P&R Notificados - 1a Edição
P&R Notificados - 1a Edição
P&R Notificados - 1a Edição
Assunto:
Medicamentos sujeitos à notificação
1ª edição
Brasília, 20/12/2021
GERÊNCIA DE MEDICAMENTOS ESPECÍFICOS, FITOTERÁPICOS, DINAMIZADOS, NOTIFICADOS E
GASES MEDICINAIS
INTRODUÇÃO.......................................................................................................................1
ESCOPO ...............................................................................................................................1
PERGUNTAS E RESPOSTAS.....................................................................................................2
1. Como fabricar medicamentos notificados? .....................................................................2
2. Como desenvolver a formulação? ..................................................................................2
3. Como conduzir os estudos de estabilidade?....................................................................3
4. Como proceder com o controle de qualidade dos IFAs?...................................................6
5. Como proceder com o controle de qualidade dos excipientes?........................................6
6. Como proceder com o controle de qualidade do produto acabado?.................................7
7. Como solicitar inclusão de monografia à Farmacopeia Brasileira? ....................................7
8. Como proceder com a validação de métodos analíticos? .................................................7
9. Como e em quais casos avaliar a segurança e eficácia?....................................................8
10. É permitida terceirização? ...........................................................................................8
11. É possível notificar medicamentos importados?............................................................8
12. Como elaborar bula/folheto informativo e rotulagem?..................................................8
13. Como estabelecer um nome comercial? .......................................................................9
14. Como realizar farmacovigilância? .................................................................................9
15. Como notificar amostras grátis?...................................................................................9
16. Como elaborar a Revisão Periódica de Produto? ......................................................... 10
17. Como fabricar e controlar a qualidade de medicamentos de baixo risco? ..................... 10
18. Como fabricar e controlar a qualidade de PTF passível de notificação? ......................... 10
19. Como fabricar medicamento dinamizado passível de notificação? ............................... 11
20. Como funciona o processo de habilitação e notificação? ............................................. 12
21. Como notificar medicamentos de baixo risco? ............................................................ 13
22. Como notificar produtos tradicionais fitoterápicos? .................................................... 14
23. Como notificar medicamentos dinamizados? .............................................................. 14
24. Como proceder nos casos de alterações pós-notificação?............................................ 15
25. Como solicitar alteração na LMN? .............................................................................. 16
26. Como notificar medicamentos previamente registrados? ............................................ 17
27. Como é realizado o monitoramento dos medicamentos notificados? ........................... 17
28. Como consultar a regularidade dos medicamentos notificados? .................................. 18
29. Como proceder caso o sistema de notificação apresente problemas? .......................... 18
30. Como os medicamentos notificados são rastreados?................................................... 18
31. Como emitir certificado de exportação para um medicamento notificado? .................. 18
32. Como proceder com a descontinuação de fabricação ou importação?.......................... 19
33. Como devem ser regularizados os produtos que foram excluídos da LMN com a publicação
da IN nº 106/2021?......................................................................................................... 19
NORMAS RELACIONADAS E REFERÊNCIAS ............................................................................ 20
HISTÓRICO DE EDIÇÕES ...................................................................................................... 21
GLOSSÁRIO
ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária
CBPDA Certificado de Boas Práticas de Distribuição e Armazenagem
CBPF Certificado de Boas Práticas de Fabricação
DOU Diário Oficial da União
FFFB Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira
GGMED Gerência Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos
Gerência de Medicamentos Específicos, Fitoterápicos, Dinamizados, Notificados e
GMESP
Gases Medicinais
HMP Histórico de Mudança do Produto
International Conference on Harmonisation of Technical Requirements for
ICH
Registration of Pharmaceuticals for Human Use
IFA Insumo Farmacêutico Ativo
IFAV Insumo Farmacêutico Ativo Vegetal
IN Instrução Normativa
PTF Produto Tradicional Fitoterápico
POCA Phonetic and Orthographic Computer Analysis
OS Orientação de serviço
RDC Resolução da Diretoria Colegiada
INTRODUÇÃO
ESCOPO
1
PERGUNTAS E RESPOSTAS
1. Como fabricar medicamentos notificados?
A empresa fabricante deverá produzir pelo menos três lotes do medicamento, que devem ser
homogêneos considerando o mesmo processo produtivo, fórmula, equipamentos, fabricante do
insumo farmacêutico ativo e local de fabricação. Caso a formulação se altere apenas quanto ao
sabor, aceita-se três lote de um sabor e 1 lote adicional para os demais sabores.
No caso em que houver mais de um fabricante de IFA, deverão ser produzidos e colocados em
estudos de estabilidade 3 lotes com um fabricante e ao menos 1 lote para cada fabricante
adicional.
A notificação dos medicamentos pode ser precedida pela produção de lotes piloto, de acordo
com Guia publicado pela IN nº 02/2009. A fabricação de lotes pilotos não é necessária para
produtos que possuam registro válido (nos casos de medicamentos registrados que migrarão
para notificação).
Caso a empresa use lotes piloto para notificação, deve ficar claro no relatório descritivo de
produção qual o tamanho do lote industrial (tamanho referência). Atentar-se às orientações
disponíveis na pregunta “24. Como proceder nos casos de alterações pós-notificação?” caso haja
interesse em alterar o tamanho referência.
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apropriados para uso em medicamentos. As empresas fabricantes dos insumos devem cumprir
com as normativas sanitárias e possuir as devidas certificações e autorizações.
O uso do excesso (sobredosagem) de vitaminas, como insumo farmacêutico ativo (IFA), para
compensar perda/degradação no processo produtivo ou estabilidade deve ser evitado e
somente deve ser implementado caso não haja alternativa e seja justificado. Para tanto, a
empresa deve identificar a causa da perda/degradação e demonstrar que as medidas de
mitigação não foram suficientes para evitar a situação. Comprovação das medidas tomadas
poderá ser solicitada pela Anvisa.
A escolha dos excipientes pode ser feita adotando critérios estabelecidos pela empresa desde
que demonstrada sua função na fórmula e que seja garantida a segurança, eficácia e qualidade
do medicamento. Devem ser utilizados como excipientes apenas aquelas substâncias
reconhecidamente seguras e que sejam aprovadas como excipientes para uso humano.
Caso, após concluído, os resultados do estudo de estabilidade de longa duração não suportem
o prazo de validade provisório estabelecido para o medicamento, a empresa deve cancelar a
notificação e notificar novamente, adequando a informação sobre a validade do medicamento.
O ocorrido também deve ser comunicado à Anvisa de imediato.
Para os medicamentos de baixo risco, o artigo 17 da RDC nº 576/2021 exige três lotes para
comprovação da estabilidade. Contudo, um número maior de lotes pode ser necessário. Por
exemplo, para resultados estatísticos mais conclusivos, quando há apresentações com sabores
distintos, tamanhos distintos de lotes etc.
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Modelos reduzidos de estudos de estabilidade são aceitos nos termos da RDC nº 318/2019, ou
suas atualizações.
A empresa deverá verificar se há monografia para o produto acabado ou para o IFA e, quando
houver produtos de degradação listados nas monografias farmacopeicas, estes devem ser
quantificados nos estudos de estabilidade.
As monografias de produto presentes nas farmacopeias foram propostas para liberação lote a
lote. Logo, as especificações para estudos de estabilidade podem ser baseadas em suas
monografias, mas devem considerar testes adicionais para monitoramento da estabilidade,
como, por exemplo, teste de produtos de degradação, perda de peso, ganho em umidade etc.
As especificações adotadas para os estudos de estabilidade devem ser tecnicamente justificadas
quanto aos ensaios e critérios de aceitação estabelecidos.
Para medicamentos que não possuem monografia farmacopeica ou que não possuem
substâncias relacionadas listadas na monografia, durante a validação de metodologia analítica,
devem ser conduzidos estudos de degradação forçada que comprovem que o método utilizado
na estabilidade é específico, conforme RDC nº 166/2017, ou suas atualizações.
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Figura 1 - Fluxograma para avalição de produtos de degradação em medicamentos notificados.
PA = produto acabado
PD = produto de degradação
No que diz respeito aos medicamentos à base de IFAV, quando a monografia farmacopeica se
referir ao produto acabado, o limite relacionado ao produto de degradação a ser estabelecido
deve ser o fixado na monografia farmacopeica. Nos casos em que o produto de degradação
estiver listado na monografia do IFAV, a especificação para o produto acabado deve ser
estabelecida pela empresa e deve ser elaborado racional para definição da especificação,
considerando-se a quantidade de IFAV adicionada ao medicamento. Se houver limites diferentes
fixados em monografias diferentes, o valor mais crítico deve ser adotado.
Nos casos em que não houver monografia farmacopeica nem para o produto acabado nem para
o IFAV, a empresa deverá verificar na literatura se há relatos de produtos de degradação
descritos para a espécie, e, não encontrando este dado na literatura, deve verificar também a
informação para o gênero e família da espécie vegetal que está sendo utilizada para obtenção
do medicamento. Aqueles produtos descritos como tóxicos devem ser monitorados nos estudos
de estabilidade. As especificações, neste caso, devem ser definidas com base nos dados de
toxicidade disponíveis para a substância, ou classe de substâncias, que está sendo monitorada.
Nos casos em que não houver nenhum dado de literatura sobre a espécie, gênero ou a família
do IFAV que está sendo utilizado, a empresa deverá realizar investigação sobre os constituintes
fitoquímicos presentes no IFAV utilizado e verificar a presença de compostos possíveis
constituintes tóxicos, conforme dados prévios de literatura. Sendo encontrados compostos
químicos tóxicos, devem ser monitorados na estabilidade do medicamento.
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Figura 2 - Fluxograma para avaliação de produtos de degradação em medicamentos contendo IFAV
PA = produto acabado
PD = produto de degradação
Para uso na produção de medicamentos, todos os insumos devem ser produzidos de acordo
com normativas específicas, devendo o fabricante possuir todas as licenças, autorizações e
certificações necessárias. Além disso, o insumo deve atender às características de qualidade
para produção de medicamento. Se não houver IFA que atenda às normativas sanitárias
disponível no mercado brasileiro, este deve ser importado. Neste caso, deve-se certificar que o
fabricante cumpre com as BPF de insumos, conforme RDC nº 69/2014.
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mencionados na monografia farmacopeica utilizada como referência, o capítulo “Limites
microbianos” da Farmacopeia Brasileira 6ª edição, estabelece quais os testes e critérios de
aceitação mínimos devem ser aplicados.
Como regra geral, devem ser seguidos os requisitos de qualidade estabelecidos nas
regulamentações específicas para cada classe de medicamento notificado, assim como os
requisitos da Farmacopeia Brasileira ou das demais farmacopeias reconhecidas pela Anvisa.
Caso algum ensaio previsto em monografia farmacopeica não seja aplicável ao produto em
virtude de suas características, a empresa deve elaborar racional técnico justificando a sua não
realização. Este documento deve estar disponível sempre que solicitado pela agência.
Como não há processo específico, a proposta deve ser apresentada como “Demanda externa”.
O uso do SEI permite a geração de um número para o processo de forma automática
imediatamente após a finalização do protocolo. Com isso, o usuário poderá acompanhar o
andamento do pedido por meio de uma ferramenta chamada Pesquisa Pública SEI, disponível
no portal da Anvisa.
Para saber mais informações sobre como fazer esse tipo de protocolo, confira as instruções
disponíveis no Portal Anvisa.
Todos os métodos analíticos não farmacopeicos devem ser validados conforme RDC nº
166/2017, ou suas atualizações. O guia Q2(R1), publicado pelo ICH (International Conference on
Harmonisation of Technical Requirements for Registration of Pharmaceuticals for Human Use),
pode ser usado de forma complementar.
Os métodos farmacopeicos devem ter sua adequabilidade verificada por meio de estudo de
validação parcial, nos termos da RDC nº 166/2017.
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9. Como e em quais casos avaliar a segurança e eficácia?
A empresa pode optar pela terceirização da produção ou das análises de controle de qualidade.
No caso da produção, deverá fazê-lo em empresas fabricantes de medicamentos que tenham
CBPF vigente e que também estejam habilitadas no sistema de notificação. As regras sobre
terceirização, incluindo o controle de qualidade, estão dispostas na RDC nº 234/2018 e na RDC
nº 268/2019, ou suas respectivas atualizações.
Medicamentos importados também podem ser notificados. Para tanto, a empresa importadora
deve estar previamente habilitada no sistema de notificação e ter indicada em sua habilitação a
empresa fabricante internacional. A habilitação da importadora é possível por meio da indicação
do Certificado de Boas Práticas de Fabricação de medicamentos (CBPF) ou Certificado de Boas
Práticas de Distribuição e Armazenamento (CBPDA).
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As características organolépticas (odor, sabor e cor) podem ser informadas na embalagem.
Informações de segurança do produto tais como advertências e restrições de uso para grupos
específicos, relacionadas ou não à formulação, por exemplo, “uso adulto” e “atenção diabéticos:
contém açúcar”, devem ser incluídas na embalagem do produto.
O nome do medicamento notificado deve estar de acordo com a Lei nº 6.360/1976 e com a RDC
nº 59/2014, ou suas atualizações. Nomes assemelhados aos de outros produtos que estão no
mercado devem ser evitados e qualquer nome que possa induzir o consumidor a erro ou
confusão não deve ser utilizado.
Durante a avaliação do nome, a empresa pode utilizar o siste ma POCA (Phonetic and
Orthographic Computer Analysis) disponível para acesso no Portal Anvisa e a matriz de risco
estabelecida pela OS 43/17. Não há restrições quanto à formação de famílias de medicamentos
desde que estas sigam o estabelecido na RDC nº 59/2014, ou suas atualizações.
Como não existe avaliação prévia do nome do medicamento, a Anvisa pode exigir alteração do
nome quando identificada alguma irregularidade. Em casos mais graves, quando o risco sanitário
relacionado for mais expressivo, pode ser determinada suspensão de fabricação do
medicamento, recolhimento do produto do mercado e cancelamento da notificação,
ressalvadas outras penalidades administrativo-sanitárias cabíveis, haja vista que a
comercialização de medicamento com nome em desacordo com a Lei nº 6.360/1976 é
considerada infração sanitária.
A RDC nº 406/2020, que dispõe sobre as Boas Práticas de Farmacovigilância para Detentores de
Registro de Medicamento de uso humano, e dá outras providências, estabelece que ela abrange
quaisquer responsáveis pelos medicamentos de uso humano regulados pela Anvisa, de modo
que as diretrizes ali estabelecidas devem ser aplicadas também aos medicamentos notificados.
Dessa forma, eles devem estar incluídos no plano de farmacovigilância da empresa e os relatos
de eventos adversos identificados para esses produtos devem ser tratados da mesma forma que
são tratados os referentes aos medicamentos registrados.
A RDC nº 60/2009, que versa de modo geral sobre as amostras grátis, não é aplicável aos
medicamentos notificados. Deste modo, é necessário que a apresentação referente à amostra
grátis esteja devidamente notificada no sistema.
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16. Como elaborar a Revisão Periódica de Produto?
Conforme RDC nº 45/2012, IFA é qualquer substância introduzida na formulação de uma forma
farmacêutica que, quando administrada a um paciente, atua como ingrediente ativo podendo
exercer atividade farmacológica ou outro efeito direto no diagnóstico, cura, tratamento ou
prevenção de uma doença, podendo ainda afetar a estrutura e funcionamento do organismo
humano”. Deste modo, as substâncias listadas nas linhas “produto” ou “concentração do
princípio ativo”, da IN nº 106/2021 estão contempladas na definição de IFA e devem ser
tratadas, para todos os efeitos, como tal.
O insumo ativo usado na produção deve ser idêntico ao que consta na LMN, incluindo o sal usado
na estabilização da molécula.
A rotulagem dos medicamentos de baixo risco sujeitos à notificação deve seguir o estabelecido
na seção IV, do capítulo II, da RDC nº 576/2021, sendo dispensada a disponibilização de bula
quando todas as informações preconizadas na IN nº 106/2021 estiverem presentes na
rotulagem. Caso não seja possível incluir todas as informações na rotulagem, os modelos de bula
devem seguir o disposto na RDC nº 47/2010. Os medicamentos notificados devem citar, em sua
rotulagem, seu enquadramento, adotando a frase: “MEDICAMENTO NOTIFICADO conforme RDC
nº 576/2021”.
A fabricação de lotes de PTF notificado, além de seguir o disposto na pergunta “1. Como fabricar
medicamentos notificados?”, devem observar as especificidades a seguir.
Para a notificação, o IFAV da formulação deve ser aquele descrito no FFFB, podendo, no entanto,
haver alteração dos excipientes, se necessário. Devem ser utilizados como excipientes apenas
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aquelas substâncias reconhecidas como seguras e que sejam aprovadas como excipientes para
uso humano. Além disso, todos os testes de controle de qualidade solicitados para excipientes
na RDC nº 26/2014 e descritos em farmacopeias oficiais devem ser realizados, e o cumprimento
desse requisito será verificado em inspeções.
O folheto informativo e a rotulagem dos PTFs notificados devem seguir o previsto na RDC nº
26/2014, especialmente nos Capítulos V, VII, VIII e no Anexo IV. O fabricante deve adotar,
integral e exclusivamente, os modelos de rotulagem e folheto informativo dispostos no Capítulo
VIII e Anexo IV da referida Resolução, bem como as informações padronizadas na última edição
do FFFB.
Devem ser observadas as vedações impostas pela RDC nº 238/2018 e, no caso dos excipientes,
devem ser utilizados apenas aqueles expressamente permitidos pelas farmacopeias e
compêndios específicos para medicamentos dinamizados.
Devem ser utilizadas como referência para os métodos de produção e controle de qualidade das
drogas, dos excipientes, dos insumos ativos e dos medicamentos dinamizados industrializados,
as edições vigentes das seguintes farmacopeias e compêndios: Farmacopeia Homeopática
Brasileira; Farmacopeia Homeopática Alemã; Farmacopeia Homeopática Americana;
Farmacopeia Homeopática Britânica; Farmacopeia Homeopática Mexicana; Farmacopeia
Homeopática Indiana; Farmacopeia Europeia; Farmacopeia Francesa; ou Código Farmacêutico
Antroposófico. Na ausência de monografia ou método geral nas farmacopeias e compêndios
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citados anteriormente, poderão ser utilizadas como referências as farmacopeias constantes da
RDC nº 511/2021, ou suas atualizações.
1º PASSO - CADASTRAMENTO
O Cadastramento de Empresa é o primeiro passo para se ter acesso ao Sistema de
Peticionamento e deve ser utilizado para cadastrar empresas que fornecem produtos ou
serviços regulados pela Anvisa e para cadastrar os usuários com vínculo de representação com
essas empresas.
2º PASSO – ALTERAÇÃO DO PORTE DE EMPRESA (opcional)
Em seguida, as empresas devem promover a alteração, se necessário, do Porte da Empresa, que
irá determinar o valor das taxas a serem pagas pelo interessado.
3º PASSO - HABILITAÇÃO DE EMPRESA
Nessa etapa, a empresa deverá fornecer informações e dados ao sistema de notificação que
permitam sua habilitação junto à Anvisa.
4º PASSO - NOTIFICAÇÃO
A notificação é realizada apenas por meio eletrônico e não há necessidade de entrega de
documentos físicos.
Os detalhes quanto ao procedimento de notificação são apresentados no manual do sistema de
notificação, disponível no Portal Anvisa.
Orientamos consultar as perguntas relacionadas a como notificar, sendo algumas delas
específicas por classe de medicamento notificado, para dirimir dúvidas gerais quanto à
notificação.
5º PASSO – TAXAS
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A Notificação de Medicamentos está sujeita à Taxa de Fiscalização de Vigilância Sanitária,
conforme determina a RDC nº 576/2021, a RDC nº 26/2014 e a RDC nº 238/2018.
O valor da taxa de notificação será o equivalente à taxa de isenção de registro de medicamentos,
nos termos da Lei nº 9.782/1999, considerando o porte da empresa. Sempre que a empresa
realizar uma nova notificação, uma nova taxa deverá ser paga.
A notificação é válida por dez anos, em todo território nacional. O prazo é contado a partir do
pagamento da taxa, quando a notificação se torna ativa. No último semestre do último ano de
validade da notificação, o sistema permite que ela seja renovada. Após vencimento do prazo, a
empresa deve notificar novamente o produto. A manutenção da regularidade da notificação
deve observar o disposto no artigo 5º da RDC nº 317/2019, ou suas atualizações.
Para notificação, devem ser anexados ao sistema, em formato eletrônico “pdf”, os protocolos e
relatórios dos estudos de estabilidade referentes a todos os lotes, assim como os layouts de
rotulagem.
A notificação de produto fabricado em mais de um local é possível, desde que todas as unidades
fabris estejam habilitadas no sistema de notificação, sejam informadas na notificação e que
sejam anexados estudos de estabilidade considerando ao menos 1 lote para cada unidade de
fabricação adicional. No caso de inclusão de local de fabricação após a notificação, para
produção completa ou parcial do medicamento, será necessário realizar uma nova notificação
e indicar todos os locais de fabricação.
Uma mesma formulação pode ser notificada mais de uma vez, desde que possua nomes
distintos, incluindo nessa diferenciação os complementos de marca, não sendo permitido que
na mesma notificação a empresa inclua mais de um nome comercial ou uma família de produtos.
Conforme RDC nº 576/2021, a adoção de nome para o produto é facultativa. Nos casos em que
não for adotado nome, a empresa deverá obrigatoriamente comercializar o medicamento com
o nome do produto ou sinônimo previsto na IN nº 106/2021.
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Caso, no momento da notificação, o sistema não apresente opção que se enquadre ao
medicamento (por exemplo, o acondicionamento do produto não está disponível no sistema),
orientamos entrar em contato com a agência via canais de atendimento.
A RDC nº 26/2014, prevê, em seu art. 38, a notificação de PTF nos seguintes termos: somente
será permitida a notificação como PTF daqueles insumos farmacêuticos ativos de origem vegetal
(IFAV) que se encontrem listados na última edição do FFFB e que possuam monografia específica
de controle da qualidade publicada em farmacopeia reconhecida pela Anvisa.
Os arts. 38 a 44 da RDC nº 26/2014 tratam sobre a notificação de PTF, nos quais os chás
medicinais estão incluídos. Os testes necessários para o controle de qualidade encontram-se
descritos nos arts. 13 a 16, da RDC nº 26/2014. O fabricante do PTF deve realizar todos os testes
descritos na monografia farmacopeica específica selecionada.
A relação completa dos PTF passíveis de notificação pode ser consultada no documento
“Produtos tradicionais fitoterápicos passíveis de notificação de acordo com as formulações
publicadas na 2ª edição do Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira” disponível
no Portal Anvisa.
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potências em que será fabricado e comercializado o medicamento. Quando se tratar de
medicamento dinamizado composto deve ser feita uma notificação individual para cada
associação de potências a ser fabricada e comercializada pela empresa.
Para as possíveis alterações realizadas nos medicamentos após a notificação, diferente do que
acontece com os medicamentos registrados, não é realizado protocolo de nenhum tipo,
tampouco de HMP.
No caso dos medicamentos de baixo risco, deve-se observar o disposto no capítulo III da RDC nº
576/2021.
Deverá ser realizada nova notificação sempre que houver inclusões ou alterações em quaisquer
informações prestadas no sistema de notificação eletrônica, como, por exemplo, as informações
que constam no relatório de estabilidade. Assim, as mudanças que não alterem os dados
submetidos ao sistema podem ser implementadas sem a realização de uma nova notificação.
Para PTF, como os dados de controle de qualidade e referências são submetidos ao sistema,
quaisquer alterações nessas informações, incorrem na necessidade de realização de uma nova
notificação.
Nos casos em que não seja necessária a realização de nova notificação para a implementação
da alteração, a empresa deverá adotar conduta análoga àquela preconizada nas normas
específicas de alterações pós-registro: RDC nº 76/2016, ou suas atualizações, para os
medicamentos de baixo risco; RDC nº 38/2014, ou suas atualizações, para os produtos
tradicionais fitoterápicos e RDC nº 238/2018, ou suas atualizações, para os dinamizados, Os
documentos e provas referentes à alteração devem estar disponíveis quando solicitados pela
autoridade sanitária.
As referidas normas deverão ser consultadas para avaliação da necessidade ou não de realização
de nova notificação, conforme a natureza das alterações e os requisitos necessários à
implementação. Nos casos em que a alteração a ser realizada não esteja claramente
contemplada em norma específica, a abordagem a ser utilizada deve ser embasada em análise
de risco.
Por exemplo, para medicamento de baixo risco, a empresa deseja realizar atualização de
especificação conforme compêndio reconhecido pela Anvisa. Neste caso, deverá ser consultado
o artigo 88 da RDC nº 76/2016, que não exige nenhum documento que irá alterar as informações
já submetidas ao sistema de notificação. Logo, não há necessidade de realizar nova notificação .
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Entretanto, a empresa deverá conduzir nova validação do método analítico conforme solicitado
pelo artigo.
As alterações que exijam estudos de estabilidade e que possuem autorização prévia para
implementação imediata, nos termos das normativas de pós-registro, poderão, de forma
análoga aos medicamentos registrados, ser implementadas imediatamente. No entanto, a
empresa deve realizar nova notificação assim que for possível a submissão do estudo acelerado
concluído e resultados parciais do estudo de longa duração. Atentar-se aos demais estudos de
estabilidade (fotoestabilidade, em uso etc.) que também devem ser submetidos ao sistema.
Pode ser mantido o prazo de validade estabelecido em estudos de estabilidade anteriores.
Neste sentido, deverá empregar o código de assunto 12131 - Solicitação de inclusão, alteração
ou exclusão na Lista de Medicamentos de Baixo Risco Sujeitos à Notificação (LMN) .
A solicitação deve ser instruída de racional técnico acompanhado das referências técnico-
científicas consideradas. Artigos e literatura que não sejam acompanhadas de um arrazoado não
serão considerados. As literaturas científicas devem ser avaliadas de forma crítica,
principalmente quanto à qualidade das evidências. Forma farmacêutica, via de administração,
posologia e público-alvo são fatores que sempre devem ser considerados. As referências devem
ser apresentadas na íntegra.
As respostas aos pedidos não são publicadas separadamente, mas são avaliadas em conjunto e
publicadas na forma de atualização da IN. As atualizações serão feitas periodicamente, mas sem
16
frequência determinada, podendo variar em virtude do número de solicitações e capacidade
operacional da área técnica.
No caso dos medicamentos que deverão migrar para categoria de notificados, a empresa poderá
apresentar, no momento da notificação, resultados de estudos de estabilidade que tenham sido
conduzidos à época do registro, desde que adequados às normas vigentes para condução de
estudos de estabilidade. Tais estudos devem ter sido realizados com três lotes homogêneos. O
tamanho dos lotes submetidos aos estudos de estabilidade será considerado como “de
referência” e somente poderá ser alterado mediante nova notificação.
A migração de medicamentos registrados para notificação não exige alteração do nome, mesmo
que o produto permaneça com apresentações registradas, desde que se formem famílias de
medicamentos nos termos da RDC nº 59/2014, ou suas atualizações.
O monitoramento dos medicamentos notificados é feito tanto pela empresa quanto pela Anvisa.
A empresa responsável pela notificação do medicamento deve disponibilizar canais de
comunicação com o consumidor, divulgados por meio do material de rotulagem. Ela deve
possuir um sistema de farmacovigilância capaz de detectar e investigar as queixas técnicas e
eventos adversos relacionados a esses medicamentos, permitindo a adoção das medidas
corretivas cabíveis. Deve ser seguido o estabelecido na RDC nº 406/2020, ou suas atualizações.
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28. Como consultar a regularidade dos medicamentos notificados?
Assim, todas as vezes em que forem identificados problemas técnicos no sistema, solicita-se que
os prints das telas de erro sejam anexados ao protocolo de atendimento na Central de
Atendimento ao Público da Anvisa, no qual a empresa descreve o problema e solicita a correção
do erro.
Mesmo quando não é possível enviar o print da tela, orientamos que a empresa entre em
contato, via canais de atendimento, de modo a alertar sobre os erros do sistema de notificação.
Caso o medicamento seja destinado à exportação, a empresa deverá enviar um e -mail para o
endereço eletrônico “[email protected]” explicitando quais as
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informações que precisam constar no certificado de exportação (informações sobre o
medicamento, sobre a empresa subsidiária etc.).
A RDC nº 18/2014, que dispõe sobre a comunicação à Agência Nacional de Vigilância Sanitária -
ANVISA dos casos de descontinuação temporária e definitiva de fabricação ou importação de
medicamentos, reativação de fabricação ou importação de medicamentos, não é aplicável aos
medicamentos notificados.
33. Como devem ser regularizados os produtos que foram excluídos da LMN com a
publicação da IN nº 106/2021?
Foram excluídos da LMN pela IN nº 106/2021 os seguintes produtos, os quais deverão ser
regularizados como cosméticos: pomada de ácido salicílico 2%, éter alcoolizado, glicerina,
manteiga de cacau, óleo de amêndoas, parafina sólida, talco e vaselina (sólida e líquida).
O produto loção de dimeticona 4%, também excluído, deverá ser regularizado como produto
para saúde.
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NORMAS RELACIONADAS E REFERÊNCIAS
Lei n° 6.360, de 23 de setembro de 1976. Dispõe sobre normas de vigilância sanitária para os
medicamentos, as drogas, os insumos farmacêuticos e correlatos, bem como os produtos de
higiene, os cosméticos, perfumes, saneantes domissanitários, produtos destinados à correção
estética e outros definidos, Diário Oficial da União, 24 de setembro de 1976.
Resolução da Diretoria Colegiada - RDC n° 238, de 25 de julho de 2018. Dispõe sobre o registro,
a renovação de registro, as mudanças pós-registro e a notificação de medicamentos
dinamizados industrializados.
Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 26, de 13 de maio de 2014. Dispõe sobre o registro
de medicamentos fitoterápicos e o registro e a notificação de produtos tradicionais
fitoterápicos.
Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 45, de 09 de agosto de 2012. Dispõe sobre a realização
de estudos de estabilidade de insumos farmacêuticos ativos.
Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 69, de 08 de dezembro de 2014. Dispõe sobre as Boas
Práticas de Fabricação de Insumos Farmacêuticos Ativos.
Resolução da Diretoria Colegiada - RDC n° 38, de 18 de junho de 2014. Dispõe sobre a realização
de petições pós-registro de medicamentos fitoterápicos e produtos tradicionais fitoterápicos e
dá outras providências.
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Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 76, de 02 de maio de 2016. Dispõe sobre a realização
de alteração, inclusão e cancelamento pós-registro de medicamentos específicos.
Resolução da Diretoria Colegiada - RDC n° 59, de 10 de outubro de 2014. Dispõe sobre os nomes
dos medicamentos, seus complementos e a formação de famílias de medicamentos.
Resolução da Diretoria Colegiada - RDC n°406, de 22 de julho de 2020. Dispõe sobre as Boas
Práticas de Farmacovigilância para Detentores de Registro de Medicamento de uso humano, e
dá outras providências.
Resolução da Diretoria Colegiada - RDC n° 166 de 24 de julho de 2017. Dispõe sobre a validação
de métodos analíticos e dá outras providências.
Resolução da Diretoria Colegiada - RDC n° 317, de 22 de outubro de 2019. Dispõe sobre os prazos
de validade e a documentação necessária para a manutenção da regularização de
medicamentos, e dá outras providências.
Instrução Normativa - IN n° 26, de 25 de julho de 2018. Dispõe sobre os limites de potência para
registro e notificação de medicamentos dinamizados.
HISTÓRICO DE EDIÇÕES
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