Larissa Pinto
Larissa Pinto
Larissa Pinto
São Luís
2014
LARISSA SILVA PINTO
São Luís
2014
Pinto, Larissa Silva
Abuso psicológico infantil intrafamiliar: estudo sobre a
violência psicológica sofrida por crianças e adolescentes no
ambiente familiar à luz da doutrina da proteção integral /
Larissa Silva Pinto. – São Luís, 2014.
61 f.
BANCA EXAMINADORA
_______________________________________
Orientador – Profº. Doutor Cássius Guimarães Chai
________________________________________
Examinador – Profº.
_______________________________________
Examinador – Profº.
Ao meu avô, Raimundo Nonato, cujo
quarto no hospital foi onde eu escrevi o
final desse trabalho. Por todo o carinho,
dedicação e amor que eu recebi. Te amo!
AGRADECIMENTOS
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................... 11
2. ESTADO, O POVO E A PROTEÇÃO À INFÂNCIA. ............................................ 13
2.1 Contexto Histórico .............................................................................................. 13
2.2 A proteção integral e o principio da dignidade da pessoa humana ............... 19
2.3 A infância e a proteção internacional: ONU e o Sistema Interamericano de
Proteção aos Direitos Humanos ................................................................................ 22
3. ABUSO PSICOLÓGICO: VIOLÊNCIA SILENCIOSA .......................................... 27
3.1 Formas e conceito: abuso ou violência psicológica? ..................................... 27
3.2 Abuso psicológico infantil nas normas brasileiras e internacionais: uma
comparação à luz da proteção integral ..................................................................... 29
3.3 Consequências da violência psicológica infantil ............................................ 32
4. ABUSO PSICOLÓGICO INFANTIL INTRAFAMILIAR ........................................ 35
4.1 Considerações acerca da violência doméstica contra crianças e
adolescentes................................................................................................................ 35
4.2 Princípio do melhor interesse da criança e os limites da intervenção
estatal na família ......................................................................................................... 38
4.3 Casos de abuso psicológico: uma abordagem intercontinental .................... 43
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................. 54
REFERÊNCIAS .................................................................................................... 55
11
1 INTRODUÇÃO
1
BRASIL. Presidência da República. Decreto 17.943-A de 12 de outubro de 1927. Artigo 68º.
2
BRASIL. Presidência da República. Decreto 17.943-A de 12 de outubro de 1927. Artigo 1º.
3
BRASIL. Presidência da República. Lei n. 6.697 de 1979. Artigo 2º
18
4
A doutrina da segurança nacional é uma simplificação drástica do homem e dos problemas
humanos. Em sua concepção, a guerra e a estratégia tornam-se a única realidade e a resposta a
tudo. A política, para os teóricos da segurança nacional, seria a continuação da guerra por outros
meios. Os ideólogos da segurança nacional viam-na como uma resposta urgente e necessária à
inconsciência dos povos latino-americanos acerca da situação da guerra permanente, total
(UNTURA, Marcos Neto. Ideologia da segurança nacional no Brasil durante a ditadura militar: uma
análise a partir da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal dos anos de 1968 e 1969. São Paulo,
2001).
19
5
Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, p.610. Nova Fronteira, 2ª edição – 36ª reimpressão.
20
6
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente.
7
Art. 5º, § 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes
do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República
Federativa do Brasil seja parte.
21
Proteção Integral das Nações Unidas deve funcionar para o Direito da Criança e do
Adolescente, tal como uma norma fundamental kelsiana8, pois:
Embora não seja uma norma presumida ou ficta, este princípio deve criar
para o conjunto da Sociedade (Instituições governamentais, não
governamentais etc.), um amplo dever jurídico de agir, visto que a
Sociedade, o Poder Público e a Família, “por lei ou por outros meios,”
devem funcionar como gestores da implementação de “todas as
oportunidades e facilidades”, que visem a facultar à Criança e ao
Adolescente o “pleno desenvolvimento físico, moral, espiritual e social, em
condições de liberdade e dignidade”, conforme dispõe o art. 3º do Estatuto
da Criança e do Adolescente (Ibidem, p.179).
8
Para Hans Kelsen (1881-1969), a Norma Fundamental é pressuposto lógico e jurídico de todo e
qualquer sistema jurídico. Apresenta-se como uma norma presumida, hierarquicamente superior às
demais normas (regras e princípios), que confere sentido e validade ao Sistema como um todo
(LIMA,2001).
22
Philip Aston (1986) observa que um dos defeitos da Declaração, era o fato
de que não obrigava os Estados, pois era vista como “declaração de obrigações dos
homens e mulheres de todas as nações”.
Ademais, cabe mencionar que a Declaração de Genebra trazia insculpida
em seu corpo jurídico, a Doutrina da Situação Irregular.
Ressalta-se que apesar do defeito apontado, tal declaração não teve o
impacto jurídico necessário, muito provavelmente, devido ao momento histórico e,
principalmente, ao já previsível fracasso da Liga das Nações9.
A Organização das Nações Unidas começou a se formar antes mesmo
até do fim da 2ª Guerra Mundial, a mesma guerra que contribuiu enormemente para
o insucesso da Liga das Nações, sendo criada e tendo seu tratado ratificado na
Conferência de San Francisco.
Em 1948, com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, iniciou-se o
processo de consolidação, expansão e aperfeiçoamento da proteção dos direitos
humanos, gerando um sistema internacional que permitiu a integração desses
direitos em diversos países, configurando a chamada Era do Direito.
Frisa-se que foi somente com a Declaração Universal dos Direitos
Humanos, que se reconheceu a especial proteção que a criança necessita. Alias, tal
necessidade encontra-se disposta no item 2 do Artigo XXV: “A maternidade e a
infância têm direito a cuidados e assistência especial. Todas as crianças, nascidas
dentro ou fora do matrimônio, gozarão da mesma proteção social.”
No ano de 1959, foi criada a Declaração Universal dos Direitos da
Criança, pela qual se começou a modificar a doutrina da Situação Irregular. Todavia,
a mesma possuía o mesmo defeito da Declaração de Genebra, qual seja, a
ausência de coercibilidade, originada do fato que os Estados não foram obrigados a
implementá-la internamente.
Em 1979, no proclamado “Ano da Criança”, em homenagem aos vinte
anos da Declaração, o governo polonês apresentou um projeto para uma
Convenção Internacional dos Direitos da Criança, a qual foi criada após dez anos de
modificações e reformas.
9
A Liga (ou Sociedade) das Nações surgiu em consequência dos horrores da Primeira Guerra
Mundial e foi a primeira tentativa de consolidar uma organização universal para a paz. O principal
precursor da ideia fora o presidente norte-americano Woodrow Wilson (Rammer, Oliver). Disponível
em: http://dw.de/p/1HrD. Acesso em: 01/11/14.
24
10
Villagrán Morales et al v c. Guatemala (The Street Children Case). Inter-American Court, 19
November 1999, Ser. C, N. 63.
26
11
Caso Damião Ximenes Lopes vs Brasil, Sentença de 4 de julho de 2006, Série C, N. 150.
I/A Court H.R., Matter of Children Deprived of Liberty in the "Complexo do Tatuapé" of FEBEM
12
regarding Brazil. Order of the Inter-American Court of Human Rights of November 25, 2008, I/A
Court H.R., Matter of Children Deprived of Liberty in the "Complexo do Tatuapé" of FEBEM regarding
Brazil. Order of the President of the Inter-American Court of Human Rights of June 10, 2008. A Court
H.R., Matter of Children Deprived of Liberty in the "Complexo do Tatuapé" of FEBEM regarding Brazil.
Order of the Inter-American Court of Human Rights of July 03 , 2007, I/A Court H.R., Matter of
Children Deprived of Liberty in the "Complexo do Tatuapé" of FEBEM regarding Brazil. Order of the
Inter-American Court of Human Rights of July 04, 2006, I/A Court H.R., Matter of Children Deprived of
Liberty in the "Complexo do Tatuapé" of FEBEM regarding Brazil. Order of the Inter-American Court of
Human Rights of November 30, 2005 e I/A Court H.R., Matter of Children and teenagers deprived of
Liberty in the "Complexo do Tatuapé" of FEBEM regarding Brazil. Order of the Inter-American Court of
Human Rights of November 17, 2005.
27
Sobre uma menina exemplar: Uma menina brinca com duas bonecas e
briga com elas para que fiquem quietas. Ela também parece uma boneca
porque é linda e boazinha e porque não incomoda ninguém.
(Do livro Adelante, de J. H. Figueira, que foi livro escolar nas escolas do
Uruguai até poucos anos atrás).
(Eduardo Galeano, A cultura do terror/3. Porto Alegre, 2002).
Por sua vez, Guerra e Azevedo (2001), não classificam Corrupção, como
um tipo de violência psicológica, sendo que consideram Humilhação, o ato de
insultar e ridiculizar a criança, como uma forma de violência.
Devido a essa dificuldade conceitual apresentada, alguns autores como
Stevens (1999), consideram a violência psicológica um assunto difícil de ser
efetivamente pesquisado, não só pela dificuldade em encontrar uma definição
universal, mas também pela dificuldade em detectar, avaliar e principalmente provar
que o abuso psicológico ocorreu, pois muitos casos jamais serão denunciados, de
acordo com o autor.
Apesar de ter sido feita em 1980, a afirmação de Kempe e Helfer (1980),
continua atual:
Estados e sociedades progridem, passando por diferentes estágios, no que
tange a abordagem da violência doméstica contra a criança (abuso infantil).
Inicialmente, nega-se o problema, então foca-se nos casos mais dramáticos
de abuso físico antes das formas mais sutis de abuso sexual e psicológico
13
serem finalmente reconhecidas. .
13
Tradução da autora.
14
Tradução da autora
29
15
BRASIL. Presidência da República. Lei n. 9.455 de 1997. Artigo 1º, inciso II.
30
o
Art. 7 São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre
outras: II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe
cause dano emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e
perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas
ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça,
constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante,
perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e
limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à
saúde psicológica e à autodeterminação;
16
BRASIL. Presidência da República. Lei n. 9.455 de 1997. Artigo 1º, inciso II, § 4º, II.
31
Este mesmo tratado internacional, em seu artigo 39, determina que “os
Estados Partes adotarão todas as medidas apropriadas para estimular a
recuperação física e psicológica e a reintegração social de toda criança vítima de
qualquer forma de abandono, exploração ou abuso; tortura ou outros tratamentos ou
penas cruéis, desumanos ou degradantes; ou conflitos armados. Essa recuperação
e reintegração serão efetuadas em ambiente que estimule a saúde, o respeito
próprio e a dignidade da criança”.
Verifica-se, portanto, que a Convenção Internacional sobre os Direitos da
Criança preocupou-se não só com proteger a criança da violência por ela sofrida,
mas também com a recuperação e reintegração social desta.
Entre os casos submetidos à Corte Europeia de Direitos Humanos, cabe
mencionar os casos Z e outros vs Reino Unido e Eremia vs República de Moldova.
O primeiro caso trata de quatro irmãos os quais sofriam negligência e
abuso por parte de seus pais, sendo que embora vizinhos, professores e até mesmo
os avós maternos tenham expressado preocupação quanto à situação em que as
crianças se encontravam, se passaram anos até que estas tenham sido retiradas
dos pais. Frisa-se que o governo apenas interferiu quando os pais se separaram e a
32
mãe demandou que as crianças não ficassem mais sobre seus cuidados, do
contrário ela ameaçou bater nos filhos.
Ressalta-se que a psiquiatra infantil que foi convocada para avaliar as
crianças, a Dra. Dora Black, descreveu a situação destas como horríveis, sendo
inclusive o pior caso de negligência e abuso emocional que ela havia encontrado em
sua carreira profissional.
O caso foi levado às Cortes Inglesas e, embora tenha sido oferecida a
possibilidade de aplicar por uma compensação no âmbito criminal ou por uma
investigação por um obdsman17, foi negado o direito de processar as autoridades
locais pela falha em seu dever de protegê-los de dano que era possível e previsível.
A Corte Europeia decidiu que no presente caso houve violação aos artigos 3º e 6º da
Convenção Europeia dos Direitos do Homem18.
Por sua vez, o segundo caso trata de violência doméstica, sendo
importante notar que o pai abusava verbalmente das duas filhas adolescentes e
agredia fisicamente a mãe destas na frente das meninas.
Neste caso, insta observar que a Corte declarou que as adolescentes
deveriam receber uma compensação de quinze mil euros, juntamente com a mãe,
por terem presenciado a violência contra a mãe, terem sido maltratadas pelo pai,
além de humilhadas na escola e por assistentes sociais.
17
sm (sueco ombud, representante+ s+ingl man) 1 Nos países de democracia avançada,
funcionário do governo que investiga as reclamações do povo contra os órgãos
administrativos. 2 Pessoa incumbida de observar e criticar as falhas de uma empresa, pondo-se no
lugar do público (Michaelis: Moderno Dicionário da Língua Portuguesa, 1ª edição,
Melhoramentos, 2004).
18
Artigo 6°- Direito a um processo equitativo e ARTIGO 3° - Proibição da tortura.
33
19
Dados disponíveis em: Assis SG, Avanci JQ. Labirinto de espelhos: a formação da autoestima na
infância e adolescência. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2004.
34
Eu acho que agressão com palavras machuca mais, magoa mais do que um
tapa. Você dá um tapa numa pessoa, passou a dor, acabou. Dali meia hora
acabou. Agora você fala palavra que magoa uma pessoa, aquilo fica
remoendo ali dentro. Vai remoendo, a pessoa não esquece nunca (menina
de elevada autoestima).
ou seja, é o caso da criança que viu, ouviu um incidente de agressão à mãe, viu seu
resultado ou vivenciou o seu efeito quando interagindo com seus pais.
O Mapa da Violência 2012: Crianças e Adolescentes do Brasil20, o qual
apresenta dados gerais sobre a violência contra crianças e adolescentes no Brasil,
buscando caracterizar as diferentes formas e situações de violência, utilizando-se de
certidões de orbito e de dados do atendimento do SUS (Sistema Único de Saúde),
aponta que é no ambiente familiar o maior índice de VDCA, em todas as faixas
etárias (63,1% dos casos).
Dos 39.281 atendimentos computados em 2011 relacionados á Violência
Doméstica, Sexual e /ou outras Violências, 2/3 dos casos ocorreram no domicilio das
vitimas, sendo o agressor alguém da família ou próximo.
Cabe ressaltar que das vitimas atendidas pelo SUS, 17% sofreram
violência psicológica ou moral, sendo o maior índice encontrado na faixa etária dos
15-19 anos, ocupando, nesses casos, o segundo lugar quanto à prevalência de
casos.
Todavia, ressalta-se que o referido Mapa traz apenas as estáticas
pesquisadas em fontes oficiais, sendo que Waiselfisz (2012, p. 82), o coordenador
da pesquisa comenta que a pesquisa realizada é apenas “um minúsculo fragmento
do iceberg das violências”, além de alertar que “o indicador não é um diagnostico, é
um termômetro que aponta a existência de temperatura elevada e preocupante”.
Logo, nota-se que a violência doméstica contra a criança e o adolescente
apresenta-se como um grave problema social, o qual necessita de politicas públicas
especificas e da conscientização da população. Afinal, de acordo com Silva (2002),
a violência dentro da família gera a violência social, pois constitui fator
preponderante no aprendizado de um comportamento violento, que por sua vez é
fruto de um processo histórico-cultural da própria sociedade.
20
Estudo realizado e divulgado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (FLACSO) e
pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos de Ciências Sociais (CEBELE), baseado nos
dados do SINAM, sob coordenação do sociólogo Júlio Jacobo Waiselfisz. Segundo observação no
referido trabalho, os dados trabalhados do SINAN correspondem ao ano de 2011 e estão ainda
sujeitos à atualização.
38
21
Art. 249. Descumprir, dolosa ou culposamente, os deveres inerentes ao pátrio poder familiar ou
decorrente de tutela ou guarda, bem assim determinação da autoridade judiciária ou Conselho
Tutelar: (Expressão substituída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência Pena - multa de três a vinte
salários de referência, aplicando-se o dobro em caso de reincidência.
22
Art. 1.635. Extingue-se o poder familiar: I - pela morte dos pais ou do filho; II - pela emancipação,
nos termos do art. 5º, parágrafo único; III - pela maioridade; IV - pela adoção; V - por decisão judicial,
na forma do artigo 1.638.
42
23
Segundo o Art. 130 do ECA, “verificada a hipótese de maus-tratos, opressão ou abuso sexual
impostos pelos pais ou responsável, a autoridade judiciária poderá determinar, como medida cautelar,
o afastamento do agressor da moradia comum”.
43
24
Relato disponível em: https://northern.familyworks.org.nz/angel.
25
Relato disponível em: http://www.nspcc.org.uk/fighting-for-childhood/childrens-stories-about-
abuse/fionas-story/.
Relato disponível em: http://abcnews.go.com/Primetime/story?id=132413.
26
27
Relato de Cao Xi disponível em vídeo: http://www.wordscanbeweapons.com/.
28
A Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança de 1989 é o instrumento de direitos
humanos com maior aceitação na história mundial, mais precisamente apenas dois países não
ratificaram a Convenção: Estados Unidos e Somália, embora tenham assinado formalmente o
documento, assinalando, portanto, a sua intenção de ratificação.
44
29
S195(1) Crimes Act (NZ).
30
[2001] NZLR 594.
31
A Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico é uma organização internacional,
composta por 34 países e com sede em Paris, França. A OCDE tem por objetivo promover políticas
que visem o desenvolvimento econômico e o bem-estar social de pessoas por todo o mundo.
32
Dados disponíveis em: http://www.childmatters.org.nz/55/learn-about-child-abuse/facts.
33
(1) If any person who has attained the age of sixteen years and has responsibility for any child or
young person under that age, wilfully assaults, ill - treated, neglects, abandons, or exposes him, or
causes or procures him to be assaulted, ill - treated, neglected, abandoned, or exposed, in a manner
likely to cause him unnecessary suffering or injury to health (including injury to or loss of sight, or
hearing, or limb, or organ of the body, and any mental derangement), that person shall be guilty of a
misdemeanor, and shall be liable – a).
45
34
R v Sheppard [1981] AC 394.
35
Ibidem. Definições dadas por Lord Keith e Lord Diplock, respectivamente.
36
Ibidem. Nota de Rodapé nº 33.
37
O discurso da Rainha, na cerimônia de abertura do parlamento, estabelece o planejado programa
de legislação para o próximo ano.
38
Estatísticas em: Jütte, S., Bentley, H., Miller, P. and Jetha, N. (2014) How safe are our children?
London: NSPCC. Available at: www.nspcc.org.uk/howsafe
39
Idem, 2014.
40
Section 305 of the Children’s Act 2005 Offences.
41
Act No 38 of 2005.
46
42
s1 Children’s Act (SA).
43
Dados disponíveis em: Makoae M, Roberts, Hazel and Ward, Catherine(2012).Child Maltreatment
Prevention Readiness Assessment: South Africa. Geneva, World Health Organization
Sobre a reserva ao artigo 6º da Convenção: http://www.loc.gov/law/help/child-rights/china.php
44
e Gazette Of The Standing Committee Of The National People's Congress 662 (P.R.C.).
45
A politica de planejamento familiar da China. Frisa-se que apesar de ser conhecida em outros
países, principalmente nos ocidentais, como a politica do “filho único”, a referida politica permite
algumas exceções, como por exemplo, para as minorias éticas.
47
46
A Lei de Proteção dos Menores possui sete capítulos, quais sejam: Capítulo 1, Princípios Gerais;
Capítulo 2, Proteção Familiar; Capítulo 3, Proteção das Escolas; Capítulo 4, Proteção da Sociedade;
Capítulo 5, Proteção Judicial; Capítulo 6, Penalidades Legais; e Capítulo 7, Variados.
47
Dados disponíveis em: Leung, Wong, Chen & Tang, 2008. In: United Nations Children’s Fund,
Measuring and Monitoring Child Protection Systems: Proposed Core Indicators for the East Asia and
Pacific Region, Strengthening Child Protection Series No. 1, UNICEF EAPRO, Bangkok, 2012.
48
Dados disponíveis em: Cui, Pang, Du et al.,2010. In: United Nations Children’s Fund, Measuring
and Monitoring Child Protection Systems: Proposed Core Indicators for the East Asia and Pacific
Region, Strengthening Child Protection Series No. 1, UNICEF EAPRO, Bangkok, 2012.
49
Dados disponíveis em: Zhang, Hao, Zhang et al., 2009. Series No. 1, UNICEF EAPRO, Bangkok,
2012.
48
50
Brasil. Senado Federal. Projeto de Lei da Câmara nº 58 de 2014. Disponível em:
http://www.senado.gov.br/atividade/materia/detalhes.asp?p_cod_mate=117968. Acesso em:
19/11/2014.
49
Por sua vez, o segundo caso trata de uma mãe que interpôs agravo de
instrumento da decisão que suspendeu-lhe o poder familiar sobre seu filho de quatro
anos, através de ação de destituição de poder familiar, além de ter determinado o
acolhimento institucional da criança.
Ao pedir uma nova chance de ter o filho sobre sua guarda e proteção, a
genitora afirmou que acredita que a criança voltará menos rebelde e lhe obedecerá
mais, observando que o acolhimento foi uma espécie de “susto” para o filho
melhorar o comportamento.
que a maioria das dificuldades enfrentadas por crianças na África do Sul se deve ao
elevado índice de desigualdade socioeconômica.
Quanto ao Brasil, insta observar que embora o delito de abuso psicológico
infantil não seja tão claro na legislação pátria, especialmente no que tange á punição
dos agressores, o ordenamento brasileiro possui uma clara definição de violência
psicológica, a qual, contudo, se encontra no Art. 7º, II, da Lei 11.348/2006, a
chamada Lei Maria da penha, já outrora comentado.
54
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
3 AMARAL JUNIOR, Alberto do. JUBILUT, Liliana Lyra (orgs.). O STF e o direito
internacional dos direitos humanos. São Paulo: Quartier Latin, 2009.
27 CHAUÍ, Marilena. Ética e Violência. In: Teoria e Debate, 39ª edição, out/nov/dez,
1998.
39 DUNNE, Michael P. and Chen, Jing Qi and Choo, Wan Yuen .The evolving
evidence base for child protection in Chinese societies. Asia-Pacific Journal of
Public Health, 20(4). 267-276. 2008.
49 GIL, Eliana. Outgrowing the pain: A book for and about adults abused as
children. Launch Press. 1984.
50 GOMES, Orlando. Direito de Família, 20ª ed., Rio de Janeiro: Forense, 2010.
54 JÜTTE, S., Bentley, H., Miller, P. and Jetha, N. (2014) How safe are our
children? London: NSPCC. Disponível em : www.nspcc.org.uk/howsafe.
68 _______. Temas de Direitos Humanos. 7. Ed. Ver. Ampl. E atual. – São Paulo:
Saraiva, 2014.
82 WU, NAM. China to bolster child protection laws following series of abuse
cases. South China Morning Post. 21/01/2014. Disponível em:
http://www.scmp.com/news/china/article/1410169/china-bolster-child-protection-laws-
following-series-abuse-cases.