e 𝟏𝟓𝟎𝟎 anos.

c) 𝟏𝟓𝟎𝟎 e 𝟐𝟎𝟎𝟎 anos.

d) 𝟐𝟎𝟎𝟎 e 𝟐𝟓𝟎𝟎 anos.

e) 𝟐𝟓𝟎𝟎 e 𝟑𝟎𝟎𝟎 anos.


Comentários
Como o decaimento é exponencial, sabe-se que o tempo de meia-vida é constante.
Portanto, Se o tempo para a quantidade chegar à metade, isto é, 50%, é de 898 anos, então o
tempo para chegar à metade da metade, isto é, 25%, é de 898 + 898 = 1796 anos.
Matematicamente:
50% ⋅ 𝑁0 = 𝑁0 ⋅ 𝑒 −𝑎𝑡50% ⇒ ln 0,5 = −𝑎𝑡50%
25% ⋅ 𝑁0 = 𝑁0 ⋅ 𝑒 −𝑎𝑡25% ⇒ −𝑎𝑡25% = ln 0,25 = ln 0,52 = 2 ln 0,5 = 2 ⋅ (−𝑎𝑡50% )

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 134


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⇒ 𝑡25% = 2 ⋅ 𝑡50% = 2 ⋅ 898 = 1796 anos.


Gabarito: “c”.
81. (Escola Naval/2014)
𝒙
𝟏𝟎𝟎
Considere as funções reais 𝒇(𝒙) = 𝟏+𝟐−𝒙 e 𝒈(𝒙) = 𝟐𝟐 , 𝒙 ∈ ℝ. Qual é o valor da função composta
(𝒈 𝒐 𝒇−𝟏 )(𝟗𝟎)?
a) 𝟏

b) 𝟑

c) 𝟗
𝟏
d) 𝟏𝟎
𝟏
e) 𝟑

Comentários
Vamos primeiro achar 𝑎 = 𝑓 −1 (90):
100 −𝑎
100 1
90 = −𝑎
⇒ 2 = − 1 = ⇒ 2𝑎 = 9
1+2 90 9
𝑎
Logo: (𝑔 𝑜 𝑓 −1 )(90) = 𝑔(𝑎) = 22 = √2𝑎 = 3.
Gabarito: “b”.
82. (Escola Naval/2014)

Sabendo que 𝐥𝐨𝐠 𝒙 representa o logaritmo de 𝒙 na base 𝟏𝟎, qual é o domínio da função real de
𝒙
𝒂𝒓𝒄𝒄𝒐𝒔𝟑 (𝒍𝒐𝒈 𝟏𝟎)
variável real 𝒇(𝒙) = ?
√𝟒𝒙−𝒙𝟑

a) ]𝟎, 𝟐[
𝟏
b) ] 𝟐 , 𝟏[

c) ]𝟎, 𝟏]

d) [𝟏, 𝟐[
𝟏
e) [𝟐 , 𝟐[

Comentários
Impomos que:
O argumento do logaritmo seja positivo:
𝑥
>0⟺𝑥>0
10
O argumento da raiz no denominador seja positivo (usando o fato que 𝑥 > 0)
4𝑥 − 𝑥 3 > 0 ⟺ 𝑥 (2 − 𝑥)(2 + 𝑥) > 0 ⟺ 0 < 𝑥 < 2 (pois 𝑥 e 2 + 𝑥 são positivos)
O argumento do arccosseno pertença a [−1,1]:

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 135


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𝑥 𝑥
−1 ≤ log ≤ 1 ⟺ 0,1 ≤ ≤ 10 ⟺ 1 ≤ 𝑥 ≤ 100
10 10
Fazendo a interseção dos domínios: 𝐷 = (0,2) ∩ [1,100] = [1,2[
Gabarito: “d”
83. (Escola Naval/2014)

Após acionado o flash de uma câmera, a bateria imediatamente começa a recarregar o capacitor do
−𝒕
flash, que armazena uma carga elétrica dada por 𝑸(𝒕) = 𝑸𝟎 (𝟏 − 𝒆 𝟐 ), onde 𝑸𝟎 é capacidade limite
de carga e 𝒕 é medido em segundos. Qual o tempo, em segundos, para recarregar o capacitor de
𝟗𝟎% da sua capacidade limite?

a)𝓵𝒏𝟏𝟎

b)𝓵𝒏(𝟏𝟎)𝟐
c)√𝓵𝒏𝟏𝟎

d)√(𝓵𝒏𝟏𝟎)−𝟏
e)√𝓵𝒏(𝟏𝟎)𝟐
Comentários
𝑡90% 𝑡90% 𝑡90%
0,9𝑄0 = 𝑄0 ⋅ (1 − 𝑒 − 2 ) ⇒ 𝑒− 2 = 0,1 ⇒ − = ln 0,1 = ln 10−1 = − ln 10
2
⇒ 𝑡90% = 2 ℓ𝑛 10 = ℓ𝑛 (10)2
Gabarito: “b”
84. (Escola Naval/2014)
𝒙 𝒙
Considere as funções reais 𝒇(𝒙) = 𝟐 − 𝓵𝒏𝒙 e 𝒈(𝒙) = 𝟐 − (𝓵𝒏𝒙)𝟐 onde 𝓵𝒏𝒙 expressa o logaritmo de
𝒙 na base neperiana 𝒆 (𝒆 ≅ 𝟐, 𝟕). Se 𝑷 e 𝑸 são os pontos de interseção dos gráficos de 𝒇 e 𝒈,
podemos afirmar que o coeficiente angular da reta que passa por 𝑷 e 𝑸 é
𝒆+𝟏
a) 𝟐(𝒆−𝟑)

b) 𝒆 + 𝟏
𝒆−𝟏
c)
𝟐(𝒆+𝟏)

d) 𝟐𝒆 + 𝟏
𝒆−𝟑
e) 𝟐(𝒆−𝟏)

Comentários
Vamos calcular os pontos 𝑃 e 𝑄.
𝑥 𝑥
𝑓 (𝑥) = 𝑔(𝑥) ⇒ − ln 𝑥 = − (ln 𝑥 )2 ⇒ ln 𝑥 = 0 𝑜𝑢 ln 𝑥 = 1 ⇒ 𝑥 = 1 𝑜𝑢 𝑥 = 𝑒.
2 2
1 1
Temos 𝑓 (1) = 𝑔 (1) = − ln 1 =
2 2

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 136


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𝑒 𝑒
e 𝑓 (𝑒) = 𝑔 (𝑒) = − ln 𝑒 = − 1
2 2

Logo:
1 𝑒
𝑃 = (1, ) , 𝑄 = (𝑒, − 1)
2 2
Portanto, o coeficiente angular 𝑚𝑃𝑄 é:
𝑒 1
𝑦𝑄 − 𝑦𝑃 (2 − 1) − 2 𝑒−3
𝑚𝑃𝑄 = = =
𝑥𝑄 − 𝑥𝑃 𝑒−1 2(𝑒 − 1)
Gabarito: “e”
85. (Escola Naval/2013)
Considere 𝒇 uma função real de variável real tal que:

1. 𝒇(𝒙 + 𝒚) = 𝒇(𝒙)𝒇(𝒚)

2. 𝒇(𝟏) = 𝟑
3. 𝒇(√𝟐) = 𝟐

Então 𝒇(𝟐 + 𝟑√𝟐) é igual a

a) 𝟏𝟎𝟖

b) 𝟕𝟐

c) 𝟓𝟒

d) 𝟑𝟔

e) 𝟏𝟐
Comentários
𝑓(2 + 3√2) = 𝑓 (2) ⋅ 𝑓(3√2) = 𝑓 (1 + 1) ⋅ 𝑓(√2 + 2√2) = 𝑓 (1) ⋅ 𝑓 (1) ⋅ 𝑓(√2) ⋅ 𝑓(√2 + √2)
=
3
= 𝑓 (1)2 ⋅ 𝑓(√2) = 32 ⋅ 23 = 9 ⋅ 8 = 72
Gabarito: “b”
86. (Escola Naval/2013)
𝝅 𝝅 𝝅
Sabendo que 𝒃 = 𝐬𝐞𝐜 𝟑 ( + + + ⋯ ) então, o valor de 𝐥𝐨𝐠 𝟐 |𝒃| é
𝟑 𝟔 𝟏𝟐

a) 𝟖

b) 𝟒

c) 𝟑
d) 𝟏

e) 𝟎

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 137


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Comentários
𝜋 𝜋 𝜋 𝜋 1 1 𝜋 2𝜋
+ + + ⋯ = ⋅ (1 + + + ⋯ ) = ⋅ 2 = .
3 6 12 3 2 4 3 3
2𝜋 1 1
sec ( ) = = = −2.
3 2𝜋 1
cos ( ) −
3 2
Logo 𝑏 = (−2)3 = −8.
Portanto:
log 2 |𝑏| = log 2 8 = 3.
Gabarito: “c”
87. (Escola Naval/2013)
𝝅 𝝅 𝝅
Sabendo que 𝒃 = 𝐜𝐨𝐬 ( 𝟑 + 𝟔 + 𝟏𝟐 + ⋯ ) então o valor de 𝐥𝐨𝐠 𝟐 |𝒃| é

a) 𝟏

b) 𝟎

c) −𝟏

d) −𝟐

e) 𝟑
Comentários
𝜋 𝜋 𝜋 𝜋 1 1 𝜋 2𝜋
+ + + ⋯ = ⋅ (1 + + + ⋯ ) = ⋅ 2 = .
3 6 12 3 2 4 3 3
2𝜋 1
𝑏 = cos ( ) = −
3 2
1
Logo, log 2 |𝑏| = log 2 = log 2 (2−1 ) = −1.
2

Gabarito: “c”
88. (Escola Naval/2013)

Qual é o domínio da função real de variável real, definida por 𝒇(𝒙) = 𝐥𝐧(𝒙𝟐 − 𝟑𝒙 + 𝟐) +
√𝒆𝟐𝒙−𝟏 − 𝟏 ?
a) [𝟏, 𝟐[
𝟏
b) [𝟐 , 𝟐[ ∪ ]𝟑, +∞[

c) ]𝟐, +∞[
𝟏
d) [ , 𝟏[ ∪ ]𝟐, +∞[
𝟐
𝟏
e) [𝟐 , +∞[

Comentários

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 138


Prof. Victor So

Impomos que:
O argumento do logaritmo seja positivo:
𝑥 2 − 3𝑥 + 2 > 0 ⟺ (𝑥 − 1)(𝑥 − 2) > 0 ⟺ 𝑥 < 1 𝑜𝑢 𝑥 > 2.
O argumento da raiz seja não-negativo:
1
𝑒 2𝑥−1 − 1 ≥ 0 ⟺ 𝑒 2𝑥−1 ≥ 1 = 𝑒 0 ⟺ 2𝑥 − 1 ≥ 0 ⟺ 𝑥 ≥
2
Fazendo a interseção:
1
𝐷 = [ , 1[ ∪ ]2, ∞[
2
Gabarito: “d”
89. (Escola Naval/2012)

Sejam 𝑨 e 𝑩 conjuntos de números reais tais que seus elementos constituem, respectivamente, o
domínio da função 𝒇(𝒙) = 𝐥𝐧(𝟐 + 𝒙 + 𝟑|𝒙| − |𝒙 + 𝟏|) e a imagem da função 𝒈(𝒙) =
√𝟐(𝒙+|𝒙−𝟐|)
−𝟐 . Pode-se afirmar que
𝟐

a) 𝑨 = 𝑩

b) 𝑨 ∩ 𝑩 = ∅

c) 𝑨 ⊃ 𝑩

d) 𝑨 ∩ 𝑩 = ℝ+

e) 𝑨 − 𝑩 = ℝ_
Comentários
Para determinar 𝐴, devemos impor que o logaritmando seja positivo:
2 + 𝑥 + 3| 𝑥 | − | 𝑥 + 1| > 0
Vamos separar a análise em casos:
Caso 1: 𝑥 ≤ −1:
2 + 𝑥 + 3(−𝑥) − (−(𝑥 + 1)) > 0 ⟺ 2 + 𝑥 − 3𝑥 + 𝑥 + 1 > 0 ⟺ 𝑥 < 3 ∴ 𝑥 ≤ −1
Caso 2: −1 < 𝑥 ≤ 0:
2 + 𝑥 + 3(−𝑥) − (𝑥 + 1) > 0 ⟺ 2 + 𝑥 − 3𝑥 − 𝑥 − 1 > 0 ⟺ 3𝑥 < 1 ∴ −1 < 𝑥 ≤ 0
Caso 3: 𝑥 > 0:
2 + 𝑥 + 3𝑥 − (𝑥 + 1) > 0 ⟺ 3𝑥 > −1 ∴ 𝑥 > 0
Logo, 𝐴 =] − ∞, 1] ∪ ]1, 0] ∪ ]0, ∞[ ∴ 𝐴 = ℝ.
Perceba que já podemos marcar item “c”, uma vez que qualquer a imagem de qualquer
função real é um subconjunto dos reais, donde 𝐴 ⊃ 𝐵.
Gabarito: “c”

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 139


Prof. Victor So

7. QUESTÕES NÍVEL 3
90. (ITA/2020)

Sejam 𝑥1 , 𝑥2 , 𝑥3 , 𝑥4 , 𝑥5 , 𝑥6 números reais tais que 2𝑥1 = 4; 3𝑥2 = 5; 4𝑥3 = 6; 5 𝑥4 = 7; 6 𝑥5 = 8 e


7𝑥6 = 9. Então, o produto 𝑥1 𝑥2 𝑥3 𝑥4 𝑥5 𝑥6 é igual a

a) 6.

b) 8.

c) 10.

d) 12.

e) 14.

91. (ITA/2019)

Sabendo que 𝑥 pertence ao intervalo fechado [1, 64], determine o maior valor da função
8
𝑓(𝑥) = (log 2 𝑥)4 + 12(log 2 𝑥)2 ⋅ log 2 ( )
𝑥

92. (ITA/2018)

Se log 2 𝜋 = 𝑎 e log 5 𝜋 = 𝑏, então


1 1 1
a) 𝑎 + 𝑏 ≤ 2
1 1 1
b) 2 < 𝑎 + 𝑏 ≤ 1
1 1 3
c) 1 < 𝑎 + 𝑏 ≤ 2
3 1 1
d) 2 < 𝑎 + 𝑏 ≤ 2
1 1
e) 2 < +
𝑎 𝑏

93. (ITA/2018)

Encontre o conjunto solução 𝑆 ⊂ ℝ da inequação exponencial:


4
1081
3𝑥−2 + ∑ 3𝑥+𝑘 ≤
18
𝑘=1

94. (ITA/2017)

Esboce o gráfico da função 𝑓: ℝ → ℝ dada por

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 140


Prof. Victor So

1
𝑓(𝑥) = |2−|𝑥| − |
2
95. (ITA/2017)

Sejam 𝑎, 𝑏, 𝑐, 𝑑 números reais positivos e diferentes de 1. Das afirmações:

I. 𝑎 log𝑐 𝑏 = 𝑏 log𝑐 𝑎
𝑎 log𝑑 𝑐 𝑏 log𝑑 𝑎 𝑐 log𝑑 𝑏
II. (𝑏 ) (𝑐 ) (𝑎) =1

III. log 𝑎𝑏 (𝑏𝑐) = log 𝑎 𝑐

É (são) verdadeira(s)

a) apenas I.

b) apenas II.

c) apenas I e II.

d) apenas II e III.

e) todas.

96. (ITA/2017)
Determine todos os valores reais de 𝑥 que satisfazem a inequação 43𝑥−1 > 34𝑥 .

97. (ITA/2016)
Se 𝑥 é um número natural com 2015 dígitos, então o número de dígitos da parte inteira de 7√𝑥 é
igual a

a) 285

b) 286

c) 287

d) 288

e) 289

98. (ITA/2016)

Considere as seguintes afirmações:


𝑥−1
I. A função 𝑓(𝑥) = log 10 ( ) é estritamente crescente no intervalo ]1, +∞[.
𝑥

II. A equação 2𝑥+2 = 3𝑥−1 possui uma única solução real.

III. A equação (𝑥 + 1) 𝑥 = 𝑥 admite pelo menos uma solução real positiva.

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 141


Prof. Victor So

É (são) verdadeira(s)

a) apenas I.

b) apenas I e II.

c) apenas II e III.

d) I, II e III.

e) apenas III.

99. (ITA/2016)

Seja (𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 , … ) a sequência definida da seguinte forma: 𝑎1 = 1000 e 𝑎𝑛 = log 10 (1 + 𝑎𝑛−1 ) para
𝑛 ≥ 2. Considere as afirmações a seguir:

I. A sequência (𝑎𝑛 ) é decrescente.

II. 𝑎𝑛 > 0 para todo 𝑛 ≥ 1.

III. 𝑎𝑛 < 1 para todo 𝑛 ≥ 3.

É (são) verdadeira(s)

a) apenas I.

b) apenas I e II.

c) apenas II e III.

d) I, II e III.

e) apenas III.

100. (ITA/2016)

Seja 𝑓 a função definida por 𝑓(𝑥) = log 𝑥+1 (𝑥 2 − 2𝑥 − 8). Determine:


a) O domínio 𝐷𝑓 da função 𝑓.

b) O conjunto de todos os valores de 𝑥 ∈ 𝐷𝑓 tais que 𝑓(𝑥) = 2.

c) O conjunto de todos os valores de 𝑥 ∈ 𝐷𝑓 tais que 𝑓(𝑥) > 1.

101. (ITA/2015)

Considere as seguintes afirmações sobre números reais:

I. Se a expansão decimal de 𝑥 é infinita e periódica, então 𝑥 é um número racional.


1 √2
II. ∑∞
𝑛=0 = 1−2 2.
(√2−1)√2𝑛 √

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 142


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3
III. 𝑙𝑛 √𝑒 2 + (log 3 2)(log 4 9) é um número racional.

É (são) verdadeira(s):

a) nenhuma.

b) apenas II.

c) apenas I e II.

d) apenas I e III.

e) I, II e III.

102. (ITA/2014)

Determine as soluções reais da equação em 𝑥:


3 log 10 16𝑥
(log 4 𝑥)3 − log 4(𝑥 4 ) − =0
log 100 16

103. (ITA/2014)

A soma
4 𝑛
log 1/2 √32

log 1/2 8𝑛+2
1

É igual a
8
a) 9
14
b) 15
15
c) 16
17
d) 18

e) 1

104. (ITA/2013)
2+𝑎𝑥+𝑏
Considere as funções 𝑓 e 𝑔, da variável real 𝑥, definidas, respectivamente, por 𝑓(𝑥) = 𝑒 𝑥 e
𝑎𝑥
𝑔(𝑥) = ln (3𝑏 ), em que 𝑎 e 𝑏 são números reais. Se 𝑓(−1) = 1 = 𝑓(−2), então pode-se afirmar
sobre a função composta 𝑔𝑜𝑓 que

a) 𝑔𝑜𝑓(1) = ln 3.
b) ∄𝑔𝑜𝑓(0).

c) 𝑔𝑜𝑓 nunca se anula.

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 143


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d) 𝑔𝑜𝑓 está definida apenas em {𝑥 ∈ ℝ: 𝑥 > 0}.

e) 𝑔𝑜𝑓 admite dois zeros reais distintos.

105. (ITA/2013)

Se os números reais 𝑎 e 𝑏 satisfazem, simultaneamente, as equações

√𝑎√𝑏 = 1 e ln(𝑎2 + 𝑏) + ln 8 = ln 5,
2
𝑎
Um possível valor de 𝑏 é
√2
a) 2

b) 1

c) √2

d) 2

e) 3√2

106. (ITA/2011)

Resolva a inequação em ℝ:
2 −𝑥+19)
1 log15 (𝑥
16 < ( )
4

107. (ITA/2008)
Para 𝑥 ∈ ℝ, o conjunto solução de |53𝑥 − 52𝑥+1 + 4 ∙ 5𝑥 | = |5𝑥 − 1| é
a) {0, 2 ± √5, 2 ± √3}

b) {0, 1, log 5 (2 + √5)}


1 1 √2
c) {0, (2) log 5 2 , 2 log 5 3 , log 5 }
2

d) {0, log 5 (2 + √5) , log 5(2 + √3) , log 5(2 − √3)}

e) A única solução é 𝑥 = 0

108. (ITA/2007)
𝑒 𝑥 −2√5
Sejam 𝑥 e 𝑦 dois números reais tais que 𝑒 𝑥 , 𝑒 𝑦 e o quociente são todos racionais. A soma 𝑥 +
4−𝑒 𝑦 √5
𝑦 é igual a

a) 0

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 144


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b) 1

c) 2 log 5 3

d) log 5 2

e) 3 log 𝑒 2

109. (ITA/2007)

Sejam 𝑥, 𝑦 e 𝑧 números reais positivos tais que seus logaritmos numa dada base 𝑛 são números
primos satisfazendo

log 𝑛 (𝑥𝑦) = 49
𝑥
log 𝑛 ( ) = 44
𝑧
Então, log 𝑛 (𝑥𝑦𝑧) é igual a

a) 52

b) 61

c) 67

d) 80

e) 97

110. (ITA/2005)

Considere a equação em 𝑥
1
𝑎 𝑥+1 = 𝑏 𝑥
Onde 𝑎 e 𝑏 são números reais positivos, tais que ln 𝑏 = 2 ln 𝑎 > 0. A soma das soluções da equação
é

a) 0

b) −1

c) 1

d) ln 2

e) 2

111. (ITA/2004)

Para 𝑏 > 1 e 𝑥 > 0, resolva a equação em 𝑥:

(2𝑥)log𝑏 2 − (3𝑥)log𝑏 3 = 0

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 145


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112. (ITA/2004)

Seja 𝛼 um número real, com 0 < 𝛼 < 1. Assinale a alternativa que representa o conjunto de todos
os valores de 𝑥 tais que
2𝑥 2
1
𝛼 2𝑥 ( ) <1
√𝛼
a) ] − ∞, 0] ∪ [2, +∞[

b) ] − ∞, 0[ ∪ ]2, +∞[

c) ]0, 2[

d) ] − ∞, 0[

e) ]2, +∞[

113. (ITA/2003)

Mostre que toda função 𝑓: ℝ/{0} → ℝ, satisfazendo 𝑓(𝑥𝑦) = 𝑓(𝑥) + 𝑓(𝑦) em todo seu domínio, é
par.

114. (ITA/2003)

Considere uma função 𝑓: ℝ → ℝ não-constante e tal que 𝑓(𝑥 + 𝑦) = 𝑓(𝑥)𝑓(𝑦), ∀𝑥, 𝑦 ∈ ℝ.


Das afirmações:

I. 𝑓(𝑥) > 0, ∀𝑥 ∈ ℝ

II. 𝑓(𝑛𝑥) = [𝑓(𝑥)]𝑛 , ∀𝑥 ∈ ℝ, ∀𝑛 ∈ ℕ∗

III. 𝑓 é par

É (são) verdadeira(s):

a) apenas I e II.

b) apenas II e III.

c) apenas I e III.

d) todas.

e) nenhuma.

115. (ITA/2002)

Seja a função 𝑓 dada por

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 146


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2
𝑓(𝑥) = (log 3 5) ∙ log 5 8𝑥−1 + log 3 41+2𝑥−𝑥 − log 3 2𝑥(3𝑥+1)
Determine todos os valores de 𝑥 que tornam 𝑓 não-negativa.

116. (ITA/2001)

Se 𝑎 ∈ ℝ é tal que 3𝑦 2 − 𝑦 + 𝑎 = 0 tem raiz dupla, então a solução da equação 32𝑥+1 − 3𝑥 + 𝑎 = 0


é:

a) log 2 6

b) − log 2 6

c) log 3 6

d) − log 3 6

e) 1 − log 3 6

117. (ITA/2001)

Sendo dado
3 4 𝑛
ln (2√4 √6 √8 … √2𝑛 = 𝑎𝑛
3 4 2𝑛
ln (√2 √3 √4 … √2𝑛 = 𝑏𝑛
então,
ln 2 ln 3 ln 4 ln 5 ln 2𝑛
− + − + ⋯+
2 3 4 5 2𝑛
É igual a:

a) 𝑎𝑛 − 2𝑏𝑛

b) 2𝑎𝑛 − 𝑏𝑛

c) 𝑎𝑛 − 𝑏𝑛

d) 𝑏𝑛 − 𝑎𝑛

e) 𝑎𝑛 + 𝑏𝑛

118. (ITA/2000)

Seja 𝑆 = [−2, 2] e considere as afirmações:


1 1 𝑥
I. ≤ ( ) < 6, para todo 𝑥 ∈ 𝑆.
4 2
1 1
II. < , para todo 𝑥 ∈ 𝑆.
√32−2𝑥 √32

III. 22𝑥 − 2𝑥 ≤ 0, para todo 𝑥 ∈ 𝑆.

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 147


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Então, podemos dizer que

a) apenas I é verdadeira.

b) apenas III é verdadeira.

c) somente I e II são verdadeiras.

d) apenas II é falsa.

e) todas as afirmações são falsas.

119. (ITA/1999)

Seja 𝑆 o conjunto de todas as soluções reais da equação


log 1(𝑥 + 1) = log 4(𝑥 − 1)
4

Então:

a) 𝑆 é um conjunto unitário e 𝑆 ⊂ ]2, +∞[.

b) 𝑆 é um conjunto unitário e 𝑆 ⊂ ]1, 2[.

c) 𝑆 possui dois elementos distintos 𝑆 ⊂ ] − 2,2[.

d) 𝑆 possui dois elementos distintos 𝑆 ⊂ ]1, +∞[.

e) 𝑆 é o conjunto vazio.

120. (ITA/1998)
O valor de 𝑦 ∈ ℝ que satisfaz a igualdade log 𝑦 49 = log 𝑦 2 7 + log 2𝑦 7, é:
1
a) 2
1
b) 3

c) 3
1
d) 8

e) 7

121. (ITA/1998)

A inequação mostrada na figura adiante


4𝑥𝑙𝑜𝑔5 (𝑥 + 3) ≥ (𝑥 2 + 3) log 1(𝑥 + 3)
5

É satisfeita para todo 𝑥 ∈ 𝑆. Então:

a) 𝑆 =] − 3, −2] ∪ [−1, +∞[

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 148


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b) 𝑆 =] − ∞, −3[ ∪ [−1, +∞[

c) 𝑆 =] − 3, −1]

d) 𝑆 =] − 2, +∞]

e) 𝑆 =] − ∞, −3[ ∪ ] − 3, +∞[

122. (ITA/2009)

Seja 𝑓: ℝ → ℝ\{0} uma função satisfazendo as condições:

𝑓(𝑥 + 𝑦) = 𝑓(𝑥)𝑓(𝑦), para todo 𝑥, 𝑦 ∈ ℝ e 𝑓(𝑥) ≠ 1, para todo 𝑥 ∈ ℝ\{0}. Das afirmações:

I. 𝑓 pode ser ímpar;

II. 𝑓(0) = 1;

III. 𝑓 é injetiva;

IV. 𝑓 não é sobrejetiva, pois 𝑓(𝑥) > 0 para todo 𝑥 ∈ ℝ,


é (são) falsa(s) apenas

a) I e III.

b) II e III.

c) I e IV.

d) IV.

e) I.

123. (ITA/1996)

Seja 𝑓: ℝ∗+ → ℝ uma função injetora tal que 𝑓(1) = 0 e 𝑓(𝑥𝑦) = 𝑓(𝑥) + 𝑓(𝑦) para todo 𝑥 > 0 e 𝑦 >
0. Se 𝑥1 , 𝑥2 , 𝑥3 , 𝑥4 e 𝑥5 formam nessa ordem uma progressão geométrica, onde 𝑥𝑖 > 0 para 𝑖 =
𝑥𝑖
1, 2, 3, 4, 5 e sabendo que ∑5𝑖=1 𝑓(𝑥𝑖 ) = 13𝑓(2) + 2𝑓(𝑥1 ) e ∑4𝑖=1 𝑓 (𝑥 ) = −2𝑓(2𝑥1 ), então, o
𝑖+1

valor de 𝑥1 é:

a) −2.

b) 2.

c) 3.

d) 4.

e) 1.

124. (ITA/1992)

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 149


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1
Considere as funções 𝑓: ℝ∗ → ℝ, 𝑔: ℝ → ℝ e ℎ: ℝ∗ → ℝ definidas por 𝑓(𝑥) = 3𝑥+𝑥 , 𝑔(𝑥) =
81
𝑥 2 , ℎ(𝑥) = . O conjunto dos valores de 𝑥 ∈ ℝ∗ tais que (𝑓 𝑜 𝑔)(𝑥) = (ℎ 𝑜 𝑓)(𝑥) é subconjunto de:
𝑥
1 3 3
a) (−∞, 0) ∪ (0, 2) ∪ (1, 2) ∪ (2 , +∞).
1 5 5
b) (−∞, 2) ∪ (1, 2) ∪ (2 , +∞).
1 1 2 3 3
c) (−∞, 2) ∪ (2 , 3) ∪ (1, 2) ∪ (2 , +∞).

d) (−∞, 0) ∪ (1, +∞).

e) n.d.a.

125. (ITA/1987)

Seja 𝑓: ℝ → ℝ uma função tal que 𝑓(𝑥) ≠ 0, para cada 𝑥 ∈ ℝ e 𝑓(𝑥 + 𝑦) = 𝑓(𝑥) ⋅ 𝑓(𝑦), para todos
𝑥 e 𝑦 em ℝ. Considere (𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 , 𝑎4 ) uma P.A. de razão 𝑟, tal que 𝑎1 = 0. Então
(𝑓(𝑎1 ), 𝑓(𝑎2 ), 𝑓(𝑎3 ), 𝑓(𝑎4 ))

a) é uma P.A. de razão igual a 𝑓(𝑟) e 1º termo 𝑓(𝑎1 ) = 𝑓(0).

b) é uma P.A. de razão igual a 𝑟.

c) é uma P.G. de razão igual a 𝑓(𝑟) e 1º termo 𝑓(𝑎1 ) = 1.

d) é uma P.G. de razão igual a 𝑟 e 1º termo 𝑓(𝑎1 ) = 𝑓(0).

e) não é necessariamente uma P.A. ou uma P.G.

126. (ITA/1985)
Seja 𝑓: ℝ → ℝ uma função satisfazendo 𝑓(𝑥 + 𝛼𝑦) = 𝑓(𝑥) + 𝛼𝑓(𝑦) para todos 𝛼, 𝑥, 𝑦 ∈ ℝ. Se
(𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 , … , 𝑎𝑛 ) é uma progressão aritmética de razão 𝑑, então podemos dizer que
(𝑓(𝑎1 ), 𝑓(𝑎2 ), 𝑓(𝑎3 ), … , 𝑓(𝑎𝑛 ))

a) É uma progressão aritmética de razão 𝑑.

b) É uma progressão aritmética de razão 𝑓(𝑑) cujo primeiro termo é 𝑎1 .

c) É uma progressão geométrica de razão 𝑓(𝑑).

d) É uma progressão aritmética de razão 𝑓(𝑑).

e) Nada se pode afirmar.

127. (ITA/1979)

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 150


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Seja 𝑓 uma função real definida para todo 𝑥 real tal que: 𝑓 é ímpar; 𝑓(𝑥 + 𝑦) = 𝑓(𝑥) + 𝑓(𝑦); e
𝑓(𝑥)−𝑓(1)
𝑓(𝑥) ≥ 0, se 𝑥 ≥ 0. Definindo 𝑔(𝑥) = , se 𝑥 ≠ 0, e sendo 𝑛 um número natural, podemos
𝑥
afirmar que:

a) 𝑓 é não-decrescente e 𝑔 é uma função ímpar.

b) 𝑓 é não-decrescente e 𝑔 é uma função par.

c) 𝑔 é uma função par e 0 ≤ 𝑔(𝑛) ≤ 𝑓(1).

d) 𝑔 é uma função ímpar e 0 ≤ 𝑔(𝑛) ≤ 𝑓(1).

e) 𝑓 é não-decrescente e 0 ≤ 𝑔(𝑛) ≤ 𝑓(1).

128. (ITA/1971)

Se 𝑓 é uma função real de variável real dada por 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 , então 𝑓(𝑥 2 + 𝑦 2 ) é igual a:
a) 𝑓(𝑓(𝑥)) + 𝑓(𝑦) + 2𝑓(𝑥)𝑓(𝑦) para todo 𝑥 e 𝑦.

b) 𝑓(𝑥 2 ) + 2𝑓(𝑓(𝑥)) + 𝑓(𝑥)𝑓(𝑦) para todo 𝑥 e 𝑦.

c) 𝑓(𝑥 2 ) + 𝑓(𝑦 2 ) + 𝑓(𝑥)𝑓(𝑦) para todo 𝑥 e 𝑦.


d) 𝑓(𝑓(𝑥)) + 𝑓(𝑓(𝑦)) + 2𝑓(𝑥)𝑓(𝑦) para todo 𝑥 e 𝑦.

e) 𝑓(𝑓(𝑥)) + 2𝑓(𝑦 2 ) + 2𝑓(𝑥)𝑓(𝑦) para todo 𝑥 e 𝑦.

129. (IME/2021)
𝑥−1
Seja 𝑓 ∶ 𝐷 → ℝ uma função onde 𝐷 = {𝑥 ∈ ℝ |𝑥 ≠ 0 𝑒 𝑥 ≠ 1} e que satisfaz a equação 𝑓 ( )+
𝑥
𝑓(𝑥) − 𝑥 = 2. O valor de 𝑓(2) é:

a) 5/4

b) 1/4

c) 1/2

d) 1

e) 7/2

130. (IME/2021)

Se 𝐴 é a área da região 𝑅 do plano cartesiano dada por

𝑅 = {(𝑥, 𝑦) ∈ ℝ2 |2 ≤ 𝑥 ≤ 10 𝑒 0 ≤ 𝑦 ≤ ln (𝑥)}
a) 𝐴 ≤ ln (204 )
b) ln (ln(9!)) ≤ ln (𝐴) ≤ (2 + ln(9!))

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 151


Prof. Victor So

c) 𝐴 ≥ ln(10!) − ln (2)
1
d) 9! ≤ 𝑒 −𝐴 < 20−4

e) ln(10) + ln(2) ≤ A ≤ 10 ln(10) − 2 ln(2) − 10

131. (IME/2021)

Considere o sistema de equações:


log(−2𝑥 + 3𝑦 + 𝑘) = log(3) + log(𝑧)
{ 𝑙𝑜𝑔𝑥 (1 − 𝑦) = 1
𝑥 +𝑧 = 1
onde 𝑥, 𝑦 e 𝑧 são variáveis e 𝑘 é uma constante numérica real. Esse sistema terá solução se:

a) 𝑘 < −2

b) −2 < 𝑘 < 0

c) 0 < 𝑘 < 2

d) 2 < 𝑘 < 4

e) 𝑘 > 4

132. (IME/2021)
Seja a equação 2𝑠𝑒𝑛2 (𝑒 𝜃 ) − 4√3𝑠𝑒𝑛(𝑒 𝜃 )𝑐𝑜𝑠(𝑒 𝜃 ) − cos (2𝑒 𝜃 ) = 1, 𝜃 ∈ ℝ+ . O menor valor de 𝜃
que é raiz da equação é:
𝜋
a) ln ( 6 )
𝜋
b) ln ( 3 )
5𝜋
c) ln ( 6 )
𝜋
d) ln ( )
12
5𝜋
e) ln ( 12 )

133. (IME/2021)
1 7
Calcule os valores reais de 𝑥 que satisfaçam a inequação √log 3(𝑥) + 1 + 3 log 1 (𝑥 2 ) + 3 > 0.
3

134. (IME/2020)
Sabe-se que 𝑆 = 𝑥 + 𝑦 + 𝑧, onde 𝑦 e 𝑧 são soluções inteiras do sistema abaixo.

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 152


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3
√2𝑦 2
𝑥=
2
2 ln(𝑥)
𝑦=𝑒
{log 2 𝑦 + log 𝑥 𝑧 = (𝑥 + 3)
O valor de 𝑆 é:

a) 84

b) 168

c) 234

d) 512

e) 600

135. (IME/2020)
Uma progressão geométrica é formada com os números naturais 𝐴, 𝐵 e 𝐶, nessa ordem. O 𝑙𝑜𝑔(𝐴)
possui a mesma mantissa, 𝑀, do 𝑙𝑜𝑔(𝐵) e 𝐶 é a característica do 𝑙𝑜𝑔(𝐴). Sabe-se que 𝑀 = 𝑙𝑜𝑔(𝐶)
e que possui o maior valor possível. O valor da mantissa do 𝑙𝑜𝑔(𝐴𝐵𝐶) é:

a) 𝑀

b) 2𝑀

c) 3𝑀

d) 3𝑀 − 2

e) 3𝑀 − 3

136. (IME/2020)

Considere a progressão geométrica 𝑎1 , 𝑎2 , … , 𝑎𝑛 , … e a progressão aritmética 𝑏1 , 𝑏2 , … , 𝑏𝑛 , … com as


condições:

𝑎1 > 0
𝑎2
> 1; e
𝑎1
𝑏2 − 𝑏1 > 0
Para que [log 𝛼 (𝑎𝑛 ) − 𝑏𝑛 ] não dependa de 𝑛, o valor de 𝛼 deverá ser:
1
𝑎
a) (𝑎2 )𝑏2
1
1
𝑎
b) (𝑎2 )𝑏1
1

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 153


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1
𝑎
c) (𝑎2 )𝑏2 −𝑏1
1
1
𝑎
d) (𝑎2 )𝑏1 −𝑏2
1
1
𝑎
e) (𝑎2 )𝑏1𝑏2
1

137. (IME/2019)
Definimos a função 𝑓: ℕ → ℕ da seguinte forma:
𝑓(0) = 0
𝑓(1) = 1
𝑓(2𝑛) = 𝑓(𝑛), 𝑛 ≥ 1
{𝑓(2𝑛 + 1) = 𝑓(𝑛) + 2⌊log2 𝑛⌋ , 𝑛 ≥ 1
Determine 𝑓(𝑓(2019)).

Observação: ⌊𝑘⌋ é o maior inteiro menor ou igual a 𝑘.

138. (IME/2018)

Sejam 𝑎, 𝑏, 𝑐 e 𝑑 números reais positivos diferentes de 1. Temos que log 𝑎 𝑑 , log 𝑏 𝑑 e log 𝑐 𝑑 são
termos consecutivos de uma progressão geométrica e que 𝑎, 𝑏 e 𝑐 formam uma progressão
aritmética em que 𝑎 < 𝑏 < 𝑐. Sabendo-se que 𝑏 = 𝑏 log𝑎 𝑏 − 𝑎, determine:
a) Os valores de 𝑎, 𝑏 e 𝑐;

b) As razões das progressões aritmética e geométrica, 𝑟 e 𝑞, respectivamente.

139. (IME/2017)

Seja a equação 𝑦 log3 √3𝑦 = 𝑦 log3 3𝑦 − 6, 𝑦 > 0.

O produto das raízes reais desta equação é igual a:


1
a) 3
1
b) 2
3
c) 4

d) 2

e) 3

140. (IME/2017)
Resolva o sistema de equações, onde 𝑥 ∈ ℝ e 𝑦 ∈ ℝ.

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 154


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log 3 (log √3 𝑥) − log √3 (log 3 𝑦) = 1


{ 3 2
(𝑦 √𝑥) = 3143

141. (IME/2016/Modificada)

Sabendo-se que os números reais positivos 𝑎, 𝑏 e 𝑐 formam uma progressão geométrica e


5𝑐 3𝑏 𝑎
log ( 𝑎 ) , log ( 5𝑐 ) e log (3𝑏 ) formam uma progressão aritmética, ambas nessa ordem. Prove que 𝑏 +
𝑐 < 𝑎.

142. (IME/2016)
1
Quantos inteiros 𝑘 satisfazem à desigualdade 2√log 10 𝑘 − 1 + 10 log 10−1 𝑘 4 + 3 > 0?

a) 10

b) 89

c) 90

d) 99

e) 100

143. (IME/2015)

Determine os valores reais de 𝑥 que satisfazem a inequação:


4 1
2
+ log 𝑥 > 1
log 3 𝑥 − 2 9

144. (IME/2015)

Sejam 𝑥 e 𝑦 números reais não nulos tais que:


log 𝑥 𝑦 𝜋 + log 𝑦 𝑥 𝑒 = 𝑎
{ 1 1
−1 − −1 = 𝑏
log 𝑦 𝑥 𝜋 log 𝑥 𝑦 𝑒
𝑥 𝑎+𝑏+2𝑒
O valor de é:
𝑦 𝑎−𝑏+2𝜋

a) 1
𝜋
b) √𝑒

𝑎∙𝑒
c) √𝑏∙𝜋

d) 𝑎 − 𝑏

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 155


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𝑒
(𝑎+𝑏)𝜋
e) 𝜋

145. (IME/2014)
𝑥
Sabe-se que 𝑦 ∙ 𝑧 ∙ √𝑧 ∙ √𝑥 = 𝑥 ∙ 𝑦 3 ∙ 𝑧 2 = 𝑧∙ = 𝑒, em que 𝑒 é a base dos logaritmos naturais. O
√𝑦∙𝑧
valor de 𝑥 + 𝑦 + 𝑧 é

a) 𝑒 3 + 𝑒 2 + 1

b) 𝑒 2 + 𝑒 −1 + 𝑒

c) 𝑒 3 + 1

d) 𝑒 3 + 𝑒 −2 + 𝑒

e) 𝑒 3 + 𝑒 −2 + 𝑒 −1

146. (IME/2014)
Resolver o sistema de equações
𝑦
√𝑥 − √𝑦 = log 3
{ 𝑥
2𝑥+2 + 8𝑥 = 5 ∙ 4𝑦

147. (IME/2014)

Qual é o menor número?

a) 𝜋 ∙ 8!

b) 99
22
c) 22
3
d) 33

e) 213 ∙ 53

148. (IME/2013)
3
Considere a equação log 3𝑥 𝑥 + (log 3 𝑥)2 = 1. A soma dos quadrados das soluções reais dessa
equação está contida no intervalo

a) [0, 5)

b) [5, 10)

c) [10, 15)

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 156


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d) [15, 20)

e) [20, ∞)

149. (IME/2012)

Se log 10 2 = 𝑥 e log 10 3 = 𝑦, então log 5 18 vale:


𝑥+2𝑦
a) 1−𝑥
𝑥+𝑦
b) 1−𝑥
2𝑥+𝑦
c) 1+𝑥
𝑥+2𝑦
d) 1+𝑥
3𝑥+2𝑦
e) (1−𝑥)

150. (IME/2010)

Seja 𝑓(𝑥) = |3 − log(𝑥)|, 𝑥 ∈ ℝ. Sendo 𝑛 um número inteiro positivo, a desigualdade


𝑓(𝑥) 2𝑓(𝑥) 4𝑓(𝑥) 2𝑛−3 𝑓(𝑥) 9
| |+| |+| | + ⋯+ | 𝑛−1
|+⋯ ≤
4 12 36 3 4

Somente é possível se:

Obs.: 𝑙𝑜𝑔 representa a função logarítmica na base 10.

a) 0 ≤ 𝑥 ≤ 106

b) 10−6 ≤ 𝑥 ≤ 108

c) 103 ≤ 𝑥 ≤ 106

d) 100 ≤ 𝑥 ≤ 106

e) 10−6 ≤ 𝑥 ≤ 106

151. (IME/2009)
Dada a função 𝐹: ℕ2 → ℕ, com as seguintes características:

𝐹(0, 0) = 1;
𝐹(𝑛, 𝑚 + 1) = 𝑞 ⋅ 𝐹(𝑛, 𝑚), onde 𝑞 é um número real diferente de zero.

𝐹(𝑛 + 1,0) = 𝑟 + 𝐹(𝑛, 0), onde 𝑟 é um número real diferente de zero.

Determine o valor de ∑2009


𝑖=0 𝐹(𝑖, 𝑖) , 𝑖 ∈ ℕ.

152. (IME/2007)

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 157


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Seja 𝑓: ℝ → ℝ, onde ℝ é o conjunto dos números reais, tal que:


𝑓(4) = 5
{
𝑓(𝑥 + 4) = 𝑓(𝑥) ⋅ 𝑓(4)
O valor de 𝑓(−4) é:

a) −4/5

b) −1/4

c) −1/5

d) 1/5

e) 4/5

153. (IME/2005)
(156𝑥 +156 −𝑥 )
Dada a função 𝑓(𝑥) = , demonstre que:
2

𝑓(𝑥 + 𝑦) + 𝑓(𝑥 − 𝑦) = 2𝑓(𝑥)𝑓(𝑦)

154. (IME/2004)
𝑎
Seja uma função 𝑓: ℝ − {0} → ℝ, onde ℝ representa o conjunto dos números reais, tal que 𝑓 (𝑏 ) =
𝑓(𝑎) − 𝑓(𝑏) para 𝑎 e 𝑏 pertencentes ao domínio de 𝑓. Demonstre que 𝑓 é uma função par.

155. (IME/1993)
Considere uma função 𝐿: ℚ+ → ℚ que satisfaz:

1. 𝐿 é crescente, isto é, para quaisquer 0 < 𝑥 < 𝑦 tem-se 𝐿(𝑥) < 𝐿(𝑦).

2. 𝐿(𝑥 ⋅ 𝑦) = 𝐿(𝑥) + 𝐿(𝑦) para quaisquer 𝑥, 𝑦 > 0.

Mostre que:

a) 𝐿(1) = 0.
1
b) 𝐿 (𝑥 ) = −𝐿(𝑥) para todo 𝑥 > 0.
𝑥
c) 𝐿 (𝑦 ) = 𝐿(𝑥) − 𝐿(𝑦) para quaisquer 𝑥, 𝑦 > 0.

d) 𝐿(𝑥 𝑛 ) = 𝑛𝐿(𝑥) para todo 𝑥 > 0 e natural 𝑛.


1
e) 𝐿( 𝑛√𝑥) = 𝑛 𝐿(𝑥) para todo 𝑥 > 0 e natural 𝑛.

f) 𝐿(𝑥) < 0 < 𝐿(𝑦) sempre que 0 < 𝑥 < 1 < 𝑦.

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 158


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GABARITO
90. a
91. 81
92. e
𝟏
93. 𝑺 = {𝒙 ∈ ℝ|𝒙 ≤ 𝐥𝐨𝐠 𝟑 (𝟐)}
94. Esboço
95. c
96. 𝑺 = {𝒙 ∈ ℝ|𝒙 < 𝐥𝐨𝐠 𝟖 𝟐}
𝟗
97. d
98. b
99. e
𝟑+𝟑√𝟓
100. 𝐚) 𝑫𝒇 = {𝒙 ∈ ℝ|𝒙 > 𝟒} 𝐛) 𝑺 = ∅ 𝐜) 𝑺 = {𝒙 ∈ ℝ|𝒙 > }
𝟐
101. d
𝟏 𝟏
102. 𝑺 = {𝟒 , 𝟔𝟒, 𝟏𝟔}
103. d
104. e
105. a
106. 𝑺 = (−∞, −𝟐) ∪ (𝟑, +∞)
107. e
108. e
109. a
110. b
𝟏
111. 𝑺 = {𝟔}
112. c
113. Demonstração
114. a
𝟏
115. 𝟓 ≤ 𝒙 ≤ 𝟏
116. d
117. c
118. a
119. b
120. d
121. a
122. e
123. b
124. e
125. c
126. d
127. e
128. d
129. a
130. b
131. c
132. e

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 159


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𝟏
133. {𝒙 ∈ ℝ| 𝟑 ≤ 𝒙 < 𝟑𝟖 }
134. a
135. d
136. c
137. 𝒇(𝒇(𝟐𝟎𝟏𝟗)) = 𝟏𝟎
𝐥𝐨𝐠 𝟑 𝟐 𝐥𝐨𝐠 𝟑 𝟐+𝟏 𝐥𝐨𝐠 𝟑 𝟐 𝐥𝐨𝐠 𝟑 𝟐
138. a) 𝒂 = 𝟐 𝟒 ,𝒃 = 𝟐 𝟒 ,𝒄 = 𝟑 ∙ 𝟐 𝟒 b) 𝒓 = 𝟐 𝟒 𝐞 𝒒 = 𝐥𝐨𝐠 𝟑 𝟐
𝟐
139. a
𝟑𝟔𝟑
140. 𝑺 = {(√𝟑 ; 𝟑𝟏𝟏 )} 𝑺 = {𝒙 ∈ ℝ|𝒙 < 𝐥𝐨𝐠 𝟖 𝟐}
𝟗
141. Demonstração
142. c
𝟏
143. 𝑺 = {𝒙 ∈ ℝ| 𝟑 < 𝒙 < 𝟏 𝒐𝒖 𝟑 < 𝒙 < 𝟗}
144. a
145. b
146. 𝒙 = 𝒚 = 𝟐
147. c
148. c
149. a
150. d
𝒒𝟐𝟎𝟏𝟎 −𝟏 (𝟐𝟎𝟎𝟗𝒒−𝟐𝟎𝟏𝟎)𝒒𝟐𝟎𝟏𝟎 +𝒒
151. +𝒓⋅[ (𝒒−𝟏)𝟐
]
𝒒−𝟏
152. d
153. Demonstração.
154. Demonstração.
155. Demonstração.

RESOLUÇÃO
90. (ITA/2020)

Sejam 𝑥1 , 𝑥2 , 𝑥3 , 𝑥4 , 𝑥5 , 𝑥6 números reais tais que 2𝑥1 = 4; 3𝑥2 = 5; 4𝑥3 = 6; 5 𝑥4 = 7; 6 𝑥5 = 8 e


7𝑥6 = 9. Então, o produto 𝑥1 𝑥2 𝑥3 𝑥4 𝑥5 𝑥6 é igual a

a) 6.

b) 8.

c) 10.

d) 12.

e) 14.
Comentários
Os números reais podem ser escritos como:
2𝑥1 = 4 ⇒ 𝑥1 = log 2 4
3𝑥2 = 5 ⇒ 𝑥2 = log 3 5

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 160


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4𝑥3 = 6 ⇒ 𝑥3 = log 4 6
5𝑥4 = 7 ⇒ 𝑥4 = log 5 7
6𝑥5 = 8 ⇒ 𝑥5 = log 6 8
7𝑥6 = 9 ⇒ 𝑥6 = log 7 9
Assim, fazendo o produto entre eles, obtemos:
𝑥1 𝑥2 𝑥3 𝑥4 𝑥5 𝑥6 = log 2 4 ⋅ log 3 5 ⋅ log 4 6 ⋅ log 5 7 ⋅ log 6 8 ⋅ log 7 9
Podemos usar a seguinte propriedade dos logaritmos para simplificar a expressão:
log 𝑏 𝑎 ⋅ log 𝑎 𝑐 = log 𝑏 𝑐
Reorganizando os termos da expressão:
log 2 4 ⋅ log 4 6 ⋅ log 3 5 ⋅ log 5 7 ⋅ log 7 9 ⋅ log 6 8 = log 2 6 ⋅ log 6 8 ⋅ log 3 7 ⋅ log 7 9
= log 2 8 ⋅ log 3 9 = log 2 23 ⋅ log 3 32 = 3 ⋅ 2 = 6
∴ 𝑥1 𝑥2 𝑥3 𝑥4 𝑥5 𝑥6 = 6
Gabarito: “a”.
91. (ITA/2019)

Sabendo que 𝑥 pertence ao intervalo fechado [1, 64], determine o maior valor da função
8
𝑓(𝑥) = (log 2 𝑥)4 + 12(log 2 𝑥)2 ⋅ log 2 ( )
𝑥
Comentários
Para analisar os valores dessa função, devemos simplificá-lo.
Usando as propriedades do logaritmo, temos:
8
log 2 ( ) = log 2 8 − log 2 𝑥 = log 2 23 − log 2 𝑥 = 3 − log 2 𝑥
𝑥
Assim, encontramos:
𝑓 (𝑥) = (log 2 𝑥)4 + 12(log 2 𝑥)2 ⋅ (3 − log 2 𝑥)
Vamos fazer uma mudança de variável. Como 𝑥 ∈ [1, 64], fazendo 𝑦 = log 2 𝑥, obtemos:
𝑥 = 2𝑦 ⇒ 1 ≤ 2𝑦 ≤ 64 ⇒ 20 ≤ 2𝑦 ≤ 26
Sendo a função exponencial injetora e 2𝑦 crescente, temos:
0 ≤ 𝑦 ≤ 6 ⇒ 𝑦 ∈ [0, 6]
𝑓 (𝑦) = 𝑦 4 − 12𝑦 3 + 36𝑦 2
𝑓 (𝑦) = 𝑦 2 (𝑦 2 − 12𝑦 + 36)
𝑓 (𝑦 ) = 𝑦 2 (𝑦 − 6)2
⇒ 𝑓 (𝑦) = (𝑦 2 − 6𝑦)2
A expressão 𝑦 2 − 6𝑦 no plano cartesiano representa uma parábola com concavidade para
cima. No intervalor 𝑦 ∈ [0, 6], essa expressão assume os valores [−9,0] conforme a figura:

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 161


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Desse modo, a imagem da função 𝑓 é:


𝑦∈[0,6]
𝑓 (𝑦) = (𝑦 2 − 6𝑦)2 ⇒ 𝐼𝑚(𝑓 ) ∈ [0, 81]
Portanto, o maior valor da função é 81.
Gabarito: 𝟖𝟏
92. (ITA/2018)

Se log 2 𝜋 = 𝑎 e log 5 𝜋 = 𝑏, então


1 1 1
a) 𝑎 + 𝑏 ≤ 2
1 1 1
b) 2 < 𝑎 + 𝑏 ≤ 1
1 1 3
c) 1 < + ≤
𝑎 𝑏 2
3 1 1
d) 2 < 𝑎 + 𝑏 ≤ 2
1 1
e) 2 < 𝑎 + 𝑏

Comentários
1 1
Analisando as alternativas, temos que encontrar alguma relação para o número + .
𝑎 𝑏
Usando os dados do enunciado, temos:
1 1
=
𝑎 log 2 𝜋

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 162


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1 1
=
𝑏 log 5 𝜋
1 1 1 1
+ = +
𝑎 𝑏 log 2 𝜋 log 5 𝜋
Vamos igualar a base dos logaritmos, fazendo:
log 2 𝜋
log 5 𝜋 =
log 2 5
Substituindo na equação, encontramos:
1 1 1 1 1 + log 2 5
+ = + =
log 2 𝜋 log 5 𝜋 log 2 𝜋 log 2 𝜋 log 2 𝜋
log 2 5
1 + log 2 5 log 2 2 + log 2 5 log 2 (2 ∙ 5) log 2 10
1 = log 2 2 ⇒ = = = = log π 10
log 2 𝜋 log 2 𝜋 log 2 𝜋 log 2 𝜋
1 1
⇒+ = log 𝜋 10
𝑎 𝑏
Devemos analisar quanto vale o número log 𝜋 10. Fazendo 𝑥 = log 𝜋 10, temos:
𝜋 𝑥 = 10
𝜋 vale aproximadamente 3,14. Podemos dizer que 𝜋 2 < 10, então 𝑥 deve ser maior do que
2.
Com isso, encontramos:
2<𝑥
1 1
𝑥 = log 𝜋 10 =
+
𝑎 𝑏
1 1
⇒2< +
𝑎 𝑏
Logo, o gabarito é a letra e.
Gabarito: “e”.
93. (ITA/2018)

Encontre o conjunto solução 𝑆 ⊂ ℝ da inequação exponencial:


4
1081
3𝑥−2 + ∑ 3𝑥+𝑘 ≤
18
𝑘=1

Comentários
Reescrevendo a inequação, temos:
1081
3𝑥−2 + 3𝑥+1 + 3𝑥+2 + 3𝑥+3 + 3𝑥+4 ≤
18
𝑥
3 1081
2
+ 3 𝑥 ∙ 3 + 3 𝑥 ∙ 32 + 3 𝑥 ∙ 33 + 3 𝑥 ∙ 34 ≤
3 18

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 163


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Fazendo 𝑦 = 3𝑥 , obtemos:
𝑦 1081
+ 3𝑦 + 9𝑦 + 27𝑦 + 81𝑦 ≤
9 18
𝑦(1 + 27 + 81 + 243 + 729) 1081

9 18
𝑦1081 1081

9 18
Simplificando a inequação:
9 1
⇒𝑦≤ =
18 2
Voltando à variável 𝑥:
1
𝑦 = 3𝑥 ≤
2
Aplicando o log na base 3 na inequação:
1
log 3 3𝑥 ≤ log 3
2
1
⇒ 𝑥 ≤ log 3
2
O conjunto solução é dado por:
1
𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ|𝑥 ≤ log 3 ( )}
2
𝟏
Gabarito: 𝑺 = {𝒙 ∈ ℝ|𝒙 ≤ 𝐥𝐨𝐠 𝟑 ( )}
𝟐

94. (ITA/2017)

Esboce o gráfico da função 𝑓: ℝ → ℝ dada por


1
𝑓(𝑥) = |2−|𝑥| − |
2
Comentários
Para esboçar o gráfico de uma função modular, devemos construir a função de dentro pra
fora. Do enunciado do problema, temos:
1 1
𝑓 (𝑥 ) = | − |
2|𝑥| 2
Vamos iniciar pela função mais simples:
1 𝑥
Esboçando ( ) :
2

Como a base é menor do que 1, a função é decrescente.


1 𝑥
𝑓 (𝑥 ) = ( )
2

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 164


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1 |𝑥|
Agora aplicando o módulo em 𝑥, ( ) :
2

1 |𝑥| 1
( ) = {2𝑥 , 𝑥 ≥ 0
2
2𝑥 , 𝑥 < 0
2𝑥 é uma função crescente e 1/2𝑥 é uma função decrescente. O que muda no gráfico ao
aplicar o módulo é a região do gráfico cujo 𝑥 é negativo.
Para esboçar esse gráfico, basta redesenhar a parte das abcissas negativas de acordo com
a função abaixo:
1
𝑓 (𝑥 ) =
2|𝑥|

Agora, transladamos −1/2 no gráfico. Vamos descer o gráfico 1/2 unidade verticalmente.
Nesse caso, temos 2 raízes:
1 1
− =0
2|𝑥| 2
⇒ 𝑥 = ±1

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 165


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Esboçando:
1 1
𝑓 (𝑥 ) = −
2|𝑥| 2

Por último, aplicamos o módulo no gráfico acima. Basta espelhar o gráfico em relação ao
eixo 𝑥:
1 1
𝑓 (𝑥 ) = | − |
2|𝑥| 2

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 166


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O esboço final é dado por:

Gabarito: Esboço
95. (ITA/2017)

Sejam 𝑎, 𝑏, 𝑐, 𝑑 números reais positivos e diferentes de 1. Das afirmações:

I. 𝑎 log𝑐 𝑏 = 𝑏 log𝑐 𝑎
𝑎 log𝑑 𝑐 𝑏 log𝑑 𝑎 𝑐 log𝑑 𝑏
II. (𝑏 ) (𝑐 ) (𝑎) =1

III. log 𝑎𝑏 (𝑏𝑐) = log 𝑎 𝑐

É (são) verdadeira(s)

a) apenas I.

b) apenas II.

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 167


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c) apenas I e II.

d) apenas II e III.

e) todas.
Comentários
I. Analisando a afirmação, para verificar a igualdade, devemos aplicar o log na base 𝑐 em
ambos os lados da igualdade:
log 𝑐 𝑎log𝑐 𝑏 = log 𝑐 𝑏 log𝑐 𝑎
log 𝑐 𝑏 log 𝑐 𝑎 = log 𝑐 𝑎 log 𝑐 𝑏
Portanto, a afirmação é verdadeira.
II. Vamos usar a afirmação I para verificar essa afirmação.
𝑎log𝑐 𝑏 = 𝑏 log𝑐 𝑎
Da equação:
𝑎 log𝑑 𝑐 𝑏 log𝑑 𝑎 𝑐 log𝑑 𝑏 𝑎 log𝑑 𝑐 𝑏 log𝑑 𝑎 𝑐 log𝑑 𝑏
( ) ( ) ( ) = log 𝑐 log 𝑎 log 𝑏
𝑏 𝑐 𝑎 𝑏 𝑑 𝑐 𝑑 𝑎 𝑑
Vamos escrever cada termo usando 𝑥, 𝑦, 𝑧 para melhor visualizar o resultado:
𝑎 log𝑑 𝑐 = 𝑐log𝑑 𝑎 = 𝑥
𝑏 log𝑑 𝑐 = 𝑐 log𝑑 𝑏 = 𝑦
𝑎log𝑑 𝑏 = 𝑏 log𝑑 𝑎 = 𝑧
Substituindo na expressão:
𝑥 𝑧 𝑦
∙ ∙
𝑦 𝑥 𝑧
Calculando o resultado, temos:
𝑥 𝑧 𝑦 𝑥𝑦𝑧
∙ ∙ = =1
𝑦 𝑥 𝑧 𝑥𝑦𝑧
∴Verdadeira.
III. Analisando a afirmação, se tentarmos escrever todos os logs na base 10, encontramos:
log 𝑏𝑐 log 𝑐
=
log 𝑎𝑏 log 𝑎
log 𝑏 + log 𝑐 log 𝑐
=
log 𝑎 + log 𝑏 log 𝑎
Vendo a equação acima, podemos perceber que é improvável que o lado esquerdo se iguale
ao lado direito. Vamos pensar em um contra-exemplo:
log 𝑎𝑏 𝑏𝑐 = log 𝑎 𝑐
Para 𝑎 = 2, 𝑏 = 2 e 𝑐 = 1:
log 4 2 = log 2 1

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 168


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1
⇒ = 0 (𝑎𝑏𝑠𝑢𝑟𝑑𝑜!)
2
∴Falsa.
Gabarito: “c”.
96. (ITA/2017)

Determine todos os valores reais de 𝑥 que satisfazem a inequação 43𝑥−1 > 34𝑥 .
Comentários
43𝑥−1 > 34𝑥
Vamos aplicar log na inequação:
log 43𝑥−1 > log 34𝑥
(3𝑥 − 1) log 4 > 4𝑥 log 3
Isolando o 𝑥:
3𝑥 log 4 − log 4 > 4𝑥 log 3
𝑥 (3 log 4 − 4 log 3) > log 4
𝑥 (log 43 − log 34 ) > log 4
43
𝑥 (log ) > log 4
34
64
𝑥 (log ) > log 4
81
64 64 64
Como < 1, temos log < 0. Assim, dividindo a inequação por log , encontramos:
81 81 81
log 4
𝑥<
64
log
81
Simplificando:
64 82 8 2 8
log = log 2 = log ( ) = 2 log
81 9 9 9
2
log 4 = log 2 = 2 log 2
Dessa forma, temos:
2 log 2
𝑥<
8
2 log
9
log 2
𝑥<
8
log
9
𝑥 < log 8 2
9

Portanto, a solução da inequação é:

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 169


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𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ|𝑥 < log 8 2}


9

Gabarito: 𝑺 = {𝒙 ∈ ℝ|𝒙 < 𝐥𝐨𝐠 𝟖 𝟐}


𝟗

97. (ITA/2016)

Se 𝑥 é um número natural com 2015 dígitos, então o número de dígitos da parte inteira de 7√𝑥 é
igual a

a) 285

b) 286

c) 287

d) 288

e) 289
Comentários
Vamos reescrever o número 𝑥. Seja 𝑎 ∈ ℝ tal que 𝑎 ∈ [1,10[.
Se 𝑥 é um número natural com 2015 dígitos, podemos escrever:
𝑥 = 𝑎 ∙ 102014
2014 é porque 𝑎 conta como 1 dígito.
Agora, aplicando o radical:
7 7 7
√𝑥 = √𝑎 ∙ √102014
1 1 2014
𝑥 7 = 𝑎7 10 7

Dividindo 2014 por 7, obtemos:


2014 = 7 ∙ 287 + 5
Substituindo na equação:
1 1 7∙287+5
𝑥 7 = 𝑎 7 10 7

1 1 5
𝑥 7 = 𝑎7 10287 ∙ 107
1 1
𝑥 7 = (𝑎 ∙ 105 )7 ∙ 10287
7 7
√𝑥 = √105 𝑎 ∙ 10287
Definimos que 1 ≤ 𝑎 < 10. Então:
105 ≤ 105 ∙ 𝑎 < 106
7 7 7
1 < √105 ≤ √105 ∙ 𝑎 < √106 < 10
7
1 < √105 ∙ 𝑎 < 10

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 170


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7
Portanto, o número √105 ∙ 𝑎 possui 1 algarismo. Logo, o total de algarismos do número é
dado por:
7 7
√105 𝑎 ∙
√𝑥 = ⏟ ⏟ 287
10
1 𝑎𝑙𝑔𝑎𝑟𝑖𝑠𝑚𝑜 287 𝑎𝑙𝑔𝑎𝑟𝑖𝑠𝑚𝑜𝑠

287 + 1 = 288
Gabarito: “d”.
98. (ITA/2016)

Considere as seguintes afirmações:


𝑥−1
I. A função 𝑓(𝑥) = log 10 ( ) é estritamente crescente no intervalo ]1, +∞[.
𝑥

II. A equação 2𝑥+2 = 3𝑥−1 possui uma única solução real.

III. A equação (𝑥 + 1) 𝑥 = 𝑥 admite pelo menos uma solução real positiva.

É (são) verdadeira(s)

a) apenas I.

b) apenas I e II.

c) apenas II e III.

d) I, II e III.

e) apenas III.
Comentários
I. Vamos verificar se a função é crescente comparando dois números 𝑎, 𝑏. Seja 𝑎, 𝑏 ∈
]1, +∞[ tal que 1 < 𝑎 < 𝑏. Então:
1<𝑎<𝑏
1 1
<
𝑏 𝑎
1 1
− >−
𝑏 𝑎
1 1
1− > 1−
𝑏 𝑎
𝑏−1 𝑎−1
>
𝑏 𝑎
𝑓 (𝑏) > 𝑓(𝑎)
Portanto, 𝑎 < 𝑏 → 𝑓 (𝑎) < 𝑓(𝑏). 𝑓 é estritamente crescente.
∴ Verdadeira.
II. Vamos resolver a equação:
2𝑥+2 = 3𝑥−1

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 171


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3𝑥
4 ∙ 2𝑥 =
3
Isolando 𝑥:
3 𝑥
12 = ( )
2
Aplicando log na base 3/2:
log 3 12 = 𝑥
2

Encontramos uma única solução real.


∴Verdadeira.
III. Verificando a equação:
(𝑥 + 1) 𝑥 = 𝑥
Aplicando log na base 𝑥:
log 𝑥 (𝑥 + 1)𝑥 = log 𝑥 𝑥
𝑥 log 𝑥 (𝑥 + 1) = 1
Vamos ver se existe algum 𝑥 real positivo que satisfaz a equação:
Se 0 < 𝑥 < 1, temos log 𝑥 (𝑥 + 1) < 1 e consequentemente:
𝑥 log 𝑥 (𝑥 + 1) < 1
Se 𝑥 > 1, temos log 𝑥 (𝑥 + 1) > 1 e consequentemente:
𝑥 log 𝑥 (𝑥 + 1) > 1
∀𝑥 ∈ ℝ+ , a expressão 𝑥 log 𝑥 (𝑥 + 1) resulta em uma desigualdade. Portanto, não temos 𝑥
que satisfaz a equação.
∴Falsa.
Gabarito: “b”.
99. (ITA/2016)

Seja (𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 , … ) a sequência definida da seguinte forma: 𝑎1 = 1000 e 𝑎𝑛 = log 10 (1 + 𝑎𝑛−1 ) para
𝑛 ≥ 2. Considere as afirmações a seguir:
I. A sequência (𝑎𝑛 ) é decrescente.

II. 𝑎𝑛 > 0 para todo 𝑛 ≥ 1.

III. 𝑎𝑛 < 1 para todo 𝑛 ≥ 3.

É (são) verdadeira(s)

a) apenas I.
b) apenas I e II.

c) apenas II e III.

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 172


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d) I, II e III.

e) apenas III.
Comentários
I. Para 𝑛 = 2, temos:
𝑎2 = log10 (1 + 𝑎1 ) = log10 (1 + 1000) = log10 1001
Vamos comparar 𝑎2 com 𝑎1 . Aproximando 𝑎2 :
𝑎2 = log10 1001 ≅ log10 1000 = 3 < 1000 = 𝑎1
Então, encontramos 𝑎2 < 𝑎1 . Vamos supor que 𝑎𝑛+1 < 𝑎𝑛 e provar essa propriedade
usando PIF.
Para 𝑛 = 1, já sabemos que 𝑎2 < 𝑎1 .
Para 𝑘 ∈ ℕ, temos que provar que 𝑎𝑘 < 𝑎𝑘−1 → 𝑎𝑘+1 < 𝑎𝑘 .
Usando a definição para 𝑎𝑘 :
𝑎𝑘 = log10 (1 + 𝑎𝑘−1 )
10𝑎𝑘 = 1 + 𝑎𝑘−1
𝑎𝑘−1 = 10𝑎𝑘 − 1
Para 𝑎𝑘+1 :
𝑎𝑘+1 = log10 (1 + 𝑎𝑘 )
10𝑎𝑘+1 = 1 + 𝑎𝑘
𝑎𝑘 = 10𝑎𝑘+1 − 1
Da hipótese:
𝑎𝑘 < 𝑎𝑘−1
Substituindo 𝑎𝑘 e 𝑎𝑘−1 :
10𝑎𝑘+1 − 1 < 10𝑎𝑘 − 1
10𝑎𝑘+1 < 10𝑎𝑘
⇒ 𝑎𝑘+1 < 𝑎𝑘
Portanto, encontramos que 𝑎𝑛+1 < 𝑎𝑛 , logo, a sequência (𝑎𝑛 ) é decrescente.
∴Verdadeira.
II. 𝑎1 = 1000 > 0
Se 𝑎𝑛 > 0, temos:
𝑎𝑛+1 = log10 (1 + 𝑎𝑛 ) > log10 1 = 0
Portanto, 𝑎𝑛 > 0 ⇒ 𝑎𝑛+1 > 0. Logo, 𝑎𝑛 > 0, ∀𝑛 ∈ ℕ.
∴Verdadeira.
III. Para 𝑛 = 3:

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 173


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𝑎3 = log10 (1 + 𝑎2 )
Usando a aproximação 𝑎2 ≅ 3 < 4, temos:
𝑎3 = log10 (1 + 𝑎2 ) < log10 (1 + 4) = log10 5 < log10 10 = 1
Como a sequência é decrescente e 𝑎3 < 1, temos que 𝑎𝑛 < 1, ∀𝑛 ≥ 3.
∴Verdadeira.
Gabarito: “e”.
100. (ITA/2016)

Seja 𝑓 a função definida por 𝑓(𝑥) = log 𝑥+1 (𝑥 2 − 2𝑥 − 8). Determine:


a) O domínio 𝐷𝑓 da função 𝑓.

b) O conjunto de todos os valores de 𝑥 ∈ 𝐷𝑓 tais que 𝑓(𝑥) = 2.

c) O conjunto de todos os valores de 𝑥 ∈ 𝐷𝑓 tais que 𝑓(𝑥) > 1.


Comentários
a) Analisando as condições da função, encontramos os seguintes requisitos:
𝑥+1> 0
{ 𝑥+1≠ 1
𝑥 2 − 2𝑥 − 8 > 0
𝑥 > −1 e 𝑥 ≠ 0
Resolvendo a inequação:
𝑥 2 − 2𝑥 − 8 > 0
(𝑥 − 4)(𝑥 + 2) > 0

⇒ 𝑥 < −2 𝑜𝑢 𝑥 > 4
Juntando as condições, encontramos:
𝑥>4
Portanto, o domínio da função é dado por:
𝐷𝑓 = {𝑥 ∈ ℝ|𝑥 > 4}
b) Fazendo 𝑓 (𝑥) = 2, temos:
log 𝑥+1 (𝑥 2 − 2𝑥 − 8) = 2
𝑥 2 − 2𝑥 − 8 = (𝑥 + 1)2
𝑥 2 − 2𝑥 − 8 = 𝑥 2 + 2𝑥 + 1
4𝑥 = −9

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 174


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9
⇒𝑥=−
4
Como o domínio de 𝑓 é 𝑥 > 4, temos que 𝑥 = −9/4 não pode ser solução do problema.
Logo:
𝑆=∅
c) Fazendo 𝑓 (𝑥) > 1, temos:
log 𝑥+1 (𝑥 2 − 2𝑥 − 8) > 1
Como 𝑥 > 4, temos que a base do logaritmo é maior do que 1, logo a função é crescente.
Dessa forma, podemos escrever:
𝑥 2 − 2𝑥 − 8 > (𝑥 + 1)1
𝑥 2 − 3𝑥 − 9 > 0
Raízes:
3 ± √9 + 36 (3 ± √45) 3 ± 3√5
𝑥= = =
2 2 2

A solução dessa inequação é dada por:


3 − 3√5 3 + 3√5
𝑥< 𝑜𝑢 𝑥 >
2 2
Devemos fazer a intersecção dessa solução com o domínio de 𝑓. Para isso, precisamos saber
se esses números são maiores ou menores do que 4. Comparando o maior valor:
3 + 3√5 3 + 3 ∙ 2 9
> = = 4,5 > 4
2 2 2
3 + 3√5
⇒ >4
2
Agora, para o menor valor:
3 − 3√5 3 − 3 ∙ 2 3
< = − = −1,5 < 4
2 2 2
3 − 3√5
⇒ <4
2
Colocando os números no eixo 𝑥, temos:

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 175


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Fazendo a intersecção da solução, encontramos:


3 + 3√5
𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ|𝑥 > }
2
𝟑+𝟑√𝟓
Gabarito: a) 𝑫𝒇 = {𝒙 ∈ ℝ|𝒙 > 𝟒} b) 𝑺 = ∅ c) 𝑺 = {𝒙 ∈ ℝ|𝒙 > }
𝟐

101. (ITA/2015)
Considere as seguintes afirmações sobre números reais:
I. Se a expansão decimal de 𝑥 é infinita e periódica, então 𝑥 é um número racional.
1 √2
II. ∑∞
𝑛=0 = 1−2 2.
(√2−1)√2𝑛 √
3
III. 𝑙𝑛 √𝑒 2 + (log 3 2)(log 4 9) é um número racional.

É (são) verdadeira(s):

a) nenhuma.

b) apenas II.

c) apenas I e II.

d) apenas I e III.

e) I, II e III.
Comentários
I. Do enunciado da afirmação:
A expansão decimal de 𝑥 é infinita e periódica, então 𝑥 é uma dízima periódica. Portanto,
𝑥 é racional.
∴Verdadeira.
II. A sequência é uma PG infinita de razão 𝑞 = 1/√2. Veja:
∞ ∞
1 1 1
∑ = ∑
𝑛=0
(√2 − 1)√2𝑛 √2 − 1 𝑛=0 √2𝑛

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 176


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1 1 1 1 1 1
∑ = ( 0+ 1+ 2 + ⋯)
√2 − 1 𝑛=0 √2𝑛 √2 − 1 √2 √2 √2
Lembrando que a soma de uma PG infinita é dada por:
1
𝑆=
1−𝑞

1 1 11 1 1 √2 √2
( 0+
+ + ⋯ ) = ( ) = =
√2 − 1 1 − 1
1 2
√2 − 1 √2 √2 √2 (√2 − 1)(√2 − 1) 3 − 2√2
√2
O resultado que encontramos é diferente da afirmação.
∴ Falsa.
III. Vamos simplificar o número:
3
𝑙𝑛 √𝑒 2 + (log 3 2)(log 4 9)
2
+ (log 3 2)(log 22 32 )
3
2
+ log 3 2 ∙ log 2 3
3
2 log 2 log 3
+ ∙
3 log 3 log 2
2 5
+1= ∈ℚ
3 3
∴Verdadeira.
Gabarito: “d”.
102. (ITA/2014)

Determine as soluções reais da equação em 𝑥:


3 log 10 16𝑥
(log 4 𝑥)3 − log 4(𝑥 4 ) − =0
log 100 16
Comentários
Como condição de existência: 𝑥 > 0.
Simplificando a equação, temos:
3 log10 16𝑥
(log 4 𝑥)3 − log 4 (𝑥 4 ) − =0
log100 16
3 log 4 16𝑥
log 4 10
(log 4 𝑥 )3 − 4 log 4 𝑥 − =0
log 4 16
log 4 100

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 177


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3(log 4 42 + log 4 𝑥)
log 4 10
(log 4 𝑥 )3 − 4 log 4 𝑥 − =0
log 4 42
log 4 102
3(2 + log 4 𝑥)
log 4 10
(log 4 𝑥)3 − 4 log 4 𝑥 − =0
2
2 log 4 10
(log 4 𝑥 )3 − 4 log 4 𝑥 − 3(2 + log 4 𝑥) = 0
Fazendo log 4 𝑥 = 𝑦:
𝑦 3 − 4𝑦 − 3(2 + 𝑦) = 0
𝑦 3 − 7𝑦 − 6 = 0
Fatorando a equação:
𝑦 3 − 𝑦 − 6𝑦 − 6 = 0
𝑦 (𝑦 2 − 1) − 6(𝑦 + 1) = 0
(𝑦 + 1)(𝑦(𝑦 − 1) − 6) = 0
(𝑦 + 1)(𝑦 2 − 𝑦 − 6) = 0
(𝑦 + 1)(𝑦 − 3)(𝑦 + 2) = 0
Encontrando as raízes:
𝑦1 = −1
𝑦2 = 3
𝑦3 = −2
Encontrando os valores de 𝑥:
𝑦 = log 4 𝑥
1
𝑦1 = −1 ⇒ 𝑥1 =
4
3
𝑦2 = 3 ⇒ 𝑥2 = 4 = 64
1
𝑦3 = −2 ⇒ 𝑥3 = 4−2 =
16
Portanto, a solução é dada por:
1 1
𝑆 = { , 64, }
4 16
𝟏 𝟏
Gabarito: 𝑺 = { , 𝟔𝟒, }
𝟒 𝟏𝟔

103. (ITA/2014)
A soma

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 178


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4 𝑛
log 1/2 √32

log 1/2 8𝑛+2
1

É igual a
8
a) 9
14
b) 15
15
c) 16
17
d) 18

e) 1
Comentários
Simplificando a expressão, temos:
4 𝑛 4 5 4 5 4
log 1/2 √32 log 2−1 2𝑛 −𝑛 5
∑ 𝑛+2
=∑ 3 𝑛+2
=∑ =∑
log 1/2 8 log 2−1 (2 ) 3(𝑛 + 2) 3𝑛(𝑛 + 2)
1 1 1 1
−1
Calculando o valor da soma:
4
5 5 1 1 1 1
∑ = ( + + + )
3𝑛 (𝑛 + 2) 3 1 ∙ 3 2 ∙ 4 3 ∙ 5 4 ∙ 6
1
5
5 1 1 1 1 (40 + 15 + 8 + 5) 5 68 68 68 17
( + + + )=3 = ( )= = =
3 3 8 15 24 120 3 120 3 ∙ 24 72 18
17
⇒𝑆=
18
Gabarito: “d”.
104. (ITA/2013)
2+𝑎𝑥+𝑏
Considere as funções 𝑓 e 𝑔, da variável real 𝑥, definidas, respectivamente, por 𝑓(𝑥) = 𝑒 𝑥 e
𝑎𝑥
𝑔(𝑥) = ln (3𝑏 ), em que 𝑎 e 𝑏 são números reais. Se 𝑓(−1) = 1 = 𝑓(−2), então pode-se afirmar
sobre a função composta 𝑔𝑜𝑓 que

a) 𝑔𝑜𝑓(1) = ln 3.

b) ∄𝑔𝑜𝑓(0).

c) 𝑔𝑜𝑓 nunca se anula.

d) 𝑔𝑜𝑓 está definida apenas em {𝑥 ∈ ℝ: 𝑥 > 0}.

e) 𝑔𝑜𝑓 admite dois zeros reais distintos.


Comentários
O enunciado nos dá 𝑓(−1) e 𝑓(−2). Vamos encontrar os coeficientes 𝑎 e 𝑏 de 𝑓:

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 179


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𝑓 (−1) = 𝑒1−𝑎+𝑏 = 1
𝑓 (−2) = 𝑒 4−2𝑎+𝑏 = 1
𝑓 (−1)
Dividindo :
𝑓 (−2)

𝑒1−𝑎+𝑏
=1
𝑒 4−2𝑎+𝑏
𝑒 𝑎−3 = 1
𝑒𝑎 = 𝑒3
⇒𝑎=3
Substituindo o resultado em 𝑓(−1):
𝑒1−3+𝑏 = 1
𝑒 𝑏−2 = 1
𝑒𝑏 = 𝑒2
⇒𝑏=2
Portanto, as funções 𝑓 e 𝑔 são dadas por:
2 +3𝑥+2
𝑓 (𝑥 ) = 𝑒 𝑥
3𝑥 𝑥
𝑔(𝑥) = ln ( ) = ln ( )
3∙2 2
Encontrando 𝑔𝑜𝑓:
2
𝑓 (𝑥 ) 𝑒 𝑥 +3𝑥+2 2
( ) ( )
𝑔𝑜𝑓 𝑥 = 𝑔(𝑓 𝑥 ) = ln ( ) = ln ( ) = ln(𝑒 𝑥 +3𝑥+2 ) − ln 2 = 𝑥 2 + 3𝑥 + 2 − ln 2
2 2
Vamos analisar as alternativas:
a) Devemos calcular 𝑔𝑜𝑓 (1):
𝑔𝑜𝑓 (1) = 1 + 3 + 2 − 𝑙𝑛2 = 6 − ln 2 ≠ 𝑙𝑛3
b) 𝑔𝑜𝑓 (0) = 2 − ln 2. Existe 𝑔𝑜𝑓(0).
c) Vamos verificar se 𝑔𝑜𝑓 possui raízes:
𝑔𝑜𝑓 (𝑥) = 0
𝑥 2 + 3𝑥 + 2 − ln 2 = 0
−3 ± √9 − 4(2 − ln 2) −3 ± √1 + ln 2
𝑥= =
2 2
𝑔𝑜𝑓 possui 2 raízes distintas. O que nos leva à alternativa e.
Gabarito: “e”.
105. (ITA/2013)

Se os números reais 𝑎 e 𝑏 satisfazem, simultaneamente, as equações

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 180


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√𝑎√𝑏 = 1 e ln(𝑎2 + 𝑏) + ln 8 = ln 5,
2
𝑎
Um possível valor de 𝑏 é
√2
a) 2

b) 1

c) √2

d) 2

e) 3√2
Comentários
Do enunciado, temos o sistema:
1
√𝑎√𝑏 =
{ 2
( 2 )
ln 𝑎 + 𝑏 + ln 8 = ln 5
Simplificando:
1 1
1 𝑎2 𝑏 = 𝑎2 𝑏 =
𝑎√𝑏 = 16 16
{ 4 ⇒{ ⇒{
5 5
ln(𝑎2 + 𝑏) = ln 5 − ln 8 ln(𝑎2 + 𝑏) = ln ( ) a2 + 𝑏 =
8 8
Vamos encontrar os valores de 𝑎 e 𝑏 substituindo a primeira equação na segunda:
1
𝑎2 =
16𝑏
1 5
+𝑏 =
16𝑏 8
2
16𝑏 − 10𝑏 + 1 = 0
5 ± √25 − 16 5 ± 3 1 1
𝑏= = = 𝑜𝑢
16 16 2 8
Das condições da equação com radical, temos que necessariamente 𝑎 ≥ 0 e 𝑏 ≥ 0. Então:
1 1 √2
𝑏= ⇒ 𝑎2 = ⇒ 𝑎 =
2 8 4
1 1 √2
𝑏= ⇒ 𝑎2 = ⇒ 𝑎 =
8 2 2
Possíveis valores para 𝑎/𝑏:
√2
𝑎 √2
= 4 =
𝑏 1 2
2

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 181


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√2
𝑎
= 2 = 4√2
𝑏 1
8
Analisando as alternativas, encontramos a resposta em a.
Gabarito: “a”.
106. (ITA/2011)

Resolva a inequação em ℝ:
2 −𝑥+19)
1 log15 (𝑥
16 < ( )
4
Comentários
Vamos simplificar a inequação:
2 −𝑥+19)
1 log15 (𝑥
16 < ( )
4
2 −𝑥+19)
42 < (4−1 )log5−1 (𝑥
2 −𝑥+19)
42 < (4−1 )(−1)log5(𝑥
2 −𝑥+19)
42 < 4log5 (𝑥
⇒ 2 < log 5 (𝑥 2 − 𝑥 + 19)
52 < 𝑥 2 − 𝑥 + 19
0 < 𝑥2 − 𝑥 − 6
0 < (𝑥 − 3)(𝑥 + 2)
Raízes:
𝑥 = 3 𝑜𝑢 𝑥 = −2
Estudo do sinal:

∴ 𝑥 < −2 𝑜𝑢 𝑥 > 3
𝑆 = (−∞, −2) ∪ (3, +∞)
Gabarito: 𝑺 = (−∞, −𝟐) ∪ (𝟑, +∞)
107. (ITA/2008)
Para 𝑥 ∈ ℝ, o conjunto solução de |53𝑥 − 52𝑥+1 + 4 ∙ 5𝑥 | = |5𝑥 − 1| é
a) {0, 2 ± √5, 2 ± √3}

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 182


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b) {0, 1, log 5 (2 + √5)}


1 1 √2
c) {0, (2) log 5 2 , 2 log 5 3 , log 5 }
2

d) {0, log 5 (2 + √5) , log 5(2 + √3) , log 5(2 − √3)}

e) A única solução é 𝑥 = 0
Comentários
Inicialmente, devemos simplificar a equação:
|53𝑥 − 52𝑥+1 + 4 ∙ 5𝑥 | = |5𝑥 − 1|
|5𝑥 (52𝑥 − 5 ∙ 5𝑥 + 4)| = |5𝑥 − 1|
|5𝑥 (52𝑥 − 5 ∙ 5𝑥 + 4)| = |5𝑥 − 1|
|5𝑥 (5𝑥 − 1)(5𝑥 − 4)| = |5𝑥 − 1|
|5𝑥 − 1|(|5𝑥 (5𝑥 − 4)| − 1) = 0
Possibilidades:
5𝑥 − 1 = 0 ⇒ 5𝑥 = 1 ⇒ 𝑥 = 0
Ou
|5𝑥 (5𝑥 − 4)| − 1 = 0
5 𝑥 ( 5 𝑥 − 4) = 1 2𝑥 𝑥
|5𝑥 (5𝑥 − 4)| = 1 ⇒ { 𝑥( 𝑥 ⇒ {52𝑥 − 4 ∙ 5𝑥 − 1 = 0
5 5 − 4) = −1 5 −4∙5 +1 = 0
Resolvendo cada equação separadamente, temos:
52𝑥 − 4 ∙ 5𝑥 − 1 = 0
5𝑥 = (2 ± √ 4 + 1) = 2 ± √5
Como 5𝑥 > 0 e 2 − √5 < 0, nesse caso, a única solução é 5𝑥 = 2 + √5. O que resulta:
𝑥 = log 5 (2 + √5)
Resolvendo a outra equação:
52𝑥 − 4 ∙ 5𝑥 + 1 = 0
5𝑥 = (2 ± √4 − 1) = 2 ± √3
2 − √3 > 0
⇒ 5𝑥 = 2 ± √3
⇒ 𝑥 = log 5 (2 ± √3)
Portanto, encontramos 4 soluções:
𝑆 = {0, log 5 (2 + √5) , log 5 (2 ± √3)}
Gabarito: “e”.
108. (ITA/2007)

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 183


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Sejam 𝑥 e 𝑦 dois números reais tais que 𝑒 𝑥 , 𝑒 𝑦 e o quociente


𝑒 𝑥 − 2√5
4 − 𝑒 𝑦 √5
são todos racionais. A soma 𝑥 + 𝑦 é igual a

a) 0

b) 1

c) 2 log 5 3

d) log 5 2

e) 3 log 𝑒 2
Comentários
Vamos eliminar o termo radical do denominador do número:
(𝑒 𝑥 − 2√5) (4 + 𝑒 𝑦 √5)
(4 − 𝑒 𝑦 √5) (4 + 𝑒 𝑦 √5)

4𝑒 𝑥 − 8√5 + 𝑒 𝑥+𝑦 √5 − 2𝑒 𝑦 5
16 − 5𝑒 2𝑦
4𝑒 𝑥 − 2𝑒 𝑦 5 − 8√5 + 𝑒 𝑥+𝑦 √5
16 − 5𝑒 2𝑦
O enunciado afirma que o número é racional, então necessariamente os radicais do
numerador devem ser iguais a zero:
−8√5 + 𝑒 𝑥+𝑦 √5 = 0
𝑒 𝑥+𝑦 = 8
⇒ 𝑥 + 𝑦 = ln 23 = 3 ln 2
Com isso, encontramos a resposta no gabarito e.
Gabarito: “e”.
109. (ITA/2007)

Sejam 𝑥, 𝑦 e 𝑧 números reais positivos tais que seus logaritmos numa dada base 𝑛 são números
primos satisfazendo

log 𝑛 (𝑥𝑦) = 49
𝑥
log 𝑛 ( ) = 44
𝑧
Então, log 𝑛 (𝑥𝑦𝑧) é igual a

a) 52

b) 61

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 184


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c) 67

d) 80

e) 97
Comentários
O enunciado afirma que log 𝑛 𝑥 , log 𝑛 𝑦 , log 𝑛 𝑧 são números primos. Vamos procurar
alguma informação usando os dados fornecidos:
log 𝑛 (𝑥𝑦) = 49
log 𝑛 𝑥 + log 𝑛 𝑦 = 49
Como os logs envolvidos são números primos e a soma é ímpar, temos que um número
deve ser par e o outro ímpar. O único par que é primo é 2, então:
log 𝑛 𝑥 = 2 log 𝑥 = 47
{ 𝑜𝑢 { 𝑛
log 𝑛 𝑦 = 47 log 𝑛 𝑦 = 2
Usando a outra equação:
𝑥
log 𝑛 ( ) = 44
𝑧
log 𝑛 𝑥 − log 𝑛 𝑧 = 44
Testando os valores dos logs, temos:
log 𝑛 𝑥 = 2 ⇒ 2 − log 𝑛 𝑧 = 44
log 𝑛 𝑧 = −42
−42 não é primo
Vamos testar o outro valor:
log 𝑛 𝑥 = 47 ⇒ 47 − log 𝑛 𝑧 = 44
log 𝑛 𝑧 = 3
3 é primo
Então, os logs que satisfazem o problema são:
log 𝑛 𝑥 = 47
log 𝑛 𝑦 = 2
log 𝑛 𝑧 = 3
A questão pede log 𝑛 (𝑥𝑦𝑧 ):
log 𝑛 (𝑥𝑦𝑧) = log 𝑛 𝑥 + log 𝑛 𝑦 + log 𝑛 𝑧 = 52
Portanto, encontramos o gabarito na letra a.
Gabarito: “a”.
110. (ITA/2005)

Considere a equação em 𝑥

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 185


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1
𝑎 𝑥+1 = 𝑏 𝑥
Onde 𝑎 e 𝑏 são números reais positivos, tais que ln 𝑏 = 2 ln 𝑎 > 0. A soma das soluções da equação
é

a) 0

b) −1

c) 1

d) ln 2

e) 2
Comentários
Aplicando ln na equação, temos:
1
ln 𝑎 𝑥+1 = ln 𝑏𝑥
1
(𝑥 + 1) ln 𝑎 = ln 𝑏
𝑥
Substituindo ln 𝑏 = 2 ln 𝑎:
1
(𝑥 + 1) ln 𝑎 = ∙ 2 ln 𝑎
𝑥
Como ln 𝑎 > 0:
2
𝑥+1=
𝑥
𝑥2 + 𝑥 − 2 = 0
−1 ± √1 + 8 −1 ± 3
𝑥1,2 = =
2 2
𝑥1 = −2 𝑒 𝑥2 = 1
A soma das raízes é dado por:
𝑥1 + 𝑥2 = −2 + 1 = −1
Gabarito: “b”.
111. (ITA/2004)

Para 𝑏 > 1 e 𝑥 > 0, resolva a equação em 𝑥:

(2𝑥)log𝑏 2 − (3𝑥)log𝑏 3 = 0
Comentários
Reescrevendo a equação do enunciado:
(2𝑥)log𝑏 2 = (3𝑥)log𝑏 3
Aplicando 𝑙𝑜𝑔 na base 𝑏, temos:

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 186


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log 𝑏 (2𝑥)log𝑏 2 = log 𝑏 (3𝑥)log𝑏 3


Simplificando:
log 𝑏 2 log 𝑏 2𝑥 = log 𝑏 3 log 𝑏 3𝑥
log 𝑏 2 (log 𝑏 2 + log 𝑏 𝑥 ) = log 𝑏 3 (log 𝑏 3 + log 𝑏 𝑥)
(log 𝑏 2)2 + log 𝑏 2 log 𝑏 𝑥 = (log 𝑏 3)2 + log 𝑏 3 log 𝑏 𝑥
log 𝑏 2 log 𝑏 𝑥 − log 𝑏 3 log 𝑏 𝑥 = (log 𝑏 3)2 − (log 𝑏 2)2
log 𝑏 𝑥 (log 𝑏 2 − log 𝑏 3) = (log 𝑏 3 − log 𝑏 2)(log 𝑏 3 + log 𝑏 2)
log 𝑏 𝑥 = −(log 𝑏 (3 ∙ 2))
log 𝑏 𝑥 = log 𝑏 6−1
1
⇒𝑥=
6
Portanto, encontramos uma única solução dada por:
1
𝑆={ }
6
𝟏
Gabarito: 𝑺 = { }
𝟔

112. (ITA/2004)

Seja 𝛼 um número real, com 0 < 𝛼 < 1. Assinale a alternativa que representa o conjunto de todos
os valores de 𝑥 tais que
2𝑥 2
2𝑥
1
𝛼 ( ) <1
√𝛼
a) ] − ∞, 0] ∪ [2, +∞[

b) ] − ∞, 0[ ∪ ]2, +∞[

c) ]0, 2[

d) ] − ∞, 0[

e) ]2, +∞[
Comentários
Simplificando a inequação, temos:
2𝑥 2
2𝑥
1
𝛼 ( ) <1
√𝛼
𝛼 2𝑥
2𝑥 2
<1
𝛼 2
2
𝛼 2𝑥 < 𝛼 𝑥
Como 0 < 𝛼 < 1, temos:

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 187


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2𝑥 > 𝑥 2
2𝑥 − 𝑥 2 > 0
𝑥 (2 − 𝑥 ) > 0
Vamos fazer o estudo do sinal da inequação acima:

Portanto, os valores de 𝑥 que satisfazem a inequação é:


0<𝑥<2
𝑆 = ]0, 2[
Gabarito: “c”.
113. (ITA/2003)

Mostre que toda função 𝑓: ℝ/{0} → ℝ, satisfazendo 𝑓(𝑥𝑦) = 𝑓(𝑥) + 𝑓(𝑦) em todo seu domínio, é
par.
Comentários
Vamos analisar a equação funcional dada:
𝑓 (𝑥𝑦) = 𝑓 (𝑥) + 𝑓 (𝑦)
Fazendo 𝑥 = 𝑦 = 𝑘 ∈ ℝ/{0}, temos:
𝑓 (𝑘 ∙ 𝑘 ) = 𝑓 (𝑘 ) + 𝑓 (𝑘 )
𝑓 (𝑘 2 ) = 2𝑓 (𝑘)
Para 𝑥 = 𝑦 = −𝑘:
𝑓((−𝑘)(−𝑘)) = 𝑓 (−𝑘) + 𝑓 (−𝑘)
𝑓 (𝑘 2 ) = 2𝑓 (−𝑘 )
Desse modo, encontramos a igualdade:
2𝑓 (𝑘) = 2𝑓 (−𝑘)
𝑓 (𝑘) = 𝑓 (−𝑘 )
Portanto, a função 𝑓 é par em todo o seu domínio.
Gabarito: Demonstração.
114. (ITA/2003)

Considere uma função 𝑓: ℝ → ℝ não-constante e tal que 𝑓(𝑥 + 𝑦) = 𝑓(𝑥)𝑓(𝑦), ∀𝑥, 𝑦 ∈ ℝ.

Das afirmações:

I. 𝑓(𝑥) > 0, ∀𝑥 ∈ ℝ

II. 𝑓(𝑛𝑥) = [𝑓(𝑥)]𝑛 , ∀𝑥 ∈ ℝ, ∀𝑛 ∈ ℕ∗

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 188


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III. 𝑓 é par

É (são) verdadeira(s):

a) apenas I e II.

b) apenas II e III.

c) apenas I e III.

d) todas.

e) nenhuma.
Comentários
I. O bizu nessa questão é fazer:
𝑥 𝑥
𝑓 (𝑥 ) = 𝑓 ( + )
2 2
Usando a equação funcional, encontramos:
𝑥 𝑥 𝑥 2
𝑓 (𝑥) = 𝑓 ( ) 𝑓 ( ) = [𝑓 ( )] ≥ 0
2 2 2
⇒ 𝑓 (𝑥 ) ≥ 0
Devemos provar que 𝑓(𝑥) ≠ 0:
Para 𝑥 = 𝑦 = 0:
2
𝑓 (0) = (𝑓 (0))
𝑓 (0)(1 − 𝑓 (0)) = 0
𝑓 (0) = 0 𝑜𝑢 𝑓 (0) = 1
Para 𝑦 = 0, temos:
𝑓 (𝑥 + 0 ) = 𝑓 ( 𝑥 )𝑓 (0 )
𝑓 (𝑥)(1 − 𝑓 (0)) = 0
Se 𝑓 (0) = 0:
𝑓 (𝑥 ) = 𝑓 (𝑥 ) 𝑓 (0) = 0
𝑓 (𝑥) = 0, ∀𝑥 ∈ ℝ
O enunciado diz que a função 𝑓 não é constante, logo essa igualdade não pode ser válida.
Com isso, nos resta 𝑓 (0) = 1.
Portanto, 𝑓 (𝑥) > 0, ∀𝑥 ∈ ℝ.
∴Verdadeira.
II. Vamos provar por PIF que essa equação é válida:
Para 𝑛 = 1, temos:
𝑓 (𝑛𝑥) = [𝑓 (𝑥)]𝑛

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 189


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𝑓 (𝑥) = 𝑓 (𝑥)1
Para 𝑛 = 𝑘 ∈ ℕ∗ , temos que provar que 𝑓 (𝑘𝑥) = [𝑓 (𝑥)]𝑘 ⇒ 𝑓 [(𝑘 + 1)𝑥] = [𝑓 (𝑥)]𝑘+1 .
Usando a equação funcional do enunciado:
𝑓 ( 𝑥 + 𝑦 ) = 𝑓 ( 𝑥 )𝑓 (𝑦 )
Fazendo 𝑦 = 𝑘𝑥:
𝑓 (𝑥 + 𝑘𝑥) = 𝑓 (𝑥)𝑓 (𝑘𝑥)
Da hipótese, temos 𝑓 (𝑘𝑥) = [𝑓 (𝑥)]𝑘 , logo:
𝑓 [(𝑘 + 1)𝑥] = 𝑓 (𝑥)[𝑓 (𝑥)]𝑘
⇒ 𝑓 [(𝑘 + 1)𝑥] = [𝑓 (𝑥)]𝑘+1
Portanto, a equação da afirmação é válida.
∴Verdadeira.
III. Para 𝑥 = 𝑘 e 𝑦 = −𝑘, temos:
𝑓 (𝑘 − 𝑘) = 𝑓 (𝑘 )𝑓 (−𝑘 )
𝑓 (0) = 𝑓 (𝑘)𝑓 (−𝑘)
Da afirmação I, sabemos que 𝑓 (0) = 1. Logo:
1
𝑓 (𝑘)𝑓 (−𝑘 ) = 1 ⇒ 𝑓 (𝑘) =
𝑓 (−𝑘)
Portanto:
𝑓(𝑘) ≠ 𝑓 (−𝑘 )
A função não é par.
∴Falsa.
Gabarito: “a”.
115. (ITA/2002)

Seja a função 𝑓 dada por


2
𝑓(𝑥) = (log 3 5) ∙ log 5 8𝑥−1 + log 3 41+2𝑥−𝑥 − log 3 2𝑥(3𝑥+1)
Determine todos os valores de 𝑥 que tornam 𝑓 não-negativa.
Comentários
Inicialmente, vamos simplificar a função:
2
𝑓(𝑥) = (log 3 5) ∙ log 5 8𝑥−1 + log 3 41+2𝑥−𝑥 − log 3 2𝑥(3𝑥+1)
2
𝑓 (𝑥) = (log 3 5) ∙ log 5 (23 )𝑥−1 + log 3 (22 )1+2𝑥−𝑥 − log 3 2𝑥(3𝑥+1)
log 3 23(𝑥−1) 2
𝑓 (𝑥) = (log 3 5) ∙ + log 3 22(1+2𝑥−𝑥 ) − log 3 2𝑥 (3𝑥+1)
log 3 5
2
𝑓 (𝑥) = log 3 23(𝑥−1) + log 3 22(1+2𝑥−𝑥 ) − log 3 2𝑥(3𝑥+1)

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 190


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2
[23(𝑥−1) ][22(1+2𝑥−𝑥 ) ]
𝑓 (𝑥) = log 3
2𝑥(3𝑥+1)
2 −3𝑥 2 −𝑥
𝑓 (𝑥) = log 3 23𝑥−3+2+4𝑥−2𝑥
𝑓 (𝑥) = log 3 2 (−5𝑥 2 + 6𝑥 − 1)
Queremos que 𝑓 seja não-negativa, então 𝑓 (𝑥) ≥ 0:
log 3 2 (−5𝑥 2 + 6𝑥 − 1) ≥ 0
Como log 3 2 > 0, temos:
−5𝑥 2 + 6𝑥 − 1 ≥ 0
Fazendo o estudo do sinal:
Raízes:
−6 ± √36 − 20 −6 ± 4 1
𝑥1,2 = = = 1 𝑜𝑢
−10 −10 5

Portanto, o intervalo de solução é dado por:


1
≤𝑥≤1
5
𝟏
Gabarito: ≤ 𝒙 ≤ 𝟏
𝟓

116. (ITA/2001)

Se 𝑎 ∈ ℝ é tal que 3𝑦 2 − 𝑦 + 𝑎 = 0 tem raiz dupla, então a solução da equação 32𝑥+1 − 3𝑥 + 𝑎 = 0


é:

a) log 2 6

b) − log 2 6

c) log 3 6

d) − log 3 6

e) 1 − log 3 6
Comentários
Se a equação tem raiz dupla, então Δ = 0:
Δ =1−4∙3∙𝑎 = 0
1
⇒𝑎=
12

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 191


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Substituindo 𝑎 na equação de variável 𝑥:


32𝑥+1 − 3𝑥 + 𝑎 = 0
1
32𝑥+1 − 3𝑥 + =0
12
1
3 ∙ (3 𝑥 )2 − 3 𝑥 + =0
12
Fazendo 𝑧 = 3𝑥 :
1
3𝑧 2 − 𝑧 + =0
12
Encontrando as raízes:
1 ± √1 − 1 1
𝑧= =
2∙3 6
Desse modo:
1
3𝑥 =
6
𝑥 = log 3 6−1 = − log 3 6
Gabarito: “d”.
117. (ITA/2001)
Sendo dado
3 4 𝑛
ln (2√4 √6 √8 … √2𝑛 = 𝑎𝑛
3 4 2𝑛
ln (√2 √3 √4 … √2𝑛 = 𝑏𝑛
então,
ln 2 ln 3 ln 4 ln 5 ln 2𝑛
− + − + ⋯+
2 3 4 5 2𝑛
É igual a:

a) 𝑎𝑛 − 2𝑏𝑛

b) 2𝑎𝑛 − 𝑏𝑛
c) 𝑎𝑛 − 𝑏𝑛

d) 𝑏𝑛 − 𝑎𝑛

e) 𝑎𝑛 + 𝑏𝑛
Comentários
Vamos calcular o valor de 𝑎𝑛 e 𝑏𝑛 :
Expandindo os logs:
ln 4 ln 6 ln 8 ln 2𝑛
𝑎𝑛 = ln 2 + + + + ⋯+
2 3 4 𝑛

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 192


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ln 2 ln 3 ln 4 ln 2𝑛
+𝑏𝑛 =+ + ⋯+
2 3 4 2𝑛
Se fizermos 𝑎𝑛 − 𝑏𝑛 , encontramos:
ln 2 ln 3 ln 4 ln 2𝑛
𝑎𝑛 − 𝑏𝑛 =
− + −⋯+
2 3 4 2𝑛
Perceba que essa é exatamente a expressão pedida. Logo, encontramos o gabarito na letra
c.
Gabarito: “c”.
118. (ITA/2000)

Seja 𝑆 = [−2, 2] e considere as afirmações:


1 1 𝑥
I. 4 ≤ (2) < 6, para todo 𝑥 ∈ 𝑆.
1 1
II. < , para todo 𝑥 ∈ 𝑆.
√32−2𝑥 √32

III. 22𝑥 − 2𝑥 ≤ 0, para todo 𝑥 ∈ 𝑆.

Então, podemos dizer que

a) apenas I é verdadeira.

b) apenas III é verdadeira.

c) somente I e II são verdadeiras.

d) apenas II é falsa.

e) todas as afirmações são falsas.


Comentários
1 𝑥
I. Basta comparar os valores de ( ) , para 𝑥 ∈ [−2, 2]:
2
1
Como < 1, temos a seguinte relação de desigualdade para −2 ≤ 𝑥 ≤ 2:
2

1 −2 1 𝑥 1 2
( ) ≥( ) ≥( )
2 2 2
1 𝑥 1
4≥( ) ≥
2 4
𝑥
1 1
⇒ ≤( ) ≤4<6
4 2
Portanto, a afirmação é verdadeira.
II. 2𝑥 > 0 para qualquer valor de 𝑥. Logo:
√32 − 2𝑥 < √32
1 1
⇒ >
√32 − 2𝑥 √32

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 193


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Portanto, falsa.
III. 2𝑥 (2𝑥 − 1) ≤ 0
Temos 2𝑥 > 0, ∀𝑥 ∈ ℝ. Então:
2𝑥 − 1 ≤ 0
2𝑥 ≤ 1
𝑥 ≤ log 2 1 = 0
⇒𝑥≤0
Como 𝑆 = [−2, 2] e 𝑥 ≤ 0, a afirmação é falsa.
Gabarito: “a”.
119. (ITA/1999)

Seja 𝑆 o conjunto de todas as soluções reais da equação


log 1(𝑥 + 1) = log 4(𝑥 − 1)
4

Então:

a) 𝑆 é um conjunto unitário e 𝑆 ⊂ ]2, +∞[.

b) 𝑆 é um conjunto unitário e 𝑆 ⊂ ]1, 2[.

c) 𝑆 possui dois elementos distintos 𝑆 ⊂ ] − 2,2[.

d) 𝑆 possui dois elementos distintos 𝑆 ⊂ ]1, +∞[.

e) 𝑆 é o conjunto vazio.
Comentários
Inicialmente, devemos analisar a condição de existência dos logs:
𝑥+1 > 0𝑒𝑥−1 > 0 ⇒ 𝑥 >1
Resolvendo a equação, temos:
log 4−1 (𝑥 + 1) = log 4 (𝑥 − 1)
log 4 (𝑥 + 1)−1 = log 4 (𝑥 − 1)
1
=𝑥−1
𝑥+1
1 = 𝑥2 − 1
𝑥2 = 2
𝑥 = ±√2
Como 𝑥 > 1, a única solução possível é 𝑥 = √2.
Analisando as alternativas, vemos que 1 < √2 < 2. Então:
𝑆 = {2} ⊂ ]1, 2[
Encontramos o gabarito na letra b.

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 194


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Gabarito: “b”.
120. (ITA/1998)
O valor de 𝑦 ∈ ℝ que satisfaz a igualdade log 𝑦 49 = log 𝑦 2 7 + log 2𝑦 7, é:
1
a) 2
1
b) 3

c) 3
1
d) 8

e) 7
Comentários
Simplificando a equação, temos:
log 𝑦 49 = log 𝑦2 7 + log 2𝑦 7
log 72 log 7 log 7
= +
log 𝑦 2 log 𝑦 log 2𝑦
2 log 7 log 7 log 7
= +
log 𝑦 2 log 𝑦 log 2 + log 𝑦
Substituindo log 𝑦 = 𝑥:
2 log 7 log 7 log 7
= +
𝑥 2𝑥 log 2 + 𝑥
2 log 7 log 7 log 7
− =
𝑥 2𝑥 log 2 + 𝑥
3 log 7 log 7
=
2𝑥 log 2 + 𝑥
3 1
=
2𝑥 log 2 + 𝑥
3(log 2 + 𝑥) = 2𝑥
3 log 2 + 3𝑥 = 2𝑥
⇒ 𝑥 = −3 log 2
Retornando à variável 𝑦:
log 𝑦 = −3 log 2 = log 2−3
1
⇒ 𝑦 = 2−3 =
8
Gabarito: “d”.
121. (ITA/1998)

A inequação mostrada na figura adiante

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 195


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4𝑥𝑙𝑜𝑔5 (𝑥 + 3) ≥ (𝑥 2 + 3) log 1(𝑥 + 3)


5

É satisfeita para todo 𝑥 ∈ 𝑆. Então:

a) 𝑆 =] − 3, −2] ∪ [−1, +∞[

b) 𝑆 =] − ∞, −3[ ∪ [−1, +∞[

c) 𝑆 =] − 3, −1]

d) 𝑆 =] − 2, +∞]

e) 𝑆 =] − ∞, −3[ ∪ ] − 3, +∞[
Comentários
Inicialmente, temos que verificar a condição de existência do log:
𝑥 + 3 > 0 ⇒ 𝑥 > −3
Agora, vamos simplificar a inequação:
4𝑥𝑙𝑜𝑔5 (𝑥 + 3) ≥ (𝑥 2 + 3) log 1(𝑥 + 3)
5

4𝑥𝑙𝑜𝑔5 (𝑥 + 3) ≥ (𝑥 2 + 3) log 5−1 (𝑥 + 3)

4𝑥𝑙𝑜𝑔5 (𝑥 + 3) − (𝑥 2 + 3) log 5−1 (𝑥 + 3) ≥ 0

4𝑥𝑙𝑜𝑔5 (𝑥 + 3) + (𝑥 2 + 3) log 5 (𝑥 + 3) ≥ 0
log 5 (𝑥 + 3) (4𝑥 + 𝑥 2 + 3) ≥ 0
Fazendo 𝑓 (𝑥) = log 5 (𝑥 + 3) e 𝑔 (𝑥) = 𝑥 2 + 4𝑥 + 3. Vamos construir o gráfico de 𝑓 e 𝑔:
Raízes de 𝑓:
𝑓 (𝑥) = 0 ⇒ log 5 (𝑥 + 3) = 0
𝑥 + 3 = 50
𝑥 = −2
Gráfico de 𝑓:

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 196


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Raízes de 𝑔:
𝑔(𝑥) = 0 ⇒ 𝑥 2 + 4𝑥 + 3 = 0
(𝑥 + 3)(𝑥 + 1) = 0
⇒ 𝑥 = −3 𝑜𝑢 𝑥 = −1
Gráfico de 𝑔:

Dessa forma, para satisfazer a inequação log 5 (𝑥 + 3) (4𝑥 + 𝑥 2 + 3) ≥ 0 devemos ter:


𝑓 (𝑥 ) ≥ 0 𝑓 (𝑥 ) ≤ 0
{ 𝑜𝑢 {
𝑔 (𝑥 ) ≥ 0 𝑔 (𝑥 ) ≤ 0
Construindo a tabela de sinais de 𝑓 e 𝑔, temos:

Portanto, para 𝑓 (𝑥) ∙ 𝑔(𝑥) ≥ 0, temos:


−3 < 𝑥 ≤ −2 𝑜𝑢 𝑥 ≥ −1
⇒ 𝑆 = ] − 3, −2] ∪ [−1, +∞[
Gabarito: “a”.
122. (ITA/2009)

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 197


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Seja 𝑓: ℝ → ℝ\{0} uma função satisfazendo as condições:

𝑓(𝑥 + 𝑦) = 𝑓(𝑥)𝑓(𝑦), para todo 𝑥, 𝑦 ∈ ℝ e 𝑓(𝑥) ≠ 1, para todo 𝑥 ∈ ℝ\{0}. Das afirmações:

I. 𝑓 pode ser ímpar;

II. 𝑓(0) = 1;

III. 𝑓 é injetiva;

IV. 𝑓 não é sobrejetiva, pois 𝑓(𝑥) > 0 para todo 𝑥 ∈ ℝ,

é (são) falsa(s) apenas

a) I e III.

b) II e III.

c) I e IV.

d) IV.

e) I.
Comentários
• 𝑓 (0 + 0) = 𝑓 (0) ⋅ 𝑓 ( 0) ⇒ 𝑓 ( 0) = 𝑓 (0 )2 .
Então, 𝑓 (0) = 1, pois 0 não está no contradomínio de 𝑓 ⇒ II verdadeira.
Além disso, como 𝑓 (𝑥) ≠ 1 ∀𝑥 ∈ ℝ\{0}, temos 𝑓 (𝑚) = 1 ⟺ 𝑚 = 0. (∗)
• 1 = 𝑓 (0) = 𝑓 (𝑥 − 𝑥) = 𝑓 (𝑥) ⋅ 𝑓 (−𝑥) ∀𝑥 ∈ ℝ.
Logo, se 𝑓 for ímpar, teremos 1 = 𝑓 (𝑥) ⋅ (−𝑓 (𝑥)) = 1 = −𝑓 (𝑥)2 ≤ 0, absurdo ⇒ I falsa.
1
Além disso, 𝑓 (−𝑥) = ∀𝑥 ∈ ℝ.
𝑓 (𝑥 )

• Suponha que 𝑓 não seja injetiva, isto é, ∃𝑎, 𝑏 ∈ ℝ tais que 𝑎 ≠ 𝑏 e 𝑓(𝑎) = 𝑓(𝑏).
𝑓 (𝑎 )
Então, 𝑎 − 𝑏 ≠ 0 ⇒ 1 ≠ 𝑓 (𝑎 − 𝑏) = 𝑓 (𝑎) ⋅ 𝑓 (−𝑏) = = 1, absurdo ⇒ f é injetiva ⇒ III
𝑓 (𝑏 )
verdadeira.
• Suponha 𝑓 sobrejetiva. Então, ∃𝑐 ∈ ℝ tal que 𝑓 (𝑐 ) = −1.
Logo, 𝑓 (2𝑐) = 𝑓 (𝑐 + 𝑐) = 𝑓 (𝑐)2 = 1 ⇒ 2𝑐 = 0 ⇒ 𝑐 = 0 ⇒ 𝑓 (𝑐) = 1, onde (∗) foi
utilizado na primeira e na última implicações. Portanto, −1 = 𝑓 (𝑐 ) = 1, absurdo ⇒ 𝑓 não é
sobrejetiva ⇒ IV verdadeira.
⇒ A única assertiva falsa é I.
Gabarito: “e”
123. (ITA/1996)

Seja 𝑓: ℝ∗+ → ℝ uma função injetora tal que 𝑓(1) = 0 e 𝑓(𝑥𝑦) = 𝑓(𝑥) + 𝑓(𝑦) para todo 𝑥 > 0 e 𝑦 >
0. Se 𝑥1 , 𝑥2 , 𝑥3 , 𝑥4 e 𝑥5 formam nessa ordem uma progressão geométrica, onde 𝑥𝑖 > 0 para 𝑖 =

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 198


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𝑥𝑖
1, 2, 3, 4, 5 e sabendo que ∑5𝑖=1 𝑓(𝑥𝑖 ) = 13𝑓(2) + 2𝑓(𝑥1 ) e ∑4𝑖=1 𝑓 (𝑥 ) = −2𝑓(2𝑥1 ), então, o
𝑖+1

valor de 𝑥1 é:

a) −2.

b) 2.

c) 3.

d) 4.

e) 1.
Comentários
o Observe que 𝑓 satisfaz propriedades de logaritmo:
𝑥 𝑥 𝑥
𝑓 (𝑥) − 𝑓 (𝑦) = 𝑓 ( ⋅ 𝑦) − 𝑓 (𝑦) = 𝑓 ( ) + 𝑓 (𝑦) − 𝑓 (𝑦) = 𝑓 ( ) ∀𝑥, 𝑦 > 0.
𝑦 𝑦 𝑦
𝑓 (𝑦1 ⋅ 𝑦2 … 𝑦𝑛 ) = 𝑓 (𝑦1 ) + 𝑓 (𝑦2 ⋅ 𝑦3 … 𝑦𝑛 ) = ⋯ = 𝑓 (𝑦1 ) + ⋯ + 𝑓 (𝑦𝑛 ) ∀𝑦𝑖 > 0.
Se 𝑦1 = ⋯ = 𝑦𝑛 = 𝑦, 𝑓 (𝑦 𝑛 ) = 𝑛𝑓 (𝑦) ∀𝑦 > 0.
o Seja 𝑟 a razão da progressão geométrica.
5 5 5

∑ 𝑓 (𝑥𝑖 ) = 𝑓 (∏ 𝑥𝑖 ) = 𝑓 (∏ 𝑥1 𝑟 𝑖−1 ) = 𝑓 (𝑥15 𝑟10 ) = 5𝑓 (𝑥1 ) + 10𝑓(𝑟)


𝑖=1 𝑖=1 𝑖=1

Logo, 5𝑓 (𝑥1 ) + 10𝑓 (𝑟) = 13𝑓 (2) + 2𝑓 (𝑥1 ) ⇒ 3𝑓 (𝑥1 ) = 13𝑓 (2) − 10𝑓 (𝑟) (𝐼)
4 4 𝑟
𝑥𝑖 1 1 1
∑𝑓 ( ) = ∑ 𝑓 ( ) = 𝑓 (∏ ) = 𝑓 ( 4 ) = 𝑓 (1) − 𝑓 (𝑟 4 ) = −4𝑓(𝑟)
𝑥𝑖+1 𝑟 𝑟 𝑟
𝑖=1 𝑖=1 𝑖=1

Logo, −4𝑓 (𝑟) = −2𝑓 (2𝑥1 ) ⇒ 2𝑓 (𝑟) = 𝑓 (2𝑥1 ) = 𝑓 (2) + 𝑓 (𝑥1 ) ⇒ 𝑓 (𝑥1 ) = 2𝑓 (𝑟) −
( )
𝑓 2 (𝐼𝐼)
De 𝐼 e 𝐼𝐼, 3 ⋅ (2𝑓 (𝑟) − 𝑓 (2)) = 13𝑓 (2) − 10𝑓 (𝑟) ⇒ 16𝑓 (𝑟) = 16𝑓 (2) ⇒ 𝑓 (𝑟) =
𝑓 (2)(𝐼𝐼𝐼)
De 𝐼𝐼 𝑒 𝐼𝐼𝐼, 𝑓 (𝑥1 ) = 𝑓 (2). Como 𝑓 é injetora, 𝑥1 = 2.
Gabarito: “b”
124. (ITA/1992)
1
Considere as funções 𝑓: ℝ∗ → ℝ, 𝑔: ℝ → ℝ e ℎ: ℝ∗ → ℝ definidas por 𝑓(𝑥) = 3𝑥+𝑥 , 𝑔(𝑥) =
81
𝑥 2 , ℎ(𝑥) = 𝑥 . O conjunto dos valores de 𝑥 ∈ ℝ∗ tais que (𝑓 𝑜 𝑔)(𝑥) = (ℎ 𝑜 𝑓)(𝑥) é subconjunto de:
1 3 3
a) (−∞, 0) ∪ (0, 2) ∪ (1, 2) ∪ (2 , +∞).
1 5 5
b) (−∞, 2) ∪ (1, 2) ∪ (2 , +∞).
1 1 2 3 3
c) (−∞, 2) ∪ (2 , 3) ∪ (1, 2) ∪ (2 , +∞).

d) (−∞, 0) ∪ (1, +∞).

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 199


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e) n.d.a.
Comentários
2+ 1 81
(𝑓 𝑜 𝑔)(𝑥) = (ℎ 𝑜 𝑓 )(𝑥) ⇒ 3𝑥 𝑥2 = 1
3𝑥+𝑥
1 1
Fazendo 𝑦 = 𝑥 + ⇒ 𝑦 2 − 2 = 𝑥 2 + temos:
𝑥 𝑥2
4
2 −2 3 2
3𝑦 = 𝑦
⇒ 3𝑦 +𝑦 = 36
3
Como a função 3𝑦 é injetora, temos:
𝑦 2 + 𝑦 = 6 ⇒ 𝑦 = 2 ou 𝑦 = −3
o Caso 𝑦 = 2:
1
𝑥+ = 2 ⇒ 𝑥 2 − 2𝑥 + 1 = 0 ⇒ (𝑥 − 1)2 = 0 ⇒ 𝑥 = 1
𝑥
o Caso y = -3:
1 −3 ± √5
= −3 ⇒ 𝑥 2 + 3𝑥 + 1 = 0 ⇒ 𝑥 =
𝑥+
𝑥 2
Perceba que 𝑥 = 1 é solução, mas não se encontra em nenhum dos conjuntos das
alternativas (a) a (d).
Gabarito: “e”
125. (ITA/1987)

Seja 𝑓: ℝ → ℝ uma função tal que 𝑓(𝑥) ≠ 0, para cada 𝑥 ∈ ℝ e 𝑓(𝑥 + 𝑦) = 𝑓(𝑥) ⋅ 𝑓(𝑦), para todos
𝑥 e 𝑦 em ℝ. Considere (𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 , 𝑎4 ) uma P.A. de razão 𝑟, tal que 𝑎1 = 0. Então
(𝑓(𝑎1 ), 𝑓(𝑎2 ), 𝑓(𝑎3 ), 𝑓(𝑎4 ))

a) é uma P.A. de razão igual a 𝑓(𝑟) e 1º termo 𝑓(𝑎1 ) = 𝑓(0).

b) é uma P.A. de razão igual a 𝑟.

c) é uma P.G. de razão igual a 𝑓(𝑟) e 1º termo 𝑓(𝑎1 ) = 1.

d) é uma P.G. de razão igual a 𝑟 e 1º termo 𝑓(𝑎1 ) = 𝑓(0).

e) não é necessariamente uma P.A. ou uma P.G.


Comentários
Perceba que não foi aplicada nenhuma restrição extra para 𝑓. A fim de resolver rápido a
questão, pode-se considerar a função 𝑓 (𝑥) = 𝑒 𝑥 , que satisfaz o enunciado. Temos:
(𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 , 𝑎4 ) = (0, 𝑟, 2𝑟, 3𝑟) ⇒ (𝑓 (𝑎1 ), 𝑓 (𝑎2 ), 𝑓 (𝑎3 ), 𝑓 (𝑎4 )) = (1, 𝑒 𝑟 , 𝑒 2𝑟 , 𝑒 3𝑟 ), que é
uma P.G. de razão 𝑒 𝑟 = 𝑓 (𝑟) e 1º termo 𝑓 (𝑎1 ) = 𝑓 (0) = 1. ⇒ a alternativa correta é “c”.
Temos necessariamente 𝑓 (0) = 𝑓 (0 + 0) = 𝑓 (0)2 ⇒ 𝑓 (0) = 1, pois 𝑓 (𝑥) ≠ 0 ∀𝑥 ∈ ℝ.
Prova de que sempre é uma P.G.:

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 200


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𝑓 (𝑘𝑟) = 𝑓((𝑘 − 1)𝑟 + 𝑟) = 𝑓((𝑘 − 1)𝑟) ⋅ 𝑓 (𝑟)


Logo, por indução, 𝑓 (𝑘𝑟) = 𝑓 (0) ⋅ 𝑓 (𝑟)𝑘 = 𝑓 (𝑟)𝑘 , 𝑘 ∈ ℕ.
O aluno avançado pode ter reconhecido uma das quatro equações de Cauchy aqui, cuja
solução geral é 𝑓 (𝑥 + 𝑦) = 𝑓 (𝑥) ⋅ 𝑓 (𝑦) ⇒ 𝑓 (𝑥) = 𝑎 𝑥 .
Gabarito: “c”
126. (ITA/1985)

Seja 𝑓: ℝ → ℝ uma função satisfazendo 𝑓(𝑥 + 𝛼𝑦) = 𝑓(𝑥) + 𝛼𝑓(𝑦) para todos 𝛼, 𝑥, 𝑦 ∈ ℝ. Se
(𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 , … , 𝑎𝑛 ) é uma progressão aritmética de razão 𝑑, então podemos dizer que
(𝑓(𝑎1 ), 𝑓(𝑎2 ), 𝑓(𝑎3 ), … , 𝑓(𝑎𝑛 ))

a) É uma progressão aritmética de razão 𝑑.

b) É uma progressão aritmética de razão 𝑓(𝑑) cujo primeiro termo é 𝑎1 .

c) É uma progressão geométrica de razão 𝑓(𝑑).

d) É uma progressão aritmética de razão 𝑓(𝑑).

e) Nada se pode afirmar.


Comentários
𝑎𝑘 = 𝑎1 + (𝑘 − 1) ⋅ 𝑑 ⇒ 𝑓 (𝑎𝑘 ) = 𝑓 (𝑎1 ) + (𝑘 − 1) ⋅ 𝑓(𝑑).
É uma progressão geométrica (𝑏𝑘 ), com 𝑏1 = 𝑓(𝑎1 ) e razão 𝑓(𝑑).
Gabarito: “d”
127. (ITA/1979)
Seja 𝑓 uma função real definida para todo 𝑥 real tal que: 𝑓 é ímpar; 𝑓(𝑥 + 𝑦) = 𝑓(𝑥) + 𝑓(𝑦); e
𝑓(𝑥)−𝑓(1)
𝑓(𝑥) ≥ 0, se 𝑥 ≥ 0. Definindo 𝑔(𝑥) = , se 𝑥 ≠ 0, e sendo 𝑛 um número natural, podemos
𝑥
afirmar que:

a) 𝑓 é não-decrescente e 𝑔 é uma função ímpar.

b) 𝑓 é não-decrescente e 𝑔 é uma função par.

c) 𝑔 é uma função par e 0 ≤ 𝑔(𝑛) ≤ 𝑓(1).

d) 𝑔 é uma função ímpar e 0 ≤ 𝑔(𝑛) ≤ 𝑓(1).

e) 𝑓 é não-decrescente e 0 ≤ 𝑔(𝑛) ≤ 𝑓(1).


Comentários
𝑓 (𝑥 + 𝑦) = 𝑓 (𝑥) + 𝑓 (𝑦) ∀𝑥 ∈ ℝ ⇒ 𝑓 (𝑥) = 𝑓 (1) ⋅ 𝑥, ∀𝑥 ∈ ℝ (equação funcional de
Cauchy).
1 ≥ 0 ⇒ 𝑓 (1) ≥ 0.
𝑓 (𝑥 ) − 𝑓 (1) 𝑓 (1) ⋅ 𝑥 − 𝑓 ( 1) 1
𝑔 (𝑥 ) = = = 𝑓 (1) ⋅ (1 − )
𝑥 𝑥 𝑥

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 201


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1 1
Quando 𝑥 cresce, decresce, 𝑓 (1) ⋅ (1 − ) cresce.
𝑥 𝑥
1
0 ≤ 𝑔 (𝑛) = 𝑓 (1) ⋅ (1 − ) ≤ 𝑓(1)
𝑛
Gabarito: “e”
128. (ITA/1971)

Se 𝑓 é uma função real de variável real dada por 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 , então 𝑓(𝑥 2 + 𝑦 2 ) é igual a:
a) 𝑓(𝑓(𝑥)) + 𝑓(𝑦) + 2𝑓(𝑥)𝑓(𝑦) para todo 𝑥 e 𝑦.

b) 𝑓(𝑥 2 ) + 2𝑓(𝑓(𝑥)) + 𝑓(𝑥)𝑓(𝑦) para todo 𝑥 e 𝑦.

c) 𝑓(𝑥 2 ) + 𝑓(𝑦 2 ) + 𝑓(𝑥)𝑓(𝑦) para todo 𝑥 e 𝑦.


d) 𝑓(𝑓(𝑥)) + 𝑓(𝑓(𝑦)) + 2𝑓(𝑥)𝑓(𝑦) para todo 𝑥 e 𝑦.

e) 𝑓(𝑓(𝑥)) + 2𝑓(𝑦 2 ) + 2𝑓(𝑥)𝑓(𝑦) para todo 𝑥 e 𝑦.


Comentários
𝑓(𝑓(𝑥)) + 𝑓(𝑓(𝑦)) + 2𝑓(𝑥)𝑓(𝑦) = 𝑓(𝑥 2 ) + 𝑓(𝑦 2 ) + 2𝑥 2 𝑦 2

= 𝑥 4 + 𝑦 4 + 2𝑥 2 𝑦 2 = (𝑥 2 + 𝑦 2 )2 = 𝑓(𝑥 2 + 𝑦 2 )
Gabarito: “d”
129. (IME/2021)
𝑥−1
Seja 𝑓 ∶ 𝐷 → ℝ uma função onde 𝐷 = {𝑥 ∈ ℝ |𝑥 ≠ 0 𝑒 𝑥 ≠ 1} e que satisfaz a equação 𝑓 ( 𝑥
)+
𝑓(𝑥) − 𝑥 = 2. O valor de 𝑓(2) é:

a) 5/4

b) 1/4

c) 1/2

d) 1

e) 7/2
Comentários
Vamos atribuir valores de 𝑥 e encontrar relações para 𝑓:
1
𝑓 (1 − ) + 𝑓 (𝑥) − 𝑥 = 2
𝑥
1
𝑥 = 2 ⇒ 𝑓 (1 − ) + 𝑓 (2) − 2 = 2
2
1
𝑓 ( ) + 𝑓 (2 ) = 4
2

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 202


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1 1 1 1
𝑥= ⇒ 𝑓 (1 − ) + 𝑓 ( ) − = 2
2 1 2 2
2
1 5
𝑓 (−1) + 𝑓 ( ) =
2 2
𝑥 = −1 ⇒ 𝑓(1 − (−1)) + 𝑓 (−1) − (−1) = 2
𝑓 (2) + 𝑓 (−1) = 1
Assim, temos o sistema:
1
𝑓 ( ) + 𝑓 (2 ) = 4 (𝐼 )
2
1 5
𝑓 (−1) + 𝑓 ( ) = (𝐼𝐼)
2 2
{ 𝑓 (2) + 𝑓 (−1) = 1 (𝐼𝐼𝐼 )
Fazendo (𝐼𝐼𝐼) − (𝐼𝐼):
1 5 3
𝑓 (2) − 𝑓 ( ) = 1 − = −
2 2 2
Somando com (𝐼):
3 5
2𝑓 (2) = − + 4 =
2 2
5
∴ 𝑓 (2) =
4
Gabarito: A
130. (IME/2021)

Se 𝐴 é a área da região 𝑅 do plano cartesiano dada por

𝑅 = {(𝑥, 𝑦) ∈ ℝ2 |2 ≤ 𝑥 ≤ 10 𝑒 0 ≤ 𝑦 ≤ ln (𝑥)}
a) 𝐴 ≤ ln (204 )

b) ln (ln(9!)) ≤ ln (𝐴) ≤ (2 + ln(9!))

c) 𝐴 ≥ ln(10!) − ln (2)
1
d) 9! ≤ 𝑒 −𝐴 < 20−4

e) ln(10) + ln(2) ≤ A ≤ 10 ln(10) − 2 ln(2) − 10


Comentários
A área da região R é dada pela figura abaixo:

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 203


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Analisando as alternativas, vemos que temos uma aproximação para A. Podemos estimar
A de diversas formas:
1) Usando a área do trapézio:

Temos:
(ln 2 + ln 10)8
𝐴> = 4 ln 20 = ln 204
2
∴ 𝐴 > ln 204
Com isso, eliminamos a letra a.
Podemos também estimar os limites inferior e superior usando a soma da área de
retângulos:

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 204


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𝐴> ln
⏟2 ⋅ 1 + ln 3 ⋅ 1 + ln 4 ⋅ 1 + ⋯ + ln 9 ⋅ 1 = ln
⏟ 1 + ln 2 + ⋯ + ln 9 = ln(9!)
á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑡â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 0

∴ 𝐴 > ln(9!)
Na letra d:
1
≤ 𝑒 −𝐴 < 20−4
9!
ln(9!−1 ) ≤ ln 𝑒 −𝐴 < ln(20−4 )
− ln(9!) ≤ −𝐴 < − ln 204
⇒ ln 204 < 𝐴 ≤ ln(9!)
Portanto, alternativa errada.
Limitando a área superiormente:

𝐴 < ln 3 + ln 4 + ln 5 + ⋯ + ln 10
𝐴 < ln 1 + ln 2 + ln 3 + ⋯ + ln 10 − ln 2

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 205


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𝐴 < ln(10!) − ln 2
10
𝐴 < ln(9!) + ln ( )
2
∴ 𝐴 < ln(9!) + ln 5
Veja que na letra b, temos:
ln(ln(9!)) ≤ ln(𝐴) ≤ (2 + ln(9!))
ln(9!) ≤ 𝐴 ≤ ln 𝑒 2 + ln(9!)
Note que das desigualdades encontradas, temos:
ln(9!) < 𝐴 < ln(9!) + ln 5 < ln(9!) + ln 𝑒 2
∴ ln(9!) < 𝐴 < ln(9!) + ln 𝑒 2
Portanto, a alternativa correta é a letra b.
A alternativa E está errada, pois estimando-se a área usando a figura abaixo, temos:

(2 + 10)
𝐴> ln 10 ⋅ 10
⏟ ⏟2 ⋅ 2 − (ln 10 − ln 2) ⋅
− ln
⏟ 2
á𝑟𝑒𝑎 𝑣𝑒𝑟𝑑𝑒+𝑎𝑧𝑢𝑙+𝑣𝑒𝑟𝑚𝑒𝑙ℎ𝑜 á𝑟𝑒𝑎 𝑣𝑒𝑟𝑑𝑒
á𝑟𝑒𝑎 𝑎𝑧𝑢𝑙

𝐴 > 10 ln 10 − 2 ln 2 − 6 ln 5
6 ln 5 ≅ 6 ⋅ 1,6 = 9,6
∴ 𝐴 > 10 ln 10 − 2 ln 2 − 6 ln 5 > 𝐴 > 10 ln 10 − 2 ln 2 − 10
Na alternativa E, temos:
ln(10) + ln(2) ≤ A ≤ 10 ln(10) − 2 ln(2) − 10
Gabarito: B
131. (IME/2021)

Considere o sistema de equações:

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 206


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log(−2𝑥 + 3𝑦 + 𝑘) = log(3) + log(𝑧)


{ 𝑙𝑜𝑔𝑥 (1 − 𝑦) = 1
𝑥 +𝑧 = 1
onde 𝑥, 𝑦 e 𝑧 são variáveis e 𝑘 é uma constante numérica real. Esse sistema terá solução se:

a) 𝑘 < −2

b) −2 < 𝑘 < 0

c) 0 < 𝑘 < 2

d) 2 < 𝑘 < 4

e) 𝑘 > 4
Comentários
Analisando a condição de existência dos logaritmos:
−2𝑥 + 3𝑦 + 𝑘 > 0
𝑧>0
{
1−𝑦 > 0 ⇒ 𝑦 <1
𝑥 >0𝑒𝑥≠1
Da terceira equação, temos:
𝑧 = 1−𝑥 >0
∴𝑥<1
Logo, 0 < 𝑥 < 1.
Da segunda equação:
1−𝑦 = 𝑥 ⇒ 𝑦 =1−𝑥 ∴ 𝑦 =𝑧
Da primeira equação:
log(−2𝑥 + 3𝑦 + 𝑘) = log(3) + log(𝑧)
log(−2𝑥 + 3𝑦 + 𝑘 ) = log(3𝑧)
−2𝑥 + 3𝑦 + 𝑘 = 3𝑧
−2𝑥 + 𝑘 = 0
𝑘
∴𝑥=
2
Sabemos que 𝑥 ∈ (0, 1), logo:
𝑘
0< <1
2
∴0<𝑘<2
Gabarito: C
132. (IME/2021)

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 207


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Seja a equação 2𝑠𝑒𝑛2 (𝑒 𝜃 ) − 4√3𝑠𝑒𝑛(𝑒 𝜃 )𝑐𝑜𝑠(𝑒 𝜃 ) − cos (2𝑒 𝜃 ) = 1, 𝜃 ∈ ℝ+ . O menor valor de 𝜃


que é raiz da equação é:
𝜋
a) ln ( 6 )
𝜋
b) ln ( 3 )
5𝜋
c) ln ( 6 )
𝜋
d) ln (12)
5𝜋
e) ln ( )
12

Comentários
Seja 𝑥 = 𝑒 𝜃 > 0, substituindo na equação:
2𝑠𝑒𝑛 2 (𝑥) − 4√3𝑠𝑒𝑛𝑥 cos 𝑥 − cos(2𝑥) = 1
−4√3𝑠𝑒𝑛𝑥 cos 𝑥 = cos(2𝑥) + 1 − 2𝑠𝑒𝑛 2 (𝑥)
Vamos usar as transformações:
2𝑠𝑒𝑛𝑥 cos 𝑥 = 𝑠𝑒𝑛 (2𝑥)
1 − 2𝑠𝑒𝑛 2 𝑥 = cos(2𝑥)
Na equação:
−2√3𝑠𝑒𝑛 (2𝑥) = cos(2𝑥) + cos(2𝑥)
−2√3𝑠𝑒𝑛 (2𝑥) = 2 cos(2𝑥)
√3
⇒ 𝑡𝑔(2𝑥) = −
3
Como queremos o menor valor de 𝜃, devemos tomar o menor valor de 𝑥 possível. Na
relação acima:
5𝜋
2𝑥 = + 𝑘𝜋
6
5𝜋 𝑘𝜋
𝑥= +
12 2
𝑥 deve ser positivo, então o menor valor ocorre para 𝑘 = 0:
5𝜋 5𝜋 5𝜋
𝑥= ⇒ 𝑒𝜃 = ⇒ ln(𝑒 𝜃 ) = ln ( )
12 12 12
5𝜋
∴ 𝜃 = ln ( )
12
Gabarito: E
133. (IME/2021)
1 7
Calcule os valores reais de 𝑥 que satisfaçam a inequação √log 3(𝑥) + 1 + 3 log 1 (𝑥 2 ) + 3 > 0.
3

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 208


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Comentários
Analisando as condições de existência do problema:
𝑥>0 1
{ ⇒ log 3 𝑥 ≥ −1 ∴ 𝑥 ≥
log 3 𝑥 + 1 ≥ 0 3
Vamos analisar a inequação e aplicar as propriedades do logaritmo:
1 7
√log 3 (𝑥) + 1 + log 3−1 (𝑥 2 ) + > 0
3 3
(−2) 7
√log 3 (𝑥) + 1 + log 3 (𝑥) + > 0
3 3
3√log 3 (𝑥) + 1 > 2 log 3 𝑥 − 7
Fazendo log 3 𝑥 = 𝑦, temos:
3√𝑦 + 1 > 2𝑦 − 7
Analisando as possibilidades:
1) 2𝑦 − 7 < 0
7 7 7
𝑦< ⇒ log 3 𝑥 < ⇒ 𝑥 < 32
2 2
∴ 𝑥 < 27√3
1
∴ 𝑆1 = [ , 27√3)
3
2𝑦 − 7 ≥ 0
2) {
9(𝑦 + 1) > (2𝑦 − 7)2
7
𝑦≥
{ 2
2
9𝑦 + 9 > 4𝑦 − 28𝑦 + 49
Da primeira inequação:
7
log 3 𝑥 ≥ ⇒ 𝑥 ≥ 27√3
2
Da segunda:
4𝑦 2 − 37𝑦 + 40 < 0
Raízes:
37 ± √729 37 ± 27 5
𝑦= = = 8 𝑜𝑢
8 8 4
Portanto, devemos ter:
5 5 5
< 𝑦 < 8 ⇒ < log 3 𝑥 < 8 ⇒ 34 < 𝑥 < 38
4 4

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 209


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5
∴ 𝑆2 = (34 , 38 )
5
4
Note que 34 = 3 √3 < 27√3. Fazendo a união das soluções:
1
𝑆 = 𝑆1 ∪ 𝑆2 = {𝑥 ∈ ℝ| ≤ 𝑥 < 38 }
3
𝟏
Gabarito: {𝒙 ∈ ℝ| ≤ 𝒙 < 𝟑𝟖}
𝟑

134. (IME/2020)

Sabe-se que 𝑆 = 𝑥 + 𝑦 + 𝑧, onde 𝑦 e 𝑧 são soluções inteiras do sistema abaixo.


3
√2𝑦 2
𝑥=
2
2 ln(𝑥)
𝑦=𝑒
{log 2 𝑦 + log 𝑥 𝑧 = (𝑥 + 3)
O valor de 𝑆 é:

a) 84

b) 168

c) 234

d) 512

e) 600
Comentários
Das condições de existência dos logaritmos, devemos ter 𝒙, 𝒚, 𝒛 > 𝟎 e 𝒙 ≠ 𝟏.
Nessa questão, o bizu é observar a segunda equação:
2)
𝑦 = 𝑒 2 ln(𝑥) = 𝑒 ln(𝑥 = 𝑥2 ⇒ 𝑦 = 𝑥2
Com essa relação, substituímos na primeira equação para achar o valor de 𝑥:
3 3
√2𝑦 2 √2𝑥 4 3
𝑥= = ⇒ 2𝑥 = √2𝑥 4 ⇒ 8𝑥 3 = 2𝑥 4 ⇒ 𝑥 = 4 ⇒ 𝑦 = 16
2 2
Agora, basta substituir 𝑥 e 𝑦 na terceira equação para achar 𝑧:
log 2 𝑦 + log 𝑥 𝑧 = (𝑥 + 3)
log 2 16 + log 4 𝑧 = 7 ⇒ 4 + log 4 𝑧 = 7 ⇒ log 4 𝑧 = 3 ⇒ 𝑧 = 43 ⇒ 𝑧 = 64
∴ 𝑆 = 𝑥 + 𝑦 + 𝑧 = 4 + 16 + 64 = 84
Gabarito: “a”.
135. (IME/2020)

Uma progressão geométrica é formada com os números naturais 𝐴, 𝐵 e 𝐶, nessa ordem. O 𝑙𝑜𝑔(𝐴)
possui a mesma mantissa, 𝑀, do 𝑙𝑜𝑔(𝐵) e 𝐶 é a característica do 𝑙𝑜𝑔(𝐴). Sabe-se que 𝑀 = 𝑙𝑜𝑔(𝐶)
e que possui o maior valor possível. O valor da mantissa do 𝑙𝑜𝑔(𝐴𝐵𝐶) é:

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 210


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a) 𝑀

b) 2𝑀

c) 3𝑀

d) 3𝑀 − 2

e) 3𝑀 − 3
Comentários
Como (𝐴, 𝐵, 𝐶 ) formam uma PG nessa ordem, podemos escrever:
𝐵2 = 𝐴𝐶
O enunciado dá informações a respeito da característica e da mantissa dos logaritmos. A
primeira coisa que devemos lembrar é que a característica de um logaritmo é a parte inteira do
seu valor e a mantissa é a parte fracionária.
O enunciado diz que:
log(𝐴) = 𝐶 + 𝑀
log(𝐵) = 𝑋 + 𝑀
log(𝐶 ) = 𝑀
Não sabemos qual é a característica de log(𝐵), podemos extrair essa informação da PG:
𝐵2 = 𝐴𝐶
Aplicando o log na equação acima:
log(𝐵2 ) = log(𝐴𝐶 ) ⇒ 2 log(𝐵) = log(𝐴) + log(𝐶 )
Substituindo os valores dos logaritmos:
𝐶
2(𝑋 + 𝑀 ) = 𝐶 + 𝑀 + 𝑀 ⇒ 2𝑋 = 𝐶 ⇒ 𝑋 =
2
Como a característica de 𝐶 é zero, temos que 𝐶 é um número entre 1 e 10. Além disso, 𝑋
deve ser um número natural, logo 𝐶 deve ser um número par, as possibilidades são:
𝐶 ∈ {2; 4; 6; 8}
O enunciado diz que 𝑀 = log(𝐶 ) possui o maior valor possível, logo, 𝐶 = 8.
Com isso, temos:
log(𝐶 ) = log(8) = log(23 ) = 3 ⋅ log(2)
O valor do log(2) é aproximadamente 0,3, logo:
𝑀 ≅ 3 ⋅ 0,3 = 0,9
Queremos saber o valor da mantissa do log(𝐴𝐵𝐶 ):
log(𝐴𝐵𝐶 ) = log(𝐴) + log(𝐵) + log(𝐶 )
Usando 2 log(𝐵) = log(𝐴) + log(𝐶 ):

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 211


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3𝐶 3⋅8
log(𝐴𝐵𝐶 ) = 3 log(𝐵) = 3(𝑋 + 𝑀 ) = + 3𝑀 = + 3(0,9) = 12 + 2,7
2 2
Devemos notar que a mantissa do log(𝐴𝐵𝐶 ) está no número 2,7 e ele é resultado de 3𝑀,
ou seja,
3𝑀 = 2,7 = 2 + 0,7 ⇒ 3𝑀 − 2 = 0,7
Portanto, a mantissa do log(𝐴𝐵𝐶 ) é 0,7 = 3𝑀 − 2.
Gabarito: “d”.
136. (IME/2020)

Considere a progressão geométrica 𝑎1 , 𝑎2 , … , 𝑎𝑛 , … e a progressão aritmética 𝑏1 , 𝑏2 , … , 𝑏𝑛 , … com as


condições:

𝑎1 > 0
𝑎2
> 1; e
𝑎1
𝑏2 − 𝑏1 > 0
Para que [log 𝛼 (𝑎𝑛 ) − 𝑏𝑛 ] não dependa de 𝑛, o valor de 𝛼 deverá ser:
1
𝑎
a) (𝑎2 )𝑏2
1
1
𝑎
b) (𝑎2 )𝑏1
1
1
𝑎
c) (𝑎2 )𝑏2 −𝑏1
1
1
𝑎 𝑏 −𝑏
d) (𝑎2 ) 1 2
1
1
𝑎
e) (𝑎2 )𝑏1𝑏2
1

Comentários
Como (𝑎1 , 𝑎2 , … , 𝑎𝑛 , … ) é uma PG e (𝑏1 , 𝑏2 , … , 𝑏𝑛 , … ) é uma PA, temos:
𝑎𝑛 = 𝑎1 𝑞𝑛−1
𝑏𝑛 = 𝑏1 + (𝑛 − 1)𝑟
Sendo 𝑞 a razão da PG e 𝑟 a razão da PA.
Das condições do enunciado:
𝑎2
𝑎1 > 0 𝑒 > 1 ⇒ 𝑎1 > 0 𝑒 𝑞 > 1
𝑎1
𝑏2 − 𝑏1 > 0 ⇒ 𝑟 > 0
Assim, a PG possui apenas termos positivos e é crescente e a PA também é crescente.
Vamos analisar a expressão dada:

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 212


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[log 𝛼 (𝑎𝑛 ) − 𝑏𝑛 ] = [log 𝛼 (𝑎1 𝑞𝑛−1 ) − (𝑏1 + (𝑛 − 1)𝑟)]


= log 𝛼 𝑎1 + (𝑛 − 1) log 𝛼 𝑞 − 𝑏1 − 𝑛𝑟 + 𝑟
= log 𝛼 𝑎1 − log 𝛼 𝑞 − 𝑏1 + 𝑟 + 𝑛 log 𝛼 𝑞 − 𝑛𝑟
Para que a expressão não dependa de 𝑛, devemos ter:
𝑛 log 𝛼 𝑞 − 𝑛𝑟 = 0
1
𝑛 (log 𝛼 𝑞 − 𝑟) = 0 ⇒ log 𝛼 𝑞 − 𝑟 = 0 ⇒ log 𝛼 𝑞 = 𝑟 ⇒ 𝑞 = 𝛼 𝑟 ⇒ 𝛼 = 𝑞 𝑟
Escrevendo 𝑞 em função de 𝑎1 e 𝑎2 , e 𝑟 em função de 𝑏1 e 𝑏2 :
𝑎2
𝑞= 𝑒 𝑟 = 𝑏2 − 𝑏1
𝑎1
1
𝑎2 𝑏2−𝑏1
∴ 𝛼=( )
𝑎1
Gabarito: “c”.
137. (IME/2019)

Definimos a função 𝑓: ℕ → ℕ da seguinte forma:


𝑓(0) = 0
𝑓(1) = 1
𝑓(2𝑛) = 𝑓(𝑛), 𝑛 ≥ 1
{𝑓(2𝑛 + 1) = 𝑓(𝑛) + 2⌊log2 𝑛⌋ , 𝑛 ≥ 1
Determine 𝑓(𝑓(2019)).

Observação: ⌊𝑘⌋ é o maior inteiro menor ou igual a 𝑘.


Comentários
Inicialmente, devemos analisar a lei de formação da função. Para um número par, temos
que 𝑓 (2𝑛 ) = 𝑓 (𝑛 ) e para um número ímpar, 𝑓 (2𝑛 + 1) = 𝑓 (𝑛 ) + 2⌊log2 𝑛⌋ . A função está
determinada para 𝑛 = 1 ou 𝑛 = 0, vamos usar esses valores para encontrar o que se pede.
Usando a lei de formação, obtemos:
𝑓 (2019) = 𝑓 (1009) + 2⌊log2 1009⌋
𝑓 (1009) = 𝑓 (504) + 2⌊log2 504⌋
𝑓 (504) = 𝑓 (252)
𝑓 (252) = 𝑓 (126)
𝑓 (126) = 𝑓 (63)
𝑓 (63) = 𝑓 (31) + 2⌊log2 31⌋
𝑓 (31) = 𝑓 (15) + 2⌊log2 15⌋
𝑓 (15) = 𝑓 (7) + 2⌊log2 7⌋
𝑓 (7) = 𝑓 (3) + 2⌊log2 3⌋

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 213


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𝑓 (3) = 𝑓 (1) + 2⌊log2 1⌋


𝑓 (1) = 1
Vamos somar as equações para cancelar os termos de 𝑓:
𝑓 (2019) = 𝑓 (1009) + 2⌊log2 1009⌋
𝑓 (1009) = 𝑓 (504) + 2⌊log2 504⌋
𝑓 (504) = 𝑓 (252)
𝑓 (252) = 𝑓 (126)
𝑓 (126) = 𝑓 (63)
𝑓 (63) = 𝑓 (31) + 2⌊log2 31⌋ +
⌊log 15⌋
𝑓 (31) = 𝑓 (15) + 2 2
𝑓 (15) = 𝑓 (7) + 2⌊log2 7⌋
𝑓 (7) = 𝑓 (3) + 2⌊log2 3⌋
𝑓 (3) = 𝑓 (1) + 2⌊log2 1⌋
{ 𝑓 (1) = 1

𝑓, (2019) = 2⌊log2 1009⌋ + 2⌊log2 504⌋ + 2⌊log2 31⌋ + 2⌊log2 15⌋ + 2⌊log2 7⌋ + 2⌊log2 3⌋ + 2⌊log2 1⌋ + 1
Agora, precisamos encontrar os valores de 2⌊log2 1009⌋ , 2⌊log2 504⌋ , … , 2⌊log2 1⌋ . Das
propriedades dos logaritmos, sabemos que 2log2 𝑎 = 𝑎.
Analisemos o valor de ⌊log 2 1009⌋. Seja log 2 1009 = 𝑥:
⌊log 2 1009⌋ = ⌊𝑥⌋
Como 2 é uma base maior que 1, temos que a função logarítmica é crescente. Então,
podemos escrever:
log 2 512 < log 2 1009 < log 2 1024
log 2 29 < 𝑥 < log 2 210
9 < 𝑥 < 10
⌊𝑘⌋ é o maior inteiro menor ou igual a 𝑘, desse modo:
⌊𝑥⌋ = ⌊log 2 1009⌋ = 9
Analogamente, para os outros valores:
log 2 256 < log 2 504 < log 2 512 ⇒ 8 < log 2 504 < 9 ⇒ ⌊log 2 504⌋ = 8
log 2 16 < log 2 31 < log 2 32 ⇒ 4 < log 2 31 < 5 ⇒ ⌊log 2 31⌋ = 4
log 2 8 < log 2 15 < log 2 16 ⇒ 3 < log 2 15 < 4 ⇒ ⌊log 2 15⌋ = 3
log 2 4 < log 2 7 < log 2 8 ⇒ 2 < log 2 7 < 3 ⇒ ⌊log 2 7⌋ = 2
log 2 2 < log 2 3 < log 2 4 ⇒ 1 < log 2 3 < 2 ⇒ ⌊log 2 7⌋ = 1
⌊log 2 1⌋ = 0
Assim, obtemos:
𝑓 (2019) = 2⌊log2 1009⌋ + 2⌊log2 504⌋ + 2⌊log2 31⌋ + 2⌊log2 15⌋ + 2⌊log2 7⌋ + 2⌊log2 3⌋ + 2⌊log2 1⌋ + 1

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 214


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𝑓 (2019) = 29 + 28 + 24 + 23 + 22 + 21 + 20 + 1
𝑓 (2019) = 512 + 256 + 16 + 8 + 4 + 2 + 1 + 1
𝑓 (2019) = 800
Queremos o valor de 𝑓(𝑓 (2019)), usando o mesmo raciocínio:
𝑓(𝑓 (2019)) = 𝑓 (800) = 𝑓 (400) = 𝑓 (200) = 𝑓 (100) = 𝑓 (50) = 𝑓 (25)
𝑓 (25) = 𝑓 (12) + 2⌊log2 12⌋
𝑓 (12) = 𝑓 (6)
𝑓 (6) = 𝑓 (3)
𝑓 (3) = 𝑓 (1) + 2⌊log2 1⌋ = 1 + 20 = 2
⇒ 𝑓 (12) = 𝑓 (6) = 𝑓 (3) = 2
⇒ 𝑓 (25) = 2 + 2⌊log2 12⌋
log 2 8 < log 2 12 < log 2 16 ⇒ 3 < log 2 12 < 4 ⇒ ⌊log 2 12⌋ = 3
⇒ 𝑓 (25) = 2 + 23 = 10
Portanto:

𝑓(𝑓 (2019)) = 10

Gabarito: 𝒇(𝒇(𝟐𝟎𝟏𝟗)) = 𝟏𝟎
138. (IME/2018)

Sejam 𝑎, 𝑏, 𝑐 e 𝑑 números reais positivos diferentes de 1. Temos que log 𝑎 𝑑 , log 𝑏 𝑑 e log 𝑐 𝑑 são
termos consecutivos de uma progressão geométrica e que 𝑎, 𝑏 e 𝑐 formam uma progressão
aritmética em que 𝑎 < 𝑏 < 𝑐. Sabendo-se que 𝑏 = 𝑏 log𝑎 𝑏 − 𝑎, determine:
a) Os valores de 𝑎, 𝑏 e 𝑐;

b) As razões das progressões aritmética e geométrica, 𝑟 e 𝑞, respectivamente.


Comentários
a) Do enunciado, temos:
𝑎, 𝑏, 𝑐, 𝑑 > 0 𝑒 𝑎, 𝑏, 𝑐, 𝑑 ≠ 1
(log 𝑎 𝑑 , log 𝑏 𝑑 , log 𝑐 𝑑) é uma PG
(𝑎, 𝑏, 𝑐) é uma PA, com 𝑎 < 𝑏 < 𝑐
𝑏 = 𝑏log𝑎 𝑏 − 𝑎
Vamos analisar a PA, usando os dados fornecidos, podemos escrever:
𝑎+𝑐
𝑏=
2
⇒ 2𝑏 = 𝑎 + 𝑐 (𝐼)
Analisando a PG:

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 215


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(log 𝑏 𝑑)2 = (log 𝑎 𝑑)(log 𝑐 𝑑 )


log 𝑎 𝑑 2 log 𝑎 𝑑 (log 𝑎 𝑑)2
( ) = (log 𝑎 𝑑) ( )=
log 𝑎 𝑏 log 𝑎 𝑐 log 𝑎 𝑐
⇒ (log 𝑎 𝑏)2 = log 𝑎 𝑐 (𝐼𝐼)
Agora, vamos usar a equação para encontrar alguma informação entre 𝑎 e 𝑏:
𝑏 = 𝑏log𝑎 𝑏 − 𝑎
𝑎 + 𝑏 = 𝑏log𝑎 𝑏 (𝐼𝐼𝐼)
O bizu agora é fazer 𝑏 = 𝑎log𝑎 𝑏 para o lado direito da equação (𝐼𝐼𝐼):
log𝑎 𝑏 2
𝑎 + 𝑏 = (𝑎log𝑎 𝑏 ) = 𝑎(log𝑎 𝑏)
Usando a equação (𝐼𝐼):
(log 𝑎 𝑏 )2 = log 𝑎 𝑐
2
⇒ 𝑎 (log𝑎 𝑏) = 𝑎log𝑎 𝑐 = 𝑐
Perceba que o termo encontrado é igual àquele encontrado na equação (𝐼𝐼𝐼):
2
𝑎 + 𝑏 = 𝑎(log𝑎 𝑏) = 𝑐
Dessa forma, usando as equações encontradas, podemos escrever:
𝑎+𝑏 =𝑐
{
2𝑏 = 𝑎 + 𝑐
Encontrando 𝑏 e 𝑐 em função de 𝑎:
2𝑏 = 𝑎 + 𝑐 ⇒ 2𝑏 = 𝑎 + 𝑎 + 𝑏
⇒ 𝑏 = 2𝑎
𝑎+𝑏 =𝑐
⇒ 𝑐 = 3𝑎
Substituindo esses valores na equação (𝐼𝐼𝐼), temos:
𝑎 + 𝑏 = 𝑏log𝑎 𝑏 (𝐼𝐼𝐼)
𝑎 + 2𝑎 = (2𝑎)log𝑎 2𝑎
3𝑎 = (2𝑎)(log𝑎 2+1)
Aplicando log na base 𝑎 na equação:
log 𝑎 3𝑎 = (log 𝑎 2 + 1)(log 𝑎 2𝑎 )
log 𝑎 3 + 1 = (log 𝑎 2 + 1)(log 𝑎 2 + 1)
log 𝑎 3 + 1 = (log 𝑎 2)2 + 2 log 𝑎 2 + 1
⇒ log 𝑎 3 = (log 𝑎 2)2 + 2 log 𝑎 2
Escrevendo os logs na base 2:
log 2 3 log 2 2 2 2 log 2 2
=( ) +
log 2 𝑎 log 2 𝑎 log 2 𝑎

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 216


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Fazendo 𝑥 = log 2 𝑎, temos:


log 2 3 1 2 2 log 2 2
=( ) +
𝑥 𝑥 𝑥
log 2 3 𝑥 = 1 + 2x
𝑥(log 2 3 − 2) = 1
1
𝑥=
log 2 3 − 2
Retornando à variável 𝑎:
1 1 1
log 2 𝑎 = = = = log 3 2
log 2 3 − 2 log 2 3 − log 2 2 2 3 4
log 2
4
log3 2
⇒𝑎=2 4

𝑏 = 2𝑎
log3 2+1
⇒𝑏=2 4

𝑐 = 3𝑎
log3 2
⇒ 𝑐 =3∙2 4

b) Temos as sequências:
(log 𝑎 𝑑 , log 𝑏 𝑑 , log 𝑐 𝑑) é uma PG
(𝑎, 𝑏, 𝑐) é uma PA, com 𝑎 < 𝑏 < 𝑐
log3 2+1 log3 2 log3 2 log3 2
⇒𝑟 =𝑏−𝑎 = 2 4 −2 4 =2 4 (2 − 1) = 2 4

log 2 𝑑
log 𝑏 𝑑 log 2 𝑏 log 2 𝑎
⇒𝑞= = =
log 𝑎 𝑑 log 2 𝑑 log 2 𝑏
log 2 𝑎
log3 2 log 3 2
log 2 2 4
4 1 1 1 1
𝑞= = = = = = = log 3 2
log3 2+1 log 3 2 + 1 1 3 3 3 2
log 2 2 4 1+ 1 + log 2 log 2 2 + log 2 log 2
4 log 3 2 4 4 2
4
log3 2
Portanto, 𝑟 = 2 4 e 𝑞 = log 3 2.
2

Questão trabalhosa pessoal, para encontrar os valores de 𝑎, 𝑏, 𝑐, temos que ir pelo método
da tentativa e erro até achar alguma informação relevante.
𝐥𝐨𝐠𝟑 𝟐 𝐥𝐨𝐠 𝟑 𝟐+𝟏 𝐥𝐨𝐠 𝟑 𝟐 𝐥𝐨𝐠𝟑 𝟐
Gabarito: a) 𝒂 = 𝟐 𝟒 ,𝒃 = 𝟐 𝟒 ,𝒄 = 𝟑 ∙ 𝟐 𝟒 b) 𝒓 = 𝟐 𝟒 𝐞 𝒒 = 𝐥𝐨𝐠 𝟑 𝟐
𝟐

139. (IME/2017)

Seja a equação 𝑦 log3 √3𝑦 = 𝑦 log3 3𝑦 − 6, 𝑦 > 0.

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 217


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O produto das raízes reais desta equação é igual a:


1
a) 3
1
b) 2
3
c) 4

d) 2

e) 3
Comentários
Vamos simplificar a equação do problema:
𝑦 log3 √3𝑦 = 𝑦 log3 3𝑦 − 6
1
log3(3𝑦 )2
𝑦 = 𝑦 log3 3𝑦 − 6
1
𝑦 2 log3 3𝑦 = 𝑦 log3 3𝑦 − 6
1
Chamando 𝑥 = 𝑦 2 log3 3𝑦 , temos:
𝑥 = 𝑥2 − 6
𝑥2 − 𝑥 − 6 = 0
(𝑥 − 3)(𝑥 + 2) = 0
Raízes:
𝑥1 = −2 𝑜𝑢 𝑥2 = 3
Encontrando os valores de 𝑦:
1
𝑦 2 log3 3𝑦 = −2
O enunciado diz que 𝑦 > 0, então a equação acima não é válida. Então, temos que usar a
outra raiz:
1
𝑦 2 log3 3𝑦 = 3
Aplicando log na base 3:
1
log 3 𝑦 2 log3 3𝑦 = log 3 3
1
(1 + log 3 𝑦) log 3 𝑦 = 1
2
Substituindo 𝑧 = log 3 𝑦:
(1 + 𝑧 )𝑧 = 2
𝑧2 + 𝑧 − 2 = 0
−1 ± √9 −1 ± 3
𝑧= = = −2 𝑜𝑢 1
2 2

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 218


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𝑧1 = −2 ⇒ log 3 𝑦1 = −2
1
𝑦1 = 3−2 =
9
𝑧2 = 1 ⇒ log 3 𝑦2 = 1
𝑦2 = 3
Multiplicando as raízes, temos:
3 1
𝑦1 𝑦2 =
=
9 3
Portanto, encontramos a resposta na letra a.
Gabarito: “a”.
140. (IME/2017)
Resolva o sistema de equações, onde 𝑥 ∈ ℝ e 𝑦 ∈ ℝ.
log 3 (log √3 𝑥) − log √3 (log 3 𝑦) = 1
{ 3 2
(𝑦 √𝑥) = 3143
Comentários
Inicialmente, devemos analisar a condição de existência dos logs:
log √3 𝑥 > 0 ⇒ 𝑥 > 1
log 3 𝑦 > 0 ⇒ 𝑦 > 1
Vamos usar a primeira equação:
log 3 (log √3 𝑥) − log √3(log 3 𝑦) = 1
Fazendo log √3 𝑥 = 𝑧 e log 3 𝑦 = 𝑤, temos:
log 3 𝑧 − log 1 𝑤=1
32

log 3 𝑧 = 1 + 2 log 3 𝑤
log 3 𝑧 = log 3 3 + log 3 𝑤 2
log 3 𝑧 = log 3 3𝑤 2
⇒ 𝑧 = 3𝑤 2
Agora, vamos usar a segunda equação:
2
(𝑦 3√𝑥 ) = 3143
Aplicando log na base 3:
3 2
log 3 (𝑦 √𝑥 ) = log 3 3143
1
2 (log 3 𝑦 + log 3 𝑥 3 ) = 143

2
2 log 3 𝑦 + log 3 𝑥 = 143
3

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 219


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Substituindo 𝑧 = log √3 𝑥 e 𝑤 = log 3 𝑦:


𝑧 = log √3 𝑥 = 2 log 3 𝑥
𝑧
⇒ 2𝑤 + = 143
3
6𝑤 + 𝑧 = 143 ∙ 3
Substituindo 𝑧 = 3𝑤 2 :
6𝑤 + 3𝑤 2 = 143 ∙ 3
2𝑤 + 𝑤 2 = 143
𝑤 2 + 2𝑤 − 143 = 0
𝑤 = (−1 ± √1 + 143) = −1 ± 12 = −13 𝑜𝑢 11
Mas pelas condições de existência, temos 𝑤 = log 3 𝑦 > 0. Então, a única solução é 𝑤 =
11. Desse modo:
𝑤 = 11 ⇒ log 3 𝑦 = 11 ⇒ 𝑦 = 311
𝑧 = 3𝑤 2 = 3 ∙ 112 = 363
2 log 3 𝑥 = 363
363 363
⇒𝑥=3 2 = √3
Portanto, a solução é dada por:
363
𝑆 = {(√3 ; 311 )}
𝟑𝟔𝟑
Gabarito: 𝑺 = {(√𝟑 ; 𝟑𝟏𝟏 )}

141. (IME/2016/Modificada)

Sabendo-se que os números reais positivos 𝑎, 𝑏 e 𝑐 formam uma progressão geométrica e


5𝑐 3𝑏 𝑎
log ( 𝑎 ) , log ( 5𝑐 ) e log (3𝑏 ) formam uma progressão aritmética, ambas nessa ordem. Prove que 𝑏 +
𝑐 < 𝑎.
Comentários
Do enunciado, temos:
(𝑎, 𝑏, 𝑐) é uma PG
⇒ 𝑏2 = 𝑎𝑐
5𝑐 3𝑏 𝑎
(𝑙𝑜𝑔 ( ) , 𝑙𝑜𝑔 ( ) , 𝑙𝑜𝑔 ( )) é uma PA
𝑎 5𝑐 3𝑏
3𝑏 5𝑐 𝑎
⇒ 2 log ( ) = log ( ) + log ( )
5𝑐 𝑎 3𝑏
3𝑏 2 5𝑐 𝑎
log ( ) = log [( ) ( )]
5𝑐 𝑎 3𝑏

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 220


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3𝑏 2 5𝑐
⇒( ) =
5𝑐 3𝑏
(3𝑏)3 = (5𝑐)3
3𝑏 = 5𝑐
5
⇒𝑏= 𝑐
3
Usando a informação da PG:
𝑏2 = 𝑎𝑐
5 2
( 𝑐) = 𝑎𝑐
3
25
⇒𝑎= 𝑐
9
Dessa forma, somando 𝑏 + 𝑐, temos:
5 8 25
𝑏+𝑐 = 𝑐+𝑐 = 𝑐 < 𝑐=𝑎
3 3 9
∴𝑏+𝑐 < 𝑎
Gabarito: Demonstração
142. (IME/2016)
1
Quantos inteiros 𝑘 satisfazem à desigualdade 2√log 10 𝑘 − 1 + 10 log 10−1 𝑘 4 + 3 > 0?

a) 10

b) 89

c) 90

d) 99

e) 100
Comentários
Resolvendo a inequação:
Da condição de existência do log:
𝑘>0
1
2√log10 𝑘 − 1 + 10 log10−1 𝑘 4 + 3 > 0
1 1
2√log10 𝑘 − 1 + 10 ∙ ∙ log 𝑘 + 3 > 0
4 −1 10
Substituindo log10 𝑘 = 𝑥:
5
2√𝑥 − 1 − 𝑥 + 3 > 0
2

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 221


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4√𝑥 − 1 > 5𝑥 − 6
Possibilidades:
6 6
5𝑥 − 6 ≤ 0 𝑥 ≤
{ ⇒{ 5 ⇒1≤𝑥≤
𝑥−1≥0 5
𝑥≥1
5𝑥 − 6 ≥ 0
{ 𝑥−1≥ 0
16(𝑥 − 1) > (5𝑥 − 6)2
6
𝑥≥
5
𝑥≥1
6
⇒𝑥≥
5
2
16(𝑥 − 1) > 25𝑥 − 60𝑥 + 36
25𝑥 2 − 76𝑥 + 52 < 0
Raízes:
(38 ± √382 − 25 ∙ 52) 38 ± √144 38 ± 12 26
𝑥= = = = 2 𝑜𝑢
25 25 25 25
Com isso, temos:
26
<𝑥<2
25
Juntando com as outras condições, temos:
26 6
< <𝑥<2
25 5
6
⇒ <𝑥<2
5
Unindo os intervalos de soluções, temos:
6 6
𝑥 ∈ [1, ] ∪ ( , 2)
5 5
⇒ 𝑥 ∈ [1, 2)
Dessa forma, temos os valores de 𝑘:
log10 𝑘 = 𝑥
1≤𝑥<2
log10 101 ≤ log10 𝑥 < log10 102
⇒ 10 ≤ 𝑥 < 100
Então, os valores inteiros de 𝑥 pertencem ao intervalo [10,100). A quantidade é dada por:
𝑛 = 99 − 10 + 1 = 90

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 222


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Com isso, encontramos o gabarito na letra c.


Gabarito: “c”.
143. (IME/2015)

Determine os valores reais de 𝑥 que satisfazem a inequação:


4 1
+ log 𝑥 >1
log 3 𝑥 2 − 2 9
Comentários
Simplificando a inequação, temos:
4 1
+ log 𝑥 >1
log 3 𝑥 2 − 2 9
4
+ log 𝑥 3−2 > 1
2log 3 𝑥 − 2
4
− 2log 𝑥 3 > 1
2log 3 𝑥 − 2
4 2
− >1
2log 3 𝑥 − 2 log 3 𝑥
Fazendo log 3 𝑥 = 𝑦:
4 2
− >1
2𝑦 − 2 𝑦
4𝑦 − 4(𝑦 − 1)
−1>0
2𝑦 (𝑦 − 1)
4 − 2𝑦(𝑦 − 1)
>0
2𝑦 (𝑦 − 1)
−2𝑦 2 + 2𝑦 + 4
>0
2𝑦(𝑦 − 1)
−𝑦 2 + 𝑦 + 2
>0
𝑦 (𝑦 − 1)
(𝑦 + 1)(𝑦 − 2)
− >0
𝑦 (𝑦 − 1 )
(𝑦 + 1)(𝑦 − 2)
<0
𝑦 (𝑦 − 1)
Estudando o sinal das funções acima, temos:

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 223


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Analisando a tabela, vemos que 𝑦 deve pertencer ao intervalo:


−1 < 𝑦 < 0 𝑜𝑢 1 < 𝑦 < 2
1
−1 < log 3 𝑥 < 0 ⇒ <𝑥<1
3
1 < log 3 𝑥 < 2 ⇒ 3 < 𝑥 < 9
Portanto, a solução é dada por:
1
𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ| < 𝑥 < 1 𝑜𝑢 3 < 𝑥 < 9}
3
𝟏
Gabarito: 𝑺 = {𝒙 ∈ ℝ| < 𝒙 < 𝟏 𝒐𝒖 𝟑 < 𝒙 < 𝟗}
𝟑

144. (IME/2015)
Sejam 𝑥 e 𝑦 números reais não nulos tais que:
log 𝑥 𝑦 𝜋 + log 𝑦 𝑥 𝑒 = 𝑎
{ 1 1
𝜋 −1 − −1 = 𝑏
log 𝑦 𝑥 log 𝑥 𝑦 𝑒
𝑥 𝑎+𝑏+2𝑒
O valor de é:
𝑦 𝑎−𝑏+2𝜋

a) 1
𝜋
b) √𝑒

𝑎∙𝑒
c) √𝑏∙𝜋

d) 𝑎 − 𝑏
𝑒
(𝑎+𝑏)𝜋
e) 𝜋

Comentários

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 224


Prof. Victor So

Simplificando o sistema, temos:


log 𝑥 𝑦 𝜋 + log 𝑦 𝑥 𝑒 = 𝑎
{ 1 1
−1 − −1 = 𝑏
log 𝑦 𝑥 𝜋 log 𝑥 𝑦 𝑒
𝜋log 𝑥 𝑦 + 𝑒 log 𝑦 𝑥 = 𝑎
{ 1 −
1
=𝑏
1 1
log 𝑦 𝑥 log 𝑥 𝑦
π 𝑒
𝜋log 𝑥 𝑦 + 𝑒 log 𝑦 𝑥 = 𝑎
{
π log x 𝑦 − 𝑒 log 𝑦 𝑥 = 𝑏

Somando as equações, encontramos:

2𝜋 log 𝑥 𝑦 = 𝑎 + 𝑏
𝑎 +𝑏
log 𝑥 𝑦 =
2𝜋
log 𝑦 𝑎 + 𝑏
=
log 𝑥 2𝜋
log 𝑦 2𝜋 = log 𝑥 𝑎+𝑏

⇒ 𝑦 2𝜋 = 𝑥 𝑎+𝑏
Subtraindo as equações:
2𝑒 log 𝑦 𝑥 = 𝑎 − 𝑏
2𝑒 log 𝑥 = (𝑎 − 𝑏) log 𝑦
log 𝑥 2𝑒 = log 𝑦 𝑎−𝑏
⇒ 𝑥 2𝑒 = 𝑦 𝑎−𝑏
Queremos calcular:
𝑥 𝑎+𝑏+2𝑒 𝑥 𝑎+𝑏 ∙ 𝑥 2𝑒
=
𝑦 𝑎−𝑏+2𝜋 𝑦 𝑎−𝑏 ∙ 𝑦 2𝜋
Usando as relações que encontramos, temos:
𝑥 𝑎+𝑏 ∙ 𝑥 2𝑒 𝑦 2𝜋 ∙ 𝑦 𝑎−𝑏
= =1
𝑦 𝑎−𝑏 ∙ 𝑦 2𝜋 𝑦 𝑎−𝑏 ∙ 𝑦 2𝜋
Portanto, o gabarito é a letra a.
Gabarito: “a”.
145. (IME/2014)
𝑥
Sabe-se que 𝑦 ∙ 𝑧 ∙ √𝑧 ∙ √𝑥 = 𝑥 ∙ 𝑦 3 ∙ 𝑧 2 = 𝑧∙ = 𝑒, em que 𝑒 é a base dos logaritmos naturais. O
√𝑦∙𝑧
valor de 𝑥 + 𝑦 + 𝑧 é

a) 𝑒 3 + 𝑒 2 + 1

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 225


Prof. Victor So

b) 𝑒 2 + 𝑒 −1 + 𝑒

c) 𝑒 3 + 1

d) 𝑒 3 + 𝑒 −2 + 𝑒

e) 𝑒 3 + 𝑒 −2 + 𝑒 −1
Comentários
Analisando as condições de existência dos radicais, encontramos:
𝑥, 𝑦, 𝑧 > 0
Vamos usar as equações dadas para encontrar os valores de 𝑥, 𝑦, 𝑧:
𝑥
𝑦 ∙ 𝑧 ∙ √𝑧 ∙ √𝑥 = 𝑥 ∙ 𝑦 3 ∙ 𝑧 2 = =𝑒
𝑧 ∙ √𝑦 ∙ 𝑧

𝑦 ∙ 𝑧 ∙ √𝑧 ∙ √𝑥 = 𝑒
𝑥 ∙ 𝑦3 ∙ 𝑧2 = 𝑒
𝑥
=𝑒
{ 𝑧 ∙ √ 𝑦 ∙ 𝑧
Simplificando:
𝑦 2 ∙ 𝑧 2 ∙ 𝑧 ∙ √𝑥 = 𝑒 2
𝑥 ∙ 𝑦3 ∙ 𝑧2 = 𝑒
𝑥2
2 ∙ (𝑦 ∙ 𝑧)
= 𝑒2
{ 𝑧
𝑦 4 ∙ 𝑧 6 ∙ 𝑥 = 𝑒 4 (𝐼)
{ 𝑥 ∙ 𝑦3 ∙ 𝑧2 = 𝑒 (𝐼𝐼)
2 −1 −3 2
𝑥 ∙ 𝑦 ∙ 𝑧 = 𝑒 (𝐼𝐼𝐼)
Elevando a equação (𝐼𝐼𝐼) ao quadrado e multiplicando por (𝐼):
𝑥 4 ∙ 𝑦 −2 ∙ 𝑧 −6 ∙ (𝑦 4 ∙ 𝑧 6 ∙ 𝑥) = 𝑒 4 ∙ 𝑒 4
𝑥 5 ∙ 𝑦 2 = 𝑒 8 (𝐼𝑉)
Dividindo a equação (𝐼) pelo cubo da equação (𝐼𝐼), temos:
𝑦4 ∙ 𝑧6 ∙ 𝑥 𝑒4
=
𝑥 3 ∙ 𝑦9 ∙ 𝑧 6 𝑒3
𝑥 −2 ∙ 𝑦 −5 = 𝑒 (𝑉)
Elevando (𝐼𝑉) ao quadrado e (𝑉) à quinta e multiplicando ambos, temos:
𝑥10 ∙ 𝑦 4 = 𝑒16
𝑥 −10 ∙ 𝑦 −25 = 𝑒 5
⇒ 𝑦 −21 = 𝑒 21
⇒ 𝑦 = 𝑒 −1

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 226


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Substituindo em (𝑉):
𝑥 −2 ∙ 𝑒 5 = 𝑒
𝑥 −2 = 𝑒 −4
⇒ 𝑥 = ±𝑒 2
Mas da condição de existência, 𝑥 > 0. Então, 𝑥 = 𝑒 2 .
Substituindo 𝑥 e 𝑦 na equação (𝐼𝐼):
𝑥 ∙ 𝑦3 ∙ 𝑧2 = 𝑒 (𝐼𝐼 )
𝑒 2 ∙ 𝑒 −3 ∙ 𝑧 2 = 𝑒
𝑧2 = 𝑒2
⇒𝑧=𝑒
Portanto, a soma pedida é dada por:
𝑥 + 𝑦 + 𝑧 = 𝑒 2 + 𝑒 −1 + 𝑒
Encontramos a resposta na letra b.
Gabarito: “b”.
146. (IME/2014)

Resolver o sistema de equações


𝑦
√𝑥 − √𝑦 = log 3
{ 𝑥
𝑥+2
2 + 8 = 5 ∙ 4𝑦
𝑥

Comentários
Das condições de existência iniciais, temos:
Dos radicais:
𝑥 ≥ 0e𝑦 ≥ 0
Do logaritmo:
𝑦
>0
𝑥
Fazendo a intersecção entre eles:
⇒ 𝑥, 𝑦 > 0
Analisando a primeira equação:
𝑦
√𝑥 − √𝑦 = log 3
𝑥
𝑦 𝑦
Se 𝑥 > 𝑦, temos < 1 e consequentemente log 3 < 0.
𝑥 𝑥

𝑥 > 𝑦 ⇒ √𝑥 − √𝑦 > 0
𝑦
log 3 < 0
𝑥

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 227


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Nesse caso, é impossível ter valores de 𝑥 e 𝑦 que satisfaçam as condições acima.


Se 𝑥 < 𝑦:
𝑦 𝑦
> 1 ⇒ log 3 > 0
𝑥 𝑥
𝑥 < 𝑦 ⇒ √𝑥 − √𝑦 < 0
Também temos um sistema impossível.
Portanto a única solução é 𝑥 = 𝑦:
√𝑥 − √𝑥 = 0 = log 3 1
Substituindo 𝑥 = 𝑦 na segunda equação, temos:
2𝑥+2 + 8𝑥 = 5 ∙ 4𝑥
4 ∙ 2 𝑥 + (23 ) 𝑥 = 5 ∙ (22 ) 𝑥
Fazendo 2𝑥 = 𝑧, temos:
4𝑧 + 𝑧 3 = 5𝑧 2
𝑧 3 − 5𝑧 2 + 4𝑧 = 0
𝑧(𝑧 2 − 5𝑧 + 4) = 0
𝑧(𝑧 − 4)(𝑧 − 1) = 0
Dessa forma, encontramos as raízes:
𝑧 = 0 𝑜𝑢 𝑧 = 4 𝑜𝑢 𝑧 = 1
𝑧 = 0 ⇒ 2𝑥 = 0 ⇒ 𝑖𝑚𝑝𝑜𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑙
𝑧 = 4 ⇒ 2 𝑥 = 22 ⇒ 𝑥 = 2
𝑧 = 1 ⇒ 2𝑥 = 20 ⇒ 𝑥 = 0 (impossível, pois 𝑥 > 0)
Portanto, a única solução é 𝑥 = 𝑦 = 2.
Gabarito: 𝒙 = 𝒚 = 𝟐
147. (IME/2014)

Qual é o menor número?

a) 𝜋 ∙ 8!

b) 99
22
c) 22
3
d) 33

e) 213 ∙ 53
Comentários
Ainda não estudamos fatorial, mas o número 𝑛! = 𝑛 ∙ (𝑛 − 1) ∙ (𝑛 − 2) ∙ … ∙ 1.
Vamos comparar os números:

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 228


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𝜋 ∙ 8! = 𝜋 ∙ 8 ∙ 7 ∙ 6 ∙ 5 ∙ 4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1 = 𝜋 ∙ 27 ∙ 32 ∙ 5 ∙ 7
99 = (32 )9 = 318
22 4
22 = 22 = 216
3
33 = 327
213 ∙ 53
Analisando os valores acima, temos:
216 < 318 < 327
213 ∙ (22 )3 < 213 ∙ 53 < 313 ∙ 53 = 313 ∙ 125 < 313 ∙ 35 = 318
216 < 219 < 213 ∙ 53 < 318
Dessa forma:
216 < 213 ∙ 53 < 318 < 327
Resta saber se 𝜋 ∙ 27 ∙ 32 ∙ 5 ∙ 7 é menor que 216 :
Testando 216 < 𝜋 ∙ 27 ∙ 32 ∙ 5 ∙ 7:
216 < 𝜋 ∙ 27 ∙ 32 ∙ 5 ∙ 7
29 < 𝜋 ∙ 32 ∙ 5 ∙ 7
23 ∙ 26 < 32 ∙ 𝜋 ∙ 35
8 ∙ 64 < 9 ∙ 105 < 9 ∙ 𝜋 ∙ 35
A desigualdade acima é verdadeira, logo o menor número é 216 . Encontramos o gabarito
na letra c.
Gabarito: “c”.
148. (IME/2013)
3
Considere a equação log 3𝑥 𝑥 + (log 3 𝑥)2 = 1. A soma dos quadrados das soluções reais dessa
equação está contida no intervalo

a) [0, 5)

b) [5, 10)

c) [10, 15)

d) [15, 20)

e) [20, ∞)
Comentários
Inicialmente, devemos verificar a condição de existência:
𝑥>0
Simplificando a equação, obtemos:

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 229


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3
log 3𝑥 + (log 3 𝑥 )2 = 1
𝑥
3
log 3 ( )
𝑥 + (log 𝑥 )2 = 1
3
log 3 3𝑥
1 − log 3 𝑥
+ (log 3 𝑥)2 = 1
1 + log 3 𝑥
Substituindo log 3 𝑥 = 𝑦:
1−𝑦
+ 𝑦2 = 1
1+𝑦
(1 − 𝑦 ) + 𝑦 2 (𝑦 + 1 )
=1
1+𝑦
1 − 𝑦 + 𝑦3 + 𝑦2 = 1 + 𝑦
𝑦 3 + 𝑦 2 − 2𝑦 = 0
𝑦 (𝑦 2 + 𝑦 − 2) = 0
𝑦(𝑦 + 2)(𝑦 − 1) = 0
Encontrando as raízes da equação, temos:
𝑦1 = 0 ⇒ log 3 𝑥1 = 0 ⇒ 𝑥1 = 30 = 1
1
𝑦2 = −2 ⇒ log 3 𝑥2 = −2 ⇒ 𝑥2 =
9
𝑦3 = 1 ⇒ log 3 𝑥3 = 1 ⇒ 𝑥3 = 3
O problema pede a soma dos quadrados das soluções, então:
1 1 1
𝑥12 + 𝑥22 + 𝑥32 = 12 + + 3 2
= 1 + + 9 = 10 +
92 81 81
Analisando as alternativas, encontramos:
1
10 < 10 + < 15
81
1
⇒ 10 + ⊂ [10, 15)
81
O que nos leva à alternativa c.
Gabarito: “c”.
149. (IME/2012)
Se log 10 2 = 𝑥 e log 10 3 = 𝑦, então log 5 18 vale:
𝑥+2𝑦
a) 1−𝑥
𝑥+𝑦
b) 1−𝑥
2𝑥+𝑦
c) 1+𝑥

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 230


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𝑥+2𝑦
d) 1+𝑥
3𝑥+2𝑦
e) (1−𝑥)

Comentários
Vamos manipular log 5 18 de modo a obter os fatores log 2 e log 3. Mudando a base e
fatorando os números:
log 2 ∙ 32 (log 2 + 2 log 3)
log 5 18 = =
10 1 − log 2
log ( )
2
Substituindo log 2 = 𝑥 e log 3 = 𝑦:
𝑥 + 2𝑦
⇒ log 5 18 =
1−𝑥
Dessa forma, encontramos o gabarito na letra a.
Gabarito: “a”.
150. (IME/2010)
Seja 𝑓(𝑥) = |3 − log(𝑥)|, 𝑥 ∈ ℝ. Sendo 𝑛 um número inteiro positivo, a desigualdade
𝑓(𝑥) 2𝑓(𝑥) 4𝑓(𝑥) 2𝑛−3 𝑓(𝑥) 9
| |+| |+| | + ⋯+ | 𝑛−1 |+⋯ ≤
4 12 36 3 4

Somente é possível se:

Obs.: 𝑙𝑜𝑔 representa a função logarítmica na base 10.

a) 0 ≤ 𝑥 ≤ 106

b) 10−6 ≤ 𝑥 ≤ 108

c) 103 ≤ 𝑥 ≤ 106

d) 100 ≤ 𝑥 ≤ 106

e) 10−6 ≤ 𝑥 ≤ 106
Comentários
Vamos verificar a desigualdade para vermos se encontramos alguma relação para 𝑓:
𝑓(𝑥) 2𝑓(𝑥) 4𝑓(𝑥) 2𝑛−3 𝑓(𝑥) 9
| |+| |+| | + ⋯+ | | + ⋯ ≤
4 12 36 3𝑛−1 4
1 2 4 2𝑛−3 9
|𝑓(𝑥)| + |𝑓(𝑥)| + |𝑓(𝑥)| + ⋯ + 𝑛−1 |𝑓(𝑥)| + ⋯ ≤
4 12 36 3 4
1 2 4 1 2 𝑛−1 9
|𝑓(𝑥)| ( + + +⋯+ ( ) +⋯) ≤
4 12 36 4 3 4
O número em vermelho é a soma de uma PG infinita de razão 2/3 e 𝑎1 = 1/4. Desse modo,
podemos usar a fórmula da soma infinita da PG:

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 231


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1 1
𝑎1 4 3
𝑆= = =4=
1−𝑞 1−2 1 4
3 3
1 2 4 1 2 𝑛−1 9
| (
⇒ 𝑓 𝑥 )| ( + + +⋯+ ( ) + ⋯) ≤
4 12 36 4 3 4
3 9
|𝑓(𝑥)| ≤
4 4
⇒ |𝑓 (𝑥)| ≤ 3
⇒ −3 ≤ 𝑓 (𝑥) ≤ 3
Substituindo 𝑓 (𝑥) = |3 − log 𝑥 |, temos:
−3 ≤ |3 − log 𝑥 | ≤ 3
Das propriedades do módulo, sabemos que |3 − log 𝑥| ≥ 0.
Então:
0 ≤ |3 − log 𝑥 | ≤ 3
⇒ |3 − log 𝑥| ≤ 3
−3 ≤ 3 − log 𝑥 ≤ 3
−6 ≤ − log 𝑥 ≤ 0
0 ≤ log 𝑥 ≤ 6
⇒ 100 ≤ 𝑥 ≤ 106
Portanto, encontramos a resposta na letra d.
Gabarito: “d”.
151. (IME/2009)

Dada a função 𝐹: ℕ2 → ℕ, com as seguintes características:

𝐹(0, 0) = 1;
𝐹(𝑛, 𝑚 + 1) = 𝑞 ⋅ 𝐹(𝑛, 𝑚), onde 𝑞 é um número real diferente de zero.

𝐹(𝑛 + 1,0) = 𝑟 + 𝐹(𝑛, 0), onde 𝑟 é um número real diferente de zero.

Determine o valor de ∑2009


𝑖=0 𝐹(𝑖, 𝑖) , 𝑖 ∈ ℕ.

Comentários
𝑟 = 𝐹 (𝑘 + 1,0) − 𝐹 (𝑘, 0)
𝑛−1 𝑛−1

⇒ ∑ 𝑟 = ∑ 𝐹 (𝑘 + 1,0) − 𝐹 (𝑘, 0)
𝑘=0 𝑘=0

⇒ 𝑛𝑟 = 𝐹 (𝑛, 0) − 𝐹 (0,0)
⇒ 𝐹 (𝑛, 0) = 1 + 𝑛𝑟

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 232


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𝐹 (𝑛, 𝑘 + 1) = 𝑞 ⋅ 𝐹 (𝑛, 𝑘 )
⇒ 𝐹 (𝑛, 𝑚) = 𝑞𝑚 ⋅ 𝐹 (𝑛, 0) = 𝑞𝑚 ⋅ (1 + 𝑛𝑟),
pois (𝑎𝑘 ) = (𝐹 (𝑛, 𝑘)) forma uma progressão geométrica, para cada 𝑛 fixado.
Logo, ∑2009 2009 𝑖 2009 𝑖 2009 𝑖
𝑖=0 𝐹 (𝑖, 𝑖 ) = ∑𝑖=0 𝑞 ⋅ (1 + 𝑖𝑟) = ∑𝑖=0 𝑞 + 𝑟 ⋅ ∑𝑖=0 𝑖 ⋅ 𝑞 .

Para 𝑞 = 1, temos:
2009 2009
2009 ⋅ 2010
∑ 1 + 𝑟 ⋅ ∑ 𝑖 = 2010 + 𝑟 ⋅ = 2.019.045 𝑟 + 2010.
2
𝑖=0 𝑖=0

Para 𝑞 ≠ 1:
2009
𝑞2010 − 1
𝑖
𝑆1 = ∑ 𝑞 =
𝑞−1
𝑖=0
2009 2009 2009 2009 2009 2009
𝑖 𝑖 𝑖
𝑞2010 − 𝑞 𝑗 2009𝑞2010 1
𝑆2 = ∑ 𝑖 ⋅ 𝑞 = ∑ 𝑖 ⋅ 𝑞 = ∑ ∑ 𝑞 = ∑ = − ∑ 𝑞𝑗
𝑞−1 𝑞−1 𝑞−1
𝑖=0 𝑖=1 𝑗=1 𝑖=𝑗 𝑗=1 𝑗=1

2009𝑞2010 1 𝑞2010 − 𝑞 2009𝑞2010 (𝑞 − 1) − (𝑞2010 − 𝑞)


= − ⋅ = ⇒
𝑞−1 𝑞−1 𝑞−1 (𝑞 − 1) 2
(2009𝑞 − 2010)𝑞2010 + 𝑞
𝑆2 =
(𝑞 − 1 )2
Logo,
2009
𝑞2010 − 1 (2009𝑞 − 2010)𝑞2010 + 𝑞
∑ 𝐹 (𝑖, 𝑖 ) = 𝑆1 + 𝑟 ⋅ 𝑆2 = +𝑟⋅[ ]⇒
𝑞−1 (𝑞 − 1 )2
𝑖=0
2009
𝑞2010 − 1 (2009𝑞 − 2010)𝑞2010 + 𝑞
∑ 𝐹 (𝑖, 𝑖 ) = +𝑟⋅[ ]
𝑞−1 ( 𝑞 − 1)2
𝑖=0
𝒒𝟐𝟎𝟏𝟎 −𝟏 (𝟐𝟎𝟎𝟗𝒒−𝟐𝟎𝟏𝟎)𝒒𝟐𝟎𝟏𝟎 +𝒒
Gabarito: +𝒓⋅[ (𝒒−𝟏)𝟐
]
𝒒−𝟏

152. (IME/2007)
Seja 𝑓: ℝ → ℝ, onde ℝ é o conjunto dos números reais, tal que:
𝑓(4) = 5
{
𝑓(𝑥 + 4) = 𝑓(𝑥) ⋅ 𝑓(4)
O valor de 𝑓(−4) é:

a) −4/5

b) −1/4

c) −1/5

d) 1/5

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 233


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e) 4/5
Comentários
Para 𝑥 = 0 temos:
𝑓 (4)
𝑓 (0 + 4 ) = 𝑓 (0 ) ⋅ 𝑓 (4) ⇒ 𝑓 (0) = =1
𝑓 (4)
Para 𝑥 = −4:
𝑓 ( 0)
𝑓 (−4 + 4) = 𝑓 (−4) ⋅ 𝑓 (4) ⇒ 𝑓 (−4) =
𝑓 ( 4)
Portanto:
1
𝑓 (−4) =
5
Gabarito: “d”
153. (IME/2005)
(156𝑥 +156 −𝑥 )
Dada a função 𝑓(𝑥) = , demonstre que:
2

𝑓(𝑥 + 𝑦) + 𝑓(𝑥 − 𝑦) = 2𝑓(𝑥)𝑓(𝑦)


Comentários
Basta realizar as operações para verificar a identidade:
2 ⋅ (𝑓 (𝑥 + 𝑦) + 𝑓 (𝑥 − 𝑦)) = 2𝑓 (𝑥 + 𝑦) + 2𝑓 (𝑥 − 𝑦)
Sabemos que
2𝑓 (𝑥) = 156𝑥 + 156−𝑥
Assim:
2𝑓 (𝑥 + 𝑦) + 2𝑓 (𝑥 − 𝑦) = (156𝑥+𝑦 + 156−𝑥−𝑦 ) + (156𝑥−𝑦 + 156−𝑥+𝑦 )
= 156𝑥 156𝑦 + 156−𝑥 156−𝑦 + 156𝑥 156−𝑦 + 156−𝑥 156𝑦
= (156𝑥 + 156−𝑥 )(156𝑦 + 156−𝑦 )
= 2𝑓 (𝑥) ⋅ 2𝑓 (𝑦)
= 2 ⋅ (2𝑓 (𝑥)𝑓 (𝑦))
Logo, 𝑓 (𝑥 + 𝑦) + 𝑓 (𝑥 − 𝑦) = 2𝑓 (𝑥)𝑓 (𝑦).
Gabarito: Demonstração.
154. (IME/2004)
𝑎
Seja uma função 𝑓: ℝ − {0} → ℝ, onde ℝ representa o conjunto dos números reais, tal que 𝑓 (𝑏 ) =
𝑓(𝑎) − 𝑓(𝑏) para 𝑎 e 𝑏 pertencentes ao domínio de 𝑓. Demonstre que 𝑓 é uma função par.
Comentários
1 −1
𝑓 (1) − 𝑓 (−1) = 𝑓 ( ) = 𝑓 (−1) = 𝑓 ( ) = 𝑓 (−1) − 𝑓 (1) ⇒ 𝑓 (1) = 𝑓 (−1)
−1 1

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 234


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𝑎
𝑓 (𝑎) = 𝑓 ( ) = 𝑓 (𝑎) − 𝑓 (1) ⇒ 𝑓 (1) = 𝑓 (−1) = 0
1
𝑎
𝑓 (−𝑎) = 𝑓 ( ) = 𝑓 (𝑎) − 𝑓 (−1) = 𝑓 (𝑎) − 0 = 𝑓 (𝑎) ⇒ 𝑓 é par.
−1

Gabarito: Demonstração.
155. (IME/1993)
Considere uma função 𝐿: ℚ+ → ℚ que satisfaz:

1. 𝐿 é crescente, isto é, para quaisquer 0 < 𝑥 < 𝑦 tem-se 𝐿(𝑥) < 𝐿(𝑦).

2. 𝐿(𝑥 ⋅ 𝑦) = 𝐿(𝑥) + 𝐿(𝑦) para quaisquer 𝑥, 𝑦 > 0.

Mostre que:

a) 𝐿(1) = 0.
1
b) 𝐿 ( ) = −𝐿(𝑥) para todo 𝑥 > 0.
𝑥
𝑥
c) 𝐿 (𝑦 ) = 𝐿(𝑥) − 𝐿(𝑦) para quaisquer 𝑥, 𝑦 > 0.

d) 𝐿(𝑥 𝑛 ) = 𝑛𝐿(𝑥) para todo 𝑥 > 0 e natural 𝑛.


1
e) 𝐿( 𝑛√𝑥) = 𝑛 𝐿(𝑥) para todo 𝑥 > 0 e natural 𝑛.

f) 𝐿(𝑥) < 0 < 𝐿(𝑦) sempre que 0 < 𝑥 < 1 < 𝑦.


Comentários
A banca está, basicamente, pedindo ao candidato que deduza algumas propriedades de
uma das equações funcionais de Cauchy.
a) L(1) = 𝐿(1 ⋅ 1) = 𝐿(1) + 𝐿(1) ⇒ 𝐿(1) = 0.
1 1 1
b) 0 = 𝐿(1) = 𝐿 (𝑥 ⋅ ) = 𝐿(𝑥) + 𝐿 ( ) ⇒ 𝐿 ( ) = −𝐿(𝑥).
𝑥 𝑥 𝑥
𝑥 1 1
c) 𝐿 ( ) = 𝐿 (𝑥 ⋅ ) = 𝐿(𝑥) + 𝐿 ( ) = 𝐿(𝑥) − 𝐿(𝑦).
𝑦 𝑦 𝑦
d) Por indução em 𝑛. Para 𝑛 = 0 ou 𝑛 = 1, é imediata a validade da proposição. Suponha
a validade para 𝑛 − 1. Então:
𝐿(𝑥 𝑛 ) = 𝐿(𝑥 ⋅ 𝑥 𝑛−1 ) = 𝐿(𝑥) + 𝐿(𝑥 𝑛−1 ) = 𝐿(𝑥) + (𝑛 − 1) ⋅ 𝐿(𝑥) = 𝑛 ⋅ 𝐿(𝑥)
𝑛
e) Pelo item anterior, 𝐿(𝑦 𝑛 ) = 𝑛 ⋅ 𝐿(𝑦) para todo 𝑦 > 0 e 𝑛 natural. Tomando 𝑦 = √𝑥 ,
𝑛 𝑛 1
temos 𝐿(𝑥) = 𝑛 ⋅ 𝐿( √𝑥 ) ⇒ 𝐿( √𝑥) = 𝐿(𝑥).
𝑛
f) 0 < 𝑥 < 1 ⇒ 𝐿(𝑥) < 𝐿(1) = 0 e 0 < 1 < 𝑦 ⇒ 0 = 𝐿(1) < 𝐿(𝑦). Logo,
0 < 𝑥 < 1 < 𝑦 ⇒ 𝐿 ( 𝑥 ) < 0 < 𝐿 (𝑦 )
Gabarito: Demonstração.

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 235


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8. CONSIDERAÇÕES FINAIS DA AULA


Chegamos ao final da nossa aula. Agora, você deve saber como resolver problemas
envolvendo exponencial e logaritmos. O mais importante nessa aula é que você tenha entendido
como aplicar as propriedades de cada um desses temas.
Quaisquer dúvidas, críticas ou sugestões entre em contato pelo fórum de dúvidas do
Estratégia ou se preferir:

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] Iezzi, Gelson. Dolce, Osvaldo. Murakami, Carlos. Fundamentos de matemática elementar, 2:
Logaritmos. 10. ed. Atual, 2013. 218p.
[2] Lima, Elon Lages. Carvalho, Paulo Cezar Pinto. Wagner, Eduardo. Morgado, Augusto César. A
Matemática do Ensino Médio, Volume 1. 11 ed. SBM, 2016. 260p.

AULA 11 – EXPONENCIAL E LOGARITMOS 236

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