Linda Kage - Forbidden Men 02 - To Professor With Love

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PARA

PROFESSORA,
COM AMOR
“To Professor, with Love”

Série Forbidden Men


Livro 02

LINDA KAGE
EQUIPE PÉGASUS
LANÇAMENTOS

Tradução: Cartaxo
Revisão Inicial: Kaah Dias ,
Anna Azulzinha
Revisão Final: Grasiele Santos
Leitura Final: Paixon
Formatação: Lola
SINOPSE
Terceiro ano da faculdade, atleta estrela, e atenção constante
do sexo oposto.

Neste campus, sou adorado. Enquanto a 700 milhas de


distância, na minha cidade natal, eu ainda sou o lixo do parque de
trailer, filho da vagabunda da cidade, e irmão mais velho de três
filhos que estão contando comigo para manter minhas coisas para
que eu possa tira-los da mesma vida de merda que eu cresci.

Esses dois lados opostos do mesmo nunca se misturam


até que uma pessoa recebe um vislumbre do verdadeiro eu. Eu
nunca esperava ficar com alguém assim ou querer mais do que uma
noite. Isso poderia ser algo real.

O problema é que ela é a minha professora de literatura,


Dra. Kavanagh.

Se eu começar qualquer coisa com um professor e formos


pegos juntos, eu poderia muito bem dar um beijo de adeus a todo o
meu futuro, assim como minha família e, especialmente, Dra.
Kavanagh. Só que às vezes vale a pena arriscar tudo por amor. Ou
pelo menos, é melhor valer, porque eu não posso resistir muito.
CAPÍTUL
O UM
"Comece pelo começo", disse o rei, muito grave, "e vá em frente
até você chegar ao fim: então pare." - Lewis Carroll, Alice no País
das Maravilhas

NOEL

Estava com náuseas enquanto olhava para o papel


na minha mão de repente úmida.

Ela me deu outro D. Eu realmente tentei. Eu plantei


minha bunda em uma cadeira, concentrei toda a minha
atenção na tarefa e escrevi cinco páginas de merda que foram
necessários. Não havia uma única linha plagiada por todo o
trabalho.

E tudo foi para outra porra de um D?

— Inacreditável, — eu disse em voz baixa.

— Você disse algo, Sr. Gamble?

Eu levantei o rosto do grande D vermelho no meu


trabalho para encontrar as sobrancelhas escuras arqueadas
em um ar presunçoso. Um olhar verde astuto me penetrou,
me desafiando a questionar a minha pontuação.

Ergui meu queixo, balancei a cabeça, o pescoço tão


rígido da mentira que eu mal consegui mover.

— Não, — eu disse, minha voz baixa o suficiente foi


quase inaudível.

— Não disse nada. — Não é uma coisa maldita.

Drª. Kavanagh me olhou um segundo mais, com


sua expressão triunfante. Eu sabia que meu olhar estreito e
dentes cerrados alimentaram seu ego, mas eu não poderia
ajudar. Eu também não poderia evitar o jeito que meus olhos
estúpidos, traindo homem-prostituta, foram procurando a
bunda dela quando ela se virou e continuou a linha entre as
mesas para distribuir o resto de seus trabalhos corrigidos.
Felizmente, a bainha de seu paletó desalinhada mergulhou
para baixo para cobrir a parte de trás de sua saia,
escondendo qualquer curva feminina que ela possa ter,
porque eu não tenho certeza se eu apreciaria uma bela bunda
no momento.

Mas negar esta exibição somente me irritava mais,


é claro que ela daria um indivíduo uma nota ruim e depois
negaria o prazer de olhar uma boa bunda arredondada. Não
importa o quão ridículo ela esteja com aquele vestido que
parece ter saído do armário da vovó, uma bunda é uma
bunda, e eu queria um vislumbre. Culpe meu cromossomo Y.

Vendo as enormes ombreiras e mangas


arregaçadas até os cotovelos, eu estava tentado a dizer que os
anos oitenta chamaram, querendo seu blazer de volta.
Provavelmente a turma iria explodir em uma risada irônica. E
talvez até mesmo a fizesse corar ou alguma merda, o que com
certeza me faz sentir melhor para o jeito que ela tinha
acabado de me humilhar. Olho por olho e tudo isso. Mas
minha mandíbula se recusou a abrir o suficiente para formar
palavras.

Sério, como ela ousa me dar outro D depois de todo o


trabalho que eu coloquei em sua atividade estúpida? Será
que ela percebe o quão duro eu tentei, o quanto eu precisava
de uma pontuação decente?

— Psst. Hey, Gam. — Oren Tenning, meu receptor de


primeira-linha favorito e companheiro de quarto, inclinou
sobre a mesa para chamar minha atenção.

— Como você foi?

Revirei os olhos no símbolo universal de não pergunte.

— Você?

— Outro C. Juro Kavanagh tem medo de dar um A.

— Eu tenho um A. — Sidney Chin, animal de estimação


da professora, volta ao seu lugar balançando seu trabalho
alegremente na nossa cara.

Como a letra vermelha no topo de seu ensaio brilhou,


notei que era também um sinal de mais ao lado. Não havia
nenhuma marca tão positivo ao lado do meu D.

Tenning bufou.
— Isso é porque você tem peitos, mel. Eu juro por Deus,
Kavanagh deve ser lésbica. Ela não dá um A para qualquer
um com um pau, especialmente se ele está no time de
futebol.

Estremeci com sua réplica ofensiva, imaginando


quanto tempo levaria antes que um de seus comentários
estúpidos o colocasse em apuros, assim como eu
silenciosamente concordava sobre a parte de futebol do que
ele disse. Kavanagh me tratava como um atleta burro desde o
momento em que ela descobriu que eu era quarterback da
universidade, estava completamente fora de questão que eu
era um atleta e não muito habilidoso academicamente. Mas
eu tentei, dane-se. Não era como se eu deixasse de lado o
trabalho para fazer coisas melhores. Eu coloquei um grande
esforço para alcançar uma melhor nota.

Será que ela tem que esfregar tão alegremente


minhas deficiências na minha cara?

— Se alguém tiver dúvidas sobre sua nota, sinta


livre em me ver depois da aula. — Sua voz se elevou acima
das conversas abafadas ecoando pela sala, me fazendo revirar
os olhos.

Okay, certo. Eu aposto que eu poderia ir vê-la


sobre a minha pontuação. Ela provavelmente vai transformar
o meu D em um F se eu questionar sua santa opinião. Mas
Jesus Cristo, o que eu vou fazer agora?

Esfrego minha testa quando começa uma dor de


cabeça, eu tentei me acalmar, porque esse não era o fim do
mundo ainda. Era só março. Eu ainda tinha tempo para
consertar minha nota, mas santo inferno. Com cada papel
que eu escrevi nesta classe, eu ia colocar o dobro do esforço,
apenas para obter metade da pontuação. Eu ia perder minha
bolsa de estudos se eu não tirar pelo menos um C em
Literatura Americana Moderna. E eu precisava desta bolsa de
estudos. Mais do que eu precisava de outra coisa.

— Desde que terminamos O Grande Gatsby agora,


vamos começar com As Vinhas da Ira de John Steinbeck. Eu
quero que todos leiam as primeiras cem páginas e façam
algumas notas sobre como o tema de mudar seus sonhos é
importante no texto. Vamos discutir as suas conclusões na
próxima vez que nos encontrarmos.

Enquanto ela falava sobre o simbolismo e outra


merda não escrito de professor que eu não entendo, eu abri o
livro na parte de trás, onde biografias foram mantidas para
que eu pudesse verificar detalhes de Steinbeck. Quando
percebi o bom e velho John nasceu em 1902, eu bufo. Que
parte de mais de um século de idade fez esta literatura
moderna? Jesus.

—... E com isso, eu espero que todos tenham um grande


fim de semana. — A voz da Dra. Kavanagh bate contra
minhas têmporas já doendo.

— Vejo vocês na próxima terça-feira.

Oh, eu tinha certeza de que ela teria um grande fim de


semana. Ela estava prestes a arruinar a vida de seu aluno
menos favorito. Tudo estava só flores em seu lado da história.
Enquanto as pessoas ao meu redor pegam suas
coisas, eu empurrei meu trabalho inútil para o fundo da
minha bolsa junto com meu livro de Inglês, perguntando por
que eu sequer me preocupei em tentar. Quem eu estava
enganando? Eu não fui feito para me formar na faculdade. Eu
já estava desafiando o destino, indo tão longe. Você é um
ninguém. As vozes de todos os meus professores do ensino
fundamental e do ensino médio ecoou através de mim. Você
nunca vai ser nada na vida, assim como sua mãe prostituta é
o lixo do parque de trailers.

— Hey, Noel baby. — A voz feminina e suave me assusta


e me faz levantar a cabeça quando me aproximo da saída.

Eu não posso dizer que fiquei desapontado ao descobrir


um par de fãs de futebol vindo até mim, mas, hum, eu não
sabia que compartilhei esta classe com estas duas garotas.
Na verdade, eu me perguntava se elas ainda têm aulas de
Literatura Americana Moderna ou se elas estavam aqui
apenas para me ver. Não seria a primeira vez que meninas
aleatórias tinham me seguido em uma classe que não
participam. É o tipo que vem com a minha imagem.

— Você parece deprimido. — Tianna Moore passou a


mão suavemente pelo meu braço quando ela veio ao meu
lado.

— O que está errado, bonito?

Tianna era uma groupie experiente, e eu fiquei com ela


algumas vezes. Encostando-se a ela, eu aproveitei toda a
simpatia que eu poderia receber.
— Eu não consegui a nota que esperava no meu teste.

— Oh, que triste. — Seus dedos passam por meu


cotovelo, então meu ombro. Quando eles desembarcaram no
meu pescoço onde ela segurou a parte de trás da minha
cabeça, e balançava mais perto.

— Quer que melhore tudo para você com beijos?

Exalando um suspiro triste, eu dei de ombros.

— Você poderia tentar, eu acho. — Ela tocou seus lábios


nos meus, e eu deixei.

Eu amei a sensação quente e úmida de qualquer coisa


feminina. Quando ela abriu a boca e pressionou sua língua
na minha, eu gentilmente pressionei a minha língua... Meu
pau agitado com um zumbido agradável e eu coloquei o lado
do rosto dela para continuar o contato antes que outro par de
mãos me agarrou e me puxou para longe.

— Eu também quero beijar para deixar tudo muito


melhor, Noel.

Eu não vou decepcionar uma garota pedindo para me


beijar, eu virei longe de Tianna para olhar para a segunda
menina. Eu conhecia o rosto dela, mas não conseguia
lembrar o nome. Uma imagem vaga, borrada dela em alguma
celebração selvagem depois do jogo me disse que eu poderia
ter ficado com ela também, mas eu não tinha certeza.

Curioso se eu me lembrava de seu beijo, desde que eu


era uma espécie de conhecedor de beijos e poderia sempre
recordar uma boca notável, eu inclinei para a ruiva e a deixei
envolver os braços ao redor do meu pescoço antes dela me
beijar.

Eles não eram lembranças agradáveis, mas ela era


mais entusiasmada que Tianna, me fazendo pensar que
talvez eu não tenha a fodido, mas queria fazer, daí a razão de
resumir como realizações ansiosamente orais. E ela não
recebeu um D.

Uma tosse afiada atirou um raio de pura


testosterona para baixo no meu pau, fazendo com que todas
as terminações nervosas que eu possuía rangessem como um
fio de eletricidade vivo. Eu me afastei da gostosa número
dois, piscando de volta à realidade, curioso para descobrir a
fonte do som que era estranhamente estimulante... Até que
eu olhei em direção ao pódio do instrutor.

Dr. Kavanagh olhou para nós três se beijando na


sua sala de aula com os olhos estreitos e a boca apertada
com desaprovação completa. A visão deveria ter encolhido
minha excitação como um balde de água gelada direto para o
meu pau, mas de forma alarmante, vendo ela me ver chupar
alguma língua de outra garota só me fez crescer mais.

Não pela primeira vez, eu me perguntava quantos


anos ela tinha. Vinagre e urina deve realmente preservar um
corpo, porque não havia nenhuma maneira que ela poderia
ser tão jovem como parecia. Eu definitivamente a pegaria se
fosse um estranho num bar. Sem uma ruga à vista, seus
lábios tinham aparência de inexperientes sobre eles,
parecendo jovem... E incrivelmente beijável.
O que era um pensamento inesperado e
perturbador que queria apagar de meu cérebro com ácido e
uma escova de aço. Que aberração pensa em sua professora
mais detestada desta maneira? Ainda assim, aquela boca
faltava linhas de expressão que teria em uma mulher mais
velha. Ela tinha que estar em seus vinte anos. Embora não
poderia ser possível.

— Desculpe. — Eu sorri enquanto eu enrolava


meus braços em torno de ambas, Tianna e sua amiga, e saia
da sala de aula.

Kavanagh poderia ser como qualquer outra


educadora na minha vida que disse que eu era uma merda,
mas aqui, neste mundo, eu era um rei, e eu precisava de
minhas groupies para ajudar a lembrar disso. As meninas
riram e se aconchegaram em torno de mim, mais do que
dispostas.

— Quer vir almoçar conosco, Noel? — Tianna


perguntou, esfregando minhas costas, enquanto sua amiga
passava a mão sobre meu peito.

— Temos algo especialmente saboroso para você em


nosso quarto. — Sua companheira riu com o duplo sentido
não tão escondido.

— Você está em... Sanduíches... Não é?

Oh, maldito. Um trio. Eu estava tentado. Quer dizer, que


cara não seria? Um par de horas debaixo das cobertas com
um par de belezas sem qualquer compromisso iria acalmar
meus nervos, também, mas... Eu estremeci.
— Eu realmente não posso. Eu tenho outra aula que
não posso perder. — Eu não podia dar ao luxo de reprovar
em um curso, muito menos dois.

— Tem certeza? — A ruiva perguntou, seus dedos


arrastando para baixo agora.

— Nós faríamos valer a pena.

Eu peguei a mão dela para ela não mudar minha mente,


quando meu celular vibrou no bolso da minha calça jeans.
Ofereci outro sorriso pedido de desculpas e deu de ombros.

— Sinto muito, querida, mas... Outro dia? — Por favor.

Seu sorriso largo foi instantâneo.

— Claro.

— Tudo bem então. Estou ansioso para isso. —


Sorrindo, eu dei um tapa na bunda, saindo. Tianna passou o
braço com a ruiva e as duas meninas se afastaram.

Com um suspiro melancólico, eu roubei um momento


para apreciar seus traseiros firmes nas calças apertadas
como eu cegamente peguei meu telefone. Eu atendi, incapaz
de tirar meu olhar do lanche que eu tinha acabado dispensar.

— O que foi? — Enquanto falava, meus olhos seguiam


os quadris balançando. Talvez eu possa encontrá-las mais
tarde, porque sério... Um trio.

— Noel. — A garota do outro lado da linha chiou.

— Colton está doente. Ele não vai comer ou sair da


cama. Eu não sei o que fazer.
Me alarmei, fúria instantânea, rugiu através de mim,
imediatamente rasgando meus pensamentos longe de sexo.

— O que está errado?

Eu coloquei um dedo no meu ouvido e virei de costas


para o campus para fugir para a calçada. A sombra de uma
pequena árvore crescendo por uma fileira de cobertura
perfeitamente aparadas não forneceu a privacidade eu teria
gostado, mas ele teria que servir.

— Eu não sei. Ele tem uma febre de quarenta graus e


diz que sua garganta dói. — Fechei os olhos e esfreguei meu
rosto. Porra.

— Você ligou para o médico? Será que ele bebeu


bastante líquidos? Onde está a mamãe?

— Eu não sei. — Caroline explodiu em uma rodada de


soluços.

— Ela não tem vindo para casa durante toda a semana.


Colton implorou para não ir à escola ontem e já que ele ainda
não tinha faltas este ano, eu pensei que estaria ok. Mas ele
está pior hoje .

— Ok, ok. — Por força do hábito, eu levantei a minha


mão para parar, mesmo sabendo que ela não podia me ver.

— Ele vai ficar bem. Se acalme. Ele provavelmente tem


inflamação de garganta ou algo parecido. Veja se você pode
dar algum Tylenol e água, vai baixar essa febre. Vou entrar
em contato com o médico e descobrir se eles podem vê-lo
hoje. Ligo de volta em alguns minutos. — Eu desliguei minha
irmã antes que ela pudesse acumular mais merda em mim.

Caroline foi forçada a assumir muita responsabilidade


depois que eu saí de casa, mas eu estava fazendo tudo, a
faculdade e procurando ser selecionado por uma equipe da
NFL para eles, para que eu pudesse cuidar dela e dos nossos
dois irmãos mais novos. Porque a nossa mãe com certeza
não dava a mínima.

Aliviado eu guardei o número do pediatra do Colton no


meu telefone depois do ano passado quando ele pegou
catapora, eu liguei para a recepcionista e estava grato que
eles poderiam encaixar para tarde uma consulta. Quando
liguei para a minha irmã de volta, ela parecia mais calma.

— Obrigada, Noel. Desculpe por enlouquecer. Eu só...

— Ei, não há desculpas. Eu sei o que é, lembra? E é por


isso que estou aqui. Apenas me deixe saber o que o médico
diz. Oh, e espera, você tem algum dinheiro para a consulta ou
os remédios que eles vão prescrever?

Ela suspirou.

— Sim. Eu tenho....

Eu estremeci. A partir de seu tom relutante, eu sabia


que ela teria que tirar de seu esconderijo privado que
escondeu da mãe. Isso era o que eu sempre tinha que fazer.

— Você estava economizando para que?

— Nada, — ela murmurou.


— Caroline. — A advertência na minha voz a fez
suspirar novamente.

— Eu só... Há um baile que vai ter na escola. E Sander


Scotini me convidou para ir. Eu estava pensando em comprar
um vestido novo.

— Espere, espere, espere. — Eu balancei minha mão


para detê-la.

— Calma. Sander quem? Eu conheço esse garoto? Por


que eu nunca ouvi falar dele antes? Ele é seu namorado ou
apenas um encontro para esse baile?

— Noel. — Eu praticamente podia a ver revirando os


olhos, mas eu não me importei. Ele me irritava que esta foi a
primeira vez que eu estava ouvindo dela e um cara. Eu não
gosto da ideia de qualquer pau com tesão farejando minha
inocente irmãzinha.

— E você disse Scotini? Como em Terrance Scotini, o rei


do pneu? — Um visual dos anúncios publicitários que eu
assisti na TV quando eu estava crescendo, passou pela
minha cabeça.

Terrance Scotini gostava de passear por sua loja,


vestindo uma capa imbecil e coroa, dizendo a seu público
para fazer compras em sua loja para todas as necessidades
automotivas.

— Seu filho, — Caroline calmamente admitiu.

Os cabelos na parte de trás do meu pescoço arrepiam


com preocupação. Eu sabia que minha irmã tinha quase
dezoito anos e era quase legalmente um adulto, mas ela
ainda era minha irmã mais nova. Sempre seria. Eu não
queria o filho de algum idiota rico pensando que ela entregou
tudo de graça, só porque ela era filha de Daisy Gamble.

— É ele

— Ele é bom, — ressaltou.

— E ele gosta de mim por mim, tudo bem. Eu sei o que


você está pensando.

— O Quê? Que nenhum pedaço de merda idiota nunca


vai ser bom o suficiente para a minha irmã?

Ela riu.

— Sim. Algo parecido.

— E quanto a seus pais. — Eu pressionei, ainda não


gostando da ideia, no mínimo.

— Eles estão bem com tudo isso? Porque se eles a


tratarem com nada menos do que o respeito absoluto, eu vou
explodir. — Depois de uma pausa tranquila, Caroline
admitiu:

— Eu acho que eles não sabem.

Eu gemi.

— Car… — Sua situação já tinha problemas escrito tudo


sobre ele.

— Não, — ela implorou.

— Por Favor. É só um baile. Ele é legal e divertido, e eu


sei que nós teríamos um bom tempo juntos. Isso é tudo.
Isso não foi nem perto de ser tudo. Eu não nasci ontem.
Eu sabia que se algum punk, babaca da escola estava
desafiando seus pais para levar a menina pobre do parque de
trailers para um baile, tem que ter muito mais acontecendo.
Estava pronto para emprestar a caminhonete do meu
companheiro de quarto e dirigir as onze horas e meia de volta
para casa para que eu pudesse chutar a bunda rica de
Scotini.

Mas eu não queria uma irmã miserável. Eu queria que


ela tivesse tanto divertimento em sua desgastada vida sem
esperança quanto possível. Proibindo de assistir a um baile
não iria colocar um sorriso no seu rosto. Além disso, ela
provavelmente iria de qualquer maneira, e desde que eu
estava a 700 milhas de distância, eu não podia exatamente
impedir.

Esfreguei os lados de minhas têmporas doloridas, eu me


forcei a me acalmar. Era melhor jogar de amigo do que irmão
mais velho imbecil; Dessa forma, ela viria para mim se ela
estiver em apuros.

— Ok. Tudo certo. Mas você me deixe saber se alguma


coisa acontecer, certo? — Porra, eu era um covarde.

— Claro. — Eu poderia dizer que ela estava sorrindo, o


que ajudou a afrouxar o nó no meu peito.

Eu balancei a cabeça e virei em direção ao campus, não


estou pronto para enfrentar os obstáculos em minha própria
vida, mas estou determinado a fazer de qualquer maneira.
— Me diga o quanto você tem para gastar hoje também.
Vou me certificar de que você será reembolsada antes do
baile. Tudo bem?

— Ok. Obrigada. Você é o melhor irmão mais velho,


Noel. — Rindo, eu me mudei para a calçada.

— E não se esqueça. Cuide de Colton para mim.

Sorri quando eu desliguei, embora uma dor pesada


perfurou meu peito. Conversar com um dos meus irmãos
sempre faz eu me perder em casa.

Ok, eu não perdi exatamente o buraco no trailer o único


onde eu costumava dormir cada noite, sempre preocupado
com que tipo de problema minha mãe poderia levar para
casa, se ela sequer se preocupar em voltar para casa, mas eu
com certeza perdi os três filhos menores de idade que ainda
estão presos lá. Meu sorriso vacilou.

Empurrando para baixo a culpa de que não pela


primeira vez, sentindo que eu abandonei eles, eu percebi que
esqueci de perguntar sobre Brandt. Em seu telefonema
anterior, Caroline foi assustada por um par de bandidos de
cerca de treze anos que estavam de vadiagem. A última coisa
que precisava era que o nosso irmão do meio fosse pego por
drogas ou uma gangue. Ou ambos. Jesus. Essa seria a minha
sorte.

— Ei, Gamble. Espere.

Ouvindo o grito, eu me encolhi, pensando em que


catástrofe me atacaria agora. Meu karma de merda
geralmente vem em grupos de três, e desde que eu precisava
de algo mais para igualar o placar, eu me preparei para o
último item entrar em sintonia com meu D e os irmãos
preocupantes.

Quando me virei, no entanto, só encontrei Quinn


Hamilton, um calouro, correndo para me alcançar. Eu
relaxei.

— Ei cara. O que está acontecendo?

— Eu queria saber se você vai para a sessão de treino


hoje à noite ou de manhã?

Durante a temporada, o time de futebol tinha


sessões obrigatórias para treinar na sala de musculação.
Desde que eu trabalhava todas as noites em que eu estava
disponível, eu normalmente optei por treinos da manhã antes
da aula. Ele só me proporcionou três ou quatro horas de sono
nas noites em que trabalhei, mas para manter a minha bolsa
de estudos, o sono foi subestimado. Eu tinha três pessoas
muito especiais que dependem de mim para mantê-los
juntos.

— Eu sou um madrugador, você não sabia? — Em jeito


de brincadeira bati em seu ombro com a mentira. Eu nunca
tinha sido madrugador. Eu odiava manhãs. Eu dormiria em
todos os dias se eu pudesse.

— Legal. Eu também. — Quinn coçou a parte de trás do


seu pescoço e olhou para longe, deixando saber que ele tinha
algo mais importante a falar.

— E eu estava esperando que você poderia — Se você


queria, — hum, me mostrar um par de técnicas de jogo.
Eu levantei minhas sobrancelhas. Merda. Foi este
karma ruim número três?

— O Quê? Você quer ajuda para roubar a minha


posição?

Apesar de um fio de pavor e pânico me pegar sem saber,


eu sorri e joguei meu braço em torno do ombro de Quinn
para que ele soubesse que eu estava brincando, mas,
honestamente, eu não queria concorrência. Eu já tinha uma
segunda e terceira QB babando para ter o meu lugar. O que
era pior, Hamilton tinha uma porra de talento, e eu podia vê-
lo fazer um quarterback melhor do que o local que ocupo
agora. Ele nunca tinha se encaixado perfeitamente no
final. Enquanto ele não for melhor do que eu, eu poderia
lidar com isso. Quinn corou e abaixou a cabeça.

— Joguei e era quarterback na escola, — ele admitiu.

— Ei, isso é legal. — Eu apertei seu ombro para


tranquilizá-lo.

— Você precisa fazer o que é melhor para você. Quem


sabe? Se a Drª. Kavanagh não tiver nada a dizer sobre isso,
estou bem para ser academicamente demitido. Nós
definitivamente precisamos de outro QB então.

O calouro piscou até que ele percebeu que eu estava


brincando... Ou, pelo menos, meio brincando. Então ele
sorriu.

— Você tem uma classe com Kavanagh, também? Cara,


ela é dura.
— Sim, — eu concordei sinceramente, — uma cadela
raivosa. — Não que eu realmente considerava uma cadela por
dizer. Ela era apenas resistente e preso por suas armas em
uma sala de aula, que eu meio que respeitava. Mas foi muito
mais fácil culpá-la por minhas notas baixas do que admitir
que eu não era inteligente o suficiente. Então sim. Vamos
chamá-la de puta.

De perto, alguém soltou uma tosse chocada,


pulverização catódica.

Porra. Por alguma razão, eu sabia que não seriam


necessárias três chances para descobrir quem acabou de me
ouviu. Digite o karma número três. Já temendo o que eu ia
descobrir, eu olhei em volta para ver Kavanagh caminhando
ao longo do caminho diretamente atrás de nós.

Eu poderia realmente ver o meu D diminuir para um F


assim como seu olhar de olhos verdes virou para mim. Bem,
merda. O que quer que aconteceu depois, eu me recusei a
deixar ver quão horrível que eu sentia por ela ouvir o que eu
acabei de dizer.
CAPÍTULO
DOIS

“Ela olhou para agradáveis jovens como se ela pudesse sentir

o cheiro sua estupidez”

- Flannery O'Connor, bom país Pessoas

ASPEN

Eu não posso dizer que fiquei surpresa ao ouvir


Noel Gamble me chamar de cadela raivosa. Eu ficaria
chocada se ele tivesse me defendido.

— Não, realmente, ela é uma professora incrível; Eu


aprendi muito com ela. Eu me sinto como se seu impacto na
minha vida tem ajudado a melhorar a qualidade de quem eu
sou como pessoa. — Sim, isso nunca ia acontecer.

Porém. Seu insulto, mesmo esperado me atordoou. O


som que eu fiz não foi planejado. Apenas meio que rasgou
através do meu peito e borbulhou da minha garganta em um
estrangulamento de dor.

Quando Gamble e seu pequeno discípulo se


viraram, me senti pega no ato, mesmo que eu não tenha feito
nada de errado. Um calor embaraçoso inundou meus
membros. Querendo morrer antes de deixá-lo ver como me
machucou, controlando a minha expressão como eu arqueei
uma sobrancelha em silêncio.

— Me deixe adivinhar, — murmurei friamente, ou pelo


menos em um tom friamente gélido que esperava que soasse
como se não me importaria a sua opinião, porque a última
coisa que eu queria é que ele achasse que eu me importava...
Com ele.

— Você está um pouco irritado com a nota recebida em


seu trabalho. — Seus olhos azuis, quase violetas, eram duros
quando se estreitaram.

— Você sabe, é como se você pudesse ler minha mente,


Dra. Kavanagh.

Ele não parecia se desculpar por ter sido pego me


atacando. Ele não parecia envergonhado. Ele nem fingia
sentir um pingo de remorso. Ele olhou para mim com raiva.
Eu me perguntei se ele sabia o tempo todo que eu estava
andando atrás dele e ele queria que eu ouvisse seu insulto.

Próximo a ele, o jogador de futebol que tomou


Introdução à Literatura de se empurrou um passo de
distância, separando de seu amado quarterback. Garoto
esperto.
Eu fingi um sorriso amigável e acenei ao meu aluno.

— Bem, talvez quando você receber seu PhD, você vai


aprender a fina arte da telepatia também, Sr. Quarterback
Estrela do Futebol.

Seus azuis bebês brilhavam com ódio como sua


mandíbula deslocava quando ele cerrou os dentes. Nós dois
sabíamos suas realizações acadêmicas nunca iria subir tão
alto; ele estava aqui apenas por causa do futebol. Na verdade,
eu aposto que se eu verificar seus registros, eu encontraria
algo com bordado com sua carreira no futebol. Mas Gamble
era um lutador. Ele se recusou a sair e tirar meus socos
verbais.

— Se a obtenção de um doutorado me transformar em


uma cadela furiosa que sai reprovando calouros indignos por
qualquer razão, então eu tenho que passar. Obrigado.

Erguendo meu queixo alto, eu fiz uma carranca de volta.

— Como eu disse na sala de aula, se você tem dúvidas


sobre sua pontuação, você sempre pode discutir o assunto
comigo. Estou no meu escritório todos os dias de três as
cinco, disponível para falar com qualquer estudante sério.

Desde o desgosto em seu olhar, eu sabia que nunca iria


a qualquer lugar perto de meu escritório. Graças a Deus.
Sendo fechado dentro do meu espaço de trabalho apertado a
sós com ele iria me enviar em pânico, literalmente, com a
respiração curta, precisando de um saco de papel para
respirar dentro, ataques de pânico em grande escala.
Lembrou a forma demasiada de Zach.
O que era pior, ele até me afetou da mesma forma que
Zach tinha inicialmente. Eu odiava a forma como seus belos
olhos fez o meu corpo quente com todos os tipos de respostas
inadequadas, e também o como a curva de seus lábios me fez
querer tocar com a minha própria boca, imaginando como
seria a sensação de ser pressionado. Acima de tudo, eu
detestava como eu nunca superei minha obsessão do ensino
médio pelo atleta destaque de futebol.

Deve ser alguma coisa de seleção interna, natural eu


não conseguia controlar. Lei da sobrevivência me atraindo em
direção ao mais forte, mais saudável, ao homem mais
atraente do pacote que parecia mais adequado para a
reprodução da espécie. Depois de ver essas duas prostitutas
ao redor dele alguns minutos atrás na sala de aula, eu sabia
tinha que ser bom para algumas atividades reprodutivas.

— Talvez eu vá, — ele murmurou.

E meu Deus, até a sua voz me afetou. Isso causou


apertou em meu abdômen e, em seguida, zumbiu. Como a
vibração silenciosa de uma campainha. Ding dong, alguém
em casa? Quer sair e jogar?

Deus, por que meu corpo quer jogar com este idiota
de qualquer maneira, forma ou formulário? Não tinha o meu
primeiro desastre com um jogador estrela de futebol durante
meu último ano do ensino médio me ensinado alguma coisa?
Ele era exatamente o tipo de pessoa que eu precisava ficar o
mais longe possível. E por que eu estava atraída por um
estudante, de qualquer maneira? Um estudante!
Não importava que temos praticamente a mesma
idade, ele ainda era um estudante. Toda a atração foi
completamente antiética. E eu sempre fui ética. Profissional.
Porra, eu sai do ventre calma, sensata e ordenada. Eu segui
todas as regras e política para a perfeição. Ninguém, e, eu
quero dizer ninguém, virou meu mundo do modo como esses
jogadores gostosos de futebol fazem. E é exatamente por isso
que me incomodam todos os caras que reviram meu interior.
Grande momento.

— Então eu acho que vou te ver no meu escritório


mais tarde, — eu desafiei e imediatamente sai da calçada
para andar para longe dele. Eu estava indo na direção errada
agora, mas eu não me importei. Eu tinha que fugir.

O riso de Gamble me seguiu, me dizendo que ele


sabia que eu estava correndo com medo. Um babaca
arrogante achava que ele era tudo só porque ele era um
atleta, uma estrela do futebol estimado. Ok, então todos no
campus tratavam dessa forma, de estudantes a professores e
até mesmo o presidente da universidade. Para eles, Noel
Gamble não podia errar. Para mim, ele ainda não poderia
escrever um trabalho de Inglês decente para salvar sua vida.

Mas eu não queria pensar nele. Bloqueio todas as


coisas de olhos azuis e cretinos do meu cérebro, e vou em
frente. Depois de crescer com os meus pais, eu dominei o
pequeno talento de empurrar pensamentos perturbadores. E
eu estava particularmente grata pela técnica agora.
Pensando no livro que eu comecei esta manhã, eu me
concentrei em onde estava indo. Desde que estava indo na
direção ao refeitório dos estudantes, e tinha uma hora antes
de minha próxima aula, eu decidi não ir para o meu carro
buscar o meu casaco como eu originalmente planejei porque
estava frio na sala de aula. Entrei no refeitório e comprei um
sanduíche e cappuccino.

Era um dia ensolarado irracionalmente, então eu comi


em um banco, me aquecendo debaixo de um carvalho, onde o
ar de primavera foi persuadindo uma riqueza de botões
verdes a brotar entre os seus ramos. Eu gostei de como sol
roubou através dos membros e espirrou poças quentes de cor
na grama em volta de mim. Confortada ao lado da sombra
acolhedora e luz, eu retirei o meu Kindle e continuei lendo.
Como uma romântica incurável, eu estava atualmente
devorando tudo de Jennifer L. Armentrout.

Dois capítulos e metade do meu sanduíche de presunto


e queijo mais tarde, quando eu decidi que Alex tem que ficar
com Aiden em breve, meu celular tocou em minha maleta que
estava usando como uma mesa improvisada. Demorei alguns
segundos para limpar os alimentos, migalhas e verificar quem
era. Quando eu vi os nomes dos meus pais na tela, meu
estômago se apertou.

Limpei a garganta e respirei fundo antes de atender. Eu


poderia fazer isso. Eu poderia fazer isso. Eu poderia fazer
isso.

— Olá.
— Olá, Aspen. — Só de ouvir a voz de minha mãe,
frígida e metódica como sempre, fez o meu coração bater forte
no meu peito com uma combinação de esperança e de
intimidação.

— Como você sabe, seu pai tinha o seu último


tratamento esta manhã.

Engolindo o pedaço de pão seco de repente eu estava


mastigando, eu assenti.

— Sim, eu... Eu ia ligar depois da minha última aula


hoje. Como foi?

Nos últimos dois anos, o meu pai precisou ter os três


dedos amputados. Seu diabetes progrediu tanto que ele
acabou de terminar um período de seis semanas de terapia
de oxigênio, visitando uma câmara hiperbárica duas vezes
por dia, para se curar de um corte desagradável em sua
panturrilha. Se a ferida não curasse depois de seu último
tratamento, esta manhã, o médico queria tirar a perna, do
joelho para baixo.

Prendendo a respiração para o prognóstico, esperei


tensa a minha mãe responder.

— Eles querem estender sua terapia mais duas


semanas. — Eu exalei uma golfada de ar.

— Bem, isso é... Isso é bom. — Certo? Pelo menos eles


não estavam dispostos a retirar a serra e começar a decepar
membros ainda.
— Sério? — O tom da minha mãe sugeriu que ela estava
franzindo a testa com sua habitual expressão de
sobrancelha. Ah Merda. Talvez isso não fosse tão bom.

— E como isso é bom, Aspen? A saúde do seu pai ainda


está em risco.

Eu corei. Mesmo com vinte e três anos e vivendo a 800


milhas de casa, ensinando em uma universidade de primeira
classe, eu ainda dou o poder de me tornar uma idiota
choramingando com uma única pergunta.

— Eu... — Tateando cegamente, usei meu guardanapo


para acariciar meu rosto livre de migalhas perdidas. Minhas
mãos começaram a suar, então eu esfreguei para secar
também.

— Eu só quis dizer…

— Pare de ser jocosa. Sua tentativa de humor é


completamente rude e desrespeitosa. Isso não é nada para
brincar.

— Mas eu não quis dizer... — Mordendo meu lábio, eu


abaixei minha cabeça, desejando que meu cabelo caísse para
que eu pudesse esconder as lágrimas brilhando nos meus
olhos. Deus, por que palavras para me defender sempre me
falham quando Drª. Mallory Kavanagh ataca?

— Sim, você está certa, — eu murmurei.

— Peço desculpas.

Ela fungou em irritação. Não é bem um perdão.


— Eu só sabia que estudar literatura lixo iria
transformá-la em algum tipo de imbecil vulgar. Você deveria
ter nos ouvidos quando tentamos te orientar em direção a
física teórica. Algo sensato e que vale a pena.

Estudar literatura foi minha única grande rebelião, e


nenhum de meus pais nunca me perdoou por isso. Em
resumo, eu estava tentado acalma-los, indo para as ciências,
mas eu nunca fui capaz de trair a minha devoção à palavra
escrita. E a única coisa que eu não consenti, conquistou seu
desprezo eterno.

Se fosse por mim, eu ficaria satisfeita com o grau de


bacharel em Inglês. Eu fui muito bem em partilhar o meu
amor de histórias com alunos da primeira série. Mas eu fui
através de um programa de doutorado para acalmar Richard
e Mallory.

Eles não parecem se importar com o que eu fiz, no


entanto. Nenhum de meus pais nunca ficaram orgulhosos de
minhas realizações. Eles nunca mostraram aprovação. Eles
sempre me empurraram para algo maior e melhor. Mas sua
desaprovação constante estava se tornando cansativo. Pela
primeira vez, eu desejei que eu pudesse simplesmente ser boa
o suficiente em seus olhos.

Infelizmente, hoje, obviamente, não ia ser naquele dia.

— Alguém poderia pensar com o seu grau, você seria


capaz de dominar o que as palavras vêm de sua boca com um
pouco mais de respeito e decoro.

— Mais uma vez, sinto muito. Eu...


— Desculpas são para o falho, Aspen. Pare de destacar
suas imperfeições. — Ela soltou um suspiro desgostoso.

— Eu vou atualizar sobre o prognóstico de seu pai


novamente quando achar necessário.

Ela desligou a linha antes que eu pudesse entrar em


outra palavra.

— Merda, — eu murmurei. Quem sabia quanto tempo


seria antes de ela me ligar de novo. Eu sabia que ela não
atenderia se eu tentasse ligar de volta para ela com um
pedido de desculpas eloquente que não chegou a soar como a
apologia de uma “falha, imbecil” filha.

Eu só esperava que ela fosse misericordiosa suficiente


para me manter atualizada sobre o meu pai.

Desta vez, quando eu levantei meu guardanapo, eu


limpei a base dos meus cílios em vez da minha boca. Eu
tinha outra turma para ensinar em 15 minutos. Eu não
queria aparecer com olhos molhados, inchados ou um
corrimento nasal. Se meus pais me ensinaram alguma coisa,
foi que uma imagem digna significa tudo.

Mas caramba, eu me pergunto por que eu sempre deixo


as palavras da minha mãe me afetarem. Eu já deveria esperar
o tratamento impessoal e frio condescendente dela por agora.
Mas eu ainda ansiava por uma pequena dose de carinho de
ambos os meus pais. Noventa por cento de tudo o que fiz foi
para ganhar o seu amor. Mas eu não podia desistir de tentar.
Porque, honestamente, se uma menina não poderia ter sua
própria família a se preocupar com ela, quem faria?
Depois de colocar meu celular e, e-reader na bolsa, eu
fechei minha mala e limpei as migalhas do meu colo. Agindo
como se absolutamente nada estivesse me incomodando, eu
voltei para o departamento de Inglês para terminar minhas
duas últimas aulas do dia.

A tarde passou devagar, e mais de uma vez, eu tive que


morder o interior do meu lábio para não pensar na conversa
que tive com minha mãe. A boa notícia foi que desviou minha
mente de um determinado cretino de olhos azuis que eu
queria odiar.

Só que eu deveria saber que ele encontraria uma


maneira de roubar de volta o meu dia. Afinal, cretinos de
olhos azuis tinham uma maneira de fazer isso.

Às três horas entrei no santuário do meu escritório.


Fazendo uma pausa na porta, eu respirei o cheiro de livros
antigos que revestem as paredes, que imediatamente
ajudaram soltar meus músculos tensos. Minha pasta
deslizou perfeitamente entre minha mesa e parede onde eu
sempre deixo, e afundei em minha cadeira almofadada.
Então, e só então é que eu deixei escapar um pequeno
gemido de prazer.

Casa.

Alguns podem considerar triste e patético que um dos


dois lugares que eu senti em casa foi longe, em meu escritório
apertado na universidade, mas eu não me importei. Pelo
menos eu finalmente tive um lugar acolhedor. Então eu a
abracei.
Ligando meu computador, eu roia uma unha enquanto
esperava minha tela de boas-vindas aparecer e pedir a minha
senha.

Assim ele fez, quando bateram na porta aberta do meu


escritório. Por um breve momento, meu coração pulou na
minha garganta. Mas, meu Deus, se Noel Gamble realmente
aceitou meu convite para falar sobre seu trabalho esta tarde,
eu teria uma insuficiência cardíaca. Ele não podia invadir
meu porto seguro. Minha casa. Ele simplesmente não podia.

Eu quase desmaiei de alívio quando vi o reitor do


departamento de Inglês parado na porta. Graças a Deus.

— Dr. Frenetti. — Levantei, tirando a franja dos olhos.

— Por favor, entre.

Ele entrou na sala.

— Dra. Kavanagh, — ele cumprimentou com um aceno


apertado antes que ele foi direto ao seu ponto.

— Eu ouvi que você está dando a Noel Gamble um


momento difícil.

Oh, meu Deus, você tinha que estar brincando comigo.

Eu não tenho certeza o que era pior; Noel Gamble visitar


o meu escritório, ou alguém preocupado com Noel Gamble
visitar o meu escritório. Eu só queria escapar de tudo o que
era Noel Gamble.

Balançando a cabeça, eu ofereci Dr. Frenetti um tenso


sorriso confuso.

— Onde você ouviu isso?


— Seu treinador entrou em contato comigo hoje.

Meus dentes rangeram. O que você sabe; o babaca


arrogante se lamentou a alguém sobre mim. Por que não me
surpreendeu?

O rosto do Dr. Frenetti mostrou alguma desaprovação


séria e, infelizmente, ele tinha um daqueles rostos que
pareciam condenar sem qualquer ajuda. Com um nariz
achatado grande, rugas de expressão permanentes e uma
papada carnuda caindo com uma reprovação retumbante
quando franzia a testa. Ele parecia completamente acusador.

Ignorando o desejo de fugir para o meu lugar e começar


a pedir desculpas por minhas falhas, eu forcei um aceno de
cabeça duro. Isto foi sobre as deficiências de Noel Gamble,
não as minhas. Ainda assim, ele sentiu como se estivesse
confessando um pecado quando eu respondi.

— Ele não está indo bem, não.

Sem esperar por meu convite, Dr. Frenetti sentou na


cadeira em frente à minha e me deixou em pé, inquieta na
frente dele. Mudei um passo, sem saber se eu deveria sentar.
Foi uma coisa boa que eu finalmente fiz porque o que ele
disse em seguida deixou fracos meus joelhos para
permanecer em pé.

— Eu tinha minhas dúvidas quando o conselho


contratou você, Aspen. Alguém tão jovem e inexperiente... —
Ele balançou a cabeça e suspirou.

— Eu sabia que ia causar problemas. Mas a referência


que seu ex-professor nos deu foi impecável. Ela falou tão bem
de você, eu esperava que fosse dar certo. Só que não tenho
certeza que você compreendeu muito bem a gravidade que
este estudante reprovado seria. Estávamos invictos nesta
temporada até os playoffs. E você não pode ver ainda, mas o
futebol é a espinha dorsal desta universidade.

Oh, eu vi tudo certo. Eu só não vejo como isso deve


afetar a minha classificação.

— Quanto mais cedo todos em todo o departamento de


Inglês perceberem, melhor. Se a equipe ganha o campeonato
do próximo ano, o nosso poder de recrutamento vai subir, o
que significa mais estudantes e mais cursos de inglês é mais
dinheiro entrando, portanto, uma chance de aumentos
salariais... Bônus. Em essência, você está ajudando a si
mesma e todos no campus se você ajudar este menino. Ele é
a chave para uma melhora na universidade, Aspen. Suas
boas notas são tudo o que o mantém aqui. Ele não pode
perder sua bolsa de estudos

Eu tive que beliscar minha perna para me impedir de


revirar os olhos. Mas sério? Um cara que escreveu um
trabalho desastroso era a chave de tudo? Muito dramático,
homem?

Discurso super dramático ou não, meus pobres ouvidos


ficaram em choque. Eu percebi desde o dia que comecei aqui
que o esporte no campus superou tudo mais, mas ouvir o
reitor do departamento de Inglês falar tão abertamente sobre
isso me decepcionou. Que tal uma nota limpa? Integridade?
Educação? Eu silenciosamente conto até dez antes de falar.
— Então, você está me dizendo para passar um aluno
não importa o quanto ele está realmente falhando?

— Claro que não. — Com uma bufada irritada, o reitor


franziu a testa e apertou seus lábios flácidos juntos. Pareciam
duas panquecas rosa, um empilhado em cima do outro.

— Mas estou certo de que há algo que você pode fazer


para ajudar ele a não falhar. Você é uma professora. Pelo
amor de Deus, ensine o menino.

Oh, não, ele não o fez. Ninguém questionou minhas


habilidades de ensino.

— Eu sou! Dr. Frenetti, eu…

— Bem, obviamente você não está fazendo isso bem o


suficiente se ele não está aprendendo. A sua é a única classe
que ele está indo mal. Por que isso?

Talvez porque todos os professores no campus estavam


passando ele, não importa o quão ruim ele estava realmente.
Talvez eles já houvessem recebido a mesma palestra que eu
estava recebendo agora.

— Eu... — Eu balancei minha cabeça e meu rosto


aqueceu a um grau escaldante. Como ele se atreve? Como
ele ousa fazer dessa minha culpa? Eu não conseguia nem me
defender. Sendo o mais novo membro do corpo docente no
campus, eu não poderia ir exatamente reclamar a ninguém
sobre ele, sem arriscar o meu trabalho. Além disso, para
quem reclamaria?
Deus, eu odiava que eu nunca poderia me defender
contra ninguém.

— Aspen, estou preocupado com você.

Eu queria dar um tapa nele. O idiota não estava


preocupado comigo. E eu não aprecio sua tática falsa para
me fazer entender. Questionando minhas habilidades como
professor me irritou bastante. Cruzando as mãos juntas, ele
se inclinou para frente.

— Eu não quero que ninguém guarde rancor contra


você, se por sua culpa Noel Gamble perder a bolsa de estudos
e ter que sair da universidade. Depois de alguns anos aqui,
quando você tentar ser titular que é algo que eu sei que você
quer desde que você já mencionou isso para mim, pois você
precisa de outros membros do corpo docente para votar em
você. Eles não vão se você arruinar a nossa primeira chance
real em 20 anos de vencer um campeonato de futebol.

Gelo corria em minhas veias. E aqui vieram as táticas


ameaçadoras. Esfregando minha testa, eu dei um humilde
cumprimento.

— Entendo.

— Bom. Esperava que você fizesse. Agora eu gostaria


que você...

Somos interrompidos por uma batida na porta.

Ótimo. Eu me perguntava quem era agora. Meu palpite


era a Dona Morte vindo para levar minha maldita alma.
Quando olhei para a porta, eu queria que fosse a Morte,
porque ele poderia, pelo menos, me colocar fora da minha
miséria. A presença de Noel Gamble foi só adicionada a ele.

— Bem. — Parecendo surpreso, Frenetti levantou e


sorriu ao recém-chegado.

— Ei Noel. Que agradável surpresa.

Revirei os olhos e, logo corei quando Noel olhou para


mim e viu minha resposta imatura para a saudação de
Frenetti.

— Eu realmente gostei que o último jogo contra o South


Central, — Frenetti estava dizendo.

— Você deu o passe na final e ganhou o jogo, foi incrível.


Eu juro que eles iam sentir sua falta se você saísse.

Noel olhou para o homem mais velho um segundo.


Então ele me deu uma olhada rápida antes de virar para o
reitor

— Bem... Estava pronto quando a bola deixou minha


mão.

— Mas você ainda conseguiu levar para a zone e nas


mãos de seu receptor. Isso é tudo o que importa. E o que foi
isso? Um passe de trinta jardas?

— Quarenta e dois.

Frenetti assobiou.

— Que braço grande que você tem aí, filho.

Noel assentiu respeitosamente.

— Obrigado, senhor. — Ele olhou para mim novamente.


— É um momento ruim.

— Não, não. — Frenetti, o imbecil, respondeu por mim.

— Vamos entre. Tenho certeza de que você e Dra.


Kavanagh têm muito para discutir. Então, eu vou deixar
vocês. — Espera? O Quê? Nós temos?

O reitor me deu um olhar direto nos olhos antes de


fechar a porta do meu escritório... Sozinha... Com Noel
Gamble. As paredes nos cercaram imediatamente e meu peito
fez o mesmo, apertando meus pulmões até que eu estava
certa que ia sufocar a qualquer momento. Eu quase podia
sentir mãos fantasmagóricas me segurando e cobrindo minha
boca e um corpo forte me prendendo no banco de trás do seu
carro.

— Quem era aquele cara? — Perguntou Noel, afastando


da porta fechada para me dar um olhar perplexo.

Ele não agia como se estivesse prestes a me atacar,


então me obriguei a passar oxigênio pelos dentes cerrados,
acalmando os nervos. Apertei os olhos, imaginando se ele
realmente não tinha ideia que era Frenetti ou se ele estava
tentando zombar de mim. Finalmente, eu dei de ombros,
pensando que não importa se ele estava fingindo ou se ele
está aqui por ele próprio. De qualquer maneira, eu ia ter que
trabalhar com ele como Frenetti disse.

— Ele é o Dr. Frenetti, — eu disse.

— Ele é o reitor do departamento de Inglês. — Quando


Noel só piscou, sua expressão vazia sem compreensão, eu
suspirei com impaciência.
— Ele é meu chefe.

— Oh. Então, como ele sabia quem eu era?

Acho que foi a fúria inflamando em mim que me


impediu de explodir em uma bola de pânico piegas, porque,
de repente, eu já não me preocupava com estar sozinha em
uma sala pequena com este homem. E eu já não estou
preocupada sobre como eu ia pegar minha respiração
seguinte. Eu só quis saber como seria difícil tirar um corpo
morto fora daqui para descartar longe.

— Quem não sabe quem você é, Sr. Gamble?

Suas narinas abriram quando ele respirou. Eu


realmente pude vê-lo controlar seu temperamento na forma
que ele trabalhou sua mandíbula e focou no teclado em cima
da mesa. Seu processo calmante deve ter funcionado, porque
a única coisa que ele me disse foi:

— Certo. — Então ele olhou para a cadeira Frenetti


havia abandonado, mas não sentou.

— Então, uh... Eu vim falar com você sobre o meu


último trabalho, se você tem um minuto. — Ele deu um
sorriso.

— Como você disse que eu deveria.

Eu balancei a cabeça, não fazendo contato visual.

— Bem, aparentemente, é melhor eu ter um minuto


para você desde que meu chefe apenas ameaçou meu
trabalho se você não tiver as notas mínimas por minha
causa.
— Ele fez isso? — Noel pareceu genuinamente chocado
quando ele olhou para a porta onde o Dr. Frenetti esteve.
Apertando os olhos em confusão, ele virou pra mim.

— Por que ele faria isso?

Fechei os olhos por alguns instantes.

— Por que você acha, Sr. Quarenta e duas jardas?

Seu rosto ficou vermelho. Era difícil dizer se a cor veio


de raiva, choque, humilhação, culpa, vergonha, ou o quê.
Cerrando os dentes, ele mordeu fora,

— Eu não fui me queixar a ninguém se é isso que você


está insinuando.

Realmente não importa se ele tinha ou não tinha. Eu


recebi meu aviso do mesmo jeito. Agora eu tinha que me
comportar, por regras injustas estúpidas de homem. Mas
ninguém disse que eu não poderia levar a minha raiva sobre
o aluno que estava sendo forçado a passar.

— Sabe, eu acho irônico que você é o único a escrever


um trabalho medíocre e eu sou a única repreendida por ele

Se Noel Gamble tivesse dardos, eu juro que teria me


jogado. Ele parecia tão ofendido que eu realmente queria me
alegrar com a minha capacidade de irritá-lo.

— Olha, eu não estou pedindo um tratamento especial


só porque o seu chefe gosta da maneira que eu jogo bola.

— E ainda assim você estará recebendo de qualquer


maneira, apesar de ambos os nossos desejos.
— Você sabe o que? Foda-se. Você me disse para vir
aqui se eu precisasse de ajuda. Então aqui estou eu. Mas
obviamente você não quer me ajudar. Então, muito obrigado
pelo seu tempo inútil.

Quando ele se virou, eu entrei em pânico. Irritar o reitor


do departamento de Inglês no meu primeiro semestre como
professora não é nada bom para o meu futuro. Eu tinha que
acalmar Noel Gamble. Agora.

Cerrando os dentes, eu levantei e murmurei,

— Gamble, sente.

— Claro que não. — Sem parar, levantou a mão para


mostrar por cima do ombro o dedo médio como uma
despedida...

— Desculpe por incomodar, Professora.

Droga, eu estaria ferrada se ele passar por aquela porta.

— Você quer passar na minha classe, ou não?

Finalmente, ele parou e olhou para trás. Quando eu


peguei o brilho de vulnerabilidade e obstinado orgulho em
sua expressão tensa, eu derreti. Merda, por que ele tem que
fazer algo humano como isso? Pessoas fortes e teimosas que
me mostram uma fraqueza sempre me derreteram como
açúcar em água quente.

— Sente. — Murmurei em voz baixa, me desculpando.


Apontando para a cadeira, eu com mais calma acrescentei:

— Por favor.
Com sua mandíbula tensa, fechou os olhos e murmurou
alguma coisa inaudível antes de voltar a fechar a porta e
sentar com um olhar presunçoso para mim, enquanto batia
os dedos impaciente no joelho vestido com calças de brim,
levantou uma sobrancelha, dizendo em voz baixa:

— Bem? Me ensine mais.

Eu não tinha ideia de como faria isso, mas eu estava


determinada a fazer Noel Gamble ganhar a nota de aprovação
que estava sendo forçada a dar pra ele.
CAPÍTULO
TRÊS
“Todo mundo é um gênio. Mas, se você julgar um peixe pela

sua capacidade de subir em uma árvore, ele vai passar toda a sua
vida acreditando que é estúpido.”

- Albert Einstein

NOEL

Com a garganta seca, enquanto o ácido no meu


estômago dava salto mortal, eu olhei com os olhos apertados
em uma mesa surpreendentemente limpa da minha
professora de Inglês e sua boca deliciosa, que eu tinha
enlouquecido desde o primeiro dia de aula, quando ela
tomava seu lugar na mesa.

Que me enjoa mais do que qualquer coisa. Nada sobre


Drª. Kavanagh era o meu tipo. Eu preferia as loiras com lindo
cabelo longo, fluindo. Minha professora de Literatura
manteve seu cabelo escuro para trás e escondido em um
coque apertado na base do pescoço.

Eu era um amante de corpos longos e magros elas


gostavam de revelar suas curvas deslumbrantes com roupas
modernas. Kavanagh, é pequena, e, provavelmente, muito
arredondada para o meu gosto. Ou pelo menos eu imaginava,
que ela tinha gorduras que ela queria esconder. Por que mais
ela ia vestir roupas três tamanhos maior que ela?

E eu gosto da mulher com confiança na sua


sensualidade, alguém que saiba que cada cara a oitenta
quilômetros para o que estava fazendo para olhar sem
palavras toda vez que ela está passando. Kavanagh não tinha
um passo atraente em seu repertório. Ela tinha a
sensualidade de uma freira, e ela não parece gostar de caras
em tudo. Não que eu acreditasse que ela era lésbica como
Tenning sugeriu. Eu só via como um ser anti-sexual. Sem
gênero. Pelo menos, eu achava.

Que foi outra razão que eu odiava ser tão consciente


dela como uma mulher quando ela estava por perto.
Enquanto eu estava imaginando como seus doces, lábios
macios se sentiriam envolvidos em torno de minha parte do
corpo favorita, eu sabia que ela não tinha nada, mas louca
literatura em seu cérebro.

— Eu realmente tentei, você sabe, — disse tentando me


concentrar em seus olhos verdes e não sua boca.

— Isso foi provavelmente o melhor maldito trabalho que


já escrevi. E eu não te dei um trote como eu tenho certeza
que metade da turma fez. Eu li o livro, as notas de ajuda,
testes de amostra. Eu mesmo assisti ao filme estranho e
chato. Eu fiz todo o trabalho de merda.

Silenciosamente sentada na cadeira em frente a mim,


Drª. Kavanagh me deu um sorriso apertado.

— E ainda assim você perdeu completamente o ponto


inteiro do trabalho.

Bem, merda, você acha? Eu puxei as minhas mãos para


o ar.

— Talvez porque eu não entenda o ponto maldito. Quero


dizer, o que você quer que eu diga? — Eu sabia que devia ter
cuidado com a linguagem, mas ela me irritou. E eu só estava
em seu escritório por dois minutos. Como esta pequena
pessoa poderia me ter tão instantaneamente e completamente
irritado, eu não sabia. Mas lá estava eu, louco, excitado,
envergonhado, alarmado e, francamente perturbado por
minha atração, enquanto eu estava igualmente chateado com
ela por saber exatamente o quanto eu não merecia pisar
neste campus, porque eu era muito estúpido.

E, porra, ela colocou brilho labial ou algo assim desde


que eu a vi esta manhã na sala de aula? Sua boca parecia
mais brilhante do que nunca. Eu me peguei olhando para ela
novamente, tirei meu olhar. Droga, professores mal
intencionados não deviam ter lábios como esse.

Ela suspirou e entrelaçou as mãos antes de descansar


em cima de sua mesa.
— Não era o que eu queria dizer; mas o que você precisa
dizer.

E lá se foi toda a minha compostura. Mais uma vez.

— O que eu precisava dizer? — Eu levantei e agarrei


meu cabelo quando comecei a andar no um metro e meio que
tinha em seu escritório estreito.

— O que eu precisava dizer? O que isso quer dizer?

Dra. Kavanagh permaneceu calma e serena, maldita


seja, sentada em sua cadeira enquanto ela observava
calmamente eu desabar em uma pilha de ansiedade.

— Isso significa que você não fez o que foi pedido para
fazer. Eu queria que você fizesse uma correlação entre um
personagem da história e você. Você não fez tal conexão. Na
verdade, você não fala nada sobre você.

— Talvez eu não senti uma conexão com um bando de


idiotas ricos e burros dos anos vinte, lamentando sobre o
amor perdido enquanto elas se espalham em torno do
adultério como se fosse algum tipo de doce. Como eu vou
fazer uma conexão com qualquer coisa quando não há
nenhuma conexão?

Ela caiu para trás em sua cadeira e me enviou uma


carranca frustrada.

— Senhor Gamble... — Com outro suspiro, ela balançou


a cabeça e passou as mãos sobre o rosto cansado, o que
infelizmente me fez concentrar em seus lábios.
Caramba, que essa boca deve ser ilegal. Eu podia
imaginar ela apertar tão perfeitamente em torno de meu pau,
quase podia sentir sua língua molhada correndo em todo o
meu comprimento enquanto ela me chupava bem fundo.

Merda, agora eu tinha uma ereção.

Felizmente alheia aos meus pensamentos indesejados,


ela enrijeceu os ombros, sentou para frente de novo e me
olhou diretamente nos olhos.

— Verdade, a literatura é muito talentosa por um


motivo. Ela sempre encontra uma maneira de chegar à
pessoa que lê. Pega um tema sobre a condição humana e se
torna uma pequena cadela.

Minhas sobrancelhas se ergueram no meu couro


cabeludo. Que diabos? Balançando a cabeça, eu pisquei.

— Você acabou de dizer…

— Sim! — Ela retrucou.

— Eu fiz. Porque é verdade. Tome uma palavra sobre


sentimentos ou emoções e, você vai ser capaz de encontrar
um tema para você em O Grande Gatsby. Eu prometo a você.
— Quando eu não fiz nada, mas só olhei para ela, ela
arqueou uma sobrancelha curiosa.

— Você tem emoções, não tem?

— Estou tendo algumas agora. — E estavam me


assustando, mas porra, eu realmente gostava de ver sua boca
perfeita, formando palavras sujas. Era como uma doença feia
e humilhante. Eu queria que ela fizesse novamente. Diz
cadela novamente. Por Favor. Só mais uma vez. Mas ela não
o fez.

— Bom. — Seu olhar veio direto. Sabendo.

— Me deixe adivinhar. Você está sentindo frustração.


Raiva. Ódio.

— Uh... — Eu levantei uma sobrancelha. Quase, mas


não completamente.

— Isso é perfeitamente bom. Você pode usar isso. Se


relacione com alguém neste livro e me conte tudo.

Conforme entendia suas palavras eu fiz uma careta.


Relacionar e buscar dentro de mim. Derrota.

— Como? — Eu perguntei calmamente, sentindo como


um completo idiota, porque eu ainda não entendia,
provavelmente nunca ia entender.

Ela piscou.

— O que quer dizer como? Se você está realmente


frustrado, louco, e cheio de ódio por mim agora, escreva sobre
isso, explique por que, em seguida, explique se alguém na
história compartilha esses mesmos sentimentos e por que
eles experimentaram. Faça dos dois um só. Escreva tudo que
você quiser em um papel, apenas me mostre à correlação que
eu quero ver, e eu vou te dar uma melhor pontuação.

Eu bufei e balancei a cabeça. De jeito nenhum. Porra.

— Eu simplesmente não entendo por que eu tenho que


escrever sobre os meus sentimentos de merda. — Ela soltou
um grunhido de frustração, o que só me excitou mais.
— Então, eu sei que você entende a história e o que
aconteceu.

— Bem, eu não entendi a história. Maldição. Eu te disse.


Não tenho nada em comum com...

— Sim, você tem! — Ela gritou de volta, batendo ambas


as palmas das mãos em cima de sua mesa antes de levantar
para me encarar.

— Todos no planeta têm pelo menos uma coisa em


comum com pelo menos um personagem nessa história.
Agora vai descobrir isso!

Com raiva, eu só olhei para ela.

Ela fechou os olhos e esfregou no centro de sua cabeça.

— Ok, — ela murmurou como se desistisse da luta.

Quando ela lambeu os lábios, eu quase me perdi. Cristo,


isso estava ficando constrangedor. Sua boca seria minha
morte. Se ela me perguntar, eu provavelmente iria levá-la em
sua agradável mesa limpa. Eu poderia ver claramente eu
atirando para baixo, recolhendo sua saia desalinhada, subir
em suas coxas e esclarecer o meu ponto.

Eu também queria envolver minhas mãos em volta do


pescoço e estrangulá-la por me fazer sentir como um idiota.

Provavelmente não era saudável ter duas emoções tão


drásticas rugindo através de mim, no mesmo momento, mas
lá estavam elas. Absolutamente explodindo.

A boa professora afundou em sua cadeira.


— Que tal isso? Eu vou fazer o seu papel tão fácil
quanto eu puder pra você.

Sim, apenas sirvam para o idiota. Olhei para longe, meu


queixo apertou em rebeldia.

— Eu não preciso. — Maldição. Sim eu preciso. É por


isso que eu estava aqui, porque eu precisava de ajuda.

— Eu vou dar um tema para você usar. Então... Vamos


escolher um tema. Qualquer tema. — Seus olhos se abriram,
as linhas ao redor ficaram mais profundo do que antes.

— Ganância? Poder? — Ela levantou as mãos como ela


encolheu os ombros.

— Eu não sei. O que você sente quando você joga


futebol?

Meu rosto esquentou com indignação.

— Oh, muito obrigado. Eu gosto de como você


mencionou meu futebol logo depois de sugerir ganância e
poder. — Inclinando ameaçadoramente sobre a mesa para
olhar, eu coloquei meu dedo indicador em meu próprio peito.

— Você acha que toda a minha razão de estar neste


campus é apenas ganância, viagem de poder egoísta? Bem,
você não sabe de nada, senhora. Você não me conhece.

Ela puxou de volta em sua cadeira, seus olhos verdes


enormes como eles piscaram rapidamente. Finalmente, ela
desviou o olhar e sua língua saiu para molhar os lábios. Sim,
sim, o movimento fez meu pau pulsar com necessidade, mas
eu estava muito chateado para cuidar disso. No momento, eu
odiava o que estava fazendo para o meu ego mais.

Em uma voz muito mais calma, ela murmurou.

— Me desculpe se te ofendi. — O que totalmente me


chocou e me fez voltar um passo e afundar em minha cadeira
e ficar de boca aberta para trás.

— Mas eu honestamente não tenho ideia do que o


futebol é para você. Então, por que você não me conta? Uma
palavra. O que é o futebol... Para você? — Minha respiração
veio dura quanto eu olhei para minha mão fechada no meu
colo.

— Desespero, — eu disse sem querer.

Merda. Por que eu disse isso? Era a verdade. Mas por


que eu confessaria isso? Para ela? Quando eu me atrevi a
olhar para cima, fiquei surpreso ao descobrir que ela parecia
igualmente surpresa. Sua boca estava aberta.

— Eu... — Ela piscou, os olhos arregalados com o


choque.

— Eu não estava esperando você dizer isso.

Virando meu olhar, eu arranquei minha mão pelo meu


cabelo e amaldiçoei silenciosamente.

— Sim, bem, eu não quis.

Divertimento apareceu em sua voz.

— E ainda assim eu sinto que é a coisa mais honesta


que você disse desde que você entrou no meu escritório.
Meu olhar furioso voltou para ela, mas ela apenas
ergueu a sobrancelha, me desafiando a contradizê-la Com um
suspiro, eu sentei mais fundo em meu lugar.

— Então, o que eu faço com o tema “desespero", —


aparentemente ansiosa de repente, Dra. Kavanagh sentou
para frente, seus olhos com um brilho animado.

— Bem, agora é a parte fácil. Você encontra uma parte


da história em que alguém se sente desesperado, no limite,
como se nada está sob seu próprio controle. Explique por
que, então me diga como você entende essa emoção e como
você pode se relacionar com ele, listando todas as razões que
você sente ou se sentia desesperado, na borda, como nada
está sob seu controle.

Isso deve ser fácil. Eu senti desta maneira a cada dia.


Sobre tudo.Porra, eu estava me sentindo desse jeito agora,
sobre ela. Mas ainda.

Fechando os olhos, eu sussurrei.

— Cristo. — A mulher pode também pedir para abrir


meu coração para ela. Abrindo os olhos, eu lanço um olhar
severo.

— E você não tem qualquer escrúpulo sobre o fato de


essa atribuição é absolutamente intrusiva e infringe a
privacidade de uma pessoa. — Ela sorriu.

— Nenhum — seu sorriso brilhante me jogou


desprevenido. Foi amável.
Hmm. Estranho. Dra. Kavanagh tem um belo sorriso.
Ele tirou o meu fôlego e me deixou cambaleando. Eu não
queria que isso acontecesse, mas meus lábios se curvaram
em admiração relutante.

— Você é um tipo do mal, Professora.

Isso pareceu agradá-la. Ela endireitou as costas e


alisou.

— Hey, eu aposto que eu só te empurrei para escrever o


melhor maldito trabalho que eu já vi.

Porra, eu amava o jeito que ela disse.

Desta vez, eu ri. Eu gostei de como ela continuou me


empurrando hoje. Ela agiu como puritana e séria em sala de
aula, como se um palavrão nunca saísse de seus lábios
santos.

— Talvez, — eu murmurei, olhando sob uma nova luz.

— Veremos. Quanto tempo você quer que eu faça?

— O mais cedo possível. — Revirei os olhos.

— Nenhuma pressão ou qualquer coisa. — Com um


suspiro, eu levantei.

— Ok, Dra. Kavanagh. Você terá o melhor maldito


trabalho que eu já escrevi em suas mãos o mais rápido
possível.

— Excelente. — Ela ficou bem.

— Isso é tudo que eu peço.


Jesus. Ela era uma coisinha sarcástica. Eu não queria
gostar. Mas eu gostei muito disso.

Eu hesitei, e um impasse estranho passou entre nós. Se


ela fosse um homem, eu provavelmente teria estendido minha
mão para apertar e agradecer pela segunda chance que ela
acabou de me dar. Porra, se ela fosse uma mulher mais
velha, ou talvez apenas qualquer outra mulher, eu poderia ter
feito a mesma coisa. Mas com ela, naquele momento, me
senti... Proibido. Travesso.

Osso duro de roer, professora certinha ou não, havia


algo sobre a curva suave do rosto pálido como porcelana com
um respingo quase invisível de sardas espalhado nas
bochechas e nariz para cima, com seus lábios suculentos,
que mexeu comigo. Eu instintivamente sabia que eu nunca
deveria tocá-la.

Ela deve ter percebido a minha inquietação, porque ela


mudou e limpou a garganta, não fazendo contato visual.

— Bem então. Eu suponho que isso é tudo que você


precisa.

— Sim. — Com uma inclinação de cabeça, murmurei,

— Obrigado. — Virei, mas apenas antes de eu sair da


pequena sala repleta de prateleiras de livros, fiz uma pausa e
olhei para trás.

— E estou, você sabe, desculpe... por te chamar de


cadela mais cedo.
Desta vez, levantou ambas as sobrancelhas. Apertou a
mão contra o seu peito.

— O quê? Você está retirando o que poderia


possivelmente ser o melhor elogio que eu recebi de um
estudante durante todo o semestre?

Eu bufei uma risada, mas confirmei com a cabeça.

— Sim estou. Foirude e indigno. E eu peço desculpas.

Em resposta, ela piscou com força contra a parte


superior de seu rosto. Quando a umidade brilhava como um
bom brilho nos olhos verdes, eu entrei em pânico. Merda, eu
não queria a fazer chorar. Mas uau. Quem diria que eu
poderia realmente fazer isso á inexpressiva Dra. Kavanagh?
Ela não deve ser tão difícil como ela se colocava lá fora. Isso
me fez pensar o quão suave ela poderia ser.

Isso estava errado. Errado, errado, errado. Ela se


segurou, graças a Deus, e acenou com a cabeça.

— Desculpas aceitas, — ela murmurou enquanto ela fez


um gesto em direção à porta para me deixar saber que eu
estava dispensado.

Vacilei um segundo, eu estudava suas feições delicadas,


ainda, espantado que ela tivesse idade suficiente para ser um
professor universitário. Se ela não agisse de modo petulante e
usasse essas roupas desalinhadas, eu provavelmente teria
confundido ela com um dos calouros e flertado com ela. Eu
pararia a minha busca, não até que ela cedesse e me deixasse
ter um pedaço dela, porque sendo meu tipo ou não, havia
algo nela que me atraiu.
— Quantos anos você tem? — Eu soltei antes que eu
pudesse me parar. Merda. Por que eu perguntei isso? Não
fazia diferença qual era a idade de meu professor.

Levantando as sobrancelhas com o que era ou irritação


ou diversão, eu não conseguia dizer, ela murmurou.

— Não te importa. — em voz baixa embalado com


aquecida sensualidade.

Ele agitou a cada hormônio dentro de mim, mesmo que


eu sabia que ela não tinha significado para ele. Balancei livre
da luxúria de geração e murmurei,

— Certo. — Era hora de sair daqui. Agora.

Citações Contáveis são moedas raspadas para circulação.

- Louis Menand

ASPEN

Noel Gamble virou e saiu do meu escritório


quando ele fez uma pausa e olhou para minha placa de
cotação. A almofada de alfinetes de cortiça para todas as
tachinhas de segurar Post-it e pedaços de papel, minha
prancha de citações estava cheia de provérbios de livros que
eu coletei ao longo dos anos.

Parando, ele estudou algumas das citações que eu tinha


acumulado.

— O que é isso?

Ninguém nunca me perguntou isso antes.

Abaixei meu rosto quente, me sentindo subitamente


tímida. Mas parecia que ele estava examinando um pedaço da
minha alma. Ainda perturbado pela forma como ele
perguntou quantos anos eu tinha, eu murmurei.

— Não é nada. Apenas minha placa de citação.

Ele olhou para trás, e a curiosidade em seus olhos azuis


queimaram minhas entranhas. Limpei a garganta.

— Quando leio uma linha de uma história que eu gosto,


eu prego lá em cima. — Só uma coisa minha.

— Hmm. — Ele ergueu a mão para o lado de uma das


citações mais recentes para ler um dos mais antigos
escondidos por trás dele. Quando ele deu uma risada baixa,
meus hormônios esfaquearam em consciência imediata.
Deus, sua risada estava mexendo.

— Essa é boa.

Desde que eu não tinha ideia ao que ele estava se


referindo, eu não respondi. Então, novamente, eu considerei
todos eles bons desde que eu os coloquei lá, então eu
provavelmente não poderia deixar de concordar. Ele olhou
para trás.
— Às vezes as perguntas são complicadas, mas as
respostas são simples.

Isso tinha que ser a coisa mais profunda que alguém já


me disse. Mas o que ele quis dizer? Ele estava se referindo a
minha missão? Ele achava que eu tinha feito isso muito
complicado? Devo trabalhar na minha abordagem de
ensino? Limpei a garganta.

— Com licença?

Ele corou um pouco e voltou para a placa de citações


para tocar os post-its.

— É Dr. Seuss. Outra citação que você poderia


adicionar.

— O-oh. Obrigada. Isso... Isso é realmente um


excelente. — E foi. Ele realmente era. Estranho.

Noel me presenteou com a sugestão de um sorriso.


Então ele abaixou a cabeça e saiu da sala. Uma vez que ele
se foi, me senti desolada. Pondo minha mão sobre meu
coração, eu afundo em minha cadeira e solto uma respiração
longa, trêmula. Ok, então minha paixão por um estudante
tinha acabado de crescer em proporções épicas. Queria saber
o que minha impecável mãe teria a dizer sobre isso?
CAPÍTULO
QUATRO

“Quando você está na cadeia, um bom amigo vai tentar salvá-


lo. Um melhor amigo estará na cela ao seu lado dizendo: 'Porra,
isso foi divertido”

-Groucho Marx

NOEL

Tenning estava vadiando na cozinha quando entrei


no nosso apartamento. Quando eu chutei a porta atrás de
mim, ele apareceu na área de café da manhã, com os pés
descalços e sem camisa e com as calças pendurado baixo em
seus quadris. Ele só tinha que olhar para o meu rosto para
saber que algo estava acontecendo. Espalhando um olhar
presunçoso em seu rosto.

— Então... Como foi seu encontro com Kavanagh?


Enviei o meu melhor foda-se com o olhar e deixei cair
minha mochila pesadamente no chão antes de me jogar no
sofá.

— Parece que eu só tive uma sessão de uma hora com


um psiquiatra. Eu juro por Deus, você sabia que literatura
era tudo sobre sentimentos e emoções? Deus maldição. —
Tenning riu.

— Então, ela vai deixar você reescrever um novo


trabalho ou o quê?

— Na verdade, sim. Muito louco, hein? Mas só porque


seu chefe tem um tesão por mim ou algo assim e forçou ela a
me dar uma segunda chance.

— Realmente? Será que você tem que flertar com ela


para que isso? — Tenning se encostou a parede e balançou as
sobrancelhas sugestivamente.

— O quê? — Pegando uma almofada atrás da minha


cabeça, eu joguei em cima dele tão forte quanto eu podia.

— Jesus, Ten. Você é um idiota tão grosseiro, e você me


irrita.

Segurando a almofada em seu peito, ele riu.

— Droga, eu também te amo, querido. Ei, eu aposto que


se você se oferecer para ensinar a professora lésbica a jogar o
na equipe certa, ela mudaria sua nota para um A sem que
você tenha que se preocupar em escrever outro trabalho para
o resto do semestre.
Eu suspirei e decidi ignorar ou ele só ia piorar. Mas o
otário atingiu um nervo. Se ele já percebeu que eu realmente
pensei sobre ela dessa maneira, ele nunca vai me deixar viver
assim. Fale sobre humilhação.

Focando minha atenção no teto, notei uma nova


mancha de água crescendo no canto. Ótimo. A pior parte é
que eu não poderia mencionar o vazamento para o nosso
senhorio ou ele ia acabar aumentando nosso aluguel de novo,
como ele fez esse inverno, quando pedimos para consertar o
sistema de aquecimento. As reparações não são grátis, ele
disse.

— Ei, saia do sonho com sua professora, seu idiota. —


Ten chutou meus pés do sofá quando ele passou, indo em
direção ao corredor que levava até os nossos quartos
separados.

— É a noite das senhoras. Temos trabalho a fazer. Eu


vou tomar banho primeiro.

Eu gemi, esqueci completamente que dia era. Toda


quinta-feira é a noite das senhoras no Proibida, o bar onde
Ten e eu trabalhamos. Isso significava que apenas os
trabalhadores do sexo masculino trabalhavam, e uma vez que
todos os cinco de nós homens éramos bartenders, alguns de
nós teve de ir e ser garçom para a noite.

Minhas gorjetas são altas quando eu sirvo mesas na


noite das senhoras, mas caramba, mulheres bêbadas podem
ser irritantes. Não que eu me importo com o agarrar na
minha bunda em uma mesa cheia de bonitas estudantes.
Mas depois de algumas horas disso, a minha bunda começa a
se irritar.

E isso foi apenas de mulheres que iam para a porta dos


fundos. Eu tive que usar um protetor alguns meses para trás
atrás devido a todas as mãos famintas que agarravam meus
genitais.

Sim, era assim coisa de louco.

Uma hora mais tarde, eu estava seguindo Ten fora da


porta, vestido com uma camiseta preta apertada e calças
jeans, que era o uniforme para os homens do Proibida. Desde
que eu não possuo meu próprio carro, eu pegava carona na
caminhonete de Ten.

Cinco minutos mais tarde, nós estacionados em frente à


casa noturna e levo um minuto para olhar para o edifício
tranquilo antes de sair da caminhonete. Em uma hora, o
lugar estaria cheio, e a paz que tivemos agora não teria mais.
Mas... Ele pagava as contas e me ajudou a mandar para casa
algum dinheiro extra para Caroline, para que ela pudesse
pagar as contas também.

— Você está pronto para isso, — Perguntei, abrindo


minha porta. Ten riu.

— Eu nasci pronto, filho da puta. — Com ele me


seguindo até a porta da frente, eu balancei a cabeça, me
perguntando se ele não era capaz de chegar a uma resposta
politicamente incorreta a qualquer pergunta que uma pessoa
fizer.
Depois de destrancar a porta e escorregar dentro, olhei
ao redor do interior para os outros três caras que eram
supostamente para trabalhar esta noite.

— Onde estão todos? — Ten e eu raramente fomos os


primeiros a chegar, e não estávamos mesmo chegando cedo.

— Bem, Pick sempre atrasado, — Ten disse, pegando


uma cadeira fora da primeira mesa que viu e colocando na
posição vertical por baixo.

— E os gêmeos são... — Ele olhou ao redor e coçou a


cabeça.

— Huh. Os gêmeos nunca estão atrasados. Onde estão


os gêmeos?

Como se respondendo a sua pergunta, a porta do


escritório do gerente abriu, e a filha mais velha do dono do
Proibida, Jessie, saiu seguida por um cara estranho de cabelo
escuro, minha idade, aproximadamente a mesma altura e
tamanho...Que só podia significar uma coisa. Novo
empregado. Um dos meus colegas de trabalho deve ter
parado.

— Porra, — Ten rosnava, espelhando os meus


pensamentos, antes que ele ergueu a voz e chamou outro
lado do bar vazio.

— Yo, Jess. Onde está Huey e Louie? — Os gêmeos se


chamavam Heath e Landon, mas Ten sempre atribui a cada
um o próprio apelido.
Jess nunca foi uma fã de Oren Tenning, então ela
estreitou os olhos, dando a ele um olhar furioso.

— Onde você acha? Eles saíram. Talvez não quisessem


trabalhar com sua bunda inútil. Aqui está o substituto.
Alguém mostre a ele o que fazer. — Com isso, ela se virou e
começou a voltar para o escritório.

— Hey, — Ten a chamou.

— E sobre o outro?

Jessie fez uma pausa e olhou para trás e arco uma


sobrancelha intimidante.

— Outro o que?

— Este lugar vai estar cheio dentro de uma hora,


mulher. Precisamos de pelo menos cinco caras trabalhando
hoje à noite, e não três e um novato sem noção. Você está
mesmo substituindo os gêmeos com este otário?

O otário novato sem noção em questão enviou um olhar


de esguelha que parecia mais divertido do que insultado pela
observação enquanto Jess assobiou com agravamento.

— Sim estou. Então, mostre a ele o que fazer. — Com


isso, ela voltou para seu escritório, deixando os três de nós
sozinho no bar.

— Ela me quer. — Ten disse com conhecimento de


causa para a porta fechada, enquanto suspirei e coloquei
minhas mãos em meus quadris, olhando para o novato.

Deus, eu não podia esperar até o pai de Jess voltar ao


trabalho. Ele passou recentemente por uma cirurgia de
coração aberto, e ela tomou conta enquanto ele estava se
recuperando. Mas se ele não apressasse sua bunda para
cima e se recuperase em breve, o seu precioso bebê colocaria
sua casa noturna no chão.

Balançando minha cabeça em saudação, eu disse,

— Hey. Qual o seu nome?

O novo cara enfiou as mãos nos bolsos de trás e tirou


sua atenção longe de Ten para olhar a mim.

— Mason, — disse ele.

— Mason Lowe.

Eu balancei a cabeça.

— Prazer em conhecê-lo. Você já foi bartender antes?

Quando Lowe balançou a cabeça, Ten bufou e me deu


um tapa no estômago.

— Ele é todo seu, baby. — Deixando eu e o novato, ele


retornou ao seu trabalho de levar as cadeiras fora das mesas.

— Tudo bem, — eu disse.

— Atendemos o bar então; Ten, você atende mesas.

— Que Merda. Faz o novato atender às mesas...

— Merda, você quer que ele saia em sua primeira noite?

Ten fez uma pausa para estudar Lowe da cabeça aos


pés. Então, ele acenou com a cabeça.

— Sim, com um rosto bonito como seu, ele seria


molestado além do reparo nos primeiros cinco minutos. Vou
atender as mesas. Mas só por esta noite. — Ele apontou
ameaçadoramente para Lowe.

— Você me entende, novato?

Lowe estava começando a olhar um pouco assustado.

— O que ele está falando? Eu pensei que este era


apenas um bar regular. — Uma ova. Não havia nada normal
sobre o Proibida. Mas, para tranquilizá-lo, eu disse.

— É. — Com um tapinha amigável nas costas, eu dei de


ombros.

— Não dê ouvidos a Ten. Ele está apenas magoado


porque sua vagina, foi montada muito duro na noite passada.

— Filho da puta, — Ten chamou do outro lado da sala.

Eu o ignorei, com foco em Lowe.

— Mas toda quinta-feira é a noite das senhoras. Por


isso, provavelmente vai ficar um pouco louco. As bebidas são
com cinquenta por cento de desconto para cada mulher que
entra, o que significa um monte de bêbadas, garotas bonitas
vão tentar obter um pedaço de você... Toda a noite. — A
coloração verde imediatamente voltou ao rosto de Lowe.

— Ótimo, — ele murmurou fracamente.

Com uma risada, eu esmurrei meu cotovelo no braço.

— Confie em mim. Suas gorjetas vão triplicar. Mas sério.


Você pode querer proteger os meninos. Eu recomendo vestir
um protetor toda quinta-feira de agora em diante.
— Claro. — Engolindo forte e com um olhar de saudade
em direção à saída, Lowe assentiu.

— Seu sotaque é diferente, — eu notei quando fomos em


direção ao bar.

— De onde você é?

— Florida. Apenas mudei para cá há alguns meses.

— Cara. — Aparecendo do nada, Ten sentou em um


banquinho e apoiou os cotovelos no bar, enquanto ele franziu
a testa para Lowe.

— Por que você saiu da Flórida para vir para Ellamore,


Illinois?

Mason deu de ombros como se não fosse grande coisa.

— Minha namorada é daqui. Ela queria voltar para casa.

Ten bufou.

— Espere, espere, espere. Você viajou outro lado do país


por alguma boceta? Porra, isso é chato.

Pensei que Lowe ia pular em frente ao bar e estrangular


meu patético de companheiro de quarto, então eu iria para o
soco.

— Ignore, — eu disse, atirando a mão para bater Ten no


lado da cabeça.

— Como eu disse; vagina, ferida.

Olhando para mim, Ten chiou.

— Pelo menos eu não estou fodendo minha professora


para uma boa nota.
Oh, ele fez isso.

— Vá embora. — Eu apontei para o seu rosto e dei um


olhar de morte até que ele revirou os olhos e empurrou fora
do bar. Uma vez que ele estava de costas, eu não podia
ajudar, mas dar um olhar preocupado em direção Lowe.

— Eu não…

Lowe ergueu as mãos e acenou calmo, me dizendo que


eu não tenho que me explicar.

— Hey, pumas não são minha coisa. Mas se você...

— Ela não é um puma — Eu assobiei em defesa antes


que eu pudesse me parar.

— Quero dizer... Merda. — Eu passei meus dedos pelo


cabelo, minha mente tentando descobrir uma maneira de sair
dessa, porque agora parecia que eu estava fodendo minha
professora.

— Eu não estou dormindo com qualquer uma das


minhas professoras, tudo bem. O lambe-bunda lá está
apenas me irritando, porque eu de alguma forma
milagrosamente doce convenci minha professora de Inglês do
cacete em me deixar reescrever um trabalho. É isso aí.

Porra, eu parecia muito defensivo, não foi?

— Kavanagh e Gamble sentados em uma árvore, — Ten


de cinco anos de idade, preso em um corpo com tesão de
vinte e um anos de idade cantou. — B.E.I.J.A.N.D.O

Eu o calei naquele momento, agarrando uma bola de


futebol de uma prateleira atrás do bar e jogando de volta com
meu braço direto no objetivo. Quando eu bati nele,
quebrando nas costas, ele grunhiu e caiu esparramado para
frente no chão.

— Tiro de sorte. — Lowe assobiou, claramente


impressionado com minha habilidade.

— Sorte? — Eu dobrei minha cabeça olhando pasmo


para o cara novo.

— Obviamente você não tem ideia de quem eu sou.

— Uh... — Suas sobrancelhas enrugadas como ele


balançou a cabeça.

— Não. Quem é você?

— Filho, você está na presença de uma lenda local. —


Com um arco exagerado, eu me apresentei.

— Noel Gamble, quarterback amado da equipe de


futebol da universidade.

— Oh, tudo bem. — Lowe balançou a cabeça quando


reconhecimento brilhou em seu olhar.

— Eu não transferi até o fim deste semestre, mas ouvi


dizer quão bem a equipe fez este ano. E eu tenho certeza que
eu ouvi seu nome ser dito em torno do campus.

Com um ar de orgulho, eu gritei para o meu


companheiro de quarto.

— Ouviu isso, Ten? Até mesmo o novato ouviu falar de


mim. — Ten bufou.
— Você é apenas popular porque nos faz ficar bem. —
Eu ri e virei para Lowe.

— Este Babaca, também é conhecido como Oren


Tenning. Mas a maioria de nós o chamam de Ten. Se você
me perguntar, porém, ele está mais pra Zero. Ele é o receptor
de terceira base para a equipe.

— Terceira base minha bunda. Eu joguei mais do que


você nesta temporada. — Verdade. Mas eu não queria admitir
isso em voz alta. Ignorando, perguntei Lowe.

— Então, quanto você sabe sobre misturar bebidas?

O sorriso triste e a elevação das sobrancelhas me


disseram que ele não sabia absolutamente nada. Eu suspirei,
já pronto para que esta noite acabasse.

— Maravilhoso. Vamos aprender então, OK?

Eu estava dando a ele a configuração da terra,


mostrando como misturar o mais básico das bebidas e fazer o
registro de dinheiro quando Pick chegou bem antes de abrir,
me irritando com seu atraso habitual.

Por sua personalidade, o cara era meu companheiro


favorito, mas maldição, às vezes ele não chega até depois de
abrirmos.

— Legal que você finalmente se juntou a nós, — Eu


disse, jogando um avental de cintura para ele que bateu no
rosto.
— Você tem o chão com Ten esta noite. Os gêmeos
saíram. Este é o novato, Mason Lowe. Agora comece a
trabalhar.

Meu discurso abrupto e curto, para colocar ele em dia,


apenas o limitou a sorrir, os piercings de prata em sua
sobrancelha se moveram.

— Maldição, sua boca mandona nunca deixa de me


excitar, Gamble.

Eu suspirei porque Pick Ryan foi mais prostituto que


Ten e eu juntos. Eu acho que as mulheres gostam muito do
tatuado e piercings, a imagem de bad-boy. Mas se você me
perguntasse, eu diria que ele era a coisa mais distante de um
verdadeiro bad boy que um cara poderia ser.

Ele trabalhou seu rabo largo em dois empregos para se


sustentar, além de que ele respeitava as mulheres mais do
que ninguém que eu conhecia. Ele sempre foi o primeiro a
saltar e chutar o traseiro, se algum idiota bêbado estava
assediando uma mulher, e ele sabia exatamente o que dizer
para fazê-los felizes. Ele simplesmente ama tudo o que havia
sobre as senhoras, e elas adoraram tudo o que havia sobre
ele.

— Pick! O meu homem! — Ten veio para frente,


praticamente enfrentando o novo chegado.

— Graças a Deus que você não se atrasou muito. Parece


que temos o chão esta noite, filho da puta. Você tem o seu
protetor?
Quando ele fechou a mão em um punho e foi para bater
no brinquedo de Pick, Pick bateu com a mão para baixo.

— Hey, hey. Isso não é seu brinquedo, princesa. Alguma


senhora de sorte pode precisar usá-lo mais tarde. — Ten
bufou.

— Seja como for, viado. Você sabe que está guardando a


si mesmo para mim mais tarde. — Ele realmente atacou o
outro cara, em seguida, começou a foder sua perna.

— Não esta noite, querida. — Com a voz suave, Pick


empurrou Ten de volta pela testa.

— Estou com dor de cabeça.

— Que demônios. Você definitivamente me quer.

Como eles se afastaram ainda brincando e para trás


para destravar as portas da frente, Mason olhou na minha
direção.

— Você não estava brincando sobre a coisa protetora,


você estava?

Eu ri e balancei a cabeça.

—Não, eu não estava.

Ele empalideceu.

— Isso é o que eu temia.


Meia hora depois, já estávamos superlotados com
garotas bebendo seus cinquenta por cento em bebidas e
drinques e paus com tesão na esperança de colher os
benefícios. Eu assisti o novo cara fazer uma venda, sorrindo
inquieto para uma menina que entregou seu número de
telefone junto com seu pagamento em dinheiro. Uma vez que
ela virou as costas, ele jogou o pedaço de papel discretamente
para o lixo.

Aliviando a seu lado quando ele estendeu a mão para o


bocal errado para fazer um Tom Collins para a próxima
garota que não podia tirar os olhos dele, eu silenciosamente o
corrigi, passando a mão para alcançar a alavanca certa.

— Jesus, você está popular esta noite. Eu deveria ser o


grande negócio por aqui, mas toda mulher solteira que vem
até o bar passa por cima de mim para pedir você. Deve ser
uma coisa carne fresca.

Com um rolar de olhos, ele murmurou,

— Tenha todas elas. Não estou interessado. — Ele


bufou.

— Sim, eu poderia dizer.

Quando eu fui dizer a ele que poderia me passar na


próxima vez que uma garota cheia de mãos fosse entregar o
seu número, avistei um rosto familiar aproximando do bar.
Aliviado ao saber que alguém aqui veio me ver, e não Lowe,
eu pulei para frente com um sorriso pronto.

— Não é minha fã favorita. — Chegando em frente ao


bar para pegar Tianna pela parte de trás do pescoço e levar
do outro lado do balcão para um beijo rápido, mas
deliciosamente sujo, eu sorri agradecido para ela.

— Hey, Noel baby, — disse ela, distraída, imediatamente


se afastando de mim, para que ela pudesse jogar a cabeça em
torno de mim para dar uma olhada no Lowe.

— Quem é o cara novo?

Quando seus olhos brilhavam com luxúria, eu cerrei os


dentes e olhei Lowe com um olhar letal. Ele só sorriu
divertido com meu ciúme. Seu encolher de ombros parecia
dizer: 'Ei, o que você quer que eu faça sobre isso?'

De jeito nenhum eu deixaria minha fã de futebol


favorita. Então eu me virei para Tianna e menti através de
meus dentes.

— Isso é Milo. Acabou de sair da cadeia. Ele é casado


com três filhos.

Mas a mentira não pareceu dissuadir ela, no mínimo.


Ela ficou olhando e até mesmo jogou o cabelo antes de mexer
os dedos para ele em uma onda bonitinha antes de introduzir
a si mesma.

Porra. Eu não acho o cara de boa aparência, mas,


aparentemente, ele era algum tipo maldito de imã para as
mulheres. O bastardo. Olhar fixo perseguidor de Tianna
parecia constranger ele embora, porque ele prestativamente
acrescentou:

— Quatro crianças. Temos outro a caminho. — Eu sorri,


decidindo que ele poderia ficar bem depois de tudo.
— Onde está a sua amiga hoje à noite? — Perguntei a
Tianna, pegando sua mão para brincar com os dedos e
persuadir sua atenção para mim.

— Ainda teremos o trio que você me ofereceu? —


Tianna finalmente desviou o olhar de Lowe.

— Oh, desculpe. Marci tinha aula de dança esta noite.


Então nós vamos ter que fazer outro dia. Mas sim, não se
preocupe. Ela ainda quer isso. Eu juro que a calcinha da
menina deve ter ficado molhada por meses. Desde que eu
apresentei os dois durante essa festa após o último jogo de
futebol, ela não para de falar sobre você. É realmente
irritante.

— Então, ela fala de mim, hein? — Um sorriso lento se


espalhou no meu rosto, meu ego alimentado adequadamente,
sabendo que alguém ainda me prefere ao maldito Mason
Lowe. E o nome dela era Marci. Lindo.

— Bem, eu odeio fazer uma garota sofrer. O que dizer de


você arrumar algum dia? Em Breve.

— Claro. — Seu olhar retornou a Lowe como ela


continuou falando comigo.

— Você vai que festa da fraternidade próximo fim de


semana?

— Próximo fim de semana? — Eu gemi.

— Você está me matando aqui, Tianna. Eu preciso de


algo antes do próximo fim de semana.

Ela soltou um suspiro e me enviou uma carranca.


— Tá bom. Verei o que posso fazer.

— Você é a melhor. — Eu a puxo para outro beijo


rápido.

— Obrigado.

— Sim, sim. Apenas certifique de trazer o seu novo


amigo ali para a festa também, e eu te pago de volta... Com
um grande momento. — Ela correu uma unha no meu rosto
como seu rosto se iluminou com um sorriso diabólico.

Eu estava prestes a dizer para não tentar mesmo com


Lowe, ele parecia bem fiel a sua namorada, mas Ten apareceu
atrás dela.

— Tianna! — Ele deu um tapa forte na bunda.

— Você está pronta para me dar outra chance?

Bufando, Tianna virou para cruzar os braços sobre o


peito e brilho.

— Eu não perdi minha mente ainda, então... Porra. Me


toque novamente, e eu vou chutar suas bolas até sua
garganta.

Como ela se afastou violentamente, deixei escapar um


assobio baixo e tremi com o simples pensamento. Ten tinha
algum tipo de talento. Ele foi o único cara que eu sabia que
poderia irritar a rainha de sexo casual. Tianna nunca ficou
brava com qualquer cara, por qualquer coisa. Me fez
perguntar o que ele fez para ofendê-la. Então, novamente, ele
tinha dez anos. As possibilidades eram infinitas.
Depois de assistir a sua marcha para longe, ele se virou
para sorrir para mim.

— Ela me quer totalmente. Ela estava perguntando


sobre mim, não estava? — Eu ri.

— Entre me beijar, olhar para Lowe, e me juntar com


uma de suas amigas, não, seu nome não veio uma vez.

— Juntando, hein? Quem é sua amiga? Dra. Kavanagh?

Estreitando os olhos, apontei para ele


ameaçadoramente.

— Eu juro por Deus, se você não calar a boca sobre isso,


eu vou chutar suas bolas até sua garganta.

— Seja como for, homem. Você sabe que você quer sua
professora. — Então ele pegar o lugar de Mason e começou a
flertar com um par de senhoras sentadas no bar.

O triste foi, Ten só foi me provocando sobre ela, porque


ele tinha certeza que eu não queria ela, ao mesmo tempo,
Jesus, até mesmo a menção de seu nome agitava algo dentro
de mim.

Eu deveria ter pego número da Marci com Tianna. Eu


precisava de algo, qualquer coisa, para liberar os
pensamentos de uma determinada professora deselegante de
minha cabeça. Porque se isso mantém, eu, sem dúvida,
acabaria em uma tigela de merda cheio de problemas.
Quando chegou a hora de fechar, eu coloquei Lowe
na limpeza. Enquanto ele estava limpando o balcão de volta,
seu celular tocou. Ele pegou do bolso e, juro, logo que ele viu
o ID em sua tela, seu rosto se iluminou como uma criança na
manhã de Natal.

— Hey, ervilha doce, — ele respondeu, com a voz toda


rouco e privado, me deixando saber que ele deve estar falando
com sua namorada. Enfiando o telefone entre o ombro e a
orelha para que ele pudesse continuar o seu trabalho, ele riu
em resposta a algo que ela disse.

— Tem sido... Interessante. Vou dizer tudo sobre isso


quando eu chegar em casa. Oh, é? — Suas sobrancelhas se
ergueram, e eu só podia imaginar o que mais sua garota
estava sugerindo que eles fizessem quando chegar em casa,
porque todos os tipos de tesão iluminaram seu rosto.

Eu não conseguia parar de olhar quando eu assisti ele


falar com ela, no entanto. Foi tão... Estranho. Os caras do
time de futebol que tinham namoradas nunca pareciam feliz
quando suas velhas senhoras ligavam. Eles raramente eram
fiéis às suas meninas, sempre ficavam com garotas de uma
noite apenas, sempre que tínhamos jogos fora da cidade. Fez
eu me perguntar por que eles se preocupam em namorar com
uma menina.

Agora que eu pensei sobre isso, eu não cresci em torno


de qualquer casal monogâmico em minha vida. Minha mãe
raramente levava para casa o mesmo cara mais de duas
vezes, e todos os casamentos em nossa vizinhança
terminaram em divórcio ou viuvez. Então, ok, ele realmente
era raro para mim, ver um cara que com fala a sua menina
como se ele quisesse falar com ninguém mais no mundo. E
ele olhou tão feliz sobre isso, também. Era uma espécie de...
Doce.

Quando desligou com ela, ainda sorrindo, Lowe


embolsou o telefone e voltou ao trabalho, olhando como se
tivesse acabado de ganhar os campeonatos nacionais ou algo
assim.

— O que foi isso? — Ten queria saber como se


aproximar do bar com um punhado de óculos que precisavam
de limpeza.

— Você acabou de ganhar na loteria, novato?

— Hmm? — Lowe se virou e olhou para ele.

— Oh. Minha namorada. Ela só queria saber como a


minha primeira noite foi.

Novamente com a doçura. Foi um pouco cativante de


assistir a uma pura emoção tão aberta iluminar seu rosto
quando ele falou sobre ela. De repente eu estava muito
curioso sobre namoradas e monogamia. Talvez eles não
fossem tão terríveis como alguns dos caras do time faziam
parecer. Talvez não fosse o fim do mundo se estabelecer com
uma pessoa.

Quero dizer, ninguém nunca me ligou apenas para ver


como o meu dia foi. Ninguém se importou. Eu sabia que
meus irmãos e irmã me amavam, mas eles nunca ligaram
para apenas me tranquilizar sempre que eu estava nervoso
antes de um grande jogo, ou enorme teste, ou até mesmo me
perguntou como o dia foi. Não que eu me incomodava com
esse tipo de merda; eles tinham os seus próprios problemas
para se preocupar. Mas talvez, eu não sei, talvez fosse bom
se...

— Deus, novato, você está dominado, — Ten bufou e


estava fora de novo, limpando as mesas enquanto Pick varreu
o chão.

Eu me virei e terminei a contagem da caixa registradora,


um pouco envergonhado pelos meus próprios pensamentos.
Eu não tinha problema em ter companhia feminina nesta
cidade. As maiorias dos meus companheiros de equipe
reclamam sobre o quão sortudo eu era. Por que s eu estava
sonhando com algo mais?

Outro olhar rápido para Lowe, que estava cantarolando


alegremente, sim, cantarolando, me disse exatamente por que
disso. Ele tinha algo bom e confiável, algo que o fez feliz e
iluminou todo o seu dia. Ele não tem que atender a uma
menina nova a cada noite e tentar aprender dela em um par
de minutos para que ele saiba como encantá-la na cama. Ele
já tinha alguém que ele provavelmente conhecia por dentro e
por fora, e que sem dúvida o compreendia em troca. Ele não
tem que fingir que gosta de suas histórias apenas para ter
sua camisa ou agir como um quarterback fodão para manter
uma imagem. Ele poderia apenas ser ele mesmo com ela, e
aproveitar a vida.
Pela primeira vez na minha vida, eu estava com ciúmes
de alguém em um relacionamento sério. Me senti muito
desconfortável, mas eu simplesmente não conseguia me
ajudar. Lowe olhou tão maldito. E eu queria algo assim para
mim.
CAPÍTULO
CINCO
“Tudo o que eu sempre quis foi chegar e tocar outro ser
humano, e não apenas com as mãos, mas com meu coração.”

- Tahereh Mafi, Shatter Me

ASPEN

Eu adorava o cheiro de pipoca. Era o cheiro


proibido de uma juventude que nunca fui autorizada sentir o
gosto. Refrigerantes gaseificados também foram tabu na
minha casa.

Assim que eu pago minha Pepsi e pipoca no


estande, eu tive que respirar fundo e apanhar um punhado
de amanteigado do topo do pacote. A pipoca pulou dos lados
abarrotados e caiu no chão de cimento para misturar com
mais pipoca caído de todo lado das outras compras. Eu amei.
Foi tão confuso e despreocupado, algo que teria dado a meus
pais um ataque cardíaco.
— Obrigada, — eu dava o meu apreço à menina que
acabou de me entregar o meu lanche. Meus pais já teriam me
repreendido por falar com a boca cheia, mas aqui, ninguém
se importava. Deliciando com a minha desonestidade
vergonhosa, eu me virei e quase choco com duas garotas
esperando na fila atrás de mim.

— Eu tenho uma aula de álgebra com ele, e oh meu


Deus, ele é tão bom, — uma delas estava dizendo, nem
mesmo percebeu que eu estava ali.

— Verdade isso. — A segunda menina se abanou.

— Eu teria bebês de Noel Gamble em um piscar de


olhos.

Oh, Deus. Revirando os olhos, eu murmurei um duro, —


desculpe, — e virei de lado para passar entre eles. Mas isso
era ruim. Eu estava cobiçando o mesmo cara que um par de
cabeças ocas adolescente. O que havia de errado comigo? E
por que eu estava fazendo minha obsessão pior, assistindo ao
jogo de primavera... Onde ele iria, obviamente, estar jogando?

Talvez porque eu realmente gostava de futebol, apesar


de quanto todos os outros professores com quem trabalhei,
sem sentido, pensar que deve vir antes de uma boa educação.
Ou talvez eu só queria assistir Noel Gamble em calças
apertadas atirar uma bola em torno a tarde toda. Eu tremi
com o pensamento e entrei no estádio de futebol pela
primeira porta que encontrei. Meu lugar era mais de duas
seções, mas eu não me importo de caminhar. Ele ajudou a
limpar a minha cabeça para o que eu estava prestes a
assistir.

Alguns jogadores estavam no campo, aquecendo, mas


eu não sabia quem eram pelo seu número ou seus capacetes,
então me concentrei em encontrar o meu lugar. Estava
ocupado por dois ilegais, mas corri com um olhar aguçado
para o meu bilhete antes de enviar o meu olhar de professor,
com sobrancelha arqueada.

Uma vez instalada e com a minha pipoca em meu colo,


eu puxei a meu boné na minha cabeça, esperando que eu
tenha me disfarçado bem o suficiente. Indo incógnito também
foi parte da diversão. Desde que eu nunca ousei fazer
qualquer coisa que meus pais reprovavam quando eu morava
em casa, eu nunca tive a emoção de esgueirar para sair.

Aqui, onde foi perfeitamente bem para mim participar de


um jogo que iria amedrontar Mallory e Richard Kavanagh, eu
realmente não precisava chegar de mansinho. Mas ainda era
divertido fingir. Além disso, eu não queria ser reconhecida
como Dra. Kavanagh agora. Os alunos sempre abordavam
com algum tipo de questão de tarefa, e agora, eu só queria
ser Aspen, espectadora de homens quentes em calças
apertadas, quero dizer, do futebol. As pessoas tendem a não
me reconhecer quando eu estava vestindo jeans e uma
camiseta de mangas compridas com a mascote do campus,
um Viking nele. Então eu fui com ele.

Levantando meu quadril apenas o suficiente para puxar


a lista que eu comprei, eu desdobrei e imediatamente
verifiquei por você-sabe-quem o nome. Ele era o número
doze. Doze se tornou meu novo número favorito.

Sendo um jogo fora de época, este foi apenas um jogo


treino. E eu estava preparada para um show. Elaborando
sobre pipoca, eu comi punhados de uma só vez tomei minha
bebida, sentindo subitamente jovem e alegre. Mmm,
refrescante.

Criada por dois professores universitários que me


tiveram em seus quarenta anos, às vezes sentia como se eu
nunca tivesse sido permitida uma infância. Eles esperavam
que eu geralmente superasse os outros, e eu normalmente
tinha. Quando eu comecei a escola, eu imediatamente fui
presa em classes de superdotados. Eu sempre fui mais jovem
do que todos os meus colegas e ainda devia agir tão maduro
quanto eles eram, se não mais maduro por causa do meu QI.
E já que ninguém nunca quis se associar com a menina
anormal, gênio, eu nunca tive nenhum amigo que poderia ter
me ensinado como ser uma criança normal.

Hoje parece que poderia ser um daqueles dias em que


eu podia me sentir tão alegre como eu queria.

Este lado do estádio teve uma perfeita sombra do sol da


tarde, por isso, quando um vento suave soprou no meu rosto,
ele realmente me gelou um pouco. Eu abracei mais profundo
em minha camisa, enrolando meus ombros para frente para
manter o máximo de calor do corpo quanto possível, apenas
para saltar quando um agitado grupo de rapazes na outra
seção desatou a rir entre si.
Olhei a eles e sorri levemente de quanta diversão eles
estavam tendo. A dinâmica desconcertante de amizades
sempre me iludiu, mas de uma forma curiosa. Só porque
ninguém nunca tinha me dado sua amizade não significa que
eu não observava as panelinhas sociais ao longo dos anos, ou
desejava ser acolhida por um. Eu assisti, e invejava eles.

Mas, quando eu assistia o brilho da minha euforia


esmaecia, e meus ombros caíam, enquanto a solidão
penetrou. O grupo turbulento ficou mais alto quando os
caras se acotovelavam e passaram insultos amigáveis frente e
para trás, a criação de uma hierarquia de tipos.
Honestamente, como poderia ser tão maus amigos uns com
os outros e chamar nomes uns aos outros que eu não
chamaria meu pior inimigo, só para rir e sorrir como se
tivessem entregado o melhor elogio?

Deus, eu queria alguém para me chamar com um nome


sujo e, em seguida, passar um braço em volta de mim, me
apertando com companheirismo genuíno.

Com o meu próximo olhar para os rapazes altos, minha


testa enrugada com irritação e ciúmes. Será que eles têm que
esfregar sua felicidade assim? Eu sabia muito bem que eu
estava sozinha aqui sem um único amigo.

— Irritando a você também, não estão? — O homem ao


meu lado perguntou como ele olhou e viu minha expressão.

Pisquei e voltei minha atenção para ele, surpresa ao


encontrar ele sorrindo para mim. Ele parecia estar em seus
trinta, com cabelo castanho claro e olhos cor de chá para
combinar. Vestindo calça jeans largas e uma camiseta de
apoio a faculdade, ele poderia ser qualquer um.

Revirando os olhos ao exagero, ele inclinou a cabeça


para a multidão agitada.

— Parece que é sempre a minha sorte. Eu fico preso


pelos grupos rebeldes de idiotas imaturos em todo o estádio.
— Assim como ele disse isso, cada indivíduo no grupo
turbulento levantou quando um trio de garotas bonitas
passou.

Assobiando e piscando para elas, eles levantaram suas


camisas para mostrar suas barrigas pintadas, que soletrou a
palavra — Viking — com cada letra em uma garota diferente.
As meninas impressionadas riram e gritaram de volta elogios,
mas continuaram andando.

— Vê o que eu quero dizer? — O meu companheiro


definiu o cotovelo na parte de trás do assento vazio entre nós,
o que o fez parecer subitamente muito perto.

— Idiotas.

Enviei um pequeno sorriso, e não sobre a confessar que


tinha o desejo de ser um idiota junto com eles.

— Pelo menos eles se destacam com o espírito da escola,


— eu respondi diplomaticamente.

Jogando a cabeça para trás para revelar um forte


pescoço bronzeado, o homem riu.
— Isso é provavelmente a única coisa que eles são bons.
Eu juro que eu reprovaria pelo menos metade daquela
multidão.

Sentando reta, eu animei a atenção.

— Você é um professor na Ellamore?

Com uma espécie de aceno régio, ele estendeu a mão.

— Philip Chaplain. Eu sou professor no departamento


de história.

— Então nós somos vizinhos. — Brilhante, Peguei a mão


dele. Eu sabia que o edifício do departamento de história foi
localizado próximo ao Morella Hall, meu prédio, mas eu não
conhecia qualquer um de lá.

— Eu só comecei neste semestre, ensinando literatura.

Surpresa reinou em seu rosto antes de dar um sorriso


incerto.

— Você é assistente graduado?

Eu balancei minha cabeça.

— Não. Eu sou um professor do corpo docente. Como


você.

Geralmente me incomoda quando alguém me confundi


com um estudante ou um mero assistente do professor. Mas
Philip estava sendo tão bom, que eu o perdoei, sem um
pensamento.

Mais uma vez, ele pareceu surpreso e confuso diante do


seu rosto limpo.
— Oh. — Ele tirou a palavra quando reconhecimento
iluminou seus olhos.

— Você é... — olhar pasmo viajando sobre o meu rosto e


meu corpo para baixo até que seus olhos fizeram uma pausa
no meu peito, ele assentiu.

— Sim, é claro que é você.

Estas quatro palavras murmuradas me confundiram. É


claro que eu era o que? Tinha mesmo ouvido que eu era o
único professor no campus disposta a reprovar Noel Gamble?
Talvez Frenetti tinha razão. Eu teria uma má reputação se eu
não...

— Sua reputação a precede Dra. Kavanagh, — Philip me


tirou dos meus pensamentos, seu sorriso piscando com
cordialidade.

— Todos nós já ouvimos sobre o mais novo membro do


corpo docente de Ellamore uma vez, mas ninguém do meu
departamento realmente te conhecia ainda. Estávamos
começando a pensar que era um mito que o povo inglês criou,
porque você sabe, eles gostam de sua ficção.

Eu abstive de revirar os olhos para o trocadilho brega.

— Sim nós fazemos. Mas posso garantir que eu sou bem


real. Por favor, me chame de Aspen.

— Aspen, — repetiu ele, com os olhos assumindo uma


espécie de brilho e sua voz rouca baixando.

— Um nome bonito para uma mulher adorável.


Corei da cabeça aos pés, não sei como tomar tal elogio.
Eu meio que gostei, mas eu não tinha certeza se estava
autorizada a gostar. Antes que eu pudesse tropeçar em um
obrigada, o locutor do jogo falou no sistema de alto-falante,
chutando os eventos do dia na engrenagem.

Philip e eu viramos a nossa atenção para a zona de


finalização, onde um gigantesco Jumbotron sentava. Uma
série de clips de dois segundos de vários jogadores brilhou
em toda a tela, criando um monólogo de inspiração da equipe
como um todo. Quando eles mostraram Noel vestindo uma
camiseta de número doze com uma bola embalada em suas
mãos grandes, minhas entranhas saltaram com energia
incansável.

— É aquele momento em que tudo se resume a nada


mais que união e determinação para ter sucesso, — disse ele
à multidão antes de um novo rosto de jogador iluminar toda a
tela.

Ainda imaginando o número doze, porém, eu franzi os


lábios, lembrando mais uma palavra com D que usei para
descrever o jogo que ele jogou. Não foi união ou
determinação, mas desespero.

Eu ainda me perguntava por que ele disse isso e o que


ele quis dizer. Fazia dois dias desde o nosso encontro em meu
escritório e ele ainda tinha de fazer seu artigo de revisão, mas
eu estava curiosa para saber por que ele escolheu esta
palavra.
— Então, você gosta de futebol, hein? — A voz de Philip
invadiu meus pensamentos e eu literalmente pulei, o fazendo
rir e chegar a definir uma mão no meu ombro, me firmando.

— Desculpe por isso.

Eu acenei minha mão, perdoando instantaneamente.

— Não, está bem. Eu estava... Em devaneios. Mas, sim,


eu sempre gostava de assistir. É quase como um tabuleiro de
xadrez, mas mais... Físico. — Revirando os olhos, porque eu
provavelmente soei como uma idiota, eu dei um sorriso
tímido.

— Não há um monte de contato em minha vocação,


então eu sempre fui curiosa e um pouco estimulada por ele.

Olhando para cima para pegar sua reação, eu decidi


abruptamente física, contato e estimulada pode não ter sido a
escolha de palavras ideais. Esse brilho nos seus olhos que
começou quando ele disse meu nome retornado. Seus lábios
tremeram com um sorriso divertido.

— Eu adoro quando uma mulher é estimulada por


futebol, — foi tudo o que ele disse antes das pessoas na
multidão em torno de nós voarem para fora de seus assentos
e começar a aplaudir. Eu tirei minha atenção de Philip e virei
para o campo para ver todos os jogadores fazer a sua grande
entrada. Imediatamente, levantei com todos os outros.

Não demorou muito tempo para encontrar o jogador


número doze. Ele estava correndo perto da linha de frente,
vestindo uma camisa marrom, enquanto metade da equipe
usava branco. Com seu capacete e almofadas que fazem seus
ombros impossivelmente grandes, ele personificava a estrela
do futebol perfeito. Prendi a respiração e trouxe meus dedos à
boca, me esticando na ponta dos pés para que pudesse
manter um visual constante dele.

— Com Gamble como sênior no próximo ano, eu acho


que nós vamos ter o campeonato nacional, sem problema —
disse Philip, inclinando em direção a mim.

Eu pulei, já tendo esquecido que ele estava lá. Mas


sério? Como ele pode mencionar Noel Gamble apenas quando
eu estava pensando nele? Ugh, provavelmente porque eu
estava sempre pensando em Noel Gamble. Enviei o professor
de história um sorriso fraco.

— Então, ele é tão bom, hein?

O sorriso de Philip foi de conhecer e tipo de paquera.

— Basta ver. Ele é o melhor QB que nós provavelmente


já tivemos.

— Hmm. — Tentei não parecer muito intrigada.

Mas não havia maneira de mascarar a minha


antecipação vinte minutos mais tarde, quando o lado de Noel
tomou à ofensiva e ele correu para o campo. Em seu primeiro
jogo, ele acabou com o braço para trás assim que chegou no
centro estalou a bola em suas mãos. Com precisão perfeita,
ele jogou para outro jogador correndo pelo campo. Seu
receptor não teve que desacelerar ou acelerar. Ele nem sequer
tem que esticar para a captura. Ele simplesmente segurou os
dedos e bola pousou dentro do berço enluvada de suas
palmas.
— Oh, meu Deus, — murmurei, espantada.

— Ele pode ser o próximo Aaron Rodgers.

Perto de mim, Philip gemeu e depois riu enquanto


colocava a mão sobre o coração, fazendo uma careta.

— Deus, por favor, não me diga que você é uma fã de


Packers

Com um arco de minhas sobrancelhas, eu virei para ele,


pronto para defender a minha equipe com lealdade.

— É claro. Por que, qual time você torce?

— Olá! Estamos em Illinois. Sou Bears. — Eu franzi o


nariz, mas ele foi rápido em acrescentar:

— Mas meu quarterback favorito no campeonato é Tom


Brady.

Balançando a cabeça, eu o deixei ter aquela. Brady não


era ruim. Não é de todo mal. Mas...

— Eu sou muito parcial para Alex Smith mesmo.

Desta vez, foi à vez de Philip acenar como se me


permitindo essa concessão antes de acrescentar:

— Pelo menos você não disse Manning.

Eu sorri.

— Qual?

Ele apontou para mim, um grande sorriso se


espalhando pelo rosto.

— Porra, você sabe seus zagueiros. Muito bom, Dra.


Kavanagh. — Ele nunca me disse se estava falando de Eli ou
Peyton, mas ele parecia tão impressionado com o meu
conhecimento de esportes, eu acho que isso não importa.

Satisfeita que eu tinha sido capaz de impressioná-lo, eu


sorri de volta e lembrei ele,

— É só Aspen.

— Certo. Aspen. — Como seu olhar aquecido da


maneira interessada masculina dele, eu mordi o interior do
meu lábio, não tenho certeza o que fazer com toda a sua
atenção.

Em torno de nós, o estádio foi à loucura. Levei minha


atenção para o campo apenas a tempo de ver o número doze
esquivar de um defensor desmedido e saltar para a zona de
finalização, marcando um touchdown.

— Ei, o que você vai fazer no próximo sábado? —


Perguntou Phillip, me distraindo de novo, e me chocando.

— Porque eu adoraria levá-la para sair.

Fiquei de boca aberta.

— Umm... — Eu não podia acreditar nisso. Eu vim aqui


para cobiçar outro homem, e acabo sendo convidada para
sair por um colega de trabalho. Balançando a cabeça, porque
eu ainda estava confusa com o fato de que isto realmente
estava acontecendo, eu gaguejava.

— Não é contra a administração da universidade esse


tipo de coisa? Colegas de trabalho... Se misturando?

Philip deu de ombros.


— Eu não chamaria exatamente nós de colegas de
trabalho. Nós trabalhamos em departamentos totalmente
diferentes. Além disso, não somos o único casal de membros
do corpo docente no campus que é casada com outro. A única
política que tenho certeza que eles têm sobre a mistura é
entre professores e alunos.

Olhei para número doze no campo, que atualmente


estava sendo atacado por seus companheiros de equipe como
eles o felicitando. A pontada no meu peito me disse que eu
estava desapontada ao ouvir a política professor/aluno em
voz alta, embora eu já soubesse que existia. Fiquei ainda
mais perplexa sobre minha reação porque, mesmo se
tivéssemos livres até à hoje, Noel Gamble nunca me daria à
hora do dia, e a última coisa que eu precisava era um homem
puta como ele. Então, por que eu estava chateada?

Voltando para Philip, eu respirei fundo. Meu coração


bateu rápido no meu peito, incapaz de acreditar que iria
realmente fazer isso.

— Ok, então, — eu disse.

— Sim. Eu acho que eu gostaria disso.

Ele sorriu de volta.

— Sério? — Quando eu balancei a cabeça, ele respirou


fundo e me enviou um enorme sorriso aliviado.

— Ótimo. É um encontro, então.

Uau. Um encontro.
Um elogio da multidão levou minha atenção para o
campo assim como a defesa interceptou a bola e ofensa e
Gamble trotava de volta para o campo.

Eu balancei a cabeça em confusão. Eu não poderia


ajudar, mas pergunto o que número doze faria se soubesse
que ele acabou de me ajudar na criação de meu primeiro
encontro em 18 meses. Desde que ele me odiava, eu tenho
certeza que iria aborrecê-lo, então eu sorri ainda mais. Bom.
Ele serviu o cara certo para fazer pensar sobre ele como
forma inadequada que eu fiz.
CAPÍTULO
SEIS

“Os homens vão para muito maiores comprimentos para

evitar o que eles temem que para obter o que desejam.”

- Dan Brown, O Código Da Vinci

NOEL

Terça de manhã, entrei na sala de Literatura irritado e


nervoso. Vindo direto do laboratório de impressão mais
próximo, onde eu imprimi um trabalho reescrito de oito
páginas para Dra. Kavanagh, me senti aberto e cru.

Ela exigiu que eu tinha que falar sobre os meus


sentimentos. Então, eu falei. Eu derramei a minha alma no
papel mudo. Eu cavei dentro de mim e coloquei tudo na
linha, descobrindo coisas que eu não percebi que eu ainda
sentia.
Sem dizer uma palavra à mulher já sentada atrás
da mesa procurando algo em uma pasta aberta, eu deixei as
páginas grampeadas em um canto da mesa, virado para
baixo.

Sua cabeça ergueu, grandes olhos verdes a fizeram


parecer muito jovem para ter um PhD. Estreitando o meu
olhar, eu levei um segundo a olhar antes de me virar e ir para
o meu lugar.

Após me acomodar na cadeira, olhei a frente para


vê-la olhando para o trabalho com curiosidade. Então, sem
ler, ela colocou cuidadosamente para fora da mesa e no bolso
interior da sua pasta. Depois de fechar o trinco, ela levantou
a atenção e começou a aula... Como se nada na terra tivesse
acontecido.

Deixei escapar um suspiro. Acabou. Acabou. Eu


não tinha que reescrever esta coisa estúpida e
ridícula. Embora um par de meus dedos estivesse enfaixado
porque eu bati no jogo este fim de semana, eu tamborilei
incessantemente na minha coxa. Eu não conseguia tirar o
meu olhar da pasta fechada. Com sangue correndo pelas
minhas veias como um trem em alta velocidade, eu
simplesmente não conseguia deixar pra fora este louco,
inquieto, pânico que estava sentindo, me inundar.

No meio da aula, de repente, percebi o que fiz. Eu


deixei uma mulher que eu não gostava saber meus
pensamentos mais íntimos. Jesus, eu derramei tudo para ela,
todos os meus medos e inseguranças, meus mais profundos
desejos e sonhos, minha infância ferrada e todos os
problemas dos meus irmãos, também. E o meu maior segredo
que nunca.

Agora ela sabe quantas vezes eu tive que ficar em


casa para cuidar das crianças enquanto minha mãe nos
deixou, para ficar bêbada e chapada antes de ela chegar em
casa para foder algum estranho o mais alto possível no nosso
sofá. Ela sabe quantas vezes eu explodi na escola por ser um
membro da família Gamble. Ela sabe exatamente o quão mal
todo mundo na minha cidade natal realmente pensa de mim.
Ela sabe... Ela sabe...

Puta merda, ela poderia me quebrar com todo o


material que eu acabei de entregar para ela. O que eu fiz? O
que eu pensei ao escrever toda essa merda? Assim que eu
comecei a escrever, porém, propositadamente fui ao mar em
meus pensamentos e sentimentos e na casa da vida, eu não
parava, estava incapaz de parar. As palavras sangraram para
fora.

Mas agora... Agora...

Um suor frio vazou pelas minhas costas. Eu não ouvi


uma palavra da discussão acontecendo ao meu redor. Eu só
podia olhar em desgraça desoladora nessa pasta preta
fechada.

Assim que ela dispensou a classe uma hora e meia mais


tarde, eu saio da minha cadeira, determinado a corrigir esta
situação. Passando os últimos outros estudantes para pegá-
la antes que ela saia, eu a encontrei ainda em sua mesa. Ela
reabriu a pasta dela para definir as notas quando cheguei
nela.

— Dra. Kavanagh? — Totalmente fora do ar, a minha


voz fez com que ela se assustasse. Ela olhou para cima, e eu
estendi a minha mão, impaciente.

— Acabei de lembrar algo que me esqueci de colocar no


trabalho. Posso pegar de volta?

Com um elevador de suas sobrancelhas, ela zombou.

— Eu não sei. Você pode?

Eu mal abstive de revirar os olhos. A mulher, sem saber,


tinha o poder de me esmagar em nada inocuamente sentado
em sua pasta, e ela queria ficar brincando, corrigindo a porra
da minha gramática? Ele imaginou.

— Posso? — Eu disse gentilmente. Eu jogaria seu jogo


enquanto eu tivesse o trabalho de volta.

— Sinto muito, mas não. — Me dando um sorriso tenso,


ela bateu sua pasta fechada, o som ecoando através do meu
peito e apertando meus músculos de pavor. Não? O que ela
quis dizer com não?

Como ela segurou a maçaneta e puxou a pasta fora de


sua mesa para sair da sala, eu persegui seus passos. Mas ela
não pareceu notar, então eu esquivei ao redor dela para
bloquear a saída.

— Mas eu me esqueci de corrigir. Me dê mais algumas


horas, e eu vou devolver para você. Eu juro.

Ela balançou a cabeça.


— É tarde demais, Sr. Gamble. Eu já te dei mais de uma
oportunidade para corrigir o seu grau do que qualquer outra
pessoa na classe. Esta é a última vez que eu vou aceitar
qualquer coisa para esse trabalho. — Ela começou a andar
em volta de mim.

— Então eu vou tomar o D original, — Eu explodi, além


de frenético. Merda, o que eu estava dizendo? Eu não podia
aceitar o D. original, mas tinha que ser melhor do que ela ler
o meu trabalho.

Dr. Kavanagh desacelerou para uma parada. Quando


ela levantou o rosto e arqueou essa sobrancelha maldita dela
de novo, eu cedi, pronto para descer em ambos os joelhos,
implorando.

— Eu estava com raiva, tudo bem. — O grosso na minha


voz revelou meu desespero, e eu odiava isso. Mas eu
continuei implorando, precisando que ela desista do meu
trabalho mais do que eu precisava da minha próxima
respiração.

— Você me desafiou, e eu respondi com algum tipo de


reação instintiva. Eu não tive a intenção de escrever toda
essa merda. Então... — Eu estendi minha mão
cautelosamente, como se aproximando, um animal selvagem
encurralado e ferido.

— Apenas me deixe refazer tudo. Uma última vez. Por


Favor.
Ela ficou boquiaberta para mim, seus olhos verdes
arregalados com o choque. Olhando para minha mão, ela
disse:

— Agora eu realmente me sinto compelida a manter este


trabalho, só para ver o que você escreveu.

— Droga, — eu rosnei.

— Devolva a porra do trabalho. É meu!

Sem pensar, peguei sua maleta. Ela pulou, empurrando


fora do meu alcance.

— Senhor. Gamble! O que você pensa que está fazendo?

Percebendo que acabei de fazer, eu me afastei, apenas


para levantar os dedos trêmulos na minha boca e apertar os
lábios, mantendo no impulso instintivo de me desculpar.

Mas, Jesus. O que eu estava pensando? Para fazer isso


a ela apenas fora de uma sala de aula, enquanto centenas de
estudantes passando estão testemunhando?

Eu balancei a cabeça e fechei os olhos, puxando meu


juízo disperso de volta a mim. Calma, Gamble.

Quando eu abri meus olhos, ela ainda olhava para mim


com olhos arregalados e cautelosos. Uma sugestão de medo
agitava nessas profundezas verdes, e eu experimentei um
profundo pesar que eu não poderia mesmo nomear. Eu abri
minha boca para me desculpar, mas mais uma vez, eu me
parei.

— Que seja, — eu murmurei, me afastando.


Foram apenas palavras. Palavras não eram nada. Se ela
tentar fazer alguma coisa disto, eu ia encolher os ombros e
dizer que eu inventei. Somente paus e pedras poderiam me
quebrar, certo? Eu faria sua resposta sem sentido para as
palavras que vieram fora de minha parte.

Eu girei para longe antes que eu pudesse me


envergonhar ainda mais. Mas puta merda, este
provavelmente, vai me quebrar. Não só eu dei a ela o poder de
esmagar o meu espírito em um nível pessoal, mas eu também
dei uma razão muito válida para me chutar de sua
universidade de forma permanente.

“Você nunca realmente entende uma pessoa até considerar as


coisas do seu ponto de vista... Até que você esteja dentro de sua pele
e ande nela.”

- Harper Lee, To Kill a Mockingbird

ASPEN

Eu estraguei tudo. Abri o trabalho de Noel Gamble


li em meu escritório. Eu apenas não poderia me ajudar. A
maneira como ele me confrontou para ter de volta, para me
impedir de ver o que ele escreveu, me deixou curiosa e me
deixou um pouco abalada. Por um breve momento, eu pensei
que ele iria me derrubar, para recuperar o trabalho. Ele
estava desesperado o suficiente.

Então seu rosto desapareceu, e ele parecia tão


chocado e consternado por suas ações, eu estava preocupada
que ele ia explodir em lágrimas. O que era pior, se ele tivesse,
eu faria algo igualmente horrível, como abraçá-lo. Ou dar o
seu trabalho de volta.

Graças a Deus eu não fiz nenhum.

Porque uma vez que eu comecei a ler seu ensaio,


eu não conseguia parar. Era como assistir a um acidente de
carro fatal, observando sua vida horrível se desdobrar, cada
frase repuxa as lágrimas de cada vez.

Meu peito doía quando eu terminei a última linha


do texto. Droga. Noel Gamble não era para ser assim. Ele não
deveria ter uma infância tão difícil, ou possuir qualidades
resgatáveis, ou me fazer sentir qualquer tipo de compaixão
por ele. Ele não deveria chegar em minha alma e ter um apoio
do meu coração ou me fazer ter estes sentimentos,
exatamente como ele acabou de fazer. Ninguém deve ser
capaz de fazer isso em oito páginas em espaço duplo. Mas ele
fez.

Minhas bochechas ainda estavam molhadas pelas


lágrimas que caíram. A leitura de seu trabalho estúpido,
incrível e bem escrito.
É possível ele ter mentido. Ele poderia ter
inventado tudo isso só para ter o trabalho feito. Mas do jeito
que ele reagiu depois da aula mais cedo, eu sabia que ele não
tinha. Estes eram seus verdadeiros pensamentos. Seus
verdadeiros sentimentos. Suas verdadeiras ações.

Ele quebrou as regras, fez coisas que eu


normalmente seria intimidada, mas ele fez isso pela mais
nobre, mais doce, razão mais incrível. Seu amor desesperado
por seus irmãos deram à determinação para chegar onde ele
estava hoje.

Eu tremi, abraçando seu trabalho no meu peito


quando as últimas das minhas lágrimas secaram no meu
rosto. Se alguém tivesse me amado do jeito que ele amava
seus irmãos e irmã.

Bem, uma coisa era certa. Noel Gamble conseguiuo


impossível; ele conseguiu refazer completamente meu ponto
de vista dele.

Oh, porra.
CAPÍTULO
SETE

“Suas emoções são os escravas de seus pensamentos, e você é o

escravo de suas emoções.”

- Elizabeth Gilbert, Comer, Rezar, Amar

NOEL

— Então, o que você acha que eu devo fazer?

Gemendo, eu fechei os olhos e deixei a parte de


trás da minha cabeça bater com a superfície do banco para
levantar pesos que estava abaixo de mim. Acima de mim a
barra que eu tinha acabado de levantar, descansou
solidamente nas colunas cromadas.

— Eu não sei, Caroline. — Era muito cedo para


isso. Eu trabalhei até tarde na noite passada, e eu tive a noite
das senhoras para olhar para frente novamente esta noite
com ainda apenas quatro de nós homens em todo o bar.
— Quão ruim é o machucado?

— O que quer dizer, com quão ruim é? — A minha irmã


gritou através do telefone.

— É uma maldita contusão... em torno de seu olho.


Você sabe a pequena gangue de bandidos, eles bateram nele.

Eu solto um suspiro exausto. Nós realmente


precisávamos de um quinto barman no Proibida.
Imediatamente. Eu amava o dinheiro que trabalhar horas
extras trouxe, mas isso ia me matar.

— Sim, provavelmente, —disse sem entusiasmo, apenas


para bocejar.

— Oh, meu Deus. — repreendeu Caroline.

— Não finja que se preocupa com nós ou qualquer coisa.


Nosso irmão do meio brigou com uma gangue. Mas o pobre
Noel está tão cansado.

— Cristo! — Sentei, de cara feia em toda a sala de


treinamento como eu cortei minha irmã fora.

— Me desculpe se eu não estou completamente com ele.


Eu tenho trabalhado pra caramba para ajudar a apoiar você,
você sabe. O que me lembra, você conseguiu a última
verificação que eu enviei na segunda-feira? — Ou será que a
nossa mãe interceptou novamente e comprou mais drogas?

— Sim, chegou ontem, mas isso não ajuda.

— O que você espera que eu faça? Dirija 12 horas para


voltar para casa chutar as bundas dos pequenos 'punks? Eu
nem tenho um carro.
— Eu quero que você fale com ele.

— Tudo bem. — Esfreguei minhas têmporas doloridas.

— De o telefone a ele.

— Ele está dormindo agora.

Com um suspiro, eu fechei os olhos.

— Ok, então. Vou ligar mais tarde hoje depois das aulas
e antes de ir para o trabalho. Agora, que tal Colt? Ele ainda
está se sentindo melhor?

A febre persistiu por alguns dias depois de seu episódio


com infecções na garganta. Caroline me ligou chorando no
sábado, pouco antes do meu jogo, eu ia perguntar se ele já
estava melhor novamente, mas depois de ontem, ela
finalmente informou que ele voltou para a escola.

— Oh, ele está bem. Nem parece que ficou doente. Eu


não sei por que eu estava tão preocupada.

Eu sorri com carinho.

— Porque você é uma pessoa preocupada desde que


nasceu. Você provavelmente está se preocupando como nós
falamos sobre essa dança você tem neste fim de semana.

— Não estou, — ela argumentou, mas eu podia ouvir o


sorriso em sua voz.

Eu ri, apenas para cair sóbrio quando perguntei:

— Mamãe voltou para casa?

Era uma pergunta que eu raramente me incomodava em


fazer, mas minha irmã parecia mais estressada que o
habitual. Ela precisava de um descanso. E por mais horrível
que nossa mãe era, a presença dela tinha que ser melhor do
que nada.

— Ela veio por algumas horas na terça-feira à noite.


Comeu metade da comida na geladeira, em seguida, tomou
um banho e foi embora de novo.

Revirei os olhos.

— Parece normal. — Pelo menos ela não levou algum


perdedor com ela para perseguir meus irmãos neste
momento.

Quando um suspiro veio pelo outro lado da linha, eu


sentia o desejo de fazer Caroline sorrir. Ela não sorria muito.
Eu poderia dizer, ouvindo o som de sua voz.

— Então, você tem um novo vestido para o baile? —


Perguntei não me importando com vestidos, mas amando a
minha irmã incondicionalmente.

— Sim. Meus amigos e eu fomos fazer compras depois


da escola na terça-feira.

Eu balancei a cabeça.

— Qual é a cor? — Quando um cara no equipamento a


uns metros a distância parou para me enviar um olhar
estranho por fazer essa pergunta, eu virei. Ele poderia pensar
o que quisesse sobre mim. Eu sabia que falando sobre
vestidos ia incentivar Caroline. E fez.

— Azul, — ela respondeu, com a voz visivelmente


iluminada.
— Bem, verde-azulado, tecnicamente.

Eu não tenho ideia que cor era, mas isso não importava.
Caroline seguia divagando, descrevendo seu comprimento e
tipo de tecido e a quantidade de babados.

— Sander veio ontem à noite para que ele pudesse ver a


cor e encontrar um colete para corresponder.

Minhas sobrancelhas levantadas.

— Ele foi, hein?

— Oh meu Deus. Nada aconteceu. Eu juro, você é o


irmão mais super protetor que nunca. Colton estava aqui o
tempo todo. E ele seguiu Sander onde quer que fosse.

— Apenas Colt? Onde estava Brandt?

— Eu te disse, ele estava fora apanhando desse bando


maldito

— Tudo bem. Eu esqueci.

Já sabia exatamente o que diriaa Brandt para ajudar a


ficar longe de problemas, eu bocejei novamente. Porra, eu
precisava de mais sono. Meu cérebro estava confuso.
Fechando os olhos, eu imaginei meu colchão no apartamento
e me perguntei quanto tempo seria antes que eu pudesse
descansar minha cabeça em meu travesseiro novamente,
enrolar sob os lençóis, e só...

Inesperadamente, uma imagem de minha professora de


Inglês apareceu em cena. Seu cabelo estava todo espalhado
na cama e seu blazer foi jogado ao pé da minha cama.
Quando as mãos macias do fantasma deslizaram até meu
peito nu, eu pulei e arregalei os olhos abertos.

Jesus, seria definitivamente muito tempo desde que eu


tinha ficado com uma menina.

Ainda suado e sem camisa, de levantar os pesos na sala


de treinamento da universidade, notei Quinn Hamilton se
aproximar, provavelmente querendo mais dicas de arremesso.
Eu dei um suspiro interno.

— Eu tenho que ir, Care. Mas vou verificar com Brandt


hoje mais tarde, descobrir o que está acontecendo com ele.
Ok?

Ela resmungou algo que eu não entendi, mas


finalmente consentiu e me disse que me amava antes de
desligar.

Há próxima meia hora se passou com os exercícios mais


intensos, revendo diferentes jogadas e movimentos com
Hamilton, o ensinando a ser um jogador melhor do que eu
era. Deus, eu esperava que ele não ficasse melhor do que eu.
Tudo isso não valia a pena se eu acabaria perdendo meu
lugar no time e nem mesmo ganharia a atenção de olheiros
da NFL.

Alguns dias, eu só queria deitar e dormir, ou fugir do


trabalho, ou simplesmente ignorar o treinamento pesado e
nem mesmo frequentar as aulas. Mas eu tinha uma sensação
de que se ele falhasse, mesmo que só uma vez, iria me
assombrar. Então fui em frente, trabalhando com tudo o que
eu tinha e esperando que tudo terminasse bem.
Mas, Deus, eu estava tão cansado. Senti que havia
um peso de vinte quilos no meu peito. Se eu pudesse
descarregar toda a minha porcaria para outra pessoa, falar
com alguém...

Caroline podia contar comigo para ouvir seus


problemas, mas eu não disse a ninguém sobre todos os meus
problemas e preocupações. Nem mesmo Ten. Ele não tinha
ideia de como minha vida era fora de Ellamore.

Ainda meio aéreo depois da minha noite sem


dormir, eu tropecei para a aula. Eu estava tão longe, esqueci
completamente sobre o trabalho que entreguei a Dra
Kavanagh na terça-feira. Eu não lembrava nada disso quando
entrei na sala no piloto automático... Até que ela chamou
meu nome. Porra, mas a voz dela sempre fazia algo em mim.

Eu parei com o pé levantado na escada para dar


primeiro passo em direção ao fundo da sala onde eu vi Ten
sentado. Virando o meu olhar, eu olho em sua direção, mas
ela não estava olhando para mim. Com sua atenção em um
papel que estava examinando em sua mesa, ela estendeu a
mão e levantou outra pilha grampeada fora da sua pasta e
estendeu para eu ir buscar. Meu estômago caiu. Merda. Ela
já leu?

Eu congelei, incapaz de mover uma polegada. Ela


continuou lendo a folha em sua mesa por mais dez segundos
antes de finalmente levantar o rosto e me arquear uma
sobrancelha seca. Ela mexeu o meu papel em um convite
para ir pegar, eu só olhava para ela, toda a minha vida
passando diante de meus olhos.

Ela leu o meu trabalho, e agora ela sabia. E, huh,


eu acho que eu descarreguei todos os meus problemas em
alguém depois de tudo, não tinha? Merda, por que tinha que
ser ela? Estudei seu rosto com cautela, temendo o pior. Mas
ela deu nada, exceto uma expressão meio irritada porque eu
não estava me movendo.

Ela tinha que ser uma daquelas pessoas que foram


capazes de colocar uma boa cara de pôquer, certo? Eu não
podia dizer nada do que ela pensava.

Mais preocupado com o que ela deve pensar de


mim agora do que eu estava preocupado com a minha nota
real, eu dei um passo em direção a ela, apenas para fazer
uma pausa. Deus, eu não quero pegar de volta. Tinha que um
grande vermelho, me dizendo exatamente o que ela ia fazer
com todo o seu conhecimento recém-descoberto sobre mim.

Baixando o olhar para o meu trabalho em sua mão


levantada, eu caminhei os últimos passos e peguei, apenas
para enrolar em um tubo, então eu não podia ver a nota ou
todos os seus comentários nas margens.

Meu coração bateu no meu peito enquanto eu


andava sem ver a minha mesa. Ela leu. Ela sabia. Então, o
que ela pensa de mim agora? E o que ela vai fazer sobre tudo
o que ela aprendeu?

— O que você ganhou? — Ten exigiu assim que me


sentei. Olhei para ele, mas eu não o vi. O medo e a ansiedade
embaralharam minha visão; Eu só podia sentir a perda do
meu trabalho quando ele puxou o ensaio da minha mão.

— Ei! Cretino. — Eu peguei de volta antes que ele


pudesse desenrolar.

— Tira as mãos, idiota.

— Bem, o que você está esperando? Que a fada mágica


venha e transforme em um A?

Eu ergui meu queixo e dei a ele um olhar. Quando ele


apenas olhou para trás, esperando, suspirei e revirei os
olhos. Tentando agir como se não fosse o fim do mundo, eu
lentamente desenrolei as páginas, com a esperança em Deus
que ele não percebeu o leve tremor em minha mão.

Quando eu vi um A olhando para mim, meu queixo


caiu. Eu pisquei, pensando meus olhos ainda estavam
ferrados. Mas o A não ia embora.

— Puta merda.

— O quê? — Ten puxou da minha mão de novo, mas eu


estava muito chocado para arrancar de volta.

— Puta merda, — ele repetiu. Sua boca se abriu muito


quando ele levantou as sobrancelhas para mim. Em seguida,
ele se inclinou para sorrir.

— E você disse que não transa com ela, seu maldito


mentiroso.

— Desculpe? — Instantaneamente irritado, eu puxei o


papel de volta e segurei no meu peito.
— Eu ganhei essa pontuação, muito obrigado. — Ele
ergueu as mãos.

— Ei, eu sou todo para melhorar sua nota com um


trabalho de apoio. Mas ir de um D a um A? — Ele olhou ao
redor antes de se inclinar para mais perto.

— Cara, isso é suspeito. O que você tem que fazer para


ganhar?

— Nada. — Eu rosnei, franzindo o cenho para ele. — Eu


tive que fazer um novo trabalho.

Ten ergueu as sobrancelhas com incredulidade.

— Realmente? É isso aí?

— Sim. — Com os olhos furiosos eu o olhei para baixo


até que ele levantou as mãos novamente e recuou.

— Ok, homem, — disse ele, mas sua expressão com


alegria como se ele sabia mais.

— Se você diz... Animal de estimação do professor.

— Eu, porra.

Quando a Dra. Kavanagh levantou e começou a aula,


Ten virou para frente da sala, mas eu continuei olhando
fixamente para a parte de trás de sua cabeça. Eu queria
continuar discutindo com ele, dizendo o quanto eu me
esforcei para ganhar esta nota. Dizer muito bem que eu
mereci também.

Mas, como ele, eu também achei que era impossível de


acreditar.
Na frente, minha professora agia calma e fria como
sempre, como se ela não soubesse todos os meus segredos.
Enquanto ela está tentando ficar discreta, eu olhei para ela,
esperando o momento de ela olhar para mim e revelar o que
pensava de mim agora o que eu faria com a minha infâmia,
mas durante todo o tempo, ela nem olhou na minha direção.

Eu não queria admitir, mas fez eu me sentir mal. Eu


compartilhei algo pessoal com ela, e ela não se preocupou.
Nada sobre ela tinha mudou. Rangendo os dentes, olhei para
cima da minha mesa, decepcionado que ela não parecia tão
alterada como eu me sentia.

Após a aula, eu saio com todos os outros, evitando olhar


em sua direção. Eu esperei até que eu tive um momento a
sós, longe das pessoas,

Antes de ir para o banheiro e me trancar em um


cubículo. Só para ter certeza de que ainda tinha um A, eu
peguei meu trabalho da minha bolsa. Ele não tem um sinal
de mais ao lado como Sidney Chin teve, mas ainda tinha a
bela letra escarlate através da parte superior.

Olhei para baixo para me certificar de que era o mesmo


trabalho que entreguei e eu finalmente vi pouca gramática
marcando o que fiz, corrigindo vírgulas e palavras com erros
ortográficos. Não há notas rabiscadas nas margens até que
eu virei para a última página. Depois do meu último
parágrafo, o encerramento, ela escreveu uma linha, 'muito
melhor. Eu sabia que você podia compreender o conceito da
atribuição'.
Eu pisquei. Foi isso? Eu disse a ela sobre a vez que um
dos homens da minha mãe bateu em mim quando ele chegou
drogado em nossa sala de estar. Eu disse a ela sobre todos os
esconderijos que encontrei para meus irmãos, sempre que
minha mãe bebia demais e estava chateada. Mas o papai
Mack de tudo, eu disse a ela como guardei todo o meu
dinheiro para pagar ao nerd da escola para corrigir o meu
GPA no sistema de computadores da escola para que eu
tivesse uma melhor chance de receber uma bolsa de estudos
na universidade.

Eu era uma farsa e um mentiroso e não pertenço aqui.


E agora ela sabia disso. Se ela quisesse, ela poderia fazer todo
mundo saber disso, também. Ela poderia me arruinar.

Eu não tinha ideia de por que me incriminei assim. Ela


poderia ter ido para a administração e me entregado. Mas as
minhas transgressões estranhamente me fizeram lembrar o
personagem Gatsby do seu livro e como ele enaganou e
mentiu para dar tudo para a mulher que amava. Eu fiz isso
para as três pessoas que eu mais amava no mundo.

E tudo que Kavanagh tinha a dizer sobre isso era muito


melhor?

Jesus. O que isso significa? Ela manteria o meu


segredo? Ela usaria contra mim? Ela nem mencionou para
mim?

Eu virei de volta para a primeira página e olhei para a


nota que ela me deu. Eu tinha uma sensação de que ela não
teria escrito um A se ela tivesse quaisquer planos de
conseguir me expulsar de Ellamore. Ela poderia ter mostrado
o trabalho diretamente a seu chefe da cara azeda. Mas ela me
deu um A. E ela entregou as provas de volta a mim.

Eu soltei um suspiro e, finalmente, os músculos do meu


estômago relaxaram. Merda. Ela estava me dando outra
chance. Eu estava de volta no jogo e realmente me senti bem
pela primeira vez em todo o semestre sobre a possibilidade de
poder ter sucesso em tudo isso.

Eu ainda estava flutuando com a pontuação


incrível na manhã seguinte, quando vi treinador Jacobi na
sala de treinamento.

— Ei, Gam! — Ele chamou na sua voz de treinador.

— Como você fez naquele trabalho de recuperação que


você escreveu para sua aula de literatura?

Fiz uma pausa e inclinei a cabeça para o lado. Como ele


sabia que eu consegui falar com Kavanagh para me deixar
refazer um trabalho?

— Eu tenho um A. — Murmurei, curiosamente.

— Como você sabe sobre isso? — Oh, porra. Talvez


Kavanagh foi falar com ele depois de tudo e disse a ele que se
enganou na minha nota alta.

Meu treinador apenas sorriu.


— O Quê? Você acha que eu não mantenho o controle
sobre o meu jogador estrela? Jesus, Gamble, eu estive
observando sua nota escorregar todo o semestre nesta classe.
Pensei que estava na hora de ter uma palavra com Frenetti, o
reitor do departamento de Inglês. Fico feliz em ver que eles
estão finalmente pondo de volta em forma.

Fiquei de boca aberta. Eu não podia acreditar nessa


porra. Eu sabia que Kavanagh foi forçada a me dar outra
chance pelo seu reitor, mas eu não sabia... Porra, meu
próprio treinador? Até tu, Jacobi?

E aqui, eu pensei que eu realmente ganhei esse A.


Mas... Talvez ela realmente tivesse tentado dizer a alguém
como eu enganei para obter minha bolsa de estudos. Talvez
ninguém tivesse dado ouvidos a ela. Talvez...

Me senti subitamente doente. Se ela foi forçada a me dar


uma boa nota, então o que eu realmente ganhei no meu
trabalho? Se fosse apenas outro D?

Desde que eu pisei no campus, eu andei em linha reta.


Eu trabalhei pra caramba para ser um bom jogador, um
estudante bom, honesto e um bom funcionário no Proibida.
Mas se os outros estavam mentindo e enganando a mim, isso
significava que eu era incapaz de melhorar, condenado a ser
uma fraude para o resto da minha vida? Eu ainda era um
grande nada que só passou a ter um bom braço de jogo.
CAPÍTULO
OITO

“Seja quem você é e diga o que você sente, porque aqueles que

a mente não importa e aqueles que importa, não se importa”

- Bernard M. Baruch

ASPEN

Sexta de manhã, cheguei cedo para trabalhar. Eu


gostava de ler em meu escritório antes da aula. Acalmava
meus nervos mais do que qualquer outra coisa podia.

Meu grande encontro com Philip foi marcado para


amanhã, me fazendo ficar inquieta, eu cedi e tentei ligar para
a minha mãe esta manhã. Ela não atendeu o telefone, então
eu não tinha ideia sobre o prognóstico do meu pai, se ele
ainda tinha duas pernas, ou o quê.

Depois de olhar sobre o currículo que eu queria


passar em cada turma, deixei escapar um pequeno suspiro
de alívio e abri meu e-reader, ansiosa para escapar em
alguma ficção suculenta. Mas um toque na minha porta me
fez ranger os dentes.

Eu precisava de um tempo sozinha aqui pessoas.

Todo o processo de pensamento parou na minha cabeça


quando eu vi Noel Gamble.

— O que... — Eu não sei o que dizer. Eu simplesmente


fiquei boquiaberta. Seu cabelo estava molhado e rosto
brilhava como se tivesse acabado de sair do chuveiro ou ele
estava suando em bicas. Passando meu olhar para baixo de
seu corpo atlético, eu notei que ele estava vestindo moletom
cinza, tênis sem meias, e uma camisa marrom amarrotada da
Ellamore Vikings que abraçou seu peito definido.

Ele entrou em meu escritório, com seu duro queixo e


olhos aquecidos com raiva.

— Olha, eu não quero que você me dê uma nota que eu


não mereço. Eu lutei por um maldito A. E eu quero realmente
ganhar um.

Fiquei de boca aberta.

— O que... — Eu disse novamente, então balancei a


cabeça. Decoro, Aspen. Depois de uma respiração profunda,
eu tentei novamente.

— O que faz você pensar que você não conseguiu?

— Porque eu apenas vim do treino onde o meu treinador


me disse que ele foi para o seu reitor e reclamou. E eu me
lembro do cara estar em seu escritório quando eu vim falar
com você na semana passada. Eu pensei ter dito que não
queria nenhum tratamento especial só porque sou…

— E eu não dei nenhum. — Eu olhei quando meus


sentidos voltaram para mim. Claro, ele voltaria a discutir
comigo sobre um A. Só Noel Gamble faria uma coisa dessas.

— Eu sinto muito, Sr. Gamble, eu que julguei você mais


duramente por causa disso. Acredite em mim, você ganhou a
sua nota.

Ele deu uma risada dura e se afastou para limpar a mão


pelo cabelo.

— Por que eu tenho tanta dificuldade em acreditar


nisso?

— Eu não tenho ideia. — Levantei sobre meus pés,


coloco minhas mãos em meus quadris e me mantive
carrancuda.

— Talvez porque você é muito desconfiado, um indivíduo


implacável e teimoso. — Ele girou de volta para me enviar um
olhar surpreso. Eu levantei uma sobrancelha.

— E para sua informação, eu não gostei do meu chefe


me chamar atenção e questionar as notas que eu forneço.
Isso me fez querer te dar uma pontuação ainda pior do que
antes. Mas, então, você foi e escreveu o que escreveu e, de
repente, eu não precisava me preocupar com o que Frenetti
me disse para fazer, porque eu poderia apenas levar seu
trabalho para o conselho e você expulso permanentemente.
Não havia nenhuma razão para dar um A em tudo, exceto
que você me chocou quando realmente escreveu um artigo
decente. Você me mostrou o quanto está disposto a seguir em
frente a fim de alcançar seus objetivos, e eu decidi não tirar
isso de você. Então você só vai ter que aceitar o fato de que
eu sou uma professora incrível como tal, eu realmente
coloquei nesta cabeça dura sua com apenas uma reunião que
tivemos e milagrosamente ensinei a você o significado da
análise da literatura. Entendeu?

Ele piscou. Quando eu não mudei minha expressão, ele


piscou algumas vezes mais até que seu rosto finalmente
suavizou. Depois de um suspiro, ele balançou a cabeça e deu
um passo para trás. Olhos cheios de perguntas, ele
murmurou.

— Você realmente acha que me ensinou muito bem,


hein?

Eu levantei meu queixo teimosamente.

— Oh, eu sei que eu fiz.

Um sorriso puxou sua boca. Então ele deu uma risada


rápida.

— Bem, tudo bem então. Se você diz que foi


honestamente um A, então eu não vou discutir.

— Você quer dizer, como tem feito nos últimos cinco


minutos?

— Certo. — Desta vez, seu sorriso era um feixe de pleno


direito.
Ele fez coisas para mim que eu ficaria muito mortificada
a admitir em voz alta. Mas meu corpo respondeu apesar do
quanto eu ordenei que esfriasse.

— Ok, então. — Ele balançou a cabeça e virou para sair.

Assustada que ele ia desaparecer tão abruptamente


como apareceu, eu entrei em pânico. Eu não quero vê-lo sair
ainda. Mexi meu cérebro para alguma coisa. Havia tantas
coisas que eu sabia que eu deveria dizer, mas em vez disso,
deixou escapar:

— E para referência futura, você pode querer procurar o


significado a TMI. (Muita Informação).

Quando ele se virou para trás, eu cambaleei um pouco


ao contrário. Eu não estava esperando que parasse, mas eu
estava perversamente satisfeita que tinha.

— Se você se lembrar, — ele murmurou, de volta à


minha mesa e colocando as mãos em cima para que ele
pudesse inclinar e me olhar bem nos olhos.

— Eu tentei recuperá-lo de você.

Com um aceno de cabeça, eu consegui encontrar o seu


olhar com o que eu esperava que fosse uma expressão legal.

— E eu deveria ter dado para trás. Mas estou feliz que


eu não fiz.

Afundei na minha cadeira, tentando voltar minha


atenção para a proteção de tela no meu computador. Mas
tudo que eu podia focar era o homem do outro lado da minha
mesa.
Ele me assustou quando sentou na cadeira de frente a
mim, com os olhos alerta e buscando. Eu endireitei, o meu
olhar arremessando da cadeira para seu rosto quando ele
perguntou.

— O que significa isso?

Merda, eu me expus demais?

— Eu... Eu... Nada. Desculpe, eu disse qualquer coisa.


Eu não deveria ter.

— Mas você fez. Agora explique. — Sua mão enrolada


em um punho, deslizou para fora da mesa para que ele
pudesse pressionar à boca. Sobre os nós dos dedos
esbranquiçados, ele olhou para mim com... Preciso me
preocupar?

Não. Ele não podia estava preocupado com a minha


opinião. Certamente não. Eu já disse que não ia dedura-lo.

— Eu asseguro, não há nada para explicar. — Minha voz


era suave como se quisesse tranquilizá-lo. Mas eu não queria
tranquilizá-lo. Será que eu queria?

Sua garganta trabalhou como ele engoliu. Em seguida,


ele soltou sua mão, e sua língua deu uma lambida nervosa e
rápida nos lábios.

— Você — se ajeitando, ele olhou para os dedos abrindo


e fechando em seu colo. Com uma risada suave, ele ergueu
seu rosto só para olhar ao lado em um dos meus livros.
— Você realmente não vai me expor? Isso é apenas… —
Ele se virou para mim, sua expressão confusa e ainda
esperançosa.

— Você poderia ter se livrado de mim para sempre.

— Sim, — eu disse.

— Mas eu não fiz.

Ele se inclinou para mim, os olhos buscando.

— Por que não?

— Eu... Eu disse o motivo.

Com suas sobrancelhas franzidas.

— Porque você estava impressionada com o quão bem


eu escrevi meu trabalho? Isso é tudo?

Limpando a garganta discretamente, eu desviei o olhar,


desejando que eu não me sentisse como um inseto preso sob
um microscópio.

— Bem... Na maior parte, — Eu dei minha resposta.

— Então por que mais? — Sua voz era convincente. Eu


tive que virar a mesa contra ele antes de eu soltar algo
embaraçoso.

— Por que você me diria uma coisa dessas? — Eu cobrei


de volta, mas eu podia ver em seu rosto exatamente o porquê.
Eu li muitos livros sobre assassinos em série para saber, por
vezes, as pessoas simplesmente precisavam confessar o que
eles fizeram, para ter todos os seus segredos fora de seu
peito. Mas por que Noel Gamble derramou a consciência
para mim?

Balançando a cabeça, ele me enviou um olhar que me


disse claramente que ele não estava certo porque me
escolheu.

— Eu não... — Ele fechou os olhos.

— Você me desafiou. Você me disse para encontrar uma


correlação com alguém naquele livro. E eu fiz.

Eu balancei a cabeça, minha cabeça pesada do que


estava acontecendo aqui, entre nós.

— Sim, você certamente fez. E você me entregou prova


escrita de que você trapaceou para entrar nesta universidade.

— E você deu essa prova escrita de volta para mim. —


Ele respondeu, com a voz baixa e olhos azuis alerta.

Eu tinha. Eu devolvi a ele, sem dizer a outra viva alma o


que ele escreveu.

— Quanto você adulterou seu GPA?

Ele soltou uma respiração rápida.

— Quatro décimos da porcentagem. Apenas o suficiente


para ter a bolsa de estudos.

Eu acreditei nele. Eu olhei seus registros para ver que


ele fez à média mínima possível para ter uma bolsa de
estudos. Ele poderia ter dado a si mesmo uma nota máxima,
acima de 4.0, mas ele se manteve humildemente abaixo da
média. Para um trapaceiro, ele permaneceu honesto.
Esse foi outro motivo pequeno, mas insignificante eu
não disse nada a ninguém.

Seus olhos azuis me observavam, lembrando do outro, a


maior razão que eu mantive em silêncio. Ele balançou a
cabeça.

— Eu não tenho... Eu te juro, eu não fiz nada assim


desde que vim aqui. Em Ellamore eu dei tudo de mim. Cem
por cento. — Seu sorriso era depreciativo.

— Mesmo os trabalhos 'D'.

Eu coloquei minhas mãos no colo porque comecei a


tremer. Elas queriam ir a ele para acalmar e tranquilizar de
que eu nunca faria nada para prejudicar a sua educação
aqui. Eu nunca poderia machucá-lo. Eu queria que ele
tivesse sucesso tanto quanto ele queria. Eu queria que ele
fosse capaz de escapar de sua antiga vida e ajudar a tirar os
irmãos dele também.

— Eu acredito em você, — eu disse.

— É por isso que eu não disse nada. — Ele soltou um


suspiro.

— Obrigado. Você não tem ideia do quanto isso significa


para mim. Eu não sou... Eu não estou acostumado a ter uma
segunda chance.

— Eu sei. Eu li o seu trabalho, lembra? — Eu quis dizer


isso como uma provocação ligeira, mas ele fez uma careta.
— Sim, você fez, não foi? Jesus, você provavelmente
pensa que eu sou um pobre pedaço, estúpido de merda agora
mesmo.

Fico feliz que ele não estava olhando para mim, pisquei
várias vezes com a ameaça de lágrimas brotarem dos meus
olhos. Deus, eu queria abraçar ele, tão forte. O que aconteceu
com a estrela do futebol com o grande ego que eu sempre vi
nele? E além de manter minha boca fechada sobre o seu erro,
por que ele estava tão preocupado com eu pensar nele como
uma má pessoa? Além de ser sua professora de literatura mal
intencionada, eu não era nada para ele.

Ele obviamente não deixou muitas pessoas saberem


essas coisas sobre ele. A maneira insistente que ele tentou
recuperar o seu trabalho antes de eu ler era prova disso. E,
no entanto, ele me deixou entrar. Ele me mostrou o
verdadeiro Noel Gamble, algo que ele não mostrou a qualquer
um.

Lisonjeada que recebi tal presente e ainda assustada


com sobre como lidar com a fragilidade disto, eu respirei
antes de murmurar:

— Isso é a última coisa que eu pensaria. Na verdade,


nem tem na lista de coisas que eu pensava.

Seu olhar desviou de mim, e eu me senti eletrocutada.


Querido Deus, mas a esperança brilhando em seus olhos me
sugou para esta bolha onde não havia nada, só ele e eu.

— Então o que você acha?


Minhas bochechas aqueceram. De jeito nenhum eu
poderia dizer a ele o que eu pensava. Não importa o quê, ele
não conseguia descobrir que eu tinha uma enorme,
esmagamento embaraçoso para ele. Então eu soltei algo tão
horrível.

— Eu pensei que eu era uma idiota.

Noel piscou.

— Hã?

Droga. Agora eu tive que desviar o olhar e ver as


estantes de livros quando eu relutantemente admiti:

— Eu o julguei muito duramente no início do semestre e


tive tendenciosas noções preconcebidas que eu não deveria
ter, com base em meu próprio passado. Ler seu trabalho me
disse que eu estava totalmente e completamente errada. Eu
não culpo você em tudo pelo que você tinha que fazer para
salvar a si mesmo e seus irmãos. Todo esse tempo, eu pensei
que você fosse descuidado, arrogante, autocentrado, o tipo
que achava que o mundo gira e deve girar em torno de você.
Eu pensei que você seria um fanfarrão, um presunçoso, e... E
cruel.

Ele inclinou a cabeça para o lado.

— Cruel?

Cocei atrás de minha orelha, e pensei sobre o


quarterback cruel de meus anos do ensino médio, eu limpei
minha garganta.
— O ponto é que você me surpreendeu completamente.
Você teve a coragem de arriscar tudo pelas pessoas que você
ama. Você veio de uma infância extremamente difícil... ao
mesmo tempo assumiu a responsabilidade de seus irmãos
mais novos, e ainda assim, você conseguiu realizar tanto.
Todo o trabalho foi completamente comovente e inspirador.
Foi brilhante, e eu precisei de uma caixa inteira de lenços
para ler.

Eu coloquei minhas mãos sobre a mesa, na esperança


de deter todas as palavras que eu vomitava da minha boca.
Para meu completo horror, eles seguiram saindo.

— Eu fico pensando sobre isso e esperando que o


homem incrível que eu li sobre, realize todos os seus objetivos
e encontre uma medida de satisfação em sua vida. Além
disso, eu realmente espero que ele consiga tirar sua família
desse lugar horrível. E eu realmente preciso me calar agora,
porque isto é realmente embaraçoso, e eu nunca disse nada
tão pouco profissional a um estudante em minha vida. E se
você soubesse o que era bom para você, você levantaria e…

Noel estendeu a mão e colocou a mão na mesa ao lado


da minha. Ele nem me tocou, estava umas boas três
polegadas de espaço separadas, senti como se tivesse
acabado de cobrir meus dedos com sua vida e apertado em
mim. Ele efetivamente parou o meu fluxo de palavras.

— Obrigado, — disse. Isso é tudo.


Um simples obrigado e eu quase comecei a chorar. Meus
cílios bateram loucamente e todo o meu rosto estava quente.
Estou surpreso que eu não ativei os detectores de fumaça.

Quando ele se inclinou para mim, eu balancei mais


perto, perto demais, até que nós dois estávamos forçando por
cima da mesa para nos encontrar no meio.

Ele parou a menos de um pé de distância.

— O que estou fazendo? — Ele sussurrou em voz alta


para si mesmo. Eu estava meio que me fazendo a mesma
pergunta. E por que eu me inclinei para encontrá-lo?
Respondendo em meu próprio sussurro secreto, eu disse:

— Eu não sei. O que você está fazendo?

Ele empurrou de volta, rasgando sua mão da minha


mesa. Enrolando seus dedos em um punho, ele trouxe a sua
boca, sua plena expressão de choque e pavor congelado
enquanto ele se abriu para mim. Em seguida, ele piscou,
balançou a cabeça e rapidamente disse:

— Desculpe.

Desde que eu estava em negação total sobre o fato de


que ele mesmo teve a ideia de me beijar, eu arqueei as
sobrancelhas.

— Pelo que?

— Nada, — disse ele imediatamente. Ele agarrou os


lados da cadeira, ainda boquiaberto para mim com aquele
olhar petrificado.

— Estou indo agora.


Levantando, ele virou e fugiu. Mas então ele parou na
minha placa de notas. Depois de cavar em seu bolso, ele tirou
uma folha de papel dobrada. Sem abrir, ele arrancou uma
das tachas da cortiça e prendeu sua nota no centro. Então
ele se foi, e a porta onde ele desapareceu ficou apenas junto
ao vazio.

Um nano segundo depois, eu mexi da minha cadeira e


agarrei a nota de minha placa. Abrindo, eu fiquei
boquiaberta, de queixo caído com as palavras que escreveu
em um desleixado, rabisco negrito.

“Os maiores estudiosos não são geralmente as pessoas mais


sábias”

- Geoffrey Chaucer.'

Um segundo depois, eu balancei a cabeça e sorri.

— Touché, Sr. Gamble. Touché.

Estudioso literário ou não, eu acabei de cometer um


grande erro. Eu deixei Noel Gamble saber o quanto ele me
afetou. Eu ainda estava abalada com tudo quando me
acalmei. Eu olhei para o meu e-reader, mas não conseguia
voltar à história que estava lendo. Tudo o que eu conseguia
pensar foi...

Meu telefone fixo tocou.

Eu atendi sem prestar atenção ao que estava fazendo.


— Hey, — uma voz masculina otimista entrou em minha
orelha.

— Ainda estamos marcados para amanhã à noite?

— O que? — Eu balancei minha cabeça.

— Quem é?

— É, uh... É Philip. Philip Chaplain... do o...

— Oh meu Deus. Sinto muito. Claro. — Quem mais


seria? Não era como se eu tivesse uma vida social ativa.

— Eu não estava pensando. Por favor, me perdoe. Eu


tenho a sexta-feira na cabeça já.

Ele deu uma risada incerta.

— Está bem. Tem sido uma longa semana.

Rapaz, se não tinha.

— Sim, tem.

— Olha, sobre amanhã... — Quando ele parou, eu sabia


que ele iria cancelar. Droga. Isto teve de ser um registro. Eu
estraguei meu encontro, antes mesmo de ir a ele.

— Algo surgiu... — Sim, eu sabia disso. Surgiu algo


inevitável... ... Talvez alguma outra hora... blá, blá, blá. Nós
ainda podemos ser amigos. Não me chame, eu vou chamá-la.

— Então você acha que nós poderíamos apenas nos


encontrar lá, digamos, sete e meia

Levei um momento para perceber o que ele estava


pedindo. Eu estava esperando a recusa habitual. "Nos
encontrar lá” me pegou de surpresa.
— Oh! Uh... Certo. Espere, onde exatamente estamos
nos encontrando?

— O Nightclub 1 Proibida. É um segundo lugar entre


grande e admirável. É um grande lugar. Tem bebidas
incríveis. Acho que você vai gostar.

Eu nunca estive lá antes, nunca ouvi falar dele, e os


clubes não são muito a minha coisa. Mas eu concordei
porque eu já tinha comprado um vestido para a ocasião e eu
queria, não, eu precisava de um motivo para tirar da minha
cabeça um determinado aluno.

— Isso parece ótimo. Vejo você lá.

1
Casa noturna.
CAPÍTULO
NOVE

“Poucas pessoas agora ousam dizer que dois seres se


apaixonaram porque eles se entreolharam. No entanto, é desta
forma que o amor começa, e, somente desta forma.”

Victor Hugo, Os Miseráveis

NOEL

O clube estava mais cheio do que o normal. Com uma


toalha branca limpei o suor escorrendo na minha testa
enquanto olhava para o enxame de corpos que inundam o
outro lado do bar.

Quando uma garçonete apareceu com uma bandeja


redonda cheia de garrafas vazias, eu levantei meu queixo
para ela em saudação.

— Está bom de gorjetas hoje à noite?


— Oh sim. — Ela mexeu as sobrancelhas antes de jogar
as embalagens vazias para o lixo nas proximidades. O tilintar
familiar e estilhaços de vidro quase me confortavam por ter se
tornado tão comum. Mas esse era o único conforto que eu
senti essa noite.

Eu deveria ter tido a noite de folga, mas nos últimos


nove dias desde que os gêmeos pararam, eu estava preso
atrás do bar do Proibida toda a porra desses nove dias. Eu
tinha planos de encontrar com Tianna e sua amiga, Marci, na
festa da fraternidade para a minha longa e atrasada noite de
ménage. Fazia quase seis semanas desde que eu estive dentro
de uma mulher. Esse foi um período de seca longo para mim.

Foi provavelmente o que me fez ter pensamentos sujos


com a minha professora de Inglês também. Ultimamente, eu
pensei sobre ela pouco antes de ir dormir. Quando minha
cabeça estava aninhada no fundo de um travesseiro e meus
olhos se fechavam, oscilando em meu subconsciente até que
eu tinha oficialmente mais que um sonho erótico com ela.

Eu ainda não podia acreditar que eu quase a beijei em


seu escritório na manhã de ontem. Tinha que ser a coisa
mais embaraçosa, mais horrível que eu já fiz.

Era impossível dizer se ela jogou depois, ou se ela


realmente não tinha a menor ideia do quão perto eu estava de
inclinar e devorar sua boca. Eu estava grato que ela não criou
um problema com isso.

Mas acrescentou mais uma razão pela qual eu


realmente precisava encontrar uma mulher para a uma
transa agradável. E assim por diante. Exceto, Jessie, maldita
seja, só tinha que me chamar para o trabalho. Com Ten fora
da cidade visitando sua família e o cara novo, Lowe, fazendo
uma coisa ou outra com sua namorada, deixou só eu e Pick
involuntariamente trabalhando em nossa noite de folga.

— O que podemos pegar para você, querida? — Pick


pediu a garçonete quando ela apoiou os cotovelos contra o
bar e deu uma profunda respiração como se ela precisava de
um dia de folga também.

— Preciso de um rum com Coca-Cola duplo e duas


garrafas de cerveja Coors. E eu vou aceitar algum Valium, se
tiver algum.

— Aww, ele não pode ser tão ruim assim. — Pick


alcançou através do balcão para massagear as têmporas para
ela enquanto eu pegava um copo para fazer seu pedido. Eu
ri.

— Sim, você deve vir trabalhar na noite das senhoras


para nós em algum momento. Então eu vou ouvir falar sobre
uma má mudança .

Ela me deu um olhar sujo só para fechar os olhos e


gemer quando Pick atingiu uma área sensível. Balançando a
cabeça sobre como facilmente ele faz as meninas suspirar, eu
defini o coquetel de rum e Coca-Cola em um guardanapo e
peguei as cervejas fora do refrigerador.

Segurando o pescoço das duas garrafas em uma mão


quando eu tirei as tampas com um abridor, olhei em direção
a Pick e a garçonete, apenas quando uma mulher passou
pela minha linha de visão entre as pessoas bem atrás deles.
Eu mal tive um vislumbre de seu perfil, mas foi o suficiente
para inclinar meu pescoço um pouco mais e tentar pegar
outro.

Ela estava usando um vestido sem costas, escuro que


deixou exposta sua cintura fina e terminou pouco acima dos
joelhos. Seus finos, delicados ombros pareciam pálido
cremoso e convidativo. E seu cabelo... Uau, seu cabelo estava
escuro, mas não preto. Talvez um castanho avermelhado
profundo. Ela puxou um lado para cima e prendeu em um
coque solto, enquanto ela deixa o outro lado cair pelas costas.

Eu adoro quando as mulheres fizeram isso, deixando


um lado tudo misterioso e escondido sob uma recompensa de
cachos ricos, enquanto a outra metade ia tentada com uma
vista agradável de carne nua. Eu sempre quis passear por
trás deles e dobrar a cabeça para beijar o ombro exposto
enquanto meus dedos passavam por parte de fluxo livre para
acariciar o que estava escondido embaixo. O melhor de dois
mundos.

E com esta senhora que veste um vestido sem costas,


minha mente já estava desenterrando imagens de como eu
poderia apenas beijar essas covinhas gêmeas no topo da sua
bunda.

Estremeci com o peso repentino que apertou minhas


calças e cegamente definiu as duas garrafas na bandeja
esperando ao lado.
— Obrigado, Noel, — a garçonete chamou como eu
afastei. Eu nem reconheci quando me inclinei um pouco por
cima do bar e apertei os olhos para a multidão. Droga. Onde
ela foi?

— Hey, nós podemos ter um 'orgasmo gritado' por aqui?

Rangendo os dentes, eu me virei em direção a três


meninas me chamando. Todas estavam seminus e sexys, mas
eu ainda estava tentado a olhar a mulher com o vestido preto.
Controlando a mim mesmo, eu balancei a cabeça me livrando
dos vestidos pretos e voltei para os meus deveres. Sorrindo
gentilmente para as três, eu abaixei o timbre da minha voz.
— Claro que sim você pode. Quem quer gritar em
primeiro lugar?

Elas riram e vieram mais perto, inclinando sobre o bar


para me dar uns vislumbres por baixo de todos os três tops.
Uma delas não estava usando sutiã. Agradável. Sem sutiã
riu.

— Nós dizíamos da bebida.

— Oh, oh. — Eu apertei a mão na minha testa, fingindo


constrangimento.

— Que tolo eu. Claro que você estava. Bem, você pode
ter alguns desses, também. — Eu pisquei para ela.

— Volto logo.

Pick esgueirou ao meu lado enquanto fazia a primeira


mistura para elas.
— Certeza que você pode lidar com todas essas três
lindas lá, parceiro? — Ele perguntou, soletrando seu duplo
sentido quando ele balançou as sobrancelhas, fazendo com
que o piercing de prata em um brilho sob as luzes do teto
dim.

Eu bufei.

— Confie em mim. Eu tenho isso.

Ele riu, mas deu um passo atrás para ajudar um cara


que se aproximou com um pedido. Voltei com as meninas e
eu passei as suas bebidas. Elas pagaram em dinheiro, e
quando ganhei um par de dólares extra de gorjetas, meu
sorriso cresceu um pouco mais.

— Obrigado.

— Ei, você não é Noel Gamble, o quarterback da ESU?


— A mais alta do grupo finalmente ganhou coragem de
perguntar.

— Sim. Sou eu. — Sempre emocionado quando alguém


me reconhece por algo bom, eu apoiei os cotovelos sobre o
bar quando eu me inclinei em direção a eles.

— As senhoras já me viram jogar?

Duas balançaram a cabeça, enquanto uma disse não tão


baixo, mas com sucesso.

— Eu com certeza gostaria de vê-lo jogar.

O sorriso que dei disse muito bem a qualquer hora,


querida, embora honestamente, minha mente ainda estava
no vestido preto. Mas flertar me fez mais dinheiro, e assim eu
continuei flertar.

— Quando você sai do trabalho? — Perguntou outra.

Eu abri minha boca para dar outra resposta travessa


que poderia vir a arrastar mais dinheiro delas quando eu vi
alguém se aproximar do bar e se sentar em um banquinho na
outra extremidade. Olhei por cima e quase engoli minha
língua quando eu a vi. Cabelo escuro lindo caiu sobre um
ombro, e o vestido preto indescritível brilhava ligeiramente
nas luzes do teto.

— Desculpe, — murmurei e abandonado as três fui


abordar minha dama misteriosa. Nada iria me impedir de,
pelo menos, garantir seus números. Mas Pick estava me
ganhando com ela. Eu agarrei seu braço e empurrei de volta,
e ele perdeu o equilíbrio.

— Que porra é essa? — Ele disse, tropeçando em mim.

— Eu mudei de ideia. Você pode ter as três. Eu a quero


em seu lugar.

Ele riu e olhou para a mulher, que estava ocupada com


a cabeça inclinada, em busca de algo em sua bolsa que
combinava com o tecido do vestido. Quando ele olhou para
trás na direção das meninas flertando, um sorriso lento se
espalhou pelo seu rosto.

— Bem, Gamble. Eu acho que esta é a primeira vez que


você prefere qualidade sobre a quantidade. Estou
impressionado.
— Basta ir cuidar das cabeças ocas. — Eu o empurrei
em direção as três que ainda estavam se demorando pelo bar.

Ele riu da minha fixação óbvia com a mulher solitária,


mas obedeceu, dando uma volta em direção ao trio. Eu
respirei fundo, um pouco ansioso sobre a primeira impressão
que eu ia dar, e dei um passo em direção a ela. Ela não
percebeu a minha abordagem, o que me deu um momento
para planejar minha estratégia. No final, eu decidi ir simples.

— O que posso fazer por você? — Perguntei, colocando


minhas mãos na borda do bar e inflando meus braços,
porque eu sabia muito bem como fazer meus músculos
esticarem através da minha camisa. Deixei meu sorriso lento
começar a se espalhar quando ela levantou o rosto. Garotas
sempre dizem que gostam de meu sorriso tanto quanto dos
meus bíceps.

Ela olhou para cima, e eu prendi a respiração, à espera


do momento em que nossos olhos se encontrarem. Um
choque passou por mim. Esperei uma mulher bonita, e porra,
eu não fiquei desapontado. Mas a emoção desolada que eu vi
em um par de olhos verdes me pegou de surpresa. Eles
estavam arregalados e marcados com maquiagem, os olhos
com um esfumaçado escuro que a fazia parecer muito sexy e
comestível. Mas muito, muito triste. Meus instintos
protetores retrocederam na engrenagem, pronto para rasgar
quem a machucou.

Então eu olhei para a boca. Seus lábios estavam


maduros e comestíveis e em forma divina, assim como...
Espere um segundo. Eu sabia que aqueles lábios. Eles eram
muito familiar, mesmo quando se separaram em surpresa.

— Puta merda. — Eu me afastei, fechando o meu olhar


de volta para os olhos e, em seguida, todo o rosto, para ter
toda a imagem.

A mulher gostosa era minha professora de Inglês porra.

De cair o queixo, eu não poderia ter contido o meu


choque se eu tentasse.

— Dra. Kavanagh?

O que. Porra? Isso não podia. Não seria bom em tudo.


Eu procurei alguma mulher para me ajudar a tirar meus
pensamentos da minha professora. E o universo me mandou
ela, usando um vestido preto quente ao invés disso? In-porra-
crível.

Eu fiquei imediatamente chateado por duas razões. Isto


totalmente não me ajuda a superar a minha fixação sobre ela.
E a mulher misteriosa que poderia ter realmente me ajudado
a fazer acabou por ser tão proibido quanto ela, porque eram a
mesma pessoa. Apertei os olhos e cerrei os dentes. Bem, isto
foi muito chato.
“Eu me perguntei se ele percebeu que a maneira como olhou
para mim era muito mais íntimo do que segurando uma sensação
jamais poderia ser”

- Maggie Stiefvater, Shiver

ASPEN

Eu fui esquecida. Eu não falei com Philip desde o


dia anterior quando refizemos nossos planos, mas eu pensei
que ainda estavam de pé.

Oh, como eu estava errada.

Mas eu já estava aqui, então fiquei e não parei para


olhar para ele. Eu não queria me tornar uma perdedora e ir
para casa sozinha no mais bonito e mais sexy vestido que eu
tinha, e ficar de mau humor no sofá enquanto eu comia
chocolate e assisti reprises de meu verdadeiro amor, Damon,
em The Vampire Diaries. Eu queria que meu encontro
maldito aparecesse.

Então, eu vagava através dos grupos de amigos em


festas, sentindo sozinha e abandonada. Desconfortável ao
estar rodeada por tantos estudantes universitários, eu me
perguntava por que Philip escolheu este lugar. Ele não iria
querer uma distância desta multidão?
Graças a Deus, ninguém me reconheceu como sua
professora de Inglês ainda, mas eu certamente reconheci
alguns deles. Ou talvez eu devesse dizer que ninguém me
reconheceu até que finalmente me aproximei do bar depois de
procurar todo lugar por Philip nos últimos 45 minutos.

Mas quando os olhos do meu aluno se arregalaram em


choque e ele pronunciou:

— Dra. Kavanagh? — Eu fiquei boquiaberta, a estrela do


futebol, decidindo que Joseph Conrad foi um gênio quando
ele escreveu "o horror, o horror!" Porque isso era exatamente
como eu me sentia. Absolutamente chocada.

Melhor jeito para fazer da minha noite um inferno:


inclua Noel Gamble na mistura, enquanto eu estava plantada
em um encontro.

Eu gemi sob a minha respiração, perguntando o que eu


fiz ao karma para sempre me chutar nos peitos assim. Se
Philip aparecer agora, eu nunca seria capaz de me concentrar
nele, porque Noel parecia incrível em uma camisa preta
apertada. E seus braços eram tão volumosos... Oh, yum.

Por que ele tem que trabalhar aqui de todos os lugares?

Limpando minha garganta, endireitei meus ombros e


tentei fingir que era perfeitamente normal estar aqui, vestindo
a roupa mais reveladora que eu possuía, e saboreando um
pouco de álcool para aliviar meus nervos destroçados.

— S-sim. Eu... Eu vou querer uma Bud Light Lime. —


Não. Não foi bom... O suficiente. Normal uma mulher pedir
uma bebida a um bartender normal... Que só aconteceu para
estrelar todos os sonhos sujos que eu tive na semana
passada.

Ele sorriu para mim um segundo a mais, então


balançou a cabeça e devidamente repetida,

— Bud Light Lime, — como se ele fosse um gravador.


Mas assim que as palavras pareciam mergulhar em seu
cérebro, ele franziu a testa e bufou.

— A Bud Light Lime? Realmente?

— O quê? — Eu fiz uma careta, curioso sobre o veneno


em sua voz.

Ele deu de ombros.

— Eu não sei. Eu só achei que você ia ser mais do tipo


de encomendar um champanhe em um vidro canelado. — Ele
agitou as pestanas para completar a sua zombaria.

Seu desprezo me chocou. Eu pensei que ele me


desprezaria muito menos agora. Eu finalmente dei um A. Eu
garanti que manteria seu segredo. Eu mesmo fingi não
perceber quando ele quase me beijou. Doeu perceber que ele
ainda pensava em mim como a cadela do século.

— Bem, eu não sou, — eu murmurei, tentando esconder


a dor.

— Posso ter uma Bud Light Lime ou eu preciso ir a


outro lugar para uma bebida?

— Não, não há necessidade de ir. Eu posso te entregar.


— Um sorriso torceu os lábios e seus olhos foram duro.

— Identidade. Por favor.


Quando ele estendeu a mão, eu fiquei boquiaberta para
a palma da mão estendida.

— Você está brincando comigo?

Sua expressão brilhou com o mal gosto quando ele


balançou a cabeça lentamente.

— Não, senhora. Eu não estou. Bebida pra menor é um


negócio sério, e nós aqui no Proibida não permitimos esse
tipo de atividade.

Murmurando sob a minha respiração, eu abri minha


bolsa e comecei a procurar em volta.

— Você está se divertindo com isto não é, Gamble? —


Eu puxei minha carteira de motorista e mostrei.

— Você não tem ideia, — ele murmurou enquanto


deslizava o plástico dos meus dedos antes de abaixar seu
olhar. Um segundo depois, as sobrancelhas juntaram.

— Aspen, hein?

Cruzando os braços sobre o peito, eu fiz uma carranca.

— Está certo. O que sobre isso?

Noel balançou a cabeça.

— Nada. Eu só não sabia o seu nome.

Eu enterrei meus dentes e segurou a minha mão.

— Posso ter minha identidade de volta, agora? Noel? —


Ele afastou de mim e balançou a cabeça.
— Aguente. Eu ainda preciso verificar sua idade. —
Quando seu olhar cintilou na minha data de nascimento, seu
queixo caiu aberto.

— Puta merda, você só tem vinte e três? — Seu rosto


fechado acima.

— Como você tem um PhD com vinte e três?

Suspirei e joguei um pouco de cabelo.

— Vamos ver. Eu terminei o ensino médio aos quinze


anos, ganhei meu bacharelado aos dezoito anos, meus
mestrados aos vinte anos, e recebi meu doutorado no topo da
minha classe no ano passado. Marque isso e some, e isso me
faz... O que você sabe, vinte e três. — Balançando a cabeça
lentamente para trás e para frente, ele embasbacou.

— Bem, merda. Se formou no colegial, aos quinze anos?


Porra, eu deveria saber que você era uma daquelas meninas
gênios esquisitos. — Então ele sussurrou um grunhido de
escárnio.

— Eu também estou com sede. — Eu me inclinei para


frente e puxei minha carteira de motorista de sua mão.

— Que tal essa bebida agora?

— Claro, Professora. — Sua voz era de desprezo quando


ele virou e saiu.

Eu olhei atrás dele, para perceber que tudo o que eu


pensei que compartilhei ontem deve ter sido nada mais que
uma invenção da minha cabeça. E ainda assim eu não estava
muito chateada o suficiente para não cobiçar sua bunda
apertada naqueles jeans azuis.

Seriamente. Uau.

Forçando a olhar para longe, eu abri minha bolsa e fingi


procurar em volta, embora eu já tivesse o meu dinheiro para
pagar antes mesmo de ver quem estava atrás do balcão.

— Aqui. — Sua voz não estava muito educada quando


abriu um frasco no balcão diante de mim.

— Obrigada. — Eu dei um aceno de cabeça e tomei um


gole.

Ele ficou na frente de mim depois que eu paguei,


observando eu beber. Sua postura pairava como se ele não
podia esperar eu ir embora, mas seus olhos... Oh Deus, seus
olhos.

Corando sob o seu olhar direto, acenei em torno de nós,


esperando para dizer algo que, pelo menos, ia levar a desviar
o olhar, porque sua atenção em mim estava fazendo o interior
das minhas coxas formigarem. A queimadura lenta espalhou
a partir da boca do meu estômago e para as pontas dos meus
dedos.

— Eu não sabia que você trabalhava aqui.

— Huh. — Seus lábios se torceram com desprezo,


mesmo enquanto seus olhos continuavam a me devorar.

— Você quer dizer, é uma coisa que eu me esqueci de


mencionar no meu trabalho?

Eu sorri apesar de seu brilho.


— Aparentemente. Embora, na verdade, você disse que
trabalhava em um bar para ajudar seus irmãos. Você só não
revelou o nome desse bar.

— Certo. — Ele balançou a cabeça lentamente, e seu


olhar seguiu cada movimento meu, quando eu tomei outro
gole.

Enquanto ele rastreou a garrafa em minha mão para a


boca, meu estômago estava emaranhado em nós. Engoli em
seco, nervosa, e eu juro que seu olhar tentou seguir o líquido
na minha garganta. O que foi ainda mais exigente, sua
atenção voltou para os meus lábios quando eu baixei a
garrafa. Se seus olhos fossem uma língua, ele teria apenas
lambido a minha boca e embaixo do meu queixo, sobre a
minha garganta para apenas entre os meus seios... E de
volta novamente.

— Eu não posso acreditar que você é apenas dois anos


mais velha do que eu.

O comentário me surpreendeu tanto que eu derramei


um pouco de cerveja embaixo do meu queixo no meu próximo
gole. Movendo rapidamente para secar com a palma da
minha mão, embora ele tivesse visto a coisa toda, eu limpei
minha garganta.

— Por quê? Qual idade eu aparento ter?

Seus lábios se inclinaram para cima em diversão.

— Dezenove. Mas isso não é o ponto.


— Então, qual é o ponto? — Eu olhei para longe, para
além, impaciente para ser preso sob a sua leitura direta.

Inclinando-se perto, ele baixou a voz.

— Você age mais como se tivesse cinquenta em sala de


aula.

Virei para estudá-lo. Com os olhos brilhantes piscando


com uma emoção que eu não podia nomear, ele apenas olhou
para trás, o desafio em seu olhar me ordenando a retornar o
fogo e chegar a algum tipo de réplica.

— Uau, — eu disse, encolhendo internamente, porque


eu poderia detectar uma ruptura na minha voz quando eu
tentei tão duro fazer o meu tom soar seco e impressionado
como o seu tinha.

— Você deve encantar todas as senhoras com esse tipo


de lisonja.

Ele apenas riu.

— Aposto que eu fico com alguém mais do que você. —


E agora até mesmo as suas palavras me desafiaram para um
duelo com ele.

Com um rolar de olhos, eu bufei e puxei meus ombros


para trás, colocando mais espaço entre nós.

— Eu não diria que é algo para se gabar.

Eu deveria ficar ofendida e gritado por estar fora de


sintonia com esse comentário não profissional ao seu
professor Na verdade, eu ainda devo chamá-lo sobre isso
agora. Sim. Sim, eu acho que eu faria.
Mas assim que eu abri minha boca, outro cliente o
chamou para longe. Ele continuou segurando meu olhar
quando levantou uma mão para a outra pessoa. Então ele
sorriu um pouco para mim. Depois que ele deu rapidamente
um olhar pelo meu corpo, ele virou e saiu para ajudar
alguém, me deixando desprovida e aquecida em todos os
lugares errados.
CAPÍTULO
DEZ

“— Você sabe, — Clary disse, — a maioria dos psicólogos

concorda que a hostilidade é realmente apenas atração sexual


sublimado”

- Cassandra Clare, City of Bones

NOEL

Eu sabia que estava brincando com fogo. Mas eu


não me importei. Toda vez que eu tinha um momento livre,
eu me encontrei vagando de volta ao final do bar para Aspen.

Aspen. Eu amei seu primeiro nome. Não era de


todo o primeiro nome que a professora séria deve ter. Foi
incomum e original, assim como o efeito que ela teve sobre
mim. Por que ela fez coisas para mim que ninguém jamais
havia feito, eu não tinha ideia, mas eu não iria para
questioná-la. Eu gostei.
Dizendo a mim mesmo que era só para manter um
olho sobre ela porque ela ordenou uma nova cerveja cada vez
que eu voltei, eu quase me convenci de que fiz foi nobre ou
alguma merda. Mas estar perto dela me fez sentir bem, como
se fosse onde eu pertencia. Ou talvez ela colocou algum tipo
de feitiço em mim. Não podia me mover muito longe antes de
eu cambaleou para trás.

Pior ainda, ela continuou falando para mim cada


vez que eu envolvia na sua conversa. Eu tive que manter indo
e voltando.

— Eu não posso decidir se vocês dois vão começar


a estrangular uns aos outros ou vão fazer ali mesmo no bar,
— Pick murmurou para mim a terceira vez que fui arrastado
para longe dela por causa de um cliente irritantemente
interferindo.

Olhei para cima a partir do copo que eu estava


segurando sob uma torneira de cerveja.

— O que você quer dizer?

Eu sabia exatamente o que ele quis dizer. Eu só


esperava que não fosse tão óbvio para uma pessoa de fora.

Pick ergueu as sobrancelhas como se ele não podia


acreditar que eu tinha que perguntar.

— Vocês continuam olhando um para o outro e


dizendo coisas que se parecem que estão trocando insultos.
Mas eles são os mais quentes insultos que eu já vi duas
pessoas por para fora. Como cada pequeno 'foda-se' fosse um
código para “me foda”.
Merda, ele estava vendo exatamente o que eu estava
sentindo.

Olhei para ela, porque eu não poderia me ajudar. Ela


virou um pouco para que ela pudesse olhar para a multidão e
observar as pessoas. Mas mesmo ver o tumulto que causou
um choque de excitação à ondulação através de mim.

— Sim, — eu murmurei distraidamente desde Pick não


ia à faculdade e não podia saber que ela era um de meus
professores.

— Talvez.

Admitir isso em voz alta não conteve qualquer coisa da


minha luxúria, no entanto. Após verbalizar isso, meu cérebro
parecia aceitar o que meu corpo já sabia, e eu só queria mais
dela.

Enfiei a bebida transbordando para o cara esperando


com uma nota levantada em minha direção.

— Mantenha o troco, — ele chamou.

— Obrigado. — Eu nem prestei atenção a que nota que


ele me entregou. Acabei de abrir a caixa registradora e
empurrei para dentro. Minha mente e meu corpo só poderiam
focar em uma coisa agora.

Voltando a ela sem que ela percebesse, eu me inclinei


contra o bar e pedi sobre a música e comoção.

— Então, o que você tá fazendo aqui fora da cena da


faculdade, já que você é, obviamente, muito avançada para
ser um de nós, meros mortais estudantes passando por aulas
no ritmo regular?

Ela pulou um pouco e virou para mim, me emocionando


com seu olhar verde incrível. O sorriso privado dela brilhou e
brincou comigo em cada nível possível como ela se recusou a
responder a minha pergunta.

Eu balancei a cabeça, com conhecimento de causa.

— Ah. Um encontro, hein?

Ela corou, mexendo em uma excitação quente e pesada.


Jesus, seu rubor era viciante. E porra, por que eu estava
agitado por minha professora de Inglês desmazelada? Isso era
errado. Ela não deve ser autorizada a usar um vestido como
esse, ou colocar o cabelo para cima assim, ou se maquiar e
encarar dessa maneira. Ou lamber os lábios suculentos
maldita, como sempre, mas especialmente não após cada
drinque que ela dava.

Eu queria arrastá-la para a parte de trás e foder sem


sentido no sofá velho raquítico da sala de descanso. Por trás.
Eu já podia imaginar como seria a sensação de enterrar meu
rosto naquele recanto nua na parte de trás de seu pescoço
como eu puxei a sua saia e deslizou para baixo sua calcinha.

E agora eu estava me perguntando que tipo de calcinha


minha professora de Inglês desmazelada estava vestindo. Ela
estava usando calcinha? Meu Deus.

— Eu não disse que estava aqui em um encontro. —


Seus ombros se endireitaram dessa forma arrogante que eles
estavam tão acostumados a fazer em sala de aula.
Mas, sem as grandes demais ombreiras de seu blazer
desatualizado para esconder, eles pareciam muito bonito
quando engatou em indignação. Muito sensual. Muito
quente. Eu queria colocar minhas mãos sobre ela.

Mas eu sorri para esconder o meu tesão furioso.

— Ah. Portanto, é noite das meninas... — Olhando em


volta dela para se certificar de que ela estava sozinha, eu
acrescentei,

— Sem as meninas?

Ela trancou sua mandíbula e, em seguida, tomou um


gole rápido. Porra, a boca franzida sobre a o gargalo foi me
deixando louco.

Desfrutando de como era fácil deixa-la desconfortável,


porque ela estava fazendo certas partes da minha anatomia
muito desconfortáveis em troca, eu me inclinei para frente
para descansar os antebraços no bar.

— Ou você estava apenas olhando para pegar um


estranho para a noite?

— Oh, meu Deus, — ela engasgou e fez uma careta para


bater todas as carrancas.

— É um encontro, ok? Estou aqui para um encontro.

Eu sorri na vitória e dei de ombros descuidado, como se


isso não fizesse diferença para mim por que ela estava aqui,
embora o pensamento de qualquer outra pessoa beijar a pele
exposta no ombro dela me fez querer cometer um crime de
proporções assassinas.
— Quando era suposto encontrá-lo?

Lançou um olhar inquieto em torno quando ela girou


um pedaço escuro de cabelo em torno de seu dedo.

— Eu vim um pouco mais cedo. Isso é tudo.

Eu balancei a cabeça. Então, o idiota estava atrasado.


Estúpido, imbecil. Aposto que se ele soubesse como ela
estava agora, ele já estaria aqui há horas.

— Hey, nós podemos ter uma bebida por aqui?

Quando um par de rapazes universitários acenou para


chamar minha atenção, eu acenei para eles e me endireitei,
deslizando meu olhar de volta para Aspen. Eu odiava o fato
de que eu tinha que deixá-la, mesmo que por alguns
segundos.

— Coisa certa. Espere um segundo.

“Espero que ela seja uma tola. Essa é a melhor coisa que uma
garota pode ser neste mundo, uma bela, mas um pouco tola”

- F. Scott Fitzgerald, O Grande Gatsby


ASPEN

Ele sempre voltou para mim. Eu sabia que não


deveria, mas eu apreciava cada pequena visita. Me deixei
sonhar que ele queria estar perto de mim, porque ele me
achou tão irresistível e emocionante. E com cada cerveja que
bebi, esse sonho se infiltrava em meu sistema até que eu
estava completamente tonta com ele. Ele me queria.

Mesmo que estivesse atendendo uma garota que


parecia que tinha uma identidade falsa e seios postiços
também, seu olhar vagava ao meu no final do bar. Ele aceitou
a seu pagamento, mal olhando para ela, mesmo que ela
estava tornando óbvio que estava interessada nele. Em
seguida, ele voltou... Para mim.

Foi por isso que eu permanecia aqui. Eu desejava


toda vez que ele foi puxado para longe de mim, para que eu
pudesse vê-lo voltar.

— Precisa de outro ainda?

Eu balancei minha cabeça.

— Não. — Mas assim que as palavras saíram da minha


boca, eu soltei,

— Sim.

Noel sorriu e outra garrafa de Bud Light Lime apareceu


em sua mão. Quando ele puxou a tampa e colocou na minha
frente, eu inclinei minha cabeça apenas o suficiente para
fazer meu cabelo derramar em cima do meu ombro.

— Como você adivinhou que eu estava aqui para um


encontro?

Ele apoiou os cotovelos no bar em direção a mim.

— Talvez porque eu não preciso de um PhD para ler


mentes como você faz, Professora.

Algo derreteu, e de uma maneira muito gostosa rolou


através de mim quando me lembrei da conversa que tivemos
no campus mais de uma semana atrás. Eu adorava quando
alguém se lembrava de algo que eu disse a eles e repetia
semanas mais tarde. Isso significava que ele tinha prestado
atenção e isso era apenas o suficiente para saber que ia
carregar uma parte de mim embora com ele.

Resistindo à vontade de tremer e balançar em direção a


ele, eu sorri.

— Isso ou você tem raciocínio dedutivo incrível.

Ele riu.

— Ou isso. — Endireitando longe do bar para lançar sua


toalha de mão branca por cima do ombro, ele pegou minha
garrafa vazia e jogou no lixo. O som de vidro quebrando
seguida, me fez tremer.

— Você está usando mais maquiagem do que você faz


em sala de aula, — ele finalmente disse.

— Seu cabelo é bonito e tentador. Seu vestido é


Glamoroso e sedutor. Você cheira bem o suficiente para
comer. — Mais uma vez, ele se inclinou para frente do bar
para que pudesse ver para baixo do outro lado e dar uma
espiada em meus pés. Depois que olhou para eles, ele olhou
para cima novamente, e os nossos olhos estavam apenas
polegadas longe.

— E você está calçando o par mais tentador de sapatos


“me foda! que eu já vi. Junte tudo, e soletre encontro.

Eu recuei horrorizada, mas mais horrorizada pela forma


como os meus mamilos endureceram em suas palavras.

— Sapatos me foda? — Eu ouvi esse termo uma ou duas


vezes antes. Mas ninguém nunca me acusou de usar um par
antes. Fez eu me sentir viva. Gostosa. Perigosa. Sexy.

Quando ele voltou ao meu lado do bar, eu dei toda a


minha atenção para a fonte desenfreada desses sentimentos e
eu disse:

— E tudo que eu queria era um beijo e um pouco de


bagunça em meu cabelo.

Noel balançou a cabeça.

— Confie em mim. Do ponto de vista de um cara, eles


gritam um muito definido me foda. Difícil. Talvez até mesmo
no banco de trás, porque esperar até que você entrar para
encontrar uma cama levaria muito tempo...

A imagem pintada deveria ter me assustado. No banco


de trás com um encontro foi onde os meus mais sombrios
pesadelos tinha originado. Mas ouvir Noel descrever, com a
sua voz quente e seus envolventes olhos azuis fixados em
mim, só me fez mais excitada.

Uau. Mas, falando sério, uau. Isso é definitivamente o


que meus sapatos significam agora. Para ele.

O Quê? Não. Isso não é o que significavam para Noel


Gamble. De modo nenhum. Mas ainda. Uau, isso meio que
era. Deus, ele me deixou tão confusa agora. Quanto eu
tinha bebido?

Decidindo agir muito menos desmiolada do que eu


estava sentindo, eu levantei meu queixo e murmurei.

— Hmm. Obrigada pelo esclarecimento. Eu acho que é


uma coisa boa que ele não apareceu então. Eu não tenho
certeza se queria ir tão longe em um primeiro momento. —
Então eu não poderia ajudar, eu acrescentei, — com ele. — E
a maneira que eu olhei deixou claro que posso ter sido tão
interessado em um primeiro encontro com outro alguém em
particular.

— Maldição. — Seus lábios se separaram e bochechas


ficaram um pouco ruborizadas. Seu olhar pesado me
rastreava e me fez doer porque ele parecia quase... Tentado.

Deus, eu estava em um buraco sem fundo. Infelizmente,


eu amava a sensação de formigamento em sua presença. Eu
não queria acabar com esse tempo...
“Só quem procura resistir à tentação sabe como ela é forte”

- Clive Staples Lewis

NOEL

Meu controle estava escorregando. Eu juro que


tentei ser um cavalheiro, mas coisas inapropriadas
mantinham se escorregando para fora da minha boca, e
então ela voltava com algo. Droga.

Eu estava quase aliviado quando fui chamado para


longe dela, porque qualquer coisa que eu teria dito a Dra.
Aspen Kavanagh, teria sido uma proposição inconfundível,
totalmente inadequado. Porra, eu provavelmente ficaria de
joelhos e imploria por um pedaço dela.

Felizmente, o tempo longe me acalmou o suficiente para


manter a sanidade. Mas eu ainda voltei para ela assim que
podia.

Era quase uma e meia, e estava perto de fechar, quanto


mais perto o encerramento ficava mais inquieto eu cresci.
Uma vez que o bar fechasse, ela teria que ir, e nossa noite
estaria terminada. Eu temia isso.

— Eu pensei que não tivessem ganhado o campeonato


nacional deste ano, — disse ela um instante antes de seus
dedos leves arranharem meu antebraço.

Um tremor me atormentou como eu senti o carinho dela


explodir em todos os poros do meu ser. Ela mal me tocou. Eu
deveria apenas sentir. Mas eu fiz. Eu senti mais do que uma
vez que eu fui derrubado durante playoffs e acabei no
hospital com uma concussão. Seus dedos desencadearam
uma corrente viva, elétrica através de todas as terminações
nervosas em mim até que era tão difícil, que meu pau latejava
em sincronia com o meu batimento cardíaco.

Nós nunca tivemos contato pele-a-pele antes, eu


percebi. E eu tinha a dizer, a primeira impressão da minha
pele nua contra a dela era, merda... Intenso. Esta mulher,
aqui, era perigosa.

Seu olhar se levantou enquanto esperava pela minha


resposta, lembrando o que tinha pegado seu foco em primeiro
lugar: a tatuagem estúpida e idiota no meu antebraço.

— Esse é o resultado da pré-comemoração... Estilo


bêbado, — eu disse a ela, apontando para a marca.

Sua mão e todas aquelas unhas bonitas pintadas em


um rosa sexy permaneceu na minha pele, bem em cima da
tatuagem. Balançando a cabeça, ela continuou acariciando.

— Eu não entendo?
Suspirei profundamente... Por duas razões. Um: Bem,
porra, ela estava me acariciando. Era bom demais para me
concentrar em qualquer outra coisa. Mas dois: eu odiava
confessar minha estupidez, e que maldita tatuagem foi uma
das coisas mais estúpidas que eu já fiz.

— À noite antes do jogo do campeonato, — eu disse,


incapaz de tirar meu olhar de seus dedos que pareciam
ligados ao meu braço.

— Uns bandos de nós ficaram bêbados, e todos nós


fizemos estes para celebrar nossa vitória.

Ela olhou para mim um segundo antes de terminar,

— E... No dia seguinte, você perdeu. — Quando eu


revirei os olhos e acenei com a cabeça, ela jogou a cabeça
para trás e riu.

Se não fosse pelo fato de que ela estava rindo de mim,


eu seria totalmente cativado por aquele som honesto,
divertido. Ah, porra. Eu assisti, querendo minha boca na
garganta exposta.

Levei um segundo antes que eu pudesse cacarejar


minha língua e balançar a cabeça.

— Vá em frente. — Eu acenei como se tivesse revoltado


mesmo que eu comecei a rir levemente com ela.

— Ria. Mas no próximo ano, quando ganharmos o título


de verdade, eu pretendo alterar o último dígito no ano
passado e este bebê será um lembrete de nossas realizações...
Não nossas falhas.
Ela se inclinou, com seus olhos verdes iluminados como
espumantes esmeraldas.

— E se você perder de novo?

Eu queria beijá-la. Seus lábios eram perfeitos,


praticamente me implorando para dominá-los. Mas eu
respirei e me puxei às rédeas. Decidi responder bonitinho em
vez de grave. Assim, com um sorriso, eu flexionado meu
bíceps ela ainda estava segurando.

— O Quê? Com este braço de arremesso de ouro? Isso


não é apenas possível.

Ela não riu como eu planejei. Não, a deliciosa, mulher


tentadora respirou fundo e tornou seu toque ousado como ela
deslizou sua mão até o músculo apertado.

— Oh, Deus, — ela respirou para fora a palavra.

— Aposto que as mulheres gostam de agarrar estes


braços quando você empurra dentro delas.

Deus Piedoso...

Minha mente apagou.

Ou, mais precisamente, ficou em branco total.


Simplesmente perdeu todo pensamento razoável com imagens
de todas as maneiras que podia agarrar meu bíceps enquanto
eu empurrava dentro dela em todo o espaço disponível em
minhas sinapses. Porra, em algumas das imagens, ela nem
tem que tocar meus braços. Ela só tinha que gritar quando
eu a fizer gozar.
Depois de transar mentalmente com ela de todas as
maneiras conhecida para a humanidade, eu balancei a
cabeça e limpei minha garganta. Eu tive que desviar o olhar
antes de tentar agir em meus impulsos. Não que isso ajudou
muito. Eu ainda sabia que ela estava lá. Eu ainda sabia que
ela queria agarrar meus braços enquanto eu, caramba, eu
provavelmente não deveria ir para lá. Mas eu fui lá
novamente e novamente.

Então, olhando para longe, não ajudou o meu pau


relaxar, mas isso me ajudou a perceber... Eu me virei de volta
para ela.

— Merda. Você está completamente bêbada, não é?

Eu sabia que ela tinha bebido garrafa após garrafa, mas


ela não estava agindo toda risonha como a maioria das
estudantes bêbadas que eu estava acostumado. O que ela
tinha dito, no entanto, foi como nada que eu jamais poderia
imaginar Dra. Kavanagh dizendo para mim... Nunca. Nem
mesmo bêbada. Desde que ela disse que, no entanto, ela teve
de ser totalmente fora de sua mente.

E agora que eu estava olhando para os sinais, os olhos


estavam brilhantes e vidrados. E sua postura era um pouco
solta para ela.

— Eu nunca fiquei bêbada antes em minha vida. — Ela


tentou endireitar sua espinha, do jeito professora, mas ela só
acabou virando para o lado.

Percebendo o que ela estava fazendo, ela soltou meu


braço para apoiar a mão na parte superior do bar, segurando.
Como franziu as sobrancelhas com irritação, eu estendi a
mão e a ajudei a se endireitar. Eu já tive a perda de suas
mãos em mim. O calor fantasma deles ainda aquecia minha
carne.

— Será que você colocou algo mais forte na minha


bebida, — Ela acusou, de cara feia para mim.

— Por que de repente eu me sinto um pouco


embriagada... — Eu bufei.

— Embriagada? Querida, você passou de embriagada e


foi direto para bêbada do momento que você me pediu
detalhes sobre minha vida sexual.

Suas costas tentou endurecer tudo sem sucesso


novamente.

— Perdão? Eu certamente não,oh merda. — Seu rosto


inundado com a cor como sua boca aberta.

— Eu só perguntei sobre sua vida sexual.

Assistindo seus lábios formar a palavra merda foi a


minha ruína.

Eu me afastei dela, doendo por estar tão duro, meus


músculos vibravam da tensão que eles estavam usando para
me conter.

— Não se preocupe com isso. — Eu acenei minha mão


para desculpar o seu comportamento, para tentar não tornar
quente e sexy como ela realmente era.
— Eu sei tudo sobre enganos induzidas por álcool.
Lembra? — Eu mostrei a ela o meu antebraço e logo em
seguida afastei.

Eu não queria sair, mas eu precisava de espaço antes


de eu fazer algo imperdoável.

Mandei Pick em sua direção, agarrando um daiquiri de


morango da sua mão.

— Você tem que me manter longe dela, — Eu engasguei,


tentado a virar a bebida em vez de entregar ao seu
proprietário.

— Se ela vai para a parte de trás, por qualquer motivo,


não me deixe segui-la. Você entende? Se ela tentar me dar o
número dela, não me deixe pegar. E se ela... Jesus! — Olhei
para ela apenas a tempo de ver um cara tocar em seu ombro,
ganhando a atenção dela.

— E mantenha esse pequeno retardado longe também.


Entendeu?

Pick piscou.

— Uh...

— Obrigado. — Eu me virei, deixando para suas novas


funções.
CAPÍTULO
ONZE

“Há um encanto sobre a proibido que torna indizivelmente

desejável”

- Mark Twain

NOEL

Pick fez o seu trabalho na maior parte. Comigo


indo falar com ela a noite toda, devo ter mantido afastado os
gatunos. Porque assim que eu mergulhei no trabalho,
servindo bebidas, os homens ferveram, tentando ficar com
ela. Pick não manteve os perdedores longes, mas ele
realmente não tem que fazer desde que ela está os
dispensando por conta própria. Deus a abençoe.

Eu disse a mim mesmo que não significava nada.


Então, por que, ela pegou a minha atenção e praticamente
me perguntou como eu gostava de tomar minhas mulheres,
mas ela virou os outros para longe. Isso não queria dizer...
Exceto talvez ele fez. Mesmo bêbada, ela me preferia sobre
todos os outros.

Quando ela perguntou a Pick onde o banheiro era e


desapareceu na volta, cada fibra do meu ser queria segui-la.
Mas o meu maldito, colega de trabalho chato agarrou meu
braço.

— Você me disse para não deixá-lo ir, cara.

Eu puxei meu braço de seu controle e dei um olhar


sujo, mas fiquei atrás do bar como um bom menino. Mas
quando ela não voltou dentro de cinco minutos, eu estava
pronto para mastigar meu próprio braço fora.

— E se alguém a pegou de volta lá e está a


assediando? — Rosnei para Pick, a necessidade de verificar a
sua segurança, o que me surpreendeu. Fora dos meus irmãos
e Ok, talvez os meus colegas de equipe em campo, oh, e,
possivelmente, meus colegas de trabalho, eu nunca me senti
protetor de ninguém antes. Não sobre uma garota que eu
queria, de qualquer maneira.

— Eu vou ver como ela está, — Pick disse,


levantando a sobrancelha dessa forma paternal, me dizendo
para recuar.

Eu olhei para ele, assim que eu praticamente o


empurrei em direção ao corredor.

— Bem, chegue a ela, então.


Ele saiu e voltou quase que imediatamente.

— Ela está bem. — Foi sua única resposta.

Eu abri minha boca para exigir detalhes. Ela estava bem


como? Bem com outro cara? Bem, como em não vomitar as
tripas para fora? Bem, como no passado para fora
pacificamente e sem tocar no escritório? Eu precisava saber
mais. Tudo.

Mas uma última chamada veio, e o trabalho roubou


minha atenção para há próxima meia hora. Eu ficava olhando
para ela, mas eu nunca mais a vi. Ela deve ter escapado entre
as pessoas quando eu não estava olhando. O que me
agravada por nenhum fim. Eu não poderia mesmo obter um
vislumbre final dela naquele vestido sem dúvida inesquecível.

Pick encontrou um par de meninas bêbadas e se


ofereceu para levar elas para casa, me deixando para trás
para limpar o bar. Mais pessoas saíram, e as garçonetes
estavam ocupadas varrendo e limpando a área principal.

Eu estava limpando o bar quando vi alguém com o canto


do meu olho tropeçando para fora do corredor que levava aos
banheiros. Desde que fechamos há dez minutos e o lugar
estava vazio de clientes, Olhei para dizer que eles precisavam
sair.

Mas Aspen Kavanagh estava muito ocupada mexendo


em sua bolsa e retirando um conjunto de chaves para me
notar.

Fiquei de boca aberta. Ela não saiu ainda. Eu tive


minha última visão, tão ocupado com minha leitura que me
levou um segundo para perceber exatamente o que ela estava
fazendo.

Cristo, ela não ia conduzir em seu estado, ia?

Procurando através do chaveiro cheio até que ela


encontrou a chave que procurava, ela tropeçou em seus
sapatos “ me foda”, batendo na lateral de uma mesa, e depois
endireitou antes de tecer um caminho tortuoso em direção à
porta. Oh porra não.

— Hey! — Eu chamei.

— Dra. Kavanagh.

Ela não me ouviu, ou simplesmente me ignorou.

Quando ela abriu caminho lá fora, eu amaldiçoei.

— Vick. — Eu me virei para uma garçonete que estava


fazendo contas e fechando a caixa registradora.

— Vocês ficam bem aqui?

Ela nem pausou sua contagem, mas acenou com a


cabeça e me acenou diante.

— Sim. Você pode ir em frente e ir embora.

— Obrigado. — Eu não esperei por ela para mudar sua


mente. Com uma mão em cima do balcão, eu saltei sobre ele
e corri para a porta.

Encolhi um pouco com o vento através da minha


camisa, assim que sai, lembrei que dixei o meu casaco no
interior. Mas eu não me importava; Eu pegaria mais tarde.
Olhando em volta para a minha professora e achando
logo, coloquei minha mão em volta da minha boca.

— Aspen!

Ela vacilou e deu a volta, deixando cair suas chaves no


meio da rua. Um carro acabou de virar para baixo do bloco,
mas ela não pareceu notar sua abordagem como ela se
agachou para recuperar seu chaveiro, me assustando com
uma visão do quão bom sua bunda parecia naquele vestido
curto. Pânico saltou para minhas veias como eu me
preocupava o carro estava a ponto de transformá-la em uma
panqueca.

Pulando da calçada, eu corri para frente, agarrei seu


cotovelo e a ajudei a manter as costas eretas assim que ela
arrumou uma cópia das chaves. O carro que se aproximava
abrandou quando nos pegou em seus faróis, mas eu me
apressei fora do caminho de qualquer maneira.

Ela bateu minha mão assim que nós fizemos isso para o
estacionamento e o carro acelerou, passando de condução.

— O que você pensa que está fazendo? — Ela


perguntou.

Eu defini as minhas mãos em meus quadris e pairava


sobre ela.

— Eu estou tentando descobrir o que você pensa que


está fazendo.

Ela tentou ficar reta, apertando os ombros, mas acabou


tropeçando um passo para a esquerda.
— Eu... — Ela fez uma pausa com um soluço. Droga,
por que eu tenho que pensar que os soluços de garotas
bêbadas eram tão adoráveis?

— Estou indo para casa. O bar fechou. Meu... Encontro


me deu bolo.

Uma ruga entre as sobrancelhas formadas quando ela


confessou. Ela parecia confusa e ferida.

Eu suspirei. Merda. Merda, merda, merda.

— Você não ia seriamente para casa, não é, você ia?


Sozinha?

Ela se virou para olhar para seu carro como se estivesse


considerando sua resposta. Então ela teceu de volta.

— Bem, certamente não vou voar para casa.

— Querido Deus. — Eu esfreguei minha testa.

— Como você pode ter um PhD aos vinte e três anos e


ser tão ingênua?

Com um suspiro, ela pressionou a palma da sua mão


contra o peito.

— Como estou sendo ingênua?

— Como você pensa? Você não pode simplesmente ir


para casa dirigindo bêbada. E se você tem em um acidente? E
se você fosse pega pela polícia? Você iria para a cadeia e
perderia o seu emprego. Então você nunca seria capaz de dar
a algum pobre, coitado mudo como eu outro D em sua vida.
— Você tem um ponto, — ela admitiu. Então ela virou
seus olhos verdes e parecia tão perdida. Eu queria abraça-la
e acalmar todos os seus problemas de distância.

— Mas como vou chegar em casa? — Seus ombros


caíram.

— Eu só quero ir para casa.

Eu suspirei. Droga. Se ao menos não tivesse um


prendedor em sua voz miserável, desanimado.

— Eu vou chamar um táxi, — eu ofereci, já cavando em


meu bolso. Depois de trabalhar no bar para tantos meses
como eu tinha, eu tinha o meu serviço de táxi favorito
listados na discagem rápida.

— Mas eu não posso deixar o meu carro aqui. — Ela


parecia horrorizada.

Eu parei, meu polegar pairando sobre o botão de


discagem.

— Está tudo bem. As pessoas fazem isso o tempo todo.


Este é um parque de estacionamento bastante seguro. Você
pode voltar e buscá-lo na parte da manhã, não há problema.

Mordendo o lábio inferior, ela olhou sedan escuro com


preocupação.

— Droga, — eu murmurei sob a minha respiração e


guardei o telefone.

— Ok, tudo bem. — Jesus, eu não podia acreditar que


eu estava realmente indo para oferecer isto.

— Me dê as chaves, e eu vou te levar para casa.


Ela virou para mim com esperança em seu rosto,
mesmo quando ela disse:

— Mas e seu carro? Como você vai chegar em


casa?

Balançando a cabeça, eu tentei não ficar


encantado com o fato de que ela ainda estava consciente o
suficiente para pensar em mim.

— Eu só vou passar a noite com você.

— O que? — Ela tropeçou de lado enquanto sua


boca se abriu.

Eu ri.

— Estou brincando. Eu vou chamar um táxi do seu


lugar para me trazer de volta aqui para o meu.

Ok, então eu estava muito envergonhado para dizer


a ela que eu não tenho um carro. Desde que eu vivia apenas
oito quarteirões de distância, eu planejei ir a pé para casa.
Mas eu sempre poderia chamar um táxi do seu lugar se eu
tinha que fazer.

Ela piscou, e o movimento fez parecer como uma


coruja. A mais bonita maldita coruja que eu já vi. Olha de
relance afastado porque ela ainda me segurou sob seu feitiço
caseiro com o rosto lindo e roupas sexy, eu soltei um suspiro,
meio esperando que ela declinar e me deixar chamar um táxi,
e meio esperando que eu pudesse passar mais alguns
minutos em sua companhia enquanto ela estava assim.
— Você faria isso por mim? — O jeito que ela arrastava
suas palavras soou estranho vindo de sua boca perfeita
porque seu discurso era sempre tão sucinto em sala de aula.
Era como se ela era uma pessoa completamente diferente.
Uma pessoa que me foi permitindo ao desejo.

— Por que você faria isso por mim? — Ela olhou para
mim, tudo perdido e confuso novamente.

— Você me odeia.

— Eu não… — Quando eu balancei minha cabeça,


eu tinha que tirar meu cabelo dos meus olhos.

— Eu não odeio você. — Eu disse, mais suave desta vez.


Longe, muito longe disso.

Seus lábios se separaram e eu queria mordê-los,


especialmente o mais cheio, o lábio de baixo, então chupa-lo
em minha boca e lamber a picada longe.

Silenciosamente, ela estendeu as chaves para mim. Uma


onda de consciência provocou através do meu sistema.

Eu não deveria fazer isso. Era perigoso. Tentador. Ela


ainda tinha um lado de seu cabelo puxado para cima, embora
após as últimas horas no calor do bar e entre tantas pessoas,
tinha começado a ceder em alguns lugares. Ainda assim... ele
parecia tentador, como se alguém tivesse tido suas mãos
nele. Se apenas eles poderiam ser minhas mãos.

Cedendo ao seu encanto, eu peguei as chaves e respirei


fundo quando seus dedos tocaram os meus. Deus, isso ia ser
ruim. Eu já podia contar.
CAPÍTULO
DOZE

“Estes são os tempos que tentam as almas dos homens.”

Thomas Paine

NOEL

— Você não ama como os postes se refletem através do


para-brisa? — Aspen inclinou no banco do passageiro para
acariciar o vidro acima do painel de seu carro. Mas seu cinto
de segurança travou antes de ela conseguir tocar, e ela caiu
para trás em seu assento com um suspiro triste.

— É tão bonito, — ela murmurou, olhando a vista


saudosa.

Eu balancei a cabeça em diversão quando seu sistema


de navegação me disse para virar à direita na esquina.

— Sim, você definitivamente bebeu um pouco demais. —


Eu disse a mim mesmo mais do que a ela, já que ela não
estava me ouvindo, também arrebatada nas luzes bonitas
para notar a minha presença.

— Eles se parecem com luzes de um parque. — Ela me


mandou um olhar de soslaio.

— Alguma vez você já foi a um parque?

Eu pisquei.

— Umm... Certo. — Quem nunca foi a um parque de


diversões?

Sempre que chegava a minha cidade natal, eles sempre


ficavam no lote aberto não muito longe de nosso parque de
trailer. Eu costumava esgueirar para baixo e levar Caroline, e
Brandt também quando ele ficou velho o suficiente para ir
aos passeios. Eu nunca cheguei a levar Colt, antes de vir
para faculdade. Eu esperava que Caroline fizesse isso por
mim. Alguns dos meus momentos mais felizes eram de
comprar doces e bilhetes e assistir os meus irmãos quando
iam para os brinquedos. Colt precisava de uma memória
como aquela. Porra, todos precisavam desses tipos de
memórias.

— Eu nunca estive em um parque de diversões, —


Aspen disse suavemente. Olhei em todo o interior silencioso
de seu carro para ver seu rosto encher com mais saudade.

— Meus pais disseram que parques eram insensatos e


um desperdício de tempo.

Droga. Os pais dela soavam como idiotas completos.


— Você acha que se meu encontro tivesse aparecido, eu
teria tido mais sorte esta noite? — Ela fez uma pausa e
mordeu o lábio.

— Eu poderia estar fazendo sexo no momento. Uau, eu


nem me lembro quando foi a última vez que fiz sexo. —
Merda. Mal tópico.

Ela estava falando sem parar desde que eu a ajudei em


seu carro, mudando de temas mais rápido do que eu poderia
mudar a marcha. Mas não mergulhei de volta a este território
desde que ela apertou meu bíceps no bar.

— Mas eu me lembro da última vez que eu sonhava em


ter sexo, — ela continuou.

— Você estava fazendo comigo na minha mesa no


trabalho e…

O Quê? Ela teve esse sonho também? Irreal.

Eu me mexi no assento do motorista, porque senti


minha ereção beliscado o meu jeans.

—… e eu estava deitada de costas com todos estes


documentos classificados pegando em minha espinha
enquanto você estava de pé no chão entre as minhas pernas
para que você pudesse... Você sabe. Então você ia em mim...
Oh, meu Deus. Foi tão bom. De alguma forma eu chutei em
cima do monitor meu computador. Mas você só continuou, e
eu acho que eu estava prestes a gozar, mas então eu acordei
toda molhada e dolorida, e eu nunca descobri como esse
sonho terminou.
Oh, eu sabia como esse sonho terminou.

Mas maldição. Isso não era bom. Ouvir sobre como eu a


deixei molhada e dolorida arrebentou as correntes em torno
de meu controle, como se fossem lâminas da tesoura a
arrancar separadas uma mecha de cabelo.

— Você provavelmente não deveria estar falando sobre


isso para mim, — eu disse a ela, com a voz rouca.

Ela olhou por cima.

— Por que não? Você teve sexo, não é? — Então ela


bufou e jogou a cabeça para trás para rir sem rodeios.

— O que estou dizendo? Você é Noel Gamble. Você


provavelmente já teve sexo mais vezes este mês do que eu
tenho na minha vida inteira. — Eu fiz uma carranca.

— Ok, agora você está apenas me insultando.

— Seis, — disse ela.

Eu balancei minha cabeça, não seguindo.

— O Quê?

— Eu tive sexo seis vezes na minha vida. Três


indivíduos diferentes.

Fiquei de boca aberta. Jesus. Eu não precisava de uma


contagem de cabeça. Mas porra, agora que ela me deu uma,
eu pensei que talvez eu tivesse tido mais sexo neste mês do
que ela teve em toda sua vida. Ok, não este mês ou mesmo
no mês passado, exatamente. Mas definitivamente durante
um mês de temporada de futebol.
Ela inclinou a cabeça para o lado e franziu a testa,
pensativo.

— Espere. Se você não estiver disposto, isso conta?

Fechando a minha atenção para ela, eu quase passei


um sinal vermelho. Pisando no freio, eu explodi:

— Desculpe.

— Eu disse.

— Eu te ouvi! Jesus Cristo. Se você não estiver disposta,


eu não acho que ele é mesmo considerado sexo. É chamado
de estupro.

Ela não havia apenas me disse que ela foi... Nenhuma.


De jeito nenhum. Franzindo a testa, pensativo, ela
murmurou.

— Não. Não, meus pais me disseram muito


especificamente eu não poderia chamá-lo assim. Disseram
que eu não podia contar a ninguém, não podia ir à polícia ou
falar sobre isso novamente. Não. — Ela deu uma sacudida
vigorosa de sua cabeça.

— Não foi estupro. Eu merecia. Eu concordei em ir


naquele encontro com ele, depois de tudo. Eu até subi no
banco de trás com ele por minha livre e espontânea vontade.
Eles disseram que eu deveria ter esperado. Deveria ter
esperado...?

Jesus. Eu pensei que eu poderia vomitar. Mas, que


porra é essa?
Com meus dedos sufocando o volante e fingindo que era
o pescoço de seu estuprador porra, eu consegui perguntar:

— Há quanto tempo foi isso?

— Nove anos. Eu tinha quatorze anos. Foi a minha


primeira vez. — Ela apertou um dedo sobre os lábios,
pensativo antes de acrescentar:

— Eu não acho que a primeira vez de uma menina


deveria ser assim.

— Não. — Eu concordei em silêncio.

— Não, não deveria. — Eu pensei sobre Caroline por


algum motivo. Merda, ela iria nesse baile esta noite, não ia?

E se esse menino Scotini estava esperando mais dela do


que ela estava disposta a dar? E se ela concordar em subir
em um banco traseiro com ele por um par de beijos, em
seguida, fica com medo quando ele queria mais e tenta
colocar um freio, mas ele não deixar? Eu quebraria cada osso
de seu corpo, porra. Estava tentado a puxar meu telefone e
ver como ela estava, mas eu queria estar aqui para Aspen,
também. Ela estava obviamente passando por algo agora, e
eu gostava de ser o único a ouvir suas divulgações bêbadas.

— Já... — Eu lambi meus lábios secos quando me virei


para baixo em seu bloco.

— Alguma vez você já contou a alguém sobre isso antes,


além de seus pais?

Eu rezei para ela me dizer que tinha ido à polícia, apesar


dos desejos de sua mamãe e papai, e o imbecil foi jogado
atrás das grades, onde ele ficou até ele morrer depois de ser
estuprado por vinte outros detentos. Quando ela não
respondeu de imediato, olhei para ela assim que estacionei.

Ela se enrolou no assento, com os joelhos dobrados


contra o peito e os braços em forma protetora em torno de
suas pernas. Ele me deu uma visão da calcinha preta de
seda, mas no momento eu estava muito preocupado com ela
para cobiça-los.

Olhando uma década mais jovem do que vinte e três


anos, ela me mandou um olhar de olhos arregalados.

— Claro, — disse ela.

— Eu disse a minha terapeuta. É muito chique no


mundo dos meus pais ter um terapeuta. Mas o meu
realmente me ajudou a superar isso. Quero dizer, o primeiro
cara que eu estava depois que aconteceu não colheu todos os
benefícios. Ele nem ficou por aqui para terminar o nosso
único encontro juntos, porque eu me apavorei. Ele se retirou
logo que eu comecei a chorar. Em seguida, ele fugiu e nunca
me ligou de novo. Mas o segundo ficou por mais de um
encontro antes que ele parou de retornar meus telefonemas.
Isso é algo, certo? É o progresso.

Eu assobiei uma maldição sob a minha respiração.


Bastardos. Todos os três deles. Eu poderia dizer a cada um
de seus parceiros tinha machucado ela, mesmo que não tinha
sido como a primeira vez. Eu queria puxá-la para o meu colo
e apenas segurá-la. Ou talvez até mesmo mostrar o lado bom
da paixão. Mas me contive.
Ela estava olhando pela janela da frente, provavelmente
para as luzes novamente, quando, de repente, ela olhou.

— Eu li o seu papel.

Suas palavras serenas fizeram o meu estômago rugido já


abalado com a ansiedade.

— Sim. Você já até deu nota e deu de volta para mim,


lembra? Tivemos uma discussão inteira em seu escritório
sobre se eu merecia um A ou não. E como você está indo para
manter o meu pequeno segredo sujo para mim.

— Certo, — ela murmurou baixinho como se de repente


se lembrando.

— Sim, eu acho que te devia um segredo, então, não é?


— Ela sorriu, mas não foi muito feliz. Seus olhos verdes
levantados.

— Eu estava tão excitada o tempo todo que você estava


gritando para mim, me dizendo para pegar esse A volta que
você não merecia isso. Se você tivesse me beijado naquele dia,
eu teria te beijado de volta. E mais.

Merda. Eu empurrei a porta do lado do motorista e sai


de seu carro. O ar frio foi um choque bem vindo para a minha
excitação. Mas então ela abriu a porta e saiu também.

— Eu, uh, eu vou ligar para o meu táxi agora. — Deus,


isso soou coxo, mas ela estava bêbada. Eu não podia fazer
nada sobre todas as suas confissões. Não agora.

Ela assentiu com a cabeça, então estremeceu e abraçou


a si mesma antes de ir para a calçada, o que a levou a
varanda da frente. Quando ela tropeçou e quase caiu,
amaldiçoei um pouco mais alto e empurrei meu telefone de
volta no bolso.

— Espere, — eu chamei, correndo atrás dela e pegando


o braço dela como ela tropeçou novamente.

— Me deixe te ajudar.

Ela balançou até que ela estava encostada em mim. Eu


tinha que deslizar meu braço em volta de sua cintura para
mantê-la na posição vertical. Porra, quem teria imaginado
que ela teria uma cintura minúscula tal?

Derrubando o rosto, ela sorriu cativante.

— Foi o melhor trabalho que já li, você sabe.

— Hmm. — Eu engoli, recusando a responder, e ajudei a


subir os degraus em sua varanda. Quando ela não conseguia
encontrar suas chaves em sua bolsa, eu balancei para ela
saber que eu ainda tinha depois de dirigir. Ela sorriu e deu
um passo para o lado, deixando de bom grado assumir.

— Sua gramática ainda é idiota, — ela continuou como


eu abri a porta.

— E você provavelmente iria perder um concurso de


soletração para um aluno da primeira série, mas... Oh meu
Deus. Isso me fez chorar. Eu li sobre isso, e mais, e mais. Eu
mesmo copiei como um perseguidor assustador, para que eu
pudesse continuar a ler depois que devolver a você. E cada
vez que eu olho para ele, eu choro de novo. Por você.
Erguendo a mão, ela pegou um pedaço de meu cabelo e
de braços cruzados escovou da minha testa para tirar fora de
meus olhos. A sensação de seus dedos em mim foi como um
choque elétrico. Poderoso, surpreendente. A corrida completa
para ambos os meus hormônios e meu coração.

Minha mãe me deu um tapa antes de dizer alguma coisa


fora da linha, ou ela me deixou de lado por ficar em seu
caminho. Meninas que eu fiquei cavaram suas unhas em
minha bunda quando eu fiz elas se sentir bem. Meus irmãos
encolheram perto de mim quando eles estavam assustados.
Os colegas de equipe tinham um tapa em minhas costas de
parabéns. Mas ninguém nunca tinha me tocado assim, com
puro afeto, honesto como se queria cuidar de mim.

— Você já passou por tanta coisa, — ela murmurou,


simpatia em seu tom.

— Tem muito para lidar com eles. Eu quero caçar sua


mãe e bater nela completamente.

Eu funguei um sorriso triste, assim como eu puxei a


chave da fechadura. Mas eu já não estava com tanta pressa
de levar ela para dentro... Longe de mim. Eu forcei minha
atenção de volta à porta da frente, mas eu queria continuar
olhando para ela. Olhar como ela era suave, doce, e um
pouco vulnerável, para o resto da minha vida.

Sua mão caiu do meu cabelo apenas para ficar no meu


braço. Quente e suave, seus dedos provocavam e seduzindo
como eles lentamente arrastavam um caminho escaldante até
meu cotovelo.
— Eu sinto muito, — ela sussurrou.

— Eu pensei que você fosse como ele. Mas você não é.


Você não é nada como ele.

Dizer o que? Olhei de seus dedos em mim e nos olhos


dela.

— Como quem?

Ela não respondeu. Ao invés disso, ela fungou e limpou


a palma da mão sobre sua bochecha, o movimento a fez
parecer como uma criança em vez de um professor
universitário realizado.

— Ele me fez odiar jogadores de futebol. Especialmente


quarterbacks. Ele me fez... Ele me fez fria e solitária. Oca por
dentro. Mas você nunca faria isso. Você nunca faria mal a
ninguém do jeito que ele machucou...

Quando suas palavras se apagaram, uma pilha quente


de raiva desenrolou no meu estômago.

— O que ele fez? — Eu persuadi suavemente. Ela não


respondeu. Isso só me enfureceu e me preocupava mais.

— Aspen? Ele é o único que... Que estuprou você? —


Merda. Não é de admirar que ela sempre me deu um
momento tão difícil. Lembrei disso.

Eu odiava saber que eu fiz isso com ela.

Ela se virou para mim e sorriu suavemente.

— Você não é como ele em tudo. Você é... Eu não sei.


Você é algo incrível.
Eu sufoquei uma risada dura e empurrei a porta aberta
com um empurrão selvagem.

— Sim, realmente incrível. Eu sou sujeira quebrada, mal


mantenho minha bolsa de futebol à tona e prestes a deixar
cair as três pessoas que mais me interessam no mundo se eu
não manter minha merda. E não vamos esquecer como eu
trapaceei para chegar até aqui... ou lembra-la do menino que
estuprou você. Não há nada de surpreendente sobre isso em
tudo.

— Venha aqui. — Aspen pegou delicadamente minha


mão e me levou para dentro de sua casa escura. Eu segui. Eu
não tenho ideia por que eu nem hesitei, mas eu fui onde quer
que ela levou.

Uma vez lá dentro, eu estendi a mão, mexendo até que


eu encontrei um interruptor de luz. Quando uma luz pálida
iluminou o canto de um quarto arrumado, sala de estar em
tons de azul brilhante, eu olhei para ela, assim como ela
olhou para mim.

Emoldurando o rosto com as mãos, ela olhou nos meus


olhos e disse:

— Você é incrível, Noel Gamble. — Então ela soltou um


sorriso bêbado.

— Você teria pensado que o jogador estrela do time de


futebol invicto da universidade seria um pouco mais
arrogante e seguro de si.

Eu balancei minha cabeça.


— Você crescer como o pobre garoto da prostituta da
cidade e seus colegas batendo em você em uma idade jovem.
Literalmente.

Ela se inclinou e apoiou a testa no meu ombro.

— Mas você tem todo o direito de ter orgulho de quem


você é. Você é um sobrevivente.

A bola apertada no meu peito tornou difícil para


respirar, e a forma em que seus dedos suaves sentiam no
meu pescoço enquanto se moviam para baixo de minhas
bochechas e sobre meus ombros estava fazendo um número
no meu pau.

— Por quê? — Perguntei, minha voz um pouco áspera.

— Porque eu sei como jogar uma bola?

Ela olhou para cima novamente.

— Não. Porque você não é apenas um rostinho bonito


em uma concha vazia. Você ama. Você teme. Você sente as
coisas tão... Tão fortemente.

]Quando uma mão pousou pouco mais em meu coração,


eu dei uma respiração afiada. Levou tudo que eu tinha que
manter as mãos longe dela em troca.

]— Todo mundo sente, Aspen. Alguns são apenas


melhores em esconder.

]— Mas você sentir coisas boas. Pode ser um pouco


áspero em torno das bordas, mas você tem um bom coração.
Um coração compassivo. — Então ela beijou meu peito, pelas
minhas roupas e sobre o meu coração. Teria sido tão fácil
para enterrar meus dedos em seus cabelos, apontar meu
rosto para baixo e inalar o cheiro dela. Mas eu não fiz, não
importa o quanto isso me matou para me conter.

— Aspen, nós não deveria…

Ela ergueu o rosto, surpreendendo-me como ela deu um


suspiro satisfeito.

— Eu amo como você diz o meu nome.

— Aspen, — murmurei, dizendo novamente porque eu


não poderia me ajudar. Deus, o que eu estava fazendo?

Ela fechou os olhos e suspirou novamente.

— Você me faz vibrar cada vez que eu vejo você.

Porra, se ela queria falar sobre formigamento... Ela


lambeu os lábios inconscientemente, e meu pau formigava da
base à ponta, ficando tão duro como pedra.

— Eu acho que eu estive sempre molhada desde o


primeiro momento que eu vi você andar em minha classe. —
Jesus.

Um gemido escapou de minha garganta. Segurei o


ombro, dizendo a mim mesmo para empurrar ela de volta,
mas em vez disso, eu a segurei direito onde estava.

— A primeira vez que você entrou na minha sala, eu


senti essa faísca, como um flash quente, me cobrir da cabeça
aos pés. Lembro da gagueira quando eu me apresentei
porque eu estava tão espantada. Você me espantou. Ninguém
me espantou. Mas, então, eu descobri que você era
quarterback precioso de Ellamore e tudo ficou claro. Ele era a
estrela do futebol também, e eu tinha uma grande paixão por
ele. Acho que essa é a minha maldição. Mas ele só me deu
atenção para me fazer pensar que estava interessado, para
que ele pudesse me humilhar... E então ele me machucou.
Eu achei que você ia ser exatamente assim. Quer dizer, eu
tinha a mesma primeira impressão de você como eu fiz dele.
Exceto com você, era como... Cinquenta vezes mais forte. Eu
só... Eu adoro olhar para você. Eu amo o som de sua voz. O
jeito que você anda. O jeito que você sorri e escova o cabelo
fora de seus olhos. Mas eu nunca vou superar a maneira que
você ama sua família e como você vai fazer qualquer coisa
para salvá-los. Eu só... Eu desejo que algum dia, alguém me
ame assim.

O olhar em seus olhos era óbvio. Ela queria que eu a


amasse assim. Estranhamente, a ideia não me assustou.
Quer dizer, eu não caí de ponta-cabeça naquele instante nem
nada. Mas depois de ouvir seu derramamento de porcaria que
ela acabou de fazer para mim, eu queria que ela fosse amada
assim quase tão mal como ela.

Quando eu balançava para frente sem querer, ela


levantou o rosto. Mas eu parei e fechei meus olhos, minha
mandíbula travou quando eu engoli a tentação de tomar
avidamente. Eu tive que parar de pensar com meu pau,
porque este tinha chegado à maneira muito pessoal, e
maneira muito emocional. E ela ainda era muito...

— Você está bêbada, — eu a lembrei.

Ela assentiu com a cabeça, concordando.


— Realmente bêbada.

— Eu não posso te beijar. Eu vou tirar vantagem. —


Porra, por que eu mencionei beijar? Nós não falamos sobre o
beijo em tudo.

Mas ela não pareceu notar minha mudança de assunto.

— Ok, — ela falou arrastada.

— Então... Como ataque eu vou beijá-lo em vez disso.

Aconteceu assim. Eu não disse não a tempo para que


ela levantasse nas pontas dos pés e pressionou a boca para a
minha. Eu fechei meus olhos, tentando resistir. Mas a palma
da mão que ela tinha cobrindo meu rosto deslizou ao redor
enjaulando a parte de trás do meu pescoço. Quando as
unhas bateram na base do meu crânio como ela mexia em
meu cabelo, eu estremeci. E os lábios dela, Cristo, seus lábios
eram macios e flexíveis. Ela tinha gosto de Bud Light Lime e
luz do sol, e eu não poderia me ajudar. Eu abri a boca um
pouco mais.

Ela gemeu um som, com fome, eu mergulhei minha


língua. Deus. Quente e úmido, seu beijo era tudo. Eu poderia
ter feito isso durante toda a noite. Mas...

— Se nós não pararmos agora, eu vou ser um idiota.

Não se preocupe. — Ela me puxou de volta para ela.

— Eu já considero você um idiota.

Eu ri apenas para ela me beijar de novo. O choro


sufocado de minha risada, e eu afogado em seus lábios até
que eu pudesse me puxar para trás... Só para amaldiçoar e
voltar para mais. Ela era tão pequena, eu fiquei cansado de
arquear para beijá-la, então fui e a ergui, e ela acabou
imediatamente com as pernas em volta da minha cintura.

A esmagando contra a parede, eu beijei um pouco mais,


com minha língua em sua boca até que parecia tão
confortável lá como fez na minha própria. Meus lábios não
queriam se separar dela, mas não havia muito mais que eu
queria provar.

Vivendo minha fantasia que eu tinha no bar, quando eu


primeiro vi ela hoje à noite, eu enterrei meus dedos na parte
de seu cabelo que estava livre, que deixei para baixo e beijei o
lado exposto de sua garganta, e, em seguida, o ombro dela.

Eu não tinha ideia que ela estaria tão suave, ou que seu
cheiro fosse tão bom. Foi embaçando minha cabeça quando
eu deslizei minha mão para baixo em sua espinha nua
perfeita, eu continuei indo até que eu coloquei sua bunda e
moí nós juntos.

Sério, eu não tive a intenção de ir dentro da saia, mas


seu vestido havia apenas, uma espécie de, naturalmente,
trabalhou acima quando ela levantou as pernas. Quando eu
recebi um punhado de sua bunda incrível, encontrei
apalpando sua calcinha preta de seda em vez de sua saia.
Percebendo que eu estava lá, minha mão tinha de continuar
explorando entre suas pernas até que eu encontrei o material
úmido, encharcado com sua lisa, excitação molhada. Ela
estava pronta para mim. Dolorida para mim.
Daquele ponto em diante, eu estava praticamente
ferrado.

— Onde está o seu quarto? — Engoli em seco, movendo


meus dedos até que ela estava se contorcendo contra mim,
seu corpo exigindo mais.

— Hall. — Ela apontou de forma descuidada cima do


meu ombro.

— Primeira porta. Lado direito.

Combinando nossas bocas novamente juntos, eu a tirei


da parede e fui através da sala da frente apenas tropecei uma
vez quando eu bati em uma cadeira.

Ela riu e escondeu o rosto no meu pescoço, o que me


proporcionou alguns momentos para me concentrar em onde
chegaríamos e deliciar como quente, macia e perfeita sentiu
envolvida em torno de mim.

Quando entrei em seu quarto, ela chegou a passar


por mim para virar outra luz. Seu santuário foi
brilhantemente colorido e muito menos puro do que a sala da
frente. Os lençóis foram mal jogados sobre o colchão e roupas
estavam espalhadas pelo chão como livros estavam
empilhados em cada canto e recanto que eles poderiam caber.

Esta era ela. A verdadeira ela, não alguma,


professora tensa abafada na frente de uma sala de aula. Este
quarto representava a mulher em meus braços, e eu tinha a
sensação de que não tinha um monte de pessoas qua vinham
aqui ver a verdadeira Aspen Kavanagh.
A levei para a cama. Uma vez que ela foi colocada
suavemente de costas, sorriu para mim e preguiçosamente
tirou os saltos. Quando ela estendeu a mão com os dois
braços, eu fui atraído de volta. Sem pensar em
consequências, moral, ou regras, subi em cima dela e
esmaguei nossas bocas de volta juntos.

Ao contrário da maioria dos caras que eu conhecia,


o beijo não era apenas um show para ter uma menina pronta
para o grande evento. Beijar era o próprio caso. Eu era
conhecido por fazer nada além de beijar uma garota toda a
noite, até que ela era a pessoa implorando por algo mais. Eu
poderia fazê-lo até que meus lábios estavam dormentes e era
impossível dizer qual língua era de quem.

Encontrar uma menina que beijou apenas certo era


como uma mina de ouro. E Aspen Kavanagh foi à mina de
ouro de todas as minas de ouro. Ela suspirou em minha
boca, seu corpo quente e maleável. Eu enterrei meus dedos
em seus cabelos, arruinando a forma tentadora que tinha
fixado.

Eu não tenho nenhuma ideia de quanto tempo nos


beijamos, nossas bocas acasalando e a forjar um vínculo que
foi muito além do mero companheirismo físico. Mas quando
ela encontrou a barra da minha camisa e correndo seus
dedos até meu abdômen, eu estava mais do que disposto a
retribuir o favor.

— Você é tão duro, — ela murmurou, o temor em


sua voz me matando.
— E você não está sequer tocando a parte mais
dura. — Eu sorri com meus lábios encontrando seu queixo,
em seguida, trabalhei até sua garganta enquanto meus dedos
exploraram sob sua camisa.

— É tão bom, — ela murmurou, assim como sua


mão ficou inerte e caiu sobre o colchão ao lado dela.

Minha língua fez uma pausa em seu pulso como o meu


olhar correu para a mão caída.

— Aspen. — Olhei para cima para encontrar os


olhos fechados e os lábios entreabertos, com o rosto inclinado
para longe.

A mulher desmaiou em mim. Meu corpo gritou em


negação enquanto uma parte muito distante do meu cérebro
tentou me dizer isso foi uma coisa boa. Mas eu concordei
mais com o meu pobre corpo, latejante.

— Jesus. — Começando a tremer, eu rolo de cima


dela e caio nas minhas costas. Limpando minha mão sobre
meu rosto para refrescar a pele quente, eu solto um suspiro
antes de contar até vinte na minha cabeça.

Então eu virei meu rosto ao redor para ver como


ela estava. Sim. Ainda estava frio.

Isto tinha de ser uma nova para mim. Eu me


aproveitei de uma garota bêbada até que ela desmaiou nos
meus braços. E não apenas qualquer garota bêbada, mas a
mais proibida.
Meu pau pulsava em minha calça jeans, apertando
dolorosamente como ele lotado contra a traseira de meu
zíper. Depois de reajustar a mim, olhei para Aspen para
verificar ela novamente.

Bem, pelo menos ela parecia em paz. Para mim, eu


não poderia fazer o meu corpo se acalmar. Meus hormônios
continuaram com raiva, e observando seus lábios úmidos
enquanto ela respirava não ajuda.

Virando minha cabeça para o outro lado, eu fiz a


varredura de seu quarto por algo para desviar a minha
atenção para que eu pudesse combater a luxúria de uma vez
por todas e estar em meu caminho. Um dos livros de bolso
em sua mesa de cabeceira chamou minha atenção. Na capa,
um cara de cabelos compridos com o peito nu se inclinou
pairando o rosto no decote de uma garota em um grande
vestido, de babados. O título era algo sobre negar um
Highlander.

Um sorriso brincou em meus lábios. Aposto que ela


não ensinou sobre estes tipos de novelas em suas classes. Eu
estendi a mão e virei à capa para estudá-lo um pouco mais
plenamente. A mulher deitada ao meu lado era uma viciada
em romance. Estranho. Eu não tinha sido capaz de detectar,
durante qualquer uma das classes que ensinou. Ela parecia
tão clínica e profissional ao ensinar, eu nunca teria
imaginado que ela tinha uma garota sonhadora dentro dela.

Voltando, eu estudei seu rosto passivo quando meu


peito encheu com dores simpáticas. As coisas começaram a
somar. Seus pais imbecis nunca a levaram em um parque.
Eles não deram a ela uma infância adequada, mas eles
provavelmente a empurraram na escola até que ela estava
pulando graus com excelência em educação. Eu não poderia
imaginar ela com um monte de amigos, se ela sempre foi à
menina gênio. E se o filho da puta a machucou quando ela
tinha quatorze anos era a pista que sua vida foi assim, ela
não se sentiu muito amada ou protegida. Ela provavelmente
esteve sozinha demais.

E ainda assim ela lê romances até os cantos foram


desgastado e desgastado. Ela ainda esperava por algum tipo
de felizes para sempre.

Ela era tão parecida comigo que era francamente


assustador. Nós fomos divididos entre dois mundos. Ela era
a, professora desmazelada gênio escondendo esperanças
românticas e sonhos. Eu era a estrela playboy garanhão do
futebol trabalhando pra caramba para salvar a minha pobre,
quebrada família. Que par nós fizemos. E o que burro eu me
senti. Ela não era apenas um pedaço de fruta que eu queria
provar porque ela era proibida. Ela era muito mais profundo
do que eu jamais imaginei.

Lentamente, eu estendi a mão até que mal toquei


seu rosto. Ela suspirou em seu sono e rolou para o lado de
frente para mim. Quando ela descobriu meu calor, ela se
aconchegou em mim. Eu envolvi meus braços ao redor,
abraçando ela contra mim, e ela acabou com a bochecha dela
no meu peito e seu braço em volta da minha cintura.
Era doce e confortável e tão maldito agonizante
para se deitar com ela desse jeito, Eu acabei por tirar os
sapatos, enroscando nela, fechando os olhos e enterrando
meu rosto em seu cabelo...

Nós adormecemos envoltos nos braços um do


outro, e eu não conseguia me lembrar de uma noite que eu
dormi tão profundamente.
CAPÍTULO
TREZE

“A preocupação não rouba o amanhã da sua tristeza, mas

apenas sucos de hoje de sua força.”

- AJ Cronin

ASPEN

Minha cabeça parecia que ia explodir.

Rolando em direção à fonte de calor que me


manteve acolhida durante toda noite, eu enrolei minhas
pernas para cima, esperando encontrar algo sólido e tangível
que irradia calor e abrigo. Mas todos os meus dedos foram
encontrando vazio, lençóis frios. Franzindo a testa, eu
estremeci quando pequenos eixos na minha cabeça cortaram
no interior de minhas têmporas. Com um gemido, eu enterrei
meu rosto ainda mais em meu travesseiro para bloquear a luz
inundando o meu quarto.
Inalei um novo cheiro, algo picante e masculino,
eu respirei profundamente, perguntando onde este perfume
teve origem e o que ele estava fazendo no meu travesseiro. Até
que me lembrei...

Noel Gamble. No meu carro. Dirigindo para casa.


Então Noel Gamble. Na minha cama. Me beijando. Com
língua. Sua mão entre minhas pernas. Querido Deus, eu
beijei Noel Gamble e o levei direto para o meu quarto. Eu
fiquei debaixo dele e pedi para... Oh, Deus. Isso era ruim.

Já temendo o pior, eu fiquei de pé, abrindo meus


olhos para verificar o outro lado da minha cama, sabendo que
eu iria encontrá-lo lá. Mas quando eu não encontrei, mas
lençóis e um travesseiro amassado, senti-me decepcionada e
desanimada. Minha cabeça latejava, e eu balançava
vertiginosamente.

Foi quando notei o copo cheio de água na mesa de


cabeceira ao lado de uma aspirina com uma folha de papel
branco dobrado apoiado contra eles. Gemendo como minha
dor de cabeça rugiu de volta à vida, Eu furtei a nota:

“Não existe nenhum pecado e não há nenhuma virtude. Há


apenas coisas que as pessoas fazem.”

John Steinbeck (From The Grapes of Wrath).'

Ei. Eu só queria que você soubesse que você não fez


nada errado ontem à noite, e não há nenhuma razão para se
arrepender de nada que aconteceu... Como eu sei que você vai.
Mas não se preocupe. Poderíamos ter feito muito mais. Eu sei
que a coisa certa a fazer agora é, provavelmente, pedir
desculpas por não parar imediatamente quando você bêbada
me beijou. Só que eu não me arrependo de tudo. Foi incrível.
Realmente, não se preocupe. Tudo ficará bem. Apenas cuide de
si mesma. Beba todo o copo de água e não tome mais do que
três comprimidos. Se você precisar de alguma coisa, chame.

N. G.

Eu fixei em seu número de telefone que ele


rabiscou na parte inferior da página, memorizando ainda
quando eu ordenei a meus olhos para olhar.

Mas, oh uau, ele me deixou, uma carta atenciosa e


doce. E suas palavras realmente funcionaram. O pânico que
eu estava passando por uma fração de segundo depois de
acordar involuntariamente foi drenado do meu sistema.

Nós não fizemos nada tão ruim depois de tudo. Ou


será que nós fizemos e ele só queria adoçar? Merda, eu não
conseguia lembrar de muito do que aconteceu, mas Noel
parecia pensar que ainda estávamos bem, então eu me
recusei a ficar preocupada.

Exceto durante todo o dia, pequenos pedaços do


quebra-cabeça da minha memória voltavam, me lembrando
de algumas das coisas que eu disse a ele. Eu seriamente não
podia acreditar que eu apertei o braço dele no bar e perguntei
se gostava de mulheres apertando seus músculos enquanto
tinha relações sexuais. Não, eu devo ter sonhado. Eu não me
importo, eu nunca diria isso.

Oh, Deus. Eu tinha, não tinha? Isto foi tão horrível.


Como eu ia mostrar minha cara na classe de novo? Como eu
poderia mesmo de pisar no campus?

O domingo progrediu, eu ficava mordendo as


unhas e olhando para o telefone, basta saber algum
administrador da universidade me ligaria para me demitir.

Em seguida, outra memória me atormentava como


aquela em que Noel Gamble me pegou, e eu apertei minhas
pernas em volta de sua cintura enquanto ele me beijou sem
sentido contra uma parede. Ou quando ele esfregou através
de minha calcinha. Meu estômago aquecido e coxas viraram
elástico. Mesmo tão vago e obscuro como as lembranças
eram, eles tinham o poder de mexer até que eu era uma
quente, confusão desenfreada.

Eu sabia que deveria estar totalmente


envergonhada e escandalizada. Eu apenas joguei o meu
código de ética e moral pela janela, e escolhi um dos maiores
playboys no campus para fazer isso. Eu estava chocada
comigo mesma. Mais ou menos. Toda a bajulação estava
sufocando os meus pensamentos, embora, porque eu estava
totalmente emocionada que Noel Gamble, o cara que me
excitou como ninguém, o homem que me encantou com seu
trabalho de literatura e confiou com os seus maiores
segredos, realmente me queria. Ele poderia ter qualquer
garota no campus, mais bonita, mais jovem e mais na moda
com uma personalidade muito mais animada do que a
minha.

Espere. Noel Gamble poderia ter qualquer garota


que ele queria. Então, por que ele me escolheu? Eu não era
tudo isso e um saco de batatas fritas.

Engoli em seco e pressionei minha mão no meu


peito e tento combater o sentimento de afundamento caindo
pesadamente em meu intestino. Isso não tem nada a ver com
aquele trabalho que ele escreveu, não é? Porque ele agora
estava certo de que eu nunca diria seu segredo para
administração da universidade. Eu seria demitida com
certeza se alguém descobrisse que eu os enganei com um
estudante. Não havia qualquer regulamentação para os
alunos. Apenas para o corpo docente. Se eu até pensei em
contar a ninguém sobre seu falso ensino médio GPA, ele
poderia acenar isso em meu rosto; eu seria expulsa de
Ellamore tão seguramente como se eu tivesse relações
sexuais com ele.

Gamble é inteligente, ele não tinha que se sujar


para percorrer todo o caminho comigo. Deus, eu estava
confusa ou o que? Sinceramente, foi um insulto por não ter
aproveitado completamente de mim na minha embriaguez? O
que havia de errado comigo?

Provavelmente essa nota. Ele não pareceu como


algum bastardo conivente que só queria cobrir as suas bases.
Ele soou como se importasse. Essa nota foi doce e
preocupada, tentando me ajudar com a minha culpa. Ele
sabia exatamente como eu me sentia, e eu adorava isso.

Mas porcaria, não iria qualquer cara que queria


entrar em minhas calças, dizer algo doce e aparentemente se
preocupar assim?

Ok, eu tive que parar de pensar sobre isso. Ele


estava me deixando louca. E tudo o que fosse, era
especulação. Não houve fatos bons, difícil de provar qualquer
parte da noite passada foi genuína. Ou falsa.

Mas pensar sobre eles apenas sendo um ato era


deprimente porque as peças que eu me lembrava, foram tão
incríveis. Eu fui ao bar esperando me conectar com alguém,
ter uma conversa decente, e se as minhas estrelas se
alinhassem, talvez ter uma sessão de amassos. E eu tinha.
Eu consegui tudo isso. Só foi com o cara errado.

Falando nisso, Philip não ligou o dia todo no


domingo. O idiota. Mas isso nem me perturbou. Na verdade,
foi um alívio. Eu estava um pouco assustada comigo
preocupada se eu ainda tinha um emprego no dia seguinte,
para pensar sobre o fato de que eu fui largada ontem à noite.

O universo deve ter pensado que eu não tinha o


suficiente para me preocupar, embora, porque eu recebi uma
chamada antes que o dia terminasse. A governanta dos meus
pais, Rita, me chamou. Ela sabia que minha mãe estava
atualmente me dando o tratamento do silêncio; ela teve que
chamar nas poucas vezes que eu tentei entrar em contato
com qualquer um dos meus pais. Por isso, faz todo o sentido
quando ela disse,

— Provavelmente serei demitida por ligar para você se


alguém descobrir, mas eu pensei que você deveria saber. Seu
pai desenvolveu um sórdido caso de pneumonia. O médico o
levou para o hospital esta manhã.

Sempre tive um estômago de ferro, mas todo o


álcool que eu bebi na noite anterior de repente tentou fazer
uma reaparição. Náusea subindo, eu bati minha mão sobre a
boca antes de baixar para pedir:

— Quão ruim? Que hospital? Eu acho que posso


fazer isso lá pelo anoitecer. Eles estão deixando número de
visitantes?

— Não, não. Por favor, não venha. Se você aparece,


eles vão saber que eu chamei você.

Fechei os olhos e cerrei os dentes. Meus instintos


gritavam para pular no meu carro e ver como meu pai estava.
Mas eu não queria que Rita perdesse o emprego. Ela sempre
foi a mãe que eu desejei. Ela era amável, ou, pelo menos, tão
amável como ela poderia ser, sem arriscar seu próprio
pescoço no processo. Ela me deu comida, quando eles me
trancaram no meu quarto por muito tempo, mas foi tão longe
como ela. Ela ficou viúva com três filhos para cuidar. Ela não
podia colocar muito esforço em cuidar de mim. E eu entendi
isso.
— Eu vou deixar você saber se alguma coisa
mudar. — A voz abafada de Rita encheu meu ouvido antes da
linha cair e ela desligar.

Eu balancei a cabeça, mas não baixei meu telefone


enquanto eu estava lá. E se o meu pai morrer e eu nunca
mais o ver? E se ele morre antes de dizer que me ama? E se
ele não me ama?

Embora eu soubesse que era um esforço


infrutífero, liguei para o hospital. Eles não poderiam me dizer
nada, exceto que Richard Kavanagh foi de fato internado
como paciente. Eu debati se chamava minha mãe, mas ela
provavelmente perguntaria como eu sabia, e a Rita entraria
em apuros, então eu dormi mal, verificando meu histórico de
chamadas a cada hora para ter certeza que eu não perdi
nenhuma mensagem.

Eu me sentia pior quando o alarme me acordou na


segunda de manhã, do que eu senti da minha ressaca na
manhã anterior. A doença de meu pai, minha incerteza no
emprego, e Noel Gamble iam me dar uma úlcera; Eu só sabia
disso.

Mas nem uma única ruga aparecia em minha


roupa de trabalho. Meu paletó estava solto o suficiente para
esconder o meu corpo de mulher, e minha saia era longa o
suficiente para parecer sério e profissional. Estava à mesma
de todas as manhãs antes de sair para o trabalho. Meu
espelho não pode detectar nada fora do comum. Eu mesma
me surpreendi como a maquiagem cobriu com êxito as bolsas
sob meus olhos. Mas eu ainda tinha uma sensação
desconfortável enquanto caminhava do meu carro para o
prédio de Inglês, parecia que eu estava fazendo a caminhada
da vergonha.

Todos os que olhavam para mim sabiam


exatamente onde eu tinha minha boca apenas duas noites
atrás. Eles tinham olhar nos olhos e me viam escorregando
minhas mãos sobre o bíceps de Noel e em seu cabelo. Eu
abro minha boca e minha voz iria refletir toda a minha culpa
e vergonha. Eu beijei um estudante e o levei para o meu
quarto, minha cama. Só de pensar me senti tão estranha e
irreal. Eu não era essa pessoa. Eu nunca faria isso. No
entanto, eu fiz.

Entendia por completo que toda a paranoia era


apenas isto, paranoia da minha cabeça. Eu não poderia tirar
de mim. Mas quando o Dr. Frenetti colocou a cabeça no meu
escritório antes de eu mesmo ir a minha primeira aula, soou
meu alarme e quase fiz xixi nas calças quando eu levantei.

— Acabei de verificar as notas de Gamble online.


Parece que ele já está bem melhor.

Ouvir o nome de Noel agora não ajuda a minha


ansiedade. Batimentos cardíacos sussurrando em voz alta
através de minhas orelhas, eu mal podia ouvir-me responder
depois que eu limpei minha garganta.

— S-sim, ele... Ele se saiu muito bem no trabalho


de recuperação que passei.

O reitor ergueu uma sobrancelha.


— E ele realmente ganhou a nota?

Eu pisquei. Que raio de pergunta era aquela?

— Claro.

Sorrindo com um pouco de regozijo, Frenetti deu


um aceno sabendo.

— Isso foi o que eu pensei. Ele só precisava de um


pouco de tempo para se ajustar as notas. Olhei por cima do
seu plano de estudos, e ele me pareceu muito cansativo.

Voltei minha atenção para o meu computador para não


revirar os olhos.

— Sim, bem... Ele tomou uma sessão bem intensiva de


'um-a-um' para finalmente chegar até aqui.

Meu rosto aqueceu, logo que as palavras saíram da


minha boca. Deus, que fez soar como uma insinuação sexual
ou o que? Tudo que eu podia pensar era na sessão intensiva
'um-a-um' que tivemos na noite de sábado. No meu quarto.
Mas o meu supervisor não pareceu notar qualquer significado
impertinente por trás minhas palavras. Ele acenou com a
cabeça, satisfeito.

— É bom ouvir isso. — Então ele desapareceu antes que


eu dissesse algo mais humilhante.

Estava grata por não ser era terça-feira, então eu não


daria aula para sua turma, eu passei sobre meus planos de
aula para o dia até que eu estava quase atrasada para a aula.
Ainda assim, me senti totalmente exposta quando eu entrei
na sala. Os olhos se voltaram para mim, e eu sabia, só sabia,
que eles veria, tudo. Saberiam de tudo. Cada vez que um par
de estudantes se inclinou em direção ao outro para sussurrar
conspiratoriamente, eu sabia que eles estavam falando sobre
o que eu fiz. Cada ruído inesperado me assustava. E todos os
caras de cabelos escuros que eu vi tinham minhas entranhas
agitando com uma adrenalina instantânea.

Eu odiei isso. Isto foi muito drama, e eu não era


uma candidata ao drama. Meus músculos estavam tão tensos
no momento em que eu terminei as aulas para o dia, que
tomei um punhado de analgésicos assim que me retirei para
o meu refúgio. Deixando minha porta do escritório aberta,
desabei na cadeira atrás da minha mesa e fechei os olhos,
aliviada que tudo estava acabado. Eu sobrevivi um dia, e
ninguém parecia saber nada.

— Jamais seria uma boa espiã, — eu murmurei


para mim mesma.

Cobrir verdades e fingir que estava tudo bem era


muito desgastante. Com um pulso fraco e irregular, apenas
sentei ali tentando recuperar meus sentidos.

E então alguém bateu na minha porta, me dando


um ataque cardíaco.

Eu gritei como uma menina, um grito embaraçoso


e pulei para os meus pés.

— Desculpe. — Levantando as mãos em pedido de


desculpas, Philip entrou no meu escritório. Seus olhos
implorando perdão como ele se encolheu.

— Somente eu.
Afundei na minha cadeira, colocando a mão sobre o
coração. Uau, eu preciso relaxar ou o quê?

Sentando na outra cadeira em frente a mim, Philip


respirou fundo antes de perguntar:

— Então, qual o tamanho do meu problema, e o que eu


posso fazer para você me perdoar.

Hã? Perdoá-lo?

— Por quê? — Eu perguntei silenciosamente antes de


lembrar. Oh Senhor. Eu esqueci. O encontro é claro.

— Por sábado? — Ele perguntou, olhando inquieto.


Então ele deu um riso nervoso e mudou de posição na
cadeira.

— Você não tem que fingir que não era um grande


negócio. Eu sei que fui imperdoável e rude, pois nem mesmo
telefonei, mas algo surgiu e fui chamado para fora da cidade,
e... — Ele parecia ter prontas as desculpas. A expressão
impotente permaneceu como ele terminou,

— O que eu posso fazer para melhorar isso pra você?

Eu já estava balançando a cabeça e acenando com a


mão antes de começar a falar.

— Realmente, está tudo bem. — Quer dizer, eu tinha o


meu próprio fardo de culpa no momento. Quem era eu para
estar segurando alguma coisa contra alguém?

— Tenho certeza que o sua... Uh, situação era inevitável.


Além disso, eu meio que me senti mal por já ter
esquecido que nosso encontro nunca aconteceu. Ele piscou e
endireitou as costas.

— Então... Você me perdoa? Só isso? — Ele arqueou


uma sobrancelha e me enviou um olhar desconfiado.

— Realmente?

Sua perplexidade era adorável. Eu ri.

— Se isso faz você se sentir melhor, eu poderia te dar


vinte chibatadas, mas chicotes e correntes não são realmente
minha coisa.

Quando seu olhar se voltou aquecido com juras, de


repente eu percebi o quão ruim o duplo significado daquelas
palavras pareceram. Deus, por que eu continuo deixando
escapar as coisas espalhafatosas hoje? Com a cabeça pesada
de todo o sangue correndo para meu rosto horrorizado, eu
bati minha mão sobre a minha boca abafando a exclamação:

— Oh, meu Deus. Eu só disse isso em voz alta, não foi?

Rindo em delírio, Philip me olhou com um par de olhos


castanhos brilhantes com aprovação.

— Eu não ouvi nada se você não quer que eu ouça.

Limpando a garganta e agarrei o último resquício de


minha dignidade, eu deixei cair a minha mão e discretamente
murmurei:

— Obrigada.

Ele assentiu.
— Isso significa que nós podemos tentar outro encontro
novamente... Em breve?

Abri a boca, surpresa com a pergunta.

— Uh... Eu... Bem, eu não tenho certeza. Você me


deixou esperando e volta pra se desculpar novamente após
dois dias.

Meu comentário impertinente anterior deve ter dado


alguma confiança, porque ele simplesmente piscou.

— Eu vou dar algum tempo para pensar sobre isso,


então. Então... Me ligue se você mudar de ideia.

Eu não respondi. Ele acenou e virou, saindo do meu


escritório. Olhei para o lugar vazio na minha porta onde ele
desapareceu, mastigando meu lábio, sem saber se eu deveria
dar uma segunda chance ou não. O homem era bem
agradável, com um bom senso de humor e fácil para
conversar.

Eu nunca fui boa em cena de namoro, então ele seria


uma escolha ideal de cara para sair. Mas ele me deixou
plantada. Ele me abandonou em um lugar onde eu me senti
totalmente desconfortável, e eu acabei cometendo o pior erro
da minha vida por causa disso. Eu deveria estar totalmente
chateada com ele. Eu nunca beberia tanto para aliviar meus
nervos se ele pedisse para se encontrar em um bom
restaurante ou um bar de cocktails chato. E eu não teria
deixado Noel Gamble me levar para casa se eu estivesse
sóbria. E eu certamente não teria colocado minha língua na
garganta dele e feito tudo com ele na minha cama se ele não
tivesse me levado para casa.

Puta merda, eu não poderia colocar toda culpa em


Philip, podia? Perfeito. Só que não, eu não podia. Estava
muito masoquista. Eu me meti nessa confusão. E eu não
podia jogar em Philip Chaplain, não importa o quão bom me
fez sentir temporariamente. Idiota de sorte.

Mas, falando sério, a ideia de ir a outro encontro com ele


apenas não me encanta... Eu só estava levemente interessada
pela primeira vez. E agora, com tudo o que me preocupar com
o meu pai, com o meu trabalho, e preocupar com Noel
Gamble, de jeito nenhum eu seria capaz de me concentrar em
Philip se passássemos mais tempo juntos.

— Por favor, não me diga que é o babaca que deixou


você sábado à noite? Dr. Chaplain? Realmente?

Pisquei, percebendo que eu estava olhando diretamente


minha porta apesar de ser uma figura borrada pé.

Sua voz chegou primeiro. Eu sabia exatamente quem


estava no meu escritório antes de meu olhar clarear o
suficiente para ter foco.

Vê-lo de pé no limiar do meu escritório fez meus nervos


darem errado. Cambaleando para os meus pés, olhei
freneticamente atrás dele, esperando ver Frenetti vindo à
frente para me despedir.

— O que você está fazendo aqui? — Eu assobiei em um


tom culpado.
Ele entrou e fechou a porta, fazendo meu coração bater
contra minhas costelas em pânico, como um pássaro
assustado desesperado para escapar de sua gaiola. Eu fiz um
som de negação na parte de trás da minha garganta, mas
isso foi tudo o que consegui.

— Eu vim para falar sobre o que aconteceu...

Engoli em seco e pus a minha mão ao meu peito arfante.


Ele não ousaria. Não aqui. Não é sobre isso.

— Entre nós, — continuou ele, — na noite de sábado.

Ok, então ele se atreveu.

Mas o pior foi como ele olhou quando disse. Senti


confusa e instável, meu interior revoltado. E ele parecia
totalmente incrível. Seu cabelo escuro permanecia
elegantemente desarrumado como se tivesse penteado com o
dedo antes de sair de casa. Seus olhos azuis com esse tom de
lavanda estavam brilhantes e alertas, cheios de vivacidade. E
seu corpo. Doce misericórdia, eu estava lembrando como ele
estava contra o meu, me prendendo na cama enquanto sua
boca me preenchia.

Abalada com o aspecto físico de minha atração e


desequilibrada sobre o fato de que ele queria discutir a pior
coisa que eu já fiz a céu aberto, no meu escritório, eu olhava
para ele sem piscar. Mas a minha visão ficou cinza em torno
das bordas. Deus, eu esperava que eu não fosse desmaiar.

Espere, talvez desmaiar me ajudaria a evitar essa


conversa. Seria muito infantil segurar minha respiração
agora?
— Quais os seus planos, então, Sr. Gamble? — Eu exigi,
horrorizada ao perceber que eu não podia controlar a rapidez
com que a minha respiração tinha apanhado.

— Chantagem comigo? Ameaçar contar para a


administração que eu me joguei em você bêbada, se eu não
dar um A?

Sua boca se abriu.

— Uau. — Ele soltou uma risada curta dura.

— Mas... — passando os dedos pelos cabelos, ele soltou


outro som cínico.

— Uau. Você honestamente acha que eu sou um grande


idiota, não é? Eu só vim aqui para me certificar de que você
estava bem.

Imediatamente percebendo que eu estava errada pela


maneira como seus olhos brilhavam com o que? Dor? Engoli
minha vergonha. De jeito nenhum ele poderia fingir tanta
emoção.

Abaixando meu olhar, prendi a respiração, com a ideia


de machucá-lo me rasgando ao meio.

— Eu não... Isso não é... Você não é...

— Respire, — ele ordenou suavemente.

Surpreendentemente, eu fiz, puxando o ar, o meu corpo,


inconscientemente, seguindo seus comandos e aliviando a
tensão de meus músculos, que tinham estado lá durante todo
o dia. Quando olhei para cima, eu abri minha boca para pedir
desculpas por minhas acusações, mas nada saiu.
— Então, estou supondo que você não está, — disse ele,
levantando as sobrancelhas, — bem, é isso.

— É claro que não estou bem!— Eu explodi com um


sussurro áspero antes de olhar para a porta fechada.

— Eu fiquei totalmente embriagada e agarrei um dos


meus alunos. — Agitando minhas mãos para mostrar a ele o
quão bem eu não estava, assobiei,

— Estou completamente aterrorizada agora.

Noel fez a pior coisa que ele poderia fazer. Ele esboçou
um sorriso.

— Deus, você é bonita quando está em pânico.

— Noel! — Eu gritei, escandalizada com o quão bem ele


estava levando isso. Sua atitude blasé só me perturbou mais.

— Certo, — ficando sério, ele acenou com a cabeça e


limpou a garganta antes de soltar um suspiro.

— Então, o que nós vamos fazer?

A maneira como ele disse, nós, despertou uma emoção


que quase trouxe lágrimas aos meus olhos. Eu não acho que
alguém já usou essa palavra para mim antes. Não um pai, ou
amigo, ou... Qualquer um. Eu sempre fiz tudo sozinha. Ser
parte de uma equipe, um par, Deus, era o que eu sempre
quis. Mas sendo uma parte de qualquer coisa com ele estava
errado.

Piscando rapidamente, eu tentei controlar a batida do


meu coração com uma respiração profunda.
Propositadamente.
— Bem, — eu disse e respirei mais profundo.

— A coisa certa a fazer seria confessar. Então, se você


quer dizer ao reitor do departamento de Inglês o que eu fiz
com você, então não há segredos ou mentiras, eu... Eu vou
entender. Eu posso ir com você agora, se você quiser.

— Eu não… — Ele ficou na minha frente para bloquear


meu caminho, como se tivesse medo que eu passasse em
cima dele para falar com Frenetti sem a sua aprovação.

— Quero dizer, whoa. Hey. — Ele deu uma risada


nervosa e ergueu as mãos. Ele me lembrou um treinador,
tentando acalmar animais, uma criatura encurralada
assustada.

— Não há nenhuma razão para fazer isso. Ninguém nos


viu. Ninguém sabe. E você certamente não precisa ser
demitida por causa disso. — Ele apertou os olhos.

— E você iria, não é?

Eu balancei a cabeça.

— Sim. — Minha voz falhou quando eu tentei adicionar,

— Eu seria...

— Despedida, — repetiu ele com um aceno decisivo.

Quando eu consegui um único aceno duro em troca,


seus ombros caíram.

— Isso é o que eu temia. — Ele chupou seu lábio inferior


em um gesto pensativo. Era realmente muito ruim que ele
parecia tão gostoso ao fazer isso. Eu só queria a...Gah! Eu
tinha que parar de pensar dessa forma.
— Então, o que você acha? — Eu encontrei a coragem
de perguntar, desde que eu realmente gostava de pensar
nisto.

Ele olhou para cima, os olhos assustados.

— Sobre o que?

Engoli em seco, ruborizando.

— Sobre o que devemos fazer?

— Oh. — Ele exalou suavemente.

— Uh... — Seu olhar deslizou por mim, um olhar


quente, como se estivesse lembrando como minha pele tinha
sentido sob suas mãos. O olhar que ele me enviou disse
exatamente o que ele queria fazer. O fervor que passou por
mim como seu olhar viajou para baixo em mim e fez meus
mamilos endurecerem, apertarem e criou um formigamento.

— Você está louco? — Engoli em seco, de repente, muito


ofegante.

— Sim. — Ele soltou um suspiro duro como ele deu um


passo para trás.

— Eu acho que talvez esteja. Só um pouco. — Em


seguida, seu olhar passou por mim novamente.

— Ou talvez muito. Jesus, eu posso ver o quão duro


seus mamilos são sob essa blusa.

Batendo meus braços em volta do meu peito para cobrir


as meninas, eu olhei para ele, e assobiei,
— Nós não estamos começando algum caso ilícito, Sr.
Gamble.

— Nós não estamos, — ele repetiu, mas ele fez isso mais
como uma pergunta do que uma declaração repetitiva.

Eu gritei.

— Não! Meu Deus. É... Não seria ético, é perigoso,


desprezível, e... E... E além. Nós não somos completamente
compatíveis.

— O quê? — O último comentário o fez piscar de volta à


realidade com uma cara feia para mim.

— Você não acha? E aqui, não posso deixar de lembrar o


quão bem nós nos encaixamos.

— Quer parar com isso? — Calor impregnado da minha


cabeça aos pés, sabendo exatamente o que ele quis dizer.

Ele inclinou a cabeça para o lado, parecendo confuso.

— Parar o que?

— Pare... Parar o flerte e referências para o que


aconteceu. Estamos esquecendo. Lembra?

Mas ele só sorriu.

— Se eu tenho que esquecer, então como posso


lembrar?

— Oh meu Deus, você é impossível.

— Se você deixar, eu terminar o que começamos aqui.


Agora. Você não está bêbada, e isso foi à única coisa me
segurando. — Um sorriso desobediente curvou do lado direito
da sua boca.

— Você me disse como sonhou comigo nesta mesma


mesa.

Cor queimou no meu rosto.

— Eu não. Fiz! — Mas Cristo, fiz? O que disse a ele?

— Ah, mas você fez. E com muitos detalhes coloridos. —


Ele parecia muito feliz de informar o meu comportamento
horrível, e eu queria bater nele e, em seguida, beijá-lo e, em
seguida, provavelmente, enfrentar ele na minha mesa para
que ele pudesse cumprir todos estes detalhes coloridos.

— Nós não deveríamos estar falando sobre isso. — Eu


me virei para longe, de frente para uma parede de estantes.
Santo Deus, não havia nenhum lugar para ir. Eu teria que
dançar em torno dele se eu quisesse fugir pela única porta.
Havia a janela, mas nós estávamos no terceiro andar.

Talvez eu devesse tentar de qualquer maneira.

— Então... Eu acho que isso significa que nós não


vamos fazer nada sobre isso, hein?

— Você precisa ir embora, Sr. Gamble. Esta conversa


é... É errada.

— Eu não vejo como é mais errado do que você


concordar em sair com um cara que já está prestes a se
casar.

— O que? — Eu torci o torso para enfrentá-lo.

Ele levantou uma sobrancelha desafiadora.


— Dr. Chaplain. Você está me dizendo que não sabe que
ele já tem uma noiva?

Fiquei de boca aberta.

— Desculpe? Não, ele certamente não.

Meu Deus. Será que ele? Não, ele teria levado ela para o
jogo com ele. Não é? Ou ela era dessas mulheres que não
gostam de esportes?

— Ele propôs a ela em uma das aulas que eu tive com


ele no último semestre. — A voz de Noel me chocou de volta
ao presente.

Decepção passou por mim. E Philip parecia tão


promissor. Eu não me importava que ele não tivesse me
interessado a forma como o estudante irritante na minha
frente fez, mas ele fez... Bom, simples. Factível. Bem, além de
toda me abandonando em um bar sozinha coisa. Ah Merda.
Ele realmente era um bastardo.

— Mas por que... Por que ele me convidaria para sair se


ele já está noivo?

Noel deu de ombros, algo semelhante a um desculpe


brilhou em seus olhos.

— Talvez ele pensasse que você sabia. E não se


importava.

— Oh, Deus. — Eu me virei de novo. Será que ele


achava que eu era esse tipo de pessoa?

— Sério, por que você continua girando para enfrentar a


estante?
Porcaria. Agora Noel sabia que eu estava como uma
lunática.

— Porque estou procurando um livro. — Eu inventei no


último momento, surpresa e orgulhosa de mim mesma por
pensar numa resposta tão rápida.

E você sabe, agora que eu pensei nisso, havia um livro


que eu precisava verificar. Era uma daquelas segundas
cópias onde eu fiz anotações nas margens. E se eu me
lembrava de corretamente, elas foram muito boas notas.
Exceto, eu tinha quase certeza de que determinado livro foi
escondido em uma caixa de... Na prateleira de cima.

Oh bem. Eu fui tão longe. Poderia muito bem


continuar. Eu agarrei a cadeira do outro lado da minha mesa
porque não têm rodinhas e me segurei com firmeza.

— O que você está fazendo? — Noel perguntou como eu


subi.

— Eu pensei ter pedido você para sair. — Levantando


meus braços, eu usei as pontas dos meus dedos a mexer sob
a caixa e puxa-lo mais para fora da prateleira.

— Pelo amor de Deus. Aqui. Me deixe ver isso antes de


se machucar.

— Eu coloquei aqui; Eu acho que posso pegar daqui. E


você deveria ter ido embora... Como eu pedi.

— Você não pediu. Você exigiu e Jesus, Aspen. — Sua


voz cheia de aviso.
— Não. Você vai se machucar. Eu tenho 1.92 cm. Eu
posso pegar bem mais fácil do que você.

— Bem, eu tenho 1.64 cm. Aonde você quer chegar? Eu


posso alcançar só... Bem. — Merda. Meus dedos mal tocam a
superfície. Eu fiquei mais nas pontas dos pés e tentei
novamente.

— Não, você não pode. Apenas me deixe... Aspen!

— Pare de me chamar pelo meu nome. Não é


apropriado.

— Droga, mulher. Desça! — Ele agarrou meus quadris e


me puxou de volta, assim como eu agarrei as bordas da
caixa. Ela veio voando para fora da prateleira na minha
descida súbita para trás e inclinou para frente com todo o
seu conteúdo caindo sobre nós dois.
CAPÍTULO
QUATORZE
“Eu suspeito que o máximo que podemos esperar, e não é
nenhuma pequena esperança, é que nós nunca desistimos, que nós
nunca paramos de nos dar permissão para tentar amar e receber
amor”

- Elizabeth Strout

NOEL

Bati meus dedos contra o meu joelho enquanto


pressionei meu telefone no meu ouvido, à espera de alguém
atender.

Pick levou o seu tempo antes de dar um cumprimento


sonolento, como se eu tivesse acabado tirar ele da cama às
quatro e meia da tarde.

— Sim?

— Ei, você pode cobrir meu turno esta noite?


— Porra, você vem no pior momento de sempre,
Gamble. Por que você não pode trabalhar com ele?

— É uma longa história. — Olhei para Aspen deitada na


cama ao meu lado, os braços apoiados placidamente em seus
lados, enquanto seus pés esticados para fora em direção ao
final do colchão. Eu suspeitava que ela estivesse acordada,
embora seus olhos estivessem fechados.

— Estou no hospital... Com um amigo.

— Tudo bem? — A preocupação na voz de Pick me fez


sorrir. Ele poderia agir como um maldito em tudo o que ele
gostava, mas o coração do cara era tão suave como um
gatinho. Ele cortaria a própria perna para ajudar um amigo
em necessidade.

— Nada que um par de pontos não possa corrigir. —


Meu olhar encontrou a gaze na parte superior de seu braço
quase até a curva de seu ombro. Quinze pontos para ser
exato.

— Tá bom. Mas você me deve.

— Obrigado, cara. — Eu desliguei meu telefone e


guardei apenas quando os olhos de Aspen se abriram. Os
remédios para dor que deram a ela devem ter passado,
porque seu olhar verde olhou vítreo e incoerente.

— Você não tem que ficar. Verdade. Estou bem. Se você


precisa ir ao trabalho, vá ao trabalho. Eles provavelmente vão
me liberar muito em breve de qualquer maneira.
— E você vai precisar de alguém para te levar para casa,
— eu argumentei em um tom suave, razoável.

Eu me senti como uma merda pela sua mágoa. Mas


quem sabia que caixas de papelão poderiam cortar tão
profundo? Jesus, eu deveria ter a deixado puxar a maldita
coisa para baixo da prateleira sozinha. Ela, sem dúvida,
estaria ilesa agora se eu tivesse. E eu sei que a magoei,
muito. Ela me deixou levá-la para o hospital sem uma
palavra de resistência.

— Eu posso dirigir. Eu tenho um pequeno corte e não


perdi o braço. — Mas assim que ela falou, cor fugiu de seu
rosto. Seus olhos ficaram pálidos e perdidos, como se suas
próprias palavras tinham provocado uma memória dolorosa.
Batendo seus cílios fechados, ela soltou um gemido
arrependido.

— Eu não deveria ter dito isso.

Inclinei a cabeça para o lado, confuso.

— Por que não?

Ela piscou de volta ao foco.

— Por que... — Ela não respondeu, apenas olhou para


mim com os olhos arregalados.

— Meu pai, — ela finalmente acrescentou, mas isso foi


tudo que ela disse.

Na sua bolsa, um telefone começou a tocar. Uma vez


que estava no carrinho ao meu lado, e eu não queria que ela
se movesse, eu peguei sem pedir permissão e abrir a bolsa.
Seu telefone estava perto do topo. Conforme eu puxei para
fora, eu vi a chamada era dos Pais.

— Aqui. — Eu entreguei, mas ela apenas olhou para


mim. Você pensaria que eu estava entregando uma maçã
envenenada ou algo assim. Então, eu tentei ser útil e disse,

— São seus pais.

— Oh, Deus. — Se ela estava pálida antes, ela era lençol


branco agora.

— É karma.

Eu sorri, feliz em saber que eu não era a única pessoa


que culpou toda a minha merda ruim no karma.

— Por que o telefonema de seus pais seria karma?

Eu estava tentando ser suave o suficiente para fazê-la


sorrir. Não funcionou. Se qualquer coisa, ela parecia ainda
mais doente.

— Se ao menos você soubesse.

Por alguma razão, eu queria saber.

— Então me diga.

Aspen olhou para mim, com sua expressão assustada.


O telefone continuou tocando entre nós. Ela piscou e
balançou a cabeça antes de pegar com os dedos trêmulos.

— Ol... Olá. — Sua voz soava tão jovem e com medo.


Não gostei disso. Eu pensei que eu odiava isso em sala de
aula quando ela virava a professora. Mas agora, eu daria
qualquer coisa para ouvir sua prepotência, o tom
autoconfiante novamente.

De onde eu estava, eu ouvi uma voz de mulher abafada


dizer Aspen seu pai estava no hospital. Hmm. Que
coincidência. Deve ser de família para visitar um hospital
hoje. Dia Nacional dos Kavanagh no Hospital. Eu esperei por
ela para explicar que ela estava em um também. Mas ela não
o fez.

— Eu... hum, há quanto tempo ele está lá? — Ela


balançou a cabeça como uma resposta silenciosa veio através
do receptor.

— E a sua perna? — Ela perguntou em seguida.

— Será que isso vai afetar algo disso? Ele ainda tem
isso, certo? Eles não amputaram alguma coisa?

Ah, então foi por isso que piadas de perder membros


eram tabu em seu livro. Bom saber.

Quando ela fechou os olhos e cruzou os dedos, senti


essa vontade inevitável de estender minha mão e apertar a
sua, ou, pelo menos, cruzar os dedos com ela.

Ela parecia tão sozinha e pequena naquela cama, com


os dedos cruzados com esperança, ansiedade infantil. Isso me
fez desconfortável vê-la desta forma, principalmente porque
eu não podia fazer nada para ajudar, ou mais precisamente,
porque eu não deveria.

Pensando que podia estragar tudo, ela precisa disso, eu


estendi a mão e peguei a mão dela. Seus dedos estavam frios
e deu um empurrão assustado sob o meu controle. Mas eu
não deixei ir. Seus olhos brilharam e olharam para mim, mas
eu apenas balancei a cabeça, a deixando, saber que eu estava
lá. Quando seus dedos finalmente apertaram de volta, eu juro
que eu senti o aperto em torno de meu coração em vez da
palma da minha mão.

— Bem, isso é bom, — disse ela ao telefone apenas para


estremecer como se ela sabia que era a coisa errada a dizer.
Mas não deve ter recebido a resposta que ela temia, porque
ela deixou escapar um suspiro de alívio, um segundo depois.

— Ok, então. Obrigada por ligar.

E foi isso. Olhei ao redor da sala antes de voltar para


ela.

— Isso é tudo? — Perguntei.

— Por que você não disse que você estava no hospital,


também?

Ela corou e passou o telefone de volta para mim. Eu


infelizmente deixei ir seus dedos para pegar.

— Eu... — Ela balançou a cabeça e acenou com o braço


machucado.

— Este não é um grande negócio. Ela só teria me


ridicularizado por ser desajeitada.

— Mas você não era desajeitada. Foi minha culpa.

— Não... — Ela suspirou como se esgotada.


— Não foi culpa sua. E, mesmo assim, ela teria de
alguma forma, encontrado uma maneira de me culpar.

Eu fiz uma careta, que só levou a desviar o olhar. Seus


dedos mexiam com os cobertores.

De ouvir seus murmúrios bêbados no sábado, eu já


pensava que seus pais eram idiotas completos. Mas agora, eu
realmente não gosto deles. Eu não gostei do jeito que afetava,
a fazendo gaguejar e ficar nervosa. Esta não era a mulher que
eu vi levar uma classe nos últimos meses. E certamente não
era a mulher que eu segurei em meus braços toda noite de
sábado.

— Depois de tudo o que fizeram com você, estou


surpreso que você ainda fale com eles, — eu soltei antes que
eu pudesse me parar.

— O que? — Seu rosto, mais uma vez fugiu a cor.

— Como você sabe, quero dizer, o que você tá falando?


Você não sabe nada sobre o meu relacionamento com meus
pais.

Eu me irritei.

— Sim, e você obviamente não lembra de tudo que me


disse no sábado.

— Oh, Deus. — Seus olhos pareciam muito grandes


para sua cabeça enquanto ela ficou boquiaberta em horror.

— O que foi que eu disse?

De jeito nenhum eu poderia repetir o que ela me disse.


Minha boca se abriu, mas as palavras não vieram.
— Noel?

Meu primeiro nome em seus lábios me matou. Isso me


fez querer coisas, como ferir seus pais ou o outro jogador de
futebol idiota que machucou ela. Isso me fez querer chegar a
sua mão novamente ou abaixar e beijar afastando toda a dor
de seus olhos, tocar meus lábios para sua sobrancelha.

Sim, eu definitivamente amei como ela disse meu nome.


Mas antes que eu pudesse fazer papel de bobo e reagir a ele,
a porta se abriu, e uma enfermeira entrou.

— Ok, Senhorita Kavanagh. Você está livre para ir.

— É doutora, — eu disse antes que Aspen pudesse não


que ela olhou como se fosse corrigir a enfermeira. Ambas as
mulheres piscaram para mim.

— Ela é uma doutora, não perca. Ela é... — Merda,


agora eu me senti como um burro pretensioso para fazer um
grande negócio sobre seu título. Mas Aspen merecia o
respeito de tal título. Ela trabalhou seu muito duro através
da escola para ganhá-lo.

— Uma professora de literatura, — Eu terminei sem


convicção.

A enfermeira corou.

— Oh, eu... Desculpe, Dra. Kavanagh. — Ela virou para


Aspen desculpando, mas Aspen acenou antes de me dar um
olhar estranho.

Dei de ombros, sem me importar se tivesse soado


certinho. Agora, eu queria que todos que ela encontrasse a
adorassem e tratem como se ela fosse a única coisa que
importava.

Demorou alguns minutos para nós deixarmos o


hospital. Quando eu tirei as chaves do carro do meu bolso,
ela se concentrou.

— Eu posso dirigir, você sabe.

— Oh, realmente? — Lançando um olhar, perguntei:

— Quantos dedos?

Ao invés de ficar ofendida e me dizer para se comportar,


ela apertou os olhos e inclinou para mim, pisando fora de
equilíbrio e quase caindo em mim. Eu peguei ela pela cintura,
mantendo na posição vertical.

— Resposta errada. Estou dirigindo. Além disso, nós


viemos aqui juntos. Como você espera que eu volte para
casa?

Ao invés de se afastar para caminhar sozinha, como ela


teria se ela fosse completamente coerente, ela se inclinou um
pouco mais contra mim.

— Eu poderia levá-lo de volta ao campus para pegar o


seu carro.

Lá foi outra vez, pensando que eu tinha o meu próprio


carro. Eu suspirei.

— Você não pode ver três pés na sua frente. Estou


dirigindo. — Quando ela franziu a testa para mim, eu apenas
enviei um sorriso açucarado.

— Lide com isso, querida.


Ela suspirou, cedendo, e descansou a cabeça no meu
ombro enquanto eu levava até o carro. Era bom, mas eu
ainda tinha que olhar em volta para me certificar de que
ninguém nos viu. Eu duvidava que alguém iria demiti-la só
porque estava machucada, e drogada, e não tinha ideia do
que estava fazendo. Mas eu sabia que não deveria arriscar,
exceto que ela se sentia muito agradável em meus braços
para deixar ir.

— Lá vai, para você. — Eu entreguei a Aspen um copo


de água.

— Obrigada. — Ela aceitou e colocou um comprimido


em sua boca antes de engolir.

Sentei na beira da cama ao lado dela, com meu quadril


perigosamente perto dela, mesmo estando coberta por
algumas camadas de cobertores. Eu ainda podia sentir seu
calor através deles.

Enquanto ela colocou seu copo na mesa de cabeceira,


eu afofo o travesseiro antes que ela pudesse deitar.

— Precisa de alguma coisa?

Ela torceu o rosto para me ver com um meio-sorriso.

— Noel Gamble, babá, — ela brincou.

Eu sorri de volta.
— O quê? Você não sabia que era a outra ocupação em
minha vida secreta?

— Assim quais, muitas outras vidas secretas que você


tem? — Ela se deitou, mas não no travesseiro que eu tinha
acabado de preparar. Ela enrolou em mim, envolvendo os
braços quentes em torno da minha cintura antes de colocar
seu rosto na minha coxa. Então ela fechou os olhos e
suspirou de contentamento.

— Droga, Aspen, — eu gemi, incapaz de parar os meus


próprios braços quando eles dobraram em torno dela em
troca. Levantando levemente, eu deslizei para baixo para que
eu pudesse estar ao lado dela e fornecer meu ombro como
seu travesseiro.

Pressionando meus lábios nos seus cabelos, eu suspirei.

— Por que você sempre fica tão doce e amável quando


está meio fora de sua mente? — Quando eu não poderia, em
sã consciência fazer nada sobre isso?

— Eu sou sempre amável, — ela respondeu, com a voz


grossa e lenta.

— Você que só percebe isso quando estou fora da minha


mente.

Eu ri e puxei os cobertores até o queixo. Com os olhos


ainda fechados, ela suspirou de novo e um sorriso se
espalhou pelo seu rosto.

De jeito nenhum eu poderia deixá-la assim. Além disso,


ela ficou ferida. Alguém tinha que cuidar dela. Mas eu
mantive meus sapatos, deixando meus pés pendurar fora da
borda do colchão, pensando que de alguma forma isso não
era tão tabu.

Enterrando meu nariz para trás em seu cabelo, eu


fechei os olhos.

— Quer ouvir um segredo? — Eu sussurrei, esperando


que ela estivesse totalmente fora para que eu pudesse
confessar tudo ao seu subconsciente em vez dela.

— Hmm. O que?

Eu sorri carinhosamente para o jeito que ela estava


arrastada. Ele me lembrou de muito de sábado, quando nos
beijamos e ela estava bêbada. E isso me ajudou a derramar
minha confissão mais livremente.

— Eu tinha uma queda louca por você desde o primeiro


dia de aula.

Ela levantou o rosto e olhou para mim, seus cílios


piscando aberto para revelar olhos enevoados, droga.

— De jeito nenhum.

Eu balancei a cabeça.

— Sim. Eu estava olhando para baixo, rabiscando em


um caderno ou algo assim. Então eu ouvi a sua voz, se
apresentando, e eu tinha que olhar para cima. Você parecia
tão... Eu não sei. Atraente. Mesmo usando uma daquelas
coisas terríveis que você chama de terno que você usa para a
aula, eu queria você.

Seus lábios se curvaram com prazer.


— Realmente?

Eu balancei a cabeça.

— Absolutamente. Alguns caras tem fraqueza por pés,


pernas, bundas e seios. Mas eu certamente sou um homem
de boca. E sua boca... — Estendi a mão para pressionar
apenas a ponta do meu dedo indicador aos lábios.

— Cristo, Aspen. Eu acho que eu tinha cerca de


cinquenta visões em frações de segundos de tudo o que eu
queria fazer a sua boca. — Balançando a cabeça, eu sorri
enquanto ela continuava a me ver de olhos preguiçosos,
cansados, mas paralisado.

— Eu queria impressioná-la com o meu primeiro


trabalho. Eu queria que você lembrasse e pensasse em mim
como um de seus alunos favoritos. Mas você odiava o meu
trabalho. Eu acho que não coloquei tanto esforço em uma
atribuição de literatura estúpida antes, e eu tenho um
maldito C. Ele fundiu minha mente. Então, quando eu estava
respondendo a uma pergunta que você fez na classe um dia e
você descobriu que eu estava no time de futebol, você olhou
para mim como se eu fosse um idiota completo. Isso doeu,
você sabe.

— Sinto muito, — ela murmurou, deixando seu rosto


cair melancolicamente sobre o travesseiro.

— Não foi realmente de você que eu não gostei. — Ela


levantou uma mão para chegar para mim, mas seus dedos
caíram distraidamente como se pesando demais para ela
lidar. Então eu peguei seu pulso e levantei a mão para ela,
trazendo os nós dos dedos na minha boca para que eu
pudesse beijá-los.

— Eu sei disso. Agora. Mas com cada C e D que você me


deu, eu comecei a não gostar de você até que eu odiava você
com esta paixão ardente. Me irritava o tanto que eu estava
atraído por você, e tudo o que você viu em mim foi um
grande, atleta burro.

— Você não é burro, Noel. Isso é a última coisa que você


é.

Eu balancei a cabeça e sorri ironicamente, mantendo o


meu próprio assunto.

— Não importa, o que eu sentia por você, no entanto,


era sempre intenso. Atração intensa, intensa aversão, intenso
tudo. Tenho sido intensamente consciente de você desde o
primeiro dia que você entrou na minha vida. Toda vez que
você nos atribuiu algo, era como um desafio pessoal para
mim para impressioná-la, mas minha nota apenas ficava na
borda. Eu me sentia tão estúpido. Eu só...

Juntei um pedaço de seu cabelo e tirei de seu rosto.

— Eu queria que você olhasse para mim e visse o


vencedor que eu queria ser. Não a fracassado que eu sabia
que eu era.

— Mas eu vejo um vencedor. — Desde que eu ainda


estava segurando a mão na minha boca, era fácil para ela
abrir os dedos e pôr em minha bochecha.

— Você conquistou muito.


— Não. Eu só desejo. — Eu me inclinei para frente para
pressionar minha testa na dela, acrescentando mais alguns
objetivos que eu sabia que nunca iria chegar na minha lista
de desejos, e todos eles relativos a ela.

Seu toque deslizou até meu queixo até os dedos suaves


enrolando em torno do meu pescoço e me pediu para baixar,
dobrando até que eu estava cara a cara com ela. Quando ela
tentou me enrolar para um beijo, eu resisti.

— Aspen, — eu sussurrei em advertência, rangendo os


dentes.

— Você não está em seu estado de espírito certo


novamente. Eu não posso tirar vantagem de você duas vezes
seguidas.

— Eu não vou dizer se você não fizer isso, — ela


sussurrou de volta e me puxou um pouco mais difícil.

Resistir sua boca não era algo que eu poderia fazer. Eu


a beijei, de ânimo leve. Mas maldição. Sua boca. Meus lábios
não conseguiam o suficiente. Eles se beijaram com fome e
moveu um pouco mais insistentemente até que eu tinha a
sua abertura sob a minha insistência. Minha língua estava
bem ali ao lado dela, enrolando com a dela e aconchegando
dentro.

Eu gemi, profundo e baixo, tentando amolecer o beijo,


para que eu pudesse puxar uma distância segura. Mas suas
mãos tomou conta de mim, e eu só beijei mais duro.

Meus dedos doíam para explorar. Meu coração batia


forte, e meu corpo ansiava por abranger o dela. Antes que eu
percebesse, eu estava rolando de costas e rastejando sobre
ela.

— Você é tão linda. — Eu segui a curva delicada de sua


mandíbula antes de descer para sua garganta. Ela ergueu o
queixo, permitindo o acesso, então eu me inclinei para beijá-
la.

Com um gemido doce de aceitação, ela enterrou os


dedos no meu cabelo. Minha boca encontrou a sua clavícula
e minha língua mergulhou o pequeno recuo entre os dois. Eu
puxei delicadamente a manga de sua blusa com meus dentes
para expor mais pele em seu peito. E como meus lábios iam
para o sul, minha mão alisou o braço em seu ombro, só para
encontrar a gaze, cobrindo os pontos no topo de seu bíceps.

Foi o tapa de volta à realidade que eu precisava.

— Merda, — eu respirei contra sua garganta e fechei os


olhos enquanto eu aliviei minha boca da dela.

— O que há de errado? — A palma da mão segurou meu


rosto.

Fiquei sobre ela um segundo a mais antes de quebrar


meus olhos aberto e ainda nublado.

— Nada. — Eu sorri.

— Descanse agora, ok?

Quando eu fui sai, ela pegou um punhado de minha


camisa e agarrou.

— Fique.
Balançando a cabeça, eu dobrei um pedaço de cabelo
atrás da orelha.

— Não se preocupe com nada. Eu vou cuidar de você.

Sua mão e seu corpo relaxaram.

— Obrigada, — murmurou uma última vez antes ela


estava completamente fora de si.

A coisa mais inteligente seria sair. Mas não havia outro


lugar que eu queria estar. E eu prometi ficar. Então, eu me
estabeleci ao lado dela, ignorando a puta ereção forçando
meus jeans, e eu dormi ao lado de Aspen Kavanagh pela
segunda vez. E foi tão incrível como a primeira noite que eu a
segurei até o amanhecer.
CAPÍTULO
QUINZE

“Eu geralmente evito a tentação, a menos que eu não possa


resistir.”

- Mae West

ASPEN

— A ciência é sobre hipóteses, teorias e leis feitas a


partir de fatos que foram provados ao longo do tempo.
Matemática é composta de verdades absolutas, onde há
apenas uma resposta correta para cada equação. Mas com a
música, a arte, a literatura, as possibilidades são infinitas.
Nenhum código específico ou uma pergunta que faz uma peça
de literatura é chamado de bom. Há milhões literalmente. E
aqui está a surpresa. É tudo completamente subjetivo. Uma
canção pode agradar ao ouvido de uma pessoa, enquanto
irrita completamente o outro. Então, isso a faz, boa ou má,
ou simplesmente média? O que você acha? O que torna
verdadeiramente boa literatura? O que o torna resistir ao
teste do tempo até aqui estarmos, anos, décadas e séculos
mais tarde, discutindo em uma sala de aula?

Dos fundos, uma voz masculina solicitou.

— Tem que ser chato o suficiente?

Coloco minhas mãos na cintura, e esperei


pacientemente o riso acabar. Então eu aceno para o aluno,
permitindo a sua resposta.

— Pode ser chato para você, Sr. Tenning. Mas,


obviamente, não era chato para alguém, ou não seria
publicado, e republicado, e depois republicado novamente
tantas vezes, então... Tente novamente.

Ele não tinha outra resposta espirituosa pronta, então


ele deu de ombros e caiu mais baixo em sua cadeira. Dei de
ombros também, o que puxou os pontos em meu braço. Com
um estremecimento, eu estendi a mão para segurar o braço
rapidamente, o meu olhar se desviando não muito longe de
Sr. Tenning para onde Noel sentava.

Passou uma semana desde que eu dormi em seus


braços, drogada apenas o suficiente para dizer coisas que eu
sabia que não deveria ter dito, mas sóbria o suficiente para
lembrar tudo que disse. Eu sabia que ele ficou até de manhã
também porque eu consegui algo para meus três problemas
uma bebida devido a uma garganta seca, ele ainda estava lá
ao meu lado, me manteve quente, me protegeu. Mas ele tinha
ido embora quando meu despertador me acordou às cinco e
meia.

E agora, aqui estávamos nós dois, oito dias depois, em


lados opostos da sala, uma linha de decoro que nos impede
de estar juntos.

Ele sentou esparramado na cadeira com as pernas


compridas esticadas na frente dele e com os tornozelos
cruzados enquanto ele bateu sua caneta novamente no bloco
de notas em sua mesa. Seus olhos estavam em mim, no
entanto. E eles se estreitaram quando eles viram minha mão
segurando meu ferimento.

Deixei meus dedos e voltei minha atenção para uma


menina na frente levantando o braço.

— Sim?

— Ele chega a nossas emoções, — respondeu Sydney


Chin.

Com um gesto de aprovação, dei um sorriso brilhante.

— Muito bem, senhorita Chin. — Voltando para os


outros, comecei a caminhar em direção ao outro lado da sala.

— As pessoas se voltam para as artes para encontrar a


altura de uma emoção. Vamos para um filme de terror para
ter medo, ou uma comédia para rir. Os livros são os mesmos,
exceto sem os efeitos especiais de uma tela. Ao invés disso,
você tem que usar sua imaginação.

Eu bati o lado da minha cabeça.


— E a melhor parte de usar nossa imaginação é que
cada pessoa nesta sala pode ler a mesma linha em uma
página, e retratar algo completamente diferente em suas
cabeças. Tudo o que você vai sentir será diferente sobre isso,
porque vocês todos vêm de diferentes partes do mundo, foram
criadas por diferentes normas, influenciados por pessoas
diferentes, ministrados de diferentes origens. As pessoas são
diferentes, portanto, não pode haver duas opiniões iguais, é
por esta razão que os testes são avaliados. Eu acredito que
não há resposta errada em sua opinião sobre uma história...
Contanto que você tem razão suficiente para apoiar essa
opinião. — Olhei para o relógio na parede.

— O que me lembra, que estou no meio de ler todos os


trabalhos que vocês entregaram na semana passada, então
eu deveria devolver para vocês na próxima quinta-feira.

Espalhando meus braços, eu dei a sala um grande


sorriso.

— E com isso, vejo vocês na quinta-feira.

Um suspiro coletivo foi espalhado pela a classe. Pela


forma como eles se esforçavam para recolher as suas coisas e
ir embora, uma menina poderia pensar que eles ficaram
emocionados em escapar da sala. Uma ova. Eu balancei
minha cabeça. Multidão resistente. Oh bem. Sidney Chin
parecia interessada no que eu tinha a dizer. Um fã foi melhor
do que nenhum. Meus ombros caíram, fazendo a dor no meu
braço pulsar ainda mais.
Eu massageava o ponto sensível quando um grupo de
atletas da parte de trás sairam. Eu não poderia ajudar, mas
olhar em direção Noel. Sr. Tenning estava conversando
animadamente com ele, mas ele deve ter percebido o meu
olhar, porque ele olhou por cima. Tudo dentro de mim
despertou para a vida. Era como se este homem segurava a
chave às minhas endorfinas felizes.

— Senhor. Gamble, — eu disse, acenando para ele com


um olhar fixo pedregoso.

— Posso ter um momento, por favor?

Ele fez uma pausa e chutou o amigo quando o Sr.


Tenning murmurou algo em seu ouvido. Mas ele ficou para
trás, sem se mover até que todos em seu grupo sairam.
Então, e somente então, deixou a preocupação encher seus
olhos quando ele se aproximou de mim.

— Você está bem? Você estava esfregando seu braço.


Dói? — Quando ele foi alcançar, eu puxei e olhei para trás,
onde alguns retardatários ainda estavam demorando.

Noel rangeu os dentes, quando ele os viu, e se virou


para mim, baixando a voz.

— Eu não posso acreditar que ainda está incomodando


depois de uma semana. Você precisa ir devagar com você
mesma para que possa curar. Você está lembrando de tomar
seus analgésicos, certo?

Eu fiz uma careta. Eu não chamei depois da aula para


começar meu tormento. Eu realmente tinha algo importante a
dizer.
— Eu não posso. Eles fazem tudo... Embaralhar. E eu
preciso de uma cabeça clara para ensinar.

Ele se aproximou, vindo direto para a beira do meu


espaço pessoal. Era... Legal, mas foi tão errado, não é o
momento ou lugar.

— Você não precisa sentir qualquer dor. Eu não gosto de


saber que você ainda está sofrendo por causa de algo que eu
fiz.

— Ah, pelo amor de Deus. — Eu me encolhi e virei meu


olhar sobre os estudantes que foram agora em direção à
porta, não dando qualquer atenção. Mais discretamente, eu
assobiei.

— Meu braço está bem. Os pontos são a cura e tudo vai


ficar bem. Isto não é o que eu precisava falar com você.

Com as sobrancelhas elevadas, Noel inclinou a postura


de arrogância presunçosa.

— Não é? Bem, então... O que está acontecendo,


Professora? — Cruzando os braços sobre o peito, ele esperou
por mim para continuar.

Suspirei e estendi seu trabalho que eu tinha lido na


noite passada.

— Eu não posso aceitar este trabalho.

Seu olhar baixou antes de levantar novamente.

— Por que não? Não entendi o significado da atribuição


desta vez?

— Você sabe por que não, — eu assobiei.


— Você está pisando em terreno perigoso aqui. Você
arrisca muito.

Seus lábios tremeram como se tudo isso o divertia, como


se não houvesse nada com que se preocupar em tudo.

— Mas você pediu um texto sobre como certos eventos


alteram as metas de uma pessoa. E você acabou de dizer, há
dois minutos, não havia respostas erradas. Eu não te dei
razão suficiente porque eu tenho a opinião e os sentimentos
que eu faço?

Eu não gostava de minhas próprias palavras usadas


contra mim, mas eu fiz como a forma como ele estava
ouvindo.

Grr. Então, não é o ponto.

— Você não pode simplesmente escrever algo assim. E


se alguém pega este em suas mãos e lê?

Ele deu de ombros.

— E daí? Eu não revelei o seu nome especificamente. —


Mas ele escreveu sobre como alguém que era proibida para
ele acabou de entrar em sua vida e mudou algumas das
principais coisas que ele queria. Eu alterei as suas
esperanças e sonhos. Foi francamente lisonjeiro saber que o
fiz questionar o que ele realmente queria fora de sua vida e
como a única coisa segurando de volta de perseguir seu mais
recente sonho era a minha segurança.

Mas ele veio a público e anunciou que queria namorar


uma de suas professoras, escrevendo a linha: eu fico longe só
porque as consequências de confraternizar com um
estudante são grandes demais para ela.

— Você realmente escreveu a palavra confraternizar, —


eu acusei.

Ele deu um sorriso largo e orgulhoso.

— Eu sei. Até me chocou. Boa palavra, não é?

— Noel. — Eu balancei minha cabeça. Ele era


impossível. Impossível!

— Eu não posso aceitar esta ensaio.

— Ok, tudo bem. — Com um rolo de seus olhos, ele


soltou um suspiro assediado e colocou uma pilha de papéis
grampeados de sua bolsa de mensageiro para despejar na
minha mesa.

— Que tal um presente, então?

Olhei para baixo, piscando para o que parecia ser outro


trabalho.

— O que... — Eu olhei para ele, completamente confuso.

Ele piscou.

— Eu tinha a sensação de que você estaria exigindo


uma versão diferente. Então, ai está sem uma única palavra
do que você faz para mim em qualquer linha.

— Você... Você escreveu duas versões de seu trabalho?


— Quando ele assentiu com a cabeça, eu balancei a cabeça,
perplexa.

— Por quê?
Seus olhos azuis cheios de uma emoção intensa que fez
minha garganta ficar seca.

— Porque eu queria que você soubesse. Eu queria que


você entendesse.

Meu coração foi arrancado do meu peito quando ele se


virou e saiu da minha sala de aula.

Tá bom. Eu admito. O maldito trabalho falso de


Noel Gamble chegou a mim. Então tive que buscar ser
honesta, vi em seus olhos quando ele disse 'eu queria que
você entendesse'.

Ele apenas jogou a bola com firmeza no meu colo.


E era muito tentador para não saltar em direção a ela. Então,
lá estava eu, fazendo algo indizivelmente louco.

Proibida era um nome certo para este clube, eu


decidi. Eu sabia que não deveria estar nele, mas um arrepio
de antecipação impertinente dançou sobre o meu couro
cabeludo enquanto eu abria a porta da frente e entrava. Eu
não podia acreditar que eu estava cedendo tão facilmente,
vindo aqui, na esperança de talvez pegar um vislumbre dele.

Ele provavelmente nem trabalha hoje à noite.


Deus, eu não esperava. Eu não precisava de mais nada me
fazendo cair sob seu feitiço. Eu não me importava o quanto
eu realmente queria vê-lo, mesmo se for apenas roubando
pequenos olhares de desejo em toda uma sala sem que ele
soubesse que eu estava lá. Eu precisava tirar este fascínio
pela raiz.

Mais fácil falar do que fazer.

Ele foi à primeira coisa que eu vi. Sendo uma terça-


feira à noite, o lugar estava muito menos lotado do que a
última vez que eu estive aqui. Então eu tive uma visão direta,
totalmente aberta para o bar na parte de trás. Lâmpadas
fluorescentes azuis pulverizados em seu cabelo escuro, e o
pano preto de sua T-shirt pareciam especialmente bom
alongando através de seus ombros largos e grossos.

Ele estava ocupado, absorvido em seu trabalho, a


criação de uma linha de tiros. Suas mãos estavam fluidas e
graciosas quando ele virou cada copo com velocidade
especialista depois verteu o líquido. Tudo nele é tão cativante.
Quando ele estava esparramado em sua cadeira durante a
aula, rabiscando em seu caderno com movimentos
preguiçosos como se ele não estava prestando atenção a uma
coisa que eu ensinei. Quando ele dirigiu sua equipe no
campo, chamando execuções e apontando comandos para
seus companheiros de equipe. E, definitivamente, quando ele
preparava um à moda de Tom Cruise em Cocktail2.

Meus pais me deserdariam se soubessem o quanto


eu amava filmes dos anos oitenta. Mas eu não me importei.
Eu sempre tive uma coisa por barman por causa deles. Eu

2
O Cocktail é um filme estrelado por Tom Cruise , que interpreta um garçom.
gostava deles quase tanto quanto eu gostava de jogadores de
futebol.

Isso era ruim; ele me atraiu com muita facilidade.


Eu deveria ir. Ele não me viu entrar. Eu ainda tinha uma
chance de escapar antes de ele perceber que eu me
transformei em uma perseguidora total. Mas, não, eu não vou
ceder.

Uma garçonete se aproximou de mim e tentou


pegar meu pedido, mas eu acenei com um sorriso e com a
cabeça. E voltei para a minha perseguição.

Noel Gamble era realmente um espetáculo para ser


visto. Como ele lidou com os seus próprios clientes, ele ainda
teve tempo para parar e ajudar o outro bartender a misturar
suas bebidas corretamente.

Quando o fluxo do bar diminuiu, cheguei mais


perto. Eu mordi o canto do meu lábio, dizendo a mim mesma
para ficar para trás, mas, sim, não funcionou tão bem. Eu
ficava à deriva em direção à luz. Exceto outra mulher
passando pelo outro lado do bar chamou a atenção de Noel.
Ele olhou rapidamente para ela, só para fazer voltar e olhar
de novo.

O ciúme me deu um tapa na cara. Foi tão fácil para


ele para perceber outras mulheres. Eu, obviamente, não
significava tanto para ele como ele fez soar em seu texto.

Mas, em seguida, seus olhos se estreitaram sobre


ela.
— Ei, Jess, — ele chamou, inclinando o queixo
enquanto ele tentava chamar sua atenção.

Ela o ignorou e continuou andando, entrando em um


salão na esquina e desaparecendo por baixo dele.

Arrancando a toalha pendurada no ombro, ele bateu


contra o bar e rosnou,

— Eu já volto. Você atende o bar está bem?

O cara de cabelo escuro trabalhando com ele levantou o


rosto em surpresa.

— Umm...

— Obrigado. — Noel disse, nem mesmo olhando para o


colega de trabalho como ele se esquivou atrás do balcão e
riscado para o corredor em perseguição a mulher.

Quem era ela? Quão bem se conheciam? Quanto de seu


corpo nu que ela viu?

Todas as perguntas que eu não tinha direito de pedir ou


fazer meu negócio, até mesmo quando eles repetiram na
minha cabeça com uma obsessão estúpida que eu não
poderia desligar.

Desde que eu já cedi ao meu lado perseguidor esta noite,


achei que não poderia ferir ceder um pouco mais. Andei para
a porta do salão, tentando parecer tão casual e indiferente
quanto possível, e foi recompensado ao saber que ele não foi
muito longe. Abrindo a primeira porta do lado esquerdo, ele
invadiu dentro do que parecia ser um escritório do breve
vislumbre e o ângulo eu vi de um armário.
Ele deixou a porta aberta e parou no limiar, tocando as
mãos para seus quadris, ombros apoiados com raiva.

— É bom ver você, Jessie. — Grampeado com sarcasmo,


sua voz flutuou de volta para mim perfeitamente.

— Quanto tem sido? Duas semanas? Sim, isso soa


certo, já que eu tenho trabalhado aqui toda noite do caralho
desde então e não vi você em tudo.

— O que é isso? — A voz da mulher veio através de um


pouco mais abafada, mas eu ainda podia ouvi-la claramente
suficiente.

— O trabalhador está realmente ensinando o chefe?

Ele deu uma risada dura.

— Chefe? É engraçado. Pelo que eu posso dizer, nós não


tivemos um chefe maldito desde que seu pai esteve aqui.

— Você está tentando me irritar, Gamble?

— Você sabe o que, me deixe dizer o que está


acontecendo aqui desde a última vez que decidiu nos agraciar
com sua presença, e você me diz que um de nós tem o direito
de estar chateado? Na semana passada, nós trabalhamos
sem a nossa cerveja mais popular, mas não se preocupe. —
Ele ergueu as mãos como se para aliviar o pânico.

— Eu pedi mais. De nada. Mas eles nos enviaram o lote


errado, então eu tive que arrumar o desastre. De nada. Em
seguida, o fiscal dos bombeiros passou por aqui. Nossa
inspeção trimestral estava atrasada, por isso todos os seus
funcionários dedicados trabalharam suas bundas para
garantir que tudo foi corrigido para a inspeção que tivemos
ontem. De nada a você... Outra vez. Em seguida, Tansy teve
um acidente de carro e quebrou a perna. Ela é uma das suas
melhores garçonetes, por sinal, já que eu tenho certeza que
você não tem nenhuma ideia. Mas sim, não se preocupe com
isso. Liguei para cada menina que trabalha de garçonete e
nós arranjamos as coisas até que todos os turnos de Tansy
estão cobertos para as próximas seis semanas, o que, oh sim,
você é agradecida por isso também. E eu fiz um pedido para
todos os outros licores que estamos com pouco.

Ele fez uma pausa antes de assentir e adicionando um


último, lento, insultos:

— De nada pra você, de novo.

Ao invés de jorrar um pedido de desculpas ou agradecer


por tudo o que ele fez, sua chefe só bufou.

— Se você veio me dizer que todas as questões foram


tratadas, então do que você está reclamando?

Noel empurrou a mão de seu quadril e bateu a porta.

— Eu não estou sendo pago para cuidar de seu trabalho


e do meu. Você tem sorte que não é temporada de futebol, ou
você estaria sem sorte agora. Eu não posso continuar fazendo
isso, Jess. E, a propósito, você está programando tudo
errado. Steffie só trabalha durante duas horas por semana,
enquanto Gracie tem de trabalhar com cinquenta.

— Então? Eu não gosto de Steffie.


— Bem, você não contratou Steffie. Seu pai fez. E se
você não quer que ele a repudie depois que ele voltar e
descobrir como merda de um trabalho que você fez, é melhor
você puxar a cabeça de sua bunda e realmente trabalhar de
vez em quando.

— Eu estou aqui agora, não estou?

— Só... — Pisando para trás fora do escritório como se


ele não pudesse suportar falar com ela por mais um
momento, Noel murmurou,

— Corrija os horários ok? Eu não posso continuar


trabalhando tanto. E contrate outro bartender, enquanto você
está nisso. Eu preciso de uma noite de folga, ou um pouco de
sono maldito, ainda este ano.

— Eu diria que sim. Você virou a porra de um reclamão.

— Jess, — ele rosnou em advertência.

— Jesus, se você está tão estressado para ter um melhor


horário e um novo bartender, então contrate, cuide disso.
Parece que você sabe melhor como executar este lugar, de
qualquer maneira.

Os músculos de suas costas ficaram tenso, mas ele


apenas resmungou:

— Ótimo. Eu irei.

— Oh, e aqui estão às notas de merda que todo mundo


me dá, lamentando por todos os dias e horários que eles
querem.
Noel passou apenas para ressurgir um momento depois,
sua mão cerrada em torno de uma bola de papel.

— Inacreditável, — ele murmurou, vindo em direção a


mim. Mas ele estava tão furioso que nem me notou. Sai do
caminho, assim quando ele saiu da sala e voltou para trás do
bar. Colocou a pilha de notas sobre o balcão na parte de trás,
e começou a organizá-los.

— Um fuzzy navel é feito de pêssego ou suco de laranja?


— Seu colega de trabalho pediu um minuto depois.

— Ambos. — Noel respondeu sem olhar para cima.

— Coloque gelo, adicione um pouco licor de pêssego e


adicione o suco de laranja.

— Obrigado. O que está fazendo, afinal?

— Arrumando o maldito cronograma.

— Sério? Ei, você pode me dar mais de 16 horas por


semana?

Noel parou o que estava fazendo e levantou o rosto.

— Que porra? Ela só colocou você em 16 horas na


semana? Figura. — Ele voltou ao trabalho.

— Mas sim, você terá. — Então ele fez uma pausa e


levantou um pedaço de papel rasgado em seus olhos,
estreitou os olhos.

— Ei, Lowe, — ele chamou seu colega de trabalho antes


de sair.

— O que é que isto dizer?


Lowe veio e pegou o papel. Ele piscou e virou de cabeça
para baixo antes de entregá-lo de volta.

— Nenhuma pista.

Noel suspirou e esfregou o rosto.

— Ótimo.

— Noel, mesa de oito precisa de recargas.

Ele olhou para a garçonete que se aproximou.

— Certo. Oh! Hey, Mandy. Você pode ler isso?

Ele a deixou olhar sobre ele enquanto ele puxou uma


rodada de cervejas em garrafa. Com um sorriso de
desculpas, ela balançou a cabeça e deu o papel de volta.

— Desculpe, querido. Mas parece a letra da Julia se isso


ajuda.

— Julia, — ele murmurou, examinando as tabelas.

— Ela não está trabalhando hoje à noite, não é?

— Não. — Mandy pegou as cervejas e foi embora.

Ele parecia tão derrotado quando colocou a nota no bar


e balançou a cabeça, eu não pude ajudar. Eu não podia vê-lo
assim. Ele trabalhou tão duro, em tudo. O cara precisava de
uma pausa. Ou melhor, ainda, ele precisava da minha ajuda.

— Me deixe ver, — eu disse e cheguei perto o suficiente


para deslizar o papel ao longo do bar para longe dele.

— Eu estou acostumado a tentar decifrar letra


desleixada. — Quando ele olhou para cima e só piscou para
mim, dei um sorriso nervoso, revirando os olhos.
— E, geralmente, é a letra de outros professores, os
alunos nem sempre são os piores.

A respiração apressada de seus pulmões.

— O que você está fazendo aqui?

Ignorando a pergunta, porque eu não poderia lidar com


a resposta, eu estudei o pedaço de papel antes de olhar para
cima. Ele parecia tão estupefato, eu estava realmente com
medo da força da alegria que pulsava através de mim. Eu não
deveria ter uma emoção forte que me faz querer agradá-lo,
mas, oh Deus, eu me senti como um viciado. Eu tive que
fazer mais para fazê-lo sorrir.

— Aqui diz: — "preciso de folga toda sexta-feira para os


jogos do meu filho". — Então eu desviei o olhar, incapaz de
aliviar a pressão que sentia no meu peito de simplesmente
olhar em seus olhos azuis.
CAPÍTULO
DEZESSEIS

“O que você corre o risco revela o que você valoriza “

- Jeanette Winterson, escrita no corpo

NOEL

— Você voltou. — As palavras ecoaram da minha


cabeça. Ela voltou. Puta merda. Aspen voltou para ao
Proibida.

Ela entregou o pedaço de papel de volta para mim.

— Sim, eu... Eu...

— Sedenta por mais algumas Bud Light Lime? — Eu


disse, certificando de meus dedos tocarem os dela quando eu
recuperei a nota.

Ela corou e me lançou um olhar horrorizado.


— Deus, não. — Mas mesmo quando ela balançou a
cabeça, os dedos pareciam deslizar deliberadamente sobre a
parte externa do meu polegar quando ela retratou sua mão.
Caramba. Estremeci da quantia obscena de prazer que me
deu.

— Eu acho que não posso beber veneno novamente por


um bom tempo. Eu só vou ficar com coca-cola esta noite. —
Quando ela sentou, dizendo que planejava permanecer por
algum tempo, meu coração quase rachou de bater contra o
meu peito tão duro.

Eu balancei a cabeça e atirei o memorando de trabalho


ao lado antes de pôr minhas mãos no balcão entre nós.

— Você sabe, eles servem uma coca-cola do outro lado


da rua em um restaurante não alcoólico. É mais barato
também.

Ela assentiu com a cabeça e saiu de seu banquinho,


ficando de pé.

— Você está certo. Eu não... Eu não sei o que estou


fazendo aqui. Eu deveria ir.

Oh porra não. Eu peguei a mão dela, assim que ela


tentou se afastar. A prendendo contra a bancada, eu esperei
até que ela ergueu o olhar grande e assustado.

— Não vá. Sinto muito. Eu não deveria ter brincado. Eu


só queria ouvir você admitir que estava aqui por minha
causa.

Seus olhos se estreitaram.


— Por quê? Porque você gosta de me torturar?

— Não. — Eu balancei a cabeça, me sentindo torturado


o suficiente por nós dois.

— Porque isso me faria ganhar meu dia.

Ela desviou o olhar. Quando ela me dispensou e cavou


em sua bolsa para tirar o telefone, minha decepção quase me
comeu vivo. Ela provavelmente estava dizendo ao seu
encontro para se apressar, porque ela não queria estar presa
aqui sozinha comigo um segundo a mais do que ela tinha que
estar.

Se ela concordou em dar ao Dr. Chaplain outra chance,


mesmo ele estando noivo, porra, eu não sabia como lidaria
com isso. Provavelmente muito mal.

Mas tão logo que ela colocou o telefone longe, o meu


vibrou no meu bolso. Franzindo a testa, eu puxei o meu
telefone do meu bolso de trás e fiz uma careta para o número
desconhecido. Curioso para ver quem estava enviando
mensagens, abri e meu queixo caiu quando li o que estava
escrito.

'Estou aqui por sua causa.'

— Oh. — O ar saiu apressado de meus pulmões. Porra.


Prazer, desejo e ansiedade rugiam através de mim, era muito
mais intenso do que eu queria que fosse. Eu olhei para ela.

Ela mordeu o lábio e olhou para trás, e essa sensação


esmagadora rugiu para a vida dentro de mim.

Deus, ela só tinha que ir e fazer isso, não é?


— Você sabe, eu estava totalmente preparado para
deixá-la sozinha. Você me convenceu que isto foi uma má
ideia. Eu não jogaria toda a sua carreira no lixo, apenas para
meu próprio prazer. Mas você vir aqui esta noite... — Eu
solto um suspiro e balançou a cabeça.

— Isso é um pouco tentador demais para resistir.

Seus olhos se encheram de pânico. Levantando o


queixo duramente, ela disse:

— Não há nada de errado em parar num bar para tomar


uma bebida.

Inclinei até que eu pudesse sentir o cheiro de lavanda


escorrendo dela. Então Inclinei a cabeça para o lado e sorri.

— Não, não há nada de errado com isso em tudo.

Ela sentou lentamente, com seu olhar desconfiado,


como se ela suspeitasse que eu tinha um motivo oculto. Dei a
ela um sorriso inocente, mas ela só estreitou mais o olhar.
Mulher paranoica. Eu amei como era fácil a fazer ficar
suspeita.

— Eu estarei de volta com a sua... Coca-cola.

Afastando, eu cantarolava para mim quando eu puxei


um copo e abri a caixa de gelo.

— Pensei que você disse que não estava dormindo com o


sua professora.

Olhei para pegar Lowe enviar um olhar de soslaio


curioso quando nós dois pegamos gelo. Ele ergueu as
sobrancelhas.
— Não que seja da minha conta ou que estou julgando
ou nada, — ele foi rápido em acrescentar.

— Você só parecia bastante inflexível na outra noite que


você não estava.

— O que faz você pensar que ela é minha professora? —


Eu joguei, curioso para saber como ele chegou a essa
conclusão.

Arriscando uma espiada por cima do meu ombro, eu a


olhei. Em calça jeans e um top cashmere com seu cabelo
puxado para cima em um rabo de cavalo alegre, ela parecia
uma aluna. Nem uma única nota de professora vinha dela.

Lowe apenas sorriu.

— Minha namorada e eu tivemos aulas de obras-primas


mundiais com a Dr. Kavanagh juntos. E Ten disse o nome
dela a primeira noite que eu trabalhei aqui, então... — Ele
me deixou descobrir o resto de seu raciocínio dedutivo para
mim.

Bem, merda. Se um cara poderia ver isso entre nós tão


facilmente, então como seria fácil para qualquer outra
pessoa? Apenas quão perigoso para seu trabalho era eu
mesmo falar com ela?

Me sentindo ferozmente protetor, eu fiz uma careta


para Lowe.

— Eu acho que você está vendo coisa onde não tem. —


O olhar nos meus olhos e tom na minha voz disse a ele tudo.
— Ei, você não tem que se preocupar comigo. — Ele
ergueu as mãos, tentando dizer que entende.

— Eu não diria nada, e, além disso, eu estava apenas


brincando com você.

Não. Ten brincou comigo, pensando que eu não estava


mesmo interessado nela. Eu poderia dizer Lowe sabia que eu
realmente estava.

Olhei para ela, cada músculo do meu corpo tenso. Eu


não queria causar problemas. Eu não queria um cara que eu
mal conhecia e ainda não podia confiar a fazer ficar em
apuros também. Mas, em seguida, ela voltou sua atenção a
mim como se ela pudesse sentir o meu olhar sobre ela, e
fizemos contato com os olhos. Cristo, mas eu não podia ficar
longe dela também. A atração que eu sentia por esta mulher
era louca, e eu sabia que eu deveria lutar contra isso, mas eu
continuei esquecendo o porquê.

Quando suas bochechas ficaram coradas e ela disparou


seu olhar para longe, eu empurrei meu cotovelo em Lowe.

— Ela não parece reconhecê-lo de uma de suas classes.


— E isso é quando me bateu. Aspen não reconheceu Lowe.
Na verdade, ela nem parece ser consciente dele trabalhando
ao lado meu lado.

Desde que o bastardo começou, cada mulher pulou por


para chegar a ele primeiro. Sem falhar. Todos, menos Aspen.
Ela nem percebeu que ele existe porque ela estava ocupada
esgueirando outro olhar discreto a mim.
Calor se apoderou de mim. Eu queria ir a ela, e agarrá-
la, e só... Marcar como minha. Tão bárbaro, homem das
cavernas, nunca tinha me afligidos antes, mas ele rugiu para
a vida agora. Ela me preferia sobre Mason Lowe. Cacete. Me
fez querer ela sobre cada mulher que eu já conheci.

Ou talvez ela só não tivesse realmente olhado para ele


ainda. A carranca marcou minha testa enquanto eu
estudava. Eu não gostava da dúvida que esses pensamentos
causaram. Eu não experimentei nada assim desde que estive
aqui. Em Ellamore, eu era tratado como a realeza. Estranhos
me amavam por minhas habilidades de futebol. Mulheres me
amam por meus olhos. E caras me amam por minha atitude
idiota-legal. Eu nunca tive que me perguntar quem achava
que eu era um pedaço de lixo, porque eles me disseram que
eu era incrível. Até Aspen Kavanagh chegar. E agora a
incerteza estava rastejando e me fazendo querer respostas.

Seus dedos bateram distraidamente contra a bancada


com a batida da música tocando como se ela estivesse
esperando por algo. Para mim. Mas eu não queria ir com ela.

— Ei, você cuide dela por um tempo, — disse a Mason,


tomando a bebida de sua mão e dando a minha, para que
pudesse trocar de lugar.

Ele me lançou um olhar surpreso. Eu não dei uma


chance de recusar, porque eu já estava entregando sua
ordem para o cliente. Eu mal recebi do cara de meia-idade,
quando eu secretamente observava cada movimento de Lowe.
Ele se aproximou de Aspen e colocou seu refrigerante no
balcão. Ela virou para ele com um sorriso pronto, o que só
vacilou quando ela descobriu quem estava servindo ela.
Então, olhou na minha direção e eu corri para parecer
ocupado.

Lowe ficou ao redor por alguns minutos, dizendo algo


que eu não podia ouvir do meu lugar. Ela respondeu com um
aceno de cabeça e um vago sorriso. Sua postura virou mais
flerte do que eu já vi isso antes, e eu tinha a cara feia, pronto
para chutar a bunda dele. O que ele pensava que estava
fazendo?

Ao invés de bater os cílios para ele, ou corar, ou até


mesmo por Deus, rir, Aspen simplesmente deslizou seu olhar
para mim. Jesus, ela se sentou bem na frente do Lowe e seus
olhos ainda voltavam para mim. Eu não tinha certeza de
como lidar com isso. Realidade me bateu e eu queria
reivindicar minha mulher. Eu realmente cerrei os punhos
para lutar contra a vontade. Puxando sua atenção para Lowe
como se levasse tudo o que ela tinha de se concentrar no que
ele estava dizendo, ela balançou a cabeça e respondeu a tudo
o que ele pediu.

Eu descansei minhas mãos no bar para recuperar o


fôlego. Era como se eu tivesse acabado de correr uma milha.
E minha pele estava viva com esta sensação espinhosa
hipersensível. Jesus, eu esperava que não fosse me dar
urticária. Não era exatamente a sensação mais confortável.
Era muito nova para ser aconchegante, mas eu ansiava por
mais do mesmo. Eu queria olhar para ela novamente apenas
para ter mais do olhar para ela me deu.
— Então, ela passou no teste? — Lowe perguntou
baixinho quando ele apareceu ao meu lado.

Eu nem percebi que estava testando ela até aquele


momento, mas porra, ela passou.

— Com honras, — eu disse. Jesus.

Olhei de soslaio para ele, precisando de ajuda.


Seriamente.

— Que porra eu vou fazer agora? Eu não deveria… — O


que eu estava dizendo? Eu não podia confiar em Lowe sobre
isso. Quanto menos as pessoas souberem, melhor. Mas eu
continuei, porque eu estava tão agitado. Eu precisava de
algum tipo de orientação.

— Nós não podemos…

Ele acariciou minhas costas tristemente.

— É sempre o que você não deve querer que você acaba


querendo mais.

Com um elevar de minhas sobrancelhas, eu esperava


que ele explicasse. Mas ele não. Ele acabou de me enviar um
sorriso maroto e se inclinou confidencialmente perto.

— Mas se ela vale a pena, nada mais importa. Você vai


encontrar um caminho. E você vai sacrificar o que precisa ser
sacrificado para chegar lá.

Percebendo que ele estava falando sobre ele e sua


namorada, eu assisti cuidadosamente quando ele virou e
empilhou um par de copos sujos na bacia para ser levado
para a parte de trás para a lavagem. Eu acho que ele acabou
de me dar a sua bênção para ficar com minha professora.

Se ela vale a pena, suas palavras retumbaram pela


minha cabeça. Enviei um olhar, e tudo se animou com a
atenção. Ninguém nunca me afetou da forma como esta
mulher fez. Ela roubou a respiração de meus pulmões com
um único olhar, e me fez sentir mais vivo e mais consciente
de todos os sentidos que eu tinha do que qualquer um que eu
já conheci. Ela poderia até mesmo me irritar mais do que
ninguém nunca tinha me chateado antes. Ela tinha um poder
sobre mim que deveria ter me assustado, mas ele só me
atraiu para ela mais.

— Você gosta de estar com apenas uma garota? — Eu


agarrei o braço de Lowe quando ele tentou passar.

— monogamia e relacionamentos, e toda essa merda.


Realmente vale a pena?

Ele fez uma pausa e levantou uma sobrancelha. Depois


de me estudar cuidadosamente por um momento, ele sorriu.

— Se é a mulher certa, então sim. — saindo de mim, ele


foi pelo corredor em direção à cozinha.

E eu fui em direção a Aspen, sem sequer pensar. Eu


estava do outro lado do bar antes que percebi o que estava
fazendo. Eu iria atrás dela, e eu iria fazê-la minha.

Mas alguma coisa na tela de televisão sobre o bar


chamou sua atenção. Ela inclinou a cabeça e apertou os
olhos como se estivesse tentando ouvir o que estava sendo
dito. Quando seus olhos se arregalaram e a boca se abriu, eu
sabia que era ruim.

— O quê? — Perguntei, parando em frente a ela no bar e


tentando girar meu pescoço ao redor para ver a televisão.

As palavras na parte inferior da tela tinham o minha


pele gelando ao longo de pavor. Ellamore escândalo sexual.

Voltei um olhar para Aspen. Quando ela encontrou meu


olhar, seu rosto era branco. Então eu mexi o controle remoto
sob o balcão. Quando descobri isso, eu apertei o botão de
legenda.

“O assistente técnico de vôlei da ESU, Vander Wilson, foi


demitido esta tarde por ter relações ilícitas com a jogadora de
vôlei do primeiro ano, Allison Belfries. De acordo com as
alegações, o caso de Wilson e Belfries começou no início da
temporada e durou até esta semana, quando a esposa de
Wilson pegou os dois juntos. Mas quando Wilson tentou acabar
com o relacionamento, Belfries foi para o treinador confessar
tudo. As autoridades da universidade o demitiram
imediatamente e se recusaram a fazer um comentário neste
momento. Mais sobre isso mais tarde...”

— Eu preciso ir, — Aspen engasgou, pegando a bolsa


quando pulou do seu banquinho.

— Eu não posso... Isso é... Eu sinto muito. Posso pagar


minha conta agora?

Eu virei para ela, já sabendo o que veria e tendo medo


de ver. Ela não iria sequer olhar para mim. Suas bochechas
estavam coradas com culpa e sua garganta trabalhou como
ela engoliu em seco.

— Aspen, — eu comecei, pronto para lutar por ela. Mas


que porra? Eu apenas decidi que valia a pena; por que o
universo puxa o tapete debaixo de nós naquele momento?

— Não, — ela implorou, com a voz tensa e olhos úmido.

Eu desmoronei. Aqui, estava eu, com tudo preparado


para argumentar nosso caso. Nós não éramos eles. Nenhum
de nós era casado; nós não estávamos sendo infiéis. E se eu
me lembrava de corretamente, treinador Wilson estava em
seus trinta e tantos anos. Ele era, provavelmente, vinte anos
mais velho que Allison Belfries.

Mas o triste, incomodado, brilho de culpa nos olhos


verdes de Aspen me lembraram de que a nossa situação
provavelmente seria pior, na verdade. Vôlei não era quase tão
grande de um negócio em Ellamore como o futebol era. E
Aspen era uma dos minhas professoras, responsáveis por me
dar o grau em literatura. A mídia faria um inferno muito
maior de nós do que seria de alguma relação treinador /
jogador. E tudo ia cair sobre ela. Ela pegaria o pior, os nomes
sujos, o futuro arruinado. Ela ia ficar com tudo, enquanto eu
ia ficar impune.

Não importa o quanto eu queria ela, não importa o quão


incrível ela me fez sentir, eu não podia fazer isso com ela.
Fazer isso iria sacrificar tudo dela, não meu. Eu odiava isso.
Dando um passo para trás, eu balancei a compreensão e
renunciei a minha luta para tentar mantê-la. Mas Deus, ele
me cortou em dois deixar a esperança ir.

— Aqui é a sua conta, Drª. Kavanagh. — Lowe apareceu


ao meu lado, já de volta de sua viagem cozinha.

Eu sabia que ele provavelmente estava tentando ser útil


porque ele viu tudo o que aconteceu. Mas sua ação me
irritou. Eu não queria que ninguém soubesse o que estava
acontecendo entre nós. E ainda mais, eu não queria que ele
percebesse o quanto essa porra dói. Mostrar minhas
vulnerabilidades me irritava. Eu queria a minha mão em um
punho e dar um soco no rosto de Lowe. Na verdade, qualquer
tipo de violência para conseguir essa sensação fora do meu
peito. E desde que ele foi muito útil...

Aspen gaguejou, seu rosto corando enquanto ela piscou


para ele.

— Você sabe... Você sabe quem eu sou?

— Minha namorada e eu temos aula de obras primas do


mundo, — explicou. Então, ele deu de ombros e lhe deu um
sorriso tímido.

— Você é realmente sua professora favorita.

Ela empalideceu, mas acenou com a cabeça e tentou


sorrir quando entregou uma nota de vinte para pagar.

Lowe voltou para a caixa registradora e me lançou um


olhar quando o fez. Mas seu olhar era ilegível, e eu me senti
abandonado quando ele se virou.
Embora Aspen estivesse apenas do outro lado do bar,
ela de repente estava inacessível.

Nós não falamos enquanto esperávamos Lowe voltar


com seu troco. E nós não olhamos um para o outro. Eu a vi
com o canto do meu olho enquanto abraçava sua bolsa aos
seios. Eu cruzei os braços sobre o peito, frustrado, porque eu
não podia fazer nada para corrigir isso.

Lowe retornou muito cedo. Agora Aspen me deixaria.


Minha mente virou para vir com a solução perfeita para
corrigir isso, mas eu não tinha nada.

Depois de deixar dez dólares no frasco de gorjetas, ela se


afastou e correu. Sem dizer adeus. Eu cerrei os dentes e
olhei para Lowe.

Ele soltou um longo suspiro.

— Bem... Tenho certeza que foi horrível para você.

Com uma risada dura, eu balancei minha cabeça.

— Sim. — Maldição. Eu ainda queria bater em alguma


coisa.

— Eu preciso de uma bebida. — Puxando a primeira


garrafa de bourbon que encontrei, eu virei um copo com uma
quantidade generosa.

Depois de derrubar em um gole, eu assobiei apenas para


descobrir que Jessie realmente saiu de seu escritório. Ela
estreitou os olhos. Eu estreitei os meus de volta e olhei a ela
com um arco desafiador de minhas sobrancelhas enquanto
eu me dei outra dose.
Ela apontou o dedo indicador ameaçadoramente. —
Você está pagando aqueles, Gamble.

Depois que ela se virou e começou a sair para a


noite, eu olhei atrás dela.

— Não, eu não estou. — Então eu bebi outra dose.


CAPÍTULO
DEZESSETE
“Sonhos se tornam realidade. Sem essa possibilidade, a
natureza não iria nos incitar a tê-los.”

- John Updike

ASPEN

Minha casa aconchegante, estilo bangalô de dois


quartos ficava em uma rua com árvores nos quintais e
brinquedos de crianças na parte de trás dos terrenos. A
versão classe média do sonho americano. Este foi o primeiro
lugar que eu vivi sozinha, o primeiro lugar que eu vivi longe
dos meus pais.

Eu ganhei minha liberdade aqui. Nas primeiras


semanas ao me mudar, eu fui um pouco selvagem. Bem, a
minha versão de selvagem, de qualquer maneira. Eu tinha
minhas paredes pintadas cores loucas como tangerina e azul.
Eu comprei toalhas e talheres que não combinavam, porque
eles eram incompatíveis. Eu mesmo saí e comprei uma
garrafa de vinho para comemorar. Se ao menos meus pais
tivessem me visto, então...

Mas foi exatamente por isso que eu fiz isso, porque


eu sabia que eles não gostariam. Bem, isso e porque eu amei
as cores e eu amei a minhas coisas incompatíveis, mais eu
realmente queria fazer algo para comemorar.

Era uma pequena rebelião, mas grande o suficiente


para mim. Finalmente vivendo por mim mesma, agora eu
aproveitaria cada pequena coisa independente do que tenho a
fazer.

Como, ler na banheira? Oh, você sabe que eu fiz


em cada chance que eu tive. Nos quatro meses que eu residia
em Ellamore, se tornou meu ritual sábado de manhã. Além
disso, eu realmente precisava de algo esta manhã para
melhorar meu ânimo. Eu me sentia deprimida desde terça-
feira, quando eu corri do Proibida e de Noel para sempre.

Todas minhas velas de aroma terapia com cheiro


de lavanda foram colocadas na borda da banheira e
iluminando, lançando um respingo preguiçoso de calor
através das paredes do meu banheiro, enquanto a névoa da
água quente embaçava meus espelhos e fazia meus poros
abrirem com transpiração. Meus pés repousados no ralo
enquanto apoiei minhas costas contra a outra extremidade, e
a toalha em turbante que eu usava no meu cabelo molhado
também servia como uma almofada agradável para a parte de
trás da minha cabeça.
Eu tinha chutado a maioria das bolhas para os
meus pés, porque eles tinham ido brincar com meu livro,
bolhas idiotasagora que eu estava chegando a uma parte bem
intensa e loucamente física da história, de repente eu estava
muito consciente do meu peito flutuante logo abaixo da
superfície da água. Eu deslizei minhas coxas passado um ao
outro e me mexi, o calor úmido lambendo meu corpo como a
língua do herói rodava sobre a pele da heroína. Cresci ainda
mais inquieta, eu virei uma página, ansiosa para descobrir o
que ele ia fazer depois, porque eu tinha que dizer, o homem
foi criativo com algumas das coisas que ele gostava de fazer
com a língua.

Isso me lembrou da língua de Noel Gamble e como


ele deslizou em toda a minha clavícula antes de ele beliscar
uma parte com os dentes. Engoli quando meus mamilos
começaram a formigar, eu mudei minhas pernas novamente,
esfregando juntos para aliviar um pouco a tensão crescente
entre elas. Mas só agravou a situação mais. Na historia, a
mão do herói apareceu para um estômago tenso e, em
seguida, entre as coxas macias, e eu tive que apertar o meu
próprio em resposta.

— Você é minha agora, Isabelle, — ele rosnou em


seu ouvido, sua voz áspera, mas seus dedos concurso.

Droga, por que não poderia um cara dizer estas


porcarias bregas assim para mim?

Mas, logo, um eco da voz de Noel agitou minha memória.


— Quer ouvir um segredo? Eu tinha uma queda louca
em você no primeiro dia de aula.

Um gemido saiu dos meus lábios e eu bati o meu livro


fechado. A grande palavra com "M" encheu minha cabeça.

Para me ajudar a recuperar do trauma do meu primeiro


encontro sexual, meu terapeuta sugeriu auto prazer para que
eu pudesse aprender que o sexo também pode me fazer bem,
não apenas doloroso, assustador, e debilitante. Eu tinha
quinze anos e totalmente mortificada por toda a conversa.
Levei três meses para olhá-la nos olhos novamente depois
disso e, em seguida, mais três anos para considerar a ideia.

As poucas vezes que tentei fazer por mim foi estranho e


constrangedor. Ele não tinha me esquentado com a ideia de
sexo, no mínimo. A única coisa que trabalhou a favor foi o
tempo e os romances. Mas agora, eu não me pararia como
tinha feito antes. Meu corpo já estava receptivo à ideia. Defini
meu livro de lado, eu decidi que mais uma tentativa não
poderia doer nada. Então eu fechei os cílios, e um rosto com
olhos azuis e cabelos ao vento escuro encheu minha cabeça.

Eu só o vi uma vez em sala de aula desde que eu deixei


o bar na terça-feira. E nossos olhares se cruzaram duas vezes
durante essa hora. Cada vez, nós dois desviamos o olhar,
como se até mesmo um único olhar era muita tentação.
Quebrou meu coração não ser mesmo capaz de olhar para ele
porque Noel Gamble era incrível, como o pedido de desculpas
de Deus para todos os homens regulares em todo o mundo.
Como meus dedos encontraram um ponto doce, eu
gemia e arqueei as costas, balançando a água, juntamente
com todas as terminações nervosas do meu corpo. Enquanto
em minha mente, eu o vi, rosto pressionado contra o meu
travesseiro enquanto ele estava deitado ao meu lado,
sussurrando sobre a maneira que eu lhe afetei a primeira vez
que ele me viu.

Eu gozei em um suspiro, acidentalmente espirrei água


da banheira apagando todas as velas, bem como encharcando
meu pobre livro. Mas valeu a pena. Oh meu, valeu a pena.
Ok, nada valeu danificar um livro sagrado, embora, no
momento, eu era como,

— Eu vou apenas comprar outro.

Mas sério. Meu primeiro orgasmo. Era bom. Incrível. Eu


nunca relaxei o suficiente para permitir que os dois caras que
não me forçaram chegassem ao meu ponto, e eu sempre
interrompia prematuramente ao tentar por mim mesma. Mas
com um pouco de estímulo de Noel Gamble e o livro
encharcado ao meu lado, a vida era boa.

Eu deveria comemorar. Com sorvete. Talvez um pouco


de chocolate. E vinho. Ooh, sim. Vinho soou bem no
momento.

Energizada em vez de descontraída, como minhas velas


de lavanda deveria ter me feito, puxo para fora o dreno com
os dedos dos pés e me levanto. Água derramando de mim, me
fazendo sentir bruta e sensual. Sexy.
Mmm, eu me perguntava se um bom orgasmo sempre
fez uma menina se sentir bonita.

Cantarolando para mim mesma, eu balancei a cabeça


para soltar a toalha enrolada no meu cabelo, e eu usei para
me secar. E pela primeira vez, eu não pensei o quanto eu
precisava apertar meu abdômen, ou fazer algo sobre o
balançar em minhas coxas. Todos os pensamentos de
autocrítica que eu normalmente tinha quando eu estava nua
foram felizmente silenciados.

Droga, por que eu esperei tanto tempo para fazer isso?

Eu ri em voz alta.

— Obrigada, Noel Gamble.

Em resposta, o som abafado de minha campainha soou


através da divisória fechada do meu banheiro privado.

— Merda! — Deixei cair minha toalha e mergulhei em


minha roupa, me perguntando quem estava na minha porta.

Eu encomendei alguns sapatos on-line, mas eu juro que


as informações de rastreamento disseram que eles não
chegariam até segunda-feira. Mas era o momento certo no
meu e-mail para ser entregue. E não era como se eu tivesse
quaisquer amigos ocasionais que ia aparecer sem aviso
prévio. Poderia ser um vendedor ou Testemunha de Jeová,
mas eu percebi que provavelmente era o correio.

Não esperando receber qualquer um que ficasse muito


tempo, eu ignorei meu sutiã e puxei minha calcinha de
algodão antes de entrar no curto shorts azul de brim e blusa
com listras pêssego e creme de manga comprida que eu tinha
jogado no topo do meu cesto de roupa suja. Com meus pés
descalços e os cabelos ainda molhados e despenteados, eu
abri a porta do banheiro e corri pela casa.

Eu nem pensei em verificar a janela antes de receber o


meu visitante. Eu só desbloqueei todos os parafusos e puxei a
porta, esperando a saudação e sorriso de um entregador.
Quando eu vi Noel eu gritei assustada e pulei para trás,
cobrindo meu peito sem sutiã com ambas as mãos.

O brilho do meu orgasmo que eu tenho certeza que


ainda manchava minhas bochechas desapareceu para ser
substituído pela vergonha horrorizada, mas, oh, meu Deus,
me bateu como eu pensei sobre ele e de alguma forma atraí
ele a minha casa? Que raio de merda vodu tinha naquelas
velas? Eu precisava comprar mais.

— Eu... — Ele começou, abrindo a boca como se


estivesse pronto para entregar uma grande e longa explicação
de por que ele estava aqui.

Mas então seu olhar se desviou para baixo e ele deixou a


sua boca aberta. As palavras não vieram. A valorização em
seu olhar quando eles viajaram para baixo das minhas
pernas nuas e de volta agitaram todos os órgãos do meu
corpo.

Agora que meu corpo sabia como o orgasmo era


surpreendente e libertador, ele estava pronto para
experimentar outro. E desta vez, sem a memória, eu tomaria
o negócio real: um Noel Gamble entregue em mãos na minha
porta da frente. Que foi totalmente, insanamente errado.

— O que você está fazendo aqui? — Eu explodi, puxando


meus braços mais apertados em volta de mim, porque meus
mamilos não pareciam se importar que o homem na minha
frente pudesse condenar toda a minha carreira. Apertando e
fazendo bicos em pontos duros, tudo o que queria era
mergulhar no Grande 'O', número dois. Cadelas egoístas.

— Eu... — ele tentou novamente, não ficando muito


mais longe desta vez, porque seu olhar congelou em meus
braços, onde a pele tinha começado a formigar em arrepios.

— Oh, porra. Você não está usando um sutiã, está? —


Ele olhou por cima do meu rosto antes empalidecendo.

— E você acabou de sair do banho, também.

Mantendo minhas meninas com segurança cobertas


com um braço, eu liberei o outro para que eu pudesse
empurrar o cabelo molhado da minha cara.

— Banho de espuma, — corrigi.

Ele gemeu, literalmente gemeu. Levantando uma mão


como se para me dizer para não falar mais nada, ele virou
para o lado para ele não estar de frente a mim diretamente e,
em seguida, cobriu a boca com uma mão fechada.

— Jesus, você é mau. Agora estou imaginando você nua,


coberta de bolhas e cercada por todas essas velas e merda,
enquanto você está lendo um livro. — Porra, ele era bom.
— Não se esqueça da quão incrivelmente molhada eu
estava, — eu disse, porque, , eu sempre disse coisas que
sabia que não devia a este homem. Por que parar agora? Ele
me olhou um olhar incrédulo.

— Você está tentando me matar, não é?

Recuando, ele afundou na cadeira na minha varanda,


exatamente onde eu ficava sentada nas manhãs de domingo e
bebia meu cappuccino enquanto lia. Ele geralmente me
consumia inteira. Mas para o grande corpo de Noel, parecia
pequeno e ridiculamente feminino. Fazendo parecer ainda
mais masculino do que o habitual.

— O que estou fazendo aqui? — Ele murmurou para si


mesmo enquanto ele escondeu o rosto entre as mãos.

Engoli em seco, sentindo sacana e do mal pelo que eu


tinha acabado de dizer e torturá-lo mais do que eu deveria
ter. Mas ele era o único que veio a mim; ele começou isto.

Por mais que eu quisesse descarregar para ele e agitar o


ninho de vespas que era a nossa química, eu não conseguia
parar de pensar sobre como ele estava vindo me ver enquanto
eu estava tendo um orgasmo com uma imagem dele em
minha cabeça. A pessoa que eu estava desejando, na verdade,
me queria também. Ele ainda me queria. Foi emocionante e
comovente e tão bonito saber; Escorreguei na porta aberta
para sentar e puxei minhas pernas até meu peito, abraçando
meus joelhos enquanto eu o observava lutar por o que quer
que a batalha esteja acontecendo dentro dele.
Ele ergueu o rosto para olhar para mim, e parecia
desmoronar.

— Deus, você é tão... — Ele balançou a cabeça.

Um brilho quente liberando minha pele. Ninguém agiu


tão encantado por mim antes. É triste que a primeira pessoa
a mostrar uma faísca, teve de ser proibido, mas eu amei a
sensação que tinha no meu ego, independentemente.

Ele me olhou por um segundo antes de balançar a


cabeça e dizer:

— Passe o dia comigo?

Eu queria sorrir e suspirar até mesmo quando meus


ombros caíram.

— Noel, nós discutimos isso na terça-feira.

— Não, na verdade, nós não discutimos qualquer coisa.


Você apenas saiu e...- — Quando eu abri minha boca para
argumentar, ele ergueu a mão:

— Eu entendo perfeitamente por que. Mas alguma coisa


aconteceu desde então.

— Ok. — Eu balancei a cabeça, esperando que fosse


um milagre que aconteceu e Ellamore mudou sua política da
escola para permitir as relações aluno-professor.

— O que aconteceu?

Ele não respondeu imediatamente. Franzindo a testa


após um longo intervalo de silêncio, eu abri minha boca para
perguntar se ele estava bem, quando disse:
— Acabei de sair de um treino na academia... Quando,
eu vim aqui direto de lá.

— OKay,— eu disse lentamente. Ele não parecia como se


tivesse vindo direto do treino.

No outro dia, ele estava vestindo sua calça de moletom e


tinha o cabelo molhado. Hoje, ele estava com calças marrons
escuros e uma camisa preta com listras cinza e de mangas
compridas, que moldava os contornos de seu peito e o fez
olhar muito gostoso para estar sentado na minha varanda.

Ele soltou um suspiro alto.

— O treinador encurralou todos nós e tivemos uma


pequena conversa. — Pelo tom sinistro na voz dele, eu sabia
que não ia gostar do que seu treinador tinha a dizer.

— Após o grande escândalo na equipe de vôlei e quanta


atenção ele pegou na mídia, ele decidiu fazer uma nova regra
de que, se algum cara na equipe for pego com qualquer um
da equipe ou membro do corpo docente no campus de
qualquer forma inadequada, teríamos imediatamente de ser
expulso do programa de futebol. E desde que eu tenho uma
bolsa de futebol...

— Você perderia o seu financiamento e tem que deixar


Ellamore inteiramente, — eu terminei para ele.

— Isso, — ele disse com o tremor mais fraco em sua voz.

Fechei os olhos.

— Bem, eu asseguro que não estou indo para o seu


treinador e dizer isso a ele…
— Eu sei disso, — ele murmurou, visivelmente irritado.

— Não é por isso que estou aqui.

Piscando meus cílios aberto, Eu fiz uma careta para ele,


confusa...

— Então por que você veio aqui?

— Por que... Porque eu queria vê-la. — Ele correu as


palavras como se dizendo rápido daria a ele a coragem de
dizer.

Eu soltei um riso, assustada, nervosa e confusa.

— Sinto muito, mas... Você acabou de me dizer que o


risco para nós acaba de duplicar. Isso afetaria tanto nossas
vidas agora, Noel, para não mencionar o que faria a seus
irmãos e irmãs, que estão contando com você.

— Eu sei. — Ele gemeu e rangeu os dentes.

— Você tinha que mencioná-los, não é?

— Bem, alguém tem. E desde que eu sou a única na


posição de autoridade, eu deveria ser a única a assumir a
responsabilidade e dizer não. Nós já fomos longe demais. Ele
para aqui.

— Não. Apenas me escute. Por favor. — O desespero em


sua voz me rasgou eu odiava saber que eu estava causando
seu sofrimento.

— Eu deixei você ir na terça-feira porque você era a


única que ia pagar as consequências se algo acontecesse. Não
gostei disso. Mas agora... Agora, nós dois estaríamos
colocando em risco. Eu tenho apenas tanto a perder quanto
você. Então... Estamos em pé de igualdade.

Com uma risada nervosa, eu balancei minha cabeça.

— Você não está fazendo qualquer sentido. Como você


poderia até sugerir... Quero dizer, depois de apenas
estabelecer as consequências para nós dois?

— Porque eu sei as consequências. Eu sei exatamente o


que aconteceria se nós começamos algo e formos pegos. Mas
agora... Agora eu quero saber as consequências se não fizer
nada.

— Noel, — eu sussurrei.

Ele deve ter ouvido a rejeição em minha voz, porque ele


foi rápido para me cortar.

— Eu fiquei louco, Aspen. Minha irmã liga diariamente


com problemas após problemas. Minha mãe não vai para
casa em semanas, e está fazendo eu me sentir mais culpado
de merda, porque eu não estou lá para eles. Enquanto isso,
eu tenho trabalhado pra caramba todas as noites para
ganhar dinheiro suficiente para ajudá-los, enquanto tento
manter minhas notas e... E todo mundo por aqui tem
expectativas completamente diferentes de mim, achando que
eu sou algum herói do futebol que não tem nada com que se
preocupar, exceto o próximo jogo ou manter em forma, ou
que menina eu vou levar para casa esta noite. Você é a única
pessoa que entende tudo, ambos os lados. E eu... Eu sinto
essa coisa por você, como essa conexão com você. Eu... Porra,
eu não sei como dizer isso. Você sabe o quanto eu erro ao
colocar palavras em conjunto.

Abracei meus joelhos mais apertados no meu peito, pois


sentia que meu coração queria explodir fora do meu peito.
Dizendo a mim mesma para ficar quieta, eu disse.

— Você está fazendo um bom trabalho até agora.

Ele olhou para mim, e seus olhos rodaram com emoção


enquanto seus lábios jorravam com prazer.

— Não é apenas físico, — disse ele.

— Quero dizer, com certeza, a química é, como


prisioneiro de guerra. Mas eu só... Eu gosto de estar perto de
você. Eu gostaria que você me conhecesse... Eu. E eu quero
aprender sobre você. Eu só... Eu quero saber o que seria o
que estaria perdendo se não fizermos nada. Eu quero saber
se talvez haja mais... E se... Porra, eu não sei. Se valer a
pena arriscar tudo para estar juntos?

Não parecia possível que alguém considere tal risco por


mim. Rita, a quem eu amava como uma mãe, certamente não
sentia fortemente tudo isso por mim. Ela nunca arriscou sua
carreira ou sua família por meu benefício. Então, ouvir Noel
dizer o que ele acabou de dizer completamente derreteu
minhas defesas. Desanimada. Mordi o lábio e olhei para ele.
E, caramba, seus olhos estavam implorando.

— Eu tive uma semana realmente de merda, — disse


ele.
— Estou cansado e estressado, e este é o primeiro dia
que eu tive folga em um longo tempo. Mas tudo que eu quero
fazer é gastá-lo com você. — Levantando as mãos em sinal de
rendição, ele balançou a cabeça.

— Não farei nada desonesto, eu juro. Eu não vou nem


mencionar sexo. Eu só quero estar perto de você. Vamos
manter completamente platônico.

Eu disse a mim mesma que eu tinha que ser a menina


mais estúpida do planeta pouco antes de eu perguntar.

— O que você tem em mente?

Seu corpo caiu como se fosse tomado por alívio. Mas


então ele sorriu.

— Há este parque à beira de um rio, um dos meus


companheiros de equipe me levou durante meu ano de
calouro. É cerca de uma hora daqui. Ninguém vai nos
reconhecer, e nós estaríamos ao ar livre onde eu não seria
tentado a experimentar nada... Desapropriado. — Ele ergueu
as sobrancelhas e me enviou um sorriso maroto.

— Então o que você diz? Me de apenas um dia?


CAPÍTULO
DEZOITO

“Não há nada mais íntimo na vida do que simplesmente ser

compreendido. E entender outra pessoa.”

- Brad Meltzer, The Inner Circle

NOEL

— Este lugar é incrível.

A admiração na voz de Aspen me fez sorrir em toda a


cabine da caminhonete de Ten, quando eu estacionei na área
de estacionamento dos visitantes.

— Eu imaginei que você ia gostar.

Um gramado longo se estendia diante de nós antes de


descer abruptamente para as margens do rio. A grama era
curta e verde; mas estava começando a crescer, prometendo
nova vegetação.
— Como descobriu este lugar? — Aspen perguntou,
abrindo a porta quando eu abri a minha.

— Meu companheiro de quarto, Ten, me trouxe aqui


uma vez. Ele vive nesta região e queria um cachorro com
milho empanada que vendem. Acho que zombaram dele pela
maneira que ele me arrastou aqui até que realmente fez isso.
— Eu sorri para ela.

— Mas a vara empanada maldita não era tão ruim,


então eu tinha que calar a boca. — Ela riu.

— Então você me trouxe aqui porque estava desejando


uma salsicha de carne mal processada em uma vara com
massa frita de farinha de milho?

— Claro que não. — Pegando a bola eu joguei no banco


de trás antes de ir para sua casa esta manhã, eu segurei e
girei no meu dedo antes de pegar ela.

— Você, minha querida professora, vai aprender a jogar


futebol.

Aspen arqueou uma sobrancelha, aparentemente


interessada em vez de horrorizada.

— Realmente? O que faz você pensar que eu já não sei


como jogar?

Ok, que me pegou desprevenido. Eu arqueei uma


sobrancelha suspeito.

— Você sabe?

Seus lábios se curvaram, e parecia tão sexy com esse


batom. Eu tive que me lembrar de mais uma vez eu não iria
tocá-la hoje. Nada sexual. Apenas amigável. Conhecer o
outro.

Percebendo o que aquele sorriso significava, eu gemi.

— Porra, você sabe.

Todo o seu rosto se iluminou.

— Eu estive numa grande fantasia de futebol no ano


passado, — ela confessou, parecendo bastante orgulhosa de
si mesma.

Eu joguei minha cabeça para trás e riu.

— Puta merda. Eu não tinha ideia que você realmente


gosta do jogo. Quero dizer, a maneira como você agiu em sala
de aula, eu pensei que você odiava tudo a ver com futebol,
mas... — Então, ocorreu. Seu comportamento não foi nada a
ver com a opinião dela sobre o esporte em si, mas com a sua
história com um determinado jogador do esporte. Eu solto
um suspiro.

— Certo. Bem, uau. Se eu soubesse que você era uma


fã, eu teria convidado você a vir a no jogo que tivemos um par
de semanas atrás.

— Não se preocupe, eu fui.

— Então você viu... — Minhas sobrancelhas levantadas


quando apontei meu próprio peito. Ela assentiu com a cabeça
e eu tinha que saber.

— Bem, o que você achou?


Seus olhos se iluminaram com flerte, ela passeou ao
redor da caminhonete de Ten para me encontrar no outro
lado.

— Eu pensei que você poderia ser o próximo Rodgers.

— Merda, — eu disse, balançando a cabeça.

— De jeito nenhum.

Ela pegou a bola da minha mão, e eu assisti,


francamente entusiasmado por seu interesse nela.

— Hmm. — Ela praticou segurar de diferentes maneiras


antes de olhar para mim.

— Você sabe, só agora percebi que eu nunca realmente


toquei uma bola de futebol antes.

Eu não podia acreditar, e ainda assim eu podia.


Balançando a cabeça, eu a peguei de volta dela.

— Bem, isso exige uma lição, então. — Alcançando a


mão dela, eu levei nós em direção à grama.

— Eu vou ensinar tudo que você precisa saber sobre


como jogar uma bola.

Nos primeiros cinco minutos, eu parei de falar e mostrei


como ela precisava posicionar seus ombros e cintura, onde
manter seu cotovelo, e como segurar a bola na mão. Quando
chegou a hora de mostrar um arremesso real, vi um menino a
cerca de vinte jardas de distância.

— Ei, garoto, — Eu chamei.


— Pegue este. — Quando ele assentiu com a cabeça
imediatamente e subiu para a posição, ajeitei em volta o meu
braço e mandei um tiro lento. Ele pegou sem qualquer esforço
e jogou de volta. Aspen gritou e aplaudiu para ele, dizendo
que bom trabalho que tinha feito.

Quando entreguei a bola para ela, ela começou a ficar


nervosa.

— Eu me sinto ridícula, — ela admitiu quando eu estava


atrás dela e, basicamente, a tenho em posição.

Mexi minhas sobrancelhas.

— Confie em mim. Você está bem. — Eu estava muito


feliz que eu a deixei colocar um par de sapatos e um sutiã
junto com o que ela já estava usando antes de eu arrastar
para fora da casa esta manhã, porque sua roupa era casual,
confortável e perfeito para a nossa prática e meu ponto de
vista. O conjunto mostrava as melhores características de
quem ela realmente era.

Com uma risada, ela cravou o cotovelo para trás em


meu intestino.

— Eu provavelmente vou jogar como uma menina.

— Você é uma menina, então quem se importa? —


Satisfeito com a forma como ela foi criada, eu dei um passo
para trás e deixei-a jogar com o garoto. Ele teve que correr e
saltar para ela, mas ele pegou com uma mensagem feliz.

— Não foi ruim, — eu disse, acenando a minha


aprovação.
Ela se virou para me enviar um olhar cético, mas eu
apenas sorri para ela. Ela realmente jogou como uma
menina.

— Quer jogar agora? — Perguntei.

Nosso coletor e um par dos seus amigos foram para um


jogo de toque. E eles não pareciam se importar com uma
menina na brincadeira. Na verdade, eu acho que todos eles
tiveram uma paixão por ela nos primeiros cinco minutos. Ela
era tão divertida sobre a coisa toda. Ela riu de seus próprios
erros, e se divertia zombando com seus oponentes sempre
que nos alinhamos antes de um saque, dizendo que ela iria
derrubar. E porra, ela era adorável de assistir sempre que ela
pegou a bola. Ela ria quando ela se esquivou longe de
alguém. Eu nunca na minha vida vi alguém rir enquanto
jogava futebol antes.

Foi meio impossível acreditar que ela era a mesma


rigorosa, não sem sentido, mulher puritana que me dava aula
de literatura. Mas quando Aspen Kavanagh se soltou, ela se
soltou.

Ao final da tarde, as crianças tinham que sair e eu


estava morrendo de fome. Ela também. Cobrindo seu
estômago quando ele soltou um rosnado saudável, ela disse:

— Onde está este cachorro de milho empanado que você


disse maravilhas antes?

Nossos esforços deixaram um brilho rosado nas


bochechas. E seus olhos... Caramba, seus olhos verdes
estavam vivos e cintilantes. Eu acho que poderia olhar para
ela durante todo o dia, apenas assim.

— O quê? — Perguntou, enviando um olhar estranho


quando desfez o rabo de cavalo.

Quando ela penteou a massa como dedo e deixou


derramar pelas costas, eu balancei minha cabeça. Quem era
esta mulher, e como eu tive sorte o suficiente para passar um
dia inteiro com ela?

Ninguém acreditaria em mim quando disser que a Dra.


Kavanagh comeu cachorro de milho empanado, penteou o
cabelo com o dedo, e flertou com um bando de meninos pré-
adolescentes antes de mostrar a língua para eles depois de
fazer um touchdown. Mas eu estava feliz que eles nunca
iriam suspeitar. Eu estava feliz que tinha ela só para mim.

— Nada, — eu murmurei, estendendo a mão para pegar


a mão dela.

— Vamos encontrar essa barraca.

Depois de comprar seis salsichas empanadas,


encontramos um banco de piquenique vazio e sentamos em
frente ao outro quando comemos. Eu gostava de vê-la comer.
Ela não parecia tímida sobre comer na minha frente, ou pedri
duas salsichas. E a maneira como seus lábios franziam
quando ela mordeu a salsicha, bem, eu simplesmente não
conseguia ver muito disso. Minha cabeça já estava em um
lugar que não precisa ir. Mas mesmo depois de eu desviar o
olhar, eu ainda estava tenso e dolorido para tocá-la.

— Você sabe, — disse ela, pensativa.


— Eu acho que não sei qual o seu grau.

Olhei por cima.

— Gestão de negócios. Por quê?

Suas sobrancelhas levantadas. Com a boca cheia, ela


abafou a palavra.

— Sério?

Dei de ombros e joguei uma dos palitos vazios em


direção a uma lixeira próxima.

— Bem, você sabe, eu não sou bom em Inglês. E


matemática e ciência não são as minhas coisas também.
História nunca me interessou, mas sou bom em situações
sociais, e eu realmente gosto de liderar a equipe em campo.
Eles me ouvem, e eu não sei, mas eles me admiram. Era uma
coisa que eu sei que eu posso fazer, então eu faço, apenas no
caso de, você sabe, a NFL não me querer.

— Mas você realmente gosta de futebol, não é. — Ela


disse isso mais como uma afirmação do que uma pergunta,
como se ela estivesse apenas, percebendo a resposta.

— É claro. Por que eu jogaria se odiasse?

— Eu não sei. — Um lado de seus ombros levantou.

— Você só... Depois daquele dia em meu escritório


quando você disse que era mais desespero, eu não acho que
foi o que você amou mais do que qualquer coisa no mundo.

— É... — Porra, como eu explico isso?


— Eu não sei. Jogar futebol na escola foi o que
finalmente me deu o respeito de alguns dos meus colegas de
classe. Meu talento natural me deu esta adrenalina que foi...
Viciante. Eu amo o jogo e desejo cada fração de segundo que
você tem que pensar e reagir, elaborar estratégias para a
melhor jogada nesse momento é antes da linha de 250 kg de
defensiva abordar você. Eu gosto de aprender mais dos
truques de comércio desde que vim para Ellamore, mas... Há
muito mais pressão agora. Muito mais em jogo. Não é apenas
divertido. Agora, é tudo, o que tira um pouco do prazer. Mas,
sim, respondendo à sua pergunta, eu ainda gosto de futebol.
Eu amo isso.

Aspen acenou com a cabeça, me deixando saber que ela


entendeu.

— Se você pudesse fazer ou ser qualquer coisa no


mundo, sem quaisquer consequências ou preocupações, o
que você faria?

A primeira coisa que me veio à mente foi ela. Eu ficaria


com ela. Mas eu sabia que ela queria dizer ocupação. Eu dei
de ombros.

— Não sei. Eu realmente não posso pensar em nada que


gosto mais que futebol.

— Será que você ensinaria aos outros se você não


pudesse mais jogar? Você fez muito bem com esses garotos
hoje. Eu acho que você daria um grande treinador.

— Huh. — Eu nunca pensei nisso antes.

— Isso não é realmente uma má ideia.


Ela endireitou as costas e falou.

— Eu sei. Mas, falando sério, você é inteligente o


suficiente para fazer o que quiser. Eu só queria ter certeza
que o futebol era o que mais amava.

Eu pisquei e balancei a cabeça.

— Você acabou de me chamar de... Inteligente? Alguém


me chocou.

Ela franziu a testa.

— Claro que você é inteligente. Eu sempre soube disso.


É preciso um conjunto louco de neurônios pra sempre dizer a
coisa exata em sala de aula que você sabe que vai me irritar
mais.

Rindo, eu balancei a cabeça e finalizei minha quarta


salsicha, mas por dentro eu ainda estava lisonjeado que ela
me chamou inteligente. Quando eu vi outro posto de comida
não muito longe, eu limpei as migalhas meus dedos e voltei
minha atenção para ela.

— Ok. Suficiente sobre mim. Eu quero ouvir mais sobre


você.

Seu sorriso era um pouco incerto.

— Eu? O que você quer saber sobre mim?

Inclinando um pouco por cima da mesa, dei um olhar


como se para dizer a ela preparar-se porque esta era uma
questão séria. Com a minha voz baixa, perguntei.

— Qual é o seu sabor favorito de sorvete?


Ela piscou e então jogou a cabeça para trás e riu.

— Eu não sei. Baunilha?

Enrugando meu nariz, eu disse.

— Baunilha? Quem diabos prefere baunilha sobre todos


os outros sabores lá fora?

— Hey! — Ralhou, meio rindo, meio insultada.

— Não insulte o meu gosto. Qual é o seu favorito?

— Fácil. Rocky Road3.

— Interessante. — Fazendo um som no fundo de sua


garganta, ela tocou o queixo com o dedo e me estudou.

— Isso é algum tipo de simbolismo para a forma como


sua vida tem ido?

Eu bufei e revirei os olhos.

— Ok, Senhorita Professora de Literatura. Chega dessa


merda. Nem tudo é uma analogia da vida. Às vezes, nós
apenas gostamos da forma como é o gosto das coisas. —
Lambendo meus lábios, eu balançava em direção a ela como
minha atenção caiu para a boca.

— Tipo como eu gosto da forma que sabe...

— Não, — ela advertiu instantaneamente, todos os


sorrisos passados como ela puxou para trás e me arqueou o
olhar nervoso.

Porra, eu esqueci que estava mantendo estritamente


platônico.

3
Rocky Road- chocolate meio-amargo com Marshmallow
— Eu esqueci. — Levantando minhas mãos, eu fui
imediatamente para longe.

— Meu erro, sério. Sinto muito. Mas agora você tem o


meu gosto de sorvete. Se eu não posso ter a outra coisa que
eu desejo agora, você me deve um grande, cone duplo
escavou cheio de Rocky Road.

Levantando, cheguei do outro lado da mesa para a mão


dela e puxei para trás de mim. Eu nunca fui de segurar mãos
antes de hoje, mas eu gostei de entrelaçar os dedos com os
dela e pressionar as palmas das mãos juntas. Havia algo
saudável e inocente e ainda totalmente erótico sobre nossos
braços balançando em sincronia como nós caminhamos lado
a lado.

— Mmm, agora é por isso que eu arrastei até aqui, — eu


disse depois que ambos tinham cones cheios de sorvete.

— Eu não poderia muito bem comprar sorvete por mim


mesmo.

Aspen me tentou além da sanidade com o flash de sua


língua quando ela rodou em seu sorvete de baunilha coberto
de chocolate e M & Ms.

— Por que isso?

Eu bufei.
— Que vergonha é para um cara visitar um stand de
sorvete por si mesmo? Porra, pior ainda um cara tomar com
outro cara. Só é justo quando uma garota te leva.

Franzindo o nariz, ela bateu seu ombro contra o meu.

— Então, eu sou seu disfarce pra tomar sorvete?

— Exatamente. — Veja, ela me compreende. Eu nem me


importo que toda a ideia a fez rir da minha estupidez. Eu
amei sua risada.

Nós caminhamos através dos pontos juntos, de mãos


dadas e comendo nossos sorvetes, verificando todas as
merdas estranhas que as pessoas vendiam. Joias caseiras e
bugigangas pouco estranhas nos fizeram rir. Mas então
Aspen encontrou um rack de livros usados.

Observei ela fazer uma varredura através dos livros de


bolso desgastados, encantado pelo fascínio em seu rosto. Ela
estava em seu elemento e parecia bem lá. Quando ela
encontrou uma história que eu peguei seu interesse, eu
paguei o fornecedor o livro antes dela perceber o que fiz.

— Você não tem que fazer isso. — Disse suas palavras


uma coisa, mas seus olhos diziam uns aos outros como ela
abraçou com gratidão o livro para seu peito. Revirei os olhos.

— De nada, — eu disse, batendo meu ombro no dela.

— Agora, vamos encontrar um local no gramado e


descansar por um minuto para que você possa ler.

Os olhos dela cresceram grandes.

— Você... Você acabou de oferecer para me deixar... Ler?


Eu dei de ombros.

— Sim. Por que não? É o nosso dia de descanso para


relaxar e fazer o que quisermos. E eu vi o seu quarto, lembra?
Eu sei o quanto você gosta de ler.

— Mas... Você apenas... — Ela balançou a cabeça, em


uma perda para palavras.

— Isso é provavelmente a coisa mais doce que alguém já


me ofereceu.

Eu não podia acreditar que ela estava tão tocada pela


sugestão. Eu não vejo isso como um grande negócio.
Tentando deixar passar, eu disse:

— Na verdade, eu tenho um motivo egoísta. Eu estava


pensando que um cochilo sob o sol, parece o céu agora
mesmo. Então... Se você estiver lendo…

— Espere, espere, espere. Você me trouxe num encontro


para tirar uma soneca?

Quando ela arqueou as sobrancelhas, eu ri e levantei


minhas mãos.

— Ei, ei. Quem está chamando isto de encontro? Eu


pensei que deixamos bem claro que eu não tentaria qualquer
coisa que acontece em encontros. Eu só queria sair com
alguém que eu gostava de estar e fazer coisas que nós dois
queríamos fazer juntos. E desde que eu posso ver em seus
olhos que você está morrendo de vontade de abrir o livro, e eu
mataria por uma hora de descanso, os dois iriam bem juntos.
E, aparentemente, isso era tudo o que ela precisava
explicação.

— Ok, então, — ela concordou antes que eu pudesse


tentar persuadir ela um pouco mais.

Então, foi isso que aconteceu. Deitamos juntos, lado a


lado com nossos rostos virados ao sol e as costas apoiadas
por uma enorme rocha ornamental, e eu fechei os olhos
enquanto ela abriu o livro.

Eu não sei quanto tempo se passou, mas a escuridão se


aproximava quando eu acordei. Senti mais descansado do
que eu sentia há muito tempo. Ele poderia ter tido algo a ver
com o fato de que meu rosto estava apoiado em sua coxa ou
que ela estava correndo os dedos pelo meu cabelo, mas
caramba, me senti bem. Fiquei ali um segundo, apenas
aproveitando, perguntando como diabos meu rosto tinha
chegado lá e como eu poderia ter ele lá novamente, sem
roupas.

Eu ouvi um virar de página em cima de mim e decidi


sentar, bocejando. A mão de Aspen caiu do meu cabelo, que
foi uma pena, mas ela sorriu para mim de uma maneira linda
quando abaixou o livro e perguntou:

— Melhor?

— Muito.

— Que horas são?

Aspen respondeu.

— É quase sete.
— Porra. — Ten provavelmente estava tendo um ataque
merda.

Como se ele tivesse acabado de ouvir meus


pensamentos, meu celular tocou.

— E oh, sim, — Aspen acrescentou.

— Alguém chamado Zero continua ligando e


perguntando onde sua caminhonete esta.

Eu gemi e respondi meu companheiro de quarto,


dizendo para manter a maldita calma. Aspen leu a resposta
sobre meu ombro.

— Acho que Zero é um amigo?

— Sim. — Eu guardei o telefone.

— Meu colega de quarto. Ele é Ten, então eu


naturalmente o rotulei de Zero. Ele faz literatura moderna
comigo, na verdade. Oren Tenning.

Suas sobrancelhas levantadas.

— Oh. — O jeito que ela disse que me disse que sabia


exatamente quem era Ten.

— Ele escreve artigos muito interessantes...

Rindo, eu me inclinei para cheirar seu cabelo. Cheirava


exatamente como eu imaginava que seria, como lavanda e sol
quente.

— Aposto. Repleto de F-bombas e comentários


grosseiros, hein? — Ela ficou tensa.

Alarmados com a reação dela, eu me afastei.


— O que há de errado? — Então ele me surpreendeu.

— Merda. Sinto muito. Eu sei que não devia perguntar


sobre trabalhos ou notas de ninguém. Eu disse a mim mesmo
para não mencionar a escola hoje.

— Não, está tudo bem. Isso não é por isso que eu estava
pirando. Quero dizer, não que eu estava... — Ela limpou a
garganta e desviou o olhar, os topos de suas bochechas
transformando em rosa.

Eu peguei a mão dela, preocupado com o que estava


arruinando o nosso dia perfeito. Ela não achava que eu disse
a Ten sobre o que eu estava fazendo com ela em sua
caminhonete, ela achava? Eu abri minha boca para assegurá-
la de meu companheiro de quarto não sabia de nós quando
ela finalmente ergueu o olhar.

— Você acabou... Você acabou de se inclinar e me


cheirar?

Merda. Eu tinha, não tinha? Outra coisa que eu prometi


a mim mesmo que eu não faria hoje. Mas eu ainda não pensei
sobre isso. Depois de acordar relaxado e descansado com a
minha cabeça em sua coxa e seus dedos no meu cabelo, eu
senti como a coisa mais natural do mundo.

— Talvez, — eu digo, apenas para virar a mesa sobre


ela.

— Eu acabei de acordar no seu colo com você coçando


minha cabeça?

Corando loucamente, ela mordeu o lábio.


— Talvez.

Eu balanço em direção a ela. Eu queria roubar um beijo.


Mas o meu telefone tocou novamente, me deixando saber que
eu tinha outro texto. Com um gemido, eu levantei, e ambos
lemos a mensagem de Ten, querendo saber quando eu levaria
a caminhonete de volta.

Aspen franziu a testa.

— Por que você está com a caminhonete dele, de


qualquer maneira? O que há de errado com a sua?

— Eu não tenho uma caminhonete, — eu respondi a ela


quando eu escrevi a Ten de volta, dizendo que estaria em
casa à meia-noite. Os olhos de Aspen arregalaram.

— Meia noite? O que você planeja fazer comigo até lá? —


Eu estremeci, pensando em todas as coisas que eu adoraria
fazer com ela até então, e tinha que me lembrar de que
prometi me comportar.

— Pergunta perigosa, — eu avisei.

— E por que você não tem uma caminhonete? — Em


seguida, ela revirou os olhos.

— Oh, entendi. Você é um cara de moto, não é? Eu


devia ter adivinhado. — Balançando a cabeça, eu apenas
sorri.

— Eu gostaria. — Seu sorriso provocante caiu.

— Você quer dizer, você não-? — Engolindo, ela corou


culpada.

— Oh meu Deus. Sinto muito. Eu apenas assumi...


— Ei, você não disse nada de errado. Eu só não tenho
um carro, isso é tudo. Eu sinto, eu não sei... Egoísta, eu
acho que, se eu tivesse comprado um carro enquanto minha
família foi... — Bem, nós não precisamos ir para lá.

— Eu costumo enviar todo o dinheiro extra que tenho


para casa para minha irmã cuidar das coisas lá, de qualquer
maneira, por isso não é como se eu tivesse recursos para um.

— Bem, isso é apenas... Você sabe, você me surpreende


o tempo todo, Noel Gamble. Assim que eu descubro algo bom
e altruísta sobre você, você vai e se supera com algo ainda
melhor.

Em vez de me lisonjear, suas palavras somente


alimentaram minha culpa. Porque trazê-la aqui hoje foi
incrivelmente egoísta e errado, ameaçando tanto o seu futuro
e o de Caroline, Colton e Brandt. O que era pior, não me
incomoda o suficiente para levá-la para casa ainda.

Nós já estávamos aqui, o que era mais algumas horas?


Além disso, eu queria que ela experimentasse a única coisa
para qual eu a trouxe aqui para fazer.

— Vamos. — Eu peguei a mão dela e ajudei nós a


levantar aos nossos pés.

— Eu acho que é hora do evento principal.

— Evento principal? — Seu sorriso era curioso com uma


pitada de emoção ansiosa.

— Qual é o evento principal?


Eu apontei para as luzes atrás de nós, do outro lado da
faixa de mercado. À distância, o esboço iluminou uma roda
gigante girado lentamente. Sorrindo, eu abaixei minha boca
para sua orelha.

— Você está prestes a experimentar o seu primeiro


parque de diversões, Dra. Kavanagh.

Seus belos lábios entreabertos com admiração. As luzes


coloridas do parque de diversões refletiam em seus olhos
deslumbrados. Virando para mim, ela gaguejou.

— Mas como é que você sabe que eu nunca...

Maldição, ela não deve se lembrar de nada da conversa


bêbada que tivemos juntos, o que foi também extremamente
ruim, porque eu não poderia esquecer um só detalhe do
mesmo.

Erguendo os dedos atados com meu para minha boca,


eu beijei seus dedos levemente e pisquei.

— É um velho truque que aprendi com a minha


professora de literatura.
CAPÍTULO
DEZENOVE

“O amor é como o vento, você não pode ver, mas você pode

sentir”

- Nicholas Sparks Um Amor Para Recordar

NOEL

Ela adorou. Aspen não disse nada em voz alta, mas


tudo o que eu tinha que fazer era ver as expressões em seu
rosto para saber que toda a experiência a emocionou.

— Oh meu Deus. Veja. Eles realmente vendem


algodão doce em parques. Eu pensei que poderia ser apenas
um daqueles clichês de filmes.

Quando ela puxou minha mão, ela correu para o


carrinho de algodão, eu senti como um cara, sendo arrastado
em toda parte pelo meu animal de estimação animado. Eu ri
e me apressei para manter o ritmo. Ela estava tão adorável,
deixando livre a criança interior. Quando ela ordenou uma
bola grande do algodão doce rosa, eu tive uma Coca-Cola,
porque eu sabia que ela ia precisar de uma bebida em breve.

— Oh, hummm. — Ela bateu os lábios após o primeiro


gosto e franziu o nariz.

— Eu não sabia que ele iria derreter assim que bater na


minha língua. Mas, uau, é realmente puro açúcar, misturado
em uma bola macia, não é?

— Aqui. — Eu entreguei a bebida e ela me deu um grato


obrigado antes arrebatando e sugando para baixo a metade
do conteúdo.

Ela comeu o algodão doce muito mais lento depois disso,


e juntos, nós vimos os stands do parque, assistindo a um
curto espetáculo de marionetes, antes de outro vendedor
gritar para nós, persuadindo a tentar o arremesso bola.

Aspen me cutucou nas costelas.

— Vamos, Sr. Quarterback. — Ela brincou.

— Por que você não nos mostra o que você tem?

— Ei, você é a atiradora de bola campeã agora, e teve


um dia inteiro de prática. Por que você não tenta?

— Ooh. — O fornecedor nos olhava com prazer.

— Eu cheiro um desafio. Vocês dois querem ir cabeça a


cabeça?

Então, nós fizemos o jogar bola. Eu chutei a bunda dela,


é claro, e ela me chamou um mau vencedor.
Quando o vendedor me parabenizou e empurrou um
coelhinho de pelúcia azul com orelhas cor de rosa no meu
peito, eu olhava para ele como se ele tivesse perdido a cabeça.

Aspen segurou sua barriga e riu ainda mais.

— Aww. Vocês dois parecem tão fofos juntos. E olha,


quase a mesma cor de sua pele como seus olhos. Eu acho
que é um par feito no céu.

— Ok, espertinha. É melhor pegar essa coisa porque eu


tenho certeza que não vou carregar.

Quando eu empurrei para ela, ela olhou para ele como


se ele tivesse raiva.

— Mas... Eu nunca tive um bicho de pelúcia antes.

Seus braços se atrapalharam para não deixar cair no


chão quando eu deixar ele nos braços dela.

— Nunca é tarde para começar, — eu disse, sentindo


convencido de que consegui dar a ela o coelho, sem ser
sentimental sobre ele.

Ela ainda parecia completamente aturdida.

— Mas o que eu faço com ele?

— Sei lá. Jogue em sua cama com todas aquelas


almofadas que você tem.

— Bem... — ela ainda atuou indecisa, mas eu podia ver


o desejo nos olhos dela. A menina queria seu bicho de
pelúcia. Por fim, ela cedeu com um tranquilo, sentido,
— Obrigada. — Ela piscou e jurei a Deus, que ela deixou
cair uma lágrima, eu queria arrasta-la para o primeiro lugar
escuro e tranquilo e beijá-la sem sentido.

Mas, realmente, que tipo de pais sem coração não dão


ao seu filho um bicho de pelúcia? Até o meu show de
horrores de mãe jogou, um urso de pelúcia sujo que foi
atacado pelo cão com uma orelha arrancada, para mim num
Natal.

Precisando afastar de qualquer coisa emocional, eu


puxei sua mão.

— É isso aí. Tempo para levá-la para os passeios e ver o


quão resistente o seu estômago está.

— Oh, eu não... Não, está tudo bem. — Olhos


arregalados, expressão imediatamente desconfiada, ela
balançou a cabeça e resistiu minha liderança.

— O Quê? Você não está com medo, esta? Não se


preocupe. Vamos começar fácil. O que acha da roda-gigante?

— A roda gigante? — Seus olhos se arregalaram ainda


mais.

— Mas essa é a maior, a coisa mais alta em todo o


parque.

— Oh vamos lá. Você tem que experimentar pelo menos


uma vez.

Foi surpreendentemente fácil convencê-la; Eu acho que


ela secretamente queria ir, mas estava nervosa. Depois de
comprar os bilhetes, nós entramos na fila atrás de um grupo
de crianças. Nós éramos de longe as duas pessoas mais
velhas à espera para embarcar.

Inclinando para mim, Aspen murmurou:

— Isso é bobagem. Vamos embora.

— Não. Você não sentirá medo comigo. — Eu apertei sua


mão, mantendo perto quando eu olhava para a roda-gigante
como ela abrandou para deixar um par de meninas rindo
sair.

Ela imediatamente endureceu, e eu vi um pouco da sua


imagem de professora em suas feições. Era tão quente.

— Eu não estou com medo. Estou...

— Com medo. — Eu sorri presunçosamente, desafiando


ela a me contradizer.

— Tudo bem, — ela retrucou, indo ao passeio.

— Vamos continuar o passeio de roda-gigante, então.

— Bom, — eu cuspi de volta.

— Porque é a nossa vez de subir.

— O que? - Seus dedos apertaram em torno de meu


quando ela choramingou.

— Oh, Deus. Noel, espere.

Puxando, eu ajudei ela subir no banco que o cara estava


segurando aberto para nós antes de eu pular ao lado dela.
Ela parecia tão nervosa, os dedos enrolados em torno da
barra de segurança até que os ossos em seus dedos picavam
através de sua pele.
Precisando distraí-la, eu cruzei meu cotovelo com o dela.

— Você sabe, o primeiro beijo que eu tive, aconteceu no


topo de uma roda-gigante.

Aspen virou os olhos arregalados para mim.

— Como foi?

Fiz um gesto indicando que foi mais ou menos.

— Molhado e desleixado. Estávamos ambos muito


desajeitados, mas, em seguida, tínhamos apenas oito. — Eu
estremeci.

— E seus pais viram a coisa toda. Eles a arrastaram


assim que desembarcou, castigando por ir a qualquer lugar
perto do garoto Gamble desagradável. — Com um suspiro, eu
dei de ombros.

— Ela nunca conversou comigo na escola de novo.

Quando eu notei Aspen estava me dando um olhar


estranho, eu perguntei.

— O que?

Os cantos dos lábios dela se agitaram com um sorriso.

— Eu realmente quis dizer, como foi o passeio.

— Oh. Bem... — Assim como nosso carrinho empurrou


em movimento e fomos levantado no ar, eu estendi a mão
para cobrir sua mão.

— É hora de descobrir.

Ela respirou fundo e se inclinou para mim. Quando a


roda parou para deixar mais pessoas subirem, Aspen engoliu
audivelmente e inclinou para olhar para fora, tudo o que
poderíamos ver a partir desta altura.

— Uau.

— Eu sei. — Eu não conseguia tirar os olhos dela.

— Incrível, não é?

— Eu acho... Eu acho... Que é o mais belo pôr do sol


que eu já vi. — Lágrimas brilhavam em seus olhos e não
havia nenhuma maneira de eu não fazer nada.

Inclinando, eu pressionei um breve beijo educado em


sua bochecha. Conforme eu puxei de volta, Aspen tocou sua
pele úmida com dois dedos e olhou para mim.

Sentindo mais autoconsciente após este pequeno beijo


que todos os beijos aquecidos, de boca aberta que tinha
compartilhado antes, eu limpei a garganta e tentei minimizar.

— O quê? É uma tradição para mim. E seus pais não


estão aqui para levá-la embora depois, então... Por que não?

Seus lábios se levantaram em um sorriso, e eu soltei um


suspiro aliviado, contente por ela não estar chateada.

Passamos o resto da viagem num contentamento calmo,


tendo a reflexão do pôr do sol fora na água do rio abaixo.

— Ok, isso foi divertido, — ela admitiu uma vez os


nossos pés estavam de volta em terra firme.

— Você não está feliz que eu fiz você experimentar?

Levantando o queixo, ela apertou os lábios como se


manter em um sorriso, mas eu vi isso de qualquer maneira.
— Sim. Sim, estou.

— E agora? Carrinhos de bate-bate. O Scrambler?

— Eu tenho uma ideia melhor. — Agarrando minha


mão, ela começou. Segui, encantado por isto, o lado ansioso e
despreocupado dela.

Quando passamos por uma tenda, ela se esquivou


direito, nos levando para um lado tranquilo, um local
sombreado ao lado dele, apertando entre lona e a cabana
passando um show de marionetes.

— O que...

Ela parou abruptamente e me encarou. Foi quando eu


percebi... Oh, merda.

A minha pele ondulava zumbindo com energia. Recusei


a reagir. Eu prometi a ela que eu não tentaria alguma coisa
desagradável. Mas eu nunca disse que não podia. E,
obviamente, ela queria.

Ela levantou a mão, e eu prendi a respiração. Mas, em


seguida, as pontas dos dedos mal arranharam meu rosto, e
ar assobiou dos meus pulmões, incapaz de ficar dentro. Eu
serrei os dentes e não respirei.

Ela não disse uma palavra. Eu também não. Passando


a mão sobre, ela passou os nós dos dedos até minha
mandíbula e sobre as minhas costeletas curtas. Quando eles
vasculharam meu cabelo, eu fechei os olhos e inclinei a
cabeça para que ela pudesse me alcançar.
— Aspen. — O nome dela saiu de meus lábios. Meu
corpo estava tão excitado eu só sabia que eu veria faíscas
elétricas acendendo se eu abrisse meus cílios.

— Você não vai me tocar de volta? — Sua voz estava


rouca, ela estava tão ligada como eu estava.

— Você está me pedindo para fazer? Porque eu prometi


que não iria.

Sua respiração aquecia meus lábios. Porra, ela estava


bem ali.

— Noel, — ela sussurrou. Abri os olhos quando ela


acrescentou:

— Me toque.

A boca dela encontrou a minha, e eu senti a vibração


através de todo o comprimento do meu pau. Eu endureci no
meu jeans, os lábios entreabertos e a língua quente e úmida
se lançou para frente sem cautela.

Ofegante, eu segurava o rosto e inclinei seu queixo até


que ela estava seguindo o meu exemplo, apertando meus
braços e esticando nas pontas dos pés para pressionar contra
mim. Ela tinha gosto de algodão doce e coca-cola.
Empurrando meus quadris contra sua suavidade, tentei
aliviar um pouco a latejar insistente.

— Deus, você sabe beijar. — Ela estava dirigindo a


minha boca louca com a sua tímida, exploração curiosa.

Ela se afastou a ofegando contra a minha garganta.


— Eu sei? — Desde que ela não soava como se ela
acreditou em mim, eu pensei que tinha acabado de mostrar a
ela.

— O que você acha? — Voltei minha boca na dela e


levou as coisas um pouco mais profundas. Ela parecia
ansiosa para ir onde eu a levei, as mãos alisaram sobre meu
peito, ao longo de meus braços, em meu cabelo...

— Jesus. — Eu parei para tomar fôlego.

Meu suspiro agitou seu cabelo. Ela estremeceu e me


abraçou, então passei meus braços em torno dela. Nos
abraçamos com a música da roda-gigante derramando sobre
nós e uma brisa fresca do sol poente escovado passado. O
cheiro de pipoca e cachorro quente tornou quase surreal, mas
nós estávamos realmente aqui, realmente fazendo isso, um
jogador de futebol da faculdade e sua professora de literatura
confraternizando.

Eu descansei minha boca contra sua têmpora e a beijei.

— Estou nessa, se você estiver, Aspen. Sei que temos


muito a perder. Mas eu acredito plenamente que temos mais
a ganhar se começarmos algo. Então, cabe a você decidir.
Você tem que tomar a decisão final.
CAPÍTULO
VINTE

“Os povos irritados nem sempre são sábios

- Jane Austen, Orgulho e Preconceito

Mas...

Até o tolo aprende alguma coisa, uma vez que o atinge”

- Homer, Ilíada

ASPEN

Eu não vi, falei ou ouvi sobre Noel em três dias,


não desde que ele me levou para casa do parque, me
acompanhou até minha porta, e me beijou sem sentido na
minha varanda. Eu acho que ele falou sério quando me disse
que o próximo passo era completo e totalmente meu, o que
me assustou muito.
A coisa mais inteligente a fazer era ficar longe. Eu sabia
que minha cabeça estava a prêmio. Mas meu corpo
simplesmente não entendia, e acho que meu coração não
entendeu também. Eu estava inquieta durante todo o dia de
domingo e segunda-feira. Eu me mantinha verificando meu
telefone para ver se perdi uma chamada. Eu ficava olhando
pela janela da sala para ver se alguém estava andando até
minha porta da frente. No trabalho, eu virava a atenção no
meu escritório cada vez que ouvia passos no corredor. Mas
não era Noel, ou qualquer estudante ou um professor, parado
à minha porta.

Hoje, porém... Hoje eu iria vê-lo. Em aula. Eu estava tão


nervosa relaxar era impossível.

Todas as minhas aulas ocorrem no Salão Morella, exceto


uma, um curso de literatura inicial que eu ensino a distância,
através de telenet para um colégio da comunidade local. Eu
tinha que atravessar a rua e andar meia quadra até a
biblioteca do campus, que tinha sistema de transmissão de
vídeo para o departamento de Inglês no campus.

Assim que eu estava terminando isso, eu tinha dez


minutos para voltar ao Morella para a aula de Literatura
americana moderna de Noel.

Ansiosa para vê-lo, eu me apressei a sair da biblioteca,


quase correndo. Eu sabia que eu não poderia dizer a ele que
queria começar um relacionamento, mas isso não significava
que eu não estava tendo alguns pensamentos graves. Eu
precisava resolver isto com Noel... Em breve.
Então, eu o vi, quando estava chegando no Morella, ele
inclinou um ombro contra a parede de costas para mim e
com seu telefone celular pressionado em sua orelha, tudo
dentro de mim disparou.

Eu comecei ir a sua direção para que ele pudesse me ver


passar... Até que eu ouvi o que ele estava dizendo.

— Shh, querida. Se acalme e diga o que há de errado?

A preocupação em sua voz e o nome carinhoso que


usou me fez parar. Uma espessa camada de ciúme tinha
gosto ácido na minha língua. Quem era querida, e por que ele
parece tão preocupado com ela?

Foi quando ele sussurrou.

— Grávida? Você está grávida? Como você pode ser...


Jesus Cristo. Mas você disse

Grávida.

Meus ouvidos ficam com uma dor oca eu não conseguia


nem me prepara contra. Mas ele deixou uma garota grávida?
Eu não podia... Este foi apenas... Não.

— Pode parar, tudo bem, — ele rosnou no telefone.

— Você pode se desculpar pra sempre, mas isso não vai


mudar o fato de que vai ser uma... Jesus, como vamos
manter um bebê? Puta merda.

Ele empurrou a mão sobre a parte de trás de sua


cabeça, os dedos tremendo.

— Pare. Pare de chorar agora. Você se meteu nisto. E


agora nós vamos pagar. Porra. Eu não posso... Eu não
posso... — apenas suspirou cansado, e massageou as
têmporas quando inclinou a cabeça para trás.

— Eu não posso falar sobre isso agora. Eu tenho que ir


para a aula. Não... Não... Droga, não! Eu te ligo mais tarde.

Ele desligou e enfiou o telefone no bolso. Olhando para


a direita como se tendo certeza de que ninguém ouviu, ele
não se incomodou em olhar para a esquerda, ou ele teria me
visto sem me mover, olhando diretamente para ele com o meu
coração quebrando em pedaços.

A dor de saber que ele engravidou alguém me quebrou


até que uma nova raiva aumentou. Ele rude com aquela
pobre garota. Ela estava chorando e se desculpando, e
provavelmente com medo e ele gritou com ela, a repreendeu,
a fez se sentir uma merda.

É um babaca total. Minha decepção se levantou em


minha garganta. Eu não podia acreditar que eu estava
interessada neste homem, pensando que ele era nobre e bom.

Enrolando minhas mãos em punhos, eu queria bater


nele, e ferir da mesma forma que ele me machucou. Porra, da
mesma forma que feriu sua querida. Mas, por agora, eu tinha
que ir para a aula também.

Depois de andar para o minha sala, estabeleci a minha


mala na minha mesa com força suficiente para fazer uma
estudante na fila da frente que estava deitado com a cabeça
sobre a mesa saltar e sentar. Merda, eu precisava me acalmar
antes que fizesse algo estúpido.
Mais fácil dizer, do que fazer, porque Noel entrou na
sala, um segundo depois, inflamando cada nervo irritado no
meu sistema. Olhei para ele, e ele encontrou meu olhar. Ele
parecia muito solene e grave, e me perguntei se ele
confessaria tudo para mim. Mas, em seguida, seus lábios
tremeram como se ele estivesse tentando forçá-los a sorrir
para o meu benefício, mas não conseguia fazer o trabalho.
Todo o tempo, seus olhos permaneceram encapuzado e
conturbado.

Quando ele passou, virou um pedaço de papel dobrado


para mim. Ele caiu perfeitamente na minha mala fechada. Ele
nem abrandou o seu ritmo quando continuou e encontrou
um lugar na parte de trás da sala.

Pensando que ele pediria para encontrá-lo em algum


lugar para me dizer o que aconteceu, eu alcancei o papel com
as mãos trêmulas e desdobrei. Mas era apenas mais uma
nota para minha coleção. E, uma citação alegre feliz com isso.

“Um sorriso é uma curva que define tudo em linha reta”

- Phyllis Diller

Eu fiz uma careta, a reta dos meus lábios mostrando


que tudo não estava de fato em linha reta.

Como ele se atreve? Depois do que ele acabou de fazer


para a outra menina, depois do que ele acabou de descobrir...
Como ele ousa tentar alguma coisa comigo? Horrível, não é
bom, podre, bastardo.

Abrindo minha pasta, eu deslizei minha pilha de notas.


O sangue fervia em minhas veias conforme eu folheava sem
uma pista sobre o que eu estava realmente olhando. Então,
calmamente, eu fui à frente da sala, minhas mãos enrolando
em torno das notas enquanto eu observava banco após banco
até que parecia que todos estavam presentes.

Noel sentou baixo em sua cadeira, de olhos fechados, e


seu rosto em suas mãos quando ele apoiou os cotovelos sobre
a mesa. Era mais do que óbvio que a notícia da sua
paternidade estava incomodando. Bem, eu decidi que
claramente não era o suficiente para ele se preocupar.

Arrumando minhas anotações de volta na minha pasta,


eu fechei e deixei as mãos em cima.

— Na obra de Nathaniel Hawthorne, A Letra Escarlate,


— eu comecei, com meu queixo alto,

— a protagonista, Hester Prynne, tem que usar uma


letra vermelha "A" em suas roupas para mostrar a todos que
ela cometeu adultério e teve um filho fora do casamento. Ela
virou uma pária para o resto de sua vida. Enquanto seu
amante, que cometeu o mesmo ato, saiu impune, porque ela
se recusou a nomeá-lo. Mas mesmo que ele viveu uma vida
de boa reputação, ele acabou louco e morreu de culpa. Sr.
Gamble. — Eu levantei minha voz e lancei um olhar duro.

— Qual você acha que é pior?


Sua cabeça levantou de onde ele obviamente não estava
prestando atenção em tudo o que eu acabei de dizer. Olhos
devastados com tormento, ele resmungou:

— O que? — Então ele olhou em volta e para mim.

— Desculpa, o que?

— A Letra Escarlate, — eu o lembrei.

— Nathaniel Hawthorne. A mulher dorme com seu


ministro e fica grávida. Ela foi publicamente desprezada por
três horas, em seguida, jogada na cadeia, e depois forçada a
usar a letra "A" para mostrar sua vergonha a todos para o
resto de sua vida. O seu amante. O ministro local que ela se
recusou a indiciar fica com uma reputação limpa, mas não
pode lidar com toda a culpa. Então... Qual personagem você
acha que era pior? Você prefere todos saibam o que você fez e
te odeie por isso, mas acabar com uma consciência bastante
limpa? Ou você prefere esconder e deixar apodrecer, onde
você sempre está preocupado que isso venha à luz, e ter
sempre vergonha de saber que outra pessoa paga para crime
que você cometeu?

Seu rosto perdeu toda a cor como sua boca se abriu.


Mas ele não tinha nada a dizer. Ele olhou para mim uns bons
vinte segundos e tormento encheu seus olhos, antes que ele
piscou rapidamente e balançou a cabeça.

— Eu... Eu pensei que estávamos em Tennessee


Williams hoje?

Em torno de nós, a classe riu, e meu rosto ficou


vermelho de vergonha. Meu Deus. O que eu estava fazendo?
Isso tinha que ser a coisa menos profissional, e mais imatura
que eu já fiz. Se eu estava chateada com Noel por alguma
coisa, jogar sobre ele na sala de aula foi a pior coisa que eu
poderia fazer. Me sentindo mal do estômago com a minha
própria vergonha, eu olhei para longe e trouxe a palma da
minha mão à boca enquanto eu tentava puxar a minha
dignidade de volta em torno de mim.

Não funcionou. Respirando fundo, eu levantei meu


rosto, tentando não gritar.

— Muito bem, Sr. Gamble, — eu disse, com minha voz


rouca de emoção. Eu balancei a cabeça uma vez.

— Eu acho que você estava prestando atenção depois de


tudo.

Embora todo mundo soltasse uma risada divertida, Noel


só ficava olhando para mim como se eu o tivesse
traído. Ainda muito abalada para continuar classe, eu falei
sob a minha mão.

— Eu ainda espero que todos vocês tenham The Glass


Menagerie concluída até o final da próxima semana. Então,
hoje, estou dando o resto da hora para encontrar um canto
tranquilo agradável para ler. Nós vamos continuar nossas
discussões em sala de aula na quinta-feira.

Para uma batida, ninguém se moveu como se achassem


que eu estava brincando com eles. Eu não era um daqueles
professores que deixam a classe sair cedo, mas hoje, não
havia nenhuma maneira que eu poderia ficar aqui uma hora.
Sem me importar em esperar por eles, eu puxei a
minha maleta e fui em direção à saída. Atrás de mim, ouvi,
finalmente, eles começar a recolher suas coisas, mas eu não
esperei em sala como eu costumava fazer. Como o ministro
de Hawthorne, eu tive a minha própria culpa para nutrir.
CAPÍTULO
VINTE E UM

“Eles caíram bruscamente em uma intimidade, a partir do


qual nunca se recuperaram.”

- F. Scott Fitzgerald, Este Lado do Paraíso

NOEL

O que aconteceu?

Eu já estava com um humor de merda. A ligação


que recebi virou meu mundo de cabeça para baixo.

Eu acordei esta manhã, pensando em ser o aluno


perfeito na sala de Aspen, ser brincalhão e bonito e merda
para que ela parasse de me resistir. Eu mesmo encontrei as
citações perfeitas para fazê-la sorrir. Mas, em seguida, todo o
inferno se solta, e tomei tudo o que eu tinha que até mesmo
olhar para ela em toda sua glória deslumbrante enquanto
minhas entranhas sentiram como se estivessem sendo
empurradas em direção minhas amígdalas.

Ela chamou meu nome enquanto eu estava no


meio de deliberar se eu deveria ir para casa e tentar ajudar a
limpar um pouco da bagunça que minha irmã fez. Mas Jesus,
como criariamos outra criança nesse lugar? Caroline teria
dezoito em breve. Talvez eu pudesse trazê-la para Ellamore
comigo. Exceto a ideia de deixar Colton e Brandt sozinho me
fez estremecer.

Então Aspen aconteceu. Eu não tenho ideia o que


mudou entre sábado à noite e esta manhã, mas esta não era
a mulher que eu beijei em sua varanda. Aquela mulher era
quente e receptiva e poderia me pôr em meus joelhos com o
seu sorriso. Mas esta mulher... Porra, eu não sei. Mas eu
descobriria o que estava fodendo com ela.

Como ela correu da sala logo que ela nos dispensou,


peguei minhas coisas e seguiu em perseguição.

— Hey! — Eu chamei.

Mas ainda havia muitas pessoas ao redor. Eu não tinha


certeza se ela me ignorou por causa do decoro ou porque ela
estava apenas chateada. Apertando minha mandíbula, eu
segui. Ela foi por uma escada que levava ao andar superior,
onde os escritórios estavam. Nós deixamos os alunos atrás e
assim que chegamos ao patamar, eu agarrei o braço dela.

Ela se virou, olhando para mim. Então eu olhei para


trás e abri a primeira porta que eu vi. Ele terminou por ser
um armário de abastecimento. Perfeito. Eu empurrei para
dentro.

— O que você pensa que está fazendo? Me solte.

Depois de certificar que estávamos bem e trancados


dentro, eu falei lentamente.

— Vamos falar sobre isso.

— Eu disse, tire as mãos de mim! — Ofegante, ela torceu


o cotovelo para fora meu aperto. Eu cerrei os dentes.

— Cristo, o que está acontecendo com você? Por que


você está de repente tão chateada? Sábado à noite…

— Não! Como você ousa mencionar sábado a mim? —


Ela empurrou contra o meu peito.

— Mesmo a ideia de que você entrar em minha classe


com sua pequena nota carinhosa poucos minutos depois de
ouvir que você será pai me enoja.

— Pai? — Eu dei um passo para trás e corri para a


porta.

— O que você quer dizer?

— Sim! Pai. — Seus olhos verdes dispararam punhais


odiosos pouco antes de se encher de dor.

— Eu ouvi você falando com aquela pobre garota no


telefone, gritando com ela. Jesus, Noel. Como você pode
tratá-la dessa maneira? Você é tão responsável por isso como
ela é, mas você não parece ter um pingo de remorso ou…
— Ok, pare por ai mesmo. — Eu levantei minhas mãos,
olhando para ela.

— Talvez você deva saber todos os fatos antes de me


atacar. — Eu bufei uma risada amarga.

— Jesus. Sua fé em mim é incrível. Não posso acreditar


que você automaticamente pensou que era o meu filho.

— Bem, você parecia muito irritado que você teria que


cuidar dele, falando sobre como muito mais difícil que isso ia
fazer a sua vida. Por que eu não acho que é seu?

— Bem, me desculpe desapontá-la, mas eu não estou


em incesto. Essa era a minha irmã de dezessete anos de
idade, Caroline, e sim, eu estava furioso ao saber que ela está
grávida. Eu também estou bastante certo de que pai do bebê
não vai estar lá para ela, então eu vou ter que ajudar a cuidar
dele e isso vai tornar nossa vida muito mais difícil de lidar.

— Oh, — ela respirou bruscamente. O pedido de


desculpas foi exposto em seus olhos, mas ela não pediu
perdão.

— EU...

Quando ela não poderia mesmo dizer que lamenta, eu


bufei.

— Isso é simplesmente ótimo. — Enfiando minhas mãos


pelo meu cabelo, eu virei longe, mas não podia sequer pisar
um pé dela; o armário era muito pequeno para escapar. Eu
me senti mal do estômago.
— Eu não posso acreditar que estou caindo tão difícil
por você que estou disposto a arriscar a escola, minha
família, meu futuro todo e você ainda acha que eu sou capaz
de brincar com você e outra garota. Porra, eu estava mesmo
disposto a tentar um relacionamento monogâmico,
comprometido com nenhum escrúpulo em absoluto, que eu
nunca sequer considerei antes.

Raiva me consumia, eu girei de volta para ela e apontou


um dedo em seu peito.

— Eu posso ter tido relações sexuais bêbado com


completas estranhas mais vezes do que posso contar, mas eu
nunca, nem uma vez, esqueci a proteção. Eu sou seguro,
entendeu? E se eu consegui engravidar uma garota, eu com
certeza não enviaria notas secretas de amor para minha
professora de Inglês maldita! Isso é perfeitamente claro?

Seus olhos verdes eram tão grandes que eu poderia ver


cada pensamento de remorso em seu interior.

— Sim, — ela sussurrou. Então, o rosto amassado.

— Sinto muito. Eu sinto muito. Por que eu continuo


julgando você errado?

— Eu sei. — Eu cerrei os dentes e a olhei.

— Eu percebo totalmente essa coisa entre nós está


condenada, tudo bem. Eu sei que nós não podemos... — Eu
fechei os olhos e inclino a cabeça.

— Não podemos ter uma chance, mas eu não consigo


parar de pensar em você. Eu não posso parar o desejo que
compartilhamos. É tão forte porra, eu estive disposto a...
Deus, eu faria qualquer coisa por pequenos pedaços
roubados de você, Aspen. Mas se você pode facilmente
assumir que eu sou... Cristo, se você não se sentir da mesma
forma sobre mim…

— Eu faço. Eu sinto o mesmo.

— Então prove, caramba, você. Mostre que estou


arriscando tudo por uma razão. Porque, agora…

Lábios quentes colidiram com o meu, me cortando.


Aspen agarrou meu rosto e levantou nas pontas dos pés,
pressionando contra mim e deixando nós juntos como duas
metades de um todo inseparável.

— Eu faço. Eu juro, — ela respondeu asperamente


contra a minha boca entre beijos.

— Eu sinto o mesmo. Exatamente o mesmo. Por Favor.


Por Favor. Sinto muito. Eu sinto isso também. Eu só estou
com medo e…

— Eu também — Eu literalmente sacudi o medo, e um


pouco de raiva residual, bem como crescente luxúria. A
luxúria venceu. Transportando ela em meus braços, eu juntei
nossas bocas firmemente juntas.

Cada molécula do meu corpo inflamado. Com o calor


que me consumiu, meu cérebro entrou em curto e meu corpo
assumiu. Ou talvez não fez muito um curto, mas ele
definitivamente entrou em modo de homem das cavernas.

Minha.
Devo possuí-la.

Minhas palavras não chegaram até ela, então eu estava


compelido a apenas mostrar a Aspen o quanto ela me afetou.
Como ela era diferente de qualquer outra mulher. Eu tive que
de alguma forma cimentar o que começou assim, ela saberia
que isso não era apenas agitação.

Minha boca atacou a dela, forçando a abrir e me deixe


entrar, para aceitar cada parte de mim. Meus dedos presos
no rosto dela, prendendo no meu beijo. Virei em algum tipo
de louco, incapaz de obter o suficiente. O fato de que ela
estava tão frenética só para mim, alimentou a besta.

Sangue bombeado através das minhas veias como lava


correndo. Quente e explosivo. Incapaz de controlar minha
respiração, eu segurei ela no pequeno espaço de parede ao
lado da porta fechada. Mas isso não foi o suficiente para
qualquer um de nós. Não o suficiente. Ela subiu em mim, me
agarrando com as pernas quando ela grudou em volta da
minha cintura.

Puxo seus quadris contra mim e apertei duro. O jeito


que ela engasgou e arqueou para mim, jogando a cabeça para
trás e puxando em meus braços enquanto ela mordeu o lábio
inferior, era tão gostoso que eu quase gozei em minha calça
jeans.

Afundando meus dentes na base do pescoço, eu


empurrava contra esse calor eu queria me enterrar fundo.
Seus dedos no meu cabelo quase me deixando careca. A dor
foi tão quente que eu rosnei e peguei seu joelho, abrindo um
pouco mais amplo.

Antes de eu saber bem o que eu estava fazendo, minha


palma foi até a pele nua até que minha mão estava sob sua
saia. Porra, eu amei este saia. E sem meia-calça no meu
caminho, eu entrei em sua calcinha.

Ela estava molhada. Tão molhada. Para mim.

— Noel, — ela gemeu, contorcendo contra mim,


agarrando punhados de minha camisa e me puxando para
mais perto.

Eu empurrei um dedo dentro dela e nós dois soltamos


um som de abandono chocado.

— Oh, porra. Oh, merda, — eu respirei. Ela estava tão...

— Porra. — Eu cutuquei outro dedo e, droga, era tão


doce. Tão, porra doce.

Aspen bateu a cabeça contra a parede e fechou os olhos


com força. Seus lábios se separaram e ofegos e gemidos
rápidos explodiram dela, cada respiração arfante de seu
prazer. Ela era tão bonita que eu beijei seu pescoço. Meus
dedos bombeavam duro e rápido, eu quase gozei a cada vez
que fui profundo.

Quando meus lábios acariciaram a concha de sua


orelha, eu perguntei,

— Você sente isso? Você sente o que nós fazemos


juntos? Isso não é normal, Aspen. Somos uma força de porra
da natureza. Como podemos continuar lutando contra isso?
Como... Deus. Eu quero estar dentro de você tão ruim agora.

— Hã... — Isso pareceu ser seu ponto de inflexão. Ela


estremeceu e os músculos abraçando meus dedos
contraíram.

Chorando, ela gozou tão forte e rápido que me chocou.


Eu a beijei para abafar o som, meus dedos penetrados até
estarem ensopados e doídos. Ela me beijou de volta, e se
manteve a me beijar até que eu estava sem fôlego e com
tonturas.

Assim que seu corpo começou a acalmar, eu escorreguei


minha mão livre e lutei para abrir o primeiro botão da minha
calça jeans. Descuidado com a luxúria, eu não acho que
pensei no próximo passo. Eu só sabia que tinha que estar
dentro dela o mais rápido possível ou eu estaria gozando em
minha calça.

Quando ela correu para me ajudar, tentando encontrar


meu zíper e completamente a bordo com a minha ideia, eu a
deixei cuidar dessa parte para que eu pudesse embalar sua
bunda com as duas mãos e apertei um pouco mais contra a
parede. Suas pernas abertas, permitindo todo o acesso que
eu precisava, e com a saia franzida até a cintura para que eu
pudesse ver sua virilha com a calcinha ainda posta de lado
com meus dedos.

Os cachos escuros entre suas pernas estavam molhadas


e brilhantes. Minha boca encheu de água como eu peguei um
vislumbre, e meu pau pulsava em sua mão quando ela me
puxou da minha calça. Eu precisava disso tão mal. Eu
precisava dela.

Segurando na base, ela me guiou para sua entrada.


Nossas bochechas estavam juntas quando olhamos para
baixo, vendo nossos corpos se unir.

— Faça, — ela sussurrou, soando tão ansiosa quanto eu


me sentia.

Eu empurrei para frente.

Ela estava tão molhada. E quente. E oh, meu Deus do


caralho. A coisa mais apertada de sempre a tomar meu pênis.
Quando ela gemeu um som alto como se ela estava sentindo
dor, eu empurrei minha cabeça para cima para vê-la morder
o lábio e fechar os olhos. Eu me perguntava se talvez a
machuquei, porque, Cristo, ela estava tão confortável eu me
senti como eu dividir sua dor.

Em algum lugar na minha cabeça, eu sabia que deveria


parar por algum motivo, puxe para fora, vá mais devagar...
Alguma coisa. Havia várias razões para acabar com isso e
pensar sobre as coisas. Mas eu não podia me concentrar em
um único, porque, ela estava tão... Eu empurrei em um
pouco mais profundo, gemendo com a forma como ela
agarrou e apertou ainda mais em torno de mim.

— Está tudo bem, — eu disse a ela, em vez de perguntar


se ela estava realmente bem. Por que não perguntar? Eu não
tinha ideia. Então eu beijei seus cabelos e acariciei o lado de
seu pescoço enquanto segurava em sua bunda com um braço
e tirei apenas o suficiente para facilitar a volta.
— Você pode levá-lo, baby.

Na verdade, eu não estava tão certo que ela podia. Isto


foi... Foi... Intenso. Mas eu me fiz acreditar que sim, porque,
caramba, parar não era uma opção.

Quando eu bombeava novamente, ela fez outro som,


que eu não conseguia dizer se era dor ou prazer. Eu estava
tentando ir tão lento quanto possível, mesmo que eu tinha
que manter em movimento porque eu não poderia não apenas
mover.

— Noel, — ela choramingou, agarrando minha cabeça e


virando o rosto em direção ao meu pescoço. Sua respiração
no meu pescoço me fez inchar dentro dela.

— O que há de errado baby? Doeu?

— Não. Deus, não. — Ela gemeu e estremeceu.

— Isso é tão bom. Eu só... Eu preciso... Eu preciso... —


A maneira como ela se apertou em torno de mim e mexeu,
seu corpo exigindo mais, me tinha gemendo e movendo um
pouco mais rápido.

— Sim, — ela respirou seu suspiro um suspiro de ação


de graças.

— Mais Rápido. Mais duro. — E então ela me mordeu.


Ela louca me mordeu, à direita na jugular.

Daquele ponto em diante, eu era um caso perdido.

Eu a peguei contra a parede, crua e primitiva, sem


sensibilidade ou misericórdia. Cada impulso que apresentei
foi repleto de uma sede selvagem para mais. Nós atacamos
um ao outro, tocar e beijar, morder e lamber. Eu coloquei o
peito na minha mão, e afundei os dentes no seu seio, através
da blusa porque eu não poderia ter o tempo para tirar a
roupa. Eu precisava de tudo isso, agora.

Assim tão urgente como eu estava, Aspen prendeu meus


quadris entre suas coxas e enrolou as pernas em volta de
mim até as extremidades pontiagudas de seus saltos altos me
esfaquearem na bunda toda vez que eu puxava fora.

Quando ela gozou uma segunda vez, eu estava ali com


ela, inundando-a com tudo que eu tinha. Foi tão bom e certo
que eu estava enterrado tão profundo como poderia ir. Eu
quase desmaiei, eu estava feito. Flácido dentro dela, eu
enterrei meu nariz em seu cabelo e deixar a parede nos
apoiar tanto enquanto ele me levou um momento para
recuperar nem um pingo da minha força.

Eu não esperava que fosse assim tão poderoso.

— Jesus, — eu respirei, levando mais alguns segundos


apenas para obter meu ar de volta.

Eletrocutado de energia, eu aconchego contra ela, não


tenho certeza se eu estava tentando dar ou ter conforto. Eu
só sabia que eu amava compartilhar este momento com ela,
adorava aninhar em seu calor e inalar seu perfume.

Ela ficou quieta e complacente, e tão suave em meus


braços, eu acho que eu poderia ter mantido ela exatamente
assim para o resto da minha vida. Eu sussurrei seu nome,
porque eu precisava ouvir isso em voz alta. Então eu embalei
seu rosto com uma mão que não estava muito firme.
Eu queria dizer a ela... Tanto. Mas não havia palavras
para expressar o que ela acabou de fazer para mim, o que
acabamos de fazer juntos. Ele não podia comparar com o que
eu sempre imaginei.

Inclinando a cabeça em direção a mim, Aspen beijou


minha mão, então eu pressionei minha boca na sua garganta.
Quando ela enfiou os dedos no cabelo na parte de trás do
meu pescoço, eu levantei meu rosto.

— Você está bem?

Agora eu pergunto.

Se minha mente não foi ao inferno e voltou, eu poderia


ter me batido na cabeça e pedido desculpas por minha
estupidez, mas Aspen apenas riu. O som passou por mim,
fazendo meu pau exausto pulsar um último tremor dentro
dela.

Seus olhos vidrados se arregalaram, mas, em seguida,


esfregou o nariz contra o meu e fez um zumbido satisfeito no
fundo de sua garganta.

— Estou tão absolutamente bem, eu acho que poderia


viver com este bem para o resto da minha vida. — Sua voz
estava rouca e mais sensual. Ele acendeu mais um tremor de
mim.

Nós dois sorrimos, aquele sorriso feliz, pateta e beijamos


devagar, preguiçosamente, como se tivesse todo o tempo do
mundo. Algo se solta no meu peito. Todas as pressões e
preocupações, e desesperos em minha vida apenas meio que
flutuou para longe. Pela primeira vez em muito tempo, eu não
me importava com nada, apenas com este momento. Aspen
tinha tomado tudo fora.

Querendo agradecê-la pela felicidade, eu escorreguei


minha língua entre os lábios e acaricio sua boca. Ela era
tudo. Tudo que eu precisava. E o jeito que ela se agarrou a
mim e me acariciou me fez sentir querido e necessário em
troca. Nós éramos perfeitos um para o outro. Ela suspirou
meu nome, e eu sabia. Eu faria o que era humanamente
possível para esta mulher.

Não pensei imediatamente quando algo molhado e


quente escorria pela minha perna. Eu estava muito ocupado
flutuando em nosso momento, espantado que ela parecesse
ser tão feliz em nosso rescaldo como eu estava. Mas o que
quer que seja a merda escorrendo apenas continuou. Pisquei
algumas vezes antes que eu percebi...

Não usamos proteção.

E... Aqui chegou a porra da realidade, me chega com um


tapa na cara completo que diz ‘olha o que você acaba de fazer’
direta no rosto.

— Merda. — Eu puxei meus quadris para trás, puxando


para fora dela.

Ela engasgou com a separação repentina. Seus olhos


ainda estavam enevoados com paixão, vidrados e suaves, sua
expressão cheia de euforia e relaxamento total. Então ela
olhou para mim. Sobrancelhas arqueadas com confusão, ela
segurou meu rosto com uma mão macia.

— O que está errado?


Jesus. Onde começar?

ASPEN

Noel se encolheu quando eu toquei nele. Ele matou uma


parte de mim. Depois do que acabamos de fazer, o que nós
compartilhamos. Eu nunca senti nada parecido com ninguém
antes, como se já não fosse duas pessoas separadas, mas um
conjunto de ligação.

Rasgada ao meio pela sua pequena rejeição, eu comecei


a retirar a minha mão. Mas ele pegou meus dedos e apertou
com força. Seus olhos foram frenéticos, correndo em volta do
meu rosto como se ele estava com medo... De mim.

— Você está bem? — Ele perguntou, e sua respiração já


não era constante, mas vindo em rajadas curtas.

Eu balancei a cabeça, confusa. Ele tinha acabado de me


perguntar isso.

— É... É claro. Por Quê? O que está errado?

Eu estava flutuante, absolutamente alta. Nada poderia


superar as sensações vivas e abundantes dentro de mim.
Noel tinha razão; éramos uma força da natureza juntos.
Porque isso foi... Teve que ser melhor do que cada palavra
incrível em todo o dicionário. Eu não poderia mesmo
descrever…

Mas ele ainda parecia assustado. Não fazia sentido.


Como ele poderia estar com medo? Não havia nada a temer. A
vida era maravilhosa.

O medo diminuiu de seus olhos quando ele piscou e, em


seguida, ele soltou um suspiro como se forçando a controlar
suas emoções. Quando ele se inclinou e me afagou
ternamente, meus músculos relaxaram.

— Eu juro para você, Aspen, eu não estava mentindo


quando disse que nunca me esqueço. Eu não. Quer dizer, eu
nunca esqueci antes. Mas isso era... Uau. Merda. Não era
como qualquer coisa que eu já fiz antes. E você tem que
admitir que não foi totalmente planejado. E não estávamos
exatamente pensando racionalmente, e... Se eu estivesse
pensando direito na mente eu lembraria, então... Jesus, nós
provavelmente não teríamos feito qualquer coisa em primeiro
lugar.

Eu me afastei e olhei para ele com uma dobra em


minhas sobrancelhas. Mas o que ele estava falando? Ele se
encolheu no pedido de desculpas.

— Estou limpo. Você não tem que se preocupar com


isso. Eles se certificam disso, frequentemente, quando você
está no time de futebol.

Eu balancei a cabeça.

— Ok, — eu disse, ainda não pegando até que ele


acrescentou:
— E você, por acaso, toma a pílula?

A pílula?

O significado finalmente surgiu, e cada músculo do meu


corpo apertou. Por um momento, eu me senti como uma
idiota completa. Eu não tenho muita experiência nisso, mas
ainda assim... Eu li bastante e assisti e... Eu devia ter
percebido totalmente o que ele estava falando desde o início.
Eu tinha um PhD, pelo amor de Deus.

O que foi com as meninas inteligentes ficando estúpidas


sempre que um cara quente sorri para elas?

Atordoada que eu acabei de me colocar nesta situação,


e isso estava realmente acontecendo... Comigo... Eu comecei
a me afastar, necessitando de espaço para lidar com... Tudo.
Mas Noel apertou os braços em volta de mim.

Não é mais estável e reconfortante, sua voz tremeu um


pouco quando ele sussurrou,

— Aspen?

Ele acariciou o meu cabelo com as mãos, suspirou,


quando algo bateu contra a porta do armário de
abastecimento em que estávamos.

Eu gritei, e as pessoas do outro lado riram entre si, as


suas vozes abafadas encheram nosso espaço minúsculo, me
empurrando de volta ao presente com uma vingança
maliciosa, antes de eles mudaram de novo, obviamente, não
percebendo que estávamos lá dentro.
— Oh, meu Deus, — eu sussurrei, absolutamente
chocada. Fiquei de boca aberta. Eu tentei negar o que
aconteceu, mas eu não podia. Minha saia ainda estava
erguida até meu umbigo e algo molhado estava escorregando
para baixo no interior de minhas coxas.

— Não se desespere, — Noel ordenou com uma voz


suave, advertindo. Ele pegou meu braço. Eu gemi e empurrei,
em seguida, olhei boquiaberta para ele em horror absoluto.
Mas... Não se desespere? Ele era louco?

— Nós apenas...

Ele soltou um longo suspiro e assentiu.

— Sim. Eu sei.

— Na escola, — Eu assobiei, perdendo completamente a


calma.

— Oh meu Deus, oh meu Deus, oh meu Deus. —


Agitando minhas mãos, eu andei em círculo, porque não
havia outro lugar para ir neste armário apertado, e eu
certamente não poderia correr o risco de alguém me ver no
meu ‘só tive-o-melhor-Sexo-de-minha-vida’ olhar.

Percebendo como desorganizados minhas roupas ainda


estavam, eu arrumei de volta em ordem, empurrando minha
saia para baixo sobre minhas pernas e empurrando ao redor
até que o zíper estava de volta onde pertencia. Minha blusa
era um desastre, não havia nenhuma maneira de tirar as
rugas, mas eu tentei desesperadamente passá-la com as
minhas mãos.
— Eu não posso acreditar que eu só tive relações
sexuais com um estudante. Eu vou ser demitida antes
mesmo de conseguir voltar para o meu escritório. Ah Merda.
Droga. Meus pais vão descobrir, e provavelmente todos os
outros. — Olhos arregalados, eu olhei para ele.

— Oh, porra. Você é Noel Gamble. Isto definitivamente


vai fazer a notícia. Vai ser ainda maior do que o treinador
com a jogadora de voleibol. Meu Deus. Eu vou ser um
escândalo. Como posso ser um escândalo? Eu nunca levei
uma multa de estacionamento. Eu conduzo no limite de
velocidade e uso meu pisca para mudar de faixa. E desta vez,
a companhia telefônica devolveu muito dinheiro em minha
conta de telefone celular, mas eu vi o erro e devolvi a eles. Eu
Dei. Isto. Eu sempre faço a coisa certa. Eu nunca... Oh, meu
Deus. Esta é a pior coisa que eu já fiz. Eu não posso nem…

— Respire, — Noel ordenou, pegando meus ombros e


pressionando as costas contra a parede.

— Se acalme, tudo bem.

Eu desenhei uma respiração arfante, percebendo que


não respirei desde que comecei meu ataque de pânico. Eu
olhei nos olhos de Noel, em busca de segurança. Ele pareceu
calmo o suficiente por nós dois, então eu peguei o conforto
nele... Como um microssegundo. Mas então tudo isso me
bateu de novo.

— Seu treinador, — Eu engasguei.

— Oh, meu Deus, Noel. Seu treinador disse que iria


chutar qualquer jogador fora do time que fosse apanhado…
— Então, nós simplesmente não vamos ser pegos, —
Noel falou sobre mim, determinação iluminando seu olhar
enquanto ele cerrou os dentes.

— Mas...

Ele me beijou em silêncio. Áspera e rápida, mas


efetivamente me calou. Agarrando meu rosto em suas mãos,
ele me forçou a olhar para ele.

— O que fizemos foi incrível, — disse ele, como se


disposto a me fazer acreditar tão ferozmente como ele fez com
seu olhar sozinho.

— Foi só entre você e eu, e de mais ninguém. Eu sei que


você não vai me mostrar qualquer favoritismo na classe, e eu
com certeza não vou pedir. Eu vou trabalhar pra caramba
para ganhar qualquer nota que eu recebo. Podemos manter
os dois separados; isso é tudo que importa. E nós somos dois
adultos consentindo que…

— Que só fez isso no armário como um par de


adolescentes irresponsáveis, sem qualquer proteção. Meu
Deus. Eu tenho que ser algum tipo de modelo para todas as
meninas no campus. Que tipo de mensagem que isso envia?
Droga, Noel, você sabe que isso é errado. Isso nunca pode
acontecer novamente, não que isso importe. Nós vamos ser
pego, logo que abrir esta porta, e tudo vai ser mais, de
qualquer maneira.

Ele balançou a cabeça com insistência. Naquele


momento, eu não tinha certeza se eu já conheci uma pessoa
mais teimosa em minha vida.
— Olha tudo bem, a coisa do preservativo foi sim, um
erro. Eu vou admitir isso. Nenhum de nós estava pensando.
As coisas aconteceram. Mas aconteceu, e nós não podemos
desfazê-lo. Então vamos... Vamos lidar com as consequências
se houver alguma. E nós não vamos ficar presos aqui
também. Vamos esperar até que todos se estabeleçam nas
classes. E nós podemos escorregar para fora após…

— Mas eu tenho outra classe para ensinar. — Oh, Deus.


Basta dizer em voz alta que fez isto muito mais real. E
horrível.

Eu acabei de ter sexo duro e sujo, no campus, com um


dos meus alunos, e eu tinha outra classe para ensinar em...
Merda, 20 minutos. Minhas mãos começaram a tremer. Eu
era uma dessas mulheres agora. Não parecia real.

Noel engasgou um som de dor e sua expressão se


desintegrou quando ele estendeu a mão para o meu rosto.

— Jesus, não chore. — Quando ele limpou a umidade


do meu rosto, eu percebi que já estava.

Um soluço trabalhou até minha garganta, e eu estremeci


de medo.

— Não. — Ele me puxou contra ele, minha testa batendo


duro contra sua clavícula.

— Eu sinto muito. — Seus dedos afundaram no meu


cabelo e esfregou o meu couro cabeludo.
— Eu perdi minha mente e antes que eu percebesse, eu
estava dentro de você. Sinto muito, Aspen. Eu vou fazer isso
direito. Eu juro.

Eu deixei suas palavras me acalmarem. Eu mesma


descansei minha bochecha em seu peito até que ele parecia
satisfeito que eu estava bem. Então eu o deixei abrir a porta e
verificar o corredor. Ele pegou minha mão e me levou do
armário de abastecimento abafado que agora cheirava a nós.
Mas assim como nós saímos, eu balancei meus dedos longe
dele.

Ele olhou para mim como se quisesse discutir sobre


isso. Eu sabia que ele queria que eu o seguisse para que
pudéssemos ir para outro lugar juntos. Mas isso tinha que
parar por aqui. E ele deve ter visto algo em meu rosto,
dizendo que eu não ia a lugar nenhum com ele, porque ele
apertou a mandíbula, mas silenciosamente acenou a
aceitação.

Então, ele virou um caminho pelo corredor, e eu fui ao


outro, dizendo a mim mesma que isso nunca poderia
acontecer novamente. Não importa o quão incrível que tinha
sido, não importa o quanto eu amava estar com ele, não
importa o quão grande eu me sentia só de olhar para ele, isso
nunca poderia acontecer... De novo.
CAPÍTULO
VINTE E
DOIS

“Eu quero saber tudo sobre você, então eu conto tudo sobre
mim mesmo” - Amy Hempel

NOEL

Dei 24 horas. Eu sabia que Aspen precisava de


tempo e espaço para pôr a cabeça em torno do que
aconteceu. Me matou dar este tempo a ela, mas eu fiz isso.
Apenas um dia. Eu sabia que não havia nenhuma maneira
que eu seria capaz de entrar em sua aula na quinta-feira e
vê-la ensinar sem implodir, então na quarta-feira à tarde,
estava além de grato que não tinha que trabalhar naquela
noite porque reorganixei os horários de trabalho. Eu
caminhei para sua casa assim que calculei que ela estaria em
casa.

Ela atendeu a porta, deixando a entrada aberta e


olhando para mim com seus grandes olhos de coruja,
adorável. Quando sua boca se abriu, dei um passo para
frente. Ela teve que ir para trás e puxou a porta mais aberta
para me deixar entrar, mas ela o fez, sem qualquer tipo de
luta. O choque pode ter impedido de tentar barrar o meu
caminho. Eu estava bem com isso, porque eu estava lá
dentro.

Fechando a porta atrás de mim, eu segurei seu olhar


chocado.

— Você parou de pirar?

Ela balançou a cabeça para trás e para frente.

— Não.

— Bem, estou cansado de esperar. — Colocando seu


rosto em minhas mãos, eu acrescentei,

— O que estamos fazendo é errado. Ser algo de uma só


vez é errado. Dizer que o que fizemos foi vergonhoso, errado e
sujo é errado. Foi o melhor sexo maldito da minha vida,
Aspen. Eu me senti conectado a você. Eu não estava apenas
ficando com uma garota aleatória, eu estava compartilhando
algo profundo e significativo... Com você. Eu não me importo
quantas políticas escolares nos dizem não. Eu estou dizendo
sim.

Ela respirou alto e balançou a cabeça.


— Por que você faz tão difícil para mim resistir a você?

Caramba, eu estava ganhando. Meus lábios curvaram


ao lado.

— Porque você quer dizer sim.

Ela chorou, sua vontade estava desmoronando dizendo.

— Isto vai acabar mal. — Ela se inclinou para frente e


bateu a testa contra meu peito.

— Talvez. — Meus braços voaram ao redor dela


enquanto eu beijava seu cabelo.

— Talvez não. — Então eu beijei seu rosto.

— Espero que não.

Olhando para mim, ela me mostrou toda a fé que ela


tinha em mim.

— Eu também.

Finalmente, beijei sua boca. Seus lábios tremeram sob o


meu, então eu aliviei a pressão até que ela era a única
avançando para mais.

Seus dedos se estabeleceram no meu cabelo. Eu andei


para trás para seu sofá e a coloco para baixo. Havia tanta
coisa que eu queria fazer, e tocar, e ver. Eu não fui capaz de
despi-la completamente, ou provar os mamilos ou beijar o
interior da coxa. Eu planejei corrigir tudo isso agora.

Mas tão logo que estávamos ambos na horizontal e eu


estava tirando lentamente a blusa por cima da cabeça, um
sinal sonoro saiu de algum lugar na parte de trás da
casa. Levantando minha cabeça em confusão absoluta, olhei
ao redor.

— O que é isso?

Sob mim, Aspen riu e bateu no meu cabelo com os


dedos, como se alisando de volta no lugar.

— Temporizador do forno. — Ela mexeu debaixo de mim


para me deixar saber o que ela queria.

Sentei, piscando para o conceito de um temporizador de


forno. Nada nunca tinha sido preparado no forno do meu
apartamento, e ele com certeza não ia ser, em casa. Eu tive
refeições caseiras algumas vezes quando a senhora vizinha de
três trailers para baixo tinha tido pena de nós, crianças e nos
convidou. Mas pensar em Aspen fazer uma refeição caseira
foi... Irreal.

— Comida, — eu disse estupidamente quando meu


estômago roncou feliz sobre a ideia.. Ela cozinhava também?
Isso era bom demais para ser verdade.

— O que nós comeremos?

— Nós? — Aspen arqueou a sobrancelha para mim


como ela se levantou e alisou sua camisa de volta no lugar.

— Eu não me lembro de convidar você para jantar?

— Oh, vamos lá. — Eu fui atrás dela e a arrastei para a


cozinha como um cachorrinho implorando.

— Eu sou um pobre, garoto de faculdade. Você


realmente vai negar esta cara? — Eu apontei meu lábio e
rebatidas franzidos cílios.
Quando ela olhou por cima e viu, ela riu.

— Oh meu Deus. Você é patético. Tá bom. Você pode


ficar para o jantar. Eu tenho muito.

Depois que ela desligou o timer, ela agarrou um


conjunto de almofadas quentes, mas eu peguei dela.

— Você está ferida. Eu vou fazer isso.

Ela franziu a testa.

— Ferida? O que você está falando?

— Seu braço, — eu a lembrei quando abri o forno.

— Caixa de livros caindo. Corte no ombro. Quinze


pontos. Toca um sino?

Sua mão escorregou para o ombro.

— Eu nem noto mais. Eles pararam de doer quando eu


puxo.

— Bem, isso é bom. Mas espere até que eles começam a


coçar. Depois que uma das amigas da minha mãe me colocou
no hospital uma vez, eu… oh, merda. Lasanha. Você fez
lasanha? — Ela piscou.

— Eu... — Balançando a cabeça, ela olhou para a


lasanha antes de voltar para mim.

— Sim, eu fiz lasanha. O que você estava dizendo sobre


ser colocado em um hospital? Quantos anos você tinha?

Eu meio que gostei da expressão feroz em seu rosto,


como se ela queria ir defender o meu passado. Eu acenei com
a mão.
— Oh, dez ou mais. O ponto é eu acabei com pontos, e
me irritou quando eles estavam prontos para sair porque eles
coçavam muito. Mas, sério, como você sabia que lasanha foi a
minha refeição favorita?

— Eu só desejava lasanha esta noite.

— Bem, você fez o suficiente para um exército. — Eu


puxei livre e coloquei sobre a placa aquecida que ela já tinha
colocado na bancada.

— Então, estou dizendo que seu subconsciente sabia


que eu estava chegando e sua telepatia disse para fazer isso.

Cruzando os braços sobre o peito, ela descansou seu


quadril contra o balcão enquanto ela me enfrentou.

— E eu estou dizendo que você é completamente


ridículo. — Ela balançou a cabeça, com os olhos brilhando.

— Você sabe, quando eu o vi pela primeira vez, eu não


tinha ideia de que você seria muito isso... Brincalhão.

Eu peguei a cintura dela e puxei contra mim.


Ancorando contra o balcão para que eu pudesse pressionar
dentro dela, eu abaixei o meu rosto e escovei meu nariz
contra o pescoço dela.

— Eu não tinha ideia sobre um monte de coisas sobre


você, então eu diria que estamos juntos a esse respeito. Você
não é nada como eu pensei que seria. Você é melhor.
Apenas... Muito melhor.

Quando agarrei a bainha de sua camisa e puxo sobre


sua cabeça, ela gritou de surpresa.
— Noel!

Eu sorri.

— O Quê? Acho que devemos comer de topless. — As


mãos dela foram para cobrir seu sutiã branco liso, mas eu
peguei seus pulsos.

— Não. — Minha voz era suave. Defendendo.

— Eu quero ver você.

Ouvi a dúvida. Seu corpo tremia contra o meu. Em


seguida, ela ergueu os olhos verdes brilhantes e confessou:

— Então eu quero ver você também.

Eu respirei aliviado.

— Feito. — Minha camisa estava fora meio segundo


mais tarde.

Com olhos arregalados, Aspen passou seu olhar sobre


mim com um olhar de reverência completa.

— Uau.

— Se sinta livre para tocar, — eu disse a ela.

— Porque eu pretendo.

Alisei meus dedos sobre os pontos negros feios em seu


ombro. Ela estremeceu e fechou os olhos, então eu continuei,
passando minha mão até que eu segurei a alça de seu sutiã.
Tirei e beijei o pedaço de pele que estava escondido. Beijando
até o peito já não coberto e chupei o mamilo. Lá, eu chupava,
fazendo gemer até que finalmente ela me empurrou para trás.
Ela enrolou sua mão ao redor da parte de trás do meu
pescoço, e se agarrou a mim enquanto eu puxava suavemente
em seu peito.

Como minha língua trabalhando sobre o pico duro, ela


arrastou as mãos pelas minhas costas. Quando ela chegou ao
cós da minha calça jeans, ela veio para frente, fez uma
varredura preliminar sobre o meu tanquinho de 6 e, em
seguida, abriu o primeiro botão da minha calça jeans. Isso é
quando eu não podia levar por mais tempo.

— Você sabe, nós devemos esperar a lasanha esfriar


antes de comer.

— Nós realmente deveríamos, — ela concordou e beijou


meu peito, direto sobre meu coração enquanto ela fazia um
zumbido em sua garganta e deslizou meu zíper para
baixo. Agarrando seus quadris, segurei-a.

— Eu tenho a perfeita noção de como poderíamos


esperar essa hora.

Dentes beliscaram minha orelha antes de ela sussurrar:

— Me leve para a cama.

ASPEN

Noel me deitou quase com reverência no meu


colchão. Então ele deu um passo atrás e rasgou a calça jeans.
Sentei, completamente cativada. Ele foi perfeitamente
formado, seu corpo uma peça esculpida de arte. Quando ele
empurrou o jeans duro sobre seus quadris e pernas para
baixo, eu juro que minha boca ficou molhada. Engoli em seco
e deixei meu olhar cair cada polegada abençoada dele, então
de volta até seus braços fortes.

— Eu gosto de como você me olha. — Ele deu ainda


mais um show enganchando seus polegares no cós da cueca.

— Eu gosto de olhar você. — Segurando minha


respiração, eu esperei e depois... Uau. Ele empurrou a cueca
para baixo até que ele estava gloriosamente nu.

— Você gosta? — Segurando as mãos abertas em seus


lados, ele virou lentamente para me dar uma vista de
trezentos e sessenta graus. Sua bunda apertada era tão
impressionante como o que estava à frente.

Eu mal podia tirar meu olhar. Mas eu consegui


encontrar seus olhos.

— Serve.

Ele riu e se arrastou para a cama, fazendo uma pausa


quando ele bateu o joelho contra o livro eu estava lendo
ontem à noite antes de ir para a cama. Olhei de cara feia para
ele, ele pegou e jogou sobre o ombro. Eu engasguei em
ultraje.

— Ei! Meu livro.

— Eu vou pedir desculpas a ele mais tarde, eu juro. —


Então ele pairou sobre mim e olhou nos meus olhos.
Eu estreitei uma carranca indecisa.

— Ou seja, dois livros de bolso, agora foram


prejudicados por sua causa. Espero que você perceba que
não é uma boa maneira de começar um relacionamento com
uma viciada em livro.

Ele meramente arqueou uma sobrancelha.

— Dois livros?

— Sim. Aquele, e aquele que eu encharquei na banheira


quando eu… — Lembrando que ele não sabia absolutamente
nada sobre o incidente no banheiro, eu bati minha boca
fechada e corei um escarlate profundo.

— Banheira? — Ele pegou a minha angústia um pouco


fácil e deu um sorriso perverso.

— Você talvez... Estava nua nesta banheira?

Engoli em seco incapaz de tirar os olhos dele.

— Normalmente, estou quando estou no banho.

— Hmm. — Ele puxou o lábio inferior entre os dentes.

— Estou tendo dificuldade em imaginar você desse jeito.


Você pode me dar um visual melhor?

Sem perguntar, ele abriu o fecho da minha saia. Então


ele deslizou para baixo em minhas pernas.

— Droga, — ele murmurou quando eu estava


completamente nua.

— Você é tão bonita.


Corei sob seu olhar, e meus mamilos apertaram. Ele se
concentrou sobre eles com fome.

— Então, sobre esse banho onde você arruinou um


perfeitamente bom livro. — Com a voz rouca, ele correu seu
olhar sobre mim mais uma vez seus dedos levemente
desviaram de um mamilo.

— Você estava fazendo... Talvez isso... Quando


aconteceu? — Ele me segurou entre as pernas e esfregou os
dedos contra o meu clitóris.

Eu arqueei e gemi, agarrando um punhado de lençóis


debaixo de mim como meu corpo empurrou contra seu toque.

— Talvez, — eu ofegava.

— E você estava pensando em mim enquanto você fez


isso?

Quando ele se inclinou para substituir os dedos com a


boca, sua língua deslizando impiedosamente sobre a minha
carne dolorida, eu gritei e agarrei seu cabelo. Mas, oh, meu
Deus.

— Definitivamente, — eu confessei em voz alta.

— Jesus, Aspen. — Sua voz era instável e frenético.

— Você me desfaz completamente.

Suas mãos espalharam minhas coxas mais quando a


sua língua rodou mais profundo. Enfiei os calcanhares no
colchão debaixo de mim, sentindo o toque da ponta dos meus
dedos dos pés para as raízes do meu cabelo. Em seguida, ele
empurrou um dedo dentro de mim, e eu gritei em choque. A
onda de prazer era esmagadora. Eu tentei lutar contra ele e
abraçá-lo, ao mesmo tempo, incapaz de parar de me
contorcer com Noel me levando a um novo nível de delírio.

Mole no colchão quando meus músculos entraram em


coma pós-orgasmo, eu encarei Noel na maravilha atordoada
enquanto ele mexia para fora da cama, puxou as calças e
vasculhou os bolsos até que ele puxou uma linha dobrada de
preservativos.

— Olha, eu me lembrei desta vez. — Ele era tão


adorável, como um menino ele me enviou um sorriso
orgulhoso que eu tive que sorrir de volta. Na verdade, eu tive
um sentimento que eu estava brilhando da cabeça aos pés.
Eu me senti tão sublime.

Ele arrancou um fora dos outros e olhou para mim,


sorrindo quando ele balançou a cabeça.

— Você olha como se acabasse de ser fodida.

No momento, eu não podia me sentir insultada se eu


quisesse. Eu simplesmente mantive radiante.

— Não fui?

— Ainda não. — Um novo brilho determinado iluminou


seus olhos quando ele se arrastou de volta para a cama.

Pairando acima de mim, ele se inclinou para beijar meus


lábios. Sua língua se junta com a minha enquanto ele se
adequar. E então sua mão quente apertou meu joelho,
empurrando para abrir um pouco mais.
Quando ele empurrou para dentro, eu joguei minha
cabeça para trás e respirei através de meus dentes. Ele
sempre foi tão... Lá. Enchendo, enorme e, como se ele queria
assumir todo o espaço disponível que eu tinha para dar e, em
seguida, exigir mais.

Agarrando minhas coxas, ele envolveu minhas pernas


em volta de sua cintura e enrolou seus braços em volta de
mim. Atados juntos até que eu não sabia onde eu terminava e
ele começava, nós fizemos amor.

O quarto estava tranquilo. Sentindo muito apático para


se mover, eu descansava lateralmente através do tórax de
Noel, completamente nu quando ele passou a mão sobre a
minha espinha quente, sensível.

— Isso é... — Eu consegui um gemido.

— Tão bom.

— Ah, é? — Ele sentou o suficiente para inclinar sobre


mim e beijar o meu osso ilíaco saliente.

— É uma sensação boa para mim também. Você é macia


por toda parte.

Fechei os olhos e sorri, incapaz de controlar a vertigem


que rugia através de mim. Mas eu nunca tive uma
experiência pós-sexo como esta antes. Com os dois caras que
não me forçaram, saíram com desculpas logo que
terminamos. Na verdade, uma vez que o primeiro não tinha
sequer se preocupado em terminar, acho que o cara tirou
assim que ele terminou seu negócio. Mas isso... Era bom. Eu
gostei das carícias pós-sexo.

Noel me rolou em minhas costas para que ele pudesse


beijar meu umbigo, mas um nódulo sob minha espinha tinha
me mexendo até que cheguei de volta e puxou o coelho azul
que tinha ganhado no parque.

Arqueando uma sobrancelha, ele o pegou e me enviou


um sorriso maroto.

— Eu sabia que você iria manter essa coisa. — Então ele


usou o pano macio da orelha do coelho para acariciar meu
umbigo e entre os meus seios.

Suspirei e me estiquei sob ele. Ele cantarolava em


contentamento.

— De repente estou muito, muito feliz por você usar


essas roupas desmazelada que você usa na universidade. Eu
acho que eu ia virar um merda se algum outro cara no
campus tivesse ideia do que você tem por baixo deles.

Olhei para ele, erguendo as sobrancelhas.

— O que, você não gosta de meus ternos de poder?

Ele deu uma risada rápida.

— Ternos de poder? É disso que você chama?

Eu dei de ombros. O que mais devo chamá-los? Eu


usava para ganhar a posição que eu queria naquele campus.

— Eu sei que não é o que você costuma usar, — Noel


continuou.
— No bar você usou aquela coisa preta sexy sem costas,
e no parque aqueles shorts jeans adoráveis. Tenho a
sensação de que você só usa seus ternos de poder para a
universidade.

Eu sorri com orgulho e beijo sua bochecha.

— E você está certo.

— Que porra, eu sei que estou certo. Mas por quê? Por
que você faz isso? Você sabe que não faz jus... Eles olham
certo?

Com um rolar de olhos, eu ri.

— Sim. Este é o ponto. Eu prefiro ser ignorada e


menosprezada com expectativas baixas, do que vir no meu
primeiro semestre com um monte de pose para intimidar as
pessoas e fazê-los pensar que eu quero passar sobre elas.
Além disso, eu quero que eles saibam que eu me importo com
meu trabalho, não com moda.

— Você tem o raciocínio engraçado, Professora, mas eu


ainda estou feliz que você não deixe que todos vejam essas
curvas. — Ele jogou o coelho por cima do ombro para que ele
pudesse usar seus dedos para acariciar um nó no meu
quadril. Ele parou, e franziu a testa.

— O que é isso?

Gelo formou em minhas veias. Quando ele se inclinou


para examinar a velha cicatriz de faca e, em seguida, beijá-la,
eu me afastei.
— Não. — O pânico na minha voz o fez olhar para cima e
me estudar, lendo cada, expressão de memória carregada de
desconforto no meu rosto.

— Aspen, — disse ele suavemente, seus olhos afiados


vendo mais do que eu queria mostrar.

— Isso foi um gatilho?

— Ga... — Eu pisquei. Por que ele iria usar essa


palavra? Minha terapeuta sempre usou essa palavra.
Balançando a cabeça, tentei rir sem preocupação no olhar.

— Eu não sei o que você quer dizer?

— Quero dizer... — Ele respirou fundo e, em seguida,


exalou. Colocou os dedos na cicatriz, e perguntou:

— Você conseguiu isso no seu estupro?

Eu congelei. Sério, por uma fração de segundo, eu não


vi nada, mas o preto absoluto. Mas eu permaneci
completamente, mortificada e consciente.

— Aspen? — Mão quente segurou meus ombros.


Piscando o preto à distância, eu vi uma imagem embaçada do
rosto preocupado de Noel lentamente encher o meu ponto de
vista.

— Você lembra de me contar sobre isso? — Perguntou.

— Não, — eu sussurrei em horror.

— Eu não... — Oh, Deus, eu não tinha, eu tinha? Por


que eu iria contar a ele sobre isso? Abrindo minha boca para
falar, eu balancei a cabeça, completamente horrorizada.
— P... Por que eu iria falar sobre isso?

— Você estava bêbada. Nós conversamos muito naquela


noite.

— Mas... — Eu apertei a mão no meu peito. Isso era algo


que eu nunca queria que ele soubesse... Queria que ninguém
soubesse.

— O que exatamente eu te disse?

— Não muito. Você tinha quatorze anos. Ele era um


jogador de futebol. Seus pais se recusaram a fazer algo sobre
isso.

Eu tirei meu cabelo do meu rosto, surpresa quão frio


meus dedos estavam.

— Mas...

— Estou feliz em saber. — Ele pegou minha mão e


beijou meus dedos.

— Estou feliz que entendo por que você me criticava em


primeiro lugar. E estou aliviado de ver o quão forte você é.
Você sobreviveu a isto e venceu. Eu não... Merda. Eu não sei
o quanto você pensa sobre isso quando estamos juntos, mas
o fato de que você ainda pode encontrar prazer comigo é... —
Ele balançou a cabeça. Com os olhos brilhantes de emoção,
ele sorriu. —

Você apenas me impressiona, isso é tudo.

Eu me enrolei nele e abaixo meu rosto entre o pescoço e


o ombro.
— Eu não penso sobre isso, ele, não quando estamos
juntos, exceto talvez para me maravilhar sobre o quão bom
realmente pode ser comparado a... — Eu tremi, lembrando o
quão ruim poderia ser.

— Estou feliz. — Noel beijou meu rosto.

— Mas se eu atingir um gatilho, ou fazer qualquer coisa


que você lembra... Você vai me dizer, certo?

Eu balancei a cabeça, e por incrível que pareça eu não


estava mentindo. Como nós tínhamos movido tão facilmente
de professor e aluno que completamente desprezava uns aos
outros para confidentes pessoais, eu não tenho ideia. Mas eu
ficaria eternamente grata por isso. Não só tinha eu ganho um
amante, mas também fiz um amigo. Então, eu confiei em meu
amigo.

— Foi meu último ano. — Descansando minha bochecha


em seu peito, ouvindo seu batimento cardíaco, eu corri meus
dedos preguiçosamente até o peito, maravilhada sobre o quão
duro e liso ele era.

— Faltava um par de meses para fazer quinze anos.


Zach estava no último ano também.

— Zach, — Noel rosnou a palavra como se ele queria


gravar o nome de sua próxima vítima na memória.

Eu sorri suavemente e balanço a cabeça, amando o som


de proteção em sua voz.

— Ele tinha dezoito anos, como a maioria dos meninos


normais do ensino médio, ele era ‘O' menino. Naquela época,
eu não era muito boa em esconder minhas emoções. Todo
mundo sabia que eu tinha uma queda violenta por ele. A
primeira vez que ele sorriu para mim e disse oi, eu acho que,
literalmente, suspirei em voz alta. Quando ele me chamou
para um encontro, eu estava apenas... Sobre a lua.

— Os braços de Noel apertaram ao meu redor, mas ele


não interrompeu quando passou os dedos suavemente pelo
meu cabelo.

— Eu não tinha ideia de que havia uma aposta ao redor


para ver quem poderia tirar a virgindade da garota aberração.

Amaldiçoando fluidamente, Noel enfiou a cara ao meu


lado e apertou nossas bochechas juntos. Ele assobiou uma
respiração como se ele precisava liberar um pouco da pressão
de raiva dentro dele.

— Ele foi um cavalheiro a maior parte da noite. Nós


assistimos um filme; ele pagou, eu comprei pipoca e uma
bebida. Eu estava muito apaixonada pelo tempo que os
créditos finais rolaram. Eu acho que ele deu mais atenção a
mim durante esse filme do que meus pais havia me dado em
toda a minha vida. Ele me deixou escolher o filme e colocar a
pipoca no meu colo assim que eu sempre teria acesso a ele.
Ele até me deu um meio copo de recarga de refrigerante no
meio do filme. Depois disso, eu teria fugido de casa e me
juntado a um grupo de ciganos que viajam só para estar com
ele. Tudo o que ele queria. Então, quando ele perguntou se eu
gostaria de ir para o local de amassos antes de ele me levar
para casa, eu estava a bordo. Mas eu nunca tive meu
primeiro beijo até aquele ponto. Eu meio que pensei que ele
ficaria bem com o trabalho entre nós através das bases, um
passo de cada vez, você sabe.

Noel acenou com a cabeça e beijou meu templo.

— É claro, — ele concordou comigo, sua voz suave e


macia.

— É assim que normalmente é feito.

— O beijo foi tudo bem, — eu continuei, perguntando


por que eu não me sentia estranha por falar sobre beijar
outro cara enquanto estava deitada nos braços do meu
amante atual. Mas dizer tudo para Noel só parecia... Natural.

— Eu não tenho certeza se escolheria beijo francês logo


de cara se eu tivesse escolha, mas eu queria fazê-lo feliz,
então eu tentei alcançá-lo. Foi quando ele subiu minha
camisa que eu comecei a ficar desconfortável. Eu só...

— Você não estava pronta ainda, — Noel terminou para


mim.

— Certo. Eu não estava pronta. Só que quando eu tentei


parar... — Eu balancei a cabeça e aperto os olhos fechados.

Enterrando seu nariz no meu cabelo, Noel murmurou.

— Você não tem que falar o resto.

Mas eu queria que ele soubesse.

— Ele mudou completamente: — Eu fui em frente.

— Se ele continuasse agradável, se ele tentasse falar


doce um pouco mais, eu provavelmente teria dado de boa
vontade. Mas, ao primeiro sinal de minha hesitação, ele ficou
brutal. Ele agarrou meu rosto duro com uma mão, me
chamou de aberração frígida, e puxou uma faca do bolso.

— Merda. — Os braços em volta de mim ficaram ainda


mais apertados.

— Eu acho que me ameaçar com uma faca o


transformou mais, porque eu fui rígida e obediente depois
disso, mas ele apenas continuou deslizando sobre a minha
pele quando ele cortou minhas roupas. Ele tinha contra mim,
quando ele primeiro, você sabe se forçou. Isso foi quando eu
pulei, e ele me cortou.

— Ok, nada mais. Jesus. — Noel respirava pesadamente


contra o meu cabelo quando ele me segurou com força contra
ele antes que ele murmurou,

— Me desculpe, eu não posso... Eu não sabia que ouvir


sobre você passar por algo assim seria isso... — Ele balançou
a cabeça.

Eu sou provavelmente doente, mas eu adorei saber que


foi difícil para ele ouvir isso. Pois isso significa que ele se
importava. Noel Gamble se preocupava com o que tinha
acontecido comigo. Nem mesmo meus pais se importaram
muito.

— Está tudo bem. — Eu virei em seus braços assim


estávamos deitados de frente. Precisando confortá-lo, eu
toquei sua bochecha. Quando ele encontrou meu olhar, seu
olho azul rodou com tormento.

— Como você sobreviveu a isso?


— Tem sido um longo tempo, — eu disse.

— Depois disso, eu me fechei tão forte em minha


concha, eu nem me importei quando Zach se gabou para toda
a escola por ganhar a aposta. Eu não me importava com
muita coisa. Mas o tempo e a terapia ajudaram mais do que
você imagina.

Noel acenou com a cabeça.

— Eu ainda não entendo por que seus pais não fizeram


nada sobre isso?

Eu dei de ombros.

— O pai de Zach era um dos colegas de meus pais na


universidade onde ele ensinou.

— Filho da puta. — bufando, Noel apenas balançou a


cabeça.

— Por favor, diga que Zach acabou morrendo de uma


morte lenta e dolorosa.

— Não. Ele se tornou um advogado corporativo, e está


indo muito bem, isso que eu ouvi.

— Maldito. Ele provavelmente se gaba até hoje sobre


como estourou cereja da menina aberração também.

Eu tinha que sorrir com o ácido em seu tom. Eu amei


como ele estava chateado em meu nome.

— Provavelmente. — Inclinando, passei meu nariz ao


lado do seu.
— Eu queria ter crescido em sua cidade natal. E você
seria o melhor jogador de futebol que eu teria uma queda.

Seus lábios pegou o canto da minha boca.

— Eu também. Quero dizer, além do fato, eu teria sido


um sexto grau quando você era um sênior e eu não era uma
estrela naquele ponto. Eu ainda era pequeno e magro e
recebendo minha bunda chutada todos os dias.

— Eu ainda teria preferido você sobre ele, qualquer dia.


— Inclinando, eu o beijei rapidamente no nariz.

— Então eu acho que é uma coisa boa que você tem a


mim. Eu sou todo seu, Aspen Kavanagh. E se este Advogado
Corporativo Zach chegar perto de você novamente, eu vou
matá-lo. Vou literalmente tirar seu pescoço.

Sorrindo, eu beijei seus lábios desta vez. Estava na


ponta da minha língua dizer: Eu te amo, em um suspiro
sonhador macio. Mas então eu percebi que eu estava prestes
a deixar escapar. Engolindo as palavras, juntei meus braços
em volta do pescoço e nos rolei até que ele estava em cima de
mim, prendendo-me para a cama.

— Faça amor comigo, — eu exigi vez.

Seu sorriso era arrogante e satisfeito.

— Sim, senhora, — respondeu ele quando sua boca


desceu para a minha.
CAPÍTULO
VINTE E
TRÊS
“Três podem manter um segredo, se dois deles estiverem
mortos.”

- Benjamin Franklin

NOEL

E então eu comecei um caso ilícito com a minha


professora de literatura. Só que não sentia ilícito. Em meu
livro, não era sujo, ou errado, ou de qualquer forma
vergonhoso. Foi o relacionamento mais puro que eu já tive
com alguém.

Eu odiava que tivemos de manter em segredo, mas eu


tinha que admitir, eu adorava ter só para mim mesmo. Ela
me mostrou partes dela que ninguém mais viu. Ela se abriu e
falou, e, em troca, eu falei mais.
Nossas noites juntos eram sempre curtas e nunca
durava o suficiente. Eu geralmente tive de esperar até tarde,
depois do trabalho, até que eu poderia vê-la. E eu despertava
de madrugada para o treinamento. Eu odiava deixar sua
cama, enquanto ela ainda estava quente e dormindo, toda
enrolada e bonita debaixo das cobertas. Eu só queria rastejar
de volta com ela e ficar lá o dia inteiro.

Mas o que eu mais desprezava era envergonhar ela no


campus. Foi mais difícil do que eu poderia ter imaginado
caminhar pela mulher que eu acabei de passar a noite e não
podia esperar para passar a noite novamente sem mesmo
reconhecer ela. Eu também detestava ouvir as pessoas
falando porque ela ensinava tão estritamente. Eu não podia
defendê-la. Eu não conseguia chutar as suas bundas. Todos
ainda achavam que eu não gostava dela.

E eu realmente odiava não ser capaz de dizer às outras


meninas que vinham a mim que eu não estava mais
disponível. Era estranho. Eu nunca tinha considerado ser
uma espécie de cara de uma mulher. Mas agora que eu era,
eu não queria o outro lado. Eu estava tão obcecado com
Aspen eu não quero mais ninguém.

Então, quando Tianna começou a flertar comigo no


corredor quando Aspen passava desmazelada em seu terno
de poder e pasta preta, meu corpo inflamou
instantaneamente. Eu não poderia ajudar, mas olhar por
cima do ombro de T para ver minha mulher passar. Mas
quando ela brevemente olhou para trás, eu podia ver que ela
estava chateada de ver a groupie pendurada em torno de
mim.

Eu era capaz de afastar Tianna sem muito drama;


Tentei convencer de que ela precisava dar ao meu menino
Quinn alguma atenção, talvez estalar cereja do pobre garoto.
Mas só para ter certeza que Aspen sabia que eu estava
pensando nela, e ninguém mais, eu fiz uma jogada arriscada
e deixei outra citação em sua pasta quando passei por sua
mesa mais tarde naquela manhã quando entrei classe. Algo
que eu sabia que melhoraria seu humor.

“Por que as pessoas dizem 'crie algumas bolas’? — Bolas são


fracas e sensíveis. Se você quer ser difícil, crie uma vagina. Essas
coisas podem tomar uma batida.”

- Sheng Wang

Meu plano funcionou; ela não conseguia parar de sorrir


quando começou a aula. Mas eu ainda odiava como nós
tivemos que nos esconder. Quando ela me ligou naquela
noite, eu tinha certeza que mencionaria Tianna, mas ela se
limitou a dizer meu nome e gemeu, deixando saber que ela
estava chorando.

Coração pulando imediatamente em minha garganta,


eu pulei do sofá onde estava escrevendo meu último trabalho
de literatura para minha dura, professora de Inglês
totalmente quente.

— Aspen? O que está errado?

— Meu... É você... Eu realmente preciso ver você agora.


Posso subir?

— Subir? — Espere, o quê?

— Você está aqui? Aqui fora? Agora?

— Sim, eu... É um momento ruim, não é? Eu vou


embora.

— Não! Não vá. Meu companheiro de quarto saiu. Suba.


É perfeito seu timing. — Corri para a porta sem me preocupar
em terminar a chamada.

Ela nunca veio à minha casa antes, assim que o que


estava incomodando ela deve ser grande. Então quando fui
para o corredor, a vi saindo da escada. Seu rosto estava
branco, os olhos inchados e vermelhos, e seu cabelo estavam
uma bagunça dispersa.

— Baby? O que há de errado? — Eu puxei em meus


braços, beijando seus cabelos despenteados.

— Você está bem? Você está machucada?

Quando ela grudou em mim e escondeu o rosto no meu


peito, meu coração apertou dolorosamente. Eu odiava vê-la
dessa maneira.

— É o meu pai, — ela finalmente resmungou.


Eu apertei meus olhos fechados. Ela me contou tudo
sobre sua diabetes e pneumonia. Parecia que o cara podia
morre qualquer dia.

— O que tem ele?

— Eles vão amputar sua perna. Mas a sua circulação


está tão ruim que não tem certeza se isso vai ajudar.

— Jesus. Eu sinto muito. — Chutando a porta fechada,


eu a levei para dentro do apartamento e sentei no sofá, onde
ela estava enrolada no meu colo.

— E a pior parte é a minha mãe nem me ligou para


dizer. Foi a sua governanta, Rita. Ela... Ela pensou que eu
deveria saber. E agora eu não posso ir vê-lo, porque então
eles vão saber que a Rita vem me passando às informações, e
eu não quero colocá-la em apuros porque ela sempre foi tão
boa para mim, mas por que... Por que não foi minha própria
mãe me contar sobre isso? Como ela poderia pensar que eu
não merecia saber?

Provavelmente porque ela era uma cadela egoísta fria


que nunca considerou os sentimentos de sua filha, eu queria
dizer, mas segurei minha língua.

— Eu não sei. — Eu esfreguei as costas e continuei


segurando-a, tentando dar a ela o melhor apoio que pude.

— Eu não acho que eles algum dia disseram que me


amam, — ela sussurrou. Isso quebrou meu coração.

Minha mãe nunca disse as palavras, mas eu sempre tive


Caroline, Colton, e Brandt. E estranhamente, eu estava feliz
por ter terminado com o pai que eu tinha. Pelo menos eu tive
liberdade para fazer o que eu queria. Eu nunca fui controlado
com uma lavagem cerebral como Aspen foi. Eu nunca me
senti sozinho ou reprimido, enquanto eu estava sendo
negligenciado. Não do jeito que ela tinha.

Aborrecido com seus pais com um ódio ardente, eu


aperto nossos dedos, palma com palma, e apertou minha
testa na dela.

— Não é uma perda.

Ela me estudou, seus olhos ainda molhado pelas


lágrimas que ela chorou e seu nariz vermelho. Mas ela ainda
estava linda de tirar o fôlego. Qualquer um tinha que ser
estúpido para não dizer a ela como se sentia a respeito dela.

Eu abri minha boca para dizer... Merda, eu não sei. Ela


alterou completamente meu mundo nas últimas semanas, e
eu queria que ela soubesse o quão incrível era. Eu queria que
ela soubesse o que ela fez para mim. Fez lembrar a próxima
citação que eu queria dar a ela.

“Quando encontramos alguém que é corajoso, divertido,


inteligente e amoroso, temos de agradecer ao universo.”

-Maya Angelou

Mas Aspen definiu os dedos sobre os lábios para me


manter calmo. Então ela sorriu suavemente e se inclinou,
deixando cair sua mão da minha boca para que ela pudesse
me beijar. Eu gemi contra seus lábios e deslizei as palmas
das mãos em seu cabelo. Sua parte inferior moveu até que
seu calor cobriu minha ereção. Então ela afundou em mim, e
porra, eu tinha que bater de volta nela. Meus dedos
encontraram seu caminho sob sua camisa e na parte de trás
do sutiã onde eu abri o fecho.

Assim quando eu comecei, à porta do meu apartamento


sacudiu antes de balançar aberto.

Aspen gritou e mergulhou contra mim, escondendo o


rosto no meu peito, e eu movi para sentar, puxando minhas
mãos de sua camisa. Ten entrou.

— Cara, eu esqueci a minha carteira... — Ele fez uma


parada.

— Merda. Desculpe. Minha culpa.

Ele enfiou as mãos no ar e começou a recuar para fora


do apartamento, mas Aspen levantou o rosto e olhou para ele.
Fechando um impasse, ele olhou para ela duro.

— Saia! — Eu gritei, e peguei uma almofada do sofá


para jogar com ele. Mas ele saiu de seu transe despercebido.

Virando o rosto para o lado, ele a estudou de um ângulo


diferente.

— Por que você parece com... — Em seguida, ele


percebeu quem era. Seus olhos saltaram.

— Puta merda.
— Fora, — eu pedi, tirando ela do meu colo para que eu
pudesse ficar de pé e bloquear sua visão de seu corpo, bem
como em direção a ele.

O filho da puta ainda não se mexeu.

— Jesus Cristo, o homem. Ela é…

Eu o empurrei para o corredor e fechei a porta.

E foi aí que ele perdeu.

— Você está transando com a professora. Oh, meu


Deus porra, você está batendo a professora. Puta merda,
Gam, isso é tão... Chefe. Você é o cara. O homem!

Batendo a mão sobre sua boca, eu cerrei os dentes e


lancei um olhar de advertência antes de olhar preocupado
para a porta fechada.

— Cale. A boca, — eu assobiei, ameaçando com meus


olhos.

Ele empurrou minha mão.

— Cale a boca? — Ele sussurrou de volta.

— Você está brincando comigo? O meu companheiro de


quarto oficialmente mauzão. Você está fazendo a sua para a
nota, não é? Assim, você pode manter sua bolsa de estudos?
Porra, você é brilhante. Quer dizer, eu sabia que você poderia
encantar as senhoras, mas ter a durona Kavanagh
derrubando a calcinha... É épico. Espere até que os caras
ouvirem.

— Não! — Eu peguei um punhado de sua camisa e


puxei.
— Ninguém pode saber, Ten. Jesus, se você contar a
alguém... Porra. Não há nada a dizer, ok? Você não viu nada.
Nada está acontecendo. Este é um... Não relevante.
Entendeu?

— Porra. Você está fodendo com a professora. Você vai


ficar na história como…

— Você não ouviu o treinador após o escândalo de vôlei?


Quem for pego com qualquer membro do corpo docente no
campus, está fora do time. Eu vou perder minha bolsa de
estudos. Ela vai perder o emprego. Tudo vai para o inferno.
Tenning, por favor. Você. Não. Viu. Qualquer Coisa.

Pedi com a minha expressão, e ele finalmente rosnou


um som.

— Caramba. Você sabe como acabar com a diversão.

Ele passou por mim e abriu a porta do apartamento


antes que eu pudesse detê-lo.

— Eu diria oi, — ele disse a Aspen quando ele entrou.

— Mas, aparentemente, não vejo nada.

Ela estava andando no chão em frente ao sofá, o rosto


pálido e os braços cruzados sobre o peito apertado com as
mãos escondido nas mangas de sua camisa como se ela
estivesse com frio. Sem falar com ele, ela o viu marchar para
o corredor e desaparecer em seu quarto. Ele voltou segundos
depois, acenando sua carteira sem olhar para Aspen nem eu,
antes que ele tristemente saiu do apartamento de novo.
Eu soltei um suspiro e cai contra a parede, esfregando
as mãos sobre o meu rosto.

— Você está pirando, não é?

— Eu deveria ir. — Ela correu em direção à saída, com o


rosto para baixo. Mas eu agarrei seu ombro e puxei-a para
que eu pudesse pressionar minha boca em sua bochecha. Ela
permaneceu rígida em meus braços.

— Eu posso confiar nele, — eu sussurrei.

Ela ergueu o queixo, os olhos molhados e com medo.

— Estou feliz que você pode.

— Ele não vai dizer nada. Eu prometo a você. — Eu o


mataria se ele fizesse, e eu tinha certeza que ele sabia
disso. Ela apenas balançou a cabeça.

— Eu não devia ter vindo aqui esta noite. Eu estava... O


que eu estava pensando?

— Estou feliz que você fez. — Eu beijei seu rosto neste


momento.

— Eu sou seu namorado, Aspen. Eu quero estar lá para


você quando você passar por situações difíceis.

— Meu namorado? — Ela engasgou e som incrédulo.

— Como você pode ser meu namorado quando eu não


posso dizer a uma única alma sobre você?

Rosnando com os dentes cerrados, fiz uma careta para


ela.
— Eu sou seu namorado, porque eu sou seu namorado.
Nós não precisamos de mais explicação do que isso.
Simplesmente é. Eu sou o único que está lá quando você está
feliz, e quando você está triste, e quando você vir distante em
meus braços. Isto... — Eu bati seu corpo contra o meu para
que ela pudesse sentir o que ela fez para mim, — me faz seu
namorado.

Uma lágrima arrastou por sua bochecha. Erguendo os


dedos, tocou suavemente meus lábios.

— Eu gostaria de ter a sua confiança.

Eu beijei a ponta dos dedos e limpei a lágrima.

— Você não precisa dele. Eu tenho o suficiente para nós


dois. — E com isso, eu acalmei ela. Ela parou de me resistir e
se inclinou para mim quando eu a beijei. Quando eu a levo de
volta para o meu quarto, ela sorri e puxa a minha camisa.

Foi só depois quando ela estava dormindo naquela noite


e se enrolou em volta de mim na minha cama, que minhas
próprias dúvidas levantaram. Com Ten sabendo, o nosso
risco apenas dobrou. Era egoísta de minha parte mantê-la,
continuar fazendo isso, porque poderia facilmente acabar
machucando ela e minha família. Mas então eu percebi que
ainda não importava o suficiente sobre o que ‘Se’s porque a
minha determinação de permanecer dela também dobrou.
Aspen chegou tão profundo no meu sangue que eu era mais
do que disposto a tomar qualquer chance que eu tinha de
apenas estar com ela mais um dia.
CAPÍTULO
VINTE E
QUATRO
“É mais fácil perdoar um inimigo do que perdoar um amigo.”

- William Blake

NOEL

— Vamos sair hoje à noite.

Era uma sexta-feira e nem Ten, nem eu tínhamos que


trabalhar. Isto tinha de ser a segunda vez em mais de um
mês que tivemos a mesma noite de folga, e ser um fim de
semana tornou ainda mais raro. Mas eu estava pensando em
ir para Aspen. Noites que eu posso passar inteira com ela são
poucas e distantes entre si. Eu desejava loucamente algum
tempo de qualidade com a minha mulher.

— Não é possível, — eu disse, correndo para terminar a


tarefa que eu tinha de História.

— Já tenho planos.
— O Quê? Você vai ver a Dra. Kavanagh para ganhar
seu próximo ‘A’?

Batendo minha caneta para baixo, levantei encarando


ele.

— Isso é o suficiente dessa merda. Não fale sobre ela


dessa forma novamente. Porra, nem pense sobre ela. Você e
eu não vamos fazer isso.

— Cara. — Com uma risada nervosa, Ten deu um passo


para trás e levantou as mãos.

— Você sabe que eu só estou brincando com você.

Minhas mãos punhos em meus quadris.

— Bem, não é engraçado.

— Hey. — Ficando sério, Ten colocou a mão sobre o


coração.

— Quando, eu digo quando, não se, essa coisa entre


vocês dois for mal, eu vou estar lá para você, cara. Vou afogar
toda aflição com a cerveja que você precisar e encontrar a
próxima garota rebote para tirá-la do seu sistema. Mas até
então, é dada por Deus meu direito como seu melhor amigo
de assediá-lo sobre isso o mais rápido possível.

Deixei escapar um suspiro longo e cansado.

— Então, basicamente, não vai calar a boca?

Ele sorriu, amplo e intratável.

— Oh, não. — Então, ele sentou no banco ao meu lado.


— Então, o que ela gosta, afinal? Ela faz você fazer com
as luzes apagadas? Abre um pequeno espaço no lençol para
caber sua pessoa avantajada?

— Sério. — Eu sinalizo como se espantando uma mosca


irritante.

— Você não vai conseguir nada de mim. Assim você


pode parar.

— Mas estou morrendo de curiosidade aqui. Isto é


grande. Como enorme. E se eu não posso falar sobre isso com
ninguém, estou falando a merda dele com você.

Eu gemi.

— Querido Deus, me salva. — Pegando minha caneta de


novo, eu tentei voltar para a minha lição de casa. Mas meu
companheiro de quarto simplesmente não iria parar.

— Então, realmente, você a viu nua? Sem o terno? Ela


tem um corpo decente sob todas aquelas roupas ou o quê?
Eu poderia entender que, você sabe, ela esconde seus dons.
Aposto que se torna um animal amaldiçoado uma vez que
esta nua!

— Bam— Ele bateu com a palma da mão no topo da


mesa.

— Ela tem piercings de mamilo, não é?

Revirei os olhos.

— Ela não tem... — Percebendo que eu estava prestes a


confessar que eu tinha mesmo visto seus seios, eu
rapidamente corrijo com,
—... Um anel umbigo.

— Mas e seus mamilos? — Tenning pressionou,


inclinando e realmente ficando animado, ele bateu na mesa.

— Oh, porra. Eles são perfurados, não são? Eu sabia!


Caramba, você é o filho mais sortudo de Ellamore

Cortei com um olhar.

— Eu não disse que eles foram perfurados.

— Mas você não disse que eles não eram.

— Eu não disse que ela não tinha uma tatuagem e você


não foi automaticamente assumindo que ela tem um desses,
agora, não é?

— Oh, porra. Ela tem um tatoo também? Acho que estou


apaixonado. Onde? Na parte inferior das costas? Aposto que é
uma borboleta.

Com um gemido, eu tentei me concentrar em meu


trabalho de história, mas Ten bateu na mesa novamente.

— Sério, pare de estudar esta merda. Assistir você


estudando me dá urticária. Agora leve seu traseiro em seu
quarto, coloque umas roupas, e venha comigo beber. —
Quando eu olhei para ele, ele sorriu.

— Eu não vou parar de assediar sobre ela até que


concorde em sair comigo esta noite.
Então Ten me convenceu a sair com ele. Quando liguei
para Aspen para dizer da minha mudança de planos, ela
ficou do lado de meu companheiro de quarto, dizendo que eu
precisava me socializar como eu sempre fiz ou as pessoas iam
suspeitar. Eu ainda não queria ir, mas eu fui.

Fui bombardeado logo que entrei na casa da


fraternidade. Eu acho que foi um tempo desde que fui
festejar. Meus companheiros de futebol me deram um tapa
nas costas e me pararam para uma conversa. As meninas me
jogavam olhares. E as pessoas continuavam reabastecendo
meu copo logo que ficava vazio.

Era tudo tão muito típico, e agora me senti fora de lugar.


Nada aqui mudou, mas eu senti como se tivesse. Eu ansiava
por uma calma, pacífica noite com Aspen, assistindo a um
filme em seu sofá ou experimentando diferentes alimentos de
viagem na cozinha.

Nós cozinhamos juntos. Nós tomamos banho juntos.


Nós comemos e dormimos juntos. Fizemos trabalhos de casa
juntos, ela classificando e eu escrevendo. Era tudo muito
doméstico e talvez até mesmo chato, mas eu nunca fiquei
aborrecido com ela. E eu sempre quis voltar para mais. E
agora, neste lugar lotado, música alta, casa de festa, eu só
queria ir para a sua casa.

— Hey, Noel, baby. — Dedos femininos quentes


rastejaram até meu braço, me fazendo empurrar a distância e
girar em direção à ruiva sorrindo para mim.

Amiga de Tianna. Marci, se eu lembrava corretamente.


— Hey, — eu disse sobre o ruído, inclinando a cabeça
para cumprimentá-la.

Ela estendeu na ponta dos pés e inclinou para falar em


meu ouvido.

— Pronto para lucrar com o bilhete dourado?

O trio. Merda, eu esqueci completamente sobre isso.


Quando olhei em volta, vi Tianna fechando sobre nós. Ela
acenou, e meu estômago rodou com inquietação.

Me sentindo encurralado, mas querendo deixar a


menina com cuidado, eu sorri e balancei minha cabeça.

— Estou numa noite ruim.

Mordendo o lábio, ela colocou os braços ao redor do meu


bíceps.

— Amanhã, então? Por Favor.

Ótimo. Ela não ia desistir, foi ela? Eu estremeci.

— Olha, eu agradeço a oferta, mas...

Seus olhos se estreitaram ligeiramente.

— Quem é ela? — Perguntou ela, já sem sorrir, e, na


verdade, olhando como se ela estava pronta para cortar uma
cadela.

Alarme correu pela minha espinha, mas eu continuei a


jogar limpo. Sem pistas. Eu enruguei minhas sobrancelhas.

— Quem é quem?

— A nova garota que você está transando? Eu não vi


você com qualquer pessoa ao redor do campus.
— Marci, — Eu cortei fora, ficando irritado com essa
conversa.

— Eu não quero ser um idiota e dizer isso, mas eu


simplesmente não estou interessado em você.

Ela bufou.

— Não está interessado? — ela espalmou as mãos para


abranger seu corpo.

— Nisso.

Meh. Na verdade, eu preferia olhar Aspen muito mais.


Mas eu não podia dizer isso. Eu poderia, no entanto, lidar
com o ego inflado de Marci.

— Olha, Tianna me contou como você está obcecada por


mim. E eu não estou procurando por algo parecido. Eu não
tenho relacionamentos, não gosto de mulheres pegajosas, ou
soluçando ao telefone à meia-noite, me implorando para dar
outra chance. E você tem exatamente esse tipo de drama
escrito sobre você.

Quando sua boca se abriu, eu percebi que


provavelmente exagerei um pouco. Enviei outro sorriso de
desculpas e dei um tapinha amigável no ombro. Então eu
virei e saí de lá o mais rápido possível, sem parecer que eu
estivesse escapando. Ela não me seguiu, mas eu tive um
sentimento que eu ainda iria ouvir dela. Eu nunca dei um
corte em uma mulher como essa antes, então tudo o que ela
fez para mim em resposta, eu provavelmente merecia.
Eu enfrentei um novo problema quando entrei na sala
ao lado. Menos lotado, ele teve dois sofás ao redor de uma
mesa de café e de frente para uma televisão. E o meu
companheiro de quarto estava no centro da ação, bebendo de
um funil e parecendo completamente bêbado.

— Ow! — Ele gritou quando me viu. Saltando para a


mesa do café, ele fingiu dedilhar uma guitarra como um
roqueiro.

— Eu comecei isso ruim. Entendi ruim. Entendi ruim.


Estou a fim da professora. — Então ele fechou suas mãos e
bombeou seus quadris em um gesto de transar no ar
enquanto ele continuava a cantar a música Van Halen velho
dourado.

Eu balancei a cabeça e suspirei.

— Eu vou matá-lo..

— Ei, Gamble. — Ele colocou as mãos em volta da boca


e gritou.

— Cante comigo. Entendi ruim, Entendi ruim, Entendi


ruim…

— Você está bêbado, — eu gritei de volta.

— Não! Mesmo? Como você adivinhou? Ei, será que ela


gosta do jogo estudante impertinente? Dessa forma, você
poderia ser seu professor de vez em quando.

Quinn apareceu ao meu lado, segurando um copo de


plástico vermelho quando olhou para cima para Ten.

— O que ele está falando?


— Eu não tenho ideia. — Eu não conseguia parar
olhando para meu companheiro de quarto, pensando a
maneira mais rápida para silenciá-lo.

Morte.

Sim, teria que ser a morte.

— Que tipo de coisas, ela faz você fazer para a nota


extra? Escrever me foda cinquenta vezes seguidas? Você a
chama de Dra. Kavanagh quando está dentro dela? Hey, você
sabe mesmo o primeiro nome dela?

— Basta!

— Acha que ela aumenta minha nota se eu me oferecer


para lamber ela…

Com um rugido, lancei para as pernas de Ten. Quando


nós dois tombamos para trás fora da mesa, alguém gritou e
cerca de uma dúzia de jogadores avançaram para nos
separar. Mas eu ainda tenho um par de socos decentes antes
de eu ser puxado para fora dele.

Quinn era o único com o músculo suficiente para me


arrastar para longe. Respirando com dificuldade, eu o
empurrei de cima de mim assim que ele me pegou sozinho em
um banheiro bem iluminado. Mas Jesus, eu não podia
acreditar que meu melhor amigo na terra tinha acabado de
me expor assim.

— Eu vou matá-lo, — eu murmurei, sentindo mal do


estômago. Aspen nunca me perdoaria por isso. Oh, Deus. Eu
acabei de arruinar sua vida inteira?
— Eu não posso acreditar que ele... Ele...

— Céus! Noel. — Quinn Hamilton puxou meu braço


para eu encará-lo.

— Ele está bêbado. Ele sempre fala merda quando está


bêbado.

Meu peito arfava de quão fortemente eu estava


respirando.

— Mas ele disse…

Quinn riu e balançou a cabeça, parecendo


completamente despreocupado sobre como merda estava
prestes a bater no ventilador.

— Você está preocupado que acreditamos em uma


palavra que ele disse, não é? Todos nós sabemos o quanto
você odeia Kavanagh. — Quando eu atirei nele uma careta
irritada, tudo dentro de mim ainda era muito aberto e cru. A
verdade deve ter refletido no meu rosto porque seus olhos se
arregalaram.

— Oh, — ele respirou, sua boca abrindo ficando


boquiaberto em choque absoluto.

Eu assobiei,

— Merda, — e apertei os olhos fechados.

Droga. Hamilton não precisa saber sobre isso. Muitas


pessoas já sabiam. Porra, após o pequeno show de Ten, eu
ficaria surpreso se todos não soubessem. Quando eu
arrisquei um olhar, Quinn ainda estava olhando, mal.

— Olha, não é o que você pensa.


Ele imediatamente levantou as mãos e balançou a
cabeça.

— Não. Não, claro que não, — ele concordou.

— Quero dizer, após o decreto do treinador Jacobi e o


escândalo no time de vôlei, você nunca arriscaria seu
trabalho e seu próprio futuro como aquele, só para... — Seus
olhos estavam arregalados e buscando.

— Você faria? Você a ama, certo?

Pareceu apenas como verdadeiramente inocente Quinn


Hamilton era. Eu nunca o ouvi xingar, ou dizer uma coisa
depreciativa sobre qualquer outra pessoa. Ele tinha aquele
jeito puro, jeito do menino da porta ao lado sobre ele e pensei
que ele é o melhor de todos. Todos nós brincamos com ele
sobre ser virgem, e olhando para ele naquele momento, eu
tinha que saber se ele realmente ainda era.

Ele olhou para mim com seu olhar de adoração. Eu era


o líder da nossa equipe, e ele sempre tinha olhado para mim
como se eu não pudesse fazer nada de errado. Se eu dissesse
a coisa errada agora, eu poderia acabar com todo o seu
sistema de crenças.

— Sim, eu a amo, — eu assobiei.

E então bateu o que eu acabei de admitir, mas o que me


chocou mais do que tudo era que eu não menti. Todo peso
saiu de meus membros, e meu rosto provavelmente ficou
branco quando eu tropecei para sentar no assento do vaso
sanitário fechado.
— Ah Merda. Eu a amo.

Eu amo Aspen.

— Não se preocupe. — Ham saltou para frente e bateu


no meu ombro para me apoiar quando eu enterrei meu rosto
em minhas mãos.

— Eu não vou contar a ninguém. Eu juro. Quero dizer,


você é realmente um dos únicos amigos que tenho aqui,
então... — Ele deu de ombros e me ofereceu um sorriso
patético.

— Eu não tenho ninguém para dizer de qualquer


maneira.

Deus, ele parecia tão... Jovem. Eu não conseguia me


lembrar de eu ser tão jovem. O mundo me envelheceu desde o
meu nascimento, sempre me sentindo responsável por
alguém, ou evitando uma briga, ou trabalhando para manter
meu caminho limpo. Eu nunca tinha sido capaz de ganhar tal
devoção cega para qualquer um da maneira Quinn parecia ter
por mim.

— Você tem certeza de ter apenas dezenove anos? — Eu


perguntei em voz alta, achando difícil acreditar que alguém
poderia ser inocente por tanto tempo.

Quinn corou e pigarreou antes que ele coçou a orelha.

— Na verdade, eu tenho vinte e um.

— Hã? Mas você é um…

— Sim. — Ele deu de ombros e olhou para longe.

— Eu fui suspenso da escola há alguns anos.


Por alguma razão, que me fez lembrar Aspen, que foi
empurrada para frente na escola. Deve realmente foder com
uma pessoa socialmente mexer com seu calendário escolar.

Olhei para ele com uns novos olhos, e abri a boca para
dizer alguma merda sabia quando a porta do banheiro foi
aberta.

Ten tropeçou dentro. Um corte no lábio parecia que


tinha parado de sangramento. Seus olhos estavam
vermelhos, mas ele parecia ter se acalmado um pouco,
porque ele imediatamente começou a se desculpar.

— Gamble, cara, estou tão triste.

Raiva fluiu em minha corrente sanguínea quando eu


subiu para os meus pés. Enrolando de volta o meu braço, eu
dei um soco no olho direito.

— Seu filho da puta.

Ele gemeu e agarrou seu rosto.

— Merda, — ele murmurou, curvando e balançando no


lugar como se isso fosse aliviar a dor.

— Porra, cara. Isso dói. — Ele se endireitou, segurando


o olho. Eu apontei meu dedo no nariz e resmungou.

— Se ela receber qualquer punição por causa do que


você fez, eu nunca vou te perdoar. — Empurrando passei por
ele, abri a porta para sair, mas peguei um par de olhos
arregalados de Hamilton nos observando.

— E você. — Eu apontei para ele. Ele engoliu em seco e


se mexeu um passo para trás. Eu ainda não podia acreditar
que ele tinha vinte e um. Idade suficiente para beber álcool,
ou mais importante, servir.

— Você precisa de um emprego?


CAPÍTULO
VINTE E
CINCO

“Somente aqueles que arriscarão ir mais longe, possivelmente


vão descobrir o quão longe podem ir”

- TS Eliot

ASPEN

Quinta à noite. Noite das Mulheres. O Nightclub


Proibido estava lotado, como de costume.

Depois que eu passo um pouco de maquiagem e


entro no meu par favorito de calças apertadas com botas de
couro altas e top vistoso, eu dei uma volta para o clube,
incapaz de ficar longe do meu homem.
Andando em torno da multidão, eu fiquei perto das
paredes escuras, perguntando se ele estaria nas mesas ou no
bar esta noite. Eu fiz a varredura das mesas em primeiro
lugar, até que avistei um garçom. O colega de quarto de Noel
estava em uma pequena mesa puxando algumas contas de
seu avental preto para dar uma mesa cheia de meninas. Eu
tive um sentimento ruim que eu sabia exatamente onde ele
conseguiu o olho roxo que ostentou toda a semana, então eu
não perguntei a Noel sobre isso.

Como Ten entregou o troco, ele se inclinou para falar no


ouvido de uma menina. Mas tudo o que ele disse deve ter sido
bem ofensivo porque sua boca caiu aberta antes que ela deu
um tapa. Ele apenas sorriu, soprou um beijo, e passeou fora.

Balançando a cabeça, eu me perguntava como Noel


tinha amizade com tal caráter.

O próximo garçom que avistei passou a ser outro aluno


meu. Outro jogador de futebol também. Ele deve ter
percebido o meu olhar, porque ele olhou para cima quando
passou, e quase tropeçou em seus pés. Ele ficou boquiaberto
um segundo antes de pisar em minha direção.

— D... Dra. Kavanagh — Ele cumprimentou. Merda.


Meu disfarce foi arruinado.

— Você precisa de uma bebida.

— Não, eu… — Eu comecei antes de lembrar. Ótimo, se


eu não preciso de uma bebida pela metade do preço na noite
das senhoras então qual a razão eu tenho para estar aqui?
Eu abri minha boca para pedir algo, qualquer coisa, quando
ele acenou com a cabeça em direção à parte de trás do clube.

— Noel está trabalhando no bar esta noite.

Meu queixo caiu.

— Eu... Desculpe? — Franzi a testa, surpresa. No


interior, o meu sistema nervoso ficou confuso com o pânico.

Mas por que ele iria me dizer automaticamente onde


Noel estava? Ele não deve saber que eu estava aqui para ver
Noel.

Como se percebendo que ele acabou de expressar


claramente o que sabia, seus olhos arregalaram.

— Quero dizer... — Ele tossiu na mão. Eu assisti as


rodas em seu cérebro girando, tentando chegar com uma
resposta.

— Eu só quis dizer... Meu amigo, Noel, está no bar...


Você sabe, no caso de você mudar de ideia e queira pedir.
Você poderia ir lá, não há problema, e pedir algo dele... Se
você quiser... Mais tarde.

Ele deve ser o pior mentiroso na face do planeta. Um


brilho instantâneo de suor revestiu seu rosto e seus olhos
corriam como se me implorando para acreditar nele. Mas pelo
menos ele parecia saber que ele foi pego porque ele virou para
longe antes que eu pudesse responder e correu para dentro
da multidão de pessoas.

Eu olhei atrás dele com meu coração batendo. Ele sabia.


Ele sabia sobre Noel e eu. Meus instintos assumiram. Queria
correr para a porta e continuar correndo, porque se esse cara
sabia, então quem mais sabia? Colega de quarto de Noel
sabia. Mais pessoas iriam descobrir.

De repente, senti como se eu estivesse de pé sobre uma


bomba relógio. Isso ia acabar mal. Não parecia haver forma
de sair disto.

— Ei você aí, moça bonita? — Disse uma voz à minha


direita, me trazendo de volta ao presente.

— Posso pegar uma bebida?

Virei lentamente, mecanicamente, para ver outro


garçom se aproximar. Este tinha uma tatuagem no lado do
pescoço, mais algumas correndo para cima e para baixo em
ambos os braços e muitos piercings para contar. Eu olhei
para ele, mas realmente não o vi. A certeza da minha
desgraça iminente pesava sobre mim, e eu não conseguia
respirar muito bem.

Mas o garçom apenas sorriu e estalou os dedos como se


ele me reconheceu.

— Você estava aqui há umas semanas atrás, flertando


com Gamble, não estava? Ele está trabalhando no bar hoje à
noite. — Enrolando o braço em volta da minha cintura, ele
aplicou pressão mais leve para a base da minha coluna e me
levou para frente com ele me acompanhando até o bar.

Ele não estava sendo agressivo, mas realmente muito


atencioso, então eu sabia que poderia recuar e fugir se eu
quisesse. A parte ruim é que eu queria escapar. Eu não tinha
certeza se eu poderia enfrentar Noel naquele momento. Minha
mente estava girando e o objeto na minha bolsa parecia
aquecer através do couro e queimar o lado da minha perna.

Mas eu deixo colega de trabalho de Noel me levar de


qualquer maneira. Ele inclinou ligeiramente para falar no
meu ouvido.

— Ele está um pouco ranzinza esta noite, então talvez


você pudesse animá-lo para nós, hein?

Eu queria perguntar por que Noel estava de mau humor,


mas logo estávamos no bar.

— Ei, Gamble, — o homem ao meu lado chamou quando


ele puxou uma banqueta e me ofereceu a mão para ajudar a
subir e sentar.

Noel estava de costas para nós. Ele estava ocupado


misturando uma bebida, por isso ele não virou
imediatamente. Eu tinha acabado de estabelecer minha bolsa
no colo e endireitar minha coluna no banco quando ele
finalmente olhou para cima.

Seu colega de trabalho apoiou um braço no bar e


outro frouxamente ao redor da minha cintura enquanto ele
gritou acima do barulho.

— Temos algumas ordens por aqui.

Sem tirar os olhos de mim, Noel levou sua bebida para o


bar e colocou sobre o balcão na frente da pessoa que
encomendou. E então ele veio para nós.

— Eu preciso de duas cervejas da torneira, Corona em


uma garrafa, e um fuzzy navel, — pediu o garçom tatuado.
Noel nem mesmo deu atenção. Seus lábios tremeram e
seus olhos brilharam em um sorriso. Finalmente, ele
perguntou:

— O que você está fazendo aqui?

Ele parecia muito feliz em me ver para eu começar


atirando perguntas sobre quantas pessoas sabiam sobre nós.
Porra, eu mesma esqueci o que estava na minha bolsa. Eu
estava muito emocionada por estar em sua companhia
novamente. Nosso tempo juntos em segredo roubado tinha
sido raro nesta semana. Alguns olhares de desejo em toda a
sala de aula foram tudo o que tinha sido capaz de gerir.

Meu corpo se encheu com conhecimento. Eu queria


pegar sua camisa preta apertada e arrastá-lo para o armário
de abastecimento mais próximo para renovar a nossa
primeira vez juntos. Pela maneira como seus olhos brilhavam,
eu tinha a sensação de que ele estava tendo pensamentos
similares.

— Eu vim para uma bebida, — eu consegui dizer.

Seu meio sorriso se transformou em um sorriso cheio.


Com uma piscadela, ele inclinou sobre o bar e com uma voz
rouca disse:

— Então você veio ao lugar certo.

— Hey. — Seu colega bateu na parte superior do bar


entre nós.

— Você me ouviu, princesa? Eu disse que preciso…


— Eu te ouvi, — Noel estalou, mas ele ficou olhando
para mim. Voz caindo novamente para me enfrentar, ele
disse:

— Volto já. Não vá a qualquer lugar.

Ele voltou com um lote inteiro de álcool.

— Duas cervejas da casa, Corona, e um fuzzy navel, —


disse ele, colocando na frente de seu amigo.

— E uma Bud Light Lime para a senhora encantadora.


— Quando ele colocou a bebida na minha frente, ele
acrescentou com uma piscadela, — por conta da casa.

Eu tomei um drinque, saboreando a forma como o


líquido frio molha minha garganta seca. Noel ficou ao redor
para assistir, mergulhando seu olhar para os meus lábios.
Sabendo o quanto ele gostava de bocas, eu tirei meu lábio
inferior entre os dentes e sugo uma gota de cerveja fora dela.

Ele ergueu o olhar.

— Fique até fechar, — disse ele, falando como uma


pergunta e comando.

— Estou indo para casa com você hoje à noite.

A futilidade da nossa situação me inundou de novo, mas


eu acenei de qualquer maneira. Eu simplesmente não
conseguia me manter longe dele. E eu não queria.

Então eu permaneci até o último minuto, e então fiquei


em torno de um pouco mais. Até o momento que apenas uns
poucos clientes ficaram, todos os quatro colegas de trabalho
de Noel tinham curiosamente olhado na minha direção, mas
nenhum me pediu para sair. Estou bastante certa de que
todos sabiam exatamente porque eu estava aqui.

Embora eu esteja animada para passar o tempo com ele


depois que ele sair, eu fiquei preocupada quando eu sentei lá.
Será que todos que trabalham sabem sobre nós? Estávamos
sendo tão óbvio, não estávamos? Deus, quão patético é isso?
Nós nos conhecíamos por dentro e por fora, compartilhei
intimidades mais do que eu jamais compartilhei com outra
alma viva, e nós tivemos que esconder e ocultar tudo como
um par de adolescentes patéticos. Isso tinha que acabar.

Como se sentisse meu humor, Noel olhou por cima. Seu


olhar parecia ver tudo dentro de mim, e ele começou a
avançar, assim quando alguém se aproximou do bar. Eu
poderia dizer pela forma como sua mandíbula apertou
quando ele rangeu os dentes em frustração quando olhou
para a mulher de meia-idade que nos interrompeu.

— Desculpe, minha senhora, — ele disse a ela.

— Mas nós estamos fechados.

— Tudo bem, — respondeu ela, lenta e metodicamente


colocando sua mão sobre o bar.

— Eu não vim para uma bebida.

Sinos de alerta soaram dentro da minha cabeça quando


me virei mais plenamente em sua direção e vi toda ela.
Alguma coisa sobre ela, desde a maneira pura, até a que se
vestia e cada movimento calculado que ela fez, me fez lembrar
minha mãe. Esta mulher era uma cobra, e ela estava
enrolada apertada, pronta para atacar sua próxima vítima.
Quando ela se virou para olhar diretamente para o colega de
trabalho de Noel atrás do bar, eu tinha que virar e olhar
também. Sr. Lowe, que tinha aula de obras primas do mundo
comigo com a sua alegre e enérgica namorada, estava no
caixa, calculando as vendas, de costas para nós.

Como se sentisse os olhos nele, ou talvez ele tenha


ouvido a voz da mulher e reconhecido, suas mãos congelaram
na pilha de vinte.

A respiração parou antes de ele virar lentamente e olhar


diretamente para a cobra. Então ele travou como se ela
tivesse de alguma forma o imobilizado e prendeu em seus
pontos. A cor sumiu de seu rosto, e um punhado de notas de
vinte dólares caiu de sua mão inerte, espalhando no chão.

O olhar em seu rosto era tão familiar para mim. Eu vi


isso muitas vezes no espelho depois de ser atacada por Zach.
Toda vez que eu perguntei a mim mesma: por que isso
aconteceu comigo, por que o mundo me odeia tanto, o que eu
fiz para merecer isso, eu tinha essa mesma expressão no meu
rosto.

Lançando um sorriso conivente, a mulher murmurou:

— Olá, Mason.

Diretamente do outro lado do balcão, eu podia sentir


Noel endurecer. Um olhar para o rosto dele me disse que ele
podia sentir o mal-estar entre Mason e a mulher, tão grossa
quanto eu poderia. Seu olhar correu entre os dois e ele olhou
como se quisesse saltar e defender seu amigo, mas não tinha
certeza de como ou por que...
Depois de tomar uma grande respiração, Mason
finalmente abriu a boca.

— Saia, — disse ele em voz baixa, com exceção do aço


atrás da palavra que enviou calafrios através de mim. Se eu
fosse esta mulher, eu teria ido embora, vejo você mais tarde,
bye-bye agora.

Mas ela apenas sorriu como se seu comando duro a


divertia. Então, ela disse quando piscou, vibrando seus cílios
rapidamente. Ele conseguiu deixá-la nervosa.

— Eu preciso falar com você, querido.

O rosto de Mason passou de branco para verde tão


rápido que eu pensei que ele poderia vomitar por todo o chão.

— Não estou interessado, — ele disse e se inclinou para


recolher as notas caídas, as mãos apertando o suficiente para
amassar.

Ficando impaciente com ele, a mulher se inclinou sobre


o balcão.

— Você não quer saber o que eu tenho a dizer? Eu vim


de tão longe só para te ver.

— Eu não ligo para o que você tem a dizer, — ele


rosnou, ainda lutando para recolher todo o dinheiro que
tinha caído.

— Eu só quero que você vá. Para sempre.

Ela estreitou os olhos e apertou os dentes. Ela não


gostava de ser ignorada... Bem como minha mãe.
Noel se abaixou e ajudou Mason pegar o dinheiro. Eu
não conseguia ouvir o que ele disse, mas ele murmurou
alguma coisa, e Mason acenou com a cabeça em troca. Assim
que ele fez, Noel levantou com as costas eretas, endireitou e
girando para mandar a mulher um sorriso agradável.

— Então, como eu disse, — ele começou de novo — o


bar fechou. Se você puder sair agora.

— Eu não vou embora até falar com Mason.

O sorriso de Noel caiu e sua mandíbula endureceu


novamente.

— Bem, ele não quer falar com você, então... Saia.

Ela olhou, um som de repugnância saiu antes de se


voltar para assistir Mason colocar os vinte de volta no caixa.

— Ele não sabe quem é você, não é? — Ela falou sobre


ombro de Noel.

— Eu duvido que alguém nesta sala saiba o que você


fez. — Ela se virou para olhar para todos os outros caras que
trabalharam na noite das senhoras.

Eles eram as únicas pessoas agora. Ela e eu éramos os


dois últimos clientes restantes. Todos os meninos que
trabalharam de garçom e estavam limpando o chão,
recolhendo lixo, parou o que estavam fazendo, voltando sua
atenção sobre ela.

Tendo ganhado seu público, a mulher má riu e voltou


para Mason.
— Aposto que ficariam muito interessados em saber
como você me usou para fazer o seu dinheiro.

Mason bateu a caixa registradora fechada, me fazendo


pular. Ele se virou para olhar furiosamente para a visitante.

— Que porra é essa que você quer.

Prazer floresceu em seu rosto. Com uma voz suave, ela


murmurou.

— Eu disse a você. Eu preciso falar com você.

— Então diga o que você está morrendo de vontade de


me dizer e vá embora — ele rosnou.

— E nunca mais volte novamente.

Ela olhou para Noel e depois eu antes de lamber os


labios.

— Eu acho que você preferia ouvir isso em particular. —


Ele riu, duro e curto.

— Então, não está acontecendo.

— Tudo bem. — Ela jogou o cabelo e deu um sorriso


frágil.

— Desde que você está me forçando a falar entre os seus


amigos, então eu vou. Estou grávida. E você é o pai. — Ela
deu um passo para trás do bar e desamarrou a faixa em seu
casaco para deixar cair, revelando a cintura aumentada sob a
blusa.
CAPÍTULO
VINTE E
SEIS

“O homem pode ter descoberto o fogo, mas as mulheres


descobriram como jogar com ele.”

Candace Bushnell

NOEL

Bem, porra. Geralmente a ação acontece durante o


trabalho, não depois.

Depois que a amiga puma de Lowe deixou cair à


pequena bomba, Mason olhou para ela como se congelado
por uns bons cinco segundos antes de se virar e desaparecer
no corredor, sem dizer uma palavra.

A mulher mudou para segui-lo, mas eu rosnei.


— Nem pense sobre isso.

— Cara. — Ten apareceu ao lado de Aspen.

— Será que ele não tem uma namorada, a qual ele


mudou da Flórida para ficar junto?

Dei ao meu companheiro de quarto uma cara feia de


cale a boca e virei para... O problema de Mason, que não
parava de me encarar.

— Bem, você ouviu o homem, — eu disse a ela.

— Ele disse para dizer o que queria e sair, então... Hora


de ir, senhora.

Eu tentei ser educado com ela, mas isso não funcionou.


Então eu não me importo de ser direto. Porra, eu estava
ansioso para chegar a esta rude... Pessoa. Ela deixou um
sabor amargo na minha boca por algum motivo. Talvez fosse
porque ela olhou para mim como todos na minha cidade
natal sempre olharam para mim. Como se eu fosse lixo.

— Você não ouviu o que eu disse a ele? Precisamos


discutir isso... Juntos.

Eu ri.

— Querida, se quisesse discutir qualquer coisa com


você, ele teria dito. Mas ele não o fez. Então vai. — Quando
ela não se moveu, eu encarei com força nos olhos e gritei para
Ham.

— Ei, Quinn. Escolte esta senhora elegante até a porta,


ok? — O virgem, precisa de uma tarefa desagradável para sua
primeira noite no trabalho.
O problema de Lowe estava muito ocupada me matando
com seu olhar para perceber que Ham pulou e arregalou os
olhos como se ele queria mijar nas calças em vez de ir a
qualquer lugar perto dela. Mas ele acalmou a tempo para
assustar a merda da cadela. Ela virou quando ele se
aproximou e gritou um som quando 2 m e 111 kg fez contato
visual com ela. Ela não precisa saber que ele era tão
inofensivo como um gatinho. Seu tamanho era tão
intimidador como sua voz grave, quando ele disse:

— Por este caminho.

Ela pulou na engrenagem sem reclamar e foi para fora


do clube em instantes.

Depois que a porta foi fechada e o silêncio desceu no


bar, olhei para Aspen. Ela ergueu o rosto, e nós
compartilhamos um olhar de dúvida.

— Bem, merda, — Ten explodiu.

— Acho Lowe não é tão dedicado a essa namorada dele


como ele fingiu ser. — Suspirei e balancei a cabeça.

— Eu não faria suposições sobre algo que não se sabe


nada.

— Fui só eu, ou aquela mulher assustou todo


mundo? — Perguntou Quinn, que aparece no outro lado
de Aspen no bar. Tremendo, ele esfregou os braços e olhou
para trás em direção à porta da frente como se para se
certificar que todo o mal se foi.
— Eu achei que ela era uma espécie de gostosa, — disse
Ten e mexeu as sobrancelhas.

— Não culpo Lowe por esbarrar feio com um puma


assim. Eu certamente pegava.

Ao ouvir a palavra puma, eu me lembrei de Lowe


dizendo que ele não gostava de pumas. De todo. Franzindo as
sobrancelhas, eu fiz uma careta, totalmente confuso sobre o
que aconteceu.

— Bem, ele está vomitando as tripas, — Pick anunciou,


passeando para fora da sala. Eu acho que ele voltou de
verificar Lowe.

— A iminente paternidade não deve de se adequar a ele.

Aspen soltou um suspiro e abriu a boca como se fosse


dizer alguma coisa, mas, em seguida, ela fechou os lábios e
permaneceu em silêncio. Dei a ela um olhar.

— O Quê.

Com um pequeno aceno de cabeça, ela me enviou um


sorriso tenso.

— Nada.

Eu sabia que não era nada e estudei um segundo a


mais, mas um toque da caixa registradora interrompeu o
silêncio da sala.

— É o telefone de Lowe? — Perguntou Ten.

Os cinco de nós no bar trocaram um olhar. Eu acho que


todos nós sabíamos que o toque do seu telefone celular não
poderia ser uma boa notícia. Uma vez que ninguém mais
estava se mexendo, eu adiantei e olhei para a tela iluminada,
já que continuou tocando. A imagem de uma menina com
cabelos castanhos longos e sedosos e um piercing no nariz
olhou para mim com um sorriso despreocupado e bonito. O
nome sob o seu retrato dizia Reese.

— É Reese, — eu disse, perguntando-

— Esse é o nome de sua namorada, — Pick respondeu,


confirmando minhas suspeitas. Merda.

— Devemos atender por ele? — Quinn foi o primeiro a


perguntar.

Eu abro meus braços.

— E dizer o que? Desculpe, mas o homem não pode vir


ao telefone agora; ele só descobriu que vai ser pai... Com
outra mulher.

Ham fez uma careta e fechou a boca. Olhei para Aspen.


Ela ergueu as sobrancelhas como me dizendo que ela ia
apoiar qualquer decisão que tomar. Mas eu não atendi ao
telefone, e ele finalmente parou. O quarto exalou um suspiro
coletivo de alívio. Até que o telefone começou a tocar
novamente.

— Tenho a sensação de que ela vai continuar ligando, —


Pick disse.

— Ela deve saber que algo está acontecendo.

Droga. Olhei para Aspen novamente. Seu olhar verde


constante me deu o impulso que eu precisava para pegar o
telefone. Eu apertei ‘Aceitar’, ainda pensando no que dizer
para a mulher de Lowe, quando Ten gritou:

— Merda! Você realmente vai dizer a ela que uma garota


mais velha acabou de entrar, alegando Lowe a engravidou?

— Dizer o quê? — A voz de uma menina gritou do outro


lado da linha.

Dupla merda. Em pânico, eu aperto o botão de FIM e


olhou para o meu companheiro de quarto.

— Você idiota, — Pick explodiu, batendo Ten na parte de


trás da cabeça.

— Ele já atendeu ao telefone; ela provavelmente já ouviu


tudo o que disse.

— Oh...Porra. — Ten se murchou os ombros e me enviou


um olhar de desculpas.

— Minha culpa.

— Você quer dizer, desculpa do Lowe, — eu murmurei.

— Maldição. — Eu não deveria ter tentado atender ao


telefone.

Quando tocou de novo, eu pulei, colocando de volta


onde eu o encontrei, em seguida, levantei as mãos e me
afastou lentamente. Lowe ia me matar por isso.

Mason não voltou para o bar até depois que o telefone


parou novamente. Ninguém tinha aparentemente se mudado,
então quando ele saiu da sala de trás, esfregando o rosto,
todos viraram para olhar. Ele estava ocupado limpando as
costas da mão na boca e não notou imediatamente toda a
atenção até que ele olhou para cima. Quando ele nos pegou
olhando, no entanto, ele fez uma parada e deixou cair o
braço.

Seu rosto ainda estava pálido e sua pele parecia úmida


como se ele suou para fora um balde de ansiedade.

— O quê? — Ele resmungou seus olhos correndo com


medo a cada um de nós.

— Jesus, ela não se foi, verdade?

— Hum, — eu comecei e dei um olhar de desculpas.

— Não, ela se foi, mas... Uh, poderíamos ter apenas...


Dito acidentalmente a sua namorada o que aconteceu. —
Quando ele simplesmente piscou, eu limpei minha garganta.

— Seu telefone tocou... E então ele tocou de novo. Eu só


ia deixá-la saber que você estava longe por um minuto, mas...
Sim... Desculpe cara.

Lowe correu ao redor do balcão para roubar o seu


telefone. Depois de se atrapalhar em sua pressa para marcar,
apertou ao ouvido.

— Reese?

— Me deixe adivinhar, — uma voz feminina abafada


falou da entrada do clube.

— A senhora Garrison só apareceu para anunciar que


você colocou um bebê nela.

Eu levantei meu rosto para ver a foto da menina no


telefone de Lowe entrar no Proibida, seguido por uma loira,
que também estava muito grávida.
Maldição, em quantas mulheres Lowe colocou um bebê?

Deixando cair seu telefone ao seu lado, Lowe soltou um


suspiro longo.

— Sim. Certo.

Depois de um rápido olhar entre os dois, eu decidi que


Lowe não ia ser espancado até a morte sangrenta por suas
transgressões. Ele parecia uma merda com seus olhos de
cachorrinho e sua expressão era uma máscara de vergonha e
arrependimento. Mas diferente do que o estiramento de sua
mandíbula, sua garota não parecia que queria matá-lo.

Olhei para Aspen, imaginando o que ela faria se nós nos


encontramos na mesma situação. Embora nós meio que já
tinha, não tinha que, quando ela assumiu que Caroline tinha
sido uma das minhas meninas. E não... Não, ela não tinha
sido muito indulgente. A Reese de Lowe parecia chateada,
mas ela permaneceu racional.

— Eu tinha um sentimento que nós não iríamos nos


livrar dela tão facilmente. — Reese veio à frente, sua amiga
grávida atrás dela. Parando ao lado de Quinn, ela colocou as
mãos sobre o bar e soltou um suspiro cansado do mundo.

— Eu digo, se uma estaca no coração não funciona,


tentamos cortar a cabeça.

Enquanto todo mundo ficou boquiaberto para ela como


se ela tivesse se perdido, Lowe realmente riu. Ele se
aproximou e pegou suas mãos para que pudesse levar à boca
e beijar com reverência. Sério, ele disse:
— Eu estou tão... Tão triste.

Lágrimas brilhavam em seus olhos, mas ela tentou


minimizá-la.

— Ei, se não houver algum obstáculo insuperável em


nosso caminho, não seríamos nós, não é.

Lowe balançou a cabeça e manteve as mãos na boca.

— Você não deveria ter que lidar com isso. — Ele deu
um suspiro profundo e trêmulo.

— Você não deveria…

— Eu acho que ela estava mentindo, — a loira grávida


falou. Depois de lançar seu cabelo sobre o ombro, ela deslizou
para o banco ao lado de Reese e estendeu a mão para a tigela
de amendoins, mas Pick tirou longe antes que ela pudesse
alcançá-los.

Quando ela deu um olhar sujo, ele simplesmente piscou.

— Me deixe te dar um novo lote, Tinker Bell. Quem sabe


que tipo de dedos sujos tem sido nestes toda a noite.

Sua boca se abriu enquanto ela o observava pular por


cima do bar e largar a tigela velha, apenas para puxar uma
caixa e virar uma nova pilha, apenas para ela. Então ele
deslizou em direção a ela com um sorriso indulgente.

— Estou inclinada a concordar com ela, — Aspen falou,


me assustando.

Virei curioso sobre ela falar.

— O que você quer dizer?


— Quero dizer, eu acho que ela estava mentindo,
também.

— Exatamente — a loira grávida chorou, levantando a


mão em um gesto de agradecimento para Aspen. Sua boca
estava abafada por nozes quando ela acrescentou,

— Eu quero dizer, Olá! Ela parece estar quase tão longe


como eu sou, certo? Todo mundo que precisava saber sobre o
meu bebê soube meses atrás. Por que ela esperaria tanto
tempo para soltar a bomba agora?

Reese fechou seu olhar para Lowe, com os olhos


brilhando de esperança.

— Eva tem um bom ponto. E o que acontece com seu


noivo? Como ela sabe que não é seu?

Lowe puxou o lábio inferior entre os dentes, olhando


pensativo.

— Talvez ela levasse um tempo para me encontrar.

— Sim, certo. — Reese bufou.

— Você sabe bem, que a cadela conhece cada passo que


você deu desde que deixou Waterford. Ela descobriu tudo que
havia para saber sobre mim dentro de um mês. Não há
nenhuma maneira que ela perdeu o controle de você.

— Então, espere, espere, espere. — Ten acenou com as


mãos.

— Lowe, você fodeu seriamente outra mulher, talvez até


mesmo a engravidou, e você... — Ele colocou seu olhar sobre
Reese, — não está chateada agora?
— Oh, eu estou chateada, — Reese foi inflexível para
reclamar.

— Mas não com Mason. Além disso, este evento...


Particular aconteceu antes de nós. — Em seguida, ela limpou
sua garganta e baixou o rosto antes de murmurar.

— Tecnicamente.

Lowe estremeceu e estendeu a mão para correr a mão


sobre seu cabelo antes de se inclinar sobre o bar para beijar
sua cabeça.

— Eu não posso acreditar que isso está acontecendo.


Você é a única pessoa com quem eu quis ter meus bebês.
Jesus, Reese... — Ele apertou os olhos fechados e pressionou
a testa dela.

— Não podemos voltar tudo para que eu possa voltar


fazer certo da primeira vez.

Olhei para Aspen porque, porra, a conexão de Reese e


Mason simplesmente me atraiu para ela, querendo um gosto
do mesmo vínculo que eles compartilhavam.

Ela olhou para mim como se ela sentia o mesmo. Seus


olhos brilhavam com lágrimas. Então ela se virou para o
casal.

— Eu tive muita experiência com pessoas assim... Sra.


Garrison, não é?

Reese voltou para Aspen, enxugando suas bochechas


molhadas.

— Isto mesmo.
— Certo, — murmurou Aspen com um tom suave.

— E eu aprendi a ver o certo quando diz que eles estão


mentindo. Cada pessoa pode ser diferente, mas eles sempre
fazem algo para denotar a mentira. E de seu comportamento,
eu nem acredito que ela estava grávida, e muito menos sobre
a paternidade da criança.

Lowe soltou um suspiro aliviado.

— Realmente?

Ela balançou a cabeça.

— Mas ela mostrou a barriga grande aqui. — Ten


estendeu a mão e mostrou a barriga. Próximo a ele, Ham
assentiu, pensando que a puma parecia grávida também.

— Ela não estava bem em forma, no entanto, — Aspen


insistiu. Ela apontou para a loira.

— Seu estômago parece quase perfeitamente redondo,


enquanto a outra mulher era mais... Oblongo.

Apoiando os cotovelos no balcão, se debruçou sobre o


balcão e tocou a barriga da loira.

— Você tem a barriga mais adorável de bebê que eu já


vi.

— E os seios da outra mulher não pareciam tão


inchados quanto os dela, — Aspen continuou.

Pick bufou.

— Eu diria o mesmo.

A loira lançou um olhar.


— Quem é você, afinal?

Ele sorriu para ela.

— Pick4 -

Ela piscou.

— Escolher o que? Eu não estou entendo o seu nome.

— Não, esse é o meu nome, Tinker Bell. Pick, abreviação


de Patrick Jason Ryan. Você gosta?

— De qualquer forma. — Aspen levantou a voz para falar


sobre estranho flerte de Pick.

— Ela não tinha nada da retenção de líquidos que esta


menina tem no rosto.

A grávida engasgou, agarrando seu rosto enquanto ela


virou-se para Reese.

— Eu tenho retenção de liquido?

— O Quê? Não! Não, querida. Nada em tudo.

— Então eu tenho, então?

Rangendo os dentes, Reese enviou Aspen uma


carranca. Eu pensei que eu ia ter que saltar por cima do bar
para defendê-la, mas a porta da frente se abriu novamente.

Sra. Garrison retornou.

— Hamilton — eu rosnei.

— Vai travar a maldita porta antes que alguém entre


aqui. Vai.

4
Pick = Escolher.
Se Jessie souber que tivemos muitos visitantes no
edifício depois de fechar, ela iria pirar. Mas então, eu acho
que ela não teria de se preocupar tanto sobre isso, se ela se
preocupar em entrar de vez em quando. Ela podia lidar com
esta cena em vez de deixar para nós para lidar.

— Alguém tem uma machadinha à mão? — Reese


grunhiu, afastando do bar para enfrentar a Sra Garrison.

— Porque eu estou sentindo a necessidade impiedosa de


cortar uma cadela.

— Cara. — Ten bateu o cotovelo em Hamilton, olhando


mais interessado quando ele saltou sobre os dedos dos pés.

— Luta de garotas. Impressionante.

Lowe pulou do bar e estava ao lado de sua mulher em


um microssegundo. Envolvendo um braço em volta da
cintura, ele a puxou de volta contra seu peito enquanto
olhava para a mais nova chegada.

— Eu disse para não voltar. E deixei muito claro antes


mesmo de eu sair da Florida que eu nunca mais quero ter
nada a ver com você novamente. Por que você está fazendo
isso?

Ela o ignorou, sorrindo quase agradavelmente para


Reese... Quase sendo a palavra-chave, porque não havia nada
agradável sobre o brilho em seus olhos.

— Reese, — ela murmurou, balançando a cabeça em


reconhecimento.

— Tem sido muito tempo desde a última vez que te vi.


— Eu sei, não é? — Reese respondeu com o mesmo
sorriso falso antes que ela zombou.

— Minha mão parou de coçar desde a última vez que eu


bati em você.

— Ohh! — Ten gritou, batendo o joelho e vaiando.

— Ardeu.

Sra. Garrison estreitou os olhos.

— É preciso libertá-lo, querida. Ele não pertence aqui.

Reese soltou fora uma risada.

— Eu? Soltá-lo? Você está brincando comigo? Você é a


única que…

Lowe cobriu a boca com a mão, abafando suas


palavras.

— Nós não estamos falando disso, — disse ele.

— A única pessoa que precisa deixar Illinois é você.

A voz da Sra. Garrison quebrou quando ela perguntou:

— Mas e sobre o nosso bebê? — Assim seus cílios fez a


coisa de vibração.

Visivelmente estremecendo, ele balançou a cabeça.

— Você não está mesmo grávida. Eu não sei por que


você está mentindo ou o que você acha que vai conseguir,
mas nada que você possa fazer vai me fazer deixar minha
vida aqui ou ir para longe de Reese.

— Oh, eu posso adivinhar por que ela está fazendo isso.


— Reese puxou a mão de Lowe fora de sua boca.
— Eu aposto que seu noivo a deixou, e ela não tem
ninguém para torturar.

Pela forma como a mulher mais velha olhou, eu percebi


Reese deve ter acertado.

— Se eu não estou grávida, então como você explica


isso? — Mais uma vez, ela fez uma performance dramática de
abrir o casaco mostrando seu estômago.

— Oh, por favor. — A loira que Reese chamou Eva riu.

— Essa é a mais falsa barriga de grávida que eu já vi.

Quando a Sra. Garrison olhou com a testa franzida, ela


mostrou sua própria barriga.

— Isto é real, mel. Então, por que você não para de


perseguir Mason e minha prima Reese, e rasteja de volta para
sua casa na Flórida, e encontre alguém novo para assediar.
Na verdade, procure por Madeline e Shaw Mercer por que
não? Eles realmente merecem a sua atenção. — A mulher
meramente fungou para ela.

— Eu devia ter adivinhado que você era altiva priminha


Mercer de Reese. Eva, não é? A quem ficou grávida de Alec
Worthington como armadilha para um casamento.

— Ok, chega, — Reese estalou.

— Por que você ainda está aqui? Ninguém quer você


aqui.

— E ninguém acredita em você. — Acrescentou Lowe.


— Então, você está realmente acreditando na
possibilidade de que esta barriga poderia ser falsa? — Sra.
Garrison cuidadosamente esfregou sua barriga.

— Tem certeza que você pode viver com a incerteza de


saber se tem uma criança lá fora, ou não?

Os olhos de Lowe cresceram atormentados. Ele puxou a


menina para mais perto de seu peito. Reese me impressionou
quando ela esfregou o braço suavemente. Isso me fez pensar
o que aconteceria se eu fosse colocado nessa situação. Depois
de quase criar Caroline, Brandt, e Colton, eu sabia que
nunca poderia virar as costas para a probabilidade de ser um
pai. Mas agora que Aspen está na minha vida me mataria
pensar em ter filho de outra pessoa.

Percebendo o que eu pensei, eu dei um olhar assustado.


Mas eu realmente tinha só? Será que isso significa que eu
não queria bebês de mais ninguém, mas a dela? Uau. Eu
acho que eu tinha apenas pensei que isso. Que foi rasgando
fora.

— Hey, eu vou oferecer para descobrir se é real. —


Quando Ten esfregou as mãos com um sorriso malicioso e
deu um passo em direção a Sra. Garrison, ela gritou e pulou
para longe dele, levantando o dedo ameaçador.

— Venha perto de mim, e eu vou chamar a polícia tão


rápido que a sua cabeça vai girar. Ninguém me toca.

— Então eu não estou convencido de que você está


grávida. — Lowe colocou o rosto contra Reese, aparentemente
encorajado pela sua presença. Seu tom de pele não era mais
cinza, e agora ele parecia mais chateado do que assustado.

— É um menino, — a mulher persistente continuou.

— Eu aposto que ele vai ter seus olhos e seu cabelo


bonito. Estou pensando no nome Christopher Mason.

Quando Lowe mais uma vez ficou branco, eu decidi que


eu tinha o suficiente. Alguém precisava assumir o controle da
situação e cortar o mal pela raiz.

— Pare já, — eu disse, olhando para baixo à senhora


Garrison.

— Você já foi longe demais, — acrescentou Aspen,


saindo de seu banquinho e abrindo sua bolsa.

— Porque está é uma mentira que você não pode


suportar. Nós podemos ficar por aqui, brincando toda a noite
e não resolver nada. Ou podemos provar se você está dizendo
a verdade em poucos minutos. — Puxando um pequeno saco
de papel marrom de sua bolsa, ela abriu a final e extraiu uma
caixa. Quando eu olhava para me concentrar nele, eu percebi
que era um teste de gravidez caseiro. O que...?

Atordoado e sem palavras, eu fiquei boquiaberto para


ele, minha boca caindo em direção ao chão. Levantando meu
olhar, encontrei o de Aspen em tom de desculpa quando Ten
explodiu.

— Merda, Gamble. Você engravidou a Dra. Kavanagh?


CAPÍTULO
VINTE E
SETE
“Com coragem o suficiente, você pode fazer sem uma
reputação”

Margaret Mitchell, Gone with the Wind

ASPEN

Noel não pararia de me olhar. Incapaz de responder a


pergunta gritando em seus olhos, eu me virei para Mason e
Reese.

— Aqui. Tenham suas respostas.

Eles pareciam tão chocados como Noel estava, no


entanto. Finalmente, Reese balançou a cabeça como se para
limpá-la e pegou a caixa da minha mão.
— Obrigada. — Sua mandíbula firme com determinação,
ela enfrentou a mulher que estava pirando como minha mãe.

— Bem, tudo bem então. Onde é o banheiro nesse


lugar?

— Eu não estou fazendo essa coisa. — Sra. Garrison


deu um passo para trás horrorizada.

— Sim, você está, — disse Mason, sua voz determinada


e dura. Quando ela olhou como se ela ia objetar, ele sorriu.

— Eu vou te dizer o quê. Você pega esse teste, e se ele


der positivo, eu vou com você agora.

— Desculpe? — Reese chiou para ele. Ele apertou seu


ombro como se implorando a ela para confiar nele.

— Mas se você se recusar, eu quero que você saia e


nunca mais entre nesse estado de novo.

Um momento de indecisão atravessou o rosto da mulher


mais velha, mas ela finalmente concordou.

— Tudo bem, então, — disse Reese.

— Estou observando cada passo que você dá até isso


acabar.

— Você não vai com ela, — Lowe insistiu no mesmo


momento a Sra. Garrison se irritou e disse:

— Você não está vindo comigo.

— Eu irei. — Eva, a verdadeira mulher grávida, levantou


a mão.

Mas Pick agarrou seu cotovelo.


— Eu não penso assim, Tinker Bell. Se Lowe não confia
em sua mulher sozinha com essa louca, então você com
certeza não vai perto dela. Não em sua condição.

Eu tive um sentimento que a Sra. Garrison iria tentar


enganar Eva para fazer xixi na vara para ela. Então, eu
respirei fundo e tomei o assunto em minhas próprias mãos.

— Me dá a caixa. — Quando Reese prontamente


entregou, olhei para a senhora Garrison.

— Por aqui.

— E quem você pensa que é? — Ela zombou, sem se


mover.

— Ela é Dra. Kavanagh, — Reese respondeu por mim,


enfatizando a parte doutora como se quisesse que Sra.
Garrison pense que eu era um médico, não um acadêmico.

Sra. Garrison apenas estreitou os olhos.

— Bem, não é legal?

— Agradável assim. — Bem familiarizado com a forma


de tratá-la, eu dei um aceno, demonstrando a minha
indiferença dura.

— Agora, vamos? — Eu me virei, não esperando por ela


e não fiquei surpresa quando ouvi seu passo atrás de mim.

— Senhor Gamble, — Eu disse, erguendo meu queixo


alto.

— Você poderia, por favor, nos escoltar?


Ele estava fora do bar antes que eu pudesse piscar,
tomando meu cotovelo suavemente. Sem dizer uma palavra,
ele nos dirigiu para o corredor. Ninguém mais seguido.
Estávamos no meio do corredor escuro, antes que ele se
aproximou e sussurrou em meu ouvido.

— Estamos indo falar sobre isso.

Eu balancei a cabeça.

— É a razão pela qual eu vim vê-lo esta noite.

Ele soltou um longo suspiro.

— Merda. Você realmente acha que você está…

— Eu espero que você acha que vou fazer xixi em uma


vara na sua frente doutora? — A voz áspera atrás de nós fez
Noel cavar seus dedos um pouco mais fundos no meu braço.
Eu poderia dizer que ele estava prestes a dizer algo
degradante, então eu rapidamente falei.

— Oh, você não vai estar perto da vara. Mas eu acho


que você pode lidar com o resto em seu próprio modo. — Fiz
uma pausa na frente da porta do banheiro e estendi um copo
que eu tinha fraudado do bar.

— Tudo o que precisamos é uma amostra.

Sra. Garrison olhou para o copo um momento antes de


arrebata-lo do meu lado. Então ela jogou contra a parede,
fervendo. Com o copo quebrado, ela exigiu.

— Onde está a porta de trás do caralho neste lugar?

Noel apenas riu.


— Desculpe, não temos um.

Ela olhou para ele por um momento antes de girar e


sair.

Compartilhando um olhar com Noel, eu levantei minhas


sobrancelhas.

— Bem, eu acho que ela estava blefando.

Ele passou um braço em volta da minha cintura e beijou


meu cabelo.

— Ela pode não estar grávida, mas quais chances de


que você não está?

Quando a mão se estabeleceu baixo na minha barriga,


uma lavagem de calor se espalhou através de mim.

— Eu... Eu não tenho certeza. Eu estou apenas com


alguns dias de atraso, mas...

— O armário, — disse ele.

— Sem proteção. Eu lembro.

— Sim. — Eu fechei os olhos e respirou através de meus


dentes.

— Eu nunca fui regular. Então, isso pode não significar


nada. Eu só... Precisava saber.

Noel me embalou perto, enterrando seu rosto no meu


pescoço.

— É estranho. Mas eu não estou tão apavorado como


pensei que estaria.
Eu levantei meu rosto enquanto seus dedos traçavam
lentamente minha mandíbula.

— O que você está dizendo?

— Estou dizendo que se você estiver, vai ficar tudo bem.


Talvez melhor do que bem. Um pouco prematuro, mas eu
estaria... Bem com isso.

Minha respiração ficou presa no meu peito. Mas ele


apenas me disse que realmente queria ter filhos comigo? Eu
não sabia como responder. Uma alegria imediata borbulhou
no meu peito, basta saber que ele se sentia assim, mas eu
sabia que a ideia de um bebê agora seria ruim. Pior do que
ruim.

E ainda assim... Uma parte de mim queria que fosse


verdade, queria Noel e eu juntos e fazer uma família. Alguém
para amar e que me ame em troca.

— Então, — Noel cutucou, pegando meu queixo e


levantando o meu rosto até que eu fui forçada a olhar para
ele.

— Você estaria bem com isso?

Eu abri minha boca, mas eu ainda não tinha certeza de


como responder. Meu instinto inicial era de gritar sim e saltar
em seu braço para que pudéssemos abraçar e viver felizes
para sempre. Mas cada vez que eu tentei imaginar nosso
futuro, ele apenas parecia condenado.
— Dra. Kavanagh! — A voz de êxtase de Reese Randall
foi gritada ao fundo do corredor antes de ela correr para nós e
me abraçar apertado.

— Você fez isso. Você estava certa. Ela estava totalmente


mentindo. Meu Deus. Obrigada.

Eu estava muito assustada com o contato para abraçá-


la de volta antes que ela foi se afastando e empurrando seu
cabelo fora de seu rosto.

— Eu não acho que poderia ter manipulado isso


diplomaticamente sem você. Você é uma salva-vidas. Ah, e
obrigada por, você sabe, vir junto comigo quando eu fiz soar
como se você fosse médica.

— Não é um problema, — eu disse a ela, tentando


parecer graciosa e professora, mesmo que eu totalmente
destruí sorrindo e acrescentando,

— Foi divertido. — Havia apenas algo eternamente


alegre sobre Srta. Randall, ela sempre encheu minha classe
de obre primas mundial com uma vivacidade alegre e tirou o
bobão despreocupado em mim.

Mas então ela matou completamente o meu brilho,


inclinando para sussurrar.

— E boa sorte em seu próprio teste, no entanto, você


quer que ele saia. — Quando ela olhou visivelmente em
direção Noel, eu percebi que ela sabia... Todo mundo aqui
sabia que ele e eu estamos juntos.
E Noel não ajuda a situação, no mínimo, quando ele me
levou para fora do salão, um minuto depois, chamando ao
longo do bar seu companheiro de quarto que ele não
precisava de uma carona para casa, enquanto ele
possessivamente colocou a mão na parte inferior das minhas
costas para me levar a saída.

Sr. Hamilton nos deu adeus e, educadamente,


chamando.

— Boa noite, Noel. Noite, Dra. Kavanagh, — só fez a


situação pior.

Se eu estiver grávida, todo mundo saberia que meu


aluno era o pai.

“Você não ama alguém por causa de sua aparência ou suas


roupas ou seu carro. Você ama porque ele canta uma canção que só
o seu coração pode entender.”

- LJ Smith

— Então, por que você acha que ela fez isso?


Mordendo meu lábio inferior, saio do estacionamento do
Proibida. No banco do passageiro, Noel nervosamente bate os
dedos em seu joelho. Ele faz muito isso quando ele não está
muito confortável. Bem, eu não estava exatamente pronta
para colocar minhas velhas pantufas de coelho e me enrolar
com um bom livro e eu mesma.

Após a saída decepcionante da Sra. Garrison do


Proibida, eu estava pronta para esquecer após essa cena,
enquanto Noel, obviamente, não estava.

— Quero dizer, que porra? — Ele olhou em todo o


interior do meu carro para mim.

— Eu não entendi. A mulher veio de longe da Flórida


para dizer uma mentira para Lowe que ele teria descoberto
com o tempo. Por que tudo isso mesmo?

Eu me concentrei em sua pergunta, porque eu não gosto


de pensar sobre como perigosamente público nosso
relacionamento estava se tornando, e que era a única coisa
que vinha na minha mente agora.

— As mulheres como ela usam o que podem para


manipular as pessoas, — eu disse a ele.

— Ela sabe que pode pensar rápido. Talvez ela estivesse


esperando que Mason fosse seguir cegamente para a Flórida
para que ela pudesse achar uma chance de vir acima com
alguma outra coisa para usar contra ele e mantê-lo lá. — Noel
bufou.
— Sim, mas... Por que passar por todo esse problema
para alguém que não quer ter nada a ver com você? — Dei de
ombros, imaginando minha mãe.

— É tudo sobre controle. Ela prospera na gestão das


pessoas em sua vida. E cada pequena coisa que eles fazem.

— Eu gosto de controle, — ele argumentou.

— Eu sou o maldito quarterback da minha equipe e eu


me considero o chefe da minha família. Porra, eu tenho posto
para cima o Proibida. Mas eu nunca…

Estendendo a mão, eu coloco a minha sobre a dele para


parar os dedos de bater.

— Isso é porque você sabe a diferença entre liderança e


ditadura. E você tem um cérebro racional em funcionamento.
Ela não. Eu duvido que qualquer um de nós possa
compreender a forma como ela pensa. Ela está tão
acostumada a manipular, chantagear, fazer o que quer e
conseguir o que quer, ela tem esta viagem de ego acontecendo
e acha que ela não pode falhar em nada. Em sua própria
mente, ela é invencível.

Passando a mão onde nossas palmas estavam juntas,


ele entrelaçou os dedos e deu um aperto caloroso.

— Parece que você tem alguma experiência com pessoas


como ela.

Eu balancei a cabeça e fiz uma pausa em uma rua de


quatro vias.
— Eu faço. Sra. Garrison é a cara da minha mãe.
Conheço bem o seu tipo.

Ele trouxe meus dedos até a boca para beijá-los.

— Eu sabia que havia uma razão que eu já não gostava


de sua mãe. — Em seguida, ele mudou de assunto,
segurando a bolsa contendo o meu teste de gravidez e
sacudiu.

— Você ainda está fazendo isso quando chegarmos a


casa, certo?

Uma lufada de ar saiu meus pulmões.

— Claro.

Seus dedos voltam a bater. O silêncio encheu o carro.


Eu estava realmente tentada a ligar o rádio para matar a
tensão.

— Então, esta noite se transformou em uma espécie de


Baby-Palooza, hein? — Noel olhou para cima e me mandou
um olhar ilegível.

— Quero dizer, que com essa senhora entrando para


assediar Lowe, em seguida, a garota com sua namorada, que
realmente estava grávida. A minha irmã. E agora você...

Quando seus olhos mostraram o quão nervoso ele


estava, eu percebi que era por isso que ele tinha ido divagar
sobre os problemas de Lowe. Ele tinha medo de levantar a
questão real.

Nós.

— Eu provavelmente não estou. — Tentei tranquilizá-lo.


— Como eu disse, eu nunca fui regular. Mas passou
tempo suficiente para ter alguns resultados precisos, então...

— Não, está tudo bem, — ele me disse.

— Entendi. E estou com você cem por cento. Eu não


quero esperar para descobrir. Quero saber hoje à noite.

Eu balancei a cabeça e puxo para a minha garagem.


Depois que desliguei o carro, ambos continuamos sentados
lá, olhando para frente sem se mexer, até que Noel explodiu:

— Ok, é muito estranho que eu esteja excitado agora?

Virei pasma com ele.

— O Quê?

Ele virou para mim, também.

— Eu não posso parar de pensar nisso. — Ele estendeu


a mão e tocou meu ombro timidamente antes que seus dedos
deslizaram pelo meu braço.

— E se uma parte de mim está crescendo lá dentro? Em


você? Eu sinto que marca você, como estamos tão incrível
juntos, uma forma de vida totalmente nova desenvolvido para
conter o transbordamento. — Seu toque parou em meu
abdômen antes de pressionar levemente.

— É tão gostosa. Nós poderíamos ter apenas criado arte


em conjunto, Aspen. Uma obra-prima.

Inclinando sobre o console central, ele beijou minha


boca e então deslizou sua língua dentro. O beijo começou
quente e lento, mas não demorou muito para ganhar calor e
fervor. Antes que eu percebesse, nós dois estávamos
ofegantes e esticados no banco da frente para alcançar mais
um do outro.

— Eu não posso esperar. — Ele tirou minha camisa por


minha cabeça e jogou no banco de trás antes de agarrar
minha cintura e puxar ao seu colo.

— Vem cá, mulher.

— Mas o que sobre- — Nós ainda estávamos no meu


carro, os passos da frente eram apenas alguns pés de
distância. Estava escuro, sim, mas ainda assim... Qualquer
um poderia caminhar e ver.

— Eu não me importo, — ele murmurou, empurrando


para baixo os copos do meu sutiã.

— Eu preciso de você. Agora.

Quando ele chupou um dos meus mamilos doloridos


em sua boca, ele me rendeu a morte cerebral a partir daí, e,
de repente, eu não me importava tanto. Eu segurei sua
cabeça e peguei punhados de seu cabelo em minhas mãos
enquanto eu montei sua ereção através de nossas roupas. A
sucção que ele teve sobre mim parecia dar um puxão em um
nervo ligado diretamente ao núcleo entre minhas pernas,
porque me iluminou até que eu estava me contorcendo contra
ele, me atrapalhei entre rasgar e abrir a braguilha de sua
calça jeans.

Puxando em minha mão, eu bombeio, amando a


sensação de veludo sobre aço. Sua boca se livra de meu
mamilo para que pudesse gemer e bater a cabeça de volta
contra encosto do assento.
— Droga. — Ele empurrou seus quadris para cima,
deixando-me saber que ele queria mais. Eu apertei mais
difícil e fui mais rápido.

— Sim, — ele sussurrou, inclinando a cabeça para


frente. Mas com a mesma rapidez, ele pegou minha mão e me
puxou para longe.

— Pare. Eu quero gozar dentro de você.

Tirar minha calça foi um truque. Nós dois nos


atrapalhamos desajeitadamente, ele amaldiçoou em
frustração, e eu tive que jogar a cabeça para trás a rir sobre a
bobagem disso. Mas assim que elas estavam fora do caminho
Noel jogou contra a janela do motorista, agarrou meus
quadris e levou meu corpo, onde ele precisava de mim.

Com minhas pernas abertas sobre sua, ele abriu os


próprios joelhos, tanto quanto ele poderia no espaço do banco
para que ele pudesse de fato se espalhou além de mim.
Então, ele me puxou para baixo e me encheu. O choque me
fez suspirar. Meus músculos se apertaram em torno dele,
precisando de alguma coisa para segurar, para me unir até
este momento, então eu não poderia apenas flutuar.

— Deus! Maldição. — Os dedos dele em meus quadris


me puxaram para cima, só para me empurrar de volta para
baixo. Foi me enchendo com seu primeiro impulso. Mordi o
lábio e segurei seus ombros.

— Eu amo isso, — ele ofegava.


— Porra, eu amo estar dentro de você. — Sua respiração
estava áspera e seus olhos encapuzados quando ele
encontrou meu olhar.

— Você é tão linda. Jesus, Aspen. — Ele pressionou sua


testa na minha.

— Nada deve ser tão bom. Eu não quero que isso acabe.

A professora de literatura em mim imediatamente teve


um momento Robert Frost. Nada que brilha como ouro pode
permanecer. Bem, Noel Gamble foi o pote de ouro de felizes
para sempre no fim de meu arco-íris. Que isso fez dele o meu
vislumbre de alegria? Meu ouro que não poderia ficar?

Seus dedos encontraram a minha nua, barriga lisa como


se procurasse o nosso filho. E se houvesse um bebê lá
dentro? E se ele tivesse plantado um pedaço dele para
sempre dentro de mim? Uma parte de nosso legado poderia
sobreviver de geração em geração. Talvez o nosso ouro
pudesse ficar.

Meu corpo se transformou em fogo líquido enquanto ele


me levou direto para o pico sem piedade, me dirigindo em
linha reta em êxtase. Gozamos juntos, beijando e tocando,
unidos em mais maneiras do que eu provavelmente poderia
contar. Com eu enrolada nele, ele enterrou o rosto no meu
cabelo, me segurando perto, a única coisa que eu conseguia
pensar era: Por favor, não deixe que isto chegue ao fim ainda.
Apenas um pouco mais.
Então, eu fiz xixi na vara.

Depois do que aconteceu no carro, meus joelhos eram


instáveis para andar em linha reta. Noel tinha sido sempre
um amante intenso, mas desta vez ele me deixou abalada.
Mas ele deve ter sido muito afetado, porque ele não queria
parar de me tocar.

Uma vez que encontramos todas as nossas roupas e


estávamos decentes o suficiente para correr para dentro sem
ser apanhado em flagrante delito pelos vizinhos, ele pegou a
minha mão. Ele nem me deixou ir ao banheiro sozinha, que
foi um pouco pessoal demais para mim. Eu o mandei para
fora. Mas assim que eu terminei, ele abriu a porta, pondo sua
cabeça para dentro, me envergonhando, porque basta saber
que ele tinha me escutado era um pouco estranho.

— Qualquer coisa ainda? — Perguntou ele, aproximando


e alisando a mão pelo meu braço quando olhou para a tira de
teste.

Eu balancei minha cabeça. Nós ficamos em silêncio,


olhando para o teste. Mais trinta segundos se passaram e,
finalmente, uma linha começa a aparecer.

Noel apertou meu braço.

— Aqui vamos nós.

Eu segurei minha respiração, esperando, esperando.


Nenhuma segunda linha apareceu. Meus ombros caíram.
Noel levantou o olhar, seus olhos azuis sondagem.

— Isto significa que deu negativo certo?

Eu balancei a cabeça, incapaz de falar uma única


palavra. Minha garganta fechou, ficando instantaneamente
seca. Eu tentei limpar delicadamente, mas não ajudou.

— Bem. — Ele soltou um longo suspiro, olhou a parede


por cima do meu ombro, em seguida, passou a mão pelo
cabelo antes de pôr em seu quadril.

— Merda.

Eu levantei meu rosto, surpresa ao ouvi-lo dizer isso.


Será que ele realmente queria que fosse positivo? Meu Deus.
Se tivesse? Eu estava tão esperançosa. Pensei que negativo
foi o resultado que eu estava esperando. Mas eu me senti tão
decepcionada agora que era o resultado que eu cheguei.

— Eu acho... Eu acho que nós apenas soltamos uma


bomba lá, — disse ele, apenas para estremecer e olhar para
longe.

Incapaz de lidar com saber que ele queria tão mal como
eu, eu passei por ele, fugindo do banheiro.

— Aspen? O Quê...?

Corri pelo corredor, precisando de espaço. Tudo dentro


de mim parecia que ia estourar. Mas uma vez que cheguei à
sala da frente, percebi que este não era o lugar que eu queria
estar. Eu queria estar de volta no carro, no colo de Noel,
segurando firme o meu pedaço de ouro.
Lágrimas queimaram em meus olhos, mas eu me
recusei a chorar. Sentei cegamente no braço do meu sofá e
agarrei as almofadas de encosto para o apoio. Minha
garganta fechada. Eu provavelmente deveria ter me servido
uma bebida, mas eu sentei lá. Eu me senti como se eu tivesse
acabado de perder um filho, quando na realidade eu tinha
evitado um desastre completo.

— Aspen? — Noel apareceu com cautela na porta do


corredor, onde parou como se tivesse medo de se aproximar.

Eu olhei para ele e balancei a cabeça.

— O que estávamos pensando? Se eu estivesse grávida,


que teria sido dele. O segredo teria saído. Você seria expulso
da escola. Eu perderia meu emprego. Os seus irmãos... Seus
irmãos... Por que nós tivemos alguma forma de esperança
nisso?

Noel avançou, parou, depois deu um passo à frente


novamente. Ajoelhado na minha frente, ele segurou minhas
mãos e levantou à boca para beijar suavemente meus dedos.

— Porque nós queríamos criar uma prova de quão


incrível somos juntos. Queríamos um legado vivo de nosso
vínculo.

Suas palavras eram a verdade absoluta. Eu queria algo


tangível e real que era metade de mim e metade dele. Eu
sofria por ele, a necessidade de nos fazer tão permanente
quanto possível.

— Mas é a coisa mais irresponsável que poderia ter


feito. Isto ficou completamente fora de mão. Esquecemos de
usar proteção de novo, agora, no carro. E nós estamos
deixando muitas pessoas saber sobre nós. Droga, todos no
bar esta noite sabiam que estamos juntos. E agora eles
sabem que estamos arriscando o suficiente para
eventualmente engravidar. Porra, quatro deles são estudantes
meus. — Noel fez uma careta.

— Se serve de consolo, estou bastante certo de que


podemos confiar em todos eles.

Bastante certo? Fechei os olhos e inclinei a cabeça.


Jesus, não era apenas grande.

— É muito perigoso. Muito imprudente. Temos de ser


racionais.

Ele gemeu e pressionou a testa para nossas mãos


entrelaçadas.

— Eu odeio quando você é racional, você sempre tenta


me deixar quando você é racional.

Com uma risada dura, eu puxei as minhas mãos fora de


seu alcance.

— Porque é a coisa certa a fazer, Noel. Meu Deus, você


não percebe o quanto nós perdemos o controle quando
estamos juntos, o quanto nós colocamos em risco? Esta é a
segunda vez que fizemos sexo sem qualquer tipo de proteção,
e você disse que nunca…

— Eu sei o que eu disse, — retrucou irritado quando ele


passou a mão pelo cabelo e empurrou para seus pés.
— E não é como eu quis dizer. É só que... Tudo com
você é diferente. Isso é todo o ponto de tudo isso. Se não fosse
você, se fosse apenas outra garota, não teríamos qualquer um
desses problemas. Eu não perderia minha cabeça quando
você está perto, e eu não iria esquecer os meus malditos
preservativos. Mas, em seguida, não preciso me preocupar
em lembrar também, porque você é minha professora e eu
não teria qualquer problema em ficar longe. Mas você é
diferente. Você é mais. E é exatamente por isso que vale a
pena o risco.

— Não. — Eu balancei minha cabeça, mesmo que suas


palavras foram ficando boas em mim. Ele sempre soube
quebrar minha contenção. Porque ele era diferente também.
Ele era mais para mim também.

— Não vale a pena. — Desde que ele era mais, eu não


queria que ele se machucasse.

— Baby. — Colocando meu rosto, ele veio para um beijo.


Eu sabia que o momento em que sua boca tocasse a minha,
eu seria um caso perdido. Nós estaríamos de volta onde
começamos, para o momento de esquecer a realidade... De
novo. Então eu puxei para longe, fazendo ele se irritar.

Deixando-me recuar, ele soltou um suspiro duro e


passou a mão pelo cabelo.

— Ok, — ele murmurou.

— Eu sei que hoje à noite assustou você…

— Não me assustou. Abriu meus olhos.


Ele não gostava dessa resposta. Seus olhos se
estreitaram e os dentes cerrados.

— Olha, eu sei que as chances de nós realmente


fazermos isso e sair disto ilesos parece impossível, mas…

— Mas o que? Você deseja manter assim, como nós


estamos, até que sejamos expostos e tudo exploda na nossa
cara?

Jogando as mãos para o ar, ele gritou:

— Eu não me importo sobre a exposição. Eu me importo


com ficar com você.

Bati meus punhos para os meus quadris.

— Bem, ficar comigo não é bom para você.

Noel soltou uma gargalhada.

—Você é a melhor coisa que já me aconteceu. Eu tive


que aprender com nenhuma orientação como ser uma boa
pessoa, como construir bons hábitos de estudo, como sentir
como é alguém que realmente se preocupa com o que
acontece comigo sem a necessidade de eu corrigir todos os
seus problemas em troca, como depender de alguém. Você me
ensinou tudo o que. Eu preciso de você, Aspen. Jesus, você
realmente não tem ideia o que você faz para mim no momento
que nós estamos juntos, não é?

Abraçando minha cintura, eu andava pelo chão,


almejando algum espaço antes de eu vacilar.
— Eu não estou dizendo que o que tivemos juntos não
era... Maravilhoso. Mas há outras coisas muito importantes a
considerar aqui. Outras pessoas a considerar.

Noel se sentou no braço do sofá que eu tinha acabado


de desocupar e olhou do chão para mim com horror em seu
olhar.

— O que tivemos juntos? — Ele repetiu lentamente.

Tudo dentro de mim apertou com medo sobre o que eu


estava prestes a fazer.

— Eu acho que…

— Não. — Ele ficou de pé e caminhou em minha direção.

— Não se atreva a dizer isso.

Eu mexi para trás, meus olhos arregalados. Mas ele me


pegou e apertou meus ombros com força. Seus olhos me
ordenando não dizer uma palavra. Mas eu fiz de qualquer
maneira.

— Nós precisamos de um tempo.

— Não, — ele rosnou.

— Nós começamos isso junto, 50/50. Nós não estamos


terminando a menos que os dois queiram terminar. E eu digo
que não.

— Noel. — Minha voz falhou, e seu rosto caiu.

— Droga, Aspen. — Ele baixou a cabeça e veio para me


beijar. Eu defini a minha mão contra o peito dele.
Olhamos um para o outro, olho no olho, nós dois
respirando duro como o meu pequeno relógio gato na parede
com a cauda zunindo e deslocando olhos passavam para
frente e para trás, enchendo o silêncio.

— Tudo bem. — Seus dedos abrandaram meus braços


quando ele deu um passo para trás. Mas seus olhos
permaneceram cheios de intenção, ainda cheios de luta.

— Você leva a seu tempo. Tome o tempo você quer para


pensar sobre isso, ou a qualquer merda você pensa que
precisa fazer. Mas eu não vou. Eu ainda estou neste caso cem
por cento, e eu não vou a lugar nenhum até que você perceba
que pertencemos um ao outro, apesar de tudo ser contra nós.

Sem esperar por mim para responder, ele marchou para


a porta da frente e empurrou aberto. Seus passos bateram na
varanda da frente, sumindo à medida que ele deixou.
Segurando meus dedos em meus lábios, eu tentei não chorar.

Noel se importava tanto que ele lutaria por nós não


importa o que. Isso me fez amá-lo mais do que nunca, o que
quebrou meu coração ainda mais.
CAPÍTULO
VINTE E
OITO

“Nunca subestime uma pequena mentirosa.”

Sara Shepard, Pretty Little Liars

ASPEN

Quatro cansativos, terríveis, dias incrivelmente longos


passaram. E eu não vi Noel uma vez. Acho que ele estava me
torturando de propósito. Ele sabia que a minha força de
vontade era nula. Ele sabia que eu teria que vê-lo em breve. E
honestamente, amanhã, quando ele entraria na minha sala
de aula de Literatura Americana, não poderia vir logo. Eu
precisava da minha dose de Noel. Agora.

Bati meus dedos contra o meu queixo, incapaz de me


concentrar no trabalho enquanto olhava ansiosamente para
meu celular que coloquei no canto da minha mesa. Quando
eu comecei a pegar ele, pensando que eu poderia enviar um
pequeno texto, só para dizer ‘Olá’, eu me dei um tapa e estalei
os dedos de volta para o meu teclado mentalmente. Não.
Aspen.

Voltei minha atenção para a tela do meu computador,


onde eu estava lançando a pontuação no sistema de
graduação do campus, e não podia me concentrar em uma
única coisa. Eu odiava lançar as pontuações. Eu poderia ter
deixar de usar papel apenas para contornar a monotonia de
entrada da pontuação.

A única classe até agora onde eu decidi ir sem papel era


a de Noel. E ele estava indo bem. Depois que começamos
nosso relacionamento, eu disse os alunos de sua classe,
fazendo seus próximos trabalhos eletronicamente. Dessa
forma, eu não via o nome quando eu lia os seus papéis.
Acabei de lê-los da forma mais justa possível, atribuía à
pontuação quando eu tinha feito, e era isso, eles foram
instantaneamente ao sistema. Essa parte, eu adorei.

A parte assustadora veio quando eu percebi que eu não


tinha ideia da nota que dei ao meu próprio namorado, porque
eu não fui capaz de discernir qual tinha sido o seu papel.
Depois de eu ter acabado com todos na classe, Noel e eu
verificamos a sua pontuação juntos. Eu estava tão nervosa no
momento em que vi que ele conseguiu um B.

Eu quase chorei porque eu não dei um A como eu


esperava que eu iria. Ele era o único que riu e me puxou para
um abraço, me dizendo que estava tudo bem. Ele estava
fazendo uma nota C geral na classe. Tudo o que ele tinha a
fazer era tirar outro B no último trabalho, e ele ficaria bem.
Ele parecia tão seguro de si mesmo que eu relaxou. Mas,
Deus, eu não tinha ideia de que namorar um dos meus
alunos iria colocar muito estresse sobre o meu trabalho.
Quando comecei essa coisa, eu estava confiante de que eu
poderia separar escola e vida pessoal. Só que eu não podia.
Eu queria dar a maior nota possível a Noel.

Uma tosse me tirou do meu devaneio.

— Dra. Kavanagh?

Eu levantei o rosto de tela do meu computador para


encontrar uma ruiva bonita em pé na porta do meu
escritório. Ela parecia familiar, mas eu não tinha certeza de
onde eu a vi antes. Girando minha cadeira para encará-la, eu
colei um sorriso, sempre feliz quando um aluno me procurou.

— Sim?

Ela mordeu o lábio, parecendo um pouco nervosa.

— Sou Marci Bennett. Eu realmente gostaria de falar


com você sobre minha nota.

— Ok. Vamos entre. — Como eu já estava no sistema,


eu rapidamente digito o nome dela para puxar seu arquivo.

— Você está em obras-primas do mundo, certo?

— Isso é certo. — Ela entrou e fechou a porta atrás dela.


Isso me pegou de surpresa, porque os alunos normalmente
não fazem isso. Normalmente, mantemos a porta aberta, ou
eu era a única a fechar. Apenas Noel fez isso para mim, o que
só me fez mais desconfortável com Marci fazendo. Mas eu
minimizei minhas apreensões e continuei a sorrir.

Assim que ela sentou, seu comportamento mudou. Sua


timidez derreteu para ser substituída por um pequeno sorriso
presunçoso. Confundida pela transformação, eu fixei meu
olhar sobre ela, levando em toda a imagem. Seu cabelo era
seu único recurso brilhando, mas era tão brilhante um
vermelho, eu me perguntei se ela tingiu. Os peitos dela
pareciam grandes, mas novamente, eles não eram nada ajuda
de um bom sutiã não poderia fazer. Quase tudo sobre ela
parecia falso e reforçado.

— Então, como posso ajudá-la?

Ela cruzou as mãos precisamente no colo, me


lembrando de um dos movimentos de minha mãe.

— Bem, para começar, eu gostaria realmente um A.

Para evitar revirar os olhos, dei um aceno sério.

— Entendo. Bem, parece que você tem um C agora. —


Eu pisquei meu olhar brevemente para o meu computador, e
sim, ela estava com um C.

— Tudo que você tem a fazer é assistir a todas as aulas,


entregar todos os seus documentos, trabalhar muito duro e
elevar duas notas, e você vai ser aprovada.

Ok, isso pode ter sido um pouco bajulador de mim, mas


ela estava me dando um olhar bastante bajulador si mesma.
A criança mimada.
— Na verdade, — disse ela, girando um pedaço de cabelo
em torno de seu dedo.

— Isso não funciona para mim, porque eu não estou


planejando assistir a mais nenhuma de suas aulas pelo resto
do semestre. E eu tenho certeza que não vou escrever mais
um dos seus trabalhos malditos.

Hmm, eu estava errada. Pirralha mimada foi realmente


um termo muito suave para esta. Eu estava começando a
pensar em furiosa cadela, pode funcionar melhor.
Continuando a sorrir, eu levantei uma sobrancelha.

— E você espera um A para isso?

Ela me deu um sorriso.

— Exatamente. — E seu olhar ficou sério quando se


inclinou para frente.

— Oh, e mais uma coisa. Eu vou precisar que você pare


de foder Noel Gamble, enquanto está nisso.

Dei um salto na minha cadeira com o sangue correu da


minha cabeça.

— Oi?

Com um pouco de fungar, ela revirou os olhos.

— Você não tem que jogar comigo, querida. Eu sei tudo.


Você vê, Noel me rejeitou na outra semana. — Um som
agravado borbulhava na parte de trás de sua garganta
enquanto ela jogou seus cabelos vermelhos por cima do
ombro.
— E ninguém me rejeita. Eu sabia que algo estava
acontecendo então. Então... Eu o segui até que eu tenho a
minha prova. E!

Ela elaborou o seu telefone celular, para me mostrar a


tela. Noel e eu estávamos no meu carro, dando amassos no
banco do passageiro. Nós não estávamos na parte onde ele
arrancou meu sutiã, graças a Deus, mas era mais do que
óbvio que tipo de relacionamento que tivemos.

Quero saber como ela conseguiu uma boa foto, tão


escuro como foi e tão perto como foi, eu virei meu olhar para
cima.

Marci sorriu e acenou com a cabeça.

— É hora de me dar uma chance com ele agora.

Querido Deus, ela gostava dele. Ela gostou do meu


homem.

Pescando no fato de que ela não queria machucá-


lo, eu disse:

— Se você mostrar a foto a alguém, Noel vai ter


problemas também. Depois do escândalo sobre a equipe do
voleibol, o treinador disse a todos os jogadores de futebol que
estaria expulsando do time se eles fossem pegos em uma
situação similar. E uma vez que ele está aqui com sua bolsa
de estudos, ele teria que deixar Ellamore completamente.
Você realmente quer que isso aconteça com ele?

Marci fez uma pausa.Eu mesmo respirei aliviada. Mas


depois ela voltou com.
— Então eu acho que eu vou ter que mostrar essa foto.

Ela usou os dedos para rolar até uma nova imagem, e


eu quase vomitei.

O rosto de Noel não aparece nesta foto. Foi tudo de mim.


Meu sutiã se foi, e eu joguei a cabeça para trás até que meu
cabelo estava derramando pelas minhas costas com meus
seios nus arqueados para fora. A única parte do meu parceiro
foi um forte braço masculino em volta de mim. Eu era
provavelmente no meio do meu orgasmo, e... Bem, eu tive que
engolir um pouco de vômito lá.

Mas, oh, meu Deus. Isso era ruim. Quantas fotos é que
esta cadela tem?

— Ninguém pode dizer que ele está aqui porque seu


rosto foi cortado. — Ela me mandou um pequeno sorriso, que
eu voltei com um olhar silencioso.

— Mas você se vê... Bem ali. — Ela apontou para sua


tatuagem. — Cerca de uma dúzia de outros jogadores têm a
mesma tatuagem. Então, é mais do que óbvio que você está
transando com um jogador atual do time de futebol, mas
ninguém tem que saber exatamente qual.

Eu mantive minha expressão branda. Era a única coisa


que eu poderia fazer em um momento como este. Quero dizer,
com certeza, eu poderia saltar sobre a mesa para estrangulá-
la até a morte, e isso é o que eu queria fazer. Mas isso não
ajudaria Noel, a menos que eu finalmente venho com uma
maneira de tirar um cadáver do meu
escritório. Droga. Depois de limpar minha garganta
discretamente, eu perguntei:

— Você quer que isso seja um A menos ou um A mais?

“A única maneira de encontrar a verdadeira felicidade é correr


o risco de ser completamente ferido.”

- Chuck Palahniuk, Invisible Monsters

NOEL

Eu decidi dar Aspen algum tempo. Eu sei isso não fazia


sentido. Sempre que tinha tempo para raciocinar as coisas,
ela decidiu contra nós. Mas eu estava apostando no fato de
que ela sente falta de mim. Porque eu com certeza sentia a
falta dela.

— Vamos lá, cara. Você está me matando aqui. — Ten


gritou por mim onde eu estava sentado à mesa em nossa
cozinha com lição de casa espalhada em toda a superfície e
fechou o livro que eu estava lendo.

— Você foi trabalhar ou esta fazendo lição de casa toda


a porra do fim de semana. Isso está me deixando maluco.
Dei um olhar e reabri o meu livro, murmurando
baixinho porque o bastardo tinha perdido meu lugar.

— Eu disse a você, eu preciso terminar com esta merda.


Fora.

Ten lentamente fechou o livro novamente, levantando as


sobrancelhas em desafio ao título definitivo.

— Você não está fazendo a lição de casa, seu merda.


Você está fazendo beicinho porque ela chutou sua bunda.

Cerrando os dentes para manter meu temperamento sob


controle, eu gritei fora.

— Ela não me chutou. — Ela disse especificamente a


palavra tempo. Tempo significava que iria voltar a ficar
juntos... Eventualmente. Tempo significava que ainda havia
uma chance.

Quando eu abri o livro pela terceira vez, meu


companheiro de quarto tirou da mesa e fora do meu alcance,
segurando acima de sua cabeça como uma espécie de
intimidação de onze anos de idade a roubar boneca sua irmã
mais nova.

— Você simplesmente continua dizendo a si mesmo isso,


cara. Mas ainda estamos saindo hoje à noite.

Eu bati o topo da mesa.

— Eu não quero.

— Bem, estou morrendo de fome, e não há comida na


geladeira. Era a sua vez de fazer a mercearia. Então você está
me levando para comer fora. Eu estou desejando Guido.
Eu balancei a cabeça, assustado pela forma como ele foi
específico. Ele nunca ansiava por um determinado lugar.
Porra, o cara nunca ansiava por um determinado tipo de
alimento. Ele era um daqueles vácuos que comiam o que você
coloca na frente dele.

— O que é isso? — Perguntei.

— Você me chamando para um encontro?

Ele piscou e me mandou um beijo.

— Compre drinques o suficiente, e você pode até ter


sorte.

Com um suspiro, eu cedi e deixe Ten me arrastar para


fora do meu apartamento. Eu não iria admitir isso para ele,
mas foi bom para ter algum ar fresco. Eu tinha me escondido
no apartamento por muitos dias, e sair para respirar por um
minuto, na verdade, ajudou a limpar a minha cabeça.

Encontramos um local um bloco para baixo e em frente


a Guido. Ainda me lançando o inferno sobre namorar Aspen,
meu companheiro de quarto bateu o braço no meu, tentando
me irritar. Mas eu o ignorei a maior parte.

Não até que ele respirava.

— Oh, merda. — eu olho para cima e pego o quão


grande estavam seus olhos.

— O quê? — Eu comecei a virar para ver o que ele


estava olhando para, mas ele pegou meu braço.

— Nada. Eu mudei de ideia. Guido é uma porcaria.


Vamos tomar um mexicano ou algo em outro lugar.
Revirei os olhos. Quanto mais óbvio poderia ser um
cara. Virei novamente. Quando ele tentou fisicamente me
impedir de olhar, eu empurrei de volta e enfrentei o pequeno
conjunto italiano.

E lá estava ela.

Do outro lado da rua, na frente de uma grande, janela


de vidro aberto em uma mesa para dois, sentou Aspen. No
Guido. Com Dr. Chaplain. No que parecia ser uma merda de
encontro.

— Filha da puta. — Quando eu pisei na calçada para


atravessar para o lado dela, Tenning agarrou meu braço.

— Whoa, homem. O que você pensa que está fazendo?

Meu queixo apertado. Eu não podia olhar para longe da


minha mulher quando ela pegou uma bebida de um copo de
vinho e sorriu para algo que o idiota disse. O que ela pensava
que estava fazendo? Essa era a pergunta.

— Estou indo até lá. — disse a Ten. Mas ele me


empurrou de volta, me irritando muito.

— Você é louco? Se você vai lá e cria uma cena como um


ex-namorado ciumento, as pessoas vão perceber que você é
realmente um ciumento ex-namorado. Você quer ser chutado
da equipe? Você quer que ela perca o emprego? —

Eu bati um olhar duro para ele. Ele levantou as


sobrancelhas, e amaldiçoei sob a minha respiração.

— Maldição. — Cavando meu telefone do meu bolso, eu


fiz a próxima melhor coisa. Liguei para ela.
Eu poderia dizer o momento em que sua linha começou
a tocar. Ela ficou rígida e seu encontro fez um gesto,
provavelmente, dizendo que estava tudo bem se ela
respondeu. Mas ela balançou a cabeça. Eu apertei meus
dentes. Quando ele foi para o correio de voz, eu rosno.

— Eu vejo você. Eu vejo com quem você está. E eu não


gosto disso. Como estar com um homem noivo é melhor do
que namorar um estudante?

Depois de deixar essa mensagem, eu imediatamente


disco o número dela novamente. Desta vez, ela pediu
desculpas e se inclinou para baixo para verificar o ID.
Quando ela viu que era eu, ela colocou o telefone de volta na
bolsa. Eu podia ler seus lábios quando ela disse que não era
ninguém importante.

Ácido correu através do meu estômago.

— Ninguém importante, hein? — Eu suspirei e tive que


desviar o olhar, porque de repente doía demais olhar para ela.

— Você disse a ele que não era importante? Obrigado.


Muito obrigado. — Eu desliguei, porque eu sabia que iria
dizer algo realmente terrível depois, e eu não quero dizer
nada terrível para Aspen. Eu só queria que ela para coloque a
cabeça para fora de sua bunda e ficar longe daquele pau.

Mas, caramba, eu não poderia parar. Eu enchi seu


telefone com texto após texto, caralho era perto de assediá-la,
ou talvez fosse assédio pleno. Eu perguntei se ela iria foder
com ele, se trair sua noiva com ele a fez sentir melhor sobre
si mesma do que ter, uma relação fiel monogâmica comigo, se
ela sempre ia sobre os homens tão facilmente como ela fez
comigo. Eu não sei o que tudo o que eu disse, eu
simplesmente não conseguia calar a boca até que eu a vi
pegar sua bolsa e tropeçar em seus pés, provavelmente, indo
em direção ao banheiro.

Tomando isso como minha deixa de seguir, eu pisei fora


novamente. Mas Ten, maldito seja, não estava disposto a me
deixar ficar perto do restaurante.

Rosnando para ele até que ele me deu algum espaço


para respirar, eu andava a esquina da rua, esperando até que
ela chegou ao banheiro, ou onde quer diabos ela foi, e poderia
responder. Mas ela não respondeu.

Farto, eu deixei cair a grande bomba. Eu não estava


brincando mais. Dedos trêmulos tão forte que eu tive que
apagar e escrever a mensagem três vezes antes de eu clicar
enviar, eu escrevi:

— Não faça isso. Eu te amo, Aspen. O abandone e venha


para mim.

Ansiedade estremeceu de meus pulmões. Lá. Agora ela


sabia. Eu acabei de escancarar minha alma para ela e me fez
tão vulneráveis como eu já fui. Apenas uma pessoa de
coração frio iria ignorar isso, e eu sabia que não era Aspen.
Ela era a coisa mais distante de coração frio como uma
pessoa poderia ser. Ela me amava de volta. Ela só tinha que
parar de ouvir a razão e a decência, e perceber isso.

Mais cinco minutos se passaram. Quando ela voltou à


mesa onde seu encontro ainda estava à espera, a respiração
correu de meus pulmões. Eu esperava que ela desse as suas
desculpas e viesse correndo para mim. Mas ela enfiou a parte
de trás da saia até as pernas como uma senhora adequada,
sentou. E continuou seu encontro.

Eu não conseguia desviar o olhar. Eu não conseguia


piscar. Tudo dentro de mim quebrou. Passando a mão sobre
minha boca, eu me virei para meu melhor amigo.

Seus olhos estavam arregalados com, o que... Eu não


sabia. Choque, medo, preocupação, preocupação.

— Gam?

— Vamos ficar bêbados.

“Não é bom se arrastar sobre sonhos e esquecer de viver.”

- JK Rowling, Harry Potter e a Pedra Filosofal

ASPEN

Minha cabeça latejava. Enquanto entrei na minha casa


escura, mantive as luzes apagadas e apoio as costas contra a
porta da frente para recuperar o fôlego.
A noite foi exatamente como eu planejei, o que eu
odiava. Philip estava ansioso para me encontrar quando eu
liguei para ele. Ele ainda não tinha tido um problema ao
concordar em me encontrar lá.

Eu perguntei a ele sobre sua noiva já no início, e ele me


disse que se separaram em fevereiro. Então ele me comprou
algumas bebidas, e nós falamos de política universitária até
que os telefonemas e textos tinham começado. Eu sabia que
era Noel.

Quando Philip me disse que estava tudo bem respondê-


las, eu acenei para ele, tentando parecer como se seria rude
para atender uma chamada em um encontro. Mas, em
seguida, tornou rude ignorar meu telefone, porque ele
continuou tocando. Eu não sei o que eu estava pensando,
meu cérebro, obviamente, não estava certo, porque eu deveria
ter desligado o celular. Só que eu não tinha sido capaz de
fazer porque inconscientemente eu sempre estava esperando
a chamada dos meus pais.

Eu nunca vou saber por que eu me desculpei para ir ao


banheiro, também. Mas eu fiz. E eu li seus textos. Todos eles.
Me matou voltar para Philip.

O mais discretamente possível, eu achei onde Noel


estava lá fora, nos observando, e trinta segundos depois que
ele arrastou seu amigo fora, eu me levantei, cancelando meu
encontro com Philip.
Pegando meu telefone da minha bolsa, deixei a Prada
cair no chão enquanto eu abria a última mensagem que ele
me enviou.

‘Não faça isso. Eu te amo, Aspen. O abandone e venha


para mim. ’

Uma e outra vez, eu li e reli, e doeu mais cada vez que


meu olhar fluiu sobre as palavras. Gemendo, eu trouxe o meu
punho na minha boca e mordi meus dedos. Mas isso não
ajuda. As lágrimas vieram de qualquer maneira.

Eu deslizei para o chão e enterrei meu rosto em meus


joelhos quando pontinhos de agonia me esfaquearam no
estômago. Eu não tenho nenhuma ideia de quanto tempo eu
me sentei lá, tentando me consolar e falhando, mas minhas
articulações estavam rígidas e minha cabeça estava confusa.
Doeu quando alguém bateu na minha porta, fazendo com que
a vibração dela atingisse pela minha espinha.

Eu gritei e bati minha mão sobre a boca, esperando que


quem fosse não tivesse me ouvido. Respirando com
dificuldade, eu permaneci perfeitamente imóvel, esperando
que ele saia sem tentar novamente. Mas trinta segundos
depois, mais batidas seguidas.

— Dr. Kavanagh, — alguém gritou.

— Eu sei que você está aí. Porcaria! Traga sua bunda


aqui fora. Agora!

Espere. Isso não era a voz de Noel. Que porra?


Eu me levantei e deslizo para o lado da cortina para
espiar pela janela. Oren Tenning estava ali, mão nos quadris.
Preocupada que algo tivesse acontecido com Noel, eu mexi
para desbloquear a tranca e abri a porta.

Mas ele não disse qualquer tipo de palavra sobre o seu


companheiro de quarto. Cerrando suas mãos e acenando de
forma irregular, ele gritou:

— Que porra é essa?

Limpei a garganta, lambi os lábios secos, e endireitei as


costas.

— O que você precisa Sr. Tenning?

— Eu preciso de você para me dizer o que aconteceu


esta noite. Quando você me mandou uma mensagem e me
pediu para certificar de Gam estar em um determinado lugar
em um determinado momento... Porra, eu pensei que você
tentaria ficar junto com ele. Não rasgar a merda do coração
de seu peito porra.

Lágrimas caíram pelo meu rosto. Fiquei grata que estava


escuro e ele não podia ver meu rosto, porque o meu plano
para aparecer afetada estava caindo.

— Você me usou.

Coloquei minha mão contra o meu diafragma, eu


respirei fundo.

— Eu preciso que ele me odeie.

— Bem, parabéns. — Ele bufou e jogou as mãos para


mim.
— Ele odeia.

Eu estremeci, mas balancei a cabeça.

— Bom.

Com uma risada dura, Ten passou os dedos pelo cabelo


e virou apenas para vir a direita de volta para mim.

— Eu não posso acreditar em você. Ele era louco por


você. Ele... Jesus. Apenas... Não, nunca me peça para ajudar
a ferir o meu melhor amigo assim novamente. Porque eu me
recuso.

— Eu não estava pedindo para você machucá-lo. Eu


estava pedindo para me ajudar a protegê-lo.

— Protegê-lo? Protegê-lo de quê?

Eu não podia responder isso sem quebrar. Meus dedos


já estavam tremendo muito, me dizendo que eu estava à beira
de um ataque de pânico. Com um sorriso duro, eu encontrei
Ten com o olhar.

— Eu acho que você vai descobrir em breve.

— Descobrir? — Ele repetiu os olhos crescendo, com


alarme.

— Descobrir o que? Que merda está prestes a


acontecer?

— Nada que irá afetá-lo. Nada que vai bater em Noel. Eu


acho. — Com um mergulho dos meus dedos, eu desenhei
uma respiração profunda.

— Eu acho que ele está seguro.


— Você acha? Jesus Cristo. Agora eu me apavorei. O
que está acontecendo? Em que você o colocou?

— Nada. Estou noventa por cento certa de que isto não


vai afetá-lo.

— Bem, a menos que você é cento e dez por cento certa,


então eu não estou convencido. O que está acontecendo?

De pé firme, eu levantei meu queixo e tenho o meu real


por diante.

— O que está acontecendo é que eu me recuso a ser um


desses professores que dá um estudante uma nota que ela
não merece. — Se eu não poderia ter o meu feliz para sempre,
então não teria Marci Puta Bennett.

— Eu não vou ceder sob pressão, ou ordens, ou


chantagem. E isso é tudo que você precisa saber. Eu aprecio
a sua preocupação com o seu amigo, e estou feliz que Noel
tem alguém que é leal e preocupado com ele. Mas você
realmente precisa ir agora.

— Porra, — ele respirou.

— Alguém sabe, não é? Merda. Quem? Não pode ser


qualquer um dos caras do Proibida. Eles nunca fariam isso
com Gam. Apenas me diga quem é. Talvez eu possa falar com
ele. Espere, você disse que ela, não é? Quem é ela?

— Você não precisa ficar mais envolvido do que você já


está. — Toquei seu braço.

— Basta manter Noel... Longe disso. E... E não o deixe


fazer nada radical, por favor, lembre de seus irmãos e irmã.
Ele não pode ser expulso de Ellamore se ele quer ajudar sua
família. Seus irmãos precisam dele.
CAPÍTULO
VINTE E
NOVE

“A única coisa pior do que um garoto que te odeia: Um garoto


que te ama”

- Markus Zusak, A Menina que Roubava Livros.

ASPEN

A noite mais longa da minha vida passou em segundos.


Trinta mil deles. E eu senti cada um. Eu não dormi. Não
comi. Apenas sentei no meu sofá, no escuro, me perguntando
se eu estava fazendo a coisa certa. Se eu dissesse a Noel
sobre a chantagem de Marci Bennett, ele tentaria fazer algo
doce e nobre, e ele provavelmente seria expulso de Ellamore
por causa disso.
Mas me machucou tanto fazer o que eu fiz. Se machucá-
lo a metade do que eu, então esta era uma punição cruel e
incomum. Como eu poderia fazer isso com ele? Como eu
poderia fazê-lo pensar que eu não o amava depois que ele me
disse que me ama primeiro?

Porque eu o amava, eu tinha de repetir para mim


mesma cada vez que eu começava a derreter. Eu o amava
tanto que eu queria que ele alcançasse seus objetivos. Eu
queria que ele se formasse na faculdade, seja convocado para
a NFL, e viva o seu feliz para sempre. Ele alcançaria todas as
metas que ele se propôs a alcançar. Eu teria certeza disso.

Mas minha cabeça latejava enquanto eu dirigia para o


trabalho. E ele batia quando eu comecei a minha primeira
aula. Eu estava na metade da aula de Introdução à Literatura
quando a porta da sala de aula se abriu, batendo contra a
parede.

Duas meninas na sala soltaram gritos de terror e eu


quase fiz xixi na minha calcinha enquanto eu giro ao redor
para enfrentar a ameaça. Eu esperava ver algum terrorista
carregando com uma arma letal ou algo igualmente
dramático. Mas o que tropeçou no quarto era pior.

Assim. Muito. Pior.

Roupas amarrotadas, como se tivesse dormido com elas,


uma barba por fazer Noel Gamble enviou um enorme sorriso
desleixado quando ele tropeçou em direção a um assento
aberto na primeira fila.
— Desculpe o atraso, Professora. — Ele murmurou
algumas palavras ruins, e o aroma de uma cervejaria encheu
o ar quando ele me passou para sentar em sua cadeira.

— Eu dormi. — Ele levantou o polegar e o indicador,


segurando uma polegada de distância, — só um pouco.

Eu não podia acreditar nos meus olhos.

— Você está bêbado. — Eu cuspi, chocada, estupefata,


e, francamente, com medo da minha mente.

Meu Deus, isso ia acabar mal. O pânico tomou conta de


mim, mas consegui manter a calma enquanto eu olhava no
homem rasgando meu peito na primeira fila.

— Shh. — Ele colocou o dedo indicador contra a sua


própria boca.

— Eu não vou dizer se você não fizer. Poderia ser o


nosso segredinho.

Quando as pessoas na classe em torno dele riram, sem


ter ideia do que ele realmente quis dizer, eu empalideci. Eu
poderia matá-lo por isso. Noel olhou para a menina à sua
direita, que ainda estava rindo, e seu sorriso se alargou
incentivado.

— Ei, você é tipo bonita. Já fizemos sexo antes?

Droga. Eu o mataria. Aqui e agora.

Quando a menina corou, riu um pouco mais, e disse


que não, ele colocou a mão sobre o coração, tsking.

— Agora, isso é uma pena. Devemos transar. — Então


ele olhou para mim, seu olhar zombeteiro.
— Esta tudo bem com você... Dr. Kavanagh?

É isso aí. Isto foi o máximo que eu poderia aguentar.

— Senhor. Gamble. — Eu gritei incapaz de controlar a


minha raiva. Minha mão tremia quando apontei em direção à
saída.

— Saia da minha sala de aula. Agora. OK.

Seu sorriso embriagado morreu e os olhos vidrados


estreitaram.

— Mas estou aqui para aprender, Professora. Então só


'vá em frente e nos ensine algo útil. Como... Como talvez
sobre esse Hemingway. — As sobrancelhas franzidas no
pensamento, ele balançou a cabeça.

— Não. Isso não está certo. Hemingway? Hathaway?


Hawthorne! — Ele estalou os dedos, ou pelo menos tentou.

— Sim. Hawthorne. Por que você não fala sobre seu livro
com letras vermelhas um pouco mais, ou, seja lá o que é
chamado. Eu acho que eu poderia me relacionar com alguns
desses personagens fodidos.

Mandíbula apertada, eu gritei.

— Você nem aproveita esta classe. Agora saia.

Seu sorriso era amargo e sua risada ainda mais dura.

— Uau, você realmente está aprendendo novas maneiras


de se livrar de mim, não é?

Quando eu encontrei seu olhar, uma dor vulnerável


brilhava em seus olhos, quase me matando. Eu precisava que
ele saísse antes de eu quebrar completamente, quebrando em
mil pedaços.

— Senhor. Hamilton: — Eu chamei freneticamente,


meus cílios batendo como as asas de beija-flor para conter as
lágrimas. Fazendo a varredura do quarto, eu procurei o mar
de rostos por seu amigo que eu sabia que fazia este curso.

— Você poderia escoltar o seu colega de equipe fora da


minha sala?

— Quinn? — Noel virou até que viu o outro cara se


levantar e começar em direção a ele.

— Ei, Ham! — Ele animou, levantando para saudar seu


amigo com um tapinha nas costas.

— Eu não sabia que você tinha esta classe também,


mano. Por que você não vai sentar? — Ele acenou Quinn.

— Estou bem aqui. Eu tenho isso.

— Vamos, Noel. — Quinn disse sombriamente.

— Mas estou aqui para aprender literatura. — Quando


Noel resistiu e tentou puxar o braço para fora do aperto de
Quinn, alguns grandes rapazes jogadores do time de futebol
saltaram de seus lugares para ajudar.

Desta vez, quando três rapazes o levantaram no ar, ele


apenas sorriu e apontou para a garota que ele ia pegar.

— Ei, você já conheceu minha nova amiga aqui? — Ele


perguntou a seus colegas jogadores de futebol.
— Nós não tivemos sexo ainda, mas eu tenho certeza
que nós vamos. — Olhando para ela por cima do ombro de
Quinn, ele imitou um telefone e pressionou ao ouvido.

— Me liga.

Eu coloco minhas mãos nos meus lados, prendendo a


respiração. No último segundo antes de seus companheiros
de equipe o levar da sala, ele estendeu a mão e pegou no
batente da porta, como um gato recusando a entrar em seu
veículo.

— Espere! — Ele lutou contra os jogadores até que seu


olhar encontrou o meu.

— Eu vim para dizer uma coisa para você. — Emoções


vindas das profundezas de seu olhar intenso. Meu estômago
deu um nó.

— Vá se Foder! — disse ele, rangendo os dentes como se


quisesse dizer cada letra dessas duas palavras com tudo o
que tinha.

— Por ser uma covarde e desistir. Vá para o inferno,


Dra. Kavanagh. — Ele pegou um pedaço de papel do bolso, de
algodão em uma bola e jogou na minha direção. Eu assisti
cair no chão e sabia que não queria saber o que dizia.

Quando a porta se fechou, um silêncio caiu sobre a sala


de aula. Pressionando a minha mão ao meu abdômen, me
virei para encarar meus alunos. Eu nunca vi tantas pessoas
tão inflexíveis para ouvir o que eu tinha para dizer em
seguida.
Abri a boca, mas as palavras não vieram. Limpando a
garganta, eu baixei o meu rosto e tento novamente.

— Desculpe pela interrupção. Vocês estão dispensados


agora.

Por uma respiração, ninguém se moveu. Então eu


levantei minhas sobrancelhas, e eles de repente não podiam
sair rápido o suficiente.

Uma menina era mesmo boa o suficiente para dobrar


para baixo e buscar a minha nota para mim. Peguei com um
aceno de cabeça impassível e enrolei em meu punho. Após o
lugar ser esvaziado, arrumei minha mala e fui ao meu
escritório antes de me fechar dentro sozinha. Eu caio na
minha cadeira e sento lá mais cinco minutos antes de eu
abrir a minha mão para ler a nota amassada para dentro.

Era outra citação para o meu quadro:

“Você sabe qual o sentimento mais miserável que se pode ter? É


odiar a pessoa que você mais ama no mundo.”

SE Hinton (dos That Was Then, This is Now)’

“Será que 'desculpa' teria feito alguma diferença? Será que


faria alguma vez? É apenas uma palavra. Uma palavra contra mil
ações.”
- Sarah Ockler, Bittersweet

NOEL

Sóbrio e me sentindo como um merda, eu cerrei minha


mão e bati na porta de Aspen. Ela não abriu até cerca de
trinta segundos depois que eu comecei a gritar o seu nome no
topo dos meus pulmões.

Assim que o ferrolho soltou e abriu, eu definir a minha


palma na superfície e começo a empurrar... Até que a
corrente travou. Olhando para ela, eu levantei uma
sobrancelha.

— Realmente?

— Pare de bater na minha porta ou eu vou chamar a


polícia.

Eu pressionei minha testa contra a madeira fria para


que eu pudesse vê-la através da pequena fenda e encravando
meus dedos na abertura. Jogada arriscada, mas eu sabia que
ela não iria esmagar meus dedos. Meu pau pode ser outra
história, mas meus dedos pareciam relativamente seguros.
Eu esperava.

— Por Favor. Eu só vim aqui para pedir desculpas.


Estou sóbrio agora, eu juro.

— Você poderia se desculpar lá fora tão bem como você


poderia aqui.
Mas eu queria estar lá.

— Aspen. — eu botei para fora, morrendo um pouco de


sua rejeição. Minhas pálpebras espremidas.

— Sinto muito. Estou tão arrependido. Me deixe entrar.


Apenas me deixe entrar.

Ela deu um suspiro se rendendo. Para mim,


parecia o ranger dos portões de pérolas quando eles abriram
para me permitir a entrada no céu.

— Deixe seus dedos fora do caminho, para que eu


possa desbloquear o maldito ferrolho.

Eu abri meus olhos para olha-la. Ela poderia estar


mentindo, mas eu decidi arriscar.

— Eu confio em você. — eu sussurrei antes de


lentamente deslizar a mão livre.

A porta estalou imediatamente fechada. Engoli em seco,


temendo que fosse isso. Eu estava sempre proibido de entrar
na sua casa. Um segundo passou, e eu só fiquei lá, com
medo, e não sabia o que fazer comigo mesmo agora, porque
tudo que eu queria era ir do outro lado da porta.

Em seguida, a corrente sacudiu e meu coração balançou


com choque e euforia.

Agarrando a maçaneta, eu me virei e entrei.

— Ei.

Ela estava de cara feia para mim com toda desaprovação


que queria, mas eu estava lá dentro. Com ela.
— Sinto muito. Eu sinto muito. — Eu a peguei pela
parte de trás do pescoço para puxar ela contra mim.

Ela não fez muito mais do que um grito surpreso antes


da minha boca cobrir a dela e a minha língua mergulhou
profunda.

Uma coisa que nunca foi capaz de me negar era um


beijo. Como eu beijei, ela se arrastou até mim, agarrando e
cravando os dedos no meu cabelo com as unhas agarrando
meu couro cabeludo. Foi bom pra caralho, eu segurei ela no
meu braço em volta da cintura e ergo. E tão naturalmente
como a respiração, ela enrolou as pernas em torno de meus
quadris.

Segurando mais acima do que eu que tivemos que


mudar de posição e ela era a única que baixa seu rosto, eu
levantei meu queixo para manter minha boca fundida com a
dela. Por agora, que era o meu objetivo principal. Assim que
nossos lábios perderem o contato com o outro, ela ia
começar. Ela ia tentar me afastar. Mas eu não iria deixar isso
acontecer.

Eu nos giro até apoiar sua coluna contra a parede e lá


em seco eu a fodia através de nossas roupas. O calor entre
suas pernas se espalhou através de todas as camadas de
pano e abraçou meu pau com uma provocação suja. Quando
ela gemeu e aterrou de volta contra mim, eu gemi.

Sua cabeça bateu para trás, me fazendo perder o


contato com os lábios.
— Pare. — Ela respirou, mesmo enquanto seu corpo
esfregava contra o meu.

— Nunca. — Eu beijei sua garganta e desci para o


colarinho de sua camisa.

Ela empurrou meu ombro, mas eu continuei lambendo


e mordiscando, determinado a mudar sua mente.

— Noel. Eu disse pare. — Quando ela respirou fundo,


olhei para cima.

Ela fechou os olhos e estava mordendo o lábio inferior.


Eu sabia que a sua libertação estava vindo, assim eu
empurrei meus quadris mais duro contra ela, sabendo que eu
estava batendo seu ponto doce, no alvo. Em poucos
segundos, ela estaria quebrando nos meus braços.

— Não. — Ela gemeu, mesmo quando começou a gozar.

— Sim. — Eu assobiei de volta, observando seu rosto


enquanto ela se desfez em meus braços.

Ela lutou contra, batendo a cabeça para trás e para


frente. Mas eu podia dizer o quão difícil a atingiu quando ela
gritou e puxou contra mim, buscando o que ela sabia que eu
poderia dar a ela. Ela tomou tudo, e ficou ofegante e mole
quando ela voltou para baixo de seu pico. Finalmente com os
olhos aberto, ela olhou para mim de olhos vidrados,
atordoados.

— Você. É. Minha. — Eu disse a ela.

— Eu não me importo quantas vezes você termine


comigo ou com os outros homens que tentaram ter um
encontro. Eu não me importo o quão errado somos um para o
outro. Eu não me importo que eu nunca serei bom o
suficiente para você ou que estamos arriscando tudo para
estar juntos. Sua mãe nunca iria aprovar. Tanto Faz. Que se
foda tudo. Você é minha, caralho. E eu sou seu. E nós
pertencemos um ao outro.

— Não. — Ela sussurrou.

— Maldição. — Cerrando minha mão, eu bati na parede


ao lado.

— Sim!

Ela saltou, e uma lágrima escorreu pelo seu rosto.

— Noel, pare. Por Favor. Pare. Eu não quero isso. Eu


não quero isso.

Ela não estava empurrando para os meus ombros mais,


mas a perda e derrota em seus olhos lacrimejantes me
desfizeram.

— Porra. — eu sussurrei. Parei prendendo os quadris na


parede e aperto minha testa na dela.

Ela desenrolou as pernas de mim e tocou seus dedos do


pé no chão antes de deslizar para baixo, provavelmente para
escapar. Mas eu fui com ela, mantendo nossas testas
pressionadas juntas. Uma vez que ela estava sentada e eu
estava de joelhos na frente dela, ela deixou escapar um
pequeno soluço.

Jesus.

— Me desculpe. — Eu resmunguei.
— Jesus! Deus! Eu sinto muito. Eu sei que eu cruzei a
linha. Tantas linhas. Eu sei que a forma que eu agi ontem à
noite foi assédio, quando bombardeei você com textos, mesmo
que eu ainda esteja chateado com você por ir a qualquer
lugar com ele. Como eu agi foi desnecessário e só... Fodi. E
hoje em sala de aula. Hoje foi ainda pior. Eu sei disso. E
depois é só agora... — Pavor frio e difícil se estabeleceu em
mim quando eu percebi que eu tinha realmente feito apenas
agora.

— Eu te forcei a…

Eu não podia sequer admitir isso em voz alta. Mas, oh,


Deus. Eu não era melhor do que Zach. A própria ideia me
deixou doente.

Assustado pela porra do que fui capaz, eu tropecei para


longe dela. Ela deve ter percebido o quão perto eu estava de
perder completamente a minha mente, porque ela olhou para
mim, e mesmo com seus olhos molhados de lágrimas que eu
tinha feito cair, ela ainda tinha a compaixão para me
tranquilizar.

— Você não me forçou, Noel. De modo nenhum.

Eu ainda me sentia um merda, apesar de tudo. Então,


eu abaixei a cabeça, tentando combater a náusea. Não
ajudava quando ela acrescentou:

— Mas eu preciso que você vá.

Eu estremeci.
— Eu sou mais arrependido do que você pode imaginar.
Aspen... Por favor.

Ela não respondeu.

Eu não estava perdoado.

— Porra. — Eu disse um pouco mais alto desta vez.

Quando ela fungou e cobriu a boca com as mãos, sentei


em minhas pernas para assistir lágrima após lágrima
escorrer de seu rosto. Eu a machuquei, e eu odiava isso. Ela
tinha todo o direito de me machucar de volta, nunca me
perdoar.

Percebendo que era isso; ela não ia me deixar entrar de


novo, eu subi para os meus pés e agarrei meu cabelo com as
duas mãos.

No fundo do meu peito, minha alma se desintegrou


quando eu solto um suspiro sufocado para respirar. Poderia
ter soado como um soluço maldito, mas foda. Tanto Faz.

Ela me olhou por um segundo antes que ela abraçou as


pernas dobradas, apertou os olhos fechados, e cavou seu
rosto em seus joelhos.

— Aspen. — Quando outro soluço saiu de mim, eu


pressionei minha mão no meu peito, tentando empurrar tudo
de volta. Mas nada funcionou. Toda a dor e o medo, e o
desespero de perdê-la foram derramados.

— Eu não sei como fazer isso. — eu confessei,


balançando a cabeça para trás e para frente.

— Eu não sei como desistir de você. Eu amo você.


Sua expressão caiu. Abraçando as costelas, ela baixou a
cabeça e chorou em silêncio. Mais perdido do que eu já senti
na minha vida, eu me aproximei dela lenta e suavemente
defini a minha mão no topo de seu cabelo. Quando ela tremia
sob o calor da palma da minha mão, eu sabia que havia
apenas uma coisa que eu podia fazer.

Eu tive que deixar ir.

— Ok. — eu disse, minha voz embargada e meu queixo


balançando.

— Ok. — Meus dedos deslizaram frouxamente dela.


Minhas entranhas torcidas como eu me perguntava se aquela
era a última vez que eu ia tocá-la.

Eu queria cair de joelhos e me manter implorando, mas


eu já a machuquei o bastante. Levou tudo que eu tinha virar
as costas e caminhar até a porta da frente.

Quando eu abri, fiz uma pausa, dando uma última


chance para me chamar de volta. Quando ela não disse nada,
eu murmurei.

— Cuide de si mesma. — e fui embora.


CAPÍTUL
O TRINTA

“O mundo os quebra, a todos; no entanto, muitos deles se


tornam mais fortes, justamente no ponto onde foram quebrados..”

- Ernest Hemingway, A Farewell to Arms

ASPEN

Três dias depois que eu dei a Marci Bennett um ‘F’ por


não fazer sua tarefa, Dr. Frenetti ligou meu telefone.

— Aspen, eu preciso que você venha ao meu escritório.


Agora.

O tom duro em sua voz me disse tudo o que eu


precisava saber. Passei alguns segundos fechando todos os
programas no meu computador e endireitando minha mesa
antes de eu levantar e limpar as rugas da minha saia e
blazer. Embora meus joelhos se sentissem como macarrão
cozido, eu mantive minha espinha ereta e caminho a curta
distância até o gabinete do reitor em um calmo, ritmo
ordenado.

Quando eu bati na porta de Frenetti eu abri a porta e


olhei para dentro, eu encontrei outro homem vestindo calça
marrom de atletismo e uma T-shirt de apoio Vikings atletismo
sentado em uma cadeira em frente a ele. Os dois homens se
viram para olhar para mim. Frenetti fez uma careta em sua
maneira típica. O visitante olhou de soslaio e deixou seu
olhar viajar pelo meu corpo como se ele tivesse me visto nua,
que, oh, Deus, ele provavelmente tinha. Cruzei os braços
sobre o peito como se isso pudesse impedi-lo de babar.

— Aspen. — Frenetti disse quando ele fez sinal para o


pervertido embasbacado.

— Este é Rick Jacobi, treinador da equipe de futebol.

Eu balancei a cabeça, e um pedaço de chumbo quente


caiu na boca do estômago.

Era isso. Minha carreira estava acabada.

“Deixando o gato fora do saco é muito mais fácil que colocar


novamente.”

- Will Rogers
NOEL

Minha vontade de seguir em frente sumiu na semana


desde que eu ferrei as coisas com Aspen. Eu não queria ir
para o trabalho toda noite, ou assistir às aulas todos os dias,
ou manter a transpiração através destes malditos exercícios
todas as manhãs. Eu não queria atender ao telefone quando
Caroline chamava. Eu não queria nada. Exceto minha
mulher.

Mas isso não ia acontecer, então eu apenas continuei


fazendo toda a merda com que eu realmente não me
importava mais.

Com minha mala cheia de roupa de exercício para me


trocar pendurada pesadamente sobre meu ombro, eu marchei
no complexo esportivo da universidade para o meu treino de
musculação. Bocejando, eu esfreguei minha mão sobre a
mandíbula. Eu não tinha raspado em dias e estremeci com a
força dos músculos doloridos.

Eu tinha acabado de passar pelo corredor em direção ao


vestiário, quando alguém atrás de mim chamou meu nome
freneticamente. Olhando ao redor, eu encontrei Ten e
Hamilton derrapando ao virar da esquina e correndo em
minha direção.

Franzindo a testa, eu perguntei.


— O que vocês estão fazendo aqui para o treinamento da
manhã? — Ten treinou apenas à noite ou não em tudo. Ele se
recusou a sequer fingir ser uma pessoa da manhã.

— Ham me chamou. — Sem respiração como ele chegou


a mim, ele agarrou meu braço e me puxou na direção oposta
do vestiário.

— Cara, você precisa vir com a gente. Agora.

Não é normal o meu melhor amigo agindo tão agitado,


eu olhei em direção a Hamilton. Mas ele olhou como se ele
pudesse cagar em suas calças a qualquer segundo.
Desconforto agitou dentro de mim. Eu resisti à tração do
Ten.

— O que está acontecendo?

— Só... — Ten me puxou junto, não muito gentilmente.


— Venha.

Eles me levaram para um banheiro. Ten abaixou para


verificar se todas as cabines estavam vazias, Quinn cruzou os
braços e apoiou as costas contra a porta para que ninguém
mais pudesse entrar. Seu comportamento fez parecer que eles
estavam se preparando para chutar a minha bunda ou algo
assim. E se eu não sabia de nada a confiar nesses caras com
alguns dos maiores segredos da minha vida, eu poderia ter
ficado preocupado.

Mas então me bateu; eles foram os dois únicos caras na


equipe que sabia meu grande segredo. Ácido encheu meu
estômago, afiada e dolorosa.
Eu quase quebro ao meio quando eu solto um suspiro
trêmulo. Minha bolsa de ginásio deslizou do meu ombro e
bateu no chão.

— Aspen? — Eu disse, sabendo que isto não poderia ser


sobre qualquer outra coisa. Ten endireitou a última tenda e
olhou para mim por um momento antes de dizer:

— Sim.

— Porra. — Eu cerrei meus olhos e descansei as mãos


sobre os joelhos quando eu me concentrei em não vomitar
por todo o lugar. Mas.

— Merda. Quão ruim é?

Depois de um pequeno gemido, Ten admitiu:

— É muito ruim.

Olhei para cima e olhei para ele. Quando ele não disse
nada, olhei em direção a Hamilton. Ele estava branco, mas
acenou com a cabeça, concordando com Ten.

Já era ruim.

— Bem? — Perguntei minha voz rouca de medo.

— O que aconteceu?

— Merda, cara. — Ten definiu as mãos nos quadris e


olhou longe.

— Alguém tirou uma foto de vocês dois juntos.

— Uma imagem — eu repeti.

— Que tipo de imagem?

— Que tipo você acha? Vocês estavam fodendo.


Eu quase apaguei. Alcancei a parede para me equilibrar,
segurei sua preciosa vida como Ten continuou falando.

— Mas pelo menos agora eu sei que ela não tem


mamilos perfurados.

— O quê? — Calor impregnou meu rosto.

Vendo que eu tinha no meu rosto, você-deve-morrer, ele


cambaleou para trás e levantou as mãos.

— Ei, eu só estou... Se acalme. Gamble!

Minha respiração saiu errada como eu cerrei minhas


mãos em meus lados.

— Onde está essa imagem? O que exatamente ela


mostra?

— É sobre isso. Quer dizer, só é a metade superior. Era


noite, muito escuro e ela estava no banco da frente de algum
carro. Sua cabeça foi jogada para trás e as mamas dela
estavam presas como se estivesse gozando. Você foi cortado
por completo, exceto por o seu braço. — Ele olhou para o
meu braço.

— E a sua tatuagem.

— Oh, Deus. — Alguém nos viu naquela noite? Fotos?


Quem ousaria... Por que alguém iria...

— Cristo. — Eu encarei Ten do que senti como olhos


vermelhos.

— Como você sabe sobre essa imagem? Você viu isso?


Quem tirou isso? Onde…
— O treinador pendurou uma placa no meio do
vestiário. Todo mundo já viu.

— O quê! — Foi só sair em público para que todos


possam ver Aspen em seu momento de glória?

De maneira nenhuma. Eu me virei para a porta e


carregada. Eu sabia que Hamilton ainda estava segurando a
porta fechada, mas isso não importa para mim. Eu não
estava no time porque eu estava com medo de ser abordado.

Seus olhos se arregalaram, mas ele parecia preparado


para o meu ataque. Porra Jogador de futebol porra. Eu não ia
deixa-lo para baixo, inclinando a cabeça e batendo com meu
ombro. Ten gritou meu nome e bateu em mim por trás,
quando eu bati Hamilton duro, o fazendo grunhir.

— O que você pensa que está fazendo? — Ten tentou


perguntar entre maldições com ele e Quinn me atirado ao
chão e me prendendo.

Eu balançava sob eles, debatendo e rugindo a minha


raiva.

— Estou pegando essa imagem.

Meu companheiro de quarto sentou-se de costas e


Quinn continha minhas pernas.

— Você está louco? O treinador colocou lá para ter uma


reação de alguém. Para descartar. Você não pode ir rasgando
lá e…

— Eu preciso dela fora. — Eu grunhi fora.


— Filho da puta, como ele se atreve? Como ele ousa
fazer isso com ela? Eu preciso da imagem rasgada.

— Ok! Ok, amigo. — Ten bateu no meu ombro.

— Nós vamos tirar de lá. Só respire.

Eu parei de lutar, mas os rapazes mantiveram sentados


em mim por mais alguns minutos antes de Ten acenar para
Quinn.

Lentamente, cautelosamente eles permitem a pressão.


Quando eu não tento libertar, logo que eu tinha um pingo de
espaço de manobra, virei de costas. Fiquei estatelado no
chão, ofegando e tentando me acalmar antes de sentar e olhei
para Ten.

— Eu quero fora.

— Nós vamos buscá-la. — ele me prometeu seus olhos


firmes nos meus com um olhar de garantia pura, que eu
nunca tinha o visto dar a ninguém.

— Eu juro para você, vamos ter essa imagem para baixo.


Mas você não pode ir a qualquer lugar perto disso. Se o
treinador descobre que é você, você está fora do time e
expulso da escola, mano.

— Eu não me importo. — Eu levanto e limpo minhas


roupas.

— Ela não deve ser colocada em exposição assim, como


uma espécie de prostituta suja. Ela não é…

— Eu sei. — disse Ten. Ele ergueu as mãos, de volta


para me acalmar.
— Nós dois sabemos disso. Mas você vai lá e isso não vai
ajudar ninguém. Não irá ajudá-lo, não vai ajudar os seus
irmãos e irmã. E isso não vai ajudá-la. Ela já foi embora,
homem.

— Ela se foi? — Eu repeti estupidamente.

— O que quer dizer se foi?

— Você acha mesmo que a deixariam ficar no campus


depois de algo assim? Além disso. — ele desviou o olhar e
murmurou a última parte.

— Há um sinal acima da imagem.

— Um sinal? — Meu coração afundou.

Eles marcaram minha mulher, assim como aconteceu


naquele livro Hawthorne. Todo seu trabalho duro para ter
uma posição em Ellamore desceu para um grande escarlate
A... Por minha causa. Isto não foi definitivamente o que eu
sempre quis para ela. Eu provei bile e queria tirar de mim. —
O que é que diz?

Ten empalideceu e balançou a cabeça. Hamilton desviou


o olhar.

— O que é que diz? — Eu rugi.

— Jesus. Ele diz: 'Quem quer se juntar a Dra. Kavanagh


e deixar Ellamore para sempre?'

— Oh, Deus.

Eu caminho para a porta. Desta vez, eles me prendem


contra as pias, malditos.
— Me deixe ir, caramba, você.

— O que você vai fazer? Chegar lá, confessar e ser


expulso como ela? Cara, você só tem mais um ano de escola.
Você está perto de conseguir tudo que trabalhou tão duro
para ter. E não esqueça sua família. Jesus, Noel. Sua família.

— Então, o que você espera que eu faça? Tome o


caminho do covarde e a deixe tomar a queda por nós dois?
Porra.

— Pense sobre isso, Gamble. Pense com seu cérebro por


um segundo. Nada que você faça pode salvá-la.

Um grunhido escapou da minha garganta. Eu cerrei os


dentes e fechei os olhos, tentando combater a agonia, mas ele
só me seguiu.

— Mas você ainda pode salvar Caroline. E Colt, e


Brandt. Eles não fizeram nada de errado e eles vão ser os que
sofrem junto com você, se você jogar fora todo o seu futuro e
admitir qualquer coisa para treinador.

Suas palavras penetraram minha raiva até que me


pareceu que ele tinha acabado de dizer. Eu olhava.

— Como você sabe alguma coisa sobre eles?

A boca de Ten abriu. E, em seguida, fechou. Parecendo


de repente desconfortável, ele desviou o olhar.

— Você mencionou nomes de seus irmãos e irmã antes.

— Mas eu nunca te disse... — Isso não se soma.

— Jesus, o que você sabe?


Ele cerrou os dentes e me lançou um olhar.

— Eu não sei de nada, cara. Você nunca me disse nada


sobre a sua vida em casa, exceto aqueles nomes.

Eu balancei minha cabeça.

— Então por que você continua trazendo isso?

— Porra. — Ele assobiou.

— Ela me disse, ok? — Sem compreender tudo, eu só


pisco para ele.

— O Quê?

— Dra. Kavanagh. — ele murmurou, franzindo o cenho


para mim.

— Aspen? Quando você falou com Aspen?

— Jesus Cristo. — Ten fechou os olhos.

— Na noite em que a pegou com esse viado do professor


de história. Ela me mandou uma mensagem e me pediu para
certificar que você estivesse lá, assim você iria ver eles juntos.

Fiquei de boca aberta. Eu balancei minha cabeça para


trás e para frente. Isto não faz qualquer sentido.

— Quando eu desapareci por algum tempo depois disso,


eu fui vê-la, reclamar com ela, e procurar saber por que ela
fez isso com você. Juro por Deus, homem, eu pensei que ela
queria você lá para que ela pudesse ficar com você de novo.
Eu não sabia...

Eu acenei minha mão, fechando.

— Então por que... Por que ela queria que eu os visse?


— Ela disse... — Ele rosnou um som de irritação.

— Ela disse que precisava que você a odiasse para que


isso funcione.

Não. De jeito nenhum. Isso não soava bem. Meu


coração se afundou de joelhos quando eu fiz a pergunta
temida.

— Funcionar para o que?

— Cara, ela soube então. Eu acho que ela sabia sobre a


imagem. Acho que alguém queria chantageá-la por uma boa
nota. E ela se recusou.

Ela se sacrificou. E fez com que eu permanecesse


seguro.

Os pontos pretos mancharam minha visão e meus


joelhos cederam. Ambos Quinn e Ten me pegaram e me
ajudaram a voltar na posição vertical. Eu trabalhei minha
mandíbula, mas isso não alivia qualquer aflição para fora
meus membros.

— Ela disse quem? — Eu perguntei, com minha voz


baixa, mas racional e estável. Eu acho que eu tinha
totalmente enganado Ten porque seu aperto afrouxou quando
ele balançou a cabeça.

— Ela se recusou a dizer.

Não, ela não teria, ela iria? Mulher teimosa fez tudo isso
para me proteger; ela não daria qualquer informação para
Ten isso poderia mudar seus planos.

Porra.
Minha cabeça corria com todas as coisas que eu
precisava fazer, eu olhava Ten nos olhos. Ele engoliu em seco,
mas não disse nada. Finalmente, eu empurrei rudemente
contra ele e Hamilton.

— Fiquem longe de mim.

Ambos os rapazes me soltaram no mesmo fôlego. Eu


tropecei um pouco da perda repentina de suas mãos
imobilizando. Então eu levei um segundo para respirar um
novo gole e limpar a minha cabeça como eu endireitei minhas
roupas. Quando eu senti como se estivesse em meu próprio
corpo novamente, olhei para os dois caras me olhando com
preocupação flagrante.

— Obrigado pelo esclarecimento. Mas... — Eu balancei a


cabeça lentamente.

— Eu não posso deixá-la pagar sozinha. Nós começamos


isso junto. Nós vamos acabar com isso junto.

Ten estremeceu.

— Como eu sabia que você ia dizer isso?

Ele não tentou me parar, quando eu sai da porta.


Ambos os rapazes seguindo meus calcanhares, mas eu
ignorei por todo o caminho para o vestiário. Quando eu
entrei, eu parei com um solavanco, observando a multidão de
caras, vaiando e gritando quando eles se amontoaram na
frente da placa da mensagem.

Eu vi vermelho. Cerca de cinquenta paus estavam


prestes a morrer.
Mas Ten me empurrou de lado e cobrou para frente.

— Treinador! — Ele gritou.

— Seu pedaço de merda covarde bastardo. Tire essa


imagem de mim e minha menina da placa maldita.

Com o seu rugido ecoando pela sala, Ten correu para a


multidão de caras, empurrando de lado para chegar à foto.
Em seguida, ele puxou para baixo e rasgou em pedaços.

Treinador Jacobi apareceu na porta de seu escritório,


com uma prancheta na mão.

— Está dizendo que é você naquela foto, Tenning?

— Sim, senhor, sou eu. Você não podia dizer pelo olhar
em seu rosto? Só eu posso trazer uma mulher esse prazer. —
Eu cerrei os dentes e balancei a cabeça.

— Ele está mentindo.

— Não, eles dois estão mentindo. — Hamilton falou do


meu lado.

— Esse é o meu braço, treinador.

— Jesus Cristo! — Jacobi explodiu.

— Vocês três transaram com ela?

— Não. — Eu disse irritado. Como se atrevem a


mancha-la assim?

— Mas todos nós vamos jurar isso. — Ten rapidamente


saltou não me deixando defendê-la.

— Nós somos uma equipe, e nós protegemos nossos


companheiros de equipe.
— Sim. — Shadow, um dos meus linebackers ofensivos,
deu um passo adiante.

— Nós não queremos perder um dos nossos só porque


ele teve sorte com a professora mais quente no campus.
Então, esse sou eu na foto. — É óbvio que não era ele. Seu
braço era muito grosso para pertencer ao braço da pessoa na
foto.

— Não, sou eu. — Minha cabeça rodou pra trás do


armário. Desde sua pele era muito escura para combinar com
o meu, ele estava tão descaradamente mentindo.

Alguns outros saltaram para me proteger, e eu só olhava


ao meu redor, impotente. Eles não iam me deixar ir para
baixo com o navio.

Com um resmungo revoltado, o treinador arrancou seu


chapéu e jogou no chão.

— Tudo bem. — Ele murmurou em geral.

— Eu vou deixar isso ir desta vez, uma vez que não fez
qualquer atenção da mídia. Mas se eu ouvir falar de um dos
meus meninos dormindo com uma professora ou treinadora,
ou um zelador maldito neste campus, ele está sendo expulso
da minha equipe. Eu não me importo se eu tiver de me livrar
de cada um de vocês. Essa merda acaba agora. — Então ele
invadiu a partir do vestiário. Quando saiu, os caras ao meu
redor aplaudiram e gritaram como se tivessem realmente
conseguido algo.
Mas eu não ganhei nada. Aspen foi expulsa de Ellamore.
E ela sabia que ia acontecer, tinha mesmo tomado medidas
para me impedir de ser pego com ela.

Eu me virei para rosnar para Hamilton.

— Você não nem tem uma dessas malditas tatuagens.

Ele sorriu e deu de ombros.

— O técnico não percebeu, no entanto.

Eu balancei a cabeça e caminho em direção à porta.

— Ei, Aonde você vai? — Ten correu atrás de mim.

Eu girei para apontar um dedo ameaçador para ele.

— Basta parar agora. Você poderia ter me impedido de


confessar, mas você não está me impedindo agora. Eu tenho
que encontrá-la.

— Mas e o treinamento?

— Que se foda o treinamento.

Eu tentei seu escritório em primeiro lugar. Vi uma mesa,


computador e estantes vazias, a sala estava completamente
nua. Frio pavor, ânsia na boca do meu estômago enquanto eu
olhava ao redor para até mesmo o menor sinal de sua
existência. Mas mesmo sua tábua de citação foi embora.
Deus há quanto tempo ela foi demitida? Ela não poderia
ter esvaziado seu escritório em poucos minutos. Mal do meu
estômago, eu andava os corredores até que eu encontrei o
nome em uma porta que eu estava procurando. Empurrando
aberto, eu invadi dentro, fazendo Dr. Frenetti olhar para cima
em surpresa.

— Noel! O que o traz por aqui?

Estreitando os olhos, olho com raiva. Como ele ousa agir


bom para mim depois do que ele fez com ela?

— Você precisa trazer a Dra. Kavanagh de volta. Hoje.


Ela é a melhor professora que seu maldito departamento já
teve. — Eu deixei escapar uma risada dura.

— Quero dizer, a mulher realmente me ensinou a


apreciar literatura. E eu odeio literatura.

Com expressão gelada com ira, ele deslizou seu olhar


sobre mim. Em seguida, seus olhos se arregalaram quando
pararam na minha tatuagem. Eu flexionei os músculos sob
ela, cerrando minhas mãos em meus lados.

Assim, o imbecil finalmente percebeu quem eu era. Bom


para ele.

Boca franzindo com desgosto, ele olhou para o meu


rosto.

— Eu sinto muito, Sr. Gamble, mas a Dra. Kavanagh


renunciou. Ela não foi demitida. Receio que não tenho
controle sobre trazer ela de volta.

Ela se demitiu?
Pisquei, jogado fora por esse pedaço de informação. Mas
algo no sorriso de Frenetti me deixou saber que não foi
exatamente um pedido de demissão voluntária.

— Não. — eu disse entre dentes.

— Eu acho que ela deixou, porque você a fez ir. E se


você acha que eu vou ficar bem com você persegui-la por
causa do meu envolvimento com ela, então você me
subestimou sério, amigo. Agora, eu poderia chutar o seu
traseiro sem pensar um segundo.

Frenetti empurrou de volta em sua cadeira.

— Com licença?

— Traga ela de volta.

— As ameaças não vão funcionar comigo, Sr.

— Eu vou sair. — eu disse suavemente, pisando perto.

— Eu vou deixar toda essa porra de universidade, deixar


que todos lutem para encontrar um novo quarterback no
próximo ano. Você está preparado para dar um adeus muito
real no campeonato...?

Olhando de volta para mim, Frenetti empurrou para


seus pés e manteve sua voz tão ameaçadoramente baixa.

— Você deixa esta escola, e nós vamos levar a público,


certifique que todas as estações de rádio e televisão no país
sabem exatamente por que você e sua putinha foram
expulsos de Ellamore. Ela nunca vai encontrar outro emprego
na educação em qualquer lugar, e você nunca vai ser aceito
em outra universidade. Assim, apenas experimente Gamble.
Não tenho nenhum problema em destruí-lo.
CAPÍTULO
TRINTA E
UM

“Quando você chegar no fim de sua corda, dê um nó e segure.”

Franklin D. Roosevelt, Escolha Simples

NOEL

E foi assim que eu perdi a mulher que eu amava.

Depois de ser derrotado e figurativamente entregar a


minha bunda a Frenetti em seu escritório. Eu caminhei até a
casa de Aspen. Era cerca de duas milhas do campus. Eu fiz
esta viagem um número de vezes antes, mas hoje, eu não
podia me mover rápido o suficiente, não podia alcançá-la
logo.
Sua casa era tranquila e abandonada quando eu
cheguei lá, o carro dela não estava e tudo estava escuro. Bati
na porta da frente de qualquer maneira, sem qualquer
sucesso. Eu também mando uma mensagem e chamo seu
telefone, mas a linha foi para o correio de voz.

Se não fosse pelo buraco no meu peito, eu poderia


ter sido capaz de me convencer que nunca existiu.

Eu pulei o resto das minhas aulas essa semana. O


semestre foi rapidamente chegando ao fim. Eu sabia que
realmente não deveria ter arruinado todo o meu progresso.
Mas eu não poderia funcionar corretamente. Eu queria Aspen
de volta.

Os caras do Proibida reorganizaram nossos horários


para que eu não tenha que trabalhar tanto. Porra, até mesmo
a minha irmã parou de ligar tanto. Eu a machuquei muito
com maneira que eu gritei com ela depois de descobrir sobre
seu bebê. E não importam quantas vezes eu pedi desculpas
por explodir com ela, senti que perdemos algo vital em nosso
relacionamento.

Eu provavelmente deveria ter ligado para verificar ela, já


que ela não estava mais me atualizando. Mas eu
simplesmente não tinha força de vontade. Então, eu não fiz
nada, só me isolei, olhando para o meu telefone, esperando
Aspen finalmente responder a uma das minhas mensagens.

Nos últimos dois dias, eu reduzi meus textos para


apenas citações para sua coleção. Eu já disse tudo o que eu
conseguia pensar para dizer sobre todo o resto. Agora eu só
tinha que recordar que eu ainda estava aqui. Esperando.
Amando.

Quando uma batida veio na minha porta do


apartamento sábado à noite, eu pulei sem fôlego. Eu
provavelmente parecia uma merda. Eu não tomei banho em
pelo menos três dias, talvez quatro. E eu usei as mesmas
calças de moletom e camiseta desde... Quem sabe quando.
Provavelmente perdi minha gilete também. Mas se Aspen
estava aqui...

Na minha pressa para chegar a ela, eu tropeço na mesa


de café confuso, repleto de bebidas energéticas e embalagens
de lanche. Depois de bater o meu joelho contra o canto, eu
manco para frente e, finalmente, encontrou a maçaneta da
porta da frente para puxar aberto.

Mas não era Aspen.

Eu olhava para Pick, decepção fazendo meu peito doer.

— O que diabos você está fazendo aqui?

Ele revirou os olhos.

— Aparentemente eu sou sua babá. Ten e o virgem estão


preocupados com você. Eles não acham que é seguro você
ficar sozinho agora, e uma vez que ambos estão trabalhando
esta noite, eu fui eleito a assistir o seu traseiro instável.

— Não é seguro eu ficar sozinho? — Eu repeti


incrédulo.

— Apenas o que Ten e Hamilton acham que eu vou


fazer? Me machucar?

— Ei, eu disse a eles que você era um menino grande,


mas... — Ele deu de ombros.

— Tenning insistiu. Eu acho que o garoto tem um


grande sentimento por você.

Com um suspiro pesado, eu recuo e abri mais a porta


para ele.

— Bem, assim você pode entrar se você não está indo


embora.

— Uh... — Em vez de um passo à frente, Pick deu um


para trás.

— Na verdade, você poderia vir comigo em vez disso? Eu


tinha planos antes de vir correndo para você.

Bufando uma risada, eu balancei minha cabeça.

— De jeito nenhum, cara. Eu não estou te seguindo em


algum encontro atrevido. Eu não jogo de terceira roda. — Ele
riu.

— Ao contrário da crença popular, eu não fico com


alguém todas as noites da semana. E sorte sua, você me
pegou em uma noite fora. Mason precisa de ajuda para
consertar um carro velho de bosta que ele comprou. Eu iria
para lá hoje à noite para checar.

— Lowe? — Eu levantei minhas sobrancelhas com


interesse.

— Eu não sabia que vocês dois tinha ficado tão


acolhedores.

— Sim, nós somos BFFs5 agora. — Revirando os olhos


para coincidir com o sarcasmo em sua voz seca, Pick
explicou:

— Quando soube que eu também trabalhava em uma


loja de autopeças, ele pediu a minha opinião sobre o seu novo
carro, e eu me ofereci para olhar para ele. Era pra onde
estava indo quando seus meninos chamaram. Então... Você
vem ou o quê?

Fiz uma pausa. Eu não queria sair no caso de Aspen


voltar, mas porra, eu sabia que ela não ia voltar. Quando
essa situação me atingiu, eu cerrei meus dentes e desviei o
olhar. De repente, eu não queria ficar aqui a noite toda,
sentindo pena de mim mesmo.

— Claro. — Eu murmurei.

— Me deixe tomar banho primeiro.

5
Melhores amigos
— Então, o que há com você e sua namorada
Professora? Eu estou supondo que vocês se separaram uma
vez que todos nós tivemos que reorganizar nossos horários
para você e agora eu estou em vigilância de suicídio.

Eu olhei a Pick do lugar de passageiro de seu carro,


algum clássico envenenado ele não tinha dúvida em
aperfeiçoá-lo com perfeição.

— Você não está em… Bem, eu não vou fazer nada para
mim. Estou bem. Mas sim, estamos... — A palavra ficou
presa na minha garganta e eu tive que tossir.

— Acabados. Foi uma semana, mas eu tenho


sobrevivido.

Ok, eu não estava bem, em tudo. Mas eu já não sentia o


desejo de ficar bêbado e pular sua classe mais. Isso se ela
ainda tinha uma classe para pular.

Merda. A culpa bateu em mim mais uma vez. Ela foi


embora, e foi minha culpa. Eu passo a mão sobre o meu
rosto, surpreso ao encontrar meus dedos trêmulos.

— Então por que Larry e Curly andam preocupados com


você?

— Porque eles são viados? — Eu disse com um suspiro


desgostoso.

— Como eu deveria saber?

— Bem, o que aconteceu?

Tamborilando os dedos contra o meu joelho, eu me virei


para olhar pela janela lateral.
— Poderia muito bem dizer, — Pick persuadiu. — vou
incomodar até contar. — Suspirei e olhei para ele.

— Alguma pessoa anônima enviou uma foto de nós


juntos para o meu treinador, e ela foi reconhecida.

— Bem, porra. — Pick suspirou baixinho.

— Por que você não entrou em apuros, também? Ou


esta? — Meu queixo endurecido.

— A foto só revelou seu rosto. Meu foi cortado.

— Espere. Então como é que eles sabiam que era um


estudante que estava fodendo? Se eles não podiam vê-lo, ela
poderia ter estar com qualquer outro.

Rangendo os dentes, eu empurrei na manga para


mostrar-lhe a minha tatuagem.

— Em outubro, cerca de uma dúzia de nós fizemos estes


na noite antes do nosso grande jogo do campeonato nacional.
Era a única coisa clara que você pode ver de mim na foto.

Pick olhou para a tatuagem, leu atentamente, e bufou


uma risada.

— Campeões nacionais? Vocês não perderam esse jogo?

— E não disse que fizemos na noite anterior? — Eu


murmurei, empurrando minha manga de volta para baixo
para cobrir o erro humilhante, um erro que acabou custando
a Aspen seu trabalho.

— Então, a menina ficou com todo o dano, e você


apenas... A deixou levar a culpa... Sozinha? — Pick balançou
a cabeça, decepção escorrendo dele em ondas.
— Não. — Eu rosnei. Cerrando minha mão, eu bati em
seu painel.

— Eu não quis deixá-la tomar tudo. Até o momento eu


descobri o que aconteceu, ela já tinha ido embora. Ten e
Hamilton conseguiram me convencer de não confessar ao
treinador. Mas isso é o que eu deveria ter feito. Droga. Em vez
disso, eu fui para o chefe de Aspen e tentei convencê-lo a
trazê-la de volta. Porra grande erro. O treinador teria apenas
chutado minha bunda do time e tirado minha bolsa.

— Mas não o chefe dela. — Pick adivinhou.

Eu balancei minha cabeça.

— Não, não o idiota. Quando soube que eu era o cara na


foto, ele não só se recusou a reintegra-la, mas ele se recusou
a me repreender. Ele é um grande fã de futebol, você vê.
Então eu ameacei deixar a escola e cair fora da equipe se ele
não a contratasse de volta, ao que ele, por sua vez ameaçou ir
a público. Então, agora ela se foi, e eu estou preso aqui, a fim
de salvar sua reputação e garantir que ela não perderá todas
as chances de conseguir um emprego em qualquer outro
lugar no país. Mas, enquanto isso, sim, eu pareço um
bastardo completo por deixá-la tomar toda a culpa por nosso
relacionamento.

— O homem. — Pick balançou a cabeça e soltou um


assobio.

— Isso é duro. Que chato ser você agora.

— Sim. — eu murmurei, virando meu rosto para olhar


pela janela do lado do passageiro novamente.
— E você não ouviu falar dela desde que tudo explodiu?

Emoção tomou conta de mim. Eu queria bater em


alguma coisa novamente. Ou quebrar como um boceta e
gritar.

— Não. Eu tenho certeza que ela deixou a cidade. Ela


não vai responder a sua porta, e seu e-mail foi desativado.

— Você não acha que ela iria se machucar, não é?

Pânico quente rugiu através de mim. Olhei lentamente


ao Pick, dando um olhar de morte.

— Bem, eu não tinha... Até agora. Jesus, ela poderia


estar... Não. O carro dela se foi também. Se ela estava na
casa, seu carro ainda estaria lá. Ela está bem.

— Ela tinha que estar bem.

— A não ser.

— Jesus, Pick. — Eu bati.

— Pare de me assustar. Ela está bem. Ela só precisa de


algum tempo.

— Bem, se você precisar entrar em sua casa, apenas


para verificar e certificar, eu sei como abrir um bloqueio. —
Eu balancei minha cabeça.

— Homem de Deus. Onde você aprendeu um truque útil


como esse? Na penitenciária do estado?

— Eu nunca fui para a penitenciária, idiota. Fui preso


no condado por, como, duas semanas. E, não, eu não aprendi
a quebrar bloqueios na cadeia. Você encontra todos os tipos
de crianças interessantes quando cresce no sistema de
assistência social.

Eu sabia que ele tinha ficado algum tempo, porque ele


mencionou ter de se encontrar com seu agente de condicional
antes. Mas...

— Eu não sabia que você cresceu em um orfanato.

— Sim. Desde o nascimento até eu me formar e sair dele


aos dezoito anos.

Com um arrepio, eu me perguntava o que teria


acontecido comigo se minha mãe tivesse sido mais que um
dos pais de baixa qualidade. Eu poderia ter crescido no
mesmo tipo de vida que Pick. Porra, meus irmãozinhos, e
talvez até mesmo Caroline, ainda pode cair em um se eu não
melhorar.

Porra, eu definitivamente deveria ligar e verificar eles.

— Aqui estamos nós. — Pick puxou para o meio-fio de


um complexo de apartamentos de dois andares atrás do jipe
de Lowe.

Esfregando meu rosto, eu segui do carro e em direção a


porta do compartimento se abriu de uma garagem. Quando
nos aproximamos, vozes vieram para fora do interior.

— Oh meu Deus. Alec? O que está fazendo aqui? Como


você me encontrou?

Pick pegou meu braço antes que eu pudesse entrar.


Depois me puxou para trás um pé, ele espiou ao virar da
esquina para espionar quem estava falando. Curiosidade
tirando o melhor de mim, eu fui ao lado dele para olhar
também. A prima grávida, loira da namorada de Lowe estava
ali, com os braços em volta da sua barriga de grávida com
algum viado-rico pairando sobre ela. Ele parecia chateado,
enquanto ela parecia estar chocada sem sentido.

— Mason me disse que você estava aqui. — Seu


visitante respondeu.

— Você acha que ele é o pai do bebê? — Pick sussurrou


para mim. Comecei a dar de ombros quando ela cuspiu.

— Bem, ele não deveria ter incomodado. Porque eu não


mudei minha mente. Eu não vou me livrar deste bebê.

— Eu conversei com os seus pais, Eva…

— Oh, bem, você sabe o quê? Eu conversei com meus


pais também. E eu sei exatamente quais são suas posições.
Eu não estaria aqui em Illinois, com a minha prima se não
tivessem me expulsado porque eu recusei a fazer um aborto.
E desde que eu ainda estou aqui, Alec, eu acho que isso
significa que eu não mudei de ideia. Então, que pena sua
viagem perdida, mas você veio para nada. Você pode virar e ir
de volta para a Flórida.

Alec deu uma risada baixa e caminhou


ameaçadoramente perto dela. Quando Pick ficou tenso ao
meu lado como se quisesse intervir, olhei fixamente para ele e
agarrei seu braço.

— Não. Esta não é a sua luta, homem. Eles, obviamente,


têm problemas para resolver. Se você se envolver e quebrar
sua condicional, você vai de volta para cadeia.
Pick não levaria seu olhar de aço fora do paizinho do
bebê de Eva, mas ele não se afastou de mim. Ele apenas
virou o pescoço, provavelmente para aliviar um pouco a
tensão e ficou observando a cena se desenrolar com os olhos
apertados.

— Você realmente vai ferrar tudo, não é? — Alec


sussurrou e pegou o braço de Eva, me fazendo apertar o
domínio sobre Pick para contê-lo.

— Tudo bem, estou disposto a jogar. O que você quer,


E?

— Isto não é um jogo de poder para mim para ter um


brinquedo bonito, Alec. A única coisa que eu quero é meu
filho.

— Besteira! O que aconteceu com a garota que eu


conheci que disse crianças davam arrepios?

— Você a engravidou. Então eu acho que eu só vou ter


que aprender a me ajustar.

— Bom para você, Tink. — Pick sussurrou, balançando


a cabeça em aprovação e sorrindo para a garota grávida.

— Bom para você.

— Jesus Cristo. — Alec gritou dentro da garagem.

— Por que você não pode simplesmente cuidar disso?

— Eu vou! Eu vou ficar aqui e cuidar do meu bebê,


como uma mãe deve.

— Uma mãe? Oh, meu Deus. — O viado soltou uma


gargalhada.
— Você está mesmo ouvindo a si mesma? Esta não é
você. Você não é material de mãe, Eva. Você é uma mimada,
boceta rica da porra.

Quando Pick tentou sair, puxei para perto de mim,


mantendo ele.

— Não faça isso.

— Só porque eu não planejei isso, não significa que vou


jogar ele de lado como um pequeno inconveniente. Estou
mantendo meu filho.

— Bem, eu não posso permitir que você faça isso.

Porra. Isso não soava bem. A partir dos músculos do


braço de Pick tensos sob meu controle, ele não pensa assim
também.

— Por que não? — Eva atirou de volta, olhando para ele,


e claramente não alarmada com sua ameaça.

— Eu não estou pedindo que você faça nada. Na


verdade, eu nem quero você envolvido.

Alec puxou para mais perto dela, e desta vez, eu tive que
usar as duas mãos para manter Pick de cobrar.

— O quão estúpido você acha que eu sou? Claro, você


vai cobrar. Você vai ter a lei do seu lado, também, e você vai
sangrar tudo de mim. Você poderia manter esta criança em
cima de mim para o resto da minha vida, me secar com
alguma besteira de apoio à criança, me fazer pagar por todos
os tipos de merda. Eu não quero ter nada a ver com isso. E
eu me recuso a deixar você ir embora com ele.
Ela deu um suspiro longo e cansado.

— Alec, acredite em mim, eu não vou fazer isso com


você. Eu não quero nada de você. Na verdade, se eu nunca vir
você de novo, eu ficaria sobrecarregada com alegria. Vou até
assinar um pedaço de papel, dizendo que sim.

— Veja, agora. — Alec balançou a cabeça e riu baixinho.

— Eu estou tendo dificuldade em acreditar nisso. Eu


conheço você, lembra? Eu sei que vadia manipuladora
conivente você é. E eu me recuso a deixar você continuar
isso.

— Bem, eu mudei. — Eva gritou fora um som de


agravamento e puxou a aderência que ele tinha em seu braço.

— As pessoas podem mudar. Agora me deixe ir.

— Não até que concorde em se livrar dele.

— Nunca!

— Então você não me deixa outra escolha.

Tudo aconteceu de uma vez. Alec a empurrou contra


uma parede com força. O suspiro de dor de Eva assombrou
meus ouvidos quando o pai imbecil do bebê preparou um
antebraço na garganta para sufocá-la no lugar enquanto ele
recuou o outro punho e socou no estômago. Repetidamente.

Ela gritou, e gritou, e gritou. Ele ecoou meus ouvidos,


me dizendo que eu me lembraria daquele grito em meus
sonhos para os próximos anos.

Cristo, o filho da puta louco falava sério quando disse


que não a deixaria manter seu bebê.
Pick rugiu um som animal de negação e se lançou por
mim, me batendo para o bastardo atacante de Eva com a sua
mensagem, ele rasgou Alec longe dela e girou em torno dele.

— O que… — Alec tropeçou, fora de equilíbrio.

Pick não se preocupou em se apresentar. Ele pegou uma


chave que estava em uma mesa próxima e ferir o braço para
trás antes de balançar e capturar Alec no rosto com o fim do
negócio de seu aço.

Agora foi a vez do Viado gritar. Ele agarrou o nariz, e o


sangue voou. Pick o chutou no joelho, o fazendo tropeçar de
volta para a parede da garagem não muito longe para baixo
de onde Eva caiu no chão, embalando seu estômago. Em
seguida, ele apertou o lado plano da chave duro contra a
garganta de Alec com ambas as mãos. O cara imediatamente
virando vinte tons de roxo, Alec agarrou os dedos de Pick,
buscando oxigênio.

— Você só mexeu com a garota errada, amigo. — Com


uma joelhada no estômago, exatamente onde Alec bateu em
Eva.

Eu agarrei seu ombro para retirá-lo. Mas ele não estava


saindo.

— Não se sente tão bem quando é feito para você, não é,


cara que porra é essa? — Pick deu uma joelhada novamente,
desta vez nas bolas.

— Chega! — Eu tive que usar tudo o que eu tinha para


arranca-lo e eu ainda mal consegui afastá-lo, envolvendo
ambos os meus braços em torno de seu torso e dando uma
boa chave, duro. Mas, Jesus, Pick era muito mais forte do
que eu. Ele pode não ter meu peso, mas tinha força nos
músculos embalados em sua estrutura magra. Eu só poderia
arrastá-lo por um metro ou dois antes que ele absolutamente
resistiu e tentou voltar para mais.

Alec sufocou um som e seus olhos rolaram na parte de


trás de sua cabeça. Ele se dobrou e dobrou no chão.

— A toque novamente, e eu vou te matar. — Pick rugiu,


lutando contra mim.

— Entendeu? Eu vou foder com você além de todo


reconhecimento.

— Jesus. — eu murmurei, puxando sobre ele mais difícil


de sacudir algum sentido para ele.

— Pare.

Foi quando Lowe finalmente decidiu mostrar a sua


bunda preguiçosa para cima, abrindo a porta da garagem de
sua casa e gritando:

— Que Porra?

— Um pouco de ajuda. — eu gritei de volta, ainda


lutando para segurar Pick.

Quando Pick cuspiu em Alec, um pouco de catarro


pousou no braço que ele estava usando para proteger o rosto.

— Droga. — Um Lowe lutando ofegava do meu lado


quando ele assumiu um dos braços livres de Pick para ajudar
a impulsioná-lo para trás.

— O que aconteceu?
Pick apontou para a pilha em sangramento
desperdiçado encolhido no espaço da garagem.

— Ele bateu nela. No estômago. Ele merda bateu em seu


bebê.

Atordoado em silêncio por uns bons dois segundos Lowe


finalmente disse:

— Eva?

Lembrando dela nós três voltamos para onde eu vi pela


última vez Eva segurando a barriga com as pernas dobradas
como pernas de mesa quebradas.

Agachando na frente dela, a mulher de Lowe agarrou os


ombros de Eva.

— E? — A voz de Reese tremeu.

— O que aconteceu? Você está bem? Meu Deus. Mason.


Ela está muito ferida. —

— Eu... Eu acho que estou sangrando. — Respirando de


forma irregular, Eva tirou a mão de seu estômago para olhar
para baixo.

Eu olhei para baixo demais e quase desmaiei quando vi


as gotas vermelhas espalhadas sobre o concreto debaixo dela.

— Merda. — Se o bastardo tinha conseguido matar o


filho dela, Pick realmente iria mata-lo.

— Não! Não, não, não. — Empurrando para longe de


nós, Pick cutucou Reese de lado e se agachou na frente de
Eva.
— Tinker Bell? — Ele disse tão suavemente como eu já o
ouvi falar com alguém.

Eva levantou o rosto e olhou para ele com grandes olhos


azuis manchados de água. Ela parecia tão assustada e cheia
de dor, eu engoli meu próprio pânico crescente.

— Pick? — Ela choramingou seu nome em confusão


quando ele deslizou os braços sob ela.

Com um sorriso forçado, ele assentiu.

— Ei, linda. Você quer fazer um passeio comigo? Eu


tenho um carro rápido, e posso fazer que cuidem de você em
segundos.

Ela chorou e gemeu, em seguida, cobriu o rosto com a


camisa enquanto seus dedos agarraram punhados de sua
manga.

— Isso dói.

— Eu sei Baby. Eu sei. — Cantarolando ele puxou-a um


pouco mais perto e pegou em seus braços antes de se
levantar e virando para mim.

— Bem? — Ele perguntou quando ninguém se moveu.

— Vamos levá-la para o hospital.

— Mas... — Eu balancei a cabeça e olhei para o rapaz


possivelmente inconsciente caído no chão da garagem de
Lowe.

— O que ele tem?

— Ele que se foda. — Pick olhou para Alec.


— Ele pode apodrecer lá e morrer por tudo que me
importa. Será que você não o viu soca-la no estômago?

— Sim, mas... Merda. — Eu corri minhas mãos pelo


meu cabelo, não acostumado a lidar com este tipo de
confusão.

— Não deveríamos chamar a polícia ou algo assim?

— Alguém pode chamá-los no caminho para o hospital.


Agora vamos. Ela está sangrando. — Isso pareceu assustar
Lowe em ação.

— Vamos. — Ele agarrou o braço de Reese, e correu


para o carro de Pick.

— Jesus, eu não posso acreditar que isso está


acontecendo.

Isso fez com que nós dois corrêssemos atrás deles,


abandonando o pai semimorto do bebê.

Reese correu à frente para abrir a porta para Pick e Eva.


Roendo o lábio, ela olhou para trás em direção à garagem.

— E se ele não estiver lá no momento em que a polícia


aparece?

Pick olhou para ela antes que ele abaixou a cabeça e


deslizou para o banco traseiro com Eva.

— Então eu acho que não vou ter que ir para a cadeia


por bater nele, vou?

Reese desviou sua atenção de volta para mim, com os


olhos azuis arregalados de medo.
— Será que ele vai realmente ir para a cadeia? Por
defendê-la?

— Umm... — Eu estremeci e cocei o lado do meu


pescoço.

— Ele está em liberdade condicional.

— Merda. — Lowe murmurou.

— Bem. Eu vou ficar aqui e limpar isso. — Segurando os


ombros de Reese, ele girou para encará-lo.

— Eu suponho que você vai com Eva?

Ela assentiu com a cabeça e levantou na ponta dos pés


para dar-lhe um beijo rápido na bochecha.

— Eu amo você. Seja cuidadoso.

Vê-los imediatamente me fez pensar em Aspen. A


rachadura no meu peito abriu um pouco mais. Batendo no
teto do carro eu abri a porta do lado do motorista, e chamei.

— Vamos. Desperdício de tempo.

Reese correu para o banco do passageiro da frente, e eu


virei à chave. Quando o motor rugiu para a vida debaixo de
mim, eu encontrei o olhar de Pick no espelho retrovisor. Ele
balançou a cabeça em silêncio dando permissão.

— Ela vai ir tão rápido quanto você pedir a ela para ir.

Então eu coloquei o pedal para o chão, e nós corremos


pela rua na direção do hospital mais próximo.

Do outro lado do assento de mim, a mulher de Lowe


ficou em silêncio, mastigando suas unhas com Pick
murmurando alguma coisa de vez em quando atrás para a
menina enrolada em posição fetal no colo.

— Porque ele está em liberdade condicional? — Reese


finalmente me perguntou uma voz calma.

Eu dei de ombros.

— Não tenho a menor ideia.

Ela assentiu com a cabeça e voltou a morder suas


unhas.

Fomos para Hospital Geral de Ellamore em tempo


recorde. Estacionei perto da sala de emergência, e um par de
enfermeiros saiu com uma cadeira de rodas quando viram
Pick arrastar uma Eva sangrenta do banco traseiro. Eles a
pegaram e os três de nós fomos esperar ociosos impotentes
na entrada.

Reese passeado no chão, enviando mensagens de texto


após texto em seu telefone, enquanto Pick com a camisa e
jeans manchado de sangue em uma bagunça se afundou em
uma cadeira e fechou os olhos, o rosto pálido e tenso. Eu
acampado contra uma parede próxima e cruzo os braços
sobre o peito.

E esperamos.
CAPÍTULO
TRINTA E
DOIS

“Seja lá o que esteja procurando, não virá da forma que você


está esperando.”

Haruki Murakami

NOEL

Eu abri a porta do meu apartamento, cansado e


derrotado. O lugar estava tranquilo e me fez sentir
extremamente solitário.

A prima de Reese, Eva, passou por uma cesárea de


emergência no hospital, dando à luz, seis semanas antes a
uma bebe com dois quilos e oitocentos gramas. Mason
apareceu apenas alguns minutos antes de relatar que ele e o
pai do bebê fizeram um acordo: nós não denunciamos Alec
pelo que ele fez para Eva e ele não denuncia Pick pelo que
Pick fez para ele.

Ao que parece, funcionou para Alec, porque Lowe disse


que ele estava de volta para a Flórida.

Quando uma enfermeira saiu para dizer a Reese que ela


poderia ir e ver a nova mãe e o novo bebê através da janela da
incubadora onde eles colocaram, eu decidi que era hora de eu
ir para casa. Desde que Pick não parece disposto a sair do
hospital, eu fiz a viagem a pé.

A caminhada ajudou a limpar a minha cabeça. Porra, a


noite inteira desapareceu minha cabeça. Quando uma
catástrofe como essa acontece, ele fez uma pessoa perceber o
que era verdadeiramente importante. Abrindo meu telefone,
eu mandei outra citação para Aspen. Ele foi um que eu tive
por um tempo, mas foi poupado para o momento certo. Bem,
esse momento pode nunca vir se eu não fizer isso acontecer.

Depois de enviar, eu solto um suspiro e cai no sofá. Eu


queria ligar e deixar uma mensagem de voz, apenas para
dizer toda a merda que aconteceu esta noite. Eu precisava de
alguém para compartilhar o meu dia. Mas eu decidi esperar
até que eu pudesse vê-la novamente. Então eu comecei a
discar para casa e checar Caroline, Colton e Brandt. Mas me
contive. Era tarde, mesmo em seu fuso horário. Eu não
queria acordá-los sem nenhum motivo.

Deitado lá, eu olhava para o teto manchado de água do


meu apartamento quebrado, perguntando o que eu estava
fazendo. Minha família estava centenas de milhas de
distância. A mulher que eu amava só Deus sabia onde. Eu
me senti disperso. E preso. Minhas metas para um diploma
universitário e um projeto de NFL não parecia mais relevante.
Mas eu não podia sair. Não, a menos que quisesse destruir a
reputação de Aspen.

Esfregando a mão sobre meu rosto, me senti décadas


mais velho do que eu era.

Quando a porta foi aberta, uma faísca deu uma guinada


no meu peito, esperando que pudesse ser ela. Mas foi só Ten.

Ele parou quando me viu. Seu olhar incerto e


desconfiado.

— Surpreso? — Ele se esquivou.

— Pick já foi embora?

— Sim. — Eu olhei para as paredes feias novamente.


Alguém precisa pintar este lugar.

— Como foi no trabalho?

— Tudo bem. — Ele permaneceu na porta, me olhando


com cautela.

— Hey... Eu trouxe uma coisa.

Eu virei meu rosto em sua direção, perguntando por que


ele estava agindo de modo estranho. Mas então ele entrou na
sala, levando mais alguém dentro com ele pela mão.

Meu olhar seguiu uma mão feminina e um braço


feminino, e a esperança acendeu no meu peito. Mas uma
massa de cabelos ruivos matou tão rapidamente como
começou. Não era Aspen.

— Hey Noel. — disse Marci enviando um sorriso tímido


enquanto ela continuava a segurar a mão de Ten.

Revirei os olhos para o meu companheiro de quarto, sem


me impressionar, impassível, e completamente
desinteressado.

— Não, obrigado.

Ele rosnou.

— Caramba. Isto tem de parar. Você está começando a


me assustar.

Apertei os olhos.

— Por que você não me deixa cuidar de mim? E


mantenha as babás de agora em diante, também. Uma noite
fora com o Pick não é exatamente a minha velocidade.

— Bem, talvez eu fosse mais sua velocidade. — Marci


finalmente saiu do lado de Ten e caminhou em direção ao
sofá, balançando os quadris com entusiasmo demais. Ela
estava usando saltos altos, uma saia curta e um top baixo.

Eu deveria ter sentido alguma coisa. Eu era um cara.


Mas eu só suspirei e esfreguei minha testa.

— Não. — Eu gemi.

— Não, não, não. Desculpe, eu te fiz pensar que eu


queria alguma coisa de você em março. Mas eu mudei de
ideia. Eu não estou mais interessado.
Rangendo a uma parada assustada, Marci definiu as
mãos nos quadris e fez uma careta.

— Isto ainda é sobre essa professora puta feia, não é?

Fiquei de boca aberta.

— Com licença?

— Oh... Merda. — Ten murmurou atrás dela.

— Você é a chantagista, não é? Eu sabia que era uma


garota, mas... Porra.

Eu era lento na absorção porque meu cérebro não


queria admitir isso. Mas se Marci foi a única a fazer
chantagem e, em seguida, ter Aspen demitida, em seguida, foi
por causa de mim. Foi minha culpa que isso aconteceu. Eu
fui o único a me desfazer de Marci e fazê-la retaliar.

Deliberadamente, sentei e empurrei para os meus pés.

— Você a fez ser demitida? — Rastejando torno da mesa


de café, eu fui em direção a ela.

Lendo meu rosto, os olhos de Marci arregalaram. Ela


deu um passo para trás e esbarrou em Ten. Ele a agarrou
pelo braço e a empurrou em direção à porta.

— Vá. — ele ordenou.

Mas ela não se moveu rápido o suficiente. Eu pulei, e a


única coisa que me impediu de chegar a um punhado de
cabelo consideravelmente vermelho e puxar pela raiz era meu
companheiro de quarto que saltou entre nós. Ela só ficou
boquiaberta para mim, a boca caída aberta.
— Você pirralha mimada da porra. — Eu aponto um
dedo acusador sobre o ombro do Ten.

— Se você não fosse uma garota, eu acabaria com você


agora mesmo. Entende? Você nunca fale comigo, ou me olhe,
ou pense em mim novamente. Eu não quero nada com você.

— Mas... — As lágrimas encheram seus olhos quando


ela apertou a mão contra o peito.

— Eu protegi você, Noel. Eu não dei a foto com o seu


rosto nela. Eu não contei a ninguém que era você. Eu te
libertei dela.

— Como se isso importasse. — Eu rugi.

— Eles sabem que sou eu, Marci. Eu disse a eles que


era eu.

— Você quer... O quê? — Ela franziu a testa, ainda não


entendeu.

— Por que você faria isso?

— Você feriu a mulher que eu amo. — eu disse a ela,


tornando mais claro possível.

— Eu nunca vou te perdoar por isso.

Comecei a tremer enquanto ela me chamou de canalha e


saiu correndo do apartamento, berrando. Eu me afastei de
Ten e passei minhas mãos pelo meu cabelo, tentado a
perseguir Marci para baixo para que eu pudesse envolver
meus dedos ao redor de seu pescoço e apertar. Atrás de
mim, Ten soltou um suspiro.

— Cara, eu juro por Deus. Eu não sabia.


— Cale a boca. — Eu bati. Então eu amaldiçoei quando
meu celular tocou.

Aspen iria escolher este momento para finalmente me


ligar de volta, não seria ela? Só quando eu aprendi
exatamente o tanto de culpa eu tive em fazê-la ser demitida
de Ellamore. Apenas quando eu estava me sentindo tão
culpado de merda e eu queria enrolar em uma bola e morrer.

Mas quando eu olhei para a tela e vi que era de casa, e


não ela, eu fechei os olhos, não estou pronto para tomar mais
más notícias de Caroline. Mas porra, qualquer que seja. Não
poderia ser pior do que o que eu já estava lidando, então
venha.

— Hey. — eu respondi, esperando a voz da minha irmã.

Em vez disso meu irmão do meio, Brandt, chorou no


meu ouvido, sua voz tremendo como um louco.

— Noel. Alguma coisa está errada com Caroline. Nós


precisamos de você.

O sol estava começando a subir ao horizonte quando


entramos Bluebird Heights, o parque de trailers. Eu estava
dirigindo pelas últimas quatro horas, enquanto Ten caiu
desmaiado no banco do passageiro.
Eu o devia por isso, um grande momento. Ele não tinha
que me emprestar sua caminhonete quando eu perguntei, e
ele certamente não precisava ser voluntário para vir junto,
mas lá estava ele. O companheiro de quarto irritante dor na
bunda que eu tive na semana passada foi embora, e este
Oren Tenning parecia ser uma edição completamente
melhorada.

Batendo em seu joelho, eu disse.

— Hey. Nós chegamos. — Lar doce, parque de trailers,


lar.

Ele resmungou em seu sono antes de finalmente sentar


esfregando os olhos. Após o alongamento, ele olhou pela
janela para o lugar onde eu cresci.

— Merda, cara. Eu não fazia ideia.

Eu não respondi, apenas estacionei e desliguei o motor.


Uma cortina rasgada suja foi coberta por um pedaço de
papelão cobrindo uma janela. Ela vibrou com a brisa como se
acenando Olá para nós, enquanto o aroma de esgoto nas
proximidades já tinha vazado para o interior da caminhonete.
Sentei-me ali um segundo, absorvendo os sentimentos que
sempre veio com este lugar. A vergonha, a raiva e a
frustração de ser filho de Daisy Gamble.

Com uma maldição suave sob a minha respiração, eu


abri minha porta e sai. Ten seguiu sem uma palavra. Eu
quase desejei que ele viesse com algum comentário sarcástico
idiota, mas ele não disse nada.
Não houve degraus que levam até a porta da frente,
então eu apenas girei a maçaneta e pulo para dentro. Meus
irmãos estavam acampados na frente da sala escura, Colt
dormindo no sofá e Brandt no chão. Embora parecesse muito
no início do ano para eles, um enxame de moscas dançou em
torno dos pratos sujos empilhados na cozinha.

Eu cutuquei perna de Brandt com meu sapato até que


ele empurrou acordado e sentou.

Ele olhou para mim um momento antes de piscar e


dizendo:

— Noel? — Quando sua voz falhou com a emoção, eu o


puxei do chão para um abraço de rachar o osso. Levou um
segundo, mas ele finalmente me abraçou de volta, e quando o
fez, ele enterrou o rosto no meu pescoço para deixar sair um
soluço curto. Jesus, mas ele cresceu.

— Como esta Caroline? — Perguntei, afastando ao ver


que ele ainda tinha um hematoma no rosto, um avermelhado
fresco em roxo.

Ele balançou a cabeça.

— Ela está mal. Muito ruim.

Estendi a mão para tocar sua mandíbula descolorida,


mas parei no último segundo.

— Isso não deveria ter curado?

Com um meio encolher de ombros, ele desviou o olhar.

— É um novo.
Novo. Ninguém me disse que ele apanhou de novo.
Porra, ninguém me disse muita coisa nas últimas semanas.

No sofá, Colton se agitou. Quando ele sentou,


bocejando e coçando a cabeça, o cobertor cheio de buracos
que estava o cobrindo deslizou para baixo para revelar
pálidos, braços ósseos. Merda, que quantidade de comida que
a criança come? Parecia que ele só tem se alimentado uma
vez por semana.

— Ei, garoto. — eu o cumprimentei, com minha


garganta fechando mais, quando eu estendi a mão para
despentear o cabelo emaranhado de óleo.

Ele tinha cinco anos quando eu me afastei. Então,


quando ele olhou para mim desconfiado, com olhos
desconfiados, eu percebi que era semelhante a um estranho,
seu irmão mais velho ausente que o tinha abandonado.

— Onde ela está? — Eu perguntei, virando para Brandt


e incapaz de olhar para Colt sem implorar por seu perdão.

Brandt apontou para um corredor estreito.

— No banheiro, eu aposto. Ela esteve lá à noite toda.

Eu concordei e fui para minha irmã mais nova. O


banheiro era escuro, mas o nascer do sol da manhã entrando
pela janela mostrou um nódulo de tamanho humano no chão,
estendida sobre o assento do vaso sanitário. Alcançando
dentro, tentei virar o interruptor de luz, mas nada aconteceu.

— A luz está Quebrada. — A voz da minha irmã frágil


veio de dentro.
— Merda. — Eu me agachei e a peguei em meus braços.

— Caroline?

Ela caiu contra mim, tão frágil e mole, que parei de


apertar, com medo de machucá-la.

— Estou tão feliz por você estar aqui. — Enrolando


estreita, ela tremeu e afagou o rosto contra o meu pescoço.

Eu beijei seu cabelo e tentei mantê-lo juntos, mas porra,


minha irmãzinha. Quando eu vi manchas escuras salpicadas
ao redor da borda do vaso sanitário, eu me engasguei.

— É que... Jesus, o que é? Sangue?

Me fez pensar em Eva Mercer e da maneira que ela


sangrou depois de levar um murro no estômago. Caroline
nem levantou o rosto.

— Provavelmente.

— Oh, porra. Você teve um aborto?

Ela limpou o nariz com as costas da mão e cheirou.


Umidade molhava através da minha camisa, me dizendo que
ela estava chorando.

— Não. Eu... Eu... Os pais de Sander me ofereceram


dinheiro para me livrar dele... Então... Eu fiz. — As três
últimas palavras foram sussurradas e entupidas com
lágrimas.

A respiração sibilou de meus pulmões.


— Você... Eu... — Eu balancei a cabeça, sem saber o
que dizer. Meus dedos tremiam enquanto eu escovei o cabelo
fora do seu rosto e beijo sua testa.

— Era isso que você queria?

— Eu não sei. — ela resmungou.

Apertando meus olhos fechados, eu enterrei meus


dentes juntos.

— Porra, Caroline. Se você quisesse ficar com o bebê, eu


ajudaria você. Você sabe disso, certo? Eu sei que eu perdi a
cabeça quando descobri, mas eu estava louco, e
decepcionado, e me assustou muito.

— Bem, como você acha que eu estava? — Ela


empurrou para trás para olhar para mim.

— Estava com medo também, Noel. E você não estava


aqui. O que eu deveria fazer? — Enterrando o rosto em suas
mãos, ela chorou abertamente, seus ombros tremendo com a
força de seus soluços.

Cerrando minha mão contra a minha boca, eu assisti ela


desmoronar. Isto foi minha culpa. Eu falehi com minha
família. Eu falhei com Aspen.

Eu falhei e ponto.

— Sinto muito. — Rastejando os poucos pés que ela


fugiu para longe de mim, eu puxei de volta para os meus
braços. Mas ela permaneceu rígida, e me quebrou. Eu
enterrei meu rosto em seu cabelo.

— Eu sinto muito.
Levou um tempo para finalmente ceder contra mim, mas
quando o fez, eu poderia finalmente soltar um suspiro
aliviado. Eu acariciava suas costas, como se isso pudesse de
alguma forma reembolsá-la por todas as vezes que eu não
tinha estado aqui para ela. Engolindo, olhei por cima do
ombro, tentando me puxar de volta, quando vi mais sangue.
Porra era muito sangue.

— Precisamos levá-la a um hospital?

Ela balançou a cabeça.

— Não, eu acho... Eu acho que isso já é demais. Eles


disseram que eu iria sangrar. Eu só não esperava tanto. —
Quando a voz dela quebrou, eu beijei sua cabeça novamente.

— Ainda dói?

Seu aceno era tudo que eu precisava ver.

— Ok. — Eu me mexi com ela até que ela estava sentada


em meus joelhos. Então eu me levantei.

— Vamos levá-la em algum lugar confortável, e vamos


encontrar algo para a dor.

Eu não me incomodei mesmo em leva-la para um dos


dois quartos. Se os meninos estavam dormindo nas salas de
estar, eu já sabia que não queria voltar para lá.

Ten nos encontrou no final do corredor.

— Ei, Eu…

Suas palavras interromperam abruptamente quando viu


Caroline.
Ela olhou para a nova voz, e seus olhos cresceram.

— Oh, meu Deus! — Ganindo, ela me agarrou duro e


enterrou o rosto de volta no meu peito.

— Quem é ele?

Aconchegando minha bochecha contra seu cabelo em


segurança, eu disse:

— Ele é apenas o meu companheiro de quarto. Oren


Tenning.

— Hey. — Ten disse, com a voz rouca.

— Como você está? — Quando vi a direção de seu olhar,


fixado nas pernas nuas da minha irmãzinha, eu fiz uma
carranca para ele. Sua camiseta de grandes dimensões não ia
muito além de suas coxas, dando a ele um olhar cheio.

Limpando a garganta, eu finalmente consegui tirar a sua


atenção dela. Quando ele pegou a minha cara de morte, ele se
afastou, colocando de costas para nós.

— Uh... Uh... É que eu estou morrendo de fome, então


eu ia levar os meninos para o McDonalds mais próximo para
café da manhã. Será que vocês dois querem alguma coisa?

— Sim. — Eu suspirei.

— Traga alguns biscoitos em calda, burritos e


sanduíches, e merdas como essa. Me deixe colocar ela no
sofá, e eu vou pegar algum dinheiro da minha carteira para
pagar.

— Não se preocupe com isso. — Ten virou para nos ver


quando passei por ele.
— Eu não estou com fome. — Caroline protestou.

— Bem, você precisa comer alguma coisa e ter a sua


força de volta. — Eu a estabeleci e sentei ao seu lado
enquanto eu mexia com o cobertor que Colton estava
dormindo para cobrir as pernas.

— Pelo menos tente, ok?

Depois de um aceno relutante, ela olhou de mim para o


meu companheiro de quarto. De pé desajeitadamente na
porta com as mãos enfiadas nos bolsos, Ten olhou para trás.
Mas assim que seus olhares se chocaram, eles afastaram.
Corando loucamente, Caroline descansou a cabeça no
travesseiro e rolou para enterrar o rosto nele.

Eu me levantei respirei fundo e virei para o meu


companheiro de quarto. Quando eu dei um único aceno de
cabeça, ele virou aos meus irmãos, que eram mais do que
dispostos a ir buscar algo para comer, e deixaram o trailer.

Com Brandt e Colton sentados no sofá, em ambos os


lados de uma Caroline pálida, comendo todos os alimentos
que Ten comrpou, eu pisei fora por um minuto para pegar
um pouco de ar fresco. Meu companheiro de quarto me
seguiu não muito tempo depois.

Ele soltou um suspiro e descansou as costas contra a


parede da casa reboque e colocou as mãos nos quadris.
— O que é que está acontecendo? Karma-sutra: o
destino te comer em todos os tipos de formas criativas?

Eu solto uma risada áspera.

— Sim. Soa assim mesmo certo.

Ten juntou com uma pequena risada, mas não durou


muito tempo. Xingando baixinho, passou a mão pelo cabelo.

— Então, o que aconteceu lá foi... Merda, cara. Será que


ela vai ficar bem?

— Eu não sei. — Olhando para o resto das casas no


parque de caravanas, eu suspirei. Todos eles estavam
melhores do que a nossa.

— Onde está sua mãe? — Virei para Ten.

— Boa pergunta.

Ele assobiou outra maldição e empurrou para longe da


parede.

— Bem, isso... Isso francamente é uma porcaria. Não é à


toa que você nunca me contou sobre sua vida em casa. Ou
que sua irmã era gostosa.

— Desculpe? — Quando eu dei um olhar afiado, ele


ergueu as mãos como se rendendo.

— O Quê? Sempre que você a mencionou, eu sempre


imaginei com cerca de cinco anos de idade, em tranças que
transportam em torno um cobertorzinho e urso de pelúcia.
E... Ela não tem cinco.

— Ela não tem dezoito anos também. — Eu rosnei.


— Então recue.

— Ei, eu não estava desrespeitando. As paredes neste


lugar são finas como a merda; Ouvi dizer o que ela acabou de
passar. Só estou dizendo, eu não sou cego.

— Bem, é melhor você ficar cego ao seu redor.

— Tudo bem, qualquer coisa. — Ten ergueu as mãos


mais uma vez, me dizendo que ele estava recuando.

Ele soltou um suspiro longo e alto e olhou para o céu.


Assim fiz eu. Depois de um minuto de nenhum de nós
falarmos, ele perguntou:

— O que você vai fazer a respeito dessa bagunça toda?

Chutando uma pedra grande incorporada na grama, eu


tentei acabar com todas as emoções crescentes. Mas quanto
mais eu pensava sobre o que devo fazer, mais eu queria
quebrar a casa reboque distante com minhas próprias mãos.

— Você sabe, eu sempre me perguntei o quão ruim eu ia


deixar as coisas aqui chegar antes de eu ter que desistir de
Ellamore e voltar para casa. Mas merda, isso é pior do que eu
imaginava. Como eu poderia deixar as coisas assim tão más?

— Mas se você deixar a escola agora.

— Eu sei. — Eu disse, não necessitando do lembrete.


Pressionando minhas mãos em cada lado da minha cabeça
para tentar aliviar um pouco a pressão dentro, eu fechei os
olhos. Exceto quando eu fiz, tudo o que eu podia imaginar
eram reportagens com o rosto de Aspen estampando as capas
dos jornais e telas de televisores com a manchete ‘Sexo
Escândalo em Ellamore propagação da Equipe de Vôlei para
Futebol.’

— Eu não posso fazer isso com Aspen. — eu gemi,


sacudindo a cabeça.

— Eu apenas não posso.

— Então o que você vai fazer? — Ten pressionou.

— Porque você com certeza não pode deixar aqueles três


lá assim.

— Eu sei disso. — Eu olhei para ele e rosnei, mostrando


os dentes.

— Mas o que eu posso fazer.

— Bem, o que você quer fazer?

— Eu quero ir dessa desculpa patética de uma casa,


pegar os meus irmãos e irmã, e levá-los de volta para
Ellamore comigo. Eu quero proteger a todos que eu amo.

Ten deu um sorriso súbito e limpou as mãos nas coxas.

— Bem, tudo bem, então. Vamos fazer isso.

— O quê? — Eu pisquei e fiquei boquiaberto.

— Nós não podemos fazer isso. Eles não... Sua vida é


aqui. Escola. Minha mãe... Merda, eu não tenho qualquer
tipo de custódia. Ia ser considerado sequestro se eu.

— Se você for pego. — Ele balançou as sobrancelhas.

— Mas eu não vejo sua mãe em qualquer lugar. Você


realmente acha que ela iria contestá-lo?
A semente de esperança brotou dentro de mim. Seria
difícil... Mas vale a pena.

Balançando a cabeça, eu fiz uma careta para meu colega


de quarto por sugerir a ideia.

— Eu não posso trazer três menores de idade para casa


comigo. — Caroline completaria dezoito anos em duas
semanas, mas ainda assim.

— Onde vá ficar? Em nosso pequeno, apartamento de


dois quartos?

Olhando para o pequeno, trailer de dois quartos que


moravam agora, ele levantou as sobrancelhas e me lançou
um olhar. Ok, então ele tinha um ponto. Mesmo nosso
apartamento buraco de merda estava em uma condição
muito melhor do que esta reserva.

— Olha, minha cama é maior que a sua. Os meninos


podem dormir no meu quarto, sua irmã pode no seu, eu vou
ficar no sofá, e você pode pôr um colchão e dormir no chão
até encontrar um lugar maior para alugar.

Eu só olhava para ele, incapaz de acreditar no que


estava ouvindo.

— Você está falando sério?

Ele fez uma careta.

— Porra, sim. Eu certamente não vou dormir no chão.

Com uma risada curta, eu balancei minha cabeça.


Apenas Ten poderia me fazer sorrir em um momento como
este.
— Quero dizer, sobre a coisa toda? Este é um grande
negócio, Ten. Isso, porra, vai salvar a minha vida, mas seria
uma grande mudança. Para você também. Você tem certeza
sobre leva-los com a gente?

Ele deu de ombros como se não fosse nada.

— Quero dizer, eles estão indo, esmagados no banco de


trás da minha camionete no passeio até lá, mas por que não?

Apertando meus olhos fechados, eu cobri o rosto com as


mãos, com o alívio que quase dobrou os joelhos.

— Obrigado. Oh, merda. Obrigado, muito obrigado, cara.


Eu nunca vou ser capaz de pagar por isso.
CAPÍTULO
TRINTA E
TRÊS
“Eu queria um final perfeito.

Hoje Aprendi, da forma mais difícil, que alguns poemas não


rimam e que algumas histórias não têm um começo claro, um meio
ou um fim.”

- Gilda Radner

ASPEN

Eu era oca. Uma concha vazia.

Olhando para os túmulos de meus pais, eu me


perguntava por que eu não estava chorando, porque eu não
derramei uma lágrima sobre suas mortes.

Perto de mim, Rita cheirou um lenço e enxugou os


olhos. Eu estendi a mão e acariciei o braço, tentando oferecer
uma medida de conforto, mas como é que eu ofereço algo
quando eu não tinha nada? Não senti nada?

Os últimos dias foram um borrão completo. Depois de


“renunciar” da minha posição no Ellamore, eu fui para casa e
arrumei as malas, pronta para sair da cidade por alguns dias,
eu não sei, me encontrar. Reajustar minha vida. Fazer planos
para o futuro.

Me esconder de Noel.

Mas a empregada ligou quando eu estava enfiando um


punhado de jeans em minha bagagem. E agora meu maior
medo se tornou realidade. Meus pais morreram antes de dizer
que me amavam ou mesmo mostrar que se importavam. Eu
sabia que deveria me sentir destruída, perdida, sozinha, sem
esperança. Mas não. Nada. Houve apenas um grande, vazio
em branco, uma vaga onde eles nunca encheram meu
coração.

Eu fui preparada para ouvir sobre meu pai. No hospital


com pneumonia, perdendo a perna para diabetes, eu sabia
que isto foi o destino mais provável para ele. Mas não foi
assim que ele morreu

Minha mãe estava o levando o hospital quando eles


tiveram uma colisão frontal na estrada. Ambos mortos.
Instantaneamente.

Muito Chocada? Oh sim. Eu estava definitivamente em


um estado de choque total. Talvez seja por isso que eu estava
tão entorpecida. Ou talvez eu fosse apenas uma megera cruel.
Talvez Mallory e Richard Kavanagh tivessem raspado e eu
nunca poderia sentir alguma coisa novamente.

Mas depois eu pensei em Noel, e eu sabia que não era


verdade. Porque só a partir da lembrança do seu rosto em
minha mente, eu já não estava dormente. Eu estava doendo e
quebrada.

Meus pais poderiam não ter me mostrado amor, mas eu


sei o que é amor agora. Eu sei como se sente ao encontrar
alguém que vale a pena viver, a arriscar tudo por este amor, e
sacrificar tudo por isso. Ele foi belo e incrível. Então, eu não
desejava a partir dos dois corpos deitados neste chão frio,
duro. Eles poderiam ter a sua marca de amor com eles, onde
quer que fossem.

Joguei uma rosa em cada cova aberta e virei pronta


para terminar com isso. Apenas uma dúzia de outras pessoas
estava presentes no cemitério. Eu reconheci colegas de
Richard e Mallory, o pai de Zach estava perto, mas foi isso.
Sem amigos, sem outra família. Basta trabalhar os laços.

Um farfalhar veio atrás de mim, e eu sabia que Rita veio


correndo para me acompanhar. Eu diminuí o suficiente para
ela chegar ao meu lado, então eu conectei meu braço com o
dela, e fizemos o nosso caminho para o carro preto que nos
esperava.

— Eu sou uma pessoa horrível, Rita? — Eu perguntei


em voz alta.

Dedos quentes me rodearam e apertou com força.

— Por que você pensaria tal coisa, criança?


— Eles me criaram. — eu disse.

— Eles me mantiveram saudável e me vestiram,


colocaram uma casa sobre a minha cabeça. Eles pagaram
pela minha educação e me ajudaram a ter um bom começo
na vida. Eu não teria nada se não fosse por eles. Então não
devo mais do que isso? Eu não deveria lamentar...?

— Oh querida. Está apenas em estado de choque. A


negação é uma fase muito real em luto.

Eu balancei minha cabeça.

— Não. Não. Eu sei que ele está desaparecido. Eu sei...


— Eu nunca iria vê-los novamente. Parando 20 pés do carro
enquanto ainda era apenas nós duas, eu virei para ela.

— Estou aliviada. — Finalmente confesso.

— Passei toda a minha vida, preocupada com


desapontá-los, me esforçando para ganhar o seu amor. E
agora... Agora estou livre. Eu perdi meu trabalho esta
semana, e meu maior medo era como eu diria a eles. Mas eu
não preciso me preocupar com isso agora. Eu nunca terei que
me preocupar em ganhar a sua aprovação de novo.

Rita estalou a língua e me puxou para um abraço.

— Isto é minha culpa. Eu devia ter cuidado mais de


você. Eu nunca deveria ter deixado eles me intimidar para
manter distância. Você sempre foi uma boa menina,
obediente, e tudo o que você precisava era de um abraço,
apenas um pouco de compaixão.
— Não. Você fez bem. Eu entendi por que você não podia
fazer muita coisa. E eu vou sempre lembrar os tempos que
você fez alguma coisa.

Agarrando meus ombros, Rita olhou para mim de olhos


lacrimejantes, pálidos.

— Eles nunca te trataram bem. Eu não sei como você


acabou assim como você fez.

Finalmente, eu tive que piscar de volta alguma emoção.


Ela foi a minha verdadeira mãe, aqui. E ela acabou de me dar
toda a aprovação dos pais que eu já achei necessário.

— Obrigada, Rita.

Depois voltamos para a casa, o advogado dos meus pais


vieram para ler o testamento. Rita foi deixada com mil dólares
por cada ano de serviço, que ela trabalhou para eles, e, em
seguida, eles deixaram o resto do seu valor financeiro para a
universidade onde ambos trabalharam.

Como essas palavras foram lidas em voz alta, o frio


dentro de mim só cresceu mais profundo. Rita suspirou e
cobriu a boca.

— Não. — ela respirou, virando para mim com a culpa


em seus olhos.

— Mas... Mas o que sobre Aspen?

O advogado fez uma careta.

— Perguntei sobre ela quando fizeram. Mas eles


disseram que já tinham dado todas as ferramentas que ela
precisava para sobreviver. O dinheiro deles não irá nada para
ela.

Eu não era estava surpresa. Ainda oca, eu apenas


levantei meu queixo e respondi:

— Eles estavam certos. Eu não preciso de seu dinheiro.


— E nem importa que eu estava planejando pedir um
empréstimo até que eu encontrasse um novo emprego. Eles
realmente me deram todas as ferramentas que eu precisava
para sobreviver. Eu poderia fazer isso. De alguma forma.

Só me levou alguns dias para resolver os assuntos dos


meus pais. Tão limpo e arrumado como sempre foi, eles ainda
precisavam de alguém para colocar todos os seus desejos em
ação, portanto, tudo caiu em mim. Passei um dia com seu
advogado, certificando de que Rita foi definida, e todas as
coisas de Richard Mallory poderiam ser vendidas em leilão.
Em seguida, tendo a certeza de que um fundo foi organizado
com a universidade onde seu dinheiro poderia ir.

Eu parei por suas sepulturas uma última vez antes de


sair da cidade para dizer um adeus final e alcançar o meu
encerramento. Um peso saiu do meu peito enquanto eu subia
de volta para o meu carro. Era tão estranho. Eu bati no fundo
do poço. Eu perdi o amor da minha vida, o meu trabalho, e
meus pais. Eu estava basicamente sem perspectivas para o
futuro, e o dinheiro na minha conta poupança,
provavelmente, só ia durar um mês ou dois.

Mas eu não me senti como se fosse dele, como se tudo


estivesse acabado. Talvez eu realmente estivesse em negação.
Exceto uma semente de esperança brotou no lugar anulado
no meu coração. Ele cresceu e floresceu, e eu não conseguia
parar esse sentimento de que um novo começo ia despertar
dentro de mim.

Meu celular tocou enquanto eu atingi os limites da


cidade, fazendo meu broto de flor de esperança em uma flor.
Fazia alguns dias que Noel parou de ligar e começou a deixar
mensagens. Ele ainda mandou uma mensagem a cada
manhã, com citações para minha coleção. Ontem tinha sido o
meu favorito, no entanto:

“Quando alguém te ama, até a forma como ela diz seu nome é
diferente. Você sabe que seu nome está seguro em sua boca.”

Jess C. Scott, The Intern

Mas, além desses textos, ele parou de me implorar para


ligar de volta, ou perdoá-lo, ou voltar para casa. Ele parou de
pedir desculpas pela perda do meu trabalho. Ele parou de
lutar ferozmente por mim. Então, novamente, eu não tinha
respondido a nenhuma das suas tentativas, então ele
realmente não tem qualquer razão para pensar que havia algo
deixado para lutar, só que eu ainda o amava. Sempre ia amá-
lo.
Meu coração estremeceu em meu peito enquanto eu
mexi meu telefone na minha bolsa no banco do passageiro.
Talvez Noel ainda não tivesse desistido depois de tudo.

A ID na tela mostrou o meu antigo conselheiro e mentor.


Meus ombros caíram, eu respondi educadamente.

Dra. Thorn estendeu suas condolências sobre a morte


dos meus pais. Depois que eu aceitei suas desculpas por não
vir para o funeral, ela finalmente disse o motivo de sua
chamada.

— Eu sei que você provavelmente está se saindo muito


bem sobre a Ellamore. — Disse ela, fazendo eu me encolher,
porque eu não queria confessar que não estava mais lá.

— Mas nós tivemos um membro da faculdade do


departamento de Inglês aqui que decidiu se aposentar no
final do semestre, e você foi a primeira pessoa que eu pensei
para substituí-lo. Você sempre foi tão entusiasmada com
ensinar, e você tem a juventude e vivacidade que eu quero
aqui. Então você acha que é possível que você fosse
considerar voltar para nós... Como professora?

Já era tarde quando voltei para Ellamore. Eu dirigi


através da estrada e deveria estar esgotada. Mas enquanto
meu corpo só queria descansar, tudo mais dentro de mim
queria a atenção, exultava com o fato de que Noel estava
perto. Eu poderia ter esperado até de manhã, mas não fiz. Eu
tinha que vê-lo agora. Eu estacionei na frente de seu prédio e
corri através da escuridão para a entrada da frente, onde a
luz do teto pendia frouxamente quebrada acima da porta da
frente.

Eu enrolei minha mão e levantei à sua porta, mas decidi


que não queria acordar seu companheiro de quarto, então eu
peguei meu celular da minha bolsa para chamar, quando eu
mudei de ideia novamente. Eu prefiro acordá-lo de forma
diferente.

Eu tentei o bloqueio e encontrei aberto. Na ponta dos


pés até o corredor escuro, eu alcancei o quarto e virei à
maçaneta, entrando. A lâmpada ao lado da cama brilhava
suavemente e os lençóis sussurravam quando entrei. Eu me
perguntei se ele já estava acordado, esperando por mim,
percebendo que eu estava vindo. Mas quando eu levantei
meus olhos para a cama, eu encontrei uma garota ofegante e
sentada em seu colchão ao invés disso.

Segurando seus cobertores até o queixo, ela se abriu


para mim a partir de um par de olhos grandes e manchados
de água.

Eu congelei quando o ar foi arrancado do meu peito. Ela


era bonita, com longos cabelos loiros derramando e
características impressionantes. Doeu olhar para ela.

Ácido encheu meu estômago, e eu pensei que eu poderia


ficar doente por todo o chão. Lágrimas encheram os meus
olhos.
Ele seguiu em frente. Era tarde demais. Ele...

— Você está procurando Noel? — Ela perguntou antes


de fungar e enxugar seu rosto.

— Eu acho... Acho que ele está na sala de estar, ou


dormindo no chão ou no sofá. Eu não tenho certeza.

Ela parecia amigável. Eu não podia acreditar essa


garota, que eu não sabia quem era, mas odiava mais do que
qualquer outra pessoa na Terra, se atreveria a ser simpática
comigo, como se ela não estava esmagando a minha alma em
mil pedaços. Levei uns bons cinco segundos para realmente
processar o que ela acabou de dizer.

Noel estava dormindo na sala de estar. Não aqui. Não


com ela.

A confusão deve ter aparecido em minha expressão


bastante óbvia, porque ela disse.

— Você é Aspen, certo? Ouvi falar de você. Eu sou a


irmã de Noel.

— Caroline? — Eu respirei. Oh, Jesus. Oh, obrigada,


Deus.

— Eu... Oh! Bem, eu ouvi sobre você, também.

O alívio me deixou tonta e tive de segurar o batente da


porta. E mais uma vez, as minhas próprias emoções
avassaladoras me mantém ignorante de alguns detalhes
alheios por segundos, caso contrário não poderia ter me
levado tanto tempo para perceber a irmã de Noel estava
chorando... E aqui. Por que ela estava aqui, e onde estavam
os dois irmãos?

— Você está bem? — Perguntei, dando um passo para


frente, a preocupação com ela substituindo todo o resto.

— Sim. — Ela assentiu com a cabeça e se abraçou,


deixando cair o lençol para revelar que ela estava usando
uma das camisetas de Ellamore Viking de Noel.

— Eu... Eu... Não. Não, eu não estou bem. Eu acho que


eu nunca vou ficar bem de novo.

Quando ela escondeu o rosto entre as mãos e deixou


cair todas as pretensões de não chorar seus olhos, meu
coração se partiu por ela. Eu me arrastei para o colchão e a
puxei para o meu abraço. Tão natural quanto respirar, ela
descansou a cabeça no meu ombro e aceitou meu consolo. O
cheiro de Noel nos lençóis me confortado com eu consolava
sua irmã.

— É o bebê? — Eu finalmente pergunto, alisando o


cabelo fora do seu rosto. Seu corpo estremeceu quando ela
aconchegou mais perto de mim.

— Não há nenhum bebê. — O eco oco em sua voz me


disse qual era exatamente o problema. Em vez de perguntar o
que tinha acontecido, eu disse:

— Como você chegou aqui?

— Noel foi me pegar.

Eu comecei a acariciar sua cabeça. Eu não tenho


nenhuma ideia de onde veio este lado carinhoso meu, mas
essa garota era uma parte de Noel, e ela estava sofrendo. Eu
tinha que ajudar ela.

— Onde estão os seus irmãos mais novos?

— Eles estão dormindo no quarto de Oren. —


Finalmente, ela levantou o rosto e piscou para mim.

— Alguma coisa pior do que ficar ferida com seu coração


partido?

— Eu... — A resposta diplomática ficou presa na minha


garganta e não viria. Então eu fui com honestidade.

— Não, não na minha experiência.

Ela abriu a boca para dizer alguma coisa, mas passos


no corredor levaram ambas as nossas atenções para a porta.

— Caroline? — A voz abafada de Noel acordou cada


fibra de vida dentro de mim, fazendo meus músculos tensos
com antecipação.

— Você está bem? Ouvi vozes… — Ele entrou no quarto


e deu um passo completo antes de me ver. Empurrando a
uma parada, ele olhou. E olhou um pouco mais antes de falar
com voz áspera

— Aspen?

Eu não sabia o que dizer. De repente, me senti insegura.


Quando a palavra:

— Oi. — Caiu de meus lábios em uma pequena voz,


incerta, eu estremeci internamente.
— Oi. — Ele respirou, olhando para trás e para frente
entre Caroline e eu. Sua voz era plana, quando ele
acrescentou:

— Você está de volta.

Eu balancei a cabeça, preocupada que tinha sido um


erro vir aqui assim.

— Eu... Eu vim falar com você, mas... — Fiz um gesto


para Caroline. — Eu conheci sua irmã no lugar.

Ele voltou sua atenção para sua irmã, e ela correu para
fora da cama.

— Eu só vou... — Ela enganchou seu polegar em direção


à porta.

— Eu vou deixar você dois conversarem.

— Não. — Noel levantou uma mão.

— Você fica. Podemos ir. Você precisa descansar. —


Derrubando o rosto para o lado, ele finalmente parecia notar
os olhos molhados.

— Você está bem?

Ela assentiu com a cabeça e tentou limpar a evidência


de seu rosto.

— Sim. Melhor. Com uma pequena ajuda de Aspen.

Quando ela olhou para mim, eu dei um sorriso de apoio.


Ela começou a voltar para a cama, por isso, levei como minha
deixa para sair fora dela. Mas à medida que trocou de lugar,
ela me deu um último abraço impulsivo.
— Obrigada. — Ela sussurrou em meu ouvido.

Eu balancei a cabeça, dei um sorriso de despedida, e me


viro para Noel. Ele olhou para mim, os olhos brilhando com
emoção, mas sua expressão dura. Em seguida, ele se afastou
e saiu do quarto. Seguindo ele no final do corredor e para a
porta da frente. Ele não abrandou ou estendeu a mão para
mim, e isso doeu. Mas eu realmente não poderia esperar
menos, eu poderia?

Uma vez que estávamos fora do apartamento, as luzes


ofuscantes dos corredores exteriores mostraram como rígidas
e inflexíveis seus ombros eram. Ele continuou andando, e
assim eu continuei seguindo para baixo da escada.
Apressando para alcançar eu finalmente chamo.

— Você não me disse que Caroline perdeu seu bebê em


qualquer de suas mensagens.

Empurrando para uma parada, ele girou ao redor. Nós


chegamos ao patamar entre os andares, onde as escadas
viram. Ele agarrou meu braço e me prensou para a parede de
tijolo até que o frio bateu na minha espinha.

Pisando perto o suficiente para eu sentir seu calor e


cheiro de menta em seu hálito, ele rosnou:

— Bem, você não me disse que estava deixando a


cidade. Você não me disse que Marci Bennett chantageou
você. E você com certeza não me disse que perdeu a porra do
emprego... Por minha causa. Cristo, Aspen. — Ele segurou
meu rosto e pressionou sua testa na minha.

— Você não me disse merda nenhuma.


Ele ficou tão furioso que balançou com ele. Eu sentia
cada movimento de tremor através dele tão agudamente que
eu poderia muito bem ter estado tremendo muito.

— Droga, — ele murmurou quando eu não respondi.

— Por que você não me disse?

Fechei os olhos.

— Porque eu não quero que você faça nada estúpido.

Ele bufou.

— Tarde demais.

— Oh, Deus. Noel. — Empurrando contra ele, eu


engasguei.

— Eu menti para você. Recusei a dizer quem era, para


protegê-lo. Por que você... Espere. O que exatamente você
fez?

Pairando sobre mim, ele cerrou a mão na cintura e fez


uma careta de volta. —

Eu disse a eles que era eu naquela foto. O que você


acha que eu fiz?

— Não. — Negar isso, eu balancei a cabeça com firmeza.


Medo correu ao longo da minha pele, picaram meu couro
cabeludo. Mas se Noel tinha se machucado nisso, depois de
tudo o que eu tinha sacrificado para mantê-lo seguro, eu...
Eu não sabia o que eu faria. Eu provavelmente iria perder
toda a fé no mundo.

— Será que eles... Eles te expulsaram?


Vergonha entrou em seus olhos. Inclinando a cabeça
ligeiramente, ele desviou o olhar e passou a mão sobre seu
cabelo.

— Não. — ele admitiu em voz baixa.

Ar assobiou dos meus dentes.

— Oh, graças a Deus.

— Eles não me deixariam sair. — acrescentou em um


sorriso de escárnio frustrado.

— Não iria deixá-lo? O que você, por favor, não me diga


que você tentou. Deus, Noel. Você precisa desta bolsa de
estudos.

Ele deu um passo em minha direção.

— Você sabe o que? Estou cansado de todo mundo me


dizendo o que eu preciso fazer. — Definindo os punhos contra
a parede em ambos os lados da minha cabeça, ele se inclinou
até que nossos rostos estavam polegadas distantes.

— O que eu preciso é você. Ninguém me entende como


você. Ninguém me ama como você faz. Você é tudo. E quando
você foi para baixo por minha culpa, uma parte de mim
morreu. Me sinto quebrado porque eu não pude deixar aquele
lugar maldito com você. Tentei. Eu tentei tanto para fazê-los
trazê-la de volta. E quando eu ameacei sair, eles ameaçaram
também. E agora, se eu for eles vão fazer toda essa coisa
pública e arrastar o seu nome na lama. Você nunca poderia
ensinar novamente, em qualquer lugar. Então, aqui estou eu,
preso, incapaz de fazer uma única coisa porra, enquanto você
toma toda a culpa.

— Shh. — Toquei seu rosto e acariciei sua bochecha,


oferecendo um sorriso molhado.

— Está tudo bem.

— Não. — Ele cerrou os dentes, rosnando para mim, e


ele colocou sua testa com mais firmeza a minha.

— Ele não está ficando bem. O que eles fizeram para


você não estava bem. Eles fizeram o que tínhamos parecer
horrível, sujo, e errado. E não foi. É só que... Não era. Eu juro
por Deus, você é a única coisa que já esteve certo na minha
vida.

Inclinei para cima nos dedos dos pés e colei minha boca
para a dele. Ele me beijou de volta selvagemente, agarrando o
meu cabelo duro, e ferindo meus lábios com os seus. Eu acho
que ele estava tentando me punir, mas parecia bom demais
para ser qualquer tipo de punição. Eu beijei de volta, assim
como ferozmente, precisando senti-lo e saboreá-lo e-

Ele arrancou sua boca da minha e puxou afastado,


apertando os lábios como se o tivesse traído. Ferido ele disse:

— Não faça isso de novo. Se fôssemos apanhados, nós


deveríamos ir para baixo juntos.

Eu balancei minha cabeça.

— Não me lembro de fazer esse negócio.


— Maldição. — Ele veio em estreita novamente,
afundando as mãos no meu cabelo e colocando minha cabeça
em suas palmas.

— Eu não podia fazer nada, Aspen. Você nem entende o


que isso fez comigo? Minhas mãos ainda estão presas, e eu
não posso fazer nada por você, enquanto você pode apenas
alegremente sacrificar toda a sua vida por mim? Isso não está
certo. Não é justo. Por que você não me disse o que ia
acontecer? Algum tipo de advertência.

— Eu queria fazer isso por você, Noel. — Com palma da


minha mão em seu rosto, deixei escapar um suspiro. Não
importava que tipo de tumulto estivesse acontecendo em
torno de nós, aqui em seus braços, eu me senti em casa.

— Mas por que você não me contou? E depois, por que


você saiu sem uma palavra? Por que você não respondeu
sequer uma porra de texto?

— O contato com você após isto, poderia ter alertado a


universidade que era o seu braço na imagem. Eu não queria
isso. Além disso, eu pensei que nós poderíamos usar um
pouco de tempo separados, para limpar nossas cabeças e
olhar para tudo, desde uma nova perspectiva. — Quando
seus olhos se estreitaram e ele abriu a boca, corri para
acrescentar:

— E eu era uma covarde. Se eu tivesse entrado em


contato com você, eu sabia que eu voltaria.

— Mas você voltou.

Meu sorriso era trêmulo.


— Eu acho que o poder da tentação foi mais forte do que
eu pensava. Eu simplesmente não consigo ficar longe.

Um soluço rasgou de sua garganta. Ele passou os


braços em volta de mim e puxou-nos juntos. Este beijo foi
mais suave, mas tão ganancioso.

— É isso, então? — Perguntou ele, beliscando minha


mandíbula.

— Não há nada para nos manter afastados, podemos


finalmente ficar juntos? Livre e de forma permanente?

Mordi o lábio, e ele sentiu a minha hesitação. Erguendo


a cabeça, ele olhou para mim.

— Merda. — Ele sussurrou.

— Eu realmente não gosto esse olhar em seus olhos.

— Me ofereceram um emprego. — Eu disse a ele, — para


ensinar na minha universidade, onde estudei. Oitocentas
milhas de distância.

A respiração saiu apressada de seus pulmões enquanto


olhava. Então ele deixou cair às mãos do meu rosto e
lentamente se afastou.

— Então, você está me deixando. E eu não posso ir.


Jesus Cristo. — Agarrando a cabeça, ele se afastou de mim.

— Quantas vezes você está pensando em quebrar meu


coração?

— Não mais, eu espero. — Abraçando minha cintura, eu


respirei fundo e dou o maior salto da minha vida.
— Porque eu recusei o trabalho.

Ele girou de volta, seu olhar fechando em mim.

— Você o que?

— Eu não estou indo a lugar nenhum.

— O Quê? Você está louca? — Ele voltou, agarrando


meus braços.

— Você não pode recusar, Aspen. E se você não


consegue encontrar um emprego de professora por perto?

Eu dei de ombros.

— Então eu não vou ensinar. Vou fazer outra coisa.

— Mas você gosta de ensinar.

Desta vez, eu assenti.

— Sim.

Com um grunhido, ele apertou ainda mais perto.

— Eu tenho que estrangular você, mulher? Você não


está sacrificando qualquer outra coisa para mim.

Eu apenas sorri.

— Bem, eu não vou deixar você também. Eu posso amar


ensinar, mas eu te amo mais. Noel Gamble, a minha casa é
onde quer você estiver, então eu vou ficar aqui.

Ele choramingou, e suas mãos em mim começaram a


tremer.

— Você deveria ir. — Sua voz estava tensa, mas ele


continuou insistindo:
— Eu sei que você quer o trabalho, eu posso dizer. Você
deve aceitar.

— Eu quero isso. — Admiti.

— Mas eu não me importo. Como eu disse, eu te quero


mais.

Balançando a cabeça, ele apenas continuou olhando


para mim.

— Você diz isso agora. Mas... Em poucos anos, quando


estiver presa aqui por causa de mim, vai me ressentir de tudo
o que a impediu. Eu preciso de você seguindo seus sonhos,
Aspen.

— Estou seguindo o meu sonho, Noel. Confie em mim.


Tudo que eu sempre quis é ser amada.

— Deus me ajude. — Ele estremeceu e eu assisti um


pouco de sua resistência rachar.

— Eu te amo sim. Eu nunca amei alguém como eu amo


você, mas…

— Mas isso é tudo que eu preciso. — Eu garanti a ele.


Tocando seu rosto levemente, eu repeti.

— Acredite em mim, eu posso conseguir um emprego em


qualquer lugar. Ele não tem que estar no mesmo nível do
colégio da comunidade ou da universidade. Eu só vou tentar
encher as pessoas com a mesma apreciação da literatura que
eu tenho. Vou encontrar trabalho onde quer que eu esteja.
Mas eu não vou achar outro como você. Eu não quero deixá-
lo.
Ele dobrou. Seus ombros caíram e seu corpo caiu no
meu enquanto seu lábio pego meu templo.

— Eu não quero que você saia também.

— Então está resolvido. Todos nós vamos ficar.

Noel me beijou novamente.

— Eu amo você. Eu te amo tanto. Eu não sei como eu


poderia provar a você o quanto eu te amo.

Ele já havia provado isso. Ninguém nunca me amou do


jeito que ele fez. Com cada palavra e gesto, ele me mostrou os
seus sentimentos, e eu apreciava cada momento com ele. Ele
me ensinou o que era amar e ser amada. Ele soltou a minha
criança interior e me ajudou a viver no momento. Mas ele
também tinha me dado um futuro a olhar para frente. Pode
ser incerto, mas eu não podia esperar para começar este.
Com ele.

Eu sabia que ele ia dizer sobre o que aconteceu com


seus irmãos enquanto eu estava fora, assim como eu diria a
ele sobre meus pais. Tínhamos muito que discutir, mas eu
tinha a sensação de que teríamos muito tempo para falar
sobre tudo isso.

Mais tarde.

Por agora, eu estava muito animada em saber que


tínhamos realmente ter um mais tarde. Então, eu o beijei de
volta e saboreei o presente.
EPÍLOGO
“Não chore porque acabou, sorria

porque aconteceu”

- Dr. Seuss

ASPEN

— Começamos com 'O Sol é para todos - Harper Lee' (To


Kill a Mockingbird) na segunda-feira, que acontece de ser um
dos meus livros favoritos, por isso, se alguém quiser me
impressionar, apenas faça bem nos textos para esta história.
Entenderam?

Quando metade da classe gemeu, eu balancei a cabeça e


sorri. Haveria sempre os opositores, mas eu normalmente
encontro uma ou duas pessoas que amam a literatura, tanto
quanto eu fiz. E é por isso que eu me mantive ensinando, e
por que eu continuava voltando a cada dia, animada para
compartilhar o meu apreço com eles. Eu apreciava atingir os
estudantes como a menina no canto de trás que estava
sentada em uma cadeira de rodas enquanto ela ansiosamente
ouviu a todos os meus pensamentos sobre a última história
que acabara de ler.

Eu abri minha boca para dizer a minha turma do


segundo ano quando senti que eles não eram tão
entusiasmados para começar a história como eu estava, mas
a campainha tocou, me interrompendo. Eu ainda pulo cada
vez que isso aconteceu. Foi uma das poucas coisas que eu
perdi sobre o ensino em nível superior. Mas fora isso, eu
estava extremamente feliz aqui.

— Tenham um bom fim de semana. — Eu chamei acima


do calor de meus alunos que recolhem as suas coisas e fazem
planos com seus amigos.

Pela primeira vez, eu estava feliz que eles estavam


ansiosos para sair, porque assim fui eu. Esta foi a minha
última aula do dia, e eu estava ansiosa para falar com Noel e
ver como seu dia foi.

Comecei a juntar tudo o que eu queria levar para casa


comigo quando eu vi alguém se aproximando da minha mesa
com o canto do meu olho.

Coloquei as mãos nos quadris e carrancuda com um par


familiar de olhos azuis de pervinca, ele sussurrou:

— Eu não posso acreditar que você só me deu um 'C'


naquele trabalho. Porra, Aspen?

Eu suspirei.

— Brandt.
— Quero dizer, eu sei que você disse que não mostraria
favoritismo se eu pegasse sua classe, mas realmente? Um 'C'?
Na verdade, eu tentei fazer um bom trabalho.

Eu sabia que não deveria, porque ele estava realmente


chateado, mas eu sorri com carinho para a memória que esta
conversa trouxe.

— E ainda assim você perdeu completamente o ponto do


trabalho. — Eu tive que dizer a ele.

Ele abriu a boca para devolver algo para mim. Ele é


muito parecido com seu irmão para não revidar. Mas um par
de meninas que passam pegou tanto de nossa atenção na
forma que elas riram.

— Oh, meu Deus, você viu o novo professor de


Economia? Ele é tão gostoso.

Brandt gemeu quando a outra garota chegou perto da


sua amiga e agarrou seu braço.

— Eu sei. Gostaria de saber o seu nome, porque eu


quero me inscrever nessa classe.

— Isso aí. Ouvi dizer que ele é o novo treinador de


futebol, também.

— Ele é. — Brandt finalmente falou, as assustando ao


interromper sua sessão de fofoca. Quando levantou o rosto e
encontrou Brandt Gamble falando com elas, elas pararam em
e ficaram boquiabertas.

Eu ouvi uma menina na semana passada chamar meu


cunhado um estudante de segundo ano muito atrativo, então
eu acho que as meninas devem ter sido congeladas com
admiração por encontrar sob a atenção do muito atrativo.

Ele enviou-lhes um sorriso cúmplice.

— E Gamble é seu nome. — Ele deu uma pausa


dramática, esperando por ele para completar e as meninas a
ofegar com a realização, antes que ele acrescentou, — ele é
meu irmão.

Seus olhares imediatamente vieram para nós. Todos no


Colégio East Ellamore sabiam da minha relação com Brandt.
Com as faces escarlates coradas, as meninas começaram a
jorrar em uníssono.

— Eu sinto muito, Sra. Gamble. — elas começaram


juntas, falando sobre a outra.

— Nós não queríamos desrespeitar.

Eu balancei a cabeça e acenei em silêncio.

— Não se preocupe com isso. Não posso deixar de


concordar com vocês. — Eu pisquei.

— Ele é muito gostoso.

Com Brandt bufando, as meninas riram com alívio e


correram para a saída, apenas para quase colidir com o tema
da nossa conversa quando ele apareceu na porta.

— Desculpe por isso, senhoras. — Ele se afastou


graciosamente e varreu a mão para elas passar primeiro. Elas
riram e disseram em coro:

— Oi, Sr. Gamble. — e elas fugiram.


Brandt e eu compartilhamos um olhar, e rolamos os
olhos.

— Eu não acho que eu já fui chamado Sr. Gamble por


tantas pessoas em um dia antes. É tipo de assustar. — Noel
admitiu, alheio a tudo o que tinha acontecido.

Ele estendeu a mão e bagunçou o cabelo de Brandt


enquanto passava seu irmão. Mas seus olhos estavam
focados em mim.

— Oi. — Sua voz baixou a um passo rouca quando ele


se inclinou para um beijo.

— Oi. — Meus dedos ficaram curvados em minhas


palmas enquanto seus lábios permaneceram no meu.

Estendi a mão e agarrei a gravata que ele usava,


impressionado pela forma como foi permitido beijá-lo tão
abertamente dentro de um prédio da escola. Mas muito
mudou nos três anos que estavamos juntos. Quando ele se
afastou, lambendo a língua sobre seu lábio inferior como se
para saborear o sabor persistente de mim sobre ele, algo
vibrou no fundo da minha barriga.

Eu era a mulher mais sortuda do mundo para me casar


com este homem.

— Noel. — a voz aguda de Brandt cortou nosso


momento.

— Aspen me deu um maldito C no meu trabalho.

Ao invés de cara feia para mim em irritação, meu marido


riu. Ele piscou para mim antes de dizer a seu irmão:
— Bem, ela me deu dois 'D', então eu não sinto pena de
você.

Do fundo da sala, soou uma pilha de livros caindo no


chão. Os três de nós viraram para encontrar uma estudante
lutando para entrar na sala. Com um dos raios de sua
cadeira de rodas preso em uma mesa que ela estava
passando, conseguiu empurrar a pilha de livros à direita no
seu colo.

Noel e eu viramos para ajudá-la, mas meu cunhado de


dezesseis anos de idade pulou na frente de nós.

— Aqui. Me deixe pegar aqueles para você, Sarah. — Ele


se inclinou e pegou de uma forma graciosa.

Sarah puxou para trás em surpresa e babou por ele um


momento antes de ela abaixar seu rosto, deixando cair seu
cabelo escuro para frente e cobrir suas bochechas vermelhas
escaldantes.

— Obrigada. — Disse ela em voz baixa tímida. Ela


estendeu os braços para recuperar suas coisas, seus dedos
tremendo um pouco quando ela fez.

Mas Brandt os colocou debaixo do braço em vez de


entregá-los de volta.

— Eu carrego. Você vai para seu armário?

Sua cabeça se levantou, os olhos arregalados.

— Eu... — Quando a boca aberta e alguns sons


imperceptíveis saíram, ela estalou os dentes juntos e corou
ainda mais difícil.
— Sim. — Ela finalmente respondeu.

Brandt enviou um sorriso amigável.

— Eu vou com você. Meu armário é apenas um par para


baixo de seu. Oh, aqui. — Ele rapidamente estendeu a mão e
empurrou de lado a mesa que ela enroscou sua cadeira de
rodas, dando mais do que a abundância de espaço para
passar.

Seu rosto se iluminou, Sarah sorriu para ele quando ela


rolou, mais uma vez, agradecendo a sua consideração.

— Então, como foi no trabalho? — Ele continuou


sorrindo para ela. A resposta de Sarah foi abafada com eles
se indo para o corredor juntos.

Noel e eu compartilhamos um olhar.

— É só eu, ou a irmã de Mason Lowe tem uma queda


por meu irmão?

Eu ri.

— Bem, metade das meninas na escola têm uma queda


por ele, então eu diria que é altamente possível.

Ele gemeu.

— Realmente? Ele é popular aqui? Isso não é muito


justo. — Sua carranca era adorável.

Eu me inclinei para dar um beijo rápido.

— Ele se encaixa muito bem.

Noel suspirou como se revoltado.


— Eu acho que é melhor do que ele quase saltar para
uma gangue como se tivesse estado naquele outro lugar que
não deve ser nomeado.

Todos os seus irmãos se ajustaram bem em Ellamore.


Eles nem ficaram chateados quando sua mãe concedeu a
Noel tutela deles sem um único protesto. Caroline, Colton e
Brandt cresceram sob os cuidados de Noel, mesmo Colton
que foi o que demorou mais para se ajustar.

— Então, como foi seu primeiro dia de ensino, Sr.


Gamble?

Eu fui salientada durante todo o dia que ele iria se


arrepender de aceitar o cargo de professor aqui. Depois que
ele quebrou a clavícula no seu último ano de faculdade
durante um jogo de futebol e perdeu a chance de jogar para a
NFL, eu tinha me preocupado que ele eventualmente iria
odiar a vida nova que ele tinha de fazer. E ele se ressentiria
por ter de mudar de jogador para o ensino e Treinador.

— Era uma espécie de estimulante, na verdade. — disse


ele.

— Quando percebi as pessoas prestaram atenção em


mim quando falei, quase me sentir como se eu pudesse ser
capaz de fazer a diferença na vida de um garoto.

Eu poderia dizer que ele já fez à diferença na vida de


três crianças muito importantes. Mas ele parecia
impressionado com a realização que acabou de ter.

— Estou ansioso para começar a prática de futebol e ver


que tipo de equipe que vou ter nesta temporada.
Que me lembrou do tempo.

— Isso não começa em três minutos? — Eu arqueei a


sobrancelha, silenciosamente perguntando o que ele estava
fazendo na minha sala de aula. Seus olhos azuis viraram
fumaça.

— Sim. Mas saber que você estava aqui era muita


tentação de resistir. Vê-la em seus ternos de 'professora”
sempre me lembra dos dias em que nos conhecemos. — Ele
passou os dedos carinhosamente para baixo na lapela do
meu blazer.

— Mas agora não temos nada a esconder.

— Sim. — Ele se inclinou para me beijar de novo.

— E ele ainda parece muito bom para ser verdade. Eu


continuo esperando alguém explodir aqui e dizer que não
podemos estar juntos. — Seus braços em volta da minha
cintura possessivamente.

— Este tempo com você foi o melhor momento da minha


vida. Eu não posso agradecer o suficiente por voltar para
mim, por ser minha esposa.

Eu descansei minha cabeça em seu batimento cardíaco.

— Você me deu os três melhores anos da minha vida


também. — Eu dei um tapinha em seu abdominais de aço e
beijo seu queixo.

— Agora é melhor você ir, treinador, antes de decidirem


substituí-lo no seu primeiro dia.
— Vejo você em casa. Te amo, querida. — Ele me beijou
novamente antes de recuar. Eu perdi imediatamente seus
braços em volta de mim.

— Eu também te amo. Não dê um tempo muito difícil a


Brandt durante a prática. — Noel apenas sorriu.

— Oh, se ele acha que você não deu a ele qualquer


favoritismo de família, é só esperar até ele descobrir o quão
duro eu vou chutar sua bunda no campo.

Ele balançou as sobrancelhas e me soprou um último


beijo antes de recuar a partir do quarto.

Deixei escapar um suspiro satisfeito e afundei em


minha cadeira. Quando eu comecei a trabalhar na
Universidade Ellamore naquele fatídico semestre, eu não
tinha ideia que minha vida acabaria aqui. Mas estou muito
feliz que tenha. Quem diria que eu estaria incrivelmente feliz
trabalhando em uma escola, enquanto estava casada com o
treinador de futebol? Ou que ajudá-lo a cuidar dos seus dois
irmãos mais novos e irmã, uma júnior na faculdade agora,
me fez sentir tão completa? Mas lá estava eu, mais feliz do
que eu já estive, e eu não mudaria minha vida por nada no
mundo. Tudo o que eu sempre quis era encontrar o amor e
ser amada em troca. Mas isso foi além. Estava
completamente safisteita.
“O que realmente me impressiona é um livro que, quando você
termina de lê-lo, você deseja que o autor que o escreveu fosse um
tremendo amigo seu e que você pudesse ligar para ele sempre que
tivesse vontade. Entretanto, isso não acontece com muita
frequência.”

- JD Salinger, O Apanhador no Campo de Centeio

~ FIM ~
AGRADECIMENTOS

Começando com minha família, graças a um pacote


Kurt e Lydia que tem que me aturar dia após dia! Eu não sei
como vocês fazem isso, mas eu sou tão grata que vocês
fazem! Amo vocês dois.

O próximo vai para Lindsay Brooks. Você nunca


vai saber o quanto sua amizade e apoio significam para mim.
Não só você me escuta, em discurso retórico e rave, mas você
realmente l minhas histórias também! Estou começando a
pensar em você como minha irmã gêmea do outro lado do
mundo!

Aos meus leitores beta que estavam dispostos a


olhar através da minha história no seu pior e me ajudar a
resolver os maiores problemas. Este agradecimento é para
Sandra e Alaina Martinie, Andrea Reed, Ashley Morrison do
livro Labyrinth, meu amigo e impressionante autor Ada
Geada, Ami de romance Readaholic, e Michelle & Pepper de
Todos os Comentários de Romance.

Stephanie Pais, que concordou em ser meu editor,


desta vez, merece um aplauso caloroso para a captura de
tantos erros! E ainda outra ovação de pé vai para Brynna
Curry de Sizzling PR para revisão!
Alguns revisores mais casuais que eu gostaria de
agradecer são: Mary Crawford. E, em seguida, Cindy
Alexander, Jamie Hixon, Sandra Martinie, Laina Martinine,
Shi Ann Crumpacker, e Cap Katie. Obrigado rapazes. Melhor
família de sempre.

E quem poderia esquecer Lisa Filipe de saborosos


Reserve Tours? Mesmo com um segundo bebê a caminho, ela
se encaixa no tempo para configurar uma tampa revelar e
excursão do livro para mim.

Mas o Grande final de tudo a agradecer vai para o


Bom Deus que me deu em várias maneiras mais bênçãos do
que eu mereço.

Obrigado a todos!

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