Doenças Bacterianas

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Doenças

MICROBIOLOGIA E
PARASITOLOGIA
Microbiota Normal Humana

➢ De acordo com Machado (2008), a microbiota


normal humana desenvolve-se desde o nascimento
até as diversas fases da vida adulta, resultando em
comunidades bacterianas estáveis.

➢ Há fatores que controlam a composição da


microbiota em uma dada região do corpo. Estes
estão relacionados à natureza do ambiente local,
tais como temperatura, pH, água, oxigenação,
nutrientes e fatores mais complexos como a ação de
componentes do sistema imunológico.
Microbiota Normal Humana

➢ Segundo a autora, estima-se que o corpo humano,


que contém cerca de 10 trilhões de células, seja
rotineiramente portador de aproximadamente 100
trilhões de bactérias.

➢ A composição da microbiota bacteriana humana é


relativamente estável com gêneros específicos
ocupando as diversas regiões do corpo durante
períodos particulares na vida de um indivíduo. A
microbiota humana desempenha funções
importantes na saúde e na doença.
Microbiota Normal Humana

➢ Os microrganismos membros da microbiota humana


podem existir como:

• Mutualistas: nos casos em que protegem o


hospedeiro competindo por microambientes de
forma mais eficiente que patógenos comuns
(resistência à colonização), produzindo nutrientes
importantes e contribuindo para o desenvolvimento
do sistema imunológico;

• Comensais: quando mantêm associações


aparentemente neutras sem benefícios ou malefícios
detectáveis;
Microbiota Normal Humana

• Oportunistas: nos casos em que causam doenças em


indivíduos imunocomprometidos devido a diversas
condições, tais como: infecção pelo Vírus da
Imunodeficiência Humana, terapia imunossupressora
de transplantados, radioterapia, quimioterapia
anticâncer, queimaduras extensas ou perfurações
das mucosas.
Microbiota Normal Humana

➢ Machado (2008) afirma também que a microbiota


humana constitui um dos mecanismos de defesa
contra a patogênese bacteriana, porém, ainda que
a maioria dos componentes da microbiota normal
seja inofensiva a indivíduos sadios, esta pode
constituir um reservatório de bactérias
potencialmente patogênicas.

➢ Muitas bactérias da microbiota normal agem como


oportunistas e nestas condições, a microbiota
residente pode ser incapaz de suprimir patógenos
transitórios ou alguns membros da microbiota podem
invadir os tecidos do hospedeiro e causar graves
doenças.
Microbiota Normal Humana

➢ Muitas bactérias da microbiota normal podem agir


como oportunistas. Nestas condições a microbiota
residente pode ser incapaz de suprimir patógenos
transitórios, ou mesmo, alguns membros da
microbiota podem invadir os tecidos do hospedeiro
causando doenças muitas vezes graves.

➢ “Em indivíduos sadios, algumas espécies de bactérias


da microbiota oral causam cáries em 80% da
população” (MACHADO, 2008, p. 10).
Microbiota Normal Humana

➢ De acordo com Miguel Jr. (2012), os tratos digestivos,


urogenital inferior (especialmente feminino) e
respiratório superior (boca, garganta, nariz e
traqueia), além da pele, são áreas onde a
microbiota se instala assim que o indivíduo deixa o
útero materno.

➢ Toda a microbiota do ser humano pesa cerca de 1,5


kg e tem atividade metabólica semelhante ao
fígado, o maior órgão do corpo.
Microbiota da Boca e das Vias
Aéreas Superiores
➢ Para Larissay; Marques; Oyie (2012), quando o
indivíduo nasce, as mucosas da boca e da faringe
quase sempre são estéreis, e podem ser
contaminadas durante a passagem pelo canal de
parto. Nas primeiras 4 a 12 horas de vida, os
Streptococcus viridans colonizam, e se tornam os
membros mais importantes da microbiota residente,
permanecendo por toda vida. No início da vida,
aparecem também os estafilococos aeróbios e
anaeróbios, os diplococos gram (-) e lactobacilos.
Microbiota Normal do Trato
Intestinal
➢ Ao nascimento o intestino é estéril. Os microrganismos
são, então, introduzidos a partir dos alimentos. Nos
lactentes amamentados ao seio, o intestino é repleto
de microrganismos aeróbios e anaeróbios, e também
gram positivos, com destaque para os estreptococos
e lactobacilos, que são produtores de ácido láctico.
O esôfago contém microrganismos provenientes da
saliva e dos alimentos.

➢ No estômago, o nível de microrganismos se mantém


mínimo devido à acidez gástrica. O pH ácido do
estômago protege o indivíduo de infecções por
alguns patógenos entéricos. À medida que o pH do
conteúdo intestinal se torna alcalino, a microbiota
residente aumenta gradualmente.
Microbiota do Trato Geniturinário

➢ Larissay; Marques; Oyie (2012) afirma que uretra


anterior, de ambos os sexos, contém pequeno
número de microrganismos provenientes da pele.
Estes aparecem regularmente na urina normal
eliminada. A microbiota normal da vagina funciona
da seguinte forma: após o nascimento, aparecem
lactobacilos aeróbios que persistem enquanto o pH
estiver ácido (várias semanas).

➢ Quando, então, o pH se torna neutro (até a


puberdade), aparece uma flora mista composta de
cocos e bacilos. Na puberdade, os lactobacilos
aeróbios e anaeróbios reaparecem em grande
quantidade, contribuindo, assim, para a
manutenção do pH ácido.
Microbiota do Trato Geniturinário

➢ Quando os lactobacilos são suprimidos por algum


agente antimicrobiano, as leveduras ou bactérias
aumentam em número, causando inflamação e
irritação local. Após a menopausa, os lactobacilos
diminuem em número, e reaparece uma flora mista.

➢ As bactérias que compõem a microbiota normal


ajudam a defender o organismo das bactérias
causadoras de doenças, pois uma vez que as
bactérias da microbiota do indivíduo estão sendo
colonizadas, elas inibirão o crescimento de bactérias
patogênicas.
Microbiota do Trato Geniturinário

➢ Porém, em alguns casos, quando há o desequilíbrio


da flora bacteriana ou quando estas são levadas a
outros sítios corporais pode haver o desenvolvimento
de doenças em sítios localizados.

➢ Um exemplo claro disto, que ocorre principalmente


com as mulheres, é o desenvolvimento de infecção
urinária por bactérias intestinais, que chegaram às
vias urinárias por conta de higiene inadequada.
Principais Doenças Causadas
por Bactérias
➢ Tuberculose

• A tuberculose é causada pelo bacilo Mycobacterium


tuberculosis ou bacilo de Koch, uma homenagem ao
seu descobridor, o bacteriologista Robert Koch. A
forma mais frequente e generalizada da doença é a
tuberculose pulmonar, conforme afirma Silva (2012).
A tuberculose pulmonar é a forma mais frequente e
generalizada da doença.

• Entretanto, nao é raro que o bacilo da tuberculose


afete tambem outras areas do organismo, tais como
a laringe, os ossos, as articulacoes, a pele, os
glânglios linfáticos, o intestino, além dos rins e do
sistema nervoso.
Principais Doenças Causadas
por Bactérias
➢ Tuberculose

• A tuberculose miliar consiste num alastramento da


infeção a diversas partes do organismo, por via
sanguínea, conforme afirma Paraná (2010 apud
SILVA, 2012). Este é um tipo de tuberculose pode
atingir as meninges, causando infecções graves
denominadas de "meningite tuberculosa".

• O seu contágio ocorre principalmente pelo ar, por


conta dos aerossóis no ar que são expelidas quando
pessoas com tuberculose infecciosa tossem, espirram,
falam ou cantam. Contatos próximos a pessoas têm
alto risco de se infectarem.
Principais Doenças Causadas
por Bactérias
➢ Tuberculose

• Conforme o paciente tem sucesso em seu


tratamento, que tem a duracao de seis meses, o risco
de transmissão diminui significativamente. Nos
primeiros meses, já se observa a melhora do paciente
e, muitas vezes, este tratamento é interrompido em
funcao disto. Entretanto, a eficácia do tratamento
depende que ela seja cumprido até o final, sem
interrupções.
Principais Doenças Causadas
por Bactérias
➢ Hanseníase (lepra)

• A hanseníase é uma doença infectocontagiosa,


transmitida pelo bacilo de Hansen. O agente
infeccioso da lepra, nome vulgar da hanseníase, é o
bacilo Mycobacterium leprae, que se multiplica bem
devagar e manifesta-se principalmente na pele,
nervos e membranas mucosas.

• A lepra tem uma ampla gama de possíveis


manifestações clínicas. Os pacientes podem ser
classificados como tendo hanseníase paucibacilar,
que é a forma mais leve, caracterizada por uma ou
mais manchas na pele, ou multibacilar, associada a
lesões em congestão nasal e sangramento pelo nariz.
Principais Doenças Causadas
por Bactérias
➢ Tétano:

• Causado pelo bacilo do tétano (Clostridium tetani), o


tétano é uma doença infecciosa, não transmissível
de um indivíduo para outro, que pode ocorrer em
pessoas não imunes, aquelas sem níveis adequados
de anticorpos protetores (que não foram vacinadas).

• Os anticorpos protetores são induzidos


exclusivamente pela aplicação da vacina
antitetânica, uma vez que a neurotoxina produzida,
Clostridium tetani, em razão de atuar em
quantidades extremamente reduzidas, é capaz de
produzir a doença, mas não a imunidade.
Principais Doenças Causadas
por Bactérias
➢ Tétano:

• Os esporos do Clostridium tetani são encontrados


habitualmente no solo e, sem causar o tétano, nos
intestinos e fezes de animais, como cavalos, bois,
carneiros, porcos, galinhas, etc.

• Também podem ser encontrados na pele, no


intestino e fezes de seres humanos, sem causar a
doença, principalmente em áreas rurais.
Principais Doenças Causadas
por Bactérias
➢ Tétano:

• Quando em condições anaeróbicas (ausência de


oxigênio), como no caso dos ferimentos ocorridos em
certas condições no ambiente (solo, poeira, esterco,
superfície de objetos - principalmente quando
metálicos e enferrujados), os esporos germinam para
a forma vegetativa do Clostridium tetani, que se
multiplica e produz duas exotoxinas, a tetanolisina,
cuja ação ainda é desconhecida, e a
tetanospasmina, uma neurotoxina, e ambas são
disseminadas por meio do sistema circulatório
(sanguíneo e linfático). A tetanospasmina,
responsável pelas manifestações clínicas do tétano,
é uma neurotoxina extremamente potente, capaz de
Principais Doenças Causadas
por Bactérias
➢ Leptospirose:

• A Leptospirose é causada pela Leptospira


interrogans. Seu agente causal pertence ao gênero
Leptospira, que são bactérias espiraladas, longas,
finas, pontiagudas, com ganchos nas extremidades e
ativamente móveis.

• A ocorrência de leptospirose está vinculada aos


fatores ambientais, que podem dar lugar a um foco
de infecção, cuja amplitude está na dependência
de condições favoráveis.
Principais Doenças Causadas
por Bactérias
➢ Leptospirose:

• As bactérias que causam a leptospirose podem


permanecer viáveis em água limpa por até 152 dias,
mas não toleram alta salinidade, dessecação, pH
ácido e a competição bacteriana em meios muito
contaminados. A água das chuvas é ideal para a
sua sobrevivência, por exemplo.

• Na zona urbana, principalmente dos grandes


centros, durante a época das chuvas, as inundações
se constituem no principal fator de risco para a
ocorrência de surtos epidêmicos de leptospirose
humana.
Principais Doenças Causadas
por Bactérias
➢ Leptospirose:

• Localidades com más condições de saneamento


básico são as principalmente acometidas de surtos
devido à presença de esgoto a céu aberto e lixões,
proximidade com córregos, os quais propiciam o
contato direto com as águas contaminadas com
urina de roedores (ratos e camundongos) (GENOVEZ,
2009).

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Principais Doenças Causadas
por Bactérias
➢ Gonorreia ou blenorragia:

• Como afirma Avalo (2012), a gonorreia é uma


doença sexualmente transmissível (DST) comum,
também conhecida como blenorragia ou
esquentamento. Ela Pode afetar todas as partes do
corpo, embora apareça primeiramente nas áreas
genitais.

• É causada por uma bactéria, o gonococo (Neisseria


gonorrhoeae). Na maioria das vezes, ela é
transmitida por meio da relação sexual. Nos homens,
a infecção normalmente começa na uretra, que é
canal urinário, enquanto que nas mulheres, a
bactéria normalmente infecta primeiramente o colo
Principais Doenças Causadas
por Bactérias
➢ Gonorreia ou blenorragia:

• A bactéria pode infectar também a garganta e o


reto, após sexo oral e anal. Um bebê, cuja mãe
tenha gonorreia, pode ter seus olhos infectados
durante o nascimento ao passar pelo canal vaginal,
conforme descreve Avalo (2012).

• É possível ter gonorreia sem que haja qualquer


sintoma evidente. Entretanto, quando há sintomas,
normalmente eles aparecem entre 2 e 10 dias após a
infecção. Dentre os sintomas podemos encontrar
alguns como apresentados a seguir:
Principais Doenças Causadas
por Bactérias
➢ Gonorreia ou blenorragia:

• Muitas disfunções e doenças sexualmente


transmissíveis podem causar sintomas similares
àqueles da gonorreia. Para saber se há
contaminação por gonorreia, o médico examinará
uma amostra do corrimento da uretra do pênis ou do
colo do útero.

• Outra forma de teste é um novo exame de urina,


chamado de líquido céfalo-raquidiano (LCR).
Principais Doenças Causadas
por Bactérias
➢ Gonorreia ou blenorragia:

• O tratamento da gonorreia se dá com a prescrição


de antibióticos, administrados por via oral ou por
injeções. É comum que os portadores de gonorreia
também estejam acometidos por chlamidya, que é
outra doença sexualmente transmissível.

• Nestes casos, é provável que se use mais de um


remédio, de modo a curar ambas as doenças. É
importante que o paciente informe ao médico, caso
seja alérgico à penicilina.
Principais Doenças Causadas
por Bactérias
➢ Sífilis:

• Provocada pela bactéria Treponema pallidum, a sífilis


é uma das doenças sexualmente transmissíveis, cuja
transmissão é, basicamente, por contato sexual sem
preservativos.

• Pode também ser transmitida da mãe para o feto. A


doença é dividida em três frases, denominadas de
sífilis primária, secundária e sífilis terciária. O aliado
mais poderoso na prevenção da sífilis é o uso do
preservativo.
Principais Doenças Causadas
por Bactérias
➢ Sífilis:

• Como publicado pela Revista Bahia (2010), a lesão


primária apresenta-se como um úlcera, (semelhante
a uma afta), não dolorosa nos órgãos genitais, que
surge 2 semanas após o contato sexual.

• Nas mulheres pode passar despercebida, visto que é


indolor e costuma ficar escondida entre os pelos
pubianos e a vulva. Esta úlcera é chamada de
cancro duro. Sua particularidade é que, após 3 a 6
semanas, ela desaparece, mesmo se não houver
tratamento, causando a falsa impressão de cura
espontânea.
Principais Doenças Causadas
por Bactérias
➢ Sífilis:

• Semanas ou até meses após o desaparecimento do


cancro duro, a doença, então retorna, desta vez
disseminada pelo organismo, tornando-se a sífilis
secundária e terciaria.

• Neste estágio, a sífilis se manifesta com erupções na


pele, normalmente nas palmas das mãos e solas dos
pés, podendo ocorrer também em quaisquer outros
locais do corpo, com febre, mal-estar, perda do
apetite e aumento dos gânglios pelo corpo.
Principais Doenças Causadas
por Bactérias
➢ Meningite meningocócica:

• Causada por uma bactéria chamada de


meningococo, trata-se de uma inflamação das
meninges, que são as membranas que envolvem o
encéfalo e a medula espinhal. A meningite
meningocócica é causada pela bactéria Neisseria
meningitidis ou Neisseria intracelullaris, conhecida
também como meningococo, que é uma bactéria
do tipo diplococo que só causa a doença no
homem, não infectando outros animais.

• A transmissão é feita mediante contato direto com


secreções da garganta ou do nariz de pessoas
portadoras ou convalescentes.
Principais Doenças Causadas
por Bactérias
➢ Meningite meningocócica:

• Estas pessoas liberam os agentes etiológicos no ar,


que podem ser inspirados por outros indivíduos e
causar a doença. O período de incubação é dois a
dez dias. A doença meningocócica evolui em três
etapas: nasofaríngea, septicêmica ou
meningococcêmica e meningítica.

• De acordo com Araguaia (2010), a doença chega a


matar em cerca de 10% dos casos e atinge 50%
quando a infecção alcança a corrente sanguínea,
sendo este um dos motivos da importância do
tratamento médico.
Principais Doenças Causadas
por Bactérias
➢ Meningite meningocócica:

• Os principais sintomas são: febre alta, fortes dores de


cabeça, vômitos, rigidez no pescoço, moleza,
irritação, fraqueza e manchas vermelhas na pele
(que são inicialmente semelhantes a picadas de
mosquitos, mas rapidamente aumentam de número
e de tamanho, sendo indício de que há uma grande
quantidade de bactérias circulando pelo sangue).

• Conforme afirma a autora, a doença


meningocócica tem início repentino e evolução
rápida, podendo levar ao óbito em menos de 24 a
48 horas.
Principais Doenças Causadas
por Bactérias
➢ Meningite meningocócica:

• Para a confirmação diagnóstica das meningites,


retira-se um líquido da espinha, denominado líquido
cefalorraquidiano, para identificar se há ou não
algum patógeno e, se sim, identificá-lo.

• Em caso de meningite viral, o tratamento é o mesmo


feito para as viroses em geral; caso seja meningite
bacteriana, será imprescindível o uso de antibióticos
específicos para a espécie, administrados via
endovenosa.
Principais Doenças Causadas
por Bactérias
➢ Cólera:

• Como afirmam Pedro; Castiñeiras; Martins (2008), a


cólera é uma doença causada pela bactéria Vibrio
cholerae, o vibrião colérico.
É uma bactéria capaz de produzir uma enterotoxina
que causa diarreia. O Vibrio cholerae é transmitido
principalmente por meio da ingestão de água ou de
alimentos contaminados.

• Se conseguir vencer a acidez do estômago, alcança


o intestino delgado, onde o meio é alcalino,
multiplicando-se intensamente, principalmente em
duodeno e jejuno, e produz a enterotoxina que pode
causar diarreia, com evolução rápida (horas) para
Principais Doenças Causadas
por Bactérias
➢ Cólera:

• Uma pessoa infectada elimina o V. cholerae nas


fezes por, em média, 7 a 14 dias. A água e os
alimentos podem ser contaminados principalmente
por fezes de pessoas infectadas.

• As condições deficientes de saneamento básico


contribuem essencialmente para a disseminação da
doença, sobretudo a falta de água tratada. Mesmo
em grandes epidemias, a taxa de ataque da cólera
raramente atinge mais do que 2% da população.
Principais Doenças Causadas
por Bactérias
➢ Cólera:

• No entanto, entre os anos de 1817 e 1923, a doença


ocasionou seis pandemias, e teve sua sétima delas
teve início na Indonésia, em 1961, disseminando-se
pela Ásia, Oriente Médio, África e Europa, chegando
a América do Sul em 1991, a partir das cidades
litorâneas do Peru.

• Pedro; Castiñeiras; Martins (2008) revelaram em seus


estudos que no ano de 1992 surgiu na Índia um novo
sorogrupo produtor de enterotoxina, que
rapidamente atingiu países como o Paquistão,
Bangladesh e China. No Brasil, a cólera surgiu na
Região Amazônica, no Alto Solimões, causada pelo El
Principais Doenças Causadas
por Bactérias
➢ Cólera:

• No entanto, entre os anos de 1817 e 1923, a doença


ocasionou seis pandemias, e teve sua sétima delas
teve início na Indonésia, em 1961, disseminando-se
pela Ásia, Oriente Médio, África e Europa, chegando
a América do Sul em 1991, a partir das cidades
litorâneas do Peru.

• Pedro; Castiñeiras; Martins (2008) revelaram em seus


estudos que no ano de 1992 surgiu na Índia um novo
sorogrupo produtor de enterotoxina, que
rapidamente atingiu países como o Paquistão,
Bangladesh e China. No Brasil, a cólera surgiu na
Região Amazônica, no Alto Solimões, causada pelo El
Microrganismos Prejudiciais:
Como Combatê-Los
➢ De um modo geral, são duas as formas de combate
aos micro-organismos: a profilaxia e o tratamento.
Entende-se por profilaxia o conjunto de medidas
voltadas à prevenção, erradicação ou ao controle
de doenças, ou fatos prejudiciais aos seres vivos. São
variadas, em conformidade com o agente causador
da doença.

➢ De acordo com Araújo (2012), muitas doenças


bacterianas e fúngicas podem ser evitadas com
medidas simples, como uma boa higiene pessoal e
do ambiente, com o cozimento apropriado dos
alimentos, bem como com a sua devida
conservação em local, com embalagens
apropriadas, refrigeradas, na maioria das vezes.
Microrganismos Prejudiciais:
Como Combatê-Los
➢ No entanto, alguns micro-organismos exigem
cuidados especiais, sobretudo se relacionados a
práticas hospitalares e intervenções cirúrgicas. A
esterilização de objetos pelo calor, irradiação ou
processo químico, e a assepsia corporal, a partir de
uma série de compostos químicos especiais, podem
garantir ao agente de saúde, bem como ao
paciente, maior segurança, minimizando e até
eliminando a contaminação.

➢ De acordo com a autora, a vacinação também é


um modo profilático de grande ajuda, dado que
diminui as taxas de muitas doenças bacterianas e
virais, chegando até a sua erradicação.
Microrganismos Prejudiciais:
Como Combatê-Los
➢ Araújo (2012) afirma ainda que outro modo de
profilaxia está ligado aos micro-organismos
causadores de Doenças Sexualmente Transmissíveis
(DSTs), cujos cuidados estão na prática de sexo
seguro, mediante uso de preservativos.

➢ No que diz respeito ao tratamento, existe uma gama


imensa de medicamentos que atuam no combate
aos micro-organismos que, por sua vez, já estejam
infectando o organismo, como preconiza a autora.

➢ De modo geral, as drogas antibacterianas, antivirais


e antifúngicas agem interferindo no metabolismo do
micro-organismo ou em sua reprodução, enquanto
que outros, por sua vez, destroem estruturas da
Microrganismos Prejudiciais:
Como Combatê-Los
➢ Entretanto, o tratamento, tal como a profilaxia, vai
depender da especificidade do medicamento e do
agente causador da doença. Isto serve de alerta aos
riscos da automedicação, pois, por exemplo, o uso
inadequado de um antibiótico geralmente acarreta
na seleção de bactérias resistentes, necessitando
cada vez mais de dosagens maiores e de antibióticos
mais fortes.
Mecanismos de Controle de
Crescimento Bacteriano
➢ Calor:

• Uma população de bactérias que é submetida ao


calor tem suas proteínas desnaturadas. Os lipídios
fluidificam na presença de calor úmido, conforme
preconiza a autora. Quando os micro-organismos
perdem a sua capacidade de se multiplicar de
modo irreversível, eles podem ser considerados
mortos.

• O calor pode ser observado como úmido ou seco.


No que diz respeito ao seco, trata-se da oxidação. É
importante observar que cada micro-organismo
responde de uma forma, de acordo com a sua
resistência, com a quantidade e seus estágios
Mecanismos de Controle de
Crescimento Bacteriano
➢ Calor:

• Ao tentar eliminá-los, deve-se escolher um método


que elimine as formas mais resistentes. Uma vez
submetida ao calor, uma população microbiana tem
a redução do número de indivíduos viáveis
ocorrendo de forma exponencial.

• O que significa dizer que quanto mais tempo se


passar exposta ao calor, menor será a quantidade
de micro-organismos em determinado meio.
Mecanismos de Controle de
Crescimento Bacteriano
• Em relação ao calor úmido, os mecanismos utilizados
são a fervura, a autoclavação e pasteurização,
conforme descrito abaixo:

a) fervura: o mecanismo de ação da fervura é a


desnaturação de proteínas. Embora não seja
considerado um método de esterilização, após 15
minutos de fervura pode matar uma grande
quantidade de micro-organismos.

Ressalta-se que não é um método eficaz contra


endósporos bacterianos e alguns vírus.
Normalmente, é um método utilizado em
desinfecções caseiras, preparo de alimentos, etc.;
Mecanismos de Controle de
Crescimento Bacteriano
b) autoclavação: o mecanismo de ação da
autoclavação é a desnaturação de proteínas. Este
é o melhor método a ser empregado, caso os
materiais a serem submetidos à autoclavação não
deformarem pelo calor ou umidade.

A autoclave é um aparelho que trabalha com


temperatura e pressão elevadas. Quando os micro-
organismos estão diretamente em contato com o
vapor, a esterilização é mais eficaz. Este processo é
utilizado para esterilização de meios de cultura,
soluções, utensílios e instrumentos;
Mecanismos de Controle de
Crescimento Bacteriano
c) pasteurização: este mecanismo também é a
desnaturação de proteínas. Este método foi
desenvolvido por Louis Pasteur, em 1846. Consiste
em aquecer o produto em uma determinada
temperatura, por certo tempo e logo após, resfriá-lo.

Com este processo reduz-se o número de micro-


organismos, mas não se pode assegurar a sua
esterilização. É um método bastante utilizado na
esterilização de leite, creme de leite, cerveja, vinho,
etc.
Mecanismos de Controle de
Crescimento Bacteriano
No que diz respeito ao calor seco, os mecanismos
utilizados são a flambagem, a incineração e os fornos:

a) flambagem: trata-se de um método simples, mas


de grande eficácia, bastando apenas colocar todo
só instrumentos metálicos diretamente sobre o fogo;
b) incineração: é um método igualmente eficaz.
Utilizam-no para incinerar vários tipos de materiais,
tais como papéis, materiais hospitalares, carcaças
de animais, etc. Ele é capaz de oxidar todos os
materiais, até que virem cinzas;
c) fornos: este é um método utilizado para esterilizar
vidrarias. Exige cuidado, pois se deve ficar atento à
relação tempo x temperatura.
Mecanismos de Controle de
Crescimento Bacteriano
➢ Radiação:

• De acordo com Gonçalves (2010), a radiação pode


ser ionizante
ou não ionizante, dependendo do comprimento de
onda, da intensidade, da duração e da distância da
fonte que será esterilizada.

a) ionizantes: este é um método que utiliza radiações


gama, mas tem um custo elevado. Formam radicais
superativos e destroem o DNA. É um método
comumente utilizado para esterilizar produtos
cirúrgicos que podem ser submetidos ao calor.
b) não ionizantes: neste tipo de radiação a mais
empregada é a luz ultravioleta, que altera o DNA
Controle do Crescimento de
Micro-organismos com
Antimicrobianos (antibióticos)
➢ Os antimicrobianos são substâncias que matam ou
inibem o desenvolvimento de micro-organismos, tais
como as bactérias, os fungos, vírus ou protozoários.

➢ Fazem parte dos antimicrobianos os antibióticos,


antivirais, antifúngicos e antiparasitários.

➢ Como citado no parágrafo anterior, um dos


antimicrobianos é o antibiótico. Como pesquisado
em Emuc (2013), definem-se como antibióticos as
substâncias desenvolvidas a partir de fungos,
bactérias ou elementos sintéticos (aqueles produzidos
em laboratórios farmacêuticos).
Controle do Crescimento de
Micro-organismos com
Antimicrobianos (antibióticos)
➢ O antibiótico tem como finalidade combater os
micro-organismos (monocelulares ou pluricelulares)
que causam infecções no organismo.

➢ É necessário observar o cuidado quanto ao uso dos


antibióticos, que prescinde de orientação e
acompanhamento médico, pois do contrário, pode
ser prejudicial à saúde. O uso indiscriminado, além de
prejudicar a saúde, pode favorecer o
desenvolvimento de micro-organismos resistentes a
determinados antibióticos. O primeiro antibiótico foi
desenvolvido pelo pesquisador inglês, Alexander
Fleming.
Controle do Crescimento de
Micro-organismos com
Antimicrobianos (antibióticos)
➢ Trata-se da penicilina. Atualmente, a medicina conta
com antibióticos mais potentes, administrados contra
diversos tipos de doenças, tias como a pneumonia,
meningite, tuberculose e as doenças sexualmente
transmissíveis, o que requer ainda mais cuidado em
sua utilização (EMUC, 2013).
Características Gerais das
Drogas Antimicrobianas
➢ Como citado acima, os antimicrobianos são
substâncias que matam os micro-organismos e que
dentre as principais se encontra o antibiótico. As
principais características das drogas antimicrobianas
são :

a) Toxidade seletiva: segundo pesquisadores, esta é


uma característica que toda droga antimicrobiana
deveria apresentar, dado que diz respeito à
capacidade de atuar de modo seletivo sobre o
micro-organismo, não provando danos ao
hospedeiro;
Características Gerais das
Drogas Antimicrobianas
b) Espectro de ação: esta característica diz respeito
à diversidade de organismos afetados pelo agente.
De modo geral, os antimicrobianos são de pequeno
ou amplo espectro.

Hoje em dia, os laboratórios vêm trabalhando, na


tentativa de isolar e purificar antimicrobianos de
espectro restrito, de modo que este atue apenas
sobre um determinado grupo de organismos.

Isto evitaria a resistência bacteriana, e aqueles


considerados de pequeno espectro atuariam de
modo específico sobre um ou um pequeno grupo
de micro-organismos;
Características Gerais das
Drogas Antimicrobianas
c) No que diz respeito à síntese, podem ser de
origem microbiana, aquela produzida
exclusivamente por micro-organismos, química, por
síntese química, e semissintética;

d) no que diz respeito à ação, as drogas


antimicrobianas podem apresentar características
microbiostáticas, com ação direta para inibir o
crescimento bacteriano ou microbicidas, que são
aquelas que atuam inibindo a reprodução
bacteriana, porém exigem maior tempo de
tratamento.

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