Aula 10 - Estratégia ITA

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ITA 2023

GEOMETRIA PLANA IV

AULA 10

Prof. Victor So

www.estrategiamilitares.com.br
Prof. Victor So

Sumário
APRESENTAÇÃO 4

1. POLÍGONOS 5

1.1. POLÍGONOS SIMPLES CONVEXOS 5


1.1.1. CLASSIFICAÇÃO 5
1.1.2. NÚMERO DE DIAGONAIS 6
1.1.3. SOMA DOS ÂNGULOS INTERNOS E EXTERNOS 7

1.2. POLÍGONOS REGULARES 9


1.2.1. DEFINIÇÃO 9
1.2.2. FÓRMULA DOS ÂNGULOS INTERNOS E EXTERNOS 9
1.2.3. PROPRIEDADES 9
1.2.4. CÁLCULO DO LADO E APÓTEMA DO POLÍGONO REGULAR 12
1.2.5. COMPRIMENTO DA CIRCUNFERÊNCIA 14

2. ÁREA DE FIGURAS PLANAS 23

2.1. DEFINIÇÃO 23

2.2. TEOREMAS 24
2.2.1. TEOREMA 1 24
2.2.2. TEOREMA 2 26

2.3. ÁREA DE POLÍGONOS 27


2.3.1. RETÂNGULO 27
2.3.2. QUADRADO 28
2.3.3. PARALELOGRAMO 29
2.3.4. TRIÂNGULO 29
2.3.5. LOSANGO 29
2.3.6. TRAPÉZIO 30
2.3.7. POLÍGONO REGULAR 30
2.3.8. OUTRAS EXPRESSÕES PARA ÁREA DO TRIÂNGULO 31
2.3.9. RELAÇÃO MÉTRICA ENTRE ÁREAS 36

2.4. ÁREA DE CÍRCULOS 37


2.4.1. DEDUÇÃO DA FÓRMULA 37
2.4.2. PARTES DO CÍRCULO 38

3. APÊNDICE 60

3.1. RETA DE EULER 60

3.2. TRIÂNGULO ÓRTICO 62


3.2.1. DEFINIÇÃO 62
3.2.2. TEOREMA 62
3.2.3. PROPRIEDADE 64

3.3. CIRCUNFERÊNCIA DE APOLÔNIO 65

3.4. PONTO DE MIQUEL 66

3.5. CIRCUNFERÊNCIA DE 9 PONTOS 70


3.5.1. COROLÁRIOS 72

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4. QUESTÕES NÍVEL 1 74

GABARITO 99

RESOLUÇÃO 100

5. QUESTÕES NÍVEL 2 188

GABARITO 201

RESOLUÇÃO 201

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS DA AULA 302

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 302

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APRESENTAÇÃO
Olá,
Vamos finalizar o estudo da geometria plana. Nessa aula, veremos os conceitos de
polígonos e áreas de figuras planas. As provas militares adoram cobrar questões envolvendo áreas
geométricas. Devido à alta taxa de incidência dos tópicos dessa aula, resolveremos muitos
exercícios para fixar esse conteúdo.
Caso tenha alguma dúvida entre em contato conosco através do fórum de dúvidas do
Estratégia ou se preferir:

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1. POLÍGONOS
Polígonos são figuras geométricas planas e fechadas que são formadas por segmentos de
retas chamados de lados. A condição de um polígono é 𝑛 ≥ 3, sendo 𝑛 seu número de lados.
Podemos ter polígonos simples ou complexos. Os polígonos são simples quando seus lados
não se cruzam, caso contrário, eles são complexos. Veja:

Polígonos também podem ser convexos ou côncavos.

1.1. POLÍGONOS SIMPLES CONVEXOS

1.1.1. CLASSIFICAÇÃO
Um polígono recebe as seguintes denominações dependendo do seu número de lados:

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Número de Lados Nome do Polígono Número de Lados Nome do Polígono

3 Triângulo 9 Eneágono

4 Quadrado 10 Decágono

5 Pentágono 11 Undecágono

6 Hexágono 12 Dodecágono

7 Heptágono 15 Pentadecágono

8 Octógono 20 Icoságono

1.1.2. NÚMERO DE DIAGONAIS


A diagonal de um polígono convexo é o segmento de reta que liga dois vértices não
adjacentes. Exemplo:

̅̅̅̅
𝐴𝐸 , ̅̅̅̅
𝐴𝐷 , ̅̅̅̅
𝐴𝐶 são as diagonais do polígono acima. Note que para o vértice 𝐴, os vértices 𝐵 e
𝐹 são adjacentes.
Podemos calcular o número de diagonais de um polígono de 𝑛 lados. Seja 𝑑 esse número, então,
sua fórmula é dada por:
𝒏(𝒏 − 𝟑 )
𝒅=
𝟐
Demonstração:
Em um polígono de 𝑛 lados, temos 𝑛 vértices. Então, o número de diagonais que partem
de um vértice é igual a 𝑛 − 3, pois devemos descontar os vértices adjacentes e o próprio vértice,
veja o exemplo:

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Nesse caso, temos 6 lados e 6 vértices. O número de diagonais que partem do vértice 𝐴 é
igual a 6 − 3 = 3 (nessa contagem, desconsideramos os vértices 𝐴, 𝐵 e 𝐹).
Então, se queremos calcular o número total de diagonais de um polígono de 𝑛 lados,
devemos contar o número de diagonais que podem ser formados em cada vértice. Sabemos que
cada vértice possui 𝑛 − 3 diagonais, assim, considerando todos os vértices do polígono, temos
𝑛 (𝑛 − 3) diagonais. Mas, nesse número, estamos contando duas vezes as diagonais, no exemplo
acima, temos a diagonal que parte do vértice 𝐴 e termina no vértice 𝐸 e a diagonal que parte de
𝐸 e termina em 𝐴. Portanto, devemos dividir 𝑛 (𝑛 − 3) por 2:
𝑛 (𝑛 − 3)
𝑑=
2

1.1.3. SOMA DOS ÂNGULOS INTERNOS E EXTERNOS


Seja 𝑃𝑛 um polígono convexo de 𝑛 lados, então, se 𝑆𝑖 é a soma dos seus ângulos internos e
𝑆𝑒 é a soma dos seus ângulos externos, temos:
𝑺𝒊 = (𝒏 − 𝟐) ∙ 𝟏𝟖𝟎°
𝑺𝒆 = 𝟑𝟔𝟎°
Demonstração:
Vamos demonstrar a soma dos ângulos internos. Seja 𝐴1 𝐴2 𝐴3 … 𝐴𝑁 um polígono convexo
de 𝑛 lados, tomando 𝑂 o ponto no interior do polígono e ligando esse ponto a cada vértice:

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Perceba que temos 𝑛 triângulos: Δ𝐴1 𝐴2 𝑂, Δ𝐴2 𝐴3 𝑂, Δ𝐴3 𝐴4 𝑂, Δ𝐴4 𝐴5 𝑂, … , Δ𝐴𝑛 𝐴1 𝑂.


Sabendo que a soma dos ângulos internos de um triângulo é igual a 180°, então, a soma
dos ângulos internos do polígono é dada pela soma dos ângulos internos dos 𝑛 triângulos
subtraído do ângulo central:
𝛼1 + 𝛼2 + ⋯ + 𝛼𝑛 + ⏟
⏟ 𝛽1 + 𝛽2 + ⋯ + 𝛽𝑛 = 𝑛 ∙ 180°
𝑆𝑖 360°

𝑆𝑖 = 180° ∙ 𝑛 − 180° ∙ 2 ⇒ 𝑆𝑖 = (𝑛 − 2) ∙ 180°


Para provar a fórmula da soma dos ângulos externos, podemos usar a propriedade de
ângulos suplementares. Então, para cada vértice, temos:

𝛼1 + 𝜃1 = 180°
𝛼2 + 𝜃2 = 180°

𝛼𝑛 + 𝜃𝑛 = 180°

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Somando-se cada expressão acima:


𝛼1 + 𝛼2 + ⋯ + 𝛼𝑛 + ⏟
⏟ 𝜃1 + 𝜃2 + ⋯ + 𝜃𝑛 = 𝑛 ∙ 180°
𝑆𝑖 𝑆𝑒

𝑆𝑖 + 𝑆𝑒 = 𝑛 ∙ 180°
Substituindo 𝑆𝑖 :
(𝑛 − 2) ∙ 180° + 𝑆𝑒 = 𝑛 ∙ 180° ⇒ 𝑆𝑒 = 360°

1.2. POLÍGONOS REGULARES

1.2.1. DEFINIÇÃO
Um polígono é considerado regular se ele for equilátero e equiângulo. Por exemplo, um
triângulo equilátero possui todos os lados de mesma medida e todos os ângulos internos
congruentes, logo, ele é um polígono regular.

1.2.2. FÓRMULA DOS ÂNGULOS INTERNOS E EXTERNOS


Podemos deduzir a fórmula dos ângulos internos e externos do polígono regular usando a
fórmula de 𝑆𝑖 e 𝑆𝑒 . Seja 𝛼𝑖 o ângulo interno do polígono regular, então:
∙ 𝛼 = (𝑛 − 2) ∙ 180°
𝛼1 = 𝛼2 = ⋯ = 𝛼𝑛 = 𝛼 ⇒ 𝑛⏟
𝑆𝑖

𝒏−𝟐
∴𝜶= ∙ 𝟏𝟖𝟎°
𝒏
Analogamente para o ângulo externo 𝜃𝑖 :
𝜃1 = 𝜃2 = ⋯ = 𝜃𝑛 = 𝜃 ⇒ 𝑛
⏟ ∙ 𝜃 = 360°
𝑆𝑒

𝟑𝟔𝟎°
∴𝜽=
𝒏

1.2.3. PROPRIEDADES
P1) Todo polígono regular é inscritível.
P2) Todo polígono regular é circunscritível.
P3) Ângulo Central
Demonstrações:
P1) Seja 𝐴1 𝐴2 𝐴3 … 𝐴𝑛 um polígono convexo regular, então, tomando os pontos 𝐴1 , 𝐴2 , 𝐴3 ,
podemos desenhar uma circunferência 𝜆 que passa por esses pontos, vamos provar que 𝐴4 ∈ 𝜆:

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Como 𝐴1 , 𝐴2 , 𝐴3 ∈ 𝜆, temos 𝑂𝐴1 = 𝑂𝐴2 = 𝑂𝐴3 . O polígono é regular, então, 𝐴1 𝐴2 =


𝐴2 𝐴3 = 𝐴3 𝐴4 .
Sabemos que os ângulos internos de um polígono regular são congruentes, assim,
analisando os triângulos isósceles 𝐴1 𝑂𝐴2 e 𝐴2 𝑂𝐴3 , temos:

Como os ângulos internos do polígono são congruentes, temos 𝛼 = 𝛽. Observe os


triângulos 𝐴2 𝑂𝐴3 e 𝐴3 𝑂𝐴4 , note que 𝐴2 𝐴3 = 𝐴3 𝐴4 , 𝑂𝐴3 é um lado comum e 𝛼 = 𝛽, logo,
podemos aplicar o critério de congruência LAL:
Δ𝐴2 𝑂𝐴3 ≡ Δ𝐴3 𝑂𝐴4
Dessa forma, temos 𝑂𝐴2 = 𝑂𝐴4 . Logo, 𝐴4 ∈ 𝜆. De modo análogo, podemos provar para os
outros vértices do polígono regular. Portanto, qualquer polígono convexo regular é inscritível.

P2) Sem perda de generalidade, vamos usar o pentágono regular 𝐴𝐵𝐶𝐷𝐸. Sendo regular,
ele é inscritível, logo:

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Os triângulos isósceles 𝑂𝐴𝐵, 𝑂𝐵𝐶, 𝑂𝐶𝐷, 𝑂𝐷𝐸, 𝑂𝐸𝐴 são congruentes, então, a altura
desses triângulos são congruentes:

Como a medida dos segmentos são congruentes, temos 𝑂𝐻1 = 𝑂𝐻2 = 𝑂𝐻3 = 𝑂𝐻4 =
𝑂𝐻5 , então, 𝑂 é o centro de uma outra circunferência. Vamos chamá-la de 𝜆′.
Sabendo que esses segmentos são perpendiculares às suas respectivas bases, temos que
os lados do polígono tangenciam a circunferência 𝜆′, logo, ele é circunscritível.

P3) Vimos que qualquer polígono regular é inscritível e circunscritível. Um polígono regular
de 𝑛 lados possui 𝑛 triângulos isósceles e seus vértices são o centro 𝑂 das circunferências e os
vértices consecutivos do polígono regular. Chamamos de ângulo central o ângulo do vértice 𝑂 de
cada triângulo isósceles e seu valor é igual a:
360°
𝑎𝑐 =
𝑛
Chamamos de apótema de um polígono regular a altura de cada um desses triângulos
isósceles:

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1.2.4. CÁLCULO DO LADO E APÓTEMA DO POLÍGONO REGULAR


Vamos deduzir a fórmula geral do lado e apótema do polígono regular em função do raio
da circunferência circunscrita e do ângulo central:
Para um polígono regular de 𝑛 lados inscrito em uma circunferência de raio 𝑅, sendo 𝑎𝑛 o
apótema e 𝑙𝑛 o lado do polígono, temos:

̅̅̅̅
𝐴𝐵 é um dos lados do polígono regular de 𝑛 lados.
Sabemos que o ângulo central é dado por:
360°
𝑎𝑐 =
𝑛

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Usando as relações trigonométricas no triângulo retângulo 𝑂𝐴𝐻, temos:


𝑙𝑛
𝑎𝑐 𝟏𝟖𝟎°
𝑠𝑒𝑛 ( ) = 2 ⇒ 𝒍𝒏 = 𝟐𝑹𝒔𝒆𝒏 ( )
2 𝑅 𝒏
𝑎𝑐 𝑎𝑛 𝟏𝟖𝟎°
cos ( ) = ⇒ 𝒂𝒏 = 𝑹 𝐜𝐨𝐬 ( )
2 𝑅 𝒏
Podemos aplicar o teorema de Pitágoras no triângulo 𝑂𝐴𝐻 e encontrar 𝑎𝑛 em função de
𝑙𝑛 e 𝑅:

2
𝑙𝑛 2 𝟏
𝑅 = 𝑎𝑛2
+ ( ) ⇒ 𝒂𝒏 = √𝟒𝑹𝟐 − 𝒍𝟐𝒏
2 𝟐
Também é possível deduzir a fórmula do lado de um polígono regular de 2𝑛 lados em
função do raio 𝑅 e do lado 𝑙𝑛 do polígono regular de 𝑛 lados. Veja a figura:

𝑙𝑛 e 𝑎𝑛 é o lado e o apótema do polígono regular de 𝑛 lados, respectivamente. Note que


Δ𝐶𝐸𝐵~Δ𝐴𝐶𝐵:
𝐶𝐵 𝐴𝐵 𝑙2𝑛 2𝑅
Δ𝐶𝐸𝐵~Δ𝐴𝐶𝐵 ⇒ = ⇒ = ⇒ (𝑙2𝑛 )2 = 2𝑅 (𝑅 − 𝑎𝑛 ) (𝐼)
𝐸𝐵 𝐶𝐵 𝑅 − 𝑎𝑛 𝑙2𝑛
Escrevendo 𝑎𝑛 em função de 𝑙𝑛 e 𝑅, temos:
1
𝑎𝑛 = √4𝑅2 − 𝑙𝑛2
2
Substituindo em (𝐼):
1
(𝑙2𝑛 )2 = 2𝑅 (𝑅 − √4𝑅2 − 𝑙𝑛2 )
2

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∴ 𝒍𝟐𝒏 = √𝑹 (𝟐𝑹 − √𝟒𝑹𝟐 − 𝒍𝟐𝒏 )

1.2.5. COMPRIMENTO DA CIRCUNFERÊNCIA


Vimos que o lado de um polígono regular de 𝑛 lados é dado por:

180°
𝑙𝑛 = 2𝑅𝑠𝑒𝑛 ( )
𝑛
O perímetro desse polígono é igual a:
180°
𝑝𝑛 = 𝑛 ⋅ 2𝑅 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 ( )
𝑛
Se tomarmos 𝑛 um número que tende ao infinito, o perímetro desse polígono se aproxima
ao comprimento da circunferência circunscrita a ele. Então, aplicando o limite, temos:
180° 180°
𝐶 = lim (2𝑅 ⋅ 𝑛 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 ( )) ⇒ 𝐶 = 2𝑅 lim (𝑛 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 ( )) ⇒ 𝐶 = 2𝜋𝑅
n→∞ 𝑛 n→∞
⏟ 𝑛
𝜋

Assim, temos que o comprimento de uma circunferência é dado por:


𝑪 = 𝟐𝝅𝑹

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̅̅̅̅, 𝑩𝑪
1. 𝑨𝑩 ̅̅̅̅, 𝑪𝑫
̅̅̅̅ e 𝑫𝑬
̅̅̅̅ são 4 lados consecutivos de um icoságono regular. Os prolongamentos dos lados
̅̅̅̅ ̅̅̅̅
𝑨𝑩 e 𝑫𝑬 cortam-se em 𝑰. Calcule o ângulo 𝑩Î𝑫.
Resolução:
O ângulo central do icoságono regular é dado por:
360°
𝑎𝑐 = = 18°
20
Assim, os ângulos das bases dos triângulos isósceles do icoságono regular são iguais a:
18° + 2𝜃 = 180° ⇒ 𝜃 = 81°
Vamos desenhar a situação do problema:

Sendo regular, temos que 𝐼 é o prolongamento do segmento 𝑂𝐶. Como 𝐼 também é o


prolongamento do lado 𝐸𝐷, temos que 𝐷̂ é um ângulo raso:
𝛽 + 81° + 81° = 180° ⇒ 𝛽 = 18°
𝑂𝐶𝐷 é ângulo externo do triângulo 𝐼𝐶𝐷, logo:
81° = 𝛼 + 𝛽 ⇒ 𝛼 = 63°
O ângulo 𝐵Î𝐷 é dado por:
𝐵Î𝐷 = 2𝛼 = 126°
Gabarito: 𝟏𝟐𝟔°
2. Provar que num pentágono regular as diagonais são divididas em 2 segmentos que estão na razão
áurea.
Resolução:

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Sabemos que todo polígono regular é inscritível numa circunferência e o ângulo central do
360°
pentágono regular é igual a = 72°. O ângulo de 𝐷Â𝐶 é igual à metade do ângulo central
5
𝐷Â𝐶 = 36°.
Vamos calcular o ângulo de cada vértice do pentágono:
𝑛−2 3
𝑎𝑖 =
⋅ 180° ⇒ 𝑎𝑖 = ⋅ 180° = 108°
𝑛 5
Como os lados do polígono possuem a mesma medida, temos:

̂ 𝐹 = 36° e 𝐴𝐶̂ 𝐷 = 72°.


Sendo o ângulo interno do pentágono igual a 108°, temos 𝐴𝐷

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Note que 𝐷𝐹̂ 𝐶 = 72° (soma dos ângulos internos igual a 180°). Portanto, os triângulos
𝐴𝐷𝐶 e 𝐷𝐶𝐹 são isósceles e semelhantes.

Vamos analisar o triângulo isósceles 𝐴𝐶𝐷, chamando as diagonais 𝐴𝐷 e 𝐴𝐶 de 𝑎 e 𝐴𝐹 de


𝑏, temos (𝐴𝐹 = 𝐷𝐹 = 𝐷𝐶 resultado dos triângulos isósceles):

Fazendo a semelhança de triângulos:


𝑎 𝑏
Δ𝐴𝐷𝐶~Δ𝐷𝐶𝐹 ⇒ = ⇒ 𝑎2 − 𝑎𝑏 − 𝑏2 = 0
𝑏 𝑎−𝑏
Encontrando as raízes na variável 𝑎:
𝑏 ± √5𝑏2
𝑎=
2
Como o resultado negativo não convém, temos:
𝑎 √5 + 1
=
𝑏 2
Essa é a razão áurea.
Gabarito: Demonstração
̅̅̅̅ e 𝑩𝑭
3. 𝑨𝑩𝑪𝑫𝑬𝑭 é um hexágono regular cujas diagonais 𝑨𝑬 ̅̅̅̅ se cortam em 𝑰. Mostrar que 𝟐𝑰𝑭 = 𝑰𝑩.
Resolução:

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O hexágono regular é formado por 6 triângulos equiláteros e o seu ângulo interno é igual
a:
𝑛−2 4
𝑎𝑖 =⋅ 180° = ⋅ 180° = 120°
𝑛 6
Vamos desenhar esse polígono:

Note que os triângulos 𝐴𝐹𝐸 e 𝐹𝐴𝐵 são isósceles. Como o ângulo de seus vértices são iguais
a 120°, temos que os ângulos de suas bases são iguais a 30°. Sendo 𝐴𝐵̂𝑂 e 𝐹𝐸̂ 𝑂 os ângulos de
triângulos equiláteros, temos:

Os triângulos 𝐼𝐴𝐹 e 𝐼𝐵𝐸 são semelhantes, logo:


𝐼𝐹 𝑙
Δ𝐼𝐴𝐹~Δ𝐼𝐵𝐸 ⇒ =
𝐼𝐵 2𝑙
∴ 2𝐼𝐹 = 𝐼𝐵

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Gabarito: Demonstração
4. 𝑨𝑩𝑪𝑫𝑬 é um pentágono regular e 𝑬𝑫𝑪𝑴 é um paralelogramo interno ao pentágono. Calcular os
ângulos do triângulo 𝑨𝑴𝑬.
Resolução:
Sabendo que 𝐸𝐷𝐶𝑀 é um paralelogramo e 𝐷𝐸 = 𝐶𝐷 (lados do pentágono regular), temos
que 𝐸𝑀 = 𝐶𝐷 e 𝐷𝐸 = 𝐶𝑀, logo, 𝐸𝐷𝐶𝑀 é um losango. Vamos desenhar a figura:

Sendo 𝐸 o vértice do pentágono, temos 𝐴Ê𝑀 = 36°. Como 𝐴𝐸 = 𝑀𝐸, o triângulo 𝐴𝑀𝐸 é
isósceles, logo:
̂ 𝐴 = 72°
𝐸Â𝑀 = 𝐸𝑀
Portanto, os ângulos internos do Δ𝐴𝑀𝐸 são:
36°, 72° e 72°
Gabarito: 𝟑𝟔°, 𝟕𝟐° 𝐞 𝟕𝟐°
5. Determinar o lado do dodecágono regular circunscrito a um círculo de raio 𝑹.
Resolução:
Sabendo que o apótema de um dodecágono regular circunscrito é igual a 𝑅 e seu ângulo
central é 30°, para encontrar o seu lado, podemos usar o seguinte triângulo isósceles:

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𝑙12
𝑡𝑔(15°) = 2 ⇒ 𝑙12 = 2𝑅𝑡𝑔 (15°)
𝑅
Lembrando que:
𝐴 1 − cos 𝐴
𝑡𝑔 ( ) =
2 sen 𝐴
√3
1 − 𝑐𝑜𝑠30° 1−
𝑡𝑔(15°) = ⇒ 𝑡𝑔 (15°) = 2 ⇒ 𝑡𝑔(15°) = 2 − √3
𝑠𝑒𝑛30° 1
2
Substituindo o valor da tangente na equação, encontramos:
𝑙12 = 2𝑅(2 − √3)
Gabarito: 𝒍𝟏𝟐 = 𝟐𝑹(𝟐 − √𝟑)
6. Calcular o ângulo  de um triângulo 𝑨𝑩𝑪, sabendo que os lados 𝒂, 𝒃 e 𝒄 são respectivamente iguais
aos lados do quadrado, hexágono regular e dodecágono regular inscritos numa mesma
circunferência.
Resolução:
Se 𝑎, 𝑏, 𝑐 são os lados do quadrado, hexágono regular e dodecágono regular,
respectivamente, para calcular o ângulo Â, devemos colocar esses lados em função de uma
mesma variável. Vamos usar uma circunferência circunscrita a esses polígonos de raio 𝑅:

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Calculando o valor dos lados do triângulo em função do raio 𝑅:


Quadrado:
𝑎 = 2𝑅 ⋅ cos 45° ⇒ 𝑎 = 𝑅√2
Hexágono:
𝑏=𝑅
Dodecágono:

𝑐 √1 − √3
𝑠𝑒𝑛 (15°) = 2 ⇒ 𝑐 = 2𝑅 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 2 ⇒ 𝑐 = 𝑅 √2 −
⏟ (15°) ⇒ 𝑐 = 2𝑅 ⋅ √3
𝑅 2
√1−cos 30°
2

Vamos calcular o valor do ângulo do vértice 𝐴, usando a lei dos cossenos:

𝑎2 = 𝑏2 + 𝑐 2 − 2𝑏𝑐 cos 𝛼

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𝑏2 + 𝑐 2 − 𝑎 2
cos 𝛼 =
2𝑏𝑐
2 2
𝑅 + (𝑅 √2 − √3) − (𝑅 √2)
2
1 + (2 − √3) − 2 1 − √3
cos 𝛼 = ⇒ cos 𝛼 = ⇒ cos 𝛼 =
2𝑅 ⋅ 𝑅 √2 − √3 2√2 − √3 2√2 − √3
Note que o valor do cosseno é negativo (1 − √3) < 0, logo, o ângulo deve ser maior que
90°.
Vamos simplificar a expressão, como o cosseno é negativo, temos:
2
−(−1+√3) √2+√3 −√(−1+√3) √2+√3
cos 𝛼 = ⋅ ⇒ cos 𝛼 =
2√2−√3 √2+√3 2

2
−√(−1 + √3) √2 + √3 −√(4 − 2√3)(2 + √3)
⇒ cos 𝛼 = ⇒ cos 𝛼 =
2 2
−√8 + 4√3 − 4√3 − 6 √2
⇒ cos 𝛼 = ⇒ cos 𝛼 = − ⇒ 𝛼 = 135°
2 2
Gabarito: Â = 𝟏𝟑𝟓°
7. Calcular o lado do icoságono regular inscrito no círculo de raio 𝑹.
Resolução:
Um icoságono regular é um polígono de 20 lados. Vamos calcular seu ângulo central:
360°
𝑎𝑐 = ⇒ 𝑎𝑐 = 18°
20
Podemos usar o seguinte triângulo isósceles, para calcular o lado desse polígono:

Aplicando a lei dos cossenos:


2
𝑙20 = 𝑅2 + 𝑅2 − 2𝑅2 cos 18°
𝑙20 = 𝑅√2 − 2 cos 18°

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Devemos calcular o valor do cosseno de 18°, podemos usar o cosseno de 36° do triângulo
áureo (a explicação de como encontrar o cosseno desse ângulo está na aula 09):
√5 + 1
cos(36°) =
4
Lembrando que o cosseno do arco metade é:

√5 + 1
1 + cos 36° √1 + 4 √10 + 2√5
cos(18°) = √ = =
2 2 4

Substituindo na equação:

√10 + 2√5 4 − √10 + 2√5


𝑙20 = 𝑅 √2 − 2 ( ) ⇒ 𝑙20 = 𝑅 √
4 2

𝟒−√𝟏𝟎+𝟐√𝟓
Gabarito: 𝒍𝟐𝟎 = 𝑹√
𝟐

2. ÁREA DE FIGURAS PLANAS

2.1. DEFINIÇÃO

Vamos estudar um dos temas mais explorados em geometria plana pelas provas militares,
o cálculo de áreas de figuras planas. Estudamos até agora as formas geométricas, as medidas dos
ângulos e os comprimentos dos segmentos das figuras planas. O estudo da área dessas figuras
envolve o conceito de extensão. Compare as figuras abaixo e diga qual possui maior extensão.

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 23


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Supondo que as duas figuras possuem as mesmas unidades de medida, podemos dizer que
o quadrilátero 𝐴𝐵𝐶𝐷 possui maior extensão que o triângulo 𝑋𝑌𝑍. Quando fazemos esse tipo de
comparação, estamos comparando as áreas dessas figuras.
Duas figuras são ditas equivalentes quando possuem a mesma extensão,
independentemente de suas formas. Se juntarmos dois quadriláteros de áreas 𝐴1 e 𝐴2 para
formar uma outra figura de área 𝐴3 , podemos afirmar que esta possui área igual à soma das duas
primeiras:

Usualmente, usamos as letras maiúsculas 𝑆 ou 𝐴 para simbolizar a área das figuras. Nos
exemplos acima, perceba que 𝑆3 = 𝑆1 + 𝑆2 e 𝑆4 = 𝑆1 + 𝑆2 , logo, podemos afirmar que as figuras
de áreas 𝑆3 e 𝑆4 são equivalentes.
Dizemos que área é um número real positivo associado a uma superfície limitada. A
unidade de medida usual da área é o 𝑚2 (metro quadrado).
Vamos estudar dois teoremas importantes para formar nossa base no estudo da área de
figuras planas. Esses teoremas serão usados para deduzir todas as fórmulas das áreas que podem
ser cobradas na prova.

2.2. TEOREMAS

2.2.1. TEOREMA 1
A razão entre as áreas de dois retângulos que possuem uma dimensão congruente é igual
à razão entre as dimensões não congruentes.
Demonstração:
Considere os dois retângulos abaixo de bases congruentes:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 24


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O teorema afirma que:


𝑨𝟏 𝒉𝟏
=
𝑨𝟐 𝒉𝟐
Onde 𝐴1 e 𝐴2 são as áreas dos retângulos 𝐹1 e 𝐹2 , respectivamente. Para demonstrar essa
propriedade, devemos considerar dois casos possíveis:
Caso 1) ℎ1 e ℎ2 são comensuráveis
Como ℎ1 e ℎ2 são comensuráveis, então, existe um número 𝑢 ∈ ℝ∗+ que cabe um número
inteiro de vezes em ℎ1 e ℎ2 . Sejam 𝑚, 𝑛 ∈ ℕ∗ múltiplos de ℎ1 e ℎ2 , respectivamente, então,
podemos escrever:
ℎ1 = 𝑚𝑢 ℎ1 𝑚
⇒ = (𝐼 )
ℎ2 = 𝑛𝑢 ℎ2 𝑛
Seja 𝑠 a área dos pequenos retângulos de cada retângulo de base 𝑏 e altura 𝑢 dos
retângulos acima. Para o retângulo 𝐹1 , temos que 𝑚 retângulos de área 𝑠 cabem em 𝐹1 , logo:
𝐴1 = 𝑚𝑠
Analogamente para 𝐹2 :
𝐴2 = 𝑛𝑠
A razão entre as áreas é dada por:
𝐴1 𝑚𝑠 𝐴1 𝑚
= ⇒ = (𝐼𝐼)
𝐴2 𝑛𝑠 𝐴2 𝑛
Assim, das relações (𝐼) e (𝐼𝐼), encontramos:
𝐴1 ℎ1
=
𝐴2 ℎ2
Caso 2) ℎ1 e ℎ2 não são comensuráveis
Nesse caso, não podemos escrever ℎ1 e ℎ2 como múltiplos de uma mesma unidade de
medida 𝑢. Tomando 𝑢 ∈ ℝ∗+ tal que:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 25


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ℎ2 = 𝑛𝑢
Sendo ℎ1 e ℎ2 incomensuráveis, temos para 𝑚 ∈ ℕ∗ :
𝑚𝑢 < ℎ1 < (𝑚 + 1)𝑢
Dividindo a desigualdade acima por 𝑛𝑢:
𝑚𝑢 ℎ1 (𝑚 + 1)𝑢 𝑚 ℎ1 𝑚 + 1
< < ⇒ < <
𝑛𝑢 𝑛𝑢 𝑛𝑢 𝑛 ℎ2 𝑛
Como 𝑢 é um submúltiplo arbitrário de ℎ2 , podemos escolher 𝑢 tão pequeno quanto se
queira tal que 𝑚 será um número tão grande que 𝑚𝑢 e (𝑚 + 1)𝑢 convergem para ℎ1 . Dessa
forma, encontramos:
ℎ1 𝑚
=
ℎ2 𝑛
Procedendo de modo análogo para a área, encontramos:
𝑚𝑠 < 𝐴1 < (𝑚 + 1)𝑠 𝑚 𝐴1 𝑚 + 1 𝐴1 𝑚 𝐴1 ℎ1
⇒ < < ⇒ = ⇒ =
𝐴2 = 𝑛𝑠 𝑛 𝐴2 𝑛 𝐴2 𝑛 𝐴2 ℎ2

2.2.2. TEOREMA 2
A razão entre a área de dois retângulos é igual à razão entre os produtos de suas
dimensões.
Demonstração:
Considere os três retângulos abaixo:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 26


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Usando o teorema 1, podemos escrever:


𝑆1 ℎ1
= (𝐼 )
𝑆3 ℎ2
𝑆3 𝑏1
= (𝐼𝐼)
𝑆2 𝑏2
Multiplicando as razões (𝐼) e (𝐼𝐼), temos:
𝑆1 𝑆3 ℎ1 𝑏1
⋅ = ⋅
𝑆3 𝑆2 ℎ2 𝑏2
𝑺𝟏 𝒉𝟏 𝒃𝟏
∴ =
𝑺𝟐 𝒉𝟐 𝒃𝟐

2.3. ÁREA DE POLÍGONOS


Com base no teorema 2, vamos deduzir as fórmulas das áreas dos principais polígonos.

2.3.1. RETÂNGULO
Para calcular a área do retângulo, vamos adotar como área unitária um quadrado de lado
1. Seja 𝐴𝑢 a área desse quadrado e 𝐴𝑅 a área do retângulo de base 𝑏 e altura ℎ, sabendo que
𝐴𝑢 = 1, temos:

Aplicando o teorema 2:
𝐴𝑅 𝑏 ⋅ ℎ 𝐴𝑅
= ⇒ =𝑏⋅ℎ
𝐴𝑢 1 ⋅ 1 1
𝑨𝑹 = 𝒃 ⋅ 𝒉
Portanto, a área de um retângulo é dada pelo produto entre sua base e sua altura.

Ao calcular área de figuras planas, precisamos nos atentar a um detalhe. Veja a questão abaixo:
Calcule a área de um retângulo de base e altura medindo 5 𝑐𝑚 e 10 𝑐𝑚, respectivamente.

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 27


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Essa questão nos fornece a unidade de medida em centímetros. Quando calculamos a área dessa
figura, precisamos também incluir a unidade de medida:
𝐴𝑅 = 𝑏 ⋅ ℎ ⇒ 𝐴𝑅 = (5 𝑐𝑚) ⋅ (10 𝑐𝑚) ⇒ 𝐴𝑅 = 50 𝑐𝑚2
Caso a questão forneça os dados em diferentes unidades de medida, temos que convertê-los na
mesma unidade. Veja:
Calcule a área do retângulo de base e altura medindo 5 𝑐𝑚 e 10 𝑘𝑚, respectivamente.
Nessa questão, não podemos multiplicar diretamente a base a altura, pois ambas estão em
diferentes unidades de medida (cm e km). Antes, devemos igualar as unidades. Vamos converter o
quilômetro em centímetro:
10 𝑘𝑚 = 10 ⋅ 103 𝑚 = 10 ⋅ 103 ⋅ 102 𝑐𝑚 = 106 𝑐𝑚
Agora, podemos calcular a área:
𝐴𝑅 = (5 𝑐𝑚) ⋅ (106 𝑐𝑚) ⇒ 𝐴𝑅 = 5 ⋅ 106 𝑐𝑚2
Esse detalhe pode tirar alguns pontos da sua prova, então, atenção na hora de ler a questão!
A tabela abaixo fornece as principais conversões de unidades de medida, vamos adotar como
unidade padrão o metro:

2.3.2. QUADRADO
Esse é um caso particular de retângulo. Como o quadrado possui lados congruentes, a sua
altura e base possuem as mesmas medidas. Para um quadrado de lado 𝑙:

𝑨𝑸 = 𝒍𝟐

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 28


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2.3.3. PARALELOGRAMO
O paralelogramo pode ser visto como um retângulo inclinado, veja:

A área do paralelogramo de altura ℎ e base 𝑏 é equivalente à área de um retângulo de


altura ℎ e base 𝑏, logo:
𝑨𝑷 = 𝒃 ⋅ 𝒉

2.3.4. TRIÂNGULO
A área de um triângulo é igual à metade da área de um paralelogramo de altura ℎ e base
𝑏. Seja 𝐴𝑇 a área de um triângulo de base 𝑏 e altura ℎ:

Analisando a figura, podemos ver que:


2𝐴𝑇 = 𝑏 ⋅ ℎ
𝒃⋅𝒉
𝑨𝑻 =
𝟐

2.3.5. LOSANGO
A área de um losango de diagonal maior 𝐷 e diagonal menor 𝑑 é igual à 2 vezes a área de
um triângulo de base 𝑑 e altura 𝐷/2:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 29


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𝐷
𝑑⋅
𝐴𝐿 = 2𝐴𝑇 ⇒ 𝐴𝐿 = 2 ⋅ 2
2
𝒅⋅𝑫
𝑨𝑳 =
𝟐

2.3.6. TRAPÉZIO
Para calcular a área de um trapézio de base menor 𝑏 e base maior 𝐵 e altura ℎ, podemos
dividi-lo em 2 triângulos de altura ℎ e bases 𝑏 e 𝐵:

𝑏⋅ℎ 𝐵⋅ℎ
𝐴𝑇𝑟 = 𝐴1 + 𝐴2 ⇒ 𝐴𝑇𝑟 = +
2 2
(𝒃 + 𝑩) ⋅ 𝒉
𝑨𝑻𝒓 =
𝟐

2.3.7. POLÍGONO REGULAR


Dado um polígono regular de 𝑛 lados, sendo:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 30


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𝑎 − medida do apótema
𝑙 − medida do lado
𝑛 − número de lados
𝑝 − semiperímetro do polígono
Esse polígono pode ser dividido em 𝑛 triângulos congruentes de base 𝑙 e altura 𝑎:

A área desse polígono é dada por:


𝑛⋅𝑙⋅𝑎
𝐴𝑃𝑜𝑙 =
2
O perímetro desse polígono é igual a:
2𝑝 = 𝑛 ⋅ 𝑙
Assim, substituindo a identidade acima na expressão da área do polígono, encontramos:
2𝑝 ⋅ 𝑎
𝐴𝑃𝑜𝑙 =
2
𝑨𝑷𝒐𝒍 = 𝒑 ⋅ 𝒂

2.3.8. OUTRAS EXPRESSÕES PARA ÁREA DO TRIÂNGULO


Dependendo dos dados da questão, podemos calcular a área do triângulo de outras
formas. Vamos explorar as possibilidades:
1) Dados um dos lados e a respectiva altura

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 31


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Seja 𝑆 a área do triângulo, como vimos anteriormente, a área do triângulo em função do


lado e da respectiva altura é dada por:
𝒂 ⋅ 𝒉𝒂 𝒃 ⋅ 𝒉𝒃 𝒄 ⋅ 𝒉𝒄
𝑺= = =
𝟐 𝟐 𝟐

2) Dados dois lados e um ângulo compreendido entre eles

Temos a base do triângulo, precisamos calcular a altura 𝐶𝐻:


𝐶𝐻 = 𝑏 ⋅ 𝑠𝑒𝑛𝛼
A área é dada por:
𝒃 ⋅ 𝒄 ⋅ 𝒔𝒆𝒏𝜶
𝑺=
𝟐

3) Dados um lado e dois ângulos adjacentes

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 32


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Nesse caso, procedemos chamando um lado de 𝑥, escolhendo o lado 𝐴𝐶, temos:

A área desse triângulo é dada por:


𝑥 ⋅ 𝑐 ⋅ 𝑠𝑒𝑛𝛼
𝑆=
2
Podemos encontrar o valor de 𝑥 usando a lei dos senos:
𝑥 𝑐 𝑥 𝑐 𝑐 ⋅ 𝑠𝑒𝑛𝛽
= ⇒ = ⇒𝑥=
𝑠𝑒𝑛𝛽 𝑠𝑒𝑛(180° − (𝛼 + 𝛽)) 𝑠𝑒𝑛𝛽 𝑠𝑒𝑛 (𝛼 + 𝛽) 𝑠𝑒𝑛 (𝛼 + 𝛽)
Substituindo na expressão da área, encontramos:
𝒄𝟐 ⋅ 𝒔𝒆𝒏𝜶 ⋅ 𝒔𝒆𝒏𝜷
𝑺=
𝟐 ⋅ 𝒔𝒆𝒏(𝜶 + 𝜷)

4) Dados os lados e o raio da circunferência inscrita

No triângulo acima, temos três triângulos cujas bases são os lados do triângulo 𝐴𝐵𝐶 e a
altura é 𝑟:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 33


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𝑐⋅𝑟 𝑏⋅𝑟 𝑎⋅𝑟 (𝑎 + 𝑏 + 𝑐 )


𝑆 = 𝑆𝐴𝐵𝐼 + 𝑆𝐴𝐶𝐼 + 𝑆𝐵𝐶𝐼 ⇒ 𝑆 = + + ⇒𝑆= ⋅𝑟
2 2 2 ⏟ 2
𝑝

𝑺= 𝒑⋅𝒓

5) Dados os lados e o raio da circunferência circunscrita

Vamos usar a propriedade do arco capaz e tomar o lado 𝐵𝐶 como base, então, temos:

̂ ≡ 𝐶̂ .
Note que os triângulos 𝐴𝐻𝐶 e 𝐴𝐵𝐷 são semelhantes, pois ambos são retângulos e 𝐷
Assim, podemos escrever:
𝐴𝐶 𝐴𝐷 𝑏 2𝑅 𝑏𝑐
Δ𝐴𝐻𝐶~Δ𝐴𝐵𝐷 ⇒ = ⇒ = ⇒ ℎ𝑎 =
𝐴𝐻 𝐴𝐵 ℎ𝑎 𝑐 2𝑅
A área é dada por:
𝑎 ⋅ ℎ𝑎
𝑆=
2

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 34


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𝒂𝒃𝒄
𝑺=
𝟒𝑹

6) Fórmula de Heron
A fórmula de Heron é útil quando a questão nos dá apenas os lados do triângulo.

Sabemos que a área do triângulo pode ser dada por:


𝑎 ⋅ ℎ𝑎
𝑆=
2
Vimos no capítulo de cálculo de cevianas do triângulo que ℎ𝑎 pode ser escrita em função
dos lados e do semiperímetro do triângulo:
2
ℎ𝑎 = √𝑝(𝑝 − 𝑎)(𝑝 − 𝑏)(𝑝 − 𝑐)
𝑎
Substituindo essa identidade na expressão da área, encontramos:
2
𝑎 ⋅ √𝑝(𝑝 − 𝑎)(𝑝 − 𝑏)(𝑝 − 𝑐)
𝑆= 𝑎
2
𝑺 = √𝒑(𝒑 − 𝒂)(𝒑 − 𝒃)(𝒑 − 𝒄)
Essa fórmula é conhecida como fórmula de Heron.

7) Dados um lado e o raio da circunferência ex-inscrita ao mesmo lado

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 35


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Podemos calcular a área do triângulo 𝐴𝐵𝐶 através do quadrilátero 𝐴𝐵𝐶𝑂, veja:


𝑐 ⋅ 𝑟𝑏 𝑎 ⋅ 𝑟𝑏
𝑆𝐴𝐵𝐶𝑂 = 𝑆𝐴𝐵𝑂 + 𝑆𝐶𝐵𝑂 ⇒ 𝑆𝐴𝐵𝐶𝑂 = +
2 2
𝑏 ⋅ 𝑟𝑏
𝑆𝐴𝐵𝐶𝑂 = 𝑆𝐴𝐵𝐶 + 𝑆𝐴𝑂𝐶 ⇒ 𝑆𝐴𝐵𝐶𝑂 = 𝑆 +
2
Igualando as duas identidades, encontramos:
𝑐 ⋅ 𝑟𝑏 𝑎 ⋅ 𝑟𝑏 𝑏 ⋅ 𝑟𝑏 1
+ =𝑆+ ⇒ 𝑆 = (⏟𝑎 − 𝑏 + 𝑐) ⋅ 𝑟𝑏
2 2 2 2
2𝑝−2𝑏

𝑺 = (𝒑 − 𝒃) ⋅ 𝒓𝒃
Para as circunferências ex-inscritas aos outros lados, podemos provar analogamente que:
𝑺 = (𝒑 − 𝒂) ⋅ 𝒓𝒂
𝑺 = (𝒑 − 𝒄) ⋅ 𝒓𝒄

8) Dados o raio da circunferência inscrita e os raios das circunferências ex-inscritas a cada


lado
Nesse caso, a questão dá apenas os raios 𝑟, 𝑟𝑎 , 𝑟𝑏 , 𝑟𝑐 . Vimos nos itens anteriores que a área
do triângulo pode ser dada pelas seguintes fórmulas abaixo:
𝑆
𝑆= 𝑝⋅𝑟 ⇒𝑝 =
𝑟
𝑆
𝑆 = (𝑝 − 𝑎) ⋅ 𝑟𝑎 ⇒ 𝑝 − 𝑎 =
𝑟𝑎
𝑆
𝑆 = (𝑝 − 𝑏) ⋅ 𝑟𝑏 ⇒ 𝑝 − 𝑏 =
𝑟𝑏
𝑆
𝑆 = (𝑝 − 𝑐) ⋅ 𝑟𝑐 ⇒ 𝑝 − 𝑐 =
𝑟𝑐
Substituindo esses valores na fórmula de Heron, encontramos:
𝑆 = √𝑝(𝑝 − 𝑎)(𝑝 − 𝑏)(𝑝 − 𝑐)

𝑆 𝑆 𝑆 𝑆
𝑆 = √ ⋅ ⋅ ⋅ ⇒ 𝑆 ⋅ √𝑟 ⋅ 𝑟𝑎 ⋅ 𝑟𝑏 ⋅ 𝑟𝑐 = √
⏟ 𝑆4
𝑟 𝑟𝑎 𝑟𝑏 𝑟𝑐 2 𝑆

𝑺 = √𝒓 ⋅ 𝒓𝒂 ⋅ 𝒓𝒃 ⋅ 𝒓𝒄

2.3.9. RELAÇÃO MÉTRICA ENTRE ÁREAS


Para figuras geométricas semelhantes, podemos encontrar uma relação para suas áreas.
Considere os triângulos 𝐴𝐵𝐶 e 𝐷𝐸𝐹 semelhantes abaixo:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 36


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Como Δ𝐴𝐵𝐶~Δ𝐷𝐸𝐹, temos:


ℎ1 𝑏1
= = 𝐾 (𝑟𝑎𝑧ã𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑝𝑜𝑟çã𝑜)
ℎ2 𝑏2
A área de cada triângulo é dada por:
𝑏1 ⋅ ℎ1
𝑆1 =
2
𝑏2 ⋅ ℎ2
𝑆2 =
2
Dividindo as áreas, encontramos:
𝑏1 ⋅ ℎ1
𝑆1 𝑆1 𝑏1 ℎ1 𝑆1
= 2 ⇒ = ⋅ ⇒ = 𝐾 ⋅𝐾
𝑆2 𝑏2 ⋅ ℎ2 𝑆2 𝑏2 ℎ2 𝑆2
2
𝑺𝟏
= 𝑲𝟐
𝑺𝟐
Portanto, a razão entre as áreas de figuras semelhantes é o valor da razão de proporção
elevado ao quadrado.
Vimos para o caso de triângulos semelhantes. Saiba que essa razão é válida para quaisquer figuras
planas semelhantes.

2.4. ÁREA DE CÍRCULOS

2.4.1. DEDUÇÃO DA FÓRMULA


Para calcular a área do círculo, podemos usar a área do polígono regular de 𝑛 lados:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 37


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𝑙𝑛 é o lado do polígono de 𝑛 lados e 𝑎𝑛 é seu apótema. A área do polígono é dada por:


𝑛 ⋅ 𝑎𝑛 ⋅ 𝑙 𝑛
𝑆𝑛 =
2
Podemos escrever 𝑙𝑛 /2 em função do ângulo central:
𝑙𝑛
𝜋 𝑙𝑛 𝜋
𝑡𝑔 ( ) = 2 ⇒ = 𝑎𝑛 ⋅ 𝑡𝑔 ( )
𝑛 𝑎𝑛 2 𝑛
Substituindo na fórmula de 𝑆𝑛 :
𝜋
𝑆𝑛 = 𝑛 ⋅ 𝑎𝑛2 ⋅ 𝑡𝑔 ( )
𝑛
Note que se 𝑛 tender ao infinito, a área do polígono de 𝑛 lados se aproxima da área da
circunferência circunscrita a ele e o apótema se aproxima do raio dessa circunferência. Se 𝑆𝐶 é a
área da circunferência de raio 𝑅, podemos escrever:
𝜋 𝜋 𝜋
𝑆𝑛 = 𝑛 ⋅ 𝑎𝑛2 ⋅ 𝑡𝑔 ( ) ⇒ 𝑆𝐶 = lim 𝑛 ⋅ 𝑅2 ⋅ 𝑡𝑔 ( ) ⇒ 𝑆𝐶 = 𝑅2 ⋅ lim 𝑛 ⋅ 𝑡𝑔 ( )
𝑛 𝑛→∞ 𝑛 ⏟
𝑛→∞ 𝑛
𝜋
𝟐
𝑺𝑪 = 𝝅 ⋅ 𝑹

2.4.2. PARTES DO CÍRCULO


Para finalizar o assunto de áreas de círculos, vamos aprender alguns termos que podem
ser cobrados na prova a respeito das áreas das partes dos círculos:
1) Setor circular

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 38


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Setor circular é uma fatia do círculo. Sua área é dada pela proporção:
𝜃 2
𝜃𝑅2
𝑆= ⋅ 𝜋𝑅 ⇒ 𝑆 =

2𝜋 2
𝑓𝑎𝑡𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝑐í𝑟𝑐𝑢𝑙𝑜

2) Segmento circular

Segmento circular é a região delimitada pelo círculo e pelo triângulo isósceles cujo vértice
é o centro do círculo e seu ângulo é 𝜃. Dessa forma, a área é dada pela diferença entre a área do
setor circular e a área do triângulo isósceles.

3) Lúnula

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 39


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Lúnula é a região do círculo menor localizada na parte externa do círculo maior.

4) Triângulo Curvilíneo

Triângulo curvilíneo é o triângulo 𝐴𝐵𝐶 cujos lados são todos curvos.

5) Triângulo Mistilíneo

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 40


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Um triângulo é mistilíneo quando possui um ou dois lados curvos. Os triângulos 𝐴𝐵𝐶 e


𝐶𝐷𝐸 representados acima são mistilíneos.

8. Calcular a área do triângulo 𝑨𝑩𝑪 em função de 𝑺𝟏 , 𝑺𝟐 e 𝑺𝟑 sabendo-se que as retas 𝒓, 𝒔 e 𝒕 são


paralelas aos lados do triângulo.

Resolução:
O bizu para essa questão é usar razão de proporção. Note que como as retas 𝑟,𝑠, 𝑡 são
paralelas aos lados do triângulo, temos que todos os triângulos são semelhantes. Então, seja 𝑆 a
área do triângulo maior e 𝑘1 , 𝑘2 , 𝑘3 as razões de proporção entre os triângulos de áreas 𝑆1 , 𝑆2 , 𝑆3 ,
respectivamente. Então, podemos escrever:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 41


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𝑏1 𝑆1 𝑆1
= 𝑘1 ⇒ 𝑏1 = 𝑏𝑘1 ⇒ = 𝑘12 ⇒ 𝑘1 = √
𝑏 𝑆 𝑆

𝑏2 𝑆2 𝑆2
= 𝑘2 ⇒ 𝑏2 = 𝑏𝑘2 ⇒ = 𝑘22 ⇒ 𝑘2 = √
𝑏 𝑆 𝑆

𝑏3 𝑆3 𝑆3
= 𝑘3 ⇒ 𝑏3 = 𝑏𝑘3 ⇒ = 𝑘32 ⇒ 𝑘3 = √
𝑏 𝑆 𝑆
Podemos ver pela figura que:
𝑏 = 𝑏1 + 𝑏2 + 𝑏3
Vamos escrever tudo em função de 𝑏:
𝑏 = 𝑏𝑘1 + 𝑏𝑘2 + 𝑏𝑘3 ⇒ 𝑘1 + 𝑘2 + 𝑘3 = 1
Substituindo os valores das razões, temos:

𝑆1 𝑆2 𝑆3
√ + √ + √ = 1 ⇒ √𝑆 = √𝑆1 + √𝑆2 + √𝑆3
𝑆 𝑆 𝑆
2
∴ 𝑆 = (√𝑆1 + √𝑆2 + √𝑆3 )
𝟐
Gabarito: (√𝑺𝟏 + √𝑺𝟐 + √𝑺𝟑 )
9. Calcular a área de um trapézio isósceles, se a sua altura é igual a 𝒉 e o seu lado lateral se vê desde
o centro da circunferência circunscrita sob ângulo 𝜶.
Resolução:
Para ilustrar o problema, vamos desenhar o trapézio isósceles inscritível:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 42


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Sabemos que a área de um trapézio é dada por:



𝑆 = (𝑎 + 𝑏 ) ⋅
2
Precisamos encontra 𝑎 e 𝑏 em função de ℎ e 𝛼 dados. Podemos usar a propriedade do arco
capaz, traçando as diagonais 𝐴𝐶 e 𝐵𝐷, temos:

Note que Δ𝐴𝐸𝐹 ≡ Δ𝐵𝐸𝐹 e Δ𝐸𝐷𝐺 ≡ Δ𝐸𝐶𝐺, pois as alturas de cada par desses triângulos
são congruentes e temos dois ângulos internos congruentes. Assim, 𝐹 e 𝐺 são os pontos médios
das respectivas bases. Vamos definir 𝐸𝐹 = ℎ1 e 𝐸𝐺 = ℎ2 :

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 43


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Assim, podemos escrever:


𝛼 ℎ1 𝑎 𝛼
𝑡𝑔 ( ) = 𝑎 ⇒ ℎ1 = ⋅ 𝑡𝑔 ( )
2 2 2
2
𝑏 𝛼
ℎ2 = ⋅ 𝑡𝑔 ( )
2 2
𝑎+𝑏 𝛼 2ℎ
⇒ ℎ = ℎ1 + ℎ2 ⇒ ℎ = ⋅ 𝑡𝑔 ( ) ⇒ 𝑎 + 𝑏 = 𝛼
2 2 𝑡𝑔 ( )
2
Substituindo as variáveis na equação da área, encontramos:
𝑎+𝑏 ℎ 2ℎ 2
𝛼
𝑆= ⋅ℎ ⇒ 𝑆 = ⋅ ⇒ 𝑆 = ℎ ⋅ 𝑐𝑜𝑡𝑔 ( )
2 2 𝑡𝑔 (𝛼) 2
2
𝜶
Gabarito: 𝑺 = 𝒉𝟐 ⋅ 𝒄𝒐𝒕𝒈 ( )
𝟐

10. (OBM/2005) Na figura, todas as circunferências menores têm o mesmo raio 𝒓 e os centros das
circunferências que tocam a circunferência maior são vértices de um quadrado. Sejam 𝒂 e 𝒃 as áreas
hachuradas. Calcule 𝒂/𝒃.

Resolução:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 44


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Vamos inserir as variáveis do problema:

Seja 𝑆 a área do círculo maior, assim, temos:


𝑆 = 5𝑎 + 4𝑏
Mas, 𝑆 = 𝜋(3𝑟)2 :
9𝜋𝑟 2 = 5𝑎 + 4𝑏
Podemos escrever 𝑎 e 𝑏 em função de 𝑟:
𝑎 = 𝜋𝑟 2

2
9𝜋𝑟 2 − 5𝜋𝑟 2
9𝜋𝑟 = 5𝑎 + 4𝑏 ⇒ 𝑏 = = 𝜋𝑟 2
4
A razão é dada por:
𝑎 𝜋𝑟 2
= =1
𝑏 𝜋𝑟 2
𝒂
Gabarito: = 𝟏
𝒃

11. Determine a razão da área do círculo maior para a área do círculo menor.

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 45


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Resolução:
Sendo os ângulos inscritos nos círculos, temos:

Seja 𝑆1 a área do círculo maior e 𝑆2 a área do círculo menor, desse modo, podemos
escrever:
𝑆1 = 𝜋𝑅2
𝑆2 = 𝜋𝑟 2
𝑆1 𝜋𝑅2 𝑅 2
⇒ = =( )
𝑆2 𝜋𝑟 2 𝑟
Vamos encontrar uma relação entre 𝑅 e 𝑟. Note que o triângulo 𝑂1 𝐵𝐶 é equilátero
(triângulo isósceles cujo vértice possui ângulo de 60°) e o triângulo 𝑂2 𝐵𝐶 é retângulo isósceles.
Assim, temos:
𝑅 = 𝑥 ⇒ 𝑅2 = 𝑥 2
𝑥 √2 𝑥2
𝑟= ⇒ 𝑟2 =
2 2
Substituindo essas variáveis na razão das áreas:
𝑆1 𝑅2 𝑥2
= = 2 =2
𝑆2 𝑟 2 𝑥
2
Gabarito: 𝟐
12. 𝑨𝑩𝑪𝑫 é um quadrado cujo lado é 𝒂. De cada um dos vértices desse quadrado como centro e com
raio 𝒂 descreve-se internamente um arco. Calcular a área do quadrilátero curvilíneo cujos vértices
são os pontos de intersecção desses arcos.
Resolução:
Devemos notar que os vértices do quadrilátero curvilíneo formam um quadrado, veja:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 46


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Os segmentos 𝐷𝑋̅̅̅̅ e ̅̅̅̅


𝐴𝑋 são raios de circunferências e medem 𝑎. Desse modo, 𝐴𝑋𝐷 é um
triângulo equilátero, logo, 𝑋𝐴̂𝐵 = 𝐶𝐷 ̂ 𝑋 = 30°. Dessa forma, podemos ver que a figura fica da
seguinte maneira:

Como os arcos 𝑋𝑌, 𝑌𝑍, 𝑍𝑊, 𝑊𝑋 possuem mesma medida e o quadrilátero é equilátero,
temos que o quadrilátero é um quadrado. Assim, temos:

𝑆1 é a área do quadrado e 𝑆2 é a área do segmento circular:


𝑆1 = 𝑥 2
Vamos calcular o valor de 𝑥 e a área 𝑆1 , aplicando a lei dos cossenos:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 47


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𝑥 2 = 𝑎2 + 𝑎2 − 2𝑎2 cos 30° ⇒ 𝑥 = 𝑎√2 − √3

⇒ 𝑆1 = 𝑎2 (2 − √3)
Agora, vamos calcular a área 𝑆2 , ela é a diferença da área do setor circular e a área do
triângulo 𝐴𝑋𝑌:
30° 2
𝜋𝑎2
𝑆𝑠𝑒𝑡𝑜𝑟 = ⋅ 𝜋𝑎 =
360° 12
1 𝑎2
𝑆𝐴𝑋𝑌 = ⋅ (𝑎 𝑠𝑒𝑛 30°) ⋅ 𝑎 =
2 4
𝜋𝑎2 𝑎2
𝑆2 = −
12 4
A área do quadrilátero curvilíneo é dada por:

2 (2
𝜋𝑎2 𝑎2 𝜋𝑎2
𝑆 = 𝑆1 + 4𝑆2 ⇒ 𝑆 = 𝑎 − √3) + 4 ( − )⇒𝑆= + 𝑎2 − 𝑎2 √3
12 4 3
𝜋
∴ 𝑆 = 𝑎2 ( + 1 − √3)
3
𝝅
Gabarito: 𝑺 = 𝒂𝟐 ( + 𝟏 − √𝟑)
𝟑

13. Calcular a área do triângulo cujas alturas medem 𝟓, 𝟕 e 𝟖 cm.


Resolução:

Para calcular a área do triângulo, precisamos encontrar o valor de um dos seus lados. Para
isso, podemos encontrar uma relação entre os lados. Usando a definição de área, temos:
5𝑎 8𝑏 7𝑐
𝑆= = =
2 2 2
Escrevendo 𝑏 e 𝑐 em função de 𝑎:
5𝑎 5𝑎
𝑏=e𝑐 =
8 7
Vamos usar a fórmula de Heron para encontrar a medida de 𝑎:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 48


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5𝑎
= √𝑝(𝑝 − 𝑎)(𝑝 − 𝑏)(𝑝 − 𝑐)
𝑆=
2
25𝑎2 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 −𝑎 + 𝑏 + 𝑐 𝑎 − 𝑏 + 𝑐 𝑎 + 𝑏 − 𝑐
= ⋅ ⋅ ⋅
4 2 2 2 2
Substituindo 𝑏 e 𝑐:
25𝑎2 1 5𝑎 5𝑎 5𝑎 5𝑎 5𝑎 5𝑎 5𝑎 5𝑎
= ( ) ⋅ (𝑎 + + ) ⋅ (−𝑎 + + ) ⋅ (𝑎 − + ) ⋅ (𝑎 + − )
4 16 8 7 8 7 8 7 8 7
(56 + 35 + 40) (−56 + 35 + 40) (56 − 35 + 40) (56 + 35 − 40)
100𝑎2 = 𝑎4 ⋅ ⋅ ⋅ ⋅
56 56 56 56
4 2
100 ⋅ 56 = 𝑎 ⋅ 131 ⋅ 19 ⋅ 61 ⋅ 51
10 ⋅ 562
𝑎= 𝑐𝑚
√131 ⋅ 19 ⋅ 61 ⋅ 51
Assim, a área do triângulo é dada por:
5𝑎 5 10 ⋅ 562
𝑆= = ⋅ ≅ 28,17 𝑐𝑚2
2 2 √131 ⋅ 19 ⋅ 61 ⋅ 51
Gabarito: 𝑺 = 𝟐𝟖, 𝟏𝟕 𝒄𝒎𝟐
14. Encontre a área do quadrado 𝑨𝑩𝑪𝑫 na figura abaixo tal que 𝑷𝑨 = 𝟑, 𝑷𝑩 = 𝟕 e 𝑷𝑫 = 𝟓.

Resolução:
Seja 𝑙 o lado do quadrado e 𝐴 sua área, então:
𝐴 = 𝑙2
Vamos inserir as variáveis na figura:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 49


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Aplicando o teorema de Pitágoras nos triângulos retângulos da figura, temos:


9 = 𝑥 2 + 𝑦 2 (𝐼 )
𝑙 2 − 16
25 = 𝑥 + (𝑙 − 𝑦)2 ⇒ 25 = ⏟
2
𝑥 2 + 𝑦 2 − 2𝑙𝑦 + 𝑙 2 ⇒ 𝑦 = (𝐼𝐼)
2𝑙
9

𝑙 2 − 40
49 = 𝑦 + (𝑙 − 𝑥)2 ⇒ 49 = 𝑦
2
⏟2 + 𝑥 2 − 2𝑙𝑥 + 𝑙 2 ⇒ 𝑥 = (𝐼𝐼𝐼 )
2𝑙
9

Substituindo (𝐼𝐼) e (𝐼𝐼𝐼) em (𝐼):


2 2
𝑙 2 − 40 𝑙 2 − 16
( ) +( ) =9
2𝑙 2𝑙
𝑙 4 − 80𝑙 2 + 1600 + 𝑙 4 − 32𝑙 2 + 256 = 36𝑙 2
2𝑙 4 − 148𝑙 2 + 1856 = 0 ⇒ 𝑙 4 − 74𝑙 2 + 928 = 0
Vamos substituir a variável 𝑙 2 = 𝐴:
𝐴2 − 74𝐴 + 928 = 0
Encontrando a raiz:

𝐴 = 37 ± √372 − 928 ⇒ 𝐴 = 37 ± 21
∴ 𝐴 = 58
Gabarito: 𝑨 = 𝟓𝟖
15. Calcular a área de um triângulo retângulo conhecendo o seu perímetro 𝟐𝒑 e a altura 𝒉 relativa à
hipotenusa.
Resolução:
Temos o perímetro e a altura do triângulo retângulo, vamos encontrar sua área em função
dessas variáveis:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 50


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A área do triângulo retângulo é dada por:


𝑏𝑐 𝑎ℎ
𝑆= =
2 2
Usando o teorema de Pitágoras, temos:
𝑎2 = 𝑏2 + 𝑐 2 ⇒ 𝑎2 = 𝑏2 + 𝑐 2 + 2𝑏𝑐 − 2𝑏𝑐 ⇒ 𝑎2 = (𝑏 + 𝑐)2 − 2𝑏𝑐
⇒ (𝑏 + 𝑐)2 − 𝑎2 = 2𝑏𝑐 ⇒ (⏟𝑏 + 𝑐 − 𝑎) (⏟𝑏 + 𝑐 + 𝑎) = 2𝑏𝑐

2𝑝−2𝑎 2𝑝 4𝑆

2𝑆 𝑆
(2𝑝 − 2𝑎) ⋅ 2𝑝 = 4𝑆 ⇒ 2𝑝 − 2𝑎 = ⇒𝑎 = 𝑝−
𝑝 𝑝
Substituindo o valor de 𝑎 na equação da área:
𝑆
𝑎ℎ (𝑝 − ) ℎ
𝑝
𝑆= ⇒𝑆= ⇒ 2𝑆𝑝 = 𝑝2 ℎ − 𝑆ℎ ⇒ 𝑆(2𝑝 + ℎ) = 𝑝2 ℎ
2 2
𝑝2 ℎ
𝑆=
2𝑝 + ℎ
𝒑𝟐 𝒉
Gabarito: 𝑺 =
𝟐𝒑+𝒉

̂=
16. Determinar a área do trapézio 𝑨𝑩𝑪𝑫, cujas bases são 𝑨𝑫 = 𝒂 e 𝑩𝑪 = 𝒃 (𝒂 > 𝒃), e no qual 𝑨
̂ = 𝟑𝟎°.
𝟒𝟓° e 𝑫
Resolução:
Vamos desenhar a figura da questão e inserir as variáveis:

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Usando a razão tangente, temos:



𝑡𝑔45° = ⇒𝑥=ℎ
𝑥

𝑡𝑔30° = ⇒ 𝑦 = ℎ√3
𝑦
De acordo com a figura, podemos inferir:
𝑎−𝑏
𝑥 + 𝑏 + 𝑦 = 𝑎 ⇒ 𝑥 + 𝑦 = 𝑎 − 𝑏 ⇒ ℎ + ℎ√3 = 𝑎 − 𝑏 ⇒ ℎ =
√3 + 1
(𝑎 − 𝑏)(√3 − 1)
⇒ℎ=
2
A área do trapézio é dada por:
ℎ (𝑎 + 𝑏) (𝑎 − 𝑏)(√3 − 1) 1
𝑆 = (𝑎 + 𝑏 ) ⋅ ⇒𝑆= ⋅ ⇒ 𝑆 = (√3 − 1)(𝑎2 − 𝑏2 )
2 2 2 4
𝟏
Gabarito: 𝑨 = (√𝟑 − 𝟏)(𝒂𝟐 − 𝒃𝟐 )
𝟒

17. Uma circunferência de raio 𝑹 está inscrita num losango 𝑨𝑩𝑪𝑫 cuja maior diagonal 𝑨𝑪 = 𝟒𝑹.
Calcular as áreas dos triângulos mistilíneos 𝑨𝑴𝑵 e 𝑴𝑩𝑷.

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Resolução:
Usando os dados do enunciado, temos:

Aplicando o teorema de Pitágoras no triângulo 𝐴𝑂𝑀:


(2𝑅)2 = 𝑅2 + 𝐴𝑀 2 ⇒ 𝐴𝑀 = 𝑅√3
Note que os lados desse triângulo permitem inferir que 𝑂𝐴̂𝑀 = 30° e 𝐴𝑂̂ 𝑀 = 60°.
Sabendo que as diagonais de um losango formam um ângulo reto, temos:

Podemos encontrar a medida de 𝑀𝐵:


𝑀𝐵 𝑅 √3
𝑡𝑔30° = ⇒ 𝑀𝐵 =
𝑅 3

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Vamos calcular o valor da área do triângulo mistilíneo 𝐴𝑀𝑁, temos 2 triângulos retângulos
e 1 setor circular de ângulo 120°:
1 √3 2
𝑆𝐴𝑂𝑀 =
⋅ 𝑅 ⋅ 𝑅√3 = 𝑅
2 2
120° 2
𝜋𝑅2
𝑆𝑀𝑂𝑁
̂ = ⋅ 𝜋𝑅 =
360° 3
2
𝜋𝑅2 𝑅2
⇒ 𝑆1 = 2𝑆𝐴𝑂𝑀 − 𝑆𝑀𝑂𝑁
̂ = √3𝑅 − = (3√3 − 𝜋)
3 3
Cálculo de 𝑆2 :
𝑅2 √3
𝑆𝐵𝑂𝑀 =
6
60° 2
𝜋𝑅2
𝑆𝑀𝑂𝑃
̂ = ⋅ 𝜋𝑅 =
360° 6
𝑅2 √3 𝜋𝑅2 𝑅2
⇒ 𝑆2 = 2𝑆𝐵𝑂𝑀 − 𝑆𝑀𝑂𝑃
̂ = − = (2√3 − 𝜋)
3 6 6
𝑹𝟐 𝑹𝟐
Gabarito: 𝑺𝟏 = (𝟑√𝟑 − 𝝅); 𝑺𝟐 = (𝟐 √𝟑 − 𝝅)
𝟑 𝟔
̅̅̅̅ é tangente em 𝑱 ao círculo
18. Considere os círculos da figura de raios 10 e 4 e seu eixo radical. Se 𝑨𝑻
menor, calcule a área do triângulo 𝑨𝑻𝑯.

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Resolução:
Se 𝐽 é o ponto de tangência e o raio do círculo menor é 4, então, o triângulo retângulo 𝐴𝐵𝐽
é o triângulo retângulo 3:4:5. Vamos inserir as variáveis na figura:

Podemos encontrar o valor de 𝑥, usando a definição de eixo radical:

𝑃𝑜𝑡𝐴𝐻 = 𝑃𝑜𝑡𝐵𝐻 ⇒ 𝑥 (𝑥 + 2 𝑅
⏟𝐴 ) = (𝑥 + 1) (𝑥 + 1 + 2 𝑅
⏟𝐵 )
10 4

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𝑥(𝑥 + 20) = (𝑥 + 1)(𝑥 + 9)


9
𝑥 2 + 20𝑥 = 𝑥 2 + 10𝑥 + 9 ⇒ 10𝑥 = 9 ⇒ 𝑥 =
10
Analisando o triângulo retângulo 𝐴𝐵𝐽, temos:
4
𝑡𝑔𝛼 =
3
Vamos encontrar a altura 𝑇𝐻:
𝑇𝐻 4 𝑇𝐻 4 ⋅ 109
𝑡𝑔𝛼 = ⇒ = ⇒ 𝑇𝐻 =
𝐴𝐻 3 10 + 9 30
10
A área do Δ𝐴𝑇𝐻 é dada por:
1 9 4 ⋅ 109 1092 11881
𝐴𝐴𝑇𝐻 = ⋅ (10 + ) ⋅ = =
2 10 30 150 150
𝟏𝟏𝟖𝟖𝟏
Gabarito:
𝟏𝟓𝟎

19. (IME/1990) Calcule a área do triângulo 𝑨𝑩𝑪.

Resolução:
Sejam 𝑀, 𝑁 e 𝑄 os pontos de intersecção dos prolongamentos dos segmentos ̅̅̅̅
𝐴𝑃 , ̅̅̅̅
𝐵𝑃 e ̅̅̅̅
𝐶𝑃
com os lados do triângulo, respectivamente.

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Vamos tomar como base o lado 𝐵𝐶. Note que a altura dos triângulos 𝐴𝐵𝑀 e 𝐴𝑀𝐶 possuem
mesma medida e a altura dos triângulos 𝐵𝑃𝑀 e 𝑀𝑃𝐶 também. Assim, temos:

Vamos calcular as áreas dos triângulos:


𝑥 ⋅ ℎ𝐴
Δ𝐴𝐵𝑀 ⇒ = 84 + 𝑆1 + 40
{ 2
𝑦 ⋅ ℎ𝐴
Δ𝐴𝑀𝐶 ⇒ = 𝑆2 + 35 + 30
2
Dividindo as duas equações:
𝑥 𝑆1 + 124
=
𝑦 𝑆2 + 65
𝑥 ⋅ ℎ𝑝
Δ𝐵𝑃𝑀 ⇒ = 40 𝑥 40
{ 2 ⇒ =
𝑦 ⋅ ℎ𝑃 𝑦 30
Δ𝑀𝑃𝐶 ⇒ = 30
2
Igualando as equações:

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𝑆1 + 124 40 𝑆1 + 124 4
= ⇒ = ⇒ 3𝑆1 + 372 = 4𝑆2 + 260 ⇒ 4𝑆2 − 3𝑆1 = 112 (𝐼)
𝑆2 + 65 30 𝑆2 + 65 3
Analogamente, os triângulos 𝐴𝐵𝑁 e 𝐵𝑁𝐶 possuem mesma altura em relação ao lado 𝐴𝐶,
então, temos:
𝑆1 + 84 + 𝑆2 𝑆2
= ⇒ 35𝑆1 + 84 ⋅ 35 + 35𝑆2 = 105𝑆2
40 + 30 + 35 35
𝑆1 + 84 + 𝑆2 = 3𝑆2 ⇒ 2𝑆2 − 𝑆1 = 84 (𝐼𝐼)
Fazendo 2(𝐼𝐼) − (𝐼) :
4𝑆2 − 2𝑆1 − (4𝑆2 − 3𝑆1 ) = 168 − 112 ⇒ 𝑆1 = 56
Substituindo o valor de 𝑆1 em (𝐼𝐼):
84 + 56
2𝑆2 = 84 + 𝑆1 ⇒ 𝑆2 = = 70
2
Portanto, a área total é dada por:
𝑆𝐴𝐵𝐶 = 84 + 56 + 40 + 70 + 35 + 30 = 315
Gabarito: 𝑺 = 𝟑𝟏𝟓
20. (IME/2002) Considere um quadrado 𝑿𝒀𝒁𝑾 de lado 𝒂. Dividindo-se cada ângulo desse quadrado em
4 partes iguais, obtém-se o octógno regular da figura a seguir. Calcule a área do octógono
̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅ formado.
𝟏𝟐𝟑𝟒𝟓𝟔𝟕𝟖

Resolução:
Para calcular o valor da área do octógono regular, precisamos encontrar o valor de um dos
lados dos triângulos isósceles que formam o octógono regular. Como os ângulos foram divididos
em 4 partes iguais, temos:

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Usando a razão tangente, temos:


𝑥 𝑎
𝑡𝑔(22,5°) = 𝑎 ⇒ 𝑥 = ⋅ 𝑡𝑔(22,5°)
2
2
Lembrando que:
𝐴 1 − 𝑐𝑜𝑠𝐴
𝑡𝑔 ( ) =
2 𝑠𝑒𝑛𝐴
√2
1 − 𝑐𝑜𝑠45° 1 − 2
𝑡𝑔(22,5°) = = = √2 − 1
𝑠𝑒𝑛45° √2
2
Assim, podemos calcular o valor de 𝑦:
𝑎
𝑥 = (√2 − 1)
2
𝑎 𝑎 𝑎 𝑎
𝑥 + 𝑦 = ⇒ 𝑦 = − (√2 − 1) ⇒ 𝑦 = (2 − √2)
2 2 2 2
A área do octógono regular é dada por:
1
𝑆8 = 8 ⋅ ( ⋅ 𝑦 ⋅ 𝑦𝑠𝑒𝑛45°) ⇒ 𝑆8 = 2√2𝑦 2
⏟2
á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑜 𝑡𝑟𝑖â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑖𝑠ó𝑠𝑐𝑒𝑙𝑒𝑠

Substituindo o valor de 𝑦 na equação:


𝑎 2 𝑎2
𝑆8 = 2√2 ⋅ [ (2 − √2)] = ⋅ 2√2 ⋅ (6 − 4√2)
2 4
∴ 𝑆8 = 𝑎2 (3√2 − 4)
Gabarito: 𝑺𝟖 = 𝒂𝟐 (𝟑√𝟐 − 𝟒)

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3. APÊNDICE

Estudaremos nessa seção alguns temas que mesmo que não caiam diretamente em sua
prova, podem ajudar você a resolver algumas questões.

3.1. RETA DE EULER


Seja 𝐴𝐵𝐶 um triângulo qualquer, podemos mostrar que o ortocentro, o baricentro e o
circuncentro deste triângulo são colineares. A reta que liga esses pontos é chamada de reta de
Euler.
Demonstração:
Vamos demonstrar para o triângulo acutângulo, a demonstração para o triângulo
obtusângulo segue o mesmo raciocínio.
Considere o Δ𝐴𝐵𝐶 abaixo:

𝐴𝐻𝐴 e 𝐵𝐻𝐵 são as alturas do Δ𝐴𝐵𝐶 e 𝐻 é seu ortocentro.


𝑀𝐵 𝑂 e 𝑀𝐴 𝑂 são as mediatrizes do Δ𝐴𝐵𝐶 e 𝑂 é seu circuncentro.
Perceba que 𝑀𝐴 𝑀𝐵 é a base média desse triângulo, logo, 𝑀𝐴 𝑀𝐵 //𝐴𝐵 e 𝑀𝐴 𝑀𝐵 = 𝐴𝐵/2.
Como 𝐴𝐻𝐴 e 𝑂𝑀𝐴 são perpendiculares ao lado 𝐵𝐶, temos que 𝐴𝐻//𝑂𝑀𝐴 e,
consequentemente, 𝐵𝐴̂𝐻 ≡ 𝑂𝑀
̂𝐴 𝑀𝐵 . Analogamente, 𝐵𝐻//𝑂𝑀𝐵 e 𝐻𝐵̂ 𝐴 ≡ 𝑂𝑀
̂𝐵 𝑀𝐴 .

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Assim, pelo critério de semelhança AA, temos Δ𝐴𝐵𝐻~Δ𝑀𝐴 𝑀𝐵 𝑂 e a razão de proporção


entre eles é 𝑘 = 2. Então:
𝐴𝐻 = 2𝑂𝑀𝐴
𝐵𝐻 = 2𝑂𝑀𝐵
Vamos traçar o baricentro 𝐺 (lembrando que o baricentro é o encontro das medianas):

Como 𝐴𝐻//𝑂𝑀𝐴 e 𝐴𝑀𝐴 é um segmento de reta, temos que 𝐻𝐴̂𝐺 ≡ 𝑂𝑀 ̂𝐴 𝐺. Sabendo que
o baricentro divide o segmento 𝐴𝑀𝐴 na razão 2:1, temos 𝐴𝐺 = 2𝐺𝑀𝐴 . Então, usando o critério
de semelhança LAL, temos que Δ𝐴𝐻𝐺~Δ𝑀𝐴 𝑂𝐺. Desse modo, 𝐴𝐺̂ 𝐻 ≡ 𝑀𝐴 𝐺̂ 𝑂 e, portanto, 𝐻, 𝐺, 𝑂
são colineares.

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3.2. TRIÂNGULO ÓRTICO

3.2.1. DEFINIÇÃO
Tomando-se um Δ𝐴𝐵𝐶 qualquer, chamamos de triângulo órtico, a figura formada pelos
pés das alturas do Δ𝐴𝐵𝐶.

𝑀𝑁𝑃 é o triângulo órtico do Δ𝐴𝐵𝐶.

3.2.2. TEOREMA
O ortocentro 𝐻 do triângulo acutângulo 𝐴𝐵𝐶 é o incentro do triângulo órtico.
Demonstração:

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̂ 𝐻 ≡ 𝐻𝑀
Vamos provar que 𝑃𝑀 ̂ 𝑁. Perceba que os triângulos 𝐻𝐵𝑃 e 𝐻𝐶𝑁 são semelhantes,
̂ 𝐵 ≡ 𝑁𝐻
pois 𝑃𝐻 ̂ 𝐶 e ambos são triângulos retângulos, logo, 𝑁𝐶̂ 𝐻 ≡ 𝑃𝐵̂ 𝐻.

Os quadriláteros 𝐻𝑀𝐶𝑁 e 𝐻𝑀𝐵𝑃 são inscritíveis, pois possuem dois ângulos opostos
retos:

Note que os ângulos 𝑃𝐵̂ 𝐻 e 𝐻𝑀̂ 𝑃 enxergam o mesmo segmento 𝐻𝑃, logo, eles são
congruentes 𝑃𝐵̂ 𝐻 ≡ 𝐻𝑀
̂ 𝑃. Analogamente, 𝑁𝐶̂ 𝐻 ≡ 𝑁𝑀
̂ 𝐻.

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 63


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Assim, podemos ver que a altura 𝐴𝑀 do triângulo 𝐴𝐵𝐶 é a bissetriz interna do triângulo
órtico. Usando o mesmo raciocínio, podemos provar que as outras alturas 𝐵𝑁 e 𝐶𝑃 também são
bissetrizes internas do triângulo órtico. Portanto, o ortocentro do triângulo 𝐴𝐵𝐶 é o incentro do
triângulo órtico.

3.2.3. PROPRIEDADE
O triângulo órtico possui o menor perímetro entre os triângulos inscritos no Δ𝐴𝐵𝐶
acutângulo.
Não veremos essa demonstração, o importante é saber esse resultado.

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3.3. CIRCUNFERÊNCIA DE APOLÔNIO


Dado um segmento ̅̅̅̅
𝐴𝐵 (𝐴 ≠ 𝐵) no plano 𝛼, chamamos de circunferência de Apolônio, o
𝑃𝐴
lugar geométrico dos pontos 𝑃 de 𝛼 tal que = 𝑘, com 𝑘 ∈ ℝ∗+ − {1}.
𝑃𝐵

𝑀 e 𝑁 são os conjugados harmônicos em relação ao segmento ̅̅̅̅


𝐴𝐵 na razão 𝑘. 𝑀𝑁 é o
diâmetro da circunferência de Apolônio.
Demonstração:
𝑀𝑁
Sejam 𝑀 e 𝑁 os conjugados harmônicos do segmento ̅̅̅̅ 𝐴𝐵 na razão 𝑘 e 𝜆 (𝑂; ), a
2
circunferência de Apolônio de centro 𝑂 e raio 𝑀𝑁/2. Então, podemos escrever:
𝑀𝐴 𝑁𝐴
= =𝑘
𝑀𝐵 𝑁𝐵
Tomando-se 𝑃 um ponto qualquer do LG, temos:
Caso 1) 𝑃 ∈ {𝑀, 𝑁}
Nesse caso, 𝑃 pertence à 𝜆, pois 𝑀 e 𝑁 são conjugados harmônicos do segmento ̅̅̅̅
𝐴𝐵 .
Caso 2) 𝑃 ∉ {𝑀, 𝑁}
Pela definição do LG, temos:
𝑃𝐴
=𝑘
𝑃𝐵
Mas da definição de conjugado harmônico:
𝑀𝐴 𝑃𝐴 𝑃𝐴 𝑃𝐵
= =𝑘⇒ =
𝑀𝐵 𝑃𝐵 𝑀𝐴 𝑀𝐵
Portanto, pelo teorema das bissetrizes, temos que 𝑃𝑀 é bissetriz interna do Δ𝑃𝐴𝐵.
Também, temos:
𝑃𝐴 𝑁𝐴 𝑃𝐴 𝑃𝐵
= =𝑘⇒ =
𝑃𝐵 𝑁𝐵 𝑁𝐴 𝑁𝐵

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𝑃𝑁 é bissetriz externa do Δ𝑃𝐴𝐵.

Podemos ver que:


2𝛼 + 2𝛽 = 180° ⇒ 𝛼 + 𝛽 = 90°
𝑀𝑁
Assim, 𝑀𝑃̂ 𝑁é ângulo reto e, portanto, 𝑃 ∈ 𝜆 (𝑂; ).
2

3.4. PONTO DE MIQUEL


Sejam 𝑟, 𝑠, 𝑡 e 𝑢 quatro retas coplanares de modo que não há duas retas paralelas nem três
concorrentes. Essas retas determinam quatro triângulos. As circunferências circunscritas a esses
triângulos se interceptam em um mesmo ponto, denominado ponto de Miquel das quatro retas.

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Demonstração:
Vamos começar com as duas circunferências circunscritas aos quadriláteros 𝐷𝐸𝐹𝑀 e
𝐵𝐷𝑀𝐶.

Como o quadrilátero 𝐵𝐷𝑀𝐶 é inscritível, então, se 𝐵𝐶̂ 𝑀 = 𝛼, temos 𝐵𝐷


̂ 𝑀 = 180° − 𝛼.

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̂ 𝑀 = 180° − 𝛼, devemos ter 𝑀𝐷


Note que no ponto 𝐷, se 𝐵𝐷 ̂ 𝐹 = 𝛼. Como 𝐹𝐸̂ 𝑀 enxerga
o mesmo segmento ̅̅̅̅̅
𝐹𝑀 , temos 𝐹𝐸̂ 𝑀 = 𝑀𝐷
̂ 𝐹 = 𝛼.

No ponto 𝐸, sabendo que 𝐹𝐸̂ 𝑀 = 𝛼, então, 𝐴𝐸̂ 𝑀 = 180° − 𝛼.

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Perceba que no quadrilátero 𝐴𝐸𝑀𝐶, temos 𝐴𝐸̂ 𝑀 + 𝑀𝐶̂ 𝐴 = 180° − 𝛼 + 𝛼 = 180°. Assim,
os ângulos opostos desse quadrilátero são suplementares, logo, ele é inscritível. Portanto, o ponto
𝑀 pertence ao circuncírculo do Δ𝐴𝐸𝐶.

Analogamente, podemos provar que 𝑀 também pertence ao circuncírculo do Δ𝐴𝐵𝐹.

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3.5. CIRCUNFERÊNCIA DE 9 PONTOS


Os pés das três alturas de um triângulo, os pontos médios dos três lados e os pontos médios
dos segmentos que ligam os vértices ao ortocentro pertencem a uma mesma circunferência
chamada Circunferência dos 9 pontos.

Elementos:
• 𝐴, 𝐵 e 𝐶 são os vértices do triângulo;
• 𝐻𝐴 , 𝐻𝐵 e 𝐻𝐶 são os pés das alturas;
• 𝐻 é o ortocentro;
• 𝑀𝐴 , 𝑀𝐵 e 𝑀𝐶 são os pontos médios dos lados 𝐵𝐶, 𝐴𝐶 e 𝐴𝐵, respectivamente;
• 𝑁𝐴 , 𝑁𝐵 e 𝑁𝐶 são os pontos médios dos segmentos 𝐴𝐻, 𝐵𝐻 e 𝐶𝐻, respectivamente.

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Demonstração:
Inicialmente, vamos considerar uma circunferência 𝜆 que passa pelos três pontos médios
dos lados: 𝑀𝐴 , 𝑀𝐵 e 𝑀𝐶 . Para provar que 𝜆 passa pelos pés das alturas e pelos pontos médios dos
segmentos que unem os vértices ao ortocentro, basta demonstrar que ela passa por 𝐻𝐴 e por 𝑁𝐴 ,
pois para os outros pontos a demonstração é análoga. Então, vamos provar que 𝐻𝐴 pertence a 𝜆:

Como 𝑀𝐴 e 𝑀𝐵 são pontos médios dos lados 𝐵𝐶 e 𝐴𝐶, respectivamente, temos que 𝑀𝐴 𝑀𝐵
é base média do triângulo 𝐴𝐵𝐶, ou seja, 𝑀𝐴 𝑀𝐵 = 𝐴𝐵/2. Além disso, do triângulo retângulo
𝐴𝐵𝐻𝐴 , temos que 𝐴𝐵 é hipotenusa e 𝑀𝐶 é ponto médio dela, logo 𝑀𝐶 𝐻𝐴 = 𝐴𝐵/2. Com isso,
temos que o quadrilátero 𝐻𝐴 𝑀𝐴 𝑀𝐵 𝑀𝐶 é um trapézio isósceles e, consequentemente, é inscritível.
Portanto, podemos afirmar que 𝜆 passa por 𝑀𝐴 , 𝑀𝐵 , 𝑀𝐶 e 𝐻𝐴 . Analogamente, prova-se que ela
passa por 𝐻𝐵 e 𝐻𝐶 .
Agora vamos provar que 𝜆 passa por 𝑁𝐴 .

Analisando o triângulo 𝐴𝐵𝐻, vemos que 𝑀𝐶 𝑁𝐴 é sua base média, logo o segmento 𝑀𝐶 𝑁𝐴
é paralelo ao lado 𝐵𝐻. Como 𝑀𝐴 e 𝑀𝐶 são pontos médios dos lados do triângulo 𝐴𝐵𝐶, temos que

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 71


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𝑀𝐴 𝑀𝐶 é base média e paralelo ao lado 𝐴𝐶. Portanto, da relação de segmentos paralelos, temos
que 𝑁𝐴 𝑀 ̂𝐶 𝑀𝐴 ≡ 𝐵𝐻 ̂𝐵 𝐶 ≡ 90°. Com isso, vemos que os triângulos 𝑁𝐴 𝑀𝐶 𝑀𝐴 e 𝑁𝐴 𝐻𝐴 𝑀𝐴 são
retângulos e compartilham da mesma hipotenusa 𝑀𝐴 𝑁𝐴 e, portanto, o quadrilátero 𝑁𝐴 𝑀𝐶 𝐻𝐴 𝑀𝐴
é inscritível. Sendo assim, a circunferência 𝜆 passa por 𝑀𝐴 , 𝐻𝐴 , 𝑀𝐶 e 𝑁𝐴 . Analogamente, prova-se
para 𝑁𝐵 e 𝑁𝐶 .

3.5.1. COROLÁRIOS
➢ O segmento 𝑀𝐴 𝑁𝐴 é diâmetro da Circunferência dos 9 pontos.
➢ O centro da Circunferência dos 9 pontos é o ponto médio do segmento 𝐻𝑂, em que 𝐻 é o
ortocentro e 𝑂 é o circuncentro do triângulo 𝐴𝐵𝐶.
Demonstração:
Como o triângulo 𝑀𝐴 𝑀𝐶 𝑁𝐴 é retângulo e está inscrito em 𝜆, temos que 𝑀𝐴 𝑁𝐴 é o diâmetro
de 𝜆.
Para demonstrar que o centro da circunferência é o ponto médio de 𝐻𝑂, podemos usar a
seguinte figura:

Note que os trapézios 𝐻𝑂𝑀𝐶 𝐻𝐶 e 𝐻𝑂𝑀𝐴 𝐻𝐴 são retângulos. 𝑋𝑀 e 𝑌𝑀 são bases médias
dos dois trapézios retângulos, sendo assim, 𝑋𝑀 é mediatriz de 𝑀𝐶 𝐻𝐶 e 𝑌𝑀 é mediatriz de 𝐻𝐴 𝑀𝐴 .
Como 𝑀 é interseção das mediatrizes das cordas 𝑀𝐶 𝐻𝐶 e 𝐻𝐴 𝑀𝐴 de 𝜆, temos que 𝑀 é o seu centro.
Sendo 𝑀 o centro do círculo e ponto médio do segmento 𝐻𝑂, temos que 𝑀𝑁𝐴 é base
média do triângulo 𝐻𝑂𝐴, ou seja, 𝑀𝑁𝐴 = 𝐴𝑂/2. Como 𝐴𝑂 é o raio da circunferência circunscrita
ao triângulo 𝐴𝐵𝐶, podemos afirmar que:
𝑅
𝑀𝑁𝐴 =
2
Com 𝑅 sendo o raio da circunferência circunscrita.

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3.6. RETA DE SIMSON-WALLACE


Se M, N e P são as interseções das perpendiculares traçadas de um ponto da circunferência
circunscrita a um triângulo ABC aos seus lados, então M, N e P são colineares e pertencem à reta
de Simson.
Demonstração:
Considere o triângulo ABC e Q um ponto do seu circuncírculo. Sejam M, N e P as
perpendiculares aos lados AB, AC e BC, respectivamente.

̂𝐶 e 𝑀𝑁
Nosso objetivo é mostrar que os ângulos 𝑃𝑁 ̂𝐴 são iguais, ou seja, ângulos opostos
pelo vértice.
Primeiro, veja que o quadrilátero 𝑃𝐶𝑁𝑄 é inscritível, pois a soma dos ângulos opostos 𝑄𝑃̂ 𝐶
̂𝑄 é 180°. Disso, temos que 𝑃𝑁
e 𝐶𝑁 ̂𝐶 = 𝐶𝑄̂ 𝑃.
̂𝐴 = 𝑄𝑀
Veja também que o quadrilátero 𝑄𝑁𝑀𝐴 é inscritível, pois 𝑄𝑁 ̂ 𝐴 = 90°. Daí, segue
̂𝑀 = 𝑀𝑄̂𝐴.
que 𝐴𝑁
O quadrilátero 𝐴𝐵𝐶𝑄 é inscritível por construção, do que segue que 𝐶𝑄̂ 𝐴 + 𝐴𝐵̂ 𝐶 = 180°.

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 73


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O quadrilátero 𝑀𝑄𝑃𝐵 também é inscritível pelo mesmo motivo do quadrilátero 𝑃𝐶𝑁𝑄, do


que segue que 𝑀𝑄̂𝑃 + 𝐴𝐵̂𝐶 = 180°.
Combinando as duas últimas informações, temos que 𝑀𝑄̂ 𝑃 = 𝐶𝑄̂ 𝐴. Mas:
𝑀𝑄̂𝑃 = 𝑀𝑄̂ 𝐶 + 𝐶𝑄̂ 𝑃
𝐶𝑄̂ 𝐴 = 𝑀𝑄̂ 𝐶 + 𝑀𝑄̂ 𝐴
Logo:
𝐶𝑄̂𝑃 = 𝑀𝑄̂ 𝐴 ⇒ 𝑃𝑁
̂𝐶 = 𝐴𝑁
̂𝑀
Como os ângulos opostos pelo vértice 𝑁 são iguais e 𝐴𝐶 é uma reta, segue que 𝑀, 𝑃 𝑒 𝑁
devem ser colineares.

4. QUESTÕES NÍVEL 1
1. (CN/2019)

Observe a figura a seguir.

Nela temos dois triângulos equiláteros de lado 𝟐√𝟑. Sabe-se que o círculo no interior do primeiro
triângulo e o quadrado no interior do segundo triângulo, tem as maiores áreas possíveis. É correto
afirmar, que a razão entre os perímetros do círculo e do quadrado é igual a:
𝝅√𝟔⋅(√𝟑+𝟑)
a) 𝟏𝟐
𝝅√𝟔⋅(√𝟑−𝟏)
b) 𝟏𝟐
(𝝅+𝟑√𝟑)√𝟑
c)
𝟔
𝝅√𝟑⋅(𝟑+𝟐√𝟑)
d) 𝟑𝟔
𝝅√𝟑⋅(√𝟑+𝟔)
e) 𝟑𝟔

2. (CN/2019)

Observe a figura a seguir.

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 74


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Nela, o arco AC, de centro em B, mede 90°. M é ponto médio do diâmetro AB do semicírculo em
preto. Essa figura representa o ponto de partida de um desenhista gráfico para a construção do
logotipo de uma empresa. As áreas das partes clara e escura somadas são iguais a 𝟒𝝅 . Após análise,
ele resolve escurecer 30% da área clara e apronta o logotipo. Nessas novas condições é correto
afirmar que a porcentagem da área da parte clara sobre a área total será igual a:

a) 25%

b) 30%

c) 32%

d) 35%

e) 40%

3. (CN/2019)

Seja ABCD um quadrado de lado 1 e centro em ‘O. Considere a circunferência de centro em ‘O e raio
𝟑/𝟕. A área 'S' da região externa ao círculo considerado e interna ao quadrado é tal que:

a) 𝟎 ≤ 𝑺 < 𝟎, 𝟒

b) 𝟎, 𝟒 ≤ 𝑺 < 𝟎, 𝟖

c) 𝟎, 𝟖 ≤ 𝑺 < 𝟎, 𝟗

d) 𝟎, 𝟗 ≤ 𝑺 < 𝟏

e) 𝟏 ≤ 𝑺 < 𝟏, 𝟐

4. (CN/2019)

O perímetro do triângulo ABC mede x unidades. O triângulo DEF é semelhante ao triângulo ABC e
sua área é 36 vezes a área do triângulo ABC. Nessas condições, é correto afirmar que o perímetro
do triângulo DEF é igual a:

a) 2x

b) 3x

c) 6x

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 75


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d) 9x

e) 10x

5. (CN/2019)

Observe as figuras a seguir.

Na figura observam-se as rosáceas de perímetro 𝒙, 𝒚 e 𝒛, respectivamente. A rosácea I está inscrita


num quadrado ABCD de lado 8,5 cm; a rosácea II está inscrita num pentágono regular EFGHI de lado
5 cm; e a rosácea III está inscrita num hexágono regular JKLMNO de lado 4 cm. Sabendo-se que o
perímetro de uma rosácea é a soma de todos os arcos dos setores circulares apresentados na sua
construção, é correto afirmar que:

a) 𝒚 > 𝒙 > 𝒛

b) 𝒙 > 𝒚 > 𝒛

c) 𝒙 > 𝒛 > 𝒚

d) 𝒛 > 𝒚 > 𝒙

e) 𝒛 > 𝒙 > 𝒚

6. (CN/2019)

Observe a figura a seguir.

Ela apresenta o triângulo equilátero ABC e o retângulo CDEF. Sabe-se que A, C e D estão na mesma
reta, AC = CF e CD = 2DE. Com centro em C e raio CD traça-se o arco de circunferência que intersecta
EF em G. Por F traça-se a reta FH // CG, de modo tal que D, G e H estejam sobre a mesma reta. Dado
que a área do triângulo CDG é 36, o valor da soma das medidas das áreas dos triângulos CBF e FGH
é:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 76


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a) 22

b) 27

c) 31

d) 36

e) 40

7. (CN/2018)

Seja ABC um triângulo equilátero de lado 3. Exteriormente ao triângulo, constroem-se três


quadrados, sempre a partir de um lado do triângulo ABC, ou seja, no quadrado Q 1, AB é um lado; no
Q2, BC é um lado; e no Q3, AC é um lado. Com centro no baricentro “G” do triângulo ABC, traça-se
um círculo de raio 3. A medida da área da parte do círculo que não pertence a nenhum dos
quadrados Q1, Q2 e Q3, e nem ao triângulo ABC é igual a:

a) 𝟐𝝅

b) 𝟑𝝅

c) 𝟓𝝅

d) 𝟕𝝅

e) 𝟏𝟐𝝅

8. (CN/2018)

Observe a figura a seguir.

Essa figura representa um triângulo equilátero, inscrito numa circunferência maior, e circunscrito a
uma outra circunferência menor de raio igual a 2cm, onde destacou-se a região com ângulo central
de 120°. Sendo assim, é correto afirmar que a área total correspondente à parte sombreada mede,
em cm2:
𝟏𝟎𝝅
a) 𝟑
𝟏𝟓𝝅
b) 𝟒

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 77


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𝟏𝟔𝝅
c) 𝟑
𝟏𝟕𝝅
d) 𝟓
𝟏𝟑𝝅
e) 𝟑

9. (CN/2018)
Um triângulo retângulo ABC é reto no vértice A, o ângulo C mede 30°, a hipotenusa BC mede 1cm e
o segmento AM é a mediana relativa à hipotenusa. Por um ponto N, exterior ao triângulo, traçam-
se os segmentos BN e NA, com BN // AM e NA // BM. A área, em cm 2, do quadrilátero ANBC é:
√𝟑
a) 𝟏𝟔
𝟑√𝟑
b) 𝟖
√𝟑
c) 𝟖
√𝟑
d)
𝟒
𝟑√𝟑
e) 𝟏𝟔

10. (CN/2017)

Um triângulo isósceles ABC tem base BC = 16cm e lados congruentes AB = AC = 17cm. O raio do
círculo inscrito ao triângulo ABC em cm é igual a:
𝟑𝟐
a) 𝟏𝟓
𝟐𝟒
b) 𝟓
𝟑𝟓
c) 𝟖
𝟐𝟖
d) 𝟓
𝟏𝟕
e) 𝟒

11. (CN/2017)

Considere um losango ABCD de lado igual a 5cm, diagonais AC e BD, e ângulo interno BÂD = 120°.
Sabe-se que um ponto M sobre o lado AB está a 2cm de A enquanto um ponto N sobre o lado BC
está a 3cm de C. Sendo assim, a razão entre a área do losango ABCD e a área do triângulo de vértices
MBN é igual a
𝟏𝟓
a) 𝟐
𝟐𝟏
b) 𝟒

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 78


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𝟐𝟓
c) 𝟑
𝟑𝟐
d) 𝟓
𝟒𝟗
e) 𝟒

12. (CN/2017)

Observe a figura a seguir.

A figura acima representa o trapézio escaleno de altura 6cm, com base menor medindo 13cm, um
dos ângulos internos da base maior medindo 75° e lado transversal oposto a esse ângulo igual a
12cm. Qual é a área, em cm2, desse trapézio?

a) 120

b) 118

c) 116

d) 114

e) 112

13. (CN/2017)

Observe a figura a seguir.

A figura acima exibe um total de 𝒏 peças idênticas de um quebra cabeça que, resolvido, revela uma
coroa circular. Sabe-se que 6cm é a menor distância entre as circunferências concêntricas
pontilhadas da figura e que o raio da menor dessas circunferências é igual a 9cm. Se a área de

cada peça é (𝟏𝟐𝝅) 𝐜𝐦𝟐 , é correto afirmar que 𝒏 é igual a

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 79


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a) 6

b) 8

c) 9

d) 12

e) 15

14. (CN/2017)

Analise a figura a seguir.

Pelo centro O do quadrado de lado √𝟔cm acima, traçou-se a circunferência que corta o lado BC nos
√𝟑
pontos P e Q. O triângulo OPQ tem área cm2. Sendo assim, é correto afirmar que o raio dessa
𝟐
circunferência, em cm, é igual a

a) 𝟏

b) √𝟐

c) √𝟑
𝟐√𝟐
d) 𝟑
√𝟑
e) 𝟐

15. (CN/2016)

Observe a figura a seguir.

ABCD é um paralelogramo. E e F estão sobre os lados desse paralelogramo de tal forma que 𝐀𝐄 =
𝐂𝐅 = 𝐱 < 𝐀𝐃. Sendo assim, baseado na figura acima, assinale a opção correta.
a) Qualquer reta que intersecte dois lados de um paralelogramo o divide em dois polígonos de
mesma área.

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b) Qualquer reta que intersecte dois lados de um paralelogramo o divide em dois polígonos de
mesmo perímetro.

c) A área de um trapézio é o produto de sua base média pela sua altura.

d) O dobro da soma dos quadrados das medidas dos lados paralelos de um trapézio é igual à soma
dos quadrados das medidas de suas diagonais.

e) Para todo x, o segmento de reta EF é a metade do segmento de reta AB.

16. (CN/2016)

Seja o quadrado ABCD de lado 2. Traça-se, com centro no ponto M, médio do lado AB, uma
semicircunferência de raio 2 que intersecta os lados BC e AD, respectivamente, em E e F. A área da
superfície externa à semicircunferência e que também é interna ao quadrado, é igual a:

Obs.: 𝝅 = 𝟑.

a) 𝟑 − √𝟑

b) 𝟐 − √𝟑

c) 𝟑 + √𝟑

d) 𝟐 − √𝟑
e) 𝟑 − √𝟐

17. (CN/2016)

Considere uma circunferência de centro O e raio 𝒓. Prolonga-se o diâmetro AB de um comprimento


BC de medida igual a 𝒓 e, de C, traça-se uma tangente que toca a circunferência em D. A
perpendicular traçada de C, a BC, intersecta a reta que passa por A e D em E. Sendo assim, a área do
triângulo ODE em função do raio é
𝒓𝟐 √𝟑
a)
𝟒

b) 𝒓𝟐 √𝟔
𝒓𝟐 √𝟐
c) 𝟐
𝒓𝟐√𝟐
d) 𝟒

e) 𝒓𝟐 √𝟑

18. (CN/2015)

Num semicírculo S, inscreve-se um triângulo retângulo ABC. A maior circunferência possível que se
pode construir externamente ao triângulo ABC e internamente ao S, mas tangente a um dos catetos

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 81


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de ABC e ao S, tem raio 2. Sabe-se ainda que o menor cateto de ABC mede 2. Qual a área do
semicírculo?

a) 𝟏𝟎𝝅

b) 𝟏𝟐, 𝟓𝝅

c) 𝟏𝟓𝝅

d) 𝟏𝟕, 𝟓𝝅

e) 𝟐𝟎𝝅

19. (CN/2015)

No triângulo isósceles ABC, AB = AC = 13 e BC = 10. Em AC marca-se R e S, com CR = 2x e CS = x.


Paralelo a AB e passando por S traça-se o segmento ST, com T em BC. Por fim, marcam-se U, P e Q,
simétricos de T, S e R, nessa ordem, e relativo à altura de ABC com pé sobre BC. Ao analisar a medida
inteira x para que a área do hexágono PQRSTU seja máxima, obtém-se:

a) 5

b) 4

c) 3

d) 2

e) 1

20. (CN/2015)

Observe a figura a seguir.

Seja ABC um triângulo retângulo de hipotenusa 6 e com catetos diferentes. Com relação a área S de
ABC, pode-se afirmar que

a) será máxima quando um dos catetos for 𝟑√𝟐.

b) será máxima quando um dos ângulos internos for 30°.

c) será máxima quando um cateto for o dobro do outro.

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 82


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𝟓√𝟐
d) será máxima quando a soma dos catetos for .
𝟐

e) seu valor máximo não existe.

21. (CN/2015)
Seja ABCD um quadrado de lado 𝟐𝒂 cujo centro é O. Os pontos M, P e Q são os pontos médios dos
lados AB, AD e BC, respectivamente. O segmento BP intersecta a circunferência de centro O e raio a
em R e, também OM, em S. Sendo assim, a área do triângulo SMR é
𝟑𝒂𝟐
a) 𝟐𝟎
𝟕𝒂𝟐
b) 𝟏𝟎
𝟗𝒂𝟐
c) 𝟐𝟎
𝟏𝟏𝒂𝟐
d) 𝟏𝟎
𝟏𝟑𝒂𝟐
e) 𝟐𝟎

22. (CN/2015)

ABC é um triângulo equilátero. Seja D um ponto do plano de ABC, externo a esse triângulo, tal que
DB intersecta AC em E, com E pertencendo ao lado AC. Sabe-se que BÂD = 𝑨𝑪̂ 𝑫 = 90°. Sendo assim,
a razão entre as áreas dos triângulos BEC e ABE é
𝟏
a) 𝟑
𝟏
b)
𝟒
𝟐
c) 𝟑
𝟏
d) 𝟓
𝟐
e) 𝟓

23. (CN/2015)

Seja ABC um triângulo de lados medindo 8, 10 e 12, Sejam M, N e P os pés das alturas traçadas dos
vértices sobre os lados desse triângulo. Sendo assim, o raio do círculo circunscrito ao triângulo MNP
é
𝟓√𝟕
a)
𝟕
𝟔√𝟕
b) 𝟕
𝟖√𝟕
c) 𝟕

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 83


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𝟗√𝟕
d) 𝟕
𝟏𝟎√𝟕
e) 𝟕

24. (CN/2014)

Observe a figura a seguir.

Na figura, o paralelogramo ABCD tem lados 9cm e 4cm. Sobre o lado CD está marcado o ponto R, de
modo que CR = 2cm; sobre o lado BC está marcado o ponto S tal que a área do triângulo BRS seja
𝟏/𝟑𝟔 da área do paralelogramo; e o ponto P é a interseção do prolongamento do segmento RS com
o prolongamento da diagonal DB. Nessas condições, é possível concluir que a razão entre as medidas
𝐃𝐏
dos segmentos de reta 𝐁𝐏 vale:

a) 13,5

b) 11

c) 10,5

d) 9

e) 7,5

25. (CN/2014)
𝑩𝑬 𝟏 𝑪𝑭 𝟏
Sobre o lado 𝑩𝑪 do quadrado 𝑨𝑩𝑪𝑫, marcam-se os pontos 𝑬 e 𝑭 tais que 𝑩𝑪 = 𝟑 e 𝑩𝑪 = 𝟒. Sabendo-
se que os segmentos 𝑨𝑭 e 𝑬𝑫 intersectam-se em 𝑷, qual é, aproximadamente, o percentual da área
do triângulo 𝑩𝑷𝑬 em relação à área do quadrado 𝑨𝑩𝑪𝑫?
a) 2

b) 3

c) 4

d) 5

e) 6

26. (CN/2014)

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Suponha que ABC seja um triângulo isósceles com lados AC = BC, e que L seja a circunferência de
centro C, raio igual a 3 e tangente ao lado AB. Com relação à área da superfície comum ao triângulo
ABC e ao círculo de L, pode-se afirmar que:

a) não possui um valor máximo.

b) pode ser igual a 𝟓𝝅.

c) não pode ser igual a 𝟒𝝅.

d) possui um valor mínimo igual a 𝟐𝝅.

e) possui um valor máximo igual a 𝟒, 𝟓𝝅.

27. (CN/2014)

Seja ABC um triângulo retângulo de hipotenusa 26 e perímetro 60. A razão entre a área do círculo
inscrito e do círculo circunscrito nesse triângulo é, aproximadamente:

a) 0,035

b) 0,055

c) 0,075

d) 0,095

e) 0,105

28. (CN/2014)

Observe as figuras a seguir.

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 85


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Uma dobra é feita no retângulo 10cm x 2cm da figura I, gerando a figura plana II. Essa dobra está
indicada pela reta suporte de PQ. A área do polígono APQCBRD da figura II, em cm 2, é:

a) 𝟖√𝟓

b) 20

c) 𝟏𝟎√𝟐
𝟑𝟓
d) 𝟐
𝟏𝟑√𝟔
e) 𝟐

29. (CN/2013)

Sabendo-se que ABC é um triângulo retângulo de hipotenusa BC = 𝒂, qual é o valor máximo da área
de ABC?
𝒂𝟐 √𝟐
a) 𝟒
𝒂𝟐
b) 𝟒
𝟑𝒂𝟐 √𝟐
c) 𝟒
𝟑𝒂𝟐
d) 𝟒
𝟑𝒂𝟐
e) 𝟐

30. (CN/2013)

Considere que ABCD é um trapézio, onde os vértices são colocados em sentido horário, com bases
AB = 10 e CD = 22. Marcam-se na base AB o ponto P e na base CD o ponto Q, tais que AP = 4 e CQ =
x. Sabe-se que as áreas dos quadriláteros APQD e PBCQ são iguais. Sendo assim, pode-se afirmar
que a medida x é:

a) 10

b) 12

c) 14

d) 15

e) 16

31. (CN/2013)
Seja ABC um triângulo acutângulo e L a circunferência circunscrita ao triângulo. De um ponto Q
(diferente de A e de C) sobre o menor arco AC de L são traçadas perpendiculares às retas suportes

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 86


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dos lados do triângulo. Considere M, N e P os pés das perpendiculares sobre os lados AB, AC e BC,
respectivamente. Tomando MN = 12 e PN = 16, qual é a razão entre as áreas dos triângulos BMN e
BNP?
𝟑
a) 𝟒
𝟗
b)
𝟏𝟔
𝟖
c) 𝟗
𝟐𝟓
d) 𝟑𝟔
𝟑𝟔
e) 𝟒𝟗

32. (CN/2012)
Em dois triângulos, 𝑻𝟏 e 𝑻𝟐 , cada base é o dobro da respectiva altura. As alturas desses triângulos,
h1 e h2, são números ímpares positivos. Qual é o conjunto dos valores possíveis de h 1 e h2, de modo
que a área 𝑻𝟏 + 𝑻𝟐 seja equivalente à área de um quadrado de lado inteiro?

a) 0

b) unitário

c) finito

d) {𝟑, 𝟓, 𝟕, 𝟗, 𝟏𝟏, . . . }

e) {𝟏𝟏, 𝟏𝟕, 𝟐𝟑, 𝟐𝟗, . . . }

33. (CN/2012)

Observe a figura a seguir.

A figura acima apresenta um quadrado ABCD de lado 2. Sabe-se que E e F são, os pontos médios dos
lados DC e CB, respectivamente. Além disso, EFGH também formam um quadrado e I está sobre o
𝐆𝐇
lado GH, de modo que 𝐆𝐈 = 𝟒 . Qual é a área do triângulo BCI?

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 87


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𝟕
a) 𝟖
𝟔
b) 𝟕
𝟓
c) 𝟔
𝟒
d) 𝟓
𝟑
e) 𝟒

34. (CN/2012)

Um trapézio isósceles tem lados não paralelos medindo 𝟏𝟎√𝟑. Sabendo que a bissetriz interna da
base maior contém um dos vértices do trapézio, qual é a área desse trapézio?

a) 𝟕𝟓√𝟑

b) 𝟏𝟎𝟓√𝟑

c) 𝟏𝟖𝟎√𝟑

d) 𝟐𝟐𝟓√𝟑

e) 𝟐𝟕𝟓√𝟑

35. (CN/2011)

Um aluno estudava sobre polígonos convexos e tentou obter dois polígonos de 𝑵 e 𝒏 lados (𝑵 ≠ 𝒏),
e com 𝑫 e 𝒅 diagonais, respectivamente, de modo que 𝑵 − 𝒏 = 𝑫 − 𝒅. A quantidade de soluções
corretas que satisfazem essas condições é:

a) 0.

b) 1.

c) 2.

d) 3.

e) indeterminada.

36. (CN/2011)
Observe a ilustração a seguir.

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 88


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Qual a quantidade mínima de peças necessárias para revestir, sem falta ou sobra, um quadro de
lado 5, utilizando as peças acima?

a) 12

b) 11

c) 10

d) 9

e) 8

37. (CN/2011)

Considere a figura a seguir.

𝑺(𝑴𝑷𝑸)
A razão , entre as áreas dos triângulos MPQ e ABC, é:
𝑺(𝑨𝑩𝑪)
𝟕
a) 𝟏𝟐
𝟓
b) 𝟏𝟐
𝟕
c)
𝟏𝟓
𝟖
d) 𝟏𝟓
𝟕
e) 𝟖

38. (CN/2011)

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 89


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𝑨𝑩
Num paralelogramo ABCD de altura CP = 3, a razão 𝑩𝑪 = 𝟐. Seja M o ponto médio de AB e P o pé da
altura de ABCD baixada sobre o prolongamento de AB, a partir de C. Sabe-se que a razão entre as
𝑺(𝑴𝑷𝑪) 𝟐+√𝟑
áreas dos triângulos MPC e ADM é 𝑺(𝑨𝑫𝑴) = . A área do triângulo PBC é igual a:
𝟐

𝟏𝟓√𝟑
a) 𝟐
𝟗√𝟑
b) 𝟐
𝟓√𝟑
c) 𝟐
𝟑√𝟑
d) 𝟐
√𝟑
e) 𝟐

39. (CN/2010)

ABC é um triângulo equilátero. Seja P um ponto do plano de ABC e exterior ao triângulo de tal forma
que PB intersecta AC em Q (Q está entre A e C). Sabendo que o ângulo APB é igual a 60°, que PA = 6
e PC = 8, a medida de PQ será
𝟐𝟒
a) 𝟕
𝟐𝟑
b) 𝟓
𝟏𝟗
c) 𝟔
𝟑𝟑
d) 𝟏𝟒
𝟏𝟏
e)
𝟒

40. (CN/2010)

Considere o conjunto de todos os triângulos retângulos. Sendo h a altura relativa à hipotenusa,


√𝟏𝟓 𝟐
quantos elementos, nesse conjunto, tem altura igual 𝒉 ?
𝟒

a) Infinitos.

b) Mais de dezesseis e menos de trinta.

c) Mais de quatro e menos de 15.

d) Apenas um.

e) Nenhum.

41. (CN/2010)

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 90


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Tem-se o quadrado de vértices ABCD com lados medindo k cm. Sobre AB marca-se M, de modo que
𝑩𝑴
𝑨𝑴 = . Sendo N o simétrico de B em relação ao lado CD, verifica-se que MN corta a diagonal AC
𝟑
em P. Em relação à área ABCD a área do triângulo PBC equivale a:

a) 18%

b) 24%

c) 27%

d) 30%

e) 36%

42. (CN/2010)

Seja ABC um triângulo com lados AB = 15, AC = 12 e BC = 18. Seja P um ponto sobre o lado AC, tal
que PC = 3AP. Tomando Q sobre BC, entre B e C, tal que a área do quadrilátero APQB seja igual à
área do triângulo PQC, qual será o valor de BQ?

a) 3,5

b) 5

c) 6

d) 8

e) 8,5

43. (CN/2009)

O triângulo de lados 0,333... cm, 0,5cm e 0,666... cm é equivalente ao triângulo isósceles de base
0,333... cm e lados congruentes medindo x centímetros cada um. Com base nos dados apresentados,
é correto afirmar que x é igual a
√𝟑
a) 𝟐
√𝟏𝟓𝟏
b) 𝟐𝟒
𝟏
c) 𝟑
√𝟐𝟓𝟕
d) 𝟒𝟖
√𝟏𝟓+𝟒√𝟔
e) 𝟑𝟔

44. (CN/2009)

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 91


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Sendo 𝒉𝑨 , 𝒉𝑩 e 𝒉𝑪 as medidas das alturas; 𝒎𝑨 , 𝒎𝑩 e 𝒎𝑪 as medidas das medianas; e 𝒃𝑨 , 𝒃𝑩 e 𝒃𝑪


as medidas das bissetrizes internas de um triângulo ABC, analise as afirmativas a seguir.
𝟏 𝟏 𝟏
I. O triângulo formado pelos segmentos 𝒉 , 𝒉 e 𝒉 é semelhante ao triângulo ABC.
𝑨 𝑩 𝑪
𝟏 𝟏 𝟏
II. O triângulo formado pelos segmentos 𝒎 , 𝒎 e 𝒎 é semelhante ao triângulo ABC.
𝑨 𝑩 𝑪
𝟏 𝟏 𝟏
III. O triângulo formado pelos segmentos 𝒃 , 𝒃 e 𝒃 é semelhante ao triângulo ABC.
𝑨 𝑩 𝑪

Pode-se concluir que

a) apenas I é sempre verdadeira.

b) apenas II é sempre verdadeira.

c) apenas III é sempre verdadeira.

d) I, II e III são sempre verdadeiras.

e) I, II e III são sempre falsas.

45. (CN/2009)

Sobre o lado maior de um retângulo de base 1 e altura 2 constrói-se um retângulo de base 2 e altura
3; sobre o maior lado desse último, constrói-se um retângulo de base 3 e altura 4; e assim
sucessivamente, até se construir o retângulo de base 99 e altura 100. Com quantos zeros termina o
produto das áreas de cada um desses retângulos?

a) 39

b) 40

c) 46

d) 78

e) 80

46. (CN/2009)
A área de um quadrado de 5 cm de lado, na unidade 𝒖 definida como sendo a área de um círculo de
raio 1 cm, é:

a) exatamente 25.

b) exatamente 12,5.

c) aproximadamente 8.
d) aproximadamente 6.

e) aproximadamente 5.

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 92


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47. (CN/2008)

Seja ABC um triângulo retângulo com catetos AC = 12 e AB = 5. A bissetriz interna traçada de C


intersecta o lado AB em M. Sem

do I o incentro de ABC, a razão entre as áreas de BMI e ABC é:


𝟏
a) 𝟓𝟎
𝟏𝟑
b) 𝟔𝟎
𝟏
c) 𝟑𝟎
𝟏𝟑
d) 𝟏𝟓𝟎
𝟐
e) 𝟐𝟓

48. (CN/2008)

Duas tangentes a uma circunferência, de raio igual a dois centímetros, partem de um mesmo ponto
P e são perpendiculares entre si. A área, em centímetros quadrados, da figura limitada pelo conjunto
de todos os pontos P do plano, que satisfazem as condições dadas, é um número entre

a) vinte e um e vinte e dois.

b) vinte e dois e vinte e três.

c) vinte e três e vinte e quatro.

d) vinte e quatro e vinte e cinco.

e) vinte e cinco e vinte e seis.

49. (CN/2007)

Com a “ponta seca” de um compasso, colocada no centro de um quadrado de lado 2, traça-se uma
circunferência de raio r. Observa-se que cada arco da circunferência, externo ao quadrado, tem o
dobro do comprimento de cada arco interno. Usando-se raiz quadrada de 3 igual a 1,7 e 𝝅 = 𝟑, qual
a área da região intersecção do quadrado e do círculo, assim determinado?

a) 2,8

b) 3,0

c) 3,2

d) 3,4

e) 3,6

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 93


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50. (CN/2007)

Deseja-se revestir uma área retangular, de 198 cm de comprimento e 165 cm de largura, com um
número exato de lajotas quadradas, de tal forma que a medida do lado dessas lajotas, expressa por
um número inteiro em cm, seja a maior possível. Quantas lajotas deverão ser usadas?

a) 27

b) 30

c) 33

d) 36

e) 38

51. (CN/2007)

Dado um triângulo ABC de área 72, sobre a mediana AM = 12, traçam-se os segmentos AQ = 3 e QP
= 6. Sabendo-se que E é o ponto de intersecção entre as retas BP e QC, qual é a área do triângulo
QPE?

a) 6

b) 8

c) 9

d) 12

e) 18

52. (CN/2007)

Um hexágono regular ABCDEF está inscrito em uma circunferência de raio 6. Traçam-se as tangentes
à circunferência nos pontos A, B, D e F, obtendo-se, assim, um quadrilátero circunscrito a essa
circunferência. Usando-se 1,7 para raiz quadrada de 3, qual é o perímetro desse quadrilátero?

a) 54,4

b) 47,6

c) 40,8

d) 34,0

e) 30,6

53. (CN/2006)

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 94


Prof. Victor So

Qual é o perímetro de um quadrilátero convexo inscrito em uma circunferência de raio unitário,


sabendo-se que foi construído utilizando-se, pelo menos uma vez e somente, os lados do triângulo
equilátero, quadrado e hexágono regular inscritos nessa circunferência?

a) √𝟑 + √𝟐 + 𝟐

b) √𝟑 + 𝟐√𝟐 + 𝟏

c) 𝟐√𝟑 + √𝟐 + 𝟏

d) √𝟑 + 𝟐√𝟐 + 𝟐
e) 𝟐(√𝟑 + √𝟐 + 𝟏)

54. (CN/2006)

Em um triângulo retângulo ABC, o cateto AC e a hipotenusa BC medem, respectivamente, 10 e 40.


Sabe-se que os segmentos CX, CY e CZ dividem o ângulo ACB em quatro ângulos de medidas iguais,
e que AX, XY, YZ e ZB são segmentos consecutivos contidos internamente no segmento

AB. Se 𝑺𝟏 , 𝑺𝟐 , 𝑺𝟑 e 𝑺𝟒 e são, respectivamente, as áreas dos triângulos CAX, CXY, CYZ e CZB, qual será
𝑺 𝑺
o valor da razão 𝑺𝟏 𝑺𝟑
𝟐 𝟒

a) 0,25

b) 0,5

c) 0,75

d) 1

e) 1,25

55. (CN/2006)

Em lugar do quadrado de lado igual a 1 (um) centímetro, tomou-se como unidade de área o triângulo
equilátero de lado igual a 1 (um) centímetro. Qual será, nessa nova unidade, o número que
expressará a área de um retângulo de base igual a 6 (seis) centímetros e altura igual a 4 (quatro)
centímetros?
a) 𝟐𝟒

b) 𝟔√𝟑

c) 𝟏𝟖√𝟑

d) 𝟐𝟒√𝟑
e) 𝟑𝟐√𝟑

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 95


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56. (CN/2005)

Um polígono convexo de n lados tem três dos seus ângulos iguais a 83°, 137° e 142°. Qual é o menor
valor de n para que nenhum dos outros ângulos desse polígono seja menor que 121°?

a) 6

b) 7

c) 8

d) 9

e) 10

57. (CN/2005)

O número de diagonais de um polígono regular P inscrito em um círculo K é 170.

Logo:

a) o número de lados de P é ímpar.

b) P não tem diagonais passando pelo centro de K.

c) o ângulo externo de P mede 36°.

d) uma das diagonais de P é o lado do pentágono regular inscrito em K.

e) o número de lados de P é múltiplo de 3.

58. (CN/2005)

Um círculo 𝜶 de centro num ponto A e raio 𝟐√𝟑 é tangente interior, num ponto B, a um círculo 𝜷
de centro num ponto O e raio 𝟔√𝟑. Se o raio OC é tangente a 𝜶 num ponto D, a medida da área
limitada pelo segmento DC e os menores arcos BC de 𝜷 e BD de 𝜶 é igual a

a) 𝟒𝝅 − 𝟑√𝟑

b) 𝟓𝝅 − 𝟒√𝟑

c) 𝟒𝝅 − 𝟔√𝟑

d) 𝟓𝝅 − 𝟔√𝟑

e) 𝟓𝝅 − 𝟓√𝟑

59. (CN/2005)

Três dos quatro lados de um quadrilátero circunscritível são iguais aos lados do triângulo equilátero,
quadrado e hexágono regular circunscritos a um círculo de raio 6. Qual é a medida do quarto lado
desse quadrilátero, sabendo-se que é o maior valor possível nas condições dadas?

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 96


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a) 𝟏𝟔√𝟑 − 𝟏𝟐

b) 𝟏𝟐√𝟑 − 𝟏𝟐

c) 𝟖√𝟑 + 𝟏𝟐

d) 𝟏𝟐√𝟑 + 𝟖

e) 𝟏𝟔√𝟑 − 𝟖

60. (CN/2004)

Considere o triângulo escaleno ABC e os pontos P e Q pertencentes ao plano de ABC e exteriores a


esse triângulo. Se as medidas dos ângulos PAC e QBC são iguais; as medidas dos ângulos PCA e QCB
são iguais; M é o ponto médio de AC; N é o ponto médio de BC; 𝑺𝟏 é a área do triângulo PAM; 𝑺𝟐 é
a área do triângulo QBN; 𝑺𝟑 é a área do triângulo PMC; e 𝑺𝟒 é área do triângulo QNC, analise as
afirmativas:

I. 𝑺𝟏 está para 𝑺𝟒 , assim como 𝑺𝟑 está para 𝑺𝟐 .

II. 𝑺𝟏 está para 𝑺𝟐 , assim como (𝑷𝑴)𝟐 está para (𝑸𝑵)𝟐 .


III. 𝑺𝟏 está para 𝑺𝟑 , assim como 𝑺𝟐 está para 𝑺𝟒 .

Logo pode-se concluir, corretamente, que

a) apenas a afirmativa 1 é verdadeira.

b) apenas as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.

c) apenas as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.

d) apenas as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.

e) as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.

61. (CN/2004)

Na figura acima AM e BP são cevianas do triângulo ABC de área S. Sendo AP = 2PC e AQ = 3QM, qual
o valor da área do triângulo determinado pelos pontos P, Q e M, em função de S?
𝑺
a) 𝟏𝟔

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 97


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𝑺
b) 𝟏𝟖
𝑺
c) 𝟐𝟎
𝑺
d) 𝟐𝟏
𝑺
e) 𝟐𝟒

62. (CN/2004)

Na figura acima, ABCD é um quadrado de área 104 e o ponto O é o centro do semicírculo de diâmetro
AB. A área do triângulo AEF é dada por
a) 𝟐(𝟑√𝟑 + 𝟑)

b) 𝟔(𝟒√𝟑 − 𝟑)

c) 𝟓(𝟒√𝟑 − 𝟔)

d) 𝟑(𝟒√𝟑 − 𝟑)

e) 𝟖(𝟒√𝟑 − 𝟑)

63. (CN/2003)

Um estudante foi calculando o lado do polígono regular de 2n lados, inscrito em uma circunferência
de raio 10 centímetros, para n sucessivamente igual a 6, 12, 24, 48, 96, etc. Após determinar cada
lado, calculou o perímetro p do respectivo polígono, e observou que p é um número cada vez mais
próximo, porém menor que

a) 60

b) 61

c) 62

d) 63
e) 64

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 98


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64. (CN/2003)

Num quadrilátero ABCD tem-se: AB = 42, BC = 48, CD = 64, DA = 49 e P é o ponto de interseção entre
as diagonais AC e BD. Qual é a razão entre os segmentos PA e PC, sabendo-se que a diagonal BD é
igual a 56?
𝟕
a) 𝟖
𝟖
b) 𝟕
𝟕
c) 𝟔
𝟔
d) 𝟕
𝟒𝟗
e) 𝟔𝟒

GABARITO
1. d
2. d
3. b
4. c
5. c
6. d
7. Não há resposta entre as alternativas.
8. c
9. e
10. b
11. c
12. d
13. d
14. b
15. c
16. b
17. a
18. b
19. b
20. e
21. a
22. b
23. c
24. c
25. d
26. a
27. d

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 99


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28. d
29. b
30. a
31. a
32. a
33. e
34. Anulada.
35. a
36. d
37. b
38. b
39. a
40. (anulada) “e”.
41. d
42. c
43. b
44. a
45. c
46. c
47. d
48. e
49. e
50. b
51. c
52. a
53. b
54. a
55. e
56. b
57. d
58. d
59. c
60. e
61. b
62. d
63. Anulada (“d” ou “e”).
64. e

RESOLUÇÃO

1. (CN/2019)

Observe a figura a seguir.

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 100


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Nela temos dois triângulos equiláteros de lado 𝟐√𝟑. Sabe-se que o círculo no interior do primeiro
triângulo e o quadrado no interior do segundo triângulo, tem as maiores áreas possíveis. É correto
afirmar, que a razão entre os perímetros do círculo e do quadrado é igual a:
𝝅√𝟔⋅(√𝟑+𝟑)
a)
𝟏𝟐
𝝅√𝟔⋅(√𝟑−𝟏)
b) 𝟏𝟐
(𝝅+𝟑√𝟑)√𝟑
c) 𝟔
𝝅√𝟑⋅(𝟑+𝟐√𝟑)
d)
𝟑𝟔
𝝅√𝟑⋅(√𝟑+𝟔)
e) 𝟑𝟔

Comentários
Vamos começar pela parte mais simples, que é a circunferência. Em ambos os casos iremos
precisar da altura desse triângulo. Isso pode ser obtido facilmente pelo teorema de Pitágoras,
veja:

2 2
(2√3) = ℎ2 + (√3) ⇒ ℎ = 3
Do nosso estudo da geometria plana, sabemos que, no triângulo equilátero, o Incentro, o
Baricentro e o Circuncentro são coincidentes. Além disso, a altura é mediana, bissetriz e mediatriz
e o centro da circunferência é o incentro do triângulo.
Dessa forma, temos que o incentro, que também é baricentro, divide a altura na razão de
2 para 3, do que segue que o raio dessa circunferência é:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 101


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1 1
( ℎ ) = (3 ) = 1
3 3
Para encontrar o lado do quadrado conforme dado no enunciado, vamos fazer a seguinte
semelhança de triângulos (veja a figura):

𝐹𝐸 𝐵𝑀
=
𝐴𝐸 𝐴𝑀
Como 𝐹𝐸 = 𝑥, vem:
𝑥 3 6
𝑥 = 3 = √3 ⇒ 𝑥 = 2 + 3
√3 − 2 √ √
Por fim:
6
𝑝𝑒𝑟í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑜 𝑞𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑜 = 4 ∙
2 + √3
𝑝𝑒𝑟í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑜 𝑐í𝑟𝑐𝑢𝑙𝑜 = 2𝜋
A razão entre eles:
2 + √3 𝜋(2 + √3) 𝜋√3(2√3 + 3)
2𝜋 ∙ ( )= =
24 12 36
Gabarito: “d”.
2. (CN/2019)

Observe a figura a seguir.

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 102


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Nela, o arco AC, de centro em B, mede 90°. M é ponto médio do diâmetro AB do semicírculo em
preto. Essa figura representa o ponto de partida de um desenhista gráfico para a construção do
logotipo de uma empresa. As áreas das partes clara e escura somadas são iguais a 𝟒𝝅 . Após análise,
ele resolve escurecer 30% da área clara e apronta o logotipo. Nessas novas condições é correto
afirmar que a porcentagem da área da parte clara sobre a área total será igual a:

a) 25%

b) 30%

c) 32%

d) 35%

e) 40%
Comentários
Para resolver essa questão devemos pensar de maneira bem simples para não fazer muitas
contas. Veja que a área total equivale a um quarto da área de uma circunferência de raio, digamos,
𝑟.
Ou seja:
1 𝜋𝑟 2
𝐴 = á𝑟𝑒𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = (𝜋𝑟 2 ) =
4 4
A área escura é um semicírculo de raio 𝑟/2, uma vez que 𝑀 é ponto médio. Disso, temos
que a área da parte escura é:
1 𝑟 2 𝜋𝑟 2
𝐵 = á𝑟𝑒𝑎 𝑒𝑠𝑐𝑢𝑟𝑎 = (𝜋 ( ) ) =
2 2 8
A área clara inicial é, portanto:
𝜋𝑟 2 𝜋𝑟 2 𝜋𝑟 2
𝐶 = á𝑟𝑒𝑎 𝑐𝑙𝑎𝑟𝑎 = − =
4 8 8
Após a redução, a área clara que sobra é:
0,7𝜋𝑟 2
0,7 ∙ 𝐶 =
8
Por fim, a porcentagem é:
0,7𝐶 0,7𝜋𝑟 2 4 0,7
= ∙ 2= = 0,35 = 35%
𝐴 8 𝜋𝑟 2

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 103


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Gabarito: “d”.
3. (CN/2019)

Seja ABCD um quadrado de lado 1 e centro em ‘O. Considere a circunferência de centro em ‘O e raio
𝟑/𝟕. A área 'S' da região externa ao círculo considerado e interna ao quadrado é tal que:

a) 𝟎 ≤ 𝑺 < 𝟎, 𝟒

b) 𝟎, 𝟒 ≤ 𝑺 < 𝟎, 𝟖

c) 𝟎, 𝟖 ≤ 𝑺 < 𝟎, 𝟗

d) 𝟎, 𝟗 ≤ 𝑺 < 𝟏

e) 𝟏 ≤ 𝑺 < 𝟏, 𝟐
Comentários
A maior circunferência que pode ser inscrita nesse quadrado possui raio 1/2, que é tal que:
1 3
>
2 7
Disso, concluímos que a circunferência fornecida estará completamente no interior do
quadrado, de modo que a área 𝑆 é dada por:
9𝜋
𝑆 =1−
49
Usando que 𝜋 ≈ 3,14, podemos fazer uma estimativa simples dessa área, pois:
9 ∙ 3,14 = 28,26
Além disso:
28,26
≈ 0,57
49
Do que segue que:
𝑆 ≈ 1 − 0,57 = 0,43
Gabarito: “b”.
4. (CN/2019)
O perímetro do triângulo ABC mede x unidades. O triângulo DEF é semelhante ao triângulo ABC e
sua área é 36 vezes a área do triângulo ABC. Nessas condições, é correto afirmar que o perímetro
do triângulo DEF é igual a:

a) 2x

b) 3x

c) 6x

d) 9x
e) 10x

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 104


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Comentários
Seja 𝑘 a razão de semelhança entre os triângulos de modo que:
𝐷𝐸 𝐸𝐹 𝐹𝐷
= = =𝑘
𝐴𝐵 𝐵𝐶 𝐶𝐴
A área é o produto da base pela altura. Dessa forma, seja ℎ a altura do Δ𝐴𝐵𝐶, de modo
que a área de Δ𝐴𝐵𝐶:
á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑒 Δ𝐴𝐵𝐶 = 𝐴𝐵 ∙ ℎ
De forma que, pela semelhança de triângulos, temos que:
á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑒 Δ𝐷𝐸𝐹 = 𝐷𝐸 ∙ ℎ = 𝑘𝐴𝐵 ∙ 𝑘ℎ = 𝑘 2 𝐴𝐵 ∙ ℎ
Do enunciado, temos que a área do triângulo Δ𝐷𝐸𝐹 é 36 vezes a área do Δ𝐴𝐵𝐶, de modo
que:
𝑘 2 = 36 ⇒ 𝑘 = 6
O perímetro do Δ𝐴𝐵𝐶 é:
𝐴𝐵 + 𝐵𝐶 + 𝐶𝐴 = 𝑥
O perímetro do Δ𝐷𝐸𝐹 é:
𝐷𝐸 + 𝐸𝐹 + 𝐹𝐷 = 𝑘(𝐴𝐵 + 𝐵𝐶 + 𝐶𝐴) = 6𝑥
Gabarito: “c”.
5. (CN/2019)
Observe as figuras a seguir.

Na figura observam-se as rosáceas de perímetro 𝒙, 𝒚 e 𝒛, respectivamente. A rosácea I está inscrita


num quadrado ABCD de lado 8,5 cm; a rosácea II está inscrita num pentágono regular EFGHI de lado
5 cm; e a rosácea III está inscrita num hexágono regular JKLMNO de lado 4 cm. Sabendo-se que o
perímetro de uma rosácea é a soma de todos os arcos dos setores circulares apresentados na sua
construção, é correto afirmar que:

a) 𝒚 > 𝒙 > 𝒛

b) 𝒙 > 𝒚 > 𝒛

c) 𝒙 > 𝒛 > 𝒚

d) 𝒛 > 𝒚 > 𝒙

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 105


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e) 𝒛 > 𝒙 > 𝒚
Comentários
O primeiro passo é entender que cada arco de circunferência que compõe cada rosácea
está associado a um vértice da figura base (quadrado, pentágono ou hexágono).
Dessa forma, para calcular cada arco de rosácea precisamos identificar:
A quantidade de vértices do polígono;
A soma dos ângulos internos desse polígono.
Do nosso estudo da geometria plana, sabemos que a soma dos ângulos internos de um polígono
de 𝑛 lados é:
180(𝑛 − 2)
Dessa forma, cada arco de rosácea mede:
180(𝑛 − 2) 1
∙ ∙ 2𝜋𝑙
𝑛 360
Onde 𝑙 é o lado do polígono e 𝑛 o número de lados. Mas o número de arcos é igual ao
número de vértices ou lados do polígono, do que temos que o perímetro total da rosácea é dado
por:
180(𝑛 − 2) 1 𝑛−2
𝑛∙ ∙ ∙ 2𝜋𝑙 = ∙ 2𝜋𝑙
𝑛 360 2
Disso, podemos calcular os perímetros dados:
Para 𝑛 = 4 e 𝑙 = 8,5, temos:
4−2
𝑥= ∙ 2𝜋 ∙ 8,5 = 17𝜋
2
Para 𝑛 = 5 e 𝑙 = 5, temos:
5−2
𝑦= ∙ 2𝜋 ∙ 5 = 15𝜋
2
Para 𝑛 = 6 e 𝑙 = 4, vem:
6−2
𝑧= ∙ 2𝜋 ∙ 4 = 16𝜋
2
Disso, podemos dizer que:
𝑥>𝑧>𝑦
Gabarito: “c”.
6. (CN/2019)

Observe a figura a seguir.

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 106


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Ela apresenta o triângulo equilátero ABC e o retângulo CDEF. Sabe-se que A, C e D estão na mesma
reta, AC = CF e CD = 2DE. Com centro em C e raio CD traça-se o arco de circunferência que intersecta
EF em G. Por F traça-se a reta FH // CG, de modo tal que D, G e H estejam sobre a mesma reta. Dado
que a área do triângulo CDG é 36, o valor da soma das medidas das áreas dos triângulos CBF e FGH
é:

a) 22

b) 27

c) 31

d) 36

e) 40
Comentários
O primeiro passo nessa questão é representar o enunciado por meio de uma figura, veja:

Na figura, traçamos a altura 𝐺𝐼 do triângulo Δ𝐶𝐷𝐺. Sabemos 𝐶𝐷𝐸𝐹 é um retângulo, de


modo que 𝐶𝐹 = 𝐺𝐼. Além disso, 𝐶𝐷 = 2𝐷𝐸 = 2𝐶𝐹. Disso, temos que a área do triângulo Δ𝐶𝐷𝐺
é dada por:
𝐶𝐹 ∙ 2𝐶𝐹
= 36 ⇒ 𝐶𝐹 2 = 36 ⇒ 𝐶𝐹 = 6
2
Agora, observe que, como 𝐹𝐻 ∥ 𝐶𝐺, 𝐺𝐷 ∥ 𝐺𝐻 e 𝐹𝐺 ∥ 𝐶𝐷, podemos dizer que os triângulos
Δ𝐶𝐷𝐺 e Δ𝐹𝐺𝐻 são semelhantes pelo caso 𝐿𝐿𝐿. Desse modo, a razão entre suas áreas é o
quadrado da razão entre os lados. Usando Pitágoras, podemos calcular 𝐹𝐺:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 107


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𝐹𝐺 2 + 𝐶𝐹 2 = 𝐶𝐺 2
Mas 𝐶𝐺 = 𝐶𝐷 = 2𝐶𝐹. Logo:
𝐹𝐺 2 + 𝐶𝐹 2 = 4𝐶𝐹 2 ⇒ 𝐹𝐺 = √3𝐶𝐹
Do que segue que a razão de semelhança é:
𝐹𝐺 √3𝐶𝐹 √3
= =
𝐶𝐷 2𝐶𝐹 2
Logo, a razão entre as áreas é:
2
√3 3
( ) =
2 4
De onde concluímos que a área de Δ𝐹𝐺𝐻 é dada por:
3
∙ 36 = 27
4
Vamos agora calcular a área do triângulo 𝐶𝐵𝐹:

Traçamos a atura 𝐵𝐽. Veja que ela corresponde à metade do segmento 𝐴𝐶 = 𝐶𝐹, de modo
que a área desse triângulo é dada por:
𝐶𝐹
∙ 𝐶𝐹 𝐶𝐹 2 36
2 = = =9
2 4 4
Por fim, queremos:
27 + 9 = 36
Gabarito: “d”.
7. (CN/2018)

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 108


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Seja ABC um triângulo equilátero de lado 3. Exteriormente ao triângulo, constroem-se três


quadrados, sempre a partir de um lado do triângulo ABC, ou seja, no quadrado Q 1, AB é um lado; no
Q2, BC é um lado; e no Q3, AC é um lado. Com centro no baricentro “G” do triângulo ABC, traça-se
um círculo de raio 3. A medida da área da parte do círculo que não pertence a nenhum dos
quadrados Q1, Q2 e Q3, e nem ao triângulo ABC é igual a:

a) 𝟐𝝅

b) 𝟑𝝅

c) 𝟓𝝅

d) 𝟕𝝅

e) 𝟏𝟐𝝅
Comentários
O primeiro passo é fazer um esboço da situação proposta:

Por simetria, a área pedida corresponde a 3𝑆 (veja figura). Essa área 𝑆, por sua vez,
corresponde à área do setor circular 𝐷𝐺𝐸 subtraída da soma das áreas dos triângulos 𝐴𝐷𝐺 𝑒 𝐴𝐺𝐸,
que são iguais, pois os triângulos são congruentes (𝐿𝐴𝐿).
O ângulo 𝐴𝐺̂ 𝐶 mede 120° e 𝐴𝐺̂ 𝐷 = 𝐶𝐺̂ 𝐹. Assim, como Δ𝐷𝐺𝐹 é equilátero, temos:
120° = 2𝐴𝐺̂ 𝐷 + 60° ⇒ 𝐴𝐺̂ 𝐷 = 30°
O segmento 𝐴𝐺 mede 2/3 da altura do triângulo equilátero que mede 3√3/2, logo:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 109


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2 3√3
𝐴𝐺 = ∙ = √3
3 2
Da trigonometria aplicada à geometria plana:
𝐷𝐺 ∙ 𝐺𝐴 ∙ 𝑠𝑒𝑛 30° 3√3 1 3√3
𝑆(𝐴𝐷𝐺 ) = = ∙ = = 𝑆(𝐴𝐺𝐸)
2 2 2 4
Área do setor 𝐷𝐺𝐸:
60 3𝜋
𝜋 (3)2 =
360 2
Do que temos que:
3𝜋 3√3 3𝜋 3√3
𝑆= −2∙ = −
2 4 2 2
Por fim:
9𝜋 9√3
3𝑆 = −
2 2
Gabarito: Não há resposta entre as alternativas.
8. (CN/2018)

Observe a figura a seguir.

Essa figura representa um triângulo equilátero, inscrito numa circunferência maior, e circunscrito a
uma outra circunferência menor de raio igual a 2cm, onde destacou-se a região com ângulo central
de 120°. Sendo assim, é correto afirmar que a área total correspondente à parte sombreada mede,
em cm2:
𝟏𝟎𝝅
a) 𝟑
𝟏𝟓𝝅
b) 𝟒
𝟏𝟔𝝅
c) 𝟑
𝟏𝟕𝝅
d) 𝟓
𝟏𝟑𝝅
e) 𝟑

Comentários

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 110


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Essa questão pode ser bastante simplificada se percebermos que as três áreas, em
conjunto, compõem um setor circular de 120° da circunferência maior. Veja:

Pode ser visto como:

Dessa forma, basta apenas “rotacionar” o setor de 120° da circunferência menor, de modo
a completar a área desejada:

Precisamos saber o raio da circunferência maior. Tudo o que sabemos é que o raio da
menor é 2 𝑐𝑚. Para descobrir o da menor, veja a seguinte figura:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 111


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Refletindo o triângulo menor em torno da reta 𝐴𝐵:

O triângulo resultante é isósceles com ângulo de 60°, do que seque que ele é equilátero e
podemos afirmar que:
𝑅 = 2+2 = 4
Por fim, o setor circular de ângulo 120°:
120 16𝜋
∙ 𝜋 (4)2 =
360 3
Gabarito: “c”.
9. (CN/2018)

Um triângulo retângulo ABC é reto no vértice A, o ângulo C mede 30°, a hipotenusa BC mede 1cm e
o segmento AM é a mediana relativa à hipotenusa. Por um ponto N, exterior ao triângulo, traçam-
se os segmentos BN e NA, com BN // AM e NA // BM. A área, em cm2, do quadrilátero ANBC é:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 112


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√𝟑
a) 𝟏𝟔
𝟑√𝟑
b) 𝟖
√𝟑
c) 𝟖
√𝟑
d) 𝟒
𝟑√𝟑
e) 𝟏𝟔

Comentários
Representando a situação proposta:

Do estudo da geometria plana, sabemos que a mediana relativa à hipotenusa é igual à


1
metade da hipotenusa, disso temos que o triângulo Δ𝐴𝑀𝐵 é equilátero e 𝐴𝐵 = :
2

Além disso, por construção, 𝐴𝑀𝐵𝑁 é um paralelogramo, do que segue que 𝑁𝐵 = 𝐴𝑀 e


𝑁𝐴 = 𝐵𝑀. Dessa forma, concluímos que o Δ𝐴𝐵𝑁 é equilátero de lado 1/2. Para calcular a área
pedida, devemos calcular a área do Δ𝐴𝐵𝐶 e do Δ𝐴𝐵𝑁.
Para calcular a área do Δ𝐴𝐵𝐶, vamos calcular 𝐴𝐶:
12 √3
+ 𝐴𝐶 2 = 12 ⇒ 𝐴𝐶 =
2 2
Disso, a área é dada por:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 113


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1 √3

2 2 = √3
2 8
Para calcular a área do Δ𝐴𝐵𝑁, traçamos a altura 𝑁𝑃:

Veja que o triângulo Δ𝑁𝑃𝐵 é semelhante ao triângulo Δ𝐴𝐵𝐶 com razão 1/2. Disso, sua
1 2 1
área é ( ) = da área do Δ𝐴𝐵𝐶:
2 4

1 √3 √3
á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑜 Δ𝑁𝑃𝐵 = ∙ =
4 8 32
Mas a área do Δ𝐴𝐵𝑁 é o dobro da área do Δ𝑁𝑃𝐵. Logo:
√3 √3
á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑜 Δ𝐴𝐵𝑁 = 2 ∙ =
32 16
Por fim:
√3 √3 3√3
+ =
16 8 16
Gabarito: “e”.
10. (CN/2017)

Um triângulo isósceles ABC tem base BC = 16cm e lados congruentes AB = AC = 17cm. O raio do
círculo inscrito ao triângulo ABC em cm é igual a:
𝟑𝟐
a) 𝟏𝟓
𝟐𝟒
b) 𝟓
𝟑𝟓
c) 𝟖
𝟐𝟖
d) 𝟓
𝟏𝟕
e) 𝟒

Comentários

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 114


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Como nos são fornecidos os lados do triângulo, é conveniente usar a fórmula de Heron
para calcular a área do triângulo e depois calcular a área dele usando a fórmula do raio da
circunferência inscrita.
A fórmula de Heron:
𝐴 = √𝑝(𝑝 − 𝑎)(𝑝 − 𝑏)(𝑝 − 𝑐)
Onde:
16 + 17 + 17
𝑝= = 25
2
𝑝 − 𝑎 = 𝑝 − 𝑏 = 25 − 17 = 8
𝑝 − 𝑐 = 25 − 16 = 9
Do que segue que:
𝐴 = √25 ∙ 8 ∙ 8 ∙ 9 = 5 ∙ 8 ∙ 3 = 120
Por outro lado, temos que a área do triângulo é dada por:
𝐴 = 𝑝𝑟
Onde 𝑟 é o raio do círculo inscrito no triângulo. Disso, temos que:
120 24
120 = 25 ∙ 𝑟 ⇒ 𝑟 = =
25 5
Gabarito: “b”.
11. (CN/2017)

Considere um losango ABCD de lado igual a 5cm, diagonais AC e BD, e ângulo interno BÂD = 120°.
Sabe-se que um ponto M sobre o lado AB está a 2cm de A enquanto um ponto N sobre o lado BC
está a 3cm de C. Sendo assim, a razão entre a área do losango ABCD e a área do triângulo de vértices
MBN é igual a
𝟏𝟓
a) 𝟐
𝟐𝟏
b) 𝟒
𝟐𝟓
c) 𝟑
𝟑𝟐
d) 𝟓
𝟒𝟗
e)
𝟒

Comentários
A figura que representa a situação proposta é a seguir:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 115


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Do estudo da trigonometria, podemos calcular a área do losango como sendo:


𝐴𝐷 ∙ 𝐴𝐵
2∙ ∙ 𝑠𝑒𝑛 120° = 25 ∙ 𝑠𝑒𝑛 60°
2
Da mesma forma, podemos calcular a área do triângulo Δ𝑀𝐵𝑁:
𝑀𝐵 ∙ 𝐵𝑁 3∙2
∙ 𝑠𝑒𝑛 60° = ∙ 𝑠𝑒𝑛 60° = 3 ∙ 𝑠𝑒𝑛 60°
2 2
Fazendo a divisão:
25 ∙ 𝑠𝑒𝑛 60° 25
=
3 ∙ 𝑠𝑒𝑛 60° 3
Gabarito: “c”.
12. (CN/2017)

Observe a figura a seguir.

A figura acima representa o trapézio escaleno de altura 6cm, com base menor medindo 13cm, um
dos ângulos internos da base maior medindo 75° e lado transversal oposto a esse ângulo igual a
12cm. Qual é a área, em cm2, desse trapézio?

a) 120

b) 118

c) 116

d) 114

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 116


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e) 112
Comentários
Observe a seguinte figura:

Do triângulo retângulo Δ𝐺𝐶𝐷, temos:


62 + 𝐶𝐺 2 = 122 ⇒ 𝐶𝐺 = 6√3 𝑐𝑚
Para calcular a área do trapézio, precisamos também da medida do segmento 𝐵𝐹. Para
isso, vamos destacar o triângulo Δ𝐵𝐹𝐴 fazendo a seguinte construção:

Veja que:
𝑥+𝑦 = 6
E por Pitágoras, no triângulo Δ𝐵𝐹𝐻, temos:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 117


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𝑥 2 √3
(𝑦 )2 + ( ) = 𝑥 2 ⇒ 𝑦 = 𝑥
2 2
Do que segue que:
√3 12
𝑥+ 𝑥=6⇒𝑥= = 12(2 − √3)
2 √3 + 2
Disso, temos que:
𝑥
𝐵𝐹 = = 6(2 − √3)
2
Assim, podemos calcular a base maior do trapézio:
6(2 − √3) + 13 + 6√3 = 12 + 13 + 6√3 − 6√3 = 25
Por fim, calculamos a área do trapézio:
𝑏𝑎𝑠𝑒 𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 + 𝑏𝑎𝑠𝑒 𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 13 + 25
Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑝é𝑧𝑖𝑜 = 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 ∙ =6∙ = 114 𝑐𝑚2
2 2
Gabarito: “d”.
13. (CN/2017)

Observe a figura a seguir.

A figura acima exibe um total de 𝒏 peças idênticas de um quebra cabeça que, resolvido, revela uma
coroa circular. Sabe-se que 6cm é a menor distância entre as circunferências concêntricas
pontilhadas da figura e que o raio da menor dessas circunferências é igual a 9cm. Se a área de

cada peça é (𝟏𝟐𝝅) 𝐜𝐦𝟐 , é correto afirmar que 𝒏 é igual a


a) 6

b) 8

c) 9

d) 12

e) 15
Comentários
Seja 𝑟 o raio da circunferência menor e 𝑅 o raio da maior. Do enunciado temos que:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 118


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𝑟 = 9 𝑐𝑚
𝑅 = 9 + 6 = 15 𝑐𝑚
Disso, temos que a área da coroa circular é dada por:
𝐴𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎 = 𝜋(152 − 92 ) = 𝜋(15 + 9)(15 − 9) = 𝜋 ∙ 24 ∙ 6
Se a área de cada peça é 12𝜋, então a área da coroa é:
𝐴𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎 = 12𝜋 ∙ 𝑛
Disso, temos que:
12𝜋 ∙ 𝑛 = 𝜋 ∙ 24 ∙ 6 ⇒ 𝑛 = 12
Gabarito: “d”.
14. (CN/2017)

Analise a figura a seguir.

Pelo centro O do quadrado de lado √𝟔cm acima, traçou-se a circunferência que corta o lado BC nos
√𝟑
pontos P e Q. O triângulo OPQ tem área cm2. Sendo assim, é correto afirmar que o raio dessa
𝟐
circunferência, em cm, é igual a

a) 𝟏

b) √𝟐

c) √𝟑
𝟐√𝟐
d) 𝟑
√𝟑
e) 𝟐

Comentários
A altura ℎ do triângulo Δ𝑂𝑃𝑄, por simetria, é igual à metade do lado do quadrado, isto é:
√6
ℎ= 𝑐𝑚
2
A área do triângulo pode ser calculada então por:
ℎ ∙ 𝑃𝑄 √3
= ⇒ 𝑃𝑄 = √2 𝑐𝑚
2 2
Seja 𝑂𝑃 = 𝑅 o raio da circunferência, tomando o ponto médio 𝑀 de 𝑃𝑄, podemos aplicar
o teorema de Pitágoras ao triângulo Δ𝑀𝑃𝑂:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 119


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2 2
√6 √2 6+2
𝑅2 = ( ) + ( ) = = 2 ⇒ 𝑅 = √2 𝑐𝑚
2 2 4
Gabarito: “b”.
15. (CN/2016)

Observe a figura a seguir.

ABCD é um paralelogramo. E e F estão sobre os lados desse paralelogramo de tal forma que 𝐀𝐄 =
𝐂𝐅 = 𝐱 < 𝐀𝐃. Sendo assim, baseado na figura acima, assinale a opção correta.

a) Qualquer reta que intersecte dois lados de um paralelogramo o divide em dois polígonos de
mesma área.

b) Qualquer reta que intersecte dois lados de um paralelogramo o divide em dois polígonos de
mesmo perímetro.

c) A área de um trapézio é o produto de sua base média pela sua altura.

d) O dobro da soma dos quadrados das medidas dos lados paralelos de um trapézio é igual à soma
dos quadrados das medidas de suas diagonais.

e) Para todo x, o segmento de reta EF é a metade do segmento de reta AB.


Comentários
A figura fornecida leva o candidato a cometer equívocos no momento de avaliar as
alternativas. Mas observe que a figura que foi fornecida representa uma situação particular e que
não reflete todas as retas que intersectam dois lados de um paralelogramo.
Lendo rapidamente as alternativas, observa-se, do estudo da geometria plana, que a
alternativa c é verdadeira, já que a área de um trapézio de bases 𝑎 𝑒 𝑏 e de altura ℎ é calculada
por:
(𝑎 + 𝑏)
ℎ∙
2
𝑎+𝑏
Mas representa a base média desse trapézio, isto é, a área é produto da base média
2
pela altura.
Gabarito: “c”.
16. (CN/2016)

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 120


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Seja o quadrado ABCD de lado 2. Traça-se, com centro no ponto M, médio do lado AB, uma
semicircunferência de raio 2 que intersecta os lados BC e AD, respectivamente, em E e F. A área da
superfície externa à semicircunferência e que também é interna ao quadrado, é igual a:

Obs.: 𝝅 = 𝟑.

a) 𝟑 − √𝟑

b) 𝟐 − √𝟑

c) 𝟑 + √𝟑

d) 𝟐 − √𝟑
e) 𝟑 − √𝟐
Comentários

Na figura acima, observe que a área procurada corresponde à área do quadrado subtraída
da área de um setor circular de ângulo 60° e das áreas dos triângulos Δ𝐴𝑀𝐹 e Δ𝑀𝐸𝐵.
A área do setor circular é calculada por:
60° 2𝜋
∙ 𝜋 ∙ 22 =
360° 3
2𝜋
Como 𝜋 = 3, = 2.
3

Por Pitágoras, podemos descobrir 𝐴𝐹 = 𝐵𝐸:


12 + 𝐴𝐹 2 = 22 ⇒ 𝐴𝐹 = √3
Por simetria, os triângulos Δ𝐴𝑀𝐹 e Δ𝑀𝐸𝐵 são congruentes e suas áreas são iguais. A soma
das áreas é, portanto:
√3 ∙ 1
2∙ = √3
2
Por fim, queremos:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 121


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4 − (2 + √3) = 2 − √3
Gabarito: “b”.
17. (CN/2016)

Considere uma circunferência de centro O e raio 𝒓. Prolonga-se o diâmetro AB de um comprimento


BC de medida igual a 𝒓 e, de C, traça-se uma tangente que toca a circunferência em D. A
perpendicular traçada de C, a BC, intersecta a reta que passa por A e D em E. Sendo assim, a área do
triângulo ODE em função do raio é
𝒓𝟐 √𝟑
a) 𝟒

b) 𝒓𝟐 √𝟔
𝒓𝟐 √𝟐
c) 𝟐
𝒓𝟐 √𝟐
d) 𝟒

e) 𝒓𝟐 √𝟑
Comentários
Esboçando a situação proposta no enunciado, temos:

A primeira informação que podemos extrair é a medida do ângulo 𝑂𝐶̂ 𝐷:


𝑟 1
sen(𝑂𝐶̂ 𝐷) = = ⇒ 𝑂𝐶̂ 𝐷 = 30°
2𝑟 2

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 122


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Disso, segue que 𝐶𝑂̂𝐷 = 60° e, como o Δ𝐴𝑂𝐷 é isósceles e como 𝐶𝑂̂ 𝐷 é externo, temos
pela propriedade do ângulo externo:
60°
𝑂𝐴̂𝐷 = 𝑂𝐷
̂ 𝐴 = 30° =
2
Logo, temos que:
𝐶𝐸̂ 𝐴 = 60°
Como 𝑂𝐶̂ 𝐷 = 30°, segue que 𝐷𝐶̂ 𝐸 = 90° − 30° = 60°. Combinando essas informações,
temos que o Δ𝐶𝐷𝐸 é equilátero, pois todos os seus ângulos são 60°, de modo que 𝐶𝐸 = 𝐸𝐷 =
𝐷𝐶.
Aplicando Pitágoras ao Δ𝑂𝐷𝐶:
𝑟 2 + 𝐶𝐷2 = (2𝑟)2 ⇒ 𝐶𝐷 = √3𝑟
Ou seja, 𝐸𝐷 = 𝐶𝐷 = √3𝑟.
Para calcularmos a área do Δ𝑂𝐷𝐸, basta traçar a altura relativa ao lado 𝐷𝐸:

Pela semelhança entre os triângulos Δ𝑂𝐴𝐹 e Δ𝑂𝐷𝐶, temos que:


𝑟 2𝑟 𝑟
= ⇒ 𝑂𝐹 =
𝑂𝐹 𝑟 2
Dessa forma, temos que a área do triângulo Δ𝑂𝐷𝐸 é dada por:
𝑟
𝑂𝐹 ∙ 𝐷𝐸 (2 ∙ √3𝑟) 𝑟 2 √3
= =
2 2 4

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 123


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Gabarito: “a”.
18. (CN/2015)

Num semicírculo S, inscreve-se um triângulo retângulo ABC. A maior circunferência possível que se
pode construir externamente ao triângulo ABC e internamente ao S, mas tangente a um dos catetos
de ABC e ao S, tem raio 2. Sabe-se ainda que o menor cateto de ABC mede 2. Qual a área do
semicírculo?

a) 𝟏𝟎𝝅

b) 𝟏𝟐, 𝟓𝝅

c) 𝟏𝟓𝝅

d) 𝟏𝟕, 𝟓𝝅

e) 𝟐𝟎𝝅
Comentários
Como queremos a maior circunferência possível, teremos a seguinte figura:

Pela semelhança entre os triângulos Δ𝐴𝐵𝐶 e Δ𝐷𝐸𝐵, pelo caso 𝐿𝐿𝐿, podemos escrever:
𝑅−4 𝑅 1
= = ⇒𝑅=5
2 2𝑅 2
A área do semicírculo 𝑅 é, portanto:
1
∙ 𝜋 ∙ 52 = 12,5𝜋
2
Gabarito: “b”.
19. (CN/2015)

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 124


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No triângulo isósceles ABC, AB = AC = 13 e BC = 10. Em AC marca-se R e S, com CR = 2x e CS = x.


Paralelo a AB e passando por S traça-se o segmento ST, com T em BC. Por fim, marcam-se U, P e Q,
simétricos de T, S e R, nessa ordem, e relativo à altura de ABC com pé sobre BC. Ao analisar a medida
inteira x para que a área do hexágono PQRSTU seja máxima, obtém-se:

a) 5

b) 4

c) 3

d) 2

e) 1
Comentários
Para facilitar nossa análise, observe a figura abaixo:

Os triângulos Δ𝐶𝑆𝑇, Δ𝑅𝐴𝑄, Δ𝑈𝑃𝐵 são semelhantes ao triângulo Δ𝐴𝐵𝐶.


Dessa forma, seja 𝑆 a área do Δ𝐴𝐵𝐶. Podemos calcular as áreas desses triângulos usando
o quadrado das razões entre os lados:
13 2 𝑆
Δ𝐴𝐵𝐶~Δ𝐶𝑆𝑇 ⇒ ( ) =
𝑥 𝑆Δ𝐶𝑆𝑇
𝑥 2
𝑆Δ𝐶𝑆𝑇 = 𝑆Δ𝑈𝑃𝐵 = ( ) ∙ 𝑆
13

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 125


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2
13 𝑆
Δ𝐴𝐵𝐶~Δ𝑅𝐴𝑄 ⇒ ( ) =
13 − 2𝑥 𝑆Δ𝑅𝐴𝑄
13 − 2𝑥 2
𝑆Δ𝑅𝐴𝑄 = ( ) ∙𝑆
13
Assim, podemos calcular a área do hexágono 𝑃𝑄𝑅𝑆𝑇𝑈 em função de 𝑥:
𝑥 2 13 − 2𝑥 2 𝑆
𝑆 − (2 ∙ [( ) ∙ 𝑆] + ( ) ∙ 𝑆) = 2 (132 − 2𝑥 2 − (13 − 2𝑥)2 )
13 13 13
𝑆 2 2 2 2
𝑆 2
2𝑆
= 2
( 13 − 2𝑥 − 13 − 4𝑥 + 52𝑥 ) = 2
( −6𝑥 + 52𝑥 ) = 2
(−3𝑥 2 + 26𝑥)
13 13 13
Nesse caso temos que a área depende de 𝑥 como uma função polinomial do segundo grau,
cujo valor de máximo (pois a concavidade está para baixo) é dado por:
26 13
𝑥𝑚á𝑥 = − =
2 ⋅ (−3) 3
Como queremos 𝑥 inteiro, temos que os dois inteiros mais próximos de 𝑥𝑚á𝑥 são 4 𝑒 5.
Mas:
13 2 1 13
5− = > = −4
3 3 3 3
*Lembre-se, quanto mais afastado do vértice, menor o valor de 𝑦! O ponto 𝑥 = 4 está mais
próximo do vértice!
Logo, o inteiro que maximiza a área do hexágono é 𝑥 = 4.
Gabarito: “b”.
20. (CN/2015)
Observe a figura a seguir.

Seja ABC um triângulo retângulo de hipotenusa 6 e com catetos diferentes. Com relação a área S de
ABC, pode-se afirmar que

a) será máxima quando um dos catetos for 𝟑√𝟐.

b) será máxima quando um dos ângulos internos for 30°.


c) será máxima quando um cateto for o dobro do outro.
𝟓√𝟐
d) será máxima quando a soma dos catetos for .
𝟐

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 126


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e) seu valor máximo não existe.


Comentários
Sejam 𝑎 𝑒 𝑏 os catetos desse triângulo retângulo. Por Pitágoras, temos:
𝑎2 + 𝑏2 = 62 = 36
Como Δ𝐴𝐵𝐶 é retângulo, sua área é dada por:
𝑎𝑏
𝑆=
2
Como 𝑎 𝑒 𝑏 são positivos, podemos usar a desigualdade entre as médias (𝑀𝐴 ≥ 𝑀𝐺):
𝑎2 + 𝑏2 𝑎2 + 𝑏2
≥ √𝑎 𝑏 = 𝑎𝑏 ⇒
2 2 ≥𝑆
2 4
Da condição de igualdade da desigualdade entre as médias, a área será máxima quando
𝑎 = 𝑏2 ⇒ 𝑎 = 𝑏.
2

Mas, do enunciado, temos que 𝑎 ≠ 𝑏.


Sabemos que 𝑆 ≤ 9 mas que a igualdade só ocorre se 𝑎 = 𝑏, ou seja, 𝑆 pode se aproximar de 9
tanto quanto se queira, mas nunca vai atingir, de fato, o máximo, pois 𝑎 ≠ 𝑏.
Gabarito: “e”.
21. (CN/2015)

Seja ABCD um quadrado de lado 𝟐𝒂 cujo centro é O. Os pontos M, P e Q são os pontos médios dos
lados AB, AD e BC, respectivamente. O segmento BP intersecta a circunferência de centro O e raio a
em R e, também OM, em S. Sendo assim, a área do triângulo SMR é
𝟑𝒂𝟐
a) 𝟐𝟎
𝟕𝒂𝟐
b) 𝟏𝟎
𝟗𝒂𝟐
c) 𝟐𝟎
𝟏𝟏𝒂𝟐
d) 𝟏𝟎
𝟏𝟑𝒂𝟐
e)
𝟐𝟎

Comentários
O primeiro passo é, naturalmente, representar a situação proposta:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 127


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Pela potência do ponto 𝑆 relativa à circunferência:


𝑀𝑆 ∙ 𝑆𝑇 = 𝑃𝑆 ∙ 𝑆𝑅
Veja que 𝑆𝑂 é base média do Δ𝑃𝑄𝐵, pois é paralelo à 𝑄𝐵 e divide 𝑃𝑄 ao meio. Disso:
𝑎 𝑎 3𝑎
𝑆𝑂 = ⇒ 𝑆𝑇 = + 𝑎 =
2 2 2
𝑎 𝑎
𝑀𝑆 = 𝑎 − =
2 2
Pitágoras no Δ𝑃𝑂𝑆:
𝑎 2 √5
𝑃𝑆 2 = 𝑎2 + ( ) ⇒ 𝑃𝑆 = 𝑎
2 2
Assim:
𝑎 3𝑎 √5 3𝑎
∙ = 𝑎 ∙ 𝑆𝑅 ⇒ 𝑆𝑅 =
2 2 2 2√5
Do estudo da trigonometria, temos que a área do Δ𝑀𝑆𝑅 é dada por:
𝑀𝑆 ∙ 𝑆𝑅
Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑜 Δ𝑀𝑆𝑅 = 𝑠𝑒𝑛 𝜃 ∙
2
𝑎 2
𝑠𝑒𝑛 𝜃 = =
√5 √5
( 𝑎)
2

𝑎 3𝑎

2 2 2√5 3𝑎2
Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑜 Δ𝑀𝑆𝑅 = ∙ =
√5 2 20

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 128


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Gabarito: “a”.
22. (CN/2015)

ABC é um triângulo equilátero. Seja D um ponto do plano de ABC, externo a esse triângulo, tal que
DB intersecta AC em E, com E pertencendo ao lado AC. Sabe-se que BÂD = 𝑨𝑪̂ 𝑫 = 90°. Sendo assim,
a razão entre as áreas dos triângulos BEC e ABE é
𝟏
a) 𝟑
𝟏
b) 𝟒
𝟐
c) 𝟑
𝟏
d) 𝟓
𝟐
e) 𝟓

Comentários
Representando a situação proposta:

As alturas relativas a 𝐴𝐶 dos Δ𝐵𝐸𝐶 e Δ𝐴𝐵𝐸 são iguais, do que segue a razão entre suas
áreas se resume à razão entre suas bases, isto é, a razão entre 𝐶𝐸 e 𝐸𝐴.
Vamos chamar 𝐷𝐶 = 𝑎 e traçar a altura do triângulo Δ𝐷𝐵𝐶 relativa ao lado 𝐵𝐶. Além disso,
explorando as razões trigonométricas dos ângulos 30° 𝑒 60°, temos a seguinte figura:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 129


Prof. Victor So

Aplicando Pitágoras ao Δ𝐴𝐵𝐷:


2
𝐵𝐷2 = (2𝑎)2 + (√3𝑎) = 7𝑎2 ⇒ 𝐵𝐷 = √7𝑎
Como 𝐷𝐶̂ 𝐹 = 30°, temos que:
𝑎
𝐷𝐹 = 𝑎𝑠𝑒𝑛30° =
2
Disso, segue que:
𝑎
1
𝑠𝑒𝑛 𝛼 = 2 =
𝑎√7 2√7
2𝑎 2
𝑠𝑒𝑛 𝛽 = =
√7𝑎 √7
Aplicando a lei dos senos aos triângulos Δ𝐵𝐸𝐶 𝑒 Δ𝐴𝐵𝐸:
𝐸𝐵 𝐶𝐸
=
𝑠𝑒𝑛60° 𝑠𝑒𝑛𝛼
𝐸𝐵 𝐴𝐸
=
𝑠𝑒𝑛60° 𝑠𝑒𝑛 𝛽
Que implica:
𝐶𝐸 𝐴𝐸 𝐶𝐸 𝑠𝑒𝑛 𝛼 1 √7 1
= ⇒ = = ∙ =
𝑠𝑒𝑛 𝛼 𝑠𝑒𝑛 𝛽 𝐴𝐸 𝑠𝑒𝑛 𝛽 2√7 2 4
Gabarito: “b”.
23. (CN/2015)

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 130


Prof. Victor So

Seja ABC um triângulo de lados medindo 8, 10 e 12, Sejam M, N e P os pés das alturas traçadas dos
vértices sobre os lados desse triângulo. Sendo assim, o raio do círculo circunscrito ao triângulo MNP
é
𝟓√𝟕
a) 𝟕
𝟔√𝟕
b) 𝟕
𝟖√𝟕
c) 𝟕
𝟗√𝟕
d) 𝟕
𝟏𝟎√𝟕
e) 𝟕

Comentários
Do estudo da geometria plana, sabemos que a circunferência circunscrita ao triângulo
formado pelos pés da altura é o triângulo órtico. Essa circunferência é conhecida como círculo dos
nove pontos e o seu raio corresponde à metade do raio do círculo circunscrito ao triângulo 𝐴𝐵𝐶.
Disso, precisamos descobrir o raio do círculo circunscrito ao Δ𝐴𝐵𝐶. Calculando sua área
por Heron:
𝐴 = √𝑝(𝑝 − 𝑎)(𝑝 − 𝑏)(𝑝 − 𝑐)
Mas:
8 + 10 + 12
𝑝= = 15
2
𝑝 − 𝑎 = 15 − 8 = 7
𝑝 − 𝑏 = 15 − 10 = 5
𝑝 − 𝑐 = 15 − 12 = 3
Daí, temos que:
𝐴 = √15 ∙ 7 ∙ 5 ∙ 3 = 15√7
Por outro lado, temos que sua área pode ser calculada usando o circunraio:
𝑎𝑏𝑐 8 ∙ 10 ∙ 12 240
𝐴= = =
4𝑅 4𝑅 𝑅
Igualando:
240 16√7
= 15√7 ⇒ 𝑅 =
𝑅 7
Do que foi dito mais acima, o raio buscado vale:
𝑅 8√7
=
2 7
Gabarito: “c”.
24. (CN/2014)

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 131


Prof. Victor So

Observe a figura a seguir.

Na figura, o paralelogramo ABCD tem lados 9cm e 4cm. Sobre o lado CD está marcado o ponto R, de
modo que CR = 2cm; sobre o lado BC está marcado o ponto S tal que a área do triângulo BRS seja
𝟏/𝟑𝟔 da área do paralelogramo; e o ponto P é a interseção do prolongamento do segmento RS com
o prolongamento da diagonal DB. Nessas condições, é possível concluir que a razão entre as medidas
𝐃𝐏
dos segmentos de reta 𝐁𝐏 vale:

a) 13,5

b) 11

c) 10,5

d) 9

e) 7,5
Comentários
Para simplificar as contas:
Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑜 Δ𝐷𝐵𝑅 = 𝐴
Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑜 Δ𝑅𝑆𝐶 = 𝐵
Será conveniente, para a resolução da questão, encontrar os valores as áreas 𝐴 𝑒 𝐵 em
função da área do paralelogramo, que chamaremos de 2𝐶. Veja que isso implica:
2𝐶
Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑜 Δ𝐵𝑅𝑆 =
36
Como a diagonal é um eixo de simetria do paralelogramo, podemos escrever:
2𝐶 17
𝐶 = 𝐴+𝐵+ ⇒ 𝐴+𝐵 = 𝐶 𝑒𝑞. 01
36 18
Os triângulos Δ𝐷𝐵𝑅 e Δ𝑅𝐵𝐶 possuem mesma altura, de modo que a razão entre suas áreas
é igual à razão entre suas bases. Disso, temos que:
𝐴 𝐷𝑅 7 7𝐶
= = ⇒ 2𝐴 − 7𝐵 = 𝑒𝑞. 02
2𝐶 𝑅𝐶 2 18
𝐵+
36
Combinando as equações 01 𝑒 02, temos:
7𝐶 𝐶
𝐴= 𝑒𝐵=
9 6

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 132


Prof. Victor So

Os triângulos Δ𝐵𝑅𝑆 𝑒 Δ𝑆𝐶𝑅 possuem mesma altura, de modo que a razão entre suas áreas
é dada por:
2𝐶
36 = 𝐵𝑆 ⇒ 𝑆𝐶 = 3𝐵𝑆
𝐶 𝑆𝐶
6
Mas 𝐵𝑆 + 𝑆𝐶 = 4 ⇒ 𝐵𝑆 = 1 𝑒 𝑆𝐶 = 3.
Por fim, basta aplicar o teorema de Menelaus ao triângulo Δ𝐷𝐵𝐶:
𝐷𝑃 𝐵𝑆 𝐶𝑅 𝐷𝑃 1 2 𝐷𝑃 21
∙ ∙ =1⇒ ∙ ∙ =1⇒ = = 10,5
𝐵𝑃 𝑆𝐶 𝑅𝐷 𝐵𝑃 3 7 𝐵𝑃 2
Gabarito: “c”.
25. (CN/2014)
𝑩𝑬 𝟏 𝑪𝑭 𝟏
Sobre o lado 𝑩𝑪 do quadrado 𝑨𝑩𝑪𝑫, marcam-se os pontos 𝑬 e 𝑭 tais que 𝑩𝑪 = 𝟑 e 𝑩𝑪 = 𝟒. Sabendo-
se que os segmentos 𝑨𝑭 e 𝑬𝑫 intersectam-se em 𝑷, qual é, aproximadamente, o percentual da área
do triângulo 𝑩𝑷𝑬 em relação à área do quadrado 𝑨𝑩𝑪𝑫?

a) 2

b) 3

c) 4

d) 5

e) 6
Comentários
Para simplificar as frações, faça 𝐵𝐶 = 12. Disso, temos que a situação é representada por:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 133


Prof. Victor So

Veja que os triângulos Δ𝐴𝑃𝐷 e Δ𝑃𝐸𝐹 são semelhantes (𝐿𝐿𝐿), do que temos que:
𝐺𝑃 𝑃𝐻 12
= ⇒ 𝐺𝑃 = 𝑃𝐻
12 5 5
Mas:
12 17 60
𝐺𝑃 + 𝑃𝐻 = 12 ⇒ 𝑃𝐻 + 𝑃𝐻 = 𝑃𝐻 = 12 ⇒ 𝑃𝐻 =
5 5 17
A área do Δ𝑃𝐸𝐵:
60
𝑃𝐻 ∙ 𝐵𝐸 17 ∙ 4 120
= =
2 2 17
A porcentagem é, portanto:
120
17 = 10 = 10 ≈ 0,049 𝑜𝑢 4,9%
12 ∙ 12 17 ∙ 12 204
Gabarito: “d”.
26. (CN/2014)

Suponha que ABC seja um triângulo isósceles com lados AC = BC, e que L seja a circunferência de
centro C, raio igual a 3 e tangente ao lado AB. Com relação à área da superfície comum ao triângulo
ABC e ao círculo de L, pode-se afirmar que:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 134


Prof. Victor So

a) não possui um valor máximo.

b) pode ser igual a 𝟓𝝅.

c) não pode ser igual a 𝟒𝝅.

d) possui um valor mínimo igual a 𝟐𝝅.

e) possui um valor máximo igual a 𝟒, 𝟓𝝅.


Comentários
Observe a situação proposta:

O ângulo 𝛼, por ser interno ao triângulo, é tal que 𝛼 < 𝜋. Sobre a reta 𝐵𝐶 pode-se sempre
escolher dois pontos simétricos em relação ao segmento 𝐶𝐷 escolhendo 𝛼 tão próximo de 𝜋
quanto se queira, mas nunca atingindo esse valor.
A área é diretamente proporcional ao ângulo 𝛼, de modo que ela acompanha o seu
crescimento.
9𝜋
Deve-se ter cuidado para não achar que o valor = 4,5𝜋 é um máximo possível, pois, para
2
que ele ocorra, 𝛼 deve atingir 𝜋, o que não é possível por ele ser interno ao triângulo.
Gabarito: “a”.
27. (CN/2014)

Seja ABC um triângulo retângulo de hipotenusa 26 e perímetro 60. A razão entre a área do círculo
inscrito e do círculo circunscrito nesse triângulo é, aproximadamente:

a) 0,035

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 135


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b) 0,055

c) 0,075

d) 0,095

e) 0,105
Comentários
Sejam 𝑎 𝑒 𝑏 os catetos desse triângulo. Podemos afirmar que:
𝑎2 + 𝑏2 = 262
𝑎 + 𝑏 + 26 = 60 ⇒ 𝑎 + 𝑏 = 34
Veja que:
(𝑎 + 𝑏)2 = 342 ⇒ 𝑎2 + 2𝑎𝑏 + 𝑏2 = 342 ⇒ 262 + 2𝑎𝑏 = 342
Ou seja:
2𝑎𝑏 = 342 − 262 = (34 + 26) ∙ (34 − 26) = 60 ∙ 8 = 480
Logo:
𝑎2 + 𝑏2 − 2𝑎𝑏 = (𝑎 − 𝑏)2 = 676 − 480 = 196 = 142 ⇒ 𝑎 − 𝑏 = 14
Resolvendo o sistema:
𝑎 + 𝑏 = 34
{
𝑎 − 𝑏 = 14
Assumindo 𝑎 > 𝑏, temos 𝑎 = 24 e 𝑏 = 10.
Como o triângulo é retângulo, o círculo circunscrito possui raio igual a metade da
hipotenusa:
26
𝑅=
= 13
2
Além disso, do estudo da geometria, podemos calcular a área desse triângulo de duas
formas:
Usando o raio da circunferência inscrita:
60
𝑝𝑟 = ∙ 𝑟 = 30𝑟
2
Usando os catetos:
𝑎𝑏 24 ∙ 10
= = 3 ∙ 4 ∙ 10
2 2
Logo:
3 ∙ 10 ∙ 𝑟 = 3 ∙ 4 ∙ 10 ⇒ 𝑟 = 4
A razão entre as áreas é, portanto:
𝜋 ∙ (4 )2 16
= ≈ 0,095
𝜋 ∙ (13) 2 169

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 136


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Gabarito: “d”.
28. (CN/2014)

Observe as figuras a seguir.

Uma dobra é feita no retângulo 10cm x 2cm da figura I, gerando a figura plana II. Essa dobra está
indicada pela reta suporte de PQ. A área do polígono APQCBRD da figura II, em cm2, é:

a) 𝟖√𝟓

b) 20

c) 𝟏𝟎√𝟐
𝟑𝟓
d) 𝟐
𝟏𝟑√𝟔
e) 𝟐

Comentários
Para calcular a área dessa figura, o primeiro passo é perceber que ela formada pelos
trapézios 𝐴𝑃𝑄𝐷 e 𝐵𝐶𝑄𝑅.
2 ∙ (4 + 𝐷𝑄) 2 ∙ (4 + 5)
Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑜 𝐴𝑃𝑄𝐷 = = =9
2 2
2 ∙ (5 + 𝑅𝐵)
Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑜 𝐵𝐶𝑄𝑅 = = 5 + 𝑅𝐵
2
Assim, surge a necessidade de calcular a medida de 𝑅𝐵. Para isso, observe a figura abaixo:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 137


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Ela representa uma mescla das duas situações. Veja que, como foi feita uma reflexão em
torno de 𝑃𝑄 os ângulos 𝑅𝑃̂ 𝑄 e 𝑄𝑃̂ 𝐵 são iguais.
Além disso, como 𝑃𝐵 ∥ 𝑄𝐶, os ângulos 𝑄𝑃̂ 𝐵 e 𝑃𝑄̂𝑅 são iguais, do que segue o Δ𝑃𝑄𝑅 é
isósceles e 𝑅𝑃 = 𝑅𝑄, pois 𝑅𝑃̂ 𝑄 = 𝑄𝑃̂ 𝐵 = 𝑃𝑄̂𝑅.
Observe ainda a seguinte figura:

Aplicando Pitágoras ao triângulo Δ𝑃𝑆𝑄:


𝑃𝑆 2 + 𝑆𝑄2 = 𝑃𝑄2 ⇒ 12 + 22 = 𝑃𝑄2 ⇒ 𝑃𝑄 = √5
Como 𝑇 é o ponto médio do Δ𝑃𝑄𝑅, já que o mesmo é isósceles e 𝑅𝑇 é sua altura relativa
√5
à base, temos que 𝑃𝑇 = .
2

Da semelhança entre os Δ𝑃𝑇𝑅 e Δ𝑃𝑆𝑄:


𝑅𝑃 𝑃𝑄 𝑅𝑃 √5 5
= ⇒ = ⇒ 𝑅𝑃 =
𝑃𝑇 𝑃𝑆 √5 1 2
2
Mas:
5 7
𝑅𝑃 + 𝑅𝐵 = 6 ⇒ 𝑅𝐵 = 6 − =
2 2
7 17
Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑜 𝐵𝐶𝑄𝑅 = 5 + =
2 2
Por fim:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 138


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17 35
Á𝑟𝑒𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = +9=
2 2
Gabarito: “d”.
29. (CN/2013)

Sabendo-se que ABC é um triângulo retângulo de hipotenusa BC = 𝒂, qual é o valor máximo da área
de ABC?
𝒂𝟐 √𝟐
a) 𝟒
𝒂𝟐
b)
𝟒
𝟑𝒂𝟐 √𝟐
c) 𝟒
𝟑𝒂𝟐
d) 𝟒
𝟑𝒂𝟐
e)
𝟐

Comentários
Sejam 𝑏 𝑒 𝑐 os catetos. Do teorema de Pitágoras, sabemos que:
𝑐 2 + 𝑏2 = 𝑎2
A área do triângulo é dada por:
𝑏∙𝑐
𝑆=
2
Da desigualdade entre as médias, temos:
𝑐 2 + 𝑏2 𝑐 2 + 𝑏2 𝑐𝑏
≥ √𝑐 2 𝑏2 = 𝑐𝑏 ⇒ ≥ =𝑆
2 4 2
Ou seja:
𝑎2
𝑆≤
4
𝑎2
Portanto, como não temos nenhuma restrição para os catetos, o máximo é , que ocorre
4
quando 𝑏 = 𝑐, da igualdade da desigualdade entre as médias.
Gabarito: “b”.
30. (CN/2013)

Considere que ABCD é um trapézio, onde os vértices são colocados em sentido horário, com bases
AB = 10 e CD = 22. Marcam-se na base AB o ponto P e na base CD o ponto Q, tais que AP = 4 e CQ =
x. Sabe-se que as áreas dos quadriláteros APQD e PBCQ são iguais. Sendo assim, pode-se afirmar
que a medida x é:

a) 10
b) 12

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 139


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c) 14

d) 15

e) 16
Comentários
Esboçando a situação proposta:

Da igualdade das áreas:


ℎ ℎ
∙ (4 + 22 − 𝑥) = ∙ (6 + 𝑥) ⇒ 26 − 𝑥 = 6 + 𝑥 ⇒ 𝑥 = 10
2 2
Gabarito: “a”.
31. (CN/2013)

Seja ABC um triângulo acutângulo e L a circunferência circunscrita ao triângulo. De um ponto Q


(diferente de A e de C) sobre o menor arco AC de L são traçadas perpendiculares às retas suportes
dos lados do triângulo. Considere M, N e P os pés das perpendiculares sobre os lados AB, AC e BC,
respectivamente. Tomando MN = 12 e PN = 16, qual é a razão entre as áreas dos triângulos BMN e
BNP?
𝟑
a) 𝟒
𝟗
b) 𝟏𝟔
𝟖
c)
𝟗
𝟐𝟓
d)
𝟑𝟔
𝟑𝟔
e) 𝟒𝟗

Comentários
O primeiro passo é provar que os pontos 𝑀, 𝑁 𝑒 𝑃 são colineares. Esse resultado é
conhecido como teorema de Simsom-Wallace e será demonstrado abaixo.

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 140


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̂𝐶 e 𝑀𝑁
Nosso objetivo é mostrar que os ângulos 𝑃𝑁 ̂𝐴 são iguais.
Primeiro, veja que o quadrilátero 𝑃𝐶𝑁𝑄 é inscritível, pois a soma dos ângulos opostos 𝑄𝑃̂ 𝐶
̂𝑄 é 180°. Disso, temos que 𝑃𝑁
e 𝐶𝑁 ̂𝐶 = 𝐶𝑄̂ 𝑃.
̂𝐴 = 𝑄𝑀
Veja também que o quadrilátero 𝑄𝑁𝑀𝐴 é inscritível, pois 𝑄𝑁 ̂ 𝐴 = 90°. Daí, segue
̂𝑀 = 𝑀𝑄̂𝐴.
que 𝐴𝑁
O quadrilátero 𝐴𝐵𝐶𝑄 é inscritível por construção, do que segue que 𝐶𝑄̂ 𝐴 + 𝐴𝐵̂ 𝐶 = 180°.
O quadrilátero 𝑀𝑄𝑃𝐵 também é inscritível pelo mesmo motivo do quadrilátero 𝑃𝐶𝑁𝑄, do
que segue que 𝑀𝑄̂𝑃 + 𝐴𝐵̂𝐶 = 180°.
Combinando as duas últimas informações, temos que 𝑀𝑄̂ 𝑃 = 𝐶𝑄̂ 𝐴. Mas:
𝑀𝑄̂𝑃 = 𝑀𝑄̂ 𝐶 + 𝐶𝑄̂ 𝑃
𝐶𝑄̂ 𝐴 = 𝑀𝑄̂ 𝐶 + 𝑀𝑄̂ 𝐴
Logo:
𝐶𝑄̂𝑃 = 𝑀𝑄̂ 𝐴 ⇒ 𝑃𝑁
̂𝐶 = 𝐴𝑁
̂𝑀
Como os ângulos opostos pelo vértice 𝑁 são iguais e 𝐴𝐶 é uma reta, segue que 𝑀, 𝑃 𝑒 𝑁
devem ser colineares.

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 141


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Para achar a razão entre as áreas dos triângulos Δ𝐵𝑀𝑁 e Δ𝐵𝑁𝑃 basta ver que eles
possuem a mesma altura relativa à reta 𝑀𝑃, digamos ℎ. Suas áreas são:
ℎ ∙ 𝑀𝑁
Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑜 Δ𝐵𝑀𝑁 =
2
ℎ ∙ 𝑁𝑃
Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑜 Δ𝐵𝑁𝑃 =
2
Perceba que a razão entre as áreas se resume à razão entre os seguimentos 𝑀𝑁 𝑒 𝑁𝑃:
𝑀𝑁 12 3
= =
𝑁𝑃 16 4
Gabarito: “a”.
32. (CN/2012)

Em dois triângulos, 𝑻𝟏 e 𝑻𝟐 , cada base é o dobro da respectiva altura. As alturas desses triângulos,
h1 e h2, são números ímpares positivos. Qual é o conjunto dos valores possíveis de h 1 e h2, de modo
que a área 𝑻𝟏 + 𝑻𝟐 seja equivalente à área de um quadrado de lado inteiro?

a) 0

b) unitário

c) finito

d) {𝟑, 𝟓, 𝟕, 𝟗, 𝟏𝟏, . . . }

e) {𝟏𝟏, 𝟏𝟕, 𝟐𝟑, 𝟐𝟗, . . . }


Comentários
As bases desses triângulos são 2ℎ1 𝑒 2ℎ2 , respectivamente, de modo que suas áreas são:
ℎ1 ∙ 2ℎ1
𝑇1 = = ℎ12
2
ℎ2 ∙ 2ℎ2
𝑇2 = = ℎ22
2
Logo:
𝑇1 + 𝑇2 = ℎ12 + ℎ22
Mas ℎ1 𝑒 ℎ2 são inteiros ímpares, isto é:
ℎ1 = 2𝑛1 + 1 𝑒 ℎ2 = 2𝑛2 + 1
Assim:
ℎ12 = 4𝑛12 + 4𝑛1 + 1
ℎ22 = 4𝑛22 + 4𝑛2 + 1
ℎ12 + ℎ22 = 4(𝑛12 + 𝑛1 + 𝑛22 + 𝑛2 ) + 2
Seja 𝑙 o lado do quadrado. Como ele é inteiro, ou ele é par ou é ímpar. Disso, veja que:
𝑙 = 2𝑛 ⇒ 𝑙 2 = 4𝑛2

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 142


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Ou:
𝑙 = 2𝑛 + 1 ⇒ 𝑙 2 = 4(𝑛 2 + 𝑛) + 1
Ou seja, o quadrado de um inteiro somente pode deixar resto 0 𝑜𝑢 1 na divisão por quatro,
o que não é o caso da soma 𝑇1 + 𝑇2 , que deixa resto 2.
Daí, concluímos que a igualdade não é possível e o conjunto é vazio.
Gabarito: “a”.
33. (CN/2012)

Observe a figura a seguir.

A figura acima apresenta um quadrado ABCD de lado 2. Sabe-se que E e F são, os pontos médios dos
lados DC e CB, respectivamente. Além disso, EFGH também formam um quadrado e I está sobre o
𝐆𝐇
lado GH, de modo que 𝐆𝐈 = 𝟒 . Qual é a área do triângulo BCI?
𝟕
a) 𝟖
𝟔
b) 𝟕
𝟓
c) 𝟔
𝟒
d) 𝟓
𝟑
e) 𝟒

Comentários
Para calcular a área do triângulo Δ𝐵𝐶𝐼, precisamos de uma base e de uma altura. Por
conveniência, vamos tomar a base 𝐵𝐶 e vamos calcular a atura relativa à essa base.
Para encontrar essa altura, veja que ela corresponde à perpendicular traçada do ponto 𝐼
sobre a reta suporte de 𝐵𝐶. Observe:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 143


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√2 3
Como 𝐺𝐻 = √2, pois é o lado do quadrado 𝐸𝐹𝐺𝐻, do enunciado, 𝐺𝐼 = ⇒ 𝐼𝐻 = √2.
4 4
3 3 1 3
Como 𝐼𝐻𝐽 = 45°, 𝐼𝐽 = √2 ∙ 𝑠𝑒𝑛 45° = √2 ∙ = .
4 4 √2 4

Assim, temos que a área pedida é:


3
𝐼𝐽 ∙ 𝐵𝐶 4 ∙ 2 3
Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑜 𝐵𝐶𝐼 = = =
2 2 4
Gabarito: “e”.
34. (CN/2012)

Um trapézio isósceles tem lados não paralelos medindo 𝟏𝟎√𝟑. Sabendo que a bissetriz interna da
base maior contém um dos vértices do trapézio, qual é a área desse trapézio?

a) 𝟕𝟓√𝟑

b) 𝟏𝟎𝟓√𝟑

c) 𝟏𝟖𝟎√𝟑

d) 𝟐𝟐𝟓√𝟑

e) 𝟐𝟕𝟓√𝟑
Comentários
O enunciado dessa questão está incompleto, pois com os dados fornecidos não podemos
determinar a base desse trapézio, que é variável, veja:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 144


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O ângulo 𝐵𝐴̂𝐷 não está definido, o que torna impossível determinar a base 𝐴𝐷. Perceba
que um quadrado de lado 10√3 também satisfaz o enunciado (caso em que 𝐵𝐴̂𝐷 = 90°).
Gabarito: Anulada.
35. (CN/2011)

Um aluno estudava sobre polígonos convexos e tentou obter dois polígonos de 𝑵 e 𝒏 lados (𝑵 ≠ 𝒏),
e com 𝑫 e 𝒅 diagonais, respectivamente, de modo que 𝑵 − 𝒏 = 𝑫 − 𝒅. A quantidade de soluções
corretas que satisfazem essas condições é:

a) 0.

b) 1.

c) 2.

d) 3.

e) indeterminada.
Comentários
Do estudo da geometria plana, sabemos que:
𝑁(𝑁 − 3) 𝑛(𝑛 − 3)
𝐷= 𝑒𝑑=
2 2
Usando a relação fornecida:
𝑁 (𝑁 − 3) 𝑛(𝑛 − 3)
𝑁−𝑛 = −
2 2
2 2
2(𝑁 − 𝑛 ) = 𝑁 − 3𝑁 − 𝑛 + 3𝑛 ⇒
⇒ 2(𝑁 − 𝑛) = (𝑁 − 𝑛 )(𝑁 + 𝑛 ) − 3(𝑁 − 𝑛 )
Ou seja:
(𝑁 − 𝑛 )(𝑁 + 𝑛 − 5) = 0

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 145


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Como 𝑛 ≠ 𝑁, temos que:


𝑁+𝑛−5=0⇒ 𝑁+𝑛 =5
Mas como 𝑁 𝑒 𝑛 são lados de um polígono convexo, devem obedecer 𝑛, 𝑁 > 3, isto é, 𝑁 +
𝑛 > 6. Logo, não há solução para a equação acima.
Gabarito: “a”.
36. (CN/2011)
Observe a ilustração a seguir.

Qual a quantidade mínima de peças necessárias para revestir, sem falta ou sobra, um quadro de
lado 5, utilizando as peças acima?

a) 12

b) 11

c) 10

d) 9

e) 8
Comentários
O primeiro passo é calcular a área de cada peça:
Peça I:
𝑆1 = 1 ∙ 2 = 2
Peça II:
𝑆2 = 2 ∙ 2 − 1 ∙ 1 = 3
Um quadrado de lado 5 possui área:
𝑆 = 52 = 25
Seja ainda 𝑎 a quantidade da peça I e 𝑏 a quantidade da peça II. Temos que:
2𝑎 + 3𝑏 = 25
Queremos o valor mínimo de 𝑎 + 𝑏 sabendo que 𝑎 𝑒 𝑏 são naturais.
A equação acima é uma equação diofantina. Do estudo das equações desse tipo, sabemos
que se (𝑎0 , 𝑏0 ) é um par solução dessa equação, então (𝑎0 + 3𝑘, 𝑏0 − 2𝑘) representa todas as
soluções dessa equação para 𝑘 inteiro qualquer, pois 𝑚𝑑𝑐 (2,3) = 1.

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 146


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Uma solução particular facilmente verificável é (2,7), do que temos que todas as soluções
podem ser expressas por (2 + 3𝑘, 7 − 2𝑘 ).
Mas devemos lembrar que queremos apenas as soluções naturais, isto é:
2
2 + 3𝑘 > 0 ⇒ 𝑘 > −
3
7
7 − 2𝑘 > 0 ⇒ >𝑘
2
Do que segue que:
2 7
− <𝑘<
3 2
Ou seja, 𝑘 pertence ao conjunto:
{0,1,2,3}
Veja ainda que:
𝑎 + 𝑏 = 2 + 3𝑘 + 7 − 2𝑘 = 9 + 𝑘
O valor é mínimo quando 𝑘 = 0, isto é, 𝑎 + 𝑏 = 9 + 0 = 9.
Gabarito: “d”.
37. (CN/2011)

Considere a figura a seguir.

𝑺(𝑴𝑷𝑸)
A razão , entre as áreas dos triângulos MPQ e ABC, é:
𝑺(𝑨𝑩𝑪)
𝟕
a) 𝟏𝟐
𝟓
b)
𝟏𝟐
𝟕
c) 𝟏𝟓
𝟖
d) 𝟏𝟓
𝟕
e) 𝟖
Comentários

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 147


Prof. Victor So

A ideia para resolver essa questão é relacionar a área dos triângulos Δ𝐴𝑄𝑀, Δ𝐵𝑄𝑃 𝑒 Δ𝐶𝑃𝑀
com a área do triângulo Δ𝐴𝐵𝐶. Para fazer isso seguiremos a mesma ideia para os três triângulos.
Faremos apenas para um deles, para os outros dois é completamente análogo. Além disso,
denotaremos por 𝑆 a área do Δ𝐴𝐵𝐶.
Fazendo primeiro para o Δ𝑄𝑀𝐴:

Da semelhança entre os triângulos Δ𝑄𝑅𝐴 e Δ𝐵𝑆𝐴 (𝐿𝐿𝐿), temos:


𝑄𝑅 𝑄𝐴
=
𝐵𝑆 𝐵𝐴
As áreas:
𝑀𝐴 ∙ 𝑄𝑅 𝑄𝑅 ∙ 𝑏
Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑜 Δ𝑄𝑀𝐴 = =
2 2
𝐴𝐶 ∙ 𝐵𝑆 3𝑏 ∙ 𝐵𝑆
Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑜 Δ𝐴𝐵𝐶 = =
2 2
A razão entre as áreas:
𝑄𝑅 ∙ 𝑀𝐴
Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑜 Δ𝑄𝑀𝐴 2 𝑀𝐴 ∙ 𝑄𝐴 1 𝑄𝐴 1 4 4
= = = ∙ = ∙ =
𝑆 𝐴𝐶 ∙ 𝐵𝑆 𝐴𝐶 ∙ 𝐵𝐴 3 𝐵𝐴 3 5 15
2
Ou seja:
4
Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑜 Δ𝑄𝑀𝐴 = 𝑆
15
De maneira análoga:
Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑜 Δ𝑃𝐶𝑀 𝑃𝐶 ∙ 𝐶𝑀 𝑎 ∙ 2𝑏 1
= = =
𝑆 𝐵𝐶 ∙ 𝐶𝐴 4𝑎 ∙ 3𝑏 6

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 148


Prof. Victor So

Logo:
1
Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑜 Δ𝑃𝐶𝑀 = 𝑆
6
Analogamente:
Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑜 Δ𝑄𝐵𝑃 𝑄𝐵 ∙ 𝐵𝑃 𝑐 ∙ 3𝑎 3
= = =
𝑆 𝐴𝐵 ∙ 𝐵𝐶 5𝑐 ∙ 4𝑎 20
Logo:
3
Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑜 Δ𝑄𝐵𝑃 = 𝑆
20
Veja que:
3 1 4 60 − 35 25 5
𝑆(𝑀𝑃𝑄) = 𝑆 − ( 𝑆+ 𝑆+ 𝑆) = 𝑆= 𝑆= 𝑆
20 6 15 60 60 12
E finalmente:
𝑆(𝑀𝑃𝑄) 5
=
𝑆(𝐴𝐵𝐶) 12
Gabarito: “b”.
38. (CN/2011)
𝑨𝑩
Num paralelogramo ABCD de altura CP = 3, a razão 𝑩𝑪 = 𝟐. Seja M o ponto médio de AB e P o pé da
altura de ABCD baixada sobre o prolongamento de AB, a partir de C. Sabe-se que a razão entre as
𝑺(𝑴𝑷𝑪) 𝟐+√𝟑
áreas dos triângulos MPC e ADM é 𝑺(𝑨𝑫𝑴) = . A área do triângulo PBC é igual a:
𝟐

𝟏𝟓√𝟑
a) 𝟐
𝟗√𝟑
b) 𝟐
𝟓√𝟑
c) 𝟐
𝟑√𝟑
d) 𝟐
√𝟑
e) 𝟐

Comentários
O primeiro passo é esboçar a situação proposta, de modo que vamos denotar 𝐴𝑀 = 𝑥 e
𝐵𝑃 = 𝑦:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 149


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Os triângulos Δ𝐴𝑀𝐵 𝑒 Δ𝑀𝑃𝐶 possuem mesma altura, então a razão entre as áreas é igual
a razão entre as bases:
𝑥 + 𝑦 2 + √3 √3𝑥
= ⇒ 2𝑦 + 2𝑥 = 2𝑥 + √3𝑥 ⇒ 𝑦 =
𝑥 2 2
Aplicando o teorema de Pitágoras ao Δ𝐵𝑃𝐶, temos:
2
√3𝑥
𝑥 2 = 32 + 𝑦 2 = 32 + ( ) ⇒𝑥=6
2
Logo:
6√3
𝑦= = 3√3
2
Por fim, a área do Δ𝐵𝑃𝐶:
3 ∙ 3√3 9√3
=
2 2
Gabarito: “b”.
39. (CN/2010)

ABC é um triângulo equilátero. Seja P um ponto do plano de ABC e exterior ao triângulo de tal forma
que PB intersecta AC em Q (Q está entre A e C). Sabendo que o ângulo APB é igual a 60°, que PA = 6
e PC = 8, a medida de PQ será
𝟐𝟒
a) 𝟕
𝟐𝟑
b) 𝟓
𝟏𝟗
c) 𝟔
𝟑𝟑
d) 𝟏𝟒
𝟏𝟏
e) 𝟒

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 150


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Comentários
Esboçando a situação proposta, temos:

O quadrilátero 𝐴𝐵𝐶𝑃 é inscritível, pois 𝐴𝐶̂ 𝐵 = 𝐴𝑃̂ 𝐵. Disso, temos que 𝐵𝑃̂ 𝐶 = 𝐵𝐴̂𝐶 =
60°.
Da trigonometria aplicada à geometria plana, temos que a área do triângulo Δ𝐴𝑃𝐶, ou seja,
𝑆(𝐴𝑃𝐶), pode ser calculada como sendo:
𝐴𝑃 ∙ 𝑃𝐶 ∙ 𝑠𝑒𝑛 120° 6 ∙ 8 ∙ 𝑠𝑒𝑛 120°
𝑆(𝐴𝑃𝐶 ) = =
2 2
Além disso:
𝑆(𝐴𝑃𝐶 ) = 𝑆(𝐴𝑃𝑄) + 𝑆(𝑄𝑃𝐶)
𝐴𝑃 ∙ 𝑃𝑄 ∙ 𝑠𝑒𝑛 60° 6 ∙ 𝑃𝑄 ∙ 𝑠𝑒𝑛 60°
𝑆(𝐴𝑃𝑄) = =
2 2
𝑃𝑄 ∙ 𝑃𝐶 ∙ 𝑠𝑒𝑛 60° 𝑃𝑄 ∙ 8 ∙ 𝑠𝑒𝑛 60°
𝑆(𝑄𝑃𝐶 ) = =
2 2
Como 60° + 120° = 180°, temos 𝑠𝑒𝑛 60° = 𝑠𝑒𝑛 120°.
Por fim:
6 ∙ 8 ∙ 𝑠𝑒𝑛 120° 6 ∙ 𝑃𝑄 ∙ 𝑠𝑒𝑛 60° 𝑃𝑄 ∙ 8 ∙ 𝑠𝑒𝑛 60°
= + ⇒
2 2 2
48 24
⇒ 48 = 6𝑃𝑄 + 8𝑃𝑄 = 14𝑃𝑄 ⇒ 𝑃𝑄 = =
14 7
Gabarito: “a”.
40. (CN/2010)

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 151


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Considere o conjunto de todos os triângulos retângulos. Sendo h a altura relativa à hipotenusa,


√𝟏𝟓
quantos elementos, nesse conjunto, tem altura igual 𝒉𝟐 ?
𝟒

a) Infinitos.

b) Mais de dezesseis e menos de trinta.

c) Mais de quatro e menos de 15.

d) Apenas um.

e) Nenhum.
Comentários
Essa questão foi anulada no concurso e seu enunciado deve ser corrigido para altura igual
√15
a ℎ2 .
4

Suponha que a hipotenusa tenha medida 𝑎, temos que:


𝑎 ∙ ℎ √15 2 √15
= ℎ ⇒𝑎= ℎ
2 4 2
Agora observe a figura abaixo:

O conjunto de triângulos que possuem altura ℎ tem altura no máximo 𝑎/2, conforme se
observa na figura. O máximo ocorre quando a altura é também mediana relativa à hipotenusa.
√15 √15
Mas se o triângulo possui área ℎ2 e altura ℎ, vimos que 𝑎 = ℎ. Isso implica:
4 2

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 152


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√15ℎ
𝑎
≥ ℎ ⇒ 2 ≥ ℎ ⇒ √15 ≥ 4 ⇒ 15 ≥ 16
2 2
Que é absurdo. Logo, há nenhum elemento nesse conjunto.
Gabarito: (anulada) “e”.
41. (CN/2010)

Tem-se o quadrado de vértices ABCD com lados medindo k cm. Sobre AB marca-se M, de modo que
𝑩𝑴
𝑨𝑴 = 𝟑 . Sendo N o simétrico de B em relação ao lado CD, verifica-se que MN corta a diagonal AC
em P. Em relação à área ABCD a área do triângulo PBC equivale a:

a) 18%

b) 24%

c) 27%

d) 30%

e) 36%
Comentários
Fazendo um esboço da situação, temos:

Aplicando o teorema de Menelaus ao Δ𝐴𝐵𝐶:


𝐵𝑁 𝐶𝑃 𝐴𝑀 𝐶𝑃 1 𝐶𝑃 3
∙ ∙ =1⇒2∙ ∙ =1⇒ =
𝑁𝐶 𝑃𝐴 𝑀𝐵 𝑃𝐴 3 𝑃𝐴 2
Os Δ𝐴𝑃𝐵 𝑒 Δ𝑃𝐵𝐶 possuem mesma altura. Vamos denotar:
𝑆(𝐴𝑃𝐵) = 𝐴 𝑒 𝑆 (𝑃𝐵𝐶 ) = 𝐵
Disso, temos:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 153


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𝑆(𝐴𝐵𝐶𝐷)
𝐴+𝐵 =
{ 2
𝐵 3
=
𝐴 2
Resolvendo em função de 𝑆(𝐴𝐵𝐶𝐷):
3 𝐵
𝐵= 𝑆(𝐴𝐵𝐶𝐷 ) ⇒ = 0,3 = 30%
10 𝑆(𝐴𝐵𝐶𝐷 )
Gabarito: “d”.
42. (CN/2010)

Seja ABC um triângulo com lados AB = 15, AC = 12 e BC = 18. Seja P um ponto sobre o lado AC, tal
que PC = 3AP. Tomando Q sobre BC, entre B e C, tal que a área do quadrilátero APQB seja igual à
área do triângulo PQC, qual será o valor de BQ?

a) 3,5

b) 5

c) 6

d) 8

e) 8,5
Comentários
Fazendo um esboço da situação proposta:

A ideia é utilizar a razão entre áreas para determinar a razão entre os seguimentos
𝐶𝑄 𝑒 𝑄𝐵.
Para simplificar, seja:
𝑆(𝐴𝐵𝐶 ) = 𝑆

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 154


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𝑆(𝐴𝑃𝐵) = 𝐴
𝑆(𝑃𝐵𝑄) = 𝐵
𝑆
Como 𝑆 (𝐶𝑄𝑃 ) = 𝑆(𝐴𝑃𝑄𝐵) e 𝑆(𝐴𝐵𝐶 ) = 𝑆(𝐶𝑃𝑄) + 𝑆(𝐴𝑃𝑄𝐵), segue que 𝑆(𝐶𝑃𝑄) = .
2

Além disso, como os Δ𝑃𝐶𝐵 e Δ𝐴𝑃𝐵 possuem mesma altura, a razão entre suas áreas é
dada por:
𝐴 𝐴𝑃 1 𝑆
= = ⇒ 3𝐴 − 𝐵 = 𝑒𝑞. 01
𝑆 𝑃𝐶 3 2
𝐵+
2
𝑆
Por outro lado, 𝐴 + 𝐵 = 𝑒𝑞. 02.
2

Combinando as equações 01 𝑒 02, vem:


𝑆
𝐴=𝐵=
4
Veja que os Δ𝐶𝑃𝑄 e Δ𝑃𝑄𝐵 possuem mesma altura, de modo que a razão entre suas áreas
é dada por:
𝑆
𝑆(𝑃𝐵𝑄) 𝐵𝑄 𝐵𝑄
= ⇒4= ⇒ 𝑄𝐶 = 2𝐵𝑄
𝑆 (𝐶𝑃𝑄) 𝑄𝐶 𝑆 𝑄𝐶
2
Por fim:
𝑄𝐶 + 𝐵𝑄 = 18 ⇒ 2𝐵𝑄 + 𝐵𝑄 = 18 ⇒ 𝐵𝑄 = 6
Gabarito: “c”.
43. (CN/2009)

O triângulo de lados 0,333... cm, 0,5cm e 0,666... cm é equivalente ao triângulo isósceles de base
0,333... cm e lados congruentes medindo x centímetros cada um. Com base nos dados apresentados,
é correto afirmar que x é igual a
√𝟑
a) 𝟐
√𝟏𝟓𝟏
b)
𝟐𝟒
𝟏
c)
𝟑
√𝟐𝟓𝟕
d)
𝟒𝟖
√𝟏𝟓+𝟒√𝟔
e) 𝟑𝟔

Comentários
Dois triângulos são ditos equivalentes se possuem a mesma área.
O primeiro passo é perceber que:
1
0,333 … =
3

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 155


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1
0,5 =
2
2
0,666 … =
3
O semiperímetro desse triângulo é dado por:
1 1 2
+ +
2 3 3=3
2 4
Por Heron, temos que a área desse triângulo é dada por:

3 3 1 3 1 3 2 √15
𝐴 =√ ∙( − )∙( − )∙( − ) =
4 4 2 4 3 4 3 18
Tomando como base o lado 1/3 do triângulo isósceles e lembrando da equivalência entre
os triângulos:
1
ℎ∙
3 = √15 ⇒ ℎ = √15
2 18 8
Observe a figura abaixo:

Acima está representado o triângulo isósceles com sua altura traçada, de modo que, pelo
teorema de Pitágoras, podemos escrever:
2
1 2 √15 1 √151
ℎ + ( ) = 𝑥2 ⇒ (
2 ) + = 𝑥2 ⇒ 𝑥 =
6 8 36 24
Gabarito: “b”.
44. (CN/2009)

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 156


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Sendo 𝒉𝑨 , 𝒉𝑩 e 𝒉𝑪 as medidas das alturas; 𝒎𝑨 , 𝒎𝑩 e 𝒎𝑪 as medidas das medianas; e 𝒃𝑨 , 𝒃𝑩 e 𝒃𝑪


as medidas das bissetrizes internas de um triângulo ABC, analise as afirmativas a seguir.
𝟏 𝟏 𝟏
I. O triângulo formado pelos segmentos 𝒉 , 𝒉 e 𝒉 é semelhante ao triângulo ABC.
𝑨 𝑩 𝑪
𝟏 𝟏 𝟏
II. O triângulo formado pelos segmentos 𝒎 , 𝒎 e 𝒎 é semelhante ao triângulo ABC.
𝑨 𝑩 𝑪
𝟏 𝟏 𝟏
III. O triângulo formado pelos segmentos 𝒃 , 𝒃 e 𝒃 é semelhante ao triângulo ABC.
𝑨 𝑩 𝑪

Pode-se concluir que

a) apenas I é sempre verdadeira.

b) apenas II é sempre verdadeira.

c) apenas III é sempre verdadeira.

d) I, II e III são sempre verdadeiras.

e) I, II e III são sempre falsas.


Comentários
Vamos analisar cada afirmação.
Afirmação I:
Podemos calcular a área do triângulo usando cada lado e cada altura correspondente:
𝑎ℎ𝐴 𝑏ℎ𝐵 𝑐ℎ𝐶 𝑎 𝑏 𝑐
𝑆= = = ⇒ = = = 2𝑆
2 2 2 1 1 1
ℎ𝐴 ℎ𝐵 ℎ𝐶
Veja que os lados são proporcionais aos inversos das alturas, do que temos que os dois
triângulos são semelhantes. Portanto, é verdadeira.
Afirmação II:
Falsa. Observe o triângulo retângulo isósceles de lados 2, 2 𝑒 2√2:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 157


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Suas medianas valem √5, √5 e √2. Veja que:


2 2 2
1 1 1
(
) +( ) <( )
√5 √5 √2
Do que temos que o triângulo formado pelos inversos das medianas não é retângulo, logo
não é semelhante ao triângulo original.
Afirmação III:
A ideia neste item é olhar novamente para o triângulo retângulo de lados 2, 2 𝑒 2√2, pois
podemos calcular facilmente suas bissetrizes:

A bissetriz relativa à hipotenusa tem medida √2, pois também é mediana relativa à
hipotenusa.
𝐷𝐴 2 √2
Do teorema da bissetriz interna, temos que = = √2 ⇒ 𝐷𝐴 = √2𝐶𝐷. Além disso:
𝐶𝐷 2

𝐶𝐷 + 𝐷𝐴 = 𝐶𝐴 = 2 ⇒ 𝐶𝐷 + √2𝐶𝐷 = 2 ⇒ 𝐶𝐷 = 2(√2 − 1)
Usando Pitágoras no Δ𝐷𝐶𝐵:
2
𝐷𝐵2 = 22 + [2(√2 − 1)] ⇒ 𝐷𝐵 = 2√4 − 2√2

Como ele é isósceles, sua outra bissetriz também vale 2√4 − 2√2.
1 1
Observe que < e:
2√4−2√2 √2
2 2 2
1 1 1
( ) +( ) <( )
2√4 − 2√2 2√4 − 2√2 √2
Do que segue que o triângulo formado pelos inversos das bissetrizes não é retângulo e,
portanto, não pode ser semelhante ao triângulo original.

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 158


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Gabarito: “a”.
45. (CN/2009)

Sobre o lado maior de um retângulo de base 1 e altura 2 constrói-se um retângulo de base 2 e altura
3; sobre o maior lado desse último, constrói-se um retângulo de base 3 e altura 4; e assim
sucessivamente, até se construir o retângulo de base 99 e altura 100. Com quantos zeros termina o
produto das áreas de cada um desses retângulos?

a) 39

b) 40

c) 46

d) 78

e) 80
Comentários
A área de um retângulo é o produto de sua base por sua altura. Disso, temos que o produto
das áreas de todos os retângulos é dado por:
(1 ∙ 2) ∙ (2 ∙ 3) ∙ (3 ∙ 4) ∙ … ∙ (98 ∙ 99) ∙ (99 ∙ 100)
Observe que isso pode ser reescrito como:
(1 ∙ 2 ∙ 3 ∙ … ∙ 100)2
100
Para que se obtenha a quantidade de zeros na terminação do número, basta contar a
quantidade de fatores 10 que esse número possui. Veja ainda que cada fator 10 = 2 ∙ 5. Mas a
quantidade de fatores 2 deve ser superior a quantidade de fatores 5, de modo que basta
contarmos a quantidade de fatores 5 que esse número possui.
Para contar a quantidade de fatores 5 dos números de 1 a 100 devemos fazer:
100
⌊ ⌋ = 20
5
100
⌊ ⌋=4
25
Logo, temos 24 fatores 5 de 1 a 100. Portanto, no produto de 1 a 100, devemos ter 24
zeros que, ao quadrado, resulta em 48 fatores.
Mas o nosso número está divido por 100, do que temos que subtrair dois fatores 10,
restando:
48 − 2 = 46
Gabarito: “c”.
46. (CN/2009)

A área de um quadrado de 5 cm de lado, na unidade 𝒖 definida como sendo a área de um círculo de


raio 1 cm, é:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 159


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a) exatamente 25.

b) exatamente 12,5.

c) aproximadamente 8.

d) aproximadamente 6.

e) aproximadamente 5.
Comentários
Em centímetros quadrados, a área do quadrado é dada por:
5𝑐𝑚 ∙ 5𝑐𝑚 = 25𝑐𝑚2
A unidade 𝑢 é definida por:
𝑢 = 𝜋 ∙ 12 𝑐𝑚2 = 𝜋 𝑐𝑚2
Dessa forma, a quantidade de unidades 𝑢 contidas no quadrado é dada por:
25
= 7,95 ≈ 8 𝑢
𝜋
Gabarito: “c”.
47. (CN/2008)

Seja ABC um triângulo retângulo com catetos AC = 12 e AB = 5. A bissetriz interna traçada de C


intersecta o lado AB em M. Sem

do I o incentro de ABC, a razão entre as áreas de BMI e ABC é:


𝟏
a) 𝟓𝟎
𝟏𝟑
b) 𝟔𝟎
𝟏
c) 𝟑𝟎
𝟏𝟑
d) 𝟏𝟓𝟎
𝟐
e)
𝟐𝟓

Comentários
Fazendo um esboço da situação:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 160


Prof. Victor So

Pelo teorema de Pitágoras:


𝐶𝐴2 + 𝐴𝐵2 = 𝐵𝐶 2 ⇒ 122 + 52 = 𝐵𝐶 2 ⇒ 𝐵𝐶 = 13
Do teorema da bissetriz interna:
𝐶𝐴 𝐵𝐶 13
= ⇒ 𝑀𝐵 = 𝐴𝑀
𝐴𝑀 𝑀𝐵 12
13 12 13
𝐴𝑀 + 𝑀𝐵 = 𝐴𝑀 + 𝐴𝑀 = 5 ⇒ 𝐴𝑀 = ⇒ 𝑀𝐵 =
12 5 5
A área do Δ𝐴𝐵𝐶:
12 ∙ 5
𝑆(𝐴𝐵𝐶 ) = = 30
2
A área do Δ𝐶𝐴𝑀:
12
12 ∙
𝑆(𝐶𝐴𝑀 ) = 5 = 144
2 10
Por simplicidade, seja 𝑆(𝑀𝐵𝐼) = 𝐴.
Do teorema da bissetriz interna aplicada ao Δ𝐶𝑀𝐵:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 161


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𝐵𝑀 𝐵𝐶 𝐶𝐼 𝐵𝐶 13
= ⇒ = = =5
𝑀𝐼 𝐶𝐼 𝑀𝐼 𝐵𝑀 13
5
Como os Δ𝑀𝐵𝐼 e Δ𝐼𝐵𝐶 possuem mesma altura relativa ao segmento 𝐶𝑀, temos que:
𝑆(𝑀𝐵𝐼) 𝐴 𝑀𝐼 1
= = = ⇒ 𝑆(𝐼𝐵𝐶 ) = 5𝐴
𝑆(𝐼𝐵𝐶 ) 𝑆(𝐼𝐵𝐶 ) 𝐶𝐼 5
Por fim:
144
𝑆(𝑀𝐵𝐼) + 𝑆(𝐼𝐵𝐶 ) = 𝑆(𝐶𝑀𝐵) = 𝑆(𝐴𝐵𝐶 ) − 𝑆(𝐶𝐴𝑀 ) = 30 −
10
Ou seja:
144
𝐴 + 5𝐴 = 30 − ⇒ 𝐴 = 2,6
10
Queremos:
𝐴 2,6 26 13
= = =
𝑆(𝐴𝐵𝐶 ) 30 300 150
Gabarito: “d”.
48. (CN/2008)

Duas tangentes a uma circunferência, de raio igual a dois centímetros, partem de um mesmo ponto
P e são perpendiculares entre si. A área, em centímetros quadrados, da figura limitada pelo conjunto
de todos os pontos P do plano, que satisfazem as condições dadas, é um número entre

a) vinte e um e vinte e dois.

b) vinte e dois e vinte e três.

c) vinte e três e vinte e quatro.

d) vinte e quatro e vinte e cinco.

e) vinte e cinco e vinte e seis.


Comentários
O primeiro passo é fazer um esquema representando a situação:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 162


Prof. Victor So

Observe que os pontos 𝑃 que satisfazem o enunciado estão a uma distância fixa 𝑂𝑃 do
centro da circunferência. Isso significa que o lugar geométrico dos pontos 𝑃 é uma circunferência
de raio:
𝑂𝑃 2 = 22 + 22 ⇒ 𝑂𝑃 = 2√2 𝑐𝑚
Por fim, a área da figura é:
2
𝜋 ∙ (2√2) = 8𝜋 = 8 ∙ 3,14 = 25,12 𝑐𝑚2
Logo, ela está entre 25 𝑒 26.
Gabarito: “e”.
49. (CN/2007)

Com a “ponta seca” de um compasso, colocada no centro de um quadrado de lado 2, traça-se uma
circunferência de raio r. Observa-se que cada arco da circunferência, externo ao quadrado, tem o
dobro do comprimento de cada arco interno. Usando-se raiz quadrada de 3 igual a 1,7 e 𝝅 = 𝟑, qual
a área da região intersecção do quadrado e do círculo, assim determinado?
a) 2,8

b) 3,0

c) 3,2

d) 3,4

e) 3,6
Comentários
Fazendo um esquema da situação, temos:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 163


Prof. Victor So

Pela figura acima, percebe-se que há 4 ângulos iguais a 𝛽 e 4 iguais a 2𝛽, formando um
ângulo de 360°. Disso, temos:
4𝛽 + 4(4𝛽) = 360° ⇒ 12𝛽 = 360° ⇒ 𝛽 = 30°
O próximo passo é encontrar o raio da circunferência. Para isso, observe a figura abaixo:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 164


Prof. Victor So

Nela, podemos observar que o lado do quadrado é igual a duas vezes a altura do triângulo
destacado na figura:
𝑟 √3 2
2( )=2⇒𝑟=
2 √3
Perceba ainda que a área interna a ambos constitui-se de 4 setores circulares de 30° e 4
triângulos de ângulo 60° entre os lados de medida 𝑟. Logo:
30 2 2
2 2 4
4∙( ∙ 𝜋𝑟 ) = 𝑟 = ( ) =
360 √3 3
Já que 𝜋 = 3.
Além disso:
𝑟 ∙ 𝑟 ∙ 𝑠𝑒𝑛 60° 2 2 √3 6,8
4∙( )=2∙( ) ∙ =
2 √3 2 3
Já que √3 = 1,7.
Por fim, basta somar as áreas:
4 6,8 10,8
+ = = 3,6
3 3 3
Gabarito: “e”.
50. (CN/2007)

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 165


Prof. Victor So

Deseja-se revestir uma área retangular, de 198 cm de comprimento e 165 cm de largura, com um
número exato de lajotas quadradas, de tal forma que a medida do lado dessas lajotas, expressa por
um número inteiro em cm, seja a maior possível. Quantas lajotas deverão ser usadas?

a) 27

b) 30

c) 33

d) 36

e) 38
Comentários
Do estudo da geometria plana, a área retangular é calculada por:
198 ∙ 165
Queremos lajotas quadradas de lados inteiros. Seja 𝑙 o lado dessa lajota. Sua área é dada
2
por 𝑙 .
Dessa forma, devemos fatorar a área para descobrir os possíveis lados que essa lajota pode
ter.
Fatorando o número 198 ∙ 165:
2 ∙ 32 ∙ 11 ∙ 3 ∙ 5 ∙ 11
Para termos o maior lado do quadrado possível, devemos agrupar a maior quantidade de
fatores com expoente 2, isto é:
(3 ∙ 11)2 ∙ 2 ∙ 5 ∙ 3
Observe que o lado da lajota deve ser 3 ∙ 11 = 33, de modo que o número de lajotas é
dado por 2 ∙ 5 ∙ 3 = 30.
Gabarito: “b”.
51. (CN/2007)

Dado um triângulo ABC de área 72, sobre a mediana AM = 12, traçam-se os segmentos AQ = 3 e QP
= 6. Sabendo-se que E é o ponto de intersecção entre as retas BP e QC, qual é a área do triângulo
QPE?
a) 6

b) 8

c) 9

d) 12

e) 18
Comentários
Veja a situação representada abaixo:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 166


Prof. Victor So

Vamos denotar a área de um triângulo como segue:


Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑜 Δ𝐴𝐵𝐶 = 𝑆(𝐴𝐵𝐶)
Como Δ𝐴𝐶𝑀 𝑒 Δ𝐴𝑀𝐵 possuem mesma altura e bases iguais, suas áreas são iguais. Mas:
𝑆(𝐴𝐶𝑀 ) + 𝑆(𝐴𝑀𝐵) = 72 ⇒ 𝐴(𝐴𝐶𝑀 ) = 𝑆(𝐴𝑀𝐵) = 36
Aplicando o teorema de Menelaus ao triângulo 𝑄𝐶𝑀, temos:
𝐵𝐶 𝑀𝑃 𝑄𝐸 1 𝑄𝐸
∙ ∙ =1 ⇒ 2∙ ∙ = 1 ⇒ 𝑄𝐸 = 𝐸𝐶
𝐵𝑀 𝑃𝑄 𝐸𝐶 2 𝐸𝐶
Como os triângulos 𝑀𝑄𝐶 𝑒 𝑄𝐶𝐴 possuem mesma altura em relação à base 𝐴𝑀, temos que
suas áreas obedecem a relação:
𝑆(𝑀𝑄𝐶 ) 𝑀𝑄 9
= = ⇒ 𝑆 (𝑀𝑄𝐶 ) = 3𝑆(𝑄𝐶𝐴)
𝑆(𝑄𝐶𝐴) 𝑄𝐴 3
Mas 𝑆(𝑀𝑄𝐶 ) + 𝑆 (𝑄𝐶𝐴) = 𝑆(𝐴𝐶𝑀 ) = 36 ⇒ 3𝑆(𝑄𝐶𝐴) + 𝑆(𝑄𝐶𝐴) = 36 ⇒ 𝑆(𝑄𝐶𝐴) = 9
Ou seja, 𝑆(𝑀𝑄𝐶 ) = 27.
Os triângulos 𝐴𝐵𝑃 𝑒 𝑃𝐵𝑀 possuem mesma altura em relação à base 𝐴𝑀, perceba que a
razão entre suas áreas e a soma entre suas áreas é a mesma dos triângulos 𝑀𝑄𝐶 e 𝑄𝐶𝐴, de modo
que:
𝑆(𝑃𝐵𝑀 ) = 9 𝑒 𝑆(𝐴𝑃𝐵) = 27

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 167


Prof. Victor So

Além disso, os triângulos 𝐶𝑃𝑀 𝑒 𝑃𝑀𝐵 possuem mesma altura em relação à base 𝐵𝐶 e
bases iguais, de modo que suas áreas também são iguais:
𝑆(𝐶𝑃𝑀 ) = 𝑆(𝑃𝐵𝑀 ) = 9
Veja que:
𝑆(𝑄𝐶𝑃 ) = 𝑆(𝑄𝐶𝑀 ) − 𝑄 (𝐶𝑃𝑀 ) = 27 − 9 = 18
Por fim, veja que os triângulos 𝑄𝑃𝐸 𝑒 𝐸𝑃𝐶 possuem mesma base e mesma altura em
relação à base 𝐶𝑄, de modo que suas áreas são iguais. Mas:
18
𝑆(𝑄𝐸𝑃 ) + 𝑆(𝐸𝑃𝐶 ) = 18 ⇒ 𝑆(𝐸𝑃𝐶 ) = 𝑆 (𝑄𝐸𝑃 ) = =9
2
Gabarito: “c”.
52. (CN/2007)
Um hexágono regular ABCDEF está inscrito em uma circunferência de raio 6. Traçam-se as tangentes
à circunferência nos pontos A, B, D e F, obtendo-se, assim, um quadrilátero circunscrito a essa
circunferência. Usando-se 1,7 para raiz quadrada de 3, qual é o perímetro desse quadrilátero?

a) 54,4

b) 47,6

c) 40,8

d) 34,0

e) 30,6
Comentários
Fazendo um esboço da situação, temos:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 168


Prof. Victor So

Para facilitar nossos cálculos, vamos traçar o segmento 𝐴𝐷, que representa um diâmetro
da circunferência e um eixo de simetria para o quadrilátero:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 169


Prof. Victor So

Pela simetria, somente precisamos calcular os seguimentos no semi-plano superior relativo


ao segmento 𝐴𝐷. Pelo teorema do bico:
𝐴𝐺 = 𝐺𝐵 𝑒 𝐵𝐻 = 𝐻𝐷
Da trigonometria aplicada ao Δ𝑂𝐴𝐺 e Δ𝑂𝐷𝐻:
𝐺𝐴 6
= 𝑡𝑔 (30°) ⇒ 𝐺𝐴 = = 2√3
𝑂𝐴 √3
𝐻𝐷
= 𝑡𝑔(60°) ⇒ 𝐻𝐷 = 6√3
𝑂𝐷
Dai 𝐵𝐻 = 𝐻𝐷 = 6√3 𝑒 𝐴𝐺 = 𝐺𝐵 = 2√3. Pela simetria, temos que o perímetro do
quadrilátero é dado por:
2 ∙ (2 ∙ 𝐺𝐴 + 2 ∙ 𝐻𝐷) = 4 ∙ (𝐺𝐴 + 𝐻𝐷) = 4 ∙ (2√3 + 6√3) = 4 ∙ 8√3 = 32√3
Como √3 = 1,7:
32 ∙ 1,7 = 54,4
Gabarito: “a”.
53. (CN/2006)

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 170


Prof. Victor So

Qual é o perímetro de um quadrilátero convexo inscrito em uma circunferência de raio unitário,


sabendo-se que foi construído utilizando-se, pelo menos uma vez e somente, os lados do triângulo
equilátero, quadrado e hexágono regular inscritos nessa circunferência?

a) √𝟑 + √𝟐 + 𝟐

b) √𝟑 + 𝟐√𝟐 + 𝟏

c) 𝟐√𝟑 + √𝟐 + 𝟏

d) √𝟑 + 𝟐√𝟐 + 𝟐
e) 𝟐(√𝟑 + √𝟐 + 𝟏)
Comentários
Podemos pensar nesse problema como um quebra cabeça angular. As peças disponíveis
são:
Lado do quadrado:

Lado do triângulo equilátero:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 171


Prof. Victor So

Lado do hexágono regular:

Veja que temos que ter cada peça pelo menos uma vez. Note que a soma dos ângulos
centrais da peça correspondente ao lado do triângulo e do hexágono resulta em um ângulo de
180°. Como temos que ter pelo menos uma vez a peça correspondente ao lado do quadrado, que
adiciona um ângulo de 90° ao ângulo central, a única forma de completar 360° é se ela aparecer
duas vezes.
Daí, seu perímetro corresponde à uma vez o lado do triângulo (√3), uma vez o lado do
hexágono (1) e a duas vezes o lado do quadrado (√2):
1 + √3 + 2√2
Gabarito: “b”.
54. (CN/2006)
Em um triângulo retângulo ABC, o cateto AC e a hipotenusa BC medem, respectivamente, 10 e 40.
Sabe-se que os segmentos CX, CY e CZ dividem o ângulo ACB em quatro ângulos de medidas iguais,
e que AX, XY, YZ e ZB são segmentos consecutivos contidos internamente no segmento

AB. Se 𝑺𝟏 , 𝑺𝟐 , 𝑺𝟑 e 𝑺𝟒 e são, respectivamente, as áreas dos triângulos CAX, CXY, CYZ e CZB, qual será
𝑺 𝑺
o valor da razão 𝑺𝟏 𝑺𝟑
𝟐 𝟒

a) 0,25

b) 0,5

c) 0,75

d) 1

e) 1,25
Comentários
Observe a figura abaixo:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 172


Prof. Victor So

Os triângulos 𝐶𝐴𝑋, 𝐶𝑋𝑌, 𝐶𝑌𝑍 𝑒 𝐶𝑍𝐵 possuem mesma altura relativa à base 𝐴𝐵. Disso,
temos as seguintes relações entre áreas:
𝑆1 𝑋𝐴
=
𝑆2 𝑌𝑋
𝑆3 𝑍𝑌
=
𝑆4 𝑍𝐵
Do teorema da bissetriz interna, temos:
𝑋𝐴 10
=
𝑌𝑋 𝐶𝑌
𝑍𝑌 𝐶𝑌
=
𝑍𝐵 40
Logo, temos:
𝑆1 10 𝑆3 𝐶𝑌
= 𝑒 =
𝑆2 𝐶𝑌 𝑆4 40
Multiplicando ambas as equações:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 173


Prof. Victor So

𝑆1 𝑆3 10 𝐶𝑌
= ∙ = 0,25
𝑆2 𝑆4 𝐶𝑌 40
Gabarito: “a”.
55. (CN/2006)

Em lugar do quadrado de lado igual a 1 (um) centímetro, tomou-se como unidade de área o triângulo
equilátero de lado igual a 1 (um) centímetro. Qual será, nessa nova unidade, o número que
expressará a área de um retângulo de base igual a 6 (seis) centímetros e altura igual a 4 (quatro)
centímetros?

a) 𝟐𝟒

b) 𝟔√𝟑

c) 𝟏𝟖√𝟑

d) 𝟐𝟒√𝟑

e) 𝟑𝟐√𝟑
Comentários
A área de um triângulo equilátero pode ser facilmente calculada com a ajuda da
trigonometria aplicada à geometria plana. Como seu lado vale 1 e o ângulo entre eles é 60°, sua
área será:
1 ∙ 1 ∙ 𝑠𝑒𝑛 60° √3
𝑆= = 𝑐𝑚2
2 4
Essa área é a nova unidade de medida de área. Para que seja feita a conversão,
primeiramente devemos calcular a área do retângulo nas unidades anteriores:
6 𝑐𝑚 ∙ 4 𝑐𝑚 = 24 𝑐𝑚2
A conversão é feita dividindo-se a área pela unidade em que se quer representá-la:
24
= 32√3
√3
4
Gabarito: “e”.
56. (CN/2005)

Um polígono convexo de n lados tem três dos seus ângulos iguais a 83°, 137° e 142°. Qual é o menor
valor de n para que nenhum dos outros ângulos desse polígono seja menor que 121°?

a) 6

b) 7

c) 8

d) 9

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 174


Prof. Victor So

e) 10
Comentários
Como o polígono é convexo, a soma dos seus ângulos internos é dada por:
180°(𝑛 − 2) = 𝛼1 + ⋯ + 𝛼𝑛
Temos que 𝛼1 = 83°, 𝛼2 = 137° 𝑒 𝛼3 = 142°. Disso:
180(𝑛 − 2) = 83 + 137 + 142 + 𝛼4 + ⋯ + 𝑎𝑛 = 362 + 𝛼4 + ⋯ + 𝛼𝑛
Cada 𝛼𝑖 ≥ 121°, temos que:
𝛼4 + ⋯ + 𝛼𝑛 ≥ 121(𝑛 − 3)
Logo:
180(𝑛 − 2) − 362 ≥ 121(𝑛 − 3) ⇒ 59𝑛 ≥ 359 ⇒ 𝑛 ≥ 6,084
Como 𝑛 é inteiro, 𝑛 é no mínimo 7.
Gabarito: “b”.
57. (CN/2005)
O número de diagonais de um polígono regular P inscrito em um círculo K é 170.

Logo:

a) o número de lados de P é ímpar.

b) P não tem diagonais passando pelo centro de K.

c) o ângulo externo de P mede 36°.

d) uma das diagonais de P é o lado do pentágono regular inscrito em K.

e) o número de lados de P é múltiplo de 3.


Comentários
O número de diagonais de um polígono convexo é dada por:
𝑛(𝑛 − 3)
= 170 ⇒ 𝑛(𝑛 − 3) = 20 ∙ 17
2
Assim, temos que 𝑛 = 20.
Vamos resolver por eliminação.
O número de lados de 𝑃 é par, logo não pode ser o item 𝑎.
Como o número de lados é par, ele possui uma diagonal passando pelo centro (simetria), logo não
pode ser o item b.
A soma dos ângulos internos do polígono é:
180°(20 − 2) = 182 ∙ 10
Cada ângulo mede, portanto:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 175


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182 ∙ 10
= 162°
20
Assim, seu ângulo externo mede 180° − 162° = 18°, logo não pode ser o item c.
O número de lados é 20, que não é múltiplo de 3, logo não pode ser o item e.
A resposta é, portanto, o item 𝑑.
360°
Para confirmar a resposta, basta ver que 20 = 5 ∙ 4, ou seja, o ângulo central
20
correspondente a cada lado desse polígono pode ser multiplicado por 4 para gerar o ângulo
central do pentágono regular, de modo que uma das diagonais é um lado do pentágono (basta
pegar 4 ângulos centrais).
Gabarito: “d”.
58. (CN/2005)

Um círculo 𝜶 de centro num ponto A e raio 𝟐√𝟑 é tangente interior, num ponto B, a um círculo 𝜷
de centro num ponto O e raio 𝟔√𝟑. Se o raio OC é tangente a 𝜶 num ponto D, a medida da área
limitada pelo segmento DC e os menores arcos BC de 𝜷 e BD de 𝜶 é igual a

a) 𝟒𝝅 − 𝟑√𝟑

b) 𝟓𝝅 − 𝟒√𝟑

c) 𝟒𝝅 − 𝟔√𝟑

d) 𝟓𝝅 − 𝟔√𝟑

e) 𝟓𝝅 − 𝟓√𝟑
Comentários
Fazendo um esquema da situação, temos:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 176


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Queremos a área hachurada na figura acima. Observe que ela corresponde à área do setor
circular correspondente ao arco 𝐵𝐶 na circunferência maior subtraída da área do Δ𝑂𝐴𝐷 e do
setor correspondente ao arco 𝐵𝐷 na circunferência menor.
Vamos calcular cada um deles.
Antes disso, precisamos saber a medida do ângulo 𝛽. Para isso, veja que:
2√3 1
𝑠𝑒𝑛 𝛽 = = ⇒ 𝛽 = 30°
4√3 2
Setor correspondente ao arco 𝐵𝐶 na circunferência maior:
30 2
∙ 𝜋 ∙ (6√3) = 9𝜋
360
Setor correspondente ao arco 𝐵𝐷 na circunferência menor:
Veja que o ângulo subentendido por esse arco na circunferência menor é de:
180° − 60° = 120°
Daí:
120 2
∙ 𝜋 ∙ (2√3) = 4𝜋
360
Área do Δ𝑂𝐴𝐷:
𝑂𝐷 ∙ 𝐷𝐴 6 ∙ 2√3
= = 6√3
2 2
Por fim, a área pedida:
9𝜋 − 4𝜋 − 6√3 = 5𝜋 − 6√3

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 177


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Gabarito: “d”.
59. (CN/2005)

Três dos quatro lados de um quadrilátero circunscritível são iguais aos lados do triângulo equilátero,
quadrado e hexágono regular circunscritos a um círculo de raio 6. Qual é a medida do quarto lado
desse quadrilátero, sabendo-se que é o maior valor possível nas condições dadas?

a) 𝟏𝟔√𝟑 − 𝟏𝟐

b) 𝟏𝟐√𝟑 − 𝟏𝟐

c) 𝟖√𝟑 + 𝟏𝟐

d) 𝟏𝟐√𝟑 + 𝟖

e) 𝟏𝟔√𝟑 − 𝟖
Comentários
O primeiro passo é determinar a medida de cada um dos lados que compõem o
quadrilátero.
O quadrado possui, naturalmente, lado igual ao diâmetro da circunferência, veja:

O lado do triângulo pode ser calculado com base no seguinte esquema:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 178


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𝑙
= 6 cot 30° ⇒ 𝑙 = 12√3
2
O lado do hexágono, por sua vez:

Veja que:
𝑙
= 6𝑡𝑔(30°) ⇒ 𝑙 = 4√3
2
Quando um quadrilátero é circunscritível temos que a soma dos lados opostos são iguais.
Já possuímos três lados desse quadrilátero e seja o quarto lado de medida desconhecida 𝑥.
Para que ele seja o maior possível, o lado oposto a ele deve ser o menor possível, logo:
𝑥 + 4√3 = 12√3 + 12 ⇒ 𝑥 = 8√3 + 12
Gabarito: “c”.
60. (CN/2004)

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 179


Prof. Victor So

Considere o triângulo escaleno ABC e os pontos P e Q pertencentes ao plano de ABC e exteriores a


esse triângulo. Se as medidas dos ângulos PAC e QBC são iguais; as medidas dos ângulos PCA e QCB
são iguais; M é o ponto médio de AC; N é o ponto médio de BC; 𝑺𝟏 é a área do triângulo PAM; 𝑺𝟐 é
a área do triângulo QBN; 𝑺𝟑 é a área do triângulo PMC; e 𝑺𝟒 é área do triângulo QNC, analise as
afirmativas:

I. 𝑺𝟏 está para 𝑺𝟒 , assim como 𝑺𝟑 está para 𝑺𝟐 .

II. 𝑺𝟏 está para 𝑺𝟐 , assim como (𝑷𝑴)𝟐 está para (𝑸𝑵)𝟐 .


III. 𝑺𝟏 está para 𝑺𝟑 , assim como 𝑺𝟐 está para 𝑺𝟒 .

Logo pode-se concluir, corretamente, que

a) apenas a afirmativa 1 é verdadeira.

b) apenas as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.

c) apenas as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.

d) apenas as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.

e) as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.


Comentários
Representando a situação por um diagrama, temos:

Primeiramente, veja que os Δ𝑃𝐴𝐶 e Δ𝐵𝐶𝑄 são semelhantes pelo caso 𝐴𝐴𝐴.
Além disso, como os Δ𝑃𝑀𝐶 𝑒 Δ𝑃𝑀𝐴 possuem mesma altura e mesma base, suas áreas são
iguais, isto é:
𝑆1 = 𝑆3

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 180


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Pelo mesmo motivo, temos que:


𝑆2 = 𝑆4
Dividindo essas equações membro a membro, temos:
𝑆1 𝑆3
=
𝑆4 𝑆2
Disso, temos que a afirmação I é verdadeira.
Da semelhança entre os triângulos 𝑃𝐴𝐶 𝑒 𝐵𝐶𝑄, segue a semelhança dos triângulos
𝑃𝐴𝑀 𝑒 𝑁𝐵𝑄 pelo caso 𝐿𝐿𝐿. Disso, temos que a razão entre suas áreas é igual ao quadrado razão
de semelhança entre os lados:
𝑆1 𝑃𝑀 2 𝑃𝑀 2
=( ) =
𝑆2 𝑁𝑄 𝑁𝑄2
Logo, a afirmação II também é verdadeira.
Por fim, temos que:
𝑆1
𝑆1 = 𝑆3 ⇒ =1
𝑆3
𝑆2
𝑆2 = 𝑆4 ⇒ =1
𝑆4
O que torna a afirmação III verdadeira.
Gabarito: “e”.
61. (CN/2004)

Na figura acima AM e BP são cevianas do triângulo ABC de área S. Sendo AP = 2PC e AQ = 3QM, qual
o valor da área do triângulo determinado pelos pontos P, Q e M, em função de S?
𝑺
a)
𝟏𝟔
𝑺
b) 𝟏𝟖
𝑺
c)
𝟐𝟎
𝑺
d) 𝟐𝟏
𝑺
e) 𝟐𝟒

Comentários

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 181


Prof. Victor So

Aplicando o teorema de Menelaus ao Δ𝐴𝑀𝐶, temos:


𝐶𝐵 𝑀𝑄 𝐴𝑃 𝐶𝐵 1 𝐶𝐵 3
∙ ∙ =1⇒ ∙ ∙2 = 1 ⇒ =
𝐵𝑀 𝑄𝐴 𝑃𝐶 𝐵𝑀 3 𝐵𝑀 2
Como os triângulos 𝐴𝑀𝐵 𝑒 𝐴𝐵𝐶 possuem mesma altura em relação a 𝐵𝐶, a razão entre
suas áreas é dada por:
𝑆(𝐴𝑀𝐵) 𝐵𝑀 2 2𝑆
= = ⇒ 𝑆(𝐴𝑀𝐵) =
𝑆(𝐴𝐵𝐶 ) 𝐶𝐵 3 3
2𝑆
Além disso, temos que 𝑆(𝐴𝐵𝐶 ) = 𝑆 (𝐴𝑀𝐵) + 𝑆(𝐴𝑀𝐶 ) ⇒ 𝑆 = + 𝑆(𝐴𝑀𝐶 ) ⇒
3
𝑆
⇒ 𝑆(𝐴𝑀𝐶 ) =
3
Os triângulos 𝐴𝑃𝑀 𝑒 𝑃𝑀𝐶 possuem mesma altura em relação ao segmento 𝐴𝐶, do que
temos que a razão entre suas áreas é dada por:
𝑆(𝐴𝑃𝑀 ) 𝐴𝑃 𝑆(𝐴𝑃𝑀 )
= = 2 ⇒ 𝑆 (𝑃𝑀𝐶 ) =
𝑆(𝑃𝑀𝐶) 𝑃𝐶 2
Mas temos também:
𝑆
𝑆(𝑃𝑀𝐶 ) + 𝑆(𝐴𝑃𝑀 ) = 𝑆(𝐴𝑀𝐶 ) =
3
Usando a relação entre 𝑆(𝑃𝑀𝐶 ) 𝑒 𝑆(𝐴𝑃𝑀):
𝑆(𝐴𝑃𝑀 ) 𝑆 2𝑆
+ 𝑆(𝐴𝑃𝑀 ) = ⇒ 𝑆(𝐴𝑃𝑀 ) =
2 3 9
Por fim, perceba que os triângulos 𝐴𝑃𝑄 𝑒 𝑃𝑄𝑀 possuem mesma altura em relação à base
𝐴𝑀, do que temos que a razão entre suas áreas é dada por:
𝑆(𝐴𝑃𝑄) 𝐴𝑄
= = 3 ⇒ 𝑆 (𝐴𝑃𝑄) = 3𝑆(𝑃𝑄𝑀)
𝑆(𝑃𝑄𝑀 ) 𝑄𝑀
E:
2𝑆 2𝑆
𝑆 (𝐴𝑃𝑄) + 𝑆(𝑃𝑄𝑀 ) = 𝑆(𝐴𝑃𝑀 ) = ⇒ 3𝑆(𝑃𝑄𝑀 ) + 𝑆 (𝑃𝑄𝑀 ) =
9 9
𝑆
𝑆 (𝑃𝑄𝑀 ) =
18
Gabarito: “b”.
62. (CN/2004)

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 182


Prof. Victor So

Na figura acima, ABCD é um quadrado de área 104 e o ponto O é o centro do semicírculo de diâmetro
AB. A área do triângulo AEF é dada por
a) 𝟐(𝟑√𝟑 + 𝟑)

b) 𝟔(𝟒√𝟑 − 𝟑)

c) 𝟓(𝟒√𝟑 − 𝟔)

d) 𝟑(𝟒√𝟑 − 𝟑)

e) 𝟖(𝟒√𝟑 − 𝟑)
Comentários
Observe o esquema abaixo onde são destacadas algumas informações relevantes:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 183


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Veja que 𝐸𝑂 = √26, pois corresponde ao raio da semicircunferência.


Além disso, como Δ𝐴𝑂𝐸 é isósceles e 𝐸𝑂̂𝐺 é externo a esse triângulo, segue que 𝐸𝑂̂ 𝐺 =
60°.
Da trigonometria, temos que:
𝐸𝐺 = √26𝑠𝑒𝑛 60°
Os triângulos 𝐴𝐹𝐷 𝑒 𝑂𝐸𝐺 são semelhantes pelo caso 𝐴𝐴𝐴, do que podemos escrever:
𝐸𝐺 𝐹𝐺 𝐹𝐺 √26𝑠𝑒𝑛 60° √3 √3
= ⇒ = = ⇒ 𝐹𝐺 = 𝐹𝐴
𝐴𝐷 𝐹𝐴 𝐹𝐴 2√26 4 4
Além disso, temos que;
3√26
𝐹𝐺 + 𝐹𝐴 = 𝐴𝑂 + 𝑂𝐺 = √26 + √26 cos 60° =
2
Usando a relação entre 𝐹𝐺 𝑒 𝐹𝐴, temos:
√3 3√26 6√26
𝐹𝐴 + 𝐹𝐴 = ⇒ 𝐹𝐴 =
4 2 4 + √3
Por fim, a área é dada por:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 184


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6√26 √3
∙ 26 ∙
𝐴𝐹 ∙ 𝐸𝐺 4 + √3 √ 2 6 ∙ 26 ∙ √3 ∙ (4 − √3)
𝑆(𝐴𝐹𝐸 ) = = = 2 = 3(4√3 − 3)
2 2 4(42 − √3 )

Gabarito: “d”.
63. (CN/2003)
Um estudante foi calculando o lado do polígono regular de 2n lados, inscrito em uma circunferência
de raio 10 centímetros, para n sucessivamente igual a 6, 12, 24, 48, 96, etc. Após determinar cada
lado, calculou o perímetro p do respectivo polígono, e observou que p é um número cada vez mais
próximo, porém menor que

a) 60

b) 61

c) 62

d) 63

e) 64
Comentários
Seja 2𝑛 o número de lados desse polígono. Seu ângulo central é dado por:
2𝜋 𝜋
=
2𝑛 𝑛
Analisando um dos triângulos que compõem o polígono regular, temos:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 185


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𝜋
Veja então que o lado mede 2𝑅𝑠𝑒𝑛 ( ). Se ele possui 2𝑛 lados, então seu perímetro 𝑝
2𝑛
vale:
𝜋
𝜋 𝑠𝑒𝑛 ( )
𝑝 = 2𝑛 ∙ 2 ∙ 10 ∙ 𝑠𝑒𝑛 ( ) = 20𝜋 ∙ 2𝑛
2𝑛 𝜋
2𝑛
Sabe-se que à medida que um ângulo se aproxima de 0, o seno desse ângulo se aproxima
do seu valor em radianos. Em nosso caso, 𝑛 está crescendo cada vez mais, fazendo com que 𝜋/2𝑛
se aproxime de zero e:
𝜋
𝑠𝑒𝑛 ( )
2𝑛 → 1
𝜋
2𝑛
Assim:
𝑝 → 20𝜋 ≈ 62,8
Isso faz com que tanto a alternativa “d” quanto a “e” estejam corretas.
Gabarito: Anulada (“d” ou “e”).
64. (CN/2003)

Num quadrilátero ABCD tem-se: AB = 42, BC = 48, CD = 64, DA = 49 e P é o ponto de interseção entre
as diagonais AC e BD. Qual é a razão entre os segmentos PA e PC, sabendo-se que a diagonal BD é
igual a 56?
𝟕
a) 𝟖
𝟖
b) 𝟕
𝟕
c) 𝟔
𝟔
d) 𝟕
𝟒𝟗
e) 𝟔𝟒

Comentários
O quadrilátero pode ser representado como segue:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 186


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O primeiro passo é perceber que o triângulo 𝐴𝐵𝐷 é o triângulo de lados 6, 7 𝑒 8 com seus
lados multiplicados por 7 e o triângulo 𝐵𝐶𝐷 é o triângulo 6, 7 𝑒 8 com seus lados multiplicados
por 8. Disso, temos que os triângulos 𝐴𝐵𝐷 e 𝐵𝐶𝐷 são semelhantes pelo caso 𝐿𝐿𝐿:
𝐴𝐵 𝐴𝐷 𝐵𝐷 7
= = =
𝐵𝐶 𝐵𝐷 𝐶𝐷 8
̂ 𝑃 𝑒 𝑃𝐷
Da semelhança, temos que os ângulos 𝐴𝐷 ̂ 𝐶 são iguais.
Veja que os triângulos 𝐴𝑃𝐷 𝑒 𝑃𝐷𝐶 possuem mesma altura em relação à base 𝐴𝐶, do que
segue que a razão entre suas áreas é:
𝑆(𝐴𝑃𝐷) 𝑃𝐴
=
𝑆 (𝑃𝐷𝐶 ) 𝑃𝐶
Por outro lado, da trigonometria aplicada à geometria, temos que:
̂ 𝑃)
49 ∙ 𝑃𝐷 ∙ 𝑠𝑒𝑛(𝐴𝐷
𝑆 (𝐴𝑃𝐷) =
2
̂ 𝐶)
𝑃𝐷 ∙ 64 ∙ 𝑠𝑒𝑛(𝑃𝐷
𝑆(𝑃𝐷𝐶 ) =
2
Da igualdade dos ângulos, segue que:
𝑆(𝐴𝑃𝐷 ) 49 𝑃𝐴
= =
𝑆(𝑃𝐷𝐶) 64 𝑃𝐶
Gabarito: “e”.

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 187


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5. QUESTÕES NÍVEL 2
65. (EFOMM/2021)

Seja o círculo com centro na origem e raio 10 cm. Os círculos menores têm raio 5 cm.

O valor da área hachurada, em 𝒄𝒎𝟐 , é:


𝟐𝟓𝟎
a) (𝟏 − 𝝅)
𝟑

b) 𝟓𝟎(𝝅 − 𝟏)

c) 𝟏𝟎𝟎(𝝅 − 𝟏)

d) 𝟏𝟎𝟎(𝝅 − 𝟐)
𝟏𝟎𝟎
e) (𝟏 − 𝝅)
𝟑

66. (Escola Naval/2018)

Sejam os pontos 𝑨, 𝑩, 𝑪 e 𝑫 sobre uma circunferência, conforme a figura abaixo, de tal forma que
𝝅 𝟐𝝅 𝟒𝝅 𝟓𝝅
os comprimentos dos arcos 𝑨𝑩, 𝑩𝑪, 𝑪𝑫 e 𝑫𝑨 medem, respectivamente, , , , e ,
𝟑 𝟑 𝟑 𝟑
determinando as cordas 𝑨𝑪 e 𝑩𝑫. O valor da área da região hachurada é de:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 188


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𝟒𝝅
a) + 𝟒 + √𝟑
𝟑
𝟒𝝅
b) + 𝟒 − √𝟑
𝟑
𝟓𝝅
c) + 𝟒 + √𝟑
𝟑
𝟓𝝅
d) + 𝟒 − 𝟐√𝟑
𝟑
𝟒𝝅
e) + 𝟒 − 𝟐√𝟑
𝟑

67. (Escola Naval/2016)


𝟒
Um triângulo inscrito em um círculo possui um lado de medida 𝟐 √𝟑 oposto ao ângulo de 𝟏𝟓°. O
produto do apótema do hexágono regular pelo apótema do triângulo equilátero inscritos nesse
círculo é igual a:

a) 𝟑(√𝟑 + 𝟐)

b) 𝟒(𝟐√𝟑 + 𝟑)

c) √𝟖√𝟑 + 𝟏𝟐

d) √𝟐(𝟐√𝟑 + 𝟑)

e) 𝟔(√𝟐 + 𝟏)

68. (Escola Naval/2015)

Seja 𝑨𝑩𝑪𝑫 um quadrado de lado 𝓵, em que ̅̅̅̅


𝑨𝑪 e ̅̅̅̅̅
𝑩𝑫 são suas diagonais. Seja 𝑶 o ponto de encontro
dessas diagonais e sejam 𝑷 e 𝑸 os pontos médios dos segmentos ̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅, respectivamente. Pode-
𝑨𝑶 e 𝑩𝑶
se dizer que a área do quadrilátero que tem vértices nos pontos 𝑨, 𝑩, 𝑸 e 𝑷 vale
𝟑𝓵𝟐
a) 𝟏𝟔
𝓵𝟐
b) 𝟏𝟔
𝟑𝓵𝟐
c) 𝟖
𝓵𝟐
d) 𝟖
𝟑𝓵𝟐
e) 𝟐𝟒

69. (Escola Naval/2013)

Numa vidraçaria há um pedaço de espelho sob a forma de um triângulo retângulo de lados 𝟑𝟎 𝒄𝒎,
𝟒𝟎 𝒄𝒎 e 𝟓𝟎 𝒄𝒎. Deseja-se, a partir dele, recortar um espelho retangular, com a maior área possível,
conforme a figura abaixo. Então as dimensões do espelho são

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 189


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a) 𝟐𝟓 𝒄𝒎 e 𝟏𝟐 𝒄𝒎

b) 𝟐𝟎 𝒄𝒎 e 𝟏𝟓 𝒄𝒎

c) 𝟏𝟎 𝒄𝒎 e 𝟑𝟎 𝒄𝒎

d) 𝟏𝟐, 𝟓 𝒄𝒎 e 𝟐𝟒 𝒄𝒎

e) 𝟏𝟎√𝟑 𝒄𝒎 e 𝟏𝟎√𝟑 𝒄𝒎

70. (Escola Naval/2012)


̅̅̅̅̅ = 𝑴𝑩
O triângulo da figura abaixo é equilátero, 𝑨𝑴 ̅̅̅̅̅ = 𝟓 e 𝑪𝑫
̅̅̅̅ = 𝟔. A área do triângulo 𝑴𝑨𝑬 vale

𝟐𝟎𝟎√𝟑
a) 𝟏𝟏
𝟏𝟎𝟎√𝟑
b) 𝟏𝟏
𝟏𝟎𝟎√𝟐
c) 𝟐
𝟐𝟎𝟎√𝟐
d) 𝟏𝟏
𝟐𝟎𝟎√𝟐
e) 𝟐

71. (EFOMM/2020)

Sejam a circunferência 𝑪𝟏 , com centro em 𝑨 e raio 1, e a circunferência 𝑪𝟐 que passa por 𝑨, com
centro em 𝑩 e raio 2. Sabendo-se que 𝑫 é o ponto médio do segmento 𝑨𝑩, 𝑬 é um dos pontos de
interseção entre 𝑪𝟏 e 𝑪𝟐 , e 𝑭 é a interseção da reta 𝑬𝑫 com a circunferência 𝑪𝟐 , o valor da área do
triângulo 𝑨𝑬𝑭, em unidades de área, é
√𝟏𝟓
a) 𝟐 + 𝟖
√𝟏𝟓
b) 𝟏 + 𝟒

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 190


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𝟑√𝟏𝟓
c) 𝟖
√𝟏𝟓
d) 𝟒
𝟓√𝟏𝟓
e) 𝟖

72. (EFOMM/2018)

Qual é a área de uma circunferência inscrita em um triângulo equilátero, sabendo-se que esse
triângulo está inscrito em uma circunferência de comprimento igual a 𝟏𝟎𝝅 𝒄𝒎?
𝟕𝟓𝝅
a) 𝟒
𝟐𝟓𝝅
b) 𝟒
𝟓𝝅
c) 𝟐
𝟐𝟓𝝅
d) 𝟏𝟔
𝟓𝝅
e) 𝟒

73. (EFOMM/2016)

Seja um quadrado de lado 𝟐. Unindo os pontos médios de cada lado, temos um segundo quadrado.
Unindo os pontos médios do segundo quadrado, temos um terceiro quadrado, e assim
sucessivamente. O produto das áreas dos dez primeiros quadrados é
𝟗
a) 𝟐𝟐
𝟐𝟓
b) 𝟐 𝟐
−𝟒𝟓
c) 𝟐 𝟐

d) 𝟐−𝟒𝟓

e) 𝟐−𝟐𝟓

74. (EFOMM/2016)

Determine o comprimento do menor arco 𝑨𝑩 na circunferência de centro 𝑶, representada na figura


a seguir, sabendo que o segmento 𝑶𝑫 mede 𝟏𝟐 𝒄𝒎, os ângulos 𝑪𝑶 ̂ 𝑫 = 𝟑𝟎° e 𝑶𝑨̂ 𝑩 = 𝟏𝟓° e que a
área do triângulo 𝑪𝑫𝑶 é igual a 𝟏𝟖 𝒄𝒎𝟐 .

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 191


Prof. Victor So

a) 𝟓𝝅 𝒄𝒎

b) 𝟏𝟐 𝒄𝒎

c) 𝟓 𝒄𝒎

d) 𝟏𝟐𝝅 𝒄𝒎

e) 𝟏𝟎𝝅 𝒄𝒎

75. (EFOMM/2015)

Deseja-se construir uma janela que possuindo a forma de um retângulo sob um semicírculo,
conforme figura abaixo, permita o máximo de passagem de luz possível. Sabe-se que: o vidro do
retângulo será transparente; o vidro do semicírculo será colorido, transmitindo, por unidade de
área, apenas metade da luz incidente em relação ao vidro transparente; o perímetro total da janela
é fixo e vale 𝒑. Nessas condições, determine as medidas da parte retangular da janela, em função
do perímetro 𝒑. Obs: Ignore a espessura do caixilho.

𝟒 𝝅+𝟒
a) 𝒑e 𝒑
𝟑𝝅+𝟖 𝟐(𝟑𝝅+𝟖)
𝟐 𝝅+𝟒
b) 𝒑e 𝒑
𝟑𝝅+𝟖 𝟒(𝟑𝝅+𝟖)
𝟖 𝝅+𝟒
c) 𝟑𝝅+𝟖 𝒑 e 𝟑𝝅+𝟖 𝒑
𝟔 𝟑(𝝅+𝟒)
d) 𝟑𝝅+𝟖 𝒑 e 𝟒(𝟑𝝅+𝟖) 𝒑
𝟒 𝟖
e) 𝟑𝝅+𝟖 𝒑 e 𝟑𝝅+𝟖 𝒑

76. (EFOMM/2014)

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 192


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A diferença entre o comprimento 𝒙 e a largura 𝒚 de um retângulo é de 𝟐 𝒄𝒎. Se a sua área é menor


ou igual a 𝟑𝟓 𝒄𝒎𝟐 , então o valor de 𝒙, em 𝒄𝒎, será:
a) 𝟎 < 𝒙 < 𝟕

b) 𝟎 < 𝒙 < 𝟓

c) 𝟐 < 𝒙 ≤ 𝟓

d) 𝟐 < 𝒙 ≤ 𝟕

e) 𝟐 < 𝒙 < 𝟕

77. (EFOMM/2010)

João construiu um círculo de papel com centro 𝑶 e raio 𝟒𝒄𝒎 (figura 1). Traçou dois diâmetros 𝑨𝑪 e
𝑩𝑫 perpendiculares e, em seguida, dobrou o papel fazendo coincidir 𝑨, 𝑶 e 𝑪, conforme sugere a
Figura 2.

A área da parte do círculo não encoberta pelas dobras sombreada na Figura 2, é igual a
𝟏
a) 𝟑 (𝟗𝟔 − 𝟏𝟔𝝅)𝒄𝒎𝟐
𝟏
b) 𝟑 (𝟏𝟔𝝅 − 𝟒𝟖)𝒄𝒎𝟐
𝟏
c) 𝟑 (𝟏𝟔𝝅 − 𝟏𝟐√𝟑)𝒄𝒎𝟐
𝟏
d) 𝟑 (𝟏𝟔𝝅 + 𝟏𝟐√𝟑)𝒄𝒎𝟐
𝟏
e) 𝟑 (𝟑𝟐𝝅 + 𝟏𝟐√𝟑)𝒄𝒎𝟐

78. (EFOMM/2010)
As medidas dos lados 𝑨𝑪̅̅̅̅, 𝑩𝑪
̅̅̅̅ e 𝑨𝑩
̅̅̅̅ de um triângulo 𝑨𝑩𝑪 formam, nesta ordem, uma progressão
aritmética crescente. Os ângulos internos 𝑨 ̂, 𝑩
̂ e𝑪̂ desse triângulo possuem a seguinte propriedade:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 193


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̂ + 𝒔𝒆𝒏𝟐 𝑩
𝒔𝒆𝒏𝟐 𝑨 ̂ − 𝒔𝒆𝒏𝟐 𝑪
̂ − 𝟐 ⋅ 𝒔𝒆𝒏 𝑨
̂ ⋅ 𝒔𝒆𝒏 𝑩
̂ ⋅ 𝐜𝐨𝐬 𝑪
̂ = 𝐜𝐨𝐬𝟐 𝑪
̂ . Se o perímetro do triângulo 𝑨𝑩𝑪
mede 𝟑√𝟑𝒎, sua área, em 𝒎𝟐 , é igual a
𝟑√𝟑
a) 𝟒
𝟑
b) 𝟒
𝟗
c) 𝟖

d) 𝟐

e) 𝟒

79. (EFOMM/2010)

Um triângulo obtusângulo 𝑨𝑩𝑪 tem 𝟏𝟖 𝒄𝒎 de perímetro e as medidas de seus lados formam uma
progressão aritmética crescente (AB, AC, BC). Os raios das circunferências inscrita e circunscrita a
̂=
esse triângulo 𝑨𝑩𝑪 medem, respectivamente, 𝒓 e 𝑹. Se 𝒔𝒆𝒏 𝑨
√𝟏𝟓 ̂ = 𝟑√𝟏𝟓, então o
e 𝒔𝒆𝒏 𝑩
𝟒 𝟏𝟔
𝟐
produto 𝒓 ⋅ 𝑹, em 𝒄𝒎 , é igual a
𝟑𝟓
a) 𝟗

b) 𝟔√𝟔
c) 𝟑√𝟏𝟓
𝟏𝟔
d) 𝟑

e) 𝟏

80. (EFOMM/2006)

A região hachurada 𝑹 da figura é limitada por arcos de circunferência centrados nos vértices do
quadrado de lado 𝟐𝒍. A área de 𝑹 é

𝝅𝒍𝟐
a) 𝟐

b) (𝝅 − 𝟐√𝟐)𝒍𝟐
𝟒
c) (𝝅 − 𝟑) 𝒍𝟐

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 194


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d) (𝟒 − 𝝅)𝒍𝟐
e) √𝟐𝒍𝟐

81. (EFOMM/2005)

No hexágono 𝑨𝑩𝑪𝑫𝑬𝑭, abaixo, a medida do ângulo 𝑨𝑩 ̂ 𝑪 é quatro vezes a medida do ângulo 𝑬𝑭


̂ 𝑨.
̂ 𝑪 e 𝑬𝑭
Determine a medida do ângulo obtuso formado pelas bissetrizes de 𝑨𝑩 ̂ 𝑨.

a) 𝟕𝟎°

b) 𝟖𝟎°

c) 𝟖𝟓°

d) 𝟏𝟎𝟎°

e) 𝟏𝟐𝟎°

82. (AFA/2021)

Para construir um viaduto, a prefeitura de uma cidade precisará desapropriar alguns locais de uma
determinada quadra da cidade.

Para identificar o que precisará ser desapropriado, fez-se um esboço da planta dessa quadra no qual
os locais foram representados em um plano cartesiano e nomeados de 𝑨𝟏 até 𝑨𝟏𝟎 , conforme figura
a seguir.

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 195


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𝟏
O viaduto estará representado pela região compreendida entre as retas de equações 𝒓: − 𝟐 𝒙 − 𝒚 +
𝟖 = 𝟎 e 𝒔: −𝒙 − 𝟐𝒚 + 𝟏𝟎 = 𝟎.

Um local será inteiramente desapropriado se o viaduto passar por qualquer trecho de seu território.

Se cada unidade do plano no esboço da planta equivale a 10m na situação real, então a área total
dos locais dessa quadra que precisará ser desapropriada, em 𝒎𝟐 , é igual a
a) 5950

b) 6450

c) 6950

d) 7450

83. (AFA-2018)

A figura a seguir é um pentágono regular de lado 2cm.

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 196


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Os triângulos 𝑫𝑩𝑪 e 𝑩𝑪𝑷 são semelhantes.

A medida de 𝑨𝑪, uma das diagonais do pentágono regular, em cm, é igual a:

a) 𝟏 + √𝟓

b) −𝟏 + √𝟓
√𝟓
c) 𝟐 + 𝟐

d) 𝟐√𝟓 − 𝟏

84. (AFA/2018)

No círculo do centro 𝑶 a seguir, 𝑶𝑨 = 𝟐𝒎, M é o ponto médio de 𝑶𝑷 e a área 𝒚 do triângulo 𝑶𝑵𝑴


é dada em função do comprimento 𝒙 do arco 𝑨𝑷̂ , com 𝟎 < 𝒙 < 𝝅.
𝟐

Assim sendo, é correto afirmar que 𝒚


𝝅 𝝅
a) é decrescente se 𝒙 ∈ ] , [.
𝟒 𝟐

b) assume valor máximo 𝟎, 𝟏𝟐𝟓𝒎𝟐 .


√𝟐
c) pode assumir valor igual a 𝒎𝟐 .
𝟐

d) é sempre um número racional.

85. (AFA/2017)
̅̅̅̅, 𝑸 ∈ 𝑩𝑪,
Considere, no triângulo 𝑨𝑩𝑪 abaixo, os pontos 𝑷 ∈ 𝑨𝑩 ̅̅̅̅̅ 𝑹 ∈ 𝑨𝑪
̅̅̅̅ e os segmentos 𝑷𝑸
̅̅̅̅ e 𝑸𝑹
̅̅̅̅
paralelos, respectivamente, a ̅̅̅̅
𝑨𝑪 e ̅̅̅̅̅
𝑨𝑩.

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 197


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Sabendo que ̅̅̅̅̅


𝑩𝑸 = 𝟑𝒄𝒎, ̅̅̅̅
𝑸𝑪 = 𝟏𝒄𝒎 e que a área do triângulo 𝑨𝑩𝑪 é 𝟖𝒄𝒎𝟐 , então a área do
paralelogramo hachurado, em 𝒄𝒎𝟐 , é igual a
a) 2

b) 3

c) 4

d) 5

86. (AFA/2015)

Seja o quadrado 𝑨𝑩𝑪𝑫 e o ponto 𝑬 pertencente ao segmento ̅̅̅̅ 𝑨𝑩. Sabendo-se que a área do
triângulo 𝑨𝑫𝑬, a área do trapézio 𝑩𝑪𝑫𝑬 e a área do quadrado 𝑨𝑩𝑪𝑫 formam juntas, nessa ordem,
uma Progressão Aritmética (P.A.) e a soma das áreas desses polígonos é igual a 𝟖𝟎𝟎𝒄𝒎𝟐 , tem-se
que a medida do segmento ̅̅̅̅
𝑬𝑩

a) é fração própria.

b) é decimal exato.

c) é decimal não-exato e periódico.

d) pertence ao conjunto 𝑨 = ℝ∗+ − ℚ+

87. (AFA/2014)

Na figura abaixo, os três círculos têm centro sobre a reta 𝑨𝑩 e os dois de maior raio têm centro
sobre a circunferência de menor raio.

A expressão que fornece o valor da área sombreada é


𝟏𝟕𝝅−𝟔√𝟑
a) 𝒓𝟐
𝟗
𝟏𝟏𝝅+𝟗√𝟑
b) 𝟏𝟐
𝒓𝟐
𝟏𝟓𝝅−𝟒√𝟑
c) 𝒓𝟐
𝟗

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 198


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𝟏𝟑𝝅+𝟔√𝟑
d) 𝒓𝟐
𝟏𝟐

88. (AFA/2012)
Conforme a figura abaixo, 𝑨 é o ponto de tangência das circunferências de centros 𝑪𝟏 , 𝑪𝟐 e 𝑪𝟑 . Sabe-
se que os raios dessas circunferências formam uma progressão geométrica crescente.

Se os raios das circunferências de centros 𝑪𝟏 e 𝑪𝟐 medem, respectivamente, 𝟐𝒓 e 𝟑𝒓, então a área


da região sombreada vale, em unidades de área,
𝟓𝟓
a) 𝝅𝒓𝟐
𝟖
𝟐𝟗
b) 𝝅𝒓𝟐
𝟒
𝟔𝟏
c) 𝝅𝒓𝟐
𝟖

d) 𝟖𝝅𝒓𝟐

89. (AFA/2011)

As circunferências 𝝀𝟏 e 𝝀𝟐 da figura abaixo são tangentes interiores e a distância entre os centros


𝑪𝟏 e 𝑪𝟐 é igual a 1cm.

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 199


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Se a área sombreada é igual à área não sombreada na figura, é correto afirmar que o raio 𝝀𝟐 , em
𝒄𝒎, é um número do intervalo.
𝟏𝟏
a) ]𝟐, [
𝟓
𝟏𝟏 𝟐𝟑
b) ] 𝟓 , 𝟏𝟎[
𝟐𝟑 𝟓
c) ]𝟏𝟎 , 𝟐[
𝟓 𝟏𝟑
d) ]𝟐 , [
𝟓

90. (AFA/2011)
Na figura abaixo, têm-se quatro círculos congruentes de centros 𝑶𝟏 , 𝑶𝟐 , 𝑶𝟑 e 𝑶𝟒 e de raio igual a
𝟏𝟎𝒄𝒎. Os pontos 𝑴, 𝑵, 𝑷, 𝑸 são pontos de tangência entre os círculos e 𝑨, 𝑩, 𝑪, 𝑫, 𝑬, 𝑭, 𝑮, 𝑯 são
pontos de tangência entre os círculos e a correia que os contorna.

Sabendo-se que essa correia é inextensível, seu perímetro, em 𝒄𝒎, é igual a


a) 𝟐(𝝅 + 𝟒𝟎)

b) 𝟓(𝝅 + 𝟏𝟔)

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 200


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c) 𝟐𝟎(𝝅 + 𝟒)

d) 𝟓(𝝅 + 𝟖)

GABARITO
65. d
66. d
67. a
68. a
69. a
70. b
71. c
72. b
73. e
74. a
75. a
76. d
77. Anulada
78. c
79. d
80. d
81. d
82. c
83. a
84. Anulada
85. b
86. c
87. d
88. c
89. c
90. c

RESOLUÇÃO
65. (EFOMM/2021)

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 201


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Seja o círculo com centro na origem e raio 10 cm. Os círculos menores têm raio 5 cm.

O valor da área hachurada, em 𝒄𝒎𝟐 , é:


𝟐𝟓𝟎
a) (𝟏 − 𝝅)
𝟑

b) 𝟓𝟎(𝝅 − 𝟏)

c) 𝟏𝟎𝟎(𝝅 − 𝟏)

d) 𝟏𝟎𝟎(𝝅 − 𝟐)
𝟏𝟎𝟎
e) (𝟏 − 𝝅)
𝟑

Comentários
Perceba que podemos calcular a área hachurada central, da seguinte forma:

Devido à simetria temos que ABCD é um quadrado cujo lado é igual ao raio do círculo
menor.
Podemos calcular a área do segmento circular do seguinte modo:
Calculando a área do setor circular:
𝜋 ⋅ 52 25𝜋
𝐴= =
4 4
Agora basta subtrair a área do triângulo retângulo isósceles:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 202


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25 5 ⋅ 5 25
𝐴𝑠𝑐 = 𝜋− = (𝜋 − 2 )
4 2 4
Contudo, essa área representa metade de uma “pétala da flor” central, logo:
25
Á𝑟𝑒𝑎 𝑃é𝑡𝑎𝑙𝑎 = (𝜋 − 2)
2
Como são 4 pétalas, temos:
25
4⋅ (𝜋 − 2) = 50(𝜋 − 2)
2
Portanto, área a hachurada é:
𝐴 = 𝜋 ⋅ 102 − 4 ⋅ 𝜋 ⋅ 52 + 2 ⋅ 50(𝜋 − 2)
∴ 𝐴 = 100(𝜋 − 2)
Obs: Devemos somar duas vezes a área das pétalas, pois ao retirar a área dos círculos
menores, acabamos retirando 2 vezes a área das interseções.
Gabarito: D
66. (Escola Naval/2018)

Sejam os pontos 𝑨, 𝑩, 𝑪 e 𝑫 sobre uma circunferência, conforme a figura abaixo, de tal forma que
𝝅 𝟐𝝅 𝟒𝝅 𝟓𝝅
os comprimentos dos arcos 𝑨𝑩, 𝑩𝑪, 𝑪𝑫 e 𝑫𝑨 medem, respectivamente, 𝟑 , 𝟑 , 𝟑 , e 𝟑 ,
determinando as cordas 𝑨𝑪 e 𝑩𝑫. O valor da área da região hachurada é de:

𝟒𝝅
a) + 𝟒 + √𝟑
𝟑
𝟒𝝅
b) + 𝟒 − √𝟑
𝟑
𝟓𝝅
c) + 𝟒 + √𝟑
𝟑
𝟓𝝅
d) + 𝟒 − 𝟐√𝟑
𝟑
𝟒𝝅
e) + 𝟒 − 𝟐√𝟑
𝟑

Comentários
Pela soma dos setores circulares, temos:
𝜋 2𝜋 4𝜋 5𝜋
+ + + = 4𝜋
3 3 3 3

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 203


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2𝜋𝑅 = 4𝜋
⇒𝑅=2
Separando todos os setores e obtendo os arcos centrais, temos a seguinte figura:

Na qual os ângulos centrais correspondem a metade dos arcos que cobrem:


𝜋 𝜋 2𝜋 5𝜋
𝛼= 𝛽= 𝛾= 𝛿=
6 3 3 6
Temos que o ângulo dos setores com centro em E são:
𝛼 + 𝛾 5𝜋
â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜𝑠 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜𝑠 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑣é𝑟𝑡𝑖𝑐𝑒 → 𝐴𝐸̂ 𝐵 = 𝐷𝐸̂ 𝐶 = =
2 12
No triângulo 𝑂𝐶𝐸, temos:
𝐸𝐶̂ 𝑂 + 𝐶𝐸̂ 𝑂 + 𝐸𝑂̂ 𝐶 = 𝜋
5𝜋 𝜋 𝜋
𝐸𝐶̂ 𝑂 = 𝜋 − − =
12 3 4
Lembrando que os valores dos senos são:
𝜋 √3
𝑠𝑒𝑛 𝛽 = 𝑠𝑒𝑛 ( ) =
3 2
𝜋 1
𝑠𝑒𝑛 𝛼 = 𝑠𝑒𝑛 ( ) =
6 2
5𝜋 𝜋 𝜋 𝜋 𝜋 𝜋 𝜋 1 √2 √2 √3
𝑠𝑒𝑛 ( ) = 𝑠𝑒𝑛 ( + ) = 𝑠𝑒𝑛 ( ) cos ( ) + 𝑠𝑒𝑛 ( ) cos ( ) = ⋅ + ⋅
12 6 4 6 4 4 6 2 2 2 2
√6 + √2
=
4

Descobrindo o valor de 𝑂𝐸 pela lei dos senos:


𝑂𝐶 𝑂𝐸
= 𝜋
5𝜋
𝑠𝑒𝑛 ( ) 𝑠𝑒𝑛 (4 )
12

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 204


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𝜋 √2
𝑠𝑒𝑛 ( ) 2( )
4 = 2
𝑂𝐸 = 𝑅
5𝜋
𝑠𝑒𝑛 ( ) √6 + √2
12 4
𝑂𝐸 = 2(√3 − 1)
Temos, portanto, que o valor da área hachurada vale:
𝑆 = 𝑆𝑆𝑂𝐷𝐶 + 𝑆𝑆𝑂𝐴𝐵 + 𝑆Δ𝑂𝐶𝐸 − 𝑆Δ𝑂𝐸𝐴
2𝜋 𝜋 1 𝜋 1 𝜋
𝑆= · 2 + · 2 + 2 · 2(√3 − 1)𝑠𝑒𝑛 − 2 ⋅ 2(√3 − 1)𝑠𝑒𝑛
3 6 2 3 2 6
5𝜋
𝑆= + (√3 − 1)√3 − (√3 − 1)
3
5𝜋
𝑆= + 4 − 2√3
3
Gabarito: “d”.
67. (Escola Naval/2016)
𝟒
Um triângulo inscrito em um círculo possui um lado de medida 𝟐 √𝟑 oposto ao ângulo de 𝟏𝟓°. O
produto do apótema do hexágono regular pelo apótema do triângulo equilátero inscritos nesse
círculo é igual a:

a) 𝟑(√𝟑 + 𝟐)

b) 𝟒(𝟐√𝟑 + 𝟑)

c) √𝟖√𝟑 + 𝟏𝟐

d) √𝟐(𝟐√𝟑 + 𝟑)

e) 𝟔(√𝟐 + 𝟏)
Comentários
De acordo com o enunciado, temos a seguinte figura:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 205


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Aplicando a lei dos senos, obtemos:


𝐴𝐶
= 2𝑅
𝑠𝑒𝑛(𝐵̂ )
4
2 √3
= 2𝑅
sen 15°
Veja que:
√2 √3 1 √2
𝑠𝑒𝑛 (15°) = 𝑠𝑒𝑛 (45° − 30°) = 𝑠𝑒𝑛 (45°) cos(30°) − 𝑠𝑒𝑛 (30°) cos(45°) = ⋅ − ⋅
2 2 2 2
√6 − √2
⇒ 𝑠𝑒𝑛 (15°) =
4
4 4
√3 4 √3
⇒𝑅= =
√6 − √2 √6 − √2
4
Na seguinte figura, temos as relações do triângulo e do hexágono, ambos regulares e
inscritos na circunferência de raio 𝑅:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 206


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Para o hexágono, temos:


𝑎6 = 𝑅 𝑠𝑒𝑛 60°
√3
𝑎6 = 𝑅 ·
2
Para o triângulo, temos:
𝑎3 = 𝑅 𝑠𝑒𝑛 30°
1
𝑎3 = 𝑅 ·
2
Portanto, temos que o produto 𝑎3 · 𝑎6 vale:
√3
𝑎3 · 𝑎6 = 𝑅 2 ·
4
4 2
4 √3√3
𝑎3 · 𝑎6 = ( ) ·
√6 − √2 4
16√3 √3 48 1 3
⟹ 𝑎3 · 𝑎6 = · = ⋅ = = 3(√3 + 2)
6 + 2 − 4√3 4 8 − 4√3 4 2 − √3

Gabarito: “a”.
68. (Escola Naval/2015)

Seja 𝑨𝑩𝑪𝑫 um quadrado de lado 𝓵, em que ̅̅̅̅


𝑨𝑪 e ̅̅̅̅̅
𝑩𝑫 são suas diagonais. Seja 𝑶 o ponto de encontro
dessas diagonais e sejam 𝑷 e 𝑸 os pontos médios dos segmentos ̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅, respectivamente. Pode-
𝑨𝑶 e 𝑩𝑶
se dizer que a área do quadrilátero que tem vértices nos pontos 𝑨, 𝑩, 𝑸 e 𝑷 vale
𝟑𝓵𝟐
a) 𝟏𝟔

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 207


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𝓵𝟐
b) 𝟏𝟔
𝟑𝓵𝟐
c) 𝟖
𝓵𝟐
d) 𝟖
𝟑𝓵𝟐
e) 𝟐𝟒

Comentários
De acordo com o enunciado, temos a seguinte figura:

Veja que 𝐴𝑃 = 𝐵𝑄 e 𝐴𝑂 = 𝐵𝑂 ⟹ 𝑂𝑃 = 𝑂𝑄
A diagonal do quadrado de lado 𝑙 vale 𝑙 √2, como 𝑃 é ponto médio de 𝐴𝑂, temos que:
𝑙 √2
𝑂𝑃 = 𝑂𝑄 =
4
Assim, a área do triangulo 𝛥𝑂𝑃𝑄 é:
2
𝑙 √2
𝑙2
( )
4 𝑙
𝑆Δ𝑂𝑃𝑄 = = 8 =
2 2 16
Como 𝛥𝐴𝑂𝐵 é um quarto do quadrado, temos que a área de 𝐴𝑃𝑄𝐵 é:
𝑙2 𝑙2 3𝑙 2
𝑆𝐴𝑃𝑄𝐵 = − =
4 16 16
Gabarito: “a”.
69. (Escola Naval/2013)
Numa vidraçaria há um pedaço de espelho sob a forma de um triângulo retângulo de lados 𝟑𝟎 𝒄𝒎,
𝟒𝟎 𝒄𝒎 e 𝟓𝟎 𝒄𝒎. Deseja-se, a partir dele, recortar um espelho retangular, com a maior área possível,
conforme a figura abaixo. Então as dimensões do espelho são

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 208


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a) 𝟐𝟓 𝒄𝒎 e 𝟏𝟐 𝒄𝒎

b) 𝟐𝟎 𝒄𝒎 e 𝟏𝟓 𝒄𝒎

c) 𝟏𝟎 𝒄𝒎 e 𝟑𝟎 𝒄𝒎

d) 𝟏𝟐, 𝟓 𝒄𝒎 e 𝟐𝟒 𝒄𝒎

e) 𝟏𝟎√𝟑 𝒄𝒎 e 𝟏𝟎√𝟑 𝒄𝒎
Comentários
Interpretando o enunciado, temos a seguinte figura:

Suponhamos que o segmento 𝑃𝑄 tenha o valor de 5𝑥, logo temos as seguintes


semelhanças de triângulos:
𝑃𝐵 𝐵𝑄 𝑃𝑄
𝛥𝐴𝐵𝐶~𝛥𝑃𝐵𝑄 ⟹ = =
𝐴𝐵 𝐵𝐶 𝐴𝐶
𝑃𝐵 𝐵𝑄 5𝑥
= =
𝐴𝐵 𝐵𝐶 𝐴𝐶
𝑃𝐵 𝐵𝑄 5𝑥
= =
40 30 50
𝑃𝐵 = 4𝑥 𝑒 𝐵𝑄 = 3𝑥
Assim, temos a seguinte figura:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 209


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Lembrando que Δ𝐴𝐵𝐶 possui ângulo reto em 𝐵 e Δ𝐴𝑃𝑅 em 𝑅, temos:


𝐴𝑃 𝑃𝑅
𝛥𝐴𝐵𝐶~𝛥𝐴𝑃𝑅 ⇒ =
𝐴𝐶 𝐵𝐶
𝐴𝑃 𝑃𝑅 40 − 4𝑥 𝑃𝑅
= ⇒ =
𝐴𝐶 𝐵𝐶 50 30
3
𝑃𝑅 = (40 − 4𝑥)
5
Portanto, temos no retângulo 𝑃𝑄𝑅𝑆 a seguinte área:
3
𝑆(𝑥) = 5𝑥 · (40 − 4𝑥)
5
𝑆(𝑥) = 3𝑥 (40 − 4𝑥) = −12𝑥 2 + 120𝑥
Tratando a função 𝑓(𝑥) como uma função quadrática, temos que o valor do vértice é
𝑏 120
𝑥𝑣 = − =− =5
2𝑎 −24
Logo, as medidas do retângulo são:
𝑃𝑄 = 5𝑥 = 25 𝑐𝑚
3 3
𝑃𝑅 = (40 − 4𝑥) = · 20 = 12 𝑐𝑚
5 5
Gabarito: “a”.
70. (Escola Naval/2012)
̅̅̅̅̅ = 𝑴𝑩
O triângulo da figura abaixo é equilátero, 𝑨𝑴 ̅̅̅̅̅ = 𝟓 e 𝑪𝑫
̅̅̅̅ = 𝟔. A área do triângulo 𝑴𝑨𝑬 vale

𝟐𝟎𝟎√𝟑
a) 𝟏𝟏
𝟏𝟎𝟎√𝟑
b) 𝟏𝟏

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 210


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𝟏𝟎𝟎√𝟐
c) 𝟐
𝟐𝟎𝟎√𝟐
d) 𝟏𝟏
𝟐𝟎𝟎√𝟐
e) 𝟐

Comentário
Pela aplicação do teorema de Menelaus no triângulo ABC e usando-se a secante MED,
temos a seguinte relação:
𝐵𝐷 𝐶𝐸 𝐴𝑀
· · =1
𝐷𝐶 𝐸𝐴 𝑀𝐵
10 + 6 𝐶𝐸 5
· · =1
6 𝐸𝐴 5
𝐶𝐸 6 3
= =
𝐸𝐴 16 8
Porém, temos que 𝐶𝐸 = 𝐴𝐶 − 𝐴𝐸, logo:
𝐴𝐶 − 𝐴𝐸 𝐴𝐶 3
= −1=
𝐴𝐸 𝐴𝐸 8
𝐴𝐶 3 11
= +1=
𝐴𝐸 8 8
8 80
𝐴𝐸 = 𝐴𝐶 =
11 11
Sabemos que a área do triangulo equilátero 𝛥𝐴𝑀𝐸 é:
𝐴𝑀 · 𝐴𝐸 · 𝑠𝑒𝑛 60°
𝑆𝐴𝑀𝐸 =
2
80 √3 1
𝑆𝐴𝑀𝐸 = 5 · · ·
11 2 2
100√3
𝑆𝐴𝑀𝐸 =
11
Gabarito: “b”.
71. (EFOMM/2020)

Sejam a circunferência 𝑪𝟏 , com centro em 𝑨 e raio 1, e a circunferência 𝑪𝟐 que passa por 𝑨, com
centro em 𝑩 e raio 2. Sabendo-se que 𝑫 é o ponto médio do segmento 𝑨𝑩, 𝑬 é um dos pontos de
interseção entre 𝑪𝟏 e 𝑪𝟐 , e 𝑭 é a interseção da reta 𝑬𝑫 com a circunferência 𝑪𝟐 , o valor da área do
triângulo 𝑨𝑬𝑭, em unidades de área, é
√𝟏𝟓
a) 𝟐 + 𝟖
√𝟏𝟓
b) 𝟏 + 𝟒
𝟑√𝟏𝟓
c) 𝟖

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 211


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√𝟏𝟓
d) 𝟒
𝟓√𝟏𝟓
e) 𝟖

Comentários
Do enunciado, temos a seguinte figura:

Veja que Δ𝐴𝐷𝐸 é isósceles, pois 𝐴𝐸 = 𝐴𝐷 = 1. Assim, temos 𝐴𝐸̂ 𝑀 = 𝐴𝐷


̂ 𝑀 = 𝛼. A
medida de 𝐸𝐷 é dada por:
𝐸𝐷 = 𝐸𝑀 + 𝑀𝐷 = 1 ⋅ cos 𝛼 + 1 ⋅ cos 𝛼 = 2 cos 𝛼
Perceba que 𝐴𝐸̂ 𝐹 e 𝐴𝐵̂ 𝐹 “enxergam” o mesmo arco 𝐴𝐹
̂ , como 𝐵 é o centro da
circunferência 𝐶2 , temos que 𝐴𝐵̂ 𝐹 = 2𝐴𝐸̂ 𝐹 = 2𝛼.
Da lei dos senos no triângulo 𝐷𝐵𝐹:
2 𝐷𝐹 2
= ⇒ 𝐷𝐹 = ⋅ (2 sen𝛼 cos 𝛼) = 4 cos 𝛼
sen 𝛼 sen 2𝛼 sen 𝛼
Aplicando a potência de ponto na circunferência 𝐶2 :
𝐸𝐷 ⋅ 𝐷𝐹 = 𝐴𝐷 ⋅ 𝐷𝐺 ⇒ 2 cos 𝛼 ⋅ 4 cos 𝛼 = 1 ⋅ 3
3
cos2 𝛼 =
8
𝜋
Como 𝛼 ∈ (0, ):
2

√3
cos 𝛼 =
2√2
Pelo teorema de Pitágoras:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 212


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3 5 √5
𝑠𝑒𝑛𝛼 = √1 − cos2 𝛼 = √1 − =√ =
8 8 2√2
Dessa forma, 𝐸𝐹 é:
3√3
𝐸𝐹 = 𝐸𝐷 + 𝐷𝐹 = 6 cos 𝛼 =
√2
Por fim, a área solicitada vale:
3√3 √5

𝐸𝐹 ⋅ 𝐴𝑀 𝐸𝐹 ⋅ 1 ⋅ 𝑠𝑒𝑛𝛼 √2 2√2 3√15
𝑆𝐴𝐸𝐹 = ⇒ 𝑆𝐴𝐸𝐹 = ⇒ 𝑆𝐴𝐸𝐹 = =
2 2 2 8
Gabarito: “c”.
72. (EFOMM/2018)

Qual é a área de uma circunferência inscrita em um triângulo equilátero, sabendo-se que esse
triângulo está inscrito em uma circunferência de comprimento igual a 𝟏𝟎𝝅 𝒄𝒎?
𝟕𝟓𝝅
a) 𝟒
𝟐𝟓𝝅
b) 𝟒
𝟓𝝅
c) 𝟐
𝟐𝟓𝝅
d) 𝟏𝟔
𝟓𝝅
e) 𝟒

Comentários
Um triângulo equilátero possui o incentro, o circuncentro e o baricentro coincidentes e,
além disso, o baricentro é o ponto que divide sua altura na razão 2:1, logo:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 213


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Temos 𝑅 = 2𝑟. Como a circunferência externa possui comprimento igual a 10𝜋, temos:
2𝜋𝑅 = 10𝜋 ⇒ 𝑅 = 5 𝑐𝑚
Assim,
𝑅 5
𝑟= = 𝑐𝑚
2 2
A área da circunferência inscrita é:

2
5 2 25
𝐴 = 𝜋𝑟 = 𝜋 ( ) = 𝜋 𝑐𝑚2
2 4
Gabarito: “b”.
73. (EFOMM/2016)

Seja um quadrado de lado 𝟐. Unindo os pontos médios de cada lado, temos um segundo quadrado.
Unindo os pontos médios do segundo quadrado, temos um terceiro quadrado, e assim
sucessivamente. O produto das áreas dos dez primeiros quadrados é
𝟗
a) 𝟐𝟐
𝟐𝟓
b) 𝟐 𝟐
−𝟒𝟓
c) 𝟐 𝟐

d) 𝟐−𝟒𝟓

e) 𝟐−𝟐𝟓
Comentários

A área do maior quadrado é:


𝑆1 = 22 = 4

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 214


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O lado do segundo quadrado é, pelo teorema de Pitágoras:


𝑙22 = 12 + 12 = 2 ⇒ 𝑙2 = √2
Sua área é:
2
𝑆2 = √2 = 2
O lado do terceiro quadrado é:
2 2
√2 √2
𝑙32 = ( ) + ( ) ⇒ 𝑙3 = 1
2 2
Sua área é:
𝑆3 = 12 = 1
Note que seguindo o raciocínio, encontramos uma PG de razão 𝑞 = 1/2:
1
(𝑆1 , 𝑆2 , 𝑆3 , 𝑆4 , … ) = (4, 2, 1, , … )
2
Assim, o produto das áreas dos dez primeiros quadrados é:
1 1 2 1 9 10
1 1+2+3+⋯+9
𝑃 = 𝑆1 ⋅ 𝑆2 ⋅ 𝑆3 ⋅ … ⋅ 𝑆10 = 4 ⋅ (4 ⋅ ) ⋅ (4 ⋅ ( ) ) ⋅ … ⋅ (4 ⋅ ( ) ) = 4 ⋅ ( )
2 2 2 2
9
10
1 (1+9)⋅2 1 45 220
𝑃 =4 ⋅( ) = 4 ⋅ ( ) = 45 = 2−25
10
2 2 2
Gabarito: “e”.
74. (EFOMM/2016)

Determine o comprimento do menor arco 𝑨𝑩 na circunferência de centro 𝑶, representada na figura


a seguir, sabendo que o segmento 𝑶𝑫 mede 𝟏𝟐 𝒄𝒎, os ângulos 𝑪𝑶 ̂ 𝑫 = 𝟑𝟎° e 𝑶𝑨̂ 𝑩 = 𝟏𝟓° e que a
área do triângulo 𝑪𝑫𝑶 é igual a 𝟏𝟖 𝒄𝒎𝟐 .

a) 𝟓𝝅 𝒄𝒎

b) 𝟏𝟐 𝒄𝒎

c) 𝟓 𝒄𝒎
d) 𝟏𝟐𝝅 𝒄𝒎

e) 𝟏𝟎𝝅 𝒄𝒎

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 215


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Comentários
Seja 𝐶𝑂 = 𝑅. Assim,
𝑂𝐷 ⋅ 𝐶𝑂 ⋅ sen 𝐷Ô𝐶 12 ⋅ 𝑅 ⋅ sen 30° 1
𝑆𝐶𝐷𝑂 = ⇒ 18 = ⇒ 36 = 12 ⋅ ( ) ⋅ 𝑅 ⇒ 𝑅 = 6 𝑐𝑚
2 2 2
Como 𝑂𝐴̂𝐵 = 𝑂𝐵̂𝐴 = 15° já que 𝑂𝐴𝐵 é um triângulo isósceles, temos:
5𝜋
𝐴𝑂̂𝐵 = 150° =
6
E então o arco AB é dado por:
̂ ) 5𝜋 𝑚(𝐴𝐵
𝑚(𝐴𝐵 ̂)
𝐴𝑂̂ 𝐵 = ⇒ = ̂ ) = 5𝜋 𝑐𝑚
⇒ 𝑚(𝐴𝐵
𝑅 6 6
Gabarito: “a”.
75. (EFOMM/2015)

Deseja-se construir uma janela que possuindo a forma de um retângulo sob um semicírculo,
conforme figura abaixo, permita o máximo de passagem de luz possível. Sabe-se que: o vidro do
retângulo será transparente; o vidro do semicírculo será colorido, transmitindo, por unidade de
área, apenas metade da luz incidente em relação ao vidro transparente; o perímetro total da janela
é fixo e vale 𝒑. Nessas condições, determine as medidas da parte retangular da janela, em função
do perímetro 𝒑. Obs: Ignore a espessura do caixilho.

𝟒 𝝅+𝟒
a) 𝟑𝝅+𝟖 𝒑 e 𝟐(𝟑𝝅+𝟖) 𝒑
𝟐 𝝅+𝟒
b) 𝟑𝝅+𝟖 𝒑 e 𝟒(𝟑𝝅+𝟖) 𝒑
𝟖 𝝅+𝟒
c) 𝒑e 𝒑
𝟑𝝅+𝟖 𝟑𝝅+𝟖
𝟔 𝟑(𝝅+𝟒)
d) 𝒑e 𝒑
𝟑𝝅+𝟖 𝟒(𝟑𝝅+𝟖)
𝟒 𝟖
e) 𝟑𝝅+𝟖 𝒑 e 𝟑𝝅+𝟖 𝒑

Comentários

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 216


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𝑥
Seja x a base do retângulo e y a altura. Logo, o raio do semicírculo vale 𝑟 = . O perímetro
2
da janela é:
2𝜋𝑟 𝜋𝑥 2𝑝 − 2𝑥 − 𝜋𝑥
𝑝 = 𝑥 + 2𝑦 + ⇒𝑝−𝑥− = 2𝑦 ⇒ 𝑦 =
2 2 4
Assim, as áreas das partes da janela são dadas por:
𝜋𝑟² 𝜋𝑥²
𝑆𝑅𝑒𝑡â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 = 𝑥𝑦 𝑒 𝑆𝑆𝑒𝑚𝑖𝐶í𝑟𝑐𝑢𝑙𝑜 = =
2 8
A luminosidade é proporcional à área, logo vamos trabalhar com a área total (incluindo a
diferença de transparência):
1 1 𝜋𝑥 2
𝑆 = 𝑆𝑅 + 𝑆𝑆𝐶 = 𝑥𝑦 + ( )
2 2 8
2𝑝 − 2𝑥 − 𝜋𝑥 𝜋𝑥 2 4𝑥(2𝑝 − 2𝑥 − 𝜋𝑥) + 𝜋𝑥 2 8𝑝𝑥 − 8𝑥 2 − 4𝜋𝑥 2 + 𝜋𝑥 2
𝑆 = 𝑥( )+ = =
4 16 16 16
2
−(3𝜋 + 8)𝑥 + 8𝑝𝑥
𝑆=
16
Logo, trata-se de uma função quadrática em x com concavidade para baixo e, portanto,
possui um máximo.
−𝑏 −(8𝑝) 4
𝑥𝑣 = = = 𝑝
2𝑎 2(−3𝜋 − 8) 3𝜋 + 8
4𝑝
2𝑝 − (2 + 𝜋)
𝑦= 3𝜋 + 8 = 6𝑝𝜋 + 16𝑝 − 8𝑝 − 4𝑝𝜋 = 2𝑝𝜋 + 8𝑝 = 𝜋 + 4 𝑝
4 4(3𝜋 + 8) 4(3𝜋 + 8) 2(3𝜋 + 8)
Gabarito: “a”.
76. (EFOMM/2014)

A diferença entre o comprimento 𝒙 e a largura 𝒚 de um retângulo é de 𝟐 𝒄𝒎. Se a sua área é menor


ou igual a 𝟑𝟓 𝒄𝒎𝟐 , então o valor de 𝒙, em 𝒄𝒎, será:
a) 𝟎 < 𝒙 < 𝟕

b) 𝟎 < 𝒙 < 𝟓

c) 𝟐 < 𝒙 ≤ 𝟓

d) 𝟐 < 𝒙 ≤ 𝟕

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 217


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e) 𝟐 < 𝒙 < 𝟕
Comentários
Do enunciado,
𝑥−𝑦 = 2⇒𝑦 =𝑥−2
𝑥𝑦 ≤ 35
Assim,
𝑥(𝑥 − 2) ≤ 35 ⇒ 𝑥 2 − 2𝑥 − 35 ≤ 0
Resolvendo a inequação:
𝑟𝑎í𝑧𝑒𝑠: 𝑥 = −(−1) ± √36 = 1 ± 6 = −5 𝑜𝑢 7
𝑥 2 − 2𝑥 − 35 ≤ 0 ⇒ −5 ≤ 𝑥 ≤ 7
𝑦 deve ser um número positivo, logo:
𝑦 >0⇒ 𝑥−2>0 ⇒𝑥 > 2
∴2<𝑥≤7
Gabarito: “d”.
77. (EFOMM/2010)
João construiu um círculo de papel com centro 𝑶 e raio 𝟒𝒄𝒎 (figura 1). Traçou dois diâmetros 𝑨𝑪 e
𝑩𝑫 perpendiculares e, em seguida, dobrou o papel fazendo coincidir 𝑨, 𝑶 e 𝑪, conforme sugere a
Figura 2.

A área da parte do círculo não encoberta pelas dobras sombreada na Figura 2, é igual a
𝟏
a) 𝟑 (𝟗𝟔 − 𝟏𝟔𝝅)𝒄𝒎𝟐
𝟏
b) 𝟑 (𝟏𝟔𝝅 − 𝟒𝟖)𝒄𝒎𝟐
𝟏
c) 𝟑 (𝟏𝟔𝝅 − 𝟏𝟐√𝟑)𝒄𝒎𝟐

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 218


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𝟏
d) 𝟑 (𝟏𝟔𝝅 + 𝟏𝟐√𝟑)𝒄𝒎𝟐
𝟏
e) 𝟑 (𝟑𝟐𝝅 + 𝟏𝟐√𝟑)𝒄𝒎𝟐

Comentários
Vamos calcular o valor da área dos segmentos circulares para podermos subtrai-las do
círculo. Perceba que o círculo foi dobrado a uma distância de 𝑅/2 do seu centro, sendo 𝑅 o seu
raio. Assim, temos:

A área de um segmento corresponde à área de um setor de 120° menos um triângulo é:


𝑅
120° 2 . 𝑅 √3 𝜋𝑅² 𝑅2 √3
𝑆𝑆 = 𝜋𝑅² − = −
360° 2 3 4
Assim, a área da parte não encoberta é:

2 2
𝜋𝑅2 𝑅2 √3 𝑅2 (3√3 − 𝜋)
𝑆 = 𝜋𝑅 − 4𝑆𝑆 → 𝑆 = 𝜋𝑅 − 4 +4 →𝑆=
3 4 3
Logo, para 𝑅 = 4𝑐𝑚:
16(3√3 − 𝜋) 1
𝑆= = (48√3 − 16𝜋)𝑐𝑚²
3 3
Percebe-se que não há alternativa compatível.
Gabarito: “ANULADA”.
78. (EFOMM/2010)

As medidas dos lados ̅̅̅̅


𝑨𝑪, ̅̅̅̅
𝑩𝑪 e ̅̅̅̅
𝑨𝑩 de um triângulo 𝑨𝑩𝑪 formam, nesta ordem, uma progressão
̂, 𝑩
aritmética crescente. Os ângulos internos 𝑨 ̂ e𝑪̂ desse triângulo possuem a seguinte propriedade:
̂ + 𝒔𝒆𝒏𝟐 𝑩
𝒔𝒆𝒏𝟐 𝑨 ̂ − 𝒔𝒆𝒏𝟐 𝑪̂ − 𝟐 ⋅ 𝒔𝒆𝒏 𝑨
̂ ⋅ 𝒔𝒆𝒏 𝑩
̂ ⋅ 𝐜𝐨𝐬 𝑪
̂ = 𝐜𝐨𝐬𝟐 𝑪̂ . Se o perímetro do triângulo 𝑨𝑩𝑪
mede 𝟑√𝟑𝒎, sua área, em 𝒎𝟐 , é igual a
𝟑√𝟑
a) 𝟒
𝟑
b) 𝟒
𝟗
c) 𝟖

d) 𝟐

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 219


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e) 𝟒
Comentários

Como os lados estão em PA:


𝐴𝐶 = 𝑎1 , 𝐵𝐶 = 𝑎1 + 𝑟, 𝐴𝐵 = 𝑎1 + 2𝑟
Temos que o perímetro mede 3√3:
2𝑝 = 𝑎1 + 𝑎1 + 𝑟 + 𝑎1 + 2𝑟 ⇒ 3𝑎1 + 3𝑟 = 3√3 ⇒ 𝑎1 + 𝑟 = √3
Pela lei dos cossenos:
𝐴𝐵2 = 𝐴𝐶 2 + 𝐵𝐶 2 − 2𝐴𝐶 ⋅ 𝐵𝐶 ⋅ cos 𝐶̂
Pela lei dos senos:
𝐴𝐵 𝐴𝐶 𝐵𝐶
= =
sen 𝐶̂ sen 𝐵̂ sen 𝐴̂
Assim, obtemos que
𝐴𝐶 sen 𝐴̂ sen 𝐴̂
𝑖) 𝐵𝐶 = ⇒ 𝐴𝐶 ⋅ 𝐵𝐶 = 𝐴𝐶²
sen 𝐵̂ sen 𝐵̂
2
sen2 𝐶̂
𝑖𝑖) 𝐴𝐵 = 𝐴𝐶²
sen2 𝐵̂
sen² 𝐴̂
𝑖𝑖𝑖) 𝐵𝐶 2 = 𝐴𝐶²
sen2 𝐵̂
Substituindo (i), (ii) e (iii) na lei dos cossenos:
sen2 𝐶̂ sen2 𝐴̂ 𝑠𝑒𝑛 𝐴̂
𝐴𝐶 2 2
= 𝐴𝐶 + 𝐴𝐶 2
− 2𝐴𝐶 2
cos 𝐶̂
sen2 𝐵̂ sen2 𝐵̂ sen 𝐵̂
sen2 𝐶̂ = sen2 𝐵̂ + sen2 𝐴̂ − 2 sen 𝐴̂ sen 𝐵̂ cos 𝐶̂
sen2 𝐴̂ + sen2 𝐵̂ − sen2 𝐶̂ − 2 sen 𝐴̂ sen 𝐵̂ cos 𝐶̂ = 0
Do enunciado:
𝑠𝑒𝑛 2 𝐴̂ + 𝑠𝑒𝑛 2 𝐵̂ − 𝑠𝑒𝑛 2 𝐶̂ − 2 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝐴̂ ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝐵̂ ⋅ cos 𝐶̂ = cos2 𝐶̂
Assim,

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 220


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𝜋
cos2 𝐶̂ = 0 ⇒ 𝐶 =
2
Portanto, temos um triângulo pitagórico:
(𝑎1 + 2𝑟)2 = 𝑎12 + (𝑎1 + 𝑟)2
𝑎1 + 𝑟 = √3
Substituindo uma na outra:
2 2 2
(√3 + 𝑟) = (√3 − 𝑟) + √3
3 + 𝑟 2 + 2√3𝑟 = 3 + 𝑟 2 − 2√3𝑟 + 3
3 √3
4√3𝑟 = 3 ⇒ 𝑟 = ⇒𝑟=
4√3 4
√3 3√3
⇒ 𝑎1 = √3 − =
4 4
Por fim, a área solicitada vale:
3√3
𝑎1 + 𝑟 . √3 9
𝑆 = 𝑎1 ⋅ = 4 =
2 2 8
Gabarito: “c”.
79. (EFOMM/2010)

Um triângulo obtusângulo 𝑨𝑩𝑪 tem 𝟏𝟖 𝒄𝒎 de perímetro e as medidas de seus lados formam uma
progressão aritmética crescente (AB, AC, BC). Os raios das circunferências inscrita e circunscrita a
esse triângulo 𝑨𝑩𝑪 medem, respectivamente, 𝒓 e 𝑹. Se 𝒔𝒆𝒏 𝑨 ̂ = √𝟏𝟓 e 𝒔𝒆𝒏 𝑩̂ = 𝟑√𝟏𝟓, então o
𝟒 𝟏𝟔
𝟐
produto 𝒓 ⋅ 𝑹, em 𝒄𝒎 , é igual a
𝟑𝟓
a) 𝟗

b) 𝟔√𝟔
c) 𝟑√𝟏𝟓
𝟏𝟔
d) 𝟑

e) 𝟏
Comentários

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 221


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Lados em PA:
(𝑐, 𝑏, 𝑎) = (𝑏 − 𝑞, 𝑏, 𝑏 + 𝑞)
Como o perímetro vale 18, temos:
2𝑝 = 𝑏 − 𝑞 + 𝑏 + 𝑏 + 𝑞 ⇒ 18 = 3𝑏 ⇒ 𝑏 = 6
Da Lei dos Senos:
𝑎 𝑏 6+𝑞 6
= ⇒ = ⇒ 24 + 4𝑞 = 32 ⇒ 4𝑞 = 8 ⇒ 𝑞 = 2
sen 𝐴̂ sen 𝐵̂
√15 3√15
4 16
Logo, temos dos lados do triângulo:
(𝑐, 𝑏, 𝑎) = (4, 6, 8)
A área do triângulo é:
𝑎𝑏𝑐 𝑏𝑐 sen 𝐴̂
𝑆𝐴𝐵𝐶 = 𝑝 ⋅ 𝑟 = =
4𝑅 2
√15
6⋅ 4( )
4⋅6⋅8 4
9𝑟 = = = 3√15
4𝑅 2

Assim,
√15
9𝑟 = 3√15 ⇒ 𝑟 = 𝑐𝑚
3
48 16√15
= 3√15 ⇒ 𝑅 = 𝑐𝑚
𝑅 15
Portanto,

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 222


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16
𝑟 ⋅𝑅 = 𝑐𝑚²
3
Gabarito: “d”.
80. (EFOMM/2006)

A região hachurada 𝑹 da figura é limitada por arcos de circunferência centrados nos vértices do
quadrado de lado 𝟐𝒍. A área de 𝑹 é

𝝅𝒍𝟐
a) 𝟐

b) (𝝅 − 𝟐√𝟐)𝒍𝟐
𝟒
c) (𝝅 − 𝟑) 𝒍𝟐

d) (𝟒 − 𝝅)𝒍𝟐
e) √𝟐𝒍𝟐
Comentários
A área sombreada se refere à área do quadrado subtraída por 4 quartos de circunferência
de raio 𝑙. Assim,
𝜋𝑙 2
𝑆𝑆 = 𝑆𝑄 − 4𝑆𝐶 ⇒ 𝑆𝑆 = (2𝑙 )2 − 4 ( ) ⇒ 𝑆𝑆 = 4𝑙 2 − 𝜋𝑙 2 = 𝑙²(4 − 𝜋)
4
Gabarito: “d”.
81. (EFOMM/2005)

No hexágono 𝑨𝑩𝑪𝑫𝑬𝑭, abaixo, a medida do ângulo 𝑨𝑩 ̂ 𝑪 é quatro vezes a medida do ângulo 𝑬𝑭


̂ 𝑨.
̂ 𝑪 e 𝑬𝑭
Determine a medida do ângulo obtuso formado pelas bissetrizes de 𝑨𝑩 ̂ 𝑨.

a) 𝟕𝟎°

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 223


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b) 𝟖𝟎°

c) 𝟖𝟓°

d) 𝟏𝟎𝟎°

e) 𝟏𝟐𝟎°
Comentários

Primeiramente, a soma dos ângulos internos de um polígono de n lados é 𝑆 = 180°(𝑛 −


2).
Da soma dos ângulos internos do hexágono:
2𝛼 + 150° + 90° + 120° + 8𝛼 + 160° = 180°(6 − 2)
10𝛼 + 520° = 720° ⇒ 𝛼 = 20°
No quadrilátero FGBA, em que G é o ponto comum das bissetrizes, temos:
20° + 𝑥 + 80° + 160° = 180° ⋅ 2
𝑥 = 360° − 260°
∴ 𝑥 = 100°
Gabarito: “d”.
82. (AFA/2021)
Para construir um viaduto, a prefeitura de uma cidade precisará desapropriar alguns locais de uma
determinada quadra da cidade.

Para identificar o que precisará ser desapropriado, fez-se um esboço da planta dessa quadra no qual
os locais foram representados em um plano cartesiano e nomeados de 𝑨𝟏 até 𝑨𝟏𝟎 , conforme figura
a seguir.

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 224


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𝟏
O viaduto estará representado pela região compreendida entre as retas de equações 𝒓: − 𝟐 𝒙 − 𝒚 +
𝟖 = 𝟎 e 𝒔: −𝒙 − 𝟐𝒚 + 𝟏𝟎 = 𝟎.

Um local será inteiramente desapropriado se o viaduto passar por qualquer trecho de seu território.

Se cada unidade do plano no esboço da planta equivale a 10m na situação real, então a área total
dos locais dessa quadra que precisará ser desapropriada, em 𝒎𝟐 , é igual a
a) 5950

b) 6450

c) 6950

d) 7450
Comentários
Escrevendo as retas na forma reduzida:
𝑥
𝑟: 𝑦 = − + 8
2
⇒ (16, 0) 𝑒 (0, 8) ∈ 𝑟
𝑥
𝑠: 𝑦 = − + 5
2
⇒ (10, 0) 𝑒 (0, 5) ∈ 𝑟
Inserindo as retas no gráfico, obtemos:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 225


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Note que os únicos locais que não precisam ser desapropriados são 𝐴1 e 𝐴6 . Assim, a área
total a ser desapropriada é:
𝐴𝑇 = (10 ⋅ 8 − 𝐴1 − 𝐴6 ) ⋅ 10 ⋅ 10
3⋅3
𝐴𝑇 = (10 ⋅ 8 − − 2 ⋅ 3) ⋅ 10 ⋅ 10
2
𝐴𝑇 = (80 − 4,5 − 6) ⋅ 100
𝐴𝑇 = 6950 𝑚2
Gabarito: C
83. (AFA-2018)

A figura a seguir é um pentágono regular de lado 2cm.

Os triângulos 𝑫𝑩𝑪 e 𝑩𝑪𝑷 são semelhantes.

A medida de 𝑨𝑪, uma das diagonais do pentágono regular, em cm, é igual a:

a) 𝟏 + √𝟓

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 226


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b) −𝟏 + √𝟓
√𝟓
c) 𝟐 + 𝟐

d) 𝟐√𝟓 − 𝟏
Comentários
Tendo em vista o teorema de Ptolomeu (ADCB é um quadrilátero inscritível, pois os ângulos
opostos somam 180°), temos:
𝐴𝐶 ⋅ 𝐵𝐷 = 𝐴𝐵 ⋅ 𝐷𝐶 + 𝐴𝐷 ⋅ 𝐵𝐶
Logo,
𝑑2 = 2 ⋅ 2 + 2 ⋅ 𝑑 ⇒ 𝑑2 − 2𝑑 − 4 = 0
Raízes:
−2 ± √(−2)2 − 4 ⋅ 1 ⋅ (−4) −2 ± √20 −2 ± 2√5
𝑑= = = = −1 ± √5
2 2 2
Como 𝑑 > 0:
⇒ 𝑑 = 1 + √5 𝑐𝑚
Observação: Todo polígono regular é inscritível, logo o quadrilátero ABCD também é
inscritível.
Gabarito: “a”.
84. (AFA/2018)
No círculo do centro 𝑶 a seguir, 𝑶𝑨 = 𝟐𝒎, M é o ponto médio de 𝑶𝑷 e a área 𝒚 do triângulo 𝑶𝑵𝑴
é dada em função do comprimento 𝒙 do arco 𝑨𝑷̂ , com 𝟎 < 𝒙 < 𝝅.
𝟐

Assim sendo, é correto afirmar que 𝒚


𝝅 𝝅
a) é decrescente se 𝒙 ∈ ] 𝟒 , 𝟐 [.

b) assume valor máximo 𝟎, 𝟏𝟐𝟓𝒎𝟐 .


√𝟐
c) pode assumir valor igual a 𝟐
𝒎𝟐 .

d) é sempre um número racional.


Comentários

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 227


Prof. Victor So

Inicialmente, o ângulo 𝑥 (em radianos) pode ser escrito da forma:


𝑥 𝑥
𝛼= ⇒𝛼=
𝑅 2
Como 𝑀 é o ponto médio de ̅̅̅̅𝑂𝑃 , temos ̅̅̅̅̅
𝑂𝑀 = ̅̅̅̅̅
𝑀𝑃 = 1𝑚. Assim, a área de 𝑂𝑁𝑀 é dada
por:
̅̅̅̅̅
𝑀𝑁 ⋅ ̅̅̅̅
𝑂𝑁 1 ⋅ sen 𝛼 ⋅ 1 ⋅ cos 𝛼 sen 2𝛼
𝑆𝑂𝑁𝑀 = = ⇒ 𝑆𝑂𝑁𝑀 =
2 2 4
𝑥
sen (2 ( )) sen 𝑥
2
⇒ 𝑆𝑂𝑁𝑀 = ⇒ 𝑆𝑂𝑁𝑀 = 𝑦 = 𝑚²
4 4
A questão não possui gabarito, afinal todas as alternativas estão falsas:
a) 𝑠𝑒𝑛 𝑥 é crescente nesse intervalo.
1
b) O valor máximo ocorre quando 𝑠𝑒𝑛 𝑥 = 1, logo, 𝑆𝑚𝑎𝑥 = = 0,25𝑚2.
4

c) A área não pode ter valor maior que 0,25m². Veja que:
√2 1,4
≅ = 0,7 > 0,25
2 2
𝜋 √2
d) Se 𝑥 = , então 𝑆 = ∉ ℚ.
4 8

Gabarito: “ANULADA”.
85. (AFA/2017)
̅̅̅̅, 𝑸 ∈ 𝑩𝑪,
Considere, no triângulo 𝑨𝑩𝑪 abaixo, os pontos 𝑷 ∈ 𝑨𝑩 ̅̅̅̅̅ 𝑹 ∈ 𝑨𝑪
̅̅̅̅ e os segmentos 𝑷𝑸
̅̅̅̅ e 𝑸𝑹
̅̅̅̅
paralelos, respectivamente, a ̅̅̅̅
𝑨𝑪 e ̅̅̅̅̅
𝑨𝑩.

Sabendo que ̅̅̅̅̅


𝑩𝑸 = 𝟑𝒄𝒎, ̅̅̅̅
𝑸𝑪 = 𝟏𝒄𝒎 e que a área do triângulo 𝑨𝑩𝑪 é 𝟖𝒄𝒎𝟐 , então a área do
paralelogramo hachurado, em 𝒄𝒎𝟐 , é igual a
a) 2

b) 3

c) 4

d) 5
Comentários

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 228


Prof. Victor So

Como os segmentos são paralelos, temos que os triângulos ABC, PBQ e RQC são
semelhantes.
Da semelhança de triângulos, temos:
[𝑃𝐵𝑄] 𝐵𝑄 2 3 2 9
Δ𝑃𝐵𝑄~Δ𝐴𝐵𝐶 ⇒ = ( ) ⇒ [𝑃𝐵𝑄] = ( ) ⋅ 8 = = 4,5𝑐𝑚2
[𝐴𝐵𝐶 ] 𝐵𝐶 4 2
[𝑅𝑄𝐶 ] 𝑄𝐶 2 1 2 1
Δ𝑅𝑄𝐶~Δ𝐴𝐵𝐶 ⇒ = ( ) ⇒ [𝑅𝑄𝐶 ] = ( ) ⋅ 8 = = 0,5𝑐𝑚2
[𝐴𝐵𝐶 ] 𝐵𝐶 4 2
A área pedida é dada por:
[𝐴𝑃𝑄𝑅] = [𝐴𝐵𝐶 ] − [𝑃𝐵𝑄] − [𝑅𝑄𝐶 ] = 8 − 4,5 − 0,5 = 3 𝑐𝑚2
Gabarito: “b”.
86. (AFA/2015)

Seja o quadrado 𝑨𝑩𝑪𝑫 e o ponto 𝑬 pertencente ao segmento ̅̅̅̅ 𝑨𝑩. Sabendo-se que a área do
triângulo 𝑨𝑫𝑬, a área do trapézio 𝑩𝑪𝑫𝑬 e a área do quadrado 𝑨𝑩𝑪𝑫 formam juntas, nessa ordem,
uma Progressão Aritmética (P.A.) e a soma das áreas desses polígonos é igual a 𝟖𝟎𝟎𝒄𝒎𝟐 , tem-se
̅̅̅̅
que a medida do segmento 𝑬𝑩

a) é fração própria.

b) é decimal exato.

c) é decimal não-exato e periódico.

d) pertence ao conjunto 𝑨 = ℝ∗+ − ℚ+


Comentários

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 229


Prof. Victor So

Da imagem, temos que 𝑆𝐵𝐶𝐷𝐸 + 𝑆𝐴𝐷𝐸 = 𝑆𝐴𝐵𝐶𝐷 .


O enunciado afirma que (𝑆𝐴𝐷𝐸 , 𝑆𝐵𝐶𝐷𝐸 , 𝑆𝐴𝐵𝐶𝐷 ) formam uma PA cuja soma é 800 𝑐𝑚2 , logo:
𝑆𝐴𝐷𝐸 + 𝑆𝐵𝐶𝐷𝐸 + 𝑆𝐴𝐵𝐶𝐷 = 800𝑐𝑚2 ⇒ 2𝑆𝐴𝐵𝐶𝐷 = 800 ⇒ 𝑆𝐴𝐵𝐶𝐷 = 400 ⇒ 𝑙 2 = 400 ∴ 𝑙 = 20 𝑐𝑚
Assim, como as áreas estão em PA:
2𝑆𝐵𝐶𝐷𝐸 = 𝑆𝐴𝐷𝐸 + 𝑆𝐴𝐵𝐶𝐷
(20 + 𝑥) ⋅ 20 20(20 − 𝑥)
2[ ]= + 400
2 2
400 + 20𝑥 = 200 − 10𝑥 + 400
30𝑥 = 200
20
𝑥=
= 6,66 …
3
Portanto, ̅̅̅̅
𝐸𝐵 é um decimal não-exato e periódico.
Gabarito: “c”.
87. (AFA/2014)

Na figura abaixo, os três círculos têm centro sobre a reta 𝑨𝑩 e os dois de maior raio têm centro
sobre a circunferência de menor raio.

A expressão que fornece o valor da área sombreada é


𝟏𝟕𝝅−𝟔√𝟑
a) 𝒓𝟐
𝟗
𝟏𝟏𝝅+𝟗√𝟑
b) 𝒓𝟐
𝟏𝟐
𝟏𝟓𝝅−𝟒√𝟑
c) 𝒓𝟐
𝟗
𝟏𝟑𝝅+𝟔√𝟑
d) 𝒓𝟐
𝟏𝟐

Comentários

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 230


Prof. Victor So

Podemos calcular o ângulo 𝛼:


𝑟
1
cos 𝛼 = 2 ⇒ cos 𝛼 = ⇒ 𝛼 = 60°
𝑟 2

Observe que, quando somamos as áreas dos dois círculos maiores, as áreas dos segmentos
circulares de 120° são contadas duas vezes.
Logo, a área pedida é igual à área dos dois círculos maiores menos a área de dois segmentos
de 120° menos a área do círculo menor.

2 2
120° 1 𝑟 𝜋𝑟 2
𝑆 = 𝜋𝑟 + 𝜋𝑟 − 2 [𝜋𝑟 2 − ( ) (𝑟 √3)] −
360° 2 ⏟2 ⏟ 4
𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝛥 𝑏𝑎𝑠𝑒 𝛥

2𝜋𝑟 2 𝑟 2 √3 𝜋𝑟 2
2 2
2 1 𝑟 2 √3
𝑆 = 2𝜋𝑟 − + − = 𝜋𝑟 (2 − − ) +
3 2 4 3 4 2
𝜋𝑟 2 (24 − 8 − 3) 6√3 2
𝑆= + 𝑟
12 12
13𝜋 + 6√3
𝑆= 𝑟²
12
Gabarito: “d”.
88. (AFA/2012)

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 231


Prof. Victor So

Conforme a figura abaixo, 𝑨 é o ponto de tangência das circunferências de centros 𝑪𝟏 , 𝑪𝟐 e 𝑪𝟑 . Sabe-


se que os raios dessas circunferências formam uma progressão geométrica crescente.

Se os raios das circunferências de centros 𝑪𝟏 e 𝑪𝟐 medem, respectivamente, 𝟐𝒓 e 𝟑𝒓, então a área


da região sombreada vale, em unidades de área,
𝟓𝟓
a) 𝝅𝒓𝟐
𝟖
𝟐𝟗
b) 𝝅𝒓𝟐
𝟒
𝟔𝟏
c) 𝝅𝒓𝟐
𝟖

d) 𝟖𝝅𝒓𝟐
Comentários
Inicialmente, como os raios estão em PG, temos:
(𝑟1 , 𝑟2 , 𝑟3 ) = (2𝑟, 3𝑟, 𝑟3 )
3𝑟 3
𝑞= =
2𝑟 2
9
⇒ 𝑟3 = 3𝑟 ⋅ 𝑞 = 𝑟
2
Sejam 𝑆1 , 𝑆2 , 𝑆3 as áreas das circunferências de centros 𝐶1 , 𝐶2 , 𝐶3 , respectivamente. Logo,
a área pedida é dada por:
𝑆1 𝑆3 𝑆2
𝑆= +( − )
2 2 2
1 1 9 2 1
𝑆 = 𝜋 (2𝑟) + ( 𝜋 ( 𝑟) − 𝜋(3𝑟)2 )
2
2 2 2 2
81 2 9 2
𝑆 = 2𝜋𝑟 2 + 𝜋𝑟 − 𝜋𝑟
8 2
𝜋𝑟 16 + 81 − 36) 61𝜋𝑟 2
2(
𝑆= =
4 8

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 232


Prof. Victor So

Gabarito: “c”.
89. (AFA/2011)

As circunferências 𝝀𝟏 e 𝝀𝟐 da figura abaixo são tangentes interiores e a distância entre os centros


𝑪𝟏 e 𝑪𝟐 é igual a 1cm.

Se a área sombreada é igual à área não sombreada na figura, é correto afirmar que o raio 𝝀𝟐 , em
𝒄𝒎, é um número do intervalo.
𝟏𝟏
a) ]𝟐, [
𝟓
𝟏𝟏 𝟐𝟑
b) ] 𝟓 , 𝟏𝟎[
𝟐𝟑 𝟓
c) ]𝟏𝟎 , 𝟐[
𝟓 𝟏𝟑
d) ]𝟐 , 𝟓
[

Comentários
Temos que a área sombreada é igual à área não sombreada:
𝜋𝑅22 = 𝜋𝑅12 − 𝜋𝑅22
2𝜋𝑅22 = 𝜋𝑅12
𝑅2 √2 = 𝑅1
Assim, pelo desenho temos também que 𝑅1 − 𝑅2 = 1𝑐𝑚:
𝑅2 √2 − 𝑅2 = 1
𝑅2 (√2 − 1) = 1
1 1 √2 + 1
𝑅2 = = ⋅
√2 − 1 √2 − 1 √2 + 1
⇒ 𝑅2 = 1 + √2 ≅ 2,41 𝑐𝑚
Veja que
23 5
< 2,41 <
10 2

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 233


Prof. Victor So

Gabarito: “c”.
90. (AFA/2011)

Na figura abaixo, têm-se quatro círculos congruentes de centros 𝑶𝟏 , 𝑶𝟐 , 𝑶𝟑 e 𝑶𝟒 e de raio igual a


𝟏𝟎𝒄𝒎. Os pontos 𝑴, 𝑵, 𝑷, 𝑸 são pontos de tangência entre os círculos e 𝑨, 𝑩, 𝑪, 𝑫, 𝑬, 𝑭, 𝑮, 𝑯 são
pontos de tangência entre os círculos e a correia que os contorna.

Sabendo-se que essa correia é inextensível, seu perímetro, em 𝒄𝒎, é igual a

a) 𝟐(𝝅 + 𝟒𝟎)

b) 𝟓(𝝅 + 𝟏𝟔)

c) 𝟐𝟎(𝝅 + 𝟒)

d) 𝟓(𝝅 + 𝟖)
Comentários
Inicialmente, podemos dividir o perímetro em duas partes: o trecho reto e os quartos de
circunferência. Perceba que o trecho reto é formado pela soma da medida dos segmentos:
̅̅̅̅ ̅̅̅̅ + ̅̅̅̅
𝐴𝐵 + 𝐶𝐷 ̅̅̅̅ = ̅̅̅̅̅̅
𝐸𝐹 + 𝐺𝐻 𝑂4 𝑂1 + ̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅
𝑂1 𝑂3 + 𝑂 ̅̅̅̅̅̅̅
3 𝑂2 + 𝑂2 𝑂4 = 2𝑟 + 2𝑟 + 2𝑟 + 2𝑟 = 8𝑟

Além disso, somando-se os quartos de circunferência, temos o perímetro de 1


circunferência, veja:
1 1 1 1
̂ + 𝐵𝐶
𝐻𝐴 ̂ + 𝐷𝐸
̂ + 𝐹𝐺
̂ = (2𝜋𝑟) + (2𝜋𝑟) + (2𝜋𝑟) + (2𝜋𝑟) = 2𝜋𝑟
4 4 4 4
Portanto, o perímetro da correia é:
2𝑝 = 8𝑟 + 2𝜋𝑟 = 80 + 20𝜋 = 20(𝜋 + 4) 𝑐𝑚
Gabarito: “c”.

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 234


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6. QUESTÕES NÍVEL 3
91. (ITA/2018)
̂ = 𝝅 ,𝑪
Em um triângulo de vértices 𝑨, 𝑩 e 𝑪 são dados 𝑩 ̂ = 𝝅 e o lado 𝑩𝑪 = 𝟏𝒄𝒎. Se o lado ̅̅̅̅
𝑨𝑩 é
𝟐 𝟑
o diâmetro de uma circunferência, então a área da parte do triângulo 𝑨𝑩𝑪 externa à circunferência,
em 𝒄𝒎𝟐 , é
𝝅 𝟑√𝟑
a) 𝟖 − 𝟏𝟔
𝟓√𝟑 𝝅
b) −𝟐
𝟒
𝟓𝝅 𝟑√𝟑
c) −
𝟖 𝟒
𝟓√𝟑 𝝅
d) −𝟖
𝟏𝟔
𝟓𝝅 𝟑√𝟑
e) −
𝟖 𝟏𝟔

92. (ITA/2017)

Seja 𝑨𝑩𝑪 um triângulo cujos lados ̅̅̅̅


𝑨𝑩, ̅̅̅̅
𝑨𝑪 e ̅̅̅̅
𝑩𝑪 medem 6 cm, 8 cm e 10 cm, respectivamente.
̅̅̅̅ e 𝑵 é o ponto
Considere os pontos 𝑴 e 𝑵 sobre o lado 𝑩𝑪 tais que 𝑨𝑴 é a altura relativa a 𝑩𝑪
médio de ̅̅̅̅
𝑩𝑪. A área do triângulo 𝑨𝑴𝑵, em cm2, é

a) 3,36.

b) 3,60.

c) 4,20.

d) 4,48.

e) 6,72.

93. (ITA/2017)

Seis circunferências de raio 5 cm são tangentes entre si duas a duas e seus centros são vértices de
um hexágono regular, conforme a figura abaixo.

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 235


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O comprimento de uma correia tensionada que envolve externamente as seis circunferências mede,
em cm,

a) 𝟏𝟖 + 𝟑𝝅.

b) 𝟑𝟎 + 𝟏𝟎𝝅.

c) 𝟏𝟖 + 𝟔𝝅.

d) 𝟔𝟎 + 𝟏𝟎𝝅.

e) 𝟑𝟔 + 𝟔𝝅.

94. (ITA/2016)

Um triângulo está inscrito numa circunferência de raio 1 cm. O seu maior lado mede 2 cm e sua área
𝟏
é de 𝒄𝒎𝟐 . Então, o menor lado do triângulo, em cm, mede
√𝟐
𝟏
a) 𝟏 −
√𝟐

b) √𝟐 − √𝟐
𝟏
c)
√𝟐
𝟐
d)
√𝟔
𝟑
e)
√𝟔

95. (ITA/2016)
̅̅̅̅ uma corda em 𝝀 de comprimento 4 cm. As tangentes
Sejam 𝝀 uma circunferência de raio 4 cm e 𝑷𝑸
a 𝝀 em 𝑷 e em 𝑸 interceptam-se no ponto 𝑹 exterior a 𝝀. Então, a área do triângulo em 𝑷𝑸𝑹, em
cm2, é igual a
𝟐√𝟑
a) 𝟑
𝟑√𝟐
b) 𝟐
√𝟔
c) 𝟐
𝟐√𝟑
d)
𝟓
𝟒√𝟑
e) 𝟑

96. (ITA/2016)
Um hexágono convexo regular 𝑯 e um triângulo equilátero 𝑻 estão inscritos em circunferência de
raios 𝑹𝑯 e 𝑹𝑻 , respectivamente. Sabendo-se que 𝑯 e 𝑻 têm mesma área, determine a razão 𝑹𝑯 /𝑹𝑻 .

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 236


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97. (ITA/2016)

Seja 𝑷𝒏 um polígono convexo regular de 𝒏 lados, com 𝒏 ≥ 𝟑. Considere as afirmações a seguir:

I. 𝑷𝒏 é inscritível numa circunferência.

II. 𝑷𝒏 é circunscritível a uma circunferência.

III. Se 𝒍𝒏 é o comprimento de um lado de 𝑷𝒏 e 𝒂𝒏 é o comprimento de um apótema de 𝑷𝒏 , então


𝒂𝒏
≤ 𝟏 para todo 𝒏 ≥ 𝟑.
𝒍𝒏

É (são) verdadeira(s)

a) apenas I.

b) apenas II.

c) apenas III.

d) apenas I e II.

e) I, II e III.

98. (ITA/2014)

Em um triângulo isósceles 𝑨𝑩𝑪, cuja área mede 𝟒𝟖 𝒄𝒎𝟐 , a razão entre as medidas da altura ̅̅̅̅
𝑨𝑷 e
da base ̅̅̅̅
𝑩𝑪 é igual a 𝟐/𝟑. Das afirmações abaixo:

I. As medianas relativas aos lados ̅̅̅̅


𝑨𝑩 e ̅̅̅̅
𝑨𝑪 medem √𝟗𝟕 𝒄𝒎;
II. O baricentro dista 𝟒 𝒄𝒎 do vértice A;

III. Se 𝜶 é o ângulo formado pela base ̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅, relativa ao lado ̅̅̅̅
𝑩𝑪 com a mediana 𝑩𝑴 𝑨𝑪, então 𝐜𝐨𝐬 𝜶 =
𝟑/√𝟗𝟕,
é (são) verdadeira(s)

a) Apenas I.

b) Apenas II.

c) Apenas III.

d) Apenas I e III.

e) Apenas II e III.

99. (ITA/2011)
Considere um triângulo equilátero cujo lado mede 𝟐√𝟑 𝒄𝒎. No interior deste triângulo existem 𝟒
círculos de mesmo raio 𝒓. O centro de um dos círculos coincide com o baricentro do triângulo. Este
círculo tangência externamente os demais e estes, por sua vez, tangenciam 𝟐 lados do triângulo.

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 237


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a) Determine o valor de r.

b) Calcule a área do triângulo não preenchida pelos círculos.

c) Para cada círculo que tangência o triângulo, determine a distância do centro ao vértice mais
próximo.

100. (ITA/2011)

Sejam 𝑨𝑩𝑪𝑫 um quadrado e 𝑬 um ponto sobre ̅̅̅̅ 𝑨𝑩. Considere as áreas do quadrado 𝑨𝑩𝑪𝑫, do
trapézio 𝑩𝑬𝑫𝑪 e do triângulo 𝑨𝑫𝑬. Sabendo que estas áreas definem, na ordem em que estão
apresentadas, uma progressão aritmética cuja soma é 200 cm2, a medida do segmento ̅̅̅̅
𝑨𝑬, em cm,
é igual a

a) 𝟏𝟎/𝟑

b) 𝟓

c) 𝟐𝟎/𝟑

d) 𝟐𝟓/𝟑

e) 𝟏𝟎

101. (ITA/2011)

Um triângulo 𝑨𝑩𝑪 está inscrito numa circunferência de raio 5 cm. Sabe-se ainda que 𝑨𝑩 ̅̅̅̅ é o
diâmetro, ̅̅̅̅ ̂ 𝑪 intercepta a circunferência no ponto 𝑫. Se 𝜶
𝑩𝑪 mede 6 cm e a bissetriz do ângulo 𝑨𝑩
é a soma das áreas dos triângulos 𝑨𝑩𝑪 e 𝑨𝑩𝑫 e 𝜷 é a área comum aos dois, o valor de 𝜶 − 𝟐𝜷, em
cm2, é igual a

a) 14.

b) 15.

c) 16.

d) 17.

e) 18.

102. (ITA/2008)

Considere o quadrado 𝑨𝑩𝑪𝑫 com lados de 10m de comprimento. Seja 𝑴 um ponto sobre o lado
̅̅̅̅ e 𝑵 um ponto sobre o lado 𝑨𝑫
𝑨𝑩 ̅̅̅̅, equidistantes de 𝑨. Por 𝑴 traça-se uma reta 𝒓 paralela ao lado
̅̅̅̅
𝑨𝑫 e por 𝑵 uma reta 𝒔 paralela ao lado ̅̅̅̅
𝑨𝑩, que se interceptam no ponto 𝑶. Considere os quadrados
𝑨𝑴𝑶𝑵 e 𝑶𝑷𝑪𝑸, onde 𝑷 é a intersecção de 𝒔 com o lado 𝑩𝑪 ̅̅̅̅ e 𝑸 é a intersecção de 𝒓 com o lado

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 238


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̅̅̅̅
𝑫𝑪. Sabendo-se que as áreas dos quadrados 𝑨𝑴𝑶𝑵, 𝑶𝑷𝑪𝑸 e 𝑨𝑩𝑪𝑫 constituem, nesta ordem, uma
progressão geométrica, então a distância entre os pontos 𝑨 e 𝑴 é igual, em metros, a

a) 𝟏𝟓 + 𝟓√𝟓

b) 𝟏𝟎 + 𝟓√𝟓

c) 𝟏𝟎 − √𝟓

d) 𝟏𝟓 − 𝟓√𝟓

e) 𝟏𝟎 − 𝟑√𝟓

103. (ITA/2008)

Sejam 𝒓 e 𝒔 duas retas paralelas distando 10 cm entre si. Seja 𝑷 um ponto no plano definido por 𝒓
e 𝒔 e exterior à região limitada por estas retas, distando 5 cm de 𝒓. As respectivas medidas da área
e do perímetro, em cm2 e cm, do triângulo equilátero 𝑷𝑸𝑹 cujos vértices 𝑸 e 𝑹 estão,
respectivamente, sobre as retas 𝒓 e 𝒔, são iguais a
𝟏𝟕𝟓√𝟑
a) 𝐞 𝟓√𝟐𝟏
𝟑
𝟏𝟕𝟓√𝟑
b) 𝐞 𝟏𝟎√𝟐𝟏
𝟑

c) 𝟏𝟕𝟓√𝟑 𝐞 𝟏𝟎√𝟐𝟏

d) 𝟏𝟕𝟓√𝟑 𝐞 𝟓√𝟐𝟏

e) 𝟕𝟎𝟎 𝐞 𝟏𝟎√𝟐𝟏

104. (ITA/2008)
𝟓√𝟐
Um triângulo acutângulo de vértices 𝑨, 𝑩 e 𝑪 está inscrito numa circunferência de raio . Sabe-se
𝟑
̅̅̅̅ mede 𝟐√𝟓 e 𝑩𝑪
que 𝑨𝑩 ̅̅̅̅ mede 𝟐√𝟐. Determine a área do triângulo 𝑨𝑩𝑪.

105. (ITA/2007)
Um retângulo cujos lados medem B e H, um triângulo isósceles em que a base e a altura
medem, respectivamente, B e H, e o círculo inscrito neste triângulo. Se as áreas do retângulo,
do triângulo e do círculo, nesta ordem, formam uma progressão geométrica, então B/H é
uma raiz do polinômio
a) 𝜋 3 𝑥 3 + 𝜋 2 𝑥 2 + 𝜋𝑥 − 2 = 0.
b) 𝜋 2 𝑥 3 + 𝜋 3 𝑥 2 + 𝑥 + 1 = 0.
c) 𝜋 3 𝑥 3 − 𝜋 2 𝑥 2 + 𝜋𝑥 + 2 = 0.
d) 𝜋𝑥 3 − 𝜋 2 𝑥 2 + 2𝜋𝑥 − 1 = 0.
e) 𝑥 3 − 2𝜋 2 𝑥 2 + 𝜋𝑥 − 1 = 0.

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 239


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106. (ITA/2007)

Sejam 𝑷𝟏 e 𝑷𝟐 octógonos regulares. O primeiro está inscrito e o segundo circunscrito a uma


circunferência de raio 𝑹. Sendo 𝑨𝟏 a área de 𝑷𝟏 e 𝑨𝟐 a área de 𝑷𝟐 , então a razão 𝑨𝟏 /𝑨𝟐 é igual a
𝟓
a) √𝟖

𝟗√𝟐
b) 𝟏𝟔

c) 𝟐√𝟐 − 𝟏
𝟒(√𝟐+𝟏)
d) 𝟖
𝟐+√𝟐
e) 𝟒

107. (ITA/2007)

Seja 𝑷𝒏 um polígono regular de 𝒏 lados, com 𝒏 > 𝟐. Denote por 𝒂𝒏 o apótema e por 𝒃𝒏 o
comprimento de um lado de 𝑷𝒏 . O valor de 𝒏 para o qual valem as desigualdades 𝒃𝒏 ≤ 𝒂𝒏 e 𝒃𝒏−𝟏 >
𝒂𝒏−𝟏 , pertence ao intervalo

a) 𝟑 < 𝒏 < 𝟕.

b) 𝟔 < 𝒏 < 𝟗.

c) 𝟖 < 𝒏 < 𝟏𝟏.


d) 𝟏𝟎 < 𝒏 < 𝟏𝟑.

e) 𝟏𝟐 < 𝒏 < 𝟏𝟓.

108. (ITA/2006)

Considere um losango 𝑨𝑩𝑪𝑫 cujo perímetro mede 100 cm e cuja maior diagonal mede 40 cm.
Calcule a área, em cm2, do círculo inscrito neste losango.

109. (ITA/2005)

Considere o triângulo de vértices 𝑨, 𝑩 e 𝑪, sendo 𝑫 um ponto do lado 𝑨𝑩 e 𝑬 um ponto do lado 𝑨𝑪.


Se 𝒎(𝑨𝑩) = 𝟖𝒄𝒎, 𝒎(𝑨𝑪) = 𝟏𝟎 𝒄𝒎, 𝒎(𝑨𝑫) = 𝟒 𝒄𝒎 e 𝒎(𝑨𝑬) = 𝟔 𝒄𝒎, a razão das áreas dos
triângulos 𝑨𝑫𝑬 e 𝑨𝑩𝑪 é

a) 1/2.
b) 3/5.

c) 3/8.

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 240


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d) 3/10.

e) 3/4.

110. (ITA/2005)

Seja 𝒏 o número de lados de um polígono convexo. Se a soma de 𝒏 − 𝟏 ângulos (internos) do


polígono é 𝟐𝟎𝟎𝟒°, determine o número 𝒏 de lados do polígono.

111. (ITA/2004)

Duas circunferências concêntricas 𝑪𝟏 e 𝑪𝟐 têm raios de 𝟔 cm e 𝟔√𝟐 cm, respectivamente. Seja ̅̅̅̅𝑨𝑩
̅̅̅̅ e pelo arco 𝑨𝑩
uma corda de 𝑪𝟐 , tangente à 𝑪𝟏 . A área da menor região delimitada pela corda 𝑨𝑩 ̂
mede, em cm2,

a) 𝟗 (𝝅 − 𝟑)

b) 𝟏𝟖 (𝝅 + 𝟑)

c) 𝟏𝟖 (𝝅 − 𝟐)

d) 𝟏𝟖 (𝝅 + 𝟐)

e) 𝟏𝟔 (𝝅 + 𝟑)

112. (ITA/2003)

Sejam 𝒓 e 𝒔 duas retas paralelas distando entre si 5 cm. Seja 𝑷 um ponto na região interior a estas
retas, distando 4 cm de 𝒓. A área do triângulo equilátero 𝑷𝑸𝑹, cujos vértices 𝑸 e 𝑹 estão,
respectivamente, sobre as retas 𝒓 e 𝒔, é igual, em cm2, a:

a) 𝟑√𝟏𝟓

b) 𝟕√𝟑

c) 𝟓√𝟔
𝟏𝟓
d) ( 𝟐 ) √𝟑
𝟕
e) (𝟐) √𝟏𝟓

113. (ITA/2003)

Considere três polígonos regulares tais que os números que expressam a quantidade de lados de
cada um constituam uma progressão aritmética. Sabe-se que o produto destes três números é igual
a 𝟓𝟖𝟓 e que a soma de todos os ângulos internos dos três polígonos é igual a 𝟑𝟕𝟖𝟎°. O número total
das diagonais nestes três polígonos é igual a:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 241


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a) 63

b) 69

c) 90

d) 97

e) 106

114. (ITA/2001)

De dois polígonos convexos, um tem a mais que o outro 6 lados e 39 diagonais. Então, a soma total
dos números de vértices e de diagonais dos dois polígonos é igual a:

a) 63

b) 65

c) 66

d) 70

e) 77

115. (ITA/1999)

Duas circunferências 𝑪𝟏 e 𝑪𝟐 , ambas com 𝟏𝒎 de raio, são tangentes. Seja 𝑪𝟑 outra circunferência
cujo raio mede (√𝟐 − 𝟏)𝒎 e que tangencia externamente 𝑪𝟏 e𝑪𝟐 . A área, em 𝒎𝟐 , da região limitada
e exterior às três circunferências dadas, é:
√𝟐
a) 𝟏 − 𝝅 (𝟏 − )
𝟐
𝟏 𝝅
b) −𝟔
√𝟐
𝟐
c) (√𝟐 − 𝟏)
𝝅 𝟏
d) (𝟏𝟔) (√𝟐 − 𝟐)

e) 𝝅(√𝟐 − 𝟏) − 𝟏

116. (ITA/1999)

Duas circunferências de raios iguais a 𝟗𝒎 e 𝟑𝒎 são tangentes externamente num ponto 𝑪. Uma
reta tangencia estas duas circunferências nos pontos distintos 𝑨 e 𝑩. A área, em 𝒎𝟐 , do triângulo
𝑨𝑩𝑪 é:

a) 𝟐𝟕√𝟑
𝟐𝟕√𝟑
b) 𝟐

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 242


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c) 𝟗√𝟑
d) 𝟐𝟕√𝟐
𝟐𝟕√𝟐
e) 𝟐

117. (ITA/1998)
Considere as afirmações sobre polígonos convexos:

I) Existe apenas um polígono cujo número de diagonais coincide com o número de lados.

II) Não existe polígono cujo número de diagonais seja o quádruplo do número de lados.

III) Se a razão entre o número de diagonais e o de lados de um polígono é um número natural, então
o número de lados do polígono é ímpar.

a) Todas as afirmações são verdadeiras.

b) Apenas (I) e (III) são verdadeiras.

c) Apenas (I) é verdadeira.

d) Apenas (III) é verdadeira.

e) Apenas (II) e (III) são verdadeiras.

118. (ITA/1997)

Em um triângulo 𝑨𝑩𝑪, sabe-se que o segmento 𝑨𝑪 mede 2cm. Sejam 𝜶 e 𝜷, respectivamente, os


ângulos opostos aos segmentos 𝑩𝑪 e 𝑨𝑪. A área do triângulo é (em 𝒄𝒎𝟐 ) igual a

a) 𝟐𝒔𝒆𝒏𝟐 𝜶𝒄𝒐𝒕𝒈𝜷 + 𝒔𝒆𝒏(𝟐𝜶)

b) 𝟐𝒔𝒆𝒏𝟐 𝜶𝒕𝒈𝜷 − 𝒔𝒆𝒏(𝟐𝜶)

c) 𝟐 𝐜𝐨𝐬𝟐 𝜶 𝒄𝒐𝒕𝒈𝜷 + 𝒔𝒆𝒏(𝟐𝜶)

d) 𝟐 𝐜𝐨𝐬𝟐 𝜶 𝒕𝒈𝜷 + 𝒔𝒆𝒏(𝟐𝜶)

e) 𝟐𝒔𝒆𝒏𝟐 𝜶𝒕𝒈𝜷 − 𝐜𝐨𝐬(𝟐𝜶)

119. (ITA/1996)

Um hexágono regular e um quadrado estão inscritos no mesmo círculo de raio 𝑹 e o hexágono


possui uma aresta paralela a uma aresta do quadrado. A distância entre estas arestas paralelas será:
√𝟑−√𝟐
a) 𝑹
𝟐
√𝟐+𝟏
b) 𝑹
𝟐

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 243


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√𝟑+𝟏
c) 𝑹
𝟐
√𝟐−𝟏
d) 𝑹
𝟐
√𝟑−𝟏
e) 𝑹
𝟐

120. (ITA/1995)

Considere 𝑪 uma circunferência centrada em 𝑶 e raio 𝟐𝒓, e 𝒕 a reta tangente a 𝑪 num ponto 𝑻.
Considere também 𝑨 um ponto de 𝑪 tal que o ângulo 𝑨𝑶 ̂ 𝑻 = 𝜽 é um ângulo agudo. Sendo 𝑩 o ponto
de 𝒕 tal que o segmento ̅̅̅̅
𝑨𝑩 é paralelo ao segmento ̅̅̅̅
𝑶𝑻, então a área do trapézio 𝑶𝑨𝑩𝑻 é igual a

a) 𝒓𝟐 (𝟐 𝐜𝐨𝐬 𝜽 − 𝐜𝐨𝐬 𝟐𝜽)

b) 𝟐𝒓𝟐 (𝟒 𝐜𝐨𝐬 𝜽 − 𝐬𝐞𝐧 𝟐𝜽)

c) 𝒓𝟐 (𝟒 𝐬𝐞𝐧 𝜽 − 𝐬𝐞𝐧 𝟐𝜽)

d) 𝒓𝟐 (𝟐 𝐬𝐞𝐧 𝜽 + 𝐜𝐨𝐬 𝜽)

e) 𝟐𝒓𝟐 (𝟐 𝐬𝐞𝐧 𝟐𝜽 − 𝐜𝐨𝐬 𝟐𝜽)

121. (ITA/1995)

O comprimento da diagonal de um pentágono regular de lado medindo 1 unidade é igual à raiz


positiva de:

a) 𝒙𝟐 + 𝒙 − 𝟐 = 𝟎

b) 𝒙𝟐 − 𝒙 − 𝟐 = 𝟎

c) 𝒙𝟐 − 𝟐𝒙 + 𝟏 = 𝟎

d) 𝒙𝟐 + 𝒙 − 𝟏 = 𝟎

e) 𝒙𝟐 − 𝒙 − 𝟏 = 𝟎

122. (IME/2021)
Considere um trapézio de bases AB e CD, com o ponto I sendo a interseção de suas diagonais. Se as
áreas dos triângulos AIB e CID formados pelas diagonais são 9 cm 2 e 16 cm2, respectivamente, a área
do trapézio, em cm2, é:

a) Não é possível determinar por terem sido fornecidos dados insuficientes.

b) 63
c) 50
d) 49

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 244


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e) 45

123. (IME/2021)

Sejam os pontos 𝑫, 𝑬 e 𝑭 pertencentes, respectivamente, aos lados 𝑨𝑩, 𝑩𝑪 e 𝑨𝑪 do triângulo 𝑨𝑩𝑪,


tais que 𝑩𝑫 = 𝟑𝑨𝑫, 𝑨𝑭 = 𝟑𝑪𝑭 e 𝑪𝑬 = 𝟑𝑩𝑬. Sendo 𝑷 = 𝑨𝑬 ∩ 𝑪𝑫, 𝑸 = 𝑨𝑬 ∩ 𝑩𝑭 e 𝑹 = 𝑩𝑭 ∩ 𝑪𝑫,
[𝑷𝑸𝑹]
calcule [𝑨𝑩𝑪] .

124. (IME/2018)

Seja um heptágono regular de lado 𝒍 cuja menor diagonal vale 𝒅. O valor da maior diagonal satisfaz
a qual das expressões?
𝒍𝒅
a) 𝒅−𝒍
𝒅𝟐
b) 𝒅−𝒍
𝒍𝒅
c) 𝒅+𝒍
𝒍𝟐
d) 𝒅+𝒍
𝟑𝒅
e) 𝟐

125. (IME/2017)

Dado um quadrado 𝑨𝑩𝑪𝑫, de lado 𝒂, marcam-se os pontos 𝑬 sobre o lado 𝑨𝑩, 𝑭 sobre o lado 𝑩𝑪,
𝑮 sobre o lado 𝑪𝑫 e 𝑯 sobre o lado 𝑨𝑫, de modo que os segmentos formados 𝑨𝑬, 𝑩𝑭, 𝑪𝑮, e 𝑫𝑯
𝟑𝒂
tenham comprimento igual a . A área do novo quadrilátero formado pelas interseções dos
𝟒
segmentos 𝑨𝑭, 𝑩𝑮, 𝑪𝑯, e 𝑫𝑬 mede:
𝒂𝟐
a) 𝟐𝟓
𝒂𝟐
b) 𝟏𝟖
𝒂𝟐
c)
𝟏𝟔
𝒂𝟐
d) 𝟗
𝟐𝒂𝟐
e) 𝟗

126. (IME/2016)
𝒔𝒆𝒏(𝟐𝒙) 𝟏 𝝅
Seja a equação = 𝟐. As soluções dessa equação para 𝒙 ∈ [− 𝟐 , 𝝅] formam um polígono no
𝒕𝒈𝒙
círculo trigonométrico de área

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 245


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√𝟑
a) 𝟐

b) √𝟑
𝟓√𝟑
c) 𝟖
𝟏
d)
𝟐

e) 𝟏

127. (IME/2015)

Num triângulo 𝑨𝑩𝑪 isósceles, com ângulos iguais em 𝑩 e 𝑪, o seu incentro 𝑰 se encontra no ponto
médio do segmento de reta que une o seu ortocentro 𝑯 a seu baricentro 𝑮. O segmento de reta 𝑨𝑮
é menor que o segmento de reta 𝑨𝑯. Os comprimentos dos segmentos de reta 𝑯𝑰 e 𝑰𝑮 são iguais a
𝒅. Determine o perímetro e a área desse triângulo em função de 𝒅.

128. (IME/2015)

Seja um trapézio retângulo de bases 𝒂 e 𝒃 com diagonais perpendiculares. Determine a área do


trapézio.
𝒂𝒃
a) 𝟐

𝒂+𝒃 𝟐
b) ( )
𝟐
𝒂+𝒃
c) ( ) √𝒂𝒃
𝟐
𝟐𝒂+𝒃
d) ( ) √𝒂𝒃
𝟐

𝒂+𝒃
e) √( ) 𝒂𝟐 𝒃
𝟐

129. (IME/2011)

Seja o triângulo retângulo 𝑨𝑩𝑪 com os catetos medindo 𝟑 𝒄𝒎 e 𝟒 𝒄𝒎. Os diâmetros dos três
semicírculos, traçados na figura abaixo, coincidem com os lados do triângulo 𝑨𝑩𝑪. A soma das áreas
hachuradas, em 𝒄𝒎𝟐 , é:

a) 6

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 246


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b) 8

c) 10

d) 12

e) 14

130. (IME/2010)

Seja 𝑨𝑩𝑪 um triângulo de lados 𝑨𝑩, 𝑩𝑪 e 𝑨𝑪 iguais a 26, 28 e 18, respectivamente. Considere o
círculo de centro 𝑶 inscrito nesse triângulo. A distância 𝑨𝑶 vale:
√𝟏𝟎𝟒
a) 𝟔
√𝟏𝟎𝟒
b) 𝟑
𝟐√𝟏𝟎𝟒
c) 𝟑

d) √𝟏𝟎𝟒
e) 𝟑√𝟏𝟎𝟒

GABARITO
91. d
92. a
93. d
94. b
95. e
𝑅𝐻 √2
96. =
𝑅𝑇 2
97. d
98. a
1
99. a) 𝑟 = 𝑐𝑚 b) 𝐴 = (3√3 − 𝜋) 𝑐𝑚2 c) 1 𝑐𝑚
2
100. c
101. a
102. d
103. b
104. 𝐴=6
105. d
106. e
107. b
108. 𝐴 = 144𝜋 𝑐𝑚2
109. d
110. 𝑛 = 14
111. c

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 247


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112. b
113. d
114. b
115. a
116. b
117. b
118. a
119. a
120. c
121. e
122. d
[𝑷𝑸𝑹] 𝟒
123. [𝑨𝑩𝑪]
=
𝟏𝟑
124. a
125. a
126. a
15√15𝑑2
127. 2𝑝 = 5√15𝑑 e 𝑆𝐴𝐵𝐶 =
4
128. c
129. a
130. d

RESOLUÇÃO
91. (ITA/2018)
̂ = 𝝅 ,𝑪
Em um triângulo de vértices 𝑨, 𝑩 e 𝑪 são dados 𝑩 ̂ = 𝝅 e o lado 𝑩𝑪 = 𝟏𝒄𝒎. Se o lado ̅̅̅̅
𝑨𝑩 é
𝟐 𝟑
o diâmetro de uma circunferência, então a área da parte do triângulo 𝑨𝑩𝑪 externa à circunferência,
em 𝒄𝒎𝟐 , é
𝝅 𝟑√𝟑
a) 𝟖 − 𝟏𝟔
𝟓√𝟑 𝝅
b) −𝟐
𝟒
𝟓𝝅 𝟑√𝟑
c) −
𝟖 𝟒
𝟓√𝟑 𝝅
d) −𝟖
𝟏𝟔
𝟓𝝅 𝟑√𝟑
e) −
𝟖 𝟏𝟔

Comentários
De acordo com o enunciado, temos a seguinte figura:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 248


Prof. Victor So

Podemos calcular o valor do raio da circunferência, aplicando a tangente no vértice 𝐶:


𝜋 2𝑅 √3
𝑡𝑔 ( ) = ⇒𝑅=
3 1 2
Sabemos que a soma dos ângulos internos de um triângulo deve ser igual a 𝜋, logo, Â =
𝜋/6. Chamando o ponto de intersecção da hipotenusa 𝐴𝐶 com a circunferência de 𝐷,
encontramos um triângulo isósceles 𝐴𝑂𝐷. Desse modo, temos:

Perceba que 𝐷Ô𝐵 = 𝜋/3, pois é ângulo externo do triângulo 𝐴𝑂𝐷.


A área da região 𝐵𝐷𝐶 é dada por:
𝐴𝐵𝐷𝐶 = 𝐴𝐴𝐵𝐶 − 𝐴𝐴𝑂𝐷 − 𝐴𝑂𝐵𝐷

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 249


Prof. Victor So

1 √3 ∙ 1 √3
𝐴𝐴𝐵𝐶 = 𝐴𝐵 ∙ 𝐵𝐶 = =
2 2 2
√3 𝜋 √3
𝑂𝐻 = 𝑠𝑒𝑛 ( ) =
Δ𝐴𝐴𝑂𝐷 ⇒ 2 6 4
√3 𝜋 3 3
𝐴𝐻 = cos ( ) = ⇒ 𝐴𝐷 = 2𝐴𝐻 ⇒ 𝐴𝐷 =
{ 2 6 4 2
3 √3
( ∙ )
1 2 4 3√3
𝐴𝐴𝑂𝐷 = 𝐴𝐷 ∙ 𝑂𝐻 = =
2 2 16
𝜋 2
3 1 √3 3𝜋 𝜋
𝐴𝑂𝐵𝐷 = ∙ 𝜋𝑅2 = 𝜋 ( ) = =
2𝜋 6 2 24 8
√3 3√3 𝜋
⇒ 𝐴𝐵𝐷𝐶 = − −
2 16 8
5√3 𝜋
∴ 𝐴𝐵𝐷𝐶 = −
16 8
Gabarito: “d”.
92. (ITA/2017)

Seja 𝑨𝑩𝑪 um triângulo cujos lados ̅̅̅̅


𝑨𝑩, ̅̅̅̅
𝑨𝑪 e ̅̅̅̅
𝑩𝑪 medem 6 cm, 8 cm e 10 cm, respectivamente.
̅̅̅̅ e 𝑵 é o ponto
Considere os pontos 𝑴 e 𝑵 sobre o lado 𝑩𝑪 tais que 𝑨𝑴 é a altura relativa a 𝑩𝑪
médio de ̅̅̅̅
𝑩𝑪. A área do triângulo 𝑨𝑴𝑵, em cm2, é

a) 3,36.

b) 3,60.

c) 4,20.

d) 4,48.

e) 6,72.
Comentários
Note que o triângulo 𝐴𝐵𝐶 é retângulo, pois os lados satisfazem ao teorema de Pitágoras.
Vamos desenhar a figura do texto:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 250


Prof. Victor So

Queremos calcular a área do triângulo 𝐴𝑀𝑁. Precisamos encontrar o valor da base 𝑀𝑁 e


da altura 𝐴𝑀.
Do triângulo 𝐴𝐵𝐶, temos:
8 4
𝑠𝑒𝑛𝛼 = =
10 5
6 3
𝑐𝑜𝑠𝛼 = =
10 5
Do triângulo 𝐴𝐵𝑀:
4 24
𝐴𝑀 = 6 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝛼 = 6 ∙ =
5 5
3 18
𝐵𝑀 = 6 ∙ 𝑐𝑜𝑠𝛼 = 6 ∙ =
5 5
10
Como 𝑁 é o ponto médio do triângulo 𝐴𝐵𝐶, temos 𝐵𝑁 = 𝑁𝐶 = = 5. Logo, 𝑀𝑁 é dado
2
por:
18 7
𝑀𝑁 = 𝐵𝑁 − 𝐵𝑀 = 5 − =
5 5
Calculando a área do Δ𝐴𝑀𝑁:
1 24 7 84
𝐴𝐴𝑀𝑁 = ∙ ∙ = = 3,36
2 5 5 25
Gabarito: “a”.
93. (ITA/2017)

Seis circunferências de raio 5 cm são tangentes entre si duas a duas e seus centros são vértices de
um hexágono regular, conforme a figura abaixo.

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 251


Prof. Victor So

O comprimento de uma correia tensionada que envolve externamente as seis circunferências mede,
em cm,

a) 𝟏𝟖 + 𝟑𝝅.

b) 𝟑𝟎 + 𝟏𝟎𝝅.

c) 𝟏𝟖 + 𝟔𝝅.

d) 𝟔𝟎 + 𝟏𝟎𝝅.

e) 𝟑𝟔 + 𝟔𝝅.
Comentários
Como os vértices do hexágono são os centros das circunferências, temos que o seu lado
será igual a dois raios de circunferência, ou seja, 10 cm. Vimos na aula teórica que os ângulos
internos do hexágono regular são iguais a 120°. Desse modo, temos:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 252


Prof. Victor So

Perceba que os pontos de tangência da correia externa com a circunferência formam um


retângulo com os vértices do hexágono regular. O comprimento dessa correia será dado pela
soma dos 6 arcos de circunferência com os 6 lados maiores dos retângulos.
Podemos calcular o valor de 𝜃:
𝜃 + 180° + 120° = 360° ⇒ 𝜃 = 60°
Assim, o comprimento do arco 𝑥 é dado por:
60°
𝑥 = 2𝜋𝑟 ∙
360°
1 5𝜋
𝑥 = 2𝜋5 ∙ = 𝑐𝑚
6 3
Calculando o comprimento da correia:
5𝜋
𝑝𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑖𝑎 = 6 ∙ ( + 10)
3
𝑝𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑖𝑎 = 60 + 10𝜋
Gabarito: “d”.
94. (ITA/2016)

Um triângulo está inscrito numa circunferência de raio 1 cm. O seu maior lado mede 2 cm e sua área
𝟏
é de 𝒄𝒎𝟐 . Então, o menor lado do triângulo, em cm, mede
√𝟐
𝟏
a) 𝟏 −
√𝟐

b) √𝟐 − √𝟐
𝟏
c)
√𝟐
𝟐
d)
√𝟔
𝟑
e)
√𝟔

Comentários
Como o triângulo está inscrito na circunferência de raio 1 cm e possui o maior lado igual a
2, temos que ele é retângulo e o maior lado é a hipotenusa. Assim, temos a seguinte figura:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 253


Prof. Victor So

O enunciado nos dá o valor da área do triângulo. Precisamos calcular o valor da base e da


altura do triângulo. Vamos encontrar uma relação entre os catetos e o ângulo 𝛼.
𝐴𝐵 = 2𝑠𝑒𝑛𝛼
𝐴𝐶 = 2𝑐𝑜𝑠𝛼
1 1 1 √2
𝐴𝐴𝐵𝐶 = ∙ 𝐴𝐵 ∙ 𝐴𝐶 ⇒ = ∙ 2𝑠𝑒𝑛𝛼 ∙ 2𝑐𝑜𝑠𝛼 ⇒ = 𝑠𝑒𝑛 (2𝛼)
2 √2 2 2
⇒ 2𝛼 = 45° ⇒ 𝛼 = 22,5°
Como 𝛼 = 22,5° < 45°, temos que o cosseno de 𝛼 é maior que o seno desse ângulo. Logo,
o menor lado é dado por:
𝐴𝐵 = 2 sen 22,5°
1−cos(2𝐴)
Lembrando que sen(𝐴) = ±√ , temos:
2

1 − cos(45°) 2 − √2
𝐴𝐵 = 2 ∙ √ = 2√ = √2 − √2
2 4
Gabarito: “b”.
95. (ITA/2016)
̅̅̅̅ uma corda em 𝝀 de comprimento 4 cm. As tangentes
Sejam 𝝀 uma circunferência de raio 4 cm e 𝑷𝑸
a 𝝀 em 𝑷 e em 𝑸 interceptam-se no ponto 𝑹 exterior a 𝝀. Então, a área do triângulo em 𝑷𝑸𝑹, em
cm2, é igual a
𝟐√𝟑
a) 𝟑
𝟑√𝟐
b)
𝟐
√𝟔
c) 𝟐
𝟐√𝟑
d) 𝟓

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 254


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𝟒√𝟑
e) 𝟑

Comentários
Seja 𝑂 o centro da circunferência 𝜆. Como o comprimento de 𝑃𝑄 é igual ao raio da
circunferência, temos que 𝑂𝑃𝑄 é um triângulo equilátero de medida 4 cm. Então, temos:

Sendo 𝑃, 𝑄 tangentes à circunferência e 𝑂𝑃̂ 𝑀 ≡ 𝑂𝑄̂𝑀 ≡ 60°, temos 𝑀𝑃̂ 𝑅 ≡ 𝑀𝑄̂ 𝑅 ≡


30°. Logo, Δ𝑃𝑄𝑅 é isósceles com 𝑃𝑅 = 𝑄𝑅 e 𝑀 é a mediatriz do triângulo 𝑃𝑄𝑅:

A altura 𝑅𝑀 é dada por:


𝑅𝑀 2√3
𝑡𝑔30° = ⇒ 𝑅𝑀 = 𝑐𝑚
2 3
Calculando a área do triângulo 𝑃𝑄𝑅:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 255


Prof. Victor So

1 2√3 4√3
𝐴𝑃𝑄𝑅 = ∙4∙ ⇒ 𝐴𝑃𝑄𝑅 = 𝑐𝑚2
2 3 3
Gabarito: “e”.
96. (ITA/2016)

Um hexágono convexo regular 𝑯 e um triângulo equilátero 𝑻 estão inscritos em circunferência de


raios 𝑹𝑯 e 𝑹𝑻 , respectivamente. Sabendo-se que 𝑯 e 𝑻 têm mesma área, determine a razão 𝑹𝑯 /𝑹𝑻 .
Comentários
Temos as seguintes figuras:

Sabemos que o hexágono convexo regular é composto por 6 triângulos equiláteros. Vamos
calcular o valor da altura 𝑂𝑁:
𝑅𝐻 √3
𝑂𝑁 = 𝑅𝐻 𝑠𝑒𝑛 (60°) =
2
A área do hexágono 𝐻 é dada por:
1 𝑅𝐻 √3 3√3 2
𝐴𝐻 = 6 ∙∙ 𝑅𝐻 ∙ ⇒ 𝐴𝐻 = 𝑅
2 2 2 𝐻
Para o triângulo equilátero 𝑇, sabemos que 𝑂′ divide a altura na razão 2: 1. Assim, 𝑂′ 𝑀 =
𝐸𝑂′ /2:
𝑅𝑇 3
𝑂′ 𝑀 = ⇒ 𝐸𝑀 = 𝑅𝑇
2 2
O lado do triângulo equilátero pode ser calculando usando a tangente:
𝐸𝑀 3 1 √3
𝑡𝑔 (60°) = ⇒ 𝑀𝐶 = 𝑅𝑇 ∙ ⇒ 𝑀𝐶 = 𝑅 ⇒ 𝐷𝐶 = √3𝑅𝑇
𝑀𝐶 2 √3 2 𝑇

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 256


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A área do triângulo equilátero 𝑇 é dada por:


1 3 3√3 2
𝐴𝑇 = ∙ √3𝑅𝑇 ∙ 𝑅𝑇 = 𝑅
2 2 4 𝑇
Como as áreas das duas figuras são iguais, temos:
3√3 2 3√3 2 𝑅𝐻 2 2 𝑅𝐻 √2
𝐴𝐻 = 𝐴𝑇 ⇒ 𝑅 = 𝑅 ⇒( ) = ⇒ =
2 𝐻 4 𝑇 𝑅𝑇 4 𝑅𝑇 2
𝑹𝑯 √𝟐
Gabarito: =
𝑹𝑻 𝟐

97. (ITA/2016)

Seja 𝑷𝒏 um polígono convexo regular de 𝒏 lados, com 𝒏 ≥ 𝟑. Considere as afirmações a seguir:

I. 𝑷𝒏 é inscritível numa circunferência.

II. 𝑷𝒏 é circunscritível a uma circunferência.

III. Se 𝒍𝒏 é o comprimento de um lado de 𝑷𝒏 e 𝒂𝒏 é o comprimento de um apótema de 𝑷𝒏 , então


𝒂𝒏
≤ 𝟏 para todo 𝒏 ≥ 𝟑.
𝒍𝒏

É (são) verdadeira(s)

a) apenas I.

b) apenas II.

c) apenas III.

d) apenas I e II.

e) I, II e III.
Comentários
Analisando as afirmações 𝐼 e 𝐼𝐼:
𝐼) Verdadeira. Pois as bissetrizes internas do polígono se encontram em um único ponto
que equidista dos vértices do polígono. Logo, é inscritível.
𝐼𝐼) Verdadeira. Pois as mediatrizes dos lados do polígono se encontram em um único
ponto. Logo, esse ponto equidista dos lados do polígono. Portanto, é circunscritível.
𝐼𝐼𝐼) Falso. Sabemos que qualquer polígono regular de 𝑛 lados é formado por 𝑛 triângulos
isósceles. Assim, temos:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 257


Prof. Victor So

Pela figura, podemos ver que:


𝑙𝑛
𝜃 𝜃 𝑙𝑛 𝑎𝑛 1
𝑡𝑔 ( ) = 2 ⇒ 2𝑡𝑔 ( ) = ⇒ =
2 𝑎𝑛 2 𝑎𝑛 𝑙𝑛 𝜃
2𝑡𝑔 ( )
2
Lembrando que o ângulo interno 𝜃 pode ser calculado como:
360°
𝜃=
𝑛
𝑎𝑛 1
=
𝑙𝑛 2𝑡𝑔 (180°)
𝑛
Vamos ver se encontramos um polígono que contraria a hipótese da afirmação:
𝑎𝑛 1 180° 1
>1⇒ > 1 ⇒ 𝑡𝑔 ( )<
𝑙𝑛 180° 𝑛 2
2𝑡𝑔 ( )
𝑛
A função tangente é crescente e 𝑛 ∈ ℕ, então, quanto maior o valor de 𝑛, o valor da
tangente fica mais próximo do zero. Então, tomando 𝑛 grande o suficiente temos que a
180° 1
desigualdade 𝑡𝑔 ( ) < é satisfeita. Logo, essa afirmação é falsa.
𝑛 2

Gabarito: “d”.
98. (ITA/2014)

Em um triângulo isósceles 𝑨𝑩𝑪, cuja área mede 𝟒𝟖 𝒄𝒎𝟐 , a razão entre as medidas da altura ̅̅̅̅
𝑨𝑷 e
da base ̅̅̅̅
𝑩𝑪 é igual a 𝟐/𝟑. Das afirmações abaixo:

I. As medianas relativas aos lados ̅̅̅̅


𝑨𝑩 e ̅̅̅̅
𝑨𝑪 medem √𝟗𝟕 𝒄𝒎;
II. O baricentro dista 𝟒 𝒄𝒎 do vértice A;

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 258


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III. Se 𝜶 é o ângulo formado pela base ̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅, relativa ao lado ̅̅̅̅
𝑩𝑪 com a mediana 𝑩𝑴 𝑨𝑪, então 𝐜𝐨𝐬 𝜶 =
𝟑/√𝟗𝟕,
é (são) verdadeira(s)

a) Apenas I.

b) Apenas II.

c) Apenas III.

d) Apenas I e III.

e) Apenas II e III.
Comentários
O enunciado diz que:
𝐴𝑃 ∙ 𝐵𝐶
𝐴𝐴𝐵𝐶 = = 48 (𝐼)
2
𝐴𝑃 2 2
= ⇒ 𝐴𝑃 = 𝐵𝐶 (𝐼𝐼)
𝐵𝐶 3 3
Substituindo (𝐼𝐼) em (𝐼):
2
𝐵𝐶 ∙ 𝐵𝐶
3 = 48 ⇒ 𝐵𝐶 2 = 48 ∙ 3 ⇒ 𝐵𝐶 = 12 ⇒ 𝐴𝑃 = 8
2

Aplicando o teorema de Pitágoras no triângulo 𝐴𝐵𝐶, encontramos:


𝐴𝐶 2 = 82 + 62 ⇒ 𝐴𝐶 = 10 = 𝐴𝐵
Vamos analisar as afirmações:
I. Como 𝐴𝐵 = 𝐴𝐶, temos que as medianas são iguais. Vamos calcular o valor de uma delas:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 259


Prof. Victor So

𝑀𝑁 é a base média do triângulo 𝐴𝑃𝐶, pois 𝐴𝑀 = 𝑀𝐶. Então, 𝑃𝑁 = 𝑁𝐶 = 3 𝑐𝑚 e 𝑀𝑁 =


4 𝑐𝑚. Aplicando o teorema de Pitágoras no triângulo 𝐵𝑀𝑁:
𝐵𝑀 2 = 92 + 42 ⇒ 𝐵𝑀 = √97 𝑐𝑚
Portanto, afirmação verdadeira.
II. Perceba que Δ𝐵𝑃𝐺~Δ𝐵𝑁𝑀, desse modo, temos:
𝐵𝑃 𝑃𝐺 6 𝑃𝐺 24
= ⇒ = ⇒ 𝑃𝐺 = 𝑐𝑚
𝐵𝑁 𝑁𝑀 9 4 9
24 48 16
𝐴𝐺 = 8 − = = 𝑐𝑚
9 9 3
Portanto, afirmação falsa.
III. A afirmação diz que 𝛼 = 𝑀𝐵̂𝐶:

O cosseno desse ângulo é dado por:


𝐵𝑁 9
cos 𝛼 = ⇒ cos 𝛼 =
𝐵𝑀 √97
∴Afirmação falsa.
Gabarito: “a”.
99. (ITA/2011)

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 260


Prof. Victor So

Considere um triângulo equilátero cujo lado mede 𝟐√𝟑 𝒄𝒎. No interior deste triângulo existem 𝟒
círculos de mesmo raio 𝒓. O centro de um dos círculos coincide com o baricentro do triângulo. Este
círculo tangência externamente os demais e estes, por sua vez, tangenciam 𝟐 lados do triângulo.

a) Determine o valor de r.

b) Calcule a área do triângulo não preenchida pelos círculos.

c) Para cada círculo que tangência o triângulo, determine a distância do centro ao vértice mais
próximo.
Comentários
Vamos construir a figura do texto:

a) Note que 𝐷𝐸 é base média do triângulo equilátero. Então, 𝐶𝐸 = 𝐶𝐷 = 𝐷𝐸 e Δ𝐶𝐷𝐸


também é triângulo equilátero. Como a circunferência de centro 𝑂3 tangencia os lados desse
triângulo, temos que 𝐻3 é ponto de tangência da circunferência com a base 𝐷𝐸. Logo, 𝑂3 é
baricentro do Δ𝐶𝐷𝐸. Pelas propriedades do baricentro:
𝐶𝐻3
𝑟=
3
Vamos calcular o valor de 𝐶𝐻3 :
√3 3
𝐶𝐻3 = 𝐶𝐷 ∙ 𝑠𝑒𝑛 (60°) ⇒ 𝐶𝐻3 = √3 ∙ = 𝑐𝑚
2 2
Assim, o raio 𝑟 é dado por:
1 3 1
𝑟= ∙ ⇒ 𝑟 = 𝑐𝑚
3 2 2
b) A área do triângulo não preenchida pelos círculos é dada pela diferença entre a área do
triângulo 𝐴𝐵𝐶 com a soma das áreas dos círculos:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 261


Prof. Victor So

𝐴 = 𝐴𝐴𝐵𝐶 − 4 ∙ 𝐴𝐶
1
𝐴𝐴𝐵𝐶 = ∙ 2√3 ∙ (2√3 ∙ sen 60°) ⇒ 𝐴𝐴𝐵𝐶 = 3√3 𝑐𝑚2
2
1 2 𝜋
𝐴𝐶 = 𝜋 ( ) ⇒ 𝐴𝐶 = 𝑐𝑚2
2 4
𝜋
𝐴 = 3√3 − 4 ∙ ⇒ 𝐴 = (3√3 − 𝜋) 𝑐𝑚2
4
c) Pelas propriedades do baricentro, temos:
𝐶𝑂3 = 2𝑂3 𝐻3 ⇒ 𝐶𝑂3 = 2𝑟 ⇒ 𝐶𝑂3 = 1 𝑐𝑚
𝟏
Gabarito: a) 𝒓 = 𝒄𝒎 b) 𝑨 = (𝟑 √𝟑 − 𝝅) 𝒄𝒎𝟐 c) 𝟏 𝒄𝒎
𝟐

100. (ITA/2011)
̅̅̅̅. Considere as áreas do quadrado 𝑨𝑩𝑪𝑫, do
Sejam 𝑨𝑩𝑪𝑫 um quadrado e 𝑬 um ponto sobre 𝑨𝑩
trapézio 𝑩𝑬𝑫𝑪 e do triângulo 𝑨𝑫𝑬. Sabendo que estas áreas definem, na ordem em que estão
̅̅̅̅, em cm,
apresentadas, uma progressão aritmética cuja soma é 200 cm2, a medida do segmento 𝑨𝑬
é igual a

a) 𝟏𝟎/𝟑

b) 𝟓

c) 𝟐𝟎/𝟑

d) 𝟐𝟓/𝟑

e) 𝟏𝟎
Comentários
Desenhando a figura do texto:

As áreas das figuras são dadas por:


𝐴𝐴𝐵𝐶𝐷 = 𝑙 2

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 262


Prof. Victor So

(𝑙 − 𝑥 + 𝑙 ) ∙ 𝑙 2𝑙 2 − 𝑙𝑥
𝐴𝐵𝐸𝐷𝐶 = =
2 2
𝑙𝑥
𝐴𝐴𝐷𝐸 =
2
O texto diz que (𝐴𝐴𝐵𝐶𝐷 , 𝐴𝐵𝐸𝐷𝐶 , 𝐴𝐴𝐷𝐸 ) é uma PA cuja soma é 200 𝑐𝑚2 :
𝑆 = 𝐴𝐴𝐵𝐶𝐷 + 𝐴𝐵𝐸𝐷𝐶 + 𝐴𝐴𝐷𝐸
2𝑙 2 − 𝑙𝑥 𝑙𝑥
2
⇒ 200 = 𝑙 + + (𝐼 )
2 2
𝐴𝐵𝐸𝐷𝐶 é o termo médio da PA, então:
𝐴𝐴𝐵𝐶𝐷 + 𝐴𝐴𝐷𝐸
𝐴𝐵𝐸𝐷𝐶 =
2
2 𝑙𝑥
2𝑙 2 − 𝑙𝑥 𝑙 + 2 𝑥 3𝑥
= ⇒ 2𝑙 − 𝑥 = 𝑙 + ⇒ 𝑙 = (𝐼𝐼)
2 2 𝑙≠0 2 2
Substituindo (𝐼𝐼) em (𝐼):
3𝑥 2 3𝑥 3𝑥
3𝑥 2( ) − ( )𝑥 ( )𝑥
2
200 = ( ) + 2 2 + 2
2 2 2

9𝑥 2 6𝑥 2 3𝑥 2 400
200 = + + ⇒ 800 = 18𝑥 2 ⇒ 𝑥 = √
4 4 4 9
20
∴𝑥=
3
Gabarito: “c”.
101. (ITA/2011)

Um triângulo 𝑨𝑩𝑪 está inscrito numa circunferência de raio 5 cm. Sabe-se ainda que 𝑨𝑩 ̅̅̅̅ é o
diâmetro, ̅̅̅̅ ̂ 𝑪 intercepta a circunferência no ponto 𝑫. Se 𝜶
𝑩𝑪 mede 6 cm e a bissetriz do ângulo 𝑨𝑩
é a soma das áreas dos triângulos 𝑨𝑩𝑪 e 𝑨𝑩𝑫 e 𝜷 é a área comum aos dois, o valor de 𝜶 − 𝟐𝜷, em
cm2, é igual a

a) 14.
b) 15.

c) 16.

d) 17.

e) 18.
Comentários
Vamos desenhar a figura da questão:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 263


Prof. Victor So

Como 𝐴𝐵 é o diâmetro da circunferência, temos que Δ𝐴𝐵𝐶 é retângulo. Aplicando o


teorema de Pitágoras nesse triângulo, encontramos 𝐴𝐶 = 8 𝑐𝑚.
Já temos os dados suficientes para calcular a área do Δ𝐴𝐵𝐶. Precisamos encontrar a base
e a altura do Δ𝐴𝐵𝐷:
𝐴𝐷 = 10 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝜃
𝐵𝐷 = 10 ∙ 𝑐𝑜𝑠𝜃
As áreas dos triângulos são dadas por:
6∙8
𝐴𝐴𝐵𝐶 = = 24 𝑐𝑚2
2
(10 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝜃 ∙ 10 ∙ 𝑐𝑜𝑠𝜃)
𝐴𝐴𝐵𝐷 = ⇒ 𝐴𝐴𝐵𝐷 = 25 ∙ 𝑠𝑒𝑛 (2𝜃)
2
8 4
Δ𝐴𝐵𝐶 ⇒ 𝑠𝑒𝑛 (2𝜃) = ⇒ 𝑠𝑒𝑛 (2𝜃) =
10 5
4
𝐴𝐴𝐵𝐷 = 25 ∙ ⇒ 𝐴𝐴𝐵𝐷 = 20 𝑐𝑚2
5
Podemos calcular o valor de 𝛼:
𝛼 = 𝐴𝐴𝐵𝐶 + 𝐴𝐴𝐵𝐷 ⇒ 𝛼 = 44 𝑐𝑚2
Para calcular o valor de 𝛽, precisamos encontrar o valor da área do Δ𝐵𝐸𝐶:
𝐶𝐸
𝑡𝑔𝜃 =
⇒ 𝐶𝐸 = 6 ∙ 𝑡𝑔𝜃
6
8 2𝑡𝑔𝜃 4
Δ𝐴𝐵𝐶 ⇒ 𝑡𝑔(2𝜃) = ⇒ 2
= ⇒ 2𝑡𝑔2 𝜃 + 3𝑡𝑔𝜃 − 2 = 0
6 1 − 𝑡𝑔 𝜃 3

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 264


Prof. Victor So

−3 ± √25 1
𝑡𝑔𝜃 = ⇒ 𝑡𝑔𝜃 = 𝑜𝑢 𝑡𝑔𝜃 = −2
4 2
1
⇒ 𝐶𝐸 = 6 ∙ = 3 𝑐𝑚
2
Assim, a área do Δ𝐵𝐸𝐶 é dada por:
𝐵𝐶 ∙ 𝐶𝐸 6∙3
𝐴𝐵𝐸𝐶 = ⇒ 𝐴𝐵𝐸𝐶 = = 9 𝑐𝑚2
2 2
𝐴𝐴𝐵𝐸 = 𝐴𝐴𝐵𝐶 − 𝐴𝐵𝐸𝐶 ⇒ 𝛽 = 24 − 9 = 15 𝑐𝑚2
Calculando o valor da expressão da questão:
𝛼 − 2𝛽 = 44 − 2 ∙ 15 = 14 𝑐𝑚2
Gabarito: “a”.
102. (ITA/2008)

Considere o quadrado 𝑨𝑩𝑪𝑫 com lados de 10m de comprimento. Seja 𝑴 um ponto sobre o lado
̅̅̅̅ e 𝑵 um ponto sobre o lado 𝑨𝑫
𝑨𝑩 ̅̅̅̅, equidistantes de 𝑨. Por 𝑴 traça-se uma reta 𝒓 paralela ao lado
̅̅̅̅
𝑨𝑫 e por 𝑵 uma reta 𝒔 paralela ao lado ̅̅̅̅
𝑨𝑩, que se interceptam no ponto 𝑶. Considere os quadrados
𝑨𝑴𝑶𝑵 e 𝑶𝑷𝑪𝑸, onde 𝑷 é a intersecção de 𝒔 com o lado 𝑩𝑪 ̅̅̅̅ e 𝑸 é a intersecção de 𝒓 com o lado
̅̅̅̅
𝑫𝑪. Sabendo-se que as áreas dos quadrados 𝑨𝑴𝑶𝑵, 𝑶𝑷𝑪𝑸 e 𝑨𝑩𝑪𝑫 constituem, nesta ordem, uma
progressão geométrica, então a distância entre os pontos 𝑨 e 𝑴 é igual, em metros, a

a) 𝟏𝟓 + 𝟓√𝟓

b) 𝟏𝟎 + 𝟓√𝟓

c) 𝟏𝟎 − √𝟓

d) 𝟏𝟓 − 𝟓√𝟓

e) 𝟏𝟎 − 𝟑√𝟓
Comentários

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 265


Prof. Victor So

O enunciado diz que (𝐴𝐴𝑀𝑂𝑁 , 𝐴𝑂𝑃𝐶𝑄 , 𝐴𝐴𝐵𝐶𝐷 ) é uma PG. Queremos calcular o valor de 𝐴𝑀 =
𝑥.
𝐴𝑂𝑃𝐶𝑄 é o termo médio da PG, então:
𝐴2𝑂𝑃𝐶𝑄 = 𝐴𝐴𝑀𝑂𝑁 ∙ 𝐴𝐴𝐵𝐶𝐷 ⇒ [(10 − 𝑥)2 ]2 = 𝑥 2 ∙ 102 ⇒ (10 − 𝑥)2 = |10𝑥|
Como (10 − 𝑥)2 > 0, temos:
𝑥 2 − 20𝑥 + 100 = 10𝑥 ⇒ 𝑥 2 − 30𝑥 + 100 = 0
𝑥 = 15 ± √125 ⇒ 𝑥 = 15 ± 5√5
Como 𝑥 < 10, temos:
𝑥 = 15 − 5√5
Gabarito: “d”.
103. (ITA/2008)
Sejam 𝒓 e 𝒔 duas retas paralelas distando 10 cm entre si. Seja 𝑷 um ponto no plano definido por 𝒓
e 𝒔 e exterior à região limitada por estas retas, distando 5 cm de 𝒓. As respectivas medidas da área
e do perímetro, em cm2 e cm, do triângulo equilátero 𝑷𝑸𝑹 cujos vértices 𝑸 e 𝑹 estão,
respectivamente, sobre as retas 𝒓 e 𝒔, são iguais a
𝟏𝟕𝟓√𝟑
a) 𝟑
𝐞 𝟓√𝟐𝟏
𝟏𝟕𝟓√𝟑
b) 𝐞 𝟏𝟎√𝟐𝟏
𝟑

c) 𝟏𝟕𝟓√𝟑 𝐞 𝟏𝟎√𝟐𝟏

d) 𝟏𝟕𝟓√𝟑 𝐞 𝟓√𝟐𝟏

e) 𝟕𝟎𝟎 𝐞 𝟏𝟎√𝟐𝟏
Comentários

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 266


Prof. Victor So

Precisamos calcular o valor do lado do triângulo equilátero. Analisando a figura, podemos


ver que:

5 25
Δ𝐴𝑃𝑄 ⇒ 𝑠𝑒𝑛𝛼 = ⇒ 𝑐𝑜𝑠𝛼 = √1 − 2
𝑙 𝑙
15 15
Δ𝐵𝑃𝑅 ⇒ 𝑠𝑒𝑛 (𝛼 + 60°) = ⇒ 𝑠𝑒𝑛𝛼𝑐𝑜𝑠60° + 𝑠𝑒𝑛60°𝑐𝑜𝑠𝛼 =
𝑙 𝑙
Substituindo os valores, obtemos:

5 1 √3 25 15 5 √3(𝑙 2 − 25) 15
∙ + ∙ √1 − 2 = ⇒ + = ⇒ √3(𝑙 2 − 25) = 25
𝑙 2 2 𝑙 𝑙 2𝑙 2𝑙 𝑙
Elevando ao quadrado:

625 700 10√21


3(𝑙 2 − 25) = 625 ⇒ 𝑙 2 = + 25 ⇒ 𝑙 = √ ⇒𝑙= 𝑐𝑚
3 3 3
Calculando a área e o perímetro:
2
𝑙 2 √3 10√21 √3 175√3
𝐴= =( ) ∙ ⇒𝐴= 𝑐𝑚2
4 3 4 3
10√21
2𝑝 = 3𝑙 = 3 ∙ ⇒ 2𝑝 = 10√21 𝑐𝑚
3
Gabarito: “b”.
104. (ITA/2008)
𝟓√𝟐
Um triângulo acutângulo de vértices 𝑨, 𝑩 e 𝑪 está inscrito numa circunferência de raio . Sabe-se
𝟑
̅̅̅̅ mede 𝟐√𝟓 e 𝑩𝑪
que 𝑨𝑩 ̅̅̅̅ mede 𝟐√𝟐. Determine a área do triângulo 𝑨𝑩𝑪.

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 267


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Comentários

Sabemos que o ponto de encontro das mediatrizes de um triângulo é o circuncentro.


𝑂𝑀 e 𝑂𝑁 são as mediatrizes dos lados 𝐴𝐵 e 𝐵𝐶. Então, 𝑂𝐵𝑀 e 𝑂𝑁𝐵 são triângulos
retângulos.
Aplicando o teorema de Pitágoras nesses triângulos, obtemos:
2
5√2 2 √5
Δ𝑂𝐵𝑀 ⇒ 𝑂𝑀 2 = ( ) − (√5) ⇒ 𝑂𝑀 =
3 3
2
5√2 2 4√2
Δ𝑂𝑁𝐵 ⇒ 𝑂𝑁 2 = ( ) − (√2) ⇒ 𝑂𝑁 =
3 3
Para calcular a área do triângulo, precisamos calcular sua altura. Se tomarmos como base
o segmento 𝐵𝐶, a altura será dada por:
ℎ = 𝐴𝐵 ∙ 𝑠𝑒𝑛 (𝛼 + 𝛽) ⇒ ℎ = 𝐴𝐵 ∙ (𝑠𝑒𝑛𝛼𝑐𝑜𝑠𝛽 + 𝑠𝑒𝑛𝛽𝑐𝑜𝑠𝛼 )
Analisando os triângulos 𝑂𝐵𝑀 e 𝑂𝑁𝐵, podemos escrever:
4√2
4 √2 3
𝑠𝑒𝑛𝛽 = 3 = e 𝑐𝑜𝑠𝛽 = =
5√2 5 5√2 5
3 3
√5
√10 √5 3√10
𝑠𝑒𝑛𝛼 = 3 = e 𝑐𝑜𝑠𝛼 = =
5√2 10 5√2 10
3 3
Substituindo na expressão de ℎ:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 268


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√10 3 4 3√10
ℎ = 2√5 ∙ ( ∙ + ∙ ) ⇒ ℎ = 3√2
10 5 5 10
A área do triângulo é dada por:
𝐵𝐶 ∙ ℎ 2√2 ∙ 3√2
𝐴= ⇒𝐴= ⇒𝐴=6
2 2
Gabarito: 𝑨 = 𝟔
105. (ITA/2007)
Um retângulo cujos lados medem B e H, um triângulo isósceles em que a base e a altura
medem, respectivamente, B e H, e o círculo inscrito neste triângulo. Se as áreas do retângulo,
do triângulo e do círculo, nesta ordem, formam uma progressão geométrica, então B/H é
uma raiz do polinômio
f) 𝜋 3 𝑥 3 + 𝜋 2 𝑥 2 + 𝜋𝑥 − 2 = 0.
g) 𝜋 2 𝑥 3 + 𝜋 3 𝑥 2 + 𝑥 + 1 = 0.
h) 𝜋 3 𝑥 3 − 𝜋 2 𝑥 2 + 𝜋𝑥 + 2 = 0.
i) 𝜋𝑥 3 − 𝜋 2 𝑥 2 + 2𝜋𝑥 − 1 = 0.
j) 𝑥 3 − 2𝜋 2 𝑥 2 + 𝜋𝑥 − 1 = 0.
Comentários
Primeiramente, vamos estabelecer os termos da progressão geométrica. Sejam eles:
(𝐴1 , 𝐴2 , 𝐴3 )
Do enunciado, temos que:
𝐴1 = 𝐵𝐻
𝐵𝐻
𝐴2 =
2
1
Disso, observamos que a razão da progressão é , do que segue que:
2
𝐵𝐻
𝐴3 =
4
Seja 𝑟 o raio da circunferência inscrita no triângulo. Disso, temos que:
𝐵𝐻 𝐵𝐻
𝜋𝑟 2 = ⇒ 𝑟2 =
4 4𝜋
Observe a seguinte figura:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 269


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Dela, podemos escrever que:


2𝑟 2𝐻
𝑡𝑔(𝜃) = 𝑒 𝑡𝑔(2𝜃) =
𝐵 𝐵
Da trigonometria, temos que:
2𝑡𝑔(𝜃)
𝑡𝑔(2𝜃) =
1 − 𝑡𝑔2 (𝜃)
Ou seja:
4𝑟
2𝐻 𝐵 2𝑟𝐵2
= ⇒ 2𝐻 = 2 ⇒ 𝐻 (𝐵2 − 4𝑟 2 ) = 2𝑟𝐵2
𝐵 4𝑟 2 𝐵 − 4𝑟 2
1− 2
𝐵
2
Substituindo 𝑟 na equação acima, para simplificar, temos:
4𝐵𝐻 𝐵 1 𝐵
𝐻 (𝐵2 − ) = 2𝑟𝐵2 ⇒ 𝐻 ( − ) = 2𝑟 ( )
4𝜋 𝐻 𝜋 𝐻
Elevando ao quadrado, membro a membro, temos:
𝐵 2
2
𝐵 1 1 2
𝐵 2
𝐻 (( ) − 2 ( ) ∙ + 2 ) = 4𝑟 ( )
𝐻 𝐻 𝜋 𝜋 𝐻
Substituindo 𝑟 2 novamente, temos:
𝐵 2
2
𝐵 1 1 𝐵𝐻 𝐵 2
𝐻 (( ) − 2 ( ) ∙ + 2 ) = 4 ( ) ( )
𝐻 𝐻 𝜋 𝜋 4𝜋 𝐻
Logo:
𝐵 2 𝐵 1 1 1 𝐵 3
(( ) − 2 ( ) ∙ + 2 ) = ( )
𝐻 𝐻 𝜋 𝜋 𝜋 𝐻

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 270


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𝐵
Faça = 𝑥, logo:
𝐻
2𝑥 1 1
𝑥2 − + 2 = 𝑥3
𝜋 𝜋 𝜋
Ou ainda:
𝜋𝑥 3 − 𝜋 2 𝑥 2 + 2𝜋𝑥 − 1 = 0
Gabarito: “d”.
106. (ITA/2007)

Sejam 𝑷𝟏 e 𝑷𝟐 octógonos regulares. O primeiro está inscrito e o segundo circunscrito a uma


circunferência de raio 𝑹. Sendo 𝑨𝟏 a área de 𝑷𝟏 e 𝑨𝟐 a área de 𝑷𝟐 , então a razão 𝑨𝟏 /𝑨𝟐 é igual a
𝟓
a) √𝟖

𝟗√𝟐
b) 𝟏𝟔

c) 𝟐√𝟐 − 𝟏
𝟒(√𝟐+𝟏)
d) 𝟖
𝟐+√𝟐
e) 𝟒

Comentários
Vimos que qualquer polígono regular de 𝑛 lados é formado por 𝑛 triângulos isósceles.
Vamos representar o polígono 𝑃1 :

O ângulo 𝜃 dos triângulos isósceles do octógono é dado por:


360° 360°
𝜃= ⇒𝜃= = 45°
𝑛 8
Como o octógono possui 8 triângulos isósceles, sua área é dada por 8 vezes a área de cada
triângulo. Vamos calcular 𝐴1 :

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 271


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1 𝜃 𝜃
𝐴1 = 8 ∙ ∙ 𝑅 ∙ cos ( ) ∙ (2 ∙ 𝑅 ∙ 𝑠𝑒𝑛 ( )) ⇒ 𝐴1 = 4𝑅2 𝑠𝑒𝑛 (𝜃)
2 ⏟ 2 ⏟ 2
( 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑏𝑎𝑠𝑒 )
𝜃 = 45° ⇒ 𝐴1 = 4𝑅2 𝑠𝑒𝑛 (45°) ⇒ 𝐴1 = 2√2𝑅2
Para calcular 𝐴2 , precisamos encontrar a base do triângulo isósceles.

Observando a figura, vemos que:


𝑏
𝜃 𝜃 𝑏 𝜃
𝑡𝑔 ( ) = 2 ⇒ 𝑡𝑔 ( ) = ⇒ 𝑏 = 2𝑅𝑡𝑔 ( )
2 𝑅 2 2𝑅 2
Lembrando que a tangente do arco metade pode ser calcular através da seguinte fórmula:
√2
𝜃 𝑠𝑒𝑛𝜃 45° 𝑠𝑒𝑛45° 2
𝑡𝑔 ( ) = ⇒ 𝑡𝑔 ( ) = = = √2 − 1
2 1 + 𝑐𝑜𝑠𝜃 2 1 + 𝑐𝑜𝑠45° √2
1+
2
⇒ 𝑏 = 2(√2 − 1)𝑅
Agora, podemos calcular 𝐴2 :
1
𝐴2 = 8 ∙ ∙ 𝑅 ∙ 2(√2 − 1)𝑅 ⇒ 𝐴2 = 8(√2 − 1)𝑅2
2
A razão pedida é dada por:
𝐴1 2√2𝑅2 2√2(√2 + 1)
= =
𝐴2 8(√2 − 1)𝑅2 8

𝐴1 2 + √2
∴ =
𝐴2 4
Gabarito: “e”.

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 272


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107. (ITA/2007)

Seja 𝑷𝒏 um polígono regular de 𝒏 lados, com 𝒏 > 𝟐. Denote por 𝒂𝒏 o apótema e por 𝒃𝒏 o
comprimento de um lado de 𝑷𝒏 . O valor de 𝒏 para o qual valem as desigualdades 𝒃𝒏 ≤ 𝒂𝒏 e 𝒃𝒏−𝟏 >
𝒂𝒏−𝟏 , pertence ao intervalo

a) 𝟑 < 𝒏 < 𝟕.

b) 𝟔 < 𝒏 < 𝟗.

c) 𝟖 < 𝒏 < 𝟏𝟏.

d) 𝟏𝟎 < 𝒏 < 𝟏𝟑.

e) 𝟏𝟐 < 𝒏 < 𝟏𝟓.


Comentários
Vamos representar genericamente um polígono regular de 𝑛 lados:

O ângulo interno 𝜃 do polígono regular é dado por:


360°
𝜃=
𝑛
Vamos encontrar uma relação entre 𝑎𝑛 e 𝑏𝑛 . Analisando a figura, podemos escrever:
𝑏𝑛
𝜃 180° 𝑏𝑛 180°
𝑡𝑔 ( ) = 2 ⇒ 𝑡𝑔 ( )= ⇒ 𝑏𝑛 = 2𝑎𝑛 𝑡𝑔 ( )
2 𝑎𝑛 𝑛 2𝑎𝑛 𝑛
Queremos 𝑏𝑛 ≤ 𝑎𝑛 e 𝑏𝑛−1 > 𝑎𝑛−1 , então, temos:
180° 180° 180° 1
𝑏𝑛 ≤ 𝑎𝑛 ⇒ 2𝑎𝑛 𝑡𝑔 ( ) ≤ 𝑎𝑛 ⇒ 2𝑡𝑔 ( ) ≤ 1 ⇒ 𝑡𝑔 ( )≤
𝑛 𝑎𝑛 >0 𝑛 𝑛 2
180° 180° 1
𝑏𝑛−1 > 𝑎𝑛−1 ⇒ 2𝑎𝑛−1 𝑡𝑔 ( ) > 𝑎𝑛−1 ⇒ 𝑡𝑔 ( )>
𝑛−1 𝑛−1 2

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 273


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Precisamos encontrar uma aproximação de tangente para fazer as comparações acima.


Sabemos que 𝑡𝑔(45°) = 1 e a função tangente é crescente para ângulos positivos, então, o
ângulo que procuramos deve ser menor que 45°.
Vamos testar o valor da 𝑡𝑔(30°):
√3 1
𝑡𝑔 (30°) = ≈ 0,57 >
3 2
Esse valor é maior que 1/2. Então:
180° 1 180°
𝑡𝑔 ( ) ≤ < 𝑡𝑔 (30°) ⇒ < 30° ⇒ 𝑛 > 6
𝑛 2 𝑛
Para a outra desigualdade, podemos usar o triângulo retângulo abaixo, podemos calcular
o valor da 𝑡𝑔(22,5°):

1 1
𝑡𝑔 (22,5°) = ⇒ 𝑡𝑔(22,5°) = √2 − 1 ≈ 0,4 <
√2 + 1 2
180° 1 180° 180°
𝑡𝑔 ( ) > > 𝑡𝑔 (22,5°) ⇒ > 22,5° ⇒ (𝑛 − 1) < ⇒𝑛<9
𝑛−1 2 𝑛−1 22,5°
∴6<𝑛<9
Gabarito: “b”.
108. (ITA/2006)

Considere um losango 𝑨𝑩𝑪𝑫 cujo perímetro mede 100 cm e cuja maior diagonal mede 40 cm.
Calcule a área, em cm2, do círculo inscrito neste losango.
Comentários
Sabemos que um losango é um quadrilátero equilátero. O enunciado nos dá o perímetro
do losango, logo, podemos calcular o lado do losango:
𝐴𝐵 = 𝐵𝐶 = 𝐶𝐷 = 𝐷𝐴 = 𝑙
𝑝𝐴𝐵𝐶𝐷 = 𝑙 + 𝑙 + 𝑙 + 𝑙 ⇒ 100 = 4𝑙 ⇒ 𝑙 = 25 𝑐𝑚
Para calcular a área do círculo inscrito no losango, precisamos encontrar o raio desse
círculo. Vamos desenhar a figura:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 274


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Perceba que o triângulo retângulo 𝐴𝐵𝑂 é o clássico triângulo retângulo 3: 4: 5. Então, o


lado 𝐵𝑂 é igual a 15 𝑐𝑚.
Os triângulos 𝐴𝐵𝑂 e 𝐴𝑂𝐻 são semelhantes, vamos calcular o valor de 𝑟:
𝐴𝐵 𝐴𝑂 25 20
Δ𝐴𝐵𝑂~Δ𝐴𝑂𝐻 ⇒ = ⇒ = ⇒ 𝑟 = 12 𝑐𝑚
𝐵𝑂 𝑂𝐻 15 𝑟
Desse modo, a área do círculo é dada por:
𝐴 = 𝜋𝑟 2 ⇒ 𝐴 = 𝜋 ∙ 122 ⇒ 𝐴 = 144𝜋 𝑐𝑚2
Gabarito: 𝑨 = 𝟏𝟒𝟒𝝅 𝒄𝒎𝟐
109. (ITA/2005)

Considere o triângulo de vértices 𝑨, 𝑩 e 𝑪, sendo 𝑫 um ponto do lado 𝑨𝑩 e 𝑬 um ponto do lado 𝑨𝑪.


Se 𝒎(𝑨𝑩) = 𝟖𝒄𝒎, 𝒎(𝑨𝑪) = 𝟏𝟎 𝒄𝒎, 𝒎(𝑨𝑫) = 𝟒 𝒄𝒎 e 𝒎(𝑨𝑬) = 𝟔 𝒄𝒎, a razão das áreas dos
triângulos 𝑨𝑫𝑬 e 𝑨𝑩𝑪 é
a) 1/2.

b) 3/5.

c) 3/8.

d) 3/10.

e) 3/4.
Comentários
Do enunciado, temos a seguinte figura:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 275


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A área de cada triângulo é dada por:


1
𝐴𝐴𝐷𝐸 = ∙4∙⏟
6 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝛼 = 12 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝛼
2 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎
1
𝐴𝐴𝐵𝐶 = ∙8∙⏟
10 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝛼 = 40 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝛼
2 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎

Calculando a razão pedida, encontramos:


𝐴𝐴𝐷𝐸 12 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝛼 3
= =
𝐴𝐴𝐵𝐶 40 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝛼 10
Gabarito: “d”.
110. (ITA/2005)

Seja 𝒏 o número de lados de um polígono convexo. Se a soma de 𝒏 − 𝟏 ângulos (internos) do


polígono é 𝟐𝟎𝟎𝟒°, determine o número 𝒏 de lados do polígono.
Comentários
Lembrando que a soma dos ângulos internos de um polígono convexo é dada por:
𝑆𝑖 = (𝑛 − 2) ∙ 180°
O enunciado da questão diz que a soma de 𝑛 − 1 ângulos do polígono é igual a 2004°.
Chamando de 𝜃 os ângulos internos do polígono, temos:
𝑆𝑖 − 𝜃 = 2004° ⇒ 𝜃 = 𝑆𝑖 − 2004°
Substituindo a fórmula da soma na equação acima:
(𝑛 − 2) ∙ 180° − 2004° = 𝜃
Como o polígono é convexo, o ângulo interno deve satisfazer a seguinte desigualdade:
0 < 𝜃 < 180°
0 < (𝑛 − 2) ∙ 180° − 2004° < 180°
2004° < (𝑛 − 2) ∙ 180° < 2184°

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 276


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2004° 2184°
+2<𝑛 < +2
180° 180°
13,13 < 𝑛 < 14,13
Como 𝑛 ∈ ℕ, temos que o único valor possível é 𝑛 = 14.
Gabarito: 𝒏 = 𝟏𝟒
111. (ITA/2004)

Duas circunferências concêntricas 𝑪𝟏 e 𝑪𝟐 têm raios de 𝟔 cm e 𝟔√𝟐 cm, respectivamente. Seja ̅̅̅̅
𝑨𝑩
̅̅̅̅ ̂
uma corda de 𝑪𝟐 , tangente à 𝑪𝟏 . A área da menor região delimitada pela corda 𝑨𝑩 e pelo arco 𝑨𝑩
mede, em cm2,

a) 𝟗 (𝝅 − 𝟑)

b) 𝟏𝟖 (𝝅 + 𝟑)

c) 𝟏𝟖 (𝝅 − 𝟐)

d) 𝟏𝟖 (𝝅 + 𝟐)

e) 𝟏𝟔 (𝝅 + 𝟑)
Comentários
Duas circunferências são concêntricas quando possuem o mesmo centro. Vamos desenhar
a figura do enunciado:

Como 𝐴𝐵 é tangente à 𝐶1 , temos que 𝑂𝐻 é a mediatriz do triângulo 𝐴𝑂𝐵. Então, 𝐴𝑂𝐻 é


retângulo. Vamos calcular o valor de 𝜃:
6 √2
𝑐𝑜𝑠𝜃 = = ⇒ 𝜃 = 45°
6√2 2
Portanto, 𝐴𝐻 = 𝐻𝐵 = 6 e Δ𝐴𝑂𝐵 é retângulo isósceles.

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 277


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A área da menor região delimitada pela corda ̅̅̅̅


𝐴𝐵 é dada pela diferença entre o setor
circular 𝐴𝑂𝐵 e o triângulo 𝐴𝑂𝐵:
2 ∙ 45° 2 1
𝐴= ∙ 𝜋 ∙ (6√2) − ∙ 6√2 ∙ 6√2 ⇒ 𝐴 = 18(𝜋 − 2) 𝑐𝑚2
⏟360° ⏟
2
á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑜 𝑠𝑒𝑡𝑜𝑟 𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟 á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑜 𝑡𝑟𝑖â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜

Gabarito: “c”.
112. (ITA/2003)

Sejam 𝒓 e 𝒔 duas retas paralelas distando entre si 5 cm. Seja 𝑷 um ponto na região interior a estas
retas, distando 4 cm de 𝒓. A área do triângulo equilátero 𝑷𝑸𝑹, cujos vértices 𝑸 e 𝑹 estão,
respectivamente, sobre as retas 𝒓 e 𝒔, é igual, em cm2, a:

a) 𝟑√𝟏𝟓

b) 𝟕√𝟑

c) 𝟓√𝟔
𝟏𝟓
d) ( 𝟐 ) √𝟑
𝟕
e) ( ) √𝟏𝟓
𝟐

Comentários
De acordo com o enunciado, temos a seguinte figura:

𝑡 é a reta tangente a 𝑟 e 𝑠 que passa pelo ponto 𝑃. Usando as relações trigonométricas,


encontramos:

1 1
𝑠𝑒𝑛𝛼 = ⇒ 𝑐𝑜𝑠𝛼 = √1 − 2
𝑙 𝑙
4 4
𝑠𝑒𝑛 (60° − 𝛼) = ⇒ 𝑠𝑒𝑛 (60°)𝑐𝑜𝑠𝛼 − 𝑠𝑒𝑛𝛼 cos(60°) =
𝑙 𝑙
Substituindo os valores:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 278


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√3 1 1 1 4 √3(𝑙 2 − 1) − 1 4 √3(𝑙 2 − 1) − 1

∙ 1− 2− ∙ = ⇒ = ⇒ = 4 ⇒ √3(𝑙 2 − 1) = 9
2 𝑙 𝑙 2 𝑙 2𝑙 𝑙 𝑙≠0 2

3𝑙 2 − 3 = 81 ⇒ 𝑙 2 = 28 ⇒ 𝑙 = 2√7
A área do triângulo equilátero é dada por:
2
𝑙 2 √3 (2√7) √3
𝐴= ⇒𝐴= ⇒ 𝐴 = 7√3
4 4
Gabarito: “b”.
113. (ITA/2003)

Considere três polígonos regulares tais que os números que expressam a quantidade de lados de
cada um constituam uma progressão aritmética. Sabe-se que o produto destes três números é igual
a 𝟓𝟖𝟓 e que a soma de todos os ângulos internos dos três polígonos é igual a 𝟑𝟕𝟖𝟎°. O número total
das diagonais nestes três polígonos é igual a:

a) 63

b) 69

c) 90

d) 97

e) 106
Comentários
Sejam 𝑛1 , 𝑛2 e 𝑛3 os lados dos polígonos tais que (𝑛1 , 𝑛2 , 𝑛3 ) formam uma PA. Então,
podemos escrever os lados como:
(𝑛1 , 𝑛2 , 𝑛3 ) = (𝑛 − 𝑟, 𝑛, 𝑛 + 𝑟)
Sabemos que a fórmula da soma dos ângulos internos é dada por:
𝑆𝑖 = (𝑛 − 2) ∙ 180°
De acordo com o enunciado:
(𝑛 − 𝑟 − 2) ∙ 180° + (𝑛 − 2) ∙ 180° + (𝑛 + 𝑟 − 2) ∙ 180° = 3780°
3780°
𝑛−𝑟−2+𝑛−2+𝑛+𝑟−2=
180°
3𝑛 − 6 = 21 ⇒ 𝑛 = 9
Temos também os dados do produto dos lados:
585
𝑃 = (𝑛 − 𝑟) ∙ 𝑛 ∙ (𝑛 + 𝑟) = 585 ⇒ (9 − 𝑟)(9 + 𝑟) =
9
81 − 𝑟 2 = 65 ⇒ 𝑟 = 4
Portanto, os lados são:
(𝑛1 , 𝑛2 , 𝑛3 ) = (5, 9, 13)

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 279


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Lembrando que o número de diagonais de um polígono é dado por:


𝑛 ∙ (𝑛 − 3)
𝑑=
2
Vamos calcular o total de diagonais:
5 ∙ (5 − 3) 9 ∙ (9 − 3) 13 ∙ (13 − 3)
𝑑𝑇 = + + ⇒ 𝑑𝑇 = 5 + 27 + 65 = 97
2 2 2
Gabarito: “d”.
114. (ITA/2001)

De dois polígonos convexos, um tem a mais que o outro 6 lados e 39 diagonais. Então, a soma total
dos números de vértices e de diagonais dos dois polígonos é igual a:

a) 63

b) 65

c) 66

d) 70

e) 77
Comentários
Sejam 𝑛1 e 𝑛2 os lados dos polígonos convexos tais que 𝑛1 < 𝑛2 . Então, de acordo com o
enunciado:
𝑛2 = 𝑛1 + 6
𝑑2 = 𝑑1 + 39
Sabendo que o número de diagonais é dado por:
𝑛 (𝑛 − 3)
𝑑=
2
Temos:
𝑛2 (𝑛2 − 3) 𝑛1 (𝑛1 − 3)
= + 39 ⇒ (𝑛1 + 6)(𝑛1 + 6 − 3) = 𝑛1 (𝑛1 − 3) + 78
2 2
𝑛12 + 9𝑛1 + 18 = 𝑛12 − 3𝑛1 + 78 ⇒ 12𝑛1 = 60 ⇒ 𝑛1 = 5 ⇒ 𝑛2 = 11
O número de vértices de um polígono convexo é igual ao número de lados. Vamos calcular
o número total de vértices e de diagonais dos dois polígonos:
5(5 − 3) 11(11 − 3)
𝑆 = 𝑛1 + 𝑛2 + 𝑑1 + 𝑑2 ⇒ 𝑆 = 5 + 11 + + ⇒ 𝑆 = 65
2 2
Gabarito: “b”.
115. (ITA/1999)

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 280


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Duas circunferências 𝑪𝟏 e 𝑪𝟐 , ambas com 𝟏𝒎 de raio, são tangentes. Seja 𝑪𝟑 outra circunferência
cujo raio mede (√𝟐 − 𝟏)𝒎 e que tangencia externamente 𝑪𝟏 e𝑪𝟐 . A área, em 𝒎𝟐 , da região limitada
e exterior às três circunferências dadas, é:
√𝟐
a) 𝟏 − 𝝅 (𝟏 − )
𝟐
𝟏 𝝅
b) −𝟔
√𝟐
𝟐
c) (√𝟐 − 𝟏) 3
𝝅 𝟏
d) (𝟏𝟔) (√𝟐 − 𝟐)

e) 𝝅(√𝟐 − 𝟏) − 𝟏
Comentários
De acordo com os dados do enunciado:

𝐴, 𝐵, 𝐶 são os centros das circunferências. Note que Δ𝐴𝐵𝐶 é isósceles. Então, 𝐶𝑇 é bissetriz
do triângulo no vértice 𝐶. Vamos calcular o valor do ângulo 𝐶̂ :
1 √2
𝑠𝑒𝑛𝜃 = ⇒ 𝑠𝑒𝑛𝜃 = ⇒ 𝜃 = 45° ⇒ 𝐶̂ = 90°
√2 − 1 + 1 2
Portanto, Δ𝐴𝐵𝐶 é retângulo em 𝐶. Como Δ𝐴𝐵𝐶 é isósceles, temos 𝐴 ≡ 𝐵 ≡ 45°.

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 281


Prof. Victor So

A área da região limitada é dada por:


1 45° 90° 2
𝐴= ∙ √2 ∙ √2 − (2 ∙ ∙ 𝜋 ∙ 12 + ∙ 𝜋 ∙ (√2 − 1) )
2 360° 360°
𝜋 𝜋 𝜋 √2
𝐴 = 1 − ( + (3 − 2√2)) ⇒ 𝐴 = 1 − (4 − 2√2) ⇒ 𝐴 = 1 − 𝜋 (1 − ) 𝑚2
4 4 4 2
Gabarito: “a”.
116. (ITA/1999)
Duas circunferências de raios iguais a 𝟗𝒎 e 𝟑𝒎 são tangentes externamente num ponto 𝑪. Uma
reta tangencia estas duas circunferências nos pontos distintos 𝑨 e 𝑩. A área, em 𝒎𝟐 , do triângulo
𝑨𝑩𝑪 é:

a) 𝟐𝟕√𝟑
𝟐𝟕√𝟑
b) 𝟐

c) 𝟗√𝟑
d) 𝟐𝟕√𝟐
𝟐𝟕√𝟐
e) 𝟐

Comentários

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 282


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̅̅̅̅
𝐶𝐻 é altura do triângulo 𝐴𝐵𝐶 e é paralelo a ̅̅̅̅̅
𝐴𝑂1 e ̅̅̅̅̅
𝐵𝑂2 . Assim, 𝐴𝐷 = 𝐻𝐸 = 𝐵𝑂2 = 3 𝑚.
Vamos calcular 𝐶𝐸:
12 3 3
Δ𝑂1 𝑂2 𝐷~Δ𝐶𝑂2 𝐸 ⇒ = ⇒ 𝐶𝐸 = 𝑚
6 𝐶𝐸 2
3 9
𝐶𝐻 = 𝐶𝐸 + 𝐻𝐸 = + 3 = 𝑚
2 2
Analisando a figura, podemos ver que 𝐷𝑂2 = 𝐴𝐵. Aplicando o teorema de Pitágoras no
Δ𝑂1 𝐷𝑂2 :
122 = 62 + 𝐷𝑂22 ⇒ 𝐷𝑂2 = 6√3 = 𝐴𝐵
A área do triângulo é dada por:
1 1 9 27√3 2
𝐴= ∙ 𝐴𝐵 ∙ 𝐶𝐻 ⇒ 𝐴 = ∙ 6√3 ∙ = 𝑚
2 2 2 2
Gabarito: “b”.
117. (ITA/1998)

Considere as afirmações sobre polígonos convexos:

I) Existe apenas um polígono cujo número de diagonais coincide com o número de lados.

II) Não existe polígono cujo número de diagonais seja o quádruplo do número de lados.

III) Se a razão entre o número de diagonais e o de lados de um polígono é um número natural, então
o número de lados do polígono é ímpar.

a) Todas as afirmações são verdadeiras.

b) Apenas (I) e (III) são verdadeiras.

c) Apenas (I) é verdadeira.

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 283


Prof. Victor So

d) Apenas (III) é verdadeira.

e) Apenas (II) e (III) são verdadeiras.


Comentários
I) Verdadeira.
Igualando o número de diagonais com o número de lados:
𝑛 (𝑛 − 3)
𝑑=𝑛⇒ =𝑛⇒ 𝑛=5
2 𝑛≠0

Logo, o único polígono que satisfaz essa condição é o pentágono.


II) Falsa.
𝑛 (𝑛 − 3)
𝑑 = 4𝑛 ⇒ = 4𝑛 ⇒ 𝑛 = 11
2 𝑛≠0

Logo, existe um polígono que satisfaz essas condições.


III) Verdadeira.
Calculando a razão entre o número de diagonais e o número de lados de um polígono de
𝑛 lados:
𝑛 (𝑛 − 3 )
𝑑 2 𝑛−3
= = = 𝑘 ⇒ 𝑛 = 2𝑘 + 3
𝑛 𝑛 2
∴ 𝑛 é ímpar
Gabarito: “b”.
118. (ITA/1997)

Em um triângulo 𝑨𝑩𝑪, sabe-se que o segmento 𝑨𝑪 mede 2cm. Sejam 𝜶 e 𝜷, respectivamente, os


ângulos opostos aos segmentos 𝑩𝑪 e 𝑨𝑪. A área do triângulo é (em 𝒄𝒎𝟐 ) igual a

a) 𝟐𝒔𝒆𝒏𝟐 𝜶𝒄𝒐𝒕𝒈𝜷 + 𝒔𝒆𝒏(𝟐𝜶)

b) 𝟐𝒔𝒆𝒏𝟐 𝜶𝒕𝒈𝜷 − 𝒔𝒆𝒏(𝟐𝜶)

c) 𝟐 𝐜𝐨𝐬𝟐 𝜶 𝒄𝒐𝒕𝒈𝜷 + 𝒔𝒆𝒏(𝟐𝜶)

d) 𝟐 𝐜𝐨𝐬𝟐 𝜶 𝒕𝒈𝜷 + 𝒔𝒆𝒏(𝟐𝜶)

e) 𝟐𝒔𝒆𝒏𝟐 𝜶𝒕𝒈𝜷 − 𝐜𝐨𝐬(𝟐𝜶)


Comentários

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 284


Prof. Victor So

Aplicando a lei dos senos no triângulo 𝐴𝐵𝐶:


𝐵𝐶 2 2𝑠𝑒𝑛𝛼
= ⇒ 𝐵𝐶 =
𝑠𝑒𝑛𝛼 𝑠𝑒𝑛𝛽 𝑠𝑒𝑛𝛽
Calculando a altura 𝐴𝐻:
𝐴𝐻 = 2𝑠𝑒𝑛𝛾 ⇒ 𝐴𝐻 = 2𝑠𝑒𝑛(180° − (𝛼 + 𝛽)) ⇒ 𝐴𝐻 = 2𝑠𝑒𝑛 (𝛼 + 𝛽)
A área do triângulo é dada por:
1 1 2𝑠𝑒𝑛𝛼
𝐴= ∙ 𝐵𝐶 ∙ 𝐴𝐻 ⇒ 𝐴 = ( ) (2𝑠𝑒𝑛 (𝛼 + 𝛽))
2 2 𝑠𝑒𝑛𝛽
𝑠𝑒𝑛𝛼
𝐴= [2(𝑠𝑒𝑛𝛼𝑐𝑜𝑠𝛽 + 𝑠𝑒𝑛𝛽𝑐𝑜𝑠𝛼 )] ⇒ 𝐴 = 2𝑠𝑒𝑛 2 𝛼𝑐𝑜𝑡𝑔𝛽 + 𝑠𝑒𝑛 (2𝛼)
𝑠𝑒𝑛𝛽
Gabarito: “a”.
119. (ITA/1996)

Um hexágono regular e um quadrado estão inscritos no mesmo círculo de raio 𝑹 e o hexágono


possui uma aresta paralela a uma aresta do quadrado. A distância entre estas arestas paralelas será:
√𝟑−√𝟐
a) 𝑹
𝟐
√𝟐+𝟏
b) 𝑹
𝟐
√𝟑+𝟏
c) 𝑹
𝟐
√𝟐−𝟏
d) 𝑹
𝟐
√𝟑−𝟏
e) 𝑹
𝟐

Comentários

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 285


Prof. Victor So

Queremos calcular o valor do 𝑥. Esse valor é dado pela diferença entre os apótemas 𝐴𝑂 e
𝐶𝑂:
𝑅 √2
Δ𝑂𝐶𝐷 ⇒ 𝑂𝐶 = 𝑅 cos 45° ⇒ 𝑂𝐶 =
2
𝑅 √3
Δ𝑂𝐴𝐵 ⇒ 𝐴𝑂 = 𝑅 cos 30° ⇒ 𝐴𝑂 =
2
√3 − √2
⇒ 𝑥 = 𝐴𝑂 − 𝑂𝐶 = 𝑅
2
Gabarito: “a”.
120. (ITA/1995)

Considere 𝑪 uma circunferência centrada em 𝑶 e raio 𝟐𝒓, e 𝒕 a reta tangente a 𝑪 num ponto 𝑻.
Considere também 𝑨 um ponto de 𝑪 tal que o ângulo 𝑨𝑶 ̂ 𝑻 = 𝜽 é um ângulo agudo. Sendo 𝑩 o ponto
de 𝒕 tal que o segmento ̅̅̅̅
𝑨𝑩 é paralelo ao segmento ̅̅̅̅
𝑶𝑻, então a área do trapézio 𝑶𝑨𝑩𝑻 é igual a

a) 𝒓𝟐 (𝟐 𝐜𝐨𝐬 𝜽 − 𝐜𝐨𝐬 𝟐𝜽)

b) 𝟐𝒓𝟐 (𝟒 𝐜𝐨𝐬 𝜽 − 𝐬𝐞𝐧 𝟐𝜽)

c) 𝒓𝟐 (𝟒 𝐬𝐞𝐧 𝜽 − 𝐬𝐞𝐧 𝟐𝜽)

d) 𝒓𝟐 (𝟐 𝐬𝐞𝐧 𝜽 + 𝐜𝐨𝐬 𝜽)

e) 𝟐𝒓𝟐 (𝟐 𝐬𝐞𝐧 𝟐𝜽 − 𝐜𝐨𝐬 𝟐𝜽)


Comentários

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 286


Prof. Victor So

A área do trapézio é dada por:


(𝐴𝐵 + 𝑂𝑇 ) ∙ 𝐵𝑇
𝐴𝑂𝐴𝐵𝑇 =
2
Vamos calcular o valor dos segmentos:
𝑂𝐷 = 2𝑟𝑐𝑜𝑠𝜃 ⇒ 𝐷𝑇 = 2𝑟 − 2𝑟𝑐𝑜𝑠𝜃 = 𝐴𝐵
𝐴𝐷 = 2𝑟𝑠𝑒𝑛𝜃 = 𝐵𝑇
Substituindo os valores na expressão da área, encontramos:
(2𝑟 − 2𝑟𝑐𝑜𝑠𝜃 + 2𝑟) ∙ 2𝑟𝑠𝑒𝑛𝜃
𝐴𝑂𝐴𝐵𝑇 = ⇒ 𝐴𝑂𝐴𝐵𝑇 = (4𝑟 − 2𝑟𝑐𝑜𝑠𝜃) ∙ 𝑟𝑠𝑒𝑛𝜃
2
𝐴𝑂𝐴𝐵𝑇 = 𝑟 2 (4𝑠𝑒𝑛𝜃 − 𝑠𝑒𝑛 (2𝜃))
Gabarito: “c”.
121. (ITA/1995)

O comprimento da diagonal de um pentágono regular de lado medindo 1 unidade é igual à raiz


positiva de:

a) 𝒙𝟐 + 𝒙 − 𝟐 = 𝟎

b) 𝒙𝟐 − 𝒙 − 𝟐 = 𝟎

c) 𝒙𝟐 − 𝟐𝒙 + 𝟏 = 𝟎

d) 𝒙𝟐 + 𝒙 − 𝟏 = 𝟎

e) 𝒙𝟐 − 𝒙 − 𝟏 = 𝟎
Comentários

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 287


Prof. Victor So

Como 𝐵Ô𝐶 e 𝐵Â𝐶 “enxergam” o mesmo segmento 𝐵𝐶, temos que 𝐵Â𝐶 = 𝐵Ô𝐶/2.
360°
𝐵Ô𝐶 = = 72° ⇒ 𝐵Â𝐶 = 36°
5
Δ𝐴𝐵𝐶 é isósceles, então 𝐴𝐵𝐶 ≡ 𝐴𝐶𝐵 ≡ 72°.
Vamos desenhar o pentágono regular e usar as relações métricas dos triângulos isósceles
que estão contidos nele:

Note que Δ𝐴𝐵𝐶~Δ𝐵𝐶𝐷, então, temos:


𝑥 1
= ⇒ 𝑥2 − 𝑥 − 1 = 0
1 𝑥−1
1 ± √5
𝑥=
2
Como 𝑥 > 0:
1 + √5
𝑥=
2
Analisando as alternativas, encontramos o gabarito na letra e.

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 288


Prof. Victor So

Gabarito: “e”.
122. (IME/2021)

Considere um trapézio de bases AB e CD, com o ponto I sendo a interseção de suas diagonais. Se as
áreas dos triângulos AIB e CID formados pelas diagonais são 9 cm 2 e 16 cm2, respectivamente, a área
do trapézio, em cm2, é:

a) Não é possível determinar por terem sido fornecidos dados insuficientes.

b) 63

c) 50

d) 49

e) 45
Comentários

As áreas verdes são iguais, pois possuem a mesma base e altura, basta ver [𝐴𝐵𝐷 ] = [𝐴𝐵𝐶 ]
ou [𝐴𝐷𝐶 ] = [𝐵𝐶𝐷 ].
Note que Δ𝐴𝐼𝐵~Δ𝐶𝐼𝐷, logo:
[𝐴𝐼𝐵 ] 9 𝑎 2 ℎ 2 𝑎 ℎ 3
= =( ) =( ) ⇒ = =
[𝐶𝐼𝐷] 16 𝑏 𝐻 𝑏 𝐻 4
Calculando-se a área dos triângulos ACD e ABD:
1
[𝐴𝐵𝐷 ] = 𝑆 + 9 = 𝑎(ℎ + 𝐻)
2
1
[𝐴𝐶𝐷] = 𝑆 + 16 = 𝑏 (ℎ + 𝐻)
2
Dividindo-se as relações:
𝑆+9 𝑎 3
= = ⇒ 4𝑆 + 36 = 3𝑆 + 48 ∴ 𝑆 = 12
𝑆 + 16 𝑏 4
A área do trapézio é 𝑆𝑇 = 2 ⋅ 12 + 9 + 16 = 49.

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 289


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Gabarito: D
123. (IME/2021)

Sejam os pontos 𝑫, 𝑬 e 𝑭 pertencentes, respectivamente, aos lados 𝑨𝑩, 𝑩𝑪 e 𝑨𝑪 do triângulo 𝑨𝑩𝑪,


tais que 𝑩𝑫 = 𝟑𝑨𝑫, 𝑨𝑭 = 𝟑𝑪𝑭 e 𝑪𝑬 = 𝟑𝑩𝑬. Sendo 𝑷 = 𝑨𝑬 ∩ 𝑪𝑫, 𝑸 = 𝑨𝑬 ∩ 𝑩𝑭 e 𝑹 = 𝑩𝑭 ∩ 𝑪𝑫,
[𝑷𝑸𝑹]
calcule [𝑨𝑩𝑪] .

Comentários
Do enunciado, temos a seguinte figura:

Nesse triângulo, temos diversas áreas. Precisamos encontrar uma relação para as áreas
envolvidas. Note que [𝐶𝐸𝑄] = 3[𝐵𝐸𝑄 ], pois 𝐶𝐸 = 3𝐸𝐵 e a altura desses triângulos é a mesma.
Analogamente, temos [𝑃𝐵𝐷] = 3[𝑃𝐷𝐴] e [𝐴𝑅𝐹 ] = 3[𝑅𝐶𝐹 ].
Aplicando o teorema de Menelaus no triângulo ACE e usando a reta 𝐵𝐹, temos:
𝑄𝐴 𝐸𝐵 𝐶𝐹
⋅ ⋅ =1
𝑄𝐸 𝐵𝐶 𝐹𝐴
Substituindo o valor dos segmentos:
𝑄𝐴 𝑎 𝑏
⋅ ⋅ = 1 ⇒ 𝑄𝐴 = 12𝑄𝐸
𝑄𝐸 4𝑎 3𝑏
Analogamente para o triângulo BCD e reta AE:
𝐶𝐸 𝐵𝐴 𝐷𝑃 3𝑎 4𝑐 𝐷𝑃
⋅ ⋅ =1⇒ ⋅ ⋅ = 1 ⇒ 𝑃𝐶 = 12𝐷𝑃
𝐸𝐵 𝐴𝐷 𝑃𝐶 𝑎 𝑐 𝑃𝐶
Analogamente para o triângulo ABF e reta CD:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 290


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𝐶𝐹 𝐴𝐷 𝐵𝑅 𝑏 𝑐 𝐵𝑅
⋅ ⋅ =1⇒ ⋅ ⋅ = 1 ⇒ 𝐵𝑅 = 12𝑅𝐹
𝐶𝐴 𝐷𝐵 𝑅𝐹 4𝑏 3𝑐 𝑅𝐹
Analisando o triângulo ABE, temos:
[𝐴𝐵𝑄 ] 𝑄𝐴 12𝑄𝐸
= = = 12 ⇒ [𝐴𝐵𝑄 ] = 12[𝐵𝐸𝑄 ] = 12𝑆1
[𝐵𝐸𝑄] 𝑄𝐸 𝑄𝐸
Analisando o triângulo ABC, temos:
[𝐴𝐶𝐸 ] 3𝑎
= = 3 ⇒ [𝐴𝐶𝐸 ] = 3([𝐴𝐵𝑄 ] + [𝐵𝐸𝑄]) = 3(12𝑆1 + 𝑆1 ) = 39𝑆1
[𝐴𝐵𝐸 ] 𝑎
Portanto, [𝐴𝐵𝐶 ] = 39𝑆1 + 13𝑆1 = 52𝑆1 .
Seja [𝐴𝐵𝐶 ] = 𝑆, logo:
𝑆
𝑆1 =
52
Fazendo de forma análoga para 𝑆2 e 𝑆3 , encontramos:
𝑆
𝑆2 = 𝑆3 =
52
Do triângulo ABE:
[𝐴𝐵𝐸 ] = 13𝑆1 ⇒ 𝑆1 + 4𝑆3 + 𝑆4 = 13𝑆3
𝑆 𝑆 𝑆 8𝑆 2𝑆
𝑆4 = 13
− −4 = =
52 52 52 52 13
Analogamente, temos 𝑆5 = 𝑆6 = 2𝑆/13. Portanto:
[𝐴𝐵𝐶 ] = 𝑆 ′ + 4(𝑆1 + 𝑆2 + 𝑆3 ) + (𝑆4 + 𝑆5 + 𝑆6 )
3𝑆 2𝑆
𝑆 = 𝑆′ + 4 +3⋅
52 13
12𝑆 6𝑆
𝑆− − = 𝑆′
52 13
𝑆(52 − 12 − 24)
= 𝑆′
52
𝑆 ′ 16 4
∴ = =
𝑆 52 13
[𝑃𝑄𝑅 ] 4
∴ =
[𝐴𝐵𝐶 ] 13
[𝑷𝑸𝑹] 𝟒
Gabarito: [ =
𝑨𝑩𝑪] 𝟏𝟑

124. (IME/2018)

Seja um heptágono regular de lado 𝒍 cuja menor diagonal vale 𝒅. O valor da maior diagonal satisfaz
a qual das expressões?
𝒍𝒅
a) 𝒅−𝒍

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 291


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𝒅𝟐
b) 𝒅−𝒍
𝒍𝒅
c) 𝒅+𝒍
𝒍𝟐
d) 𝒅+𝒍
𝟑𝒅
e)
𝟐

Comentários
O bizu nessa questão é desenhar as diagonais do polígono de modo a obter um
quadrilátero e aplicar o teorema de Ptolomeu:

Como o heptágono é regular, ele é inscritível em uma circunferência. Logo, o quadrilátero


𝐴𝐵𝐶𝐷 também é inscritível em uma circunferência. Assim, podemos aplicar o teorema de
Ptolomeu:
𝐴𝐶 ∙ 𝐵𝐷 = 𝐴𝐵 ∙ 𝐶𝐷 + 𝐴𝐷 ∙ 𝐵𝐶
𝑑𝑙
𝑑𝑥 = 𝑙𝑥 + 𝑑𝑙 ⇒ 𝑑𝑥 − 𝑙𝑥 = 𝑑𝑙 ⇒ 𝑥 =
𝑑−𝑙
Gabarito: “a”.
125. (IME/2017)

Dado um quadrado 𝑨𝑩𝑪𝑫, de lado 𝒂, marcam-se os pontos 𝑬 sobre o lado 𝑨𝑩, 𝑭 sobre o lado 𝑩𝑪,
𝑮 sobre o lado 𝑪𝑫 e 𝑯 sobre o lado 𝑨𝑫, de modo que os segmentos formados 𝑨𝑬, 𝑩𝑭, 𝑪𝑮, e 𝑫𝑯
𝟑𝒂
tenham comprimento igual a 𝟒 . A área do novo quadrilátero formado pelas interseções dos
segmentos 𝑨𝑭, 𝑩𝑮, 𝑪𝑯, e 𝑫𝑬 mede:
𝒂𝟐
a) 𝟐𝟓
𝒂𝟐
b) 𝟏𝟖

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 292


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𝒂𝟐
c) 𝟏𝟔
𝒂𝟐
d) 𝟗
𝟐𝒂𝟐
e) 𝟗

Comentários
De acordo com os dados do enunciado:

Queremos calcular a área do quadrilátero 𝑋𝑌𝑍𝑊.


Vamos analisar o quadrado maior. Note que os triângulos 𝐴𝐸𝐷, 𝐵𝐹𝐴, 𝐶𝐷𝐻, 𝐷𝐴𝐸 são
retângulos e congruentes, então, como a medida dos lados desses triângulos são iguais, temos:
̂ 𝐸 ≡ 𝐵𝐴̂𝐹 ≡ 𝐶𝐵̂𝐺 ≡ 𝐷𝐶̂ 𝐻 ≡ 𝛼
𝐴𝐷
𝐴𝐸̂ 𝐷 ≡ 𝐵𝐹̂ 𝐴 ≡ 𝐶𝐺̂ 𝐵 ≡ 𝐷𝐻
̂ 𝐶 ≡ 90° − 𝛼
Sendo 𝐴𝐵𝐶𝐷 um quadrado:
𝑋𝐴̂𝐷 ≡ 𝑌𝐵̂𝐴 ≡ 𝑍𝐶̂ 𝐵 ≡ 𝑊𝐷
̂ 𝐶 ≡ 90° − 𝛼

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 293


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Os triângulos 𝐴𝑋𝐸, 𝐵𝑌𝐹, 𝐶𝑍𝐺, 𝐷𝑊𝐻 são retângulos. Como 𝐴𝐹//𝐶𝐻 e 𝐷𝐸//𝐵𝐺 com 𝐴𝐻 =
𝐵𝐸 = 𝐶𝐹 = 𝐷𝐺, temos que 𝑋𝑌𝑍𝑊 possui lados iguais e, portanto, é um quadrado. Então, para
calcular sua área, temos que encontrar o valor do seu lado. Seja 𝑥 a medida do lado do quadrado
interior:

Note que Δ𝐷𝐴𝐸~Δ𝐻𝑀𝐴, então, pela semelhança dos triângulos:


𝑎
𝐴𝐻 𝐻𝑀 𝑥 𝑎
= ⇒ 4 = ⇒𝑥=
𝐷𝐸 𝐴𝐷 5𝑎 𝑎 5
4
𝑎2
∴ 𝐴𝑋𝑌𝑍𝑊 =
25
Gabarito: “a”.
126. (IME/2016)
𝒔𝒆𝒏(𝟐𝒙) 𝟏 𝝅
Seja a equação = 𝟐. As soluções dessa equação para 𝒙 ∈ [− 𝟐 , 𝝅] formam um polígono no
𝒕𝒈𝒙
círculo trigonométrico de área
√𝟑
a)
𝟐

b) √𝟑
𝟓√𝟑
c) 𝟖
𝟏
d) 𝟐

e) 𝟏
Comentários
Vamos encontrar as soluções da equação:
𝑠𝑒𝑛 (2𝑥) 1 2𝑠𝑒𝑛𝑥𝑐𝑜𝑠𝑥 1 2
1 1
= ⇒ 𝑠𝑒𝑛𝑥 = ⇒ cos 𝑥 = ⇒ cos 𝑥 = ±
𝑡𝑔𝑥 2 2 4 2
𝑐𝑜𝑠𝑥

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 294


Prof. Victor So

𝜋
Como 𝑥 ∈ [− , 𝜋], temos:
2
𝜋 𝜋 2𝜋
𝑥 ∈ {− ; ; }
3 3 3
Assim, o polígono formado é o seguinte triângulo retângulo:

A área desse triângulo é dada por:


1 1 √3 √3
( + )∙( + )
2 2 2 2 √3
𝐴= ⇒𝐴=
2 2
Gabarito: “a”.
127. (IME/2015)
Num triângulo 𝑨𝑩𝑪 isósceles, com ângulos iguais em 𝑩 e 𝑪, o seu incentro 𝑰 se encontra no ponto
médio do segmento de reta que une o seu ortocentro 𝑯 a seu baricentro 𝑮. O segmento de reta 𝑨𝑮
é menor que o segmento de reta 𝑨𝑯. Os comprimentos dos segmentos de reta 𝑯𝑰 e 𝑰𝑮 são iguais a
𝒅. Determine o perímetro e a área desse triângulo em função de 𝒅.
Comentários
A figura do enunciado é dada abaixo:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 295


Prof. Victor So

Sabendo que o incentro de um triângulo equidista de seus lados e que o baricentro divide
o seu segmento na razão 2: 1, temos:

𝐻𝑀 = 𝑧 ⇒ 𝐼𝑀 = 𝐼𝐸 = 𝑑 + 𝑧
𝐴𝐺 = 2𝐺𝑀 ⇒ 𝐴𝐺 = 2(2𝑑 + 𝑧) ⇒ 𝐴𝐺 = 4𝑑 + 2𝑧
Analisando as semelhanças de triângulos, temos:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 296


Prof. Victor So

𝐴𝐻 𝐴𝐼 6𝑑 + 2𝑧 5𝑑 + 2𝑧 (𝑑 + 𝑧)(6𝑑 + 2𝑧)
Δ𝐴𝐻𝐷~Δ𝐴𝐼𝐸 ⇒ = ⇒ = ⇒ 𝐻𝐷 =
𝐻𝐷 𝐼𝐸 𝐻𝐷 𝑑+𝑧 5𝑑 + 2𝑧
𝐴𝐼 𝐵𝐻 5𝑑 + 2𝑧 𝐵𝐻 𝑧(5𝑑 + 2𝑧)
Δ𝐴𝐼𝐸~Δ𝐵𝐻𝑀 ⇒ = ⇒ = ⇒ 𝐵𝐻 =
𝐼𝐸 𝐻𝑀 𝑑+𝑧 𝑧 𝑑+𝑧
𝐴𝐺 𝐴𝐼 4𝑑 + 2𝑧 5𝑑 + 2𝑧 (𝑑 + 𝑧)(4𝑑 + 2𝑧)
Δ𝐴𝐺𝐹~Δ𝐴𝐼𝐸 ⇒ = ⇒ = ⇒ 𝐺𝐹 =
𝐺𝐹 𝐼𝐸 𝐺𝐹 𝑑+𝑧 5𝑑 + 2𝑧
Como 𝐺 é baricentro do triângulo, temos:
𝐴𝐶 ∙ 𝐵𝐷 𝐴𝐶 ∙ 𝐺𝐹
𝑆𝐴𝐵𝐶 = 3 ∙ 𝑆𝐺𝐶𝐴 ⇒ =3∙ ⇒ 𝐵𝐷 = 3 ∙ 𝐺𝐹
2 2
Do segmento 𝐵𝐷:
𝐵𝐷 = 𝐵𝐻 + 𝐻𝐷 ⇒ 3 ∙ 𝐺𝐹 = 𝐵𝐻 + 𝐻𝐷
Substituindo o valor das variáveis, encontramos:
(𝑑 + 𝑧)(4𝑑 + 2𝑧) 𝑧(5𝑑 + 2𝑧) (𝑑 + 𝑧)(6𝑑 + 2𝑧)
3[ ]= +
5𝑑 + 2𝑧 𝑑+𝑧 5𝑑 + 2𝑧
Simplificando a equação:
3(𝑑 + 𝑧)2 (4𝑑 + 2𝑧) 𝑧(5𝑑 + 2𝑧)2 + (𝑑 + 𝑧)2 (6𝑑 + 2𝑧)
=
(5𝑑 + 2𝑧)(𝑑 + 𝑧) (5𝑑 + 2𝑧 )(𝑑 + 𝑧)
⇒ 6(𝑑2 + 2𝑑𝑧 + 𝑧 2 )(2𝑑 + 𝑧) = 𝑧(25𝑑2 + 20𝑑𝑧 + 4𝑧 2 ) + 2(𝑑2 + 2𝑑𝑧 + 𝑧 2 )(3𝑑 + 𝑧)
⇒ 6(2𝑑3 + 𝑑2 𝑧 + 4𝑑2 𝑧 + 2𝑑𝑧 2 + 2𝑑𝑧 2 + 𝑧 3 )
= 25𝑑2 𝑧 + 20𝑑𝑧 2 + 4𝑧 3 + 2(3𝑑3 + 𝑑2 𝑧 + 6𝑑2 𝑧 + 2𝑑𝑧 2 + 3𝑑𝑧 2 + 𝑧 3 )
⇒ 12𝑑3 + 30𝑑2 𝑧 + 24𝑑𝑧 2 + 6𝑧 3 = 39𝑑2 𝑧 + 30𝑑𝑧 2 + 6𝑧 3 + 6𝑑3
⇒ 6𝑑3 = 9𝑑2 𝑧 + 6𝑑𝑧 2
⇒ 2𝑧 2 + 3𝑑𝑧 − 2𝑑2 = 0
Escrevendo 𝑧 em função de 𝑑:
−3𝑑 ± √25𝑑2 −3𝑑 ± 5𝑑 𝑑
𝑧= ⇒𝑧= ⇒𝑧=
4 4 2
Dessa forma, temos a seguinte situação:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 297


Prof. Victor So

Aplicando o teorema de Pitágoras no triângulo 𝐴𝐺𝐹:


5𝑑 2 5√15
(5𝑑 = ( ) + 𝐴𝐹 2 ⇒ 𝐴𝐹 =
)2 𝑑
4 4
Pela semelhança de triângulos:
5√15 15𝑑
𝐴𝐹 𝐴𝑀 𝑑 √15𝑑
Δ𝐴𝐺𝐹~Δ𝐴𝐶𝑀 ⇒ = ⇒ 4 = 2 ⇒ 𝑀𝐶 = ⇒ 𝑥 = √15𝑑
𝐺𝐹 𝑀𝐶 5𝑑 𝑀𝐶 2
4
Aplicando o teorema de Pitágoras no Δ𝐴𝑀𝐶:
2
15𝑑 2 √15𝑑
𝐴𝐶 = 𝐴𝑀 + 𝑀𝐶 ⇒ 𝐴𝐶 = √(
2 2 2
) +( ) ⇒ 𝐴𝐶 = 2√15𝑑 = 𝑦
2 2
Portanto, o perímetro e a área do triângulo 𝐴𝐵𝐶 são dados por:
2𝑝 = 𝑥 + 2𝑦 ⇒ 2𝑝 = 5√15𝑑
15𝑑
𝐴𝑀 ∙ 𝐵𝐶 ( 2 ) (√15𝑑) 15√15𝑑2
𝑆𝐴𝐵𝐶 = = ⇒ 𝑆𝐴𝐵𝐶 =
2 2 4
𝟏𝟓√𝟏𝟓𝒅𝟐
Gabarito: 𝟐𝒑 = 𝟓√𝟏𝟓𝒅 𝐞 𝑺𝑨𝑩𝑪 =
𝟒

128. (IME/2015)

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 298


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Seja um trapézio retângulo de bases 𝒂 e 𝒃 com diagonais perpendiculares. Determine a área do


trapézio.
𝒂𝒃
a) 𝟐

𝒂+𝒃 𝟐
b) ( )
𝟐
𝒂+𝒃
c) ( ) √𝒂𝒃
𝟐
𝟐𝒂+𝒃
d) ( ) √𝒂𝒃
𝟐

𝒂+𝒃
e) √( ) 𝒂𝟐 𝒃
𝟐

Comentários
Supondo 𝑎 < 𝑏, sendo as diagonais perpendiculares e o trapézio retângulo, temos:

Note que Δ𝐴𝐶𝐷~Δ𝐵𝐴𝐷, então, pela semelhança de triângulos:


𝐴𝐷 𝐶𝐷 ℎ 𝑎
= ⇒ = ⇒ ℎ = √𝑎𝑏
𝐴𝐵 𝐴𝐷 𝑏 ℎ
A área do trapézio é dada por:
(𝑎 + 𝑏)√𝑎𝑏
𝐴𝐴𝐵𝐶𝐷 =
2
Gabarito: “c”.
129. (IME/2011)

Seja o triângulo retângulo 𝑨𝑩𝑪 com os catetos medindo 𝟑 𝒄𝒎 e 𝟒 𝒄𝒎. Os diâmetros dos três
semicírculos, traçados na figura abaixo, coincidem com os lados do triângulo 𝑨𝑩𝑪. A soma das áreas
hachuradas, em 𝒄𝒎𝟐 , é:

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 299


Prof. Victor So

a) 6

b) 8

c) 10

d) 12

e) 14
Comentários
O triângulo retângulo 𝐴𝐵𝐶 possui catetos de 3 𝑐𝑚 e 4 𝑐𝑚, então, a hipotenusa é igual a
5 𝑐𝑚.

De acordo com a figura, temos:


𝐴𝐶 2
𝜋( ) 𝜋 3 2 9𝜋
𝑆2 + 𝑆5 = 2 = ( ) ⇒ 𝑆2 + 𝑆5 =
2 2 2 8
𝐴𝐵 2
𝜋( ) 𝜋 4 2
𝑆3 + 𝑆4 = 2 = ( ) ⇒ 𝑆3 + 𝑆4 = 2𝜋
2 2 2
𝐴𝐶 ∙ 𝐴𝐵 3 ∙ 4
𝑆1 = = =6
2 2
𝐵𝐶 2
𝜋( ) 𝜋 5 2 25𝜋
𝑆1 + 𝑆2 + 𝑆3 = 2 = ( ) ⇒ 𝑆1 + 𝑆2 + 𝑆3 =
2 2 2 8
𝑆4 + 𝑆5 = (𝑆2 + 𝑆5 ) + (𝑆3 + 𝑆4 ) + 𝑆1 − (𝑆1 + 𝑆2 + 𝑆3 )

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 300


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9𝜋 25𝜋
𝑆4 + 𝑆5 = + 2𝜋 + 6 − ⇒ 𝑆4 + 𝑆5 = 6
8 8
Gabarito: “a”.
130. (IME/2010)

Seja 𝑨𝑩𝑪 um triângulo de lados 𝑨𝑩, 𝑩𝑪 e 𝑨𝑪 iguais a 26, 28 e 18, respectivamente. Considere o
círculo de centro 𝑶 inscrito nesse triângulo. A distância 𝑨𝑶 vale:
√𝟏𝟎𝟒
a) 𝟔
√𝟏𝟎𝟒
b)
𝟑
𝟐√𝟏𝟎𝟒
c) 𝟑

d) √𝟏𝟎𝟒

e) 𝟑√𝟏𝟎𝟒
Comentários
De acordo com o enunciado, temos:

Calculando o valor de 𝑥:
𝐵𝐶 = 28 ⇒ 26 − 𝑥 + 18 − 𝑥 = 28 ⇒ 2𝑥 = 44 − 28 ⇒ 𝑥 = 8
Podemos calcular o valor da área do triângulo usando a fórmula de Heron:
𝐴𝐴𝐵𝐶 = √𝑝(𝑝 − 𝑎)(𝑝 − 𝑏)(𝑝 − 𝑐)
26 + 28 + 18
2𝑝 = 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 ⇒ 𝑝 = = 36
2
𝐴𝐴𝐵𝐶 = √36(36 − 28)(36 − 18)(36 − 26) = √36(8)(18)(10) = 72√10
Sabendo que 𝐴𝐴𝐵𝐶 = 𝑝𝑟, temos:
𝐴 = 𝑝𝑟 ⇒ 72√10 = 36𝑟 ⇒ 𝑟 = 2√10
Aplicando o teorema de Pitágoras no triângulo 𝐴𝑂𝑇2 :

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 301


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2
𝐴𝑂2 = 𝑥 2 + 𝑟 2 ⇒ 𝐴𝑂 = √82 + (2√10) ⇒ 𝐴𝑂 = √104

Gabarito: “d”.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS DA AULA


Finalizamos um assunto muito cobrado nas provas militares. É muito provável que tenha
algumas questões de geometria plana no seu vestibular.
Nessa aula, é importante saber trabalhar com polígonos e como calcular as medidas dos
lados e os ângulos internos dessas figuras. No tópico de áreas, você deve memorizar as fórmulas
das áreas das figuras planas e saber como resolver questões envolvendo esse tema.
Tente resolver todas os exercícios ao longo da teoria e dos vestibulares anteriores, sempre
que tiver dúvidas consulte a resolução ou comentários das questões.
Nunca deixe uma dúvida sua passar! Caso isso aconteça, entre em contato conosco pelo
fórum de dúvidas ou se preferir:

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] Dolce, Osvaldo. Pompeo, José Nicolau. Fundamentos de matemática elementar, 9: geometria
plana. 9. ed. Atual, 2013. 456p.
[2] Morgado, Augusto César. Wagner, Eduardo. Jorge, Miguel. Geometria I. 5 ed. Livraria Francisco
Alves Editora, 1990. 151p.
[3] Morgado, Augusto César. Wagner, Eduardo. Jorge, Miguel. Geometria II. 1 ed. FC & Z Livros,
2002. 296p.
[4] Pinheiro, Plácido Rogério. O Círculo dos 9 pontos. Disponível em:
<https://www.rpm.org.br/cdrpm/14/12.htm>

AULA 10 – GEOMETRIA PLANA IV 302

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