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Projeto de Avaliação

de Impactos Cumulativos - PAIC

Plano de Trabalho - Litoral Sul Fluminense/RJ

E&P

Revisão 00
Out/2017
 
Projeto de Avaliação de Impactos
Cumulativos - PAIC

Região Litoral Sul Fluminense/RJ

Plano de Trabalho
(Produto 1.2.1 - Fase 1)

Outubro / 2017

E&P
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

CONTROLE DE REVISÕES

REV. DESCRIÇÃO DATA


00 Documento Original 27/10/2017

Original Rev. 01 Rev. 02 Rev. 03 Rev. 04 Rev. 05 Rev. 06 Rev. 07

Data 27/10/2017

Elaboração V&S/Nemus

Verificação V&S/Nemus

Aprovação V&S/Nemus
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos i

ÍNDICE GERAL

I- INTRODUÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO ....................................................... 8


I.1 - CONTEXTO GERAL ............................................................................... 8
I.2 - OBJETIVOS .......................................................................................... 11
I.3 - CONTEXTO DA AVALIAÇÃO DE IMPACTOS CUMULATIVOS ........... 12
I.4 - ESTRUTURA DO PLANO DE TRABALHO ........................................... 16
II - REGIÃO LITORAL SUL FLUMINENSE/RJ .................................................... 17
II.1 - CONTEXTO GEOGRÁFICO ................................................................ 17
II.2 - DESENVOLVIMENTO REGIONAL ...................................................... 19
II.3 - CONTEXTO SOCIOECONÔMICO....................................................... 21
II.3.1 - Aspectos demográficos ............................................................. 21
II.3.2 - Comunidades tradicionais ......................................................... 27
II.3.3 - Atividades econômicas ............................................................. 31
II.4 - CONTEXTO AMBIENTAL .................................................................... 37
II.4.1 - Unidades de conservação ......................................................... 37
II.4.2 - Recursos hídricos ..................................................................... 39
II.4.3 - Saneamento ambiental ............................................................. 41
III - EMPREENDIMENTOS .................................................................................. 43
III.1 - INTRODUÇÃO .................................................................................... 43
III.2 - PETRÓLEO E GÁS NATURAL ........................................................... 44
III.2.1 - Introdução ................................................................................ 44
III.2.2 - Produção e escoamento de petróleo e gás natural no Polo
Pré-Sal da Bacia de Santos: Etapas 1, 2 e 3 ....................................... 46
III.2.3 - Transferência de água de formação do TEBIG ........................ 55
III.2.4 - Outros projetos na envolvente ................................................. 55
III.3 - INFRAESTRUTURAS PORTUÁRIAS ................................................. 57
III.3.1 - Expansão do Porto de Angra dos Reis .................................... 57
III.3.2 - Expansão do Porto de Itaguaí .................................................. 58
III.3.3 - Expansão do Terminal da Ilha Guaíba ..................................... 60
III.3.4 - Implantação do Porto Sudeste ................................................. 61
III.3.5 - Implantação do Complexo PROSUB-EBN ............................... 62
III.4 - USINA NUCLEAR ANGRA 3 ............................................................... 65

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ii Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

III.5 - ARCO METROPOLITANO DO RIO DE JANEIRO .............................. 67


IV - ABORDAGEM METODOLÓGICA ................................................................. 69
IV.1 - INTRODUÇÃO .................................................................................... 69
IV.2 - PRINCÍPIOS E DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA ........................... 71
IV.3 - FASES E PRODUTOS ........................................................................ 74
IV.4 - FASES DE DESENVOLVIMENTO DOS TRABALHOS ...................... 76
IV.4.1 - Fase 1 – Planejamento ............................................................ 76
IV.4.2 - Fase 2 – Escopo ...................................................................... 77
IV.4.3 - Fase 3 – Levantamento de dados ........................................... 97
IV.4.4 - Fase 4 – Avaliação de impactos cumulativos ........................ 103
IV.4.5 - Fase 5 – Avaliação da capacidade de suporte e da
significância dos impactos cumulativos previstos .............................. 108
IV.4.6 - Fase 6 – Análise dos resultados e banco de dados
georreferenciado ................................................................................ 118
IV.4.7 - Fase 7 – Apresentação dos resultados finais ........................ 121
IV.5 - PLANEJAMENTO DA PARTICIPAÇÃO ............................................ 124
IV.5.1 - Objetivos ................................................................................ 124
IV.5.2 - Análise da mídia .................................................................... 124
IV.5.3 - Formato e dinâmica das oficinas ........................................... 125
IV.5.4 - Formato e dinâmica das reuniões.......................................... 131
IV.5.5 - Entrevistas, reuniões e debate institucional ........................... 135
IV.5.6 - Estratégias de mobilização/participação ................................ 135
IV.5.7 - Calendário e resultados esperados ....................................... 137
IV.6 - FORMA DE APRESENTAÇÃO DOS PRODUTOS ........................... 139
IV.7 - ACOMPANHAMENTO ...................................................................... 140
V - PLANEJAMENTO DE ATIVIDADES ............................................................ 141
VI - ESTRUTURA DA EQUIPE TÉCNICA .......................................................... 149
VII - CRONOGRAMA FÍSICO.............................................................................. 150
VIII - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................... 153
IX - APÊNDICE A – EQUIPE TÉCNICA ............................................................. 162
X - EQUIPE TÉCNICA ....................................................................................... 165

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Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos iii

QUADROS

Quadro 1 – PAIC - Condicionantes. ........................................................................ 8


Quadro 2 – Tarefas de uma avaliação de efeitos cumulativos. ............................. 13
Quadro 3 – Indicadores de distribuição de população. ......................................... 22
Quadro 4 – Dinâmica populacional no Litoral Sul Fluminense/RJ e Estado do Rio
de Janeiro. ............................................................................................................ 24
Quadro 5 – Distribuição da população por gênero e por faixa etária (2010). ........ 25
Quadro 6 – Quilombos na Região Litoral Sul Fluminense/RJ. .............................. 28
Quadro 7 – Terras Indígenas na Região Litoral Sul Fluminense/RJ. .................... 29
Quadro 8 – Comunidades caiçara na Região Litoral Sul Fluminense/RJ. ............. 30
Quadro 9 – População economicamente ativa...................................................... 31
Quadro 10 – Campos de produção confrontantes por município da Região Litoral
Sul Fluminense/RJ. ............................................................................................... 35
Quadro 11 – Unidades de conservação federais e estaduais nos municípios da
Região Litoral Sul Fluminense/RJ. ........................................................................ 37
Quadro 12 – Média dos resultados do IQANSF em 2015 e 2016 ......................... 40
Quadro 13 – Índices de atendimento relativos ao saneamento básico nos
municípios da região Litoral Sul Fluminense/RJ ................................................... 41
Quadro 14 – Licenças (prévia, de instalação e de operação) correspondentes aos
empreendimentos da Etapa 1 ............................................................................... 47
Quadro 15 - Licenças (prévia, de instalação e de operação) correspondentes aos
empreendimentos da Etapa 2 ............................................................................... 49
Quadro 16 – Atividades do Projeto Etapa 3, blocos e campos ............................. 53
Quadro 17 – Exemplos de indicadores adequados para utilização em AIC. ......... 98
Quadro 18 – Componente de avaliação do impacto cumulativo: Natureza. ........ 109
Quadro 19 – Componente de avaliação do impacto cumulativo: Escala espacial.
............................................................................................................................ 109
Quadro 20 – Componente de avaliação do impacto cumulativo: Duração. ......... 111
Quadro 21 – Componente de avaliação do impacto cumulativo: Frequência. .... 111
Quadro 22 – Componente de avaliação do impacto cumulativo: Magnitude. ..... 111
Quadro 23 – Quadro-exemplo utilizando a descrição quantitativa dos efeitos (dentro
de um dado nível de incerteza) sobre vários recursos. ....................................... 112
Quadro 24 – Quadro-exemplo utilizando uma descrição qualitativa dos efeitos nos
vários recursos, com classificações de impacto entre 1 e 5. .............................. 113
Quadro 25 – Plano de oficina. ............................................................................. 126
Quadro 26 – Estrutura de uma oficina. ............................................................... 127
Quadro 27 – Ficha de evento. ............................................................................. 129
Quadro 28 – Equipamentos e materiais. ............................................................. 131
Quadro 29 – Plano de sessão de reunião. .......................................................... 132

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Quadro 30 – Estrutura de uma reunião. .............................................................. 133


Quadro 31 – Equipamentos e materiais. ............................................................. 134
Quadro 32 – Fase 1: Planejamento. ................................................................... 141
Quadro 33 – Cronograma da Fase 1. ................................................................. 141
Quadro 34 – Fase 2: Escopo. ............................................................................. 142
Quadro 35 – Cronograma da Fase 2. ................................................................. 143
Quadro 36– Fase 3: Levantamento de dados. .................................................... 144
Quadro 37– Cronograma da Fase 3. .................................................................. 144
Quadro 38– Fase 4: Avaliação de impactos cumulativos. ................................... 145
Quadro 39– Cronograma da Fase 4. .................................................................. 145
Quadro 40– Fase 5: Avaliação da capacidade de suporte e da significância dos
impactos cumulativos previstos........................................................................... 146
Quadro 41– Cronograma da Fase 5. .................................................................. 146
Quadro 42– Fase 6: Análise dos resultados e banco de dados georreferenciado.
............................................................................................................................ 147
Quadro 43– Cronograma da Fase 6. .................................................................. 147
Quadro 44– Fase 7: Apresentação dos resultados finais. ................................... 148
Quadro 45– Cronograma da Fase 7. .................................................................. 148
Quadro 46 – Cronograma de atividades (Fases 1 a 3). ...................................... 151
Quadro 47 – Cronograma de atividades – continuação (Fases 4 a 7). ............... 152
Quadro 48 – Equipe técnica, função e áreas de especialidade. ......................... 163

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FIGURAS

Figura 1 – Modelo esquemático das etapas do processo de avaliação de impactos


cumulativos. 13
Figura 2 – Região Litoral Sul Fluminense /RJ, inserida na área de estudo do Projeto
de Avaliação de Impactos Cumulativos. 17
Figura 3 – Distribuição da população no Litoral Sul Fluminense/RJ (estimativa de
2017). 22
Figura 4 – Densidade populacional na Região Litoral Sul Fluminense/RJ. 24
Figura 5 – Evolução do IDHM nos Municípios do Litoral Sul Fluminense/RJ e Estado
do Rio de Janeiro. 26
Figura 6 – Evolução das componentes do IDHM nos Municípios do Litoral Sul
Fluminense/RJ e Estado do Rio de Janeiro. 27
Figura 7 – Proporção de pessoas ocupadas por atividade na Região Litoral Sul/RJ.
32
Figura 8 – Evolução do PIB (a preços correntes) na Região Litoral Sul
Fluminense/RJ. 33
Figura 9 – Crescimento do VAB por setores nos municípios da Região Litoral Sul
Fluminense/RJ de 2002 a 2014. 34
Figura 10 – Valores anuais recebidos de royalties e participação especial devidos
da produção de gás natural e petróleo na Região Litoral Sul Fluminense/ RJ. 36
Figura 11 – Distribuição dos projetos e blocos associados à Etapa 1. 51
Figura 12 – Distribuição dos projetos e blocos associados à Etapa 2. 52
Figura 13 – Distribuição dos blocos associados à Etapa 3. 54
Figura 14 – Matriz de análise da exposição para cada fator (V&S/Nemus, 2017).
84
Figura 15 – Exemplo da aplicação do método das ortogonais (linhas de base reta)
para a delimitação da área marítima correspondente ao Estado de São Paulo. 89
Figura 16 – Componentes de avaliação da significância dos impactos cumulativos
110
Figura 17 – Faixa de divulgação de uma oficina setorial no município de Sobradinho
/ BA, no âmbito do Plano de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do rio São
Francisco. 136

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vi Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

LISTA DE SIGLAS

AIA – Avaliação de Impacto Ambiental


AIC – Avaliação de Impactos Cumulativos
AID – Áreas de Influência Direta
AII – Áreas de Influência Indireta
AMRJ – Arco Metropolitano do Rio de Janeiro
ANP – Agência Nacional do Petróleo
AP – Área Principal
APA – Área de Proteção Ambiental
ASA – Área de Serviços Auxiliares
CDRJ – Companhia Docas do Rio de Janeiro
CEQ – Council on Environmental Quality
CNAA – Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto
COGESN – Coordenadoria-Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino
com Propulsão Nuclear
COMPERJ – Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro
CPBS – Companhia Portuária da Baía de Sepetiba
DP – Desenvolvimentos de Produção
EAS – Estudo Ambiental Simplificado
EIA – Estudo de Impacto Ambiental
FPSO – Floating Production, Storage and Offloading
FUNAI – Fundação Nacional do Índio
IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IDHM – Índice de Desenvolvimento Humano Municipal
IFC – International Finance Corporation
IQANSF Índice de Qualidade de Água
LI – Licença de Instalação
LO – Licença de Operação
LP – Licença Prévia
ONG – Organização Não Governamental
OSCIP – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público
PEC – Parque Estadual Cunhambebe
PEIG – Parque Estadual da Ilha Grande
PEMA – Parque Estadual Marinho do Aventureiro
PIB – Produto Interno Bruto
RAP – Relatório Ambiental Preliminar
RBPS – Reserva Biológica Estadual da Praia do Sul
REJ – Reserva Ecológica da Juatinga

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RH – Região Hidrográfica
RIMA – Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente
RJ – Rio de Janeiro
SIG – Sistemas de Informação Geográfica
SPA – Sistemas de Produção Antecipada
TEBIG – Terminal da Baía da Ilha Grande
TLD – Teste de Longa Duração
TPAR – Terminal Portuário de Angra dos Reis S.A.
UFEM – Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas
UTGCA – Unidade de Tratamento de Gás de Caraguatatuba
VAB – Valor Adicionado Bruto

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I - INTRODUÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO

I.1 - CONTEXTO GERAL

O presente documento constitui o Plano de Trabalho relativo à região Litoral


Sul Fluminense / RJ, no âmbito do Projeto de Avaliação de Impactos
Cumulativos, desenvolvido com vista ao atendimento às condicionantes de licença
dos empreendimentos Atividade de Produção e Escoamento de Petróleo e Gás
Natural do Polo Pré-Sal da Bacia de Santos – Etapa 1 e Etapa 2, impostas pelo
IBAMA.
O Projeto visa o atendimento às condicionantes indicadas no quadro seguinte,
e preconiza a realização de uma “avaliação continuada dos efeitos cumulativos e
sinérgicos percebidos entre os empreendimentos em questão e os demais
empreendimentos previstos”, englobando as regiões inseridas nas Áreas de
Influência dos Projetos Etapa 1 e Etapa 2.

Quadro 1 – PAIC - Condicionantes.

PAIC-
Nº Licença Nº Processo IBAMA Empreendimento cumulativos e
sinérgicos
LP 439/2012 02022.002287/09 Etapa 1 (Cond. 2.9)
Piloto de
Sapinhoá - FPSO
LO 1120/2012 02022.002287/09 (Cond. 2.8)
Cidade de
S.Paulo (Etapa 1)
Piloto de Lula
Nordeste - FPSO
LO 1157/2013 02022.002287/09 (Cond. 2.11)
Cidade de Paraty
(Etapa 1)
DP Iracema Sul -
FPSO Cid.
LO 1263/2014 02022.002287/09 (Cond. 2.16)
Mangaratiba
(Etapa 1)
LP 491/2014 02022.002141/2011 Etapa 2 (Cond. 2.8)

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PAIC-
Nº Licença Nº Processo IBAMA Empreendimento cumulativos e
sinérgicos
DP Sapinhoá
Norte - FPSO Cid.
LO 1274/2014 02022.002141/2011 (Cond. 2.20)
de Ilhabela (Etapa
2)
DP Iracema Norte
LO 1307/2015 02022.002141/2011 - FPSO Cid. (Cond. 2.20)
Itaguaí (Etapa 2)
DP Lula Alto
LO 1327/2016 02022.002141/2011 FPSO Cid. de (Cond. 2.20)
Maricá (Etapa 2)
DP Lula Central -
FPSO Cidade de
LO 1341/2016 02022.002141/2011 (Cond. 2.20)
Saquarema
(Etapa 2)

DP Lula Sul
LO 1387/2017 02022.002141/2011 (Cond. 2.20)
(Etapa 2)

DP Lapa
Nordeste - FPSO
LO 1348/2016 02022.002141/2011 Cidade de (Cond. 2.19)
Caraguatatuba
(Etapa 2)

Entre os “demais empreendimentos previstos” encontram-se projetos de vários


setores de atividade. Esses empreendimentos serão identificados com base em
planos de desenvolvimento e em outros estudos, e abrangerão os grandes
empreendimentos a implantar na região.
A região Litoral Sul Fluminense /RJ abrange os municípios de Paraty, Angra
dos Reis, Mangaratiba e Itaguaí. A avaliação de impactos cumulativos nesta região
inicia-se em outubro de 2017.
O PAIC está a ser desenvolvido para a região Litoral Norte /SP (presentemente
encontra-se na Fase 3 – Levantamento de Dados), e virá também a ser
desenvolvido para outras duas regiões:

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10 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

• Região Metropolitana da Baixada Santista /SP (Bertioga, Guarujá,


Santos, Cubatão, São Vicente, Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e
Peruíbe);
• Baia de Guanabara (Rio de Janeiro, Niterói, São Gonçalo, Itaboraí,
Guapimirim, Magé, Duque de Caxias) e Maricá /RJ.
Este projeto seguirá as principais fases do processo de avaliação de impactos
cumulativos citadas na literatura indicada na especificação da contratante,
combinando metodologias de coleta de dados, visitas a campo, entrevistas,
participação social, e processos de análise e consolidação de resultados.
Estão previstos momentos de participação e envolvimento da sociedade
(atores locais, ONGs, Unidades de Conservação, Poder Público Municipal,
Estadual e Federal, Instituições de Ensino e Pesquisa, e demais interessados), de
modo que o produto final reflita a realidade e contribua para a gestão
socioambiental das regiões.
Em cada uma das regiões, os serviços serão desenvolvidos em sete fases:
• Fase 1 – Planejamento;
• Fase 2 – Escopo;
• Fase 3 – Levantamento de dados;
• Fase 4 – Avaliação dos impactos cumulativos;
• Fase 5 – Avaliação da capacidade de suporte e da significância dos
impactos cumulativos previstos;
• Fase 6 – Análise dos resultados e banco de dados georreferenciado;
• Fase 7 – Apresentação dos resultados finais.
Os trabalhos inerentes à presente prestação de serviços à Petrobras ficarão a
cargo das empresas V&S Ambiental Ltda e Nemus – Gestão e Requalificação
Ambiental Lda.

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Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 11

I.2 - OBJETIVOS

Constitui objetivo realizar uma análise integrada dos impactos dos principais
estressores (ações e atividades humanas, eventos naturais, ambientais e sociais,
independente da origem/responsável/tipologia da atividade) sobre fatores
ambientais e sociais selecionados, ao longo do tempo, para a região Litoral Sul
Fluminense /RJ, identificando a acumulação e interação sinérgica entre eles,
possibilitando a avaliação da interferência dos estressores no ambiente e
fornecendo subsídios aos atores da região para enfrentar as possíveis
transformações sociais, ambientais e econômicas e se desenvolver de forma
sustentável.
Constituem objetivos específicos dos trabalhos a serem desenvolvidos:
• Realizar uma análise temporal e espacial dos impactos cumulativos
sobre os fatores ambientais e sociais selecionados, identificando os
períodos e áreas com maior incidência de consequênomcias desses
impactos;
• Verificar se os impactos cumulativos identificados não excedem os
limites de alteração que possam comprometer a sustentabilidade ou
viabilidade dos fatores ambientais e sociais selecionados;
• Garantir que as preocupações das comunidades afetadas, sobre os
impactos cumulativos, sejam identificadas, documentadas e
abordadas;
• Possibilitar a participação e o acompanhamento da sociedade civil a
partir de um processo transparente e participativo, facilitando o
entendimento e a apropriação dos resultados, para que o mesmo se
torne um instrumento de gestão do território;
• Fornecer subsídios à gestão de políticas públicas e para a gestão da
resposta aos impactos cumulativos na escala geográfica adequada
(local, regional, bacia, etc.), com base em uma visão amplificada dos
impactos acumulados no tempo e no espaço.

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12 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

I.3 - CONTEXTO DA AVALIAÇÃO DE IMPACTOS CUMULATIVOS

A avaliação de impactos cumulativos tem vindo a ganhar cada vez mais


importância e a sua utilidade tem tido reconhecimento crescente, em particular em
questões espacial e temporalmente abrangentes, como as alterações climáticas, a
perda de biodiversidade, entre outras, resultantes de impactos cumulativos de um
conjunto de atividades que por si só podem ter impactos insignificantes ou pouco
significativos.
Encontra-se publicada documentação diversa sobre o tema da avaliação de
impactos cumulativos, notadamente, a nível internacional: guias, manuais e
estudos comparativos de metodologias apresentam diversas opções, apontam
vantagens e desvantagens de cada um, analisam casos de sucesso e de
insucesso.
No entanto, esta abordagem avaliativa, sem regulamentação específica, está
ainda dando seus primeiros passos, verificando-se por vezes diferenças em sua
definição conceitual e não existindo metodologias universalmente aceitas e
adequadas a todas as situações e projetos.
No presente Plano de Trabalho, parte-se de uma primeira análise a um
conjunto de documentos metodológicos (indicados na seção Princípios e
documentos de referência), para apresentar o entendimento da equipe sobre o
conceito de impactos cumulativos e para delinear a estratégia metodológica a
utilizar na sua avaliação para a região Litoral Sul Fluminense /RJ (sem prejuízo da
necessidade de ajustes futuros, no decurso do processo, quer para esta região,
quer para as restantes regiões alvo da prestação de serviços).
Oliveira (2008) adota como definição conceitual de impactos cumulativos a
alteração dos sistemas ambientais causada pela interação ou somatório dos efeitos
de ação humana, originadas de uma ou mais atividades, com os efeitos ou impactos
de outras ações ocorridas no passado, presente ou previsíveis no futuro.
A avaliação de impactos cumulativos tem como base de análise qualquer
estressor, de origem antrópica (ação, atividade, projeto) ou natural (eventos
ambientais e sociais), que causa impacto e/ou alteração nos fatores ambientais e
sociais, independentemente de sua origem, seu responsável e/ou de da tipologia
da atividade.

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Relatório
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Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 13

IFC (2013) considera que o processo de avaliação de impactos cumulativos


contempla seis etapas, esquematizadas na figura abaixo.

Fonte: IFC, 2013


Figura 1 – Modelo esquemático das etapas do processo de avaliação de impactos
cumulativos.

HEGMANN, G. et. al. (1997) utiliza o conceito de avaliação de efeitos


cumulativos, fazendo o paralelismo entre as etapas de um Estudo de Impacto
Ambiental e as tarefas a completar numa avaliação de efeitos cumulativos (Quadro
2).

Quadro 2 – Tarefas de uma avaliação de efeitos cumulativos.

Tarefas a completar numa avaliação de efeitos


Etapas de um EIA
cumulativos
• Identificação de assuntos alvo de preocupação a
nível regional
• Seleção de fatores ambientais e sociais
• Identificação da abrangência espacial e temporal
1. Definição do escopo • Identificação de outras ações que podem afetar os
fatores ambientais e sociais
• Identificação de potenciais impactos devidos a
ações e efeitos possíveis
• Coleta de dados a nível regional
• Análise de efeitos das ações propostas nos fatores
2. Análise de efeitos ambientais e sociais selecionados
• Análise de efeitos de todas as ações selecionadas
nos fatores ambientais e sociais

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Relatório
10/2017
14 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

Tarefas a completar numa avaliação de efeitos


Etapas de um EIA
cumulativos
3. Identificação de
• Recomendação de medidas de mitigação
medidas de mitigação
• Avaliação da significância dos efeitos residuais
4. Avaliação da • Comparação de resultados com limites de alteração
significância ou objetivos e tendências de desenvolvimento/uso
do solo
• Recomendação de monitoramento e gestão de
5. Seguimento efeitos a nível regional
Fonte: Hegmann, G. et. al. (1997)

Em termos metodológicos, entende-se que a avaliação de impactos


cumulativos deve ser uma ferramenta de apoio à decisão e às políticas públicas;
para tanto, a avaliação de impactos cumulativos deve buscar:
• Ser focada nos fatores e estressores (ações e atividades humanas,
eventos naturais, ambientais e sociais, independente da
origem/responsável/tipologia da atividade) mais significativos, não se
dispersando numa tentativa de análise de todos os agentes atuantes;
• Ser objetiva, apontando questões essenciais, e evitando a
consideração de um grupo muito alargado de temas e problemáticas;
• Ser quantificada, tanto quanto possível;
• Envolver continuamente os stakeholders no processo (seleção dos
fatores ambientais e sociais, identificação de impactos cumulativos e
sua significância, recomendações de atuação face aos impactos
significativos identificados).
Muitos dos métodos usados na avaliação de impacto ambiental de projetos são
também utilizados para avaliação de impactos cumulativos (Oliveira, 2008).
Oliveira (2008) destaca sete métodos para a avaliação de impactos: diagramas
de rede (ou interação); julgamento de especialistas; listas de verificação; matrizes
e tabelas; modelagem matemática; questionários, entrevistas e painéis e
sobreposição de imagens. A autora também recomenda e propõe uma combinação
destes para a avaliação pretendida.
Teixeira (2013) seleciona quatro técnicas para análise dos impactos da
instalação e operação co-localizada de megaprojetos no litoral norte: análise de
atributos-chave (emissões de CO2, acidentes ambientais tecnológicos; supressão

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Relatório
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Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 15

de vegetação; empregos; receitas públicas municipais; águas superficiais; uso do


solo); redes de interação; sobreposição de dados geoespaciais e matrizes de
interação.
Por seu lado, a avaliação da significância dos impactos cumulativos é julgada
no contexto dos limites de alteração aceitável.
Os limites de alteração são normalmente expressos em termos de capacidade
de carga, objetivos, metas e/ou limites de mudança aceitável (IFC, 2013).
Face à dificuldade de estabelecer o nível de aceitação dos limites de alteração
(em particular, nos casos em que não estão definidos limites de qualidade
ambiental) o processo de participação social apresenta um papel essencial nesta
fase, bem como na identificação da adequabilidade das medidas de mitigação
adotadas.

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10/2017
16 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

I.4 - ESTRUTURA DO PLANO DE TRABALHO

O Plano de Trabalho constitui o primeiro relatório técnico previsto na presente


prestação de serviços, e encontra-se estruturado da seguinte forma:
• Capítulo I. Introdução e contextualização
• Capítulo II. Região Litoral Sul Fluminense/RJ
• Capítulo III. Empreendimentos
• Capítulo IV. Abordagem metodológica
• Capítulo V. Planejamento de atividades
• Capítulo VI. Estrutura da equipe técnica
• Capítulo VII. Cronograma físico

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II - REGIÃO LITORAL SUL FLUMINENSE/RJ

No presente capítulo apresenta-se a contextualização da região em análise, a


nível geográfico, do desenvolvimento regional, a nível socioeconômico e ambiental.

II.1 - CONTEXTO GEOGRÁFICO

A região Litoral Sul Fluminense /RJ possui uma superfície com cerca de 2.384
km2 (equivale a 5,4% da área do Estado de Rio de Janeiro) e abrange os municípios
de Paraty, Angra dos Reis, Mangaratiba e Itaguaí (cf. Figura 2).

Figura 2 – Região Litoral Sul Fluminense /RJ, inserida na área de estudo do Projeto de
Avaliação de Impactos Cumulativos.

A região pertence aos domínios geoambientais “Faixa Litorânea - subdomínio


Região Metropolitana” (município de Itaguaí) e “Serra da Bocaina-Litoral Sul
Fluminense” (municípios de Angra dos Reis, Mangaratiba e Paraty).

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O domínio Serra da Bocaina-Litoral Sul Fluminense apresenta grande


proximidade do mar, delineando uma costa recortada por costões rochosos,
entremeados por exíguas planícies flúvio-marinhas, baixadas e cordões litorâneos.
Compõem esse conjunto inúmeras ilhas marinhas que pontilham a baía da Ilha
Grande, assim como o maciço costeiro de Juatinga. A proximidade do mar com as
montanhas e as planícies onde se alternam estuários, restingas e manguezais
configuram uma paisagem de grande beleza cênica, mas ao mesmo tempo de
grande fragilidade ambiental, que tem sido fortemente impactada pela expansão
urbana e proliferação de loteamentos, sobretudo a partir da construção da Rodovia
Rio-Santos (BR-101) (EMBRAPA, 2003).
As localidades de Mangaratiba, Angra do Reis, Vila de Mambucaba e Paraty
cresceram aceleradamente, ocupando as planícies inundáveis adjacentes aos
núcleos pesqueiros e portuários originais. Do mesmo modo, os cortes de estradas
promovidos pela construção da BR-101 e as construções em áreas de encostas
(visíveis em Angra dos Reis), potencializam a ocorrência de migrações em massa,
gerando danos sociais e econômicos, além de perdas humanas. Entretanto, pela
dificuldade de acesso de suas encostas, a maior parte da região se encontra bem
preservada com grandes extensões florestais de mata atlântica (EMBRAPA, 2003).
A região é atravessada pela BR-101, que se configura como o principal eixo
rodoviário de articulação.
Na área marítima destacam-se duas grandes baías: a baía de Ilha Grande e a
baía de Sepetiba.
A baía de Ilha Grande possui uma área de 1.728 km2 e abrange a totalidade
dos municípios de Paraty e de Angra dos Reis, e uma pequena parte do município
de Mangaratiba (Joventino, F., 2013).
A baía de Sepetiba, circundada pelos municípios do Rio de Janeiro, Itaguaí e
Mangaratiba, apresenta uma área de aproximadamente 460 km². A baía é um corpo
de águas salinas e salobras, ligada ao oceano Atlântico por dois canais: o mais
importante fica entre a ponta da restinga da Marambaia e a Ilha Grande, e o outro,
fica na barra de Guaratiba (Mattos, T., 2011).

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II.2 - DESENVOLVIMENTO REGIONAL

O território do atual Município de Paraty era ocupado, à época do


descobrimento, pelos indígenas Guaianás. Desde princípios do século XVI,
portugueses vindos da Capitania de São Vicente instalaram-se na região. Com a
abolição da escravatura, em 1888, e o êxodo dos trabalhadores rurais, verificou-se
o colapso de sua economia, baseada na cultura da cana e do café. Em
consequência do abandono das terras, vários cursos de água tiveram seus leitos
obstruídos, ficando as várzeas férteis sujeitas a inundações. A partir de 1954, com
a abertura de uma estrada carroçável para Cunha, vem-se processando lentamente
o soerguimento econômico do Município, tanto pela recuperação das lavouras,
como pela afluência de turistas, vindos principalmente de São Paulo. A abertura da
estrada para Angra dos Reis veio romper esse isolamento e permitir integração com
os demais municípios do Território da Baía de Ilha Grande e a capital do Estado. O
longo processo de estagnação vivido por Paraty ao longo do século XX manteve o
casario colonial, conservado no conjunto conhecido como Centro Histórico. Este
esquecimento associado à implantação da Rio-Santos (término 1975) determinou
a vocação de Paraty como importante centro turístico. Seus casarios históricos
foram requalificados dando lugar à pousadas, restaurantes, lojas de artesanato e
museus (UNICOOP, 2011).
Angra dos Reis, por seu comércio e produção industrial, foi uma das mais
importantes cidades da Província do Rio de Janeiro. Um período de decadência
teve início com a inauguração do ramal férreo de São Paulo, culminando em 1888,
com a lei de abolição da escravatura. O desvio das mercadorias que anteriormente
eram destinadas a seu porto e a falta de braços para a lavoura fizeram estagnar o
movimento comercial, atingindo seu poder produtivo. Essa situação perdurou até
1926, quando se iniciou a reconstrução do porto, concluída em 1930. A esses
melhoramentos seguiram-se a inauguração, em 1928, de um ramal férreo da Rede
Mineira de Viação, ligando Angra dos Reis aos Estados de Minas Gerais, São Paulo
e Goiás; a instalação dos serviços telefônicos; do Colégio Naval, em 1952, e dos
estaleiros Verolme (atual BrasFELS), em 1960. Tais iniciativas contribuíram para o
desenvolvimento do Município que se transformou em centro industrial de maior
realce no cenário econômico fluminense. Os principais empreendimentos

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existentes nesta porção fluminense são as instalações da Petrobrás (Terminal da


Baía de Ilha Grande -TEBIG e oleodutos), o Estaleiro da Brasfels, a ferrovia e a
Central Nuclear de Angra dos Reis, constituída pelas Usinas Termonucleares de
Angra I e II. A Usina Nuclear III teve início de sua construção em 2010 (UNICOOP,
2011).
No período que antecedeu a Abolição, a mão-de-obra escrava desempenhou
papel preponderante na formação econômica e social de Mangaratiba. Juntamente
com Angra dos Reis e Paraty, hoje Mangaratiba tem na indústria do turismo e
veraneio sua maior expressão, graças à BR-101 – a Rio-Santos, que atravessa
todo seu território, de leste a oeste (UNICOOP, 2011).
Itaguaí desfrutou, no século passado, até 1880, de importante atividade rural
e comercial, exportando em grande escala cereais, café, farinha, açúcar e
aguardente. O advento da Lei Áurea ocasionou crise econômica, refletida no
considerável êxodo dos antigos escravos. Esse fato, aliado à falta de transportes e
à insalubridade da região, concorreu para o desaparecimento das grandes
plantações que constituíam a riqueza principal da localidade. A passagem da antiga
rodovia Rio-São Paulo por seu território, a implantação de indústria e as obras de
saneamento, contribuíram para o desenvolvimento econômico do Município
(UNICOOP, 2011).
Na década de 60, a Companhia Mercantil e Industrial Ingá (desativada em
1988; o terreno é propriedade da Usiminas desde 2008) iniciou em Itaguaí suas
atividades de beneficiamento de zinco e alta pureza. Nos anos 70 foi instalada em
Itaguaí a Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A. tendo como principal objetivo
suprir as demandas identificadas quando da implementação do Programa Nuclear
Brasileiro, além de responder às demandas de produção de equipamentos para as
indústrias petrolífera, siderúrgica, naval, entre outras. O Terminal Marítimo da Ilha
Guaíba de uso exclusivo Vale S.A. desde 2007, começou a operar em 1973 e hoje
é uma das principais áreas privativas para a movimentação de minério de ferro da
região Sudeste. Em 1982 o Porto de Sepetiba foi concebido para transformar-se
em Complexo Portuário e Industrial de Itaguaí (Bastos, B., 2012).

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II.3 - CONTEXTO SOCIOECONÔMICO

Nos próximos pontos são detalhados alguns indicadores demográficos (cf.


seção II.3.1 - Aspectos demográficos) para a região do Litoral Sul Fluminense/RJ
(distribuição e composição da população e índice de desenvolvimento humano).
Em seguida são descritas as comunidades tradicionais existentes nesta região
(verificar seção II.3.2 - Comunidades tradicionais) e ainda as principais atividades
econômicas com impacto na absorção de emprego e a evolução recente da
atividade econômica (cf. seção II.3.3 - Atividades econômicas). Esta descrição
servirá como base para a identificação de tendências de desenvolvimento na
região, especificamente de expansão e especialização econômica.

II.3.1 - Aspectos demográficos

II.3.1.1 - Distribuição e composição da população

De acordo com as estimativas do IBGE (2017) e com cálculos efetuados,


estima-se que cerca de 401 mil pessoas vivam no Litoral Sul Fluminense no
ano de 2017 (2,4% da população do Estado do Rio de Janeiro).
Como é possível observar na Figura 3, o município de Angra dos Reis
representa 49% da população em 2017; Itaguaí detém 30% da população; o
município de Paraty é o menos populoso (10%); Mangaratiba tem uma população
ligeiramente superior a Paraty (cerca de 11%).
Paraty é o maior município do Litoral Sul Fluminense/RJ com 39% da área. O
município de Angra dos Reis possui 35% do território. O município de Itaguaí é o
que apresenta menor área (11%), seguido de Mangaratiba, com 15% da superfície.

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Fonte: Dados municipais (IBGE, 2017) com cálculos próprios.


Figura 3 – Distribuição da população no Litoral Sul Fluminense/RJ (estimativa de
2017).

O Quadro 3 apresenta alguns indicadores da distribuição da população no


Litoral Sul Fluminense/RJ. É possível observar que a população residente estimada
para 2017 é superior, em todos os municípios, à população registrada no Censo
Demográfico de 2010.
Estima-se que o número de residentes na região tenha aumentado 57% entre
2000 e 2017, embora a taxa de crescimento média anual tenha abrandado
ligeiramente no período 2010-2017 comparativamente com o período 2000-2010.
A população da região vive predominantemente em contexto urbano, com apenas
o município de Paraty a apresentar, em 2010, uma população rural superior a 20%
do total.

Quadro 3 – Indicadores de distribuição de população.

Municípios Região Litoral Sul Fluminense/RJ


Indicador Un. Ano Angra Manga- Total
Itaguaí Paraty
dos Reis ratiba
103 2000 119 82 25 30 256
População
103 2010 170 109 36 38 353
residente 3
10 2017* 195 122 42 41 401

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Municípios Região Litoral Sul Fluminense/RJ


Indicador Un. Ano Angra Manga- Total
Itaguaí Paraty
dos Reis ratiba
Taxa de %/Ano 2000-10 3,6% 2,9% 3,9% 2,4% 3,3%
crescimento 2010-
média anual %/Ano 2,0% 1,7% 2,2% 1,4% 1,8%
17*
114 78 20 14 226
103 (%) 2000
População (95,9%) (95,4%) (79,8%) (47,6%) (88,6%)
urbana 163 104 32 28 327
103 (%) 2010
(96,3%) (95,5%) (88,1%) (73,8%) (92,8%)
5 4 5 15 29
103 (%) 2000
População (4,1%) (4,6%) (20,2%) (52,4%) (11,4%)
rural 6 5 4 10 25
103 (%) 2010
(3,7%) (4,5%) (11,9%) (26,2%) (7,2%)
Área total Km2 - 825 274 359 925 2 384
Pessoas/
2010 205 398 102 41 148
Densidade km2
demográfica Pessoas/
2017* 236 446 118 45 168
km2
Notas: * - Estimativa do IBGE.
Fonte: Dados municipais (IBGE, 2016) com cálculos próprios.

Como é possível observar no Quadro 4, a população urbana aumentou em


todos os municípios em estudo, que obtiveram uma taxa de crescimento média
anual positiva, com destaque para o município de Paraty que viu a sua população
urbana crescer 7%/ano. Pelo contrário, a população rural diminuiu em Mangaratiba
e em Paraty, o que resultou numa diminuição da população rural em toda a região
(decrescimento a uma taxa média anual de -1,5%/ano). No geral, todos os
territórios em estudo verificaram um aumento no seu número de habitantes na
primeira década do presente século e essa tendência permanece até 2017.
Desta forma, é possível verificar que os municípios de Mangaratiba e de Paraty
sofreram, na década de 2000, um processo de migração da população rural para
áreas urbanas. A mesma tendência se observa no Estado do Rio de Janeiro, que
foi capaz de absorver os migrantes das zonas rurais e continuar a crescer, embora
a um ritmo menor comparativamente com os municípios do Litoral Sul Fluminense.

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Quadro 4 – Dinâmica populacional no Litoral Sul Fluminense/RJ e Estado do Rio de


Janeiro.

Taxa de crescimento média anual da população 2000-10


Território
Urbana Rural Total
Angra dos Reis 3,6% 2,3% 3,6%
Itaguaí 2,9% 2,6% 2,9%
Mangaratiba 4,9% -1,5% 3,9%
Paraty 7,0% -4,4% 2,4%
Total - Litoral Sul
3,8% -1,5% 3,3%
Fluminense
Estado do Rio de Janeiro 1,1% -0,8% 1,1%
Fonte: Dados estaduais e municipais (IBGE, 2016, 2017) com cálculos próprios.

Em 2017, o Litoral Sul Fluminense/RJ apresentava uma densidade


populacional de 168 hab./km2, sendo que o município de Itaguaí registrava o valor
mais alto da região, com 446 hab./km2. Segue-se o município de Angra dos Reis
(236 hab./km2), Mangaratiba (118 hab./km2) e, por fim, Paraty, que detinha o valor
mais baixo, com uma densidade de 45 hab./km2 (cf. Figura 4).

Fonte: Dados municipais (IBGE, 2017) com cálculos próprios.


Figura 4 – Densidade populacional na Região Litoral Sul Fluminense/RJ.

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Em 2010, a população dos municípios em análise encontrava-se equilibrada,


com o sexo feminino a representar 50,1% da população (cf. Quadro 5).
A população destes municípios era, também, muito jovem. O índice de
envelhecimento em 2010 era pouco superior a 24%, o que traduz sensivelmente a
existência de cerca de 4 jovens com 14 ou menos anos por cada pessoa com 65
ou mais anos. De fato, aproximadamente ¼ da população tinha menos de 15 anos
em 2010. Comparativamente, o Estado do Rio de Janeiro apresentava uma
população um pouco mais envelhecida (índice de envelhecimento de 42%) e
relativamente mais feminina (52,3% de população feminina).

Quadro 5 – Distribuição da população por gênero e por faixa etária (2010).

Região Litoral Sul Estado do Rio de Janeiro


Indicador Fluminense
Mil pessoas Proporção Mil pessoas Proporção
População residente 353 - 15 990 -
População masculina 176 49,9% 7 626 47,7%
População feminina 177 50,1% 8 364 52,3%
População por escalão de idade
Com menos de 1 ano 5 1,4% 195 1,2%
Com 1 a 4 anos 20 5,6% 792 5,0%
Com 5 a 9 anos 28 8,0% 1 093 6,8%
Com 10 a 14 anos 33 9,3% 1 305 8,2%
Com 15 a 24 anos 60 16,9% 2 573 16,1%
Com 25 a 34 anos 63 18,0% 2 687 16,8%
Com 35 a 44 anos 53 15,0% 2 333 14,6%
Com 45 a 64 anos 70 19,9% 3 583 22,4%
Com 65 e mais anos 21 5,9% 1 427 8,9%
Índice de envelhecimento 24,1% 42,2%
Fonte: Dados estaduais e municipais (IBGE, 2017) com cálculos próprios.

II.3.1.2 - Índice de desenvolvimento humano

O índice de desenvolvimento humano municipal (IDHM) é calculado com base


nos dados dos Censos realizados decenalmente no Brasil. Este índice de
desenvolvimento, tal como o IDH, afere o desenvolvimento das populações, em três
áreas: educação, renda e longevidade.

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Como se pode observar na Figura 5, o IDHM cresceu significativamente em


todos os municípios, acompanhando a tendência observada no Estado do Rio de
Janeiro. Mangaratiba é o município com a melhor classificação quer em 2000 como
em 2010 do IDHM (com um índice apenas ligeiramente inferior ao do Estado) e
Paraty o que possui a menor classificação (em 2000 e em 2010).
Em termos da evolução das componentes do IDHM, podemos verificar na
Figura 6 que os municípios do Litoral Sul Fluminense/RJ obtiveram um crescimento
em todas as vertentes do índice, embora apenas na componente longevidade os
resultados sejam idênticos ao do Estado do Rio de Janeiro, registrando valores
mais baixos nos restantes componentes.

0,753 0,761
0,724 0,715
0,693
0,664
0,642
0,599 0,589 0,583

ANGRA DOS REIS ITAGUAÍ MANGARATIBA PARATY RIO DE JANEIRO

IDHM 2000 IDHM 2010

Fonte: Dados estaduais e municipais (ADHB, 2017) com cálculos próprios.


Figura 5 – Evolução do IDHM nos Municípios do Litoral Sul Fluminense/RJ e Estado do
Rio de Janeiro.

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0,9
0,8
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
2000 2010 2000 2010 2000 2010
IDHM RENDA IDHM LONGEVIDADE IDHM EDUCAÇÃO

Angra dos Reis Itaguaí Mangaratiba Paraty Rio de Janeiro

Fonte: Dados estaduais e municipais (ADHB, 2017) com cálculos próprios.


Figura 6 – Evolução das componentes do IDHM nos Municípios do Litoral Sul
Fluminense/RJ e Estado do Rio de Janeiro.

A componente mais diferenciada entre os municípios em 2010 é a educação,


com Mangaratiba a apresentar um índice idêntico ao do Estado, e os restantes
municípios a apresentarem valores mais baixos, destacando-se negativamente o
município de Paraty.

II.3.2 - Comunidades tradicionais

II.3.2.1 - Quilombos

Os Quilombos são territórios com uma ocupação efetiva baseada na


ancestralidade e no parentesco, com tradições culturais próprias, o que lhes dá
uma identidade única.
Para a Fundação Cultural Palmares, a população remanescente de quilombos
pode ser definida como “grupos sociais afrodescendentes trazidos para o Brasil
durante o período colonial, que resistiram ou, manifestamente, se rebelaram contra
o sistema colonial e contra sua condição de cativo, formando territórios
independentes onde a liberdade e o trabalho comum passaram a constituir

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símbolos de diferenciação do regime de trabalho adotado pela metrópole” (FCP,


2017).
Na Região Litoral Sul Fluminense/RJ existem comunidades quilombolas
reconhecidas (ou em reconhecimento) nos municípios de Angra dos Reis, Paraty e
Mangaratiba. No total, 423 famílias vivem em cinco comunidades quilombos, em
uma área total aproximada de mil e quinhentos hectares (cf. Quadro 6).

Quadro 6 – Quilombos na Região Litoral Sul Fluminense/RJ.

Famílias Ano de
Comunidade Município Área total (ha)
(n. º) reconhecimento
2008, titulação em
Cabral Paraty 512,8478 50
processo
Campinho da
Paraty 287,94 120 Titulação em1999
Independência
Marambaia Mangaratiba 52,9939 124 Titulação em 2015
Área certificada em
Santa Rita do Angra dos
616,6503 129 1999, titulação em
Bracuí Reis
processo
Fonte: Mendonça, et al. (2017).

II.3.2.2 - Terra Indígena

De acordo com a Constituição Federal vigente, os povos indígenas detêm o


direito originário e o usufruto exclusivo sobre as terras que tradicionalmente
ocupam. As fases do procedimento demarcatório das terras tradicionalmente
ocupadas estão definidas por Decreto da Presidência da República e atualmente
são as seguintes: em estudo; delimitadas; declaradas; homologadas; regularizadas
e interditadas.
De acordo com os dados da FUNAI, na região Litoral Sul Fluminense/RJ
existem seis terras indígenas (cf. Quadro 7), todas atribuídas à etnia Guarani,
quatro no município de Paraty e duas no município de Angra dos Reis. Mais de
3.300 pessoas residiam nestas áreas em 2010.

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Quadro 7 – Terras Indígenas na Região Litoral Sul Fluminense/RJ.

População Fase do
Terra Indígena Município Área total (ha)
(2010) Processo
Araponga Paraty (em estudo) 246 Em estudo
Guarani
Paraty 213,2033 298 Regularizada
Araponga
Parati-Mirim Paraty 79,1997 133 Regularizada
Tekoha Jevy
Paraty 2370 -- Delimitada
(Rio Pequeno)
Guarani de
Angra dos Reis 2.127,8664 501 Regularizada
Bracui
Fonte: FUNAI (2017).

II.3.2.3 - Comunidades caiçaras

A população caiçara originou-se do assentamento de portugueses, entretanto


miscigenados com indígenas, mas também com negros, nos primórdios da época
colonial, que ocuparam a terra litorânea na condição de sesmeiros (beneficiários
de doação de terra para cultivo) e que, não dispondo de recursos para investir na
agricultura para exportação, construíram o seu modo de vida baseado na
agricultura de subsistência e na pesca, em grande intimidade com o ambiente. Esta
população desenvolveu uma cultura muito vasta onde incorpora elementos que vão
para além da pesca, como o compadrio, as novenas ou as folias, entre outros
hábitos (Mendonça, 2009).
Na região do Litoral Sul Fluminense/RJ estão identificadas 27 comunidades
caiçaras, 8 em Angra dos Reis, 10 em Paraty, 6 em Itaguaí e 3 em Mangaratiba. A
densidade demográfica nestas comunidades é bastante variada, havendo várias
com menos de 100 habitantes, como na Praia das Flechas (Angra dos Reis) com
apenas 40 habitantes, que contrastam com comunidades como Perequê (Angra
dos Reis) com 36.000 habitantes ou com a comunidade do Rio da Guarda e
Afluentes (Itaguaí), com 15.000 habitantes (cf. Quadro 8).

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Quadro 8 – Comunidades caiçara na Região Litoral Sul Fluminense/RJ.

Município Comunidade Habitantes


Parnaioca- Aventureiro (Ilha Grande) 95
Longa (Ilha Grande) 200
Praia das Flechas 40
Vila Histórica 900
Angra dos Reis Praia Vermelha 350
Praia Grande de Araçatiba 219
Matariz 365
Perequê 36.000
Frade e Praia do Recife (*1) n.d.
Tarituba 430
Praia Grande 193
Ilha do Araújo 625
Ilha do Algodão 250
Saco do Mamanguá 143
Praia Grande da Cajaíba 193
Pouso da Cajaíba 273
Paraty Ponta Negra 150
Praia do Sono 300
Trindade 1.500
São Gonçalo, Ilha do Cedro, Ponta Grossa,
Paraty-Mirim, Calhaus, Saco Claro, Saco da
Sardinha, Ponta da Juatinga, Sumaca, n.d.
Rombuda, Martim de Sá, Saco das Enxovas,
Cairuçu das Pedras (*1)
Ilha da Madeira 3.000
Coroa Grande 10.000
Ilha do Martins 20
Itaguaí
Ilha de Itacuruçá 1.200
Bairro Brisamar 5.000
Comunidade do Rio da Guarda e Afluentes 15.000
Ilha de Marambaia* 360
Mangaratiba Praia do Sahy 1.500
Muriqui 2.500
* Inclui comunidade Quilombola
Fonte: Mineral Engenharia e Meio Ambiente (2012); (*1) Petrobras (2017).

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II.3.3 - Atividades econômicas

II.3.3.1 - Emprego

Em 2010, cerca de 172 mil pessoas eram economicamente ativas nos quatro
munícipios em análise (cf. Quadro 9). Mangaratiba e Paraty, os municípios com
menor número de habitantes, tinham 18 e 20 mil pessoas economicamente ativas,
respectivamente. Os restantes possuíam entre 52 mil habitantes economicamente
ativos (Itaguaí) e 83 mil habitantes economicamente ativos (Angra dos Reis).

Quadro 9 – População economicamente ativa.

Municípios Região Litoral Sul


Fluminense/RJ
Indicador Total
Angra Manga-
Itaguaí Paraty
dos Reis ratiba
População
economicamente ativa 83,1 52,0 17,9 19,5 172,4
(103/ % nas pessoas com (57,4%) (56,2%) (56,7%) (61,8%) (57,4%)
10 e mais anos)
Taxa de desocupação (%) 8,6% 12,0% 7,5% 4,7% 9,0%
Fonte: Dados municipais (IBGE, 2017) com cálculos próprios.

Estes valores representavam entre 56% e 62% do total da população com 10


e mais anos nos municípios em análise (maior taxa de atividade em Paraty e menor
em Itaguaí). Em média e nos quatro municípios, 57% da população com 10 e mais
anos era economicamente ativa em 2010. Em comparação, no Estado do Rio de
Janeiro, a taxa de atividade era um pouco inferior (56%), no mesmo ano.
Os valores relativos à população desocupada eram mais dissemelhantes entre
os municípios em análise, com uma taxa de desocupação entre os 4,7% de Paraty
e os 12% de Itaguaí. No Estado do Rio de Janeiro, em 2010, a taxa de desocupação
era de 8,5%, superior à de Mangaratiba e Paraty, mas inferior à registada em Angra
dos Reis e Itaguaí.
O perfil de ocupação por tipo de atividade, no ano de 2010, pode ser verificado
na Figura 7 para os municípios em análise. A atividade de comércio e reparação de
veículos ocupava cerca de 23 mil pessoas nos municípios em estudo, o que

Revisão 00
Relatório
10/2017
32 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

representava quase 15% do total de ocupados. Esta atividade do setor de serviços


é normalmente bastante significativa em áreas urbanas e relativamente
desenvolvidas. Em comparação, no Estado do Rio de Janeiro, a proporção que esta
seção de atividade representava no total era ligeiramente superior (18%).
A segunda seção de atividade mais representativa nos quatro municípios, em
2010, era a construção (13%). As indústrias de transformação ocupavam uma
posição relativamente importante no total do emprego da região (10%). Esta
proporção era relativamente superior ao que ocorria no Estado do Rio de Janeiro,
em que as indústrias de transformação ocupavam 9% da população em 2010.
Desta forma, em 2010, os municípios em análise apresentavam um perfil de
emprego diversificado, com uma importância acrescida do comércio, mas também
da construção e da indústria.

Fonte: Dados municipais (IBGE, 2017) com cálculos próprios.


Figura 7 – Proporção de pessoas ocupadas por atividade na Região Litoral Sul/RJ.

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Relatório
10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 33

II.3.3.2 - Desenvolvimento econômico

O Produto Interno Bruto (PIB) a preços de mercado corresponde ao valor


adicionado bruto (VAB) de todos os setores de atividade de uma economia em
determinado ano, acrescidos dos impostos sobre produtos e excluindo eventuais
subsídios à produção.
De acordo com os últimos dados publicados pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE, 2017), o PIB estimado dos municípios em análise
equivalia a cerca de R$ 23 bilhões de reais em 2014 (a preços correntes).
A evolução do PIB nestes municípios, de 2000 a 2014, pode ser verificada na
Figura 8. As principais economias da região Litoral Sul Fluminense/RJ são Angra
dos Reis e Itaguaí, representando cada um destes municípios 35% do PIB total da
região em 2014. A produção econômica de Paraty tem crescido de forma muito
significativa desde 2010, tendo este município superado Mangaratiba como a
terceira maior economia da região em 2012.

25

4
20

3 3
3
15 2 3
R$ Bilhões

3
1 2
2 8
1 1
10 2 2 6 7
5
2 5
4 3
2 2 1 3
5 1 1 2 2
2 8
2 2 6 6 7 7 6
5 5
3 4 4
2 2
0
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Angra dos Reis Itaguaí Mangaratiba Paraty

Os rótulos apresentados nas barras referem-se ao PIB do município, em R$ bilhões.


Fonte: Dados municipais (IBGE, 2017).
Figura 8 – Evolução do PIB (a preços correntes) na Região Litoral Sul Fluminense/RJ.

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Relatório
10/2017
34 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

O crescimento médio anual, de 2002 a 2014, do valor adicionado bruto da


agropecuária, da indústria e do setor de serviços dos municípios da região Litoral
Sul Fluminense/RJ e do Estado pode ser verificado no Figura 9. Em geral, verifica-
se um grande crescimento da indústria na região, sobretudo em Paraty. O setor de
serviços tem crescido também de forma expressiva. No global, todos os setores
econômicos da região Litoral Sul têm crescido a uma taxa ligeiramente superior à
taxa do Estado do Rio de Janeiro.
Adicionalmente, é possível verificar que o crescimento da economia de Paraty
nos últimos anos deve-se, essencialmente, ao aumento da produção industrial.
Esta produção industrial refere-se, sobretudo, à extração de petróleo e gás natural
ao largo da sua área marítima (área contida entre as linhas de projeção dos limites
territoriais do município, até a linha de limite da plataforma continental). Nesta área
marítima do município de Paraty encontram-se parcialmente os campos de
Peregrino, Polvo e de Tubarão Martelo (bacia de Campos) (conferir quadro
seguinte). De forma idêntica, devido à metodologia do IBGE, também a produção
industrial dos municípios de Itaguaí e de Mangaratiba reflete a extração de petróleo
e gás natural no campo de Polvo. O benefício direto destes municípios prende-se
com o recebimento de royalties (porcentagem do valor da produção em cada
período).

50%
Taxa de crescimento média anual (2002-2014)

45%
40%
35%
30%
25%
20%
15%
10%
5%
0%
Angra dos Reis Itaguaí Mangaratiba Paraty Região Litoral Estado do Rio de
Sul/RJ Janeiro

Agropecuária Indústria Serviços

Fonte: Dados municipais (IBGE, 2017) com cálculos próprios.


Figura 9 – Crescimento do VAB por setores nos municípios da Região Litoral Sul
Fluminense/RJ de 2002 a 2014.

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Relatório
10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 35

Quadro 10 – Campos de produção confrontantes por município da Região Litoral Sul


Fluminense/RJ.

Município Campo de Produção Proporção


Itaguaí Polvo 20,1%
Mangaratiba Polvo 2,5%
Peregrino 40,5%
Paraty Polvo 47,4%
Tubarão Martelo 50,0%
Nota: Dados referentes ao mês de agosto de 2017.
Fonte: ANP (2017).

A distribuição de royalties estabelece uma proporção para os municípios


confrontantes e respectivas áreas geoeconômicas (que inclui também municípios
com instalações de processamento, tratamento e armazenamento, municípios que
são atravessados por gasodutos ou oleodutos e municípios contíguos) e para os
municípios afetados pelas operações de embarque e desembarque de
combustíveis fósseis.
Segundo a legislação e para os campos de exploração contratados até 2012,
a distribuição dos royalties é a seguinte:
• Parcela até 5%:
- União: 20%;
- Estados confrontantes: 22,5% (30% - 7,5%)
- Municípios dos Estados confrontantes: 7,5%;
- Municípios confrontantes ou integrantes da área geoeconômica: 30%;
- Municípios com instalações de embarque e desembarque: 10%;
- Fundo de Participação Estadual: 2%;
- Fundo de Participação Municipal: 8%.
• Parcela acima de 5%:
- União: 40%;
- Estados confrontantes: 22,5%;
- Municípios confrontantes: 22,5%;
- Municípios com instalações de embarque e desembarque: 7,5%;
- Fundo de Participação Estadual: 1,5%;
- Fundo de Participação Municipal: 6%.

Revisão 00
Relatório
10/2017
36 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

Esta distribuição foi alterada pela Lei nº 12.734, de 30/11/2012. Segundo esta
Lei, a proporção destinada aos municípios confrontantes e áreas geoeconômicas
diminuirá gradualmente de 2013 a 2019, quanto atingirá 4%. Contudo, esta nova
distribuição só é aplicada a novos contratos (após 2012). Desta forma, os campos
confrontantes da Região Litoral Sul Fluminense/RJ e já em produção não se
enquadram nesta nova distribuição de royalties.
Desta forma, a evolução recente do valor dos royalties recebidos pelos
municípios em análise (cf. Figura 10) traduz não só o aumento da produção
registrada até 2014 nos campos acima referidos, mas também a diminuição do
valor do petróleo nos mercados internacionais (desde meados do mesmo ano).
Denota-se, assim, uma diminuição significativa do valor dos royalties devidos pela
produção de gás natural e petróleo desde 2014 (o valor total nesse ano chegou a
cerca de 223 milhões de reais).

300

250

200
R$ Milhões

150

100

50

0
2007

2015
2002

2003

2004

2005

2006

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2016

Angra dos Reis Itaguaí Mangaratiba Paraty

Fonte: ANP (2017).


Figura 10 – Valores anuais recebidos de royalties e participação especial devidos da
produção de gás natural e petróleo na Região Litoral Sul Fluminense/ RJ.

Angra dos Reis (devido à existência de instalações portuárias e de


armazenamento) e Paraty (devido a confrontar três campos de produção) recebem
cerca de ⅓ cada do total de royalties da região do Litoral Sul Fluminense/RJ.

Revisão 00
Relatório
10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 37

II.4 - CONTEXTO AMBIENTAL

II.4.1 - Unidades de conservação

O quadro seguinte apresenta as unidades de conservação federais e estaduais


nos municípios da região Litoral Sul Fluminense/RJ, sua área, decreto de criação e
situação do plano de manejo.

Quadro 11 – Unidades de conservação federais e estaduais nos municípios da Região


Litoral Sul Fluminense/RJ.

Unidade de Área Decreto de Plano de


Municípios
conservação (ha) criação manejo
Proteção integral estaduais
Lei n.º 1.859,
Contemplado
Reserva Ecológica da 9.959,6 de 01/10/1991
Decreto n.º no Plano da Paraty
Juatinga (REJ) 4
17.981, de APA Cairucu
30/10/1992
Decreto n.º
15.273, de
26/06/1971
Parque Estadual da Ilha Decreto
12.052 Sim Angra dos Reis
Grande (PEIG) estadual n.º
40.602, de
12/02/2007
(ampliação)
Decreto n.º Mangaratiba, Angra
Parque Estadual
38.053 41.358, de 13 Sim (*) dos Reis,
Cunhambebe (PEC)
/05/2008 Rio Claro e Itaguaí
Decreto n.º
4.972, de
Reserva Biológica
02/12/1981 Em
Estadual da Praia do Sul 3.600 Angra dos Reis
Lei n.º 6793 elaboração
(RBPS)
de 28 de Maio
de 2014
Uso sustentável estaduais
Decreto n.º
Em
APA de Mangaratiba 24.483 9.802, de Mangaratiba
elaboração
12/03/1987

Revisão 00
Relatório
10/2017
38 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

Unidade de Área Decreto de Plano de


Municípios
conservação (ha) criação manejo
Sim
(revisão
Decreto no instituída pelo
APA de Tamoios 20.636 9.452, de Decreto nº Mangaratiba e Paraty
05/12/1982 44.175/13, de
25 de abril de
2013)
Decreto n.º
15.983, de
27/11/1990
Lei n.º 6793
de 28 e Maio
Reserva de
de 2014
Desenvolvimento
1.778 (recategoriza Não Angra dos Reis
Sustentável do
o parque
Aventureiro
como Reserva
de
Desenvolvime
nto
Sustentável)
Miguel Pereira,
Paracambi, Pirai,
Engenheiro Paulo de
Decreto n.º
APA do Rio Guandu Em Frontin, Itaguai,
74.272 40.670, de
(marginalmente) elaboração Seropedica, Nova
22/03/2007
Iguacu, Japeri,
Queimados,
Vassouras e Rio Claro
Proteção integral federal
Decreto nº
Estação Ecológica de 98.864, de 23 Angra dos Reis,
8.700 Sim
Tamoios de janeiro de Paraty
1990

Revisão 00
Relatório
10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 39

Unidade de Área Decreto de Plano de


Municípios
conservação (ha) criação manejo
Decreto
Ubatuba, Cunha, São
Federal n°
José do Barreiro,
68.172, de 04
Areias, Angra dos
PARNA da Serra da de fevereiro
104.000 Sim Reis, Paraty
Bocaína Decreto
Zona de
Federal n°
amortecimento: Banan
70.694, de 08
al, Arapeí e Silveiras
de junho
Uso sustentável federal
Decreto nº
89.242 de 27
de dezembro
de 1983
APA de Cairuçu 34.691 Sim Paraty
Decreto nº
8.775, de 11
de maio de
2016
Fonte: SEA/INEA (2011); * INEA (2017); ICMBIO (2017)

II.4.2 - Recursos hídricos


A região Litoral Sul Fluminense abrange integralmente a região hidrográfica
RH1 – Baía da Ilha Grande (região formada pelos municípios de Angra dos Reis,
Paraty e parte de Mangaratiba) e parcialmente a região hidrográfica RH2 – Guandu.
O Boletim Consolidado de Qualidade das Águas das Regiões Hidrográficas do
Estado do Rio de Janeiro do INEA apresenta a média dos resultados do
monitoramento dos corpos de água doce, por meio da aplicação do Índice de
Qualidade de Água (IQANSF). Este índice consolida em um único valor os
resultados dos parâmetros: Oxigênio Dissolvido, Demanda Bioquímica de
Oxigênio, Fósforo Total, Nitrogênio Nitrato, Potencial Hidrogeniônico, Turbidez,
Sólidos Dissolvidos Totais, Temperatura da Água e do Ar e Coliformes
Termotolerantes.
A média dos resultados do IQANSF para os anos 2015 e 2016 é apresentado
nos quadros abaixo, para os municípios da Região Litoral Sul Fluminense/RJ.

Revisão 00
Relatório
10/2017
40 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

Quanto à qualidade das praias da mesma região, a qualificação do INEA para


o ano 2016 encontra-se disponível para 30 praias: 9 do município de Paraty, 20 do
município de Angra dos Reis, e uma no município de Mangaratiba. Das 30 praias,
12 apresentaram classificação ótima, 11 boa, uma má e seis péssima. As praias de
Paraty foram as que apresentam melhores resultados (as qualificações foram boas
ou ótimas).

Quadro 12 – Média dos resultados do IQANSF em 2015 e 2016

Estação de IQA NSF média IQA NSF média


Localização Município
amostragem (2015) (2016)
RH1
BC0060 Rio Bracuí Angra dos Reis 65,1 (*2) 64,7 (*1)
Rio da Barra 71,1 (*1)
BG0040 Paraty 59,4 (*2)
Grande
CA0010 Rio Campo Alegre Angra dos Reis 65,0 (*2) 66,2 (*1)
CG0010 Rio Cantagalo Angra dos Reis 59,8 (*2) 63,6 (*1)
CR0070 Rio Corisco Paraty 60,9 (*2) 58,7 (*1)
CT0050 Rio Caputera Angra dos Reis 62,1 (*2) 60,8 (*1)
Rio do Frade 70,1 (*1)
FR0010 Angra dos Reis 58,1 (*2)
(Ambrósio)
GU0100 Rio Grauna Paraty 64,9 (*2) 76,6 (*1)
JC0010 Rio Jacuecanga Angra dos Reis 76,6(*2) 75,3 (*1)
JM0030 Rio Jurumirim Angra dos Reis 54,4 (*2) 64,4 (*1)
MB0080 Rio Mambucaba Angra dos Reis 58,5 (*2) 64,4 (*1)
ME0020 Rio dos Meros Paraty 62,8 (*2) 62,6 (*1)
Rio do Meio 37,2 (*1)
MI0010 Angra dos Reis 43,6 (*2)
(Japuíba)
PE0024 Rio Perequeaçu Paraty 53,1 (*2) 54,1 (*1)
(*2)
PM0090 Rio Parati-Mirim Paraty 69,1 68,4 (*1)
RH2
CA140 Rio Cação Itaguaí 38,1 (*1) 58,9 (*3)
GR100 Rio da Guarda Itaguaí 32,4 (*1) 49,6 (*3)
IG301 Rio Itaguaí Itaguaí 29,9 (*1) 42,0 (*3)
PM360 Rio Piranema Itaguaí 32,7 (*1) 27,3 (*3)
IG010 Rio Ingaíba Mangaratiba 66,6 (*2) 65,4 (*1)
IU100 Rio Itinguçú Mangaratiba 70,5 (*1) 72,2 (*3)

SA030 Rio Santo Antônio Mangaratiba 60,0 (*2) 65,1 (*1)


SC490 Rio do Saco Mangaratiba 42,1 (*1) 55,0 (*3)

Revisão 00
Relatório
10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 41

Estação de IQA NSF média IQA NSF média


Localização Município
amostragem (2015) (2016)
SH300 Rio Sahy Mangaratiba 53,4 (*1) 69,6 (*3)
Fonte: INEA (2015a; 2016)
*1 Amostragens realizadas num mês; *2 Amostragens realizadas em 3 meses; *3 Amostragens realizadas em 2 meses

Categoria Excelente Boa Média Ruim Muito ruim

IQA NSF 100≥ IQA≥ 90 90>IQA≥70 70>IQA≥50 50>IQA≥25 25≥IQA≥0


Águas impróprias para
tratamento convencional visando
Águas apropriadas para tratamento convencional
Significado abastecimento público, sendo
visando o abastecimento público
necessários tratamentos mais
avançados

II.4.3 - Saneamento ambiental


O quadro seguinte resume os índices de atendimento relativos ao saneamento
básico nos municípios da região Litoral Sul Fluminense/RJ.

Quadro 13 – Índices de atendimento relativos ao saneamento básico nos municípios da


região Litoral Sul Fluminense/RJ

Taxa de
População cobertura da
Índice de
urbana Índice de coleta de
atendimento População
Município atendida com coleta de urbana resíduos
urbano de atendida com
abastecimento esgoto domiciliares
água esgotamento
de água sanitário em relação à
pop. urbana
Angra dos Reis 94,75 171.845 62,87 86.606 100

Itaguaí 88,99 101.286 34,71 46.662 100*2


Mangaratiba 91,00 32.697 10,94 5.316 100
Paraty 100,00 29.862 n.d. n.d. 100*1
Fonte: SNIS, 2015a,b, exceto: * INEA, 2015b (dados inferidos do Plano Municipal de Saneamento Básico de Paraty); *2
1

SNIS, 2013

De acordo com o SNIS (2015a), em Paraty, 70% de pessoas são atendidas por
sistema alternativo principal de esgoto (fossas sépticas/sumidouros).

A gestão do sistema de limpeza urbana e o manejo dos resíduos sólidos em


Angra dos Reis são exercidos pela Secretaria Executiva de Serviço Público
(SESEP) e sua operação é realizada por empresas de iniciativa privada e pela
Prefeitura. Os resíduos sólidos domiciliares coletados no Município de Angra dos

Revisão 00
Relatório
10/2017
42 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

Reis são encaminhados para destinação final no aterro sanitário da CTR Costa
Verde Ltda. (Prefeitura Municipal de Angra dos Reis, 2017).
No município de Paraty a Secretaria de Obras e Transportes é responsável
pelos serviços de limpeza pública e coleta de lixo, possuindo contratos de prestação
de serviços referentes à coleta, transporte e destinação final dos resíduos. Os
resíduos sólidos urbanos gerados em Paraty são encaminhados para disposição
final no aterro sanitário da CTR Costa Verde, localizada no bairro Ariró, em Angra
dos Reis (EcoX Ambiental, 2015).
No município de Mangaratiba/RJ a gestão dos resíduos sólidos é de
competência da Secretaria de Serviços Públicos e Transporte. No que se refere ao
tratamento e destinação final de resíduos, Mangaratiba conta com os serviços
terceirizados do Centro de Tratamentos de Resíduos – CTR/SERB, localizado no
Município de Seropédica/RJ bem como com centro de tratamento Bongaba,
localizado no Município de Magé/RJ, que realiza o tratamento dos resíduos de
serviço de saúde (Prefeitura Municipal de Mangaratiba, s.d).
Os resíduos do município de Itaguaí são encaminhados para a Central de
Tratamento de Resíduos Sólidos (CTR) localizada no município de Seropédica,
composta por um aterro sanitário e unidades de tratamento de resíduos de poda
(SEA/INEA, 2013).
Embora a CTR tenha sido concebida como uma solução exclusiva para o
município do Rio de Janeiro, na prática, acabou por acolher resíduos dos
municípios de Seropédica e de Itaguaí. Assim, ainda que não formalmente
consorciados, na prática o CTR – Rio representa uma solução compartilhada entre
os três municípios (Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, 2015).
A Companhia Municipal de Limpeza Urbana – Comlurb da Cidade do Rio de
Janeiro assinou um Contrato de Concessão com a empresa CICLUS que tem como
objeto a implantação, operação e manutenção de transbordos (Estações de
Transferência de Resíduos – ETRs) e do Centro de Tratamento de Resíduos –
CTR-Rio, em Seropédica. A CICLUS recebe todo o resíduo sólido urbano a ela
enviado pela COMLURB e também recebe o lixo dos municípios de Itaguaí e
Seropédica, além de ter contrato de prestação de serviços para receber resíduos
de outras municipalidades como Mangaratiba, Queimados e Miguel Pereira
(Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, 2015).

Revisão 00
Relatório
10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 43

III - EMPREENDIMENTOS

III.1 - INTRODUÇÃO

No presente capítulo apresenta-se um conjunto de empreendimentos em


curso e previstos para os municípios da Região Litoral Sul Fluminense/RJ, e área
marítima envolvente.
Os empreendimentos reportam-se à infraestrutura energética de petróleo e
gás natural (seção III.2 - Petróleo e Gás Natural) e a um conjunto de grandes
empreendimentos (seção III.3 - infraestruturas portuárias, seção III.4 - usina
nuclear, seção III.5 - arco metropolitano do Rio de Janeiro), cujas características
podem modificar o quadro socioeconômico ou ambiental da região.

Revisão 00
Relatório
10/2017
44 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

III.2 - PETRÓLEO E GÁS NATURAL


III.2.1 - Introdução
A atividade de exploração de petróleo e gás natural na Bacia de Santos foi
iniciada na década de 70, originalmente em águas pouco profundas, avançando
progressivamente para águas profundas e ultraprofundas, até atingir a camada do
Pré-Sal.
Em 2003 foi descoberto o principal campo de gás não associado1 do País, o
Campo de Mexilhão, no Bloco BS 400 na Bacia de Santos, próximo à costa de
Caraguatatuba, com reservas totais de 49 bilhões de m³ de gás natural, e horizonte
de exploração comercial mínimo de 20 anos.
A descoberta do Pré-Sal deu-se com a perfuração de um poço no atual Campo
de Lula, em 2006 (Mineral Engenharia e Meio Ambiente, 2014).
Os denominados reservatórios do Pré-Sal apresentam uma área com cerca de
800 km de extensão e 200 km de largura, que vai do litoral de Santa Catarina ao
litoral do Espírito Santo, em águas entre os 2 e os 3 mil metros de profundidade.
Em 2007 foi descoberta a maior jazida de óleo e gás natural do país no campo
petrolífero de Tupi, Polo Pré-sal, na Bacia de Santos, com volume de
aproximadamente 8 bilhões de barris, ou 12 bilhões de barris de óleo equivalente
– BOE (Teixeira, L., 2013).
Tupi fica na região central do Polo Pré-Sal, na Bacia de Santos, a
aproximadamente 170 km da plataforma de Mexilhão, sendo essa uma das rotas
de escoamento do gás produzido no Pré-Sal (Teixeira, L., 2013).
A operação no pré-sal da Bacia de Santos começou em maio de 2009, por meio
de um Teste de Longa Duração (TLD) realizado pelo FPSO BW Cidade de São
Vicente na área de Tupi (hoje chamada de Campo de Lula).
Os TLD e os Sistemas de Produção Antecipada (SPAs) têm como objetivo
testar a capacidade e o comportamento dos reservatórios de petróleo. Os dados
desta forma obtidos permitem efetuar o planejamento dos Pilotos e
Desenvolvimentos de Produção (DPs). A duração destes testes é em média de seis

1
Produzido a partir de jazidas puramente de gás

Revisão 00
Relatório
10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 45

meses. O SPA tem as mesmas características do TLD, tendo denominação


diferenciada em virtude de ocorrer após a declaração de comercialidade do campo
onde será realizado.
Os projetos Piloto e de DP apresentam como finalidade a produção de gás
natural e petróleo e apresentam uma duração média de aproximadamente 25 anos.
A produção nos poços do pré-sal é desenvolvida por navios-plataforma do tipo
FPSO (Floating Production, Storage and Offloading) que possuem no convés uma
unidade de tratamento para separar o petróleo do gás natural. Depois de separado
do gás natural, o petróleo é armazenado nos tanques dos navios-plataforma e
periodicamente transferido para um navio aliviador. Parte do gás é escoado através
de uma malha de dutos que interligam os navios-plataforma do Polo Pré-sal até a
UTGCA. Outra parte segue via gasoduto chamado Rota 2 para a Unidade de
Tratamento de Gás de Cabiúnas.
Em outubro de 2010 teve início o Piloto de Lula através do FPSO Cidade de
Angra dos Reis, iniciando a produção de petróleo e gás. O poço 9-RJS-660 é o
primeiro dos seis poços de produção a ser conectado ao FPSO, sendo o primeiro
a produzir petróleo e gás comercialmente no pré-sal da Bacia de Santos. Desde
abril de 2011 também está interligado a este FPSO o poço 9-RJS-665, o qual é
responsável pela injeção de gás rico em CO2 no reservatório.
O projeto do TLD de Guará teve início ainda em 2010, enquanto os TLD de
Tupi Nordeste e Carioca Nordeste começaram a sua atividade em 2011. Em 2012,
para além da descoberta das áreas de Franco, Nordeste de Tupi e Sul de Guará, o
TLD de Iracema foi realizado.
O crescente conhecimento da área do Pré-Sal permitiu o desenvolvimento de
novos projetos de exploração e produção, notadamente, os projetos da Etapa 1 e
da Etapa 2.
Em 2013, foi iniciada a produção do Piloto de Sapinhoá, integrante do projeto
Etapa 1 do Pré-sal. Foram ainda descobertas as áreas de Florim e Sul de Tupi,
iniciada a produção do Piloto de Lula Nordeste e realizados três SPA (Sapinhoá
Norte, Lula Central e Lula Sul).
Em 2014 foi iniciada a produção do Desenvolvimento de Produção (DP) de
Sapinhoá Nordeste, integrante do projeto Etapa 2.

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10/2017
46 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

A Leste dos municípios da região Litoral Sul Fluminense, encontra-se a Bacia


de Campos, a maior produtora de hidrocarbonetos do Brasil. Ela se estende das
imediações da cidade de Vitória (Espírito Santo) até Arraial do Cabo, no litoral norte
do Rio de Janeiro, em uma área de aproximadamente 100 mil quilômetros
quadrados. O primeiro campo com volume comercial descoberto foi Garoupa, em
1974, a 124 metros de profundidade.

III.2.2 - Produção e escoamento de petróleo e gás natural no Polo


Pré-Sal da Bacia de Santos: Etapas 1, 2 e 3

A Petrobras é a empresa responsável pelas Etapas 1, 2 e 3 da produção e


escoamento de petróleo e gás natural no Polo Pré-Sal da Bacia de Santos, cujo
órgão licenciador é o IBAMA.
Os projetos associados à Etapa 1 previam a realização de:
• Quatro Sistemas de Produção Antecipada (SPAs), nos Blocos BM-S-
9 (Sapinhoá) e BM-S-11 (Lula);
• Sete Testes de Longa Duração (TLDs), nos Blocos BM S 8 (Bem-te-
vi), BM-S-10 (Paraty), BM-S-11 (Lula e Iara – atuais campos de
Berbigão e Sururu) e BM-S-24 (Júpiter);
• Dois Pilotos de Produção, nos Blocos BM-S-9 (Sapinhoá) e BM-S-11
(Lula);
• Um projeto de Desenvolvimento de Produção (DP), no Bloco BM-S-
11 (Lula);
• Três trechos de gasodutos para escoamento do gás produzido nas
unidades de produção.
Relativamente aos SPAs, já foram concluídos o de Sapinhoá Norte, de Lula
Sul, de Lula Central e Iara Oeste (atual campo de Berbigão). Os projetos de
produção da Etapa 1 já estão operando: no campo de Lula operam o FPSO Cidade
de Paraty e o FPSO Cidade de Mangaratiba e no campo de Sapinhoá opera o
FPSO Cidade de São Paulo.
O gás natural dos navios-plataformas é escoado por meio de gasodutos que
se interligam com o gasoduto de Mexilhão, que leva o produto até a Unidade de

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10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 47

Tratamento de Gás Monteiro Lobato, instalada na cidade paulista de


Caraguatatuba.

Quadro 14 – Licenças (prévia, de instalação e de operação) correspondentes aos


empreendimentos da Etapa 1

Etapa 1
Licenças
Descrição Prazo/Estado
(LP, LI e LO)*
Atividade de Produção e Escoamento de Petróleo
Em
LP n.º 0439/2012 e GN do Polo Pré-Sal da Bacia de Santos – Etapa
renovação
1
SPA Sapinhoá Norte;
Piloto de Lula NE e Sapinhoá;
LI n.º 890/2012 Encerrada
Gasodutos: Sapinhoá – Lula; Lula – Lula NE; Lula
NE – Iracema
Piloto do Sistema de Sapinhoá Em
LI n.º 903/2012
(FPSO Cidade de São Paulo) renovação
Piloto do Sistema de Sapinhoá Em
LO n.º 1120/2012
(FPSO Cidade de São Paulo) renovação
Piloto do Sistema de Lula NE Em
LI n.º 922/2013
(FPSO Cidade de Paraty) renovação
SPA Lula Sul
LI n.º 932/2013 Encerrada
(FPSO BW Cidade de São Vicente)
SPA de Sapinhoá Norte
LO n.º 1121/2013 Encerrada
(FPSO BW Cidade de São Vicente)
Em
LO n.º 1125/2013 Gasodutos: Sapinhoá – Lula e Lula NE – Lula
renovação
Piloto do Sistema de Lula NE Em
LO n.º 1157/2013
(FPSO Cidade de Paraty) renovação
SPA de Lula Central
LO n.º 1194/2013 Encerrada
(FPWSO Dynamic Producer)
SPA Lula Sul
LO n.º 1195/2013 Encerrada
(FPSO BW Cidade de São Vicente)
DP de Lula - Área de Iracema Sul Em
LI n.º 1002/2014
(FPSO Cidade de Mangaratiba) renovação
LO n.º 1246/2014 TLD de Iara Oeste (FPWSO Dynamic Producer) Encerrada
DP de Lula - Área de Iracema Sul (FPSO Cidade
LO n.º 1263/2014 6/10/2018
de Mangaratiba)
LO n.º 1326/2016 Gasoduto: Lula NE – Iracema 29/01/2026

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Relatório
10/2017
48 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

Etapa 1
Licenças
Descrição Prazo/Estado
(LP, LI e LO)*
LI n.º 1177/2017 TLD Iara Horst (atual SPA Sururu) 21/07/2019
Legenda:
LP – Licença Prévia; LI – Licença de Instalação; LO – Licença de Operação
TLD – Teste de Longa Duração; SPA – Sistema de Produção Antecipada; DP – Desenvolvimento de Produção;
FPSO – Floating Production, Storage and Offloading
*ordem cronológica

Os projetos associados à Etapa 2 contemplam a realização de:


• Um SPA, no Bloco BM-S-11 (Campo de Lula);
• Seis TLDs, na Área de Cessão Onerosa (áreas de Nordeste de Tupi,
Franco, Entorno de Iara e Florim);
• 13 DPs, no Bloco BM-S-11 (Campo de Lula), Área da Cessão
Onerosa (Campo de Franco2) e no Bloco BMS-9 (Campos de
Sapinhoá e Carioca3);
• 15 trechos de gasodutos.

O primeiro projeto definitivo de produção da Etapa 2 iniciou sua operação em


novembro de 2014 por meio do FPSO Cidade de Ilhabela (Sapinhoá Norte, Campo
de Sapinhoá). Em julho de 2015, foi iniciada a produção do FPSO Cidade de Itaguaí
(Iracema Norte, no campo de Lula). Em fevereiro de 2016 foi iniciada a produção
do FPSO Cidade de Maricá (na área de Lula Alto), em julho de 2016 a produção do
FPSO Cidade de Saquarema (em Lula Central), e em dezembro de 2016 a
produção do FPSO Cidade de Caraguatatuba (em Lapa Nordeste). No ano de 2017,
em maio foi iniciada a operação do FPSO P-66 (em Lula Sul).

2
Atual Búzios
3
Atual Lapa Nordeste (Portal Comunica Bacia de Santos, 2017a)

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10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 49

Quadro 15 - Licenças (prévia, de instalação e de operação) correspondentes aos


empreendimentos da Etapa 2

Licenças Etapa 2
Licenças
Descrição Prazo
(LP, LI e LO)*
Atividade de Produção e Escoamento de Petróleo e
LP n.º 491/2014 12/09/2018
GN do Polo Pré-Sal da Bacia de Santos – Etapa 2
LI n.º 1023/2014 DP Sapinhoá Norte (FPSO Cidade de Ilhabela) 22/09/2018

LO n.º 1274/2014 DP Sapinhoá Norte (FPSO Cidade de Ilhabela) 19/11/2018


TLD do Entorno de Iara (FPSO BW Cidade de São
LI n.º 1042/2015 Encerrada
Vicente)
DP Lula, área de Iracema Norte (FPSO Cidade de
LI n.º 1056/2015 9/04/2019
Itaguaí)
LI n.º 1079/2015 DP Lula Alto (FPSO Cidade de Maricá) 11/09/2019

LI n.º 1091/2015 Gasodutos: Lula Extremo Sul, Lula Norte e Lula Sul 3/11/2019
TLD de NE de Tupi no campo de Sépia (FPSO BW
LI n.º 1092/2015 Encerrada
Cidade de São Vicente)
LI n.º 1099/2015 DP Lula Central (FPSO Cidade de Saquarema) 23/12/2019
TLD de Franco, poço 2-ANP-1 (FPWSO Dynamic
LO n.º 1284/2015 Encerrada
Producer)
TLD do Entorno de Iara (FPSO BW Cidade de São
LO n.º 1297/2015 Encerrada
Vicente)
DP Lula, área de Iracema Norte (FPSO Cidade de
LO n.º 1307/2015 30/07/2019
Itaguaí)
TLD de Franco SW, poço 3-RJS-699 (FPWSO
LO n.º 1318/2015 Encerrada
Dynamic Producer)
DP Lapa, área nordeste (FPSO Cidade de
LI n.º 1113/2016 28/04/2020
Caraguatatuba)
Gasoduto: Lula Norte – Franco Nordeste
LI n.º 1124/2016 11/07/2020
(trecho profundo do Gasoduto Rota 3)
TLD Florim, atual SPA de Itapú (FPSO BW Cidade
LI n.º 1131/2016 5/09/2018
de São Vicente)
LI n.º 1139/2016 DP Lula Sul (FPSO P-66) 13/12/2020

LO n.º 1327/2016 DP Lula Alto (FPSO Cidade de Maricá) 28/01/2020


TLD de NE de Tupi (poço 1-RJS-691), atual SPA
LO n.º 1330/2016 Encerrada
de Sépia (FPSO BW Cidade de São Vicente)

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Relatório
10/2017
50 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

Licenças Etapa 2
Licenças
Descrição Prazo
(LP, LI e LO)*
LO n.º 1341/2016 DP Lula Central (FPSO Cidade de Saquarema) 4/07/2020
TLD Franco Leste, atual SPA de Búzios 4, poço
LO n.º 1342/2016 Encerrada
9-BUZ-4-RJ (FPWSO Dynamic Producer)
DP Lapa, área nordeste (FPSO Cidade de
LO n.º 1348/2016 25/08/2020
Caraguatatuba)
LO nº 1387/2017 DP Lula Sul (FPSO P-66) 25/05/2021
TLD Florim, atual SPA de Itapú (FPSO BW Cidade
LO nº 1370/2017 01/02/2019
de São Vicente)
Legenda:
LP – Licença Prévia; LI – Licença de Instalação; LO – Licença de Operação
TLD – Teste de Longa Duração; SPA – Sistema de Produção Antecipada; DP – Desenvolvimento de Produção;
FPSO – Floating Production, Storage and Offloading
*ordem cronológica

Os trechos de gasoduto dos projetos das Etapas 1 e 2 afluem a três sistemas


de gasodutos principais, denominados Rota 1, Rota 2 e Rota 3, que conduzem o
gás natural a Unidades de Tratamento de Gás, na costa.
O óleo produzido durante a fase de produção é transportado por meio de
navios-aliviadores para terminais terrestres.
A figura seguinte representa a distribuição espacial dos blocos e respectivos
projetos associados à Etapa 1.

Revisão 00
Relatório
10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 51

Fonte: ICF (2013)


Figura 11 – Distribuição dos projetos e blocos associados à Etapa 1.

A figura seguinte representa a distribuição espacial dos blocos e Área de


Cessão Onerosa e respectivos projetos associados à Etapa 2.

Revisão 00
Relatório
10/2017
52 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

Fonte: Mineral Engenharia e Meio Ambiente (2014)


Figura 12 – Distribuição dos projetos e blocos associados à Etapa 2.

Em 2017 a Petrobras requereu do IBAMA a Licença Prévia para a Etapa 3 do


pré-sal.
Os projetos associados à Etapa 3 preveem a realização de (Mineral
Engenharia e Meio Ambiente, 2017):
• 11 projetos de curta duração:
- 1 Teste de Longa Duração (TLD);
- 9 Sistemas de Produção Antecipada (SPAs);
- 1 Piloto de Curta Duração (PCD).
• 12 projetos de longa duração:
- 11 Projetos de Desenvolvimentos de Produção
- (DPs) e seus sistemas de escoamento de gás;
- 1 Piloto de Longa Duração (PLD)

Revisão 00
Relatório
10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 53

O sistema de escoamento de gás dos DPs inclui a instalação de gasodutos,


que vão se conectar a outros gasodutos já existentes ou em licenciamento no pré-
sal da Bacia de Santos. Os trechos variam de 7 a 36 km.
O Quadro 16 lista os empreendimentos do Projeto Etapa 3 associando a qual
bloco e campo eles pertencem. Os empreendimentos estão localizados a, no
mínimo, 170 km2 da costa do litoral dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, em
profundidades acima de 1.600 m, abaixo do solo marinho.

Quadro 16 – Atividades do Projeto Etapa 3, blocos e campos

Bloco/Área Campo Empreendimento


SPA de Sururu 3
BM-S-11 / Iara Sururu
DP Sururu
BM-S-11 / Tupi
DP de Lula Sul 3
Cessão Onerosa* / Sul de Lula / Sul de Lula
DP de Lula Oeste
Tupi
Piloto de Júpiter (Piloto de
BM-S-24 / Júpiter Não declarada
Curta Duração)
comercialidade
BM-S-50 / Sagitário TLD de Sagitário
Cessão Onerosa / Florim Itapu DP de Itapu
SPA de Búzios 5
SPA de Búzios Safira
SPA de Búzios Berilo
Cessão Onerosa / Franco Búzios SPA de Búzios Turquesa
SPA de Búzios Turmalina
DP de Búzios 5
DP de Búzios 6

SPA do Complementar de
Cessão Onerosa /
Atapu
Entorno de Iara e BM-S-11 / Atapu
DP de Atapu 1
Iara
DP de Atapu 2

Cessão Onerosa / NE de Tupi SPA de Sépia 2


Sépia
e BM-S-24 DP de Sépia
Cessão Onerosa / Sul de
Sul de Sapinhoá SPA de Sul de Sapinhoá
Guará

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Relatório
10/2017
54 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

Bloco/Área Campo Empreendimento


Piloto de Libra (Piloto de
Não declarada Longa Duração)
Libra
comercialidade DP de Libra 2 Noroeste
DP de Libra 3 Noroeste
Fonte: Mineral Engenharia e Meio Ambiente (2016), modificado em função de comunicação escrita da Petrobras (revisão 1
do RIMA com protocolo previsto para 23/10/2017).

O Plano de Negócios e Gestão 2017-21 apresenta 2018 como ano de início


previsto da Etapa 3.
A figura seguinte representa a distribuição espacial dos blocos/áreas de
Cessão Onerosa associados à Etapa 3.

Fonte: (Fig. II.2.1.4-1 - Localização das Unidades de Produção e Gasodutos - Mineral Engenharia do Ambiente,
setembro 2017)
Figura 13 – Distribuição dos blocos associados à Etapa 3.

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Relatório
10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 55

III.2.3 - Transferência de água de formação do TEBIG

Em 2016 foi convalidada pela Comissão Estadual de Controle Ambiental a


Licença de Operação (LO nº IN030951), da Empresa Transpetro, para linha de
transferência de água de formação de área principal (AP) para o sistema de
tratamento de efluentes da área de serviços auxiliares (ASA), com duto de 18' de
diâmetro e emissário submarino do efluente tratado, vazão de 150 m³/h (41,7l/s),
do Terminal Marítimo Almirante Maximiliano Fonseca, localizado no Município de
Angra dos Reis.
O Terminal Marítimo Almirante Maximiano da Fonseca, também conhecido
como Terminal da Baía da Ilha Grande (TEBIG) ou Terminal Aquaviário de Angra
dos Reis, está localizado no km 471 da rodovia BR-101, no município de Angra dos
Reis. Inaugurado em 1977, faz o transporte de petróleo e visa, por meio da
importação ou da cabotagem, atender às refinarias de Duque de Caxias (RJ) e
Gabriel Passos (MG).
O duto percorre aproximadamente 8 km dentro do TEBIG, e tem um trecho
marítimo submarino de aproximadamente 4,5 km. Transporta a água de formação
gerada na atividade de movimentação e armazenamento de petróleo e derivados
ligando à área principal e à área de serviços auxiliares do TEBIG. Na área de
serviços auxiliares a água de formação é tratada na estação de tratamento de
efluentes do TEBIG, e depois lançada no emissário submarino (PIR2, 2009).

III.2.4 - Outros projetos na envolvente

Na presente seção apresentam-se os campos de produção de Peregrino, Polvo


e de Tubarão Martelo (Bacia de Campos), uma vez que os municípios em estudo
recebem royalties dos mesmos.
O Campo de Peregrino é operado pela Statoil, em parceria com a Sinochem.
Com produção diária de 100 mil barris, começou a operar em abril de 2011. A Fase
II do projeto prevê a inclusão de uma terceira plataforma (WHP-C) e vai adicionar
cerca de 250 milhões de barris em reservas recuperáveis para o Campo de
Peregrino. A previsão é de que a produção comece em 2020. A expectativa é de

Revisão 00
Relatório
10/2017
56 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

que sejam perfurados, ao todo, 22 poços - 15 produtores de petróleo e 7 injetores


de água.
O Campo de Polvo localiza-se à aproximadamente 100km da costa leste da
cidade de Cabo Frio, Estado do Rio de Janeiro. É operado pela PetroRio desde
janeiro de 2014, produzindo cerca de 8 mil barris por dia. Conta com duas unidades
offshore: a plataforma fixa Polvo A e o FPSO Polvo. O FPSO Polvo tem capacidade
para processar uma média de 100 mil barris de fluido por dia e capacidade de
estocar até 1,0 milhão de barris (PetroRio, 2017). A PetroRio estima que o campo
de Polvo, na Bacia de Campos, será capaz de produzir, pelo menos até 2020
(Kincaid, 2016).
O Campo de Tubarão Martelo está situado no sul da Bacia de Campos, em
profundidade d’água entre 100 e 110 m e a uma distância de 86 km da cidade de
Armação de Búzios, no litoral norte do Estado do Rio de Janeiro.
A descoberta do campo ocorreu em 2010 e a produção iniciou em 2013. A
empresa operadora é a OGPar, que abriu em 2016 na ANP o processo referente
ao programa de desativação do campo (Kincaid, 2017).

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Relatório
10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 57

III.3 - INFRAESTRUTURAS PORTUÁRIAS

III.3.1 - Expansão do Porto de Angra dos Reis

O Porto de Angra dos Reis localiza-se na Baía da Ilha Grande e é de


propriedade da Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ). Em 2009, o porto foi
arrendado à iniciativa privada denominada Terminal Portuário de Angra dos Reis
S.A. (TPAR), pertencente ao Grupo Technip Brasil. Devido à sua localização
estratégica (dada à proximidade com as bacias produtoras de petróleo de Campos
e Santos), o porto tem como principal função as atividades de apoio offshore,
dispondo de cais acostável contínuo de 400 metros, tornando possível a atracação
de duas ou mais embarcações simultaneamente conforme a demanda (SEP, 2015).
O Plano Mestre do Porto de Angra dos Reis, documento elaborado em 2015
(no âmbito Cooperação Técnica para Apoio à Secretaria de Portos da Presidência
da República no Planejamento do Setor Portuário Brasileiro e na Implantação dos
Projetos de Inteligência Logística), demonstra dados de crescimento da demanda
de movimentação de cargas projetada para até 2030 (SEP, 2015).
Segundo tais projeções, em 2034 as demandas podem representar um
crescimento total de 69% em relação ao ano de 2014. Em resposta, a Technip
pretende ampliar o cais de acostagem e a retro-área do Porto de Angra dos Reis
(Technip, 2017).

Revisão 00
Relatório
10/2017
58 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

III.3.2 - Expansão do Porto de Itaguaí

Inaugurado em 1982, o Porto de Itaguaí constitui-se em um dos principais


portos da região da Baía de Sepetiba. Trata-se de um porto público, administrado
pela Companhia Docas do Rio de Janeiro. Além do cais de uso público, arrendado
para particulares, integra um terminal privado (Porto Sudeste) e a construção de
um estaleiro de submarinos em andamento (Complexo PROSUB-EBN) (PACS,
2015).
A área envolvente ao porto possui características naturais que lhe conferem
vantagens estratégicas: um canal de acesso natural de aproximadamente 20
metros de profundidade e 40 km de vegetação que funcionam como uma barreira
natural, oferecendo condições ideais para receber navios de grande porte. Outras
vantagens estratégicas são a disponibilidade de área plana ao seu entorno,
oferecendo condições de armazenagem ampliada, e a privilegiada localização
geográfica – próxima a grandes centros produtores como Minas Gerais e São Paulo
(PACS, 2015).
Em termos de acessibilidade, o Porto dispõe de 3 principais vias de acesso:
a) Acesso marítimo, realizado pela barra localizada entre a Ponta dos
Castelhanos, na Ilha Grande, e a Ponta Grossa da Restinga de
Marambaia (ICF, 2013);
b) Acesso rodoviário, através das rodovias BR-101; BR-465; BR-116; BR-
040; RJ-099 e RJ-105 (CDRJ, 2017a);
c) Acesso ferroviário, através do ramal Japeri/Brisamar, operado pela MRS
Logística S.A, ligando o Porto à região centro-sul do estado do Rio de
Janeiro (Vale do Paraíba) e aos estados de São Paulo e Minas Gerais
(ICF, 2013).
O Porto de Itaguaí possui terminais especializados para exportação de
minérios, assim como possui grande aptidão para a movimentação de contêineres,
de granéis e de cargas em geral (CDRJ, 2017b) contando em 2014 com oito berços,
cujas destinações estão descritas a seguir:
• 3 berços do Terminal de Carvão da Companhia Siderúrgica Nacional
(CSN), movimentando carvão minério de ferro e outros granéis sólidos;

Revisão 00
Relatório
10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 59

• 3 berços localizados no Terminal de Contêineres Sepetiba Tecon,


movimentando contêineres e carga geral;
• 1 berço localizado no Terminal de Granéis Sólidos III, movimentando
granéis sólidos;
• 1 berço no Terminal de Minério de Ferro da Companhia Portuária da
Baía de Sepetiba (CPBS), movimentando minério de ferro (SEP, 2014).

A partir da descoberta do Pré-Sal, a estratégia de desenvolvimento do setor


logístico do Porto foi impulsionada e redimensionada – e vem passando por um
processo de expansão, de modo a lhe conferir feição de plataforma logística
industrial. Em 2016, a Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP)
aprovou o pedido da CSN de prorrogação antecipada de contrato de exploração do
Terminal de Granéis Minerais do Porto, no qual a Companhia se compromete a
aportar R$ 2,51 bilhões no empreendimento (dos quais R$ 1 bilhão para novos
investimentos e R$ 1,51 bilhão para manter as condições operacionais do terminal)
(SEP, 2017).
Através dos investimentos, a CSN será capaz de duplicar a capacidade de
movimentação de carga, passando de 30 milhões para 60 milhões de toneladas por
ano até dezembro de 2017. Os investimentos na expansão do Porto serão
destinados às áreas de movimentação de carga e acessos ferroviários, atracação,
dragagem e armazenagem, tais como:
• Implantação de um novo pátio de carvão;
• Adequação de outros pátios existentes para ampliação da capacidade;
• Expansão em 160 metros do píer de atracação;
• Dragagem para a profundidade de 21,50 metros nova capacidade do
terminal;
• Investimentos em equipamentos de movimentação de carga (SEP,
2017).
Em 2016 a CSN recebeu Licença Prévia (nº IN032762), com validade até 15
de dezembro de 2017, aprovando a concepção e localização para expansão do
Terminal de Carvão (TECAR) para 70 Mtpa, incluindo a nova ponte ferroviária
(Ponte 3), novo Viaduto Norte, nova linha de embarque e repotenciamento da já
existente, novo sistema de amostragem, um novo carregador (CN2) e dois novos

Revisão 00
Relatório
10/2017
60 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

descarregadores de navios, novo pátio de armazenamento de carvão (Pátio 00),


nova subestação (SD9) e adequação das já existentes, novas estações de
tratamento de águas de drenagem e de tratamento de esgotos sanitários, novos
prédios administrativos e instalações de apoio e utilidades, ampliação do píer em
160 metros, dragagem de 1,5 milhão de m³, realocação da Central de Resíduos, do
Galpão de Granéis, do lavador de Pneus e do Almoxarifado e adequação da pera
ferroviária, no Porto de Itaguaí (Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2016).
Em complemento, os planos para expansão da atividade portuária do Porto de
Itaguaí implicam também a transformação e interligação da zona interior,
interligados pelo Arco Metropolitano do Rio de Janeiro.

III.3.3 - Expansão do Terminal da Ilha Guaíba

O Terminal da Ilha Guaíba situa-se na região sul do Estado do Rio de Janeiro,


na Ilha Guaíba, no município de Mangaratiba, e opera desde 1973 (INEA, 2013).
O Projeto Capacitação TIG, da responsabilidade da Vale SA, consiste na
instalação de equipamentos e estruturas e na adequação do sistema operacional
atual existente (onshore e offshore), para aumentar de 50 Mtpa (Milhões de
toneladas por ano) para 70 Mtpa, a capacidade tanto na descarga como no
embarque de minério de ferro (INEA, 2013):
De acordo com o EIA/RIMA a etapa de instalação das estruturas necessárias
à capacitação do TIG demandará, no pico da obra, um total de 1350 colaboradores.
Com a capacitação o TIG vai ter um incremento de 12 para 16 composições
ferroviárias por dia.
Durante a etapa de operação do empreendimento haverá a movimentação
adicional de embarcações no canal de acesso, devido ao aumento da capacidade
de escoamento de minério de ferro.
A licença prévia para o projeto foi obtida em 2013.

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Relatório
10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 61

III.3.4 - Implantação do Porto Sudeste

O Porto Sudeste do Brasil é um terminal portuário privado que está localizado


na Ilha da Madeira, em Itaguaí. Com as obras iniciadas em 2010, compreendeu a
construção de uma ponte de acesso e de um píer de atracação de navios para
movimentar e exportar minério de ferro e outros granéis sólidos para os mercados
internacionais, num consórcio firmado entre duas empresas de engenharia
(Consórcio ARG/CivilPort, 2017). As obras foram finalizadas em 2015 e,
atualmente, o empreendimento é controlado pela joint venture formada pela
operadora mundial de terminais Impala (divisão da holandesa Trafigura) e o fundo
de investimento Mubadala Development Company (Emirados Árabes Unidos), em
associação com a MMX Mineração e Metálicos SA (empresa de mineração do
Grupo EBX, uma holding brasileira) (Porto Sudeste, 2017).
O píer do Porto Sudeste possui 765 m de extensão e é ligado ao continente
através de uma ponte de acesso com 647 m de comprimento. Já a profundidade,
de 21 m, possibilita a atracagem de navios Capesize para embarque de minério de
ferro, enquanto sua retro área de 52,1 hectares abriga pátios para estocagem e
manuseio de material (Consórcio ARG/CivilPort, 2017).
Foram investidos mais de R$ 4 bilhões no Porto, cuja estrutura permite exportar
até 50 milhões de toneladas de minério de ferro por ano. Apesar de todo o
investimento e capacidade, o Porto passou por problemas jurídicos no que se refere
à rescisão contratual com um dos principais clientes, a Mineração Usiminas (Portos
e Navios, 2015), retomando os processos operacionais à normalidade após
acordos firmados em 2017 (Valor Econômico, 2017).
As alterações nas dinâmicas socioeconômicas na Baía de Sepetiba esperadas
com a implantação do Porto Sudeste assentaram principalmente na geração de
empregos temporários; no aumento da massa salarial em circulação; no aumento
da capacitação da mão de obra contratada e na dinamização econômica, sendo
estes fatores considerados de alta relevância durante a fase de inicial de
implantação do empreendimento (ERM, 2011). Mais concretamente, para a fase de
operação, foi estimada a criação de 334 postos de trabalho permanentes e a
recolha de aproximadamente 77 milhões de dólares anuais em impostos (Ecology
Brasil, 2008).

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62 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

III.3.5 - Implantação do Complexo PROSUB-EBN

O PROSUB é um programa da Marinha do Brasil que visa à proteção do


patrimônio natural e garantia da soberania nacional no mar, através do investimento
na expansão da força naval e desenvolvimento da indústria de defesa. Neste
sentido, o programa almeja viabilizar a produção de quatro submarinos
convencionais e um com propulsão nuclear, sendo este último o primeiro do país
(Marinha do Brasil, 2017a).
Para tanto, em 2010, iniciaram-se as obras de construção do Complexo
PROSUB-EBN, de 750 mil metros quadrados, que inclui uma Unidade de
Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM), estaleiros, complexo radiológico e
base naval para o PROSUB na Ilha da Madeira – município de Itaguaí. O
gerenciamento do Programa é feito pela Coordenadoria-Geral do Programa de
Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear (COGESN), que tem o
objetivo de dirigir e executar a implantação do Complexo em parceria com a DCNS
(Direction des Constructions Navales et Services), Construtora Odebrecht;
Nuclebrás Equipamentos Pesados (NUCLEP) e ICN (Itaguaí Construções Navais)
(Marinha do Brasil, 2017b).
Uma série de condições favoráveis levaram à escolha do município de Itaguaí
para a implantação do complexo, com destaque para a proximidade com a rodovia
BR-101, a Base Aérea de Santa Cruz, o Porto de Itaguaí e a cidade do Rio de
Janeiro. Além disso, o município é próximo às três usinas nucleares do país,
localizadas em Angra dos Reis, e é onde se encontra instalada a Nuclebrás
Equipamentos Pesados S.A. (NUCLEP), empresa pública que tem papel
fundamental no processo de fabricação dos submarinos (Marinha do Brasil, 2017b).
Inaugurada em 2013, a UFEM representa o local onde efetivamente dá-se a
construção dos submarinos, tratando-se da primeira parcela da infraestrutura que
poderá capacitar o Brasil para a construção e manutenção de submarinos
convencionais e com propulsão nuclear. Na Unidade, que possui 45 edificações
ocupando uma área total de 97 mil metros quadrados, são feitos: o alinhamento e
união de subseções cilíndricas; a fabricação de peças estruturais, tubulações, dutos
e suportes e a montagem de materiais e equipamentos (Marinha do Brasil, 2017c).

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Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 63

As demais unidades do Complexo, ainda em fase de construção, são


constituídas por:
• Estruturas de apoio, administração e logística: 103.000 m² de área, que
abrigarão um Terminal Rodoviário, escritórios da área administrativa do
programa, um Batalhão de Defesa Nuclear, Biológica, Química e
Radiológica e os controles de acesso ao empreendimento;
• Zonas de montagem, lançamento, operação e manutenção: somam um
total de 487.000 m², incluindo dois estaleiros (um de construção e outro
de manutenção), a base naval e o complexo radiológico. O conjunto terá
dois píeres de 140 metros de extensão e duas docas com 140 metros,
além de oficinas e áreas administrativas, 13 cais e um elevador de navios
(shiplift) com capacidade para suportar 8 mil toneladas (Marinha do
Brasil, 2017d).
No âmbito socioeconômico, a implantação do Complexo destaca-se
notadamente pela expectativa de mão de obra a ser gerada tanto no município de
Itaguaí quanto em seu entorno. Segundo a Marinha do Brasil, há a expectativa de
que sejam gerados, no auge do processo de implantação, 22.017 empregos diretos
e aproximadamente 40.000 empregos indiretos, tanto na construção das
infraestruturas prediais e fabricação dos submarinos quanto nos programas e
projetos correlatos. Estima-se ainda que, quando da totalidade das obras
concluídas, cerca de 5.000 famílias de militares e funcionários civis componham a
força de trabalho no Complexo, onde fixarão residência (Marinha do Brasil, 2017e).
Para além da expectativa de empregos, convém destacar uma série de
impactos socioambientais associados à implantação do complexo, dos quais é
possível citar (Marinha do Brasil, 2017e):
• Aumento na arrecadação de impostos (serão gerados cerca de R$ 850
milhões em tributos; até o final de 2014 haviam sido pagos R$ 276,15
milhões ao Município de Itaguaí);
• Execução e acompanhamento de programas socioambientais voltados
à comunidade de Itaguaí e entorno, realizados pelas entidades gestoras
do Complexo, tais como:
- Programa de educação ambiental e de incentivo à agricultura familiar –
em andamento;

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64 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

- Programas de apoio à alfabetização digital, aprendizado de língua


estrangeira (inglês) e de qualificação profissional continuada – em
andamento;
- Cursos de formação de aquaviários (para operação e embarcações de
variados tipos) – em andamento;
- Outras ações socioeducativas junto à comunidade, incluindo ciclos de
palestras e realização de oficinas de inglês e informática – em
andamento.

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III.4 - USINA NUCLEAR ANGRA 3

A Usina Nuclear Angra 3 é uma das três usinas nucleares da Central Nuclear
Almirante Álvaro Alberto (CNAA), que fica situada às margens da rodovia Rio-
Santos, no município de Angra dos Reis. Além de Angra 3, a CNAA é formada pelo
conjunto das usinas de geração de energia nuclear Angra 1 e Angra 2, de
propriedade da Eletronuclear, subsidiária das Centrais Elétricas Brasileiras –
Eletrobrás (IPEA, 2010).
Sendo a primeira usina a ser implantada na região, a Angra 1 entrou em
operação comercial na década de 1980 com 640 megawatts potência. Já a
segunda, Angra 2, começou a operar em 2001 e possui potência de 1.350
megawatts; por sua vez, a usina Angra 3 terá, quando concluída, potência de 1.405
megawatts (Eletrobras, 2017). No que se refere às obras, que foram iniciadas em
2010 e paralisadas em 2015, estima-se que sejam as mesmas retomadas em 2017
(Valor Econômico, 2016).
Guardado o foco na usina Angra 3, que tem previsão de operação nos próximos
anos, o empreendimento obteve em 2010 sua licença de construção, emitida pela
CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear). Isto tornou possível, para além da
preparação do terreno e implantação de instalações administrativas, dar-se início
às obras que envolvem o prédio do reator nuclear (IPEA, 2010). Ainda em 2010, o
custo estimado para o término do projeto era de R$ 8,3 bilhões; entretanto, dados
mais atuais apontam que seria preciso injetar mais R$ 17 bilhões para conclusão
de Angra 3, que já tem 58% de seu projeto executado (Estadão, 2017).
No que tange às alterações nas dinâmicas socioeconômicas na região Sul
Fluminense, apesar dos problemas financeiros envolvidas no desenvolvimento do
empreendimento, a implantação de Angra 3 poderá resultar na criação de maiores
oportunidades de trabalho em caráter regional: estima-se uma média de criação de
3.613 empregos, que podem atingir um máximo de 9.100 empregos na fase de pico
da construção (dentre os quais, 5.700 associados à montagem eletromecânica). Já
para a fase de operação, há a estimativa de que a usina poderá proporcionar cerca
de 770 empregos durante sua vida útil (MRS, 2006).
Ademais, dados dos Estudos de Impacto Ambiental para a implantação de
Angra 3 apontam as seguintes vantagens socioeconômicas do empreendimento:

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66 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

• Minimização do risco cambial e do impacto na balança de pagamento


(quando comparado à geração de energia térmica e a gás natural),
devido principalmente ao uso de combustível de baixo custo e que
apresenta somente uma pequena parcela da sua composição em moeda
estrangeira;
• Ao aumento da demanda na NUCLEP (fábrica de equipamentos
pesados, criada no âmbito do Acordo Nuclear Brasil-Alemanha,
localizada em Itaguaí/RJ), impulsionando sua viabilidade econômica e
reduzindo os gastos com recursos orçamentários do Tesouro Nacional;
• Ao aumento de encomendas em fabricantes e construtores nacionais,
com a consequente criação de empregos;
• A utilização do urânio, matéria prima estratégica nacional, beneficiada
no país, cujas reservas são a sexta maior em nível mundial (MRS, 2006).

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III.5 - ARCO METROPOLITANO DO RIO DE JANEIRO

O Arco Metropolitano do Rio de Janeiro (AMRJ) pode ser considerado um dos


maiores empreendimentos rodoviários públicos do estado do Rio de Janeiro dos
últimos anos. Inicialmente idealizado na década de 1970, o projeto teve suas obras
iniciadas em 2007 após ser incluído no Programa de Aceleração do Crescimento
(PAC) do Governo Federal, sendo finalizadas ao final do ano de 2014 (Souza,
2015). O empreendimento possui aproximadamente 145 km de extensão e sua
área de abrangência contempla 20 municípios, dentre os quais, 8 são interceptados
diretamente pelo empreendimento: Itaguaí, Seropédica, Japeri, Nova Iguaçu,
Duque de Caxias, Magé, Guapimirim e Itaboraí.
Constituindo-se em uma obra de infraestrutura de base para a implementação
de um projeto econômico-industrial para o Estado, assim como instrumento de
viabilização e estruturação do crescimento industrial da região metropolitana do Rio
de Janeiro, a implementação do AMRJ foi justificada, em maior parte, pelo intuito
de atender à necessidade logística de ligação do Complexo Petroquímico do Rio
de Janeiro (COMPERJ) com o Porto de Itaguaí (dois empreendimentos
considerados “âncora”), pelo qual a produção do COMPERJ poderá ser escoada
(Souza, 2015). Contudo, é de se destacar também outras conveniências
associadas à implementação do AMRJ, tais como:
• Atender ao tráfego de longa distância oriundo das regiões Sul/Sudeste
em direção às regiões Norte/Nordeste do país, bem como conectar as
principais rodovias federais da Região Metropolitana do Rio de Janeiro
(BR-040; BR- 465; BR-116 e BR-101) (Rio de Janeiro, 2011; Rio de
Janeiro, 2007);
• Viabilizar a implantação empreendimentos aderentes e estruturantes ao
longo do Arco, além de terminais logísticos – otimizando a distribuição
de cargas para os mercados consumidores e portos, reduzindo tempos
de viagem e custos de transportes (Rio de Janeiro, 2007);
• Aumentar os níveis de acessibilidade dos municípios próximos ao Arco
e que concentram grande contingente populacional (Rio de Janeiro,
2011);

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68 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

• Facilitar o escoamento de minério de ferro do Quadrilátero Ferrífero


Mineiro através do Porto de Itaguaí, já que o Arco o conecta à BR-040,
que liga o Rio de Janeiro a Belo Horizonte (Rio de Janeiro, 2011).

Os impactos sociais e econômicos associados ao AMRJ na região Sul


Fluminense assentam, principalmente, no fato do empreendimento tornar possível
a implantação de diversos outros empreendimentos associados devido às
conveniências logísticas que proporciona – sendo possível, neste sentido,
caracterizá-lo como um empreendimento-alicerce. Como tal, atrai outros
empreendimentos aderentes e estruturantes, que por sua vez dinamizam e
impulsionam a economia regional, como as indústrias naval siderúrgica, por
exemplo. Além disso, o AMRJ potencializa as atividades portuárias em toda a baía
de Sepetiba, uma vez que se constitui em um grande trunfo logístico para o fluxo
de insumos necessários para as operações portuárias e para as atividades de
exportação.
Em complemento, o Relatório Final do Plano Diretor do Arco Metropolitano do
Rio de Janeiro (PDAM), através de uma abordagem especulativa, sugeriu a criação
de milhares de postos de trabalho no longo prazo na área de influência do Arco –
afirmando tratar-se de um projeto com grande poder de multiplicação de fatores de
produção, mercados, renda e emprego tanto para o litoral Sul Fluminense quanto
para a região metropolitana do Rio de Janeiro, quando da consolidação dos
empreendimentos âncoras e aderentes ao Arco – que podem reconfigurar as
dinâmicas socioeconômicas na região (Rio de Janeiro, 2011).

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10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 69

IV - ABORDAGEM METODOLÓGICA
IV.1 - INTRODUÇÃO

A presente seção descreve as diretrizes e a estratégia metodológica proposta


para a execução das atividades para a avaliação de impactos cumulativos na região
Litoral Sul Fluminense /RJ.
A metodologia efetivamente adotada poderá vir a ser aferida através de um
processo iterativo, quer tendo em conta os limites de conhecimento e da informação
disponível, quer mediante os inputs resultantes da participação social.
De fato, várias dificuldades deverão verificar-se, tendo em conta outras
experiências de avaliação de impactos cumulativos. Existem normalmente lacunas
importantes de dados de base para subsidiar adequadamente definição do escopo
(ponto discutido adiante), o grau de incerteza associado aos efeitos e impactos de
projetos futuros (que devem ser considerados na avaliação) é muito elevado,
muitas vezes não existem estratégias de desenvolvimento econômico, social e
territorial integradas que contribuam para a definição de um cenário futuro
enquadrador, entre outras. Estas questões se complicam mais ainda quando se
trata de avaliar projetos em ambiente marinho, onde a definição de limites
(temporais e espaciais) é controversa, a coleta de dados é tecnicamente desafiante
e dispendiosa, onde os elementos de base são tipicamente ainda mais escassos
ou, muitas vezes, totalmente inexistentes.
A grande maioria de exemplos e de estudos de caso que estão disponíveis e
que foram aplicados com maior ou menor grau de sucesso, se referem a projetos
em ambiente terrestre e a projetos específicos que serão implementados no futuro,
pelo que o objeto de estudo está claramente definido à partida e a delimitação da
área de estudo é relativamente facilitada por estar, por um lado, indexada à
localização do projeto em análise e, por outro, porque a delimitação de fronteiras
em meio terrestre é mais intuitiva e é mais facilmente subsidiada por dados
biofísicos e socioeconômicos.
Tendo em conta, por um lado, o que deve ser um bom processo de avaliação
de impactos cumulativos, mas mantendo presente os desafios e dificuldades deste
processo e ainda mais o ambiente (área marinha) a que será aplicado, apresenta-

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10/2017
70 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

se, nos capítulos seguintes, a estratégia metodológica para o desenvolvimento


desta avaliação.
Como se verá adiante, o que importa perceber nesta avaliação – isto é, a
questão-chave da avaliação de impactos cumulativos – é compreender como é
que os impactos que advêm de um projeto ou grupo de projetos se podem combinar
cumulativamente, com os impactos que têm origem em outras atividades humanas
e outros estressores.

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10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 71

IV.2 - PRINCÍPIOS E DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

A avaliação de impactos cumulativos seguirá, de maneira geral, os seguintes


princípios indicados na especificação da contratante:
• Os recursos ambientais e sociais com potencial de serem afetados
devem ser identificados e caracterizados, em relação ao seu estado
atual e sua capacidade de suporte, quando possível de ser
determinado, frente às possíveis interferências;
• Para identificar impactos cumulativos é preciso definir, de antemão,
qual a abrangência espacial e temporal do estudo;
• Impactos cumulativos são os impactos totais, incluindo impactos
diretos e indiretos, sobre um determinado recurso, ecossistema,
comunidade humana e todas as ações feitas, não importando quem
fez a ação;
• Os impactos sociais e ambientais a serem analisados devem ser
aqueles que são verdadeiramente importantes;
• Os impactos cumulativos podem resultar da acumulação de impactos
semelhantes ou da interação sinérgica de impactos diferentes;
• Os impactos cumulativos podem durar por anos, além da duração da
ação que causou os impactos;
• A análise de impactos cumulativos deve usar técnicas quantitativas,
se disponível, baseadas no melhor dado disponível, reforçado pelo
melhor julgamento profissional;
• Os atores e partes interessadas devem estar engajados nas principais
fases de tomada de decisão e para implementação de ações de
gestão que podem estar além da capacidade de um único
responsável de determinado projeto individual.
Constituem documentos de referência para a elaboração dos trabalhos:
- Estudos já realizados na região, tais como:
• Estudos e Relatórios Ambientais dos empreendimentos,
apresentados no processo de licenciamento (EIA/RIMA, EAS, RAP,
etc.), em especial a caracterização ambiental e socioeconômica e a
avaliação de impactos constantes nesses estudos;

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72 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

• Relatórios e planos de investimentos das empresas empreendedoras,


consultas aos investidores, se necessário;
• Planos e Programas estaduais e municipais de gestão e ordenamento
territorial;
• Fontes abertas de informação, como bibliotecas e sites de órgãos de
licenciamento ambiental e das empresas.
- Documentos metodológicos, tais como:
• Guias internacionais de avaliação de impactos cumulativos:
o CEQ (Council on Environmental Quality). Considering Cumulative
Effects under the National Environmental Policy Act. Executive
Office of the President, Washington, D. C. 1997.
o HEGMANN, G., COCKLIN, C., CREASEY, R., DUPUIS, S.,
KENNEDY, A., KINGSLEY, L., ROSS, W., SPALING, H. and
STALKER, D. Cumulative Effects Assessment Practitioners
Guide. Prepared by AXYS Environmental Consulting Ltd. and the
CEA Working Group for the Canadian Environmental Assessment
Agency, Hull, Quebec. 1999.
o IFC (International Finance Corporation). Good Practice
Handbook. Cumulative Impact Assessment and Management:
Guidance for the Private Sector in Emerging Markets. 2013.
• OLIVEIRA, V.R.S. Impactos cumulativos na avaliação de impactos
ambientais: fundamentação, metodologia, legislação, análise de
experiências e formas de abordagem. Dissertação (Mestrado em
Engenharia Urbana) – Centro de Ciências Exatas e Tecnologia,
Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, SP. 2008.
• PETROBRAS. Proposta do Projeto de Avaliação de Impactos
Cumulativos para atendimento às Condicionantes Específicas 2.9 da
Licença Prévia Nº 0439/2012; 2.7 da Licença de Instalação Nº
890/2012; 2.8 da Licença de Operação Nº 1120/12; 2.9 da Licença de
Operação Nº 1121/13; 2.11 da Licença de Operação Nº 1157/13; 2.16
da LO 1263/14 do Etapa 1 e Condicionantes Específicas 2.8 da
Licença Prévia Nº 491/14 e 2.20 da Licença de Operação Nº 1274/14
do Etapa 2. Apresentada ao IBAMA em março/2015. 2015.

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Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 73

• TEIXEIRA, L. R. Megaprojetos no litoral norte paulista: o papel dos


grandes empreendimentos de infraestrutura na transformação
regional. Tese (Doutorado em Ambiente e Sociedade). Instituto de
Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas,
Campinas, SP. 2013.

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Relatório
10/2017
74 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

IV.3 - FASES E PRODUTOS

O trabalho será desenvolvido em sete fases, cujo detalhamento de atividades


é apresentado a seguir:
• Fase 1 – Planejamento;
• Fase 2 – Escopo;
• Fase 3 – Levantamento de dados;
• Fase 4 – Avaliação de impactos cumulativos;
• Fase 5 – Avaliação da capacidade de suporte e da significância dos
impactos cumulativos previstos;
• Fase 6 – Análise dos resultados e banco de dados georreferenciado;
• Fase 7 – Apresentação dos resultados finais.
Estas etapas resultarão em 19 produtos4 para a Região, seguidamente
designados de acordo com a numeração adotada na especificação da contratante:
• Produto 1.2.1 – Plano de Trabalho e Listagem dos atores/fóruns;
• Produto 2.1.1 – Relatório técnico preliminar com proposta dos limites
de abrangência temporal e espacial; listagem dos fatores ambientais
e sociais e listagem preliminar dos principais estressores;
• Produto 2.2.1 – Material didático/de apoio, estratégias de
mobilização/participação e programação/detalhamento das Oficinas;
• Produto 2.2.2 – Relatório das Oficinas participativas;
• Produto 2.3.1 – Relatório técnico final com fatores ambientais e
sociais selecionados e análise justificativa dos limites de abrangência
temporal e espacial e caracterização dos estressores selecionados
para análise;
• Produto 2.4.1 – Relatório técnico com a descrição e justificativa das
metodologias selecionadas;
• Produto 3.1.1 – Relatório parcial do levantamento de dados;

4
O termo “produto” é aqui indicado como o resultado de um serviço, tal como considerado no capítulo 6 da
especificação da contratante, e independentemente das condições de pagamento.

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10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 75

• Produto 3.2.1 – Material didático de apoio, estratégias de


mobilização/participação e programação/detalhamento das reuniões;
• Produto 3.2.2 – Relatório final com caracterização dos fatores
ambientais e sociais a serem analisados;
• Produto 4.1.1 – Relatório parcial da avaliação de impactos
cumulativos;
• Produto 4.1.2 – Relatório final da avaliação de impactos cumulativos
e mapas georreferenciados;
• Produto 5.1.1 – Relatório parcial da avaliação da capacidade de
suporte e da significância dos impactos cumulativos previstos;
• Produto 5.2.1 – Material didático de apoio, estratégias de
mobilização/participação e programação/detalhamento das oficinas;
• Produto 5.2.2 – Relatório das oficinas participativas;
• Produto 5.3.1 – Relatório final da avaliação da capacidade de suporte
e da significância dos impactos cumulativos previstos;
• Produto 6.1.1 – Relatório técnico analítico dos resultados
alcançados;
• Produto 6.2.1 – Informações georreferenciadas com respectivo
banco de dados;
• Produto 7.1.1 – Material didático de apoio, estratégias de
mobilização/participação e programação/detalhamento das reuniões;
• Produto 7.1.2 – Relatório das reuniões de apresentação final.

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Relatório
10/2017
76 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

IV.4 - FASES DE DESENVOLVIMENTO DOS TRABALHOS

Na presente seção descreve-se, por fase, e sempre que aplicável: tarefas a


desenvolver, métodos de coleta de informação, alcance, produtos a entregar e
ações de participação social. Destaca-se a importância do componente espacial,
que será sustentado pelo recurso a Sistemas de Informação Geográfica (SIG), bem
como da participação social.

IV.4.1 - Fase 1 – Planejamento

Os serviços que integram a fase de planejamento são dois, tendo como produto
o presente documento (produto 1.2.1):
• Serviço 1.1. – Definição das estratégias para execução dos serviços
• Serviço 1.2. – Levantamento e caracterização de atores/fóruns
Os processos metodológicos associados aos serviços são descritos nos pontos
seguintes.

IV.4.1.1 - Serviço 1.1. Definição das estratégias para execução dos


serviços

A definição das estratégias para execução dos serviços é realizada no presente


documento, em que se apresenta o planejamento das atividades a desenvolver,
incluindo procedimentos metodológicos, reuniões, discussão das fases a serem
desenvolvidas e seus respectivos conteúdos e cronograma de execução.
O planejamento dos momentos de participação da sociedade ao longo do
processo é apresentado na seção IV.5 - Planejamento da participação.
Para todas as fases de desenvolvimento dos trabalhos registrar-se-á todo o
processo de levantamento de dados, incluindo as visitas de campo, entrevistas
realizadas, reuniões, participação em eventos, fóruns, conselhos etc. Serão
também registradas possíveis lacunas de informações.

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Relatório
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Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 77

IV.4.1.2 - Serviço 1.2. Levantamento e caracterização de atores/fóruns

O presente serviço consiste na elaboração de uma listagem de atores-chave


da região Litoral Sul Fluminense, que serão convidados para participação nas
oficinas e reuniões a realizar.
A listagem é apresentada em documento autónomo.
São considerados os segmentos: poder público federal, poder público estadual
e poder público municipal, grandes empreendedores, ONGs,
movimentos/associações comunitárias, instituições de ensino e pesquisa. As
entidades do setor privado serão convidadas a participar do projeto caso se mostre
necessário em alguma das etapas do mesmo.

IV.4.2 - Fase 2 – Escopo

A determinação do escopo é a fase mais crítica de todo o processo.


É neste momento que se definem as questões principais:
1. Identificam-se os fatores ambientais e sociais que serão analisados;
2. Definem-se os limites temporais e espaciais da análise;
3. Selecionam-se os estressores (ações e atividades humanas, eventos
naturais, ambientais e sociais) que serão alvo de estudo.
Essencialmente, a determinação do escopo inclui quatro fases/serviços: as
primeiras três referindo-se à definição dessas questões principais e a quarta
referindo-se à seleção da metodologia que será utilizada em cada etapa da análise.
A definição do escopo irá contar com a participação de stakeholders, e com a
análise da mídia para perceber o contexto da área de estudo, os conflitos
existentes, e os principais impactos percepcionados.
Essa metodologia será a forma de garantir que haverá uma consideração
adequada de todas as questões relevantes: ações impactantes e fatores afetados
numa escala temporal e espacial apropriada, que permita a tomada de ações
(preventivas, de minimização ou de mitigação) corretas, isto é: direcionadas,
eficazes e eficientes.
Os serviços que integram a definição do escopo são quatro, e resultarão em
cinco produtos:

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78 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

• Serviço 2.1. – Levantamento dos fatores ambientais e sociais, da


abrangência temporal e espacial, e dos estressores (ações e
atividades humanas, eventos naturais, ambientais e sociais) a serem
analisados
- Produto 2.1.1 – Relatório técnico preliminar com proposta dos limites
de abrangência temporal e espacial; listagem dos fatores ambientais
e sociais e listagem preliminar dos principais estressores
• Serviço 2.2. – Oficinas participativas para seleção dos fatores
ambientais e sociais; definição da abrangência temporal da análise;
seleção dos principais estressores a serem considerados
- Produto 2.2.1 – Material didático/de apoio, estratégias de
mobilização/participação e programação/detalhamento das Oficinas;
- Produto 2.2.2 – Relatório das Oficinas participativas;
• Serviço 2.3. – Definição dos fatores ambientais e sociais, da
abrangência temporal e espacial e dos estressores a serem
analisados
- Produto 2.3.1 – Relatório técnico final com fatores ambientais e
sociais selecionados e análise justificativa dos limites de abrangência
temporal e espacial e caracterização dos estressores selecionados
para análise
• Serviço 2.4. – Escolha da metodologia a ser utilizada em cada etapa
da análise
- Produto 2.4.1 – Relatório técnico com a descrição e justificativa das
metodologias selecionadas.
Os processos metodológicos associados aos quatro serviços são descritos nos
pontos seguintes.

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10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 79

IV.4.2.1 - Serviço 2.1. – Levantamento dos fatores ambientais e sociais, da


abrangência temporal e espacial, e dos estressores a serem
analisados

A. Identificação dos fatores ambientais e sociais

A1. O que são fatores ambientais e sociais

Na presente etapa levantar-se-ão os fatores ambientais e sociais conhecidos


ou suspeitos de serem afetados, importantes para a sustentabilidade ambiental,
para as comunidades afetadas e para os atores da região, e suscetíveis de dar
origem a impactos cumulativos. Os fatores ambientais e sociais sobre os quais não
há incidência de impactos diretos ou indiretos, não serão objeto da avaliação de
impactos cumulativos.
De fato, as boas práticas recomendam que a tradicional identificação de
descritores (habitualmente efetuada no Estudo de Impacto Ambiental) seja
substituída pela identificação de Fatores Ambientais e Sociais ou, simplesmente,
Fatores (no original “Valued Environmental and Social Components” ou “Valued
Ecosystem Components” - VECs). Os fatores ambientais são questões que são
importantes para o ser humano, que são valorizadas por prestarem algum tipo de
serviço e que, por isso, são considerados importantes para avaliação de risco;
alguns tipos de fatores:
• Características físicas, habitats, populações de fauna e/ou flora (ex.:
biodiversidade);
• Serviços dos ecossistemas;
• Processos naturais (ex.: ciclos da água e dos nutrientes, microclimas);
• Condições sociais (ex.: saúde, economia);
• Aspectos culturais (ex.: cerimônias tradicionais).
Os Fatores são, assim, questões sensíveis e valorizadas, receptoras dos
impactos em avaliação e cuja condição futura desejável determina a definição das
metas da avaliação dos impactos cumulativos: é necessário saber onde se
pretende chegar, para definir planos de medidas em concordância e é necessário

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80 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

saber onde se pode chegar, sem comprometer as funções desempenhadas por


cada Fator.
Em termos práticos, uma boa avaliação de impactos cumulativos deve focar-
se em tentar compreender se os impactos identificados como cumulativos
comprometem ou não a sustentabilidade/viabilidade de determinado Fator. Sendo
este o objetivo, a significância dos impactos cumulativos (que é efetuada numa fase
posterior, e cuja metodologia será abordada adiante, neste documento) é indexada
à capacidade de suporte de cada Fator, isto é: a classificação da significância de
cada impacto é atribuída segundo uma escala cujo máximo é dado pela capacidade
de suporte de cada Fator.

A2. A seleção de fatores

Uma boa avaliação de impactos cumulativos deve basear-se num grupo de


Fatores bem selecionados, que reúna as principais questões mais valorizadas
pelas comunidades e populações em geral. Assim, os Fatores devem ser os últimos
receptores dos impactos, aqueles que se situam no final de uma cadeia ecológica.
Considerando que a avaliação de impactos cumulativos deve ser uma
ferramenta de apoio à decisão, focada, objetiva e, tanto quanto possível
quantificada, deve evitar-se uma análise dispersa de múltiplos fatores. O ideal é
identificar um número reduzido de fatores ambientais e sociais (da ordem de
unidades), mas que seja suficientemente adequado para considerar as questões-
chaves das regiões e suas respectivas especificidades.
Para definir a lista de fatores ambientais e sociais a considerar, a equipe propõe
recorrer à seguinte metodologia que considera o valor, a vulnerabilidade e a
afetação de cada fator, para decidir sobre a sua inclusão na lista de fatores a
considerar para a avaliação de impactos cumulativos. A metodologia que se propõe
inclui quatro passos:
• 1º passo: levantamento de fatores ambientais e sociais;
• 2º passo: avaliação do valor dos fatores, através de questionário do
tipo “check list”;

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Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 81

• 3º passo: análise matricial da exposição dos fatores a partir do


cruzamento dos atributos “susceptibilidade aos impactos cumulativos”
e “afetação por impactos cumulativos”;
• 4º passo: análise pericial do grupo de fatores que serão propostos
para avaliação de impactos cumulativos.

1º passo
Levantamento de fatores ambientais e sociais

O levantamento de fatores ambientais e sociais terá como base:


• O conhecimento e análise da região;
• As avaliações de impacto ambiental dos empreendimentos da região;
• A análise da mídia;
• Eventuais dados de avaliações, planos, projetos e/ou planejamentos
regionais e estratégicos elaboradas pelos governos, setor privado,
organizações não governamentais e outros atores.
A aplicação desta metodologia permitirá obter uma lista de fatores onde estarão
seguramente incluídos os fatores que serão considerados para a avaliação de
impactos cumulativos.

2º passo
Avaliação do valor dos fatores através de questionário do tipo “check list”

Após o levantamento de fatores ambientais e sociais para análise, o passo


seguinte é definir o valor dos fatores. Nem todos os fatores que foram identificados
do levantamento terão valor suficiente para passarem à fase seguinte. Para
determinar o valor de cada um, sugere-se aplicar o seguinte questionário (do tipo
“check list”) adaptado de CEQ (1997), fazendo todas estas perguntas para cada um
dos fatores:

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82 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

O fator em consideração:
a. É protegido por legislação ou objetivos de planejamento /
desenvolvimento sustentável? (Muito; Um pouco; Não)
b. Tem importância / valor ecológico? (Muito; Um pouco;
Não)
c. Tem importância / valor cultural? (Muito; Um pouco; Não)
d. Tem importância / valor econômico? (Muito; Um pouco;
Não)
e. É importante para o bem-estar de uma comunidade?
(Muito; Um pouco; Não)
Passam à fase seguinte os fatores que tenham tido pelo menos uma resposta
“muito”, ou duas “um pouco”. Todos os restantes fatores não têm valor suficiente
para serem considerados.

3º passo
Análise matricial da exposição dos fatores

Os fatores que se considerou possuírem valor, são, nesta fase, alvo de


avaliação da sua exposição. Para tanto propõe-se efetuar uma análise matricial,
que cruze os atributos “susceptibilidade aos impactos cumulativos” e “afetação por
impactos cumulativos”.
A susceptibilidade aos impactos cumulativos é uma medida teórica, avaliada
pericialmente, com base em elementos bibliográficos. A susceptibilidade pode ser
inferida através da análise de situações passadas, procurando-se identificar se o
fator já foi afetado no passado por ações semelhantes. Para determinar o grau de
susceptibilidade, coloca-se a questão (adaptada de CEQ, 1997):
O fator é vulnerável ou susceptível a afetações, isto é:
a. Já sofreu perdas (afetação negativa) no passado? (Sim; Um pouco;
Não)
b. Já sofreu ganhos (afetação positiva) no passado? (Sim; Um pouco;
Não)

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Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 83

c. Já foi alvo de investimentos de recuperação/ restauro (indica que


houve identificação de afetação potencial ou efetiva por impactos
cumulativos)? (Sim; Um pouco; Não)
Para obter a classificação da susceptibilidade de cada fator:
• Uma ou mais respostas “sim” equivale a susceptibilidade alta;
• Uma ou mais respostas “um pouco” (e ausência de respostas “sim”)
equivale a susceptibilidade média;
• Ausência de respostas “sim” ou “um pouco” equivale a
susceptibilidade baixa.
A afetação por impactos cumulativos é uma medida mais prática e concreta,
avaliada com base na informação existente em estudos (análises de situações
passadas) e avaliações (análises de situações futuras), que indica se o fator já está
a ser pressionado ou afetado (ou se é previsível que venha a ser no futuro) por
forças ou estressores. Pode ser determinado através da colocação da seguinte
questão:
O fator está ou é previsível que venha a estar sob afetação de
estressores (considerando passado, presente e futuro)? (Dados indicam
que há afetação; suspeita-se que haja afetação; dados indicam que não
há afetação)
A classificação da afetação é direta, para cada fator, e advém da resposta dada
à pergunta.
Para cada fator, as classificações de susceptibilidade e de afetação são
transpostas para uma matriz, de acordo com o exemplo seguinte.

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Relatório
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84 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

Figura 14 – Matriz de análise da exposição para cada fator (V&S/Nemus, 2017).

Os fatores com classificação “ok”, possuem valor e passam a integrar o grupo


dos fatores que serão propostos para avaliação de impactos cumulativos. Os
fatores com classificação “excluir” não se qualificam para a avaliação de impactos
cumulativos. Os fatores com classificação “analisar” passam à fase seguinte.
De fato, o cruzamento destes dois elementos (susceptibilidade e afetação)
devolve um primeiro resultado indicativo da viabilidade ou sustentabilidade de
um Fator (capacidade de suporte), que como já se mencionou (seção “A1. O que
são fatores ambientais e sociais” da seção “A. Identificação dos fatores ambientais
e sociais”) depende de duas questões: a) das forças que o afetam; e b) da sua
vulnerabilidade social e ecológica (sensibilidade), ou seja, do estado a partir do qual
o fator passa a ser incapaz de lidar com lesão, dano ou prejuízo.

4º passo
Análise pericial do grupo de fatores

O último passo para a constituição do grupo de fatores que serão propostos


para avaliação de impactos cumulativos é uma análise pericial, que será feita pela
equipe técnica.
São analisados neste 4º passo os fatores que obtiveram, no passo anterior,
classificação “ok” ou “analisar”.

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Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 85

Os objetivos deste 4º passo são:


• Obter um grupo de fatores que represente as questões sensíveis e
valorizadas, receptoras dos impactos em avaliação e cuja condição
futura desejável determina a definição das metas da avaliação dos
impactos cumulativos.
• Obter um grupo constituído por um número reduzido de fatores
ambientais e sociais (máximo de 10 fatores), mas que seja
suficientemente adequado para considerar as questões-chaves das
regiões e suas respectivas especificidades.
Assim, neste momento será feita uma análise multidisciplinar e pericial do
grupo de fatores que se qualificaram até esta fase, com o intuito de compor um
grupo de fatores para proposta aos stakeholders, que obedeça aos requisitos
indicados. Os fatores sobre os quais a análise irá incidir com maior atenção são
aqueles que obtiveram classificação “analisar” no 3.º passo, uma vez que os que
obtiveram “ok” deverão, em princípio, ser considerados, devido ao seu valor. No
entanto, a análise crítica e especializada do grupo de fatores poderá levar a
alterações mais ou menos profundas do grupo de fatores, desde que estas se
destinem a cumprir os objetivos deste 4.º passo. Assim, poderá haver eliminação
ou adição de fatores ou mesmo aglutinação de fatores.

B. Definição dos limites temporais e espaciais da análise

Dentre as questões que devem ser definidas no escopo, a mais importante e


também a mais delicada e difícil de alcançar com sucesso, é a definição dos limites
(temporais e espaciais) da análise; limites muito extensos e abrangentes levam a
uma dispersão analítica, penalizando o foco da análise e dificultando a obtenção
de conclusões concretas que direcionem a tomada de decisões; por outro lado,
limites demasiado conservadores podem levar à exclusão de estressores e/ou
efeitos relevantes, e consequentemente à obtenção de conclusões pouco
fundamentadas e errôneas por falharem a análise de questões críticas.

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86 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

B1. Abrangência espacial

A proposta inicial de abrangência espacial da avaliação de impactos


cumulativos ponderará os seguintes métodos e elementos:
• Método de CEQ (1997) com base na área de impacto;
• Método de Teixeira (2013) de cruzamento de mapas digitais das
Áreas de Influência Direta (AID) e Indireta (AII) dos projetos alvo do
estudo;
• Método dos critérios geográficos para delimitação de áreas
marítimas (Instituto de Pesquisas Tecnológicas, 2011);
• Disponibilidade de dados e de informações tratadas em
documentos aprovados por entidades oficiais;
• Delimitação prévia da área de avaliação de impactos cumulativos do
“Projeto Executivo de Avaliação de Impactos Cumulativos – PAIC”
(Petrobras, 2015).

Método da área de impacto


(CEQ, 1997)

O método de CEQ (1997) implica a definição inicial da área de impacto dos


empreendimentos em análise. A área de impacto é definida com base em fronteiras
naturais e não em fronteiras administrativas, sempre que possível.
A determinação da área de abrangência espacial por este método implica,
resumidamente, os seguintes passos:
1. Determinar a área de impacto dos empreendimentos em análise;
2. Listar os fatores que poderão ser afetados no interior da área de
impacto;
3. Determinar as áreas de ocorrência desses fatores no exterior da área
de impacto;
4. Analisar o interesse de estender/limitar a área de abrangência da
análise de acordo com a área de abrangência de atuação das
entidades atuantes com maior responsabilidade nesse processo.

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Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 87

Embora este método seja adequado do ponto de vista teórico, por considerar
a área de ocorrência de cada fator e, portanto, garantir uma análise espacial da
extensão dos impactos cumulativos até ao seu limite teórico de abrangência, este
método tem a desvantagem de ser de difícil aplicação, em termos práticos.

Método do cruzamento de mapas digitais das Áreas de Influência


Direta (AID) e Indireta (AII) dos projetos alvo do estudo
(Teixeira, 2013)

O método do cruzamento de mapas digitais das Áreas de Influência Direta


(AID) e Indireta (AII) dos empreendimentos alvo do estudo é utilizado por Teixeira
(2013) em sua tese de Doutorado “Megaprojetos no litoral Norte Paulista: o papel
dos grandes empreendimentos de infraestrutura na transformação regional”. Neste
estudo o autor define a área de abrangência espacial (para análise de impactos
cumulativos) através da sobreposição, em ambiente SIG, das AID e AII dos
empreendimentos analisados, identificadas nos EIA respectivos.
O autor refere que “a Área de Influência de um empreendimento é uma das
conclusões da análise de impactos que identifica, prevê a magnitude e avalia a
importância dos impactos decorrentes da proposta em estudo. Assim, o objetivo
desta delimitação foi indicar os possíveis efeitos de cada projeto no contexto
geográfico do Litoral Norte paulista.” Para esse trabalho, considerou-se a análise
dos EIA com base em áreas com efetiva intervenção direta (meio físico e biótico)
dos empreendimentos para delimitação das AIDs. Para a delimitação da AII, o autor
utilizou informações do meio antrópico, para destacar o peso da somatória de
projetos em cada município.
Este método apresenta a vantagem de ser de aplicação relativamente simples,
porque se baseia nas áreas de abrangência espacial já definidas nos estudos
realizados anteriormente (essencialmente nos EIA respectivos). A sua principal
desvantagem é que, sendo baseada em trabalho já efetuado (e muitas vezes
direcionado à análise de um projeto muito específico), há o risco de se definir uma
área de abrangência demasiado limitada, condicionada pelas AID e AII definidas
para a realização de EIA. De notar que, como já se mencionou, um EIA é focado
no projeto, enquanto uma avaliação de impactos cumulativos deve ser focada nos

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88 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

Fatores; estas abordagens distintas implicam objetos de estudo distintos e podem,


consequentemente, implicar áreas de estudo distintas.

Método dos critérios geográficos para delimitação de áreas


marítimas
(Instituto de Pesquisas Tecnológicas, 2011)

O método dos critérios geográficos para delimitação de áreas marítimas


baseia-se nas delimitações legais do território marítimo nacional que são
habitualmente utilizadas para fins de distribuição de royalties, mas não só.
Existem diversos critérios geográficos vigentes sobre limites marítimos entre
Estados e municípios, que resultam em diferentes delimitações espaciais. Os dois
critérios principais vigentes no país são:
• O critério dos paralelos geográficos (Lei n.º 7.525 de 1986),
majoritariamente utilizada em linhas costeiras com direção norte – sul
e utilizada no Brasil apenas para delimitação da área marinha
correspondente a municípios;
• O critério das ortogonais (Decreto-Lei n.º 93.189 de 1986), mais
usada em linhas costeiras com saliências e reentrâncias, que se
baseia na definição de linhas de base reta. No Brasil é aplicado à
delimitação de espaço marítimo para Estados e para municípios. Para
aplicação deste critério, o IBGE definiu pontos, coordenadas e
azimutes que definem o traçado das linhas de base retas e que
orientam a delimitação das áreas marinhas.

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Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 89

Fonte: Bitar & Paulon, 2011


Figura 15 – Exemplo da aplicação do método das ortogonais (linhas de base reta)
para a delimitação da área marítima correspondente ao Estado de São Paulo.

Tem havido diversas propostas legislativas de âmbito Federal acerca de


mudanças nos critérios para delimitação marítima que têm vindo a originar
diferentes delimitações do espaço marítimo nacional.
Este método tem a vantagem de ser bastante adequado à clássica delimitação
administrativa da área de estudo para Fatores sociais e econômicos, permitindo
efetuar cálculos de forma quase direta e prever com maior facilidade a distribuição
de responsabilidades e de custos associados. As suas desvantagens são:
complexidade de aplicação do método (no detalhe, há muitas variáveis a considerar
para definir as áreas) e a sua inadequação para a avaliação de Fatores biofísicos,
devido a tratarem-se de fronteiras retilíneas sem aderência óbvia a características
biológicas e físicas do terreno.

Delimitação prévia

Para definir a abrangência espacial há a considerar ainda o fato de existir uma


delimitação prévia da totalidade da área de estudo do PAIC em quatro regiões.
Esta delimitação será considerada, para evitar sobreposição de áreas estudadas.

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10/2017
90 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

Tal como definido, a abrangência espacial contemplará, no mínimo, os municípios


da Região.

A definição da área de abrangência será assim, proposta pela equipe técnica,


após avaliação das diversas alternativas metodológicas disponíveis, acompanhada
da devida justificativa. Esta será posteriormente alvo de análise pela Petrobras e
ainda pelos atores e stakeholders na oficina que se seguirá. Só aí se alcançará a
delimitação final da área de abrangência da avaliação de impactos cumulativos.

B2. Abrangência temporal

A proposta inicial de abrangência temporal da avaliação de impactos


cumulativos ponderará os seguintes aspectos:
• Tempo de vida dos projetos em análise (no âmbito dos EIA ou de
estudos equiparados);
• Disponibilidade de dados;
• Análise pericial (envolvendo a equipe técnica e os vários
especialistas de cada área) para determinar uma abrangência
temporal adequada, que não seja demasiado alargada ou demasiado
limitada e justificar adequadamente estas alterações;
A abrangência temporal poderá variar de acordo com o fator analisado e a
região estudada. O objetivo é considerar uma escala que inclua estressores
realmente significantes que causaram, causam ou causarão transformações na
região, e com disposição de dados e informações. A equipe irá manter seu foco
neste objetivo, até que termine o processo de definição da abrangência temporal
(incluindo a emissão de parecer de Petrobras e as consultas aos stakeholders).
Será considerada a pertinência de utilizar como ano início para a avaliação, o
período identificado por Teixeira (2013) na sua tese: ano de 2005 (ano em que
foram descobertas as reservas de hidrocarbonetos da chamada “camada Pré-sal”).
Para o final da abrangência temporal será considerada a pertinência do ano
2030, face à incerteza associada a cenários relativos a um período posterior.

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Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 91

C. Seleção dos estressores que serão alvo de estudo

Os estressores são todos os processos que determinam a condição dos


Fatores. São estressores: ações e atividades humanas, eventos naturais,
ambientais e sociais. Os estressores incluem ações e atividades passadas, atuais
e futuras.
O objetivo desta fase é identificar os estressores que determinam a condição
dos Fatores. Em termos práticos estes podem ser identificados através da
colocação da questão:
Que ações e atividades ambientais ou sociais, passadas, atuais ou
futuras influenciam a condição dos Fatores selecionados para análise?

Na presente fase, a seleção das ações estressoras a analisar consistirá nas


seguintes tarefas:
• Identificação das ações geradoras de impactos relacionados aos
fatores em análise decorrentes dos empreendimentos alvo da
avaliação de impactos cumulativos;
• Análise de estressores naturais com efeitos na região, e
identificação dos mais relevantes para os fatores em análise;
• Identificação de outras ações com influência nos fatores em análise,
na abrangência espacial e temporal definida, suficientemente bem
documentadas e com probabilidade de concretização certa e
previsível5;
• Seleção das ações estressoras a analisar em cada fator,
considerando os resultados das três etapas anteriores.
No levantamento das ações com potenciais efeitos nos fatores recorrer-se-á a
dados secundários, notadamente:
• Estudos de impacto ambiental dos empreendimentos alvo de análise;

5
A intenção de realização da ação foi oficialmente anunciada pelo proponente às entidades
oficiais; a ação está diretamente associada aos projetos em análise, mas condicionada pela
aprovação dos projetos; a ação encontra-se identificada num plano aprovado e tem recursos
garantidos para a sua concretização; a ação deverá ocorrer de acordo com projeções oficiais.

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10/2017
92 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

• Planos e programas de desenvolvimento local, regional ou nacional;


• Projeções populacionais e econômicas.
Na Fase 4 - Avaliação de Impactos Cumulativos, face à informação entretanto
recolhida sobre os empreendimentos e respectivas avaliações de impacto
ambiental, aferir-se-á, caso se justifique, os estressores propostos analisar no
Relatório Técnico Final da Fase de Escopo. Por exemplo, após uma análise mais
detalhada dos EIA e dos impactos dos empreendimentos, bem como da informação
disponível em planos, programas e projeções, poderá haver necessidade de
agregar ou desagregar algumas ações estressoras.
Relatório técnico preliminar com proposta dos limites de abrangência
temporal e espacial; listagem dos fatores ambientais e sociais e listagem
preliminar dos principais estressores (Produto 2.1.1.)
O principal produto do serviço 2.1. “Levantamento dos fatores ambientais e
sociais, da abrangência temporal e espacial, e dos estressores a serem analisados”
é o Produto 2.1.1. Relatório técnico preliminar com proposta dos limites de
abrangência temporal e espacial; listagem dos fatores ambientais e sociais e
listagem preliminar dos principais estressores.
Este produto apresentará uma listagem preliminar de fatores ambientais e
sociais para a região, com a devida caracterização e justificativa, uma proposta da
abrangência temporal e espacial e uma listagem preliminar dos estressores a
serem analisados.
Este Produto conterá:
• Lista preliminar dos grandes empreendimentos;
• Caracterização dos grandes empreendimentos: localização,
empresa(s) responsável(is), status de desenvolvimento (em
operação, previsto, etc.), status da licença/autorização de
funcionamento e órgão licenciador responsável;
• Outros estressores naturais conhecidos e significantes na região,
sempre que possível, espacializados em mapa georreferenciado.
Este produto será apresentado e discutido com a sociedade, de forma
participativa.
Embora seja certo que todo o processo do serviço 2.1. “Levantamento dos
fatores ambientais e sociais, da abrangência temporal e espacial, e dos estressores

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Relatório
10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 93

a serem analisados” será participativo, transparente, com envolvimento


adequado das partes envolvidas e interessadas, o produto deste serviço (produto
2.1.1.), será alvo de um processo participativo formal: serviço 2.2. “Oficina
participativa”.

IV.4.2.2 - Serviço 2.2. – Oficina participativa para seleção dos fatores


ambientais e sociais; definição da abrangência temporal da
análise; seleção dos principais estressores a serem considerados

Será realizada uma oficina de trabalho, participativa, com os principais atores


identificados no âmbito do serviço 1.2 (levantamento e caracterização de
atores/fóruns), para discutir e aferir, com base nos produtos resultantes do serviço
2.1, quais os fatores ambientais e sociais a serem analisados, qual a abrangência
temporal e espacial da análise e os principais estressores a serem considerados
nas análises posteriores.
O formato e a dinâmica da oficina podem ser consultados na seção IV.5.3 -
Formato e dinâmica das oficinas. Esta terá a duração de um dia e incluirá métodos
expositivos, métodos interrogativos e métodos ativos de diálogo, discussão e
partilha de opiniões.
A oficina será divulgada previamente mediante o endereçamento de convites,
contatos telefônicos e contatos por e-mail (cf. seção IV.5 - Planejamento da
participação para uma descrição mais completa).
Previamente à realização da oficina participativa para discussão e validação
das informações, será entregue toda a informação relativa à organização da mesma
(Produto 2.2.1), notadamente: local; participantes propostos; formato; objetivos;
estratégias de mobilização/participação; programação; e material de apoio.
Após a realização da reunião, será apresentado o Relatório da Oficina
Participativa (Produto 2.2.2), com a descrição da mesma.

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Relatório
10/2017
94 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

Material didático/de apoio, estratégias de mobilização/participação e


programação/detalhamento da Oficina (Produto 2.2.1)
Este Produto integra o seguinte, a ser fornecido à PETROBRAS, no prazo de
5 dias após entrega do produto 2.1.1, e antes da oficina, para conhecimento e
validação:
• Local e data/hora da oficina;
• Participantes propostos, convites e estratégia de mobilização;
• Formato, programação, objetivos e responsáveis de cada seção;
• Estratégias de participação e dinâmicas a desenvolver;
• Material de apoio que será distribuído aos participantes (apresentação
powerpoint, questionários, fichas para grupos de trabalho, fichas de
presença e ficha de evento);
• Resultados esperados.
O material que será apresentado aos participantes conterá: conceitos
fundamentais; objetivos do projeto; fases do projeto; descrição da fase atual.

Relatório da Oficina participativa (Produto 2.2.2)


Este produto conterá um relatório final da oficina incluindo:
• A descrição da oficina:
- Programação e organização;
- Dinâmicas desenvolvidas;
- Registro das questões colocadas, matérias discutidas, pontos
divergentes e convergentes;
- Lista de presença com nome, instituição e contato;
- Registro fotográfico (identificando local, evento, data e responsável);
• Resultado final acordado.

IV.4.2.3 - Serviço 2.3. – Definição dos fatores ambientais e sociais, da


abrangência temporal e espacial e dos estressores a serem
analisados

Com base nos Produtos resultantes do serviço 2.1., e resultados obtidos no


serviço 2.2. (Oficina), serão aferidos os fatores ambientais e sociais que serão

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Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 95

objeto de análise da região, a abrangência temporal e espacial e os principais


estressores.
Na Fase 4 - Avaliação de Impactos Cumulativos, face a informação adicional
entretanto recolhida, poderá ser necessário voltar a aferir os estressores.
O resultado deste serviço será o produto 2.3.1.

Relatório técnico final com fatores ambientais e sociais selecionados


para análise; justificativa dos limites de abrangência temporal e espacial e
caracterização dos estressores selecionados para análise (Produto 2.3.1)
Este Produto incluirá um Relatório técnico final, com os empreendimentos alvo
da avaliação de impactos cumulativos, os fatores ambientais e sociais, abrangência
temporal e espacial, definidos para análise, com devida justificativa e, de acordo
com a priorização/definição consensuada na Oficina.
Serão listados os principais estressores identificados na presente fase, sendo
que, como anteriormente referido, na Fase 4 - Avaliação de Impactos Cumulativos,
face a informação adicional entretanto recolhida, poderá ser necessário voltar a
aferir os estressores.
Todas as informações passíveis de espacialização estarão representadas em
mapas georreferenciados.
Os dados levantados que não forem considerados na análise serão registrados
em planilha específica, identificando a fonte/origem do dado, a informação e a
justificativa de não utilização.

IV.4.2.4 - Serviço 2.4. – Escolha da metodologia a ser utilizada em cada


etapa da análise

Realizar-se-á um levantamento das principais metodologias usadas nacional e


internacionalmente para avaliação de impactos cumulativos e propor-se-á as que
se consideram mais adequadas para cada fator ambiental analisado, segundo
critérios pré-estabelecidos.

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Relatório
10/2017
96 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

Os métodos utilizados para a análise serão específicos para as características


dos fatores ambientais e sociais (por exemplo, métodos diferentes são adequados
para a análise dos impactos sobre o meio físico, biótico e social).
A metodologia a ser escolhida atenderá as seguintes premissas:
• Considerar escalas temporal e espacial na análise;
• Identificar a magnitude/intensidade com que cada fator ambiental e
social é afetado pelos estressores, independente da origem da ação;
• Identificar a acumulação e a interação sinérgica dos impactos no
cruzamento de vários estressores;
• Identificar as interações possíveis entre os componentes dos
estressores e os elementos do meio/sistema ambiental.
A definição dos métodos e ferramentas considerará:
• Facilidade de apropriação do método (o quanto ele pode ser
compreendido e replicado);
• Permitir a análise de escala espacial (permitir análise espacializada
da incidência dos impactos); e temporal (distinção dos impactos em
diferentes momentos);
• Preferência pela combinação de métodos;
• Preferência pela adoção de matrizes;
• Para os impactos sociais, preferência por informação proveniente de
consultas realizadas/participação da comunidade afetada.

Alguns dos métodos mais comumente utilizados são:


• Entrevistas e painéis;
• Listas de verificação (“Checklists”);
• Matrizes;
• Redes e diagramas de sistema;
• Modelagem;
• Análise de tendências;
• Sobreposição de mapas e SIG;
• Análise pericial;
• Determinação de limites de alteração;
• Análise de ecossistemas;

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Relatório
10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 97

• Análise do impacto econômico;


• Análise do impacto social.

O resultado deste serviço será o produto 2.4.1.

Relatório técnico com a descrição e justificativa das metodologias


selecionadas (Produto 2.4.1)
Este Produto apresentará a descrição das metodologias consultadas,
comparando-as, destacando as melhores aplicações/usos, apresentando
vantagens e desvantagens e a justificativa da seleção das metodologias a serem
usadas para cada caso deste projeto.
Os dados levantados que não forem considerados na análise serão registrados
em planilha específica, identificando a fonte/origem do dado, a informação e a
justificativa de não utilização.

IV.4.3 - Fase 3 – Levantamento de dados

A fase de levantamento de dados é crucial para uma análise correta de


impactos cumulativos. A disponibilidade de informação relevante para a avaliação
de tendências históricas e de alterações cíclicas ou potenciais reações a
determinados acontecimentos é crítica para o sucesso da avaliação de impactos
cumulativos. Mais, a definição da metodologia para determinar a condição de base
dos fatores ambientais e sociais selecionados deve ser realizada tendo em conta a
disponibilidade da informação (IFC, 2013).
Nesta fase serão realizados dois serviços que resultarão em três produtos:
• Serviço 3.1 – Levantamentos de informações de base sobre o status
dos fatores ambientais e sociais:
o Produto 3.1.1 – Relatório Parcial do levantamento de dados;
• Serviço 3.2 – Reunião de apresentação e validação das informações:
o Produto 3.2.1 – Material didático/de apoio, estratégias de
mobilização/participação e programação/detalhamento da reunião;

Revisão 00
Relatório
10/2017
98 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

o Produto 3.2.2 – Relatório Final com caracterização dos fatores


ambientais e sociais a serem analisados.

IV.4.3.1 - Serviço 3.1. – Levantamentos de informações de base sobre o


status dos fatores ambientais e sociais

O levantamento de informação tem como objetivo:


• Identificação da condição base dos fatores ambientais e sociais;
• Identificação de mudanças nas condições desses fatores;
• Identificação da capacidade de suporte dos fatores ambientais e
sociais.
O levantamento de informação sobre os fatores ambientais e sociais pode,
caso não seja corretamente planejado, levar a perdas substanciais de tempo e de
recursos (Hegmann et al., 1999).
Neste âmbito, é importante salientar a diferença entre a recolha substancial de
informação necessária para um Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o que é
necessário para uma Avaliação de Impactos Cumulativos (AIC). Enquanto um EIA
foca-se numa área geográfica mais limitada e deve cobrir todos os potenciais
impactos de um determinado projeto, uma AIC cobre uma área territorial muito mais
extensa e deve se focar em determinados fatores ambientais e sociais. Desta
forma, a coleta de informação de base deve ser limitada e ter como objetivo o
encontro de indicadores que possibilitem a determinação de alterações nas
condições dos fatores ambientais e sociais (IFC, 2013).
O quadro seguinte apresenta exemplos de indicadores que podem ser
utilizados no âmbito da AIC.

Quadro 17 – Exemplos de indicadores adequados para utilização em AIC.

Aspecto Indicador de AIC


• Número, dimensão, níveis de
Oportunidades adicionais de emprego competência da mão-de-obra regional;
• Medidas para mudanças nos meios
remunerado de subsistência e sustentabilidade dos
meios de subsistência.

Revisão 00
Relatório
10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 99

Aspecto Indicador de AIC


• Concentração do poluente no meio
receptor;
• Concentração relativa ao padrão
Adição de um poluente no ambiente (ar, ambiente;
• Carga total (de todas as fontes) do
água) poluente;
• Caracterização do padrão espacial
da concentração de poluentes no
ambiente a jusante.
• Número total de incidentes,
Incidentes adicionais de doenças, proporção da população afetada;
• Medidas para saúde e bem-estar
problemas com álcool e drogas e crime comunitário e regional, proteção e
segurança.
• Área total disponível, valor dos
benefícios do uso da terra;
• População total afetada;
Perda de terra (alienação de terras) • Medidas para a sustentabilidade
dos meios de subsistência e para a
pobreza.
• Área total de perda de habitat;
• Mudança nas taxas de perda de
Conversão ou degradação do habitat
habitat;
natural e crítico • Medidas de fragmentação de
habitat.
• Integridade ecológica do rio,
Regulamentação dos fluxos a jusante incluindo regimes de fluxo natural (por
exemplo: quantidade, qualidade,
Redução, modificação e/ou fragmentação variabilidade sazonal e previsibilidade);
de habitats ripícolas e aquáticos • Viabilidade das populações de
peixes migratórios.
• Mudança nas taxas de declínio
Adição de mortalidade a uma população populacional regional e/ou global;
de vida selvagem • Medidas de fragmentação da
população (ou intervalo).
Fonte: IFC (2013)

Enquanto a identificação das mudanças nas condições dos diversos fatores


ambientais e sociais pode ser encontrada recorrendo a indicadores, a determinação
da capacidade de suporte de determinado sistema ambiental ou social é mais difícil.
Ainda assim, a alteração negativa e contínua de determinado fator ambiental ou
social pode indicar que esse limiar de suporte está a se aproximar (IFC, 2013).
Nesta fase procurar-se-á também identificar a existência de legislação/estudos
científicos relacionados à capacidade de suporte/limites de alteração dos fatores
ambientais e sociais em análise.

Revisão 00
Relatório
10/2017
100 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

Assim, o levantamento de informações deve-se limitar ao que é necessário


para a avaliação da condição base e atual dos fatores ambientais e sociais
selecionados (Hegmann et al., 1999).
Desta forma, a coleta de informação será restrita a informação secundária.
Apenas caso existam lacunas muito significativas na informação disponível que
impeçam a realização de uma avaliação de impactos cumulativos adequada será
preciso obter informações complementares necessárias, por meio de levantamento
de dados primários. Não se espera, contudo, iniciar quaisquer levantamentos de
novos dados que não tenham já sido estudados para as regiões.
É possível antever, de qualquer forma, a coleta de informação secundária nas
seguintes fontes:
• Estudos e Relatórios Ambientais dos empreendimentos, apresentados
no processo de licenciamento (EIA/RIMA, EAS, RAP, etc.), em especial
a caracterização ambiental e socioeconômica e a avaliação de impactos
constantes nesses estudos;
• Relatórios e dados de monitoramento;
• Estudos e relatórios relacionados à gestão do território em análise
(Governo Federal; Governo do Rio de Janeiro; Prefeituras Municipais de
Paraty, Angra dos Reis, Mangaratiba e Itaguaí);
• Relatórios e planos de investimentos das empresas empreendedoras;
• Bancos de dados socioeconômicos e ambientais (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística; Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e
Biocombustíveis; Ministério do Trabalho e Emprego; Instituto Estadual
do Ambiente; entre outros);
• Literatura científica;
• Legislação;
• Fontes abertas de informação, como bibliotecas e sites de órgãos de
licenciamento ambiental e das empresas.
Destaca-se aqui a importância da cedência de informação de base para o
desenvolvimento dos trabalhos por parte dos proponentes dos empreendimentos
significativos a avaliar e das instituições, notadamente, de informações geográficas
que facilitem o trabalho de análise espacial em SIG.
O resultado deste serviço será o Relatório Parcial (Produto 3.1.1).

Revisão 00
Relatório
10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 101

Relatório Parcial do levantamento de dados (Produto 3.1.1)


O Relatório Parcial tem como finalidade a apresentação da informação
recolhida sobre cada fator ambiental e social selecionado na fase de escopo (cf.
seção IV.4.2 - Fase 2 – Escopo). Para cada fator ambiental e social, o relatório
apresentará:
• A sua condição base;
• Mudanças nas suas condições, com base na exposição de
informação histórica (tendências);
• Identificação da sua capacidade de suporte (limiar) face a impactos,
quando essa informação for possível.
O Relatório Parcial será um documento único contendo todo o levantamento
de dados e análises realizadas. A apresentação deste relatório aos atores
envolvidos e sua posterior validação será efetuada no serviço seguinte.

IV.4.3.2 - Serviço 3.2. – Reunião de apresentação e validação das


informações

Após o desenvolvimento do Relatório Parcial, que contém a apresentação da


informação recolhida sobre cada fator ambiental e social selecionado, será
realizada uma reunião com os principais atores envolvidos para:
• Apresentação da informação recolhida sobre cada fator ambiental e
social;
• Envolvimento da sociedade na discussão da informação recolhida;
• Validação dos dados apresentados.
A reunião servirá não só para a apresentação dos resultados do serviço
anterior (levantamentos de informações de base sobre o status dos fatores
ambientais e sociais) mas também para completar e complementar com novas
informações e corrigir ou ajustar determinado conjunto de dados. O resultado será
a validação das informações e posterior continuidade do projeto.
A seção IV.5.4 - Formato e dinâmica das reuniões apresenta o formato e a
dinâmica desta reunião. Esta terá a duração de um dia e incluirá métodos
expositivos, métodos interrogativos e métodos ativos de diálogo, discussão e
partilha de opiniões.

Revisão 00
Relatório
10/2017
102 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

A reunião será divulgada previamente mediante o endereçamento de convites,


contatos telefônicos e contatos por e-mail.
Previamente à realização da reunião de apresentação e validação das
informações, será entregue toda a informação relativa à organização da mesma
(Produto 3.2.1), notadamente: local; participantes propostos; formato; objetivos;
estratégias de mobilização/participação; programação; e material de apoio.
Após a realização da reunião, será apresentado o Relatório Final (Produto
3.2.2), com a atualização do Relatório Parcial apresentado anteriormente e o
relatório da reunião de apresentação.

Material didático/de apoio, estratégias de mobilização/participação e


programação/detalhamento da reunião (Produto 3.2.1)
Este Produto integra o seguinte, a ser fornecido à PETROBRAS, no prazo de
10 dias após entrega do produto 3.1.1, e antes da reunião, para conhecimento e
validação:
• Local e data/hora da reunião;
• Participantes propostos, convites e estratégia de mobilização;
• Formato, programação, objetivos e responsáveis de cada seção;
• Estratégias de participação e dinâmicas a desenvolver;
• Material de apoio que será distribuído aos participantes (apresentação
powerpoint, questionários, fichas de questões, fichas de presença e
ficha de evento);
• Resultados esperados.
O material que será apresentado aos participantes conterá: conceitos
fundamentais; objetivos do projeto; fases do projeto; descrição da fase atual; e
informações de base levantadas sobre os fatores ambientais e sociais estudados.

Relatório Final com caracterização dos fatores ambientais e sociais a


serem analisados (Produto 3.2.2)
O Relatório Final terá duas partes distintas: relatório técnico final e relatório
final da reunião de apresentação.
O relatório técnico será uma versão atualizada do Relatório Parcial (Produto
3.1.1), contendo para cada fator ambiental e social:

Revisão 00
Relatório
10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 103

• Metodologia para coleta de dados (no caso de existência de recolha


de dados primários);
• Informação sobre a sua condição base;
• Informação sobre mudanças nas suas condições, com base na
exposição de informação histórica;
• Identificação da sua capacidade de suporte (limiar) face a impactos,
quando essa informação for possível.
O relatório final da reunião de apresentação conterá:
• A descrição da reunião:
- Programação e organização;
- Dinâmicas desenvolvidas;
- Registro das questões colocadas, matérias discutidas, pontos
divergentes e convergentes;
- Lista de presença com nome, instituição e contato;
- Registro fotográfico (identificando local, evento, data e
responsável);
• Resultado final acordado.

Como anexo deste Produto, será apresentada uma sistematização dos dados
levantados que não forem considerados na análise, registrados em planilha
especifica, identificando a fonte/origem do dado, a informação e a justificativa de
não utilização.

IV.4.4 - Fase 4 – Avaliação de impactos cumulativos

Na fase de avaliação de impactos cumulativos faz-se a estimativa do estado


futuro dos fatores ambientais e sociais resultante dos efeitos dos estressores
agregados (passados, presentes e, quando previsível, futuros) que os afetam (IFC,
2013).
Posto isto, a condição futura dos fatores ambientais e sociais daí resultante
será avaliada face a um valor limite representativo da condição aceitável para esses
fatores. Neste escopo, os impactos são medidos em termos da resposta dos fatores

Revisão 00
Relatório
10/2017
104 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

ambientais e sociais e das alterações significativas à sua condição que daí resultem
(IFC, 2013).
Nesta fase será realizado um serviço que resultará em dois produtos:
• Serviço 4.1. – Avaliação dos Impactos Cumulativos sobre os fatores
ambientais e sociais:
o Produto 4.1.1 – Relatório Parcial;
o Produto 4.1.2 – Relatório Final e mapas georreferenciados.

IV.4.4.1 - Serviço 4.1. – Avaliação dos Impactos Cumulativos sobre os


fatores ambientais e sociais

A fase de Avaliação de Impactos Cumulativos terá como objetivos:


• Identificação de impactos ambientais e sociais;
• Avaliação de impactos que ocasionam eventuais mudanças na
condição dos fatores ambientais e sociais;
• Identificação de efeitos cumulativos, sinérgicos e outros.
Uma fundamental diferença da AIC face à AIA será o foco da avaliação: ao
invés do enfoque na atividade antrópica em estudo, na AIC deverá ter-se o enfoque
nos fatores ambientais e sociais selecionados, notadamente na sua resposta e sua
condição face aos estressores que sobre eles interagem, interagiram ou interagirão
(Hegmann, 1999).
A resposta dos fatores ambientais e sociais aos estressores repercute a
ocorrência de efeitos cumulativos como interações no espaço e no tempo entre
atividades, entre atividades e cada fator ambiental ou social e entre fatores
ambientais ou sociais, que se traduzem em canais entre causa e efeito. Nestes
canais, a cumulatividade entre efeitos só existe se os efeitos atuarem no espaço ou
tempo sem que o fator ambiental ou social se recupere totalmente de efeitos
passados (Hegmann, 1999).
Propõe-se que os trabalhos sejam desenvolvidos segundo os seguintes
passos:
1. Compilação de informações;
2. Identificação de ações estressoras e de impactos sobre os fatores
ambientais e sociais;

Revisão 00
Relatório
10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 105

3. Avaliação dos impactos identificados para distinção dos impactos


chave que podem afetar a sustentabilidade e/ou viabilidade do fator a
longo prazo;
4. Análise dos impactos chave para identificação dos efeitos
cumulativos, sinérgicos e outros.
A compilação de informações será realizada com base nos conteúdos obtidos
nas fases 2 - Escopo e 3 – Levantamento de dados, notadamente:
• Limites de abrangência temporal e espacial selecionados;
• Listagem dos fatores ambientais e sociais;
• Identificação preliminar dos impactos que afetam os fatores
ambientais e sociais;
• Listagem preliminar dos principais estressores;
• Caracterização dos fatores ambientais e sociais.
Esta informação será complementada com a recolhida junto de gestores
públicos e empresas responsáveis pelos projetos da região em estudo, destinadas
à atualização dos resultados dos projetos e à discussão sobre os impactos
esperados dos empreendimentos abordados.
No ponto 2, de identificação de ações estressoras e de impactos, revisitar-se-
á a informação até então recolhida, no sentido de aferir de forma sistematizada as
principais ações geradoras de impactos, e os impactos que podem resultar em
eventuais efeitos cumulativos relevantes sobre os fatores ambientais.
Na avaliação dos impactos, para distinção dos impactos chave, serão tidos em
conta os valores limite estabelecidos em legislação ou políticas existentes e as
consequências de tais elementos para a condição prevista dos fatores ambientais
e sociais (Hegmann, 1999). No momento em que se faz a avaliação dos impactos
e se junta toda a informação recolhida para cada tema, alguns impactos se
destacam, sobressaem do conjunto de impactos analisados e uma avaliação
pericial e pluridisciplinar permitirá identificar quais os impactos chave.
No ponto 4, far-se-á uma análise detalhada dos impactos chave identificados
no ponto 3. A análise de impactos buscará, em primeiro lugar, a identificação de
efeitos aditivos incrementais de estressores sobre os fatores ambientais e sociais.
Se a natureza da interação é mais complexa (ex. efeitos sinérgicos ou outros),
numa segunda fase esses efeitos serão analisados nesse escopo ou será

Revisão 00
Relatório
10/2017
106 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

apresentada justificativa de que tal não é razoável ou possível fazer-se. Considerar-


se-ão as variações ambientais e socioeconômicas que podem influenciar a
condição futura dos fatores ambientais e sociais, e não apenas as condições
médias esperadas (p.ex. o valor de royalties recebido pelos municípios pode ser
influenciado pela variação do preço do petróleo nos mercados internacionais).
As metodologias a utilizar na avaliação são adequadas às características de
cada fator ambiental ou social, tendo-se tipicamente metodologias diferentes para
fatores do tipo físico, biótico e socioeconômico. Estas metodologias serão
selecionadas na fase de escopo face às listagens de fatores ambientais e sociais e
de principais estressores aí determinadas.
De forma geral, é possível perspectivar-se que as metodologias selecionadas
para os vários fatores ambientais e sociais possam recair numa ou várias das
seguintes tipologias:
• Análise espacial usando Sistema de Informação Geográfica;
• Análise de tendências;
• Análises de impacto social e econômico;
• Matrizes e tabelas;
• Análise pericial/julgamento profissional.
Todo o processo poderá desenvolver-se, de forma iterativa, conseguindo-se o
ajuste dos elementos preliminares desenvolvidos em fase de escopo por forma à
satisfação dos objetivos propostos. Este ajuste poderá ser necessário, por exemplo,
face a lacunas / deficiências detectadas na fase de levantamento de dados ou à
qualidade dos primeiros resultados obtidos de avaliação de impactos e de
identificação de efeitos.
O resultado deste serviço consistirá no Relatório Parcial (Produto 4.1.1) e
Relatório Final e mapas georreferenciados (Produto 4.1.2).

Relatório Parcial (Produto 4.1.1)


O Relatório Parcial incluirá a análise parcial dos impactos cumulativos,
interativos, aditivos, sinérgicos, etc., sobre os fatores ambientais e sociais
analisados, considerando as abrangências temporais e espaciais definidas, bem
como as principais ações estressoras identificadas.

Revisão 00
Relatório
10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 107

Para o efeito aplicar-se-á a(s) metodologia(s) definida(s) na fase de escopo e


apresentar-se-ão os dados brutos utilizados para análise.
A análise parcial será apresentada por meio (físico, biótico, socioeconômico) e
por fator ambiental e social analisado.

Relatório Final e mapas georreferenciados (Produto 4.1.2)


O Relatório final conterá: ´
• A análise dos impactos cumulativos, interativos, aditivos, sinérgicos,
etc., sobre todos os fatores ambientais e sociais analisados.
• Explicitação do método e do processo desenvolvido para o resultado
final.
A análise será apresentada por meio (físico, biótico e socioeconômico) e por
fator ambiental. O nível de agregação (por município, por região ou outro) será
definido oportunamente, em face dos dados disponíveis e da qualidade e
quantidade de informação que permitam extrair.
Todas as tabelas, gráficos, matrizes, redes, etc., elaboradas como subsídio
e/ou resultado da análise serão apresentadas, assim como os dados brutos
utilizados para análise. Os métodos e ferramentas aplicados serão devidamente
explicados, permitindo seu entendimento e sua replicação.
As informações coletadas serão espacializadas em mapas georreferenciados,
com respectivo banco de dados.
Como anexo deste Produto, será apresentada uma sistematização dos dados
levantados que não forem considerados na análise, registrados em planilha
especifica, identificando a fonte/origem do dado, a informação e a justificativa de
não utilização. Desta forma tem-se o registro e o histórico do levantamento de
dados independente do seu uso (para justificar possíveis demandas e para uso em
análises futuras).

Revisão 00
Relatório
10/2017
108 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

IV.4.5 - Fase 5 – Avaliação da capacidade de suporte e da


significância dos impactos cumulativos previstos

A fase 5 representa o culminar da avaliação de impactos cumulativos.


Nesta fase, os impactos cumulativos serão classificados de acordo com
diversos critérios, o que resultará na avaliação global da sua significância (para
cada um dos fatores ambientais e sociais). Para a definição da significância de cada
um dos impactos cumulativos identificados, o conceito de limite de alteração é
crucial.
Nesta fase serão realizados três serviços que resultarão em quatro produtos:
• Serviço 5.1 – Levantamento da significância dos impactos
cumulativos previstos:
- Produto 5.1.1 – Relatório Parcial;
• Serviço 5.2 – Oficina participativa para discussão e validação das
informações:
- Produto 5.2.1 – Material didático/de apoio, estratégias de
mobilização/participação e programação/detalhamento das Oficinas;
- Produto 5.2.2 – Relatório das Oficina Participativa;
• Serviço 5.3 – Avaliação da significância dos impactos cumulativos
previstos:
- Produto 5.3.1 – Relatório Final.

IV.4.5.1 - Serviço 5.1. – Levantamento da significância dos impactos


cumulativos previstos

Após a avaliação de impactos cumulativos realizada na fase anterior, o


presente serviço inclui a comparação dos impactos cumulativos com os limites de
alteração e posterior classificação de cada impacto em termos da sua significância.
Cada impacto cumulativo será classificado nas seguintes componentes (cf. Figura
16) (Hegmann et al., 1999):
• Natureza;
• Escala espacial;
• Duração;

Revisão 00
Relatório
10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 109

• Frequência;
• Magnitude;
• Significância;
• Confiança.
A componente natureza de um impacto cumulativo identifica a direção deste
(positiva, negativa ou nula). As opções de classificação de um impacto cumulativo
nesta componente são apresentadas no Quadro 18.
Quadro 18 – Componente de avaliação do impacto cumulativo: Natureza.

Opções Definição

Positiva Impacto cumulativo que beneficia o fator ambiental ou social


Neutra Impacto cumulativo que não altera o fator ambiental ou social
Negativa Impacto cumulativo que prejudica o fator ambiental ou social

A componente escala espacial de um impacto cumulativo identifica a


espacialidade do efeito deste (área territorial). As opções de classificação de um
impacto cumulativo nesta componente são apresentadas no quadro seguinte.

Quadro 19 – Componente de avaliação do impacto cumulativo: Escala espacial.

Opções Definição

Local Impacto cumulativo limitado a uma pequena área/ localidade


Impacto cumulativo limitado a uma região (vários municípios se o
Regional
impacto for em terra)
Impacto cumulativo que se estende a uma larga área, tendo efeitos a
Estadual
nível Estadual
Impacto cumulativo que se estende a uma vasta área, tendo efeitos a
Nacional
nível Nacional

Revisão 00
Relatório
10/2017
110 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

Figura 16 – Componentes de avaliação da significância dos impactos cumulativos

A componente duração de um impacto cumulativo identifica o espaço temporal


do efeito deste (curto, médio ou longo prazos). As opções de classificação de um
impacto cumulativo nesta componente são apresentadas no Quadro 20.

Revisão 00
Relatório
10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 111

Quadro 20 – Componente de avaliação do impacto cumulativo: Duração.

Opções Definição
Impacto cumulativo com efeitos significativos a curto prazo
Curto
(inferior a um ano/ inferior a uma geração, dependendo do fator)
Impacto cumulativo com efeitos significativos a médio prazo
Médio
(de um a dez anos/ durante uma geração, dependendo do fator)
Impacto cumulativo com efeitos significativos a longo prazo
Longo
(mais de dez anos/ mais de uma geração, dependendo do fator)

A componente frequência de um impacto cumulativo identifica a periodicidade/


constância do efeito deste (regular ou irregular). As opções de classificação de um
impacto cumulativo nesta componente são apresentadas no Quadro 21.

Quadro 21 – Componente de avaliação do impacto cumulativo: Frequência.

Opções Definição
Única Impacto cumulativo que ocorre uma única vez
Esporádica Impacto cumulativo que ocorre irregularmente e mais do que uma vez
Impacto cumulativo que ocorre regularmente e em intervalos regulares/
Contínua
constantemente

A componente magnitude de um impacto cumulativo identifica a dimensão do


efeito deste. As opções de classificação de um impacto cumulativo nesta
componente são apresentadas no Quadro 22.

Quadro 22 – Componente de avaliação do impacto cumulativo: Magnitude.

Opções Definição
Impacto cumulativo com nenhum/ mínimo efeito na função do fator
Baixa
ambiental ou social
Impacto cumulativo com efeito considerável na função do fator
Moderada ambiental ou social, existindo a possibilidade de recuperação da sua
função a curto/ médio prazo
Impacto cumulativo com efeito considerável na função do fator
Alta ambiental ou social, não existindo a possibilidade de recuperação da
sua função a médio prazo

Revisão 00
Relatório
10/2017
112 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

No final da classificação de um impacto cumulativo, de acordo com as


componentes anteriormente identificadas (natureza, escala espacial, duração,
frequência e magnitude), será avaliada a significância deste. Um impacto
cumulativo pode ser considerado:
• Insignificativo;
• Significativo;
• Muito significativo.
A avaliação da significância de um impacto cumulativo em determinado fator
ambiental e social terá em conta o limite de alteração. Desta forma, a avaliação da
significância de um impacto cumulativo não deve ter em conta a quantidade da
alteração, mas sim o seu potencial impacto na função de determinado fator
ambiental ou social (IFC, 2013). Assim, o conceito de limite de alteração é chave
para a avaliação de impactos cumulativos.
Os quadros seguintes exemplificam dois tipos de avaliação (quantitativa e
qualitativa) dos efeitos dos impactos nos vários recursos.

Quadro 23 – Quadro-exemplo utilizando a descrição quantitativa dos efeitos (dentro de


um dado nível de incerteza) sobre vários recursos.

Ações Ações Ações Ações Efeitos


Recurso
passadas presentes propostas futuras cumulativos
20% de 10% de 5% de 35% de
Qualidade Sem efeito
aumento em aumento em aumento em aumento em
do ar no SO2
SO2 SO2 SO2 SO2
48% de
50% da 2% da 5% de 1% da
perda da
população população aumento da população
Peixes população
de 1950 de peixes população de peixes
de peixes de
perdida perdida de peixes perdida
1950
1% das 1,5% das
zonas zonas 95% de
78% de 0,5% das
úmidas úmidas zonas
zonas zonas
Zonas existentes existentes úmidas pré-
úmidas pré- úmidas
úmidas perdidas perdidas definidas
definidas existentes
anualmente anualmente perdidas em
perdidas perdidas
durante 5 durante 10 10 anos
anos anos
Fonte: CEQ (1997)

Revisão 00
Relatório
10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 113

Quadro 24 – Quadro-exemplo utilizando uma descrição qualitativa dos efeitos nos vários
recursos, com classificações de impacto entre 1 e 5.

Ações Ações Ações Ações Efeitos


Recurso
passadas presentes propostas futuras cumulativos
Qualidade do
1 2 1 1 2
ar
Peixes 3 2 1 1 4
Zonas úmidas 4 1 1 1 4
Fonte: CEQ (1997)

Os limites de alteração são barreiras para além das quais as alterações


resultantes dos impactos cumulativos tornam-se motivo de preocupação. Estes são
tipicamente expressos em termos de capacidade de carga, objetivos, metas e/ou
limites de mudança aceitáveis. Estes refletem não só informação científica, mas
também valores da sociedade e interesses das comunidades afetadas (IFC, 2013).
Para o presente trabalho serão considerados os seguintes tipos de limites de
alteração:
• Capacidade de carga – máxima concentração/ quantidade que
determinado meio suporta até deixar de cumprir as suas funções;
• Limite legal – caso exista legislação sobre o limite de carga de
determinado meio;
• Capacidade de carga estimada – de acordo com a análise de tendência
de determinado fator ou outra forma de estimação;
• Limite de alteração aceitável em consulta com a comunidade científica,
comunidades afetadas e demais partes interessadas.
O limite de alteração será identificado na Fase 5 de desenvolvimento dos
trabalhos, de acordo com o tipo de fator e com a informação disponível.
Caso não seja possível apresentar a capacidade de carga para os fatores em
análise (por não estarem definidos nem calculados esses limites com grau de
confiança aceitável), verificar-se-á a viabilidade de identificar limites de alteração
para os fatores através de estimativa com base nas análises de tendências, com
base em limites legais ou mediante a consulta da comunidade científica ou das
comunidades afetadas.

Revisão 00
Relatório
10/2017
114 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

Abaixo apresentam-se dois exemplos (relacionados a dois tipos de Fatores:


bióticos e físico-químicos) de questões que podem ser colocadas para orientar a
definição da grandeza da alteração que será produzida em cada Fator.

Fator biótico
• Que parte da população poderá ter a sua capacidade reprodutiva e/ou
a sobrevivência de espécies afetadas? Ou, para habitats, quanto da
capacidade de reprodução do seu habitat pode ser afetado (exemplo:
menos de 1%, 1 a 10%, mais de 10%)?
• Quanta recuperação da população ou habitat pode ocorrer, mesmo
com mitigação (exemplo: completa, parcial, nenhuma)?
• Quão cedo poderia a recuperação ocorrer em condições aceitáveis
(exemplo: menos de um ano ou de uma geração; 1 a 10 anos ou 1
geração; mais de 10 anos e mais de uma geração)?
Fator físico-químico
• Quanto as mudanças no Fator poderiam exceder aquela associada à
variabilidade natural da região?
• Quanta recuperação do Fator pode ocorrer, mesmo sem mitigação?
• Quão cedo poderia a recuperação ocorrer em condições aceitáveis?

Por fim, a componente confiança tem de ser igualmente classificada. Esta


componente refere-se ao nível de confiança que a avaliação de significância do
impacto cumulativo possuiu. A confiança pode ser: baixa; moderada ou alta. Esta
classificação depende do grau de certeza que os modelos de previsão da alteração
ou da capacidade de carga possuem.
É importante referir que, quanto maior for a presença de incerteza na
determinação do grau de significância de um impacto cumulativo, mais
conservadora deverá ser a conclusão retirada. Desta forma, com a introdução da
componente confiança na avaliação da significância de um impacto cumulativo, é
possível inferir da necessidade da utilização do princípio da precaução na
construção de conclusões.
No final do presente serviço será apresentado o Relatório Parcial (Produto
5.1.1).

Revisão 00
Relatório
10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 115

O produto Relatório Parcial conterá:


• Uma avaliação parcial do limite de alteração nas condições dos
fatores ambientais e sociais selecionados (capacidade de carga);
• Avaliação parcial da significância dos impactos cumulativos (nas suas
diversas componentes).
Este relatório será construído na base dos produtos anteriores e permitirá
conhecer o andamento do estudo e os resultados parciais da análise.

IV.4.5.2 - Serviço 5.2. – Oficina participativa para discussão e validação


das informações

Após a apresentação do Produto 5.1.1 (Relatório Parcial), será realizada uma


oficina de trabalho participativa com os principais atores. Esta oficina tem como
objetivo discutir, definir e avaliar a capacidade de suporte/ limites de alteração
aceitáveis nas condições dos fatores ambientais e sociais selecionados e a
significância dos impactos cumulativos identificados.
O formato e a dinâmica da oficina podem ser consultados na seção IV.5.3 -
Formato e dinâmica das oficinas. Esta terá a duração de um dia e incluirá métodos
expositivos, métodos interrogativos e métodos ativos de diálogo, discussão e
partilha de opiniões.
A oficina será divulgada previamente mediante o endereçamento de convites,
contatos telefônicos e contatos por e-mail (cf. seção IV.5 -para uma descrição mais
completa).
Previamente à realização da oficina participativa para discussão e validação
das informações, será entregue toda a informação relativa à organização da mesma
(Produto 5.2.1), notadamente: local; participantes propostos; formato; objetivos;
estratégias de mobilização/participação; programação; e material de apoio.
Após a realização da reunião, será apresentado o Relatório da Oficina
Participativa (Produto 5.2.2), com a descrição da mesma.

Revisão 00
Relatório
10/2017
116 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

Material Didático/de apoio, estratégias de mobilização/participação e


programação/detalhamento da Oficina (Produto 5.2.1)
Este Produto integra o seguinte, a ser fornecido à PETROBRAS, no prazo de
5 dias após entrega do produto 5.1.1, e antes da oficina, para conhecimento e
validação:
• Local e data/hora da oficina;
• Participantes propostos, convites e estratégia de mobilização;
• Formato, programação, objetivos e responsáveis de cada seção;
• Estratégias de participação e dinâmicas a desenvolver;
• Material de apoio que será distribuído aos participantes (apresentação
powerpoint, questionários, fichas para grupos de trabalho, fichas de
presença e ficha de evento);
• Resultados esperados.
O material que será apresentado aos participantes conterá: conceitos
fundamentais; objetivos do projeto; fases do projeto; descrição da fase atual;
avaliação parcial da capacidade de carga/ limites de alteração aceitáveis e
significância dos impactos cumulativos identificados.

Relatório da Oficina participativa (Produto 5.2.2)


O Relatório da Oficina Participativa conterá:
• A descrição da oficina:
- Programação e organização;
- Dinâmicas desenvolvidas;
- Registro das questões colocadas, matérias discutidas, pontos
divergentes e convergentes;
- Lista de presença com nome, instituição e contato;
- Registro fotográfico (identificando local, evento, data e responsável);
• Resultado final acordado.

Revisão 00
Relatório
10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 117

IV.4.5.3 - Serviço 5.3. – Avaliação da significância dos impactos


cumulativos previstos

Este serviço representa a conclusão da fase de avaliação da significância dos


impactos cumulativos previstos. Neste serviço, será atualizado o Relatório Parcial
(Produto 5.1.1) com os resultados da Oficina participativa (Produto 5.2.2).
Desta forma será concluída a avaliação da capacidade de suporte/ limite de
alteração aceitável de cada fator ambiental e social selecionado. Será ainda
definido o estado final da condição de cada fator ambiental e social após as
mudanças/ pressões identificadas.
O resultado deste serviço será o produto 5.3.1 (Relatório Final).

Relatório Final (Produto 5.3.1)


O produto Relatório Final conterá:
• A avaliação do limite de alteração nas condições dos fatores
ambientais e sociais selecionados;
• A avaliação final da significância dos impactos cumulativos (nas suas
diversas componentes).
Este relatório será construído na base no produto 5.1.1 e dos resultados
obtidos no produto 5.2.2, e permitirá conhecer o andamento do estudo e os
resultados da análise.
As informações coletadas serão espacializadas em mapas georreferenciados,
com respectivo banco de dados, sempre que for possível. Como anexo deste
Produto, será também apresentada uma sistematização dos dados levantados que
não forem considerados na análise, registrados em planilha específica,
identificando a fonte/origem do dado, a informação e a justificativa de não utilização.

Revisão 00
Relatório
10/2017
118 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

IV.4.6 - Fase 6 – Análise dos resultados e banco de dados


georreferenciado

IV.4.6.1 - Serviço 6.1. Análise dos resultados das fases anteriores

A partir dos dados obtidos nas fases anteriores, será apresentado um resultado
analítico detalhado, discutindo a realidade da região frente à cumulatividade de
diversos estressores e a influência sobre os fatores ambientais/ sociais e as
possíveis transformações sociais, ambientais e econômicas (positivas e negativas).
A análise considerará, no mínimo, a situação do ambiente/região; o
relacionamento entre os estressores; as relações de causa-efeito entre as ações
humanas e os impactos; os principais impactos transformadores da dinâmica
regional; a inter-relações entre os diferentes impactos; a capacidade de assimilação
dos sistemas/fatores frente aos diversos estressores e as significativas mudanças
funcionais e/ou estruturais.
Discutir-se-á a cumulatividade dos impactos sobre os fatores ambientais e
sociais analisados considerando as escalas temporais e espaciais.
E ainda, discutir-se-ão as consequências resultantes da acumulação e
interação de múltiplas tensões afetando partes e funções de um ecossistema, de
modo a fornecer subsídios para discussão de capacidade de suporte da região
frente aos empreendimentos e eventos naturais e às possíveis transformações.
Dessa forma, esse serviço apresentará possíveis estratégias de enfrentamento
dessas consequências e transformações, com a proposição de planos, de
indicadores de monitoramento e de mecanismos de supervisão de modo a subsidiar
a gestão (local/regional) na elaboração de ações/projetos de mitigação e de
políticas públicas, e também preparar a região para enfrentar as possíveis
mudanças sociais, ambientais e econômicas.
Os resultados serão apresentados por meio de relatórios analíticos, mapas
georreferenciados, tabelas, matrizes e diagramas.
O resultado deste serviço será o produto 6.1.1.

Revisão 00
Relatório
10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 119

Relatório Técnico analítico dos resultados alcançados (Produto 6.1.1)


Será produzido um relatório técnico com a análise dos resultados, discutindo a
realidade da região frente à cumulatividade de diversos estressores e sua influência
sobre os fatores ambientais/ sociais e a relação com as possíveis transformações
sociais, ambientais e econômicas (positivas e negativas).
Este relatório apresentará uma análise considerando, no mínimo, a situação do
ambiente/região; o relacionamento entre os estressores; os principais impactos
transformadores da dinâmica regional; a inter-relações entre os diferentes
impactos; a cumulatividade dos impactos sobre os fatores ambientais e sociais
analisados considerando as escalas temporais e espaciais; a capacidade de
assimilação dos sistemas/fatores frente aos diversos estressores e as significativas
mudanças funcionais e/ou estruturais.
Discutir-se-ão as consequências resultantes da acumulação e interação de
múltiplas tensões afetando partes e funções de um ecossistema, de modo a
fornecer subsídios para discussão de capacidade de suporte da região frente aos
empreendimentos e eventos naturais e às possíveis transformações.
Apresentar-se-ão possíveis estratégias de enfrentamento dessas
consequências e transformações, com a proposição de planos, de indicadores de
monitoramento e de mecanismos de supervisão de modo a subsidiar a gestão
(local/regional) na elaboração de ações/projetos de mitigação e de políticas
públicas, com base em uma visão amplificada da região, que atuem na minimização
e/ou mitigação dos impactos e também preparem a região para enfrentar as
possíveis mudanças sociais, ambientais e econômicas.
As informações coletadas serão espacializadas em mapas georreferenciados,
com respectivo banco de dados.
Como anexo deste Produto, será apresentada uma sistematização dos dados
levantados que não forem considerados na análise, registrados em planilha
especifica, identificando a fonte/origem do dado, a informação e a justificativa de
não utilização. Desta forma tem-se o registro e o histórico do levantamento de
dados independente do seu uso (para justificar possíveis demandas e para uso em
análises futuras).

Revisão 00
Relatório
10/2017
120 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

IV.4.6.2 - Serviço 6.2. Informações georreferenciadas e banco de dados

Apresentar-se-ão as informações levantadas nas fases anteriores


espacializadas em mapas georreferenciados, com respectivo banco de dados,
estabelecido de acordo com a especificação da contratante.
As metodologias utilizadas para avaliação de impactos considerarão o uso de
ferramentas de geoprocessamento, facilitando a compreensão da abrangência
espacial da análise e dos impactos analisados.
Os dados georreferenciados serão individualmente produzidos,
georreferenciados e descritos em cumprimento das premissas estabelecidas na
especificação da contratante.
A estruturação dos dados geográficos será eficiente e temática. Esta estrutura
será estabelecida em sistema de ficheiros simples, seguindo as disposições de
agregação temática, organização e nomenclatura, tanto para diretórios, como para
dados propriamente ditos. Por eficiência, o banco de dados será constituído na sua
raiz por dois diretórios relacionados, respectivamente, referentes a:
• Dados (organizados por temática);
• Produtos cartográficos (organizados por produto).
Esta arquitetura permite evitar a repetição de dados que sejam necessários
para a produção de vários produtos cartográficos e, simultaneamente, manter um
registro do histórico dos produtos cartográficos ao longo dos trabalhos.
Os dados geográficos constantes do banco de dados serão documentados no
mínimo com o conjunto de informações dispostas na especificação da contratante
(ponto 3.), com o uso do perfil “ISO 19139 Metadata Implementation Specification”
de edição de metadados no sistema ArcGIS 10.4, em conformidade com a ISO
19115.
O resultado deste serviço será o produto 6.2.1.

Informações georreferenciadas com respectivo banco de dados (Produto


6.2.1)
Este Produto conterá as informações espacializadas em mapas e respectivo
banco de dados, considerando a especificação da contratante.

Revisão 00
Relatório
10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 121

Como anexo deste Produto, será apresentada uma sistematização dos dados
levantados que não forem considerados na análise, registrados em planilha
especifica, identificando a fonte/origem do dado, a informação e a justificativa de
não utilização. Desta forma tem-se o registro e o histórico do levantamento de
dados independente do seu uso (para justificar possíveis demandas e para uso em
análises futuras).
Apresentar-se-á uma versão parcial do Produto 6.2.1, 90 dias após a RI1,
sendo o Produto final entregue na fase 6, 210 dias após a RI1.

IV.4.7 - Fase 7 – Apresentação dos resultados finais

IV.4.7.1 - Serviço 7.1. Reunião de apresentação dos resultados finais

Realizar-se-á 1 (uma) reunião, para apresentação, discussão e validação dos


resultados, com a duração de 1 (um) dia, em local de fácil acesso para os
participantes e que permita a realização de atividades diversas, tais como
apresentação de conteúdo, dinâmicas de grupo, discussão em plenária e coffee
break.
A seção IV.5.4 - Formato e dinâmica das reuniões apresenta o formato e a
dinâmica desta reunião.
Providenciar-se-á o material necessário para a realização da reunião, incluindo
materiais que permitam a visualização da discussão e dos resultados (painéis,
computadores, etc.); documentos para que os participantes tenham conhecimento
do tema; materiais para discussão do conteúdo em grupo e/ou plenária; lista de
presença; máquina fotográfica/filmadora; alimentação durante a reunião (coffee
break/café/água).
Serão convidados, no mínimo, os participantes das reuniões realizadas, ao
longo do processo e, ainda, os gestores públicos e tomadores de decisão, atores e
fóruns responsáveis pela gestão costeira (como por exemplo os Comitês de Bacias,
Grupos do Gerenciamento Costeiro, Mosaicos de Unidades de Conservação) e
outros atores importantes levantados na Fase 1 e identificados como lideranças e
tomadores de decisão (tais como ONG, OSCIP, Universidades e Institutos de

Revisão 00
Relatório
10/2017
122 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

Pesquisa; Associações e Cooperativas de comunidades tradicionais - Pescadores,


Extrativistas, Quilombolas, Indígenas etc.).
A reunião será divulgada previamente mediante o endereçamento de convites,
contatos telefônicos, contatos por e-mail e colocação de faixas de divulgação.
Previamente à realização da reunião de apresentação e validação das
informações, será entregue toda a informação relativa à organização da mesma
(Produto 7.1.1), notadamente: local; participantes propostos; formato; objetivos;
estratégias de mobilização/participação; programação; e material de apoio.
Após a realização da reunião, será apresentado o relatório final da reunião de
apresentação (Produto 7.1.2).

Material didático/de apoio, estratégias de mobilização/participação e


programação/detalhamento da reunião (Produto 7.1.1)
Apresentar-se-á o material de apoio que será distribuído aos participantes, que
permita o conhecimento e entendimento do tema, a discussão do conteúdo e os
encaminhamentos/decisões necessárias para o andamento do projeto, incluindo
como conteúdo, no mínimo: os conceitos fundamentais, os objetivos do projeto, as
fases do trabalho, a descrição da fase atual, os resultados da avaliação de impactos
cumulativos e da significância dos mesmos, assim como a análise final dos
resultados e as informações georreferenciadas (produtos 4.2.2., 5.1.2., 6.1.1. e
6.2.1).
Apresentar-se-ão os convites e, eventualmente, outras estratégias de
mobilização/participação, garantindo assim a participação dos envolvidos.
Apresentar-se-á a programação detalhada da reunião, incluindo o formato, os
objetivos, as dinâmicas/metodologias a serem utilizadas (incluindo o passo a passo
de cada dinâmica, os tempos necessários, os materiais utilizados, as pessoas
responsáveis, etc.), os resultados esperados, as responsabilidades/papéis de cada
um, a organização e logística, etc.
Esse produto será entregue no prazo de 10 dias após RI2, e antes da reunião,
para conhecimento e validação pela PETROBRAS.

Revisão 00
Relatório
10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 123

Relatório da reunião de apresentação final (Produto 7.1.2)


O relatório final da reunião de apresentação incluirá o relato da reunião de
apresentação e validação das informações (com descrição da organização,
dinâmicas desenvolvidas, registro das principais discussões, pontos divergentes e
convergentes, lista de presença com nome, instituição e contato, registro fotográfico
identificando o local, evento, data e responsável pela imagem) e resultado final
consensuado.

Revisão 00
Relatório
10/2017
124 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

IV.5 - PLANEJAMENTO DA PARTICIPAÇÃO

IV.5.1 - Objetivos

A participação social será fundamental para a auscultação de stakeholders ao


longo do processo de avaliação de impactos cumulativos, para a validação e ajuste
dos produtos desenvolvidos na prestação de serviços.
Busca ainda garantir a apropriação dos resultados por parte dos gestores, para
que haja continuidade do projeto, seja por meio de sua atualização e
monitoramento ou na proposição de ações/projetos de mitigação e de políticas
públicas, com base em uma visão amplificada da região e das possíveis
transformações que poderão ocorrer.
O envolvimento dos stakeholders e partes interessadas é crucial logo na fase
de definição dos fatores ambientais e sociais para a AIC e, portanto, na fase inicial.
É também essencial nas fases subsequentes, notadamente, na avaliação da
significância dos impactos cumulativos, na identificação de condições/limites
aceitáveis para os fatores ambientais e sociais, na aferição de recomendações para
políticas públicas, medidas de mitigação e mecanismos de supervisão.
No âmbito da participação social serão realizadas:
• Análise da mídia;
• Oficinas;
• Reuniões de apresentação de resultados;
• Entrevistas, reuniões e debate institucional.

IV.5.2 - Análise da mídia

A análise da mídia visa:


• Contribuir para o conhecimento da área de estudo e envolvente;
• Contribuir para o conhecimento de tendências de desenvolvimento
passadas e futuras e para a identificação de preocupações/conflitos;
• Contribuir para o levantamento dos fatores ambientais e sociais;

Revisão 00
Relatório
10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 125

• Contribuir para o levantamento dos estressores que afetam fatores


ambientais e sociais e das tendências de evolução destes
estressores.
Far-se-á uma busca direta via internet nos principais sites de notícias, jornais,
blogs, ONG e entidades virtuais, de material publicado e discutido sobre a região
em estudo e sua envolvente.
Buscar-se-á elencar os principais temas abordados, as principais
preocupações/reivindicações e manifestações públicas de opinião que aparecem
refletidas na mídia, de nível ambiental e socioeconômico.
As publicações encontradas serão lidas, interpretadas e sistematizadas em
tabela. Posteriormente, será realizada uma análise estatística das publicações de
acordo com três variáveis: quanto ao ano de publicação, quanto aos temas
abordados e quanto ao âmbito geográfico tratado.

IV.5.3 - Formato e dinâmica das oficinas

IV.5.3.1 - Objetivo

As oficinas visam:
• A discussão entre atores-chave, do escopo do projeto (Fase 2) e da
avaliação da capacidade de suporte e significância dos impactos
(Fase 5);
• A obtenção de contribuições para ajuste e validação de produtos;
• O acompanhamento dos trabalhos desenvolvidos no processo de
avaliação de impactos cumulativos.

IV.5.3.2 - Público-alvo

O público-alvo das oficinas são os representantes de setores e de


empreendimentos da região, considerando os segmentos: poder público federal,
poder público estadual e poder público municipal, grandes empreendedores,
ONGs, movimentos/associações comunitárias, instituições de ensino e pesquisa.

Revisão 00
Relatório
10/2017
126 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

As entidades do setor privado serão convidadas a participar do projeto caso se


mostre necessário.
Sugere-se a seleção de 25 representantes de entre o total de atores
identificados no documento “Listagem de atores” (V&S/Nemus, 2017) para os
poderes públicos, empreendedores e representantes da sociedade civil, propondo-
se a seguinte estrutura de representantes:
• 10 representantes dos poderes públicos (federal, estadual e
municipal);
• 10 representantes da sociedade civil (incluindo 4 representantes de
ONGs, 2 representantes de associações cívicas, e 4 representantes
de Universidades e Investigadores);
• 5 representantes dos empreendedores.

IV.5.3.3 - Estrutura da sessão

Cada oficina terá duração de 7 horas (incluindo pausas) e incluirá: métodos


expositivos (apresentação do trabalho em elaboração), métodos interrogativos
diretos e indiretos e métodos ativos de diálogo, discussão de ideias e partilha de
opiniões.
Os planos específicos de cada sessão serão apresentados no âmbito dos
produtos que antecipam a realização das mesmas.
Estes planos terão os seguintes conteúdos:

Quadro 25 – Plano de oficina.

TEMA: Escopo do projeto (Fase 2) / Avaliação da capacidade de suporte e


significância dos impactos (Fase 5)

DURAÇÃO: cerca de 7 horas (incluindo pausas)

EQUIPE DE SESSÃO: a definir

PÚBLICO-ALVO: Atores-chave identificados no documento “Listagem de atores”


(prevê-se a presença de cerca de 25 participantes)

Revisão 00
Relatório
10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 127

OBJETIVO:

• Garantir que os interesses e preocupações dos vários segmentos são


ouvidos e registrados.

• Dar conhecimento dos trabalhos desenvolvidos no projeto de avaliação


de impactos cumulativos.

• Obter contribuições para ajuste e validação de produtos.

METODOLOGIAS A APLICAR NA SESSÃO:


• Métodos expositivos com projeção de slides de powerpoint e outros
suportes
• Métodos interrogativos diretos e indiretos
• Métodos ativos com envolvimento dos participantes (discussão e análise)

AVALIAÇÃO:

TÉCNICAS: Observação de participantes / Debate aberto / Mapa de ideias /


Grupos de trabalho

INSTRUMENTOS: Ficha de evento (para a técnica de observação de


participantes) / Apresentação de questões-chave para debate.

A estrutura de cada sessão seguirá, genericamente, o modelo do quadro


seguinte.

Quadro 26 – Estrutura de uma oficina.

Horário Tema Conteúdo

Recepção aos
09:00 09:30 Acolhimento e registro
participantes
Boas vindas Apresentação dos participantes
09:30 10:00
Programação Apresentação das atividades
Abertura e contextualização pelo
10:00 10:15 Abertura
IBAMA e Petrobras

Revisão 00
Relatório
10/2017
128 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

Horário Tema Conteúdo

Apresentação dos objetivos da


sessão, conteúdos e dinâmica
10:15 11:15 Apresentação do projeto participativa
Apresentação do trabalho em
desenvolvimento
11:15 11:30 Debate Perguntas aos participantes
11:30 12:00 Coffee break (em simultâneo com a sessão)
Realização de grupos de trabalho
11:30 13:30 Grupos de trabalho para debater e analisar questões-
chave
13:30 14:30 Almoço (pausa)
Continuação da apresentação do
14:30 15:00 Apresentação
trabalho em desenvolvimento
15:00 15:20 Debate Perguntas aos participantes
15:20 15:50 Coffee break (em simultâneo com a sessão)
Cont. grupos de trabalho para
15:20 16:30 Grupos de trabalho
debater e analisar questões-chave
Apresentação das conclusões de
cada grupo
16:30 16:50 Conclusões
Debate cruzado entre grupos
Conclusões gerais
16:50 17:00 Encerramento Encerramento da oficina

IV.5.3.4 - Instrumentos

- Fichas de evento:
Em cada sessão será preenchida uma ficha pelo coordenador da sessão ou
por um técnico de apoio de participação social que tenha acompanhado a sessão.
As fichas de evento destinam-se a registrar a seguinte informação:
a) Identificação da sessão (local, data)
b) Nível de atendimento (nº de participantes, instituições presentes);
c) Caracterização da participação (temas e pontos críticos a observar pelos
participantes e ainda outros comentários, opiniões e sugestões dados
pelos mesmos)

Revisão 00
Relatório
10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 129

d) Debate (principais conclusões dos momentos de debate)


e) Resumo e análise crítica da sessão, mencionando os pontos essenciais
f) Fotos da sessão (ilustrando alguns momentos de apresentação,
discussão de ideias e participação do público)
g) Lista de participantes (cópia digital do documento original a preencher e
assinar pelos participantes)

Quadro 27 – Ficha de evento.

Fase: Tipo: Oficina/Reunião

Local:
Data:
Público:
Horário:
Palestrantes:
Pessoal de apoio:

A. CARACTERIZAÇÃO DO ATENDIMENTO
N.º participantes: xx [Homens: xx% Mulheres:xx%]

Instituições presentes:

B. CARACTERIZAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO
Temas e pontos críticos observados pelos participantes
Comentários participantes e respostas dadas pelos
Nomes:
palestrantes:

Outros comentários, opiniões e sugestões dos participantes:


Nomes: Comentários dos participantes e respostas dos palestrantes:

C. DEBATE
Principais conclusões dos momentos de debate

Revisão 00
Relatório
10/2017
130 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

D. RESUMO E ANÁLISE CRÍTICA DA SESSÃO


Pontos essenciais a mencionar

1. Cumprimento do plano do evento

2. Principais temas debatidos / questionados

3. Outros pontos relevantes a mencionar

E. FOTOS DA SESSÃO

- Lista de presenças:
Em cada sessão será repassada uma lista de presenças para ser assinada por
todos os participantes. A lista conterá os seguintes campos: a) nome do
participante; b) instituição a que pertence (se aplicável); c) assinatura; d) e-mail;
e) telefone.

- Roteiros dos grupos de trabalho


Serão formuladas questões-chave para debater nos grupos de trabalho.

- Registro de som e imagem:


Todas as sessões serão registradas em suporte vídeo (som e imagem) e serão
também fotografadas.

IV.5.3.5 - Equipamentos e materiais

O material e equipamento a utilizar em cada oficina consta do quadro seguinte.

Revisão 00
Relatório
10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 131

Quadro 28 – Equipamentos e materiais.

Materiais a preparar antes da oficina

• Apresentações de powerpoint para projeção em cada oficina

Materiais e consumíveis para a oficina

• Material de escrita para participação (canetas/lápis e papel)


• Alimentos e louças de apoio do coffee break
• Ficha de presenças e ficha de evento
• Roteiros dos grupos de trabalho

Equipamentos para a oficina

• Projetor (tipo data show)


• Tela para projetar
• Quadro e marcadores
• Microfone de captação/aumento do som
• Câmara de vídeo para registro da oficina
• Mesas de trabalho (para os grupos de trabalho)

IV.5.4 - Formato e dinâmica das reuniões

IV.5.4.1 - Objetivo

As reuniões visam:
• A apresentação dos resultados dos trabalhos desenvolvidos no
processo de avaliação de impactos cumulativos (caracterização dos
fatores ambientais e sociais em análise – fase 3, e apresentação dos
resultados finais – fase 7), por parte de entidades públicas, de
representantes de grandes empreendimentos da região e da
população em geral.

IV.5.4.2 - Público-alvo

O público-alvo das reuniões abrange, além do já referido para as oficinas, a


população em geral.

Revisão 00
Relatório
10/2017
132 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

IV.5.4.3 - Estrutura da sessão

Cada reunião terá duração máxima de 7 horas (incluindo pausas) e incluirá:


métodos expositivos (apresentação do trabalho em elaboração), métodos
interrogativos diretos e indiretos e métodos ativos de diálogo, discussão de ideias
e partilha de opiniões.
Os planos específicos de cada sessão serão apresentados no âmbito dos
produtos que antecipam a realização das mesmas.
Estes planos terão os seguintes conteúdos:

Quadro 29 – Plano de sessão de reunião.

TEMA: Caracterização dos fatores ambientais e sociais em análise (Fase 3) /


Apresentação dos resultados finais (Fase 7)

DURAÇÃO: máximo 7 horas (incluindo pausas)

EQUIPE DE SESSÃO: a definir

PÚBLICO-ALVO: indiferenciado (prevê-se a presença de cerca de 100


participantes por sessão)

OBJETIVO:

• Dar conhecimento dos trabalhos desenvolvidos no projeto de avaliação


de impactos cumulativos.

• Envolver a sociedade.

• Obter contribuições para ajuste e validação de produtos.

METODOLOGIAS APLICADAS NA SESSÃO:


• Métodos expositivos com projeção de slides powerpoint e outros suportes
• Métodos interrogativos diretos e indiretos
• Métodos ativos com envolvimento dos participantes (discussão e análise)

Revisão 00
Relatório
10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 133

AVALIAÇÃO:

TÉCNICAS: Observação de participantes / Debate aberto / Mapa de ideias /


Aplicação de questionários

INSTRUMENTOS: Ficha de evento (para a técnica de observação de


participantes) / Apresentação de temas-chave para debate /
Questionários individuais.

A estrutura de cada reunião seguirá, genericamente, o modelo do quadro


seguinte.

Quadro 30 – Estrutura de uma reunião.

Horário Tema Conteúdo

Recepção aos
09:00 09:30 Acolhimento e registro
participantes
Boas vindas
09:30 10:00 Apresentação das atividades
Programação
Abertura e contextualização pelo
10:00 10:15 Abertura
IBAMA e Petrobras
Apresentação dos objetivos da
sessão, conteúdos e dinâmica
Apresentação do
10:15 11:15 participativa
projeto
Apresentação do trabalho em
desenvolvimento
11:15 11:45 Coffee break (pausa)
Apresentação das principais
11:45 13:00 Questões em aberto
questões-chave
13:00 14:00 Almoço (pausa)
Debate moderado pelo orador e
14:00 15:00 Debate técnico(s) de apoio, em torno
das questões-chave
15:00 15:30 Conclusões Conclusões do debate
15:30 16:00 Encerramento Encerramento da sessão

Revisão 00
Relatório
10/2017
134 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

IV.5.4.4 - Instrumentos

Aplicar-se-ão nas reuniões fichas de evento, lista de presenças e registro de


som e imagem.
Além disso, serão concebidos questionários específicos para servirem como
instrumento de coleta de informação em quantidade relevante (para permitir
tratamento estatístico) e de forma anônima.
Em cada reunião serão distribuídos questionários com questões relativas às
temáticas da respectiva fase, de forma a apoiar a coleta de elementos para o
desenvolvimento dos trabalhos.
As respostas obtidas serão digitadas e inseridas numa base de dados.

IV.5.4.5 - Equipamentos e materiais

O material e equipamento a utilizar em cada sessão será o seguinte:

Quadro 31 – Equipamentos e materiais.

Materiais a preparar antes da reunião

• Faixas para assinalar local de realização da reunião


• Apresentações powerpoint para projeção em cada reunião

Materiais e consumíveis para a reunião

• Material de escrita para participação (canetas/lápis e papel)


• Alimentos e louças de apoio do coffee break
• Questionários
• Ficha de presenças e ficha de evento

Equipamentos para a reunião

• Projetor (tipo data show)


• Tela para projetar
• Quadro e marcadores
• Microfone de captação/aumento do som
• Câmara de vídeo para registro da reunião

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10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 135

IV.5.5 - Entrevistas, reuniões e debate institucional

O diagnóstico da participação social contará ainda com entrevistas, reuniões


e debate institucional, notadamente: reuniões institucionais, reuniões de avaliação
crítica e reuniões acompanhamento técnico dos trabalhos.

IV.5.6 - Estratégias de mobilização/participação

A mobilização de atores-chave e da população para participação será realizada


através da divulgação das sessões presenciais que terão lugar no decorrer dos
trabalhos e da entrega de documentos informativos sobre os assuntos em
discussão, previamente à realização das sessões.
A divulgação das sessões será realizada mediante:
• Convite eletrônico,
• Contato telefônico;
• Colocação de faixas de divulgação (para as reuniões).
Serão produzidos convites, em formato eletrônico, para possibilitar o envio por
e-mail.
Dos convites constará:
• Identificação do evento;
• Data de realização;
• Horário de início e de finalização;
• Local de realização incluindo endereço;
• Texto explicativo enquadrando o evento na fase de desenvolvimento
dos trabalhos e clarificando o objetivo da sessão;
• Frase final de incentivo à participação.
Serão enviados convites para uma lista curta de elementos, com base nos
atores identificados no documento “Listagem de atores”, num prazo mínimo de uma
semana antes da data de realização de cada evento.
Acompanhar-se-á a recepção de respostas aos convites e entrar-se-á em
contato direto telefônico com alguns membros mais ativos das comunidades,
procurando a mobilização e a convocação, especialmente dos grupos com menos

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Relatório
10/2017
136 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

acesso a informação escrita eletrônica, como por exemplo: comunidades de


pescadores e comunidades tradicionais.
As faixas de divulgação visam identificar locais das reuniões e mobilizar os
participantes (Figura 17).

Figura 17 – Faixa de divulgação de uma oficina setorial no município de Sobradinho


/ BA, no âmbito do Plano de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do rio São
Francisco.

Os espaços proporcionados por outros projetos ambientais desenvolvidos pela


Petrobras serão utilizados sempre que se mostrar necessário para potencializar a
mobilização de oficinas e de reuniões, de acordo com o público alvo a ser
convidado.
A coleta de sugestões e opiniões será realizada, fundamentalmente, nas
sessões, através de métodos diversos, notadamente podendo utilizar-se:
intervenção direta dos participantes e debate aberto, mapa de ideias e
questionários, cujos resultados são registrados através dos instrumentos: fichas de
evento e respostas a questionários.

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Relatório
10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 137

IV.5.7 - Calendário e resultados esperados

As oficinas e reuniões permitirão a apresentação de resultados, a construção


coletiva do projeto e a validação de dados.
O calendário previsto para a apresentação de resultados de planejamento das
sessões, realização das sessões (oficinas e reuniões) e apresentação de
resultados das mesmas é o seguinte, por fase:
• Fase 2- Escopo:
- Planejamento: Material didático de apoio, estratégia de
mobilização/participação e programação da sessão: 35 dias após
aprovação do Plano de Trabalho (Produto 2.2.1);
- 1ª oficina: 45-50 dias após aprovação do Plano de Trabalho; propõe-
se que a mesma seja realizada em Angra dos Reis;
- Resultado: Relatório da oficina participativa (Produto 2.2.2): 65 dias
após aprovação do Plano de Trabalho;
• Fase 3- Levantamento de dados:
- Planejamento: Material didático de apoio, estratégia de
mobilização/participação e programação da sessão (Produto 3.2.1):
40 dias após RI1;
- 1ª reunião de apresentação: 50-55 dias após RI1;
- Resultado: O Produto 3.2.2 integrará como anexo o relatório final da
reunião de apresentação: 75 dias após RI1;
• Fase 5- Avaliação da capacidade de suporte e da significância dos
impactos cumulativos previstos:
- Planejamento: Material didático de apoio, estratégia de
mobilização/participação e programação da sessão (Produto 5.2.1):
155 dias após RI1;
- 2ª oficina: 160-165 dias após RI1;
- Resultado: Relatório da oficina participativa (Produto 5.2.2): 175 dias
após RI1;
• Fase 7- Apresentação dos resultados finais:

Revisão 00
Relatório
10/2017
138 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

- Planejamento: Material didático de apoio, estratégia de


mobilização/participação e programação da sessão (Produto
7.1.1): 10 dias após RI2;
- Reunião de apresentação final: 10-15 dias após RI2;
- Resultado: Relatório das reuniões de apresentação final (Produto
7.1.2): 35 dias após RI2.

Revisão 00
Relatório
10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 139

IV.6 - FORMA DE APRESENTAÇÃO DOS PRODUTOS

Após a revisão dos produtos pela PETROBRAS e IBAMA, apresentar-se-á a


versão revisada do documento em até 05 (cinco) dias.
Os produtos, após aprovados, serão entregues à PETROBRAS em 02 (duas)
cópias impressas e 02 (duas) em meio digital em formato editável.
As cópias impressas serão apresentadas em tamanho adequado à leitura dos
dados e encadernadas, com impressão frente e verso, para análise e aprovação
pela PETROBRAS.
O original aprovado será assinado pelos responsáveis pela elaboração do
projeto, devidamente registrados no IBAMA.
Os dados brutos e analisados serão enviados para PETROBRAS na
estruturação definida previamente pela fiscalização do contrato, em consonância
com o sistema de informações georreferenciadas da empresa.

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Relatório
10/2017
140 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

IV.7 - ACOMPANHAMENTO

O acompanhamento da Prestação de Serviço será feito por meio de reuniões


e por meio de comunicações rotineiras por meio de contato telefônico e correio
eletrônico.
O acompanhamento formal será feito por meio de comunicação escrita como
Cartas e Ofícios e através de reuniões: reunião de abertura, reuniões de avaliação
crítica (rac) e reuniões de acompanhamento técnico (rat).
Propõe-se a realização de quatro reuniões de avaliação crítica e de oito
reuniões de acompanhamento técnico, conforme indicado no cronograma (capítulo
VII - Cronograma físico).

Revisão 00
Relatório
10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 141

V -PLANEJAMENTO DE ATIVIDADES

Em seguida apresenta-se, de forma sintética e sistematizada, o encadeamento


das tarefas, relativas a cada uma das fases descritas anteriormente.
São indicadas as principais atividades e subetapas, entrega de produtos e
outros pontos de referência, a desenvolver, contabilizados a partir da data de
assinatura do contrato.
Alterações de cronograma podem ocorrer devido a momentos de participação
da sociedade ou até do IBAMA.

Quadro 32 – Fase 1: Planejamento.

1.1 – Definição das Estratégias para execução dos serviços


• Mobilização da equipe
Serviços • Revisão / coleta de informação
e • Processamento e análise dos dados obtidos
atividades • Descrição das ações a desenvolver
principais 1.2 – Levantamento e Caracterização de atores/fóruns
• Análise de dados, identificação e caracterização de atores
• Elaboração do Produto 1.2.1.

Duração Não aplicável

Produtos
(e datas
• Plano de trabalho e listagem dos atores/fóruns
de
entrega)

Quadro 33 – Cronograma da Fase 1.

APT (15
Fases Produtos
dias)

1- Planejamento Plano de Trabalho e listagem dos atores/fóruns


PT, rac1

PT – Plano de trabalho e Listagem de atores


rac1 – 1ª reunião de avaliação crítica (proposta) (possível necessidade de reunião presencial com IBAMA)
APT – aprovação do Plano de trabalho

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Relatório
10/2017
142 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

Quadro 34 – Fase 2: Escopo.

2.1 – Levantamento dos fatores ambientais e sociais, da


abrangência temporal e espacial, e dos estressores a serem
analisados
• Identificação dos fatores ambientais e sociais
• Definição dos limites temporais e espaciais da análise
• Seleção dos estressores que serão alvo de estudo
• Elaboração do Produto 2.1.1.
2.2 – Oficina participativa para seleção dos fatores ambientais
e sociais; definição da abrangência temporal da análise;
seleção dos principais estressores a serem considerados
• Planejamento da oficina participativa
Serviços e
• Elaboração do Produto 2.2.1
atividades
• Realização da oficina participativa
principais
• Elaboração do Produto 2.2.2
2.3. Definição dos fatores ambientais e sociais, da
abrangência temporal e espacial e dos estressores a serem
analisados
• Elaboração do Produto 2.3.1, considerando o Produto
2.1.1 e os resultados obtidos no serviço 2.2
2.4. Escolha da metodologia a ser utilizada em cada etapa da
análise
• Coleta de informação
• Processamento e análise dos dados obtidos
• Elaboração do Produto 2.4.1.

Duração 115 dias após aprovação do plano de trabalho

• Produto 2.1.1 – 30 dias após aprovação do plano de


trabalho
• Produto 2.2.1 – 35 dias após aprovação do plano de
trabalho
Produtos
• Produto 2.2.2 – 65 dias após aprovação do plano de
(e datas de
trabalho
entrega)
• Produto 2.3.1 – 85 dias após aprovação do plano de
trabalho
• Produto 2.4.1 – 115 dias após aprovação do plano de
trabalho

Revisão 00
Relatório
10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 143

Quadro 35 – Cronograma da Fase 2.

APT (15 RI 1 (30


Produtos 30 dias 35 dias 65 dias 85 dias 115 dias
dias) dias)

Relatório técnico preliminar com proposta dos limites de


abrangência temporal e espacial, listagem dos fatores
ambientais e sociais e listagem preliminar dos principais
estressores
RP
Material didatico de apoio, estratégias de
mobilização/participação e programação/detalhamento da
oficina
M, rat1
Relatório da oficina participativa
o Ro
Relatório técnico final com fatores ambientais e sociais
selecionados e análise justificativa dos limites de abrangência
temporal e espacial e caracterização dos estressores
selecionados para análise RF, rac2
Relatório técnico com a descrição e justificativa das
metodologias selecionadas RT, rat2

APT – aprovação do Plano de trabalho


RP – Relatório técnico preliminar
M – Material didático, estratégias de mobilização, programação da sessão
rat1 – 1ª reunião de acompanhamento técnico (proposta)
rat2 – 2ª reunião de acompanhamento técnico (proposta)
o – Oficina
Ro – Relatório da oficina
RF – Relatório técnico final
rac2 – 2ª reunião de avaliação crítica (proposta)
RT – Relatório técnico
RI1 – 1ª reunião executiva e/ou aprovação do IBAMA

Revisão 00
Relatório
10/2017
144 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

Quadro 36– Fase 3: Levantamento de dados.


3.1 – Levantamentos de informações de base sobre o status
dos fatores ambientais e sociais
• Revisão / coleta de informação
• Processamento e análise dos dados obtidos

Serviços e • Mapeamento da informação


atividades • Elaboração do Produto 3.1.1
principais 3.2. Reunião de apresentação e validação das informações
• Planejamento da reunião
• Elaboração do Produto 3.2.1
• Realização da reunião
• Elaboração do Produto 3.2.2

Duração 75 dias após 1ª reunião executiva e/ou aprovação do IBAMA

Produtos • Produto 3.1.1 – 30 dias após RI1


(e datas de • Produto 3.2.1 – 40 dias após RI1
entrega) • Produto 3.2.2 – 75 dias após RI1

Quadro 37– Cronograma da Fase 3.

RI 1 (30
Produtos 30 dias 40 dias 75 dias
dias)

Relatório parcial
Rp

Material didatico de apoio, estratégias de


mobilização/participação e programação/detalhamento da
reunião
M, rat3

Relatório final com caracterização dos fatores ambientais e


sociais a serem analisados
r RF, rat4

RI1 – 1ª reunião executiva e/ou aprovação do IBAMA


Rp – Relatório parcial
M – Material didático, estratégias de mobilização, programação da sessão
r – reunião
RF – Relatório final
rat3 – 3ª reunião de acompanhamento técnico (proposta)
rat4 – 4ª reunião de acompanhamento técnico (proposta)

Revisão 00
Relatório
10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 145

Quadro 38– Fase 4: Avaliação de impactos cumulativos.


4.1 – Avaliação dos Impactos Cumulativos sobre os fatores
ambientais e sociais
• Coleta de informação
• Processamento e análise dos dados obtidos

Serviços e • Análise parcial de impactos cumulativos


atividades • Elaboração do Produto 4.1.1
principais • Análise global de impactos cumulativos
• Mapeamento da informação
• Elaboração do Produto 4.1.2
6.1 – Informações georreferenciadas e banco de dados
• Preparação de versão parcial do Produto 6.2.1

Duração 135 dias após 1ª reunião executiva e/ou aprovação do IBAMA

Produtos • Versão parcial do Produto 6.2.1 – 90 dias após a RI1


(e datas de • Produto 4.1.1 – 105 dias após RI1
entrega) • Produto 4.1.2 – 135 dias após RI1

Quadro 39– Cronograma da Fase 4.

RI 1 (30
Produtos 105 dias 135 dias
dias)

Relatório parcial
Rp, rac3

Relatório final e mapas georreferenciados


RF, rat5

Informações georreferenciadas com respectivo banco de dados


BDp

RI- Reunião executiva e/ou aprovação do IBAMA


Rp – Relatório parcial
RF – Relatório final
rac3 – 3ª reunião de avaliação crítica (proposta)
rat5 – 5ª reunião de acompanhamento técnico (proposta)
BDp – banco de dados preliminar

Revisão 00
Relatório
10/2017
146 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

Quadro 40– Fase 5: Avaliação da capacidade de suporte e da significância dos impactos


cumulativos previstos.
5.1 – Levantamento da significância dos impactos cumulativos
previstos
• Análise parcial da significância dos impactos cumulativos
• Elaboração do Produto 5.1.1
5.2 – Oficina participativa para discussão e validação das
informações
Serviços e • Planejamento da oficina
atividades • Elaboração do Produto 5.2.1
principais
• Realização da oficina
• Elaboração do Produto 5.2.2
5.3 – Avaliação da significância dos impactos cumulativos
previstos
• Elaboração do Produto 5.3.1 considerando o Produto
5.1.1 e o Produto 5.2.2

Duração 180 dias após reunião executiva e/ou aprovação do IBAMA

• Produto 5.1.1 – 150 dias após RI1


Produtos
• Produto 5.2.1 – 155 dias após RI1
(e datas de
• Produto 5.2.2 – 175 dias após RI1
entrega)
• Produto 5.3.1 – 180 dias após RI1

Quadro 41– Cronograma da Fase 5.

RI 1 (30
Produtos 150 dias 155 dias 175 dias 180 dias
dias)

Relatório parcial Rp

Material didatico de apoio, estratégias de


mobilização/participação e programação/detalhamento da
oficina
M, rat6
Relatório da oficina participativa
o Ro
Relatório final
RF, rac4

RI- Reunião executiva e/ou aprovação do IBAMA


Rp – Relatório parcial
M – Material didático, estratégias de mobilização, programação da sessão
o – Oficina participativa
Ro – Relatório de oficina participativa
rat6 – 6ª reunião de acompanhamento técnico (proposta)
RF – Relatório final
rac4 – 4ª reunião de avaliação crítica (proposta)

Revisão 00
Relatório
10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 147

Quadro 42– Fase 6: Análise dos resultados e banco de dados georreferenciado.


6.1 – Análise dos resultados das fases anteriores
• Análise e discussão de resultados
• Proposta de estratégias de ação
Serviços e
• Mapeamento de informação
atividades
• Elaboração do Produto 6.1.1
principais
6.2 – Informações georreferenciadas e banco de dados
• Preparação da versão final do banco de dados
• Elaboração do Produto 6.2.1

Duração 210 dias após 1ª reunião executiva e/ou aprovação do IBAMA

Produtos
• Produto 6.1.1 – 210 dias após RI1
(e datas de
• Produto 6.2.1 – 210 dias após RI1
entrega)

Quadro 43– Cronograma da Fase 6.

RI 1 (30 RI 2 (30
Produtos 210 dias
dias) dias)

Relatório técnico analítico dos resultados alcançados


RT
Informações georreferenciadas com respectivo banco de
dados
BD, rat7
RI1- 1ª reunião executiva e/ou aprovação do IBAMA
RT – Relatório técnico
BD – Banco de dados
rat7 – 7ª reunião de acompanhamento técnico (proposta)
RI2- 2ª reunião executiva e/ou aprovação do IBAMA

Revisão 00
Relatório
10/2017
148 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

Quadro 44– Fase 7: Apresentação dos resultados finais.


7.1 – Reunião de apresentação dos resultados finais
Serviços e • Planejamento da reunião
atividades • Elaboração do Produto 7.1.1
principais • Realização da reunião
• Elaboração do Produto 7.1.2

Duração 35 dias após reunião executiva com IBAMA

Produtos
• Produto 7.1.1 – 10 dias após RI2
(e datas de
• Produto 7.1.2 – 35 dias após RI2
entrega)

Quadro 45– Cronograma da Fase 7.

RI 2 (30
Produtos 10 dias 35 dias
dias)

Material didatico de apoio, estratégias de


mobilização/participação e programação/detalhamento da
reunião
M, rat8
Relatório da reunião de apresentação final
r Rr
RI2 – 2ª Reunião executiva com IBAMA
M – Material didático, estratégias de mobilização, programação da sessão
rat8 – 8ª reunião de acompanhamento técnico (proposta)
r – Reunião de apresentação final
Rr – Relatório da reunião de apresentação final

Revisão 00
Relatório
10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 149

VI - ESTRUTURA DA EQUIPE TÉCNICA

Em apêndice apresentam-se os técnicos mobilizados para a realização do


trabalho, suas qualificações técnicas e funções associadas.
A equipe será apoiada por ator ou atores locais, com conhecimento da região
em estudo, no desenvolvimento do trabalho.
A V&S/Nemus possui ainda nas suas equipes permanentes técnicos que
poderão ser alocados ao reforço da equipe mobilizada, podendo inclusive reforçar
a equipe com consultores externos que habitualmente colaboram com as
empresas, quando tal se revela necessário.

Revisão 00
Relatório
10/2017
150 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

VII - CRONOGRAMA FÍSICO

No presente capítulo apresenta-se o cronograma de atividades na região Litoral


Sul Fluminense (RJ).
Representam-se no cronograma os períodos de entrega de cada produto
previstos, em consonância com a especificação da contratante.
De acordo com o ponto 11 dessa especificação estima-se o prazo médio de 15
(quinze) dias para aprovação de cada produto.
De acordo com a mesma especificação, para efeitos do cronograma físico, o
prazo estimado de aprovação do plano de trabalho é de 15 dias. Estima-se ainda
um período de 30 dias para realização das reuniões com IBAMA.
O cronograma físico poderá sofrer alteração ao longo do projeto devido a
atrasos justificados.

Revisão 00
Relatório
10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 151

Quadro 46 – Cronograma de atividades (Fases 1 a 3).

APT (15 RI 1 (30


Fases Produtos 30 dias 35 dias 65 dias 85 dias 115 dias 30 dias 40 dias 75 dias
dias) dias)

1- Planejamento Plano de Trabalho e listagem dos atores/fóruns


PT, rac1
Relatório técnico preliminar com proposta dos limites de
abrangência temporal e espacial, listagem dos fatores
ambientais e sociais e listagem preliminar dos principais
estressores
RP
Material didatico de apoio, estratégias de
mobilização/participação e programação/detalhamento da
oficina
M, rat1

Oficina
2- Escopo o

Relatório da oficina participativa


Ro
Relatório técnico final com fatores ambientais e sociais
selecionados e análise justificativa dos limites de abrangência
temporal e espacial e caracterização dos estressores
selecionados para análise RF, rac2
Relatório técnico com a descrição e justificativa das
metodologias selecionadas
RT, rat2
Relatório parcial
Rp

Material didatico de apoio, estratégias de


3- Levantamento de mobilização/participação e programação/detalhamento da
dados reunião
M, rat3

Relatório final com caracterização dos fatores ambientais e


sociais a serem analisados
r RF, rat4

APT- Aprovação do Plano de Trabalho


PT- Plano de trabalho
RP – Relatório técnico preliminar
M- Material didático de apoio, estratégias de mobilização/participação e programação/detalhamento da oficina / reunião
rac - Reunião de Avaliação Crítica
rat- Reunião de Acompanhamento Técnico
RI- Reunião executiva e/ou aprovação do IBAMA
RT- Relatório técnico
Ro- Relatório de oficina participativa
Rp- Relatório parcial
RF- Relatório final
r- Reunião de apresentação
o- Oficina

Revisão 00
Relatório
10/2017
152 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

Quadro 47 – Cronograma de atividades – continuação (Fases 4 a 7).

RI 1 (30 RI 2 (30
Fases Produtos 105 dias 135 dias 150 dias 155 dias 175 dias 180 dias 210 dias 10 dias 35 dias
dias) dias)

Relatório parcial
4- Avaliação de impactos Rp, rac3
cumulativos
Relatório final e mapas georreferenciados
RF, rat5
Relatório parcial Rp

5- Avaliação da Material didatico de apoio, estratégias de


capacidade de suporte e mobilização/participação e programação/detalhamento da
da significância dos oficina
M, rat6
impactos cumulativos
previstos Relatório da oficina participativa
o Ro

Relatório final
RF, rac4

Relatório técnico analítico dos resultados alcançados


6- Análise dos resultados RT
e banco de dados
georreferenciado Informações georreferenciadas com respectivo banco de dados
BDp BD, rat7
Material didatico de apoio, estratégias de
mobilização/participação e programação/detalhamento da
7- Apresentação dos
reunião
resultados finais M, rat8
Relatório da reunião de apresentação final
r Rr

M- Material didático de apoio, estratégias de mobilização/participação e programação/detalhamento da oficina / reunião


rac - Reunião de Avaliação Crítica
rat- Reunião de Acompanhamento Técnico
RI- Reunião executiva e/ou aprovação do IBAMA
RT- Relatório técnico
Rr- Relatório da reunião de apresentação
Ro- rRelatório de oficina participativa
Rp- Relatório parcial
RF- Relatório final
BD- Banco de dados
BDp- Banco de dados preliminar
r- Reunião de apresentação
o- Oficina

Revisão 00
Relatório
10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 153

VIII - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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<http://www.atlasbrasil.org.br/2013/pt/consulta>. Acessado em: setembro de 2017.

AGÊNCIA PETROBRAS (2009). Petrobras assina Memorando de Entendimento


com Gerdau e CSN. Disponível em:
<http://www.agenciapetrobras.com.br/Materia/ExibirMateria?p_materia=6836>.
Acessado em agosto de 2017.

ANP, Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (2016).


Sumários Executivos os campos Tubarão Martelo, Peregrino e Polvo.
Disponível em: <http://www.anp.gov.br/>. Acessado em: setembro de 2017.

ANP, Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. Royalties e


outras participações. Disponível em: <http://www.anp.gov.br/wwwanp/royalties-e-
outras-participacoes>. Acessado em: setembro de 2017.

BASTOS, B.; BASSANI, C. (2012). A Questão da Expansão Portuária como


Solução para o Desenvolvimento Econômico: o Caso das Dragagens e os
Impactos Ambientais na Baía de Sepetiba. Simpósio de Excelência em Gestão
e Tecnologia. 26 e 27 de Outubro 2012. Resende, RJ. Disponível em:
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CDRJ, Companhia de Docas do Rio de Janeiro (2017a). Porto de Itaguaí -


Características Gerais. Disponível em:
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CDRJ, Companhia de Docas do Rio de Janeiro (2017b). Porto de Itaguaí.


Disponível em: <http://www.portosrio.gov.br/itaguai>. Acessado em agosto de
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Revisão 00
Relatório
10/2017
154 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

CONSÓRCIO ARG/CIVILPORT (2017). Porto Sudeste. Disponível em:


<http://grupoarg.com.br/plus/modulos/conteudo/?tac=porto-sudeste>. Acessado
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DRZ (2014). Plano Municipal de Saneamento Básico de Angra dos Reis.


Produto 9- Versão Preliminar do PMSB. Prefeitura do Município de Angra dos Reis.

ECOLOGY BRASIL (2008). Estudo de Impacto Ambiental do Porto Sudeste.


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EcoX Ambiental (2015). Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos


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http://www.paraty.rj.gov.br/camaraparaty/painel/paginas_arq/anexo_6_050420161
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10/2017
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Relatório
10/2017
156 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

IPEA. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (2010). História - Central Nuclear


Almirante Álvaro Alberto - Usinas nucleares de Angra dos Reis mostram outro
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Relatório
10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 157

MATTOS, T. (2011). Desenvolvimento Sustentável Aplicado ao Estudo da Baía


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MRS (2006). Estudo de Impacto Ambiental da Unidade 3 da Central Nuclear


Almirante Álvaro Alberto. Rio de Janeiro, v. 2.

Revisão 00
Relatório
10/2017
158 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

PACS, Instituto Políticas Alternativas para o Cone Sul. Baía de Sepetiba: fronteira
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Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro (2015). Plano Municipal de Gestão


Integrada de Resíduos Sólidos da Cidade do Rio de Janeiro. Dezembro 2015.

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Angra_revisado_15-09-2017.pdf. Acessado: outubro 2017.

Revisão 00
Relatório
10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 159

Prefeitura Municipal de Mangaratiba (sem data). Plano Municipal de Gestão


Integrada de Resíduos Sólidos do Município de Mangaratiba – RJ. Volume I –
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(RIMA): Projeto de Implantação do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro, BR-
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ambiente/acoes-e-atividades/estudos-ambientais/br-493-rj/br-493-rj.pdf>.
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RIO DE JANEIRO, Governo do Estado (2011). Plano Diretor do Arco


Metropolitano do Rio de Janeiro. Disponível em:
<http://www.camarametropolitana.rj.gov.br/PlanoDiretor.pdf>. Acessado em agosto
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RIO DE JANEIRO, Governo do Estado (2014). Diário Oficial do Estado do Rio de


Janeiro n.º 130 parte I. 18 de julho de 2014. Disponível em:< http://www-
balance.imprensaoficial.rj.gov.br/portal/modules/conteudoonline/view_pdf.php?ie=
MjAzNTU=&ip=MzQ=&s=MzcyM2U5NTNhZmUxNDZlODM3MWViZGJlMDRmMjl
mMjc=>Acessado em: setembro 2017.

RIO DE JANEIRO, Governo do Estado (2016). Diário Oficial do Estado do Rio de


Janeiro n.º 8, parte V. 13 de janeiro de 2016. Disponível em:
https://www.ioerj.com.br/portal/modules/conteudoonline/view_pdf.php?ie=MjQyND
A=&ip=Ng==&s=MTgxYmFlMjE5NzYyMDIwN2M0OTA4YTQwYjNhNmI5YzY=.
Acessado em: setembro 2017.

SEA, SECRETARIA DE ESTADO DO AMBIENTE/INEA, INSTITUTO ESTADUAL


DO AMBIENTE (2011) O Estado do Ambiente – Indicadores Ambientais do Rio
de Janeiro 2010. Rio de Janeiro. 2011.

Revisão 00
Relatório
10/2017
160 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

SEA/INEA (2013). Plano Estadual de Resíduos Sólidos do Rio de Janeiro


(2013). Relatório Síntese. Disponível em:
http://www.rj.gov.br/web/sea/exibeconteudo?article-id=1941406. Acessado em:
outubro 2017.

SEP, SECRETARIA DE PORTOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA (2014).


Plano Mestre do Porto de Itaguaí. Disponível em:
<http://www.portosdobrasil.gov.br/assuntos-1/pnpl/arquivos/planos-mestres-
sumarios-executivos/se13.pdf>. Acessado em agosto de 2017.

SEP, SECRETARIA DE PORTOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA (2015).


Plano Mestre do Porto de Angra dos Reis. Disponível em:
<http://www.portosdobrasil.gov.br/assuntos-1/pnpl/arquivos/planos-mestres-
sumarios-executivos/se01.pdf>. Acessado em agosto de 2017.

SEP, SECRETARIA DE PORTOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA (2017).


Notícias: SEP autoriza CSN a investir R$ 2,5 bi em Itaguaí (RJ). Disponível em:
<http://www.portosdobrasil.gov.br/home-1/noticias/sep-autoriza-csn-a-investir-r-2-
5-bi-em-itaguai-rj>. Acessado em agosto de 2017.

SNIS (2013). Diagnóstico do manejo de Resíduos Sólidos Urbanos - 2013.


Disponível em: http://www.snis.gov.br/diagnostico-residuos-solidos/diagnostico-rs-
2013. Acessado em: setembro 2017.

SNIS (2015a). Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgotos – 2015. Disponível


em: <http://www.snis.gov.br/diagnostico-agua-e-esgotos/diagnostico-ae-2015>.
Acessado em: setembro 2017.

SNIS (2015b). Diagnóstico do manejo de Resíduos Sólidos Urbanos - 2015.


Disponível em: <http://www.snis.gov.br/diagnostico-residuos-solidos/diagnostico-
rs-2015>. Acessado em: setembro 2017.

Revisão 00
Relatório
10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 161

SOUZA, T. R (2015). Ticianne Ribeiro de Souza. O Papel da Ideologia na


Expansão Urbana: a Questão Econômica e os Impactos Socioambientais do
Arco Metropolitano do Rio De Janeiro. São Paulo, 212 p. Dissertação de
Mestrado – Área de Concentração: Planejamento Urbano e Regional – FAUUSP.

STATOIL (2017). Disponível em: <https://www.statoil.com.br>. Acessado em:


setembro, 2017.

TECHNIP (2017). Ativos: Porto de Angra dos Reis. Disponível em:


<http://www.technip.com/pt-br/entities/brasil/ativos>. Acessado em agosto de 2017.

TEIXEIRA, L. R. (2013). Megaprojetos no litoral norte paulista: o papel dos


grandes empreendimentos de infraestrutura na transformação regional. Tese
(Doutorado em Ambiente e Sociedade). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas,
Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP.

UNACOOP, União das Associações e Cooperativas Usuárias do Pavilhão 30


(2011). Diagnóstico Territorial Território Baía da Ilha Grande. Novembro 2011.
Rio de Janeiro. Disponível em: <http://unacoop.org.br/unac/wp-
content/uploads/2014/02/diagterritorial.pdf>. Acessado em: Setembro 2017.

VALOR ECONÔMICO (2016). Empresas: Obras de Angra 3 podem ser


retomadas em 2017, afirma Eletronuclear. Disponível em:
http://www.valor.com.br/empresas/4716415/obras-de-angra-3-podem-ser-
retomadas-em-2017-afirma-eletronuclear>. Acessado em agosto de 2017.

VALOR ECONÔMICO (2017). Usiminas: Musa receberá US$ 62,5 da Porto


Sudeste após litígio. Disponível em:
http://www.valor.com.br/empresas/4995094/usiminas-musa-recebera-us-625-
milhoes-da-porto-sudeste-apos-litigio>. Acessado em agosto de 2017.

Revisão 00
Relatório
10/2017
162 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

IX - APÊNDICE A – EQUIPE TÉCNICA

Revisão 00
Relatório
10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 163

Quadro 48 – Equipe técnica, função e áreas de especialidade.

Cadastro técnico
Nome Função Área de especialidade
federal
Licenciado em Geologia;
Pedro
Coordenador Geral Mestrado em Estudos Não aplicável
Bettencourt
Avançados - Oceanografia
Licenciado em Economia;
Coordenador
Diogo Maia Mestre em Economia e Não aplicável
Socioeconomia
Gestão do Ambiente
Coordenador Meio Licenciado em Engenharia do
Nuno Silva Não aplicável
Físico Ambiente – Ramo Ambiente
Sara de Coordenador Meio Licenciada em Biologia
Não aplicável
Sousa Biótico Vegetal Aplicada
Licenciado em Ensino de
Biologia e Geologia; Pós-
Graduado em Ciências das
Carlos
Especialista Meio Zonas Costeiras; Mestre em
César de Não aplicável
Físico 01 Geologia Aplicada,
Jesus
Especialização em Geologia
de Engenharia; Doutor em
Geociências
Licenciada em Engenharia do
Ambiente; Mestre em
Ângela Especialista Meio
Engenharia e Gestão de Não aplicável
Canas Físico 02
Tecnologia; Doutora em
Engenharia do Ambiente
Licenciada em Arquitetura
Elisabete Especialista Meio Paisagista; Pós-graduada em
Não aplicável
Teixeira Físico 03 Território, Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável
Licenciado em Ciências
Francisco Especialista Meio
Biológicas; Especialista em 5081574
Pimenta Biótico 01
Auditoria e Perícia Ambiental
Licenciada em Biologia
Gisela Especialista Meio Aplicada aos Recursos
Não aplicável
Sousa Biótico 02 Animais – Variante Recursos
Marinhos
Mateus Especialista Meio Bacharel em Ciências
5651923
Giffoni Biótico 03 Biológicas

Revisão 00
Relatório
10/2017
164 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

Cadastro técnico
Nome Função Área de especialidade
federal
Bacharel em Sociologia;
Especialista em
Especialista Meio
Ruy Aguiar Planejamento e Prática de 1560267
Socioeconômico 01
Ensino; Doutor em Filosofia e
Ciências da Educação
Bacharela em Engenharia
Bernadete Especialista Meio Civil; Bacharela em
215978
Vieira Socioeconômico 02 Engenharia Sanitária e
Ambiental
Ana
Especialista Meio Bacharela em Ciências
Carolina 6511155
Socioeconômico 03 Sociais
Paes
Sónia Especialista em Licenciada em Geologia
Não aplicável
Alcobia Avaliação de Impacto Aplicada e do Ambiente
Cláudia Especialista em Licenciada em Engenharia do
Não aplicável
Fulgêncio Avaliação de Impacto Ambiente – Ramo Ambiente
Licenciada em Engenharia do
Maria Especialista em Ambiente; Mestre em
Não aplicável
Grade Geoprocessamento Sistemas de Informação
Geográfica
Especialista em Licenciado em Ciências
Carolina
processos Biológicas, Mestre em Ciências 578511
Bio Poletto
participativos 01 Ambientais
Bacharel em Engenharia
Especialista em
Fabiano Sanitária e Ambiental;
processos 5787600
Melo Especialista em
participativos 02
Gerenciamento Ambiental
Especialista em
Lucas Bacharel em Engenharia
processos 6511371
Lordelo Ambiental
participativos 03
Especialista em
Italo Bacharel em Engenharia
processos 5950987
Barreto Ambiental
participativos 04
Bacharel em Direito;
Marcel
Gerente de projeto Especialista em 6066133
Scarton
Gerenciamento de Projetos

Revisão 00
Relatório
10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 165

X - EQUIPE TÉCNICA

Equipe da Empresa Consultora V&S Ambiental/Nemus

Profissional Pedro Bettencourt


Empresa V&S Ambiental/ Nemus
Registro no Conselho de Classe CREA/BA 051427452-2
Cadastro Técnico Federal de Atividades 6816028
e Instrumentos de Defesa Ambiental
Responsável pela(s) Seção(ões) Coordenação geral e direção técnica
Assinatura

Profissional Diogo Maia


Empresa V&S Ambiental / Nemus
Registro no Conselho de Classe Não aplicável
Cadastro Técnico Federal de Atividades Não aplicável
e Instrumentos de Defesa Ambiental
Responsável pela(s) Seção(ões) II.1; II.3; IV
Assinatura

Profissional Nuno Silva


Empresa V&S Ambiental / Nemus
Registro no Conselho de Classe CREA/BA 051400702-8
Cadastro Técnico Federal de Atividades 6816046
e Instrumentos de Defesa Ambiental
Responsável pela(s) Seção(ões) IV
Assinatura

Revisão 00
Relatório
10/2017
166 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

Profissional Sara de Sousa


Empresa V&S Ambiental / Nemus
Registro no Conselho de Classe Não aplicável
Cadastro Técnico Federal de Atividades Não aplicável
e Instrumentos de Defesa Ambiental
Responsável pela(s) Seção(ões) I; II; III; IV; V; VI; VII
Assinatura

Profissional Carlos César de Jesus


Empresa V&S Ambiental / Nemus
Registro no Conselho de Classe Não aplicável
Cadastro Técnico Federal de Atividades Não aplicável
e Instrumentos de Defesa Ambiental
Responsável pela(s) Seção(ões) III
Assinatura

Profissional Ângela Canas


Empresa V&S Ambiental / Nemus
Registro no Conselho de Classe Não aplicável
Cadastro Técnico Federal de Atividades Não aplicável
e Instrumentos de Defesa Ambiental
Responsável pela(s) Seção(ões) I; II; III; IV
Assinatura

Revisão 00
Relatório
10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 167

Profissional Elisabete Teixeira


Empresa V&S Ambiental / Nemus
Registro no Conselho de Classe Não aplicável
Cadastro Técnico Federal de Atividades Não aplicável
e Instrumentos de Defesa Ambiental
Responsável pela(s) Seção(ões) IV
Assinatura

Profissional Francisco Pimenta Júnior


Empresa V&S Ambiental
Registro no Conselho de Classe CRBio: 59.813/05-D
Cadastro Técnico Federal de Atividades 5081574
e Instrumentos de Defesa Ambiental
Responsável pela(s) Seção(ões) II
Assinatura

Profissional Gisela Sousa


Empresa V&S Ambiental / Nemus
Registro no Conselho de Classe Não aplicável
Cadastro Técnico Federal de Atividades Não aplicável
e Instrumentos de Defesa Ambiental
Responsável pela(s) Seção(ões) IV
Assinatura

Profissional Mateus Rodrigues Giffoni


Empresa V&S Ambiental / Nemus
Registro no Conselho de Classe CRBio: 92.192/08-D
Cadastro Técnico Federal de Atividades 5651923
e Instrumentos de Defesa Ambiental
Responsável pela(s) Seção(ões) III
Assinatura

Revisão 00
Relatório
10/2017
168 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

Profissional Ruy Aguiar Dias


Empresa V&S Ambiental
Registro no Conselho de Classe Não possui conselho de classe
Cadastro Técnico Federal de Atividades 1560267
e Instrumentos de Defesa Ambiental
Responsável pela(s) Seção(ões) IV
Assinatura

Profissional Maria Bernadete Sande Vieira


Empresa V&S Ambiental
Registro no Conselho de Classe CREA/BA: 8.916-D
Cadastro Técnico Federal de Atividades 215978
e Instrumentos de Defesa Ambiental
Responsável pela(s) Seção(ões) II; IV; V; VI
Assinatura

Profissional Ana Carolina Gonçalves Paes


Empresa V&S Ambiental
Registro no Conselho de Classe Não possui conselho de classe
Cadastro Técnico Federal de Atividades 6511155
e Instrumentos de Defesa Ambiental
Responsável pela(s) Seção(ões) IV
Assinatura

Profissional Sónia Alcobia


Empresa V&S Ambiental / Nemus
Registro no Conselho de Classe Não aplicável
Cadastro Técnico Federal de Atividades Não aplicável
e Instrumentos de Defesa Ambiental
Responsável pela(s) Seção(ões) IV
Assinatura

Revisão 00
Relatório
10/2017
Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos 169

Profissional Cláudia Fulgêncio


Empresa V&S Ambiental / Nemus
Registro no Conselho de Classe Não aplicável
Cadastro Técnico Federal de Atividades Não aplicável
e Instrumentos de Defesa Ambiental
Responsável pela(s) Seção(ões) I; II; III; IV; V; VI; VII; VIII
Assinatura

Profissional Maria Grade


Empresa V&S Ambiental / Nemus
Registro no Conselho de Classe Não aplicável
Cadastro Técnico Federal de Atividades Não aplicável
e Instrumentos de Defesa Ambiental
Responsável pela(s) Seção(ões) Sistema de Informação Geográfica
Assinatura

Profissional Fabiano Carvalho Melo


Empresa V&S Ambiental
Registro no Conselho de Classe CREA/BA: 58.980
Cadastro Técnico Federal de Atividades 5787600
e Instrumentos de Defesa Ambiental
Responsável pela(s) Seção(ões) II; IV
Assinatura

Profissional Lucas Souza Caldas Lordelo


Empresa V&S Ambiental
Registro no Conselho de Classe CREA/BA: 90.990
Cadastro Técnico Federal de Atividades 6511371
e Instrumentos de Defesa Ambiental
Responsável pela(s) Seção(ões) IV
Assinatura

Revisão 00
Relatório
10/2017
170 Projeto de Avaliação de Impactos Cumulativos

Profissional Italo Bruno de Morais Barretto


Empresa V&S Ambiental
Registro no Conselho de Classe CREA: 051495775-1
Cadastro Técnico Federal de Atividades 5950987
e Instrumentos de Defesa Ambiental
Responsável pela(s) Seção(ões) IV
Assinatura

Profissional Marcel Peruzzo Scarton


Empresa V&S Ambiental
Registro no Conselho de Classe OAB/BA: 20.099
Cadastro Técnico Federal de Atividades 6066133
e Instrumentos de Defesa Ambiental
Responsável pela(s) Seção(ões) Gerenciamento de projeto; VI
Assinatura

Nota: Profissionais estrangeiros não são passíveis de inscrição no Cadastro


Técnico Federal do IBAMA

Revisão 00
Relatório
10/2017

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