Sumário de Ouro
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Sumário de Ouro
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dias de vida. Gostei daquela imagem e dos seus dizeres. Re-
conheci naquela jovem mãe a benzedeira do futuro.
Voltamos a nos encontrar no Seminário de Benzedei-
ras e Benzedores em Alegrete, na fronteira oeste do Rio
Grande do Sul. Jacqueline Naylah ministrava um curso de
benzimento a uma assistência atenta aos seus ensinamentos.
Se identificou como bióloga, biopatologista, terapeuta ho-
lística e herdeira de benzedeiras – o que me chamou espe-
cial atenção. Seu filhinho, agora um pouco maior, tocava
com suas mãos as velas, as ervas e todo o material organiza-
do pela sua mãe-benzedeira – ambos sentados no chão, in-
teragindo com os participantes. Ouvi atentamente suas his-
tórias, sua linha do tempo, a arte de benzer herdada de sua
vó Eni e como ela renasceu para o benzimento. Lembrou
de alguns ditos antigos, como quando nascia uma criança,
as parteiras erguiam o bebê no colo e diziam: “Com saúde,
benza a Deus!”. Este era o primeiro contato do bebê com a
arte de benzer. Falou dos benefícios das ervas, do fogo, da
magia do sol e da lua, das alquimias.
Com certeza, nas mãos de Jacqueline Naylah, as ben-
zedeiras nunca morrerão. Sua bagagem, sua ancestralidade,
seus recursos e conhecimentos da área acadêmica fazem
parte de sua missão, da sua sacralidade feminina, em vários
aspectos expostos na sua obra Eu te Benzo, de uma forma
transparente, através de uma leitura dinâmica e “ leve como
a alma de toda benzedeira”.
Boa leitura!
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Prefácio
Rosane Kern
Psicóloga e Benzedeira
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atentamente, como se a gente tivesse sentada num banquinho
ouvindo a Zola e a Naylah. Um livro cheinho de místicas,
mas que desmistifica conceitos que foram pré-concebidos ao
longo de nossa história. Um livro que ensina e deixa o espaço
para o saber individual de cada leitor. Um livro para quem
quer benzer e ser benzido.
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Apresentação
Muitas vezes fui questionada por alunos, clientes e
colegas sobre como deveriam me chamar: mestre, yalori-
xá, mãe, mentora etc.
Das minhas formações – tanto acadêmicas como es-
piritualistas – essas titulações são reais e certificadas. Mas
quem já me ouviu em algum curso ou palestra irá lembrar
que minha fala de apresentação é: meu nome é Jacqueline
Naylah, podem me chamar de Jacqueline, de Jacque ou
de Naylah.
Sempre idolatrei meu nome, acredito que não há
nada que cultue mais minha ancestralidade do que ser
chamada da forma como meus pais escolheram me cha-
mar. Meu nome é a esperança de um futuro brilhante, é
o nome do amor incondicional, é o nome dado por quem
me carregou no ventre, me pegou nos braços, olhou em
meus olhos, desejou meu crescimento, me fez o que sou.
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As titulações são apenas um certificado a mais na ga-
veta, pois perante o Universo estamos todos no mesmo
plano, no aqui e agora.
Quem fez um dos meus cursos ou assistiu uma das
minhas palestras também irá lembrar que minha fala
sempre é concluída com: eu seguirei, pois cada um de vo-
cês é a manifestação da cura em mim. Por vocês, hoje, eu
saio mais curada.
É uma honra encontrar muitos Deuses e Deusas no
caminho, eu vos reverencio!
Jacqueline Naylah.
Jacque, como diria meu pai.
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Um tantinho
de mim
São flores, Nanã, são flores
São flores, Nanã Buruquê
São flores, Nanã, são flores
Do seu filho Obaluayê
Nas horas de agonia
Quem sempre vem me valer
É seu filho Nanã
É meu pai, ele é Obaluayê
A Senhora Sant'Ana
É Nanã Buruquê
Ela é mãe dos Orixás
São Roque é Obaluayê
Saluba Nanã Buruquê
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Jacqueline Naylah
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Eu te Benzo
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Jacqueline Naylah
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