Resumos de História
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- O Estalinismo:
A governação de Joseph Stalin na União Soviética foi caracterizada por uma
abordagem centralizada e autoritária da economia e da política. Na economia, ele
implementou o sistema de planejamento centralizado conhecido como o "Comunismo
de Estado", onde o Estado controlava todos os aspetos da produção e distribuição de
bens. Isso incluía a coletivização forçada da agricultura e a industrialização acelerada,
acompanhada por uma intensa campanha de repressão contra os camponeses e a
classe trabalhadora.
Na ação política, Stalin liderou uma intensa repressão contra dissidentes políticos,
incluindo purgas massivas de funcionários do Partido Comunista e do governo, além de
campanhas de terror contra a população em geral. Ele estabeleceu uma cultura de
medo e obediência que durou até sua morte em 1953. Stalin também buscou expandir
o poder soviético no exterior, liderando a União Soviética na Segunda Guerra Mundial
e posteriormente estabelecendo regimes comunistas em países da Europa Oriental.
- O “New Deal”
O "New Deal" foi um programa de reformas econômicas e sociais implementado pelo
presidente Franklin D. Roosevelt nos Estados Unidos da América durante a "Grande
Depressão" dos anos 30. Ele teve como objetivo ajudar a população americana a
superar as dificuldades geradas pela crise econômica, incluindo o alto nível de
desemprego e a queda do poder de compra.
- O Estado Novo
O Estado Novo português foi um regime antiliberal, conservador, nacional-colonialista
e corporativista que governou Portugal de 1933 a 1974. O regime foi estabelecido pelo
chefe do Estado, António de Oliveira Salazar, que buscou fortalecer o poder do Estado
e restaurar a ordem econômica e política após uma década de instabilidade política e
social.
O Estado Novo foi antiliberal porque restringiu a liberdade individual e a democracia,
controlando a imprensa, monitorando a oposição política e reprimindo qualquer forma
de dissentimento. Além disso, o regime implementou políticas conservadoras que
reforçaram a tradição e a autoridade, incluindo a moralização da sociedade e o
fortalecimento do papel da igreja católica.
O Estado Novo também foi nacional-colonialista, pois buscou consolidar o domínio
colonial português sobre as suas colônias e expandir o prestígio da nação portuguesa
no mundo. Além disso, o regime implementou políticas corporativistas, estabelecendo
um sistema de representação corporativa em que os trabalhadores, empresários e
outros grupos de interesse eram representados por sindicatos e corporações
controladas pelo Estado.
O Estado Novo também se aproximou do modelo fascista italiano, compartilhando
características como a concentração de poder no Estado, a repressão da oposição
política, a celebração da nação e da tradição, e a promoção do nacionalismo. No
entanto, ao contrário do regime fascista italiano, o Estado Novo não cultivou uma
cultura de guerra e conquista territorial. Em vez disso, procurou estabelecer uma
relação de cooperação com outros países e manter a paz.
- Enquadramento da população
O Estado Novo português buscou enquadrar a população através da propaganda e da
"política do espírito". A propaganda foi usada para reforçar a imagem do Estado Novo
como um regime forte, estável e benéfico para a nação, ao mesmo tempo em que
desqualificava e denunciava as ideias democráticas, liberais e socialistas. Além disso, a
propaganda também celebrava valores como a tradição, a religião, a família e a pátria,
a fim de promover a lealdade à nação e ao regime.
A "política do espírito" foi uma iniciativa cultural do Estado Novo, visando moldar o
comportamento da população e impor valores conservadores e nacionalistas. Esta
política incluiu a promoção da educação moral e patriótica nas escolas, a regulação dos
meios de comunicação e a produção de propaganda cultural.
- O Modelo Económico
O modelo econômico do Estado Novo português era fortemente intervencionista e
autárquico, ou seja, o Estado controlava de forma centralizada a economia e buscava a
independência econômica do país.
Neste modelo, o Estado tinha um papel ativo na regulação e na direção da economia,
intervindo em setores-chave como a produção agrícola, a indústria e o comércio. Além
disso, o Estado controlava a moeda, as tarifas alfandegárias e a política monetária,
visando proteger a economia nacional.
A economia portuguesa estava submetida aos imperativos políticos do Estado Novo, o
que significa que as decisões econômicas eram tomadas com base nas prioridades
políticas do regime, em vez de serem guiadas pela lei da oferta e da procura.
O objetivo principal da política econômica do Estado Novo era ajudar a manter o poder
político do regime e garantir a estabilidade econômica do país. No entanto, esta
abordagem autárquica e intervencionista limitou o crescimento econômico e a
competitividade da economia portuguesa, ao mesmo tempo em que favorecia alguns
grupos econômicos em detrimento de outros.
- A irradiação do fascismo
A difusão do fascismo na Europa e em outros continentes durante a década de 1930
foi motivada por uma série de fatores, incluindo a crise econômica e política da época,
a insatisfação com a democracia liberal e a ascensão do nacionalismo e do militarismo.
Na Europa, países como Itália, Alemanha, Espanha e Portugal adotaram regimes
fascistas, enquanto outros países, como França e Grã-Bretanha, viram o crescimento
de movimentos fascistas e outros extremistas. Além disso, o fascismo também teve
uma presença significativa na América Latina, Ásia e África, onde grupos fascistas
surgiram como uma resposta ao colonialismo e à globalização.
A ideologia fascista, que valoriza o nacionalismo, o militarismo e a autoridade
autocrática, atraiu muitos seguidores, especialmente entre as classes médias
descontentes e as elites militares. O fascismo também se aproveitou da propaganda e
da manipulação dos meios de comunicação para expandir sua influência e conquistar
novos seguidores.
- A SDN
A Sociedade das Nações e os Estados democráticos foram incapazes de reconhecer e
impedir a ascensão do nacionalismo, do rearmamento e da formação de alianças
político-militares que deram origem a manifestações de imperialismo nos anos 30 do
século XX. A Sociedade das Nações, criada após a Primeira Guerra Mundial para
manter a paz mundial, foi ineficaz em lidar com as questões políticas e militares da
época, como a agressão italiana na Etiópia e a expansão alemã. Além disso, a
passividade dos Estados democráticos, que se recusavam a intervir na política
internacional, contribuiu para o aumento do nacionalismo e do militarismo.
A falta de ação dos países democráticos permitiu a exaltação dos nacionalismos, o
rearmamento e a formação de alianças político-militares que levaram à expansão
imperialista e à Segunda Guerra Mundial. O imperialismo, que se concentrou na
aquisição de territórios e no aumento do poder econômico e militar, foi um dos fatores
que contribuíram para a instabilidade política e militar da época e para a intensificação
da guerra.