Informativos STF
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CP e CPP
DIREITO PENAL
1
STF. 1ª Turma. HC 98.658/PR, rel. Min. Marco Aurélio, julgado em
9/11/2010 (Info 608).
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ART. 33, CP
Art. 33. A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semiaberto
ou aberto. A de detenção, em regime semiaberto, ou aberto, salvo necessidade
de transferência a regime fechado. § 1º - Considera-se: a) regime fechado a
execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média; b)
regime semiaberto a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou
estabelecimento similar; c) regime aberto a execução da pena em casa de
albergado ou estabelecimento adequado. § 2º - As penas privativas de
liberdade deverão ser executadas em forma progressiva, segundo o mérito do
condenado, observados os seguintes critérios e ressalvadas as hipóteses de
transferência a regime mais rigoroso: a) o condenado a pena superior a 8 (oito)
anos deverá começar a cumpri-la em regime fechado; b) o condenado não
reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e não exceda a 8 (oito),
poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semiaberto; c) o condenado
não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos, poderá,
desde o início, cumpri-la em regime aberto. § 3º - A determinação do regime
inicial de cumprimento da pena far-se-á com observância dos critérios previstos
no art. 59 deste Código.
ART. 51, CP
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A legitimação prioritária para a execução da multa penal é do MP,
perante a vara de execuções penais. Entretanto, caso o titular da ação penal,
devidamente intimado, não proponha a execução da multa no prazo de noventa
dias, o juiz da execução criminal deverá dar ciência do feito ao órgão competente
da Fazenda Pública (federal ou estadual, conforme o caso) para a respectiva
cobrança na própria vara de execução fiscal, com a observância do rito da Lei
6.830/1980.
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STF. 2ª Turma. RHC 130132, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em
10/5/2016 (Info 825).
Art. 71. Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois
ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira
de execução e outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como
continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se
idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um
sexto a dois terços.
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Não há como reconhecer a continuidade delitiva entre os crimes de roubo
e o de latrocínio porquanto são delitos de espécies diversas, já que tutelam bens
jurídicos diferentes.
PRESCRIÇÃO
Art. 112 - No caso do art. 110 deste Código, a prescrição começa a correr: I -
do dia em que transita em julgado a sentença condenatória, para a acusação,
ou a que revoga a suspensão condicional da pena ou o livramento condicional;
II - do dia em que se interrompe a execução, salvo quando o tempo da
interrupção deva computar-se na pena.
STF. 1ª Turma. ARE 1301223 AgR-ED, rel. Min. Dias Toffoli, julgado em
28/03/2022.
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7
STJ. 3ª Seção. REsp 1.930.130-MG, Rel. Min. João Otávio de Noronha,
por unanimidade, julgado em 10/08/2022 (Recurso Repetitivo - Tema 1.100) (Info 744).
ART. 121, CP
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A prática de injuria racial, prevista no art. 140, § 3º, do CP, traz em seu
bojo o emprego de elementos associados aos que se definem como raça, cor, etnia,
religião ou origem para se ofender ou insultar alguém. Consistindo o racismo em
processo sistemático de discriminação que elege a raça como critério distintivo para
estabelecer desvantagens valorativas e materiais, a injúria racial consuma os objetivos
concretos da circulação de estereótipos e estigmas raciais.
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ART. 157 - ROUBO
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Carlos e Luiza estão entrando no carro quando são rendidos por João,
assaltante armado, que deseja subtrair o veículo. Carlos acaba reagindo e João atira
contra ele e Luiza, matando o casal. João foge levando o carro. Haverá dois crimes de
latrocínio em concurso formal de ou um único crime de latrocínio? STJ: concurso formal
impróprio. STF e doutrina majoritária: um único crime de latrocínio.
STJ: ocorrendo uma única subtração, porém com duas ou mais mortes,
haverá concurso formal impróprio de latrocínios.
Consumação latrocínio
Não retroage a norma prevista no § 5º do art. 171 do CP, incluída pela Lei
13.964/2019 (“Pacote Anticrime”), que passou a exigir a representação da vítima como
condição de procedibilidade para a instauração de ação penal, nas hipóteses em que o
Ministério Público tiver oferecido a denúncia antes da entrada em vigor do novo
diploma legal.
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1) Cabe a causa de aumento pelo simples fato de o Réu exercer
mandato eletivo?
STJ. Corte Especial. AgRg na APn 970-DF, Rel. Min. Maria Isabel Gallotti,
por unanimidade, julgado em 04/05/2022 (Info 735).
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Comete crime o agente que não atende a ordem exarada por oficial
de justiça para entrega de veículo?
Para que seja proposta ação penal por descaminho não é necessária a
prévia constituição definitiva do crédito tributário. Não se aplica a Súmula Vinculante 24
do STF. O crime se consuma com a simples conduta de iludir o Estado quanto ao
pagamento dos tributos devidos quando da importação ou exportação de mercadorias.
STJ. 6ª Turma. REsp 1.343.463-BA, Rel. para acórdão Min. Rogerio Schietti Cruz,
julgado em 20/3/2014 (Info 548). STF. 2ª Turma. HC 122325, Rel. Min. Gilmar Mendes,
julgado em 27/05/2014.
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É dispensada a existência de procedimento administrativo fiscal com a
posterior constituição do crédito tributário para a configuração do crime de descaminho
(art. 334 do CP), tendo em conta sua natureza formal.
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STF. 2ª Turma. HC 131943/RS, rel. Min. Edson Fachin, julgado em
7/5/2019 (Info 939).
INSIGNIFICÂNCIA
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STF. 2ª Turma. HC 181389 AgR/SP, rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento
em 14.4.2020 (Info 973).
ESTATUTO DESARMAMENTO
STF. Plenário. ADC 38/DF, ADI 5538/DF e ADI 5948/DF, Rel. Min.
Alexandre de Moraes, julgados em 27/2/2021 (Info 1.007).
LEI DE DROGAS
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O tema é polêmico.
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1ª Turma do STF: encontramos precedentes afirmando que a grande
quantidade de droga pode ser utilizada como circunstância para afastar o benefício.
Nesse sentido: não é crível que o réu, surpreendido com mais de 500 kg de maconha,
não esteja integrado, de alguma forma, a organização criminosa, circunstância que
justifica o afastamento da causa de diminuição prevista no art. 33, §4º, da Lei de
Drogas (HC 130981/MS, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 18/10/2016. Info 844).
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Não se pode negar a aplicação da causa de diminuição pelo tráfico
privilegiado, prevista no art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/2006, com fundamento no fato
de o réu responder a inquéritos policiais ou processos criminais em andamento, mesmo
que estejam em fase recursal, sob pena de violação ao art. 5º, LIV (princípio da
presunção de não culpabilidade).
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Não cabe afastar a causa de diminuição prevista no art. 33, § 4º, da Lei
11.343/2006 com base em condenações não alcançadas pela preclusão maior.
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autoridade de polícia judiciária entender conveniente, e em seguida
liberado.
STF. Plenário. ADI 3807, Rel. Cármen Lúcia, julgado em 29/06/2020 (Info
986).
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Pessoa presa, sem peixes, mas com equipamentos, em local onde a
pesca é proibida comete crime?
SIM. Inq 3788/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 1°/3/2016 (Info
816).
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O ato de receber valores ilícitos integra o tipo previsto no art. 317 do CP,
de modo que a conduta de esconder as notas pelo corpo, sob as vestes, nos bolsos do
paletó, junto à cintura e dentro das meias, não se reveste da indispensável autonomia
em relação ao crime antecedente, não se ajustando à infração versada no art. 1º da Lei
nº 9.613/98.
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Art. 89. Dispensar ou inexigir licitação fora das hipóteses previstas em lei, ou
deixar de observar as formalidades pertinentes à dispensa ou à inexigibilidade:
Pena — detenção, de 3 (três) a 5 (cinco) anos, e multa. Parágrafo único. Na
mesma pena incorre aquele que, tendo comprovadamente concorrido para a
consumação da ilegalidade, beneficiou-se da dispensa ou inexigibilidade ilegal,
para celebrar contrato com o Poder Público.
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promover enriquecimento ilícito. 3º) a denúncia deverá descrever o vínculo subjetivo
entre os agentes.
STF. 1ª Turma. Inq 3674/RJ, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 7/3/2017 (Info
856).
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STF. 1ª Turma. Inq 3962/DF, Rel. Min Rosa Weber, julgado em 20/2/2018
(Info 891).
Art. 12. São circunstâncias que podem agravar de 1/3 (um terço) até a metade
as penas previstas nos arts. 1°, 2° e 4° a 7°: I - ocasionar grave dano à
coletividade.
STJ. 5ª Turma. AgRg no REsp 1274989/RS, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado
em 19/08/2014.
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Vale ressaltar, contudo, que, para caracterizar o delito, é preciso
comprovar a existência de intenção de praticar o ilícito (dolo).
Nada impede que o sujeito ativo deste crime possa ser: a) o contribuinte
(sujeito passivo direto da obrigação tributária); ou b) o responsável tributário (sujeito
passivo indireto da obrigação tributária). Assim, o termo “sujeito passivo de obrigação”,
previsto no tipo penal, abrange o contribuinte e o responsável (substituição tributária).
ART. 302
ART. 305
A regra que prevê o crime do art. 305 do CTN é constitucional, posto não
infirmar o princípio da não incriminação, garantido o direito ao silêncio e ressalvadas as
hipóteses de exclusão da tipicidade e da antijuridicidade (Tema 907 da repercussão
geral). Exemplo de causa excludente de ilícito do delito: fuga para evitar linchamento
ou fuga para busca de socorro médico).
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DIREITO PROCESSUAL PENAL
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STF. Plenário. ADPF 572 MC/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 17
e 18/6/2020 (Info 982).
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atividade investigativa e, por via de consequência, não se revela como função privativa
de polícia judiciária.
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do art. 28-A, § 14, do CPP determina a iniciativa da defesa para requerer a sua
aplicação.
ART. 78 – COMPETÊNCIA
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STF. Plenário. Inq 4435 AgR-quarto/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado
em 13 e 14/3/2019 (Info 933).
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tecidos, e a preservação da integridade física das pessoas e respeito à memória dos
mortos.
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STF. Plenário. Inq 4342 QO/PR, relator Min. Edson Fachin, julgamento
em 1º.4.2022 (Info 1.049).
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8) É constitucional norma estadual de organização judiciária que
condiciona a abertura de investigação contra juiz à aprovação de órgão
colegiado?
§ 2o Das rendas dos bens móveis poderão ser fornecidos recursos arbitrados
pelo juiz, para a manutenção do indiciado e de sua família.
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Quais são os requisitos para determinação da medida de arresto?
STF. 1ª Turma. Pet 7.069/DF, Rel. Min. Luís Roberto Barroso, julgado em
13/3/2019 (Info 933).
Art. 149. Quando houver dúvida sobre a integridade mental do acusado, o juiz
ordenará, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, do defensor, do
curador, do ascendente, descendente, irmão ou cônjuge do acusado, seja este
submetido a exame médico-legal.
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STF. 2ª Turma. RHC 137368/PR, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em
29/11/2016 (Info 849).
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Interrogatório sub-reptício.
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com justificativa legítima, ainda que sucinta, a embasar a continuidade das
investigações.
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Senadores (por usurpação da competência do STF), mas será válida para os 2
investigados sem foro. Assim, a usurpação da competência do STF não contamina os
elementos probatórios colhidos no que se refere aos investigados que não possuem
foro por prerrogativa de função. Podem ser utilizadas contra eles.
O inciso III, quando se refere à “outra instância”, quer dizer outra instância
JUDICIAL, e não administrativa.
STF. Plenário. ADPF 395/DF e ADPF 444/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes,
julgados em 13 e 14/6/2018 (Info 906).
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Sim.
§1o A audiência poderá ser adiada se, por motivo justificado, o defensor
não puder comparecer.
STF. Plenário. SL 135/SP, rel. Min. Luiz Fux, julgado em 15/10/2020 (Info
995).
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A decretação de prisão temporária somente é cabível quando (i) for
imprescindível para as investigações do inquérito policial; (ii) houver fundadas razões
de autoria ou participação do indiciado; (iii) for justificada em fatos novos ou
contemporâneos; (iv) for adequada à gravidade concreta do crime, às circunstâncias do
fato e às condições pessoais do indiciado; e (v) não for suficiente a imposição de
medidas cautelares diversas.
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o
agente for: I - maior de 80 (oitenta) anos; II - extremamente debilitado por
motivo de doença grave; III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa
menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência; IV - gestante; V - mulher
com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos; VI - homem, caso seja o
único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade
incompletos. Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea
dos requisitos estabelecidos neste artigo.
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STF. Plenário. HC 165704/DF, rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em
20/10/2020. (Info 996).
SENTENÇA
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O art. 387, IV, não limita a indenização apenas aos danos materiais e a
legislação penal deve sempre priorizar o ressarcimento da vítima em relação a todos os
prejuízos sofridos.
JÚRI
1ª corrente: SIM.
2ª corrente: NÃO.
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Não é possível a execução provisória da pena em face de decisão do júri
sem que haja o exaurimento em grau recursal das instâncias ordinárias, sob pena de
macular o princípio constitucional da presunção de inocência. A execução provisória da
pena somente é admitida se o recurso pendente de julgamento não tiver efeito
suspensivo. STF. 2ª Turma. HC 136223, Rel. Min. Dias Toffoli, Segunda Turma,
julgado em 25/04/2017.
Em uma prova de concurso, você deve expor que existe divergência entre
a jurisprudência dos Tribunais Superiores. Penso, contudo, que a segunda corrente
é majoritária e que a primeira é mais uma posição isolada do Min. Roberto
Barroso. De qualquer modo, o cenário atual é o seguinte: É possível executar
provisoriamente a condenação pelo Tribunal do Júri após a leitura da sentença
sem que ofenda o princípio constitucional da presunção de inocência?
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NULIDADES
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Não há que se falar em nulidade do julgamento da apelação interposta
pelo Ministério Público se a defesa, regularmente intimada para a apresentação de
contrarrazões, permanece inerte. Em outras palavras, a ausência de contrarrazões à
apelação do Ministério Público não é causa de nulidade por cerceamento de defesa se
o defensor constituído pelo réu foi devidamente intimado para apresentá-las, mas não o
fez.
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obrigatoriedade de oitiva da vítima deve ser compreendida à luz da razoabilidade e da
utilidade prática da colheita da referida prova.
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EXCEÇÃO: se o interrogatório é de um corréu delator, a presença do
advogado dos réus delatados é indispensável. Neste caso, deve-se exigir a presença
dos advogados dos réus delatados, pois, na colaboração premiada, o delator adere à
acusação em troca de um benefício acordado entre as partes e homologado pelo
julgador natural. Normalmente, o delator presta contribuições à persecução penal
incriminando eventuais corréus, razão pela qual seus advogados devem acompanhar o
ato. Se o advogado do corréu não comparece ao interrogatório do réu delator, haverá
nulidade? Depende: a) Se o corréu foi delatado no interrogatório e seu advogado não
compareceu: sim, haverá nulidade; b) Se o corréu não foi delatado no interrogatório:
não. Isso porque não houve prejuízo.
RECURSOS
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2) Qual o prazo do agravo contra decisão do Tribunal de origem que
nega seguimento a RE criminal?
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Art. 580. No caso de concurso de agentes (Código Penal, art. 25), a decisão do
recurso interposto por um dos réus, se fundado em motivos que não sejam de
caráter exclusivamente pessoal, aproveitará aos outros.
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RECLAMAÇÃO
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Ex: em 2016, o Juiz proferiu decisão negando a homologação do acordo
de colaboração premiada celebrado com o Delegado de Polícia sob o argumento de
que a autoridade policial não poderia firmar esse pacto. Em 2018, o STF proferiu
decisão afirmando que o Delegado de Polícia pode formalizar acordos de colaboração
premiada,na fase de inquérito policial. Não cabe reclamação contra esta decisão do
Juiz de 2016 sob o argumento de que ela teria violado o acórdão do STF de 2018. Isso
porque só há que se falar em reclamação se o ato impugnado por meio desta ação é
posterior à decisão paradigma.
STF. 2ª Turma. Rcl 32655 AgR/PR, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em
23/4/2019 (Info 938).
Art. 609. (...) Parágrafo único. Quando não for unânime a decisão de segunda
instância, desfavorável ao réu, admitem-se embargos infringentes e de
nulidade, que poderão ser opostos dentro de 10 (dez) dias, a contar da
publicação de acórdão, na forma do art. 613. Se o desacordo for parcial, os
embargos serão restritos à matéria objeto de divergência.
STF. Plenário. AP 929 ED-2º julg-EI/AL, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em
17/10/2018 (Info 920).
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executória. Voto que reconhece a prescrição não é considerado absolutório em sentido
próprio, mas sim meramente declaratório da extinção da punibilidade.
REVISÃO CRIMINAL
Art. 621. A revisão dos processos findos será admitida: I – quando a sentença
condenatória for contrária ao texto expresso da lei penal ou à evidência dos
autos; II – quando a sentença condenatória se fundar em depoimentos, exames
ou documentos comprovadamente falsos; III – quando, após a sentença, se
descobrirem novas provas de inocência do condenado ou de circunstância que
determine ou autorize diminuição especial da pena.
STF. Plenário. RvC 5480 AgR/AM, rel. Min. Edson Fachin, julgamento em
12/9/2019 (Info 951).
HABEAS CORPUS
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1) Sustentação oral e divergência do parecer do MP
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O habeas corpus deve ser admitido para impugnar medidas criminais que,
embora diversas da prisão, afetem interesses não patrimoniais importantes da pessoa
física. Se, por um lado, essas medidas são menos gravosas do que a prisão, por outro,
são também onerosas ao investigado/réu. Além disso, se essas medidas forem
descumpridas, podem ser convertidas em prisão processual, de forma que existe o
risco à liberdade de locomoção.
STF. 1ª Turma. HC 170735/RJ, Rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min.
Alexandre de Moraes, julgado em 30/6/2020 (Info 984).
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O tema acima tem importância teórica, mas pouca relevância prática. Isso
porque o fato de o Tribunal reconhecer que o habeas corpus não deve ser conhecido,
não impede que seja concedida a ordem de ofício. Em outras palavras, o Tribunal
reconhece que o writ impetrado está prejudicado (não deve ser conhecido) e, apesar
disso, pode determinar, de ofício, a liberdade do paciente se verificar que existe
ilegalidade flagrante ou teratologia.
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Cabe habeas corpus mesmo nas hipóteses que não envolvem risco
imediato de prisão, como na análise da licitude de determinada prova ou no pedido
para que a defesa apresente por último as alegações finais, se houver a possibilidade
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de condenação do paciente. Isso porque neste caso a discussão envolve liberdade de
ir e vir.
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Não cabe habeas corpus contra decisão de Ministro do STF que decreta a
prisão preventiva de investigado ou réu. Aplica-se, aqui, por analogia, o entendimento
exposto no enunciado 606 da Súmula do STF.
S. 606, STF: Não cabe habeas corpus originário para o Tribunal Pleno de
decisão de turma, ou do plenário, proferida em habeas corpus ou no respectivo
recurso.
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61
STF. 2ª Turma. HC 176785/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em
17/12/2019 (Info 964).
AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA
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e da isonomia, sendo inaplicável à hipótese a garantia de salário mínimo prevista no
artigo 7º, IV, da CF.
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agrícola, industrial” (regime semiaberto – deve ser estabelecimento SIMILAR) ou “casa
de albergado ou estabelecimento adequado” (regime aberto – deve ser
estabelecimento ADEQUADO) (art. 33, §1º, alíneas “b” e “c”, do CP);
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1) Inadimplemento injustificado das parcelas da multa autoriza a
regressão de regime?
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É legítima a decisão judicial que estabelece calendário anual de saídas
temporárias para visita à família do preso.
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ART. 4º, §§2º e 6º, LEI 12.850/13 – COLABORAÇÃO PREMIADA
Art. 4o O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o perdão judicial,
reduzir em até 2/3 (dois terços) a pena privativa de liberdade ou substituí-la por
restritiva de direitos daquele que tenha colaborado efetiva e voluntariamente
com a investigação e com o processo criminal, desde que dessa colaboração
advenha um ou mais dos seguintes resultados: (...)
§6o O juiz não participará das negociações realizadas entre as partes para a
formalização do acordo de colaboração, que ocorrerá entre o delegado de
polícia, o investigado e o defensor, com a manifestação do Ministério Público,
ou, conforme o caso, entre o Ministério Público e o investigado ou acusado e
seu defensor.
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Natureza jurídica colaboração premiada: MEIO DE OBTENÇÃO DE
PROVA (art. 3º, I).
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ao pronunciamento sobre a regularidade, legalidade e voluntariedade do acordo (art.
4º, § 7º, da Lei nº 12.850/2013).
STF. Plenário. Pet 7074/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 21, 22,
28 e 29/6/2017 (Info 870).
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STF. 1ª Turma. Inq 4435 AgR/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em
12/9/2017 (Info 877).
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71
foro privilegiado. A delação de autoridade com prerrogativa de foro atrai a competência
do respectivo Tribunal para a respectiva homologação e, em consequência, do órgão
do Ministério Público que atua perante a Corte. Se o delator ou se o delatado tiverem
foro por prerrogativa de função, a homologação da colaboração premiada será de
competência do respectivo Tribunal.
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6) Qual a ordem na apresentação de alegações finais nos processos
em que houver réu delator e réu delatado?
STF. 2ª Turma. HC 157627 AgR/PR, rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o
ac. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 27.8.2019 (Info 949).
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STF. 2ª Turma. Pet 7494 AgR/DF, rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em
19/5/2020 (Info 978).
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Art. 7º: Recebida a denúncia ou a queixa, o relator designará dia e hora para o
interrogatório, mandando citar o acusado ou querelado e intimar o órgão do
Ministério Público, bem como o querelante ou o assistente, se for o caso.
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